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Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal/MAPA 2018

Aula 01 – Noções de Doenças transmissíveis por alimentos-principais


zoonoses
Prof. Silvio Duarte

AULA 01
Noções de Doenças Transmissíveis por alimentos e
principais zoonoses
Professor Silvio Duarte

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Aula 01 – Noções de DTA’s-principais zoonoses

Cisticercose

Nos bovinos é causada pelo parasita Cisticerco bovis, forma intermediária da Taenia
saginata. A taenia oriunda dos suínos é a solium.

O homem é o hospedeiro definitivo, ele se infecta após comer carne mal cozida con-
tendo os cisticerco encistado na musculatura animal. O que ocorre é que este cisti-
cerco tem tropismo por áreas ricas em oxigênio, por isto se encista em músculos mas-
tigadores , musculo cardíaco, língua, diafragma, enfim, músculos que tem grande

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aporte de oxigênio. Após a ingestão, o cisto se livra de sua bainha, deixando livre o
scolex da forma larval, a qual se fixará nos intestinos , dando origem à teníase-verme
adulto. Entretanto, esta taenia, contendo já proglotes gravídicos, cada um com cerca
de 100 mil ovos, é liberada segmentarmente pelas fezes, contaminando águas fluviais,
nascentes, e por fim as pastagens, ou mesmo os animais através de ingestão dessa
água contaminada de ovos. Estes animais terão a forma intermediária encistada em
sua musculatura. Os homens podem adquirir tais formas também, após a ingestão
dessa água, ou mesmo de verduras mal lavadas. Há ainda um terceiro modo de infec-
ção do homem, que é pela auto-infecção, comum nas crianças, com maus hábitos, que
após defecarem não lavam as mãos. Tais ovos adentram seus aparelhos digestórios e
vão encistar em proximidade ao nervo óptico, bem como em tecido cerebral, facil-
mente observável em tomografias; daí lesões concorrendo para mioclonias tônico-clô-
nicas(tique nervoso), cegueira, crises epiléticas, enxaquecas e eventualmente, morte.

“RIISPOA-Art. 185. As carcaças com infecção intensa por Cysticercus bovis (cisticer-
cose bovina) devem ser condenadas.

§ 1º Entende-se por infecção intensa quando são encontrados, pelo menos, oito cistos,
viáveis ou calcificados, assim distribuídos:

I - dois ou mais cistos localizados, simultaneamente, em pelo menos dois locais de


eleição examinados na linha de inspeção (músculos da mastigação, língua, coração,
diafragma e seus pilares, esôfago e fígado), totalizando pelo menos quatro cistos; e

II - quatro ou mais cistos localizados no quarto dianteiro (músculos do pescoço, do


peito e da paleta) ou no quarto traseiro (músculos do coxão, da alcatra e do lombo),
após pesquisa no DIF, mediante incisões múltiplas e profundas.

§ 2º Quando forem encontrados mais de um cisto, viável ou calcificado, e menos do


que o fixado para infecção intensa, considerando a pesquisa em todos os locais de

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eleição examinados na linha de inspeção e na carcaça correspondente, esta deve ser


destinada ao aproveitamento condicional pelo uso do calor, após remoção e condena-
ção das áreas atingidas.

§ 3º Quando for encontrado um cisto viável, considerando a pesquisa em todos os


locais de eleição examinados na linha de inspeção e na carcaça correspondente, esta
deve ser destinada ao tratamento condicional pelo frio ou pela salga, após a remoção
e a condenação da área atingida.

§ 4º Quando for encontrado um único cisto já calcificado, considerando todos os locais


de eleição examinados, rotineiramente, na linha de inspeção e na carcaça correspon-
dente, esta pode ser destinada ao consumo humano direto sem restrições, após a re-
moção e a condenação da área atingida.

§ 5º O diafragma e seus pilares, o esôfago e o fígado, bem como outras partes passí-
veis de infecção, devem receber o mesmo destino dado à carcaça.

§ 6º Os procedimentos para pesquisa de cisticercos nos locais de eleição examinados


rotineiramente devem atender ao disposto nas normas complementares.”

Na prática, um cisto calcificado, condena-se o órgão e libera a carcaça.

Um viável, trata-se pelo frio ou salga , após remover parte atingida;

De 2 a 7 cistos calcificados ou viáveis, esterilização pelo calor(CONSERVA)

8 ou mais, Condenação total-GRAXA

Agora vejamos para Suídeos(Decreto 9013/17)


Art. 197. As carcaças com infecção intensa por Cysticercus celullosae (cisticercose suína)
devem ser condenadas.

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§ 1º Entende-se por infecção intensa a presença de dois ou mais cistos, viáveis ou calcifi-
cados, localizados em locais de eleição examinados nas linhas de inspeção, adicionalmente
à confirmação da presença de dois ou mais cistos nas massas musculares integrantes da
carcaça, após a pesquisa mediante incisões múltiplas e profundas em sua musculatura (pa-
leta, lombo e pernil).

Portanto, diferentemente dos bovinos, aqui apenas 04(quatro) cistos viáveis ou calcifi-
cados já caracterizam infestação intensa, e obrigatoriamente, a destinação não é outra
senão a Graxaria(CONDENAÇÃO TOTAL).

§ 2º Quando for encontrado mais de um cisto, viável ou calcificado, e menos do que o fixado
para infecção intensa, considerando a pesquisa em todos os locais de eleição examinados
rotineiramente e na carcaça correspondente, esta deve ser destinada ao aproveitamento
condicional pelo uso do calor, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.

§ 3º Quando for encontrado um único cisto viável, considerando a pesquisa em todos os


locais de eleição examinados, rotineiramente, e na carcaça correspondente, esta deve ser
destinada ao aproveitamento condicional pelo uso do frio ou da salga, depois de removida e
condenada a área atingida.

§ 4º Quando for encontrado um único cisto calcificado, considerados todos os locais de


eleição examinados rotineiramente na carcaça correspondente, esta pode ser liberada para
consumo humano direto, depois de removida e condenada a área atingida.

§ 5º A língua, o coração, o esôfago e os tecidos adiposos, bem como outras partes passíveis
de infecção, devem receber o mesmo destino dado à carcaça.

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§ 6º Os procedimentos para pesquisa de cisticercos nos locais de eleição examinados roti-


neiramente devem atender ao disposto nas normas complementares.

§ 7º Pode ser permitido o aproveitamento de tecidos adiposos procedentes de carcaças


com infecções intensas para a fabricação de banha, por meio da fusão pelo calor, conde-
nando-se as demais partes.

Do decreto 9013/17

Art. 172. Nos casos de aproveitamento condicional a que se refere este Decreto, os
produtos devem ser submetidos, a critério do SIF, a um dos seguintes tratamentos:

I - pelo frio, em temperatura não superior a -10ºC (dez graus Celsius negativos) por dez
dias;

II - pelo sal, em salmoura com no mínimo 24ºBe (vinte e quatro graus Baumé), em peças
de no máximo 3,5cm (três e meio centímetros) de espessura, por no mínimo vinte e um dias;
ou

III - pelo calor, por meio de:

a) cozimento em temperatura de 76,6ºC (setenta e seis inteiros e seis décimos de graus


Celsius) por no mínimo trinta minutos;

b) fusão pelo calor em temperatura mínima de 121ºC (cento e vinte e um graus Celsius);
ou

c) esterilização pelo calor úmido, com um valor de F0 igual ou maior que três minutos
ou a redução de doze ciclos logarítmicos (12 log10) de Clostridium botulinum, seguido de
resfriamento imediato.

§ 1º A aplicação de qualquer um dos tratamentos condicionais citados no caput deve


garantir a inativação ou a destruição do agente envolvido.

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§ 2º Podem ser utilizados processos diferentes dos propostos no caput, desde que se
atinja ao final as mesmas garantias, com embasamento técnico-científico e aprovação do
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.

§ 3º Na inexistência de equipamento ou instalações específicas para aplicação do tra-


tamento condicional determinado pelo SIF, deve ser adotado sempre um critério mais rigo-
roso, no próprio estabelecimento ou em outro que possua condições tecnológicas para esse
fim, desde que haja efetivo controle de sua rastreabilidade e comprovação da aplicação do
tratamento condicional determinado.

Do Decreto 9013/17

Art. 197. As carcaças com infecção intensa por Cysticercus celullosae (cisticercose
suína) devem ser condenadas.

§ 1º Entende-se por infecção intensa a presença de dois ou mais cistos, viáveis ou


calcificados, localizados em locais de eleição examinados nas linhas de inspeção, adicional-
mente à confirmação da presença de dois ou mais cistos nas massas musculares integrantes
da carcaça, após a pesquisa mediante incisões múltiplas e profundas em sua musculatura
(paleta, lombo e pernil).

§ 2º Quando for encontrado mais de um cisto, viável ou calcificado, e menos do que o


fixado para infecção intensa, considerando a pesquisa em todos os locais de eleição exami-
nados rotineiramente e na carcaça correspondente, esta deve ser destinada ao aproveita-
mento condicional pelo uso do calor, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.

§ 3º Quando for encontrado um único cisto viável, considerando a pesquisa em to-


dos os locais de eleição examinados, rotineiramente, e na carcaça correspondente, esta
deve ser destinada ao aproveitamento condicional pelo uso do frio ou da salga, depois de
removida e condenada a área atingida.

§ 4º Quando for encontrado um único cisto calcificado, considerados todos os locais


de eleição examinados rotineiramente na carcaça correspondente, esta pode ser liberada
para consumo humano direto, depois de removida e condenada a área atingida.

§ 5º A língua, o coração, o esôfago e os tecidos adiposos, bem como outras partes


passíveis de infecção, devem receber o mesmo destino dado à carcaça.

§ 6º Os procedimentos para pesquisa de cisticercos nos locais de eleição examinados


rotineiramente devem atender ao disposto nas normas complementares.

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§ 7º Pode ser permitido o aproveitamento de tecidos adiposos procedentes de carca-


ças com infecções intensas para a fabricação de banha, por meio da fusão pelo calor, con-
denando-se as demais partes.

A cisticercose no homem

Dentre os exames laboratoriais que permitem diagnosticar a cisticercose


no homem destacam-se: Exame do líquido cefalorraquidiano, o qual for-
nece elementos consistentes para o diagnóstico, pois o parasita determina
alterações compatíveis com o processo inflamatório crônico. Provas soroló-
gicas, com resultados limitados, pois não permitem localizar os parasitas
ou estimar a carga parasitária, além de que, a simples presença de anti-
corpos não significa que a infecção seja atual. As provas mais utilizadas
são: ELISA, com sensibilidade aproximada de 80%; Imunoeletroforese, que
embora não forneça resultados falso-positivos, revela apenas 54% a 87%
dos pacientes com cisticercose; e, Imunofluorescência indireta, altamente
específica, mas pouco sensível. Exame radiológico, realizado mediante ima-
gens dos cistos calcificados, cujo aspecto é relativamente característico- a
calcificação só ocorre após a morte do parasita. Tomografia computadori-
zada, que auxilia na localização das lesões, notadamente ao nível do sis-
tema nervoso central, tanto para os cistos viáveis, como para os calcifica-
dos. Exame anatomopatológico, realizado ante-mortem, quando eventuais
nódulos subcutâneos, permitem biópsia e a análise histopatológica, ou
post-mortem, quando da realização de autópsia ou de necropsia.. A aplica-
ção prática dos princípios básicos de higiene pessoal e o conhecimento dos
principais meios de contaminação constituem medidas importantes de pro-
filaxia. O trabalho educativo da população deve visar à conscientização, ou
seja, ao corte dos hábitos e costumes inadequados e à adoção de novos,
mais saudáveis, por opção pessoal. Bloqueio de Foco do Complexo Tení-
ase/Cisticercose. Uma vez identificado o foco, os indivíduos deverão

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receber tratamento com medicamento específico. Fiscalização da Carne:


Essa medida visa reduzir ao menor nível possível a comercialização ou o
consumo de carne contaminada por cisticercos e orientar o produtor sobre
medidas de aproveitamento da carcaça (salga, congelamento, graxaria,
conforme a intensidade da infecção) reduzindo a perda financeira, com se-
gurança para o consumidor. Fiscalização de Produtos de Origem Vegetal: A
irrigação de hortas e pomares com água de rios e córregos que recebem
esgoto deve ser coibida através de rigorosa fiscalização, evitando a comer-
cialização ou o uso de vegetais contaminados por ovos de Taenia. Cuidados
na Suinocultura: O acesso do suíno às fezes humanas e à água e alimentos
contaminados com material fecal deve ser coibido: esta é a forma de evitar
a cisticercose suína. Isolamento: Para os indivíduos com cisticercose ou
portadores de teníase, não há necessidade de isolamento. Para os porta-
dores de teníase, entretanto, recomenda-se medidas para evitar a sua pro-
pagação: tratamento específico, higiene adequada das mãos, deposição
dos dejetos garantindo a não contaminação do meio ambiente. Desinfecção
Concorrente: É desnecessária, porém é importante, o controle ambiental
através da deposição correta dos dejetos (saneamento básico), e rigoroso
hábito de higiene (lavagem das mãos após evacuações, principalmente).

A cisticercose suína é uma doença parasitária originada a partir da ingestão


de ovos de Taenia solium, cujas formas adultas têm o homem como hos-
pedeiro final; normalmente, os suínos apresentam apenas a forma larval
(Cysticercus cellulosae).

O quadro clínico da teníase no homem pode acarretar dor abdominal, ano-


rexia e outras manifestações gastrointestinais, sem provocar conseqüên-
cias mais sérias. A teníase, no entanto, pode conduzir à cisticercose hu-
mana, cuja localização cerebral é a sua manifestação mais grave, podendo
levar o indivíduo à morte. A infecção pode permanecer assintomática du-
rante muitos anos e nunca vir a se manifestar. Nas formas cerebrais a sin-
tomatologia pode iniciar-se por crises convulsivas, o quadro clínico tende a
agravar-se à medida que aumente a hipertensão intercraniana, ou na de-
pendência das estruturas acometidas, evoluindo para meningoencefalite e
distúrbios de comportamento. AGENTE CAUSADOR Taenia solium, o verme
do porco causa infecção intestinal com a forma adulta e somática com a
larva (cisticercos). O homem adquire teníase quando ingere carne suína,
crua ou parcialmente cozida, contendo cisticercos. Os suínos, por outro
lado, adquirem cisticercose quando ingerem ovos de T. solium, presentes

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no ambiente contaminado por matéria fecal de seres humanos contamina-


dos. Do mesmo modo que o suíno, o homem pode adquirir cisticercose a
partir da ingestão de ovos de T. solium, presentes em alimentos contami-
nados com matéria fecal de origem humana, sobretudo verduras cruas, ou
por auto-infecção, através das mãos e roupas contaminadas com a próprias
fezes.

TRANSMISSÃO
1) Transferência direta dos ovos da T. solium das fezes de um indivíduo
com teníase para a sua própria boca ou a de outras pessoas

2) Por movimentos retroperistálticos do intestino, onde os proglotes de uma


tênia poderiam alcançar o estômago para em seguida retornar ao intestino
delgado liberando as oncosferas (auto infecção)

3)Indiretamente, através da ingestão de alimentos (geralmente verduras)


ou água contaminada com os ovos de Taenia solium.

DIAGNÓSTICO Dentre os exames laboratoriais que permitem diagnosti-


car a cisticercose no homem destacam-se: Exame do líquido cefalorra-
quidiano, o qual fornece elementos consistentes para o diagnóstico, pois
o parasita determina alterações compatíveis com o processo inflamató-
rio crônico. Provas sorológicas, com resultados limitados, pois não per-
mitem localizar os parasitas ou estimar a carga parasitária, além de que,
a simples presença de anticorpos não significa que a infecção seja atual.
As provas mais utilizadas são: ELISA, com sensibilidade aproximada de
80% Imunoeletroforese, que embora não forneça resultados falso-posi-
tivos, revela apenas 54% a 87% dos pacientes com cisticercose; e, Imu-
nofluorescência indireta, altamente específica, mas pouco sensível.
Exame radiológico, realizado mediante imagens dos cistos calcificados,
cujo aspecto é relativamente característico- a calcificação só ocorre após
a morte do parasita. Tomografia computadorizada, que auxilia na loca-
lização das lesões, notadamente ao nível do sistema nervoso central,
tanto para os cistos viáveis, como para os calcificados. Exame anatomo-
patológico, realizado ante-mortem, quando eventuais nódulos subcutâ-
neos, permitem biópsia e a análise histopatológica, ou post-mortem,
quando da realização de autópsia ou de necropsia.

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É importante destacar que os ovos das tênias dos suínos e dos bovinos
(T. saginata) são, microscopicamente, impossíveis de se diferenciar.

PREVENÇÃO
Medidas preventivas- A ocorrência da cisticercose suína e/ou bovina, é
um forte indicador das más condições sanitárias dos plantéis. Com base
nos conhecimentos atuais, a erradicação das tênias, T. solium e T. sagi-
nata, é perfeitamente possível pelas seguintes razões: os ciclos de vida
necessitam do homem como hospedeiro definitivo; a única fonte de in-
fecção para os hospedeiros intermediários, pode ser controlada; não
existe nenhum reservatório selvagem significativo; e, existem drogas
seguras e eficazes para combater a teníase. É importante: 1. Informar
as pessoas para: evitar a contaminação fecal do solo, da água e dos
alimentos destinados ao consumo humano e animal; não utilizar águas
servidas para a irrigação das pastagens ;e, cozer totalmente as carnes
de suínos e bovinos. 2. Identificar e tratar, imediatamente, os indivíduos
infectados com a T. solium para evitar a cisticercose, tomando precau-
ção para proteger os pacientes da auto-contaminação, bem como seus
contatos. 3. Congelar a carne suína e bovina a temperatura de -
10ºC(dez graus Celsius negativos) por 10 dias; ou irradiar(USO DA RA-
DIAÇÃO) a 1 Kgy, a fim de que os cisticercos sejam destruídos eficaz-
mente. 4. Submeter à inspeção as carcaças, nos abatedouros de suínos
e bovinos, destinando-se conforme os níveis de contaminação: conde-
nação total, parcial, congelamento, irradiação ou envio para as indústria
de reprocessamento(esterilização comercial). 5. Impedir o acesso de su-
ínos às fezes humanas, latrinas e esgotos. Controle do paciente, contato
e meio-ambiente: 1. Informar a autoridade sanitária local. 2. Colaborar
na desinfecção; dispor as fezes de maneira higiênica; enfatizar a neces-
sidade de saneamento rigoroso e higienização das instalações; investir
em educação em saúde promovendo mudanças de hábitos, como a la-
vagem das mãos após defecar e antes de comer. 3. Investigar os con-
tatos e as fontes de infecção; avaliar os contatos com sintomas.

Veja uma Tênia real em cólon humano.

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https://www.youtube.com/watch?v=HRVNJzdG7tk

Patógenos de interesse de saúde pública implicados em surtos


alimentares por consumo de produtos de origem animal:-

Enterobactérias

A família Enterobacteriaceae compreende um grupo filogenético relativamente homogêneo


do Filo Gammaproteobacterias, consistindo em bacilos aeróbios facultativos, Gram negati-
vos, não esporulantes, que são imóveis ou móveis por flagelação peritríquia. O habitat natu-
ral destas bactérias é o trato gastrintestinal dos seres humanos e animais; possuem estrutura
antigênica complexa, diferentes fatores de virulência e podem produzir toxinas.

Causam infecções tais como cistite e pielonefrite, septicemia, pneumonia, peritonites,


meningite, entre outras.

Salmonella e Escherichia coli são bactérias intimamente relacionadas e compartilham um


ancestral comum.

Salmonella spp

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A Salmonella spp apresentam motilidade, com poucas variantes imóveis. Resistem à des-
secação e ao congelamento, podendo sobreviver no ambiente em períodos que variam
de meses a anos.

-Possui mais de 2600 sorotipos de Salmonella identificados. Está relacionada à caracteriza-


ção de seus antígenos somáticos (O) de parede natureza lipopolissacarídea, os flage-
lares (H) de natureza proteica e os capsulares ligados à virulência (Vi).

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- O principal mecanismo de transmissão da bactéria a animais suscetíveis é a rota oro-


fecal, pela ingestão de alimentos ou água contaminados e sendo muito comum pro-
blemas relacionados à contaminação ambiental, com possibilidade de formação de
biofilme e manutenção da bactéria no ambiente por longos períodos.

Salmonelose no homem: S.enteritidis e Typhimurium(esta causa a febre tifoide) - são


isolados em surtos da doença causados pela ingestão de ovos e outros produtos de
origem animal;

*A Princesa Leopoldina, filha do Imperador do Brasil Dom Pedro II, morreu de febre tifoide
em 7 de Fevereiro de 1871, aos 23 anos de idade.

Muitos estudos caracterizam a presença de genes de virulência como spvC (Salmonella


plasmid virulence), importante na multiplicação bacteriana no sistema retículo-endotelial de
vertebrados e presente em todos sorotipos de Salmonella, além de vários genes de resis-
tência como intl (integrons de classe 1), blaTEM (resistência à cefalosporina),sull(resistência
a sulfonamida) e qnr (resistência a quinolonas).

Salmonelose aviária:

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Pulorose: Causada pela S.pullorum, infecta o óvulo de perus e galinhas;o embrião já


está infectado quando o ovo é incubado - contaminação do ambiente durante a pos-
tura (morte do embrião ou estado de portador)

Tifo aviário: causada pela S. gallinarum, cursa com septicemia aguda ou crônica nas
aves adultas (galinhas)

Paratifo: demais sorovares.

-Esse microrganismo é “figurinha carimbada”, haja vista que foi o tema do Estudo de Caso
da Prova de Auditor Fiscal Federal Agropecuário-MAPA 2018, e junto com a Escherichia
coli VEROTOXIGÊNICA-Sorogrupos O157:H7, e não- O 157(essas últimas, causadoras de
colite hemorrágica e Sídrome urêmica nos humanos, com falência renal aguda e crônica),
fazem parte de programas específicos de coleta de amostras em estabelecimentos aba-
tedouros e fábricas de conservas, com sorteios de coletas mensais para monitoramento, e
ações Fiscais de interdição das linhas de produção, recall de produtos, autuação das fábri-
cas, com aplicação de multas e demais providências cabíveis na esfera administrativa do
MAPA.

Pertence à Família Enterobacteriaceae;

É um bacilo gram -negativo.

Possui antígenos: somático - antígeno O; flagelar (proteico) - antígeno H; e capsular


(polissacarídeo) - antígeno Vi;

São anaeróbios facultativos; apresentam mais de 2000 sorotipos. Nos surtos alimentares, a
mais comum é a S. enteritidis.

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Temperatura ótima de desenvolvimento: 37ºC, portanto, bem próxima da tempera-


tura ambiente, logo, com alto potencial de multiplicação e instalação do quadro in-
feccioso!

-Abaixo de sete graus, e acima de 55 graus não crescem; a pasteurização é letal para
elas;

Na legislação sanitária do MAPA, adota-se o critério de ausência de Salmonella spp


em 25 gramas de produto.

Outros parâmetros oficiais do MAPA:


-Para Coliformes, à 450 C, em carne resfriada de bovinos: limite máximo de 5.103UFC/g;

-Para Estafilococos: limite máximo de 3.103UFC/g

-Outos agentes patogênicos causadores de infecções/toxinfecções alimentares:


Campylobacter jejuni, Yersínia enterocolitica, Clostridium perfringens, Vibrio parahae-
molyticus, Streptoccocus spp, e Lysteria monocitogenes;

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Stafilococcus spp:

habitam, entre outros meios, a pele dos humanos e animais; São gram positivos, ana-
eróbios facultativos, produzem toxinas, após crescimento exponencial-log 104,5 e 6, ca-
pazes de destruir vários tipos de células orgânicas, causando doenças sistêmicas po-
tencialmente fatais, predispondo à doenças oportunistas, endocardites, foliculites, en-
tre outras, com sintomatologias entéricas, tais como vômitos e diarreias, logo nas pri-
meiras 2 horas pós infecção.

Suas toxinas não são destruídas nem com altas, nem com baixas tempera-
turas(termo-estáveis), logo, a prevenção é o melhor remédio.

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Escherichia Coli

É um microorganismo multiflagelar; assume forma bacilar, e como vimos, causa toxidade


celular; é gram-negativa, aeróbio e anaeróbio facultativa, responsável por surtos hemolí-
tico-urêmicos por destruição de células sanguíneas e acometimento renal; comum
nas gastroenterites;

*Possui genes de virulência tais como: pap (pili associado à pielonefrite), crl (curli),
eae (intimina), iuc (aerobactina) e iss (resistência sérica);

*A Escherichia coli vem sendo utilizada como produtora de biocombustíveis.

-Possui múltipla resistência a antimicrobianos e presença de vários fatores de virulên-


cia

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-Produzem a toxina Shiga (STEC); são um dos patotipos mais importantes para saúde
pública (Escherichia coli verotoxigênica), tendo o sorotipo O157:H7 como exemplo de
patógeno de alta periculosidade para seres humanos causando enfermidades em mi-
lhares de pessoas todos os anos.

- Sinais típicos da doença por este sorotipo incluem diarreia com sangue, dores esto-
macais e vômitos, com possível progressão para síndrome urêmica e óbito.

Listeria monocytogenes

São bacilos anaeróbios gram-positivos, podendo causar sério acometimento, tais


como septicemia, meningites, principalmente em crianças , idosos, indivíduos imu-
nossuprimidos;

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Esses patógenos causadores de DTA(DOENÇA TRANSMISSÍVEL PELO ALIMENTO)São


resistentes ao frio(possui uma peculiar habilidade de crescer e se multiplicar em bai-
xas temperaturas, inclusive a temperaturas tão baixas quanto -1,5 ºC.

Também são monitorados mensalmente pela coleta e envio de amostras para labora-
tórios da rede oficial do MAPA

Conheça a IN 09/MAPA que trata do microrganismo Listeria


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 9, DE 8 DE ABRIL DE 2009

Art. 1º Os Procedimentos de Controle da Listeria monocytogenes em produtos de ori-


gem animal prontos para o consumo tem como objetivo monitorar e assegurar a ino-
cuidade destes produtos em relação a este patógeno, e aplicam-se aos estabelecimen-
tos que fabricam produtos de origem animal. Parágrafo único. A presente norma
aplica-se aos estabelecimentos que fabricam produtos de origem animal, prontos para
o consumo, que apresentem as seguintes características físico-químicas: pH > 4.4 (su-
perior a quatro ponto quatro) ou Atividade de Água > 0.92 (superior a zero ponto no-
venta e dois) ou concentração de cloreto de sódio < 10 % (inferior a dez por cento),
respeitadas as características de seus processos de produção.

Art. 5º As amostras de produtos de origem animal prontos para o consumo devem ser
coletadas nos estabelecimentos fabricantes de produtos de origem animal, pelo

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Serviço de Inspeção de Federal (SIF), e encaminhadas aos laboratórios pertencentes à


Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sa-
nidade Agropecuária, para a pesquisa de Listeria monocytogenes....

...ANEXO II

LISTA DE PRODUTOS PARA O PROGRAMA DE Listeria monocytogenes

1) PRODUTOS CÁRNEOS: - PRESUNTO COZIDO, PRESUNTO DEFUMADO, APRESUN-


TADO, MORTADELA, FIAMBRE, LANCHE. Não coletar os produtos que são submetidos
ao processamento térmico em sua embalagem primária impermeável final (cook-in) e
que não sejam manipulados após esta etapa. - SALSICHA, SALSICHÃO. Não coletar os
produtos cozidos que são submetidos ao processo de pasteurização pós-processa-
mento térmico (cozimento) em sua embalagem primária impermeável final e que não
sejam manipulados após esta etapa. Salsichas em conserva não devem ser considera-
das para esta análise. - LOMBO COZIDO, LOMBO DEFUMADO, PALETA COZIDA E PA-
LETA DEFUMADA. Não coletar produtos cozidos que foram submetidos ao processa-
mento térmico na embalagem primária impermeável final e que não sejam manipula-
dos após esta etapa.

2) PRODUTOS LÁCTEOS: - QUEIJO MINAS FRESCAL, RICOTA (FRESCA, DEFUMADA),


QUEIJO COALHO, QUEIJO DE MANTEIGA, QUEIJO MUSSARELA, QUEIJO PRATO, QUEIJO
MINAS PADRÃO, QUEIJO TROPICAL, QUEIJO MINAS MEIA CURA, QUEIJO COLONIAL,
QUEIJO COTTAGE E QUEIJO RALADO. 3) PESCADO: - FILÉ DE SALMÃO DEFUMADO E
PEIXE DEFUMADO: tanto os produtos defumados resfriados quanto os congelados po-
dem ser coletados. - BASTONETES DE SURIMI CONGELADOS, PRODUTOS A BASE DE
SURIMI CONGELADOS, CAMARÃO COZIDO CONGELADO, MOLUSCO BIVALVE COZIDO
CONGELADO.

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TÉTANO

Causado pelo Clostridium tetani, cuja neurotoxina, a tetanopasmina leva à hiperexcitabili-


dade do sistema nervoso central, cursando com contrações espasmódicas e culminando em
morte em 10% dos casos; é um bacilo gram positivo anaeróbio esporulado, presente sob a
forma de esporos no solo, bem como no trato gastroentérico de homens e animais,
portanto, passível de contaminar, entre outros ambientes, todas as instalações de abate, em

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caso de ruptura intestinal ocorrida durante a evisceração das carcaças, na sala de abate,
configurando-se por essa razão em um contaminante perigosíssimo no processo de obten-
ção das carnes.

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ANTRAX(CARBÚNCULO HEMÁTICO) E CARBÚNCULO SINTOMÁTICO

Do Decreto 9013/17

Art. 140. As carcaças de animais acometidos de carbúnculo hemático devem ser con-
denadas, incluídos peles, chifres, cascos, pelos, órgãos, conteúdo intestinal, sangue e gor-
dura, impondo-se a imediata execução das seguintes medidas:

I - não podem ser evisceradas as carcaças de animais com suspeita de carbúnculo


hemático;

II - quando o reconhecimento ocorrer depois da evisceração, impõe-se imediatamente


a desinfecção de todos os locais que possam ter tido contato com resíduos do animal, tais
como áreas de sangria, pisos, paredes, plataformas, facas, serras, ganchos, equipamentos
em geral, uniformes dos funcionários e qualquer outro material que possa ter sido contami-
nado;

III - uma vez constatada a presença de carbúnculo, o abate deve ser interrompido e a
desinfecção deve ser iniciada imediatamente;

IV - recomenda-se, para desinfecção, o emprego de solução de hidróxido de sódio a


5% (cinco por cento), hipoclorito de sódio a 1% (um por cento) ou outro produto com eficácia
comprovada;

V - devem ser tomadas as precauções necessárias em relação aos funcionários que


entraram em contato com o material carbunculoso, aplicando-se as regras de higiene e an-
tissepsia pessoal com produtos de eficácia comprovada, devendo ser encaminhados ao ser-
viço médico como medida de precaução;

VI - todas as carcaças, as partes das carcaças, inclusive pele, cascos, chifres, órgãos
e seu conteúdo que entrem em contato com animais ou material infeccioso devem ser con-
denados; e

VII - a água do tanque de escaldagem de suínos por onde tenha passado animal car-
bunculoso deve ser desinfetada e imediatamente removida para a rede de efluentes indus-
triais.

(Carbúnculo sintomático)

Art. 141. As carcaças e os órgãos de animais acometidos de carbúnculo sintomático devem ser
condenados.

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Leptospirose

Causada pela bactéria Leptospira interrogans, comumente é transmitida pela água in-
festada com urina de roedores, contudo não há como descartar sua transmissão via
alimentos infectados, em mercados, feiras livres, bem como em charqueadas, locais
propícios para que roedores urinem. É uma bactéria espiroqueta(em forma de saca-
rolhas), aeróbia gram negativa, com os principais sorovares: icterohaemorrhagiae, po-
mona, hardjo, grippotyphosa, wolffi, canícola e tarassov.

MORMO

O Mormo é uma doença infecto-contagiosa dos equídeos, causada pelo Burkholderia


mallei, (diagnóstico pode ser feito via identificação do antígeno, por meio da maleína-
formação de complexo antígeno-anticorpo via aspersão ocular)que pode ser transmi-
tida ao homem e também a outros animais. Manifesta-se por um corrimento viscoso

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nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões,
gânglios linfáticos, cursando mesmo com pneumonia. Os animais contraem o mormo
pelo contato com material infectante do doente: pús; secreção nasal; urina ou fezes.

SINTOMAS: presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáti-
cos, catarro e pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre de 42ºC, fraqueza
e prostração; pústulas na mucosa nasal que se transformam em úlceras profundas com
uma secreção, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta; intumescimento gan-
glionar e dispnéia. Também famosa por causar fistula de cernelha e lesões em “es-
trela”nas mucosas aéreas.

O Brasil exporta carne de equídeos para a Europa.

TOXOPLASMOSE

Infecção parasitária causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. acomete aves, répteis,
anfíbios e mamíferos, incluindo-se o homem.

Ciclo:

Possui dois tipos de hospedeiros: definitivo e intermediário.

Os definitivos são os felídeos, principalmente os gatos, nos quais esse protozoário realiza
dois tipos de reprodução. A reprodução assexuada origina taquizoítos livres, com multiplica-
ção rápida, observados na fase aguda da doença, e bradizoítos contidos em cistos, com
multiplicação lenta, detectados na fase crônica da infecção. A reprodução sexuada ocorre
no epitélio do intestino delgado, produzindo oocistos que são eliminados junto com as fe-
zes. O gato é o único hospedeiro definitivo urbano. Outros felídeos são responsáveis
por manter o ciclo em áreas silvestres.

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Hospedeiros intermediários, nos quais o parasita realiza somente a reprodução asse-


xuada, são todos os outros animais, domésticos ou silvestres, e o homem. Nestes hos-
pedeiros encontramos somente as formas de bradizoítos, dentro de cistos, ou taqui-
zoítos livres. Os cistos podem estar presentes em vários tipos de tecidos e órgãos, e
os taquizoítos já foram detectados em sangue, sêmen, leite e urina de animais com
infecção aguda.

O consumo de alimentos derivados de animais é infectante para os humanos.

GRIPE SUÍNA

Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas


infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está

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relacionado com epidemias. Já os vírus influenza A e B são responsáveis por epi-


demias sazonais. O vírus influenza A é responsável pelas grandes pandemias,
entre eles encontramos os subtipos H1N1 e H3N2 circulam atualmente em hu-
manos. Alguns vírus influenza A de origem aviária também podem infectar hu-
manos causando doença grave, como no caso do A (H7N9) ou do H5N1(esse
gente foi tema da redação em 2007, portanto fiquem de olho-tabém con-
vém estudá-lo junto com a Doença de New Castle.

O vírus da Gripe suína pode se disseminar de pessoa para pessoa.

Os sintomas do H1N1 são similares aos sintomas da influenza humana comum


(gripe comum). Eles incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo,
dor de cabeça, calafrios e fadiga. Algumas pessoas relatam diarreia e vômitos
associados à enfermidade. Já foram relatadas formas graves da doença com
pneumonia e falência respiratória, além de mortes. A gripe suína pode causar
também uma piora de doenças crônicas já existentes.

Acredita-se o H1N1 possa ser transmitido da mesma maneira pela qual se trans-
mite a gripe comum. Os vírus da influenza se disseminam de pessoa para pessoa
especialmente através de tosse ou espirros das pessoas infectadas. Algumas ve-
zes, as pessoas podem se infectar tocando objetos que estão contaminados com
os vírus da influenza e depois tocando sua boca ou seu nariz.

Algumas pessoas, como idosos, crianças novas, gestantes e pessoas com alguma
comorbidade possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à in-
fluenza.

O número de mortes causadas pela gripe suína na


Índia subiu para 703 desde o início do ano, com 11.071 casos de contágio; na
Índia há elevada incidência do vírus Influenza A (H1N1); lá, a gripe suína matou
891 pessoas em 2009, 1.763 em 2010, 75 em 2011, 405 em 2012 e 692 em
2013.

De acordo com o Ministério da Saúde, neste ano, até 12 de março, houve 188
registros e 30 mortes relacionadas à doença no país. No ano passado inteiro, o
Brasil confirmou 141 casos de H1N1 e 36 óbitos.

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O principal surto da doença ocorre no estado de São Paulo. Até o momento, a


Secretaria Estadual de Saúde confirmou o registro de 157 casos relacionados ao
H1N1 e 23 óbitos – 66 casos e oito mortes foram registrados na capital.

O vírus da gripe suína causa uma doença respiratória altamente contagiosa entre
os suínos, sem provocar contudo grande mortalidade. Habitualmente não afeta
humanos; no entanto, existem casos esporádicos de contágio, laboratorialmente
confirmados, em determinados grupos de risco. A infecção ocorre em pessoas em
contacto directo e constante com estes animais, como agricultores e outros pro-
fissionais da área. A transmissão entre pessoas e suínos pode ocorrer de forma
direta ou indireta, através das secreções respiratórias, ao contatar ou inalar par-
tículas infectadas. O quadro clínico da infecção pelo vírus da gripe suína é em
geral idêntico ao de uma gripe humana sazonal.

Os suínos, por sua vez, podem igualmente ser infectados pelo vírus da influ-
enza humana - o que parece ter ocorrido durante a gripe de 1918 e o surto de
gripe A (H1N1) de 2009 - assim como pelo vírus da influenza aviário.

A transmissão de gripe suína de porcos a humanos não é comum e carne de


porco, DESDE QUE CORRETAMENTE COZIDA, não leva à infecção. Quando trans-
mitido, o vírus nem sempre causa gripe em humanos, e muitas vezes o único
sinal de infecção é a presença de anticorpos no sangue, detectáveis apenas por
testes laboratoriais.

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Quando a transmissão resulta em gripe nos humanos, a doença é designada gripe


suína zoonótica.

Vacina

Existe uma vacina para porcos e outra para humanos. A vacina contra a gripe
"convencional" oferece pouca ou nenhuma proteção contra o vírus H1N1. O Ja-
pão anunciou que pretende desenvolver uma vacina eficaz e o Centro de Controle
e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) vem in-
vestigando formas de tratamento.

Gripe Aviária

A gripe aviária, também conhecida como gripe do frango, gripe dos pássaros
ou gripe asiática é uma doença típica das aves. Esta enfermidade, em função de
suas características, pode ser transmitida das aves para certas espécies de ma-
míferos como, por exemplo, o gato doméstico e o ser humano. Até o momento,
existem poucos indícios de que a doença pode ser transmitida de humano para
humano.

Causa e outras informações importantes

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O H5N1, vírus causador da gripe aviária, é um tipo de vírus Influenza, o respon-


sável pela gripe comum. O Influenza pode ser dividido em três tipos: A, B e C. O
tipo A subdivide-se ainda em vários subtipos, sendo os subti-
pos H1N1, H2N2 e H3N2, responsáveis por grandes epidemias e pandemias. O
"H" significa hemaglutinina, enquanto o "N" significa neuraminidase, que são
duas glicoproteínas presentes no envelope viral, e usadas para sorotipagem
(classificação de subtipos baseado em padrões de reconhecimento por anticor-
pos) de vírus da Influenza tipo A. O tipo B também tem originado epidemias mais
ou menos extensas e o tipo C está geralmente associado a casos esporádicos e
surtos localizados. Exceto no nível molecular, a doença se parece muito pouco
com a gripe que todos pegamos de vez em quando. O vírus pode tornar-se uma
grande ameaça para os humanos se sofrer alguma mutação transformando-se
em algo perigosamente desconhecido pelo nosso organismo e capaz de passar
de uma pessoa para outra através de espirro, tosse ou contato físico.

A gripe aviária foi identificada pela primeira vez no final do século XIX, na Itália.
Na ocasião, ganhou o nome de doença da Lombardia (região italiana). Porém, foi
somente no ano de 1955 que ela foi descrita como uma doença provocada pelo
vírus da família Influenza A.

As aves aquáticas são hospedeiras naturais deste tipo de vírus, não apresentando
sintomas.

É no continente asiático, principalmente na China, que a doença alastra-se com


mais rapidez na atualidade. Em Hong Kong, no ano de 1997, 18 casos foram
relatados, apresentando quadros graves de complicações respiratórias. Neste
caso, uma simples epidemia, causou a morte de 33% das pessoas contaminadas,
ou seja, um alto índice de mortalidade para uma doença. Este fato tem levado as
autoridades de saúde de diversos países a tomarem precauções importantes, a
fim de evitarem uma epidemia de grandes proporções.

O vírus também leva a morte rápida grande parte de espécies de aves. A maioria
dos animais morrem 24 horas após o contágio. Muitos produtores de frangos,
gansos, patos e aves em geral podem perder toda a produção em questão de
poucos dias, caso as aves contaminadas não sejam identificadas e sacrificadas.
Os prejuízos comerciais e financeiros provocados por esta doença podem ser al-
tíssimos, inclusive prejudicando a produção de carne de aves e ovos no mundo
todo, em caso de uma epidemia de grandes proporções.

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O medo de que a doença saia do continente asiático, espalhando-se pelo mundo


é grande, pois o pato selvagem, hospedeiro natural da doença, pode disseminar
o vírus durante a fase migratória. Esta espécie de pato é mais resistente a enfer-
midade e raramente apresenta sintomas, fato que dificulta a identificação das
rotas de transmissão.

Formas de contágio em seres humanos:

- contato direto com secreções de aves infectadas pelo influenza aviário H5N1;
- através do ar;
- água, alimentos e roupas contaminadas

Sintomas da gripe aviária em seres humanos:

- febre alta
- dores musculares
- dificuldades e problemas respiratórios
- ressecamento da garganta

Do Decreto 9013/2017:

“Art. 174. Nos casos em que, no ato da inspeção post mortem de aves e lagomorfos se
evidencie a ocorrência de doenças infectocontagiosas de notificação imediata, determinada
pela legislação de saúde animal, além das medidas estabelecidas no art. 93, cabe ao SIF
interditar a atividade de abate, isolar o lote de produtos suspeitos e mantê-lo apreendido
enquanto se aguarda definição das medidas epidemiológicas de saúde animal a serem ado-
tadas.

Parágrafo único. No caso de doenças infectocontagiosas zoonóticas, devem ser adotadas


as medidas profiláticas cabíveis, considerados os lotes envolvidos.”

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TRIQUINELOSE

É uma infecção por larvas de um nematelminto muito versátil, a Trichinella spi-


ralis. Esse parasita pode infestar todos os mamíferos que se alimentam de carne.
Diferentemente das outras doenças parasitárias por nematelmintos que foram
discutidas, a triquinelose não é uma infestação intestinal no sentido habitual. É
a migração da T. spiralis através do corpo e seu encistamento (ficando encerrada
numa cápsula) em músculo, que cria sérios problemas. O parasita é especial-
mente comum em ratos e suínos que se alimentam de lixo não cozido. A doença
ocorre no homem quando ele come carne de porco infectada mal cozida.
Embora a triquinelose algumas vezes seja encontrada em cidades, é muito mais
comum em áreas rurais, particularmente nas áreas de criação de suínos nos Es-
tados Unidos. Como muitos estados têm adotado leis requerendo que todo o lixo
que alimente porcos seja esterilizado, a incidência da infestação tem sido redu-
zida.
Tipicamente, o ciclo de vida do parasita começa quando um indivíduo ou um
animal se alimenta de carne contaminada contendo larvas. Sucos digestivos do

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estômago dissolvem o cisto semelhante a uma cápsula e liberam os parasitas. As


larvas da Trichinella então penetram no intestino, onde amadurecem e se acasa-
lam. As fêmeas do verme então eliminam larvas no sistema circulatório, onde
fazem seu trajeto através de capilares até as fibras musculares. Uma vez nas
fibras musculares, encistam novamente e começam uma vida algumas vezes
longa.
O caso habitual de triquinelose não é severo nem produz desconforto ou sintomas
notáveis, o que freqüentemente faz com que passem despercebidos ou sejam
ignorados – epigastralgia discreta e dores musculares e articulares.
A invasão por um grande número de parasitas, contudo, produz sintomas que
simulam a intoxicação alimentar seguida por "reumatismo muscular" severo.

Embora se possa suspeitar de triquinelose com base em sinais clínicos, geral-


mente é diagnosticada em decorrência de:

1) exame no sangue que detecte aumento do número de eosinófilos, um tipo de


leucócito; ou
2) exame microscópico do tecido muscular para detectar as larvas.
Todos os fatos básicos para a prevenção de triquinelose no homem são conheci-
dos há anos. As triquinas podem morrer pelo cozimento (permitindo que
partes da carne alcancem pelo menos 65°C), congelamento (-8°C por 36 horas)
ou irradiação. Defumar a carne não mata os parasitas.

As enzimas digestivas rompem os cistos e estimulam que as larvas penetrem


pelas paredes do intestino onde as larvas amadurecem e se reproduzem cau-
sando sintomas de infecção gastrointestinal. As fêmeas podem chegar a 2mm e
os machos a 1mm. As fêmeas fecundadas ovipõe na parede intestinal. Algumas
semanas depois os parasitas nascem e viajam pelo sistema sanguíneo para
os músculos estriados. Em alguns casos as larvas podem infectar os mús-
culos do coração, diafragma ou músculos do olho causando complica-
ções. No músculo as larvas se formam cistos resistentes, que quando forem in-
geridos por um predador recomeça o ciclo.

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Sinais e sintomas:
A intensidade dos sintomas depende da quantidade de larvas ingeridas. Na pri-
meira fase, um a dois dias depois da infecção inicial, enquanto as larvas amadu-
recem nas paredes do intestino ocorrem:
• Diarreia
• Dor abdominal
• Fadiga
• Náusea e vomito
Depois de duas a oito semanas, quando as larvas viajam para os músculos estri-
ados e formam cistos os sintomas podem ser:
• Febre alta
• Dor muscular: músculos mais sensíveis a dor
• Inchaço das pálpebras e rosto
• Fraqueza
• Dor de cabeça
• Sensibilidade à luz
• Conjuntivite

Decreto 9013/17:

“Art. 202. As carcaças acometidas de Trichinella spirallis (Triquinelose) devem


ser destinadas ao aproveitamento condicional, por meio de tratamento pelo frio.

§ 1º O tratamento pelo frio deve atender aos seguintes binômios de tempo e


temperatura:
I - por trinta dias, a -15ºC (quinze graus Celsius negativos);
II - por vinte dias, a -25ºC (vinte e cinco graus Celsius negativos); ou
III - por doze dias, a -29ºC (vinte e nove graus Celsius negativos).”.

Fasciolose

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A fasciolose, também chamada de fasciolíase, é uma doença causada pelo para-


sita Fasciola hepática e, certas vezes, pela Fasciola gigantica. São parasitas
dos canais biliares de bovinos, ovinos, caprinos, suínos, equinos e, raramente,
do homem, sendo mais comum nos ruminantes.

Os parasitas presentes nos canais biliares irão lançar os ovos pela bile que irão
ser eliminados juntos com as fezes. Quando em ambiente aquático irão dar ori-
gem aos miracídios dentro de 9 a 25 dias, estes nadam livremente na água até
encontrar um caramujo de água doce, pertencente ao gênero Lymnaea, pene-
trando nestes, alojando-se nos seus tecidos passando para a forma de esporo-
cistos, onde em seu interior, formam-se as rédias que se multiplicam de forma
assexuada neste hospedeiro intermediário.

Dentro das rédias são formadas as cercarias que irão deixar o hospedeiro inter-
mediário, ficando aderidas à superfície das plantas aquáticas, passando a receber
o nome de metacercária, que serão ingeridas pelos herbívoros quando este ali-
mentar-se das plantas. Quando se trata do homem, o vegetal ingerido é o agrião.
No trato digestivo as metacercárias irão perfurar a mucosa intestinal, alcançando
o fígado, permanecendo em seu parênquima por cerca de dois meses. Após esse
tempo, irão alojar-se nos canais biliares, local onde irão atingir a maturidade
sexual, reproduzindo-se assexuadamente, iniciando novamente o ciclo.

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O curso da doença nos ruminantes pode ser agudo ou crônico, sendo que a fas-
ciolose crônica é mais comum. A aguda consiste, basicamente, em uma hepatite
traumática gerada pela migração simultânea de um grande número de parasitas.
A partir de seis semanas após a infecção as manifestações clínicas se tornam
mais evidentes, com anorexia e dor abdominal ao toque. Em casos crônicos, são
poucos os sinais clínicos, quando há. Existem características que aparentemente
são constantes, como perda de apetite e palidez das mucosas; edemas subman-
dibulares e do úbere podem ser observados ocasionalmente. Icterícia pratica-
mente não é observada no animal vivo. Pode ocorrer queda na produção de lã
em ovinos, sem aparentes sintomas da fasciolose. Ocorrem também alterações

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nas proteínas séricas, nas células sanguíneas, com o aparecimento de uma ane-
mia normocítica normocrômica.

Já nos humanos, como são hospedeiros acidentais, a carga parasitária é bem


menor e, consequentemente, as lesões também.
No homem, o diagnóstico desta doença só pode ser feito três meses depois de
ocorrida a infecção, pois é quando os ovos começarão a ser eliminados nas fezes,
sendo visualizados através de técnicas de microscopia. Como este diagnóstico
não é conclusivo, recomenda-se o teste de ELISA, imunofluorescência e reação
de fixação de complemento. Pode também ser feita a técnica de intradermorrea-
ção através da inoculação de antígenos. Podem ser realizados exames de tomo-
grafia computadorizada e ressonância magnética. Nos animais também é feito
exame de fezes e ELISA. O tratamento é feito com a administração do triclaben-
dazol. Para o homem, a profilaxia é feita evitando-se o consumo de agrião cru,
principalmente quando são irrigados por água de rio, ou adubados com estrumes.
Quanto ao controle e profilaxia nos animais, os que estiverem infectados devem
ser tratados, evitando, na medida do possível, que defequem perto da água.
Também deve ser feito um controle da população de caramujos Lymnaea, utili-
zando-se mulusquicidas, além da drenagem das pastagens alagadas.

Fígados com infestação maciça por Fasciola hepática

Do Decreto 9013/17:

“Art. 152. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por Fasciola hepática


devem ser condenados quando houver caquexia ou icterícia.

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Parágrafo único. Quando a lesão for circunscrita ou limitada ao fígado, sem re-
percussão no estado geral da carcaça, este órgão deve ser condenado e a carcaça
poderá ser liberada.”

A doença também recebe o nome de Distomatose

HIDATIDOSE

Hidatidose é a condição (doença) em que um "cisto hidático" ou "hidátide" (me-


tacestoide [forma larval] de Echinococcus granulosus) desenvolve-se em vários
órgãos, mas principalmente no fígado e pulmão. E. granulosus é um cestoide
(classe Cestoda, Família Taeniidae) que parasita o intestino delgado do cão ou
outros canídeos selvagens (os hospedeiros definitivos), tem 2-8 mm de

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comprimento. Consistem da cabeça, escólice e 2-4 segmentos ou proglotes . Os


ovos contêm embrião (oncosfera) rodeado por uma casca denominada embrió-
foro. As oncosferas possuem ganchos orais e são eliminadas nas fezes e podem
ficar no ambiente, fora do hospedeiro, por até dois anos. Os hospedeiros inter-
mediários de E. granulosus incluem ovinos, bovinos e seres humanos. O ovo em-
brionado eliminado nas fezes do cão é ingerido por um dos hospedeiros interme-
diários, a oncosfera liberada dos ovos no intestino do hospedeiro intermediário
segue pela circulação sanguínea até o fígado, ou pela circulação linfática até o
pulmão. Esses são os locais mais comuns do desenvolvimento dos metacestoides.
No entanto, ocasionalmente as oncosferas escapam para a circulação sistêmica
e se desenvolvem em outros órgãos como baço, coração, osso, encéfalo e tecido
subcutâneo. O desenvolvimento do cisto hidático no hospedeiro intermediário
é lento e a maturidade é alcançada em 6-12 meses. No fígado e nos pulmões o
cisto atinge 5-10 cm. A cápsula do cisto compreende uma membrana externa
laminada e um epitélio germinativo interno de onde, quando o desenvolvimento
do cisto está quase completo, brotam cápsulas prolígeras cada uma delas con-
tendo vários escólices. Muitas dessas cápsulas destacam-se e os escólices apa-
recem livres no líquido da hidátide. Isso é comumente referido como "areia hidá-
tica". Algumas vezes cistos filhos são formados dentro do cisto materno ou ex-
ternamente ao cisto, no tecido circunvizinho; neste último, caso eles se despren-
dam podem ser levados a outras partes do organismo para formar novos cistos
hidáticos. Quando o hospedeiro definitivo ingere tecidos de hospedeiros interme-
diários contendo cistos viáveis, o ciclo recomeça.

Do Decreto 9013/17:

“Art. 155. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem cisto hidático devem
ser condenados quando houver caquexia.

Parágrafo único. Os órgãos que apresentem lesões periféricas, calcificadas e circuns-


critas podem ser liberados depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.’’.

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ACTINOMICOSE

A actinomicose é causada pela Actinomyces bovis, bactéria gram-positiva, co-


mensal da cavidade oral dos bovinos. Presume-se que a infecção se instale a
partir de lesões pré-existentes na cavidade oral do animal afetado. A colonização
da ferida pelo A. bovis desencadeia uma reação inflamatória granulomatosa que
afeta principalmente a mandíbula, acarretando em osteomielite. A lesão alcança
vários centímetros de diâmetro e tem aspecto deformante.

Do Decreto 9013/17:
“Art. 135. As carcaças devem ser condenadas quando apresentarem lesões ge-
neralizadas ou localizadas de actinomicose ou actinobacilose nos locais de elei-
ção, com repercussão no seu estado geral, observando-se ainda o que segue:
I - quando as lesões são localizadas e afetam os pulmões, mas sem repercussão
no estado geral da carcaça, permite-se o aproveitamento condicional desta para
esterilização pelo calor, depois de removidos e condenados os órgãos atingidos;
II - quando a lesão é discreta e limitada à língua afetando ou não os linfonodos
correspondentes, permite-se o aproveitamento condicional da carne de cabeça
para esterilização pelo calor, depois de removidos e condenados a língua e seus
linfonodos;
III - quando as lesões são localizadas, sem comprometimento dos linfonodos e
de outros órgãos, e a carcaça encontrar-se em bom estado geral, esta pode ser

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liberada para o consumo, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas;


e
IV - devem ser condenadas as cabeças com lesões de actinomicose, exceto
quando a lesão óssea for discreta e estritamente localizada, sem supuração ou
trajetos fistulosos.”

ACTINOBACILOSE

A actinobacilose, também conhecida como “língua de pau” ou “língua de ma-


deira”, é uma doença infecciosa, não contagiosa, crônica e granulomatosa que
acomete os tecidos moles de bovinos, resultando no aparecimento de piogranu-
lomas com presença de drusas no seu interior.

Apresenta como agente etiológico o Actnobacillus lingnieresii, que vive no trato


digestivo dos bovinos, uma bactéria susceptível às influências ambientais, não
sobrevivendo mais de 5 dias na palha ou feno. Esta bactéria penetra e leva à
afecção quando existe uma lesão na mucosa oral, que pode ser resultado de
traumatismo por alimentos grosseiros. Esta enfermidade afeta bovinos de todas
as idades, sendo infrequente em ovinos, suínos e eqüinos.
Normalmente a doença ocorre esporadicamente, sendo observados casos isola-
dos, mas dependendo de fatores epidemiológicos, podem haver surtos da do-
ença.
A doença divide-se em três formas: forma que afeta os linfonodos, forma lingual
e forma pulmonar. Estas lesões possibilitam a instalação do agente etiológico no
local e alcança os linfonodos regionais e outros órgãos, por via linfática ou hemá-
tica. A partir do momento em que as bactérias atingem as camadas mais profun-
das, há o estabelecimento de uma infecção local e o surgimento de uma reação
inflamatória aguda, que progride para a formação de lesões crônicas, do tipo
granulomatoso com necrose e supuração, liberando descarga purulenta para o
meio exterior.
O quadro clínico típico da doença é a forma lingual, caracterizando-se por glossite
(inflamação da língua), levando, consequentemente, a falta de apetite, sialorréia,
dificuldade de mastigação e de deglutição do alimento. Podem estar presentes
lesões labiais, palato, faringe, fossas nasais e face, os quais, quando difusas,
levam a um quadro clínico conhecido popularmente como “cara de hipopótamo”.

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A actinobacilose é uma enfermidade infeciosa, não contagiosa, caracterizada pela


reação inflamatória piogranulomatosa que acomete bovinos e menos comumente
ovinos, suínos e equinos. Há relato da infecção humana por Actinobacillus lignie-
resii após mordedura por cavalo, evidenciando possível implicação zoonótica da
bactéria . A actinobacilose bovina é uma doença de distribuição mundial que se
apresenta de forma esporádica afetando principalmente os tecidos moles e a ca-
deia linfática da cabeça. Em bovinos, afeta principalmente a língua, mas pode
atingir outros órgãos como rúmen, reticulo e menos frequentemente o fígado e
músculos esqueléticos. O agente etiológico da actinobacilose em bovinos é Acti-
nobacillus lignieresii, bactéria gram negativa aeróbia que habita a cavidade bucal
e o rúmen destes animais. O quadro clínico clássico da actinobacilose bovina é
caracterizado pela glossite granulomatosa. Inicialmente há inchaço da língua com
consistência firme, sensível e dolorosa a manipulação, sialorréia e ocasional-
mente, protrusão da língua. A sintomatologia clássica desta enfermidade também
é denominada “língua de pau”. Embora esta evolução clínica seja a mais fre-
quente, também há descrição de lesões cutâneas, linfadenites e rinites . O prin-
cipal fator de risco associado à manifestação clínica típica da doença é a ingestão
de alimentos grosseiros, duros e fibrosos. Entretanto, também há relato de ma-
nifestações atípicas relacionadas a lacerações, injeções intravenosas, linfadenite
disseminada, além de procedimentos cirúrgicos como implante de argola nasal e
descorna cosmética. O diagnóstico de rotina é baseado nos achados clínicos, e
na avaliação histopatológica da lesão. Entretanto, para a confirmação, é neces-
sário o isolamento e identificação de Actinobacillus lignieresii.

A denominação de “língua de pau” é oriunda da sintomatologia clássica da acti-


nobacilose, caracterizada pelo edema da língua, sialorréia, disfagia e, ocasional-
mente, protrusão da língua. No presente caso, todos estes sinais clínicos supra-
citados também foram observados, reforçando que são sugestivos do diagnóstico
clínico da actinobacilose bovina. O diagnóstico de rotina da actinobacilose é ba-
seado nos achados clínicos e na avaliação histopatológica da lesão. Entretanto,
para a confirmação é necessário o isolamento e identificação de Actinobacillus
lignieresii, como realizado no presente relato, em que foi procedido o isolamento
do agente etiológico.

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SARCOCISTOSE

Sarcocistose é uma doença que acomete o homem e uma variedade de animais


(mamíferos, pássaros, répteis), causando que causa pequenas lesões na mucosa
intestinal. Não é uma doença muito frequente e também não é muito conhecida
no homem. O agente etiológico é o protozoário do gênero Sarcocystis spp, com
muitas espécies diferentes, que tem o homem como um dos hospedeiros defini-
tivos. Os hospedeiros intermediários são os animais herbívoros ou onívoros, onde
o parasita faz o seu ciclo assexuado. Os hospedeiros definitivos são animais car-
nívoros e onívoros, sendo representados pelo homem, cães e gatos. Nestes hos-
pedeiros, o parasita faz o seu ciclo sexuado. As espécies de Sarcocystis possuem
especificidade em relação ao hospedeiro intermediário. A espécie que parasita o
homem é Sarcocystis hominis.

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Transmissão
Ao ingerir carne de animais herbívoros ou onívoros (hospedeiros intermediários)
contaminada com sarcocistos (cistos teciduais), os hospedeiros definitivos (ho-
mens, cães e gatos) adquirem a doença. Os hospedeiros intermediários adquirem
o parasito ao ingerir esporocistos que são eliminados nas fezes dos hospedeiros
definitivos. Os esporocistos de Sarcocystis hominis só aparecem nas fezes do ho-
mem 10 dias após a infecção.
Sintomas
Febre, anorexia, prostração, palidez das mucosas, corrimento nasal e ocular, dis-
pneia, salivação, podendo causar a morte. Estes sintomas costumam ser mais
graves em pacientes imunocomprometidos.
Diagnóstico
O diagnóstico é dado com a análise dos sintomas e a demonstração histológica
de esquizontes nos vasos sanguíneos e órgão e da presença de cistos nos mús-
culos à necropsia ou biópsia. Estes métodos não determinam a espécie, pois a
morfologia do parasito pode ser comum a várias espécies. Teste de hemagluti-
nação indireta auxilia no diagnóstico, mas não implica a presença de lesões ati-
vas. Em cães e gatos, o exame de fezes pode ser útil no diagnóstico. Como diag-
nóstico diferencial os testes de RIFI e ELISA podem ser usados.
Tratamento
Não existe tratamento eficaz para a infecção em nenhum dos hospedeiros.
Prevenção
As medidas a serem adotadas incluem: não ingerir carne crua do hospedeiro in-
termediário; não deixar carcaças de animais abatidos no campo, evitando que
sejam consumidas pelos cães; esclarecer aos habitantes rurais sobre esta enfer-
midade.

Do Decreto 9013/17:

“Art. 168. As carcaças com infecção intensa por Sarcocystis spp (sarcocistose) de-
vem ser condenadas.

§ 1º Entende-se por infecção intensa a presença de cistos em incisões praticadas em


várias partes da musculatura.

§ 2º Entende-se por infecção leve a presença de cistos localizados em um único ponto


da carcaça ou do órgão, devendo a carcaça ser destinada ao cozimento, após remoção da
área atingida.”

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Decreto 9013/17:

Art. 134. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem abscessos
múltiplos ou disseminados com repercussão no estado geral da carcaça devem ser conde-
nados, observando-se, ainda, o que segue:

I - devem ser condenados carcaças, partes das carcaças ou órgãos que sejam conta-
minados acidentalmente com material purulento;

II - devem ser condenadas as carcaças com alterações gerais como caquexia, anemia
ou icterícia decorrentes de processo purulento;

III - devem ser destinadas ao aproveitamento condicional pelo uso do calor as carcaças
que apresentem abscessos múltiplos em órgãos ou em partes, sem repercussão no seu
estado geral, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas;

IV - podem ser liberadas as carcaças que apresentem abscessos múltiplos em um único


órgão ou parte da carcaça, com exceção dos pulmões, sem repercussão nos linfonodos ou
no seu estado geral, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas; e

V - podem ser liberadas as carcaças que apresentem abscessos localizados, depois de


removidos e condenados os órgãos e as áreas atingidas.

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FEBRE AFTOSA

É uma doença viral altamente contagiosa provocada por um RNA vírus da família Picornaviridae,
gênero Aphthovirus. O agente etiológico esta agrupado em sete tipos diferentes, classificados como A,
O, C, SAT-1, SAT-2, SAT-3 e Asia-1;no Brasil, o mais comum é o tipo O, contudo a vacina é trivalente (O, A
e C).

O vírus da febre aftosa é lábil em pH ácido (menor que seis) e alcalino (maior que nove), a acidez
da carcaça no rigor mortis pode inativar o vírus, porem o pH da medula óssea, linfonodos e certos
órgãos não declinam no rigor mortis, havendo nesses locais uma longa permanência viral.

A persistência viral na medula óssea de cortes cárneos congelados pode variar de 5 a 11 semanas e, nas
carcaças e peles de animais preparados pós-abate, pode ser de 21 a 352 dias. É sensível aos

desinfetantes químicos como carbonato de sódio a 4%, formol a 10%, hidróxido de sódio 2% (soda
cáustica) e meios físicos como calor, radiação ultravioleta, ionização por raios gama e luz solar.

Caracteriza-se por febre e formação de vesículas, erosões e úlceras na mucosa oral, epitélio
linguinal, nasal e mamário e na região coronária dos cascos e espaços digitais. Acomete
animais biungulados(fissípedes), ou seja, bovinos, ovinos, caprinos e suínos, além de
ruminantes silvestres, camelídeos e elefantes.

O vírus é liberado de diversas formas: pelo ar expirado, secreções nasais, sangue, leite, sêmen,
fezes, urina e líquido presente nas lesões, o que facilita a sua transmissão. Normalmente a
transmissão ocorre pelo contato de um animal saudável com outro animal contaminado, mas
também pode ocorrer por intermédio de materiais contaminados e ao alimentar-se de restos de
animais doentes. Vale destacar que pessoas que fazem o cuidado do animal podem ser uma fonte
de contaminação por meio das roupas e mãos.

O animal perde peso em virtude das lesões e passa a apresentar uma maior propensão a
desenvolver outras doenças. Observa-se também a inflamação das tetas, que causa uma redução
significativa na produção de leite, miocardite em animais jovens, lesões nas patas, manqueira e
casos de aborto. Na maioria das vezes, a doença não provoca morte em indivíduos adultos.

A febre aftosa em humanos é uma doença infecciosa rara, mas bastante contagiosa e que
provoca aparecimento de lesões na pele, boca e entre os dedos. É mais comum em regiões rurais
e as crianças, idosos e indivíduos com baixa imunidade são os mais susceptíveis à infecção.

A transmissão febre aftosa em humanos dá-se por contato direto com um animal infectado com o
vírus que causa a doença. A ingestão de leite não pasteurizado, consumo de carne de um animal
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contaminado e contato com secreções como leite, sêmen, catarro ou espirro podem transmitir a
febre aftosa para o ser humano. Raramente a doença passa de pessoa para pessoa.

A doença é passível de cura, e quando devidamente tratada, não apresenta riscos graves para a
saúde do indivíduo.

Sintomas em humanos

Alguns sintomas da febre aftosa em humanos surgem cerca de 5 dias após contato com o vírus e
podem ser:

Inflamação da boca;

Lesões, tipo afta, na boca;

Feridas na pele entre os dedos;

Febre alta;

Dores musculares;

Dor de cabeça;

Sede excessiva.

Os sintomas da febre aftosa geralmente diminuem ao fim de 3 ou 5 dias. Porém, nos casos mais
avançados, a infecção pode originar outros problemas e atingir a garganta e pulmões,
provocando complicações graves e até mesmo a morte.

O diagnóstico é feito através do exame físico, avaliação das lesões na boca e por exame de
sangue .

A prevenção da febre aftosa em humanos é feita evitando o contato com animais infectados,
tomar leite não pasteurizado e carne contaminada.

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A importância da doença, dada pelo programa governamental de erradicação e


prevenção, está ligada às grandes perdas econômicas no rebanho acometido.

O Brasil, em maio de 2018, é declarado país livre de febre aftosa, com vacinação,
pela OIE.

Questões elaboradas:

1-Segundo o Decreto 9013/17, quando são encontrados, pelo menos, oito cistos,
viáveis ou calcificados, distribuídos em quatro ou mais cistos localizados no quarto di-
anteiro (músculos do pescoço, do peito e da paleta) ou no quarto traseiro (músculos
do coxão, da alcatra e do lombo), após pesquisa no DIF, mediante incisões múltiplas e
profundas, caracterizam:

a-cisticercose bovina, com infestação leve e liberação da carcaça e vísceras;

b-cisticercose suína, com infestação leve e liberação da carcaça e vísceras;

c-Teníase bovina, com infestação leve e liberação da carcaça e vísceras;

d- Teníase suína, com infestação leve e liberação da carcaça e vísceras;

e- infecção intensa por Cysticercus bovis (cisticercose bovina),devendo ser condena-


das.

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2-A febre tifoide é uma doença comum em surtos causados pela ingestão de produtos
de origem animal. Tanto que vitimou a princesa Leopoldina, filha do Imperador do Brasil
Dom Pedro II, no ano de 1871, aos 23 anos de idade.

Nessa enfermidade está envolvida a seguinte Enterobacteria:

a-Escherichia coli

b-Campilobacteria spp

c-Salmonella typhimurium;

d-Rotavirus

e-Yersinia enterocolitica

3- Na legislação sanitária do MAPA, adota-se o critério de:

a-ausência de Salmonella spp em 25 gramas de produto

b- presença de Salmonella spp em 25 gramas de produto

c- ausência de E. coli em 25 gramas de produto

d- presença de E. coli em 25 gramas de produto

e-nra

4-A listeriose é uma doença causada pela bactéria Listeria monocytogenes, que devido
às suas características intrínsecas, tais como predileção por ambientes com pH > 4.4
(superior a quatro ponto quatro) ou Atividade de Água > 0.92 (superior a zero ponto
noventa e dois) ou concentração de cloreto de sódio < 10 % (inferior a dez por cento),
é comumente transmitida ao homem pelo consumo de:

a-Carnes e frutas cruas;

b-Sopas desidratadas à base de cereais;

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c-Gelatinas de algas marinhas

d- produtos de origem animal prontos para o consumo;

d-hortaliças

5- Hiperexcitabilidade do sistema nervoso central, cursando com contrações es-


pasmódicas e culminando em morte em 10% dos casos. Tais circunstâncias po-
dem ser atribuídas ao:
a-Bacilo da tuberculose
b-Bacilo do tétano
c-Colibacilose
d-Salmonelose
e-Listeriose

6-De acordo com o Decreto 9013/2017, nos casos em que, no ato da inspeção
post mortem de aves e lagomorfos se evidencie a ocorrência de doenças infecto-
contagiosas de notificação imediata, determinada pela legislação de saúde ani-
mal, cabe ao SIF:
a-liberar a atividade de abate, isolar o lote de produtos suspeitos e mantê-lo
apreendido enquanto se aguarda definição das medidas epidemiológicas de saúde
animal a serem adotadas;
b- interditar a atividade de abate, permitindo a comercialização do lote de produ-
tos suspeitos enquanto se aguarda definição das medidas epidemiológicas de sa-
úde animal a serem adotadas;
c- interditar a atividade de abate, isolar o lote de produtos suspeitos e mantê-lo
apreendido enquanto se aguarda definição das medidas epidemiológicas de saúde
animal a serem adotadas;
d-Comunicar às autoridades de defesa agropecuária, liberando o lote de produtos
suspeitos enquanto se aguarda definição das medidas epidemiológicas de saúde
animal a serem adotadas;
e-nra

7- Acerca da actinomicose, segundo o Decreto 9013/17:


a-devem ser condenadas as cabeças com lesões de actinomicose, exceto quando
a lesão óssea for discreta e estritamente localizada, sem supuração ou trajetos
fistulosos.

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b- devem ser liberadas as cabeças com lesões de actinomicose, exceto quando a


lesão óssea for discreta e estritamente localizada, sem supuração ou trajetos
fistulosos.
c- devem ser esterilizadas as cabeças com lesões de actinomicose, exceto quando
a lesão óssea for discreta e estritamente localizada, sem supuração ou trajetos
fistulosos.
d- devem ser salgadas as cabeças com lesões de actinomicose, exceto quando a
lesão óssea for discreta e estritamente localizada, sem supuração ou trajetos
fistulosos.
e-nra

8- Segundo o Decreto 9013/17, as carcaças bovinas acometidas por lesões ex-


tensas de sarcocistose devem ser:
a-esterilizadas
b-desviadas para embutidos
c-congeladas
d-condenadas
e-resfriadas

9-A’’ língua de pau’’ é sinal característico da:


a-Salmonelose
b-Botriomicose
c-Actinomicose
d-Actinobacilose
e-Influenza aviaria

10- Sobre o vírus Influenza A (H1N1) causador da gripe suína é incorreto afirmar
que:
a- A infecção ocorre em pessoas em contacto directo e constante com estes ani-
mais, como agricultores e outros profissionais da área.
b- A transmissão de gripe suína de porcos a humanos não é comum e carne de
porco, DESDE QUE CORRETAMENTE COZIDA, não leva à infecção.
c- A transmissão entre pessoas e suínos pode ocorrer de forma direta ou indireta,
através das secreções respiratórias, ao contatar ou inalar partículas infectadas.
d- O quadro clínico da infecção pelo vírus da gripe suína é em geral diferente ao
de uma gripe humana sazonal.

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e-nra

11-A Distomatose refere-se a que doença:


a-Tuberculose
b-Febre aftosa
c-Hidatidose
d-Cisticercose
e-Fasciolose

12-Segundo o decreto 9013/17, abscessos são julgados conforme o seguinte pro-


tocolo MAPA, exceto:

a-As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem abscessos múltiplos ou
disseminados com repercussão no estado geral da carcaça devem ser condenados.

b- devem ser condenados carcaças, partes das carcaças ou órgãos que sejam conta-
minados acidentalmente com material purulento;

c - devem ser condenadas as carcaças com alterações gerais como caquexia, anemia
ou icterícia decorrentes de processo purulento;

d - devem ser liberadas as carcaças que apresentem abscessos múltiplos em órgãos


ou em partes, sem repercussão no seu estado geral, depois de removidas e condenadas as
áreas atingidas;

e- podem ser liberadas as carcaças que apresentem abscessos localizados, depois de


removidos e condenados os órgãos e as áreas atingidas.

Questões de Concursos anteriores

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1- Conforme o artigo 185, parágrafos 3º e 4º do RIISPOA (Decreto nº
9013/17), o julgamento das carcaças acometidas por Cysticercus bovis (cisticer-
cose bovina) tem uma destinação mais rigorosa quando é encontrado um cisto
viável, se comparada com a destinação de quando é encontrado um cisto calcifi-
cado.

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De acordo com o descrito nos parágrafos citados, e considerando todos os locais


de eleição examinados rotineiramente na linha de inspeção e na carcaça corres-
pondente, quando constatado um cisto viável, a carcaça deverá ser submetida a
tratamento condicional pelo frio ou salga, após retirada da área acometida, antes
de ser liberada para o consumo. Já em caso de constatação de um cisto calcifi-
cado, a carcaça poderá ser destinada, sem restrições, ao consumo humano di-
reto, após a retirada e condenação da área acometida.
Considerando a distinção legal no julgamento de carcaça para constatação de
cisto viável e cisto calcificado e considerando as questões sanitárias, assinale,
entre as opções abaixo, a que representa o risco do consumo de carne bovina
com cistos viáveis de Cysticercus bovis, pelo ser humano.
a) O consumo de carne bovina com cisto viável de Cysticercus bovis pode
causar infecção por Taenia solium no ser humano.
b) O consumo de carne bovina com cisto viável de Cysticercus bovis pode
causar infecção por Taenia solium e neurocisticercose no ser humano.
c) O consumo de carne bovina com cisto viável de Cysticercus bovis pode
causar infecção por Taenia saginata no ser humano.
d) O consumo de carne bovina com cisto viável de Cysticercus bovis pode
causar infecção por Taenia saginata e neurocisticercose no ser humano.
e) O consumo de carne bovina com cisto viável de Cysticercus bovis pode
causar neurocisticercose no ser humano.

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2- De acordo com os critérios de julgamento de carcaças, mais especifica-
mente os previstos no Artigo 134 do RIISPOA/2017, as carcaças que apresentem
abscessos múltiplos em órgãos ou em partes, sem repercussão no seu estado
geral, deverão ser julgadas da seguinte forma:

a) ao consumo humano direto, depois de removidas e condenadas as áreas


atingidas.
b) à maturação sanitária, depois de removidas e condenadas as áreas atingi-
das.
c) ao aproveitamento condicional pelo uso do calor, depois de removidas e
conde- nadas as áreas atingidas.
d) à condenação total.
e) ao tratamento pelo frio em temperatura de -25ºC por 48h, depois de re-
movidas e condenadas as áreas atingidas.

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3- Com base no Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos
de Origem Animal – RIISPOA, assinale a opção que indica corretamente dois pon-
tos considerados de eleição para verificação rotineira da presença de cistos de
Cysticercus bovis, na linha de inspeção post-mortem de bovinos e bubalinos:

a) fígado e intestino delgado.


b) língua e rins.
c) coração e pulmões.
d) coração e músculos da mastigação.
e) diafragma e intestino grosso.

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4-Segundo o Decreto 9.013, de 29/03/2017, a critério do Serviço de Inspeção
Federal e de acordo com os achados na inspeção post-mortem, podem ser uti-
lizados como aproveitamento condicional para carcaças e vísceras dos animais
abatidos os protocolos listados abaixo, exceto:

a) tratamento pelo frio, em temperatura não superior a -10ºC (dez graus


Celsius negativos), por dez dias.
b) tratamento químico, por aspersão das carcaças com solução de ácido lático
a 1,0% (um por cento), em temperatura de 82ºC (oitenta e dois graus Celsius).
c) tratamento pelo sal, em salmoura com no mínimo 24ºBe (vinte e quatro
graus Baumé), em peças de no máximo 3,5cm (três e meio centímetros) de es-
pessura, por no mínimo vinte e um dias.
d) tratamento pelo calor, por cozimento em temperatura de 76,6ºC (setenta
e seis inteiros e seis décimos de graus Celsius) por no mínimo trinta minutos.
e) tratamento pelo calor, com fusão em temperatura mínima de 121ºC (cento
e vinte e um graus Celsius).

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5-Segundo o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Ori-
gem Animal – RIISPOA, as carcaças suínas podem ter destinações diferentes de

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acordo com o nível de infecção por Cysticercus celullosae. Entre as opções abaixo,
assinale aquela em que o RIISPOA indica a possibilidade de destinação da car-
caça infectada para aproveitamento condicional pelo uso do calor.
a) Quando for encontrado mais de um cisto, viável ou calcificado, e menos do
que o fixado para infecção intensa, conside- rando a pesquisa em todos os locais
de eleição examinados rotineiramente e na carcaça correspondente, depois de
removidas e condenadas as áreas atingidas.
b) Quando forem encontrados dois ou mais cistos, viáveis ou calcificados, lo-
calizados em locais de eleição examinados nas linhas de inspeção, adicionalmente
à confirmação da presença de dois ou mais cistos nas massas musculares inte-
grantes da carcaça, após a pesquisa mediante incisões múltiplas e profundas em
sua musculatura (paleta, lombo e pernil).
c) Quando for encontrado um único cisto vi- ável, considerando a pesquisa em
todos os locais de eleição examinados, rotinei- ramente, e na carcaça correspon-
dente, depois de removida e condenada a área atingida.
d) Quando for encontrado um único cisto calcificado, considerados todos os
locais de eleição examinados rotineiramente na carcaça correspondente, depois
de removida e condenada a área atingida.
e) Quando for encontrado um único cisto, viável ou calcificado, considerando
a pesquisa em todos os locais de eleição examinados, rotineiramente, e na car-
caça correspondente, sem necessidade de remoção da área atingida.

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6- Em junho de 2017, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos sus-
pendeu as importações de carne bovina fresca brasileira, devido a um grande
aumento na rejeição de lotes do produto por problemas sanitários detectados nos
procedimentos de reinspeção. As autoridades brasileiras afirmaram, naquela oca-
sião, que a principal causa das rejeições foi a detecção de abcessos nas carcaças,
resultantes de reações teciduais provocadas pela aplicação da vacina contra febre
aftosa. Com base no Decreto nº 9.013, de 29/03/2017, assinale a opção incorreta
quanto às providencias a serem adotadas quando forem constatados abcessos
nas carcaças bovinas durante exame post-mortem.

a) Devem ser condenadas as carcaças, as partes das carcaças e os órgãos


que apresentem abscessos múltiplos ou disseminados com repercussão no es-
tado geral da carcaça.
b) Devem ser condenadas as carcaças com alterações gerais como caquexia,
anemia ou icterícia decorrentes de processo purulento.

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c) Devem ser lavadas com água hiperclorada as carcaças, partes das carcaças
ou órgãos que sejam contaminados acidentalmente com material purulento.
d) Devem ser destinadas ao aproveitamento condicional pelo uso do calor as
carcaças que apresentem abscessos múltiplos em órgãos ou em partes, sem re-
percussão no seu estado geral, depois de removidas e condenadas as áreas atin-
gidas.
e) Devem ser liberadas as carcaças que apresentem abscessos localizados,
depois de removidos e condenados os órgãos e as áreas atingidas.

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7-Com base no Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de
Origem Animal, assinale a opção incorreta quanto aos procedimentos que devem
ser adotados a partir da constatação de animal acometido de carbúnculo hemá-
tico durante a inspeção post-mortem.

a) Uma vez constatada a presença de carbúnculo, o abate deve ser interrom-


pido e a desinfecção deve ser iniciada imediatamente.
b) Recomenda-se, para desinfecção das instalações, equipamentos e utensí-
lios, o emprego de solução de hidróxido de sódio a 5% (cinco por cento), hipo-
clorito de sódio a 1% (um por cento) ou outro produto com eficácia comprovada.
c) Não podem ser evisceradas as carcaças de animais com suspeita de car-
búnculo hemático.
d) As carcaças de animais acometidos de carbúnculo hemático devem ser
condenadas, incluídos peles, chifres, cascos, pelos, órgãos, conteúdo intestinal,
sangue e gordura.
e) As vísceras de animais com suspeita da doença devem ser condenadas
e as carcaças, dependendo da extensão das lesões, podem ser destinadas a
aproveitamento condicional a critério do Serviço de Inspeção Federal

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8- Entre os micro-organismos listados abaixo, assinale a opção correta que
indica qual não está associado às doenças transmissíveis por alimentos de origem
animal.

a) Escherichia coli O157:H7.


b) Listeria monocytogenes.
c) Campylobacter jejuni.
d) Salmonella Gallinarum.

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e) Toxoplasma gondii

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9- De acordo com o Decreto nº 9.013, de 29/03/2017, as opções abaixo des-
crevem motivos de condenação de carcaças de animais, sem qualquer possibili-
dade de aproveitamento condicional, exceto:

a) as carcaças de animais acometidos de carbúnculo sintomático.


b) as carcaças de animais que apresentem piemia, cujo consumo possa causar
infecção ou intoxicação alimentar.
c) as carcaças de animais em estado de caquexia.
d) as carcaças de animais com tuberculose.
e) as carcaças de animais acometidos de carbúnculo hemático.

(ESAF-Auditor Fiscal Federal Agropecuário-MAPA 2017/18)


10- Assinale, entre as opções abaixo, qual dos patógenos relacionados à DTA
possui uma peculiar habilidade de crescer e se multiplicar em baixas temperatu-
ras, inclusive a temperaturas tão baixas quanto -1,5ºC.
a) Escherichia coli O157:H7.
b) Salmonella Enteritidis.
c) Clostridium botulinum.
d) Campylobacter jejuni.
e) Listeria monocytogenes.

(Consulplan 2014)Agente de Inspeção Sanitária e industrial de produtos


de origem animal/MAPA

11- A febre aftosa, doença viral causada por um vírus da família Picornaviridae,
gênero Aphthovirus, é altamente contagiosa e acarreta sanções sanitárias e co-
merciais internacionais às zonas ou países onde é detectada. A importância da
doença, dada pelo programa governamental de erradicação e prevenção, está
ligada :

A) ao risco de epidemia em humanos.


B) à inexistência de cura para humanos acometidos.
C) ao risco de transmissão para os rebanhos de frangos.
D) às grandes perdas econômicas no rebanho acometido.

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Aula Demo

QUESTÕES ELABORADAS

1-c 2-D 3-C 4-D 5-B

6-A 7-D 8-D 9-C 10-C

11-E 12-D 13-E 14-E 15-E

Questões de Concursos anteriores


1-c; 2-e; 3-c; 4-d

Aula 01 AISIPOA

QUESTÕES ELABORADAS

1-E 2-C 3-A 4-D 5-B 6-C


7-A 8-D 9-D 10-D 11-E 12-D

QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES


1-C 2-D 3-D 4-B 5-A
6-C 7-E 8-D 9-D 10-E
11-D

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