Buscando os dons sem passar pelo Caminho mais excelente
Nós, pentecostais, buscamos o dom de línguas estranhas e não há nada
de errado nisso. Nós, pentecostais, buscamos o dom de profecia, dom de conhecimento, dom da fé; e não há nada de errado nisso. Nós, pentecostais, buscamos o dom de interpretação e não há nada de errado nisso. Ser pentecostal é acreditar na atualidade dos dons, por isso os buscamos. Mas, sabe quando o “não há nada de errado” se torna errado? Quando buscamos os dons espirituais, sem andar pelo Caminho mais excelente. Que caminho é esse? O apóstolo Paulo dedica todo o capítulo 12 de sua primeira carta escrita aos coríntios para falar sobre os dons espirituais, mas sabe como ele termina, no verso 31? — Vocês podem procurar com zelo os maiores dons, porém, agora, eu vou mostrar a vocês um caminho muito mais excelente. Aí, ele continua no capítulo 13: — Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tivesse amor, seria como um simples metal que faz muito barulho. Uma coisa que traz sérios prejuízos para o corpo de Cristo, para a coletividade cristã, para a comunidade da fé: Alguém que vive correndo atrás dos dons espirituais, mas não deseja o amor ao próximo. Alguém que tem – ou pensa ter – os dons espirituais e, em nome de uma pseudoespiritualidade, vive ferindo os irmãos e irmãs na igreja. Alguém que tem orgulho de dizer: “eu tenho os nove dons”! Pode ter até dez, onze, doze, uma infinidade. O problema não é o que a pessoa tem, mas sim o que não tem: amor e humildade. Nenhuma igreja na era primitiva foi mais abastada — no quesito dons espirituais — do que a igreja estabelecida em Corinto. Mas Paulo, escrevendo a ela, chama esses irmãos de “carnais” e “imaturos”. Isso mostra que dons espirituais não trazem espiritualidade, nem maturidade cristã. — Joel, você quer apagar o meu “pentecostalismo? — Não, longe de mim tal coisa! O NT não faz isso; Paulo não fez isso; não sou eu o louco quem vai fazer tal coisa. Porém, Paulo nos exorta a dar prioridade à busca do amor, pois sem ele, nós seremos simplesmente como “lata de leite Ninho, vazia, descendo as escadas”: mas muito barulho, mas só isso. Busquemos, em primeiro lugar, amar à Deus com toda alma e entendimento. Segundo, busquemos o amor ao próximo, pois os DONS um dia terminarão, mas o amor — junto com a fé e a esperança — o amor permanecerá.