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Como é aplicado, e oque é o Comunitarismo?

A filosofia comunitarista se desenvolveu nos anos 80, nas universidades americanas,


criticando o individualismo que o modelo Liberal traz para a sociedade americana. Onde,
um dos pretextos que o liberalismo advém é a geração de um maior capital e lucro, com
isso vem-se tornando cada vez mais, um sistema individualista e desigual. Os indivíduos
são desenvolvidos na sociedade por meio de uma cultura ou por uma pluralidade de
culturas, logo nos seres humanos, somos criados e ligados a uma comunidade, algumas
proveem desde o nascimento, outras podem ser escolhidas ao longo de nossas vidas, e
essas comunidades englobam laços sociais e interesses comuns. Logo a ideia
comunitarista procura ajustar uma busca de um “bem” para todos. Um dos seguidores da
corrente comunitarista, o sociólogo americano Amitai Etzioni, procura estabelecer uma
nova proposta filosófica com princípios em comunidades, formando um “bem comum”
tanto em questões morais quanto políticas. Etzioni explica que os seres humanos formam
sociedades basicamente por três princípios: (1) o poder de coerção ou o monopólio do
uso da força, (2) as vantagens que as instituições podem oferecer como segurança,
garantia de propriedade privada, (3) as crenças comuns que são compartilhadas, como
por exemplo a religião. Segundo o autor, com a junção de estes três elementos, a
sociedade viverá em harmonia, para Etzioni: “A boa sociedade deve resultar da boa
combinação de três setores; o Estado, o setor Privado, e as comunidades. Cada um deles reflete e
serve a uma parte de nossa Humanidade, e cada uma das partes deve limitar as outras duas1.”
(Etzioni)

 Razão Liberal x Pluralismo Comunitário:

A filosofia liberal americana é fundada por uma noção pragmática. Este pragmatismo
procura explicar teorias por meio da razão, ou seja, o que é aplicado na realidade dos
indivíduos os problemas que estão presentes na sociedade atual. Esta razão liberal, ignora
as ações humanas dissociando os valores e as crenças dos indivíduos, e propõem assentar
as questões morais de forma individualista, colocando o justo na frente do bem comum
ou até as ignorando. Etzioni critica esta razão liberal, explicando que pouco a pouco as
comunidades, os valores, e o interesse comuns vão se desfazendo e que isto acaba gerando

1 NAY, Oliver. História das ideias politicas. Petrópolis: Vozes, 2007, pp 511.
o individualismo, afastando as pessoas com interesses políticos comuns e criando um
conflito maior de divergências, aos poucos a comunidade vai se desfazendo, originando
uma comunidade universalista. Logo Etzioni defende varias comunidades distintas se
agrupando para defender interesses comuns e ajuda mútua, da qual ele chama "paradigma
do eu e nós"2, “significa que cada indivíduo possui um sentimento de identidade
compartilhada com os outros”3, os indivíduos juntam as suas ambições e formam um
projeto comum, segundo Etzioni “Uma verdadeira comunidade só tem sentido se apoiar-
se em valores partilhados”4, estes valores são dados como um núcleo onde os princípios
morais situam.

 Os três tipos de sociedades de Etzione:

O autor explica o primeiro modelo de comunidade que pode ser aplicada, a qual ele
define como modelo tradicional, onde a nação americana foi construída, Etzione chama
este modelo de melting-pot, esta denominação significa a junção de varias sociedades em
uma só. No caso americano, pode ser retratada na imigração de vários indivíduos de
lugares diferentes, criando um padrão de sociedade americana. Etzione diz que este
modelo não vingou pelo fato das diferentes sociedades não se unirem harmoniosamente.
O segundo modelo seria o projeto comunitário denominado arco-íris, essas
comunidades seriam segregadas e divididas por raças, para defender os interesses dos
indivíduos que a compõe, e isso é algo que Etzioni condena totalmente, podendo gerar
conflitos raciais, algo que pode ser muito perigoso para uma sociedade.
O terceiro e que para Etzione é o modelo central de comunidade, seria a “sociedade
mosaico”. Neste modelo não haveria distinções de raça, religião, a integração social seria
total. As distintas comunidades se juntariam para buscar interesses comuns, se haver
harmonia entre estas comunidades, a sociedade desfrutará de um “núcleo de valores
partilhados”

2 J.T. Godbout, Rev. bras. Ci. Soc. vol. 13 n. 38 São Paulo Oct. 1998
3 J.T. Godbout, Rev. bras. Ci. Soc. vol. 13 n. 38 São Paulo Oct. 1998
4 NAY, Oliver. História das ideias politicas. Petrópolis: Vozes, 2007 pp, 512
 Comunitarismo Responsivo

O comunitarismo responsivo foi elaborado pelo Etzioni, com a finalidade de se


diferenciar de outras correntes comunitaristas, o comunitarismo responsivo procura
equilibrar os indivíduos e as comunidades, etzione explica:

“Enquanto os antigos comunitaristas tendem a enfatizar a importância das forças


sociais, da comunidade, dos vínculos sociais (e no caso dos comunitaristas
asiáticos, da harmonia social) [...] os novos comunitaristas estão preocupados
desde o início com o equilíbrio entre as forças sociais e a pessoa, entre
comunidade e autonomia, entre bem comum e liberdade, entre direitos individuais
e responsabilidades sociais”5

Procurando serem apartidários, sem vínculos com partidos políticos, os responsivos


procuraram se posicionar ideologicamente no centro, defendiam uma nova via ideológica
com bases no welfare state. “a chave da abordagem comunitária para a economia é a
buscade equilíbrio entre a livre iniciativa e o bem social, entre o mercado e o governo,
entre a liberdade econômica e as necessidades mais amplas da sociedade”6

Conclusão
A cada dia que passa maior é a desigualdade, não só em uma sociedade específica, mas
em todo o globo. O modelo de “sonho americano” não é mais aplicado até mesmo no
próprio EUA. O comunitarismo procura solucionar estas questões atuais que são
problemas crônicos na sociedade mundial

5 SCHMIDT, João Pedro. Amitai Etzioni e o paradigma comunitarista: da sociologia das


organizações ao comunitarismo responsivo. Lua Nova [online]. 2014, n.93, pp.93-138.
ISSN 0102-6445.
6 SCHMIDT, João Pedro. Amitai Etzioni e o paradigma comunitarista: da sociologia das

organizações ao comunitarismo responsivo. Lua Nova [online]. 2014, n.93, pp.93-138.


ISSN 0102-6445.
REFERÊNCIAS

 Godbout, J.T. Rev. bras. Ci. Soc. vol. 13 n. 38 São Paulo Oct.
1998
 NAY, Oliver. História das ideias politicas. Petrópolis: Vozes,
2007
 SCHMIDT, João Pedro. Amitai Etzioni e o paradigma
comunitarista: da sociologia das organizações ao
comunitarismo responsivo. Lua Nova [online]. 2014, n.93,
pp.93-138. ISSN 0102-6445.

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