INTERFACES ENTRE GESTÃO

ESCOLAR E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

CRÍTICA: um estudo no Ifes/BR

Cíntia Hencker
Helaine Reis
Graça Lobino
 Introduzindo o assunto

Conceito: Ambiente Totalidade (Milton Santos; Legislação): diversas esferas que

envolvem as relações humanas;

Quem decide, o que decide e para quem decide?

Tomada de decisão: comprometimento com a coletividade/interesses dos
representados. Entretanto, são recorrentes decisões históricas a serviço da minoria
detentora do poder político-econômico.

A formação de cidadãos com princípios democráticos, de alteridade decorre

dessas perspectivas (uma das esferas).
Educação Ambiental Crítica (EAC) é basilar na formação para uma cidadania
socioambiental: explicita e evidencia as contradições para superação.
Layrargues (2004) e Loureiro (2005, 2006) dentre outros, afirmam que a EAC
transcende os aspectos de uma ecologia naturalista e orbita na esfera política e
ideológica (LOBINO, 2010, p.11).
 LDB (1996) art.
Constituição de 88: 14º, situa a gestão
art. 225º, incumbe democrática nos
ao poder público princípios de
”[...] promover a participação dos
educação profissionais da
ambiental em todos educação na
os níveis de ensino elaboração dos
e a conscientização projetos políticos-
pública para pedagógicos e da
preservação do comunidade
meio ambiente” escolar e local em
(BRASIL, 1988). conselhos.

Uma Gestão Escolar construída nos preceitos da criticidade da Educação Ambiental possui
vínculos elementares com a construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) de cada escola
(SILVA, 2009).
 Caminhando para os objetivos...

Pela quebra de paradigmas na Educação Profissional Tecnológica (EPT), que na

busca de formação emancipatória se depara com instituições públicas
historicamente marcadas pela despolitização do ensino e reprodução do
currículo tecnicista em atendimento ao poder econômico, analisam-se as
interfaces crítico-democráticas no PDI no viés da EAC, no processo de
Gestão Democrática, no segmento de professores da Educação
Profissional de Nível Médio do Instituto Federal de Educação (Ifes), campus
Vitória.
 Percurso Metodológico
 Abordagem: critico-interpretativista
 Pesquisa do tipo: Documental (Legislação, PDI, Atas) e de Campo
 Instrumento: questionários, entrevistas e diário de bordo.
 Recorte: Ifes/Vitoria, EPT, Cepe e CET, Representantes/Professores

Conglomerados
(90 – 43% e 32%)

Representantes
Cepe e CET (3)
 Resultados e Análises

Perfil: 42 mestres, 33 doutores, 16 especialistas e 2 graduados

Tempo médio de docência de 16 anos na Rede Federal de Educação

, “[...] é necessária uma visão complexa de meio ambiente, em que a natureza

integra uma rede de relações não apenas naturais, mas também sociais e
culturais”, - EAC Presente no PDI da instituição

PDI reproduz ou quebra o paradigma do capitalismo: o que os sujeitos da pesquisa

entendem por PDI e PPC? Suas funções?: Não conseguem entender suas
estruturas e funções, considerando serem as mesmas coisas, em alguns casos
trocam suas atribuições: “PDI e PPC ninguém lê!” (entrevistado)
Categorias de Silva, 2009
 O que pensamos sobre isso?

Ainda existem fragilidades nos processos de gestão do Ifes, marcados

pelo enraizamento histórico da estrutura rígida e conservadora da
administração pública, da comunicação precária, que impõem
resistências à dialética e a ações sustentadas pelo elemento crítico e
conscientizador da EAC. Com isso, inferimos que a democracia fica
comprometida nas circunstâncias do quotidiano em seu significado de
participação. O exercício crítico da educação, alinhado às políticas
públicas em curso fica, então, comprometido por contribuir para um
modelo de desenvolvimento de degradação ambiental e exclusão social.
 Afirmativa e Questionamento
“...intervenção eficiente e eficaz que alcance a ressignificação do ambiente, a partir
das estratégias da EAC, possibilitando aos envolvidos no processo de gestão
participativa, maior entendimento das relações que envolvam o meio ambiente em
sua totalidade”.

Quem decide, como o faz?

Quem educa os educadores?

Obrigada!