Sie sind auf Seite 1von 63

FACULDADE ARAGUAIA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

PAISAGISMO

HISTÓRIA DO PAISAGISMO

Os jardins dentro dos contextos históricos

Dleon Marinho

Elbia Moreira

João Vitor

Junior Cézar

Leonardo Castilho

Goiânia, 18 de agosto de 2018.


Sumário
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 3
JARDINS E PERÍODOS HISTORICOS ....................................................................................... 4
0 – PRÉ HISTÓRIA .......................................................................................................................... 5
1 – ANTIGUIDADE ........................................................................................................................... 5
1.1 – MESOPOTÂMIA ................................................................................................................. 5
1.1.1 – Plantas dos Jardins na Mesopotâmia .......................................................................... 6
1.2 - EGITO ................................................................................................................................. 11
1.2.1 – Plantas dos Jardins Egípcios ...................................................................................... 12
1.3 - CHINA ................................................................................................................................. 18
1.3.1 – Plantas dos Jardins Chineses ..................................................................................... 18
2 – ANTIGUIDADE CLÁSSICA .................................................................................................... 23
2.1 – GRÉCIA ............................................................................................................................. 23
2.1.1 – Plantas dos Jardins gregos ......................................................................................... 23
2.2 – ROMA ................................................................................................................................. 29
2.2.1 – Plantas dos Jardins romanos ...................................................................................... 30
3 – IDADE MÉDIA .......................................................................................................................... 36
3.2.1 – Plantas dos Jardins mouriscos ................................................................................... 38
4 – IDADE MODERNA – RENASCIMENTO .............................................................................. 42
4.1 – RENASCIMENTO - ITÁLIA ............................................................................................. 42
4.2 – RENASCIMENTO - FRANÇA ......................................................................................... 46
4.3 – RENASCIMENTO – INGLATERRA ............................................................................... 49
4.4 – RENASCIMENTO – HOLANDA ..................................................................................... 52
5 – IDADE CONTEMPORANEA .................................................................................................. 55
5.1 – ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA ............................................................................... 55
5.2 – JÁPÃO ................................................................................................................................ 59
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 62
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................... 63

História do Paisagismo - 2
INTRODUÇÃO

Na história da humanidade vemos a evolução do homem, desde a Pré-história


até a idade contemporânea, estudamos a arte, politica, tecnologia, mudanças
geográficas e contexto histórico.

Agora vamos analisar novamente a evolução da humanidade, mas com foco


nos jardins e composições paisagísticas, em cada período histórico, os jardins sempre
estavam presentes como testemunha do momento cultural, das riquezas e da
religiosidade dos povos.

História do Paisagismo - 3
JARDINS E PERÍODOS HISTORICOS

A história da humanidade e esquematicamente dividida em Eras Históricas,


vamos nos basear nestes períodos para demonstrar o uso dos jardins ao longo do
tempo e dos períodos. Delimitando estas eras vamos analisar:

0 – Pré-história .

1.1_Mesopotâmia
1 – ANTIGUIDADE - 1.2 _Egito
1.3_China

2.1_ Grécia
2 – ANTIGUIDADE CLÁSSICA - 2.2_ Roma

3.1_ Monacais
3 – IDADE MÉDIA - 3.2_ Mouriscos

4.1_ Renascimento – Itália


4.2_ Renascimento – França
4 – IDADE MODERNA - 4.3_ Renascimento – Inglaterra
4.4_ Renascimento – Holanda

5.1_ EUA
5 – IDADE CONTEMPORÂNEA - 5.2_ Japão
5.3_ Brasil

História do Paisagismo - 4
0 – PRÉ HISTÓRIA

Não temos registros históricos suficientes para determinar a existência de


jardins ou função dos mesmos.

1 – ANTIGUIDADE

1.1 – MESOPOTÂMIA
Situada entre os rios Tigre e Eufrates, a história das civilizações relata que os
assírios foram os mestres das técnicas de irrigação e drenagem, criando vários
pomares e hortas formados pelos canais que se cruzavam. Mas este trabalho foi
abandonado em razão da invasão árabe. Sendo assim, a forma e a distribuição do
jardim se identificavam com a prática da agricultura, onde a horta rodeada por um
muro, podia ser o protótipo.

O sentimento religioso estava presente na arte dos jardins, onde acreditava-se


que os jardins dependiam da vontade dos deuses.

As espécies utilizadas eram a tamareira (com a finalidade de fornecer um


microclima favorável a outras espécies), o jasmim, as rosas, as malva-rosas, as tulipas
e álamos e pinos que não suportariam viver num clima tão árido e quente, mas só foi
possível devido ao complexo sistema de irrigação desenvolvido.

Jardins Babilônia

História do Paisagismo - 5
1.1.1 – Plantas dos Jardins na Mesopotâmia

TAMAREIRAS

Nome cientifico: Phoenix dactylifera

A tamareira ou datileira (Phoenix dactylifera) é uma palmeira extensivamente


cultivada pelos seus frutos comestíveis, as tâmaras. Pelo fato de ser cultivada há
milênios, a sua área natural de distribuição é desconhecida, mas seria originária
dos oásis da zona desértica do norte de África, embora haja quem admita uma origem
no sudoeste da Ásia. É uma palmeira de média dimensão, de 15 a 25 m de altura, por
vezes surgindo em touceira, com vários espiques (caule da palmeira) partilhando o
mesmo sistema radicular, mas em geral crescendo isolada.
As folhas são frondes pinadas, com até 3 m de comprimento, com pecíolo espinhoso
e cerca de 150 folíolos. Cada folíolo tem cerca de 30 cm de comprimento e 2 cm de
largura.

Phoenix dactylifera

JASMIM

Nome cientifico: Jasminum Nitidum

Jasmim é o nome comum pelo qual são conhecidas as espécies do


gênero Jasminum L., da família Oleaceae, nativas do Velho Mundo. Seu nome vem
do árabe Yasamin, que por sua vez foi emprestado do persa. São em sua maior
parte arbustos ou lianas, de folhas simples ou compostas. As flores são tubulares,
com pétalas patentes, raramente maiores do que dois centímetros de diâmetro, quase
sempre muito perfumadas. Quase todas as espécies possuem flores brancas, mas há
algumas de flores amarelas ou rosadas.

Seu aroma é adocicado, e é juntamente com a rosa um dos aromas pilares


da perfumaria. Na China misturam-se flores de jasmim a folhas de chá, e a
combinação de sabor e aroma resultante é muito apreciado.

Os maiores produtores mundiais de jasmins são e Índia e a China

História do Paisagismo - 6
Jasminum Nitidum

MALVA ROSA

Nome cientifico: Alcea Rosea

Alcea rosea é uma espécie de planta com flor pertencente à família Malvaceae.
A autoridade científica da espécie é L., tendo sido publicada em Species Plantarum

Alcea Rosea

ROMANZEIRA

Nome cientifico: Punica Granatium

A romã é uma infrutescência da romãzeira (Punica granatum), fruto vulgar


no mediterrâneo oriental e médio oriente onde é tomado como
aperitivo, sobremesa ou algumas vezes em bebida alcoólica. O seu interior é
subdividido por finas películas, que formam pequenas sementes possuidoras de
uma polpa comestível

História do Paisagismo - 7
Punica Granatium

AMEIXEIRA

Nome cientifico: Prunus domestica

Ameixeira, ameixoeira ou ameixieira são os nomes por que são conhecidas


algumas espécies de árvore de fruto do subgénero Prunus, incluso no
género Prunus da família botânica Rosaceae (a que pertencem também a cerejeira e
o pessegueiro). A ameixeira-da-baía é, contudo, do género Ximenia. O seu fruto é
a ameixa.
A espécie japonesa (Prunus serrulata), apesar do seu nome, teve a sua origem
provável na China. A Prunus doméstica, ou ameixeira-europeia teve origem na Ásia
Menor, a sul do Cáucaso.
É um fruto redondo com uma espécie de bico, doce e de epicarpo fino. Existem
muitas variedades consoante o seu tamanho, cor, sabor e estação do ano em que se
desenvolvem. Têm entre 3–6 cm de largura.
Em 1864, já eram cultivadas 150 espécies diferentes.

Prunus domestica

História do Paisagismo - 8
FIGUEIRAS

Nome cientifico: Ficus Carica

Há cerca de 755 espécies de figueiras no mundo,[ especialmente em regiões


de clima tropical e subtropical e onde haja presença de água. O gênero Ficus é um
dos maiores do Reino Vegetal.
As figueiras podem crescer de forma enérgica e por isso não é indicado que se
cultivem figueiras de grande porte perto de casas, pois o crescimento de suas raízes
tem a capacidade de deformar as paredes das residências.
Por fornecerem alimentos a aves, símios, morcegos e outros animais
dispersores de sementes, têm importância na preservação das vegetações nativas
tropicais e subtropicais. Os figos caídos no solo e na água servem também de
alimentos a vários outros animais, incluindo peixes e insetos.

Ficus Carica

História do Paisagismo - 9
Croqui mesopotamia

História do Paisagismo - 10
1.2 - EGITO
As características dos jardins egípcios seguiram os mesmos princípios
utilizados na arquitetura deste povo. Eles os surgiram quando as condições de
prosperidade no antigo império permitiram as artes um notável desenvolvimento.

As características dos monumentos egípcios influenciaram nos jardins, que


tinham uma simetrização rigorosa. Tudo de acordo com os 4 pontos cardeais.

O jardim regular era símbolo da fertilidade, sintetizava as forças da natureza e


era a imagem de um sistema racional e arquitetural baseado no monoteísmo. Osíris
para os egípcios era o Deus da vegetação.

Jardim egípcio

Jardim egípcio – geométrico e simétrico

As plantas utilizadas eram: Palmeiras, Sicômoros, Figueiras, Videiras,


Tamareiras e plantas aquáticas (Papiro e lótus).

História do Paisagismo - 11
1.2.1 – Plantas dos Jardins Egípcios

PALMEIRAS

Nome cientifico: Phoenix canariensis

As palmeiras são plantas perenes, arborescentes, tipicamente com


um caule cilíndrico não ramificado do tipo estipe, atingindo grandes alturas, mas por
vezes se apresentando como acaules (caule subterrâneo). Não são
consideradas árvores porque todas as árvores possuem o crescimento do diâmetro
do seu caule para a formação do tronco (crescimento secundário), que produz
a madeira e que não acontece com as palmeiras

Phoenix canariensis

SICOMOROS

Nome cientifico: Ficus Sycomorus

Ficus sycomorus L., conhecida pelos nomes comuns


de sicómoro, sicômoro ou figueira-doida, é uma espécie de figueira de raízes
profundas e ramos fortes que produz figos de qualidade inferior, cultivada no Médio
Oriente e em partes da África há milénios. A árvore é por diversas vezes citada
na Bíblia, tendo o seu nome vulgar na maioria das línguas europeias derivado do
hebraico "shikmah" através do grego "sukomorea

História do Paisagismo - 12
Ficus Sycomorus

FIGUEIRAS

Nome cientifico: Ficus Carica

Há cerca de 755 espécies de figueiras no mundo,[ especialmente em regiões


de clima tropical e subtropical e onde haja presença de água. O gênero Ficus é um
dos maiores do Reino Vegetal.
As figueiras podem crescer de forma enérgica e por isso não é indicado que se
cultivem figueiras de grande porte perto de casas, pois o crescimento de suas raízes
tem a capacidade de deformar as paredes das residências.
Por fornecerem alimentos a aves, símios, morcegos e outros animais
dispersores de sementes, têm importância na preservação das vegetações nativas
tropicais e subtropicais. Os figos caídos no solo e na água servem também de
alimentos a vários outros animais, incluindo peixes e insetos.

Ficus Carica

VIDEIRAS

Nome cientifico: Vitis Vinifera

História do Paisagismo - 13
A Vitis é uma trepadeira da família das vitáceas,
com tronco retorcido, ramos flexíveis, folhas grandes e repartidas em cinco lóbulos
pontiagudos, flores esverdeadas em ramos, e cujo fruto é a uva. Originária
da Eurásia, a videira é cultivada em todas as regiões de clima temperado.
A videira produz as uvas, fruto de cujo suco se produz o vinho.
O cultivo da videira para a produção de vinho é uma das atividades mais antigas
da civilização. Evidências indicam o cultivo da videira para a produção de vinho na
região do Egito e da Ásia Menor durante o período neolítico, ao mesmo tempo em que
a humanidade, instalada em colônias permanentes, começou a cultivar
alimentos e criar gado, além de produzir cerâmica.

Vitis Vinifera

TAMAREIRAS

Nome cientifico: Phoenix dactylifera

A tamareira ou datileira (Phoenix dactylifera) é uma palmeira extensivamente


cultivada pelos seus frutos comestíveis, as tâmaras. Pelo fato de ser cultivada há
milênios, a sua área natural de distribuição é desconhecida, mas seria originária
dos oásis da zona desértica do norte de África, embora haja quem admita uma origem
no sudoeste da Ásia. É uma palmeira de média dimensão, de 15 a 25 m de altura, por
vezes surgindo em touceira, com vários espiques (caule da palmeira) partilhando o
mesmo sistema radicular, mas em geral crescendo isolada.
As folhas são frondes pinadas, com até 3 m de comprimento, com pecíolo espinhoso
e cerca de 150 folíolos. Cada folíolo tem cerca de 30 cm de comprimento e 2 cm de
largura.

História do Paisagismo - 14
Phoenix dactylifera

PAPIRO

Nome cientifico: Cyperus Papyrus

Papiro (Cyperus papyrus ; Cyperaceae) é uma planta aquática da mesma


família da tiririca (Cyperus rotundus), que é a planta daninha mais difundida do
mundo, segundo o Guiness Book. Ela é considerada sagrada e fartamente encontrada
no delta do Nilo. Era utilizada principalmente na produção do papiro no Egito antigo.
O talo do papiro pode atingir até 6 metros de comprimento. A flor da planta,
composta de finas hastes verdes, lembra os raios do sol e é exatamente por ter esta
analogia com o sol, divindade máxima desse povo, que o papiro era considerado
sagrado. O miolo do talo era transformado em papiros e a casca, bem resistente
depois de seca, utilizada na confecção de cestos, camas e até barcos.

Cyperus Papyrus

LÓTUS

Nome cientifico: Nelumbo Nucifera

Nelumbo nucifera é uma planta aquática da gênero Nelumbo, conhecida


popularmente como lótus, flor-de-lótus, loto-índico e lótus-índico. Apesar disto, esta

História do Paisagismo - 15
planta não integra a família Nymphaeaceae (Nymphaeales), onde estão classificados
a maioria dos lótus, fazendo parte da família Nelumbonaceae (Proteales).

Trata-se de uma planta nativa da Ásia, habitante de cursos de água lentos


ou lagoas de água doce, vivendo a pouca profundidade. É enraizada no fundo lodoso
por um rizoma vigoroso, do qual partem grandes folhas arredondadas, sustentadas
acima do espelho de água por longos pecíolos. Produz belas flores rosadas ou
brancas, grandes e com muitas pétalas. É conhecida pela longevidade das
suas sementes, que podem germinar após 13 séculos. Serviu de inspiração para a
arquitetura do Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo.
Este lótus é cultivado como planta ornamental em jardins aquáticos de todo o mundo.

Nelumbo Nucifera

História do Paisagismo - 16
Croqui jardim egipicio

História do Paisagismo - 17
1.3 - CHINA
Pode datar de 2.000 a.C. o início das atividades de jardinagem na China. A
jardinagem chinesa tem sua origem numa paisagem de rara beleza e flora riquíssima.

Os parques das casas dos antigos imperadores não eram mais do que uma
porção da paisagem cercada, onde a tarefa do jardineiro limitava-se a ordenar o já
existente.

Os jardins tinham como função promover o encontro e a reflexão. Eram


construídos em função da topografia, clima e vegetação já existentes, sem se
prenderam à rigidez de formas e simetrias.

1.3.1 – Plantas dos Jardins Chineses

PINHEIROS

Nome cientifico: Cunninghamia Lanceolata

Árvore perenifólia. Sua altura atinge até 40 m. Originária da China. Possui


estróbilos masculinos e femininos na mesma planta, seu fruto é um cone. Muito
utilizada para fins paisagísticos e como pinheiro de natal.

História do Paisagismo - 18
Cunninghamia Lanceolata

LICHIA

Nome cientifico: Litchi Chinensis

Litchi chinensis é uma espécie do gênero botânico Litchi, pertencente


à família Sapindaceae. É uma árvore frutífera conhecida popularmente
como lecheira, licheira, lichia[2] ou uruvaia. Os termos também se aplicam ao fruto da
árvore. É natural das regiões quentes da Ásia,[2] sendo encontrada principalmente
na República Popular da China, Índia, Madagáscar, Nepal, Bangladesh, Paquistão,
sul e centro de Taiwan, a norte do Vietname, Indonésia, Tailândia, Filipinas, África do
Sul e México. A espécie, algumas vezes, é colocada no gênero Nephelium.

Litchi Chinensis

COREUTÉRIA

Nome cientifico: Koelreutheria paniculata

Coreutéria ou Quereutéria (Koelreuteria paniculata Laxm.) é uma árvore da


família Sapindaceae. As folhas são caducas e de tamanho médio. É uma árvore de
crescimento rápido, que pode atingir 10 metros de altura, para 6 metros de diâmetro

História do Paisagismo - 19
da copa arredondada. A floração, entre dezembro a abril, produz flores de cor amarela.
A frutificação é do tipo cápsula e decorre entre maio e junho. Os frutos são róseos e
também bastante ornamentais. A coreutéria é uma árvore com origem
na China, Coreia e Japão

Koelreutheria paniculata

SALGUEIRO-CHORÃO

Nome cientifico: Salix babylonica

O chorão, salgueiro-chorão ou salso-chorão (Salix babylonica) é o nome


uma árvore pertencente à família das Salicaceae ou salgueiros. Parece ser originária
do Leste da Ásia. É uma árvore nativa do norte da China, mas cultivado há milénios
em vários locais da Ásia, tendo sido disperso pelo homem ao longo da rota da
seda até à Babilónia, daí o seu nome científico.

É uma árvore de tamanho médio a grande porte que pode alcançar até 20 a 25
metros de altura. É de crescimento rápido, mas tem uma curta longevidade.

Salix babylonica

História do Paisagismo - 20
LÓTUS

Nome cientifico: Nelumbo Nucifera

Nelumbo nucifera é uma planta aquática da gênero Nelumbo, conhecida


popularmente como lótus, flor-de-lótus, loto-índico e lótus-índico. Apesar disto, esta
planta não integra a família Nymphaeaceae (Nymphaeales), onde estão classificados
a maioria dos lótus, fazendo parte da família Nelumbonaceae (Proteales).

Trata-se de uma planta nativa da Ásia, habitante de cursos de água lentos


ou lagoas de água doce, vivendo a pouca profundidade. É enraizada no fundo lodoso
por um rizoma vigoroso, do qual partem grandes folhas arredondadas, sustentadas
acima do espelho de água por longos pecíolos. Produz belas flores rosadas ou
brancas, grandes e com muitas pétalas. É conhecida pela longevidade das
suas sementes, que podem germinar após 13 séculos. Serviu de inspiração para a
arquitetura do Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo.
Este lótus é cultivado como planta ornamental em jardins aquáticos de todo o mundo.

Nelumbo Nucifera

História do Paisagismo - 21
Croqui jardim chines

História do Paisagismo - 22
2 – ANTIGUIDADE CLÁSSICA

2.1 – GRÉCIA
As raízes fundamentais da cultura ocidental se encontram, não há dúvida
alguma, na civilização desenvolvida na Grécia Antiga. O cuidado com as plantas
provavelmente foi fruto do amor à vida em pleno ar livre, obrigando a uma constante
aproximação com a natureza. Os jardins gregos, apesar de fortemente influenciados
pelos jardins egípcios, apresentaram diferenças notáveis em razão da topografia
acidentada da região e o tipo de clima.

Os jardins possuíam características próximas dos naturais, fugindo da simetria


dos egípcios. Desenvolviam-se em recintos fechados, onde eram cultivadas plantas
úteis, principalmente maçãs, peras, figos, romãs, azeitonas, uva e até horta.

2.1.1 – Plantas dos Jardins gregos

MACIEIRA

Nome cientifico: Malus Pumila

A Macieira (Malus pumila) é um membro da família Rosaceae. É uma árvore


caducifólia (que perde suas folhas sazonalmente). Atinge uma altura média de 16 pés
(5 metros). As macieiras padrão podem atingir uma altura de 25-35 pés (7,5 – 10 m)
ou até mais. As árvores anãs e semi-anãs atingem uma altura de 6 a 20 pés (2-6 m).As

História do Paisagismo - 23
flores são produzidas na primavera. Os frutos amadurecem em brotos que têm 2 ou
mais anos de idade.

Malus Pumila

PEREIRA

Nome cientifico: Pyrus communis

Pyrus communis , conhecida como a pera europeia ou pêra comum , é uma


espécie de pêra nativa da Europa Central e Oriental e sudoeste da Ásia.
É um dos frutos mais importantes das regiões temperadas, sendo a espécie a
partir da qual a maioria das cultivares de pereira de pomar cultivadas
na Europa , América do Norte e Austrália foram desenvolvidas. Duas outras espécies
de pêra, a pêra Nashi ( Pyrus pyrifolia ) e a pêra chinesa híbrida branca ou são mais
amplamente cultivadas no leste da Ásia .

Pyrus communis

FIGUEIRAS

Nome cientifico: Ficus Carica

História do Paisagismo - 24
Há cerca de 755 espécies de figueiras no mundo,[ especialmente em regiões
de clima tropical e subtropical e onde haja presença de água. O gênero Ficus é um
dos maiores do Reino Vegetal.
As figueiras podem crescer de forma enérgica e por isso não é indicado que se
cultivem figueiras de grande porte perto de casas, pois o crescimento de suas raízes
tem a capacidade de deformar as paredes das residências.
Por fornecerem alimentos a aves, símios, morcegos e outros animais
dispersores de sementes, têm importância na preservação das vegetações nativas
tropicais e subtropicais. Os figos caídos no solo e na água servem também de
alimentos a vários outros animais, incluindo peixes e insetos.

Ficus Carica

VIDEIRAS

Nome cientifico: Vitis Vinifera

A Vitis é uma trepadeira da família das vitáceas,


com tronco retorcido, ramos flexíveis, folhas grandes e repartidas em cinco lóbulos
pontiagudos, flores esverdeadas em ramos, e cujo fruto é a uva. Originária
da Eurásia, a videira é cultivada em todas as regiões de clima temperado.
A videira produz as uvas, fruto de cujo suco se produz o vinho.
O cultivo da videira para a produção de vinho é uma das atividades mais antigas
da civilização. Evidências indicam o cultivo da videira para a produção de vinho na
região do Egito e da Ásia Menor durante o período neolítico, ao mesmo tempo em que
a humanidade, instalada em colônias permanentes, começou a cultivar
alimentos e criar gado, além de produzir cerâmica.

História do Paisagismo - 25
Vitis Vinifera

ROMANZEIRA

Nome cientifico: Punica Granatium

A romã é uma infrutescência da romãzeira (Punica granatum), fruto vulgar


no mediterrâneo oriental e médio oriente onde é tomado como
aperitivo, sobremesa ou algumas vezes em bebida alcoólica. O seu interior é
subdividido por finas películas, que formam pequenas sementes possuidoras de
uma polpa comestível

Punica Granatium

OLIVEIRA

Nome cientifico: Olea europaea

A oliveira (nome científico Olea europaea L.) é uma árvore da família


das oleáceas. A oliveira produz azeitonas, que são usadas para fazer azeite. Tem
pouca altura e tronco retorcido, sendo nativas da parte oriental do mar Mediterrâneo,
bem como do norte do atual Irã no extremo sul do mar Cáspio. A árvore e seus frutos
dão seu nome à família de plantas que também incluem espécies como o lilás e
o jasmim.

História do Paisagismo - 26
De seus frutos, as azeitonas, os homens no final do período
neolítico aprenderam a extrair o azeite. Este óleoera empregado
como unguento, combustível ou na alimentação, e por todas estas utilidades, tornou-
se uma árvore venerada por diversos povos.

Olea europaea

História do Paisagismo - 27
Croqui jardim grego

História do Paisagismo - 28
2.2 – ROMA
O império romano se estendia da Espanha (oeste) até a Mesopotâmia (leste) e
do Egito (sul) até a Inglaterra (norte). Compreendia variedade de paisagens, climas e
raças. Os romanos não podiam ser incluídos no grupo dos povos que tiveram a arte
como forma de expressão. Os jardins eram principalmente santuários sociais, onde
se desfrutava de proteção frente às moléstias do sol, vento, poeira e ruído das ruas.
A sombra projetada pelas galerias com arcos reduzia necessidade de arvoredo. As
plantas, quando existiam, eram colocadas em maciços elevados e os pátios se
ornamentavam com tanques de pedra para água, mesas de mármore e estátuas.

Os romanos quando saquearam Grécia carregaram consigo também seus


monumentos e estátuas, e como não sabiam o que fazer com a grande quantidade de
estátuas distribuíram-nas pelos seus jardins. De tal forma, que a ornamentação se
generalizou nos jardins romanos da época. Em consequência, tais jardins são
metódicos e ordenados, integrando-se às moradias. como exemplo temos as cidades
de Pompéia e Herculano. As plantas utilizadas eram: coníferas, plátanos, frutíferas
como amendoeira, pessegueiro, macieira, videira e outras. Ciprestes, buxos e louros-
anão recebiam "topiarias", que se caracterizavam por moldar arbustos em formas de
figuras de variados formatos e nomes.

História do Paisagismo - 29
.

2.2.1 – Plantas dos Jardins romanos


CIPRESTE

Nome cientifico: Cupressus sempervirens

O cipreste-italiano (Cupressus sempervirens L.; Cupressaceae), também


designado como cedro-bastardo, cipreste-comum, cipreste-de-itália, cipreste-do-
mediterrâneo, cipreste-mediterrânico e cipreste-piramidal, é uma árvore nativa do Sul
da Europa (Mediterrâneo oriental, Sudeste da Grécia – especialmente Creta e Rodes)
e do Sudoeste da Ásia (Nordeste da Líbia, Sul da Turquia, Chipre, Síria ocidental
e Líbano – além de uma população disjunta no Irão), que chega a medir 45 m,
com copa estreita e esguia, ramos nivelados, raminhos pendulosos e ramificações
terminais lineares. É uma espécie de grande longevidade e de folha persistente (como
se depreende do seu nome científico sempervirens, que quer dizer «sempre verde»)
- sabe-se que alguns chegam a viver mais de um milénio.

Cupressus sempervirens

CONÍFERA

Nome cientifico: Araucaria heterophylla

Conífera é a designação corrente dada às plantas gimnospérmicas da


divisão Coniferophyta (ou Pinophyta), na sua maior parte árvores, mas
também arbustos escandentes, presentes nas regiões tropicais e temperadas do
planeta, onde são a principal componente da flora alpina. São os vegetais capazes de
viver mais tempo.

História do Paisagismo - 30
Araucaria heterophylla

PLÁTAMO

Nome cientifico: Platanus acerifolia

Os plátanos são árvores do gênero Platanus, da família Platanaceae, as quais


são nativas da Eurásia e da América do Norte. São típicas dos
climas subtropical e temperado. No geral, são árvores de interesse ornamental,
podendo atingir entre 40 e 50 metros de altura. Elas são comuns em florestas
temperadas e subtropicais. Possuem folhas lobadas semelhantes às do bordo, que
ficam avermelhadas no outono antes de caírem no inverno, diferenciando-se, porém,
dos bordos pelas flores reunidas em inflorescências globosas, em contraste com
os amentos presentes nos bordos, e também pela ausência de resina nos plátanos,
entre outras diferenças estruturais menores.

Platanus acerifolia

AMENDOEIRA

Nome cientifico: Prunus dulcis

História do Paisagismo - 31
Prunus dulcis (antes classificada como Prunus amygdalus ou Amygdalus
communis), popularmente conhecida como amendoeira, amêndoa-de-
coco, amêndoa-durázio e amêndoa-molar, é uma espécie de árvores de folhas
caducas da família Rosaceae. A semente do seu fruto é geralmente considerada
como um fruto seco: a amêndoa. Tal como o pessegueiro, pertence ao
subgénero Amygdalus.
É nativa do oriente médio, nas regiões de clima mediterrâneo da Síria, Turquia,
e Paquistão, apesar de já ter sido introduzida em vários outros lugares.
Apesar de o termo amêndoa se referir ao fruto da amendoeira (Prunus dulcis),
usualmente ele também é referido a sua semente, ou mesmo às sementes de outras
variedades de amendoeiras.
De tais sementes, são extraídos óleos e essências possuidores de
propriedades medicinais e muito utilizados na indústria de cosméticos e na produção
do licor amaretto.

Prunus dulcis
VIDEIRAS

Nome cientifico: Vitis Vinifera

A Vitis é uma trepadeira da família das vitáceas,


com tronco retorcido, ramos flexíveis, folhas grandes e repartidas em cinco lóbulos
pontiagudos, flores esverdeadas em ramos, e cujo fruto é a uva. Originária
da Eurásia, a videira é cultivada em todas as regiões de clima temperado.
A videira produz as uvas, fruto de cujo suco se produz o vinho.
O cultivo da videira para a produção de vinho é uma das atividades mais antigas
da civilização. Evidências indicam o cultivo da videira para a produção de vinho na
região do Egito e da Ásia Menor durante o período neolítico, ao mesmo tempo em que
a humanidade, instalada em colônias permanentes, começou a cultivar
alimentos e criar gado, além de produzir cerâmica.

História do Paisagismo - 32
Vitis Vinifera

MACIEIRA

Nome cientifico: Malus Pumila

A Macieira (Malus pumila) é um membro da família Rosaceae. É uma árvore


caducifólia (que perde suas folhas sazonalmente). Atinge uma altura média de 16 pés
(5 metros). As macieiras padrão podem atingir uma altura de 25-35 pés (7,5 – 10 m)
ou até mais. As árvores anãs e semi-anãs atingem uma altura de 6 a 20 pés (2-6 m).
As flores são produzidas na primavera. Os frutos amadurecem em brotos que têm 2
ou mais anos de idade.

Malus Pumila

PESSEGUEIRO

Nome cientifico: Prunus pérsica

O pessegueiro (Prunus persica) é uma árvore decídua, nativa da China e sul


da Ásia, de folhas alternas e serreadas, flores roxas e drupas pubescentes,
comestíveis e com propriedades aperitivas e digestivas. Possui inúmeras variedades

História do Paisagismo - 33
hortícolas. A infusão das folhas e sementes é calmante e as flores são usualmente
utilizadas como laxante suave.

Prunus pérsica

LOURO-ANÃO

Nome cientifico: Laurus nobilis

Planta arbórea, dióica, de 2 a 10m de altura, perene. Pode viver de 60 a 70


anos. O caule é glabro, de casca lisa e preta, madeira amarelo-pálida, ramos eretos.
Folhas verde-escuras, pecioladas, ovóides, lanceoladas, agudas, glabras, brilhantes
na parte superior e baça na inferior, coriáceas, lanceoladas, onduladas nos bordos,
alternas, persistentes. Flores dióicas ou hermafroditas, pequenas, aromáticas,
branco-amareladas, 4 a 6 por umbela na axila das folhas, pedunculadas, com sépalas
petalóides. Fruto tipo baga, de cor negra.

Laurus nobilis

História do Paisagismo - 34
Croqui jardiM romano

História do Paisagismo - 35
3 – IDADE MÉDIA

3.1 – MONACAIS

A Representava uma reação ao luxo da tradição romana. Era dividido em 4


partes: o pomar, a horta, o jardim de plantas medicinais e o jardim de flores. Existiam
áreas gramadas cercadas e arbustos, viveiros de peixes e pássaros, além de local
para banho

História do Paisagismo - 36
Crocqui jardim monacal

História do Paisagismo - 37
3.2 – MOURISCOS

No século V os árabes invadiram a Pérsia, onde tentaram implantar o


islamismo. No século VI, na Espanha, os árabes criaram os chamados "jardins da
sensibilidade" que se caracterizavam pela água, cor e perfume, com os objetivos de
sedução e encantamento. O emprego de canais, fontes e pequenos regatos formavam
um aspecto hidráulico para a irrigação e para amenizar o calor, além do aspecto de
ornamentação destes jardins. A cerâmica e o azulejo eram bastante utilizados.

As espécies vegetais mais cultivadas foram os jasmins, os cravos, os jacintos,


as alfazemas, as rosas, as primaveras e as anêmonas. Os jardins espanhóis
representam bem a influência árabe. As principais características destes jardins: eram
de pequenas dimensões, sem ostentação e com destino à vida familiar.

3.2.1 – Plantas dos Jardins mouriscos


JASMIM

Nome cientifico: Jasminum Nitidum

Jasmim é o nome comum pelo qual são conhecidas as espécies do


gênero Jasminum L., da família Oleaceae, nativas do Velho Mundo. Seu nome vem
do árabe Yasamin, que por sua vez foi emprestado do persa. São em sua maior
parte arbustos ou lianas, de folhas simples ou compostas. As flores são tubulares,
com pétalas patentes, raramente maiores do que dois centímetros de diâmetro, quase
sempre muito perfumadas. Quase todas as espécies possuem flores brancas, mas há
algumas de flores amarelas ou rosadas.

Seu aroma é adocicado, e é juntamente com a rosa um dos aromas pilares


da perfumaria. Na China misturam-se flores de jasmim a folhas de chá, e a
combinação de sabor e aroma resultante é muito apreciado.

História do Paisagismo - 38
Os maiores produtores mundiais de jasmins são e Índia e a China

Jasminum Nitidum

CRAVEIRO

Nome cientifico: Dianthus caryophyllus

O craveiro é constituído por uma flor com múltiplas pétalas, com bordas
recortadas, e cuja cor original é um púrpura rosado (atualmente existem mais
variedades de cor - branco, rosa, vermelho e amarelo, além de inúmeras tonalidades
e misturas). Tem o caule reto, com várias ramificações.

Certas variedades exalam um aroma delicado, motivo pelo qual são utilizadas
na fabricação de perfumes. Os cravos reproduzem-se por meio de sementes, e
necessitam de solo quente, sem excessiva humidade.

A maioria das espécies de formigas domésticas são altamente repulsivas ao


cravo, sendo este um bom agente para combater invasões.

Dianthus caryophyllus

História do Paisagismo - 39
LAVANDA

Nome cientifico: Lavandula Angustifolia

A lavanda é uma espécie nativa do europeu, onde é encontrada em Portugal,


no nordeste da Espanha, no norte da Itália e sul da França.
A lavanda é uma das espécies medicinais mais usadas e possui ampla
aplicação em perfumes e cosméticos. Essa espécie pode ser propagada sexualmente
e assexualmente. Entretanto a reprodução via sementes é geralmente lenta e as
plantas apresentam grande variação na taxa de crescimento e composição do óleo
essencial. Portanto, a propagação vegetativa é a mais eficiente para produzir muitos
indivíduos uniformes a partir de um genótipo de interesse

Lavandula Angustifolia
JACINTO

Nome cientifico: Hyacinthus orientalis

Hyacinthus L. é um gênero da família Asparagaceae.


De nome comum jacinto, é uma planta perene bulbosa, originária da
região mediterrânea e África Meridional. Seu nome provém de Jacinto, da mitologia
grega

Hyacinthus orientalis

História do Paisagismo - 40
Croqui jardim mourisco

História do Paisagismo - 41
4 – IDADE MODERNA – RENASCIMENTO

O início do Renascimento data de meados do século XV e tal época ficou assim


conhecida devido ao ressurgimento da cultura de um modo em geral. Houve uma
renovação do pensamento no que diz respeito às artes, às ciências, à literatura e a
filosofia. Consequentemente, houve o renascimento também dos jardins e os países
que mais expressaram esta renovação foram Itália, França e Inglaterra.

4.1 – RENASCIMENTO - ITÁLIA


Os jardins italianos desta época se inspiraram nos jardins da Roma Antiga que
possuíam muitas estátuas e fontes monumentais. Na Itália, os sítios se encontravam
nas colinas e nas encostas, em razão das vistas panorâmicas e do clima.

Os jardins eram tidos como centros de retiro intelectual onde sábios e artistas
podiam trabalhar e discutir no campo, longe do calor e das moléstias do verão da
cidade. A vegetação era considerada secundária e se caracterizava por receber cortes
adquirindo formas determinadas, conhecidas anteriormente nos jardins romanos por
topiárias.

Em seguida esta mesma vegetação era distribuída pelos terraços e, no plano


mais elevado do jardim, dominando a composição, se encontrava o palácio. Os
vegetais mais utilizados foram: o louro, o cipreste, o azinheiro e o pinheiro entre outros
vegetais característicos dos jardins-italianos do Renascimento

Prunus pérsica

História do Paisagismo - 42
Vila Médice

4.1.1 – Plantas dos Jardins italianos

LOURO-ANÃO

Nome cientifico: Laurus nobilis

Planta arbórea, dióica, de 2 a 10m de altura, perene. Pode viver de 60 a 70


anos. O caule é glabro, de casca lisa e preta, madeira amarelo-pálida, ramos eretos.
Folhas verde-escuras, pecioladas, ovóides, lanceoladas, agudas, glabras, brilhantes
na parte superior e baça na inferior, coriáceas, lanceoladas, onduladas nos bordos,
alternas, persistentes. Flores dióicas ou hermafroditas, pequenas, aromáticas,
branco-amareladas, 4 a 6 por umbela na axila das folhas, pedunculadas, com sépalas
petalóides. Fruto tipo baga, de cor negra.

Laurus nobilis

CIPRESTE

Nome cientifico: Cupressus sempervirens

História do Paisagismo - 43
O cipreste-italiano , também designado como cedro-bastardo, cipreste-
comum, mediterrânico e cipreste-piramidal, é uma árvore nativa do Sul da Europa e
do Sudoeste da Ásia , que chega a medir 45 m, com copa estreita e esguia, ramos
nivelados, raminhos pendulosos e ramificações terminais lineares. É uma espécie de
grande longevidade e de folha persistente - sabe-se que alguns chegam a viver mais
de um milénio.

Cupressus sempervirens

AZINHEIRA

Nome cientifico: Quercus ilex

As azinheiras são árvores que chegam a medir até 10 metros de altura.


Pertencem à família das fagáceas.
Nesta espécie existe dimorfismo foliar.
Nativas da região Mediterrânica da Europa e Norte da África, a sua madeira é
dura e resistente à putrefação, sendo largamente utilizada, desde a antiguidade até
os dias atuais, na construção de habitações (vigas e pilares), embarcações, barris
para envelhecimento de vinhos e na fabricação de ferramentas. Ainda hoje, a sua
madeira é utilizada como lenha e na fabricação de carvão, que continua sendo uma
importante fonte de combustível doméstico em muitas regiões Ibéricas.

Quercus ilex

História do Paisagismo - 44
Croqui jardim ITALIANO – RENASCENTISTA

História do Paisagismo - 45
4.2 – RENASCIMENTO - FRANÇA
Os países da Europa seguiram a França no século XVII, período no qual teve
sua maior riqueza e poder, no que dizia respeito a estética. A princípio, o estilo francês
se baseou nos jardins medievais, que utilizavam canteiros com flores e ervas
medicinais, sendo que havia também a horta que lhes concedia o abastecimento.
Como características deste estilo, podemos citar a rígida distribuição axial, a
simetria, a perspectiva, o uso de topiárias e a sensação de grandiosidade. As formas
geométricas podiam ser percebidas tanto nos caminhos e passeios quanto na
vegetação, admitindo-se poucos desníveis.
Os principais jardins foram construídos pelo famoso arquiteto/paisagista de Luiz
XIV, André Le Notrê. Sua obra mais marcante foi o jardim do Palácio de Versalhes.

Jardins do palácio de Versalhes

História do Paisagismo - 46
Jardins do palácio de Versalhes

Jardins Palácio Vaux-Le-Vicomte

História do Paisagismo - 47
CROQUI JARDIM FRANCES - RENASCENTISTA

História do Paisagismo - 48
4.3 – RENASCIMENTO – INGLATERRA
O jardim inglês é um tipo de jardim desenvolvido durante o século XVIII, que ao
contrário dos jardins geométricos ao estilo francês ou italianos. Concebidos por
arquitetos que se organizam segundo ponto de vista pitorescos (mas não
desorganizado).
As principais características deste jardim são extensas gramados, pequenos
bosques, árvores isoladas e desníveis no terreno, que prima pelo traçado do orgânico
muito próximo do que é encontrado na natureza. As formas são muito sinuosas, com
plantas diferentes texturas e tonalidades, dispostas em vasos e canteiros.

Na primavera o canteiro é multicolorido, entre o verão e outono, prevalecem as


árvores mudando o tom de suas folhas de amarelo para o vermelho. No inverno
apenas as coníferas sobrevivem bastante verdes. Nos parques de estilo inglês, estão
presentes grandes gramados com amplos caminhos que se valoriza a topografia do
terreno.

4.3.1 – Plantas dos Jardins ingleses

TUIA MACARRÃO

Nome cientifico: Chamaecyparis Pisifera

História do Paisagismo - 49
Árvore muito ramificada originária do Japão, a forma típica de 30-40 m de altura,
de tronco com casca marrom-avermelhada. Existem várias cultivadas em uso no
mundo, das quais a mais cultivada no Brasil é Filifera Aurea cujo porte é arbustivo e o
ramos novos longos, indivisos, pendentes e com folhagem nova amarelo-dourada,
esmaecendo no verão.
É indicada para cultivo como arbusto isolado ou em forma de grupos ou renques,
com terra fertil e permeável, irrigada periodicamente. Rusticas e tolerante a podas é
apropriada para formação de sebe podada ou topiada.

Chamaecyparis Pisifera
BUXINHO

Nome cientifico: Buxus Sempervirens

Arbusto lenhoso, perene, ereto e ramificado, com crescimento muito lento e de


folhagem ornamental, originário das regiões do Mediterrâneo, Oriente e China. De 2-
5 m de altura. Folhas estreito-ovoladas, coriáceas, glabras e brilhante, de 2-3 cm de
comprimento, com pecíolo curto, florescimento e frutificação não ocorrentes no Brasil.
é utilizada com frequência como planta para bordadura de jardins, desenhando ou
não, pode ser cultivado em vasos grandes por longo tempo se podada com frequência.

Buxus Sempervirens

História do Paisagismo - 50
CROQUI JARDIM INGLES

História do Paisagismo - 51
4.4 – RENASCIMENTO – HOLANDA
Os holandeses, no início, também não fugiram das influências francesas e
italianas. Porém, devido à sua topografia plana, o hábito de cultivo das plantas
bulbosas (especialmente a tulipa) e o seu gosto pelas cores, criaram jardins mais
compactos e graciosos. São divididos em múltiplos recintos e apresentam túneis
sombreados por trepadeiras. As partes centrais são formadas por intrincados grupos
florais; fontes douradas baixas que jorram suas águas em pequenos tanques
rodeados de ercas vivas de bordadura baixa. Os ciprestes recebiam podas, formando
círculos sobrepostos. Portões de ferro fundido fechavam os jardins.

4.4.1 – Plantas dos Jardins ingleses

TULIPA
Nome cientifico: Tulipa hybrida

Tulipa é o nome popular dado ao extenso grupo de espécies, variedades e


híbridos do gênero Tulipa. O nome tem origem turco-otomana tülbendque significa
turbante, uma alusão ao formato da flor. A flor solitária surge do centro da folhagem
em uma haste ereta.
A Holanda é o maior produtor mundial de tulipas e estas flores tem uma enorme
importância econômica para este país.

Tulipa hybrida

História do Paisagismo - 52
JACINTO

Nome cientifico: Hyacinthus orientalis

Hyacinthus L. é um gênero da família Asparagaceae.


De nome comum jacinto, é uma planta perene bulbosa, originária da
região mediterrânea e África Meridional. Seu nome provém de Jacinto, da mitologia
grega

Hyacinthus orientalis

História do Paisagismo - 53
CROQUI JARDIM HOLANDES

História do Paisagismo - 54
5 – IDADE CONTEMPORANEA

5.1 – ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA


Nos países de língua inglesa, em particular os Estados Unidos, constroem-se
jardins públicos com base nessa temática, geralmente associados a parques,
universidades e festivais. Locais de interesse cultural, educacional e romântico.

História do Paisagismo - 55
5.1.1 – Plantas dos Jardins americanos

VIOLETA

Nome cientifico: Saintpaulia ionantha.

A violeta é uma planta muito popular em todo o Brasil, tendo ela passado por
um longo período de melhoramento genético e hibridações, que geraram em torno de
18 espécies e 6 mil variedades. Existem flores de várias cores, como brancas, róseas,
roxas ou bicolores. O florescimento é contínuo o ano todo.

Saintpaulia ionantha.

MARGARIDA

Nome cientifico: Leucanthemum vulgare

A margarida é uma das plantas mais conhecidas, singela, porém vistosa,


lembra a simplicidade do campo. Suas flores são pequenas, reunidas em capítulos
grandes, que podem ser simples ou dobrados, com pétalas brancas e centro amarelo.
A folhagem é macia e verde escura, e evidencia, pelo contraste, as flores sustentadas
por longos pedúnculos. Devido à sua rusticidade é muito utilizada em jardins públicos.

Leucanthemum vulgare

História do Paisagismo - 56
ROSA

Nome cientifico: Rosa x grandiflora

A rosa é a principal flor de corte comercial no mundo. Musa inspiradora de todas


as artes, desde a pintura até a poesia, a rosa possui muitos significados em nossa
cultura. Arbustiva e muito exigente em fertilidade e manejo a roseira aprecia
o clima ameno. Além de flor de corte pode ser cultivada em vasos, isolada ou em
grupos no jardim, formando charmosos maciços

Rosa x grandiflora

ALECRIM

Nome cientifico: Rosmarinus officinalis

O alecrim é uma espécie arbustiva, muito ramificada, que pode alcançar 1,5
metros de altura. Seu nome científico Rosmarinus significa em latim “orvalho que vem
do mar”, essa denominação foi dada pelos romanos devido ao aroma da planta, que
vegetava espontaneamente em regiões litorâneas.

Rosmarinus officinalis

História do Paisagismo - 57
CROQUI JARDIM AMERCANO

História do Paisagismo - 58
5.2 – JÁPÃO
No jardim japonês os elementos como água, pedras, cascalho, pontes e
lanterna eram utilizadas para compor uma paisagem elaborada.

Os caminhos de pedras de formatos irregulares permitiam atravessar o jardim


e proporcionavam também a conservação dos caminhos de areia. A areia era utilizada
para representar a água nos jardins que não possuíam. Somente se utilizavam plantas
perenes para se ter uma estabilidade da paisagem o ano todo. Pinheiros, cerejeiras,
camélias, azaléias, bambu e grama japonesa são normalmente alguns dos elementos
vegetais presentes.

Dentre as árvores, a preferida era o Acer, com suas variações de cores e folhas
e algumas espécies de pinus com formas e texturas variadas. Entre as frutíferas
cultivavam-se a amendoeira e a cerejeira. Nos lagos a presença de carpas era sempre
constante, e possuía uma simbologia voltada para a fecundidade. A água também
simbolizava os momentos de calma, e os momentos de agitação quando em
movimento.

5.2.1 – Plantas dos Jardins japoneses

ACER

Nome cientifico: Acer platanoides

História do Paisagismo - 59
Acer é um género botânico pertencente à família Aceraceae, podendo ser
denominada com o nome comum de bordo. Pode ser uma árvore ou arbusto. Existem
aproximadamente 128 espécies, a maioria das quais são nativas da Ásia, mas várias
espécies também ocorrem na Europa.

Acer platanoides

CEREJEIRA

Nome cientifico: Prunus serrulata

Sakura é o nome japonês dado às cerejeiras em flor, pertencentes à


espécie Prunus serrulata. As cerejeiras são nativas de muitos países asiáticos,
inclusive Japão, Coreia e China.

No Japão, a sakura também simboliza as nuvens dado que elas


desabrocham em massa, além de serem duradouras metáforas da natureza efêmera
da vida, um aspecto da tradição cultural japonesa que é frequentemente associado
com a influência budista, e que é encarnado no conceito de mono no aware (saudade
da beleza que passa).

Prunus serrulata

História do Paisagismo - 60
CROQUI JARDIM JAPONÊS

História do Paisagismo - 61
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi uma perspectiva totalmente diferente, analisar os contextos históricos da


humanidade com foco no paisagismo.

Com base neste estudo vemos que os jardins sempre fizeram parte da cultura
dos povos e que estes jardins além de grandes elementos paisagísticos, foram:

• Locais de expressão de religiosidade;


• Climatizadores em algumas culturas;
• Pontes de integração entre as construções e as florestas circundantes;
• Elementos de ornamentação e/ou cultivo de alimento;
• Basicamente funcionais que forneciam determinados produtos;
• Funcionais na ordem de se ter uma fonte de determinado recurso, mas
também realizava função de climatizador;
• Expressões de beleza, técnica e retomada da expressão do homem que é
o centro do universo;
• Elementos arquitetônicos projetados para demonstrar o poder dos
monarcas;
• Locais exuberantes desenvolvidos para sublimar a beleza de
determinados tipos de flores que são a identidade de um país;

Neste estudo vimos que independente dos períodos históricos estudados,


sempre houve o controle da formação destas paisagens e o conhecimento das plantas
a serem utilizadas, pois as características das mesmas permitiam o manejo e o
desenvolvimento.

Através deste estudo estamos aptos a identificar o período histórico ou


civilização através de seus jardins e/ou cultivos característicos.

História do Paisagismo - 62
BIBLIOGRAFIA

LORENZI,
HARRI.
PLANTAS PARA JARDIM NO BRASIL herbáceas,


arbustivas e trepadeiras 2ª edição.Ed.
Plantarum,
2015.

LORENZI,
HARRI
– Plantas
Ornamentais
no
Brasil.
Nova
Odessa:
Ed.

Plantarum.
LORENZI,
HARRI.
Árvores
brasileiras
I,
II
e
III.
Nova
Odessa:
Ed.

Plantarum,
2010.
https://www.homify.com.br/livros_de_ideias/3296289/56-tipos-de-jardins-
muito-faceis-de-fazer-no-seu-quintal
http://flores.culturamix.com/jardim/principais-estilos-de-jardins
http://www.paisagismobrasil.com.br/index.php?system=news&news_id=803&a
ction=read
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bot%C3%A2nica
http://www.jardimdeflores.com.br/paisagismo/a05daniel.htm

História do Paisagismo - 63

Das könnte Ihnen auch gefallen