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TRANSFORMADORES EM SERVIÇO
1. INTRODUÇÃO
2. TESTES RECOMENDADOS
4.2 Densidade
5. CONCLUSÕES
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. INTRODUÇÃO
2. TESTES RECOMENDADOS
TESTE MÉTODOS
1. Exame visual em campo ASTM (D-1524) 69/79
2. Cor ASTM (D-1500) 40 ou ABNT/IBP MB-351
3. Densidade ASTM (D-1298) 80 ou ABNT/IBP MB-104
4. Rigidez dielétrica ABNT/IBP MB-330 ou ASTM (D-877) 80
5. Sedimento ASTM (D-1698) 64/78
6. Fator de potência ASTM (D-924) 81
7. Número de neutralização (acidez) ABNT/IBP MB-101 ou ASTM (D-971) 80
8. Tensão interfacial ABNT/IBP MB-320 e ASTM (D-971) 50/77
9. Umidade ASTM (D-1523) 79
10. Análise cromatográfica dos gases ASTM (D-3612) 79
Tabela 1 - Testes no óleo isolante [1].
Além dos testes no óleo, que podem ser realizados com o transformador em
operação, são também realizados, quando necessário, testes do sistema isolante
completo, como por exemplo, fator de potência e resistência de isolamento, os quais
exigem o desligamento da unidade.
Finalidade:
Este método, normalmente realizado em campo, tem por finalidade verificar a
cor do óleo e a existência de partículas sólidas e gotícuals de água em suspensão. Pode
ser aplicado em óleos originados de petróleo em uso em uso em transformadores,
disjuntores e outros aparelhos elétricos.
Significado:
Um óleo em boas condições apresentar-se-á claro, límpido e transparente,
tornando clara a presença de partículas em suspensão, se as mesmas existirem. Caso o
óleo apresente-se turvo, tendo uma boa rigidez dielétrica, baixa tensão interfacial e alta
acidez, este aspecto poderá ser devido à presença de produtos da oxidação do óleo. Os
sedimentos deverão ser analisados para determinar sua natureza (borra, partículas
metálicas ou orgânicas, etc). Do relatório devem constar o numero da cor, o aspecto da
amostra (claro, turvo, sedimento) e a temperatura na qual foi feita a amostragem do óleo
[1].
4.2 Densidade
Finalidade:
Este método tem por finalidade verificar a densidade relativa do óleo, ou seja,
a relação entre a massa de determinado volume de óleo e a massa de igual volume de
água pura na temperatura de 15 oC.
Significado:
De acordo com CNP-16, resolução 16/79 e 6/72, a densidade do óleo tipo B a
20 oC deverá ser no máximo igual a 0,8600 enquanto que para o óleo tipo A a densidade
deve ser igual a 0,9000. Valores diferentes dos citados podem indicar contaminação por
líquidos estranhos [1].
4.3 Rigidez dielétrica
Finalidade:
Este método tem por finalidade verificar a tensão de ruptura, ou rigidez
dielétrica de óleos provenientes de petróleo, utilizados como líquido isolante em cabos,
transformadores, disjuntores e aparelhos similares. É também recomendado para testes
de aceitação de líquidos isolantes não processados, recebidos do fabricante.
Significado:
A tensão de ruptura do líquido isolante tem importância como uma medida de
sua habilidade em resistir à tensão elétrica sem falhar. É indicada para evidenciar a
presença de agentes contaminantes, como água, sujeira, fibras celulósicas úmidas ou
partículas condutoras no líquido. Entretanto, uma elevada tensão de ruptura não significa
necessariamente a ausência de todos os contaminantes [1].
Finalidade:
Este método abrange a determinação de sedimentos e borra solúvel de óleos
isolantes originados de petróleo envelhecidos em serviço, além de orientar a
determinação do conteúdo orgânico e inorgânico do sedimento.
Procedimento:
Uma porção da amostra é centrifugada para separar o sedimento do óleo. A
parte do óleo livre de sedimento é separada para determinação da borra solúvel. O
sedimento é retirado e colocado em um cadinho, secado e pesado. Em seguida a amostra
é calcinada a 500 oC e repesada. A perda de massa resultante corresponde à parte
orgânica, e o restante à parte inorgânica do sedimento.
A borra solúvel é determinada na parte decantada do óleo, diluindo-a com n-
pentano, para haver a precipitação da parte insolúvel, filtrando-se em seguida e
calcinando no cadinho. A diferença de pesos dá a quantidade de borra solúvel.
Significado:
A presença de sedimento inorgânico indica geralmente algum tipo de
contaminação, e o sedimento orgânico pode indicar tanto deterioração quanto
contaminação. A borra solúvel indica deterioração, presença de contaminantes ou ambos.
É um aviso da iminente formação de sedimentos. A determinação de sedimentos e borra
ajuda a decidir se o óleo deve continuar em uso nas condições atuais, ou se deve ser
substituído, purificado ou recuperado [1].
Finalidade:
O teste de fator de potência do líquido isolante pode ser utilizado como teste
de rotina, quando não forem necessários resultados muito exatos, como por exemplo, a
análise comparativa de um grupo de amostras em relação a um valor de referência.
Procedimento:
Para testes de rotina do fator de potência são geralmente utilizados
instrumentos da família Doble MEU 2.500 V ou MH 10.000 V [2] e a respectiva célula de
teste. A figura 1 ilustra um instrumento similar, o Doble M4000.
Finalidade:
Este método tem como objetivo determinar o número de neutralização da
amostra, ou seja, a quantidade de base, em miligramas de KOH, necessária para titular
todos os constituintes ácidos presentes em 1 g de óleo.
Procedimento:
O número total ácido do óleo isolante é determinado dissolvendo-se um certo
volume de sua amostra em uma mistura de tolueno e álcool isopropílico e pequena
quantidade de água. A solução resultante é titulada na temperatura ambiente com uma
solução alcoólica de KOH (0,1N) em presença do indicador p-naftobenzeína, cuja cor vira
de alaranjada em meio ácido para verde em meio alcalino.
Significado:
Os primeiros produtos derivados da deterioração do óleo são os
hidroperóxidos. Em seguida formam-se ácidos em conjunto com outros compostos. Os
derivados finais formam a borra. Quando o óleo atinge o estado final de formação de
borra, as condições de sua deterioração estão muito avançadas, sendo necessária a
substituição ou recuperação.
O número de neutralização é uma indicação segura das condições de
deterioração do óleo. O valor de 0,25 mg KOH/g é considerado crítico, isto é, deste valor
em diante a acidez do óleo cresce exponencialmente. Os ácidos têm ação catalítica, isto
é, aceleram a deterioração do óleo, e o inibidor existente é rapidamente consumido. A
isolação sólida, por sua vez, também tem sua deterioração acelerada [1].
4.7 Tensão interfacial (TIF)
Finalidade:
O objetivo deste teste é determinar a tensão na interface óleo-água, medida
em dina/cm ou milinewton/metro.
Procedimento:
O método aqui utilizado é o ABNT IBP-320 ou ASTM D-971 60/78, conhecido
como método do anel. Mede-se a força necessária para arrancar um anel plano de platina
da interface água-óleo e a partir desta, calcula-se a tensão interfacial.
O anel de platina fica suspenso por um braço preso ao aparelho utilizado para
medir a força. O óleo filtrado é colocado em um recipiente com água destilada, e então
procede-se a medição. Durante esta operação, a temperatura deverá ser de 25 oC ± 1 oC.
Significado:
Óleos novos e isentos de substâncias hidrofílicas, isto é, que têm afinidade
tanto com as moléculas do óleo como as da água, têm uma TIF elevada (40 dina/cm a 25
o
C). Os produtos da deterioração e os contaminantes polares solúveis, provenientes da
decomposição da isolação sólida e dos corpos com os quais o óleo entra em contato
provocam a diminuição da TIF.
A determinação da tensão interfacial é muito importante na detecção da fase
inicial de deterioração da isolação. Uma diminuição no valor da TIF é indício de
deterioração. Este teste é muito útil, pois todas as substâncias estranhas com
probabilidade de serem encontradas no óleo têm a tendência de baixar a tensão na
interface entre este e a água, porém não permite a determinação exata do tipo de
contaminante presente [1].
Finalidade:
Um dos maiores inimigos da isolação do transformador é a água. A
determinação do teor de umidade na isolação líquida pode dar uma idéia do estado de
evolução da deterioração, tanto desta quanto da isolação sólida.
Procedimento:
Esta medida é de difícil implementação quando a presença de água dissolvida
no óleo é menor do que 80% do valor de saturação. Muitos métodos têm sido tentados,
porém o método reconhecido como adequado é o de Karl Fischer, que consiste na
oxidação do dióxido de enxofre pelo iodo, na presença da água, piridina e álcool metílico.
Métodos de medida indiretos, como o da rigidez dielétrica podem mascarar os resultados,
devido à presença de outros contaminantes.
Existem no mercado equipamentos exclusivamente dedicados à esta
finalidade, como por exemplo, o DOMINO, da Double [2], que utiliza o método de titulação
de Karl Fischer. O fabricante recomenda que esta medida seja feita uma vez por ano.
Significado:
Um teor de umidade de 50 ppm no óleo do topo do transformador é
considerado crítico e indica necessidade de sua eliminação. Quando neste estado,
seguramente a isolação sólida (papel) estará com excesso de umidade [1].
Finalidade:
O óleo pode conter dissolvidos gases combustíveis (CO, H2, CH4, C2H6, C2H2,
etc) e não combustíveis (O2, N2, CO2). O óleo pode dissolver ató 10% de seu volume na
forma gasosa. Este teste, como o próprio nome sugere, analiza o tipo e a quantidade dos
gases que estão dissolvidos no óleo do transformador.
Procedimento:
Para este teste, pequenas amostras de óleo são tomadas, usando um
recipiente limpo, inerte e hermético, usualmente uma espécie de seringa de vidro,
semelhante à ilustrada na figura 3. É essencial que a amostra não seja exposta ao ar,
caso contrário os gases dissolvidos poderão escapar para a atmosfera, ou ainda gases
externos podem ser incorporados, mascarando o resultado do teste.
Significado:
Entre os produtos da deterioração normal do sistema isolante estão os gases,
na sua maioria combustíveis. Os gases que se formam pela deterioração da isolação
sólida são o dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO). As pesquisas
demonstram que tais gases são oriundos do sobreaquecimento da celulose (parte sólida
o
da isolação submetida à temperaturas da ordem de 140 C ). O óleo mineral quando
sobreaquecido origina gases como o metano, etano e acetileno.
Além do calor, fenômenos como as descargas parciais, arcos voltaicos e a
contaminação do colchão de nitrogênio do transformador podem conduzir à formação de
gases dissolvidos.
5. CONCLUSÕES
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS