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RESUMO
1- INTRODUÇÃO
2SALOMÃO, Luís Felipe. Roteiro dos Juizados Especiais Cíveis. Rio de Janeiro: Destaque, 1997. p.
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3 DINAMARCO, Cândido Rangel. Manual do Juizados Cíveis. 2ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2001. p.
20.
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BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Vade Mecum. São Paulo: Rideel,
2017.
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No que diz respeito aos Juizados Especiais Criminais, com a Lei nº 9.099/95,
houve uma alteração no tratamento dos acusados pela prática de crimes de menor
potencial ofensivo, assim como no papel da vítima e na forma de cumprimento das
penas.
Saliente-se que segundo a Carta Magna de 1988 e a Lei nº 9.099/95, os
Juizados Especiais deveriam existir apenas no âmbito da justiça dos Estados e do
Distrito Federal e, apenas com a Emenda Constitucional nº 22/1999 (alterou o art.
98) que a sua instituição foi prorrogada também para o âmbito da Justiça Federal.
Após 1995, diante do sucesso do modelo dos Juizados Especiais, este foi
reproduzido para a Justiça Trabalhista (Lei nº. 9.957/00), para a Justiça Federal (Lei
nº. 10.259/01) e para o Juízo Fazendário dos Estados, Municípios e Distrito Federal
(Lei nº. 12.153/09).
A ideia dos precedentes judiciais foi adotada pela comissão de juristas que
elaborou a proposta do Novo Código de Processo Civil, mas há muito que o direito
brasileiro já vinha seguindo em direção da valorização dos precedentes. Para além
de uma mera valorização, de acordo com alguns doutrinadores, a maior alteração e
quebra de paradigma com o sistema processual anterior foi a inovação trazida com o
efeito vinculante dos precedentes.
De acordo com Gabriel Wedy e Juarez Freitas5, “os precedentes judiciais
ostentam notável prestígio argumentativo, em especial nos países da Common Law,
marcados pelo sistema do stare decisis”. Em tal sistema o Direito, em grande parte,
é construído com base nos precedentes e estes funcionam como balizas que
demarcam a estrutura jurídico-institucional adotada com relação à determinadas
questões. Importante destacar que, de acordo com a teoria mencionada, os
precedentes normativos devem ser usados em casos semelhantes, garantindo,
assim, previsibilidade do direito.
6 MARINONI, Luiz Guilherme. Aproximação crítica entre as jurisdições de civil law e de common law e
a necessidade de respeito aos precedentes no Brasil. Revista da Faculdade de Direito - UFPR,
Curitiba, n.49, 2009, p.54. Disponível em: <http://revistas.ufpr.br/direito/article/viewFile/17031/11238>.
Acesso em: 02/03/2018
7 DONIZETTI, Elpídio. A força dos precedentes do Novo Código de Processo Civil. Disponível em: <
https://elpidiodonizetti.jusbrasil.com.br/artigos/155178268/a-forca-dos-precedentes-do-novo-codigo-
de-processo-civil>. Acesso em: 02/03/2018
8 ATAÍDE JR., Jaldemiro Rodrigues de. Uma proposta de sistematização da eficácia temporal dos
precedentes diante do projeto de novo CPC. In: ADONIAS, Antônio; DIDIER JR., Fredie (org.). O
projeto do novo Código de Processo Civil: estudos em homenagem ao professor José Joaquim
Calmon de Passos. Salvador: Jus Podivn, 2012. p. 363-364.
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10 DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 20ª ed. rev. e completamente
reformulada conforme o Novo CPC – Lei 13.105 de 16 de março de 2015. São Paulo: Atlas, 2017. p.
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Nos Juizados Especiais Cíveis da Justiça dos Estados não existe a previsão
na Lei nº 9.099/95 de mecanismo semelhante ao explicitado acima. Mas para
solucionar e superar possíveis divergências com relação à interpretação de lei, o
Supremo Tribunal Federal declarou o cabimento da Reclamação Constitucional, nas
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3 – CONCLUSÃO
A segurança jurídica se faz necessária para que o cidadão possa saber quais
serão as consequências jurídicas e os efeitos de determinados atos e
comportamentos, sejam os seus ou os de terceiros. A prestação da tutela
jurisdicional como um todo deve guardar um mínimo de coerência a fim de preservar
a segurança jurídica e a credibilidade do sistema judicial.
Portanto, o mecanismo trazido na forma do pedido de uniformização de
jurisprudência é uma importante ferramenta de garantia da eficácia e celeridade da
tutela jurisdicional, assim promovendo também a isonomia e a segurança jurídica,
bem como outros princípios previstos no ordenamento jurídico brasileiro.
No entanto, no âmbito dos Juizados Especiais Estaduais ainda existe uma
carência de aperfeiçoamento da uniformização de jurisprudência, isto por que não
ocorre como nos Juizados Federais, cuja estrutura possibilita recurso à Turma
Nacional de Uniformização.
Ante todo o exposto, conclui-se que a aplicação do instituto da uniformização
de jurisprudência é imprescindível em razão das necessidades da sociedade que
busca do Poder Judiciário soluções isonômicas, justas e proporcionais, sendo
indispensável, portanto, o controle quando houver decisões divergentes entre
Turmas Recursais dos Juizados Especiais.
REFERÊNCIAS
- CASTRO, João Antônio Lima (org.). Direito Processual e a era digital. Belo
Horizonte: PUC Minas, Instituto de Educação Continuada, 2015.
- DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 20ª ed. rev. e
completamente reformulada conforme o Novo CPC – Lei 13.105 de 16 de março de
2015. São Paulo: Atlas, 2017.
- ROCHA, Felippe Borring. Manual dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais: Teoria
e Prática. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
- SALOMÃO, Luís Felipe. Roteiro dos Juizados Especiais Cíveis. Rio de Janeiro:
Destaque, 1997.
- VAZ, Paulo Afonso Brum. Juizado Especial Federal: Contributo para um modelo
democrático de justiça conciliativa. Brasília: Conselho da Justiça Federal, Centro de
Estudos Judiciários, 2016.
- WEDY, Gabriel; FREITAS, Juarez. O legado dos votos vencidos na Suprema Corte
dos Estados Unidos. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2015-mar-
26/legado-votos-vencidos-suprema-corte-estados-unidos>. Acesso em: 02/03/2018.