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By Tammy Falkner
Para todos vocês que foram afetados pelo câncer
Skylar
Hoje seria um belo dia se não fosse o caixão e as três crianças com rostos
molhados e olhos vermelhos sentados ao meu lado no banco da frente. A
cerimônia ainda não começou, e as pessoas continuam vagando até olhar para a
minha meia-irmã, Kendra. Alguns deles sussurram palavras doces para ela e
chegam a tocar-lhe a mão fria. Toquei-a, também. Essa foi a segunda e última
vez que eu a tocaria. Ela é a irmã que eu nunca cheguei a conhecer até o dia em
que morreu.
Vovô? O quê? Ele tem um avô? Eu olho para cima e vejo o meu pai. Ele
está aqui? Hein? Ele envolve Seth em seus braços e aperta-o com força. Ele o
abaixa de volta e olha em seus olhos. — Como você está? — Ele pergunta
baixinho.
Papai caminha até mim e beija minha bochecha. — Como você está, Sky?
— Ele indaga e não é tão amigável comigo, como é com os netos que eu nem
sabia que ele tinha até poucos dias atrás.
Sim. Eu sou mãe. Meu pai veio falar comigo cerca de uma semana atrás e
pediu minha ajuda. E bang - maternidade instantânea.
— Não — Diz ele lentamente. Ele nem mesmo me olha nos olhos. —
Trata-se de Kendra.
Eu abaixo meu garfo, e ele faz um barulho alto contra meu prato. Eu me
atrapalho para pegá-lo e, em seguida, me apoio com as palmas das mãos
sobre a mesa. — O que tem ela? — Pergunto.
Eu sei quem é Kendra. Ela é a filha que meu pai teve com sua amante.
Eu descobri há alguns anos quando minha mãe entrou em uma bebedeira e
aliviou sua alma. E sobrecarregou a minha.
Kendra é a filha que meu pai amava. Sua mãe foi a mulher que ele
amou. Não importava que o meu pai fosse casado com minha mãe. Não
importava que ele tivesse três filhos com a minha mãe. Não importava que
fossemos a família perfeita com uma casa na montanha e uma casa de verão
no Cabo. Nossa família era simplesmente perfeita, até que descobri que ele
tinha outra. Uma que ele realmente amou.
Ele tinha outra vida com a mãe de Kendra, certamente até que ela
morreu. Eles compartilhavam um apartamento e eles tiveram uma filha.
Papai ia de um lado para o outro entre a nossa casa e a delas por muitos anos,
mas ele nunca esteve realmente presente quando estava na nossa. Minha mãe
era muito ressentida. Assim, ele se afastou mais e mais. Com elas.
Mas eu tive meu pai de volta depois daquele dia. Eu não entendi nada
como isso veio a ser. Eu não sabia na época que ele tinha outra filha. Outra
mulher que ele amava. Outra vida. Mas ele tinha. E agora queria falar sobre
ela?
— Ela tem câncer. Ela descobriu quando estava grávida da sua filha
mais nova, Mellie — Ele enxuga os olhos com um guardanapo de pano e
gesticula ao garçom para trazer-lhe uma bebida. — Eu consegui para ela um
tratamento químico realmente maravilhoso, mas ela queria esperar até Mellie
nascer — Ele solta um suspiro. — Se ela não tivesse ficado grávida, poderia ter
feito isso. Ela poderia ter feito um aborto, mas ela recusou. Ela esperou muito
tempo. O câncer vai ganhar, e ela não tem ninguém com quem deixar as
crianças.
Eu não posso respirar. Meu peito está imóvel, e sinto que vou desmaiar.
Papai empurra um copo de água para mim, e eu o levanto para os meus
lábios, gaguejando na borda dele, tomo um gole, engulo e inalo. Eu sugo uma
respiração profunda. E espero. Porque há mais. Há sempre mais com o meu
pai.
— Ela tem três filhos. Seth tem dezesseis anos. Joey tem cinco. E Mellie
tem três — Ele cobre a minha mão com a sua e a aperta. — Eles não têm
ninguém além de mim. E não posso levá-los — Ele senta e esfrega a ponte de
seu nariz. — Você sabe como sua mãe é — Ele explica.
Sim, eu sei como minha mãe foi traída. Sim, eu sei como minha mãe
descobriu sobre sua amante. Sim, eu sei como minha mãe odeia o chão que
todos eles pisam. Às vezes eu acho que ela me odeia, também. É difícil dizer. Eu
realmente não acho que ela ama alguém ou alguma coisa.
Ele me olha nos olhos. — Eu preciso que você me ajude. Eles são seus
sobrinho e sobrinhas, não importa o que sua mãe lhe falou.
— Eu amo.
— Sua mãe dificultou muito para eu fazer parte da nossa família — Diz
ele. — Depois ela descobriu — Ele levanta a mão para me impedir quando eu
abro a boca para contestar. — Espere — Ele diz. — Ouça-me.
— Não, eu teria levado você comigo se pudesse. Mas eu não podia. Sua
mãe teria me arruinado financeiramente, e eu poderia superar isso, mas ela
teria conseguido a custódia de todos vocês. E eu não poderia simplesmente
deixá-la com todo aquele ódio, sem ao menos tentar ser alguém para
amortecer isso — Eu não me lembro dele como essa pessoa. Eu o conheço como
aquele homem que eu nunca conheci. Ele tem suas mãos em punhos e as aperta
com força. — É por isso que nunca parti completamente. Sua mãe é mais do
que um pouco vingativa, como você sabe — Ele esfrega a mão pelo seu cabelo
branco perfeito. — Às vezes eu acho que ela teria ficado bem com isso se a mãe
de Kendra fosse branca.
O quê? A mãe de Kendra não é branca? Meu pai teve um caso com uma
mulher de raça diferente?
— Se você fizer isso por mim, sua mãe vai ficar muito zangada com
você.
Não brinca. Ela vai me odiar. Mas acho que ela já odeia, de qualquer
maneira.
— Eu entendo se você disser não — Diz ele com um suspiro. — Mas eles
não têm mais ninguém.
— Você é a única. Você seria maravilhosa com eles — Ele abaixa a voz e
olha ao redor da sala. — Você não vai olhar para eles como se fossem
indesejáveis, crianças birraciais. Você vai amá-los. Eu sei que vai — Ele olha
para mim. — Será que você ao menos pode conhecê-los? Por favor? Eu sei que
seria um desafio. Você tem que aprender muito, mas Seth tem dezesseis anos.
Ele ajuda a cuidar das pequeninas. Inferno, em dois anos, ele pode assumir a
custódia de si mesmo. Isso é o que ele quer.
Ele está certo. Ele nunca pediu um beijo de boa noite. Ou qualquer uma
das coisas que os pais querem. Bem, provavelmente ele pediu isso para
Kendra.
— Eu vou — Eu digo. Eles são apenas crianças, afinal. E as crianças
precisam ser amadas. Eu não fui, mas posso fazer isso melhor para as
crianças de Kendra, não posso? Há um pequeno pedaço de mim que quer
deixar o meu pai orgulhoso. Para fazer com que ele me ame.
Ele esvazia como um balão. — Oh, graças a Deus — Diz ele. Ele coloca a
mão em seu peito. Em seguida, se levanta, levanta-me por meus cotovelos, e
me puxa para ele. Não me lembro de algum dia conseguir um abraço do meu
pai antes, e não sei o que fazer com isso. Ele me mantém assim, respirando o
no cabelo no alto da minha cabeça por um momento. Então, ele me afasta.
Seus olhos estão úmidos com lágrimas não derramadas. — Obrigado — Diz ele.
— Muito obrigado.
Seus olhos azuis fitam os meus, e ele estica uma mão trêmula. Ele não diz
nada. Eu o observo. Ele está vestindo uma camiseta azul de gola alta coberta por
uma camisa de botão preta com um uma calça realmente agradável. Ele puxa a
parte superior da gola, e eu consigo uma pequena olhada das suas tatuagens.
— Obrigado — Diz ele em voz baixa. Seu cabelo loiro está preso para trás
com uma faixa de couro em sua nuca, mas uma parte cai para a frente, e ele a
enfia atrás da orelha. Ele tem uma fileira de piercings até a concha de sua
orelha, e eu os conto na minha cabeça. Eu tenho um desejo insaciável e
repentino de ver seu cabelo solto ao redor do seu rosto.
Ele olha para a minha saia preta e minha camisa branca. — Assim como
você.
Eu acho que estava usando algo semelhante a última vez que o vi, mas eu
sorrio de qualquer maneira. Ele aperta minha mão e puxa seus dedos do meu
alcance. Eu provavelmente não deveria ter segurado sua mão por tanto tempo.
Eu sou uma idiota. Ele se inclina sobre mim e estica a mão para o meu pai. — Sr.
Morgan — Diz ele com um aceno de cabeça. — Eu sinto muito pela sua perda.
Papai acena com a cabeça seu agradecimento e aperta a mão de Matt com
força, e então passa um dedo debaixo do seu nariz. Ele volta para falar com as
meninas, e elas se aconchegam mais e mais perto dele enquanto ele murmura
baixinho para elas.
Matt estica o braço passando o meu pai e bate os nós dos dedos em Seth.
Seth sorri para ele, mas então o pregador caminha até a frente da igreja e eles
fecham o caixão - Graças a Deus - e começa o sermão.
— Tudo bem — Eu cuspo fora. Levanto-me, pisando nos pés dos meus
quatro irmãos enquanto eu passo por eles. Claro, estou no meio da passagem e
tenho que passar por todos eles. Reagan, a garota de Pete, estende o braço e
aperta minha mão enquanto eu passo por ela. Eu amo Reagan, e Emily,
também. Mas Emily é um pouco mais direta. Reagan é famosa por seus toques
suaves, e Emily é o oposto.
Ajusto meu terno e puxo a camiseta de gola alta que peguei emprestado
de Logan. Ele recebe roupas de graça dos pais de Emily que possuem a Madison
Avenue, a empresa de roupas de luxo. Eu me sinto como um macaco vestido
com um casaco e um chapéu. Como os que dançam em festivais. Dança, macaco,
dança.
Eu aperto sua mão e bato com os nós dos dedos em Seth. Seth e eu
estávamos com sua mãe quando ela morreu. Nós compartilhamos o momento
mais difícil de sua vida, e é algo que eu nunca, nunca esquecerei.
Eu assisti Kendra dar seu último suspiro e tudo que eu conseguia pensar
era como eu tinha sorte que não era eu que estava morrendo ali naquela cama.
Poderia ter sido tão facilmente eu. Kendra e eu estávamos no mesmo
tratamento químico, mas eu melhorei e meu câncer entrou em remissão. O dela
não.
Ela morreu.
Eu estou vivo.
Olho para Skylar. Ela não se parece nada com Kendra. Kendra era
birracial, então ela tinha a pele cor de café suave, e usava o cabelo natural, mas
curto. Skylar tem pele clara, loira e olhos azuis. Ela tem os óculos de sol
incrustados de strass empurrado em cima de sua cabeça, segurando seu cabelo
para trás do seu rosto. Caindo até a metade de suas costas em ondas suaves.
Eu estendo a mão e pego a sua mão na minha, sem sequer pensar nisso.
Eu dobro nossos dedos entrelaçados no assento entre nós, e dou-lhe um aperto
suave. Ela olha para mim e pisca lentamente, seus olhos azuis assustados. Mas
então eles amolecem e ela pisca para mim de novo, e desta vez ela realmente me
olha. Ela aperta minha mão de volta, e eu não a solto. Eu a mantenho até que
ambas as nossas mãos começam a suar.
Eu olho para Skylar, e ela está tão chocada quanto eu. Ela puxa a mão da
minha e a enxuga em sua saia. Eu me movo, e ele se acalma ao lado dela. Ele
abaixa um braço em volta dos seus ombros, e ela se inclina para pressionar seus
lábios nos dele. É um beijo rápido, aquele que me faz pensar quantas vezes ele
faz isso e se é sempre assim tão casto.
Ótimo, agora estou pensando em como deve ser beijá-la. Merda. De onde
veio isso?
Eu a aperto. — Eu também.
Mas merda. Eu me sinto culpado. Kendra deixou para trás três filhos.
— Ela era minha amiga — Eu explico. Eu não sei mais o que dizer.
Ela olha nos meus olhos. — Ela estava com muita dor? — Ela indaga e
balança a cabeça. — Eu tentei falar com Seth sobre isso, mas ele praticamente
finge que eu não existo.
Enfio minhas mãos nos bolsos. — O que você quer dizer? Ele não está
dificultando as coisas, não é?
Ela balança a cabeça novamente. — Não. Ele é perfeito. Ele leva suas
irmãs para a creche de manhã e as pega depois da escola. Ele as alimenta, e as
banha. Ele não me deixa fazer nada. Eu acho que eu sou apenas insignificante —
Ela sopra uma respiração pesada.
— Kendra pediu-lhe para tornar isso mais fácil para você — Eu admito. —
Quando ela estava morrendo, ela disse a ele algumas coisas sobre como ser um
bom homem. Sempre abra a porta do carro. Leve um lenço em encontros,
porque você nunca sabe quando ela vai chorar. Nunca a deixe pagar o jantar —
Eu tomo uma respiração profunda. — E ela disse-lhe para tornar isso mais fácil
para você.
Sua boca se abre como se ela quisesse dizer algo, mas não sai nada. Ela
está sem palavras. Ela fecha-a firmemente, apertando os lábios. — O que mais
ela disse a ele?
— Eu, hum, deveria ter lhe apresentado o meu namorado — Ela diz. —
Você quer conhecê-lo?
— Quando você, hum, pegou a minha mão... — Ela diz. — Eu deveria ter
dito a você.
— Por quê? — Eu olho para ela. Ela bate nos meus ombros, mesmo de
salto alto.
Desta vez sou eu levantando minhas sobrancelhas para ela. — Por que
você acha que eu peguei sua mão?
— Oh — Ela respira.
— Tudo bem — Ela responde. — Obrigada por tudo — Seus olhos azuis
encontram os meus, e eu nunca vi ninguém parecer tão perdida. Mas, em
seguida, seus olhos se estreitam quando seu olhar atira além de mim. — Merda
— De repente ela cospe.
— Minha mãe está aqui — Ela diz. De repente, ela ajusta seus ombros, e
eu vejo uma faísca que não estava lá há pouco. — Você pode supervisionar as
crianças por um minuto? — Ela pergunta.
— Por quê?
Que porra é essa? Eu olho de volta para o sedan. A porta se abre, e uma
versão mais antiga e muito mais severa de Skylar sai.
A rigidez da sua postura me faz pensar na minha própria mãe na vez que
Johnny Rickles prendeu uma nota de “Chute-me” nas minhas costas e então
assistia todas as outras crianças rirem. Minha mãe ficou puta quando ela viu. É
um olhar que diz que o perigo terá que passar por ela antes que chegue às
crianças, e eu acho que acabei de encontrar a mãe de Seth, Mellie e Joey pela
primeira vez. O nome dela é Skylar Morgan, e ela é pequena, linda e
impressionante.
Skylar
Eu não sei por que ela está aqui, mas eu sei que ela não pode ficar.
Mamãe empurra o chapéu preto com véu na frente dos olhos e sorri para mim.
— Boa tarde, querida — Ela diz, inclinando-se apenas o suficiente para não me
tocar quando ela coloca um beijo no ar perto da minha bochecha. Sua respiração
cheira a uísque, e ela oscila um pouco sobre seus pés.
— O que você está fazendo aqui? — Eu silvo e forço minha mãe de volta
para o carro até que ela está de pé na porta aberta. Seu motorista parece
desconfortável, e eu imediatamente sinto pena dele.
— Eu vim prestar meus respeitos, querida — Ela diz. A voz dela escorre
mel, mas minha mãe não tem nenhuma doçura sobre ela.
— Isso não é maneira de tratar a sua mãe — Ela diz. Um pouco da doçura
deixou sua voz, mas a máscara não está caindo. Ainda não, de qualquer
maneira.
— Não — Eu digo.
— Então seja boazinha e me diga quem são elas, querida — Ela diz. — Eu
quero conhecê-las.
— Entre no carro, Rachel — Diz ele e pega minha mãe pelo braço e a
empurra para dentro.
— Mas — Ela esbraveja. Ele fecha sua porta traseira e aborda seu
motorista, que está em atenção perto do carro.
Eu aceno. — Por que ela até mesmo veio aqui? — Eu pergunto mais para
mim do que para ele.
— Porque ela não está no controle desta parte da minha vida — Ele range.
Eu olho para o papai. — Você já se perguntou alguma vez o que sua vida
seria se você não tivesse casado com a mamãe? — Eu deixo escapar. Não faço
ideia de onde veio isso.
— Está tudo bem? — Uma voz pergunta quando ele caminha em minha
direção. Eu olho para cima e vejo Matthew Reed e quatro pessoas que se
parecem notavelmente como ele.
Os olhos de Matt se estreitam, mas ele não diz nada. Ele aponta para os
homens ao seu lado, apresentando um de cada vez. — Meus irmãos - Paul,
Logan, Sam e Pete — Cada um deles se aproxima e aperta a minha mão. Há três
mulheres com eles, também. — E essa é a esposa de Logan, Emily, e você já
conhece Reagan — Conheci Reagan por acaso no dia que Kendra morreu. Nós
compartilhamos uma viagem.
A última, uma moça bonita, de cabelos negros com tatuagens até a lateral
de seu pescoço, dá um passo à frente estendendo a mão. — Friday1 — Ela diz.
— É sábado — Eu digo.
Ela ri. — Não, meu nome é Friday — Ela esclarece. Ela se inclina para o
maior dos irmãos - eu acho que o nome dele é Paul, mas há um bando deles, e
ele envolve um braço em volta dos seus ombros. — Eu trabalho com esses
enormes estranhos no estúdio de tatuagem.
Eu olho ao redor dos irmãos e vejo Seth de pé com suas irmãs. Cada uma
delas segurando uma de suas mãos. Todo mundo já deixou o cemitério. Estamos
aqui há muito tempo?
Matt gesticula de um irmão para outro. — Nós vamos buscar uma pizza —
Diz ele. — E pensamos que você talvez quisesse ir com a gente.
A pizza de Nova Iorque é uma dos meus pratos favoritos. — Eu não sei —
Eu me esquivo. Seth tinha caminhado para mais perto com suas irmãs, então eu
olho para eles. Ele parece esperançoso. Eu não o vi parecer interessado em
alguma coisa, além do bem-estar de suas irmãs, em uma semana. Eu levanto
uma sobrancelha, perguntando o que ele gostaria de fazer.
Ele balança a cabeça. Então ele olha para o lado, quase como se estivesse
com medo de se sentir esperançoso. Ele olha para o caixão que está sendo
abaixado no chão.
— Não — Diz Seth, e vejo-o engolir em seco. — Mamãe não pode vir.
— Talvez mais tarde — Ela diz em voz baixa com o rosto caindo. Ele a
pega, e ela coloca a cabeça em seu ombro. Mellie toma sua mão, e caminhamos
na direção dos carros funerários.
Nós todos caímos em uma fila, comigo e Matt caminhando lado a lado na
extremidade traseira dela.
— Seth tem cuidado de suas irmãs por um tempo muito longo — Matt diz
suavemente. — Ele está acostumado a fazer tudo sozinho. Ele fez isso quando
sua mãe estava em tratamento de quimioterapia. E fez tudo isso durante todo
seu tratamento. É normal para ele. Ele não se importa porque é o que ele
conhece.
Eu aceno. — Por enquanto. Eu pensei que fosse melhor para eles ter um
lugar familiar, cercados por seus brinquedos, suas camas, e até mesmo as coisas
da sua mãe. Pelo menos para o momento.
Matt segura meu cotovelo em seu punho e para. — Skylar — Diz ele.
Ele tira uma mecha de cabelo da minha testa. — Você quer saber o que eu
acho? — Ele pergunta.
Ele balança a cabeça quando um véu cai sobre seus olhos. — Não. Pode
me emprestar os seus de vez em quando?
Eu rio.
— Eu não posso ter filhos — Diz ele. — Ou, pelo menos, as chances são
pequenas — Ele levanta a mão quando eu abro minha boca para fazer uma
pergunta. Eu sei que ele teve câncer, mas eu não sei que tipo ou qual seja seu
prognóstico. — Não ser capaz de ter algo realmente tem a tendência de fazer
você querer mais — Ele aponta para as costas de Seth. — Veja, você teve três de
uma vez, e eu não posso mesmo ter um — Ele ri e cutuca meu ombro com o dele.
Ele continua andando, e eu permaneço ao seu lado. — Como é que o seu
namorado se sente sobre eles? — Ele pergunta.
— Você não acha que deveria? — Sua testa franze, enquanto olha para
mim.
— É complicado.
— Claro.
— Na igreja, quando eu peguei sua mão, não foi somente porque você
estava tremendo.
Meus irmãos são porcos. Eu sei disso há muito tempo, mas nunca é mais
evidente do que quando estão todos em um só lugar. E em público. Sam e Pete
estão tendo uma luta de queda de braço wrestling no meio da mesa, enquanto
esperamos a garçonete trazer a conta. Mellie e Joey já dormiram. Elas estão
enroladas em Seth em ângulos que não parecem remotamente confortáveis, mas
acho que ele está acostumado a suas irmãs estando em todo o seu espaço. Sua
mão trilha pelas costas de Mellie distraidamente, e ele olha para ela com
carinho, seu sorriso suave. Eu caminho e me sento ao lado dele.
Eu aceno. Eu odeio falar sobre a mamãe, porque então tenho que falar
sobre o papai, também. — Minha mãe morreu. Eu era um pouco mais jovem do
que você. Em seguida, não muito tempo depois, nosso pai foi embora, também
— Eu faço um movimento circular com minha mão para os meus irmãos. —
Então, éramos apenas nós cinco.
Seth solta um suspiro. — Foda — Ele grunhe. Então, deixa cair a cabeça
para trás, e eu finalmente vejo isso. Eu vejo um pouco da exaustão.
— Foda pra caralho — Eu respondo. — Mas tudo o que você pode fazer é
administrar as cartas que tem em mãos — Eu aponto para Skylar onde ela está
falando com Reagan, Emily e Friday. Ela é tão malditamente bonita quando
sorri que ela tira o meu fôlego. Mas, se alguma vez houve uma mulher que
estava fora do meu alcance, é Skylar Morgan. — Como vão as coisas com a sua
tia? — Eu pergunto.
— Bem — Ele corta. Ele olha para ela, mas há mais curiosidade do que
carinho.
Ele dá de ombros.
Eu aceno. — Você acha que ela só ficará por aqui até que você não precise
mais dela?
— Você não tem que deixá-las com uma babá. Deixe-as com a sua tia —
Eu aponto para Skylar, e ela me nota, seus olhos se estreitando. Eu balanço
minha cabeça para ela. Ela entendeu, mas ainda está curiosa. — Ela é sua tutora
legal, Seth. Não você.
Sua voz é calma quando ele fala, tão baixa que eu mal posso ouvi-lo, mas
entendo as palavras. — Eu tenho medo, que se eu pedir-lhe muito, ela vai
embora. Então, todos nós iremos para lares adotivos e nos separar. Ninguém
mais nos quer — Seu maxilar pulsa quando ele cerra os dentes. — Você sabe que
eles perguntaram ao meu pai para ficar com todos nós?
— E ele disse que me levaria, mas não levaria Mellie e Joey — Ele olha
para elas, seu olhar amolecendo, mas ele ainda está com raiva. — Você pode
acreditar nisso? Ele as entregaria para qualquer pessoa. Qualquer outra pessoa.
Minha mãe cagaria um tijolo se ela soubesse — Ele balança a cabeça. — Foda.
Reagan ri. — Você não pode mais puxar o cartão do câncer — Ela diz. —
Dois anos com um atestado de saúde perfeito — Ela ergue dois dedos. —
Lembra-se, fizemos uma festa para comemorar? — Ela balança ao meu lado, e
eu coloco meu braço ao redor dela e a puxo para beijar sua testa. Houve um
tempo em que ela não poderia estar em uma sala lotada sem ficar ansiosa e
nervosa, mas ela não é assim agora. Não, desde que seu agressor foi preso e
colocado na cadeia. Ele morreu lá, então ela não tem que enfrentá-lo no
tribunal. Reagan é muito mais autoconfiante agora que a bagunça está por trás
dela. Claro, algumas coisas ainda a atingem, mas na maioria das vezes, ela é
apenas Reagan. Ela é a namorada de Pete e parte da família.
Percebo que todos eles estão de pé. — Será que vocês pagaram a conta? —
Pergunto.
Paul concorda. Skylar está tentando empurrar o dinheiro para ele, mas
ele recusa. Eu tenho que me lembrar de pagá-lo por suas partes do jantar mais
tarde. Ela protesta, mas ele a ignora, assim como deveria. Ela bufa e empurra o
dinheiro em sua bolsa.
— Obrigada por nos convidar — Ela diz. Ela se move até Seth e começa a
pegar Mellie dele, mas eu estico o braço em torno dela e pego a garota
dormindo. Mellie envolve seus braços em volta do meu pescoço e suas pernas
em volta da minha cintura e ela se agarra a mim como se fosse um Velcro
monkey2. Meu coração gagueja um pouco. Eu gosto dessa sensação. Eu gosto
muito, e meu coração dói, porque nunca terei isso.
Eu aceno. Ele apressa todos os nossos irmãos para fora da porta quando
Reagan, Emily e Friday dizem adeus a Skylar. Ouço algumas palavras
murmuradas sobre chamá-las se ela precisar de ajuda, e ela sorri para elas e vai
para uma rodada de abraços. Nós saímos para a calçada, e ela me diz: — Eu
posso levá-la. O apartamento não é muito longe — Ela levanta as mãos
novamente, e eu viro meu corpo para longe, bloqueando-a.
2 Velcro monkey: Macaco de pelúcia com as pernas e braços compridos e velcro colado nas patas, para se
unirem.
eu agarro seu ombro. — Seth — Eu digo. — Você não está sozinho, garoto.
Ele olha para o meu rosto. — Eu sei — Ele responde em voz baixa. — Boa
noite — Ele acende a luz de Mellie e Joey e puxa a porta fechada atrás de nós.
— Sorte sua — Ela diz com um ruído no fundo de sua garganta. — Fui
criada por babás, cozinheiras e governantas. Uma rotação constante delas — Ela
deita a cabeça no encosto do sofá e olha para o teto por um momento. Em
seguida, bebe o resto do vinho em sua taça e a coloca sobre a mesa lateral. Ela
boceja, cobrindo a boca com delicadeza. — Desculpe — Ela diz. — Semana longa
— Ela sorri, e minha respiração trava até que eu me lembro de que era suposto
entrar e sair.
— Eu deveria ir — Eu digo.
— Você não tem que ir embora — Ela diz. — É bom ter alguém para
conversar.
Ela bufa. E é tão bonitinho que eu não posso deixar de sorrir. — Vou
aceitar todos os conselhos que eu possa conseguir.
— Próxima semana.
— Humm... — Eu não sei o quanto dizer a ela. — Ele está com medo de
que se ele lhe der muito trabalho para fazer, você vai deixá-los, e, em seguida, o
Estado colocará suas irmãs em um orfanato.
Ela rosna e senta-se para a frente. — E você tirou tudo isso dele no
jantar?
— Oh, nós não éramos assim — Me apresso a dizer. — Nós éramos apenas
amigos.
— Oh — Ela diz. Então o silêncio cai sobre a sala. Finalmente, ela diz: —
Então, wrestling, hein? Não é um pouco bárbaro?
— E se ele se machucar?
Eu ouço uma porta se abrir atrás de nós, e Seth sai do seu quarto. Ele
olha para nós, seu olhar dispara em Skylar e de volta para mim. — Tudo bem? —
Ele pergunta.
Seth geme e joga a cabeça para trás, me enviando um olhar que diz que
ele gostaria que eu tivesse mantido minha boca fechada.
— Eu acho que você deve se inscrever — Ela diz. Sua voz treme um pouco.
Ela balança a cabeça e sorri para ele. — Eu estou bem com isso.
— Você me avisará quando serão seus jogos para que eu possa assistir? —
Ela pergunta.
Ele olha por cima do ombro e diz baixinho: — Noite, tia Sky.
— Não — Ela diz calmamente. — Ele me chamou de tia Sky — Seus olhos
estão um pouco enevoados, eu percebo, então aperto seu joelho. Ela cobre a
minha mão com a dela e olha para mim. Seu olhar dispara diretamente para
dentro de mim. — Obrigada por sua ajuda — De repente, o telefone emite um
som do seu bolso, e ela solta minha mão para alcançá-lo. — Meu namorado —
Ela diz. Ela não parece muito feliz em ter notícias dele.
A porta se abre de repente, e Sky enfia a cabeça para fora. Ela bate em
meu peito, e eu a seguro, agarrando seu cotovelo. Eu tento tirar o sorriso do
meu rosto, mas é quase impossível. — Você precisa de alguma coisa? — Eu
pergunto sobre uma risada.
— Você ainda está aqui — Ela diz em meu peito. O calor da sua respiração
faz coisas engraçadas para o meu interior. E o resto de mim. — Eu queria te
perguntar uma coisa — Ela diz, com a voz entrecortada.
Ela inclina um ombro na porta e olha para mim, seus olhos tão azuis e
claros que eu poderia cair neles e ficar ali. Ela morde o lábio inferior entre os
dentes e, em seguida, diz em uma grande corrida. — Você mencionou quando
estávamos entrando no restaurante que não pegou a minha mão só porque
estava tremendo. Eu estava pensando... Hum... Por que mais você poderia ter
feito isso.
Ela acena com a cabeça, com aquele lábio inferior preocupado. Suas
bochechas estão rosadas, e seus olhos estão brilhantes.
Seu nome é Kenneth, e ele costumava ser meu melhor amigo. Até o
momento em que ele fodeu a minha noiva, April. — Ken — Eu rosno. — Que
porra você está fazendo aqui? — Pergunto.
Paul fica entre nós, como se ele pudesse me manter longe dele, se eu
realmente quisesse um pedaço disso. Nem um pouco.
Eu dou de ombros. Eu posso chutar o traseiro de Ken tão bem com ele na
sala como posso com ele fora dela. — Faça o que quiser — Eu digo. Eu me
aproximo da geladeira e pego uma cerveja, giro a tampa, descansando-a na beira
do balcão e então viro-a para um gole. Lanço a tampa de metal para a lata de
lixo. — Ponto — Eu sussurro no lugar enquanto ela cai lá dentro.
— Por que você está aqui, Ken? — Eu pergunto. Ele pode muito bem
dizer-me para que possamos ter este encontro desconfortável terminado.
— Bem — Diz ele. Ele para e arranha a parte de trás de sua cabeça,
passando a mão para cima e para baixo repetidamente. Seu desconforto me faz
sentir um pouco melhor sobre toda a situação, na verdade. Eu o pressiono. — Eu
queria dizer-lhe sobre o casamento — Diz ele lentamente, enunciando
cuidadosamente.
— Você tropeçou e caiu bem na boceta dela, não é? — Ele levanta a mão e
começa a gaguejar, mas eu continuo a falar, como se não me importasse. — Eu
entendo completamente. Aconteceu comigo uma vez ou duas. Provavelmente as
mesmas noites que aconteceram com você — Eu bufo.
— Matt — Diz ele. — Eu sei que eu já disse que sinto muito antes, mas por
favor, saiba que não tinha a intenção que isso acontecesse. Nós nunca quisemos
magoar você.
Fiquei magoado por um tempo, mas agora estou além disso. Irritado é
uma coisa muito melhor em mim do que mágoa. — Quantas vezes você quer que
eu lhe felicite? — Eu pergunto.
Ele suspira. — Eu só não queria que você ouvisse isso de outra pessoa —
Diz ele. — Eu conduzi mal as coisas, mas ainda tenho o maior respeito por você
como um amigo.
— Obrigado — Eu rosno.
— Ei, ouvi dizer que você está em remissão — Diz ele. Ele sorri como se
estivesse feliz por mim. — Estou tão feliz que você está indo bem.
— Você quer dizer como estar ao meu lado? — Eu ergo minhas mãos
como se quisesse que ele respondesse. Mas eu realmente não quero. De modo
nenhum.
— Eu gostaria que todos nós fôssemos amigos de novo — Diz ele. Ele está
quase implorando. E isso me faria rir se não me fizesse querer chorar.
— Nunca vai acontecer — Eu digo. Abro a porta e aceno para que ele
caminhe por ela. Em dois segundos, eu vou começar a contar até dez.
Ele ilumina por um segundo. — Ei, Paul estava me dizendo que você está
saindo com alguém.
— Então, eu acho que é ótimo. Estou feliz por você — Ele bate a mão no
meu ombro e aperta até que eu olho para ele, pensando em como vou quebrar
cada um dos seus dedos. Ele puxa sua mão de volta. — Eu acho que você deveria
levá-la para o casamento. Vai ser como nos velhos tempos. O que você diz?
Eu somente o encaro.
— Eu sou humano — Diz ele. Ele puxa o cós da sua calça mais alto.
Ele é um ser humano sem moral ou consciência. Não posso dizer que
April não teve o que merecia com ele.
Eu não digo mais nada. Ele acena quando sai pela porta, e eu a bato atrás
dele. Bato com tanta força que as paredes vibram. Paul sai de seu quarto.
— Tem certeza?
— Sim.
— Foda-se.
— Por que você disse a ele que estou saindo com alguém?
— Já está encerrado.
— Não está.
Paul pressiona os lábios. Então ele se levanta e vai para seu quarto,
fechando a porta suavemente atrás dele. Ele não revida, que é o que eu mereço.
Ele simplesmente vai embora. Eu acho que bati muito perto de casa.
Meu coração dói pelo o que eu fiz para ele. Mas era a única maneira de
conseguir que ele deixasse isso.
— Alô?
— Skylar, oi — Ele diz. Eu quase posso ver seu sorriso grande em minha
mente, e isso me faz estremecer. Não deveria ser assim, deveria?
— Sim — Ele diz baixinho. Ele fica quieto por um momento e silêncio cai
em ondas no celular.
— Nós decidimos que você precisa tirar algum tempo de licença familiar
para que as coisas se estabeleçam na sua extremidade.
Há um silêncio na linha.
— Por que você não apenas diz o que quer dizer, Phillip?
— No entanto, você permitiu que o seu pai persuadisse você com essa
ideia insana.
Ele faz uma pausa. — Eu ia dizer a você hoje, mas você estava ocupada
com a sua mãe.
— O que você vai fazer, Sky? — Ele finalmente estala. — Você estará
criando aquelas crianças? Aquelas crianças que não se parecem em nada como
nós? Você desfilará por aí com elas em público? Você os levará de férias para o
Cabo e será a mãe delas? Por que você não apenas contrata uma babá, por amor
de Cristo? Seu pai tem dinheiro suficiente.
— Eu sou o mesmo cara que sempre fui! — Ele grita para mim. — Você é a
única que mudou. Eu quero alguém que possa trabalhar ao meu lado, jogar ao
meu lado e apenas estar ao meu lado. Eu não quero aquelas crianças entre nós,
especialmente se elas não são nossas.
— Não é como se nós fazemos sexo, de qualquer maneira. Não parece que
encontramos tempo — Ele soa como um garotinho de quatro anos de idade.
— Será que você, pelo menos, considera uma babá? — Ele pergunta.
Eu nem preciso pensar sobre isso. Fui criada por um desfile constante de
babás, e não vou fazer isso com essas crianças. Eu não tenho uma única pessoa
na minha vida que pode se sentar comigo e dizer-me histórias sobre minha
infância, porque ninguém estava lá. — Não — Eu rosno.
— Por que não? Isto nem é mesmo responsabilidade sua! — Ele grita.
— Eu posso não ser a mãe deles, mas sou a tia. Eu sou sua tia Sky, e eu
sou tudo o que eles têm. Eles não têm outra pessoa, e eu sei o que é sentir isso.
Eu não vou deixá-los sozinhos. Eu estarei aqui para eles sempre que precisarem
de mim, para o resto da minha vida.
Para dizer a verdade, eu tenho estado meio que meditando sobre a minha
situação, porque eu não poderia encontrar o meu apoio, mas eu o tenho agora.
Está solidamente abaixo de mim.
— Vou ensinar Seth a dirigir, vou levar Mellie para aulas de dança, e Joey
vai fazer ginástica — Ok, eu soo como uma lunática agora. — Eles podem fazer
ou ser o que quiserem. Porque eles não estarão sozinhos — Eu aponto meu dedo
para nada e soco o ar com ele. — Eles nunca, nunca estarão sozinhos, enquanto
eu estiver aqui. Você me entende? Nunca!
— Sky, pense no que você está fazendo — Diz ele. — Você é emotiva. Você
precisa sentar e pensar nisso. Não faça algo que você vai se arrepender. Faça
uma lista de prós e contras, se você precisar.
Eu olho para cima e passo a ponta dos dedos sob meus olhos. — Seth —
Eu digo. Deus, eu espero que ele não tenha ouvido nada disso.
— Eu não ouvi nada sobre orgasmos — Diz ele com um sorriso. Ele
golpeia a mão sobre sua boca.
— Mas eu estou pensando que, uma vez que não temos uma mãe e você
não tem uma família, podemos fazer isso funcionar — Ele não olha para mim, e
eu sinto um pequeno tremor em sua voz.
Ele coloca o braço em volta dos meus ombros. — Eu tenho uma pergunta
para você.
— Você quis dizer isso quando disse que queria me ensinar a dirigir? —
Ele sorri para mim.
Eu rio. É bom rir com Seth. — Sim, eu quis dizer isso — Eu bato seu
ombro com o meu. — Nosso zelador me ensinou.
Logan vive com Emily, Pete vive com Reagan, e Sam voltou para a
faculdade ontem à noite no ônibus, por isso é apenas Paul e eu no apartamento
agora. Parece tranquilo. Silencioso demais às vezes. Estou acostumado com a
estridente TV porque Logan não sabe que está ligado muito alto - Ele é surdo - e
Sam e Pete, os gêmeos, lançando um no outro por todo o mobiliário. Agora é só
eu e Paul, dois caras mais velhos e um lote inteiro de silêncio. Eu acho que não
gosto disso.
— Bom dia — Eu digo de volta. Abro o jornal e olho para ele, mas eu não
consigo ver as palavras na página. Eu posso sentir a necessidade de Paul em
despejar sua tigela de Honey Graham Oh em cima da minha cabeça. Inferno, eu
mereço.
Ele não olha para cima do seu cereal. — Não se preocupe com isso.
— Eu fui um idiota.
— Eu deveria ter concordado com você. Você estava certo. Não está
encerrado.
Ele fala com a boca cheia de comida. — Se isso estivesse encerrado, você
não deveria ter agido como se aquele idiota o tivesse golpeado no estômago.
— Sim.
— É uma pena. Eu não sabia que vocês sabiam que nós ainda fazíamos
isso.
— Você fala sobre sexo com Kelly como se fosse o seu pé escorregando em
um sapato velho.
Ele bufa.
— Mas, assim como um sapato velho, ex- podem ser confortáveis, mas
falham em apoiá-lo do jeito que você precisa.
— Ding, ding, ding — Ele grita, como se estivesse tocando um sino no ar.
Ele nunca disse, mas eu tenho uma ideia muito boa. Eu balanço minha
cabeça de qualquer maneira.
Ele se levanta e bate a tigela na pia um pouco forte. — Não era a porra de
uma escolha. Vocês eram a minha vida, e eu era tudo o que tinham. Sem
escolha.
— Eu não poderia tê-los criado sem você — Ele diz. — Onde eu fui fraco,
você foi forte. E onde eu fui forte, você foi fraco — Ele está certo. Nós
complementamos um ao outro.
— Você desistiu do tempo integral com Hayley por nós — Agora estou
chateado.
— O que tem?
— Agora que todo mundo está criado, porque você não cuida de si
mesmo? Vá buscar uma vida de verdade. Você e Kelly continuam caindo juntos.
Por que não tornar isso permanente?
— Mas...
— Eu gosto dela. Nós somos amigos. Mas é isso — Ele encolhe os ombros.
— E ela está saindo com alguém. Está ficando muito sério.
Reviro os olhos. — Então não pode ser muito sério com esse outro cara.
— Só o fato de que há outro cara significa que não é sério comigo — Ele
solta um suspiro. — E eu não a amo. Isso é uma coisa que eu tenho certeza.
Porque o pensamento da mulher que eu amo dormindo com outro homem
deveria rasgar-me por dentro, mas isso não acontece. Há algo de errado com
isso.
— Você deve ir ao casamento. Obter tudo para fora do seu sistema. Leve
uma garota gostosa com você.
— Onde eu posso conseguir uma dessas?
Ele olha para mim como se eu fosse um macaco louco de merda. — Cara,
você pode encontrar um rabo em qualquer lugar.
Eu não poderia estar mais feliz que esta situação me obrigou a cortar
meus laços com ele, especialmente quando eu viro a esquina e o encontro perto
do bebedouro de pé muito perto de outra recém-formada. Ela parece um pouco
atrasada e quando me vê, muito rapidamente, caminha em outra direção.
Phillip começa a se virar na minha direção, mas eu aceno para que ele se
afaste. — Nem pense nisso — Eu aviso. E continuo andando.
Ele me segue por todo o caminho para o meu carro sem dizer uma
palavra. Ele não fala até que assiste me atrapalhar com uma caixa de papéis e
meu porta-malas. Ele não me oferece ajuda. Nem uma vez. Será que Matt ficaria
ali e me olharia enquanto eu lutava com uma caixa? Algo me diz que ele não o
faria. Eu realmente não deveria comparar ninguém a Matt, no entanto, desde
que eu realmente não o conheço.
Eu bufo. Seu rosto fica vermelho. — A única coisa estúpida que eu fiz foi
escolhê-lo. Idiota — Eu digo baixinho quando entro no meu carro. Eu arranco,
enquanto ele fica lá me olhando. É tudo que posso fazer para não abaixar a
janela e enfiar meu dedo do meio para fora e sacudi-lo para ele. Mas eu sou uma
mãe agora. Mães não fazem espetáculos públicos de si mesmas, não é?
Provavelmente não. Eu me contento em fazê-lo na minha cabeça. Farei isso por
agora, também, porque ele parece irritado.
Seth disse a Joey e Mellie que seria eu que as pegaria na escola hoje, mas
não estou completamente certa de que elas sabem o que está acontecendo
quando eu entro pela porta. Joey se esconde atrás da saia da professora, e Mellie
enfia o dedo em sua boca. Eu me abaixo ao nível delas e digo: — Oi, garotas —
Com uma voz suave. Uma voz suave não as assustaria, não é? Merda. Eu sou
péssima nessas coisas de mãe.
Ela aperta minha mão e dá um passo para o lado, para que Joey saia de
trás dela. Ambas as meninas ainda estão na creche, e eles combinam as aulas no
final do dia no parque infantil. As meninas aparentemente grudam uma na
outra como cola. Isso é normal? Inferno, o normal é apenas um ajuste no
secador, certo? Eu não conheceria o normal se me mordesse na bunda.
Eu olho para ela. Joey e Mellie ainda não vêm em minha direção. Eu
moro na mesma casa com elas. Joey puxa a saia de sua professora e diz
baixinho: — Minha mãe vem me buscar?
Fatias de dor me atravessam. Eu não sei como explicar a morte para as
pequenas. Seth não explica também, aparentemente.
— Mamãe não iria embora — Diz Mellie. Ela vem para a frente e pega a
minha mão, os dedos molhados de onde estavam apenas enfiados em sua boca,
mas eu não me importo. Ela está me tocando por sua vontade própria. Sou eu e
as meninas contra o mundo.
— Mamãe não pode voltar — Eu explico. — Mamãe não queria ir, mas ela
não teve escolha.
— Seth estava cuidando delas por algum tempo, então eu não disse nada,
mas suas roupas estão ficando muito pequenas. Sapatos de Mellie estão muito
apertados e calças de Joey estão cerca de quatro centímetros mais curtas. As
crianças crescem, senhorita Morgan. Bastante.
Eu ergo minha pistola de tatuar e me levanto para que ela possa alcançar
meu bolso. — Por favor — Eu digo.
Paul faz um barulho. Ele está tentando obtê-la em seus bolsos, desde que
me lembro. — Eu acho que ele já está verde de inveja — Eu digo em voz alta.
— Se verde é o novo vermelho — Ela atira de volta. Ela puxa meu telefone
e coloca-o em sua orelha. Nós não tínhamos celulares por um longo tempo,
porque nós simplesmente não podíamos pagar. Mas no último Natal, o pai de
Emily comprou para todos novos celulares, já que ele tem mais dinheiro do que
Deus e nada melhor para fazer com ele. Ele nos disse que éramos muito difíceis
de acompanhar sem eles. Mas eu acho que era mais Emily fazendo isso do que
ele.
— Telefone de Matt — Ela gorjeia. — Ei, Seth — Ela diz, franzindo o rosto.
— Sim, ele está aqui, espere — Ela pressiona o botão “viva voz” no telefone.
— Hoje foi o primeiro dia que ela deveria buscar as meninas, e eu cheguei
em casa e ninguém está aqui. Está ficando tarde, é tudo.
— Eu não falei com ela — Eu digo. — Você quer que eu vá aí? — Eu já
estou caminhando para a porta da frente e Pete está assumindo com o meu
cliente.
— Ligue se você precisar de nós — Paul diz atrás de mim. Como se ele
tivesse que me lembrar. Com um olhar sobre o meu ombro, eu aceno para ele, e
ele concorda.
— Ela deveria ter me ligado para dizer onde está — Ele murmura, e eu
posso imaginá-lo agarrando seu cabelo em frustração.
Ela olha para cima e sopra seu cabelo do rosto retomando a respiração. —
Matt — Ela diz, mas inclina um sorriso agradável nos cantos dos lábios, e é o
suficiente para me tirar o fôlego. Ela tem um namorado, idiota. Não tenha
ideias. — O que você está fazendo aqui?
Ela bate a porta do carro, mesmo que ainda haja mais sacolas lá.
Ela balança a cabeça. — Eu virei pegá-las mais tarde — Ela diz. — Depois
que eu acalmar Seth, aparentemente — Ela olha com tristeza para mim. Ela
levanta as sacolas. — Nós fomos às compras.
Sky ri. — Eu acho que elas gostam de você — Ela diz em voz baixa. Há um
olhar de desejo em seu rosto.
Sua face cora, e ela é tão malditamente bonita. Mas ela não diz nada.
Seus olhos viajam do topo da minha cabeça até a ponta dos meus pés,
permanecendo em alguns lugares mais do que em outros. É interesse que eu
vejo em seus olhos? Ela lambe os lábios e olha para longe.
— Eu não achei que você estaria em casa ainda — Ela olha para o relógio.
— Eu não queria preocupá-lo, Seth — Ela diz. Ela é sincera. E sabe que o
preocuparia desnecessariamente. — Eu sinto muito por isso — Ela diz em voz
baixa.
Eu dou uma olhada para Seth, e ele solta um suspiro. Ele caminha até ela
e a envolve em um abraço estranho como que vi dar em sua mãe uma centena de
vezes. Ele a levanta do chão um pouco. — Eu estava preocupado com você
também — Explica ele.
Ela sorri, e é lindo. — Obrigada — Ela diz. — Meu telefone está sem
bateria, também. Eu vou me certificar de manter um carregador no carro a
partir de agora. Eu não estou acostumada a ter que checar — Ela começa a
abaixar as sacolas. — Eu levei as meninas para comprar roupas novas — Ela diz.
Ela olha para Seth. — Espero que esteja tudo bem.
Seth olha para mim e depois para as muitas sacolas que estão espalhadas
por todo o lugar. — Há mais? — Ele pergunta.
Eu sorrio e passo a mão pelo meu rosto. Eu vi toda a merda que estava na
parte traseira de seu carro. — Muito mais — Eu digo. Sky caminha em direção a
porta então eu empurro um polegar na direção dela. — Eu vou ajudar a sua tia —
Eu digo.
Ele sorri para mim. — Ajudar? É isso o que eles estão chamando isso
agora?
Sky já está fora da porta, e eu realmente quero ir com ela. — Ela tem um
namorado — Eu digo.
Ele balança a cabeça. — Não mais. Ele terminou com ela ontem. Não foi
bonito.
Então, ela não tem um namorado? Meu coração pula. Caralho. — Ela
chorou muito?
Ele agarra meu ombro. — Você precisa de toda a ajuda que puder
conseguir, cara — Diz ele, dando-me um aperto. Ele sorri.
Santo Deus, ele é bonito. Matt está vestindo uma camiseta cinza e jeans, e
seu cabelo está puxado para trás com um elástico. Ele é tão alto que eu tenho
que inclinar a cabeça para olhar para ele. Ele sorri para mim. Ele está
respirando um pouco difícil e tenho que admitir que estou também.
— Como foi seu dia? — Ele pergunta. O elevador ressoa ao nosso lado, e
caminhamos para dentro. Ele apoia seu quadril contra o corrimão e cruza os
braços na frente do peito.
Eu passo meus dedos debaixo dos meus olhos e dou um sorriso aguado
para Matt. Eu gostaria que ele tivesse me dado alguns minutos para mim
sozinha, mas é tarde demais. Eu começo a parecer uma idiota na frente de um
homem atraente.
3 Grinch who stole Christmas: História infantil, que critica a comercialização do natal. Com base em uma
pesquisa on-line o Livro foi nomeado Top 100 para crianças. No ano de 2000 foi transformado em filme,
estrelado por Jim Carrey – O Grinch.
desculpa.
— Mentirosa — Diz ele. Ele segura meu rosto com a palma das mãos, as
pontas dos seus dedos fazendo cócegas na pele na frente da minha orelha,
roçando para a frente e para trás.
Eu cautelosamente me sento ao lado dele. Ele desliza mais perto até que
seu quadril toca o meu. Eu deslizo para longe dele, mas ele desliza ainda mais
perto. Eu olho para cima, e não posso deixar de sorrir para ele. — Você está no
meu espaço — Advirto.
Ele fica em silêncio e apenas respira. Ele não diz mais nada. Eu sento lá e
respiro o cheiro dele. É amadeirado, viril e limpo. É Matt, e eu gosto disso. Eu
não quero chorar mais. Eu quero subir em seu colo e beijá-lo. — Oh Deus — Eu
gemo.
Eu soco seu ombro de brincadeira. Ele finge cair para o lado, mas surge
de volta, ficando ainda mais no meu espaço.
— É só que eu nunca tive uma família — Eu disse isso. Agora, ele pode ter
pena de mim. — Então, quando Seth estava preocupado, não apenas por suas
irmãs, mas por mim também, aquilo me fez sentir um pouco emocional — Eu
dou de ombros. Parece ainda mais estúpido agora que está fora da minha boca.
— Isso é tudo. Eu sei que é estúpido.
— Isso foi muito bom choro — Um sorriso puxa os cantos dos meus
lábios, embora eu ainda esteja me sentindo muito emotiva.
— Eu vou fingir que é uma tarefa árdua, se isso fará você se sentir
melhor. Vou até gemer em voz alta.
— E você não é minha — Ele fica de pé e se abaixa para pegar minha mão.
— Então seria melhor sair da escada antes que eu faça algo estúpido como beijar
você.
Eu sorrio e olho para longe dele. — Bom — Eu abro a porta para a escada
e atravesso.
— Nada — Eu atiro por cima do meu ombro. Meu coração parece muito
mais leve do que há poucos minutos, provavelmente porque há cerca de um
milhão de borboletas vibrando pelo meu estômago. Minha barriga pula quando
eu encontro o seu olhar. — Estou feliz que você quer me beijar, é tudo — Eu dou
de ombros novamente.
Eu deixo cair a minha voz até um sussurro. — Você pode ter que soletrar
para mim, Matt.
— Corra enquanto pode, Sr. Reed — Eu digo, e tento pegar uma sacola
dele.
Minha barriga faz aquele pequeno pulo de novo, e eu não consigo deixar
de me perguntar onde isso vai dar.
Matt
Suas bochechas estão em um tom de rosa agradável, e ela evita olhar para
mim no elevador. Eu a deixo caminhar na minha frente pelo corredor, porque
ela tem absolutamente a mais bonita e mais perfeita bunda que eu já vi e quero
uma desculpa para olhá-la. Ela está usando seu terno de negócios de novo - uma
saia lápis, saltos e uma bonita blusa.
Ela olha por cima do ombro para mim e puxa o lábio inferior entre os
dentes, seu rosto ficando cada vez mais rosado. Eu fico duro imediatamente. Se
ela não parar com isso, vou ter que passar um tempo no corredor antes que eu
possa entrar. Eu respiro fundo e paro de olhar para sua bunda. Em vez disso, eu
olho para as sacolas e sacolas de roupas que ela empilhou em mim. Elas estão
escorregando dos meus braços, e eu tenho caixas de sapatos empilhadas na
minha mão.
— Será que você comprou a loja inteira? — Pergunto quando ela abre a
porta.
Ele vai adorar isso. O garoto não teve ninguém cuidando dele por um
longo tempo. Tenho a sensação de que ela poderia tê-lo comprado um casaco de
pele cor de rosa e ele aceitaria com orgulho só porque ela lhe deu. — Tenho
certeza de que tudo que você comprou estará perfeito.
Ela pega a minha mão na dela e vira o meu braço, avaliando-o de perto.
Suas mãos são suaves, e as unhas são bem cuidadas com perfeição. Ela arrasta o
dedo indicador em todo o meu pulso. — Eu estou tão triste, Matt. Olhe para
você: você está ferido — Ela ri alto! Soa tão adorável saindo de seus lábios. É
irrestrito e não restringido. Porra eu adoro, principalmente quando ela inclina a
cabeça para trás e, em seguida, começa a rir tanto que ela bufa. Mas isso só a faz
rir ainda mais alto. — O que eu posso fazer para compensá-lo? — Ela pergunta.
Eu ergo meu pulso e ressalto meu lábio inferior. — Beije-o e torne-o
melhor? — Eu sugiro.
Ela levanta o meu pulso e pressiona seus lábios na minha pele. Eu tenho
medo que vou derreter em uma grande, velha e suada bola de pânico ali mesmo
em seu tapete, mas assim que seus lábios me tocam, ela sopra rápido fazendo
cócegas em minha pele. Faz-me rir, e eu a agarro, puxando-a para mim.
Mas então, uma criança nua sai como um raio para fora do banheiro. É
Mellie, e eu cubro meus olhos enquanto ela corre. Seth corre atrás dela
carregando uma toalha. Ele rosna para ela brincando, e ela corre para atrás do
sofá. Ela começa a correr passando por mim, e eu estico meu braço muito
rapidamente e agarro-a, segurando seu pequeno corpo nu contorcendo longe de
mim. Porra, mas ela está escorregadia. Ela ri e mexe os pés, chutando
loucamente, e é tudo o que posso fazer para segurá-la.
— Vem cá, você — Seth rosna, e ele envolve Mellie em uma toalha. Ela ri
todo o caminho pelo corredor até que eu ouço a porta fechar.
Sky coloca a mão no meu peito, deslizando para baixo. — Você está todo
molhado — Ela diz, balançando a cabeça.
— Eu lhe daria uma camiseta para se trocar, mas eu não tenho uma do
seu tamanho — Ela diz. E faz uma careta. — Desculpe.
Minha tatuagem é um sapo verde. Mas não é apenas qualquer sapo verde.
Meu irmão Logan é um artista incrível, e ele a desenhou para mim. É um sapo
em um lírio flutuante com flores salpicadas ao redor. No topo da cabeça do sapo
tem uma coroa de espinhos. Eu realmente amo isso, mas me sinto meio cru e
exposto agora que ela viu. — Quer beijar o meu sapo? — Eu pergunto, já que
estou me sentindo tão fora de mim.
— Não faça isso — Aviso. Minha voz soa rouca até para mim.
Ela faz isso de novo. — Oops — Ela expira, mas está sorrindo.
Eu quero beijá-la, mas preciso saber com o que estou lidando. — Como
está seu namorado? — Pergunto. Eu sei que Seth disse que eles se separaram,
mas eu quero ouvir isso dela. Eu não vou tocar em alguém que está namorando.
Eu tive desgosto suficiente nessa área para durar uma vida.
— Nós terminamos.
— Eu tenho um monte de coisas das compras de hoje para você. Por que
você não as verifica? — Ela pergunta.
Suas sobrancelhas arqueiam. — Você tem coisas para mim? — Ele sorri e
woops, vai para vasculhar as sacolas. Ele é um adolescente, e eu tenho
experiência com esses animais. As meninas, nem tanto. Quando ela não está
olhando, eu lanço-lhe um olhar sobre o ombro e advirto. — Mesmo se você não
gostar, finja que o faz. Não fira seus sentimentos.
Ela grita. — Eu tenho que me acostumar a essa coisa de abraço que você
faz — Ela diz.
— Por quê? — Ele pergunta. Ele parece confuso. Eu tenho uma sensação
de que Sky não teve muito carinho quando criança. Mas essas crianças estavam
se ocupando disso.
Ele envolve o braço ao redor do seu ombro de novo e aperta. Ela guincha
um pouco, e ele ri. — Você é como um pequeno rato — Diz ele. — Você sussurra
quando está com raiva, também?
Ela dá um soco em seu ombro. — Você vai descobrir se continuar com
isso.
Sky tira os sapatos e desliza somente com as meias. Ela pega um pedaço
de pizza e se senta no sofá. As crianças começam uma partida de boliche no Wii,
e a convencem a jogar. — Eu nunca fiz isso antes — Avisa.
— É fácil — Diz Seth. Ele faz um gesto para a frente. — Venha. Eu vou te
mostrar.
— Ugh! — Eu rosno.
Sky coloca a mão sobre sua boca e ofega. Mas, então, ela corre em direção
a mim, quando vê o sangue escorrendo pelo meu rosto. Eu entro na cozinha,
porque não quero deixar sangue em seu tapete.
— Eu sinto muito — Ela diz, enquanto cai na minha frente. Ela descansa
seus braços em minhas coxas. Posso sentir o cheiro da pizza que ela comeu
apenas em sua respiração, e eu realmente, realmente quero beijá-la, mas tenho
sangue por todo o meu rosto e as mãos. — Eu sinto muito — Ela diz novamente.
— Eu não sabia que aquilo voaria para fora da minha mão desse jeito.
Ela já disse isso. Ela se levanta e pega uma toalha molhada. Limpa
minhas mãos e suavemente debaixo do meu nariz. Meu nariz dói como um
desgraçado. Eu empurro a cabeça para trás, mas ela apenas continua, sondando
e cutucando.
— Acho que o sangramento parou — Ela diz. Mas eu a deixo continuar a
mexer em cima de mim, só porque eu gosto. — Você quer um pouco de gelo? —
Ela pergunta.
Sim, mas eu preciso dele para o meu pau e não no meu nariz. — Por favor
— Eu digo. Seu rosto está apenas alguns centímetros do meu. Mas, em seguida,
ela vai para a geladeira. Ela volta com um saco de gelo. Provavelmente, ela
ficaria ofendida se eu o empurrasse em minhas calças, então, em vez disso, eu o
coloco contra o meu nariz. Eu firmo meu queixo com uma mão e seguro o gelo
com a outra.
— Eu sei — Eu digo.
Ela se inclina para perto e beija minha bochecha. Eu quero virar a cabeça
e pressionar meus lábios nos dela, mas eu não faço.
Seth coloca a cabeça para dentro da cozinha. Ele sorri para mim e
balança a cabeça. — Cara — Diz ele e ri. — Isso é a coisa mais triste que eu já vi.
Eu gosto tanto do jogo, que nem sequer percebo o quão tarde é até que
Mellie sobe no meu colo e adormece. Eu sei que ela está dormindo, porque eu
sinto sua baba deslizar pela minha perna. Sento-me, tendo o cuidado para não
empurrá-la e a puxo em meus braços. Ela faz um pequeno murmúrio sonolento
ao lado da minha orelha e se aconchega mais perto. Eu respiro fundo e
aproveito isso porque estes momentos são raros e distantes entre si.
— Ok, isso é tudo — Diz Matt, ele se inclina e desliga o Wii. — Eu acho
que houve suficiente chutar-traseiros para uma noite — Ele empurra o ombro de
Seth. Seth o empurra de volta e eles lutam no chão. Ele imobiliza Seth para
baixo e sorri. — Como foi o wrestling hoje? — Ele pergunta.
Seth se senta, e penteia seu cabelo para trás no lugar. — Foi tudo bem.
Temos práticas de competição na quarta-feira à noite — Ele olha para Matt. —
Você quer vir assistir?
Matt deita de costas no chão, agindo como se estivesse sem fôlego depois
do wrestling, mas eu acho que ele está chocado que Seth perguntou-lhe. Ele
pega uma bola e começa a lançá-la no ar e pegá-la. — Que horas? — Ele
pergunta.
Matt se levanta e acena com a cabeça. — Se estiver tudo bem com sua tia
— Diz ele. Matt pisca para mim quando Seth não pode vê-lo. Seth faz, no
entanto, e balança a cabeça.
— Não é enganação. É... — Ele para e olha para mim. — Inferno, eu não
sei do que chamar isso — Ele parece um pouco desconfortável. Ele joga a bola no
peito de Seth, e Seth cai de costas no chão, segurando a barriga.
Ele pega as mão dela e se levanta, jogando-a sobre seu ombro. Ela grita.
Ele vem até mim e a balança na frente do meu rosto. — Beije a tia Sky e diga boa
noite — Diz ele. Ela se inclina para a frente, segura meu rosto em suas mãos, e
beija minha bochecha.
Seth sinaliza para o quarto das meninas. — Claro — Diz ele impertinente,
e se dirige naquela direção.
— Ela vai fazer você ficar o tempo que puder, pedindo beijos e água e
tudo o que ela realmente não precisa — Seth avisa. Ele aponta o dedo para ela e
diz: — Vá dormir.
Eu aceno com a cabeça. — Ela pode ouvi-la, mesmo que não esteja mais
aqui — Eu pisco meus olhos furiosamente, porque isso é tudo que posso fazer
para ficar aqui sem chorar. Quando eu me tornei uma chorona? Ao mesmo
tempo, em que me tornei mãe, aparentemente. — Ela nunca vai deixá-la. Eu
prometo.
— Eu vou dizer a ela eu mesma — Ela diz. Ela sorri e rola em seu
travesseiro, fechando os olhos.
Seth está esperando por mim no corredor quando eu saio. — Wow — Ele
sibila.
Ele balança a cabeça. — Às vezes parece tão fácil seguir em frente sem
ela, e outras vezes, as memórias e todas as pequenas coisas sobre ela apenas
inundam você, sabe?
Eu não sei. Eu nunca tive alguém que me amava como a mãe deles os
amava. Eu não sei o que é perder a âncora. Para flutuar de repente sem rumo. —
Você pode conversar com ela, também, sabe — Eu digo. Ele me segue para a
cozinha. — Ela ainda está aqui para você.
Ele caminha até Seth e envolve seu braço em volta da cabeça do menino,
capturando-o em uma chave de braço suave, e esfrega os nós dos dedos em sua
cabeça. Seth o empurra, mas ele está sorrindo. — Eu vou para a cama — Diz
Seth.
Ele olha rapidamente para Matt e Matt abaixa a cabeça e sorri. — Estou
cansado — Diz Seth, e finge um bocejo e uma espreguiçada. Ele está sorrindo, e
Matt golpeia a mão no rosto para esconder o seu próprio sorriso. Seth beija
minha testa, bate os nós dos dedos com Matt e vai para o seu quarto.
Eu não sei o que fazer comigo mesma sozinha com Matt, então eu
começo a carregar a máquina de lavar louça com os pratos de hoje. Matt pega
pratos e copos da mesa e me ajuda.
Ele olha diretamente nos meus olhos. — Bom. Isso é para o que estou me
esforçando.
Minha respiração trava e eu tenho que virar para que eu não esteja de
frente para ele. Eu coloco minhas mãos espalmadas sobre o balcão e respiro.
Mas, então, eu sinto o corpo de Matt atrás de mim. As palmas das mãos dele se
apoiam no balcão ao lado das minhas, seus braços agrupando meu corpo. Eu
posso senti-lo do topo da minha cabeça até os meus calcanhares, ele está tão
perto.
Um sorriso se move furtivamente por todo o meu rosto, e estou tão feliz
que ele não pode vê-lo. — Não — Eu digo, passado o nó na minha garganta.
Ele tira o cabelo da parte na trás do meu pescoço e pressiona seus lábios
lá. De repente, estou feliz que ele está atrás de mim, porque meus joelhos
apenas poderiam falhar. Seus lábios são suaves e quentes, mas insistentes. Ele
beija a lateral do meu pescoço, e eu inclino minha cabeça, porque isso me faz
sentir tão malditamente bem.
— Um dia você vai querer se casar comigo — Ele murmura.
De repente, há um barulho atrás de nós e Matt salta para trás. Ele está do
outro lado da cozinha em nada mais do que um segundo. Eu me viro e olho para
cima para encontrar Seth parado na porta. Ele olha de mim para Matt e de volta
para mim mais e mais. Finalmente, ele bufa, e diz: — Cara, você deve apenas
beijá-la. Deus — Ele caminha até a geladeira e pega uma garrafa de água, e
então sai da cozinha.
Eu me sirvo uma taça de vinho, assim tenho algo para fazer com minhas
mãos.
Ele pega para si uma garrafa de água e segue-me para o sofá. Sento-me
em uma extremidade, e ele se senta na outra. Ele está muito longe, em minha
opinião, mas está muito próximo ao mesmo tempo. O que estou fazendo?
Eu puxo meus pés para cima do sofá, meus joelhos direcionados para a
TV, e Matt olha para minhas pernas. Eu puxo minha saia um pouco para baixo.
Ele geme e joga a cabeça para trás, mas está sorrindo. — Você não sabe o quão
difícil é me sentar aqui, enquanto você está aí — Diz ele.
Seus olhos atiram para encontrar os meus. — Você está sentindo isso
também? — Ele pergunta. Seus olhos são tão azuis e tão profundos, que eu
quero cair neles e ficar lá. Jamais olhe para longe de mim, Matt.
Concordo com a cabeça e mordo o lábio inferior para não sorrir. — Por
que você não tem uma namorada, Matt? — Pergunto. E eu realmente quero
saber porque é incompreensível para mim ele ser solteiro. Ele é bonito, e é tão
gentil.
Eu me instalo no sofá um pouco mais fundo e viro para que meus pés
estejam direcionados para ele, minhas pernas estendidas. Meus dedos quase
tocam sua coxa. Mas, então, ele levanta meus pés e desliza sob eles, se
arrastando mais perto de mim. — Eu fui apaixonado por uma garota. Por um
longo tempo.
— Quando recebi o diagnóstico — Diz ele. — Ela não podia lidar com isso.
— Câncer? — Pergunto.
Ele acena. Seus dedos arrastam para cima e para baixo em minhas
pernas, e desliza ao redor para acariciar a parte de trás do meu joelho. Eu não o
detenho quando sua mão desliza por baixo da minha saia, embora eu fique
tensa. Ele sorri quando encontra a parte de cima da minha cinta liga, e solta o
pequeno prendedor que está preso às minhas ligas. Ele repete a ação do outro
lado, com as mãos provocando a pele sensível da minha coxa enquanto ele libera
a meia e a rola para baixo. Ele a puxa todo o caminho sobre o meu pé e faz o
mesmo com o outro lado. De repente, estou realmente feliz que raspei esta
manhã. Eu meneio meus dedos para ele, e ele começa a me acariciar novamente.
Eu não quero que ele pare nunca.
— Esta tudo bem? — Ele pergunta. Mas não está olhando para o meu
rosto. Ele está olhando para minhas pernas.
Ele balança a cabeça e olha para cima. — Eu a amei por um longo tempo.
E não estava procurando um relacionamento. Eu não tenho saído com ninguém
desde ela. Mas não estou mais apaixonado por ela. Eu sei disso agora.
— Quando meu irmão Logan conheceu Emily, ela lhe deu um soco no
rosto. E quando Pete e Reagan começaram a namorar, ela lhe golpeou no nariz
— Ele estica o braço e toca seu nariz suavemente. — Então, quando você me
bateu hoje à noite, eu soube que estava destinado a ser — Ele sorri. — Eu espero
que você se sinta da mesma maneira, porque eu realmente quero ver onde isso
vai dar.
— Nós meio que temos uma regra. Se uma mulher bater na sua cara, você
tem que se casar com ela — Ele ri.
— Eu quero falar com você sobre uma coisa — Ele diz. Ele está quieto e
sério, e para de esfregar minha perna. Ele envolve sua mão em volta do meu
tornozelo.
— Ok — Eu digo hesitante.
Eu deito minha cabeça para trás e rio. — Você acha que eu preciso de
mais do que três?
— Tudo funciona — Diz ele em voz baixa. Ele está totalmente duro contra
a lateral do meu pé, e eu sinto que meu rosto está em chamas com vergonha,
mas ele parece não se importar.
— Eu tenho uma pergunta para você agora — Eu digo. Eu nem sei como
expressar isso, mas tenho que perguntar. — Meus filhos — Eu digo. — Eles não
são loiros de olhos azuis. Seria um problema para você?
— Ainda não — Diz ele. — Agora mesmo, eu sou apenas um cara louco
que você acabou de conhecer, que despiu você de suas meias e quer tocar seus
pés — Ele olha para os meus dedos dos pés e faz cócegas neles. Ele me olha no
rosto. — Então, agora você quer se apaixonar por mim? — Ele pergunta. — Você
me bateu na cara, então sou obrigado a me casar com você em algum momento.
— Eu tenho questões — Ele ri, mas depois ele fica sóbrio. — Eu tenho
alguns problemas de confiança. E, enquanto estou em remissão, vivo cada dia
sabendo que eu poderia ficar doente de novo. Eu não gosto de perder tempo,
porque é uma das únicas coisas na vida que não posso conseguir mais. Então, eu
sei que estou indo muito rápido e provavelmente estou assustando a merda fora
de você, mas isso é como eu jogo. Eu amo muito quando eu amo, e espero que
você esteja bem com isso.
Eu zombo. — Não me diga que está apaixonado por mim quando acabou
de me conhecer. Eu teria que chamá-lo de mentiroso.
— Não, eu não estou apaixonado por você... Ainda. Mas, pela primeira
vez em muito tempo, quero perseguir esse sentimento e ver para onde ele vai.
— O quê? — Eu pergunto.
— Uma vez que eu me apaixonar por você, nunca me traia. Se você quiser
terminar comigo, me diga. Mas não minta para mim ou me traia. Isso vai me
fazer odiá-la. E tudo que eu quero fazer é amar você. Um dia. Quando nós dois
estivermos prontos.
Ele abaixa a cabeça para trás contra o sofá e se inclina para olhar para
mim. — Então, eu posso continuar a brincar com seus pés? — Seus olhos estão
cheios de todos os tipos de coisas que eu não entendo, mas gosto. Eu gosto
muito.
Sento-me para a frente e puxo meus pés para fora do seu colo. Ele faz
beicinho até que eu coloco o meu traseiro nele. Eu seguro seu rosto em minhas
mãos e olho em seus olhos. — Eu gosto muito de você — Eu sussurro.
— Não está apaixonada por mim ainda? — Ele sussurra de novo, mas
suas mãos enrolam em volta do meu quadril e bloqueiam a minha lateral,
segurando-me perto dele.
Ele esfrega seu nariz contra o meu, em um pequeno roçar suave para
cima e para baixo com os olhos fechados. Meus lábios estão tão perto dos seus
que eu quase posso sentir o gosto dele. Mas, de repente, ele me pega e me deita
no sofá. Ele se levanta, ajusta seu jeans, e beija minha testa. — Eu tenho que ir
— Diz ele rapidamente.
Levanto-me e o sigo até a porta. Ele olha para mim da porta e arrasta
meu cabelo atrás da minha orelha. — Eu quero te beijar.
Ele balança a cabeça. — Ainda não — Diz ele. — Você estará ficando em
casa amanhã?
Eu aceno.
— Por agora — Ele diz de volta, mas está rindo. Ele acena para mim
quando as portas do elevador se fecham, e eu cedo contra a parede.
Isso não foi muito agradável. Mas estou sorrindo quando volto para o
apartamento.
Matt
Deus, aquilo foi difícil. Eu nunca quis tanto beijar ninguém na minha
vida. Mas ela não está pronta para mim. Eu posso dizer. Ela não está pronta
para o tipo de necessidade que eu tenho dentro de mim. Inferno, eu não tenho
certeza se estou pronto para isso, também. Mas quero estar, e isso é um bom
lugar para começar.
É difícil admitir que com tudo o que me foi dado na vida, eu não tenho
apreciado isso o suficiente. Eu tive segundas e terceiras chances que a maioria
das pessoas nunca terá. Mas mesmo depois de tudo isso, eu apenas tenho estado
deslizando sem muito esforço. Ela me faz querer fazer mais do que deslizar. Ela
me faz querer pedalar forte.
Os olhos de Pete se estreitam para mim. — Que porra aconteceu com seu
nariz? — Ele pergunta.
Eu olho no espelho sobre a pia. A pele sob os olhos está um pouco roxa, e
eu imagino que há uma boa chance que terei dois olhos pretos até amanhã de
manhã.
Pete bufa. — Cale a boca — Diz ele quando eu olho para ele. — Ela
realmente bateu em você?
— Você vai ter que casar com ela — Diz Logan. — É uma regra — Mas ele
está rindo. Eu não estou.
— O quê? — Logan rola a cadeira em minha direção para que ele possa
olhar diretamente para mim.
Empurro sua cadeira com meu pé, e ele derrapa no chão. — Você viu
certo.
— Quanto tempo se passou antes que você soubesse que queria Reagan?
— Pergunto. Eu não posso empurrar Pete porque ele não está sobre rodas.
— Eu quero fazer todo tipo de coisas com ela — Eu admito. — Mas ela é
especial.
— Eu queria transar com ela também, mas não até que soubesse que era
permanente — O seu comentário é grosseiro, e outra pessoa poderia achar que é
bruto e insensível, mas acho que é honesto.
— O mesmo aqui — Pete atira. — É assim que você sabe que é certo.
Quando você preferiria ouvir sua voz sobre obter seus orgasmos.
Eu aceno. Eu não sei mais o que dizer. Pete empurra meu ombro. —
Estou feliz por você?
— Não muito tempo atrás, ela ainda estava em sua mente. Isso mudou? —
Logan pergunta.
— Sim. Muito — Eu puxo o elástico do meu cabelo e o deixo cair em volta
do meu rosto. Eu corro meus dedos por ele para ganhar algum tempo. — Eu não
sei como explicar isso.
— Ela me deu a impressão de que ele não gostou da ideia de criar filhos
birraciais — Eu estremeço porque nem mesmo gosto de dizer isso em voz alta.
— Eu também.
Mas com toda a honestidade, eu não iria querer alguém que não poderia
aceitar meus irmãos exatamente como são. Eles são altos e rudes, e peidam
muito, mas todos eles têm um coração de ouro. E eles são meus. — Eu vou
perguntar a ela — Eu olho ao redor da loja. — Terminamos o dia? — Pergunto.
— O quê? — Eu pergunto.
Ele sorri. — Estou muito feliz por você — Diz ele, em seguida, ri. — Eu
realmente estou.
Bom o que?
Cale a boca, eu resmungo novamente. Eu não sei o que dizer sobre isso.
Eu pego o meu telefone do bolso e vou até o número de Sky. É tarde, mas
eu quero ouvir a sua voz. É estúpido, eu sei. Mas é o que é.
— Sobre o quê?
— Estou feliz que você ligou — Ela responde. — Realmente fico feliz.
— Sky?
— Eu acho que você já fez isso — Mas por dentro, meu coração está
batendo como uma pistola de tatuar.
— De modo nenhum.
Então, conversamos até tarde da noite. Conversamos até que meus olhos
estão caídos, e eu ainda não quero desligar o telefone.
Skylar
Agora eu sei que ele gosta de qualquer tipo de sorvete com pedaços de
chocolate. Ele ama nozes. E tem essa paixão louca pela vida que eu não sabia
que existia. Sua família é importante para ele, e a minha é, também. Ele me
convidou para sair em um encontro na sexta-feira à noite, mas eu adiei, porque
não sei ainda onde Seth estará na sexta-feira.
Mas eu quero sair com ele. Eu quero passar algum tempo a sós com ele
sem filhos no outro quarto. Eu quero beijá-lo e ver se essa paixão é tudo na
minha cabeça.
— Oh, 1,92 metros — Ela diz. — Ele é um grande problema — Ela ri.
Meu coração pula. — Que cor é o seu cabelo?
— Loiro. E comprido.
— Vim ver se você quer ir almoçar — Ele encolhe os ombros. Ele está
vestindo calça jeans preta e botas de amarrar. Uma camiseta preta está esticada
sobre seu amplo peito, e está enfiada ordenadamente em seu jeans. Eu posso ver
suas tatuagens. Uma mecha de cabelo caiu de seu rabo de cavalo, e eu quero
esticar meu braço e colocá-la atrás da orelha.
— Cheguei em uma hora ruim? — Ele pergunta. Ele olha para seu pulso,
embora não haja nenhum relógio sobre ele. — Eu posso voltar mais tarde.
— Não, não — Eu não quero que ele vá embora. Jamais. Eu me inclino
contra a borda da minha mesa. — Estou feliz por você estar aqui.
Eu não vou mandá-lo embora. Sem chance. — Eu não quero que você vá
— Eu digo.
Ele sorri. — Bom — Ele olha em volta do meu escritório. — Você tem
tempo para almoçar?
Ele ri. — Sim. Eu lhe disse. Eu vou fazer você se apaixonar por mim.
Almoço é o primeiro passo.
— Caras tem que ter alguns segredos — Ele sorri. — Você pode sair
comigo por um tempo?
— Você faz esses movimentos para cada mulher que você conhece? —
Pergunto.
Ele abre a porta da frente para mim, e pousa sua mão na parte inferior
das minhas costas para me guiar. Deus, estou pronta para derreter. Depois que
passamos pela porta, ele aproxima sua mão na minha e entrelaça seus dedos nos
meus. Eu olho para ele.
— Está tudo bem? — Ele pergunta. Ele enfia uma mecha de cabelo atrás
da minha orelha.
— Ela era muito boa sobre planejamento — Diz ele. — Seu pai a ajudou
muito, também, com o gerenciamento do dinheiro.
— O que ela fazia para viver? — Pergunto. Eu realmente não sei muito
sobre a minha meia-irmã. Nada, na verdade.
— Que área você exerce? — Ele está me dando toda a atenção que não
está dando a esse sanduíche.
Ele acena. — Você terá que me dizer sobre isso algum dia.
— Eu gostaria disso.
Ele sorri. Ele olha por cima do ombro em direção ao outro lado da sala. —
Seu namorado está aqui — Diz ele, sem olhar para mim.
Eu olho por cima do meu ombro e vejo Phillip com alguns dos meus
colegas. Ele levanta o copo na minha direção. Se eu estivesse mais próxima,
jogaria meu refrigerante nele.
Meu coração afoga. — Você falou com Seth — Eu digo. — Eu vou ter que
ter uma conversa com ele sobre privacidade.
— Você não arruinou. Eu apenas não estou à vontade para falar sobre
isso. Não agora.
— O que é? — Eu grito.
— Matt — Eu começo.
— Eu não deveria ter ido lá com você ainda, mas não consigo evitar. Eu
estou fodidamente morrendo de vontade de estar dentro de você. Estou
fodidamente morrendo para segurar você perto de mim, espero isso quando
estivermos nus — Ele sorri. — Mas, ainda mais do que isso, eu quero que você
me ame. Eu quero que você me ame muito, e percorri o caminho errado nisso.
Por favor, perdoe-me — Ele finalmente para e suga uma respiração profunda. —
Por favor.
— Matt — Eu digo.
— Eu não estou furiosa. Bem, um pouco irritada que Seth repetiu algo a
você que ele ouviu em uma conversa particular. Isso é sobre mim e Seth, não
sobre você. Eu vou lidar com ele sobre isso. E não, não estou brava com você.
Não há nada a perdoar.
Uma batida soa na porta do meu escritório. Eu olho para cima para ver a
minha chefe, que enfiou sua cabeça na abertura e está segurando um maço de
papéis. Ela olha para Matt e depois sorri para mim. — Você está pronta para a
reunião? — Ela pergunta.
Eu aceno. — Eu tenho.
Ainda não. Mas estou perto. Muito perto, apesar do fato de que esses
sentimentos me assustam pra caralho. Meu coração está anulando minha
cabeça.
Matt
Eu não sei o que estava pensando. Eu não sou esse cara. Eu não sou
abertamente sexual e fora de controle. Bem, com ela eu poderia ser um pouco.
Ontem à noite, quando me aproximei e retirei suas meias, eu quase gozei na
calça. E quando ela me perguntou se tudo funcionava e eu pressionei a lateral do
seu pé contra o meu pau, oh meu Deus, eu mal podia suportar.
Mas eu quero muito mais dela. Alguém bate em meu ombro, e eu olho
para cima. Seu ex-namorado sorri para mim. Eu sou poucos centímetros mais
alto do que ele, e gosto disso. — Perdoe-me — Eu digo. Viro-me para ir embora
quando o que eu realmente quero fazer é derrubá-lo.
Eu sacudo a dor na minha mão. Dói, mas é uma dor boa. Eu estaria
disposto a fazer doer muito mais se ele se levantasse e dissesse outra coisa.
Ajusto meu jeans sobre minhas coxas e me agacho ao lado dele. As pessoas estão
parando na rua para olhar para nós, mas eu não me importo. Ele está deitado
com seu terno extravagante, parecendo um idiota. Provavelmente porque ele é
um deles. Ele é um filho da puta estúpido se acha que pode falar sobre Sky
assim. Eu estendendo minha mão.
— Sim, eu não quero — Diz ele. — Ainda não gosto disso. Mas é o que é.
Eu quero tanto perguntar por que se afastaram, mas preciso obter essa
informação dela.
Eu pego sua mão e a aperto com força. Não apertado o suficiente para
machucá-lo, mas firme o suficiente para avisá-lo. Vou pegá-lo se ele fizer
alguma coisa para machucá-la.
— O quê?
— Eu posso não amá-la o suficiente, mas gosto dela. E há uma coisa que
eu sei: ela tem problemas com o pai. Consiga passar por isso e você pode ter
uma chance com ela.
Ele prossegue. — Ela se priva. Ela está disposta a se contentar com menos
do que merece, porque isso é o que ela conhece. Ou pelo menos ela fez comigo.
Em seguida, ela estava disposta a abandonar tudo por algumas crianças que ela
acabou de conhecer. Então, ela não é a pessoa certa para mim. Mas isso não
significa que você não possa chegar lá.
Oh, inferno. Agora eu sei mais do que queria saber. Faço uma nota
mental para jogar fora tudo o que ele disse, porque é tudo provavelmente
besteira. E ele ainda é um idiota.
Eu: Sim.
Sky: Sério?
Eu: Sim.
Há uma longa pausa que me preocupa. Mas então meu telefone ressoa.
Sky: Obrigada.
Sky: Posso perguntar por que você bateu nele? Ele não quis me dizer.
Eu: Sim.
Eu: Eu pretendo.
Longa pausa.
Sky: Oh.
Eu: Isso me assusta pra caralho, também, se isso a faz sentir melhor.
Sky: Faz.
Sky: : - (
Eu: Sim.
São quase dez e meia quando percebo que meu cliente não vai aparecer.
Eu estava contando as horas, perguntando se eu poderia sair daqui e ver Sky
antes que ela dormisse. Eu ainda não gosto da maneira como deixamos as
coisas.
Temos uma regra sobre não deixar ninguém sozinho na loja. — Você tem
certeza? — Pergunto. Meu coração começa a bater mais rápido.
— Matt — Ela diz baixinho, tocando meus ombros com as palmas das
mãos abertas. — Você pode me abaixar?
O rosto do meu pai está vermelho brilhante, e parece que ele quer torcer
o pescoço de Matt. Eu nunca vi papai agir assim. Nem uma vez.
— E você — Diz o papai. Ele ainda está grunhindo. E seu rosto está
vermelho como um tomate. Ele nunca me checou na minha vida, apesar de
tudo.
— Eu e as crianças — Eu corrijo.
Eu enfio meus dedos através dos seus e dou um puxão em sua mão. Ele
olha nos meus olhos, e eu juro que posso ver as profundezas de sua alma. Eu
vejo o seu desejo, sua confusão, e eu vejo a sua necessidade. — Não vá — Eu digo
baixinho, apertando seus dedos. — Fique.
Ele acena. Eu o levo para o sofá e ele se senta. Ele está desconfortável
como o inferno, e é realmente cativante observar.
— Você vai vê-lo lutar, Matt? — Papai pergunta. Ele está olhando
terrivelmente duro para Matt, mas Matt apenas acena com a cabeça.
Ele olha para mim, e eu sorrio para ele. Matt me surpreende quando se
inclina e beija a ponta do meu nariz. Eu franzo meu rosto, brincando com ele, e
sinto uma risada rugindo através dele.
Isso me derruba. Ele nunca foi aos meus recitais de dança. Ou meu
comitê de ginástica. Ou qualquer coisa que eu tivesse fazendo. Mas ele está se
esforçando com essas crianças, e agora que essas crianças são parte da minha
vida, seus esforços me deixam feliz, pelo bem delas. Elas merecem ter pessoas
em suas vidas que se preocupam e as amam. — Eu sei que Seth vai ficar feliz em
ver você lá.
— Menina esperta — Diz papai e sorri para mim. Ele nunca olhou para
mim com tanto carinho, e meu coração dá uma guinada com a atrocidade disso.
Meu pai gesticula de Matt para mim e vice-versa. — Há quanto tempo vocês dois
estão vendo um ao outro? — Ele pergunta.
Papai acena. — Eu acho que deveria ir — Diz ele. Ele se levanta e encolhe
os ombros em sua jaqueta. Eu me levanto e caminho até a porta. Matt vai,
também, e ele estende a mão para apertar a mão de meu pai.
— Sim, senhor — Diz Matt. Ele abaixa sua cabeça e enfia as mãos em seus
bolsos, parecendo muito como Seth fez hoje quando eu o repreendi sobre
confiar em Matt.
— Vou tentar fazer isso mais vezes — Diz ele em voz alta, falando em
direção a Matt.
— Sua mãe quer falar com você — Diz papai. Meu riso cai.
— Por quê?
Ele tem uma perna no sofá e a outra no chão, então eu fico de joelhos
entre suas pernas abertas e me inclino para baixo sobre ele, segurando-me com
minhas mãos espalmadas sobre seu peito. Matt não permite isso, exceto por um
segundo, apesar de tudo. Ele me puxa para seu peito e me segura perto dele. Seu
corpo sobe e desce abaixo de mim, firme e sólido.
— Eu teria lhe dito que ele estava aqui, se você tivesse me dado tempo —
Eu rio contra ele, que levanta a cabeça para olhar para mim.
— Não se atreva a rir — Diz ele. — Isso é sério. Seu pai vai me odiar a
partir de agora.
— Terrível — Digo em voz baixa, olhando para seus lábios. — Mas eu acho
que deveríamos tentar de novo.
Matt engancha um braço atrás de mim e vira-nos mais. Ele olha para
mim. — Você acha que isso é engraçado? — Ele pergunta. Mas está sorrindo,
então eu não estou preocupada.
Seu rosto abaixa até que seus lábios pairam sobre os meus. — Você é tão
incrível que faz meu coração doer às vezes — Diz ele. Meu coração viaja, batendo
forte no meu peito.
Por fim, seus lábios tocam os meus. O beijo na porta era cheio de paixão e
desejo. Mas este é suave e quente, e tão genuinamente perfeito que eu me
contorço debaixo dele, tentando me aproximar. Seus lábios deslizam nos meus,
macios, úmidos e suaves como a seda. Sua língua lambe toda a abertura da
minha boca, e quando eu engasgo com a sensação, ele desliza para dentro. Seus
quadris deslizam contra os meus, e eu posso sentir seu comprimento
pressionado contra minha barriga. Ele é duro e enorme, mas ainda é muito
gentil. Eu toco minha língua na sua, e quando ele tenta recuar, eu mordo seus
lábios até que ele geme contra a minha boca e volta para dentro.
Um tap, tap, tap no meu braço arrasta meus lábios dos lábios de Matt.
Abro os olhos para encontrar os olhos escuros de Mellie olhando para nós. Matt
recua quando eu digo algo contra seus lábios. Então ele percebe que Mellie está
lá. Ele se senta e se arrasta de cima de mim. Eu me atrapalho para sentar,
também.
— Eu vomitei em toda a minha cama — Ela diz tão baixinho que eu mal
consigo ouvi-la.
Oh, inferno, o que devo fazer agora? — Você acordou Seth? — Pergunto.
— Oh, está tudo bem — Eu digo. Eu pego sua mãozinha pegajosa e Matt
se levanta conosco. — Sinto muito — Eu digo a ele.
— Não se preocupe.
— Eu vou ajudá-la — Diz ele. — Por que você não a coloca em um banho
enquanto eu troco os lençóis? — Ele se move em direção ao armário e vasculha
as pilhas de lençóis lá, até que ele puxa um conjunto que o deixa feliz.
Se eu não estava apaixonada por ele antes, estou muito mais perto agora.
Ele nem sequer está me beijando, mas eu tenho mil borboletas que levantam
voo na minha barriga.
— Ela está bem? — Ele entra em seu quarto e sai um minuto mais tarde,
após verificá-la. — Desculpe, eu não ajudei com isso — Diz ele timidamente.
— Está tudo bem. Lidamos com isso. Volte para a cama — Sugiro.
— Deve ter sido algo que ela comeu. Ela não tem febre — Seth não parece
preocupado.
— Ele nunca tranca sua porta — Eu digo, tentando descobrir por que ele
poderia ter feito isso.
— Oh, você acha que ele estava fazendo aquilo? — Pergunto. Eu ainda
estou sussurrando.
— Veja — Eu digo jogando minhas mãos para cima. — Eu não sei nada
sobre crianças.
— Você quer dizer quando era mais jovem — Eu observo de perto seu
rosto.
Meu rosto cora com o calor. Ele apenas sorri grande e bate a ponta do
meu nariz com o dedo.
Eu sorrio. Eu não posso evitar. Sento-me ao lado dele, e ele me puxa para
o seu lado. Em seguida, ele se deita para que eu esteja envolta nele. Meu quadril
está preso entre ele e a parte de trás do sofá.
— Eu não quero ir para casa ainda — Diz ele em voz baixa. Ele arrasta
minha cabeça para baixo para seu peito, e eu pressiono meu rosto contra ele.
Sua mão se instala na parte de trás da minha cabeça, e ele começa a acariciar
para baixo o comprimento do meu cabelo.
Ele não faz nada. Ele só enfia os dedos no meu cabelo e os arrasta para
baixo nas minhas costas, mais e mais, até que minhas pálpebras ficam pesadas e
eu adormeço em seu peito.
Pete sai da parte de trás, onde foi colocar um piercing. — Eu quero — Diz
ele. Ele manda o cara que perfurou até Friday, que pega o seu dinheiro e o envia
para fora da porta.
Paul joga as mãos para cima e diz: — Será que alguém vai trabalhar hoje?
Logan sorri e puxa Emily para o seu lado. Ela cai contra ele e sorri. —
Quer ir? — Ele pergunta.
— E perder de ver Matt ser conduzido através de suas bolas? Não é uma
possibilidade — Logan ri quando eu o golpeio, e ele se esquiva.
Pete mantém os insultos. — Ela deve apenas enfiar uma corda através
daquele piercing do seu pau e, em seguida, pode puxá-lo por ai sem nenhuma
dificuldade — Ele ajusta seu pau de brincadeira. — É mais fácil em suas bolas,
também, cara — Diz ele.
Friday sorri para mim. — Todos nós sabemos que você é cravejado aí —
Ela diz, fazendo um movimento em direção a minha calça. — Deslumbrante.
Pete digita em seu celular muito rapidamente. Ele finalmente olha para
cima. — Reagan diz que vai nos encontrar lá.
Ótimo. Tenho toda a família indo comigo para passar o tempo com a Sky.
Woo-hoo. Você pensaria que pelo menos um deles teria um compromisso para
uma tatuagem. Filhos da puta preguiçosos.
— Oi — Ela retorna. Ela parece tão linda. Ela deve ter vindo de casa,
porque está usando jeans e uma camiseta. Há um moletom enrolado no assento
ao lado dela. — Como foi seu dia? — Ela pergunta.
— Melhor agora que eu posso ver você — Eu admito. Ela sorri e se inclina
para mim. Eu me inclino para seu rosto e sussurro. — Beije-me?
Ela se inclina para a frente muito rapidamente e toca seus lábios nos
meus. O beijo de ontem à noite com nossas línguas tocando e seu corpo
pressionado contra o meu foi muito fodidamente incrível, mas este toque rápido
tem que vencer por uma milha. — Obrigado — Eu digo. Eu não posso esconder
meu sorriso, então nem sequer tento.
Ela olha para cima. — Obrigada pela nota no meu travesseiro — Ela diz
em voz baixa.
Enfio uma mecha de cabelo atrás da sua orelha. A maior parte está
puxado para cima em um rabo de cavalo adorável, exceto por uma mecha que
escapou. — Eu realmente queria subir na cama com você.
Pete faz um movimento para mim como se estivesse enfiando uma agulha
muito perto de seu pau e, em seguida, dá-lhe um puxão como se ele estivesse
levando-o ao redor. Eu olho para ele, e ele ri. Paul senta-se atrás de nós, com a
Friday ao lado dele e ri também.
Viro-me para assistir a prática. Seth é realmente muito bom no que faz.
Mas eu gosto de assistir as crianças de todas as categorias de peso. Logan e
Emily caminham em nossa direção. Logan acena, e eles se sentam a nossa
frente. Agora Sky tem os Reeds em cada lado dela. Mellie e Joey estão ficando
um pouco inquietas, e Joey caminha para baixo da arquibancada sem Sky
perceber. Ela não está acostumada a essas coisas de mãe ainda. Ela a vê apenas
quando Joey chega ao último degrau e se levanta para ir buscá-la.
Eu a pego em meus braços e a levo de volta até Sky. Ela se estica para
fora, e eu sopro rápido fazendo cócegas em sua barriga coberta pela camiseta.
Ela ri e ressalta a barriga para fora como se quisesse que eu fizesse isso de novo,
então eu faço. Ela ri, e o som é tão feliz que me tira o fôlego.
— Por que isso parece tão natural para você? — Sky pergunta baixinho.
Casa? Eu sorrio. — Estou indo para casa com você hoje à noite? —
Pergunto ao lado de sua orelha.
Depois de alguns minutos, Logan se vira para falar comigo. Ele fala e
sinaliza ao mesmo tempo, e eu também. — Seu pai — Diz ele, apontando para a
porta. Eu me apresso em nos separar alguns centímetros.
De nada, ele sinaliza. Ele sorri e balança a cabeça. Pete puxa sua corda
imaginária. Eu quero socá-lo.
O pai de Sky se senta ao nosso lado, e eu estico mais o meu braço para
apertar as mãos dele. Ele olha para mim. Mas, então, Mellie e Joey mostram-lhe
o meu telefone, e ele fica interessado em entretê-las. Sky se inclina contra meu
ombro, observando as lutas. Ela esconde o rosto quando um dos meninos se
choca com força no tatame.
— Isso não vai acontecer com Seth, não é? — Ela sussurra com
veemência.
Seth consegue uma virada de guarda, e Sky grita e esconde o rosto por
trás do meu ombro. Ela olha para cima, mas se volta para mim a cada poucos
segundos quando algo acontece. Seth está ganhando em pontos, mas esse garoto
poderia honestamente imobilizá-lo a qualquer momento, a menos que Seth
tenha sorte. Eu acho que o garoto está brincando com ele, honestamente.
— Vamos, Seth — Sr. Morgan grita. Seth olha para cima e sorri.
Eles lutam por um segundo, e caralho, se Seth não tiver sorte. Ele recebe
alguns pontos de volta, e o relógio está correndo.
Seth o prende e ganha em pontos. Sky salta para os pés e bate palmas
quando eles levantam o braço de Seth no ar. Ele sorri e caminha para apertar a
mão do técnico adversário. Em seguida, ele para na borda do tatame, levanta
uma mão para o céu, e diz algo baixinho para si mesmo. Ou para sua mãe. Eu
não tenho certeza de qual. Em seguida, ele encontra um lugar no banco da sua
equipe e se seca com uma toalha. Estou muito orgulhoso dele. Não que eu tenha
alguma coisa a ver com isso, mas aquele garoto poderia facilmente ter vencido
se Seth não tivesse a habilidade técnica que tem. Ele fez um trabalho realmente
bom.
Ela deixa cair sua voz até um ronronar. — Eu vou beijá-lo e deixar isso
melhor depois.
Friday deve tê-la ouvido falar, porque bufa atrás de nós. Sky ri e pisca
para mim. Ela se encaixa com a minha família. E eu me encaixo na dela.
Vamos esperar até o final da competição para nos juntar a Seth. Seu pai
vem e beija sua testa. Ela se assusta por um segundo, e eu me pergunto o que é
sobre tudo isso.
— Ele foi muito bem — Diz ele.
— Oh — Sky respira. Ela não parece chocada, e não tenho ideia do que
estão falando. Ele acena e vai abraçar Seth, e então sai tão rapidamente quanto
chegou. Sky fica lá segurando Joey com uma mão e com a outra Mellie. As
meninas estão ficando cansadas e choronas.
— Claro que sim — Diz Paul. Ele coloca o braço em volta dos ombros de
Friday, e eles saem em casal - Paul e Friday, Logan e Emily, e Pete e Reagan.
Eu balanço minha cabeça. — Ele quer, mas acha que ela gosta de garotas
— Eu rio. — Paul é o único que não sabe.
— Isso é maldade.
— Eu acho que é parte da razão por que eles são tão confortáveis. Ele tem
dificuldades de ser amigo de mulheres — Eu dou de ombros. — Isso funciona
para eles.
Seth sai vestindo shorts e um moletom. Ele tomou um banho, então não
está fedendo, como alguns dos outros meninos. Eu me aproximo e ligo as mãos
com ele do jeito que os homens fazem. Ele sorri.
— Eu quase fo... — Ele lança um olhar para Sky. — Eu quase errei uma
vez.
— Você se importa se eu for com vocês e passar algum tempo com a Sky?
— Pergunto.
Seth faz um som de engasgo. Eu atiro-lhe o dedo do meio por trás dela.
A última vez que o meu pai me convidou para almoçar, ele me deu três
filhos e uma vida nova. Estou um pouco preocupada com o que ele quer hoje. Já
se passou uma semana desde a competição de wrestling, e papai ligou quatro
vezes somente para conversar. Estou tendo um pouco de dificuldade em me
adaptar a presença de um pai na minha vida, especialmente agora que sou
adulta.
— Oi, papai — Eu digo, quando abro a porta. Ele se inclina para beijar
minha bochecha e encolhe os ombros para fora do paletó.
— Você liga para os filhos de Lydia e Tim, também? — Eles são meu
irmão e irmã, mas são bem mais velhos do que eu, e nunca fomos próximos. Eu
nem me lembro dos nomes dos seus filhos. Isso me faz sentir mal por um
segundo, mas eu supero-o rapidamente. Eles não sabem os nomes dos meus
filhos, também.
Eu nunca vi meu pai ficar todo nostálgico. E não tenho certeza se gosto.
— Eu era um nerd total, e ela era a pessoa mais livre de espírito que eu já
conheci. Eu me apaixonei por ela em segundos.
Ele faz um barulho de rosnado. — Eu sei, certo? — Diz ele. — Mas ela era
incrível. Nós nos casamos, e em seguida, sua mãe ficou grávida de Tim e depois
de Lydia, e nós não tínhamos um penico, mas éramos felizes. Muito felizes. Às
vezes dói até pensar em voltar a esses dias. Porque, então, as coisas mudaram.
— Você a traiu.
— Depois do quê?
— Sua mãe ficou grávida pela terceira vez e, em seguida, teve um aborto
tardio5. Bem tardio. Ela afundou em uma depressão e teve um momento muito
difícil saindo disso. Ao mesmo tempo, eu vendi alguns softwares de computador
que eu criei para uma grande empresa, e de repente tínhamos algum dinheiro.
Nós compramos uma casa, e sua mãe começou a melhorar. Mas eu tinha longas
horas, e ela começou a se afastar de mim mais e mais. Ela começou a se vestir
5 Aborto Tardio: Muitas vezes refere-se a um procedimento de aborto induzido que ocorre após a 20º
semana de gestação
com roupas extravagantes e sair para almoçar com amigas, as quais eram
realmente ricas, e estávamos nos tornando cada vez mais ricos, também.
— Então, eu estava trabalhando o tempo todo, alguns dos quais era para
apoiar a sua nova necessidade de mais coisas, carros maiores, e joias — Ele
balança a cabeça. — A garota que eu conheci na grama naquele dia, de repente
desapareceu, e eu trabalhei muito duro para trazê-la de volta. Eu tinha uma
quantidade limitada de tempo e muito menos energia, mas tentei. Sua mãe me
empurrou em cada ocasião, e, finalmente, percebi que nós estávamos apenas
vivendo na mesma casa. Nós não estávamos mais apaixonados. Nós não éramos
nada.
— Ela não é fria e sem coração — Ele protesta. — Ela está apenas...
Ferida, eu acho. Eu não sei. Ela nunca superou realmente aquele bebê. E nunca
superou sobre nós. E nem eu.
Ele sorri. — Foi uma loucura. Um dia, eu fui para casa, e sua mãe estava
no jardim. Ela tinha sujeira da ponta do nariz às solas de seus pés.
Honestamente, ela atuou um pouco louca naquele dia, olhando para trás, mas
ela era o seu antigo eu. Eu não sei o que aconteceu, mas foi como se alguém
acionasse um interruptor nela. Olhei em seus olhos e vi a mulher por quem eu
tinha me apaixonado.
Eu aguardo, porque ele vai deixar cair uma bomba em mim em breve. Eu
posso sentir isso chegando.
— Então, quando você estava com mais ou menos cinco anos, percebi que
ela estava saindo para almoços com suas velhas amigas, e ela de repente estava
me afastando. Ela começou a beber de novo, e tornou-se tudo sobre a riqueza.
Não importava o que eu fazia, ela não receberia qualquer ajuda. Mas eu fiquei.
Eu nunca saí do seu lado. A mãe de Kendra morreu, e sua mãe deu uma festa,
mesmo que essa relação tivesse acabado há anos. Eu nunca fui capaz de perdoá-
la por isso.
— Tudo são águas passadas, papai — Eu digo. — Nada disso pode ser
mudado agora — Eu começo a retirar os pratos da mesa.
Ele balança a cabeça. — Sim, agora. Ela foi. Eu a vi ontem. Ela parece
estar bem. Como seu antigo eu. Ela quer falar com você.
— Tirar, tirar, tirar, tirar — Eu levanto minhas mãos. — Isso é tudo que
você faz, papai. Você tira. Você tirou da mãe de Kendra. Você tirou de Kendra.
Você tira das crianças porque elas fazem você se sentir amado. Não há nada
como o amor incondicional das crianças — Eu aperto o meu punho na frente do
meu coração. — Você tirou da minha mãe.
Ele abre a boca para protestar, mas eu levanto a mão. — Você sabe que eu
não posso ter um relacionamento saudável com um homem porque estou
constantemente esperando-o ir embora? Estou esperando e esperando ele pegar
e ir embora, assim como você. Estou sempre esperando ele me decepcionar. E
não me importo se ele o fizer, porque eu nunca deixo ninguém chegar perto o
suficiente para me machucar.
Em seguida, ele se vai. E não é até que ele saia da sala que eu me permito
quebrar. Eu caio sobre o sofá e coloco minha cabeça em minhas mãos e soluço.
Eu choro porque não pedi nada disso. Eu não pedi para ele desafogar sua alma
por toda a minha mesa da cozinha. Agora eu sei o suficiente para que tenha
pena dele, e preferia odiá-lo. Eu preferia não sentir nada. Há um barulho na
porta e ela abre. Estou prestes a gritar com meu pai, mas eu vejo Seth entrar. Ele
para quando me vê.
Eu dou de ombros. — Eu não vejo por que deveria. Não é como se isso
fosse importante.
Eu a vi todas as noites esta semana. Nos dias em que eu não posso ir até o
apartamento à noite, eu a levo para almoçar no trabalho. Eu não quero passar
um dia sem vê-la. Nós ainda não passamos pela fase quente do beijo, mas isso
está bem para mim.
— Pete e Logan dizem que é assim que funcionou para eles — Eu estalo os
dedos. — Rápido.
— Eu vim para casa da escola mais cedo hoje — Diz ele, com a voz um
sussurro.
— Ok...
— Eu não sei. Não era como uma pequena fungada, também. Ela estava
soluçando. Tipo sacudindo o ombro, e não consegue parar sua respiração,
soluçando. Você acha que ela tem o seu período ou algo assim?
Seu período. Eu bufo para mim mesmo. É melhor ele não dizer onde ela
pode ouvi-lo. — Onde ela está agora? — Eu já estou andando pela rua em
direção a um táxi. Eu entro e falo com Seth todo o caminho para o seu
apartamento.
— Eu não sei o que fazer com uma mulher chorando — Ele sussurra com
veemência.
Ela ainda está chorando. Eu posso ver seus ombros arfando através do
box do chuveiro. Tudo o que posso pensar é que ela precisa ser abraçada. Eu fico
nu e abro a porta do box. Ela se assusta e então percebe que sou eu e pula em
meus braços. Ela está completamente nua, toda molhada, mas está chorando,
então eu não posso nem mesmo aproveitar.
Eu fecho a porta do box atrás de nós, e nós dois estamos sob o jato. Eu
arrasto seu cabelo molhado do rosto. — O que há de errado? — Pergunto. Viro-
me para que minhas costas levem a maior parte da água.
Ela não fala. Ela apenas balança a cabeça no meu ombro e se mantém
firmemente contra mim. Então soluça em meu pescoço, e eu somente a abraço.
Eu não sei mais o que fazer por ela. Estou tão perdido quanto Seth está quando
se trata de mulheres chorando. Eu acho que todos os homens estão. Mas ela está
fodidamente miserável, e eu acho que só preciso apoiá-la.
Ela me permite envolver meu corpo ao seu redor. Mas então ela me
surpreende e puxa sua toalha, jogando-a no chão. Eu sigo com a minha.
Estamos nus entre os lençóis, e oh meu Deus, eu não tenho nenhuma ideia do
que fazer com ela. Eu pensei que quando essa hora chegasse, eu estaria pronto
para fazer amor com ela. Mas, obviamente, não é o que ela precisa agora, para
não mencionar que Seth está no outro quarto.
Eu tiro seu cabelo molhado entre nós, e ela rola para me encarar. — Meu
pai veio me visitar hoje.
Eu não digo nada, porque não acho que ela quer que eu diga. Seus
mamilos são pequenos pontinhos pressionados contra o meu peito, mas eu me
forço a arrastar levemente a ponta dos dedos para baixo do braço em vez de
tocá-los.
— Ele desabafou sua alma para mim. E me contou sobre todas as coisas
horríveis que ele e minha mãe fizeram um para o outro e o porque.
Sua voz é suave, mas não fraca. De modo algum. Ela soa um pouco
nasalada de todo o choro, e está um pouco rouca.
— Eu não fui um erro. Mas o que eu disse a ele poderia ter sido.
— Eu disse a ele que é tudo culpa dele que eu não posso me apaixonar por
ninguém.
Puxo sua perna e a deslizo sobre o meu quadril. Meu pau está duro, e ela
está bem ali, mas não posso fazer isso. — E? — Pergunto. Eu corro meus dedos
do joelho ao quadril e roço sobre seu traseiro nu.
— E eu acho que me apaixonei por você. Não estou cem por cento certa,
mas sei que eu gosto muito de você e quero tê-lo por perto. E agora que estou
me acostumando com você, sei que vai quebrar meu coração, porque eu meio
que preciso de você, Matt. Eu meio que preciso que você me ame também.
— Sério?
— Eu quero ser o tipo de mãe que ela não foi — Ela pisca seus lindos
olhos azuis para mim.
— Eu acho que você já está tendo sucesso com isso — Eu fico em silêncio
por um minuto. — Eu sempre disse a mesma coisa. Eu queria ser o pai que meu
pai não foi. Ele simplesmente foi embora. E eu jurei que seria melhor e faria
melhor — Eu dou de ombros mentalmente. — Agora não posso ter filhos, então
acho que é um ponto discutível.
Ela ri. — Você acha que poderia querer ser um pai para os meus filhos?
Como um todo-o-tempo tipo de pai? Eles têm pais, você sabe disso, mas não são
ativos em suas vidas.
Meu coração incha no meu peito, e eu tenho que piscar duro. — Sim — Eu
digo passado o nó na minha garganta. — Eu os adotaria, se eles me deixassem, e
seria um todo-o-tempo tipo de pai — Eu rolo sobre ela e me estabeleço entre
suas coxas novamente. Mas eu só quero olhar em seu rosto. — E você pode ser
um todo-o-tempo tipo de mãe, e podemos ser euforicamente felizes com os três
com que fomos abençoados. Eu já os amo.
Ela arrasta meu cabelo para trás do meu rosto. — Você os ama, não é?
Sky balança seu quadril debaixo de mim e eu deslizo por sua umidade. —
Faça amor comigo, Matt — Ela sussurra.
— Isso seria o meu pau, e se você não parar de olhar para ele, eu vou
trancar a porta e usá-lo para fazer coisas maravilhosas com você.
— Eu estava falando sobre o meu pau ter poderes mágicos — Ela coloca
sua calcinha, e eu dou um suspiro. Tão perto da Terra Prometida. — Eu vou
mostrar-lhe um dia, quando não tivermos crianças por perto.
— Você quer dizer, tipo, nunca — Ela diz com uma risada.
Eu rio também, e passo a mão pelo meu rosto. — Nunca diga nunca —
Murmuro. Coloco minha boxer e calça jeans, e então a porta se abre, e Mellie e
Joey entram quando eu puxo minha camisa na minha cabeça. Elas pulam em
cima da cama, e meu momento com Sky acabou. Ou ele apenas começou?
Inferno, eu não posso dizer.
Skylar
Ela se senta e puxa as pernas para cima, prendendo seus braços em volta
dos joelhos, como se ela quisesse se arrastar dentro de si mesma. Ela não se
inclina para a frente para me dar aqueles beijos no ar que não significam nada.
Eu não sei como eu devo agir sem eles. Eu me sento e aperto meus joelhos com
força.
Ela deita sua cabeça para trás contra o assento e inclina-se para mim. —
Estou feliz que você veio — Ela diz em voz baixa. — Surpresa, mas feliz — Ela
sorri.
Mamãe sorri. — Seu pai me trouxe essas — Ela bufa. Eu nunca ouvi
qualquer barulho vindo do nariz da minha perfeita mãe. — Elas meio que se
encaixam para a situação.
Ela estreita os olhos para mim. — O que está em sua mente, Sky?
— Ele me disse.
— Fico feliz que vocês dois estão se falando — Ela diz em voz baixa. Ela
está olhando para mim, realmente olhando para mim, e isso me deixa um pouco
inquieta.
— Eu tenho que fazer reparações a todas as pessoas que tenho feito mal
— Ela diz com um encolher de ombros. Ela estica o braço e pega um maço de
cigarros. Ela sacode um livre e acende-o. Meu queixo cai aberto. Eu não consigo
evitar.
Ela sorri e deita a cabeça para trás, daquela forma preguiçosa de novo. —
Não se pode tirar toda a minha amargura, traição e ódio, e meu álcool e drogas
de mim e me deixar sem nada — Ela diz com uma risada. Mas não há alegria no
ruído. — Eu vou sair disso. Eu só preciso passar por isso.
Concordo com a cabeça, porque ela pode muito bem ter me dado um
tapa.
— Seu pai me disse que ele teve uma conversa com você — Ela diz. Então
sopra uma longa baforada de fumaça que parece continuar para sempre. — Ele
contou-lhe a nossa história.
Ela não diz nada. Ela somente fuma, deixando o cigarro pendurado em
seus lábios por um segundo com o olho fechado.
— Ele contou que você disse para ele ir para o inferno, praticamente —
Ela diz. E sorri. É atrevido e tão bonito.
— Você disse a ele que suas escolhas afetaram a maneira de olhar a vida.
Homens, em particular. Ou ele entendeu isso errado?
— Seu pai não estava sozinho nessa. Eu sou tão culpada, se não mais —
Ela encolhe os ombros e um sorriso triste atravessa seus lábios. — Eu fui uma
péssima mãe, muito profundamente atolada em meus próprios vícios e meus
problemas para atuar como mãe para você.
— Que pena — Ela estala. — Você as terá — Ela se inclina e traga seu
cigarro. Em seguida, ela toca meu joelho. — Me desculpe, eu não fiz melhor. Eu
sempre disse que faria quando pudesse, mas eu nunca cheguei a esse ponto. Eu
sinto muito — Seus olhos voam ao redor, e então pousam em mim. — Eu ficava
dizendo a mim mesma que amanhã eu mudaria. Mas o amanhã nunca chegou —
Ela pisca para conter as lágrimas. Eu nunca vi antes a emoção no rosto da
minha mãe. Ela é geralmente uma concha vazia.
Eu tomo uma respiração profunda, e abro minha boca para dizer a ela
que eu nunca seria tão cruel. Mas o que cai dos meus lábios é algo
completamente diferente.
Ela acende outro cigarro, e vejo uma lágrima rolar pelo seu rosto. Ela não
chega a afastá-la, e não a esconde.
— Mãe, eu não sei mesmo o que dizer para você. Eu tenho sido tão
agradável com você toda a minha vida que não posso nem mesmo ser má com
você agora, não com uma boa consciência — Sento-me de volta e cruzo as
pernas. — Por que você foi para o funeral? — Meu pé começa a balançar como
um tique nervoso, e eu meio que espero que ela me diga para ficar parada. Mas
eu não poderia, nem se eu quisesse.
O vento sopra seus cabelos soltos, e ela enfia uma mecha atrás da orelha.
— Eles são inocentes, assim como você era. Eles merecem o amor, e por esse
motivo, estou feliz que eles a tenham. Ninguém é capaz de amar mais do que
você, Sky. Nunca duvide disso. Você ama e perdoa como ninguém que eu já
conheci.
Ela ri. Isso me assusta, e eu aperto os braços da cadeira com tanta força
que os nós dos meus dedos ficam brancos. — Se você me perdoasse apenas
depois de uma conversa, eu pensaria que você estava debilitada e cansada. E
você não é nem uma dessas coisas, Sky. Você é forte e corajosa, e ama sem
restrições. Eu gostaria de ser mais parecida com você — Ela ri. — Estou
planejando ser mais parecida com você. Eu tenho algumas coisas que preciso
resolver, mas estou chegando lá.
Eu começo a protestar.
Ela levanta a mão. — Não agora. Quando eu ganhar o direito. Eu gostaria
de encontrá-los e conhecê-los. É triste o que aconteceu com sua mãe. Ela era
uma boa mulher.
— Ela foi boa e gentil. E me levou para casa e segurou minha cabeça
sobre o vaso sanitário. Então ela me limpou. Ela me enfiou na cama, e pediu
desculpas por sua mãe arruinar meu casamento — Ela ri. — Mas o que ela não
sabia era que sua mãe não arruinou nada. Eu arruinei. Eu arruinei tudo.
Recusei-me a deixar o amor entrar. E me recusei a deixá-lo, porque eu não era
digna.
— Quando eu descobri que ela estava morrendo, fui até ela. Ela me falou
sobre as crianças e seus medos. Ela chorou. Eu chorei. Fui para casa e disse ao
seu pai o que aconteceu, e eu lhe disse que deveria pedir-lhe para ajudar. Que
você tinha mais amor dentro de você do que qualquer um que já conheci, e que
essas crianças teriam sorte de ter você. Então eu fui e fiquei bêbada e quase me
matei tomando analgésicos. Porque dando você para aquelas crianças
significava que eu tinha que dar o meu ódio à elas. Eu não poderia tolerar isso.
Seu pai me ajudou a atravessar a noite. Então eu fiz isso de novo depois do
funeral. Seu pai teve que ligar para o 911.
Ela bufa de novo. — Eu teria sido sua mãe que morreu. A mulher que deu
à luz a você e depois não fez mais nada em toda sua vida.
Caralho, dói pensar sobre isso. Mas ela está certa.
— Seu pai disse que você tem um namorado — Ela diz e sorri.
— Lamento que fizemos você duvidar tanto de si mesma. Você vale muito
mais — Ela arrasta uma mão debaixo de seu nariz. — Éramos exemplos terríveis.
— Medo de que ele possa mudá-la? — Ela pergunta. — Ou que ele possa ir
embora?
— Ou que ele possa me amar até o fim dos tempos — Eu digo. Isso é tão
assustador, porque eu não sei o que fazer com isso.
— Ok — Eu digo.
Ela bate na minha perna. — Por você — Ela diz. — Não por mim.
— Ok — Eu entendo. Eu acho.
— Não tenha medo de deixá-lo amar você, Sky — Ela diz em voz baixa. —
Eu estava com medo de deixar o seu pai me amar. Eu não achei que merecia
depois das coisas que eu fiz quando estava bebendo. Então eu o excluí. Deixe
Mathew entrar. Deixe ele te amar. Aceite tudo e o deixe infiltrar em seus ossos.
Não deixe isso ir embora. Se ele quebrar seu coração, pelo menos você saberá
que ainda tem um. Não morra por dentro como eu. Deixe o amor entrar. Deixe-
o cercá-la e mantê-la em seus pés quando você não pode ir mais. Deixe. O.
Amor. Entrar.
Minha mãe se levanta e se vira para mim. Ela me abraça com força, me
segurando perto. Eu não me lembro dela nunca fazendo isso antes, e eu
endureço em seus braços. — Deixe. O. Amor. Entrar — Ela sussurra perto do
meu ouvido.
Então ela sai, e eu caio de volta na minha cadeira. Minhas pernas não me
apoiam, e eu não posso partir ainda. Estou tremendo tanto. É como se tudo que
eu sempre quis agora caísse no meu colo, e eu não sei o que fazer com isso.
Logan vai até ele e estende a mão. Paul olha pra ele e então revira os
olhos e entrega a pistola de tatuar. Logan faz algo muito rapidamente e o
entrega de volta. Ele não sorri ou se vangloria. Ele somente volta para a mesa
iluminada, uma mesa especial que ele usa para traçar e continua seu desenho.
— Ele está irritado porque fez algo estúpido na noite passada — Friday
atira. Ela não olha para ele. Ela somente fala sobre ele. Ela tem bolas maiores do
que qualquer um de nós, eu vou dizer isso para ela. — Então ele queria voltar
atrás, mas já era tarde demais. Agora ele se sente culpado — Ela exala um
suspiro e começa a arrumar sua mochila. Depois empurra seus livros dentro da
mochila, utilizando muito mais força do que o necessário.
— Espere um minuto e vou levá-la para casa — Diz Paul, quando ele
guarda suas coisas.
— Não, obrigada — Friday silva. Ela levanta o braço e acena para nós por
trás de sua cabeça, seus dedos balançando quando ela diz — Boa tarde à todos.
— Você vai voltar amanhã, certo? — Paul grita para ela. Ele está
parecendo um pouco perturbado, até mesmo mais do que um minuto atrás.
Ela não diz nada. Somente bate a porta com força suficiente para que
meus pés tremam debaixo de mim. Merda. Isso foi estranho.
Paul olha para cima. — Essa é a última coisa que ela precisa — Diz ele em
voz baixa. Então balança a cabeça. — Não importa — Ele se levanta. — Voltem
ao trabalho — Diz ele para todos nós.
Pete abre a boca para dar a ele um momento difícil, mas eu tusso na
minha mão e ele olha para mim e levanta as mãos. Os olhos de Pete seguem
Friday, como se ele quisesse ter certeza que ela está bem. Eu o vejo puxar o
telefone do bolso, e ele digita uma mensagem de texto muito rapidamente. Ele
provavelmente está pedindo a Reagan para ver como ela está. Ele olha para mim
e balança a cabeça. Ela vai garantir que Friday esteja bem.
Há essa tensão louca entre Friday e Paul que ninguém entende, nem
mesmo eles. Ele pode ser um prostituto, especialmente agora que Kelly está
vendo alguém. Ele dorme com quase todo o mundo, mas nas últimas semanas
mais ou menos, ele não tem flertado com as garotas na loja, e nem mesmo foi a
muitos encontros.
O sino sobre a porta tilinta, e eu olho para cima. Meu coração gagueja
quando a mulher dos meus sonhos caminha através da porta. Sky é delineada
pelo sol enquanto está na frente da janela, e eu nunca vi uma visão mais bela.
Ela pula de um pé para o outro e cruza os braços sob os seios.
Ela está vestindo jeans e uma camiseta, e parece tão malditamente bonita
que eu não posso deixar de agarrá-la. Eu caminho pela sala e a atraio contra
mim. Seus braços ficam rigidamente em seus lados, então eu os levanto e os
coloco ao redor do meu pescoço. — Estou tão feliz por você estar aqui — Eu digo,
e quero dizer cada palavra. Honestamente, ela apenas fez a minha barriga pular.
Eu inclino minha cabeça e a beijo rapidamente, mas seus lábios seguem os meus
quando eu começo a recuar. Sua boca é macia, quente e molhada, e o beijo
atinge o meu interior.
Sky agarra minha camisa em seus punhos e empurra o meu olhar para o
dela. — Você já almoçou? — Pergunta.
Ela morde o lábio inferior entre os dentes. — Quer ir para minha casa?
Ela evita o meu olhar e o meu coração faz aquela coisa de palpitar
novamente. — Para almoçar?
Ela acena com a cabeça, mas suas bochechas ficam ainda mais rosas, e eu
não faço ideia do que ela está pensando. Espero que ela esteja pensando o que
estou pensando, que gira em torno de ela ficando nua e eu dentro dela.
Matt tropeça em seu próprio pé quando saímos para a rua, e eu tenho que
cobrir minha boca para não rir alto. Ele é tão adorável que qualquer uma que
não se apaixonar por ele seria uma idiota. E eu não sou uma idiota. Pelo menos
não hoje. Hoje, sou a namorada de Matt. Eu não sou a filha de uma mãe que
abusa de álcool e drogas, e de um pai traidor. Eu acabei com isso hoje. Eu sou
apenas a garota de Matt. E Matt apenas tropeçou em seu próprio pé para chegar
perto de mim.
— Oh, você acha que é engraçado, não é? — Ele pergunta. Ele atrai-me
em seus braços e fuça meu pescoço. Em seguida, ele recua e olha para mim. —
Por que você não está no trabalho? — Ele pergunta quando entrelaça seus dedos
nos meus. O calor da palma da sua mão se infiltra na minha pele e me aquece
diferente de qualquer outro contato que eu já experimentei. Ele olha nos meus
olhos. — Tudo bem?
— Você está tão tensa — Diz ele com as sobrancelhas franzidas juntas. —
O que foi? — Ele somente me conhece há algumas semanas, e já pode sentir o
meu humor. Eu não estou cem por cento certa se gosto disso.
Eu suspiro. — Melhor do que eu esperava. Mas agora não sei o que fazer
com tudo isso, sabe?
Ele acena. Mas as palavras que saem de sua boca são: — Não, não
realmente — Ele espera um minuto e, em seguida, diz: — Eu quero dizer, minha
família tem sua parcela de problemas. Mas não há ninguém que me abandonou
e nem tive que me aproximar de uma clínica de reabilitação.
— Ela não me abandonou — Eu começo.
— Ambos fizeram, Sky — Diz ele em voz baixa. — Tão certo como o nosso
pai fez, seus pais fizeram. Só porque eles têm um monte de dinheiro e pagaram
as pessoas para fazerem o que eles deveriam ter feito não os tornam melhores.
Como é que ele sabe que eu tenho uma dor de cabeça? — Não é nada —
Eu digo.
Matt tamborila meu queixo com um dedo torto, e eu olho para ele. —
Pare de pensar — Diz ele. Ele se levanta e desata o cinto, em seguida, puxa o
cinto da fivela. Abaixa a calça sobre seus quadris, e eu não consigo tirar meus
olhos quando vejo que sua boxer está protuberante por seu... Deus, ele é
enorme. — Pare de pensar sobre isso também — Diz ele sobre uma risada.
— Deite-se de barriga para baixo — Diz ele. Ele entra no meu banheiro e
volta com um frasco de creme. Eu engatinho sobre a cama e coloco minha
cabeça no travesseiro, meus braços cruzados por baixo. Observo-o enquanto ele
caminha lentamente em minha direção. — Deus, você é tão linda — Diz ele em
voz baixa. Sentando-se ao meu lado, ele esguicha um pouco do creme em suas
mãos, em seguida, as esfrega juntas rapidamente para aquecê-la.
— Cuidando de você — Diz ele. Seu quadril toca o meu, e então suas mãos
quentes e escorregadias pousam sobre meus ombros nus. Ele aplica pressão
com as pontas dos dedos escorregadios, e me sinto tão bem que um gemido
deixa minha garganta. — Esta tudo bem? — Ele pergunta.
Viro o rosto e digo calmamente: — Sim, por favor — Então, enterro meu
rosto no travesseiro novamente para que ele não veja como minha pele está
corada.
Ele desengancha meu sutiã e o puxa para fora do seu caminho, e então
seus polegares começam a fazer coisas milagrosas para cima e para baixo nas
minhas costas. Eu afundo no colchão depois de alguns minutos, ficando quase
mole quando ele ataca os músculos, um por um, passando do meu pescoço para
meus ombros, para as costas e para baixo na minha bunda. Ele para quando
atinge o elástico da minha calcinha.
— Diga-me o que aconteceu com a sua mãe — Diz ele, quando me tem
satisfeita e feliz.
Ele levanta as mãos do meu corpo. — Eu vou parar agora, então — Diz
ele. Em seguida, ele espera.
Eu falo. Digo-lhe tudo o que aconteceu com a minha mãe, enquanto ele
trabalha a sua magia no meu corpo. Ele grunhe quando é apropriado para a
história, e suas mãos ficam duras quando está com raiva, mas depois elas se
tornam gentis. Ele ouve. E ele cuida de mim, todo o caminho até os dedos dos
pés.
— O quê? — Eu pergunto. Depois olho para ele por cima do meu ombro.
Ele ri. — Eu não posso conseguir alguma coisa daqui — Diz ele. Puxando
para fora de mim e dá um tapa na minha bunda com a mão molhada. — Role.
Eu puxo o lençol para cobrir minha metade e rolo. Matt sobe para me
beijar. Deus, ele faz do jeito que eu sempre quis. Ele puxa de brincadeira meu
lençol.
Ele assobia como um estivador quando meu corpo está nu. Suas mãos
deslizam para cima e para baixo do meu corpo, gentil e suave, mas com uma
intensidade que eu nunca conheci. É quase como se ele estivesse memorizando
minhas linhas. Ele puxa minhas mãos para trás e diz: — Eu sinto muito. Acho
que simplesmente babei em você.
Eu rio e levanto o travesseiro para olhar para ele. Mas seus olhos estão
sobre os meus seios. Ele os segura em suas grandes mãos tatuadas e os aperta.
— Deus, são tão perfeitos — Diz ele. Em seguida, toma meu mamilo em
sua boca. Não é uma lambida suave. É uma puxada que atinge o meu interior.
Ele lambe meu mamilo, rolando-a contra o céu da boca, enquanto brinca com o
outro seio com a ponta dos dedos. Eu puxo o travesseiro de volta no meu rosto,
porque se eu continuar olhando para ele enquanto ele olha nos meus olhos e me
toca, vou explodir.
Ele levanta o travesseiro dos meus olhos e o joga fora da cama. Seus
olhos são de um azul profundo, suas pupilas amplas e intensas quando ele beija
o seu caminho até o meu estômago. — Eu disse que cuidaria de você — Diz ele.
— Paciência — Sua respiração faz cócegas no meu umbigo antes que sua língua
mergulhe dentro dele.
Seus polegares separam minhas dobras, e ele desliza dois dedos dentro
de mim. Eu levanto a cabeça para vê-lo quando ele lambe através do meu
clitóris. Mas não é o suficiente. Eu me contorço, e ele me recompensa,
empurrando os dedos mais fundo. Ele curva seus dedos e pressiona para baixo
com sua mão logo acima do meu osso púbico, e seus lábios travam em meu
palpitante clitóris.
Ele levanta a cabeça apenas o suficiente para dizer: — Não. Apenas Matt.
Eu enfio meus dedos pelos seus cabelos e empurro sua cabeça de volta
para onde eu quero. Ele agarra novamente, e lambe contra meu clitóris no
mesmo tempo que as estocadas dos seus dedos curvados. Eu agarro os lençóis
em minhas mãos, apertando com força, porque Matt está prestes a me quebrar.
Eu posso sentir isso crescendo. Eu choramingo, grito e arqueio os quadris para
encontrá-lo. Então ele começa a gemer contra a minha carne tenra.
Eu me estilhaço.
Eu quebro.
Eu desmorono.
Eu gozo.
E Matt me empurra todo o caminho através disso. Ele me leva até o topo
do penhasco, e então me joga sobre ele. Mas ele está lá para me pegar quando eu
caio. Seus dedos saem de mim enquanto sua sucção gentil no meu clitóris se
transforma em uma lambida sólida e segura. Ele persuade cada tremor de mim,
cada terremoto, cada sacudida, e quando eu não aguento mais, afasto sua
cabeça. Ele estica o braço para trás e puxa o elástico do seu rabo de cavalo. Eu
baguncei seu cabelo, mas ele não parece se importar. Ele limpa o rosto no lençol
e, em seguida, vem me beijar. Eu posso sentir meu cheiro em seu hálito, mas é
lindo. Seu cabelo paira como um véu ao nosso redor, mas não posso nem
levantar os braços para empurrá-lo de volta.
Quero cuidar dele também, mas não consigo me mover. — Eu não posso
dormir — Murmuro. — Eu tenho que buscar as meninas.
— Deixe-me segurar você — Diz ele. Ele arrasta meu cabelo solto entre
nós e puxa o cobertor sobre nossos corpos.
Ela para e olha para mim, suas sobrancelhas franzidas juntas. — Quem
mais seria? — Ela pergunta. Escarranchando-se sobre mim, e ela se move como
se fosse levantar dos meus quadris, mas eu engancho minhas mãos sob seus
braços e a levanto mais alto para que eu possa beijá-la. Ela resiste. — Quem
mais seria? — Ela pergunta novamente.
Ela bufa e enterra o rosto no meu peito, colocando todo o seu peso sobre
mim. — Eu não estou completamente sentada no seu pau — Ela diz em voz
baixa. Eu me movo para a frente e para trás contra seu centro, que está
escorregadio e molhado contra mim.
— Eu sei. Você pode consertar isso, por favor? — Eu digo. Eu faço como
se estivesse tentando ajustar seus quadris, mas sei que preciso de um
preservativo antes. Eu poderia estar dormindo, mas não sou estúpido.
Eu rio. — Por quê? Eu prometo que ele não vai machucá-la. Vou me
certificar de que ele se comporte — Eu a abraço contra mim. Meu coração está
quase cheio, prestes a explodir, e não consigo pensar em nada que eu prefira
fazer. Bem, eu gostaria de transar com ela, também, mas tenho prioridades,
mesmo agora.
— Eu não estava falando sobre suas... Partes — Seu rosto fica todo
rosado.
—Oh — Eu inalo. — Você quer dizer isso — Eu corro meus dedos pelo
cabelo dela como um pente. — Não vai morder. Eu prometo.
Eu sei o que é ter relações sexuais sem sentido, e tenho medo que ela
saiba, também. Isso não é sem sentido. Pelo menos não para mim. Isso é muito
mais, e quero saborear cada segundo. Eu também quero ter certeza que ela
tenha um sentimento tão forte por mim como tenho por ela. Se há alguém que
poderia quebrar meu fodido coração, é ela. Ela é tudo que eu sempre quis.
— Você tem certeza que está apaixonada por mim, certo? — Eu pergunto
quando abaixo minha cabeça para beijá-la.
Ela murmura contra meus lábios. — Tão certa como posso estar.
— Você pode me dizer qualquer coisa — Eu me movo para baixo para que
eu possa tocar meus lábios em seu pescoço. Está lá e é tão bonito e macio contra
os meus lábios. Cheira como citrus e sabão, e eu amo cada centímetro dela.
Estou encantado com as partes molhadas, e balanço meus quadris para que eu
possa deslizar contra seu calor. Ela engasga e arqueia seus quadris para me
encontrar.
— É você que eu precisava hoje depois que deixei a minha mãe. Você que
me faz sentir segura. Acho que posso dizer-lhe qualquer coisa e você não me
julgará. Você largou tudo no Reed´s só para vir comigo, me ouviu, e então
cuidou de mim até que eu adormeci em você — Ela estremece. — Desculpe por
isso.
Eu rio contra sua pele. — Você está brincando? Eu desfrutei tanto quanto
você.
— Mas você não desfrutou da mesma forma... — Ela cora, e é tão linda
que faz minha barriga pular.
— Eu posso fazer isso outra hora. Fazer você gozar... — Eu digo a ela. — ...
Foi um sonho se tornando realidade — Eu seguro seus seios em minhas mãos e
o aperto suavemente. Ele é pequeno, mas é meu e eu já estou apaixonado por
ele. Na verdade, pretendo gastar muito mais tempo com ele. Junto com outras
partes escorregadias dela. Eu tomo seu mamilo em minha boca e deslizo minha
língua nele. Ela se contorce debaixo de mim, e se ela se mover mais um
centímetro, estarei dentro dela.
— Matt — Ela diz com a voz trêmula. Suas pernas sobem para envolver ao
redor dos meus quadris, e eu esfrego meu pau em sua fenda. Sei que é arriscado,
mas quero bater a cabeça do meu pau contra seu clitóris e ver se ela vai ficar
ainda mais molhada para mim.
Seus olhos se fecham, e sua cabeça vira para o lado. Um arrepio treme-
lhe a espinha, e eu balanço meus quadris. — Eu acho que você gosta desse
piercing que estava com tanto medo um minuto atrás — Eu digo calmamente ao
lado da sua orelha. Seus olhos se abrem.
Ela ri. — Porque eu quero todas as crianças do mundo. Cada uma. Meus
três definitivamente não são suficientes.
Meu coração para. Eu caio ao seu lado, em vez de em cima dela. Ela rola
na minha direção.
— Não brinque com isso — Eu digo. — Se você quer mais filhos, é melhor
me dizer agora, porque eu não posso lhe dar nenhum — Meu coração está
batendo como se eu somente tivesse corrido uma milha, e estou com medo de
que ele se quebrará como o vaso de vidro que eu quebrei quando tinha seis anos.
Havia pedaços em todos os lugares. Eu me preocupo com a saúde dela, se isso
acontecer. Ela será apunhalada. Oh foda. Eu jogo meu braço sobre meus olhos.
Sky sobe em cima de mim, como ela fez antes, suas coxas uma de cada
lado dos meus quadris, as mãos no meu peito. Ela beija através da penugem de
pelos no meu peito. — Me desculpe, eu arruinei isso — Ela diz em voz baixa.
Colocando seu rosto no meu peito, ela descansa suavemente o peso de seu
pequeno corpo em mim totalmente. Ela é quente, macia e molhada...? Eu olho
para baixo e a vejo limpando uma lágrima de seu olho.
— Eu não estou chorando por mim, seu idiota — Ela diz. Golpeando
minhas mãos para longe quando eu tento limpar as lágrimas.
Merda. Ela pode me desfazer tão facilmente. — Porque eu não posso ter
filhos?
Ela bufa. — Porque você quer filhos — Ela sorri. — E acontece de eu ter
simplesmente três, Matt. Eu posso compartilhá-los com você, se você me deixar.
— Você nunca vai me mostrar o que esse piercing pode fazer? Você disse
que é mágico, certo?
Eu estico meu braço para baixo entre nós e levanto meu pau, apontando-
o para o centro dela. Ela está molhada contra meus dedos quando eu a testo
para ver se ela está pronta para mim. Ela está pronta. Eu empurro dentro dela e
ela para de se mover, sua respiração pausa.
Seus olhos se fecham, e ela apoia o peso sobre as palmas das mãos, que
ela espalmou em meu peito. Ela abre as pernas um pouco mais e desliza para
baixo do meu comprimento muito, muito, muito lentamente.
— Deus, eu espero que isso seja tudo — Ela diz. Mas está sorrindo. Ela é
toda sedosa, macia, quente e fodidamente minha.
— Não se mexa.
Sky retira uma mão do meu peito e separa seus lábios inferiores com ela,
circulando seu clitóris. Eu empurro sua mão para o lado e a substituo com a
minha, pegando seu clitóris entre o polegar e o indicador. Eu aperto
delicadamente enquanto ela me monta e sua respiração começa a engatar.
Minhas bolas estão tentando subir pela minha garganta, mas ela está
perto. Eu sei que não terei que esperar muito tempo, quando suas costas
arqueiam, sua cabeça cai e seu corpo é abalado por tremores. Ela aperta meu
pau dentro dela, suas paredes me ordenhando. Mas eu não paro. Eu a empurro
através disso até que ela desaba no meu peito, esgotada.
Eu a rolo e empurro suas pernas até seu peito, inclinando a parte inferior
um pouco mais alto. Seus olhos se fecham quando as sensações varrem seu
corpo, e eu empurro uma vez, duas, três vezes. Então eu gozo dentro dela. Eu
deixo suas pernas caírem, então posso colocar meus braços sob seus ombros e a
agarro contra mim. Ela vira a cabeça e pressiona os lábios em meu pescoço, e o
tremor me tortura, também. Eu gemo quando gozo dentro dela, e ela encontra
minhas estocadas até que estar dentro dela torna-se doloroso. Eu tenho que
parar. Eu puxo para fora dela com um silvo, e quando rolo para me mover de
cima dela, ela me interrompe com uma mão na minha. — Não vá — Ela diz.
— Você estava certo — Ela diz com uma risadinha. Então está rindo em
meus braços. Desde quando o sexo se tornou engraçado? Eu ergo minha cabeça
para olhar para ela.
— Seu piercing é mágico — Ela ri alto, mas está suave, quente e saciada
em meus braços. E nada alguma vez pareceu tão certo.
Ela faz beicinho com seu lábio inferior para fora. — Ow — Ela se senta e
me beija, olhando nos meus olhos. — Só por isso, vou fazer você provar isso para
mim mais tarde.
— Eu vou provar isso para você agora — Eu rosno quando estico o braço
para um novo preservativo e a rolo.
Ela grita, ri, e abre suas coxas para mim. Deus, estou apaixonado por
tudo sobre ela.
Skylar
— Qual deles é você? — Seth pergunta. Isso foi um pouco rude, mas eu
estava curiosa também.
— Não toque na minha garota! — Uma voz grita sobre a TV. Eu olho e
sorrio quando vejo Matt sentado no chão em frente ao sofá. Ele tem um controle
de jogo em sua mão, e está trabalhando freneticamente nisso.
— Tarde demais — Sam brinca. — Você está sentado aí, e ela está aqui
sozinha — Ele me envolve em seus braços e aperta. Provavelmente parece muito
mais apertado do que se sente. Acho que ele só está fazendo isso para irritar
Matt.
— Venha assumir para mim, Seth — Matt diz. Ele não para o controle.
— Ele vai matar todos os meus homens — Matt diz quando move seus
pés.
— Eu posso fazer isso — Joey diz quando eu tento ir ao banheiro com ela
e fecha a porta na minha cara.
Ele inclina a cabeça e fuça o lado do meu pescoço. — Assim como você —
Ele sussurra. Eu inclino minha cabeça para lhe dar melhor acesso.
— Minha filha — Diz Paul. Ele acena na direção a uma porta para o
corredor. — Você quer levar as meninas para brincar em seu quarto?
Hayley balança a cabeça e sorri. Elas esperam por Joey sair do banheiro,
e em seguida, Hayley pega uma das mãos de Joey e uma de Mellie e as arrasta
para o seu quarto. Ela fecha a porta atrás delas com um grande estrondo.
Paul coça a cabeça. — Eu acho que deveria me acostumar com isso. Mas
não tenho certeza se posso — Diz ele, balançando a cabeça.
— Elas estão bem aí? — Eu pergunto a Matt e meio que quero ver onde
elas estão brincando.
Suas mãos seguram meu rosto, e seu joelho desliza entre minhas pernas,
o que é meio que ótimo, porque meus joelhos vacilam, quando ele me agarra. —
Matt — Eu advirto. — As crianças.
— Estão todas sob controle — Ele diz. Seus lábios tocam os meus, e ele
geme contra meus lábios enquanto sua língua varre dentro da minha boca. Ele
tira o meu fôlego a cada toque. Sua língua emaranha com a minha, imitando a
maneira como ele me lambeu inteira na cama ontem, e meu coração começa a
acelerar.
— Sério? — Pergunto.
Ele sorri. — Não. Eu estou brincando. Mas o olhar em seu rosto não tem
preço — Ele ri, e eu adoro esse som.
— Elas estarão aqui em breve. Você está brincando? Elas não perderiam
uma oportunidade perfeita para atormentar você — Ele sorri. — Então esteja
preparada.
— Sim — Diz ele. — Eu quero você mais do que queria ontem — Ele diz
com sua voz suave e áspera, tudo ao mesmo tempo.
Uma batida soa na porta e abre uma fresta. — Você está decente? — Uma
voz feminina pergunta.
— Então você deveria ter ficado do lado de fora — Diz Matt, mas ele a
puxa para o seu lado e lhe dá uma chave de braço e esfrega os nós dos dedos em
sua cabeça. Ela sorri e o afasta. — O que você quer? — Matt pergunta.
Ele vai dormir com Sam? — Por que diabos eu ficaria se você vai dormir
com Sam? — Eu chio. Empurro seu peito. — Se eu ficar, você vai dormir comigo.
— Eu não quero dar um mau exemplo para Seth — Diz ele em voz baixa.
— É por isso que você não foi depois do trabalho na noite passada? —
Pergunto. Eu acho que estou fazendo beicinho, e meio que estou. E eu odeio
isso, mas é o que é.
— Oh, há uma ideia — Diz ele. Ele finge meditar sobre isso. — Eu vou
pensar sobre isso.
Ele pega a minha mão e a puxa para baixo na sua frente até que está
pressionada sobre seu comprimento endurecido. — Você soa gostosa pra
caralho — Diz ele. Seus lábios se arrastam pelo meu queixo em direção a minha
testa. — Você está molhada? — Ele pergunta com suas palavras em um suspiro
na minha orelha.
Ele ri. — Isso é para mim — Seus dedos deslizam através da minha
umidade, pressionando com força e insistência, e, em seguida, ele conecta dois
dedos dentro de mim e dedilha meu clitóris com o polegar. Ele não tem muito
espaço para trabalhar dentro da minha calça jeans, portanto, seus movimentos
são rápidos e espasmódicos. Eu arqueio meu quadril, ajudando-o a encontrar
um ritmo. Eu abro meus olhos e vejo seus olhos azuis, que estão focados em
mim. — Matt — Eu protesto. Mas é mais uma súplica do que protesto.
— Eu vou fazer você gozar, Sky — Diz ele em voz baixa. — Eu prometo.
Concordo com a cabeça e apoio minha cabeça para trás, mal capaz de
recuperar o fôlego. — Ok — Eu sussurro. E então os tremores começam. Matt se
inclina para mim, pressionando seu corpo contra o meu para me segurar. Eu
viro minha cabeça para ele e assim quando eu gozo, mordo a pele macia de seu
pescoço. Ele hesita, mas rosna e vira a cabeça para cobrir meus lábios com o
dele, abafando meus gritos de libertação com a língua e os lábios.
Ele me beija, sua boca persistente. — Por que você não vai e verifica as
crianças? — Ele pergunta. — Eu estarei atrás de você em um minuto — Ele me
vira, abre a porta, e empurra-me para o corredor. Eu o ouço cair contra a porta
do outro lado, e em seguida, ele bate levemente com o punho. Ele ri e rosna meu
nome.
Eu enfio minha cabeça para o quarto onde Paul está no chão com três
meninas subindo em cima dele como se ele fosse um cavalo. Ele não parece se
importar com isso.
— Tenha cuidado com ele, está bem? — Diz ele. Sua voz é suave, mas
forte, e posso dizer que ele quer dizer isso.
— Ele é especial — Diz Paul. — Mesmo antes de ficar doente, ele era
diferente do resto de nós. Ele é bom e gentil, e ainda acredita na bondade do
coração. Ele precisa ficar desse jeito. Então, não o machuque — Ele diz a última
parte em voz baixa, para que as crianças não possam ouvi-lo.
Saio do banheiro e me sento no sofá para ver o que Seth está fazendo com
o meu jogo. Ele está jogando contra Logan, e Logan não pode ouvir o jogo por
isso é mais difícil para ele. Mas ele é um bom oponente, de qualquer maneira.
Ele aborda-o da mesma forma que faz na vida, tomando dicas de tudo em torno
dele no jogo. E ele está batendo Seth, portanto está funcionando para ele.
Eu puxo sua cabeça para mim e beijo sua testa. Adoro me aconchegar
com Emily. Eu sempre gostei. Ela é como a irmã que nunca tive ou nunca quis.
Ligamo-nos depois da minha quimioterapia quando ela me ajudou, salvando
minha vida e sacrificando a própria liberdade, quando eu não queria que meus
irmãos soubessem que eu estava doente. Ela ocupa um lugar especial no meu
coração.
Ela sorri e se inclina para mim. Mas eu empurro seus ombros para trás.
— Matt? — Pergunta ela, chocada. — Bem, aqui está o negócio. — Eu corro a
mão pelo meu rosto. — Eu te amo, Em — Eu digo, e não estou mentindo. Nem
um pouco. Ela salvou minha vida, sacrificando tudo o que estimava há dois
anos, e fez isso sem pensar. Ela estará sempre em meu coração.
Olho para Sky, e ela levanta seu copo para mim. Ela continua falando
com Reagan, e estou feliz porque tenho que ter essa conversa com Emily. — Eu
te amo, Em, mas estou apaixonado por ela — Eu aceno em direção a Sky. —
Aquele tipo de amor de querer morar com ela amanhã e morrer juntos quando
estivermos velhos.
— Matt — Ela diz em voz baixa. Eu olho para o rosto dela, e meu coração
quase quebra quando vejo seus olhos cheios de lágrimas. — Você está realmente
apaixonado por ela, não é?
Sky caminha até mim e se senta ao meu lado. Eu coloco meu braço sobre
o encosto do sofá, e ela se aconchega contra o meu lado. Nunca nada pareceu
tão calmo e certo quanto este momento.
Logan desliga o jogo e a TV. Agora que Emily está em seu colo, ela tem
toda a sua atenção. Logan sinaliza para mim. Vá pegar o violão de Em.
Mesmo Pete e Sam param de lutar quando Emily começa a cantar. Ela
tem uma voz que é uma beleza, e emoção brota dentro de mim. A sala fica em
silêncio com nada além do som da sua voz.
Eu não consigo entender por que Emily não está tocando em um palco
enorme, com ingressos esgotados em algum lugar, em vez de dedilhar seu
coração na sala de estar dos Reed´s - ela tem um talento incrível, e eu poderia
sentar aqui o dia todo e ouvi-la. Sua voz é completa e rica, e tão sensível que
quase traz lágrimas aos meus olhos.
A cada poucos minutos, ela olha para Logan e sorri para ele. Ele observa
sua boca atentamente, e vejo as pontas dos seus dedos se estabelecerem na base
do seu violão, às vezes.
Calor arrasta até meu rosto, e minha barriga faz essa dancinha que é tudo
por causa de Matt. — Pare com isso — Eu silvo.
De repente, uma bola voa pelo ar e atinge Matt na testa. Ele estica o braço
e a pega no ar. É uma pequena, bola de Nerf azul e não algo que iria machucá-lo.
Ele a esmaga em seu punho. — Muito divertido — Diz ele para a sala.
— As crianças estão no outro fodido quarto, idiota — Diz Matt. Ele lança a
bola de volta para Sam. Ela rebate em seu ombro, e Paul estica o braço e a
arranca no ar. Ele joga de volta para Sam, onde desvia na sua orelha.
Ele desliza para fora atrás de mim e volta com dois. — Você vai gostar —
Diz ele. — Sam faz os melhores cupcakes — Ele se senta ao meu lado, o
comprimento da sua perna pressionado junto a minha.
— Você pode levá-lo, princesa! — Pete diz de onde está sentado no chão.
— Você tem isso! — Pete ri, rolando de costas enquanto cai. Sam bate a palma da
mão contra Pete e ri também.
— Oh, você simplesmente não fez isso — Ela diz. Então, esfrega um
pedaço de cobertura de seu nariz e a segura, a palma da sua mão apontada para
Matt. — Você sabe o que isso significa — Avisa, mas ela já está rastejando em
seu colo em direção ao seu rosto. Ele me passa seu cupcake, ou o que sobrou
dele, empurra suas pernas, e salta sobre o encosto do sofá. Eu me assusto,
porque Matt está, de repente, todo ombros largos e pernas voando. Ela o segue e
persegue-o em torno da ilha de cozinha, rindo enquanto ele derrapa de meias
para o balcão. Ele agarra seu quadril e pede um desconto de tempo, mas não o
tem. — Você é um bebê tão grande — Ela canta.
Matt estica o braço atrás dele e pega um novo cupcake e a provoca com
ele. — Você quer usar isso? — Ele agita as sobrancelhas para ela. — Vem pegar —
Ele desafia.
Eu cubro minha boca para abafar uma risada. Tenho visto Matt em um
monte de situações, mas esta brincadeira lúdica e a forma como eles estão
perseguindo um ao outro me faz querer cobrir minha cabeça, me curvar e rir
alto ao mesmo tempo.
— Oh, é agora — Ele rosna e gira, dobrando na cintura para que ele possa
atirar Emily sobre o ombro.
Emily protesta, batendo em suas costas, mas ela está subitamente séria,
se a expressão em seu rosto é qualquer indicação. — Ponha-me para baixo, Matt
— Ela chora.
Logan salta para seus pés, e ele grita para Matt para colocá-la para baixo,
também. Matt ainda está rindo, e ele não tem ideia de como eles estão sérios.
— Você não está doente, está? — Matt pergunta, e eu posso ver o amor
que ele tem pelas garotas dos seus irmãos em seus olhos. E, sinceramente, isso
me faz amá-lo ainda mais.
Emily balança a cabeça. Ela empurra um polegar para Logan. — Seu
irmão me engravidou — Ela diz.
— Eu estou tão feliz por você — Eu o ouço dizer baixinho enquanto ele a
balança. Ela ri e o mantém mais perto dela, acariciando suas costas.
Matt a estabiliza de volta e olha para sua barriga. — Você vai ser a melhor
mãe do mundo, Em — Ele diz.
— Espero que sim — Ela diz baixinho, colocando a mão em sua barriga. O
resto dos irmãos avança para felicitá-los, e eles esfregam a cabeça de Logan e a
cutucam na lateral, enquanto Emily recebe muitos abraços suaves. — Talvez ela
nascerá perfeita como seu pai — Ela diz. Ela morde seu lábio inferior.
Ele envolve um braço em volta dos ombros de Emily e olha para ela. Eu
vacilo quando vejo o que ele está prestes a fazer, mas ela tipo merece isso. Suas
mãos avançam alguns centímetros no balcão e ele rapidamente pega um
cupcake. — Será que o bebê vai gostar de chocolate ou baunilha? — Ele o traz e o
enfia no rosto assustado de Emily.
Sam ri.
— Ele está bem? — Emily pergunta a Paul. Ela parece preocupada. Ela
pega um pano de prato e começa a limpar seu rosto, seu olhar nunca deixando a
direção em que Matt passou.
— Ele está — Diz Paul. Mas seu olhar paira sobre a porta do banheiro.
Emily está fodidamente grávida. Logan vai ser pai. Emily vai ser mãe. Eu
vou ser tio. Mais uma vez. Eu olho para o espelho e engulo em seco para
empurrar os sentimentos de volta para dentro do meu interior, onde eles podem
ficar sutis e ocultos. Eu particularmente não gosto de usá-los no meu rosto.
Ela acena com a cabeça e continua limpando seu rosto. — Este material
azul é difícil de sair. Precisa dizer a Sam usar uma cor diferente da próxima vez.
Um sorriso puxa seus lábios quando seu rosto ruboriza. — Sério, Matt? —
Ela pergunta.
— Eu sei o que você quis dizer — Ela diz enquanto liga a água de novo.
Mas seu rosto está limpo, então eu acho que ela está apenas à procura de algo
para fazer para manter as mãos ocupadas. — Você se lembra de quando eu tive
meus dentes do siso alguns meses atrás?
Ela respira fundo e fecha os olhos. — E se ele ou ela acabar como eu? —
Ela sussurra. Emily tem dislexia e é quase analfabeta. Ela tem que trabalhar
muito para fazer todas as coisas que as pessoas tomam como garantido, como a
leitura de sinais de trânsito e cardápios em restaurantes.
— E se ele ou ela for? — Pergunto baixinho. Eu quero gritar com ela, para
lhe dizer como ela é fabulosa. Eu quero dizer a ela o quão sortudo seu bebê será
em ter uma mãe como Emily e um pai como Logan e uma sala cheia de tias e
tios que irão mimar o bebê.
— Se isso acontecer, você dará a ela a ajuda que precisa para ter sucesso
— Isso é algo que Emily nunca teve. Ela não teve apoio. Ela tinha um pai que
achava que ela não se esforçou o suficiente e ninguém que lutou por ela, até que
ela conheceu Logan.
Ela olha para mim. — Vai ficar tudo bem de qualquer maneira, certo?
Logan perdeu a audição por causa de uma febre, então eles não têm que
se preocupar com o bebê deles herdando sua deficiência auditiva. — Vai dar
tudo certo — Eu digo. E não tenho dúvida das minhas palavras, não em
absoluto. — Você vai ser uma ótima mãe, Em.
Vou até a bolsa que Sky trouxe com ela e pego roupas limpas para Mellie,
e então volto e pego a mão dela para que eu possa levá-la ao banheiro. Eu não
estou muito certo do que fazer quando ela não solta a minha mão e me arrasta
para o banheiro com ela. Deixo ela se limpar, e ela coloca algumas roupas
limpas enquanto eu sento na borda da banheira. Isso tudo é novo para mim.
Bem, eu fiz isso com Hayley, mas ela mora com a gente e é minha sobrinha. Ela
estar na família faz com que seja mais fácil saber o que fazer.
— O quê? — Eu pergunto.
— Diga — Eu peço.
Ela encolhe os ombros. Mas então olha para o meu rosto. — Você vai ser
o melhor pai do mundo, Matt — Ela diz.
Meu coração incha. — Bem, pelo menos eu não tenho que me preocupar
com eles se tornando como eu — Eu arranho minha barriga. — Ser assim
incrível é um grande fardo para carregar.
— Eu já fiz isso — Eu digo a ela. Sua testa franze, e ela parece tão
malditamente bonita que eu quero beijá-la. — Não diga a ninguém, mas Mellie
fez xixi nas calças — Eu sussurro de forma dramática.
Ela me abraça de volta. — Você cuidou disso? — Ela coloca o rosto contra
meu peito e fuça contra mim. Eu poderia ficar aqui durante todo o dia.
— É claro — Eu digo.
Ela murmura algo no meu peito que soa como: — Você é realmente sexy
quando você cuida das crianças.
Voltamos para a sala, e eu me sento aos seus pés, enquanto ela se senta
no sofá. Emily pega seu violão novamente depois de Reagan se limpar
totalmente. Ou depois de Pete limpar Reagan, o que leva o caminho mais longo
do que deveria. Emily começa a tocar, e eu sinto os dedos de Sky fazerem
cócegas em toda a parte de trás do meu pescoço. Estico o braço e puxo o elástico
do meu cabelo e me inclino para mais perto dela. Ela pega a dica e começa a
arrastar os dedos para baixo no comprimento do meu cabelo.
Eu olho para ela e entrelaço meus dedos com os dela no meu ombro. —
Um velho amigo meu vai se casar — Eu digo.
Pete faz um barulho de sopro com sua boca que se parece muito com o
barulho que ouvimos uma cabra fazer uma vez no zoológico. Paul atira-lhe um
olhar, e ele morde de volta tudo o que ia dizer a seguir.
— Por que ele iria? — Reagan pergunta a Pete, e ela olha para ele como se
ele tivesse crescido dois chifres.
— Você poderia levar Sky com você — Diz Pete. — Esfregar aquela,
merda... — Ele resmunga novamente quando Reagan bate-lhe na parte de trás
da sua cabeça.
— Boa ideia — Ela diz enquanto atira punhais para ele com os olhos. —
Suas bolas são minhas, da próxima vez que você abrir a boca — Avisa,
apontando um dedo em direção a sua virilha.
— Minhas bolas tem sido suas desde o dia em que a conheci, princesa —
Ele diz.
Emily acotovela Logan. — Nós poderíamos ir com eles — Ela diz. — Para
dar apoio moral.
— Oh, você quer que eu vá com você? — Pergunta ela, com os olhos
arregalados com o choque.
Puxo a mão dela até que ela não tenha escolha, senão se inclinar em
direção ao meu rosto para que eu possa beijá-la. — Eu não iria sem você — Eu
digo. — Venha comigo.
Friday levanta a mão. — Eu serei a babá. Eu não tenho nada melhor para
fazer.
— Então está resolvido — Diz Pete. Ele se inclina para trás com um olhar
de satisfação no rosto.
Eu sei que ele acha engraçado sobre dar um mau exemplo para Seth, mas
Seth é quase um adulto. Eu acho que ele vai ficar bem com isso.
Ele bufa. — Eu não a teria jogado por cima do meu ombro se soubesse —
Ele estremece um pouco. — Eu não quis fazer aquilo.
— Ela tem medo que o bebê terá também, se ele receber seus genes — Ele
encolhe os ombros. — Ela está apenas preocupada, como qualquer mãe estaria.
— Como você acha que Logan vai fazer com o bebê? — Pergunto. Eu
sempre me perguntei como as pessoas surdas criam crianças ouvintes.
— Ele tem cuidado de Hayley toda a sua vida — Diz ele. — Ele pode fazer
muito mais do que as pessoas lhe dão crédito.
— Será que ela vai ter que sair da faculdade? — Pergunto. Sei que Emily
está na faculdade em Julliard.
Ele dá de ombros. — Eu não tenho ideia, mas eles farão isso funcionar. Às
vezes eu acho que ela foi para a faculdade apenas para provar que poderia ter
êxito. E ela tem. Ela está satisfeita. Tudo o que ela quer fazer é tocar.
— Ela deveria estar tocando em lugares enormes com uma voz como a
dela — Eu digo. Foi realmente incrível.
Ele balança a cabeça. — Ela não tem nenhum desejo de fama. Ela só
realmente ama a música. E ama meu irmão. Então, eu a amo.
Aceno com a cabeça contra seu peito. Seth entra na cozinha e apoia seu
quadril contra o balcão. — Você se importaria se eu tivesse um amigo amanhã à
noite, enquanto estou de babá? — Ele pergunta. Ele não encontra o meu olhar, e
ele evita Matt também. Hmm.
O que sua mãe faria? — Por que você não fala para mim na parte da
manhã o nome de uma pessoa que deseja ter, e discutiremos isso? — Eu digo. —
Será que funciona?
Ele franze a testa, mas concorda. Ele se senta à mesa da cozinha e começa
a folhear uma revista. Matt enfia as mãos nos bolsos e balança para a frente e
para trás em seus calcanhares. Ele levanta as sobrancelhas para mim. Em
seguida, se senta em frente a Seth e sacode aberto o jornal, até que ele encontra
a seção de palavras cruzadas. Ele e Seth começam a trabalhar juntos. Seth ri
quando Matt faz uma palavra errada. E Matt provoca Seth incessantemente
sobre sua caligrafia. Eles parecem felizes e confortáveis juntos, portanto eu sigo
para o quarto para tomar banho e colocar pijama.
Matt
— Cara, você é tão transparente — Diz Seth. Mas ele está sorrindo. Ele
não é louco.
Isso me bate no interior. — Não fale sobre sua tia dessa forma — Eu atiro.
— Seth — Advirto.
Eu não consigo pensar no que devo dizer-lhe, então tenho que ir para a
verdade. — Eu a amo, Seth. Eu a amo muito. E sim, quero entrar em suas calças.
Mas também quero me casar com ela, e quero amá-la para sempre. Eu quero
viver com ela e compartilhar todos os seus altos e baixos — Eu tamborilo meus
polegares sobre a mesa, tentando descobrir o que dizer para fazê-lo entender.
Ele é um hormônio ambulante, que é o que ele deveria ser na sua idade. Ele não
está pensando a longo prazo. Mas eu estou. — Então, quando você fala sobre me
impedindo de transar, me preocupa que você poderia pensar que é tudo que
estou atrás. Não é. Eu a respeito. E quero ter certeza que você saiba disso.
Seth faz aquele aceno lento de novo, como se ele estivesse pensando
sobre isso.
A testa de Seth levanta. — Você realmente quer se casar com a tia Sky?
— Quero dizer, se você e a tia Sky se casarem, ela será sua esposa. Nós
somente estávamos nos acostumando a ela sendo nossa mãe.
— A única diferença que vejo é que você teria dois pais em casa em vez de
um.
Eu aceno. — Seth, eu sei que não sou seu pai, e nunca serei. Mas eu quero
ser parte da sua vida. Da maneira que você me permitir — Isso, provavelmente,
será em alguns aspectos que ele não apreciará, também, mas isso é o que os pais
fazem. Não é sempre Dia dos Pais e um pequeno campeonato divertido. — Eu
não quero levar Sky para longe de você. Eu prometo — É importante que ele
entenda a última parte. Ele precisa se sentir seguro com ela e saber que ela
sempre estará lá, não importa o quê. Inferno, em dois anos, ele estará indo para
a faculdade. Eu não terei muito tempo com ele, não como Joey e Mellie.
— Que seja, cara — Diz ele, quando ele se levanta. — Eu estou indo para a
cama.
Sky sai de seu quarto, seu cabelo úmido em volta dos ombros. — Seth foi
dormir? — Pergunta ela. Ela mexe em torno da cozinha, como se não estivesse
completamente certa do que fazer.
Ela olha para si mesma, sorri e faz uma pose dramática. — Você gosta
dele?
Ela congela. A pele que eu posso ver através da abertura em “V” do decote
do seu pijama colorido, se tornando toda rosada. — Oh — Ela exala. Mas então
sorri e entorta um dedo para mim. — Eu acho que eles realmente gostariam de
estar no chão.
Concordo com a cabeça e levanto os nós dos meus dedos a minha boca,
mordendo-o, tentando tirar um pouco da dor das minhas bolas.
Ela gesticula dela para mim e vice versa. — Eu meio que esperava transar
— Ela sussurra com veemência. Ela olha para a porta fechada de Seth. — Ele
está dormindo. Ele nunca vai saber.
Eu ando até ela e envolvo meus braços em volta dela, cheirando seu
pescoço. Eu posso sentir o cheiro doce nela, mas não posso dizer onde ela
aplicou. — Onde? — Eu pergunto hesitante quando ouço minha própria voz
tremer.
— Você não gostaria de saber? — Pergunta ela com uma risadinha. Ela se
levanta na ponta dos pés e envolve seus braços em volta do meu pescoço.
— Mudou de ideia? — Pergunta ela, sem fôlego, quando ela cobre os seios
com as mãos. Eles transbordam em torno de seus dedos, e eu quero beijar seus
dedos para longe.
Eu levanto sua camisa com meu nariz e cheiro. — Eu vou levar isso
comigo porque cheira como você.
— Mas não é.
Saio pela porta da frente e gemo alto. Eu quero voltar para ela. Mas eu
também quero fazer isso da maneira certa.
Skylar
—Volte.
— Você ainda está em topless? — Matt pergunta. Sua voz soa como se
tivesse sido arrastada por uma estrada de cascalho de costas.
Eu olho para baixo e cruzo os braços sobre meus seios nus. Eu acho que
eu estou. — Sim — Eu digo.
— Eu sou uma advogada. Nós não fazemos merdas estúpidas como essa
— Para não mencionar que eu sou mãe. E as mães não fazem isso. Eu olho para
o meu peito e descruzo meus braços. — Meus mamilos estão duros.
— Sky! — Ele sussurra, mas ele está rindo, também. — Pare com isso.
— Você me ouviu — Ele ri. — A menos que você não queira isso — Ele
espera pela minha resposta.
— Eu quero — Eu sussurro.
— Paul.
— Tudo o que eu preciso fazer agora é fazer com que você goze. Ele pode
esperar — Eu ouço suas chaves tinirem enquanto ele as deixa cair em algum
lugar. Ou talvez seja o movimento no seu bolso. — Feche a porta — Diz ele.
Eu me atrapalho do outro lado da cama e faço o que ele diz. Minha mão
fica pendurada na maçaneta da porta por um segundo enquanto penso sobre o
que estou prestes a fazer. Um arrepio percorre minha espinha, mas empurro o
trinco com o polegar. O clique pisca através da minha mão. Eu agarro a
maçaneta por um segundo.
— Boa menina — Diz ele. Sua voz é suave como a seda, e desliza para
cima do meu corpo, fazendo meus joelhos fracos. — Deite na cama de novo.
— Porque toda vez que eu fecho meus olhos, você é tudo que vejo. Você
está na minha fodida cabeça do caralho, Sky, cada minuto de cada dia.
— Você me disse que seus mamilos estavam duros? — Sua cama guincha
quando ele fala.
— Eu também.
— Toque-os como?
— Não suave. Porque provavelmente estão doloridos, estão muito duros
— Ele espera. — Estou certo?
Ele ri, mas é um som de dor. — Porque estou dolorido, também, Sky.
— Oh.
— Feche os olhos.
Eu faço isso.
Matt estava certo. Arrastar meu polegar não é suficiente. Eu seguro meus
seios em minhas mãos e belisco meus mamilos entre o polegar e o indicador. Eu
quase deixo cair o telefone de onde está amontoado contra o meu pescoço.
— Matt.
Eu faço como ele diz, e me sinto toda exposta, mesmo que não haja
ninguém no quarto comigo.
— Que boceta bonita — Diz ele. — Espalhe-se aberta com os dedos para
que eu possa ver.
— Eu ouço cada engate e cada suspiro. Eu até ouço o que você não quer
que eu ouça.
— Como o que?
— Eu ouço tudo — Ele espera outra batida. — Toque a sua boceta, Sky.
— Quantos dedos?
Eu deslizo meu dedo médio para dentro e bombeio para dentro e fora, em
seguida, adiciono meu dedo indicador. E apenas quando acho que não aguento
mais, eu me estico amplamente adicionando meu dedo anelar. Estou tão cheia
para curvar meus dedos, mas eu não me importo. — Três — Digo a ele.
Meu clitóris está duro e inchado e, oh, tão sensível. Meus pequenos
círculos simplesmente me deixam querendo.
— Matt — Eu grito.
— Só você.
— Eu. E você.
— Não pare — Diz ele. Ele grunhe, e posso dizer que ele está gozando,
também. — Por favor, não pare — Ele implora.
— Não pare — Ele diz, sua voz cada vez mais suave.
— Unh — Eu gemo. Eu tenho que parar. Meu clitóris está muito sensível,
meu corpo destruído. Eu retardo meus dedos e deixo que os pequenos tremores
me levem. Sensível e cansada, eu paro de esfregar minha boceta e o ouço
respirar.
— Eu não vou deixar você — Diz ele com uma risada. — Eu só preciso me
limpar. Eu estou meio que uma bagunça.
— Sim — Diz ele. Ele se desloca durante um segundo, e então eu ouço sua
cama ranger novamente. Eu o imagino se recostando contra os travesseiros, um
sorriso satisfeito no rosto. — Você está bem? — Ele pergunta baixinho.
Eu rio. Eu não posso evitar. Estou nua, deitada em cima dos meus
cobertores, e ele apenas falou comigo através de um orgasmo por telefone. —
Onde você aprendeu a fazer isso?
Eu não posso morder de volta o meu sorriso. — Você vai ficar comigo até
eu dormir?
— Sim — Eu percebo que seus olhos estão molhados, e ele arrasta a mão
debaixo de seu nariz.
— O que você estava olhando? — Eu pergunto. Meu coração dói por ele.
Ele nunca chorou após a morte de sua mãe, pelo menos não que eu pude ver.
Bem, não era isso que eu estava esperando. Seu pai é Latino.
Ele acena e vira a página. — Esse é o homem que minha avó se casou. Ele
era bom.
— Quanto você sabe sobre tudo isso? — Eu pergunto. Eu não sei o quanto
posso e não posso dizer perto dele.
— Sua mãe era inteligente e bonita, huh? — Eu digo, virando para uma
foto dela recebendo um prêmio por algo.
— Matt não partiria — Diz ele em voz baixa. — Você deve confiar nele.
Ele acena. — Às vezes tenho medo que me esquecerei como ela se parecia
— Diz ele em voz baixa.
— Seth... — Eu não sei se deveria abraçá-lo ou não, então eu apenas me
inclino mais fortemente ao seu lado.
Eu não digo nada, porque não tenho certeza se ele quer que eu diga.
— Eu achava que era ruim quando ela estava morrendo, mas isso, dizer
adeus a ela subsequentemente... É o pior.
— Todos os dias eu tenho que lembrar a mim mesmo que ela se foi.
Levanto-me e espero encontrá-la na cozinha fazendo o jogo de palavras
cruzadas. Ou cozinhando. Ou dançando com Joey e Mellie. Ou comigo — Ele
sorri. — Ela amava ligar a música e dançar.
Ele espera, enquanto eu viro as páginas. Vejo meu pai em muitas delas. E
isso faz meu peito doer de uma forma que eu não consigo me livrar.
— Eu não posso ouvir mais a sua voz — Ele sussurra. — Eu quero ouvir a
voz dela, tia Sky — Sua própria voz racha, e ele coloca a testa no meu ombro.
Um tremor percorre através dele.
Dane-se. Viro-me e envolvo meus braços ao redor dele. Eu não sei como
fazer isso, porque eu nunca tive alguém fazendo isso por mim. Ele me puxa para
perto dele e soluça em meu ombro.
— Se você pudesse reler qualquer página em seu livro, tia Sky, qual seria?
— Ele me pergunta em voz baixa.
— Eu não vejo por que não — Eu digo. Eu olho para baixo para seus pés.
— Tem certeza que você deveria estar usando essas pernas de pau? E se você
tropeçar?
— Você quer colocar alguns sapatos mais planos? Isso poderia me fazer
sentir melhor.
Ela puxa a minha gravata mais apertada contra o meu pescoço. — Desde
quando eu me importo em fazer você se sentir melhor? — Ela pergunta, mas
está sorrindo gentilmente para mim.
— Você quer dizer, quando você estava vomitando suas tripas para fora?
— Ela joga de volta para mim. Ela é a única pessoa que sabia como eu estava
doente na época. Ou pelo menos eu achava que era. Descobriu-se que todos os
meus irmãos sabiam; eles estavam apenas tentando esconder isso de mim.
— Você me trouxe um balde — Eu a lembro, e o pensamento me faz
sorrir.
— E cerveja de gengibre.
— Em — Eu gemo.
Ela acena com a cabeça. — Eu entendo. E estou muito feliz por você —
Ela diz em voz baixa. — Quando você vai voltar para mais exames de sangue? —
Ela pergunta. Ela é a única pessoa que me perguntou isso.
Ela encolhe os ombros. — Eu conheço você, Matt — Ela diz. — Você quer
que eu vá com você? — Ela pergunta.
Ela acena. — Tudo bem — Ela diz. — Mas me diga se você mudar de ideia.
— Eu direi.
— Então, você disse à Sky sobre April, certo? Ela não está indo às cegas
esta noite?
Eu rio porque é a coisa mais ridícula que eu já ouvi sair da sua boca. —
Faça-me tirar — Eu provoco.
Ele ri, e saímos pela porta juntos. Eles estão de mãos dadas, e eu os sigo.
Parecemos ridículos todos arrumados no bairro em que estamos, e tenho medo
de sermos assaltado se demorarmos muito tempo. Mas o pai de Emily nos
emprestou seu motorista esta noite - e sua limusine. Foi muito legal da parte
dele, e vou mimar um pouco Sky.
Ele dá um passo para trás, e é como se ele estivesse abrindo uma cortina
em Let’s Make a Deal7. Sky sai de seu quarto e caminha em direção a mim.
Ela está em saltos que parecem ainda maiores do que o de Emily, e não é
uma mãe agora. Ela é uma advogada elegante que vem do dinheiro, e eu poderia
nunca, jamais esperar viver de acordo com ela.
Ela assobia para mim. — Você está bonito — Ela diz e caminha em minha
direção com um colar pendurado em seus dedos. Ela pressiona-o em minhas
mãos e vira as costas para mim. — Você pode colocar isso em mim? — Ela
pergunta e levanta o cabelo, que está fora do rabo de cavalo que eu me
acostumei, está solto em perfeitas onda ao longo de suas costas. Ela está usando
um vestido que se apega ao seu contorno. Eu sei que já vi tudo o que está sob o
vestido, mas caralho, se meu pau não fica feliz quando ela se vira de costas para
mim.
Eu fecho seu colar em volta do pescoço e me inclino para beijar sua pele
macia. Ela ronrona e se vira para mim. — Obrigada.
— Estou tão contente por você estar aqui — Diz Seth. — Eu tive que olhar
452 vestidos. E uma vez que ela escolhia um vestido, tinha que fazer a dança do
— Tem certeza que você vai ficar bem, Seth? — Ela pergunta, mas ele está
sorrindo e digitando em seu telefone. — Seth! — Ela chama em voz alta.
— Tudo bem — Diz ele distraído. Algo está acontecendo, mas eu não sei o
que.
Ele olha para cima, seu rosto corando. — Não, ela não pode vir hoje à
noite — Ele não percebe seu erro por um segundo. Em seguida, ele se apressa
em dizer: — Quero dizer ele. Não ela.
— Nenhuma garota — Diz Sky. — Eu não estou pronta para ser avó ainda.
— Nenhuma garota na casa, a menos que elas sejam suas irmãs. Você
pode me ouvir?
Ele bate continência. — Eu ouvi.
— Você também — Diz ele com um sorriso. — Que horas vocês estarão em
casa?
Eu aceno. Mas isso não é tudo. Eu coloco minha mão na parte inferior de
suas costas e a levo para fora da sala depois que ela beija Seth na testa. Ele
franze seu rosto e, em seguida, volta para o seu telefone.
— Não — Eu digo. — Eu apenas disse isso para que ele não tenha
nenhuma ideia de quando estaremos em casa. Ele vai estar menos propenso a
ter aquela garota desse jeito.
Sky olha para mim. — Sim, eu acho que ela criou — Ela diz em voz baixa.
— Linda — Eu digo.
Eu pego sua mão e a conduzo para fora do prédio. Ela é tão fodidamente
linda que eu quero que o mundo inteiro a veja. E o que o torna isso ainda
melhor, é que ela é minha.
Ela para quando ela vê a limusine. — Isso é para nós? — Ela pergunta.
O padrinho faz um brinde que faz a sala rugir com risos, e até mesmo
Matt ri e levanta sua taça na direção da noiva e do noivo. Ele se inclina para
mim e sussurra perto do meu ouvido. — Na noite passada, você fez um barulho
no telefone que eu não consigo tirar da minha cabeça — Diz ele.
— Eu não posso descrevê-lo — Diz ele, distraído. — Mas foi quando você
gozou.
Eu engasgo com minha própria saliva, e ele ri. Sua mão pousa em minha
coxa.
Eu coloco minha mão no interior da sua coxa e a subo mais alto. É uma
jogada ousada, mas também é o modo que ele está falando comigo. — Pare de
provocar — Eu aviso.
Ele se levanta e pega minha mão, me puxando para ficar em pé. — Vamos
lá — Diz ele.
Matt levanta minha saia, e a amontoa em suas mãos até que ele alcança
minha calcinha. Ele engancha os dedos nela e a arrasta para baixo pelas minhas
pernas. Um lado paira sobre o meu tornozelo, e ele a deixa lá. Eu não me
importo. Ele desafivela seu cinto e abaixa o zíper rapidamente, e depois enfia a
mão no bolso interno do paletó e retira sua carteira. Ele a vira aberta e pega uma
camisinha, que ele abre com os dentes. Ele rola sobre seu comprimento com
uma careta, e então me ergue, e eu coloco minhas pernas em volta da sua
cintura.
Ele olha nos meus olhos enquanto me abaixa em cima dele. Minhas
costas estão pressionadas contra a parede, e uma das suas mãos aperta minha
bunda nua, me abrindo para a sua penetração, enquanto a outra apoia seu peso
ao lado da minha cabeça. Ele me enche lentamente, seus olhos azuis olhando
nos meus enquanto me preenche. Deus, eu me sinto tão cheia assim. Ele não
para até que nossos corpos se tocam completamente
Então ele começa a se mover. Seus lábios tocam os meus, e ele diz contra
eles. — Eu te amo pra caralho.
Eu não consigo falar. Eu não consigo pensar. Matt bate no meu centro, e
eu ajusto meus quadris um pouco para que eu possa levá-lo mais com cada
golpe.
— Eu preciso que você goze assim — Diz ele. — Por favor — Sua testa
repousa contra a minha e eu posso sentir cada inspiração e expiração sua.
Estamos compartilhando o mesmo ar.
Eu alcanço entre nós e aperto a base do seu pau quando ele se retira. Ele
para de se mover. — Eu estou muito perto — Adverte e rosna para mim. —
Esfregue sua boceta, Sky.
— Eu também. Eu senti como se meus dedos dos pés fossem sair pela
minha garganta — Ele ri. Eu desenrolo minhas pernas que estão ao redor das
suas costas, e ele me abaixa em pé. Meus sapatos caíram, então estou descalça
no chão de linóleo, e não me importo. Minha calcinha ainda está pendurada em
volta do meu tornozelo.
— Humm — Ele diz, enquanto puxa o preservativo para fora. Ele olha
para mim timidamente. — Temos um problema.
Ele afivela o cinto e levanta seu zíper. Em seguida, se inclina para tirar a
calcinha do meu tornozelo. Ele está muito quieto, de repente. Mais calmo do
que eu quero que ele esteja. Eu não sei o que dizer a ele, porque não sei o que ele
está pensando. — Você quer ir e se limpar? — Ele pergunta.
— Matt — Eu digo. Mas ele pega a minha mão e me leva para o banheiro
das mulheres. Ele beija minha têmpora e permanece lá, respirando levemente
no meu cabelo.
— Eu vou esperar por você na sala do banquete — Diz ele. — Está bem? —
Ele está de repente tão quieto.
— Eu não posso acreditar que Matt veio mesmo, muito menos que trouxe
uma mulher. Talvez ele tenha superado April.
— Matt nunca vai superar April. Não depois do que ela fez.
— Apenas uma garota — Diz a voz. — Alguém que nunca vai significar
para ele como significou April — Ela bufa. — Eles têm tanta história.
Matt me trouxe aqui para ver April, a mulher que ele amava mais do que
tudo, se casar. E nem sequer me disse.
Volto para a mesa e eu vejo Emily sentada lá. Matt e Logan estão falando
com um pequeno grupo de homens que eles conhecem. Sento-me ao lado dela, e
ela me olha de cima abaixo. — Onde é que vocês dois estavam? — Pergunta ela
sorrindo.
Emily congela. — Por alguma razão, eu não acho que isso seja tão bom
quanto parece. O que há de errado? — Ela olha para Matt como se quisesse
chamar sua atenção. Eu bato na mesa, e ela observa minha mão. — April não
parece arrependida sobre tudo o que ela fez com Matt — Eu cuspo. Eu observo
sua reação.
— Oh — Ela exala. Ela coloca a mão em seu peito. — Eu não tinha certeza
se ele havia dito a você.
Eu sorrio. — Ele me disse — Ele me contou sobre a garota que partiu seu
coração. Ele só não me contou que April era ela - por que você acha que ele
queria vir hoje à noite? — Eu pergunto e tomo um gole da minha água.
— Encerramento, disse ele — Ela olha para onde April está dançando com
seu novo marido.
— Ele até escreveu uma carta para ela quando estava morrendo. Ele me
fez prometer entregá-la a ela. Prefiro apodrecer no inferno. Mas ele me fez
prometer, porque seus irmãos se recusaram a entregar.
Matt vem para a mesa e pega a minha mão na sua. — Vem dançar comigo
— Diz ele.
Concordo com a cabeça e deixo ele me puxar para ficar em pé. Há uma
música lenta que está tocando, e ele me leva para a pista de dança e, em seguida,
me arrasta em seus braços.
Eu balanço minha cabeça e sorrio para ele. Sua testa franze. — Você já
teve a oportunidade de felicitar a noiva? — Eu pergunto.
Ele balança a cabeça. — Ainda não — Seu olhar se movimenta para onde
ela está dançando com seu novo marido. Eu nos manobro nessa direção e, em
seguida, saio dos seus braços. Eu me viro e coloco minha mão no braço do
marido de April.
Papai faz uma pausa por um segundo. — Você quer que eu fique com as
crianças.
Por que diabos ela fez isso? Um minuto, eu tinha Sky toda agradável e
quente em meus braços e no próximo estou segurando April. April, eu posso
ignorar. Mas o fato de que Kenny tem a minha Sky em seus braços, aquilo me
dilacera por dentro.
Eu olho para ela, e ela pisca seus lindos olhos castanhos para mim.
Houve um tempo em que eu poderia me perder em seu olhar. Inferno, eu me
perdi nela. — Estou feliz que você me convidou — Eu digo.
Estou feliz. Eu não achei que estaria, mas estou. Porque o que havia entre
nós agora pode ser considerado encerrado.
— Você acha que alguma vez poderíamos ser amigos? — Ela pergunta.
— Você se importou uma vez — Ela diz. As pessoas estão olhando para
nós.
— Eu não quero lhe machucar. Só Deus sabe, eu teria feito isso muito
antes do que agora, se essa fosse a minha intenção. Mas o que eu sentia por você
não era forte o suficiente para durar uma vida. Eu sei disso agora — Eu pego seu
antebraço em minha mão. — Obrigado por me deixar. Eu aprecio isso mais do
que você saberá. Porque o que tínhamos um pelo outro não era nada comparado
com o que eu sinto por outra pessoa. Então, se você me convidou aqui para ter
certeza que ainda tinha meu coração em uma fodida corda, deixe-me confirmar
que você não tem — Eu a estabeleço de volta contra mim, mesmo que ela ainda
esteja protestando. — Eu preciso encontrar Sky.
Eu jogo minha cabeça para trás e rio. — Não, eu não era. Mas uma coisa é
certa. Eu nunca, nunca te traí — Eu fecho os olhos e me recomponho com uma
respiração profunda. — Ele fodeu sua dama de honra na noite passada — Eu
deixo escapar.
— Ele está dormindo com ela nos últimos seis meses. Todo mundo sabe
disso, exceto você — Então eu a deixo ali no meio da pista.
Meu coração está pesado quando volto para a minha mesa. Devastá-la
não foi tão libertador como se poderia pensar. Eu pego meu paletó de onde está
caído sobre as costas da minha cadeira e o coloco. — Vocês viram Sky? —
Pergunto a Emily e Logan. Ambos olham para mim com suas bocas abertas.
Que diabos foi isso? Logan sinaliza com veemência. Ele não fala.
Isso foi o encerramento, eu sinalizo de volta. Você está pronto para ir?
Encontre-me do lado de fora. Eu vou encontrar Sky.
— Um táxi? — Eu repito.
Eu entro e o carro sai para a rua. — O manobrista disse que ela estava
indo para a parte residencial da cidade.
— Mas você disse a ela que este era o seu casamento? — Emily me bate. —
Alguma vez você disse o nome dela?
— A carta que você escreveu a April quando estava morrendo. Aquela que
você me fez prometer que daria a ela depois que você chutou o balde.
— Por que você disse a ela sobre a carta? — Eu pergunto e não estou com
raiva. Eu estou apenas confuso.
— Ela estava falando sobre April. E eu queria que ela soubesse o quanto a
odeio, então eu disse a ela sobre a carta — Ela geme. — Parecia relevante! — Ela
grita.
Eu: Eu posso.
Meu apartamento tem cheiro rançoso e sem uso. Abro a janela e olho ao
redor. Está muito limpo e muito vazio. Não há nenhuma boneca jogada por aí.
Não há jogos de tabuleiro desordenando minha mesa da cozinha. Não há
crianças em qualquer lugar. Eu deveria estar em casa com meus filhos. Mas se
eu for lá, vou ter que enfrentar Matt.
Eu comi cerca de metade do pote quando uma batida soa na minha porta.
Eu me assusto. Eu não vou para a porta. Ninguém que eu conheça viria aqui.
Meu coração começa a disparar. Ele está aqui. Merda. Eu desenrolo meus
pés debaixo de mim e empoleiro minha bunda na ponta do sofá. Ele vai embora
se eu esperar tempo suficiente.
8 Chunky Monkey: sorvete da marca Ben & Jerry's de banana com pedaços de chocolates e nozes.
Matt: Seu pai sentiu pena de mim.
Eu: Traidor.
Eu espero.
Eu não respondo.
— Por que não? — Ele pergunta com sua voz suave, e eu acho que ele está
sentado agora também, apenas do lado oposto a mim.
— Não foi nada do que você pensou. Eu pensei que você sabia quem ela
era, e você obviamente não sabia. Eu nunca quis te machucar.
— Você ainda a ama, Matt — Eu digo.
— Ugh! — Grita ele. — Essa carta vai me assombrar até o dia que eu
morrer.
Ele ri. — Ela diz como eu realmente me sentia quando escrevi aquilo.
— Seth, Mellie e Joey, eles dependem de você. Eles não merecem que
você os deixe.
— Você está aqui para que possa me evitar, e eles estão lá.
— Eu vou embora se você voltar para casa — Diz ele. — Eu não gosto
disso, mas eu te amo, e eu os amo o suficiente para desistir por essa noite para
que você possa voltar para eles. Eles precisam de você. E você precisa deles.
As lágrimas queimam meus olhos, e eu as pisco de volta. — Matt — Eu
digo.
— Talvez — Eu resmungo.
Ele ri, e eu ouço uma fungada do seu lado. — Você me ligará quando
estiver pronta?
Com tudo o que está acontecendo, ele ainda está pensando em meus
filhos. Minha barriga pula. Ele está apenas do outro lado da porta. Eu poderia
abri-la e pular em seus braços se eu quisesse. Mas eu não abro. Eu apenas me
sento lá. Sento-me lá até minha bunda ficar cansada. Sento-me lá até meus pés
adormecerem. Sento-me lá até que a carta me afronta para pegá-la. Sento-me lá
até muito tempo depois de Matt ter ido embora.
Eu pego a carta na minha mão e a seguro para que eu possa ver o nome.
Não é para mim. É para April. É para amor da sua vida.
Querida April
Eu pedi aos meus irmãos que lhe dessem esta carta, no caso da minha
morte, por isso, se você está lendo isso, eu parti. Eu vivi os meus dias, e mesmo
que você tenha seguido em frente, eu preciso lhe dizer como me sinto.
Espero que o seu coração dê um pulo quando receber esta carta. Minhas
palavras finais de amor. Hahahahahaha! Estou morto, então eu posso dizer o
que eu quiser.
Matthew Reed
PS - Eu ainda te odeio.
Eu coloco minha mão sobre a boca para abafar o barulho que quer sair.
Eu não tenho certeza o que é. Talvez seja uma risada. Talvez seja um suspiro.
Mas seja o que for, tira o meu fôlego. Eu me levanto e pego meu casaco. Eu nem
sequer me visto. Coloco meu casaco e deslizo para baixo minhas pantufas.
Começou a chover forte, então eu chamo um táxi, entro e vou para casa. Eu vou
voltar para os meus filhos, porque é onde eu pertenço. E não há nenhuma
dúvida em minha mente que eu quero ir para Matt. Mas eu posso esperar até
amanhã. Ele estava disposto a desistir e voltar para casa assim eu poderia fazer
o que era o melhor para os meus filhos. Ele estará disposto a esperar até
amanhã. Eu preciso falar com o meu pai, de qualquer jeito. E eu preciso ver Joey
e Mellie dormindo. E talvez até mesmo Seth.
Matt
— Obrigado — Eu suspiro. Estou tão contente que elas não estão aqui.
Elas são tão intrometidas como meus irmãos, mas não tão sutis.
Ele ri novamente. — Eu não contei a eles sobre isso — Ele coloca suas
mãos em torno de sua boca e diz: — Ele fez isso na chapelaria.
Sam estufa o peito e finge ser Paul. — Será que você usou preservativo? —
Ele ri. Eu não. Eu não vou dizer-lhes essa parte, independentemente.
— Eu sei. Eu sei na medula dos meus ossos que eu nunca terei um filho
meu — Eu levanto um dedo. — Mas — Eu digo. — Acontece que Sky tem três já,
e todos eles precisam de um pai, então eu sou um cara muito feliz.
— É mesmo? — Pergunta Paul. Sua testa franze. Ele agarra meu joelho e
o aperta. — Você ficará satisfeito com isso?
— Você quer uma criança, cara, todos nós doaremos esperma para você.
Poderíamos misturar tudo muito bem, então não teríamos ideia de quem é o pai
— Sam ri.
O que é ruim é que ele está meio sério. Qualquer um deles poderia fazer
isso por mim, eu tenho certeza. — Eu serei feliz com as crianças que temos. Eu
já amo Seth, Joey e Mellie.
— Sky ficou com medo. Ela foi embora quando pensou que eu ainda tinha
sentimentos por April. Eu tinha que ir até ela e provar que eu não tenho.
Eu sorrio para ele. Obrigado. Eu preciso falar com ele sobre uma coisa.
Você acha que você pode elaborar uma nova tatuagem para mim amanhã?
Ele acena e bagunça meu cabelo, porque ele sabe o quanto essa merda me
incomoda.
Ele ri. — Você tem habilidades loucas na vida, Matt — Ele fecha um olho
e olha para mim. — Você já pensou em ir para a faculdade? — Ele pergunta.
— Obrigado.
— Você sabe que ela ganha mais dinheiro do que você, certo?
— Você seria bom nisso — Ele coloca a cabeça para trás e fecha os olhos.
Oh, ele pensou sobre isso, se a sua desculpa é qualquer indicação. — Você
deveria ir. Quando eu for embora para viver com Sky, será apenas você e Hayley
aqui. Você não saberá o que fazer com toda a calma.
Ele bufa. — Como eu poderia me livrar de vocês. Vocês estão todos aqui
mais do que estão em suas casas.
Eu tento jogar com isso. — Ela não me disse nada. Há apenas, tipo, algo
estranho quando estão em uma sala juntos. O que você fez com ela?
— Incrível — Ele exala. Mas então percebe o que disse, e ele fica sóbrio. —
Quero dizer, foi tudo bem.
— Não, você não sente — Mas ele está sorrindo. — Ela tem alguns
problemas — Ele finalmente diz. — Eu gostaria de saber o que são.
— Bem, ela não tem um nenhum lugar para ir — Eu fico em silêncio por
um minuto, porque parece que ele está pensando. — O que aconteceu quando
você a beijou?
— E quanto a Kelly?
— Estou supondo que Friday não gostaria de beijar você quando você
ainda está dormindo com Kelly. Era esse o problema? — Obter informações de
Paul é como arrancar um dente.
— Eu não dormi com Kelly desde que você e eu conversamos sobre isso
naquela manhã. Não dormi com ninguém desde que beijei Friday. Eu não posso
tirá-la da porra da minha mente.
— Então vá em frente.
Ele balança a cabeça. — Ela disse que de jeito nenhum. Suas palavras
exatas foram nem fodendo, de jeito nenhum do caralho, Paul, seu estúpido filho
da puta. Então ela me disse para ir me foder.
Eu dou um passo para trás e a deixo passar por mim, entrando em casa, e
de volta para a minha vida.
Skylar
— Nunca pensei que eu ouviria você dizer isso — Ele coloca a toalha no
balcão e cruza os braços. — Será que Matt a encontrou?
Eu não gosto que ele está agindo assim. Eu não gosto nada disso. Ele não
tem o direito. — O que lhe dá o direito de me fazer perguntas, papai? — Eu digo.
As palavras penduram lá no ar entre nós, visíveis e palpáveis, quase vivendo e
respirando. — Eu fiz o que você queria. Eu assumi sua responsabilidade. Isso
não significa que você recebe um bilhete gratuito para a minha vida.
— Eu não quero um passe livre, Sky — Diz ele. — Mas quero ganhar um
bilhete. Estou tentando. E eu sei que tenho feito um trabalho brilhante
afastando toda a minha vida, mas não quero afastar agora — Ele estende as
mãos como se estivesse se rendendo. — Então, o que aconteceu com Matt?
— Ele foi me ver — Eu admito. — Ele foi para o meu apartamento. Por
que você deu-lhe o meu endereço?
Ele ri. — O rapaz estava destruído. Eu não poderia sentar aqui e deixá-lo
sofrer.
— Sim, eu darei — Eu soo como Mellie quando ela não consegue o que
quer.
Ele ri. — Você pode. Mas não terá qualquer um de nós em qualquer lugar.
— Ele espera uma batida. — Você sabe que ele veio me ver, certo? — Ele
pergunta.
Eu largo minha garrafa, e ela rola pelo chão. — Ele queria o quê?
— Você não é surda, Sky — Diz ele, repetindo minha provocação anterior.
— Não tem graça, papai — Mas um sorriso arrasta em todo meu rosto. —
Ele realmente perguntou isso?
Ele sorri também. — Sim, ele perguntou. Eu disse a ele que vocês
deveriam apenas morar juntos como os jovens fazem, mas ele me disse que não
podia fazer isso enquanto houvesse crianças impressionáveis na casa. Ele disse
que Seth vai aprender a tratar as mulheres do jeito que ele lhe trata e que Joey e
Mellie aprenderão a tratar os homens da maneira como você o trata. E vice-
versa. Então, ele quer casar com você e fazer tudo legítimo.
Meu coração se aquece com a ideia. — Ele não me pediu ainda — Mas eu
sei qual seria a minha resposta. Eu sinto meu dedo anelar com a ponta do meu
polegar. Quero usar o anel de Matt. Eu quero que ele seja meu marido.
— Eu amo que ele desistiu essa noite e foi embora para o bem das
crianças.
Ele arrasta meu cabelo para trás do meu rosto. — Sim, Sky. Eu disse.
— Eu também. Que bom que você o conheceu. Ainda bem que ele é capaz
de amá-la como você merece — Ele beija minha testa. — Bem — Ele exala. —
Desde que estou aqui, você quer ir vê-lo? Eu estava planejando passar a noite.
Ver Matt? Eu mastigo meu lábio inferior e penso sobre isso. — Você se
importaria? — Eu pergunto silenciosamente.
Antes de eu ir, eu olho Mellie e Joey, e a porta de Seth está meio aberta,
então eu o olho, também. Ele se mexe quando eu tiro os fones dos seus ouvidos.
— Tia Sky? — Ele diz, apoiando sobre os cotovelos. — O que está errado?
— Nada — Eu sussurro. — Eu estava apenas verificando-o.
Papai está esperando na porta de saída. — Leve sua capa de chuva. Está
chovendo.
Eu saio para que eu possa ir até Matt. Eu só espero que ele queira me ver
tanto quanto eu quero vê-lo.
Matt
Eu fecho a porta atrás de April. Eu não tenho nenhuma ideia do que dizer
a ela. Parece que ela foi atropelada por um caminhão de maquiagem. E deixada.
No lado da estrada. Na chuva.
— April — Diz ele com um aceno de cabeça. — Você parece uma merda.
— Por que você está aqui? — Pergunto. Ela está escorrendo por todo o
maldito chão.
Ela se abraça e treme. Eu olho atentamente para seu rosto. Seus lábios
estão um pouco azulados, e seus dentes estão batendo.
— Vá buscar uma porra de toalha, babaca — Paul diz. Mas ele não se
levanta para me ajudar. Eu me viro em direção ao armário, mas de repente há
uma batida na porta.
Merda. Se for Kenny, vou empurrá-la pelo corredor, direto para seus
braços. Eu me preparo mentalmente e abro a porta.
Meu coração aperta quando Sky levanta sua pequena mão para mim,
acena, e diz: — Oi, Matt.
Eu nunca fiquei tão feliz em ver alguém na minha vida. — Estou tão feliz
por você estar aqui — Eu digo e engancho minha mão atrás de seu pescoço e a
puxo para mim, porque tenho que beijá-la. Eu simplesmente não posso esperar
mais um segundo.
Ela murmura contra meus lábios. — Eu não podia esperar até amanhã —
Ela diz.
Eu levanto a cabeça e olho para ela. — Estou tão feliz que você não podia
esperar — Eu digo a ela.
Ela olha para April por um minuto, e em seguida seu rosto suaviza. —
Você tem que ajudá-la — Ela diz.
Eu ranjo meus dentes. Eu não quero pegar a ela uma toalha. Eu quero
que ela vá embora. E levar todo o seu sistema hidráulico com ela.
Sky me solta e caminha em direção a ela. Ela pega seu cotovelo e a guia
para o banheiro. — Vamos lá — Ela diz suavemente. — Vamos limpá-la.
April permite que Sky a leve para o banheiro, ela arrastando seu
encharcado vestido molhado ao longo do chão como se uma foca molhada
estivesse deslizando em todo o nosso tapete.
Sky empurra-a para o banheiro e se vira para olhar para mim. Mas,
então, ela balança a cabeça, suspira pesadamente, e depois segue para o
banheiro.
— Ex-namorada — Eu corrijo.
Sky abre uma fresta da porta do banheiro e enfia sua cabeça para fora. —
Posso pegar algumas toalhas? E algo para vesti-la?
Ela olha para trás da porta. — Ela está uma bagunça — Sussurra Sky. Ela
sai e fecha a porta atrás dela. — Ela estava congelando, então eu a coloquei na
banheira.
Bom. Ela deveria. Ela fez sua cama, e agora ela que comece a deitar nela.
— Lamento ouvir isso — Eu digo em vez disso.
Eu caminho por 20 minutos, até que Paul late para mim. — Você vai fazer
um buraco no tapete.
— Quem se importa?
O que aconteceu com seu bebê? Eu olho para sua barriga e percebo que
posso ver um pequeno inchaço ali. O que o vestido de noiva escondeu, essas
roupas não. Mas não é meu, então eu não poderia sentir mais distante disso. Eu
forço meus olhos de volta até seu rosto.
Hospital? — O quê?
— Eu deveria ir — Diz April. Ela se vira para Sky e estica seus braços para
um abraço. — Obrigada — Ela lhe diz. — Eu apreciei muito.
Eu puxo Sky para o meu lado e abaixo meu braço em volta de seus
ombros. — Tudo acabou bem — Eu digo. — Para mim, de qualquer maneira.
— Eu sei que tive o que eu merecia — Ela coloca a mão na sua barriga, e
meu coração se aperta por ela. — Eu escolhi paixão sobre o amor e olhe onde
isso me levou. Eu poderia ter sido estável e feliz.
Sim, mas ela não teria ficado grávida no momento. Essa parte eu não
compartilho com ela, porque não é problema dela.
— Eu não estou bravo com você, April. Não mais — Eu posso dizer-lhe
isso. E não me importo de deixá-la saber.
— Eu vou — Ela diz com um aceno de cabeça. Ela caminha até a porta, e
Sky a abre para ela. — Obrigada novamente, Sky.
Sky balança a cabeça, e April sai da minha vida, espero que pela última
vez.
Arrasto Sky para um abraço e lhe sussurro: — Estou tão feliz que você
veio até aqui.
Skylar
— Eu meio que sinto muito por ela — Eu admito. — Você não a viu no
banheiro.
— Ela não tinha outro lugar para ir — Digo a ele. — Ela vive com Kenny
agora, desde a semana passada. E ela simplesmente golpeou-lhe na cabeça com
um objeto pesado — Eu rio. Essa parte me faz rir.
— Mas ela não poderia achar que seria bem-vinda aqui — Diz Paul.
Eu dou de ombros. — Ela não se importa com o que você faz com ele.
— Você está bem? — Matt pergunta, seu olhar tão suave como as pontas
dos dedos, que se arrastam na minha testa, empurrando meu cabelo do meu
rosto.
Ele pega meu cotovelo, assim como eu levei April, e me leva para seu
quarto. Paul faz um barulho de tosse do sofá. Parece que ele está prestes a cuspir
um pulmão. Ele empurra o dedo em direção à cozinha, e Matt revira os olhos,
vai para a cozinha, e volta com um punhado de preservativos. Eles têm uma
gaveta cheia de preservativos? Na cozinha? O quê?
Matt ri quando ele fecha a porta do quarto atrás de nós. Ele joga os
preservativos na cômoda. Há cerca de vinte deles. — Você estava sentindo meio
ambicioso, huh? — Pergunto.
— Um homem pode ter esperanças — Diz ele sobre uma risada. — Então
o que você disse a April? — Ele pergunta quando se senta na beira da cama.
— Eu disse a ela que apreciei por ela ter precisado de ajuda neste
momento, mas que eu apreciaria ainda mais se ela nunca mais procurasse você
de novo.
Ele balança a cabeça e faz um ruído baixo em sua garganta. — Bom — Diz
ele. — Eu gosto disso.
— O que mais você disse a ela? — Ele chuta os sapatos e estica o braço
por trás dele para puxar a camisa sobre a cabeça da forma como os homens
fazem. Eu olho para o sapo em sua barriga.
— Eu disse a ela que seu sapo príncipe encontrou sua sapa princesa.
— Então é você — Diz ele em voz baixa. Ele arrasta suas calças para baixo
sobre seus quadris.
Ele pega seu pau em sua mão e aperta. — Eu ou o meu pacote? — Ele ri.
— Eu estou pronto para qualquer coisa que você me der — Ele arqueia
seus quadris debaixo de mim, balançando no meu calor nu.
Matt nos rola, e se instala entre as minhas coxas. Ele inclina a cabeça e
brinca com meu mamilo, rolando-o suavemente entre os lábios, puxando
levemente e esfregando-o com a língua. — Você está pronta para casar comigo?
— Ele pergunta quando levanta a cabeça. Ele olha nos meus olhos, e eu juro que
eu posso ver as profundezas da sua alma. Ele é bom e gentil, e me ama com uma
intensidade que eu nunca poderia ter esperado.
— Não será tão maravilhoso como dessa vez — Não será. De jeito
nenhum.
Matt pega uma camisinha e rola para baixo em seu comprimento. Ele
empurra dentro de mim, até que não pode ir mais longe. Em seguida, ele para e
arrasta meu cabelo para trás do meu rosto. — Eu nunca pensei que eu seria tão
sortudo — Ele sussurra.
Seus braços deslizam sob os meus ombros, e ele me segura perto dele
quando começa a bombear seus quadris. Ele desliza para dentro e para fora,
dentro e fora, dentro e fora, cada movimento pontuado por pequenos grunhidos
em minha orelha.
Eu sorrio e cumpro. Nós nunca fizemos isso dessa maneira, mas estou
disposta. Estou muito disposta. Matt desliza uma mão embaixo de mim e
mergulha em meus cachos, provocando meu clitóris, e por trás de mim, ele
espalha minhas bochechas e afunda dentro de mim. É rápido e forte e tão
perfeito. Eu empurro minha bunda de volta para ele, e ele ajusta seu ângulo, até
que me faz tremer. — Achei — Ele se vangloria.
— Eu amo como você diz o meu nome antes de gozar. Mesmo antes de
você começar aquele pequeno engate em sua respiração e fazer aquele pequeno
ruído ofegante — Seus dedos se movem contra o meu clitóris, esfregando rápido
quando ele se apodera de mim.
— Matt — Eu começo e não sei como dizer o que eu quero dizer. — Você
mencionou que seria preciso um milagre para que me engravidasse.
— Eu diria que você está desejando coisas que não pode ter — Ele não
para de me tocar, então não está bravo ou triste. Ele só renunciou a isso.
— Mas — Eu começo.
Ele coloca um dedo sobre meus lábios. — Mas nada, Sky — Diz ele. —
Você é a porra do meu milagre. Não um bebê. Eu não preciso de um bebê para
me fazer inteiro. Eu só preciso de você — Ele ri. — E eu ganhei seus filhos como
um bônus. O que mais eu poderia pedir?
— Eu vou falar com ele quando formos para casa de manhã — Ele boceja.
— Você pode dormir aqui esta noite.
Acho aquele ponto entre seu queixo e seu ombro que é todo meu e me
aconchego nele. — Nós vamos falar sobre isso mais tarde — Eu bocejo e fecho os
olhos. Nunca senti alguma vez nada tão certo.
Matt
— Vou aceitar isso como um elogio — Diz ela sobre uma risadinha.
Eu bato em sua bunda nua e rio. — É claro que nós podemos. Levante-se.
Vamos tomar um banho.
Tomamos banho rapidamente, e ela reclama que está ferida. Eu lavo-a
delicadamente e a envolvo em uma toalha, e em seguida, a levo furtivamente em
todo o corredor de volta para o meu quarto para que ela possa se vestir. O sol
mal nasceu, e estamos nos movendo por aí como adolescentes. Seu cabelo está
molhado, e ela ainda está de pijamas. Eu embalo algumas roupas desta vez,
porque eu não vou voltar aqui. Eu vou dormir na sua casa, desde que Seth não
se importe.
À medida que caminhamos para sua casa, eu percebo que acabei de voltar
para casa. Seu pai está arrumando a cozinha, e Mellie está ajudando a virar uma
panqueca. Ele olha para cima e faz uma carranca. — Oi, vocês dois — Diz ele e
olha para mim. Eu rio. Foda-se, ele é seu pai. Era suposto ele encarar um
homem com intenções lascivas. Eu também sei que tenho a sua bênção, e isso é
tudo que eu preciso.
— Eu estava com medo que você não fosse voltar — Diz Mellie. — Como a
minha mãe.
— Eu não vou a lugar nenhum por muito tempo — Sky explica. — Nem
Matt. Nós estaremos aqui, como uma espécie de mamãe e papai para você.
Sky pisca seus olhos azuis. — Sim. Uma mamãe e um papai. Tudo bem
para você?
Eu enfio minha cabeça. Ele está se vestindo. — Você está quase pronto?
Seus olhos arregalam. — Oh, eu pensei que você tivesse descoberto — Diz
ele e estremece. — Merda — Diz ele. — Eu estraguei isso.
— Assim... Tipo... Uma vez — Ele olha em todos os lugares, exceto para
mim. Inferno, ele tem dezesseis anos.
Ele balança a cabeça e solta um suspiro. — Você não vai dizer a tia Sky,
vai? — Ele pergunta.
Mordo os lábios. — Sinto muito, mas eu não posso manter segredos dela.
— Ele acena. — Como foi? — Eu não quero mais detalhes. Eu somente quero
saber se ele está bem.
— Ela não é bem esse tipo de garota — Diz ele com um estremecimento.
— Se ela fodidamente tem valor, vale a pena trazê-la para casa para
conhecer sua família, idiota — Eu rosno. Essa merda me irrita. Mas me lembro
de ter essa mesma conversa com Sam e Pete, também. E Logan no que diz
respeito a esse assunto. Logan era um homem prostituto maior do que qualquer
um dos gêmeos. — Mas não é isso que eu queria falar.
Desta vez, é a minha vez de me sentir incomodado. Eu não sei por que me
sinto tão fora do lugar perguntando a Seth sobre isso. — Eu quero me casar com
Sky — Eu digo.
— Sim.
Ele ri. — Está tudo bem se você quiser se mudar, tio Matt — Diz ele. Meu
coração para. Ele somente me chamou de Tio Matt. Eu estou um passo mais
perto de ser parte de sua família.
Todos nós saímos juntos, indo para o nosso primeiro evento como uma
família. No entanto, seu pai não vai com a gente hoje. Ele vai visitar a mãe de
Sky.
Seth ganha as competições consecutivas, e avança para a competição
final.
Toda vez que Seth vence, ele para após a luta e levanta a mão para o céu,
como ele estivesse se aproximando do céu. Isso traz lágrimas aos meus olhos.
Sua última luta não é como as outras. É contra um menino que é muito
bom. Seth surge nas arquibancadas para falar comigo. — Tio Matt — Diz ele. —
Eu não sei o que fazer.
— Sim.
— Você acha que faria seu pai feliz por essa luta ser entregue a ele?
— Seth, se eu fosse o pai dele, eu gostaria que ele fizesse o seu melhor, e
que o melhor homem vença.
Seth concorda.
— Basta estar preparado — Eu aperto seu ombro. — Ele pode estar nisso
para ganhá-la — Ele é alguns quilos mais pesado do que Seth também.
— Tudo bem — Diz ele e vai até o cronômetro e assina quando é a sua vez.
Eu aponto com o meu queixo e lhe digo o que se passa. Ela parece
compreensiva. — Isso tem que ser duro para ele depois do que aconteceu com a
sua mãe.
Ele vai para isso, assim como para todo o resto. Ele chuta bundas. O
menino é forte, e ele quase tem Seth preso uma vez, mas o relógio tem dez
segundos para seguir. O árbitro bate sua mão sob o ombro de Seth levantado
para mostrar ao outro rapaz que Seth ainda não está fixado. Está perto, e eu
prendo a respiração. Sky está gritando ao meu lado, e todo o auditório começa a
contagem regressiva com o relógio. Isso segue e Seth rola, e eles avançam para o
segundo round. Seth se mantém, e ele recebe alguns pontos de volta quando
coloca o rapaz no chão. É quase o terceiro round, e ele está por um ponto.
Apenas um ponto. Seth olha para o pai do seu oponente, e o homem dá-lhe um
polegar para cima. Seth sorri para ele e volta.
Seth faz um movimento louco, um que eu nunca nem mesmo vi, que pode
ser apenas pura sorte, e ele obtém o rapaz em suas costas. Seu oponente não
pode se mexer livremente, não importa o que ele faça. Tudo o que Seth tem a
fazer é segurá-lo.
Seth vai para o vestiário se limpar, e não é, até que estamos no caminho
de casa que Sky se vira para ele e diz: — O que você disse para o pai do rapaz,
Seth?
Eu tenho que piscar para conter as lágrimas novamente. Seth vai fazer
um inferno de um homem. Sky estica o braço de volta e pega a mão de Seth na
dela e lhe dá um aperto. Ele se inclina para a frente e beija sua bochecha.
Sky ri e estica o braço para fazer cócegas em seus pés. — Vocês duas,
também.
Dou-lhe um aperto, porque isso é tudo o que sou capaz de fazer agora.
Skylar
Minha mãe está de pé na minha frente e afofa o meu véu. Tem sido um
tempo, mas estamos fazendo progressos. Ela saiu da reabilitação algumas
semanas atrás, e nós temos, na verdade, passado algum tempo juntas. Nós
estouramos pipocas e falamos sobre... Nada. É bom. É algo que ela nunca foi
capaz de fazer antes. Nem eu. Eu tive que deixar de lado as minhas dúvidas e
minha desconfiança. Às vezes, se você optar por caminhar pela mesma estrada,
você tem que continuar preenchendo os buracos para que possa encontrar o seu
equilíbrio. Mas outras vezes, é seguro tomar um novo caminho por completo, e
minha mãe e eu estamos em um novo caminho, completamente. Estamos
descobrindo uma a outra como se nós nunca tivéssemos nos conhecido.
Quando recebi minha notícia ontem, ela foi a única a saber. Eu vou dizer
a Matt após o casamento. Tivemos a boa notícia no mês passado, quando seu
exame de sangue revelou que ele ainda está em remissão. Agora vou dar-lhe
mais algumas boas notícias.
— Você está tão bonita — Minha mãe diz. Ela ajusta o meu cabelo, e ainda
segurou meu vestido quando eu tive que fazer xixi pela última vez. Ela
realmente esteve aqui para mim hoje.
Ele ri. — Eu não penso assim — Ele destaca o cotovelo. Eu deslizo meu
braço dentro. Eu só tenho três damas de honra, e elas já estão todas em pé na
frente da igreja. Friday, Reagan, e Emily são da família, mas concordaram em
ficarem todas arrumadas e comigo. Claro, Matt tinha que ter cada um de seus
irmãos e Seth ficando com ele. Ele não podia deixar um único fora, então nossos
lados não são iguais. Mas está tudo bem comigo.
Matt segura meu rosto em suas mãos, as pontas dos dedos espalmadas
em direção ao meu ouvido, e ele estabelece um beijo em meus lábios que rouba
meu fôlego. Paul começa a tossir indelicadamente para nos separar. Quando
Matt finalmente levanta a cabeça, ele olha nos meus olhos. Eu seguro seus
pulsos e não consigo romper.
Friday tem Mellie pela mão e Reagan tem Joey, por isso, as recolhemos
em nossos braços, tendo cada uma delas, e corremos em direção à sala de
recepção. Aceitamos uma tonelada de felicitações e então é hora para um
brinde.
Ele inclina sua taça e bebe. Assim como Matt. E todo mundo na multidão.
Exceto eu. — O que há de errado? — Matt pergunta.
— Eu achei que nossa lua de mel fosse o nosso presente para o outro —
Ele me lembra com uma carranca. Estamos partindo para a costa da Carolina
por uma semana com as crianças hoje. Eu mal posso esperar.
Ele faz uma cara e abre a caixa. Ele olha para dentro e, em seguida, fica
confuso. Ele puxa o minúsculo item para fora da caixa. É um macacão que tem
desenhos de tatuagem por toda parte, e na parte de trás, tem o nome Reed. — O
que é isso? — Ele pergunta, confuso.
Então seus olhos se arregalam. Friday engasga quando ela percebe o que
está acontecendo, e o resto da multidão faz burburinhos e se inquieta. — É isso?
— Ele pergunta. Ele para, porque está embargado pela emoção.
Ele me pega em seus braços e me puxa para perto, e um soluço rola por
ele. — Você está falando sério?
Concordo com a cabeça, tão quebrada por sua reação que mal posso falar.
— Duas pulsações minúsculas — Eu digo assim que consigo.
— Puta merda — Ele suspira no meu ouvido. Ele me aperta com tanta
força que eu silvo. — Eu te amo pra caralho — Ele me diz.
Então ele se levanta e olha para a multidão. Metade deles está com os
olhos marejados assim como nós. — Vocês sabem o que isso significa? — Ele
pergunta à nossos amigos e familiares.
Eles fazem um estrondo, mas não pode ouvir uma só voz sobre a outra.
Ele aponta para Logan. — Isto significa que meus espermas são melhores
nadadores do que os seus, irmãozinho! — Diz ele e sinaliza enquanto fala, e
Logan lhe dá o dedo do meio. Mas ele está rindo. Ele envolve seus braços em
volta de Emily e coloca suas mãos sobre a pequena ondulação de sua barriga.
Joey puxa a perna de sua calça então ele a puxa para cima. Ele beija sua
bochecha profundamente. Ela sussurra em seu ouvido. Ele se vira e diz: — Oh,
alguém tem que ir ao banheiro — Ele levanta um dedo. — Eu já volto — E ele
para a celebração ali para levá-la ao banheiro.
Milagres.
Sim, eu acredito.