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Março 2018
LAJES COGUMELO
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Embora essa seja a definição da norma, normalmente tanto uma quanto outra
são denominadas genericamente por lajes cogumelo, com ou sem capitel.
panel” (ver figura 11.1 d). Normalmente tanto um quanto o outro são simplesmente co-
nhecidos como capitel. Essas soluções dificultam e oneram a execução da laje, que
não mais mantém o seu teto liso. Conforme se verá mais adiante é possível, em muitos
casos, substituir os capitéis e prevenir o colapso progressivo com o cálculo e detalha-
mento adequado de armaduras projetadas para a laje, adicionais às de flexão.
Conforme mostrado na figura acima essas lajes podem ser maciças ou nervura-
das com ou sem elementos inertes, em concreto armado ou protendido. As nervuradas
normalmente apresentam regiões maciças nos apoios, para atender aos esforços loca-
lizados devidos a punção.
11.2
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soluções estruturais cada vez mais complexas para atender a uma demanda cres-
cente por projetos arquitetônicos mais arrojadas, aliando estética e aproveitamento
máximo dos espaços construídos. Nesse contexto sobressaem as lajes cogumelos
que dentre as suas possíveis vantagens, pode-se citar:
11.3
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Embora as vantagens acima sejam suficientes para adoção dessa solução es-
trutural, é necessário tomar alguns cuidados na definição final do sistema a ser ado-
tado. Os cuidados estão relacionados às duas grandes desvantagens observadas em
edifícios construídos com lajes cogumelo:
“A análise estrutural de lajes lisas e cogumelo deve ser realizada mediante em-
prego de procedimento numérico adequado, por exemplo, diferenças finitas,
elementos finitos ou elementos de contorno.”
“Nos casos das lajes em concreto armado, em que os pilares estiverem dispos-
tos em filas ortogonais, de maneira regular e com vãos pouco diferentes, o cál-
culo dos esforços pode ser realizado pelo processo elástico aproximado, com
redistribuição, que consiste em adotar, em cada direção, pórticos múltiplos,
para obtenção dos esforços solicitantes.”
11.4
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“Para cada pórtico deve ser considerada a carga total. A distribuição dos mo-
mentos, obtida em cada direção, segundo as faixas indicadas na Figura 11.2
(abaixo), deve ser feita da seguinte maneira:
Figura 11.2 - Faixas de laje para distribuição dos esforços nos pórticos múlti-
plos (adaptado da figura 14.9 da NBR 6118)
11.5
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De acordo o item 13.2.4.1 da NBR 6118, que trata das dimensões limites para
lajes maciças, a espessura mínima para lajes lisas é de 16 cm e para lajes cogumelo
é de 14 cm, fora do capitel.
Embora não persista essa recomendação na versão atual da NBR 6118, esses
valores mínimos para os pilares continuam sendo praticados de maneira comum. Da
mesma forma, conforme visto no capítulo 10, existe uma recomendação prática para
11.6
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menor vão .
11.5 – Exemplos
Dimensões
Espessura da laje
Trata-se de uma laje cogumelo maciça em concreto armado, com vãos iguais
a 6 m nas duas direções, portanto a espessura da laje pode ser:
11.7
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Nas duas direções os vãos são iguais a 6m, a altura livre do pilar vale (305 -
16) = 289 cm, portanto os pilares podem ser quadrados com a seguinte dimensão
mínima:
30 cm
b=h≥ 600 / 20 = 30 cm Adotar seção (30 / 30) cm2
289 / 15 = 19,3 cm
Carregamentos
11.8
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Momentos fletores
O cálculo simplificado dos momentos fletores dessa laje é feito com pórticos
nas direções X e Y, considerando-se apenas os lances dos pilares imediatamente
acima e abaixo do pavimento analisado. São três pórticos na direção X e quatro na
direção Y. Na direção X os pórticos dos eixos A e C tem largura de (1 + 6/2) = 4 m e
do eixo B, (6/2 + 6/2) = 6 m. Analogamente na direção Y os pórticos 1 e 4 tem largura
de 4 m e os dos eixos 2 e 3, largura de 6 m. Esses pórticos com os seus carregamen-
tos estão apresentados na figura 11.4.
As cargas dos pórticos nessa figura são consideradas para faixas de laje com
um metro de largura, nas direções X e Y. As vigas que formam os pórticos centrais,
como dos eixos B na direção X e 2,3 em Y, têm largura equivalente correspondente à
soma das metades das distâncias entre os eixos dos pilares em cada direção. Para
os pórticos laterais, eixos A,C em X e eixos 1,4 em Y, a largura equivalente é obtida
com a soma da metade da distância entre os eixos dos pilares e da distância dispo-
nível até o contorno da laje em cada direção. A altura das vigas é a mesma, 16 cm,
nas duas direções. Dessa forma as larguras das vigas são:
11.9
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Portanto os momentos de inércia das vigas que formam os pórticos são obtidos da
seguinte forma:
11.10
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Para os dois pórticos acima, com mesmo carregamento e com duas inércias
diferentes cada um, os diagramas de momentos fletores das suas vigas estão apre-
sentados na figura 11.5. Devido a simetria, apenas a primeira metade dos diagramas
foi desenhada.
11.11
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Reações de apoio
As flechas devem ser avaliadas de forma mais confiável por métodos numéri-
cos, como o Método das Diferenças Finitas (MDF), o Método dos Elementos Finitos
(MEF) ou o Método dos Elementos de Contorno (MEC).
Dimensionamento à flexão
11.12
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A taxa de armadura mínima para (d/h) = (12,75 / 16) ≈ 0,8 e fck = 30 MPa é dada
na tabela 2.7, ρmin = 0,15%, portanto As,min = 0,15%x100x16 = 2,4 cm2/m.
11.13
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11.14
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11.15
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11.16
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LISTA DE FERROS
COMPRIMENTO
N QUANTIDADE RESUMO
(cm)
COMPRIMENTO PESO
1 8 452 715
(cm) (kg)
2 8 83 630 8 4541 1793
3 10 104 275
10 424 262
4 12,5 232 325
12,5 754 727
5 8 60 275
TOTAL (kg) 2782
6 8 76 325
7 10 2 CORR
8 8 340 110
11.17
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11.18
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11.19
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11.20
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11.21
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11.22
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Nota-se que a placa se levanta nos cantos em balanço e tem flechas acentua-
das nas suas laterais conforme figuras 11.9, 11.12 e 11.13. As flechas imediatas (car-
gas nominais) nas laterais inferior e esquerda, atingem seus valores máximos positi-
vos, respectivamente nos nós 9 (0,73 cm) e 169 (0,59 cm). A flecha final levará em
conta cargas de serviço, seção fissurada e deformação lenta ampliando seus valores
imediatos a patamares que podem superar as flechas limites do ELS-DEF (verificado
mais adiante).
Essas flechas acontecem nas laterais visíveis da laje podendo gerar certo des-
conforto estético da obra. As mesmas poderiam ser aliviadas com vigas de borda,
resultando um misto de laje lisa e laje com vigas.
11.23
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Usa-se normalmente uma visualização dos resultados, que leva em conta gru-
pos de elementos com mesmo nível de solicitação, aferidos aos centroides dos ele-
mentos e situados dentro de uma faixa de valores. É o que se indica na figura 11.15
para os dois momentos fletores. Essa forma de analisar os esforços é mais fácil e
apresenta um ganho adicional na definição dos trechos de momentos negativos e po-
sitivos, auxiliando o detalhamento das armaduras de flexão.
A partir dos limites das faixas de solicitações da figura 11.15, pode-se dimensi-
onar para os seus valores médios (faixa de 1,5 m - 3 elementos) resultando no nó 309,
momento Mx = [(4504+3316)/2 + (3316+2128)/2 + (2128+940)/2] = 2722 kNcm e My =
[(4625+3442)/2 + (3442+2258)/2 + (2258+1074)/2] = 2850 kNcm. Pode-se detalhar
também para cada faixa de 0,5 m, correspondente ao tamanho do elemento, opção
pouco recomendada por dificuldades práticas no detalhamento das armaduras e na
execução.
11.24
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11.25
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Essa flecha é para cima e tem valor que excede a flecha admissível, para ba-
lanço, em pouco mais de 20%, podendo ainda ser considerada aceitável.
11.26
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Na flexão a forma de ruína é dúctil, porque mesmo que haja primeiro o esmaga-
mento do concreto à compressão, a armadura é, normalmente, projetada para defor-
mação maior ou igual àquela correspondente ao início do escoamento do aço. Dessa
forma a ruína é antecipada por uma grande deformação.
11.27
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Os três tipos de ruína (figura 11.17) deverão ser evitados e o modelo sugerido
pela NBR 6118 no item 19.5.1 contempla a verificação da resistência do concreto e o
dimensionamento da armadura de punção, quando necessária, em superfícies críticas
ou seções de controle, para os tipos de ruína supracitados.
“Na segunda superfície crítica (contorno C’) afastada 2d do pilar ou carga con-
centrada, deve ser verificada a capacidade da ligação à punção, associada à
resistência à tração diagonal. Essa verificação também é feita através de uma
tensão de cisalhamento, no contorno C’.” (superfície crítica S2)
“Caso haja necessidade, a ligação deve ser reforçada por armadura transver-
sal.”
11.29
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“A terceira superfície crítica (contorno C’’) apenas deve ser verificada quando
for necessário colocar armadura transversal.” (superfície crítica S3)
citante de cálculo” deve ser menor ou igual à “(Rd2) - tensão de cisalhamento re-
sistente de cálculo-limite para verificação da compressão diagonal do concreto
na ligação laje - pilar”.
Caso Sd > Rd1, haverá necessidade de armadura de cisalhamento para refor-
çar e garantir a segurança da ligação laje-pilar. Essa armadura deverá ser distribuída
em pelo menos três contornos paralelos a C’. A uma distância 2d além do contorno
mais externo dessa armadura, deverá ser verificada uma terceira superfície crítica C’’
(superfície de ruptura S3), onde a nova tensão (Sd) deverá ser menor que “(Rd3) -
tensão de cisalhamento resistente de cálculo”. Salienta-se que a verificação na
superfície C’’ só será realizada se houver necessidade da armadura transversal para
combate ao cisalhamento.
11.30
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FSd
τ Sd Contorno C
u0 d
(11.1)
F
τ Sd Sd Contorno C'
ud
dx dy
d (11.2)
2
Onde:
d - é a altura útil da laje ao longo do contorno crítico C (da área de
aplicação da força) ou C' (externo ao contorno C e deste distante 2d no
plano da laje);
11.31
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“A força de punção FSd pode ser reduzida da força distribuída aplicada na face
oposta da laje, dentro do contorno considerado na verificação, C ou C’.”
Figura 11.18 - Perímetros críticos em pilares internos (Fig. 19.2 da NBR 6118)
FSd K M Sd
τ Sd (11.3)
ud Wp d
Onde:
K - é o coeficiente que fornece a parcela de MSd transmitida ao pilar por
cisalhamento, que depende da relação (C1 / C2);
11.32
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11.33
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u
Wp e d (11.4)
0
Onde:
FSd K 1 M Sd1
τ Sd *
(11.5)
u d Wp1 d
Sendo:
MSd1 = (MSd - MSd*) ≥ 0 11.6)
Onde:
FSd - é a reação de apoio de cálculo;
11.34
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Onde:
MSd2 - é o momento de cálculo no plano paralelo à borda livre;
Wp2 - é o módulo de resistência plástica na direção paralela à borda livre,
calculado para o perímetro u.
11.35
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Figura 11.20 - Perímetros críticos em pilares de borda (Fig. 19.3 da NBR 6118)
“Aplica-se o disposto para o pilar de borda quando não age momento no plano
paralelo à borda.”
“Como o pilar de canto apresenta duas bordas livres, deve ser feita a verificação
separadamente para cada uma delas, considerando o momento fletor, cujo
plano é perpendicular à borda livre adotada.”
11.36
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Figura 11.21 - Perímetro crítico em pilares de canto (Fig. 19.4 da NBR 6118)
11.6.1.5 - Capitel
“Quando existir capitel, devem ser feitas duas verificações nos contornos críti-
cos C1’ e C2’ como indica a Figura 19.5.” (figura 11.22 dessa apostila)
Figura 11.22 - Definição da altura útil no caso de capitel (Fig. 19.5 da NBR 6118)
11.37
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Onde:
d - é a altura útil da laje no contorno C2’;
dc - é a altura útil da laje na face do pilar;
da - é a altura útil da laje no contorno C1’;
a) b)
Figura 11.23 - Perímetro crítico a) contorno com reentrância
b) com abertura (Figs. 19.6 e 19.7 da NBR 6118)
11.38
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FSd
τ Sd τ Rd2 0,27 α v f cd (11.9)
u0 d
Onde u0 é o perímetro da superfície crítica C.
fck
αv 1 (fck em MPa) (11.10)
250
11.39
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- - 90 1,111 (1,333)
20
100 ρ fck 1/3
FSd
τ Sd τ Rd1 0,13 1 (11.12)
ud d
ρ ρx ρy (11.13)
Onde:
d - é a altura útil da laje, conforme equação (11.2), ao longo do contorno
crítico C’ da área de aplicação da força, em centímetros;
11.40
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Essa verificação deve ser feita no contorno crítico C’ ou em C1’ e C2’, no caso
de existir capitel.
Onde:
sr - é o espaçamento radial entre linhas de armadura de punção, não
maior do que 0,75d;
11.41
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h 15
f ywd 250 185 MPa para 15 < h ≤ 35 cm
20
0,10
τ Sd τ Rd1
0,13
A sw ud (11.17)
d
1,5 f ywd senα
sr
Para o cálculo da armadura Asw, equação (11.17), embora o produto (1,5d / sr)
seja maior ou igual a 2, será adotado o valor mínimo 2, a favor da segurança.
11.42
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“Essa armadura deve ser preferencialmente constituída por três ou mais linhas
de conectares tipo pino com extremidades alargadas, dispostas radialmente a
partir do perímetro do pilar. Cada uma dessas extremidades deve estar ancorada
fora do plano da armadura de flexão correspondente.”
Conforme o item 19.5.3.4 da NBR 6118 quando for necessário utilizar armadura
transversal, ou seja, Sd > Rd1 no contorno C’, essa armadura deve ser estendida em
contornos paralelos a C’ até que, em um contorno C" afastado 2d do último contorno
dessa armadura, não seja mais necessária armadura, isto é, Sd ≤ Rd1 no contorno
C’’. A disposição dessa armadura em planta está ilustrada na figura 11.24, assim
como o contorno u* da superfície crítica C’’.
11.43
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11.44
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FSd
A s,ccp 1,5 (11.18)
f yd
11.45
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Na figura 11.27 (p) é a distância da face do pilar até a última linha de conectores
ou ramo dos estribos da armadura de cisalhamento. Se essa armadura for composta
pelo mínimo de três linhas, espaçadas entre si de (sr = 0,75 d), p assume o mesmo
valor (2 d), da distância da face do pilar ao contorno crítico u’.
11.46
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Contorno C
u0 = p D (11.19)
Wp = D2
Contorno C’
u = p (D + 4d) (11.20)
Wp = (D + 4d)2
Contorno C’’
u’ = p (D + 2p + 4d) (11.21)
Wp = (D + 2p + 4d)2
Pilares internos
11.47
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Contorno C
u0 2C1 C2
C12
Wp1 C1 C 2 (11.22)
2
C22
Wp2 C2C1
2
Contorno C’
u 2C1 C2 4 π d
C12
Wp1 C1C 2 4C2d 16d2 2 π d C1 (11.23)
2
C22
Wp2 C2C1 4C1d 16d2 2 π d C2
2
Contorno C’’
u' 2C1 C2 4 π d 2π p
C12
Wp1 C1C 2 4C2d 16d2 2 π d C1 2C2p 16dp 4p2 π C1p (11.24)
2
C 22
Wp2 C 2C1 4C1d 16d2 2 π d C 2 2C1p 16dp 4p 2 π C 2p
2
Pilares de borda
Contorno C
u*0 2a C2
C12 C1C2
Wp1 (11.25)
2 2
C22
Wp2 C2C1
4
u*
C1 C 2
e d C1a a 2
e* 0
2 (11.26)
u* 2a C 2
d
0
11.48
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Contorno C’
u* 2a C 2 2 π d
C12 C1C 2
Wp1 2C2d 8d 2 π d C1
2 2
C 22
Wp2 C 2 C1 4C1d 8d 2 π d C 2 (11.27)
4
C1 C 2
C1 a a 2 2C2 d 8d 2 π dC1
e* 2
2a C 2 2 π d
11.49
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Contorno C’’
u * 2a C 2 2 π d π p
C12 C1C 2 π p C1
Wp1 2C2d 8d 2 π d C1 C 2p 8dp 2p 2
2 2 2
C 22 π p C2
Wp2 C 2 C1 4C1d 8d 2 π d C 2 2C1p 8dp 2p 2 (11.28)
4 2
C1 C2 π p C1
C1a a 2 2C2d 8d2 π dC1 C2p 8dp 2p2
e* 2 2
2a C2 2 π d π p
Pilares de canto
Contorno C
u*0 a1 a 2
MSd1
C12 C1C 2
Wp1
4 2
C1a 1 a 12 a 2 C1
e*1 (11.29)
2a 1 a 2
MSd2
C 22 C 2 C1
Wp2
4 2
C 2 a 2 a 22 a 1C 2
e*2
2a 2 a 1
11.51
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Contorno C’
u* a1 a 2 π d
MSd1
C12 C1C 2 π d C1
Wp1 2C2 d 4d 2
4 2 2
C1a 1 a 12 a 2 C1 4a 2 d 8d 2 π d C1
e *1 (11.30)
2a 1 a 2 π d
MSd2
C 22 C 2 C1 π d C2
Wp2 2C1d 4d 2
4 2 2
C 2 a 2 a 22 a 1C 2 4a1d 8d 2 π d C 2
e*2
2a 2 a 1 π d
Contorno C’’
πp
u* a1 a 2 π d
2
MSd1
C12 C1C 2 π d C1 π p C1
Wp1 2C2 d 4d 2 C 2p 4dp p2
4 2 2 4
π p C1
C1a1 a12 a 2 C1 4a 2 d 8d 2 π d C1 2a 2 p 8dp 2p 2
e*1 2 (11.31)
πp
2 a1 a 2 π d
2
MSd2
C 22 C 2 C1 π d C2 π p C2
Wp2 2C1d 4d 2 C1p 4dp p2
4 2 2 4
π p C2
C 2 a 2 a 22 a1C 2 4a1d 8d 2 π d C 2 2a1p 8dp 2p 2
e*2 2
πp
2 a 2 a1 π d
2
Conforme o item 20.3 da NBR 6118 em lajes sem vigas, maciças ou nervura-
das, calculadas pelo processo aproximado (pórticos múltiplos), devem ser respeitadas
as disposições contidas na figura 11.32.
11.53
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Figura 11.32 - Disposições construtivas das armaduras para lajes sem vigas
(Fig. 20.2 da NBR 6118)
“O diâmetro da armadura de estribos não pode superar h/20 da laje e deve haver
contato mecânico das barras longitudinais com os cantos dos estribos.”
“As regiões mínimas em que devem ser dispostas as armaduras de punção, bem
como as distâncias regulamentares a serem obedecidas, estão mostradas na
Figura 20.3.”( figura 11.33 dessa apostila)
11.54
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___________________________________________________________________________
11.6.6.1 - Exemplo 1
11.55
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100
x1,227
12,5 1,227 1,227
ρx 6,135x10 3 , ρy 6,972x10 3
100x16 12,5x16 11x16
FSd 367,92
τ Sd 0,100 kN/cm 2
ud 283,4x13
τRd1 0,13 1
20
d
100 ρ fck
1/3 0,131 20
100x6,540x10-3 x30
13
1/3
11.56
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Como Sd = 0,100 > Rd1 = 0,0786 kN/cm2 haverá necessidade de armadura de pun-
ção. É possível reduzir a tensão Sd retirando da reação total FS, a parcela de carga
atuante na área envolvida pelo contorno C’, que vale:
Sd,corr = 258,3x1,4 / (283,4x13) = 0,098 kN/cm2 > Rd1 = 0,0786 kN/cm2 ARMAR !
Usando a equação (11.17) para a relação (1,5d / sr) = 2, = 900, o valor de Sd,corr e
fywd, para h = 16 cm, dado por:
h 15 16 15
f ywd 250 185 250 185 259 MPa 25,9 kN/cm 2
20 20
0,10 0,10
τ Sd τ Rd1 0,098 0,0786
0,13 0,13
A sw ud 283,4x13 2,67 cm2 /cont. paral. a C'
d 2x25,9x1
1,5 f ywd senα
sr
p = 0,5d + 2(0,75d) = 2d = 26 cm
u’ = 2(C1 + C2) + 4d +2p = 2(30 + 30) + 4x13 + 2x26 = 446,7 cm eq. (11.24)
FSd 367,92
Sd 0,063 kN/cm2 Rd1 0,0786 kN/cm2 OK!
u' d 446,7x13
11.57
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___________________________________________________________________________
Colapso progressivo
FSd 367,92
A s,ccp 1,5 1,5 12,69 cm2 < (2x2 16 mm 8x2,01=16,1 cm2)
f yd 43,5
Obs.: O valor de FSd, nesse caso para cálculo da armadura de colapso progressivo
pode ser: FSd = 1,2x262,8 = 315,36 kN
Detalhamento
Como a bitola dos estribos não pode superar (h/20 = 16 / 20 = 0,8 cm) 8 mm, a arma-
dura pode ser constituída de (16 5mm / contorno paralelo a C’), conforme estribo
mostrado na figura 11.34.
11.58
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11.59
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___________________________________________________________________________
1,227 0,785
ρx 6,135x10 3 , ρy 4,460x10 3
12,5x16 11x16
τRd1 0,131
20
13
100x5,231x10- 3 x30
1/3
0,729 MPa 0,0729 kN/cm 2
Sd = 0,088 > Rd1 = 0,0729 kN/cm2 (sem diminuir a carga da área de C’)
Sd,corr = 227,06x1,4 / (283,4x13) = 0,086 kN/cm2 > Rd1 = 0,0729 kN/cm2 ARMAR !
0,10
0,086 0,0729
0,13
A sw 283,4x13 2,13 cm2 /contorno paralelo a C'
2x25,9x1
324,16
τ Sd 0,056 kN/cm 2 τRd1 0,0729 kN/cm 2 OK!
446,7x13
11.60
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___________________________________________________________________________
Colapso progressivo
324,16
A s,ccp 1,5 11,18 cm2 < (2x2 16 mm 16,1 cm2)
43,5
Obs.: O valor de FSd, nesse caso para cálculo da armadura de colapso progressivo
pode ser: FSd = 1,2x231,54 = 277,85 kN
u0 = 120 cm
268,69
τ Sd 0,172 kN/cm 2 τRd2 0,509 kN/cm 2 (tabela 11.2) OK!
120x13
u = 283,4 cm
0,785 0,785
ρx 4,906x103 , ρy 4,460x103
10x16 11x16
11.61
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___________________________________________________________________________
τRd1 0,131
20
13
100x4,468x10-3 x30
1/3
0,692 MPa 0,0692 kN/cm 2
Sd = 0,0729 > Rd1 = 0,0692 kN/cm2 sem diminuir a carga na área de C’
0,10
0,0712 0,0692
0,13
A sw 283,4x13 1,28 cm2 /contorno paralelo a C'
2x25,9x1
268,69
τ Sd 0,046 kN/cm 2 τRd1 0,0692 kN/cm 2 OK!
446,7x13
Colapso progressivo
268,69
A s,ccp 1,5 9,27 cm2 < (2x2 12,5 mm 9,8 cm2)
43,5
Obs.: O valor de FSd, nesse caso para cálculo da armadura de colapso progressivo
pode ser: FSd = 1,2x191,92 = 230,30 kN
As,ccp = (1,5x230,30 / 43,5) = 7,94 cm2 (2x2 12,5 mm)
11.62
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___________________________________________________________________________
11.6.6.2 - Exemplo 2
11.63
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___________________________________________________________________________
C1 = 32 cm, C2 = 30 cm
C1 / C2 = 1,07 K1 = 0,6+(1,07-1,0)[(0,7-0,6)/(2-1)] = 0,607
C2 / C1 = 0,94 K2 = 0,45+(0,94-0,50)[(0,6-0,45)/(1-0,5)] = 0,582
Suprfície C
C12
Wp1 C1C2 = 322/2 +32x30 = 1472 cm2
2
11.64
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___________________________________________________________________________
C22
Wp2 C2C1 = 302/2 +30x32 = 1410 cm2
2
Sd 0,1119 0,1039 0,0698 0,286 kN/cm 2 Rd2 0,509 kN/cm2 OK!
Superfície C’
C12
Wp1 C1C2 4C2d 16d2 2 d C1
2
Wp1 = 322/2 +32x30 + 4x30x16,8 +16x16,82 + 2x16,8x32 = 11382 cm2
C22
Wp2 C2C1 4C1d 16d2 2 d C2
2
Wp2 = 302/2 +30x32 + 4x32x16,8 +16x16,82 + 2x16,8x30 = 11243 cm2
20
Rd1 0,131 100x0,005x301/3 0,670 MPa 0,0670 kN/cm 2
16,8
Como a estabilidade global da estrutura depende das ligações laje-pilar, deve-se dis-
por uma armadura obrigatória de punção capaz de equilibrar 50% da força FSd.
11.65
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___________________________________________________________________________
A armadura Asw será distribuída igualmente nos três contornos paralelos a C’.
11.66
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___________________________________________________________________________
C1 = 30 cm, C2 = 25 cm
C1 / C2 = 30/25 = 1,2 K1 = 0,6+(1,2-1,0)[(0,7-0,6)/(2-1)] = 0,620
C2 / 2C1 = 25 / 2x30 = 0,42 K2 = 0,45+(0,42-0,50)[(0,6-0,45)/(1-0,5)] = 0,426
1,5d = 25,2 cm
a≤ (a = 15 cm)
0,5C1 = 15 cm
Contorno C
u0* = 2a + C2 = 2x15 + 25 = 55 cm
Wp1 = C12 / 2 + C1C 2 / 2 = 302 / 2 + 30x25 / 2 = 825 cm2
Wp2 = C22 / 4 + C1C2 = 252 / 4 + 30x25 = 906 cm2
C1C 2 30x25
C1a - a 2 30x15 152
e* 2 2 10,9 cm
2a C 2 2x15 25
11.67
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___________________________________________________________________________
Contorno C’
C12 C1C2
w p1 2C2d 8d2 dC1
2 2
302 30x25
w p1 2x25x16,8 8x16,82 x16,8x30 5506,3 cm2
2 2
C22
w p2 C1C2 4C1d 8d2 dC2
4
252
w p2 30x25 4x30x16,8 8x16,82 x 16,8x25 3577,4 cm2
4
C1 C2
C1a - a2 2C2d 8d2 dC1
e* 2
2a C2 2d
25 30
30x15 - 152 2x25x16,8 8x16,82 x 16,8x30
e* 2 11,7cm
2x15 25 2 x16,8
mesmo, portanto:
Sd 0,0404 kN/cm 2 Rd1 0,067 kN/cm2 Não precisa armar à punção
11.68
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___________________________________________________________________________
64,3 64,3
A sw 0,5 1,09 cm2 A s,ccp 1,5 2,22 cm2 (2x2 10 mm)
29,6 43,5
Nesse pilar a armadura obrigatória de punção será distribuída em três contornos pa-
ralelos a C’, observando a distância máxima 2d = 32 cm entre dois conectores ou
estribos mais afastados da última linha. Da mesma forma que foi detalhado no pilar
P2, serão colocados mais três conectores, no sentido radial, em cada canto interno
do contorno C, objetivando obter uma distância máxima de 29 cm entre conectores
mais afastados, menor que se = 2d = 32 cm.
11.69
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___________________________________________________________________________
Como a bitola mínima para estribo é 5 mm, o detalhamento observado na figura 11.37
dispõe 8 5mm por contorno paralelo a superfície C’. Essa armadura contempla a
área Asw obrigatória calculada. Comumente são colocadas barras adicionais, fora do
contorno da superfície C’, conforme as três barras colocadas de cada lado do contorno
de C, paralelas à borda. Essas barras devem ter a mesma bitola e distribuição da
armadura Asw calculada (ver figura 11.37).
Como não houve necessidade de armar ao cisalhamento (punção), pois wd < Rd1 no
contorno de C’, não há necessidade de verificação da superfície C’’.
C1 = C2 = 25 cm C1 / C2 = C2 / C1 = 25 / 25 = 1 K1 = K2 = 0,6
Contorno C
11.70
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___________________________________________________________________________
7,29 0,6x57,7
Sd1 0,0240 kN/cm 2 Rd2 0,509 k/cm2 OK!
25x16,8 312,5x16,8
7,29 0,6x7,7
Sd2 0,0182 kN/cm2 Rd2 0,509 k/cm2 OK!
25x16,8 312,5x16,8
Contorno C’
C12 C1C2 d C1
Wp1 2C2d 4d2
4 2 2
11.71
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___________________________________________________________________________
7,29 0,6 x 0
Sd1 0,0056 kN/cm2 Rd1 0,067 kN/cm2 Não armar
77,8x16,8 3097x16,8
7,29 0,6 x 0
Sd2 0,0056 kN/cm2 Sd2 0,067 kN/cm2 Não armar
77,8x16,8 3097x16,8
7,29 7,29
A sw 0,5 0,12 cm2 A s,ccp 1,5 0,25 cm2 (2x2 10 mm)
29,6 43,5
11.72
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___________________________________________________________________________
11.73