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te, dentre os 12 ou mais linfonodos dissecados na axi- mulheres acertaram as respostas, sendo essas, respec-
la clinicamente negativa. tivamente, mito e verdade. Na última pergunta, 100%
afirmaram ser mito. Conclusão: A auto-análise se faz
Contato: ROGERIO AGENOR DE ARAUJO
de fundamental importância para que a mulher tenha
rogeriodearaujo@gmail.com
consciência e autonomia sobre seu próprio corpo na
verificação da saúde de suas mamas, além de ser um
meio de prevenção e detecção precoce de possíveis tu-
TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA mores mamários, o que proporciona maiores chances
CÓDIGO: 59977 de cura e sobrevida da mulher.
Contato: MARCIA CARSOSO PIMENTEL
A IMPORTÂNCIA DA AUTO-ANÁLISE macynha@hotmail.com
COMO DIAGNÓSTICO PRECOCE NA
PREVENÇÃO DA NEOPLASIA MAMÁRIA
Autores: Márcia Cardoso Pimentel; Bianca Pimentel
TEMÁRIO: CUIDADOS PALIATIVOS
Silva; Daniely Maués Beliqui; Lucas Ferreira de Oliveira;
Wilson Mateus Gomes da Costa Alves; Renilson Moraes CÓDIGO: 59630
Ferreira; Thiago Gonçalves Gibson Alves; Tiago Alencar
de Lima; Erik Artur Cortinhas Alves; Clebson Pantoja A INFLUÊNCIA DA CAPACIDADE
Pimentel; FUNCIONAL NA QUALIDADE DE VIDA
Instituição: CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA
Introdução: A neoplasia mamária encontra-se como o Autores: Weruska Alcoforado Costa; Ana Katherine
mais prevalente dos cânceres em mulheres no Brasil, Gonçalves;
onde cerca de 57.960 novos casos foram estimados em Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
2016, tornando-se um importante problema de saúde
Introdução: o processo da quantificação da função fí-
pública. Neste contexto, a falta de conhecimento sobre
sica está se tornando um componente importante na
medidas de prevenção e diagnóstico precoce, como a
verificação da qualidade de vida relacionada à saúde,
auto-análise, por parte das mulheres leva ao rastrea-
considerando que o câncer de mama pode estar asso-
mento tardio da neoplasia o que por sua vez diminui as
ciado com a diminuição da capacidade física interferin-
chances de tratamento e sobrevida. Assim, a realização
do na funcionalidade para a realização das atividades
desse método torna-se essencial como um diagnósti-
de vida diárias pelas pacientes, principalmente, para
co precoce das neoplasias mamárias, aumentando a
aquelas que apresentam metástases. Objetivo: Avaliar
chance de cura. Objetivo: Avaliar a receptividade de
a influência da capacidade funcional na qualidade de
mulheres quanto à informação sobre a importância da
vida (QV) das mulheres com câncer de mama. Método:
auto-análise como diagnóstico precoce da neoplasia
estudo transversal com 400 mulheres com câncer de
mamária, bem como do método correto a ser realizado.
mama. Foram divididos em três grupo: sem metástase
Método: Trata-se de um estudo descritivo quali-quan-
(MTX) (118), MTX locorregional (160) e à distância (122),
titativo realizado em um hospital da rede particular da
realizado em uma instituição de referência em Natal/
cidade de Belém, no ano de 2017 onde participaram 13
RN, no período julho de 2014 a abril de 2015. Os ins-
mulheres entre a faixa etária de 19 a 65 anos. Foi re-
trumentos utilizados para correlacionar as variáveis
alizada a distribuição de folders explicativos, demons-
estudadas foram: European Organization for Research
tração do método correto da realização do autoexame
and treatment for Cancer Quality of Life Questionnai-
e uma gincana de mitos e verdades, contendo cinco
re Core 30 (EORTC QLQ-C30), European Organization
perguntas como: (1) “Homens podem ter câncer de
for Research and treatment for Cancer -Breast Cancer
mama?” (verdade); (2) “Dor nas mamas sempre é sinal
(EORTC BR23) e Karnofsky Performance Scale (KPS). Re-
de câncer?” (mito); (3) “Todo nódulo na mama é cân-
sultados: 115 (28,8%) tinham entre 51 a 60 anos, 204
cer?” (mito); (4) “A alimentação influencia no risco de ter
(51%) eram casadas, 157 (39,3%) estavam em licen-
câncer de mama?” (verdade); (5) “O tamanho dos seios
ça médica e 396 (99%) em tratamento. Pacientes com
influência no risco de ter câncer de mama?” (verdade).
MTX à distância apresentaram menor KPS 75 (DP=12,5)
Resultados: Inicialmente, observou-se que as mulheres
(p<0,001); para esse mesmo grupo, a média da Escala
não se demonstraram muito interessadas em receber
Funcional foi de 57 (DP=19) (p<0,001), a da Escala de
as informações expostas, mas após a demonstração
Sintomas foi 37 (DP=20) (p<0,001) e a Escala de Saúde
do autoexame, estas passaram a interessar-se sobre a
Global foi 51,3. Por meio da Correlação de Spearman,
temática e, a partir disso, perguntas, relatos e dúvidas
foi verificado a relação acentuada entre a capacidade
do público foram realizadas, tal como “todo caroço se
funcional e a QV, todavia, para as com MTX à distân-
espalha e gera câncer?”.Quanto à gincana, na pergunta
cia o coeficiente de Spearman foi mais acentuado 70%
(1) 92,3% responderam verdade e 7,7% responderam
(p<0,001). Conclusão: Este estudo demonstra a consis-
mito. Na pergunta (2) 76,9% responderam mito e 23,1%
tência e a possível força da relação entre a diminuição
responderam verdade. Já na pergunta (3 e 4) 100% das
da capacidade funcional das mulheres com câncer de as diretrizes brasileiras de hipertensão para proposta
mama devido aos efeitos adversos da própria doença, de atendimento individualizado; 5) reações relaciona-
principalmente, na doença avançada quanto nos efei- das à infusão e reações alérgicas (6,44%), análise crítica
tos desencadeados pelas modalidades de tratamento das condutas propostas que antecedem ao tratamento
refletindo no comprometimento da QV. Desse modo, visualizando a adequação e diminuição das intercorrên-
o KPS é uma variável importante na avaliação da qua- cias encontradas. Conclusão: Foi possível a partir da
lidade de vida relacionada à saúde. No entanto, se faz análise apresentada a elaboração de ações aplicáveis
necessário novas pesquisas principalmente de estudos na prática de tratamento oncológico em regime ambu-
prospectivos para avaliar essa influência e buscar um latorial. A ação dentro da equipe de trabalho levou a
melhor entendimento dessa relação. um reconhecimento da capacidade de interpretação
das rotinas propostas e a importância do seu acom-
Contato: WERUSKA ALCOFORADO COSTA
panhamento de forma a corroborar com o sucesso do
wealcoforado@gmail.com
tratamento dos pacientes. O registro das informações,
que levou a um conhecimento do perfil das principais
intercorrências encontradas no ambulatório, propor-
TEMÁRIO: ENFERMAGEM cionou uma melhor adequação dos processos e novas
CÓDIGO: 59462 propostas de melhorias para visando o melhor atendi-
mento aos pacientes.
A PARTICIPAÇÃO DA EQUIPE DE Contato: PATRICIA MARTINS PASSOS
ENFERMAGEM NA IDENTIFICAÇÃO patriciapassos@grupocoi.com.br
E ELABORAÇÃO DE PLANO DE AÇÃO
PARA AS PRINCIPAIS INTERCORRÊNCIAS
IDENTIFICADAS EM UMA INSTITUIÇÃO
TEMÁRIO: CUIDADOS PALIATIVOS
PRIVADA DE ONCOLOGIA
CÓDIGO: 59633
Autores: Patricia Martins Passos; Flávia Cristina de
Souza Ramos; Flávia Pessoa da Silva Torrecillas; Marcos
Coelho Simões Travassos Soares;
A RELAÇÃO DA ESPIRITUALIDADE COM
A QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES
Instituição: AMÉRICAS CENTRO DE ONCOLOGIA
INTEGRADO COM CÂNCER DE MAMA
Autores: Weruska Alcoforado Costa; Ana Katherine
Introdução: A atuação da equipe de enfermagem tem Gonçalves;
um papel fundamental na investigação e possibilita ins-
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
titucionalizar as ações aplicáveis na mitigação dos even-
tos. O acompanhamento dos eventos deve ser feito de Introdução: a espiritualidade é uma estratégia de en-
forma a garantir que as ações tomadas tenham refle- frentamento utilizada por pacientes com câncer de
xo na segurança do paciente e sucesso do tratamento. mama seja no diagnóstico inicial, durante o início da
O conhecimento das rotinas e domínio das instruções quimioterapia, após a descontinuação de um tratamen-
operacionais possibilita o acompanhamento das inter- to antineoplásico e principalmente nos cuidados palia-
corrências e sucesso nas ações de melhoria. Objetivo: tivos. Objetivo: avaliar a influência da espiritualidade
Avaliar as principais intercorrências em um serviço am- na qualidade de vida (QV) das pacientes com câncer de
bulatorial de Quimioterapia em uma instituição privada mama. Método: estudo transversal com 400 mulheres
no estado do RJ e descrever suas tratativas. Método: com câncer de mama, realizado em uma instituição
Avaliação quantitativa dos dados gerados a partir do de referência em Natal/RN. Três grupos foram identi-
sistema informatizado de gestão hospitalar no período ficados: sem metástase (MTX) (118), MTX locorregional
entre dezembro 2016 e abril 2017 junto com a análi- (160) e à distância (122). Os instrumentos utilizados
se de prontuários médicos e de notificações geradas. para correlacionar as variáveis estudadas foram: EOR-
Resultados: Foram analisadas 2.078 intercorrências TC QLQ-C30 e EORTC BR23 para avaliar a QV e a Escala
em 24.345 atendimentos onde foram propostas para de Perspectiva Espiritual (PPS). Resultados: 115(28,8%)
cada um dos principais eventos as seguintes tratativas: tinham entre 51 a 60 anos, 204(51%) eram casadas,
1) ardência no trajeto e distúrbios vasculares (21,7%), 157(39,3%) estavam em licença médica, 219 (54,8%)
protocolo de inserção de PICC e mudança da diluição tinham ensino fundamental, 254(63,3%) eram cató-
dos principais medicamentos relacionados; 2) hiper- licas, 348(87%) tinham carcinoma ductal infiltrante e
glicemia (11,6%), elaboração de escala de acordo com 396(99%) em tratamento. Observado para o grupo sem
o resultado da glicemia; 3) náusea (8,85%), revisão do MTX que na Escala de Sintomas 47 (39.80%) das mulhe-
plano de administração de medicamentos em conjunto res (média= 20.20, DP=15.10, p=0.042) se consideravam
com a farmácia para adequação dos antieméticos com com alta espiritualidade e na Escala de Saúde Global,
os guidelines internacionais; 4) hipertensão (6,11%), 47(39.8%) das pacientes sem MTX também apresen-
análise junto com a equipe médica dos eventos encon- tavam um alto grau de espiritualidade (média=68.8,
trados versus estado clínico do paciente, cruzando com DP=21.0, p=0.022). Foi percebido uma associação do
EORTC BR23 com os níveis de espiritualidade para as of 350 BC patients, 80 were selected. From the 80 pa-
mulheres com câncer de mama. No item da escala da tients, 52 (65,0%) proceeded to the interview as well as
Função sexual, as pacientes com MTX locorregional their first-degree relative. Twenty-eight (35%) patients
56(35.00%) (média=22.60, DP=25.10, p=0.017) apresen- we could not contact or refused to join the study. After
tavam baixo nível de espiritualidade, todavia, as com studying the 52 cases, 10 families (19,2%) were found
MTX à distância, 56(25.90%) (média=30.00, DP=28.00, to have probable familial cancer syndromes: 5 cases of
p=0.020) mostraram-se com alta espiritualidade. Em re- HBOC, 3 of HNCC, 1 of PJ and 1 of CS. We identified 68
lação ao item da escala de sintomas do braço, no grupo relatives with history of cancer. Considering clinicopa-
sem MTX 47(39.80%) (média=13.20, DP=19.00, p=0.012) thological characteristics of BC, the group with probable
tinham alta espiritualidade. Quanto a escala de sinto- familial cancer syndrome presented significantly more
mas da mama, destaca-se as mulheres com MTX locor- BC’s relapse than the other patients: 70%(p<0.019). All
regional 56(35.00%) (média=25.40, DP=19.30, p= 0.037) the relapses were systemic and one patient of the pro-
com baixa espiritualidade. Conclusão: em nossos re- bable syndrome group died during the research period.
sultados as pacientes com maior grau de espirituali- Conclusion: There are still few studies examining detail
dade apresentavam maior score nos resultados para o pedigree information to access the probability of fami-
impacto da QV, não diferenciando as pacientes que não lial cancer syndromes. Prediction of disease risk based
tinham MTX para as que apresentavam. Sendo a espiri- on comprehensive family history information, have no
tualidade vista como promotora de aspectos positivos, extra cost and can improve polices of counseling servi-
ela é vista como um possível preditor de uma melhor ces, screening programs and cancer surveillance. Our
QV e qualidade de morte. study identified 10 probable families and 68 subjects af-
fected by different types of cancers by just interviewing
Contato: WERUSKA ALCOFORADO COSTA
patients. Molecular analysis is needed to confirm the
wealcoforado@gmail.com
probable familial syndromes accessed and to determi-
ne a specific strategy to the affected families.
Contato: DANIELE LUZIA DOS REIS SCHNEIDER
TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA daniele_schneider@hotmail.com
CÓDIGO: 59975
cipal papel da abiraterona nessa população foi antes enfermeiro. As demandas caracterizadas como assis-
do docetaxel. Tabelas completas serão apresentadas tenciais foram mais incidentes, 138 (57,0%), caracteri-
na apresentação oral. Conclusão: A abiraterona e bem zadas por relatos de efeitos colaterais de tratamentos
tolerada e tem papel destacado no combate ao cancer (quimioterapia antineoplásica, preponderantemente),
de próstata. Essa analise em uma população brasilei- dúvidas quanto tomada de medicamentos, incertezas
ra (a maior que ha, que sea do nosso conhecimento) quanto a cuidados. As demandas classificadas como
mostra eficácia e tolerabilidade condizente com a vista administrativas, 104 (42,9%), relacionavam-se a perdas
nos estudos randomizados, reforçando a importância ou não agendamento de consultas, exames e ou proce-
da incorporação de novas tecnologias no SUS dimentos; não obtenção de medicamentos; internações
em outras instituições. Conclusão: as demandas dos
Contato: RODRIGO KRAFT ROVERE
pacientes foram clínicas, principalmente, e administra-
rodrigorovere@hotmail.com
tivas. A frequência dos aconselhamentos por ligação
telefônica foi maior, mas também ocorreu pelos recur-
sos de escrita digital. O número de atendimentos que
TEMÁRIO: ENFERMAGEM resultou em orientação para a busca de atendimento
CÓDIGO: 60564 em pronto-socorro evoca a importância deste recurso
para a segurança do paciente.
ACONSELHAMENTO Contato: KELLY YUMI NISHIMURA
TELEFÔNICO REALIZADO POR kelly.umi@hotmail.com
ENFERMEIROCARACTERIZAÇÃO DE
DEMANDAS DE PACIENTES COM
CÂNCER E SEUS CUIDADORES
TEMÁRIO: POLÍTICAS PÚBLICAS
Autores: Patrícia Reis Costa; Kelly Yumi Nishimura;
CÓDIGO: 59746
Guilherme Gasparini Camargo; Jean Marcos Singh
Manoel; Nathallia Caroline dos Santos; Alessandra
Esquivel Sales; Edvane Birelo Lopes De Domenico; ACTIVITY-BASED COSTING E TIME-
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DRIVEN ACTIVITY-BASED COSTING
NA AVALIAÇÃO DOS CUSTOS EM
Introdução: o aconselhamento aplicado às ações de PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E
enfermagem baseia-se nos princípios da escuta e ver-
TRATAMENTO DO CÂNCER: UMA
balização sensíveis e busca, por meio da relação dia-
lógica entre o profissional e o usuário, desvendar si-
REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA.
tuações que necessitam de orientação para a tomada Autores: Katsuki Arima Tiscoski; Rafael José Vargas
de decisão, habilidades para o autogerenciamento, Alves; Ana Paula Beck da Silva Etges; Giácomo
Balbinotto Neto;
melhoria da qualidade de vida e segurança do pacien-
te em tratamento ambulatorial. Objetivo: identificar Instituição: IRMANDADE DA SANTA CASA DE
MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE
as demandas de usuários do aconselhamento telefôni-
co, pacientes, familiares/cuidadores, no período entre Introdução: Os avanços no diagnóstico e tratamento
consultas ambulatoriais. Método: descritivo, retros- do câncer resultaram em um aumento significativo cus-
pectivo, de natureza quantitativa. Os dados foram ob- tos para sociedade. A identificação dos custos diretos
tidos de março a abril de 2017, por meio de registro e indiretos de uma nova tecnologia e conseguir men-
preenchido por enfermeiros, residentes do Programa surá-los com uma alta acurácia é um fator importan-
de Residência Multiprofissional em Oncologia de uma te para determinar a robustez da análise econômica,
instituição hospitalar geral, vinculado a uma universi- principalmente no cenário oncológico. Os métodos de
dade federal do município de São Paulo. Os residentes custeio Activity-Based Costing (ABC) e Time-Driven Acti-
enfermeiros foram treinados para realização da ativi- vity-Based Costing (TDABC) conseguem relacionar com
dade e utilizaram 1 telefone móvel de uso exclusivo. Os acurácia a relação entre custo e atividade, ou seja, am-
atendimentos foram realizados por meio de ligações, bos fornecem uma estimativa de custo real. Objetivo:
aplicativo de mensagens instantâneas e mensagens de Descrever o panorama e a evolução das análises eco-
texto SMS. Os dados foram anotados, após encerrada nômicas que utilizaram a metodologia Activity-Based
a ligação telefônica. Para a análise foi empregada esta- Costing (ABC) ou Time-Driven Activity-Based Costing
tística descritiva. Resultados: Total de 242 solicitações (TDABC) para mensuração dos custos, no cenário onco-
de aconselhamento, correspondente a 4,0/dia/60 dias. lógico. Método: Foram incluídos os estudos que utiliza-
Destes, 142 (58,6%) por meio de ligações, 86 (35,5%) ram o método ABC e/ou TDABC para estimar os custos
por dialógos em aplicativo de mensagens instantâneas relacionados ao câncer em estudos de prevenção, diag-
e 14 (5,7%) pelos dois meios de comunicação, paralela- nóstico e tratamento. A busca por artigos publicados na
mente. Do total de chamadas, 48 pacientes (19,8%) fo- integra foi realizada nas bases: Medline, Lilacs, ScieLO e
ram encaminhados ao serviço de pronto-atendimento, Embase. Foram utilizados os seguintes descritores em
em decorrência da situação de risco identificada pelo inglês e seus correspondentes em português: “cancer”,
“Activity-Based Costing” e “Time-Driven Activity-Based quisa descritiva, qualitativa, que propõe analisar os re-
Costing”. Não houve nenhuma restrição quanto ao ano sultados de atividades desenvolvidas em uma proposta
de publicação, mas somente foram aceitos artigos em interdisciplinar, realizada de março de 2016 a maio de
português e/ou em inglês. Resultados: Um total de 2017, por residentes das áreas de Enfermagem, Farmá-
420 estudos foram avaliados. Apenas 26 estudos pre- cia, Nutrição e Psicologia. O intuito foi proporcionar a
enchiam os critérios de elegibilidade. As publicações interação entre os serviços, potencializando o cuidado
tiveram inicio nos anos 2000, mas o maior número de integral ao paciente oncológico. As atividades desen-
publicações se verificou no ano de 2016 (n=9). Em rela- volvidas foram: observação dos territórios de atuação,
ção ao pais de origem dos estudos, Estados Unidos e mapeamento das fragilidades e potencialidades das
Bélgica são os que tem o maior número de publicações equipes de saúde, desenvolvimento de apoio matricial,
(cinco cada um).O principal enfoque das publicações foi trocas interdisciplinares e promoção da interlocução
o tratamento do câncer (n=19), seguido de avaliações entre dez unidades da rede de Atenção Primária e Ser-
de programas de rastreamento (prevenção) e diagnós- viço de Referência em Oncologia. Resultados: Para as
tico com 4 e 3 publicações respectivamente. Entre os equipes de saúde envolvidas, as atividades possibilita-
tratamentos, destaca-se a Radioterapia e suas diferen- ram investir na aproximação entre diferentes instâncias
tes modalidades foi fator em estudo mais frequente do cuidado, buscando sanar as dificuldades frente ao
observado. Em 57,6% dos estudos, a fonte de dados cuidado do paciente oncológico, além de aprimorar es-
clínicos foi extraída de estudos retrospectivos. Mais de tratégias para a sua busca ativa. Aos pacientes, as ativi-
50% dos estudos não especificaram o tipo de análise dades resultaram na prevenção de agravos e promoção
econômica. A perspectiva do hospital foi a mais preva- da saúde, incentivando a co-responsabilização deste e
lente entre os estudos (46,1%). Conclusão: O uso de de seus familiares no processo de cuidado, aproximan-
avaliações econômicas utilizando os métodos ABC e o do os sujeitos da Atenção Primária de saúde em que
TDABC, no cenário oncológico, é promissor. Todavia, há estão adscritos e possibilitando novos espaços de aco-
uma tendência na literatura de estudos com o uso da lhimento para resolução das demandas apresentadas.
metodologia do TDABC serem mais usados no futuro. Conclusão: As intervenções realizadas pelas residentes
possibilitaram novas estratégias de cuidado aos pacien-
Contato: RAFAEL JOSÉ VARGAS ALVES
tes pois incentivaram o trabalho em rede, resultando
vargasrja@gmail.com
em um cuidado compartilhado e na qualificação do
atendimento prestado. Tais atividades enriquecem a
formação, permitindo tecer novos territórios de saúde
TEMÁRIO: POLÍTICAS PÚBLICAS e novas possibilidades de intervenção.
CÓDIGO: 59785 Contato: MICHELE BEATRIZ KONZEN
michelekonzen22@gmail.com
AÇÕES INTERDISCIPLINARES NO
CUIDADO INTEGRAL AO PACIENTE
ONCOLÓGICO: APROXIMAÇÃO ENTRE
OS DIFERENTES NÍVEIS DE ATENÇÃO TEMÁRIO: TUMORES TGI SUPERIOR
CÓDIGO: 60155
Autores: Michele Beatriz Konzen; Ana Júlia Arend;
Denise Fabiane Polonio; Marina Luize Back; Karin
Freitag; Mariana Portela de Assis; Nathália Grave; Bianca ALTA PREVALÊNCIA DE MUTAÇÕES
Coletti Schauren; Giseli Vieceli Farinhas; GERMINATIVAS NO GENE TSC2
Instituição: HOSPITAL BRUNO BORN EM PACIENTES COM NEOPLASIAS
NEUROENDÓCRINAS (NNE)
Introdução: Em 2012, o Ministério da Saúde (MS) insti-
tuiu o tratamento do paciente com câncer no Sistema
GASTROENTEROPANCREÁTICAS (GEP)
Único de Saúde e implementou a Política Nacional para
SEM TRAÇOS DE ESCLEROSE TUBEROSA
a Prevenção e Controle do Câncer, que objetiva reduzir Autores: Paula Fontes Asprino; Rudinei Diogo Marques
a mortalidade, as incapacidades funcionais, a incidência Linck; Jonatas Cesar; Rachel Riechelmann; Frederico
do câncer e contribuir para a melhoria da qualidade de Perego Costa; Paulo Marcelo Gehm Hoff; Pedro
Alexandre Favoretto Galante; Anamarian Aranha
vida dos usuários. Com base na política, o Ministério da
Camargo; Jorge Sabbaga;
Educação e Cultura e o MS criaram programas de resi-
Instituição: HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
dência multiprofissional de atenção ao paciente onco-
lógico, proporcionando a inserção de profissionais nos Introdução: Neoplasias neuroendócrinas (NNE) são
serviços de saúde para atuar nesta especialidade. Ob- predominantemente consideradas doenças espo-
jetivo: Analisar as ações de intervenção realizadas du- rádicas, no entanto, entre 5-20% dos casos ocorrem
rante um Programa de Residência Multiprofissional em no contexto de síndromes genéticas. Objetivo: Neste
Saúde: Atenção ao Paciente Oncológico, nos serviços de trabalho examinamos pacientes não-sindrômicos que
Atenção Primária e Serviço de Referência de um muni- apresentavam NNE gastroenteropancreáticas (GEP)
cípio do interior do Rio Grande do Sul. Método: Pes- em busca de mutações germinativas em genes previa-
mente associados a síndromes que predispõe a NNE. ciente iniciou tratamento com osimertinibe e as duas
Método: Noventa e três pacientes com qualquer grau mutações tornaram-se indetectáveis no plasma 14 dias
de NNE GEP e sem diagnóstico clínico ou molecular após o início da medicação. Os exames de imagem re-
de qualquer síndrome ou histórico familiar de câncer alizados um mês após o início do osimertinibe exibiam
foram incluídos neste estudo. O DNA de leucócitos resposta parcial, em concordância com os resultados
obtidos a partir de sangue periférico foi usado para do cDNA. Ambas as mutações permaneceram indetec-
seqüenciar toda a região codificante dos genes MEN1, táveis no plasma por 4 meses. A partir de 08/2016 hou-
RET, VHL, NF1, TSC1 e TSC2. O impacto funcional das ve aumento progressivo das duas mutações no cDNA,
variantes “missense” foi analisado por preditores de porém paciente ainda mantinha resposta parcial radio-
impacto funcional (SIFT e Polyphen2). Mutações va- lógica. Em 10/2016, 7 meses após o início do osimertini-
lidadas por sequenciamento Sanger, com impacto be, evoluiu com PD clínica e radiológica. O desenvolvi-
funcional previsto como deletério e com frequência mento da resistência ao osimertinib foi acompanhado
alélica populacional (MAF) menor que 0,05% (segundo do aparecimento de uma pequena população celular
o banco de dados populacional “ExAC”) foram consi- portadora da mutação EGFR C797S e o aparecimento
deradas para as análises subsequentes. Resultados: de uma subpopulação mais numerosa portando cópias
Foram encontrados 8 (8,6%) pacientes portadores de amplificadas do EGFR-exon19del. Discussão: Biópsia
mutações “missense” no gene TSC2 e 1 (1,1%) em RET, líquida seriada oferece a possibilidade de monitorar
todas preditas como deletérias. O enriquecimento de as alterações dinâmicas de mutações “drivers” com
mutações deletérias foi avaliado por duas aborda- alta sensibilidade e especificidade e permite identificar
gens estatísticas independentes e confirmado no gene precocemente mutações de resistência terciária antes
TSC2. Conclusão: Como conclusão, descrevemos uma mesmo da PD clínica e radiológica. A amplificação do
alta prevalência de mutações germinativas “missense” EGFR é bem descrita nos pacientes com resistência ao
deletérias em pacientes com NNE GEP. Estes pacien- uso de erlotinibe, porém, neste caso, esta alteração foi
tes são clinicamente indistinguíveis dos demais, sem identificada como o principal mecanismo de resistência
quaisquer sinais ou sintomas de esclerose tuberosa. ao osimertinibe. Conclusão: A realização de biópsias li-
quidas seriadas é factível, permite acompanhar respos-
Contato: PAULA FONTES ASPRINO
ta ao tratamento e avaliar de maneira dinâmica a evo-
pasprino@mochsl.org.br
lução molecular da doença, permitindo neste caso não
somente a identificação da emergência de subpopula-
ção celular como um mecanismo de resistência previa-
TEMÁRIO: PULMÃO mente descrito (EGFR C797S), como a identificação da
CÓDIGO: 59737 amplificação de EGFR-exon19del como um mecanismo
de resistência ao osimertinib que não havia sido previa-
AMPLIFICAÇÃO DE EGFR COMO mente descrito.
NOVO MECANISMO DE RESISTÊNCIA Contato: BRUNA MIGLIAVACCA ZUCCHETTI
IDENTIFICADO EM BIÓPSIAS LÍQUIDAS brunazucchetti@icloud.com
SERIADAS DURANTE O USO DE
OSIMERTINIBE EM CARCINOMA DE
PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS
(CPNPC) - RELATO DE UM CASO. TEMÁRIO: TUMORES GINECOLÓGICOS
Autores: Bruna Migliavacca Zucchetti; Franciele Knebel; CÓDIGO: 60244
Fabiana Bettoni; Andrea Kazumi Shimada; Manuel Cruz;
João Vitor Alessi; Marcelo V. Negrao; Luiz Fernando Reis;
Artur Katz; Anamaria Camargo;
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE
CARBOPLATINA E PACLITAXEL DOSE
Instituição: HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
DENSA VERSUS REGIMES NÃO DOSE
Apresentação: Paciente com diagnóstico de carcinoma DENSA, NO TRATAMENTO DE PRIMEIRA
de pulmão não pequenas células metastático. Biópsia LINHA DO CÂNCER EPITELIAL DE
tecidual mostrou presença de mutação ativadora do OVÁRIO ESTÁGIO AVANÇADO
EGFR Del19. Em 05/2015 iniciou tratamento com erlo-
Autores: Carlos Eduardo Stecca; Marcella Marinelli
tinibe com resposta clínica e radiológica significativa
Salvadori; Deborah Porto Cotrim; Augusto Obuti
por 6 meses. Em 11/2015 apresentou nova progressão
Saito; Jefferson Rios Pimenta; Audrey Cabral Ferreira
de doença (PD) e o erlotinibe foi descontinuado. Em de Oliveira; Ana Caroline Fonseca Alves; Larissa
02/2016 foi realizada biópsia hepática que revelou a Martins Machado; Pedro Henrique Ferraro da Silveira;
presença de mutação T790M por Next-Generation Se- Alexandre Andre Balieiro Anastacio da Costa;
quencing. Nesta época a paciente foi incluída em proto- Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
colo de pesquisa institucional para pesquisa seriada de
DNA tumoral circulante no plasma (cDNA). Inicialmente Introdução: Aproximadamente 75% das pacientes com
foram encontradas a mutação ativadora (EGFR del19) câncer de ovário são diagnosticadas com doença avan-
e a mutação de resistência (T790M). Em 03/2016 pa- çada (estágio IIB a IV). Nesses casos o tratamento após
ANÁLISE DA CARDIOTOXICIDADE EM
PACIENTES EM USO DE TRASTUZUMAB
TEMÁRIO: TUMORES UROLÓGICOS - PRÓSTATA
Autores: Angela Dasenbrock; Elisa Daniele Gaio;
CÓDIGO: 60324
Tabatha Nakakogue; Fernanda Janones Manfredinho;
Mariana Suemy Kiara; Ana Claudia Buiar; Nils Gunnar
Skare; Larissa Maria Macedo; Aline Mitie Yonekura; ANÁLISE DA EXPRESSÃO DO RECEPTOR
Janaina Marques; DO TIPO TOLL 9 (TLR9) EM PACIENTES
Instituição: HOSPITAL ERASTO GAERTNER IDOSOS COM CÂNCER DE PRÓSTATA
Introdução: O anticorpo monoclonal Trastuzumab é
RECÉM-DIAGNOSTICADO
utilizado no tratamento paliativo e no cenário neoad- Autores: Jurema Telles de Oliveira Lima; Leticia Telles
juvante/adjuvante de pacientes com câncer de mama Sales; Marina Santaliz de Godoy; Gabriela Delgado
com superexpressão do HER2. Seu pontecial efeito de- Soriano; Evandro Bezerra Cintra Junior; Kleber das
Neves Jatahy; Clara Cinthia Resende Lira; Leuridan
letério na função cardíaca é conhecido e apesar de ser
Cavalcante Torres;
considerado potencialmente reversível, pode ocasionar
Instituição: INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
insuficiência cardíaca grave. A incidência na literatura é
PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA
de 7,5% (IC 95%; 4,2-13,1%) para diminuição da FE e de
1,9% (IC 95% 1,0-3,8%) para IC sintomática. Objetivo: Introdução: Os receptores do tipo toll têm sido rela-
Análise da incidência de cardiotoxicidade em pacientes cionados aos processos de carcinogênese e imunosse-
em uso de Trastuzumab no ano de 2016 em um cen- nescência. Essa relação parece ser um campo promis-
tro oncológico. Método: Avaliação dos critérios clínicos sor para melhor entendimento do papel da imunidade
para insuficiência cardíaca e resultados de ecocardio- inata nos pacientes oncológicos e idosos. Objetivo:
gramas nas pacientes em uso de Trastuzumab no ano O objetivo deste estudo, foi comparar a expressão de
de 2016 em nossa instituição. Resultados: Foram ana- TLR9 entre pacientes idosos com câncer de prósta-
lisadas 69 pacientes em uso de Trastuzumab no ano ta e pacientes idosos sem história pessoal ou familiar
de 2016, destas 41 pacientes (59, 42%) neoadjuvância/ de câncer (grupo controle), definindo se há diferenças
adjuvância e 28 (40,57%) no contexto metástico. Das significativas que possam ser explicadas pelo processo
pacientes em neoadjuvância/adjuvância média de ci- carcinogênese. Método: Entre 2015 e 2016, um estu-
clos foi de 12 ciclos – das 41 pacientes analisadas 18 do de coorte prospectiva incluindo 88 pacientes idosos
terminaram tratamento, 6 terminaram neoadjuvância e (≥60 anos), sendo 69 com câncer de próstata recém-
as demais estão em adjuvancia – deste grupo 5 pacien- -diagnosticado e 19 sem história pessoal ou familiar de
tes apresentaram cardiotoxicidade, 12,2% com queda câncer, coletou e analisou variáveis clínicas e sociode-
de fração de ejeção e 7,3% com IC sintomática – sendo mográficas e realizou análise do sangue periférico em
3 sintomáticas e com necessidade de interrupção da estudo exploratório translacional. Determinação da
adjuvância e sem recuperação de FE para retorno do expressão de TLR9 foi feita através de citometria de
Herceptin – todas utilizaram doxorrubicina 360mg/m² fluxo com anticorpos monoclonais anti-TLR9. Análise
na neoadjuvância, nenhuma com HAS ou DM, e 2 as- estatística foi realizada com GraphPad Prism 7. Resul-
sintomáticas com queda de FE – uma delas já retornou tados: 69 pacientes com mais de sessenta anos com
Herceptin sem intercorrências. No grupo metástatico 5 câncer de próstata recém diagnosticado e 19 pacientes
pacientes apresentaram cardiotoxicidade, 21,4% queda geriátricos do sexo masculino e sem histórico familiar
de fração de ejeção e 3,6% com IC sintomática – sendo ou pessoal de câncer foram incluídos. Comparando o
somente uma sintomática sem comorbidades e havia valor percentual de expressão de TLR9 no soro san-
realizado doxorrubicina 360mg/m² em 2013; as demais guíneo entre os dois grupos, encontrou-se diferença
encontravam-se assintomáticas, tendo todas realizado estatística significativa (p<0,0001), com o grupo oncoló-
entre 300 e 360mg/m² de doxorrubicina previamente, gico apresentando média de expressão de 30,74%, en-
somente uma paciente hipertensa e obesa – todas as quanto o grupo controle apresentou média de 9,63%.
5 pacientes retomaram trastuzumab sem intercorrên- Conclusão: Há diferença significativa entre a expressão
cias. Conclusão: a avaliação adequadas desta pacien- de TLR9 em pacientes idosos com câncer de próstata
tes e a suspensão da droga deve ser instituída para recém-diagnosticado e o grupo controle.
uma possível recuperação funcional. Método: para de-
Contato: JUREMA TELLES DE OLIVEIRA LIMA
tecção precoce desta disfunção cardíaca causada pelo
jurematelles@me.com
transtuzumab ainda é estuda para auxiliar na prática
clínica. E reconhecer os fatores de riscos alerta para o
seguimento periódico das pacientes.
TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA res avançados. Esses dados sugerem que o evento in-
CÓDIGO: 59405 depende do subtipo molecular, mas sua ocorrência é
mais precoce nas pacientes com câncer triplo negativo,
ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DE RECIDIVA diferentemente do Luminal A, onde o fenômeno é mais
E DO TEMPO LIVRE DE PROGRESSÃO tardio.
CONFORME O ESTADIO NOS SUBTIPOS Contato: THAIS REZENDE MENDES
MOLECULARES EM PACIENTES COM thaismendesufu@gmail.com
CÂNCER DE MAMA
Autores: Thais Rezende Mendes; Felipe Andrés Cordero
da Luz; Camila Piqui Nascimento; Eduarda da Costa
Marinho; Clarissa Lôbo Portugal da Cunha; Patrícia TEMÁRIO: PULMÃO
Ferreira Ribeiro Delfino; Rafael Mathias Antonioli; CÓDIGO: 59554
Marcelo José Barbosa Silva; Rogério Agenor de Araújo;
Instituição: HOSPITAL DO CÂNCER EM UBERLÂNDIA ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA
Introdução: A neoplasia mamária é dividida em di- DE PACIENTES COM CÂNCER DE
versos subtipos moleculares. A abordagem detalhada PULMÃO METASTÁTICO DE ACORDO
desses subtipos é importante na definição do plano de COM A PRESENÇA DE MUTAÇÕES
tratamento e no prognóstico. Objetivo: Verificar a asso- MOLECULARES E RESPOSTA À TERAPIA
ciação entre o subtipo molecular e a progressão do cân- Autores: João Gabriel Silva Lemes; Catherine Labbé;
cer de mama, segundo estadiamentos. Método: Estudo Yvonne Leung; Erin Stewart; Catherine Brown; Devalben
observacional e retrospectivo de pacientes com câncer Patel; Frances Shepherd; Hiten Naik; Doris Howell;
de mama, tratadas no setor de oncologia de um Hospi- Geoffrey Liu;
tal Público de Minas Gerais no período de 1981 a 2015. Instituição: PRINCESS MARGARET CANCER CENTRE
Do total de 1.763 prontuários, 786 foram excluídos de-
Introdução: Na era da terapia alvo oncológica, a análi-
vido a dados faltantes. Resultados: Foram incluídas na
se do valor clínico e farmacoeconômico do uso de no-
pesquisa 977 participantes com média de idade de 55
vas terapias é possível através do uso de scores para
(26-92) anos. Verificou-se que 71,4% (n=698) dos tumo-
avaliação da qualidade de vida dos pacientes. Objetivo:
res estavam em estágio inicial (I e II) e 28,6% (n=279) em
Determinar a qualidade de vida proporcionada por di-
intermediário (III); sendo que 16,88% (n=165) das neo-
ferentes formas de tratamento farmacológico do cân-
plasias recidivaram. Dentre as mulheres com tumores
cer de pulmão metastático. Método: Através de um
iniciais, 8,74% (n=16) dos Luminal A (RE e/ou RP+, HER2-
estudo de coorte, 475 pacientes com câncer de pulmão
e Ki-67 <14%), 11,64% (n=22) dos Luminal B (RE e/ou
metastático em diversos estágios da doença, atendidos
RP+, HER2- e Ki-67≥14%), 11,18% (n=17) dos HER2 híbri-
no Princess Margaret Cancer Centre (Toronto,CA), tive-
do (RE e/ou RP+/HER2+), 14,71% (n=10) dos HER2 puro
ram sua qualidade de vida (QV) avaliada pelo questio-
(RE-/RP-/HER2+) e 11,43% (n=12) dos Triplo Negativo
nário EQ5D-3L, em um total de 1571 avaliações (valor
(RE-/RP-/HER2-; TN), apresentaram recidiva. Quanto
máximo de QV: "1"). Efeitos colaterais dos tratamentos
às pacientes com estadiamento intermediário, 37,21%
utilizados foram avaliados pelo questionário PRO-CT-
(n=16) dos tumores Luminal A, 32,14% (n=27) dos Lumi-
CAE. Os pacientes foram divididos em quatro grupos de
nal B, 35,82% (n=24) dos HER2 híbrido, 22,2% (n=8) dos
acordo com o tipo de câncer de pulmão e presença de
HER2 puro e 26,53% (n=13) dos Triplo Negativo recidiva-
mutações driver: 1. Pacientes EGFR+ (n=183) 2. Pacien-
ram. Apesar das diferenças nas frequências, não houve
tes ALK+ (n=38) 3. Pacientes com câncer de pulmão pe-
diferença (p>0,05) nas contingências em nenhum dos
quenas células EGFR- e ALK - (CPPC) (n=30) 4. Pacientes
estadiamentos. Ao analisar o tempo até progressão, in-
com câncer de pulmão não pequenas células EGFR- e
dependente do estadiamento, verificou-se: 44,2 meses
ALK - (CPNPC) (n=224). Resultados: Comparando pa-
(6,5-146,4) para a progressão do grupo Luminal A; de
cientes estáveis na terapia mais apropriada, a QV média
38,77 meses (2,3-168) para o Luminal B; 36,87 meses
dos grupos em uso de inibidores de tirosina quinase
(6,67-158,9) para o HER2 híbrido; 23,83 meses (6,1-92,5)
(ITQ), EGFR + e ALK+, respectivamente de 0.81 e 0.82,
para o HER2 puro; e 17,87 meses (5,33-88,4) para o TN.
foi superior à dos grupos que utilizaram quimioterapia
As pacientes com tumor TN tiveram uma mediana livre
convencional (CPPC e CPNPC), respectivamente 0.72
de recidiva 26,33 meses menor em comparação às pa-
(p=0.06) e 0.78 (p=0.04). Quando comparada a QV entre
cientes com câncer Luminal A (p=0,0141), 20,9 meses
os diversos estágios da doença dentro do mesmo gru-
menor que Luminal B (p=0,0191) e 19 meses menor
po, observou-se que a estabilidade no tratamento mais
que HER2 híbrido (p=0,0239). Conclusão: Evidencia-se
apropriado resultou em uma QV maior (p<0.01) do que
que o tumor Triplo Negativo, sem uma possível terapia
na situação de doença progressiva sem estabilidade no
alvo específica, apresenta pior prognóstico. No entan-
tratamento mais apropriado (QV: EGFR+ 0.7; ALK+ 0.69;
to, não houve diferença na contingência de recidiva por
CPNPC 0.66; CPPC 0.52). Avaliando os efeitos colaterais
subtipos, mas ocorre mais frequentemente em cânce-
do tratamento, observou-se relação inversa entre os
sintomas “severidade da fadiga” e “redução do apetite” mioterápico apresentaram maior sobrevida (303 dias)
e a QV em pacientes do grupo EGFR+ (p<0.01). Além dis- quando comparado aos que não receberam (50 dias; p
so, uma significativa relação inversa entre o número to- < 0,0001). O resultado da análise de sobrevida demons-
tal de sintomas com intensidade clinicamente relevante trou que na população estudada, os que apresentaram
e a QV dos pacientes foi observada nos grupos EGFR+ o NLR < 4, possuiam uma elevada sobrevida (381 dias)
(p=0.01) e CPNPC (p=0.055). Conclusão: A qualidade quando comparado aos pacientes que apresentaram
de vida de pacientes com câncer de pulmão metastá- NLR ≥4, (199 dias, p = 0,0121). Não houve diferença sig-
tico é maior naqueles que carregam mutações "driver" nificativa no tempo de sobrevida nas variáveis idade,
e estão em uso de terapia alvo de modo estável. Isto gênero, história de tabagismo, procedência, presença
é parcialmente explicado pela diferença na toxicidade ou ausência de comorbidades e sítios de metástases.
do tratamento de acordo com a intensidade dos efei- Conclusão: Concluímos que a relação neutrófilos/linfó-
tos colaterais. Estas diferenças devem ser levadas em citos no adenocarcinoma de pulmão pode ser um bom
consideração na análise farmacoeconômica do uso da fator prognóstico para estimar a evolução clínica dos
terapia alvo. pacientes e a sobrevida global.
Contato: JOÃO GABRIEL SILVA LEMES Contato: JOSÉ FERNANDO DO PRADO MOURA
joaogslemes@gmail.com jfpmoura@hotmail.com
para pesquisa da mutação foi idade menor que 45 anos cientes com CG localmente avançado irressecável ou
(35% das pacientes), seguida de história familiar (33%), metastático histologicamente diagnosticados. Obtive-
tumor de mama triplo negativo (TN) abaixo dos 60 anos mos amostras de cada paciente antes da quimioterapia
(15%) e dois tumores primários de mama (10%). Das 81 e a cada três meses subsequentemente até a progres-
pacientes com mutação, 50 tiveram mutação no BRCA são da doença ou morte. Foram quantificados cfDNA
1, 30 no BRCA 2 e uma paciente em ambos os genes. utilizando GeneQuantCalculator RNA/DNA - Amer-
Todas foram submetidas a aconselhamento genético shamPharmaciaBiotech (Biochrom) Ltd, EUA. Foram
pré e pós teste. Entre as pacientes com BRCA 1 muta- utilizados os critérios RECIST 1.1 para analisar a respos-
do, 65% fizeram salpingooforectomia (SOB) redutora de ta radiológica ao tratamento. Resultados: Foram ava-
risco e 49% fizeram adenomastectomia contra-lateral; liados dez controles normais pareados por idade para
entre as portadoras de mutação BRCA2, as taxas foram os níveis cfDNA e nestes encontrou-se níveis significa-
75% e 42% respectivamente. No grupo das pacientes tivamente mais baixos de cfDNA do que nos pacientes
com mutação, foram observados tumores de maior com CG antes da quimioterapia (p = 0,00024). Foi es-
grau, maior número de TN, menor expressão de recep- colhido arbitrariamente o percentil 90% dos níveis de
tor de progesterona entre os luminais, maior necrose e distribuição cfDNA dos controles saudáveis pareados
maior intensidade no infiltrado inflamatório, com dife- por idade como o valor de corte para estabelecer um
rença significativa (p<0,05). Discussão: nossos achados valor negativo ou positivo para cada amostra de cfDNA.
foram concordantes com os dados da literatura quan- Não foi encontrada qualquer correlação entre a expres-
to às características anatomo-patológicas dos tumores são de cfDNA e sobrevida global (SG), sobrevida livre de
de mama associados a mutação nos genes BRCA1/2. progressão (SLP) e respostas radiológicas ao RECIST. No
Interessantemente, foi observado maior grau de infil- entanto, observou-se que os pacientes que se converte-
trado inflamatório e necrose nos tumores associados a ram o cfDNA com valor positivo antes da quimioterapia
SMOH. O conhecimento nesta área é importante para para um valor negativo após três meses tenderam a ter
melhor entendimento da biologia dos tumores, prog- umaSLP maior (p = 0,09) em comparação com aqueles
nóstico e resposta a terapias, além do aconselhamento que persistiram com valores positivos. Conclusão: Os
genético familiar. valores de cfDNA em câncer gástrico localmente avan-
çado ou metastático não parecem ter valor prognóstico.
Contato: MAYRA CALIL JORGE
mayracjorge@gmail.com Contato: SAVIA RAQUEL COSTA NORMANDO
savianormando@hotmail.com
do estudo para identificar pacientes com LMS uterino. possível desenvolvimento de um protocolo institucional
Método de Kaplan-Meier e Cox foram utilizados para de conduta de administração de medicamento oral em
SG e sobrevida livre de progressão (PFS). A segurança pediatria após êmese. Método: Através do Serviço de
foi avaliada utilizando CTCAE 4.0. Resultados: quinze Atendimento ao Consumidor, foi questionado aos labo-
pacientes com LMS uterino (olara+dox N=8, dox N=7) ratórios produtores dos medicamentos antineoplásicos
foram identificados na população com intenção de e adjuvantes orais padronizados para a pediatria em
tratamento. mSG foi 25,0 meses (95% CI: 4,9, não es- um hospital no sul do Brasil qual seria a conduta quan-
timado [n/e]) e 11,4 (3,6, n/e) meses para olara+dox e do o paciente apresenta vômito logo após a ingestão
dox (HR [95% CI] 0,61 [0,175-2,144]), respectivamente. dos medicamentos. Também foram analisadas as bulas
PFS mediana foi de 2,7 (95% CI: 1,1-11,0) e 3,6 (1.0, n/e) dos medicamentos e estudos internacionais. Resulta-
meses para olara+dox e dox (HR [95% CI] 0,93 [0,245- dos: A pesquisa foi realizada para 10 medicamentos.
3,541]), respectivamente. Eventos adversos (AE) grau ≥ Dos 10 laboratórios questionados, 4 responderam que
3 observados em 2 ou mais pacientes com LMS uterino a ingestão de uma nova dose deve ser feita conforme
ou não uterino tratados com olara+dox foram: anemia, critério médico; 2 orientaram que não seja administra-
neutropenia, trombocitopenia ee fadiga. Neutropenia da uma segunda dose após o vômito pelo paciente e 4
febril grau≥3 ocorreu em 3 pacientes com LMS uterino não responderam ao questionamento. Com relação às
e 1 paciente com LMS não uterino. Conclusão: Embora bulas, 8 não continham informações sobre conduta em
o pequeno tamanho da coorte tenha limitado conclu- caso de vômito, 1 recomendava não administrar nova
sões definitivas, o aumento clinicamente significativo dose e 1 indicava procurar um profissional da saúde.
da mSG e o perfil de segurança na população com LMS Conclusão: Conforme informações dos laboratórios, a
uterino tratada com olara+dox versus dox monotera- re-administração do medicamento oral após o vômito é
pia é consistente com aquele relatado na população uma decisão médica. Considerando os aspectos farma-
global de SPM. Esse é um encore abstract apresentado cocinéticos e farmacodinâmicos dos medicamentos e
no congresso da Sociedade de Oncologia Ginecológica com base em levantamentos internacionais, a adminis-
(SGO) 2017 tração de nova dose deve ser feita caso o medicamento
ou seus fragmentos sejam visíveis no produto do vômi-
Contato: CLAUDIA MORATO GUIMARÃES
to e caso este ocorra em até 15 minutos após a degluti-
claudia.morato@gmail.com
ção; se o intervalo for maior do que 60 minutos, não se
deve repetir a administração. Os estudos determinam,
ainda, que cada caso deve ser avaliado individualmente
TEMÁRIO: FARMÁCIA de acordo com o índice terapêutico, o risco da sub ou
CÓDIGO: 60252 sobredose, o tipo e tempo de ação do medicamento e a
duração do tratamento.
ANÁLISE DE INFORMAÇÕES SOBRE Contato: ISABELLE WATANABE DANIEL
CONDUTA DE ADMINISTRAÇÃO DE watanabeisabelle@gmail.com
MEDICAMENTOS ANTINEOPLÁSICOS
E ADJUVANTES ORAIS EM PEDIATRIA
APÓS ÊMESE
TEMÁRIO: TUMORES GINECOLÓGICOS
Autores: Isabelle Watanabe Daniel; Anabel de Oliveira;
CÓDIGO: 59501
Gabriela Schacker; Marcela Bechara Carneiro;
Instituição: HOSPITAL ERASTO GAERTNER
ANÁLISE DE QUALIDADE DE VIDA APÓS
Introdução: O vômito é um reflexo resultante do estí- TRATAMENTO COM QUIMIOTERAPIA
mulo do sistema nervoso cujo intuito é livrar o organis- NEOADJUVANTE SEGUIDA DE
mo de substâncias tóxicas ou irritantes. Além de afetar QUIMIORRADIOTERAPIA DEFINITIVA
o estado nutricional, a qualidade de vida e a adesão a VERSUS QUIMIORRADIOTERAPIA EM
terapias farmacológicas, a êmese pode apresentar rele- CARCINOMA DA CÉRVICE UTERINA
vância clínica quando ocorre após a administração oral
LOCALMENTE AVANÇADO
de medicamentos, visto que gera dúvidas quanto a sua
absorção e efetividade. A questão torna-se mais com- Autores: Fernanda Nunes de Arruda; Renata Rodrigues
da Cunha Colombo Bonadio; Samantha Cabral Severino
plexa na população pediátrica, que geralmente apre-
da Costa; Maria Del Pilar Estevez Diz;
senta êmese e dificuldades na deglutição de formas far-
Instituição: INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO
macêuticas orais. Contudo, protocolos e informações
PAULO
norteadores nesse assunto são escassos e, muitas ve-
zes, de confiabilidade questionável. Objetivo: Levantar Introdução: Qualidade de vida (QoL) de pacientes com
e analisar informações fornecidas por indústrias farma- carcinoma da cérvice uterina localmente avançado
cêuticas e protocolos nacionais e internacionais, para (CCLA) tem sido preocupação importante, associada ao
desenvolvimento de novas estratégias de tratamento. Autores: Elise Nara Sanfelice; Sergio Lunardon Padilha;
O tratamento com quimioterapia neoadjuvante (QT- Jose Zanis Neto; Bruno Grillo; Karina Costa Maia Vianna;
neo) seguida de quimiorradioterapia definitiva (QRT) Vinicius Milani Budel; Almir Antonio Urbanetz;
versus a QRT para CCLA está em análise em estudo Instituição: CIONC
prospectivo. Objetivo: Avaliar e QoL e a vida sexual de
Introdução: DTGs compreendem um grupo de doen-
pacientes com CCLA. Método: Estudo prospectivo, ran-
ças raras. Curitiba possui um hospital do SUS como cen-
domizado, fase II, randomizou pacientes com CCLA, IIB-
tro de referência para encaminhamento e tratamento
-IVA, para QTneo com cisplatina e gencitabina, 3 ciclos,
de Molas. Os casos de Neoplasias Trofoblásticas Ges-
seguida de QRT com cisplatina semanal (grupo 1, expe-
tacionais são encaminhados ao ambulatório de onco-
rimental), ou para QRT com cisplatina semanal (grupo
logia clínica, sendo que o tratamento de escolha nas
2, tratamento padrão). Neste estudo, analisamos a QoL
pacientes de baixo risco é esquema com metotrexate
das pacientes antes do tratamento e em 3, 6, 9 e 12
intramuscular e ácido folínico via oral, no qual apenas
meses com a escala do Estado Global de Saúde da Or-
o D1 do ciclo é aplicado no hospital e os demais dias
ganização Europeia para a Investigação e o Tratamento
são realizados de forma domiciliar. Objetivo: O obje-
do Câncer (EORTC), QLQ-C30, e o módulo do câncer cer-
tivo principal deste trabalho foi determinar a Sobrevi-
vical, QLQ-CX24. Consideramos significantes variações
da Global das pacientes com diagnóstico de Neoplasia
maiores que 10% em relação ao basal. Resultados: 102
Trofoblástica Gestacional atendidas em um hospital do
pacientes foram incluídas na análise, 80 com seguimen-
SUS, no período de Janeiro de 1998 a Janeiro de 2014.
to ≥ 12 meses. Não foram encontradas diferenças de
Os objetivos secundários foram: avaliar a taxa de pa-
qualidade de vida global (QLQ-C30) entre os dois braços
cientes com doença persistente após evacuação molar,
do estudo. Para o módulo QLQ-CX24, o grupo 2 apre-
taxas de resposta aos tratamentos quimioterápicos
sentou piores resultados em relação à preocupação
instituídos e fatores de risco para resistência à quimio-
sexual em 9 meses (p=0.0328) e 12 meses (p=0.0416)
terapia de primeira linha nesta amostra de pacientes.
e à imagem corporal em 12 meses (p=0.0429). Já em
Método: Trata-se de um estudo retrospectivo observa-
relação à comparação dos diferentes momentos com
cional com avaliação de prontuário clínico em amostra
o escore basal para cada grupo, o grupo 1 apresentou
intencional não probabilística. Foram coletados dados
melhora na escala de funcionalidade em 3 (p=0.0001),
de características demográficas, clínicas e laboratoriais.
6 (p=0.0051) e 9 meses (p=0.0259) e da escala de sinto-
A curva de sobrevida global foi determinada pelo mé-
matologia em todos os momentos (p=0.0012, p=0.0227,
todo de Kaplan-Meier. Análises de subgrupos foram
p=0.0236, p=0.006 em 3, 6, 9 e 12 meses). Já o grupo 2
realizadas pelos testes de Chi Quadrado, teste exato
apresentou melhora dos escores de saúde global em 3
de Fisher, t de Student e Mann Withney. Resultados:
(p=0.0008), 6 (p=0.0427) e 9 meses (p=0.0237), da escala
374 pacientes foram identificadas com diagnóstico de
de funcionalidade em 3 meses (p=0.0475) e da escala
Mola Hidatiforme e, destas, 79 pacientes receberam
de sintomatologia em 3 (p=0.006) e 6 meses (p=0.0061).
tratamento quimioterápico por apresentarem doença
Houve piora de sintomas relacionados a neuropatia pe-
persistente após curetagem evacuadora. A taxa de per-
riférica em 9 meses no grupo 1 (p=0.0296), porém sem
sistência foi de 21%. 71 pacientes foram classificadas
diferença em 12 meses. Conclusão: O tratamento com
como de Baixo Risco (89,9%) e 8 pacientes como de Alto
QRT está associado a melhora dos escores de quali-
Risco (10,1%). A taxa de resposta ao tratamento de pri-
dade de vida relacionados à doença, sem prejuízo no
meira linha foi de 70,8%. Um total de 21 pacientes rece-
grupo experimental (QTneo). O tratamento padrão está
beu tratamento de segunda linha, sendo que 12 destas
associado à maior preocupação com atividade sexual
pacientes receberam apenas dactinomicina isolada. A
e imagem corporal. A maior taxa de neuropatia peri-
taxa de resposta aos esquemas de segunda linha foi de
férica relatada no grupo experimental foi revertida em
85,7% para todos os esquemas e 75% para dactinomici-
12 meses. Aguardamos os resultados das análises de
na isolada. Apenas 3 pacientes receberam terceira linha
sobrevida para conclusões adicionais.
de tratamento, com 100% de taxa de resposta ao es-
Contato: RENATA RODRIGUES DA CUNHA COLOMBO quema EMA-Co. Ocorreu apenas um óbito no período,
BONADIO - re_rc_colombo@hotmail.com sendo que a sobrevida global foi de 98,7%. Conclusão:
Este estudo demonstrou curva de sobrevida e taxas de
respostas satisfatórias, mostrando que o esquema de
tratamento com metotrexato domiciliar é factível e que
TEMÁRIO: TUMORES GINECOLÓGICOS o uso da dactinomicina em segunda-linha de tratamen-
CÓDIGO: 59870 to é uma boa opção.
Contato: ELISE NARA SANFELICE
ANÁLISE DE SOBREVIDA E TAXAS elisesanf@gmail.com
DE RESPOSTA À QUIMIOTERAPIA
EM PACIENTES COM NEOPLASIA
TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL EM UM
SERVIÇO DO SUS
36,45% (n=191) delas. Conclusão: Esse estudo concluiu mesmas medidas de segurança ocupacional das drogas
que as familiares de mulheres com câncer de mama citotóxicas. O desconhecimento de riscos no uso em
apresentam hábitos de vida que aumentam o risco pacientes com IH ou IR gera monitoramentos que tal-
para o desenvolvimento da doença, e que, a minimiza- vez não fossem necessários, além da dúvida na neces-
ção desses fatores por meio de estratégias educativas sidade ou não de ajuste de dose. Essa análise aponta
é importante para melhora da qualidade de vida e pre- a necessidade da IF realizar os estudos que não foram
venção de doenças crônicas não transmissíveis como a conduzidos até o registro, para oferecer informações
neoplasia mamária. mais completas sobre seus produtos. Mostra também
a necessidade de um rigor por parte da ANVISA no que
Contato: PATRÍCIA FERREIRA RIBEIRO DELFINO
tange à qualidade das informações. Não basta constar
patricia.feribeiro@gmail.com
que “não foram realizados estudos”, certas informações
deveriam ser obrigatórias para práticas mais seguras.
Contato: RAQUEL FEHR
TEMÁRIO: FARMÁCIA raquelfehr@hotmail.com
CÓDIGO: 60456
ANÁLISE QUANTITATIVA E
QUALITATIVA DAS BULAS DOS TEMÁRIO: FARMÁCIA
ANTICORPOS MONOCLONAIS CÓDIGO: 60504
obrigatórios, porém informações importantes para as to Oncológico do Estado do Pará. A análise genética foi
práticas farmacêuticas não constavam em algumas bu- feita por um painel de 61 marcadores de informativos
las ou não eram claras e objetivas. Em alguns casos a de ancestralidade em duas reações de PCR multiplex.
ausência de estudos em tópicos importantes como a As proporções individuais da ancestralidade genômica
carcinogenicidade e teratogenicidade, prejudica deci- foi estimada no software Structure e as análises estatís-
sões relacionadas à biossegurança. Há necessidade de ticas no programa SPSS 23.0. Resultados: Observamos
um melhor entendimento por parte da indústria farma- que entre os pacientes investigados 8% desenvolveram
cêutica sobre as informações no uso dos medicamen- algum tipo de toxicidade. Em relação às médias de an-
tos para se empenharem no fornecimento destas. cestralidade obtivemos os seguintes dados: europeus
(paciente sem toxicidade - 47%; pacientes com toxici-
Contato: RAQUEL FEHR
dade – 37%), africanos (paciente sem toxicidade – 24%;
raquelfehr@hotmail.com
pacientes com toxicidade – 18%) e ameríndios (paciente
sem toxicidade – 29%; pacientes com toxicidade – 45%).
Foram encontradas diferenças estatisticamente signifi-
TEMÁRIO: HEMATOLOGIA cativa para a ancestralidade ameríndia nos grupos com
CÓDIGO: 60291 e sem toxicidade (p= 0,04). Conclusão: Concluimos que
a elevada contribuição ameríndia é um fator importante
ANCESTRALIDADE AMERÍNDIA associado com o desenvolvimento à toxicidade a terapia
com o mesilato de imatinibe.
ASSOCIADA À TOXICIDADE DE
PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE Contato: KARLA BEATRIZ CARDIAS CEREJA PANTOJA
CRÔNICA TRATADOS COM MESILATO karlacereja.ufpa@gmail.com
DE IMATINIBE NA REGIÃO NORTE DO
BRASIL
Autores: Karla Beatriz Cardias Cereja Pantoja; Tereza TEMÁRIO: PULMÃO
Cristina de Brito Azevedo; Darlen Cardoso de Carvalho;
CÓDIGO: 60290
Marianne Rodrigues Fernandes; Roberta Borges
Andrade; Amanda Cohen de Nazaré Lima de Castro;
Juliana Carla Gomes Rodrigues; Natasha Monte da Silva; APROVAÇÃO E INCORPORAÇÃO DE
Luciana Pereira Colares Leitão; Ney Pereira Carneiro NOVOS MEDICAMENTOS PARA O
dos Santos; TRATAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ NO BRASIL: COMPARAÇÃO COM
Introdução: O mesilato de Imatinibe é um fármaco OUTRAS AGÊNCIAS REGULATÓRIAS
alvo específico que melhorou a sobrevida e o bem-estar Autores: Guilherme Sartori; Ana Caroline Zimmer
dos pacientes com Leucemia mieloide crônica (LMC) e Gelatti; Gustavo Werutsky; Maria Helena Sostruznik;
é utilizado como tratamento de primeira linha da LMC. Valéria Sgnaolin; Vitor Maineri Pinto; Maicon Joel
Cimarosti; André Poisl Fay; Carlos Henrique Escosteguy
A principal característica dessa leucemia é a presença
Barrios;
do cromossomo filadelfia, que consiste na translocação
cromossômica entre os cromossomos 9 e 22 [t(9;22) Instituição: HOSPITAL CÂNCER MÃE DE DEUS; CENTRO
DE PESQUISA ONCOLOGIA HOSPITAL SÃO LUCAS
(q34; q11)], e resulta na formação da proteína BCR-ABL
com atividade enzimática tirosina-quinase constitutiva e Introdução: O câncer de pulmão é a principal causa de
desregulada. Aproximadamente 25% dos pacientes que morte relacionada ao câncer no Brasil. Devido à morta-
utilizam o mesilato de imatinibe têm resistência ao me- lidade, a incorporação de novas drogas à prática clini-
dicamento, seja por toxicidade ou por falha na resposta. ca é de extrema relevância. Objetivo: O objetivo desta
Ainda que os eventos de toxicidade grave ao mesilato análise é comparar as datas de registro dos últimos me-
de imatinibe sejam raros, há casos em que é necessá- dicamentos aprovados para o tratamento do câncer de
ria a interrupção do tratamento por esta causa. Sabe-se pulmão entre as agências regulatórias dos Estados Uni-
que a ancestralidade é um fator que influencia a respos- dos (Food & Drug Administration - FDA), União Européia
ta ao tratamento em alguns esquemas quimioterápicos (European Medicines Agency - EMA) e Brasil (Agência
e já é utilizado como critério para a dosagem correta. Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA), assim como a
Denota-se então a importância do estudo da ancestra- data em que esses medicamentos passaram a ser dis-
lidade, principalmente em populações miscigenadas ponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS). Méto-
como a da região norte do Brasil, que compõem a amos- do: Os dados foram coletados através das informações
tra desse estudo. Objetivo: O objetivo deste estudo foi de domínio público disponibilizadas pelas agências,
analisar a ancestralidade genômica como um potencial dos valores de repasse da Autorização de Procedimen-
fator de risco a toxicidades à terapia com mesilato de tos de Alta Complexidade, de pareceres da Comissão
imatinibe. Método: A amostra foi formada por 105 pa- Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS e da
cientes com LMC e tratados com mesilato de Imatinibe precificação pela Câmara de Regulação do Mercado de
atendidos em um hospital de referência em tratamen- Medicamentos. Foram analisados os prazos de aprova-
ção e os desfechos primários dos estudos pivotais de ção da proteína BCR-ABL com atividade enzimática ti-
docetaxel, pemetrexede, bevacizumabe, erlotinibe, ge- rosina-quinase desregulada. O tratamento de primeira
fitinibe, afatinibe, nivolumabe, pembrolizumabe e cri- linha para LMC é feita com o uso do mesilato de imatini-
zotinibe. Resultados: O FDA foi pioneiro na aprovação be, um inibidor de tirosina-quinase. Ainda que este seja
de todas as drogas avaliadas, na maioria delas a data um fármaco alvo específico, a literatura relata a falha
de aprovação antecedeu a publicação do ensaio clinico da resposta de cerca de 25% dos pacientes durante o
pivotal. A mediana de tempo para aprovação pelo EMA, tratamento da LMC, o que pode estar associado à va-
em comparação com o FDA, foi de 7 meses (0 até 71 riabilidade genética individual. Os genes da família ABC
meses) e o prazo mediano pela ANVISA foi de 32 meses codificam proteínas transportadoras que medeiam o
(12 até 86 meses). Ao comparar a mediana de tempo transporte de substâncias, incluindo medicamentos,
para aprovação levando em consideração o desfecho nas células. Polimorfismos genéticos que alteram a fun-
primário, percebe-se que o menor intervalo ocorreu cionalidade das proteínas codificadas por esses genes
quando o desfecho era taxa de resposta (31 meses), em têm sido relacionadas à resistência de vários fármacos
comparação com sobrevida global (SG) (50 meses) e li- utilizados na prática clínica, incluindo o mesilato de ima-
vre de progressão (32 meses). Dos medicamentos anali- tinibe. Desta forma, investigar polimorfismos nestes ge-
sados, apenas docetaxel, erlotinibe e gefitinibe são dis- nes pode auxiliar o esclarecimento da falta de resposta
ponibilizados no SUS. Erlotinibe e gefitinibe passaram a ao fármaco estudado. Logo, o objetivo deste estudo foi
ser disponibilizados no SUS em 2013. Tendo por base analisar os polimorfismos rs9524885 (C>T), rs4148551
a aprovação pelo FDA, o prazo transcorrido até incor- (T>C) e rs3742106 (A>C) no gene ABCC4 como possí-
poração no SUS foi de 99 meses para erlotinibe e 126 vel marcador de resposta ao mesilato de Imatinibe. A
meses para gefitinibe. Conclusão: Essa análise permite população de estudo foi constituída de 105 pacientes
verificar atrasos significativos na aprovação desses me- com LMC tratados com mesilato de imatinibe em um
dicamentos no Brasil, assim como na sua incorporação hospital de referência em Oncologia do Estado do Pará.
no SUS, acarretando em aumento na mortalidade por A genotipagem do polimorfismo foi realizada por PCR
câncer de pulmão. A droga ter sido aprovada com des- em tempo real, utilizando o aparelho QuantStudio™
fechos mais robustos, como SG, não resultou em me- 12K Flex Real-Time PCR System (Applied Biosystems®,
nor tempo de aprovação. São necessárias modificações Foster City, Califórnia, EUA). Foi utilizado um painel de
nas políticas de análise de novos medicamentos para 61 Marcadores Informativos de Ancestralidade como
uma maior celeridade no processo de aprovação. método de controle genômico. As análises estatísticas
foram realizadas no programa SPSS 23.0. Os resultados
Contato: ANA CAROLINE ZIMMER GELATTI
apontaram que cerca de 7% dos pacientes não respon-
anagelatti@yahoo.com.br
deram ao tratamento e foi encontrada uma significân-
cia estatística para o polimorfismo rs9524885 (genótipo
TT) (p=0,046; OR= 6,833; IC= 1,033-45,186), assim os
TEMÁRIO: HEMATOLOGIA pacientes que apresentam esse genótipo possuem 6
CÓDIGO: 60265 vezes mais chances de não responder ao tratamento
da LMC. Em conclusão, nossos dados mostraram que
ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS o polimorfismo rs9524885 no gene ABCC4 é significan-
temente importante para resposta dos pacientes com
NO GENE ABCC4 COM A RESPOSTA
LMC tratados com mesilato de imatinibe na região Nor-
AO TRATAMENTO COM MESILATO te do Brasil e pode ser usado como provável marcador
DE IMATINIBE EM PACIENTE COM preditivo de resposta.
LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA NA
REGIÃO NORTE DO BRASIL Contato: KARLA BEATRIZ CARDIAS CEREJA PANTOJA
karlacereja.ufpa@gmail.com
Autores: Karla Beatriz Cardias Cereja Pantoja; Tereza
Cristina de Brito Azevedo; Darlen Cardoso de Carvalho;
Marianne Rodrigues Fernandes; Natasha Monte da
Silva; Juliana Carla Gome Rodrigues; Luciana Pereira
Colares Leitão; Roberta Borges Andrade; Amanda de TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS)
Nazaré Cohen Lima de Castro; Ney Pereira Carneiro dos CÓDIGO: 60004
Santos;
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ ASSOCIAÇÃO DE UM POLIMORFISMO
NO GENE ABCC4 COM A RESISTÊNCIA
Introdução: A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é a proli-
AO TRATAMENTO QUIMIOTERAPIA A
feração excessiva das células de linhagem granulocítica
do sistema hematopoiético e tem como principal ca-
BASE DE FLUOROPIRIMIDINAS
racterística a presença do cromossomo Filadélfia, que Autores: Marianne Rodrigues Fernandes; Juliana Carla
consiste na translocação cromossômica recíproca dos Gomes Rodrigues; Darlen Cardoso de Carvalho; Karla
Beatriz Cardias Cereja Pantoja; Amanda Cohen Castro;
cromossomos 9 e 22 [t(9;22) (q34; q11)], leva à forma-
Luciana Pereira Colares Leitão; Williams Fernandes TEMÁRIO: TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO
Barra; Antonio Andre Conde Modesto; Sidney Emanuel CÓDIGO: 59767
Batista dos Santos; Ney Pereira Carneiro dos Santos;
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ ASSOCIAÇÃO ENTRE AS
Introdução: O esquema terapêutico com base em flu- CARACTERÍSTICAS CLÍNICO-
oropirimidinas tem sido a conduta quimioterápica mais PATOLÓGICAS DO CARCINOMA
utilizada em todo o mundo em vários tipos de tumores PAPILÍFERO DA TIREÓIDE E A MUTAÇÃO
sólidos, incluindo câncer gástrico e colorretal. Poucos BRAF V600E
estudos na literatura especializada relataram a influên- Autores: Clebson Pantoja Pimentel; Bianca Pimentel
cia de marcadores farmacogenômicos em populações Silva; Edivaldo Herculano Correa de Oliveira;
miscigenadas como a população brasileira. Objetivo: Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
Investigar a variabilidade farmacogenômica de diferen-
tes biomarcadores em farmacogenes envolvidos na via Introdução: O Carcinoma Papilífero da Tireóide (PTC)
de metabolismo das fluoropirimidinas em pacientes é um tumor epitelial maligno, responsável por cerca de
com câncer gástrico ou câncer colorretal, subestrutura- 80% dos casos de câncer de tireoide, sendo três vezes
dos de acordo com a resposta ao tratamento. Método: mais comum em mulheres que em homens. Clinica-
Foram incluídos 216 pacientes com câncer colorretal mente o tumor apresenta-se como um nódulo tireoi-
ou gástrico que receberam tratamento quimioterá- diano palpável, nem sempre notado pelo próprio pa-
pico a base de fluoropirimidinas. Foram investigados ciente, sendo geralmente diagnosticado por acaso ou
32 SNPs em 16 farmacogenes (ABCB1, ABCC2; ABCC4; em exames de rotina. Em cerca de 60% dos casos, o
ABCG2, CYP2A6, DPYD, FPGS, ITGB5, MTHFR, SLC22A7, tumor é restrito à glândula, 38% apresentam metás-
SLC29A1, TP53, UMPS, GGH, RRM1, TYMP) utilizando a tases em linfonodos regionais, e 1 a 2% mostram me-
tecnologia TaqMan OpenArray Genotyping, no QuantS- tástases à distância. No contexto do PTC, o gene BRAF
tudio™ 12K Flex Real-Time PCR System. Resultados: (v-raf Murine Sarcoma Viral Oncogene Homolog) tem
A maioria dos pacientes envolvidos neste estudo pos- se destacado uma vez que, representa o principal gene
suíam estadiamento tumoral avançado: III (42,6%) e IV associado a esse tipo de tumor, sendo a mutação BRAF
(39,8%). Todos os pacientes receberam 5-FU, isolada- V600E a principal alteração encontrada. Objetivo: As-
mente (7.4%) ou em associação com outros fármacos, sociar a mutação BRAF V600E com diferentes achados
sendo o esquema de tratamento mais frequente: 5-FU clínico-patológicos dos pacientes com tumores papilífe-
combinado a leucovorin (41,2%), seguido por FOLFOX ros da tireoide. Método: Para identificação da mutação
(40,3%) e FOLFIRI (11,1%). Para as análises, os pacien- foram utilizadas como ferramentas a Reação em Cadeia
tes foram classificados quanto à presença de resposta da Polimerase (PCR), seguida da técnica de sequencia-
radiológica, clínica ou total (clínica e radiológica), neste mento automático direto. Os dados clinico-patológicos
caso a mais frequente entre os pacientes foi resposta foram tabulados por um cirurgião experiente de cabeça
clínica (32,4%). O subestruturamento populacional não e pescoço. Os dados consistiram de: rouquidão, metás-
foi influente nos resultados de associação para os po- tase linfonodal, disfagia, dispneia e hormônios T4 livre
limorfismos farmacogenéticos com o uso de fluoropi- e TSH. A análise estatística foi realizada pelo o software
rimidinas. Na análise de regressão logística utilizando SPSS versão 21. Os dados contínuos foram expressos
como covariáveis de risco: idade, gênero, estadiamento em média e desvio padrão e os dados categóricos fo-
tumoral, ancestralidade européia, administração qui- ram expressos em porcentagem. O teste t de Student
mioterápica por bolus, radioterapia, tipo de tratamen- foi utilizado para avaliar as variáveis contínuas e os
to e tipo de tumor, foi encontrado um polimorfismo testes exato de Fisher e Qui-quadrado foram usados
(rs148551) no gene ABCC4 com associação significativa para analisar as variáveis categóricas. Foi considerado
de risco para a resposta ao tratamento com fluoropiri- p<0,05 como significativo em todas as análises. Resul-
midinas. O modelo dominante de investigação no gene tados: Houve uma associação significativa entre a mu-
ABCC4 apresentou associação significativa com um tação BRAF V600E e rouquidão (p= 0.0001), assim como
efeito de resistência ao tratamento quimioterápico em entre a mutação BRAF V600E e metástase linfonodal (p=
torno de 70% (p=0,0056; OR 0,28). Conclusão: O poli- 0.0164, enquanto nenhuma correlação significativa foi
morfismo (rs148551) no gene ABCC4 demonstrou ser encontrada com disfagia, dispneia e os hormônios T4
um importante biomarcador preditivo de resposta à livre e TSH. Conclusão: Há associação entre mutação
quimioterapia com uso de fluoropirimidinas. BRAF V600E e os achados de rouquidão e metástase
linfonodal em paciente com carcinoma papilífero da
Contato: MARIANNE RODRIGUES FERNANDES tireoide.
fernandesmr@yahoo.com.br
Contato: BIANCA PIMENTEL SILVA
biancapimentel6@hotmail.com
3.6 m (p=0.4) e PFS foi 1.6 x 2.2 m (p =0.6). ECOG, hemo- com terapia anti-estrogênica e que tenham apresen-
globina e metástase hepática foram confirmados como tado falha terapêutica. Método: Foram selecionadas
pior fp. Número de fp conferiram diferentes O1 fator pacientes com câncer de mama metastático RE positi-
(n=13): 9 m; 2 (n=17): 2.8 m, 3 (n =9): 2.2 m (p=0.02); e vo que progrediram após tratamento com inibidor de
PF4.6 m x 1.6 m x 1.2 m. (p=0.03). Conclusão: dados aromatase. A detecção de mutações em ESR-1 (L536R,
sugerem benefício para tt com combo para CU em tt Y537C/N/S, D538G) foi realizada através da metodolo-
2nd, e benefício do uso de plat quando possível, mes- gia de PCR digital a partir de uma amostra de 6ml de
mo em RE, especialmente se PFI > 3 m (ao invés de 12m plasma. Resultados: Foram incluídas até o momento
da maioria dos guidelines). Não houve diferença sig- 15 pacientes e dessas 60% apresentaram pelo menos
nificativa em OS entre pts que receberam Vin e quem uma mutação em ESR-1 no ctDNA. As alterações D538G
não recebeu. A presença dos fp impactou em ambos e Y537N foram as mais frequentemente detectadas
OS and PFS independentemente. Polich pode mostrar nessas pacientes. O maior intervalo entre a interrup-
resultados melhores, pelo menos enquanto os estudos ção do tratamento com inibidor de aromatase e a de-
em imunoterapia estão em andamento. tecção de mutações de ESR-1 no ctDNA foi de 2 anos e
4 meses corroborando com os dados da literatura que
Contato: TATIANA VIEIRA COSTA
mostram que mutações em ESR-1 permanecem detec-
taticosta2@hotmail.com
táveis no DNA circulante por meses ou até anos após a
interrupção da terapia anti-estrogênica. Conclusão: Foi
possível determinar a presença de mutações em ESR-1
TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA no ctDNA de 60% das pacientes com câncer de mama
CÓDIGO: 60030 metastático RE positivo que progrediram na vigência de
terapia anti-estrogênica, mesmo após longos períodos
AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE de interrupção do tratamento.
MUTAÇÕES EM ESR-1 NO DNA Contato: FABIANA BETTONI
CIRCULANTE DE PACIENTES COM fbettoni@mochsl.org.br
CÂNCER DE MAMA METASTÁTICO RE
POSITIVO RESISTENTES A TERAPIA
HORMONAL.
TEMÁRIO: ONCOLOGIA PEDIÁTRICA
Autores: Fabiana Bettoni; Franciele H Knebel; Rudinei CÓDIGO: 59923
DM Linck; Andrea K Shimada; João Victor Alessi; Bruna
M Zucchetti; Max S Mano; Artur Katz; Paulo MG Hoff;
Anamaria A Camargo; AVALIAÇÃO DA MORTALIDADE
Instituição: HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
INFANTOJUVENIL POR LEUCEMIA NO
BRASIL
Introdução: Aproximadamente 70% dos tumores de
Autores: Hanna Franco Gomes; Pedro Gabriel de Souza
mama expressam o receptor de estrógeno α (RE). A Menezes;
grande maioria desses tumores respondem bem a tera-
Instituição: CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG
pia com drogas capazes de inibir a produção de estró-
geno (inibidores de aromatase) ou atuar diretamente Introdução: A leucemia é considerada o tipo de câncer
no receptor (moduladores ou bloqueadores). No entan- infantojuvenil mais comum na maioria das populações.
to, pacientes com doença metastática que respondem Representa cerca de 30% de todos os tumores que
inicialmente a terapia anti-estrogênica invariavelmente ocorrem abaixo dos quinze anos e 20% dos que ocor-
progridem e desenvolvem doença hormônio indepen- rem abaixo dos vinte anos. Segundo estudos do Institu-
dente. Mutações ativadoras no gene ESR-1, que codifica to Nacional do Câncer (INCA), apresenta uma sobrevida
o RE, foram descritas em tumores avançados de mama de 60% aproximadamente. Objetivo: Avaliar os índices
RE positivos resistentes a terapia anti-estrogênica, em de mortalidade por leucemia em crianças e adolescen-
especial ao tratamento com inibidores de aromatase. tes (0-19 anos), no Brasil, entre 2009 e 2013. Método:
Estas mutações estão localizadas no domínio de ligação Foi realizado um estudo retrospectivo dos casos de óbi-
ao ligante resultando em uma ativação constitutiva do to por leucemia, em todas as regiões do Brasil, entre os
receptor. Estudos recentes descreveram a presença de anos de 2009 e 2013. Foram analisados dados de mor-
mutações em ESR-1 também no DNA tumoral circulante talidade do Ministério da Saúde e do INCA. Resultados:
(ctDNA) de pacientes com câncer de mama metastático, A taxa de mortalidade média ajustada por idade para o
reafirmando a relação causal entre a presença de mu- Brasil foi de 14,94 por milhão de crianças e adolescen-
tações em ESR-1 e a resistência adquirida a terapia com tes, no período analisado. Essa taxa foi mais expressi-
inibidores de aromatase. Objetivo: Determinar a fre- va no sexo masculino (17,13 óbitos por milhão) quan-
quência de mutações em ESR-1 no ctDNA de pacientes do comparado ao feminino (12,67). A faixa etária com
com câncer de mama metastático RE positivo tratadas maior índice de mortalidade foi a de 1-4 anos, com taxa
de 16,09. Entre as regiões do país, as que apresentaram
maiores taxas foram a Região Norte (18 por milhão) e a dos últimos 3 meses e adequadas funções renal, hema-
Região Centro-Oeste (16 por milhão), e as menores, Re- tológica e hepática. Pacientes com doença em sistema
giões Nordeste e Sudeste (14 por milhão). Conclusão: nervoso central não controlada foram excluídos. A FEA
Neste estudo foi observado um maior risco de morte foi utilizada via oral na dose de 1500mg/dia por 21 dias,
por leucemia para crianças do sexo masculino, com seguida de 1000mg/dia continuamente em ciclos de 28
idade entre um e quatro anos, além de residentes nas dias. Resultados: Entre Julho de 2016 e Fevereiro de
Regiões Norte e Centro-Oeste do país. Demonstrou-se 2017 foram incluídos e tratados 21 pacientes, com ida-
também, que a leucemia ainda é a neoplasia que mais de mediana de 56 anos (28-69), em sua maioria de sexo
mata crianças e adolescentes no Brasil, enfatizando a masculino (66,7%), metastáticos ao diagnóstico (66,7%)
necessidade de maiores pesquisas e investimentos na e com PS-ECOG 0 (52,4%) e que receberam em média
área de oncologia pediátrica. 3,19 linhas prévias de tratamento. Os pacientes foram
tratados em média por 1,76 meses, sendo observada
Contato: HANNA FRANCO GOMES
doença estável em 8 (38%) pacientes e PD em 13 (62%)
hannafg.hf@gmail.com
pacientes na primeira avaliação de resposta. A SLP me-
diana foi de 1 mês (IC 95% 0,36; 1,64) e a SG mediana
de 7 meses (IC 95% 5,39; 8,61). Não houve toxicidade
TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS) significativa, sendo observada elevação de transamina-
CÓDIGO: 60017 se grau 3 em um paciente. Conclusão: Nas doses estu-
dadas, embora bem tolerada, a FEA não demonstrou
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA E EFICÁCIA sinais mínimos de eficácia em pacientes com CCRm.
DA FOSFOETANOLAMINA SINTÉTICA EM Contato: MILENA PEREZ MAK
PACIENTES COM CÂNCER COLORRETAL smilenamak@yahoo.com.br
AVANÇADO
Autores: Milena Perez Mak; Thomas Giollo Rivelli; Luiz
Antonio Senna Leite; Giovanni Mendonça Bariani;
Leonardo Gomes da Fonseca; Anezka Rubin de Celis TEMÁRIO: TUMORES UROLÓGICOS - PRÓSTATA
Ferrari; Rachel Simoes Pimenta Riechelamnn; Jorge CÓDIGO: 60488
Sabbaga; Paulo Marcelo Gehm Hoff;
Instituição: INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO AVALIAÇÃO DE PREDITORES CLÍNICOS
PAULO E PATOLÓGICOS DE RESPOSTA
Introdução: A fosfoetanolamina (FEA) é uma amina
A ACETATO ABIRATERONA (AA)
primária e que possui papel central na biossíntese dos EM PACIENTES COM CÂNCER DE
fosfolípides de membrana celular. Estudos pré-clínicos PRÓSTATA METASTÁTICO RESISTENTE À
sugeriram potencial antitumoral da FEA a partir da ob- CASTRAÇÃO (MCPRC)
servação dos efeitos citotóxicos em células tumorais Autores: Pedro Henrique Ferraro da Silveira; Marcelo
com os análogos sintéticos de lisofosfatidilcolina, uma Petrocchi Corassa; José Augusto Rinck Junior; Luiza
nova categoria de medicamentos coletivamente cha- Damian Ribeiro Barbosa; Audrey Cabral Ferreira de
mados de alquilfosfolípides antineoplásicos que apre- Oliveira; Thiago Bueno de Oliveira; Maria Nirvana da
sentam como alvo as membranas celulares. Dado que Cruz Formiga;
esta substância vinha sendo utilizada com tratamento Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
alternativo por pacientes oncológicos e sem relatos co- Introdução: O bloqueio androgênico (BA) constitui a
nhecidos de toxicidades, este estudo de fase II foi con- principal abordagem terapêutica no câncer de prósta-
duzido. Objetivo: Estudo de fase II de múltiplas coortes ta metastático (mCPRC). Porém, o controle da doença
segundo o método de Simon de 2 fases, com objetivo é transitório, ocorrendo invariavelmente a progressão
primário de determinar a taxa de resposta radiológica para o estágio de resistência à castração, situação clí-
por RECIST versão 1.1 em 8 semanas da FEA em mono- nica caracterizada por progressão tumoral, a despeito
terapia. Os objetivos secundários foram toxicidades re- de níveis séricos baixos de testosterona. A Abiraterona
lacionadas ao tratamento, sobrevida global (SG), sobre- (AA) é uma das opções terapêuticas no mCPRC, aumen-
vida livre de progressão (SLP). Método: Considerando tando a SG. Objetivo: Avaliar a associação da respos-
um erro alfa de 5% e beta de 10% seriam necessárias 2 ta ao uso de AA com fatores clínicos e patológicos no
de 21 respostas na primeira fase para prosseguir a se- mCPRC. Método: Estudo retrospectivo, observacional,
gunda fase. Foram incluídos pacientes com tumores só- unicêntrico, a partir de prontuários de pacientes porta-
lidos avançados em múltiplas coortes. Descrevemos a dores de mCPRC, que usaram AA entre 2012-2016. Fo-
seguir a coorte de pacientes com câncer colorretal me- ram avaliados dados anátomo-patológicos dos tumo-
tastáticos (CCRm), refratários ao menos a 5-fluoruracil, res, assim como variáveis clínico-laboratoriais: ECOG,
oxaliplatina e irinotecano, com performance status (PS- PSA inicial(PSAi), resposta ao BA inicial, PSA doubling-ti-
-ECOG) 0 ou 1, com progressão de doença (PD) dentro me(PSA-DT), fosfatase alcalina sérica. A variável tempo
para progressão(TPP) foi calculada como tempo entre submetidos a tratamento oncológico no Brasil. Mate-
início do AA e a primeira progressão tumoral. Análise rial e Método: Pacientes com NCP foram solicitados a
estatística correlacionando TPP e variáveis clínicas, foi completar dois questionários: EORTC QLQ-30 e EORTC
realizada mediante o método de Kaplan-Meier. Resul- HN-43, antes de iniciar o tratamento protocolar de sua
tados: Foram incluídos 141 pacientes em uso de AA. A instituição e, posteriormente, a cada três meses, duran-
mediana de idade ao diagnóstico foi de 64 anos(46-83), te seu seguimento clínico. Os escores de QV de foram
69% eram não-metastáticos inicialmente e 80% apre- avaliados no tempo 3, 6 e 9 e 12 meses após o primei-
sentava ECOG 0-1. Do total de pacientes 55% apresen- ro questionário. A comparação se deu pelo método do
tava Gleason ≥ 8, 77% apresentaram resposta ao BA teste “t de student” foi considerada estatisticamente
inicial >12 meses e 44% tinha PSA-DT pré uso de AA < significativa se p<0,05. Foram incluídos 485 pacientes
3 meses. O PSAi mediano foi de 20ng/dL e 6% dos tu- de 13 instituições espalhadas pelo país, sendo 81,6%
mores expressava marcadores neuroendócrinos (MN). do sexo masculino, com os seguintes estadiamentos:
Quanto ao momento de uso de AA, 58,2% usaram pré 7,7% estádio I, 9,0% estádio II, 19,9% estádio III, 50,9%
quimioterapia e a mediana de PSA pré AA foi de 35 ng/ estádio IVa e 12,6% estádio IVb. Quanto ao sítio, 37,1%
mL, com tempo médio máximo para declínio de PSA de tinham tumor da cavidade oral, 25,6% da orofaringe e
9,5 semanas, sendo que 44% experimentaram queda 23,3% da laringe. Foram abordados inicialmente com
de PSA > 50% e 18% tiveram PSA-DT durante uso de cirurgia 33,4% dos doentes e 66,6%, foram tratados
AA < 3 meses. Fosfatase alcalina (FA) sérica estava al- com RT associada ou não à quimioterapia radiosensi-
terada em 24% dos pacientes. O TPP mediano com AA bilizante, composta principalmente de cisplatina. O se-
foi de 8 meses (2-54 meses). Na análise de eficácia ao guimento médio foi de 7,3 meses. Resultados: A média
tratamento, a presença de MN, resposta ao BA inicial, do score de QV pré-tratamento e aos 3, 6 e 9 meses e 12
PSA-DT pré AA, ECOG, uso de AA pré-Docetaxel, FA alta, meses foram: 64,5 (± 22,6) – 61,2 (± 23,3) – 67,7 (± 21,0)
PSA-DT durante AA e Declinio do PSA >50%, demons- – 72.9 (± 19,3) e 69.6 (±18,8), respectivamente. O escore
traram significância estatística como fatores associados médio pré-tratamento dos pacientes com estádio I/II foi
a maior resposta a AA. Conclusão: No mCPRC não há maior do que o dos pacientes com estádios III/Iva/IVb
biomarcadores de resposta às novas drogas e a sequ- (69,0 vs. 63,7; p=0,04), entretanto, esta diferença não se
ência de tratamento ainda é um grande desafio. Nossos manteve aos 6 meses (75,0 vs. 66,0; p=0,29). Não foram
dados mostram associação de alguns fatores clínicos e observadas diferenças significativas quando compara-
patológicos com resposta a AA, podendo ser avaliados dos pacientes com tumores originados em orofaringe,
em outros estudos como possíveis ferramentas na de- cavidade oral ou laringe, mesmo quando considerados
cisão terapêutica do mCPRC. somente aqueles com lesões localmente avançadas (es-
tádio IVa e IVb) (p>0,05). Conclusão: Observou-se, nes-
Contato: PEDRO HENRIQUE FERRARO DA SILVEIRA
te grupo de enfermos, um maior comprometimento da
phferraro@hotmail.com
qualidade de vida naqueles com neoplasias localmente
avançadas antes de iniciado o tratamento. Esta diferen-
ça, provavelmente devido ao pequeno seguimento, não
TEMÁRIO: TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO se manteve ao longo do tempo. Tratam-se, no entanto,
CÓDIGO: 60374 de resultados preliminares, dado o curto acompanha-
mento a que foram, até o momento, submetidos os
AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA pacientes.
EM PACIENTES COM NEOPLASIAS DE Contato: MARCOS ANTONIO DOS SANTOS
CABEÇA E PESCOÇO SUBMETIDOS marcosrxt@gmail.com
A DIFERENTES MODALIDADES DE
TRATAMENTO ONCOLÓGICO NO
BRASIL.
TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS)
Autores: Marcos Santos; Luis Felipe Oliveira e Silva; CÓDIGO: 59431
Ricardo Vilela; Hugo Kohler; Aline Lauda; Luis Kowalski;
Christian Domenge;
AVALIAÇÃO DE SEGMENTAÇÃO
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
INDIVIDUALIZADA DA IMAGEM
Introdução: O tratamento das neoplasias de cabeça e TUMORAL DE 18F-FDG PET/
pescoço (NCP) pode afetar uma variedade de funções CT NA RESPOSTA À TERAPIA DE
fisiológicas, com grande potencial de provocar compro- QUIMIOIRRADIAÇÃO NEOADJUVANTE
metimento considerável de qualidade de vida (QV) dos EM PACIENTES COM CÂNCER DE RETO
pacientes. Objetivo: deste estudo, prospectivo e mul-
Autores: Theara Cendi Fagundes; Arnoldo Mafra; Ana
ti-institucional, foi avaliar a QV em pacientes com NCP
Carolina Guimarães de Castro; Rodrigo Gomes Silva;
Luciana Costa Silva; Priscilla Teixeira Aguiar; Josiane TEMÁRIO: TUMORES GINECOLÓGICOS
Andrade Narciso Silva; Eduardo Paulino Júnior; Alexei CÓDIGO: 60283
Manso Machado; Marcelo Mamede;
Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE AVALIAÇÃO DO RISCO DE PROGRESSÃO
FEDERAL DE MINAS GERAIS DE LESÕES CERVICAIS ASSOCIADO AO
Introdução: O câncer colorretal é uma doença de re- DIAGNÓSTICO CITOLÓGICO
levância representando o terceiro câncer mais inciden- Autores: Aniúsca Vieira dos Santos; Giovana Tavares dos
te no Brasil e no mundo e quarto câncer mais letal no Santos; Maiquidieli Dal Berto; Taiana Haag; Rosicler Luzia
mundo. O tratamento padrão para o câncer de reto Brackmann; João Carlos Prolla; Claudia Giuliano Bica;
(CR) localmente avançado compreende quimiorradia- Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA
ção neoadjuvante seguida de cirurgia radical. Tomogra- SAÚDE DE PORTO ALEGRE
fia de emissão de positron (PET) com fluordeoxiglicose
Introdução: O câncer do colo do útero é uma das ne-
(FDG) marcada com Fluor-18 (18F-FDG) tem sido usada
oplasias mais incidentes na população feminina mun-
para avaliar resposta à terapia em diferentes tipos de
dial, sendo que no Brasil é a terceira neoplasia mais
câncer Em câncer de reto trabalhos previamente pu-
incidente e de elevada taxa de óbitos por câncer entre
blicados têm mostrado um uso promissor de 18F-FDG
as mulheres. Entre as principais políticas públicas re-
PET/CT como ferramenta para diferenciar responde-
lacionadas a esta doença, destacam-se os programas
dores de não respondedores. 18F-FDG PET/CT é um
de rastreamento baseados em citologia. Estes exames
exame capaz de fornecer informações metabólicas
contribuem para o diagnóstico precoce e o tratamen-
de células cancerígenas viáveis através da informação
to adequado das anormalidades cervicais, bem como
metabólica de retenção de radiotraçador, todavia não
para o aumento das chances de cura da paciente. Além
há consenso em como quantificar esta análise. Inde-
disso, permitem a atualização de indicadores relacio-
pendentemente do uso extensivo da captação tumoral
nados às taxas das lesões cervicais, de progressão da
mais intensa do 18F-FDG (conhecida como SUVmax)
doença, e da eficácia dos programas de saúde. Obje-
como representativo do consumo glicolítico do tumor
tivo: Analisar o risco de progressão de lesões cervicais
nas imagens de PET, há uma tendência para aplicar
conforme o diagnóstico citológico inicial. Método: Es-
volume metabólico. Objetivo: Avaliar um método não
tudo de coorte, realizado em um serviço de saúde de
invasivo de segmentação tumoral utilizando a 18 F-F-
referência em oncologia da região Sul do Brasil. Foram
DG PET para predizer a resposta à quimiorradioterapia
analisados laudos de esfregaços cervicais primários no
neoadjuvante em pacientes com câncer de reto. Méto-
âmbito de programas de rastreio e rastreio oportunista,
do: A amostra consistiu de pacientes com câncer retal
do sistema de saúde público e privado. A partir do exa-
em estádios II e III submetidos ao exame de 18F-FDG
me citológico inicial, avaliamos os registros de exames
PET/CT antes e 8 semanas após quimioirradiação. Foi
anatomopatológicos e citológicos posteriores. O desfe-
aplicada uma metodologia de segmentação tumoral in-
cho progressão das lesões cervicais foi definido como
dividualizada para gerar volumes tumorais (SUV 2SD).
um segundo diagnóstico anormal, porém de lesão cer-
A resposta terapêutica foi avaliada nos espécimes res-
vical com maior grau de displasia, durante o período
secados utilizando as recomendações do protocolo de
de follow-up (entre janeiro de 2010 e julho de 2017).
Dworak. Variáveis foram geradas e comparadas com os
As análises estatísticas foram realizadas no programa
resultados histopatológicos. Resultados: 17 pacientes
estatístico SPSS Versão 23.0. Resultados e Conclusão:
foram incluídos e analisados. Foram observadas dife-
foram incluídas 3.693 mulheres com diagnóstico cito-
renças significativas entre os respondedores (Dworak
lógico cervical anormal, sendo que 1.996 (54%) apre-
3 e 4) e não respondedores para SUV max-2 (p <0,01),
sentavam registro de exames de follow-up. Em relação
SUV 2SD-2 (p <0,05), SUV 40%-2 (p <0,05), SUV 50%-2 (p
à evolução das lesões, foram 252 casos com desfecho
<0,05) e SUV 60%-2 (p < 0,05). As análises ROC mostra-
progressão. As mulheres com Atipia em epitélio glan-
ram áreas significativas sob a curva (p <0,01) para a me-
dular (AGC) apresentaram a progressão das lesões no
todologia proposta, com sensibilidade e especificidade
menor período de tempo (49 meses). Em contraste, as
variando de 60 a 83% e 73% a 82%, respectivamente.
mulheres com diagnóstico citológico inicial de Atipia em
Conclusão: O presente estudo confirmou o poder pre-
epitélio escamoso (ASC) apresentaram a progressão
ditivo das variáveis utilizando metodologia não invasiva
das lesões no maior período de tempo (62,4 meses).
individualizada para segmentação tumoral baseada em
Na análise de hazard ratio, o risco de progressão das
imagens 18 F-FDG PET/CT para avaliação de resposta à
anormalidades cervicais foi 2,1 vezes maior para mu-
terapia neoadjuvante em pacientes com câncer de reto.
lheres com diagnóstico de AGC, em comparação com as
Contato: THEARA CENDI FAGUNDES mulheres com diagnóstico citológico de ASC (95%IC 1,3
cendithe@gmail.com - 3,4 e p<0,01). Esta associação identificada entre a cito-
logia inicial de AGC e o elevado risco para desfecho de
progressão, reflete a importância de estudos adicionais
que avaliem fatores de risco relacionados à evolução de a incorporação de agentes biológicos nos preços atual-
anormalidades em epitélio glandular cervical. mente tabelados ao arsenal terapêutico disponível hoje
pelo SUS não pode ser considerada custo-efetiva para
Contato: ANIÚSCA VIEIRA DOS SANTOS
o tratamento do CCRm. A utilização da sequência FOL-
any_v_s@yahoo.com.br
FOX-FOLFIRI, com infusor domiciliar para quimioterapia
pode ser a estratégia mais custo-efetiva hoje, dentro da
realidade do SUS.
TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS) Contato: ANDRÉ SASSE
CÓDIGO: 60549 andre.sasse@sonhe.med.br
AVALIAÇÃO FARMACOECONÔMICA
DE DIFERENTES SEQUÊNCIAS DE
QUIMIOTERAPIA PARA PACIENTES COM TEMÁRIO: PESQUISA CLÍNICA
CÂNCER COLORRETAL METASTÁTICO CÓDIGO: 60304
performance Status de desempenho - KPS <50 % (HR culante por biópsia líquida (Guardant 360) de 20/10/16
2,44, CI95% 1,57-3,81, p <0,001) e Índice de Comorbi- até 11/04/17. Resultados: No total, a análise por NGS
dade de Charlson - CCI> 2 (HR 1,66, CI95% 1,09-2,52, no tumor foi realizada em 143 PTs, sendo encontra-
p = 0,018). Um escore clínico foi construído usando o das mutações em 98 (68%). Encontrado 59 PTs (41%)
número de instrumentos alterados CGA. O risco de com mutações “driver” para os quais havia terapia-alvo
morte precoce foi se três: HR 13,00, CI95% 5,70-29,60, p disponível assim distribuídas: EGFR: 49; MET: 2; BRAF:
<0,001, se dois: HR 5,65, CI95% 2,61-12,22, p <0,001 ou 3; ROS1: 2; inserção do éxon 20 HER2: 2. Dos 49 PTs
se um: HR 2,74, CI95% 1,28-5,84, P = 0,009. Conclusão: com EGFR mutado, foi testada e detectada a presença
um modelo prognóstico prático usando três instrumen- de mutação de resistência T790M em 14 PTs. Avaliação
tos da AGA foram identificados como fatores preditores por biópsia líquida foi realizada em 21 PTs, sendo de-
independentes de morte precoce pode prever o risco tectadas mutações “driver” em 7 (33%) assim distribu-
em ECP, independentemente da idade, local do tumor ídas: MET: 1; ROS1: 1, inserção éxon 20 HER2: 1, EGFR
e estágio de câncer. O desenvolvimento de um sistema éxons 19 a 21: 1; EGFR T790M: 4. Em 1 dos casos com
prático de pontuação de risco, incorporando poucos mutação T790M detectado por biópsia liquida, a muta-
fatores prognósticos clínicos, pode ajudar a estratificar ção não havia sido detectada pelo NGS em amostra te-
pacientes em grupos de risco e a planejar um atendi- cidual. Em 4 PTs a mesma mutação foi detectada, tanto
mento personalizado no espécime tecidual como na biópsia líquida (1 com
inserção éxon 20 do HER2; 3 com T790M). Conclusão:
Contato: JUREMA TELLES DE OLIVEIRA LIMA
O estudo do perfil molecular de tumores de pulmão,
jurematelles@me.com
seja realizado em amostra tumoral tecidual, seja atra-
vés de biópsia líquida, possibilita identificar mutações
para as quais já temos terapia-alvo disponível, benefi-
TEMÁRIO: PULMÃO ciando os PTs com tratamentos mais específicos e com
CÓDIGO: 59731 menor toxicidade em uma doença para qual, até muito
recentemente, haviam poucas opções de tratamento.
AVALIAÇÃO MOLECULAR EM Contato: BRUNA MIGLIAVACCA ZUCCHETTI
PACIENTES COM CÂNCER DE PULMÃO brunazucchetti@icloud.com
METASTÁTICO POR NEXT-GENERATION
SEQUENCING E BIÓPSIA LÍQUIDA NO
HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
TEMÁRIO: NUTRIÇÃO
Autores: Bruna Migliavacca Zucchetti; Andrea Kazumi
CÓDIGO: 59762
Shimada; João Vitor Alessi; Manuel Cruz; Renata Coudry;
Artur Katz;
BAIXA INGESTÃO DE PROTEÍNA
Instituição: HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
AUMENTA O RISCO DE SARCOPENIA
Introdução: O tratamento do câncer de pulmão não E MORTALIDADE EM PACIENTES COM
pequenas células (CPNPC) metastático mudou drastica- CÂNCER DO TRATO GASTROINTESTINAL
mente nos últimos anos devido a introdução de exames
Autores: Renata Costa Fernandes; Daniella de Brito
que permitem analisar o perfil molecular dos tumores
Trindade; Débora Estevão de Sousa; Emanoelly Pires
e identificar a presença de mutações “driver” passíveis Franco; Millena Nazaré de Carli; Ana Paula Perillo
de tratamento com o emprego de inibidores de tirosi- Ferreira Carvalho; Gustavo Duarte Pimentel;
no-quinase específicos. Outra inovação que a medicina Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
translacional trouxe para a área clínica foi a possiblida-
de de realizarmos pesquisa de DNA tumoral circulante Introdução: A relação entre câncer e estado nutricional
para o diagnóstico destas mutações, permitindo a ob- é de extrema importância visto que há relatos de alta
tenção de amostra de DNA tumoral sem a necessidade frequência de desnutrição nesta população. Uma de
de realizarmos exames invasivos. Objetivo: A proposta suas complicações é a sarcopenia, caracterizada pela
deste trabalho é analisar os casos de pacientes (PTs) diminuição da massa muscular associada à redução da
que tiveram amostras teciduais avaliadas por next-ge- força muscular e fadiga. A piora do estado nutricional
neration sequencing (NGS) cujos exames foram realiza- de pacientes com câncer do trato gastrointestinal é re-
dos em nossa instituição e/ou nos quais foi realizada lacionada à malignidade, toxicidade ao tratamento e
biópsia líquida, mostrando o impacto destas informa- alterações metabólicas como favorecimento do estado
ções na escolha do tratamento e no desfecho clínico. inflamatório, aumento da proteólise muscular e modi-
Método: Coletados dados do prontuário médico dos ficações no metabolismo de nutrientes, o que gera au-
PTs avaliados pelo nosso grupo com diagnóstico com mento da morbidade e mortalidade. Objetivo: Avaliar
CPNPC metastático que realizaram NGS de amostra te- associação entre ingestão proteica, composição corpo-
cidual de 18/06/15 até 01/02/17 e pesquisa de DNA cir- ral e presença de sarcopenia com risco de mortalida-
de. Método: Estudo transversal observacional retros-
pectivo (fevereiro 2016 a junho 2017). Os dados foram prospectivo envolvendo pacientes com câncer de pul-
obtidos por análise de prontuários de pacientes com mão tratados em uma instituição privada, que compre-
diagnóstico de câncer do trato gastrointestinal. Para ende 6 unidades no estado do Rio de Janeiro. Pacientes
determinar o risco de mortalidade, utilizou-se o ques- elegíveis tinham idade de 18 anos ou mais e tinham
tionário PANDORA. Coletou-se informações referentes diagnóstico confirmado entre julho de 2012 e fevereiro
a ingestão proteica pelo recordatório 24 horas e dados de 2017. Para esta análise, apenas pacientes com CPC-
antropométricos (percentual de gordura, força de pre- NP com componente invasivo foram incluídos. Pacien-
ensão manual da mão dominante e índice de massa cor- tes ou familiares foram contatados por telephone para
poral (IMC)). Resultados: Foram avaliados 48 pacientes, garantir que toda informação fosse coletada. A qualida-
sendo 25 homens e 23 mulheres, com idade média de de dos dados foi assegurada através de monitoria e o
62,6 ±11,4 anos. A ingestão média de proteína diária foi estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
de 58,4 ±33,24g, representando 1,13 ±0,66 g/kg/dia. O Resultados: Seissentos e vinte e oito pacientes foram
IMC médio foi de 21,12 ±4,43kg/m² e o percentual de incluídos, dos quais 545 pacientes preencheram todos
gordura corporal foi de 30,26 ±6,9%. A força média de os critérios, com predomínio de histologia não escamo-
preensão manual foi de 23,78 ±9,7kg. Foi observada sa (76,5%). A idade mediana foi de 68 anos (variação
correlação negativa entre a quantidade de proteína di- 21-93) e a maioria era do sexo masculino (54,3%). A
ária total ingerida e o questionário PANDORA (R=-0,48, maioria era tabagista (28,3%) ou ex-tabagista (49,7%),
p=0,0005), assim como quantidade de proteína diária diagnosticada em estadios avançados (estadio III em
por quilogramas de peso (R=-0,34, p=0,016). Também 20,7% e IV em 57,2%). O tratamento tinha intuito curati-
houve correlação negativa entre o IMC e o questionário vo em 38,9% dos casos e incluiu cirurgia em 29,4%. Qui-
PANDORA (R=-0,50, p=0,0002) e o percentual de gordu- mioterapia paliativa foi utilizada em 64,5%, enquanto
ra corporal (R=-0,46, p=0,0008). Em relação à força de quimioterapia adjuvante e neoadjuvante foram usadas
preensão da mão dominante, a correlação encontrada em 10,2% e 5,4%, respectivamente. Radioterapia foi uti-
também foi negativa (R=-0,33, p=0,019). No modelo de lizada em 49,3% dos casos. Testes moleculares foram
análise de regressão logística ajustado por idade e sexo, realizados em 49,3%, principalmente em histologia não
observou-se chance 8,53 maior de desenvolver sarcope- escamosa (92,8%) e em estadios avançados (estadios
nia nos pacientes que consumiam menos que 0,8g de III/IV em 74,8%). A sobrevida global mediana foi de 25,3
proteína por quilograma por dia (p<0,05). Não houve di- meses (IC 95% 22,0-28,6). Os fatores correlacionados à
ferença para o modelo sem ajuste ou ajustado somente sobrevida foram estadio tumoral, performance status,
pela idade. Conclusão: Pacientes oncológicos que apre- grau tumoral, sexo e perda ponderal (p<0,01 em todos).
sentam redução na ingestão proteica apresentam maior Entre os pacientes com doença metastática ou recor-
risco de desenvolver pré-sarcopenia e sarcopenia. rente, a sobrevida foi maior naqueles com testagem
molecular (p<0,001). Conclusão: Pelo nosso conheci-
Contato: RENATA COSTA FERNANDES
mento, este é o estudo prospectivo com maior número
renata_cfernandes@hotmail.com
de casos de CPCNP na saúde suplementar brasileira.
Os desfechos encontrados se assemelham aos de paí-
ses desenvolvidos, sugerindo que dados internacionais
TEMÁRIO: PULMÃO possam ser reprodutíveis localmente. Este banco de
CÓDIGO: 59616 dados serve de base para guiar a alocação de recursos
no future próximo.
CARACTERÍSTICAS E DESFECHOS DE Contato: LUIZ HENRIQUE ARAUJO
PACIENTES COM CÂNCER DE PULMÃO luizaraujo@institutocoi.org
NÃO PEQUENAS CÉLULAS TRATADOS
NA SAÚDE SUPLEMENTAR
Autores: Clarissa Seródio Baldotto; Mayara Batista;
TEMÁRIO: TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO
Flávio Lemos; Mônica Padoan; Natália Carvalho; Perla
Andrade; Mauro Zukin; Nelson Teich; Luiz Henrique CÓDIGO: 59803
Araujo;
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER - INCA CARCINOMA ADENOIDE CÍSTICO DE
GLÂNDULA LACRIMAL: SÉRIE DE CASOS
Introdução: O sistema de saúde brasileiro é dividido EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE
em instituições públicas e privadas, que diferem subs-
REFERÊNCIA – UNIFESP/EPM
tancialmente no nível de acesso ao diagnóstico e trata-
mento. Neste trabalho, apresentamos o primeiro relato Autores: Andrea Morais Borges; Francine Maria
Agostinho Luiz; Camila Brambilla de Souza; Mayndra
de um estudo de mundo real em pacientes com câncer
Mychelle Landgraf; Michelle Samora de Almeida; Daiane
de pulmão de células não pequenas (CPCNP) tratados
Pereira Guimarães;
na saúde suplementar. Método: Trata-se de um estudo
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
te no CGL, a QT parece ser igualmente eficaz e menos será a tendência de novos casos de CE.
tóxica que a QRT e pode ser considerada uma opção
Contato: LUIZ ANTÔNIO RODRIGUES DOS SANTOS
razoável em centros com acesso limitado a radioterapia.
rodrigues.luizs@gmail.com
Contato: MARIANA ARROXELAS GALVÃO DE LIMA
mariarroxelas@gmail.com
TEMÁRIO: PULMÃO
CÓDIGO: 60446
TEMÁRIO: TUMORES TGI SUPERIOR
CÓDIGO: 59924 CUSTO-EFETIVIDADE DO
PEMBROLIZUMABE COMO PRIMEIRA
CORRELAÇÃO ENTRE IDH E A LINHA TERAPEUICA PARA CANCER DE
INCIDÊNCIA DE CÂNCER DE ESTÔMAGO PULMAO NAO PEQUENAS CÉLULAS
NO ESTADO DE PERNAMBUCO ENTRE AVANÇADO
2004 E 2015 Autores: Carmelia Maria Noia Barreto; Mina P.
Autores: Luiz Antônio Rodrigues dos Santos; Alexandre Georgieva; Pedro Nazareth Aguiar Jr; Joao Paulo da
Cesar Vieira de Sales; Silveira Nogueira Lima; Benjamin Haaland; Gilberto de
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Lima Lopes Jr;
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Introdução: O câncer de estômago (CE) é o segundo
mais prevalente na região Nordeste do Brasil. Estimou- Introdução: A imunoterapia tem mudado as perspecti-
-se 20.520 novos casos de CE para o ano de 2016 no vas terapeuticas em tumores sólidos, inclusive no pul-
Brasil. Muitas neoplasias estão relacionadas com o índi- mão, aumentando futuras perspectivas de resposta ao
ce de desenvolvimento econômico da população, onde tratamento e de controle de doença. Objetivo: Avaliar
o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) revela-se a relação custo-efetividade do pembrolizumabe versus
como um bom instrumento para avaliar esse indicador quimioterapia baseada em platina como primeira linha
nas populações. Objetivo: Determinar a relação entre de tratamento do câncer de pulmão não pequenas
o IDH e a incidência do CE no Estado de Pernambuco. células (CPNPC) avançado. Metodologia Foi realizada
Materiais e Método: O estudo foi desenvolvido com uma análise baseada no modelo bayseano de Markov,
dados secundários provenientes de bases de dados. com avaliação de sobrevida estendida para 5 anos. Es-
Avaliou-se a incidência de CE entre o período de 2004 timativas de custo foram baseadas nos valores tanto
a 2015, correlacionando-o com o IDH. A série histórica do Reino Unido, representando a Europa, quanto dos
de novos casos de CE foi consultada no Departamento Estados Unidos, representando a América, para o cal-
de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) culo do ICER (Incremental Cost-Effectiveness Ratio) ou
para todas as cidades do estado de Pernambuco. O custo incremental para cada Ano de Vida Ganho Ajus-
IDH das cidades e o cálculo da população foram base- tado pela Qualidade (QALY). Resultados: O tratamento
ados nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e com pembrolizumabe proporcionou um QALY de 0,65
Estatística (IBGE) para o mesmo período. A incidência [IC95% 0,50-0,91], comparado com 0,19 [IC95% 0,16-
de CE foi calculada para 10.000 habitantes (hab). As ci- 0,22] proporcionado pela quimioterapia baseada em
dades foram agrupadas de acordo com o IDH alto (A), platina. Na perspeciva americana, o ICERs variou de
médio (M) e baixo (B). Comparou-se, através do teste t $173.000 [IC95% $163.000-$183.000] e $201.000 [IC95%
(a 5% de probabilidade), a incidência de CE em cada um $182.000–$232.000] de acordo com o ajuste para as
dos três grupos do IDH. Resultados: Dos 185 municí- terapias de fim de vida (EoL) ou sem esse ajuste, res-
pios do estado de Pernambuco, 177 (96,2%) apresen- pectivamente. Já na perspeciva do Sistema Nacional Bri-
taram novos casos de CE para o período estudado. A tanico, esses valores foram $154.000 [IC95% $144.000
incidência média de CE para as 178 cidades estudadas - $166.000] e $193.000 [IC95% $165.000 - $248.000),
foi de 3.42 casos/10.000hab. Quando as cidades foram respectivamente. Conclusão: Apesar da análise não ter
agrupadas de acordo com o IDH e aplicado o teste t, sido realizada com dados brasileiros, sabemos que o
obteve-se p<0.05, porém sem diferenças entre as mé- custo do Pembrolizumabe no Brasil é cerca de 90% do
dias de incidência (A=3.11 casos/10.000hab; M=3.33 custo nos Estados Unidos. Portanto, com os custos atu-
casos/10.00hab; B=3.94 casos/10.000hab). Verificou- ais, o pembrolizumabe pode não ser considerado cus-
-se uma correlação linear negativa entre a incidência to-efetivo. Análises de casos individualizados e estudos
de CE e o IDH das cidades, definida pela equação: y=- de impacto econômico podem favorecer o acesso à es-
-4.475x+6.3481, com R² = 0.8351, onde Y representa a sas novas terapias para os pacientes que apresentarão
incidência para 10.000hab e X o IDH da cidade. Conclu- o maior benefício.
são: No estado de Pernambuco, o IDH está diretamente Contato: CAMELIA MARIA NOIA BARRETO
relacionado com casos novos de câncer de estômago.
carmeliabarreto@gmail.com
Quanto menor o IDH da cidade pernambucana maior
TEMÁRIO: TUMORES UROLÓGICOS - NÃO PRÓSTATA EAs mais comuns foram fadiga, síndrome mão-pé, náu-
CÓDIGO: 60288 seas e diarreia. Não houve mortes relacionadas ao tra-
tamento. Conclusão: Dados de vida real sugerem que
DADOS DA VIDA REAL DA EFICÁCIA o uso de sunitinibe ou pazopanibe no tratamento do
E SEGURANÇA DE SUNITINIBE E CRCC metastático é seguro e eficaz na população bra-
PAZOPANIBE EM PRIMEIRA LINHA sileira. Ambas as drogas foram bem toleradas, porém
NO CARCINOMA RENAL DE CÉLULAS o pazopanibe apresentou melhor perfil de toxicidade
CLARAS METASTÁTICO: EXPERIÊNCIA DE nessa população.
CENTRO ÚNICO NO BRASIL Contato: MIRELLA NARDO
Autores: Mirella Nardo; Manoel Carlos Leonardi de mirellanardo@hotmail.com
Azevedo Souza; Pedro Henrique Isaacsson Velho;
Renata Rodrigues da Cunha Colombo Bonadio;
Guilherme Nader Marta; Romualdo Barroso Sousa;
Marcela Coelho Mesquita; Bruno Melo Fernandes; TEMÁRIO: MELANOMAS
Diogo Assed Bastos; Carlos Dzik; CÓDIGO: 60655
Instituição: INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO
PAULO DESCRIÇÃO DA FREQUÊNCIA DE
Introdução: O tratamento sistêmico de pacientes com MUTAÇÕES DO BRAF, NRAS E KIT
carcinoma renal de células claras (CRCC) metastático EM PACIENTES COM MELANOMA
evoluiu a partir da incorporação de drogas-alvo anti- AVANÇADO ATRAVÉS DE TÉCNICAS DE
-angiogênicas. Entre os inibidores de tirosina-quinase, SEQUENCIAMENTO (NEXT GENERATION
pazopanibe e sunitinibe são opções em primeira linha. SEQUENCING)
Comparações de eficácia em estudos prévios sugerem
Autores: Rodrigo R. Munhoz; Sibele Inácio Meireles;
resultados semelhantes das duas drogas. Objetivo: Bernardo Garicochea; Olavo Feher; Carlos Augusto dos
Avaliar eficácia e segurança de sunitinibe e pazopani- Anjos; Marina Sahade; Veridiana Pires de Camargo;
be em pacientes (pts) com CRCC metastático tratados Carlos Dzik; Paulo Marcelo Hoff; Renata de Almeida
em centro oncológico público no Brasil. Método:s: Pts Coudry;
com CRCC metastático tratados com sunitinibe ou pa- Instituição: HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
zopanibe em 1ª linha, entre fevereiro de 2009 e março
Introdução: Aproximadamente 40-50% dos pacientes
de 2017, foram analisados retrospectivamente. Foram
com melanoma (Mel) apresentam mutações do gene
avaliadas características clínico-demográficas e des-
BRAF, relacionadas à sensibilidade a inibidores do BRAF
fechos, incluindo toxicidades e sobrevida global (SG).
e inibidores do MEK; ademais, em uma proporção não
Resultados: Um total de 229 pts foram tratados com
desprezível dos casos, outras alterações moleculares
sunitibe (109) ou pazopanibe (120) em 1ª linha. Kar-
que podem servir de alvo para terapias dirigidas podem
nofsky Performance Status (KPS) de pelo menos 80 ao
ser identificadas, incluindo mutações do KIT e NRAS.
início do tratamento foi observado em 60,2% dos pts
Todavia, o conhecimento acerca da frequência dessas
e 73,3% haviam sido submetidos a nefrectomia. Os sí-
mutações na população brasileira é limitado, e técni-
tios de metástases mais comuns foram pulmão (75,5%),
cas amplamente utilizadas como RT-PCR não permitem
linfonodos (62%) e ossos (39,3%). A SG mediana foi de
identificar alguns desses potenciais alvos. Objetivo:
14,4 meses (IC 95% 11,6 – 17,1) na população geral. As
Descrever a frequência mutações do BRAF, NRAS e KIT
medianas foram de 14,7 meses no grupo sunitinibe (IC
em pacientes com Mel avançado através de técnica de
95% 11,5 - 17,8) e 14 meses (IC 95% 9,1 - 18,8) no grupo
sequenciamento. Método: Avaliou-se uma coorte re-
pazopanibe, sem diferença estatística (p 0.909). Quan-
trospectiva de paciente com Mel avançado cujo tumor
do os pts foram estratificados de acordo com o modelo
foi submetido a caracterização molecular entre 2015 e
prognóstico do International Metastatic Renal-Cell Car-
2017, a partir do isolamento de DNA de células tumo-
cinoma Database Consortium, a SG mediana foi 34,2
rais e determinação do status mutacional de regiões
meses (IC 95% 19 – 49,3) no grupo de risco favorável
específicas para os genes BRAF, GNAQ, KIT e NRAS uti-
(33 pts), 16,6 meses (IC 95% 12,8 – 20,3) no grupo de
lizando a metodologia de Next Generation Sequencing
risco intermediário (127 pts) e 8,6 meses (IC 95% 5,9 –
(NGS) e o kit TruSight™Tumor (illumina®). Resultados:
11,3) no grupo de risco desfavorável (68 pts) (p<0.0001).
Foram analisadas amostras de 28 pacientes submeti-
Redução de dose e descontinuação do tratamento de-
das a caracterização molecular por NGS centralizada no
vido a toxicidades foram mais comuns com sunitinibe
Hospital Sírio Libanês. Os sítios primários foram classi-
(63,3% e 28,4%, respectivamente) que com pazopanibe
ficados como de origem cutânea, mucosa ou ocular em
(14,1% e 18,3%, respectivamente). Eventos adversos
18 (64%), 5 (18%) e 2 (7%) dos casos; três(11%) paciente
(EAs) iguais ou superiores a grau 3 foram reportados
foram classificados como de primário oculto. Vinte pa-
com maior frequência com sunitinibe em comparação
cientes eram do sexo masculino e a idade variou de 40
ao pazopanibe (32,8% vs 24,2%, respectivamente). Os
a 88 anos. Mutações do gene BRAF foram identificadas
em 15 casos (54%), incluindo 9 casos de mutação V600E tinal tumor in 2 pts, and in the metastases in 2 pts. Sar-
e 6 casos de V600K. Mutações do KIT ou NRAS ocorre- coma was the dominant histology: rhabdomyosarcoma
ram em 3(11%) e 3(11%), e mais comumente em Mel de was identified in 3 tumors; leiomyosarcoma was obser-
mucosa ou acral. Um caso adicional de Mel uveal apre- ved in 1 tumor; angiosarcoma in 1 tumor; anaplastic
sentou mutação GNAQ. Em 6 casos (21%) não foi iden- carcinoma in 1 tumor and adenocarcinoma in 1 pt. In
tificada nenhuma das mutações investigadas, incluindo addition to the diagnostic orchiectomy, other surgeries
um paciente com resultados inconclusivos. Conclu- were done in all pts. One pt with metastasis showing
são: Mutações dos genes BRAF, NRAS e KIT ocorreram predominantly rhabdomyosarcoma was treated with
com elevada frequência na coorte analisada. Além de adapted chemotherapy (VAC protocol), resulting in di-
maior sensibilidade para mutações do gene BRAF além sease control. With a median follow up of 83 months
do V600E, o uso dirigido de técnicas de NGS permite a (range 11-106), four pts are alive, while 2 pts have died.
identificação de outras alterações moleculares poten- Conclusions: Teratoma with malignant transformation
cialmente relevantes para a escolha do plano terapêu- (TMT) arises in 3-6% of patients with GCTs. Several non-
tico. Frente às peculiaridades étnicas, ambientais e di- -germ cell histologies may occur in association with the
versidade, faz-se necessário um esforço contínuo para germ cell tumor. The identification of somatic malignant
uma melhor caracterização genômica do Mel em nossa transformation is important in many respects: TMT may
população. be associated with a poor prognosis; surgical resection
is the treatment of choice; chemotherapy targeted to
Contato: RODRIGO RAMELLA MUNHOZ
the specific type of somatic neoplasm may be helpful.
munhozrs@gmail.com
Contato: PAMELA CARVALHO MUNIZ
pamelacm@live.com
seguido pelo de trato gastro-intestinal (22%). O trata- significante. Constatou-se que no GC 20% dos partici-
mento adjuvante ocorreu em 70% dos pacientes. Entre pantes apresentaram o escore indicativo de ansieda-
os participantes, 36% referiram dor mesmo com uso de de e nenhum paciente apresentava escore indicativo
analgésicos, e, destes, 52% referiram que a dor piorou para depressão na primeira medida. No GE, 30% dos
durante a infusão da QT. Em geral, as mulheres apre- pacientes apresentavam-se ansiosos na primeira medi-
sentaram mais dor do que os homens (42% vs 15%), na da e 10% deprimidos. Ambos, GC e GE, apresentaram
maioria de forte intensidade (50% vs 7%). Das mulhe- resultados decrescentes no transcorrer do tratamento.
res com dor, apenas 16% estavam em uso de opiódes Ao correlacionar FACT-H&N e HADS, no GC, em todas
fortes sob orientação médica. As causas da dor duran- as medidas o escore total esteve inversamente associa-
te a QT não puderam ser correlacionadas. Conclusão: do aos sintomas de AD, ou seja, quanto maior o escore
Mais de um terço dos pacientes oncológicos estudados de AD, pior a QVRS. No GE, resultado semelhante foi
apresentaram queixa de dor mal controlada durante encontrado para as medidas nos tempo 90 e 180 dias.
a infusão da QT, mostrando que esta queixa tem sido Na analise de variância por grupos, constatou-se que
subavaliada ou desvalorizada nas consultas médica de no GC houve um efeito temporal estatístico significa-
controle. tivo para piora do bem-estar social/familiar (p=0,02) e
das preocupações adicionais (p=0,01). No GE houve um
Contato: LUCIANA BUTTROS DE PAULA -
efeito temporal estatístico significativo para redução da
ubuttros@gmail.com
prevalência de ansiedade (p=0,001) e para melhora do
bem-estar emocional (p=0,01). Conclusão: a estratégia
educativa, multimidiática e baseada nos princípios do
TEMÁRIO: ENFERMAGEM autogerenciamento, favoreceu os pacientes do GE para
CÓDIGO: 60338 uma melhor resposta adaptativa a doença. (Pesquisa
integrante do Processo FAPESP: 2015/09139-7)
EDUCAÇÃO AO PACIENTE COM Contato: EDVANE BIRELO LOPES DE DOMENICO
CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO domenico.edvane@unifesp.br
APOIADA EM MULTIMÍDIA E NO
AUTOGERENCIAMENTO: ESTUDO
EXPERIMENTAL
TEMÁRIO: TUMORES UROLÓGICOS - PRÓSTATA
Autores: Flávia Tatiana Pedrolo Hortense; Cristiane
CÓDIGO: 60414
Decat Bergerot; Edvane Birelo Lopes De Domenico;
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
EFEITO DO POLIMORFISMO ALA16VAL-
Introdução: O câncer de cabeça e pescoço pode re- SOD2 NO DESEQUILÍBRIO DO CÂNCER
sultar em deficiências funcionais e estéticas e as ações DE PRÓSTATA - ANALISE IN VITRO E IN
educativas são importantes no processo de adaptação VIVO
e geração de habilidades para o autogerenciamento.
Autores: Maiquidieli Dal Berto; Giovana Tavares
Objetivo: avaliar comparativamente um programa dos Santos; Aniúsca Vieira dos Santos; Taiana Haag;
educativo multimidiático, baseado nos princípios do Fernanda Barbisan; Verônica Azzolin; Ivana Beatrice
autogerenciamento (GE), com um programa educativo Mânica da Cruz; Claudia Giuliano Bica;
convencional (GC), pelas aferições da qualidade de vida, Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA
ansiedade e depressão. Método: estudo experimental, SAÚDE DE PORTO ALEGRE
randomizado e controlado, com seguimento de 12 me-
Introdução: Segundo o Instituto Nacional do Câncer
ses, de outubro/2015 a abril/2017. Local: ambulatório
foram estimados para o Brasil, em 2017, 61.200 casos
de Otorrinolaringologia de um hospital geral da cida-
novos de câncer de próstata, e seu desenvolvimento e
de de São Paulo. Desenho do GE: programa educativo
sua agressividade têm sido associados com o aumento
apoiado em material impresso e vídeo, submetidos
dos níveis de espécies reativas de oxigênio. O combate
previamente a avaliação de conteúdo. Instrumentos
a estas espécies envolve o sistema antioxidante enzi-
utilizados Functional Assessment Cancer Therapy Head
mático mitocondrial composto pela Superóxido Dismu-
and Neck (FACT-H&N) e Escala Hospitalar de Ansieda-
tase (SOD2) e Glutationa Peroxidase (GPx). Nos seres
de e Depressão (HADS). Análises estatísticas: Exato de
humanos há um polimorfismo denominado Ala16Val-
Fisher, correlação de Pearson e de Spearman e análise
-SOD2, que consiste de três possíveis genótipos: AA
de variância para medidas repetidas. Resultados: dos
(associado a uma elevada atividade da enzima SOD2,
20 pacientes selecionados, dez compuseram o Grupo
com maior produção de peróxido de hidrogênio- H202)
Controle (GC) e dez o Grupo Experimento (GE). Houve
VV (menor atividade da SOD2 com aumento dos níveis
diferença significativa no escore total do FACT-H&N
do Superóxido – O2•-) e AV (equilíbrio entre ambos).
(0,0012), considerando a interação grupos e tempos.
Estudos demonstraram que indivíduos portadores do
Na análise da HADS, não houve diferença estatística
genótipo AA possuem mais risco de desenvolver câncer
de próstata. Entretanto, o impacto do polimorfismo da (n=41). Todos os participantes foram avaliados antes e
SOD2 na agressividade tumoral do câncer de próstata após a intervenção por meio de formulário com dados
ainda não foi avaliado. Objetivo: Avaliar a associação sociodemográficos e clínicos,Escala numérica de dor,Es-
do polimorfismo Ala16Val-SOD2 e a agressividade do cala de capacidade funcional de Karnofsky, Pictograma
Câncer de Próstata através de dois protocolos, in vivo de Fadiga,Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão
e in vitro combinado. Método: A etapa in vivo consis- e Escala de Qualidade de Vida (EORTC-30).O grupo ex-
tiu de um estudo de caso controle, onde foram anali- perimental recebeu a IME uma vez por semana (6 ses-
sados 305 indivíduos, sendo 249 controles e 56 casos, sões com estratégias educativas sobre o manejo de
oriundos de um hospital de referência de Porto Alegre/ sintomas, técnicas de resolução de problemas e técni-
RS. Todos os pacientes eram caucasianos, com 50 anos cas de relaxamento) e uma pasta contendo CD e diário
de idade. Os critérios de inclusão foram pacientes com de sintomas.O grupo controle recebeu uma pasta com
diagnóstico patológico de adenocarcinoma de próstata. o diário de sintomas e o cuidado usual (consultas de
A classificação para o estadiamento TNM foi baseada enfermagem, orientações de rotina, acesso ao progra-
nos critérios American Joint Committee e o grau pelo ma Alô Enfermeiro, para tirar dúvidas ao longo do tra-
escore de Gleason. Amostras de sangue foram coleta- tamento). As enfermeiras que aplicaram a intervenção
das, buscando analisar o polimorfismo pela técnica de foram treinadas e seguiram o manual da intervenção. O
reação em cadeia da polimerase (PCR). A etapa in vitro estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
foi realizada para investigar o impacto do desequilíbrio e seguiu todos os preceitos éticos para pesquisa com
da SOD2 sobre a proliferação celular. Células da linha- seres humanos. Para análise dos dados utilizou-se um
gem de câncer de próstata foram expostas a um gra- modelo de efeitos mistos para comparação dos des-
diente de concentração de paraquat e de porfirina a fim fechos entre os grupos. Resultados: Os participantes
de criar uma semelhança observada nos genótipos VV eram mulheres (54,5%),com idade média de 55 anos,10
e AA da SOD2. Resultados: Portadores do genótipo VV anos de escolaridade média e boa capacidade funcio-
apresentaram uma maior pontuação de Gleason, mos- nal. No início do estudo os grupos não apresentaram
trando-se mais agressivo, comparados ao genótipo AA. diferença significativa quanto ao sexo, idade, escolari-
Na análise in vitro somente a porfirina (AA) foi capaz de dade, renda, tipo de câncer e tipo de tratamento. Após
diminuir a proliferação e inibir significativamente o ciclo a intervenção o grupo experimental apresentou redu-
celular na fase S. Conclusão: Os resultados descritos ção significativa da perda de apetite (p=0,001) e tendên-
sugerem que a alteração do estado redox pode ser ex- cia de redução da insônia (p=0,056). Não se observou,
plorada terapeuticamente no tratamento do Câncer de no entanto, superioridade do grupo experimental em
Próstata, merecendo ser investigado em estudos pré- relação ao grupo controle para dor, fadiga, ansiedade,
-clínicos e clínicos. depressão e náuseas/vômito. A qualidade de vida geral
melhorou no grupo experimental, mas não houve dife-
Contato: MAIQUIDIELI DAL BERTO
rença significativa entre os grupos para este desfecho.
maiquidieli@live.com
Conclusão: A Intervenção Multimodal de Enfermagem
melhorou o apetite e reduziu a insônia de pacientes
com câncer. Enfermeiros devem testar e aprimorar in-
TEMÁRIO: ENFERMAGEM tervenções de enfermagem para minimizar sintomas
CÓDIGO: 59652 em pacientes com câncer.
Contato: DENISE BORGES REGO MINARI
EFEITOS DE UMA INTERVENÇÃO denise_br_6@hotmail.com
MULTIMODAL DE ENFERMAGEM NO
MANEJO DE SINTOMAS DE PACIENTES
COM CÂNCER
TEMÁRIO: PULMÃO
Autores: Marina de Góes Salvetti; Suzana Cristina
CÓDIGO: 59853
Teixeira Donato; Caroline Silva Pereira; Isadora Cardoso
Salles; Denise Borges Rego Minari;
Instituição: HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
EPITHELIAL THYMIC NEOPLASMS –
CLINICAL FEATURES AND OUTCOMES
Objetivo: Avaliar os efeitos de uma Intervenção Mul- OF PATIENTS TREATED AT THE
timodal de Enfermagem (IME) no manejo de sintomas ONCOLOGY SERVICE OF THE FEDERAL
e qualidade de vida de pacientes com câncer. Método:
UNIVERSITY OF SÃO PAULO
Ensaio clínico randomizado, desenvolvido em um hos-
pital público de referência para o tratamento do cân- Autores: Mayndra Mychelle Landgraf; Vinicius Agibert
de Souza; Lais Cristhine Santos Souza; Hakaru
cer,no período de setembro de 2015 a dezembro de
Tadokoro; Daiane Pereira Guimarães; Michelle Samora
2016. A amostra incluiu 87 pacientes com câncer em de Almeida; Christian Ribas;
tratamento com quimioterapia ou radioterapia, distri-
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
buídos em grupo experimental (n=46) e grupo controle
Introduction: Tumors of the thymus comprise less alta dose. O benefício dessa estratégia ainda é duvido-
than 1% of all adult cancers, and only limited epidemio- so em idosos. Método: Foram incluídos retrospectiva-
logic data are available about them. Objective: To re- mente pacientes com 70 anos de idade ou mais porta-
port our experience with epithelial thymic neoplasms dores de CECPLA a e com doença irressecável, tratados
in the last 9 years. Methods: Clinical data from patients com radioterapia (RT) definitiva associada ou não à qui-
with thymic neoplasms seen at our Hospital between mioterapia, com objetivo primário de avaliar a sobrevi-
2008 and 2017 were retrospectively collected. Results: da global (SG) nessa população. Aplicamos o Índice de
Twenty one patients were treated during this period. Charlston modificado para câncer de cabeça e pescoço
Thirteen (62%) were female and 8 (38%) were male. (ICC-HN) para avaliar comorbidades. A SG foi analisada
Median age at diagnosis was 49 years (range, 26 to 87). através do método de Kaplan-Meier. Fatores relaciona-
Fifteen (71%) patients were diagnosed with thymoma; dos a prognóstico foram comparados através de teste
WHO histologic subtypes were: type A, 1 pt; AB, 3pts; de log-rank e regressão de Cox. Resultados: Incluímos
B1, 4 pts; B2, 3 pts, B3, 3pts; 1 case was not classified. 113 pacientes, com idade mediana de 76 anos (70-92).
Six (28%) patients had thymic carcinoma. Myasthenia Os sítios primários de doença mais prevalentes foram
gravis was present in 6 (28%) of thymoma patients. cavidade oral e orofaringe (34% e 28%). A maioria dos
There wasn’t any case of pure red cell aplasia. Masaoka pacientes eram estádio IVA/B (84%), tinham ECOG-PS<2
stage distribution was: I, 3 pts; II, 4 pts; III, 7 pts; IV, 7 (67%) e um ICC-HN de 0 (59%). Sessenta e um pacien-
pts. The most common metastatic sites were pleura, tes (54%) receberam RT exclusiva, enquanto 25% foram
peritoneum and lymph nodes. Thirteen (62%) patients submetidos à quimioterapia neoadjuvante (nQT) e 21%
underwent thymic resection. Twelve (57%) patients re- à QRT. Durante neoadjuvância, 5 pacientes interrompe-
ceived radiotherapy. Twelve (57%) patients received ram tratamento (3 por toxicidades e 2 por progressão
chemotherapy. CAP (cyclophosphamide, doxorubicin, de doença). RT com fracionamento convencional foi re-
CDDP) was the main chemotherapy used for thymo- alizada em 75% dos pacientes, enquanto 25% recebe-
mas. CAP and the regimen of paclitaxel plus carboplatin ram esquemas de hipofracionamento. A necessidade
were equally used for thymic carcinomas. Progression de sondagem para alimentação ocorreu em 39% dos
from first-line chemotherapy was observed in 7 (33%) pacientes, enquanto 14% necessitou alguma interna-
patients in a median of 12 months (range, 1-20). Median ção até o 30 dia do início do tratamento radioterápico.
follow-up was 45 months (range, 1 to 104). At the time Das 21 interrupções durante a RT, 10 foram por toxici-
of the analysis, 14 (67%) patients were alive, 3 (14%) was dade limitante e 5 pacientes morreram. Com seguimen-
lost to follow-up, and 4 (19%) had died. Conclusion: A to mediano de 11,2 meses, a mediana de SG foi de 17,9
high proportion of advanced stage disease at diagnosis meses (9,2-26,7). Idade maior que 75 anos e esquemas
was observed, with possible influences on reduced re- de RT hipofracionada foram associados a piores desfe-
sectability and survival, despite multimodal treatment chos de sobrevida (p=0,027 e 0,002). Após ajuste para
offered to most patients. ECOG-PS e quimioterapia concomitante, esses fatores
perderam associação estatisticamente significativa com
Contato: MAYNDRA MYCHELLE LANDGRAF
sobrevida. Conclusão: Paciente idosos portadores de
mayndra22@hotmail.com
CECPLA apresentam SG curta e toxicidades importan-
tes relacionadas ao tratamento. A inclusão de quimio-
terapia no tratamento definitivo desses pacientes não
TEMÁRIO: TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO demonstrou benefício em sobrevida na nossa amostra.
CÓDIGO: 60382 É necessária uma seleção apropriada e criteriosa na es-
colha do melhor tratamento definitivo destes pacientes.
ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO Contato: MAURICIO FERNANDES
DEFINITIVO EM PACIENTES IDOSOS mauriciofernandes.mf@gmail.com
PORTADORES DE CÂNCER DE CABEÇA E
PESCOÇO LOCALMENTE AVANÇADO
Autores: Gabriel Clemente de Brito Pereira; Mauricio
TEMÁRIO: PULMÃO
Fernandes; Luana Guimarães de Sousa; Bruno Melo
Fernandes; Gustavo Nader Marta; Gilberto de Castro CÓDIGO: 59931
Junior; Milena Perez Mak;
Instituição: INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO ESTUDO DE MUNDO REAL DE
PAULO OSIMERTINIBE EM CÂNCER DE PULMÃO
NÃO PEQUENAS CÉLULAS RECORRENTE
Introdução: A incidência de câncer em população ido-
sa está em crescimento. O tratamento padrão para
OU METASTÁTICO T790M-POSITIVO: A
carcinoma epidermóide (CEC) de cabeça e pescoço lo-
EXPERIÊNCIA BRASILEIRA
calmente avançado (CECPLA), quando irressecável, é a Autores: Luiz Henrique Araujo; Pedro Rafael Martins de
quimiorradioterapia (QRT) baseada em cisplatina em Marchi; Marcos André Portella; Ana Caroline Zimmer
dos dados supracitados é importante para conscienti- aos pacientes em tratamento. LATS2, tanto na análise
zar o profissional emergencista a buscar sempre estar de fase da doença quanto na resistência/sensibilidade
preparado para um eventual atendimento de urgência ao imatinibe, apresentou superexpressão em relação
de pacientes oncológicos. ao grupo controle (mediana FC x Ctrl: 417.8 x 16.8; FA x
Ctrl: 358.4 x 16.6; R x Ctrl: 395.9 x 16.56; S x Ctrl: 173.7
Contato: CAMYLLA SANTOS DE SOUZA
x 110.8 URE). Não houve correlação estatística entre a
camylladesouza@outlook.com
expressão dos genes da via Hippo e o Índice de Sokal. O
estudo traz novas perspectivas no tratamento, de ma-
neira a relacionar vias de sinalização celular e regulado-
TEMÁRIO: HEMATOLOGIA res de ciclo celular na LMC, visando o desenvolvimento
CÓDIGO: 59532 de novos marcadores e/ou fármacos seletivos.
Contato: ANA PAULA ZAMBUZI CARDOSO MARSOLA
EXPRESSÃO GÊNICA DE LATS1/2 anafarma_usp@yahoo.com.br
E AURORA QUINASENOVAS
PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS DA
LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA
TEMÁRIO: FARMÁCIA
Autores: Ana Paula Zambuzi Cardoso Marsola; Belinda
CÓDIGO: 60161
Pinto Simões; Leonardo Palma; Sandra Mara Burin;
Maria Gabriela Berzoti Coelho; Lorena Lobo de
Figueiredo Pontes; Fabiola Attié de Castro; FATORES ASSOCIADOS À ADESÃO AO
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS TRATAMENTO COM TAMOXIFENO EM
DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA DE
Introdução: A leucemia mielóide crônica (LMC) é uma
UMA INSTITUIÇÃO ONCOLÓGICA DA
neoplasia mieloproliferativa resultante da expansão
REGIÃO SUL DO BRASIL
clonal da célula-tronco hematopoiética BCR-ABL+ e está Autores: Marcelo Tsuyoshi Yamane; Evelyn Castillo Lima
associada ao oncogene BCR-ABL1 que codifica a prote- Vendramini; Solane Picolotto; Crislayne Bontorin; Thais
ína Bcr-Abl com atividade de tirosina-quinase com po- Abreu de Almeida; Jose Claudio Casali da Rocha; Jeanine
Marie Nardin;
tencial mitogênico e resistência a apoptose das células
leucêmicas. O tratamento da LMC é realizado pelos ini- Instituição: LIGA PARANAENSE DE COMBATE AO
CANCER
bidores de tirosina quinase (TKI) que induzem remissão
citogenética. O estudo avaliou a expressão dos genes Introdução: O câncer de mama, excluindo o câncer
da via Hippo: LATS1, LATS2, YAP, TAZ e genes Aurora A de pele não melanoma, é o mais prevalente entre as
e B no sangue periférico de 63 pacientes adultos, com mulheres no mundo, representando 28% dos casos.
média de idade de 44 anos, 87,3% da raça branca e Dentre os tratamentos, a terapia endócrina oral com
57,1% do sexo masculino, nas fases crônica, acelerada tamoxifeno melhora o prognóstico das pacientes, com
e blástica da LMC, sensíveis ou resistentes ao imatinibe tumores hormonais positivos, em cerca de 70%. A du-
e em indivíduos sadios, além da correlação ao Índice ração do tratamento pode chegar a mais de 10 anos,
prognóstico de Sokal através de prontuário médico. Os tornando a adesão desafiadora. A sua má adesão, que
pacientes foram oriundos do HCFMRP-USP.57,1% dos pode chegar a 70%, é preocupante porque se relaciona
pacientes utilizavam imatinibe e os demais dasatinibe a menores taxas de sobrevida. Objetivo: Determinar a
ou nilotinibe. As células mononucleares dos pacientes relação entre adesão ao tratamento com tamoxifeno,
foram separadas pelo método Ficoll-Hypaque®, a ex- com etnia, estadiamento ao diagnóstico, nível de esco-
tração de RNA pelo método Trizol® e síntese de cDNA laridade e idade das pacientes com câncer de mama de
por meio do kit High Capacity cDNA reverse transcrip- uma instituição oncológica da região sul do Brasil. Mé-
tion®. A quantificação gênica foi obtida por PCR-real todo: Foi realizado estudo prospectivo para determinar
time com sondas TaqMan. A análise estatística foi re- a adesão ao tratamento com tamoxifeno. Esta foi ava-
alizada por meio do software GraphPad Prism 5.0. Os liada em 146 pacientes pelo método Morisky (MMAS-4)
resultados obtidos sugerem atuação da cascata de si- aos 3, 6 e 12 meses de terapia, assim como pela taxa de
nalização da via Hippo na LMC. LATS1 mostrou-se mais posse da medicação (MPR). Os dados de adesão foram
expressa na fase crônica da LMC (FC x Ctrl: 417.8 x 16.8) relacionados com etnia, estadiamento ao diagnóstico,
e no grupo resistente ao imatinibe (R x Ctrl: 261.8.7 x nível de escolaridade e idade das pacientes, determina-
99.7), assim como AUKB maior expressão nos pacientes dos por questionário estruturado. Resultados: Confor-
em fase avançada (FA x Ctrl: 28.4 x 11.6 URE). Já AURKA me MMAS-4, 62%, 68% e 71% das pacientes apresenta-
maior expressão em ambas as fases e resistência/sen- ram alta adesão (3, 6 e 12 meses respectivamente), e ¼
sibilidade ao imatinibe (mediana FC x Ctrl: 40.4 x 13.2; delas apresentaram adesão imprópria nos 3 momentos
FA x Ctrl: 59.3 x 13; R x Ctrl: 65.9 x 13.1; S x Ctrl: 40.3 x avaliados. Consistência foi observada entre os 3 e 6 me-
12.9 URE). O gene TAZ não apresentou superexpressão ses (p=0,046) e redução na adesão foi verificada de 6
nos grupos estudados o que indica bom prognóstico para 12 meses. Apesar de 5% dos pacientes serem con-
siderados não-aderentes por MPR, não foi observada Jan/10 até Jun/17, N=270 pts com diagnóstico de câncer
relação com MMAS-4. Nenhuma correlação entre ade- de pâncreas foram avaliados e N=9 pts foram incluídos
são e estadio clinico foi verificado. Quando avaliado a (3,3%), sendo N=4 com TB (44%) e N=5 com TI (56%). A
etnia, aos 3 meses de tratamento foi observado melhor idade mediana foi 63 anos (57-80 anos) e N=6 pts (66%)
perfil de adesão entre brancos quando comparado com eram homens. A maioria dos pts tinha EC III N=7 (78%),
demais grupos (p=0,024), porém para 6 e 12 meses de e N=6 (67%) tinham localização na cabeça pancreática.
tratamento não houve diferença nesse perfil. Quanto à O tamanho mediano da lesão primária foi de 5cm (2,7-
escolaridade, aos 12 meses de tratamento, é observa- 5,3cm). Todos os pts tinham KPS inicial ≥90%. O tempo
do um pior perfil de adesão em pacientes com melhor mediano seguimento foi de 12,4 meses (2,33-46,2). Pts
de escolaridade quando comparado com os demais receberam uma mediana de 6 ciclos (5-19) de QT neo-
(p=0,043). Conclusão: Diferente do que a literatura adjuvante. N=6 (66%) pts necessitaram de redução ou
pesquisada mostra, a adesão foi pior em pacientes com atraso de dose da QTNeo durante o tratamento. N=3
mais escolaridade, e as pacientes brancas, obtiveram (33%) pts apresentaram alguma toxicidade clínica ≥G3 e
melhor perfil de adesão. Um dado preocupante é que N=1 (11%) apresentou toxicidade hematológica ≥G3. Ao
¼ das pacientes apresentaram adesão imprópria, colo- tempo da análise, N=8 pts tinham avaliação de resposta
cando em risco um desfecho clínico abaixo do deseja- objetiva. A tx. de resposta parcial foi de 50% (N=4), a de
do. A análise identificou características das pacientes, doença estável foi de 25% (N=2) e a de progressão foi
associadas a vulnerabilidade durante o tratamento e de 25% (N=2). Dentre os N=4 pts que tiveram resposta
pode ajudar a melhorar a adesão, a qualidade dos cui- parcial, N=2 pts apresentaram também downstaging ra-
dados e a sobrevida das pacientes. diológico e eram pts com diagnóstico inicial de TB. Con-
clusão: Dados sugerem que a QTNeo com FOLFIRINOX
Contato: JEANINE MARIE NARDIN
foi eficaz e segura para pts com TB ou TI do pâncreas.
jemarie@terra.com.br
Entretanto, chama a atenção a baixa tx. de downstaging
tumoral para tumores ressecáveis. Dados do presente
estudo suportam a condução de um estudo prospec-
TEMÁRIO: TUMORES TGI SUPERIOR tivo e randomizado para confirmação dos resultados.
CÓDIGO: 59429 Contato: BRUNO MENDONCA PROTASIO DA SILVA
bruno_protasio@yahoo.com.br
FOLFIRINOX NEOADJUVANTE PARA
CÂNCER DE PÂNCREAS BORDERLINE
OU IRRESSECÁVEL EM SALVADOR-
BA, BRASIL: ANÁLISE DE EFICÁCIA E TEMÁRIO: MELANOMAS
tação do gene BRAF no período de dezembro de 2012 entre os anos de 2001 e 2011. A amostra foi de conve-
a dezembro de 2016. A pesquisa da mutação foi rea- niência, não probabilística, incluindo todos os pacientes
lizada por 2 laboratórios de referência, que usaram o com diagnóstico de melanoma no período. O total de
teste PCR em tempo real Cobas do Laboratório Roche. 523 casos de melanoma cutâneo primário ou metas-
Resultados: Dentre os 160 pacientes da amostra, 130 tático foi avaliado. Resultado: Dos 523 pacientes com
foram elegíveis para análise. Destes, 64 (49%) possuíam melanoma avaliados neste estudo, 12 (2,3%) tiveram
mutação do BRAF, resultado semelhante aos dados in- diagnóstico de doença metastática sem tumor primá-
ternacionais. A prevalência da mutação foi dividida de rio detectável. O principal sítio de metástases foi o lin-
acordo com as faixas etárias, como segue: entre 20-29 fonodo (50%) - linfonodos inguinais (25%), axilar (16%)
anos, 80% dos pacientes tinham BRAF mutado; de 30- e periaórticos (8,3%). Metástases pulmonares foram
39, 58%; entre 40-49 havia 43%; de 50-59, 59%; entre encontradas em três pacientes (25%). Metástases para
60-69, 52%; e acima de 70 anos, apenas 8,3% dos pa- fígado, osso e pele foram observadas em um caso para
cientes tinham a mutação do gene BRAF. Este resultado cada sítio (8,3%). Desses 12 pacientes com melanoma
confirma o dado de quanto mais jovem, maior chance metastático com sítio primário desconhecido, quatro
de ser portador da mutação do BRAF, contudo, não foi (33,3%) evoluíram para óbito em seis meses, quatro
a totalidade de nossos pacientes (apenas 80%) entre evoluíram para óbito em um ano, dois perderam o se-
20 e 29 anos (4 pacientes) que possuíam a mutação. guimento e dois foram tratados e não apresentam reci-
A média de idade dos pacientes ao diagnóstico foi de divas até o momento. Dos pacientes com óbito precoce,
51,4 anos. Não foi observado padrão de diferença de três tinham sido estadiados como estádio IV e um como
mutação entre os sexos e faixa etária. A totalidade dos estádio III. Conclusão: A evolução clínica dos pacientes
pacientes (100%) com mutação do BRAF apresentavam metastáticos com melanoma de sítio primário desco-
o genótipo V600E. Conclusão: A frequência de mutação nhecido é melhor em relação aos pacientes metastá-
do gene BRAF na população brasileira encontrada em ticos com lesão primária conhecida, quando os dois
nosso estudo foi de 49%, compatível com os resultados grupos estão no mesmo estádio. Dessa forma, o fator
encontrados, da mesma forma, a maior proporção da mais determinante do curso clínico e do prognóstico é
mutação em pacientes diagnosticados com melanoma a localização das metástases. A maioria dos pacientes
ainda muito jovens. que apresenta doença sistêmica ao diagnóstico perde
a chance de cura, como muitos pacientes com cutâneo
Contato: BRUNA MAYARA ROCHA GARCIA
primário fino e doença regional ao diagnóstico
brumgarcia@gmail.com
Contato: GUSTAVO DE OLIVEIRA BRETAS
golbretas@gmail.com
TEMÁRIO: MELANOMAS
CÓDIGO: 60184
TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA
HÁ DIFERENÇA DE SOBREVIDA GLOBAL CÓDIGO: 58660
ENTRE OS PACIENTES COM MELANOMA
PRIMÁRIO CONHECIDO COMPARADO HÁ DIFERENÇA NOS SÍTIOS DAS
AOS PACIENTES COM MELANOMA METÁSTASES DO CÂNCER DE
PRIMÁRIO DESCONHECIDO? ANÁLISE MAMA CONFORME OS SUBTIPOS
DE 523 CASOS. MOLECULARES?
Autores: Gustavo de Oliveira Bretas; Alberto Julius Alves Autores: Patrícia Ferreira Ribeiro Delfino; Camila Piqui
Wainstein; Ana Paula Drummond-Lage; Flávia Vasques Nascimento; Clarissa Lôbo Portugal da Cunha; Eduarda
Bittencourt; Milhem Jameledien Morais Kansaon; da Costa Marinho; Felipe Andrés Cordero da Luz;
Fernando Augusto de Vasconcellos Santos; Marcelo José Barbosa Silva; Rafael Mathias Antonioli;
Thais Rezende Mendes - Mendes; Rogério Agenor de
Instituição: INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS
Araújo;
SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Instituição: HOSPITAL DO CÂNCER EM UBERLÂNDIA
Introdução: O melanoma é essencialmente cutâneo.
Em alguns pacientes, não é possível determinar a loca- Introdução: A neoplasia mamária é uma doença ex-
lização do tumor primário. A incidência de melanoma tremamente complexa pela diversidade morfológica,
com sítio primário desconhecido varia de 2 a 15%. Ob- biológica e clínica. Tumores da mama histológica e cli-
jetivo: Determinar se há diferença de sobrevida global nicamente semelhantes podem apresentar diferentes
entre os pacientes com melanoma primário conhecido prognósticos e respostas terapêuticas. Objetivo: Inves-
comparado aos pacientes com melanoma primário tigar a associação entre fenótipos moleculares dos tu-
desconhecido. Método: Foi realizada análise retros- mores de mama e a progressão loco-regional e à distân-
pectiva de pacientes com diagnóstico histopatológico cia. Método: Estudo observacional e retrospectivo que
de melanoma, sob os cuidados de uma mesma equipe analisou 1763 prontuários de pacientes com câncer de
em uma única instituição localizada em Belo Horizonte, mama, tratadas de 1981 a 2015, num hospital público
de Minas Gerais. Os tumores de mama foram classifi- moma ou carcinoma tímico do Hospital de Clínicas da
cados conforme cinco fenótipos moleculares (Luminal Universidade Estadual de Campinas. Método: foram
A, Luminal B, HER2 híbrido: RE e/ou RP-positivo/HER- coletados dados de 32 pacientes com diagnóstico de
2-positivo, HER2 puro: RE/RP-negativo/HER2-positivo timoma ou carcinoma tímico atendidos de 01/01/2000
e Triplo Negativo). Os sítios metastáticos foram agru- à 21/10/2016.Os pacientes foram tratados com ressec-
pados em oito categorias, conforme prevalência: pul- ção cirúrgica do tumor, sempre que possível (critério
mão, ossos, fígado, cérebro, linfonodos, loco regional, do cirurgião). Quimioterapia neoadjuvante com adria-
mama contralateral e outros. Do total de prontuários, micina,ciclofosfamida, vincristina e cisplatina (ADOC) ou
486 apresentaram progressão da doença, e apenas 282 cisplatina e etoposideo, foi indicada para pacientes que
continham informações sobre o sítio da metástase. Re- eram considerados com doença local irresecável. A so-
sultados: Foram incluídas no estudo 282 mulheres com brevida global foi calculada usando método de Kaplan-
neoplasia mamária e idade mediana de 53 (89-26) anos. -Meier. Resultados: os pacientes eram em sua grande
Tratando-se dos fenótipos moleculares 15,95% (n=45) maioria da raça branca, sendo 50% do sexo masculino e
dos tumores eram Luminal A; 31,21% (n=88) Luminal B; 50% do sexo feminino. O timoma tipo B1 foi a histologia
24,82% (n=70) HER2 híbrido; 10,64% (n=30) HER2 puro e mais prevalente (28,1%) seguida do subtipo AB (21,9%).
17,38% (n=49) Triplo Negativo. Ao analisar a associação Quanto à classificação de Massaoka, o estádio II foi o
entre os fenótipos moleculares e metástase cerebral, mais comum, correspondendo a 62,5% dos casos. Vinte
verificou-se que o subtipo Luminal A apresentou 96% e oito pacientes (87,5%) foram submetidos à ressecção
menos chances de progredir em comparação aos fenó- cirúrgica do tumor. Em 42,9% dos pacientes operados a
tipos HER2 híbrido (OR: 0,04; p=0,0015; IC: 0,002-0,809) cirurgia realizada foi RO. Sete pacientes receberam qui-
e o Triplo Negativo (OR: 0,04; p=0,0028; IC: 0,002-0,831). mioterapia neoadjuvante, sendo 6 deles com esquema
Em relação a outras metástases não foram observadas ADOC e 1 com esquema baseado em cisplatina e eto-
associações entre os fenótipos moleculares, a saber: posideo. A tolerância ao esquema ADOC foi aceitável.
pulmão (p=0,386), ossos (p=0,183), fígado (p=0,350), O seguimento mediano foi de 42 meses e a sobrevida
linfonodo (p=0,092), loco regional (p=0,958), mama con- global mediana foi de 35 meses. Conclusão: a cirurgia
tralateral (p=0,401) e outros sítios (p=0,381). Conclu- permanece como pedra fundamental do tratamento.
são: As metástases cerebrais são mais frequentes nos Se optado por terapia neoadjuvante, o esquema ADOC
tumores HER2 puro e Triplo Negativo em comparação pode ser considerado devido tolerância clínica aceitável
ao Luminal A, com significância estatística. No entan- e excelente taxa de resposta.
to em todos os outros sítios de metástases não houve
Contato: MARIANA LOPES ZANATTA
diferença entre os Luminais, HER2 ou Triplo Negativo.
marianazanatta@msn.com
Contato: PATRÍCIA FERREIRA RIBEIRO DELFINO
patricia.feribeiro@gmail.com
ção esôfago-gástrica (TEG) ou estômago e foram sub- tenção quanto na consolidação. Vários são os polimor-
metidos à quimioterapia peri-operatória com esque- fismos envolvidos no metabolismo e toxicidade de pa-
ma contendo taxano. Foram excluídos pacientes com cientes tratados com esses fármacos. Nesse contexto,
histologias não adenocarcinoma ou com evidência de o gene ITPA e o gene AMPD1 possuem polimorfismos
doença metastática. Resultados: Entre 2007 e 2012, fo- que estão envolvidos com o aumento do risco de rea-
ram identificados 26 pacientes tratados com o regime ções adversas graves em pacientes tratados com MTX
contendo taxano. O follow-up mediano foi de 77.6 me- e 6-MP, como neutropenia e toxicidades gastrointes-
ses. O regime utilizado foi DCF (Docetaxel + Cisplatina tinais. Dados que correlacionam esses polimorfismos
+ 5-Fluorouracil). Mediana de idade foi 54 anos. 65.4% com a população miscigenada do Norte do Brasil são
dos pacientes eram do sexo masculino. Primário gás- escassos, dificultando assim ensaios clínicos específicos
trico: 17 (65.4%) / TEG: 9 (34.6%). Estadiamento clínico: para essa população. Objetivo: O presente trabalho
cT3: 17 (65.4%) / cN+: 19 (73.1%). Subtipo de Lauren: avaliou a associação dos polimorfismos rs1127354 e
Intestinal: 12 (46.2%) / Difuso: 12 (46.2%). Desta amos- rs17602729 dos genes ITPA e AMDP1, respectivamen-
tra, 23 pacientes (88.5%) foram submetidos à cirurgia. te, com a toxidade grave durante a terapia de conso-
A taxa de resposta patológica completa foi 7.7%. Em re- lidação e manutenção da LLA infantil em pacientes da
lação à aderência, 20 (76.9%) fizeram toda neoadjuvân- Região Norte do Brasil. Método: Foram analisados 121
cia planejada; 19 (73%) iniciaram adjuvância; 10 (38.4%) pacientes diagnosticados para LLA-B, em dois hospitais
concluíram todo tratamento planejado. A sobrevida li- públicos de referência no tratamento de câncer infan-
vre de evento em 3 anos foi 45.5%. A sobrevida global til (Hospital Ophir Loyola, e Hospital Oncológico Infantil
em 3 anos foi 58.8%. Conclusão: Esta análise retros- Octavio Lobo, Belém, Brasil). O tratamento dos pacien-
pectiva de pacientes tratados fora de protocolo clínico tes foi realizado de acordo com protocolo BFM-2002
demonstra resultados compatíveis aos alcançados em (Berlim-Frankfurt Münster). As toxicidades foram classi-
ambiente controlado de trial randomizado. A SG em 3 ficadas de acordo com NCI Common ToxicityCriteria v.
anos e a SLE em 3 anos 58.8% e 45.5% (o estudo FLOT- 4.0. O DNA genômico foi extraído do sangue periférico
4 AIO – ASCO 2017 teve SG3a de 57% e SLP3a=46%). A dos pacientes na remissão, utilizando o Kit comercial
aderência ao tratamento foi similar, com 38.4% da nos- Biopur Kit. A genotipagem dos polimorfismos foi rea-
sa amostra tendo concluído todo o tratamento planeja- lizada utilizando a tecnologia TaqManOpenArrayGeno-
do (FLOT4 AIO 37%). typing, QuantStudio™ 12K Flex Real-Time PCR System.
As análises estatísticas foram realizadas com o pacote
Contato: AUDREY CABRAL FERREIRA DE OLIVEIRA
R v.3.4.0. O teste de Qui-quadrado ou Fisher foi utiliza-
audreycabral@gmail.com
do para as análises. Um p valor ≤ 0,05 foi considerado
como significante. Resultados: Somente o polimorfis-
mo rs1127354 do gene ITPA1 foi associado significa-
TEMÁRIO: ONCOLOGIA PEDIÁTRICA tivamente com Neutropenia grave durante a fase de
CÓDIGO: 60156 consolidação (P=0,02; OR=1,25; IC95%=1,04 – 1,5) e
manutenção (P=0,0; OR=1,71; IC95%=1,13-2,58). Con-
INFLUÊNCIA DE POLIMORFISMOS DOS clusão: Os resultados obtidos neste trabalho sugerem
que o polimorfismo rs1127354 do gene ITPA1 é um im-
GENES ITPA E AMPD1 NA TOXICIDADE
portante marcador para prever a toxicidade na terapia
AO TRATAMENTO DE LEUCEMIA da LLA infantil.
LINFOBLÁSTICA AGUDA INFANTIL
EM UMA POPULAÇÃO DO NORTE DO Contato: LUCIANA PEREIRA COLARES LEITÃO
BRASIL colaresluciana@gmail.com
pneumonia (p=0,02; OR=1,09). Conclusão: Sugerimos análises uni e multivariada de Cox, respectivamente.
que os polimorfismos rs2306283 e rs414956 do gene Conclusão: Nossos resultados sugerem, pela primeira
SLCO1B1 podem ser importantes para prever toxicida- vez, que os polimorfismos CASP9 c.-1339A>G e CASP3
de grave na terapia de consolidação da LLA infantil. c.-1191A>G constituem importantes fatores herdados
na susceptibilidade e prognóstico do CCECP. Apoio fi-
Contato: DARLEN CARDOSO DE CARVALHO
nanceiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
darlen.c.carvalho@gmail.com
de São Paulo (FAPESP), na forma de bolsa de mestrado
(processo no 2012/12538-2) e auxílio pesquisa (proces-
so no 2012/01807-2).
TEMÁRIO: TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO Contato: LEISA LOPES AGUIAR
CÓDIGO: 59704 leisaaguiar@yahoo.com.br
Cox. Resultados: A frequência dos genótipos CREB1 GA tados: As amostras de pacientes (P= 0,88) e controles
ou AA foi mais comum em pacientes do que em con- (P= 0,61) estiveram em EHW. Frequência similar dos
troles (71,7% vs. 61,3% P=0,01). Indivíduos portadores genótipos GC ou CC foi observada em pacientes com
dos referidos genótipos estiveram sob risco cerca de CCR e controles (50,3% vs 50,7%; P= 0,88). Pacientes
duas vezes maior de desenvolver o MC do que os ou- com os genótipos GC ou CC apresentaram menor ex-
tros. Os genótipos do referido SNP não influenciaram pressão do miR146a (média dos níveis de expressão de
a SLP (P=0,23) e a SG (P=0,71) dos nossos pacientes. A 0,49 unidades arbitrárias (UAs) vs 1,44 UAs, P= 0,008).
frequência do genótipo CREB1 AA foi maior em pacien- A mediana de seguimento dos pacientes foi de 21 me-
tes com tumores espessos (28,2% vs. 18,5%, P=0,04) e ses (variação: 0,1-65,0). Aos 24 meses, os pacientes com
profundos (26,2% vs. 13,3%, P=0,02). Indivíduos com tumores localizados no colón ou retossigmóide (66,0%
os genótipos CREB1 GA ou AA apresentaram maior ex- vs 80,2%; P= 0,02) e em estágio avançado (IV) (51,7% vs
pressão do HNRNPA1 (1,18 vs. 1,00; P=0,03). Os níveis 76,8%; P< 0,001) apresentaram pior SG quando compa-
de mRNA do CREB1 (P=0,34) e do SF1 (P=0,35) foram si- rados aos outros. Também, aos 24 meses, a SG foi pior
milares em indivíduos com os distintos genótipos. Con- em pacientes com maior expressão do miR146a (54,5%
clusão: Nossos resultados sugerem que o SNP CREB1 vs. 88,9%; P= 0,01). Após a análise univariada de Cox, o
c.303+373G>A constitui um importante fator herdado resultado permaneceu significativo (risco relativo (RR):
para o risco e agressividade do MC, possivelmente de- 5,52; P= 0,03). Considerando apenas os pacientes com
vido a alteração da ligação de fatores de splicing. Apoio estágio avançado, a SG, em 24 meses, foi menor naque-
financeiro: FAPESP e CNPq. les com o genótipo miR146a n.60GG (30,0% vs. 62,0%;
P= 0,04) do que os outros. Esse resultado permaneceu
Contato: JANET KELLER SILVA
significativo na análise univariada de Cox (RR: 2,39; P=
janetkeller15@gmail.com
0,05). Conclusão: Os resultados sugerem que o referi-
do polimorfimo não influencia o risco do CCR em nos-
sos pacientes. Entretanto, o genótipo miR146a n.60GG
TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS) e a maior expressão do miR-146a atuam como fatores
CÓDIGO: 60106 de pior prognóstico para pacientes com CCR. Apoio fi-
nanceiro: FAPESP
INFLUÊNCIA DO POLIMORFISMO Contato: JÉSSICA SILVA DOS SANTOS
MIR146A N.60G>C NA SOBREVIDA santosjssica97@yahoo.com
GLOBAL DE PACIENTES COM CÂNCER
COLORRETAL
Autores: Jéssica Silva dos Santos; Gabriella Lucato
TEMÁRIO: NUTRIÇÃO
Zunta; Carlos Augusto Real Martinez; Marcelo Lima
Ribeiro; Gustavo Jacob Lourenço; Manoela Marques CÓDIGO: 57742
Ortega;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO INGESTA DE ÁCIDO GLUTÂMICO
NA DIETA E O RISCO DE CÂNCER
Introdução: O papel do polimorfismo de base única COLORRETAL: THE ROTTERDAM STUDY
(SNP) miR146a n.60G>C na suscetibilidade e sobrevida
Autores: Gilson Gabriel Viana Veloso; Oscar H. Franco;
global (SG) de pacientes com CCR é controverso. Obje-
Rikje Ruiter; Catherina E. de Keyser; Albert Hofman;
tivo: Avaliar a influência do SNP miR146a n.60G>C no
Bruno C. Stricker; Jessica C. Kiefte-de Jong;
risco do CCR, nas características do tumor, na expres-
Instituição: HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
são do miR146a e na SG. Pacientes e Método: Os genó-
DE BELO HORIZONTE
tipos do SNP miR146a n.60G>C foram identificados em
DNA tumoral de 167 pacientes atendidos nos hospitais Introdução: Estudos com animais tem demonstrado
da USF e da UNICAMP e em leucócitos de 276 contro- que a suplementação com glutamina pode diminuir a
les por meio da RT-PCR. O teste de equilíbrio de Hardy- ocorrência de carcinogênese no cólon. Entretanto, até o
-Weinberg (EHW) verificou a distribuição dos genótipos momento, não foram estudadas quaisquer relações en-
nos grupos. As diferenças entre os grupos foram ava- tre a glutamina (ou seus precursores) e o câncer color-
liadas por meio dos testes de Fisher ou qui-quadrado retal (CCR) em humanos. Objetivo: O objetivo primário
e regressão logística. O RNA das células do tumor de deste estudo foi avaliar se a ingesta de ácido glutâmico
29 pacientes foi analisado pela qPCR para avaliar a ex- na dieta estava associada com o risco de CCR em adul-
pressão do miR146a. A SG foi calculada pelo intervalo tos. Um objetivo secundário foi avaliar se a associação
de tempo entre a data do diagnóstico e a data do óbito poderia ser modificada de acordo com o índice de mas-
ou último segmento. Os tempos de SG foram estima- sa corporal (IMC). Método: O estudo foi parte do Rot-
dos pelas curvas de Kaplan-Meier e as diferenças entre terdam Study, que inclui uma coorte prospectiva com
elas foram analisadas pelo teste de log-rank. O fator dados de 1990 em diante; consiste em 5362 participan-
prognóstico foi avaliado pela regressão de Cox. Resul- tes com idade ≥ 55 anos e que estavam livres de CCR ao
início da coleta de dados. A ingestão de ácido glutâmi- ções foi realizada PCR seguida da técnica de sequen-
co foi calculada como porcentagem do consumo total ciamento automático direto. Resultados: Com base na
de proteína a partir de um questionário validado sobre análise do sequenciamento automático direto de DNA
frequência alimentar, aplicado ao início da coleta de do gene BRAF foi encontrada uma única a mutação no
dados. Casos incidentes de CCR foram diagnosticados gene pesquisado. Trata-se da mutaçãoV600E, a qual foi
por análise anatomopatológica. Resultados: Durante estava presente em 21 pacientes (39,6%). Todos os 21
o follow-up, 242 participantes foram diagnosticados pacientes, constituídos por 5 homens e 16 mulheres,
com CCR. O consumo de ácido glutâmico na dieta (no apresentaram a mutação BRAFV600E em heterozigo-
baseline) foi significantemente associado a um menor se.A mutação V600E altera o resíduo de valina por um
risco de desenvolvimento de CCR (hazard ratio [HR] resíduo de ácido glutâmico e está localizada no éxon
por cada porcento aumentado de ácido glutâmico de 15 do gene BRAF na posição 1799, resultando em uma
origem proteica, 0.78; intervalo de confiança 95% [CI], transversão de timina pela adenina (T>A), o que leva a
0.62-0.99). Após estratificação de acordo com o IMC, a carcinogênese da tireóide, além de estar associada a
redução de risco para CCR por ácido glutâmico foi de um pior prognóstico. Conclusão: O resultado a inves-
42% em participantes com IMC < 25kg/m2 (HR por cada tigação aponta para uma alta frequência da mutação
porcento aumentado de ácido glutâmico de origem pro- BRAFV600E (39,6% pacientes com PTC) na região Ama-
teica, 0.58; CI 95% 0.40-0.85), enquanto que para parti- zônica, o que pode ajudar a explicar, ao menos parcial-
cipantes com IMC > 25kg/m2, nenhuma associação foi mente, a prevalência do PTC na população estudada.
encontrada (HR por cada porcento aumentado de ácido
Contato: BIANCA PIMENTEL SILVA
glutâmico de origem proteica, 0.97 (CI 95% 0.73-1.31).
biancapimentel6@hotmail.com
Conclusão: Nossos dados sugerem que o consumo de
ácido glutâmico na dieta está associado ao menor risco
de CCR, mas essa associação pode estar presente ape-
nas em pessoas sem sinais de sobrepeso ou obesidade. TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS)
Contato: GILSON GABRIEL VIANA VELOSO CÓDIGO: 60370
ggabrielvveloso@yahoo.com.br
INVESTIGAÇÃO DE GENES
METABOLIZADORES DE XENOBIÓTICOS
NA SUSCEPTIBILIDADE AO CÂNCER
TEMÁRIO: TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO GÁSTRICO OU COLORRETAL
CÓDIGO: 59710
Autores: Amanda de Nazaré Cohen Lima de Castro;
Darlen Cardoso de Carvalho; Marianne Rodrigues
INVESTIGAÇÃO DA FREQUÊNCIA Fernandes; Luciana Pereira Colares Leitão; Juliana Carla
DE MUTAÇÃO NO GENE BRAF EM Gomes Rodrigues; Antonio Andre Conde Modesto; Karla
PACIENTES COM CARCINOMA Beatriz Cardias Cereja Pantoja; Sidney Emanuel Batista
PAPILÍFERO DA TIREÓIDE NA REGIÃO dos Santos; Ney Pereira Carneiro dos Santos;
AMAZÔNICA Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Autores: Clebson Pantoja Pimentel; Bianca Pimentel Introdução: A neoplasia gástrica (CG) e a colorretal
Silva; Edivaldo Herculano Correa de Oliveira; (CCR) estão entre as principais causas de morte por
Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ câncer em todo mundo. No Norte do Brasil, a incidência
destes tipos neoplásicos é elevada em relação à média
Introdução: O carcinoma papilífero (PTC) é definido
nacional. A interação entre a exposição a certos agen-
como um tumor epitelial maligno com diferenciação
tes ambientais e a susceptibilidade genética tem um
para células foliculares;sendo o mais comum tipo de
importante papel no desenvolvimento do CG ou CCR.
câncer da tireóide, representando 80% de todos os
Genes responsáveis pela regulação metabólica de susb-
casos. Este tipo de tumor afeta indivíduo de qualquer
tâncias carcinógenas podem ser inseridos na classe dos
idade, com maior frequência entre 30 a 40 anos. As mu-
moduladores de risco. Diversos polimorfismos de mo-
tações no geneBRAF são de grande relevância para a
dificação de uma única base (SNPs) nesses genes apre-
explicação do surgimento de PTC, visto que, este gene
sentam a capacidade de alterar o perfil de metaboliza-
está envolvido na regulação da divisão e diferenciação
ção gerado pela enzima que codificam, seja diminuindo
celular, além de contribuir na oncogênese das células
a eficiência de metabolização ou interrompendo este
da tireoide. Objetivo: O presente trabalho teve como
processo, levando a tumorigênese gástrica e colorretal.
objetivo investigar a frequência dealterações no gene
Os dados referentes a estas investigações são escassos
BRAF em PTC em uma população de diferentes cidades
para algumas populações, como é o caso da população
da Amazônia brasileira. Método: Foram avaliadas 53
da região Norte do Brasil. Objetivo: Investigar o papel
pacientes (41 do sexo feminino e 12 do sexo masculino)
de três polimorfismos nos genes MTHFR (rs1801133),
com PTC oriundos de diferentes cidades da Amazônia.
RRM1 (rs12806698) e TP53 (rs1042522) com a suscep-
O DNA genômico foi extraído utilizando o PureLink®
tibilidade às neoplasias colorretal ou gástrica, em uma
Genomic DNA Mini Kit. Para a investigação de muta-
população miscigenada da região Norte do Brasil. Mé- Octavio Lobo, Belém-PA). O tratamento dos pacientes
todo: Foram incluídos no estudo: 356 indivíduos, sen- foi realizado de acordo com o protocolo BFM-2002. As
do 95 pacientes de câncer gástrico e 121 pacientes de toxicidades foram classificadas de acordo com o NCI
câncer colorretal, compondo o grupo caso e ainda 140 Common Toxicity Criteria v.4.0. O DNA genômico foi
indivíduos sem câncer para o grupo controle. Para a extraído do sangue periférico dos pacientes utilizando
genotipagem dos polimorfismos, utilizou-se a platafor- o Kit comercial Biopur Kit. A genotipagem do polimor-
ma QuantStudio12K Flex Real time PCR System. Foi re- fismo foi realizada utilizando a tecnologia TaqMan Ope-
alizada uma análise de regressão logística multivariada nArray Genotyping, no equipamento QuantStudio 12K
e utilizados como fatores de confusão: idade, sexo e Flex Real-Time PCR System. Todas as análises estatísti-
ancestralidade genômica. Resultados: Foi encontrada cas foram realizadas com o pacote R v.3.4.0. O teste de
uma associação de risco de 30% entre o polimorfismo Qui-quadrado ou Fisher foi utilizado para as análises.
(rs12806698) do gene RRM1 para o desenvolvimento Um p valor ≤ 0,05 foi considerado como significante.
de CG ou CCR, em portadores do genótipo selvagem Resultados: O polimorfismo do gene MTHFD1 foi in-
CC (p= 0,00003; OR=3,603). Semelhantemente, para o vestigado para 10 diferentes toxicidades específicas du-
polimorfismo rs1042522 do gene TP53, foi observada rante o tratamento da LLA. O polimorfismo rs2236225
uma associação de risco para o desenvolvimento de CG foi significativamente associado à neutropenia (p=0,01;
ou CCR na população investigada (p= 0,013; OR= 2,097). OR=0,87; IC95%=0,79-0,96) na fase de consolidação da
Conclusão: Polimorfismos nos genes TP53 (rs1042522) terapia. Conclusão: Sugerimos que o polimorfismo
e RRM1 (rs12806698) demonstraram ser importantes rs2236225 do gene MTHFD1 pode ser um potencial bio-
na desregulação do biometabolismo xenobiótico rela- marcador preditivo de toxicidade grave na terapia de
cionado a progressão tumoral gástrica e colorretal. consolidação da LLA infantil na amostra investigada.
Contato: AMANDA DE NAZARÉ COHEN LIMA DE Contato: MAYARA QUARESMA NASCIMENTO
CASTRO - acohencastro@gmail.com mayaquaresma@gmail.com
TEMÁRIO: ONCOLOGIA PEDIÁTRICA TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS)
CÓDIGO: 60129 CÓDIGO: 60362
tigar o papel de quatro polimorfismos no gene DPYD que modificam a capacidade de metabolização destes
(rs3918290, rs55886062, rs67376798 e rs1801265) com xenobióticos têm sido estudados e relacionados com a
a susceptibilidade ao câncer colorretal ou gástrico em susceptibilidade a carcinogênese gástrica e colorretal,
uma população miscigenada da região Norte do Bra- demonstrando a importância desse tipo de investiga-
sil. Método: Foram incluidos no estudo: 356 pacientes, ção. Os genes DPYD, CYP2A6 e SLC22A7 são candidatos
sendo 95 diagnosticados com câncer gástrico e 121 ao câncer por serem genes moduladores de risco liga-
com câncer colorretal, compondo o grupo caso e ainda dos à metabolização xenobiótica. Polimorfismos nestes
140 indivíduos sem cancer para o grupo controle. Para genes podem ajudar a esclarecer a progressão do CG
a genotipagem dos polimorfismos, utilizou-se a plata- ou CCR, gerando uma nova expectativa com relação ao
forma QuantStudio12K Flex Real time PCR System. Foi avanço de estudos relacionados ao diagnóstico prediti-
realizada uma análise de regressão logística multivaria- vo. Objetivo: Investigar o papel de cinco polimorfismos
da e utilizados como fatores de confusão: idade, sexo e nos genes: DPYD (rs17116806 e rs17376848), CYP2A6
ancestralidade genômica. Resultados: Três das varian- (rs8192726) e SLC22A7 (rs4149178) com a suscepti-
tes investigadas apresentaram um aumento de risco bilidade às neoplasias colorretal ou gástrica em uma
para o desenvolvimento das neoplasias investigadas. população miscigenada da região Norte do Brasil. Mé-
Portadores do genótipo selvagem CC do polimorfismo todo: Foram incluídos no estudo: 356 indivíduos, sen-
rs3918290 apresentam um aumento de 70% na chan- do 95 pacientes de câncer gástrico e 121 pacientes de
ce de desenvolverem CG ou CCR quando comparados câncer colorretal, compondo o grupo caso e ainda 140
com os demais genótipos (p= 0,000024; OR= 7,378). Foi indivíduos sem cancer para o grupo controle. Para a ge-
observado ainda que os polimorfismos rs55886062 (p= notipagem dos polimorfismos, utilizou-se a plataforma
0,022; OR= 3,405) e rs67376798 (p= 0,017; OR= 2,118) QuantStudio12K Flex Real time PCR System. Foi realiza-
apresentaram um fator de risco maior para a carcino- da uma análise de regressão logística multivariada e uti-
gênese gástrica ou colorretal na população investigada. lizados como fatores de confusão: idade, sexo e ances-
Conclusão: Os resultados sugerem que polimorfismos tralidade genômica. Resultados: Apenas os resultados
genéticos do gene DPYD podem ser importantes modu- para o gene DPYD apresentaram relevância estatística.
ladores de risco para susceptibilidade ao CG ou CCR em Foi observado que indivíduos com genótipo selvagem
indivíduos de uma população da região Norte do Brasil. AA do polimorfismo (rs17376848) apresentaram um
risco 3 vezes maior de desenvolvimento de CG ou CCR
Contato: AMANDA DE NAZARÉ COHEN LIMA DE
em relação aos demais genótipos (p= 0,001; OR= 3,007).
CASTRO - acohencastro@gmail.com
O polimorfismo (rs17116806) demonstrou associação
com a diminuição em cerca de 70% das chances de
desenvolver os tumores estudados (p= 0,000005; OR=
TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS) 0,223). Conclusão: Os resultados sugerem que os po-
CÓDIGO: 60026 limorfismos (rs17376848 e rs17116806) do gene DPYD
podem ser importantes moduladores de risco para
INVESTIGAÇÃO DE POLIMORFISMOS susceptibilidade ao CG ou CCR,em indivíduos de uma
população da região Norte do Brasil.
EM GENES MODULADORES DE RISCO
NA SUSCEPTIBILIDADE AO CÂNCER Contato: AMANDA DE NAZARÉ COHEN LIMA DE
GÁSTRICO OU COLORRETAL CASTRO - acohencastro@gmail.com
Autores: Amanda de Nazare Cohen Lima de Castro;
Marianne Rodrigues Fernandes; Darlen Cardoso de
Carvalho; Luciana Pereira Colares Leitão; Juliana Carla
Gomes Rodrigues; Karla Beatriz Cardias Cereja Pantoja; TEMÁRIO: MELANOMAS
Ney Pereira Carneiro dos Santos; CÓDIGO: 59914
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
IPILIMUMABE NO TRATAMENTO DE
Introdução: O câncer gástrico (CG) e colorretal (CCR) SEGUNDA LINHA DE PACIENTES COM
estão entre as principais causas de morte por câncer
MELANOMA AVANÇADO: REVISÃO
no mundo. No Norte do Brasil, a incidência de ambas as
neoplasias é elevada em relação à média nacional. Es-
SISTEMÁTICA, CUSTO-EFETIVIDADE E
tudos tem demonstrado que muitos xenobióticos que
IMPACTO ORÇAMENTÁRIO
desempenham papel importante no acometimento de Autores: Vinícius Corrêa da Conceição; Adriana
doenças podem ser ativados ou inativados por enzimas Camargo de Carvalho; Frederico Leal; Andre Deeke
polimórficas e dependendo do tipo de reação mediada Sasse; Vivian Castro Antunes de Vasconcelos; David
Pinheiro Cunha;
por esta enzima, esses polimorfismos podem modular o
risco de desenvolvimento de câncer. Os polimorfismos Instituição: GRUPO SONHE
Introdução: A introdução da imunoterapia e de tera- Autores: Thacid Kaderah Costa Medeiros; Ana Claudia
pias alvo tem mudado o prognóstico de pacientes com de Almeida Ribeiro; Andressa Barros Diogo de Souza;
melanoma metastático, tanto em primeira linha quanto Jackeline Luiz dos Santos; Fillipe Pereira Moreira;
em pacientes que falharam ao tratamento quimiote- Instituição: INSTUTITO NACIONAL DE CÂNCER - INCA
rápico. No entanto, na saúde pública brasileira, a qui-
Introdução: O câncer de mama é o mais comum em
mioterapia exclusiva baseada em Dacarbazina ainda se
mulheres no mundo, correspondente a 28% dos casos
mantém como tratamento padrão. De forma inovadora,
novos por ano. Entre os quimioterápicos utilizados no
a avaliação de novas tecnologias foi definida como prio-
tratamento desse câncer o Trastuzumabe surgiu como
ritária pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, e
uma das opções terapêuticas, um anticorpo mono-
uma proposta de incorporação do Ipilimumabe junto ao
clonal com ação no fator de crescimento epidérmico
Comitê Nacional de Incorporação de Tecnologia de Saú-
humano tipo 2, expresso em 20-30% dos carcinomas
de (CONITEC) foi realizada. Objetivo: Avaliar a eficácia e
mamários invasivos. Em 2012 o medicamento foi incor-
segurança do Ipilimumabe no tratamento de pacientes
porado ao SUS para tratamento adjuvante e neoadju-
com melanoma avançado, após falha de quimioterapia;
vante, porém apesar de, inicialmente ter sido utilizado
realizar análise de custo-efetividade e avaliar o impacto
para o tratamento da doença metastática, ainda não foi
orçamentário referente à sua incorporação no Sistema
incorporado ao SUS para o tratamento deste estadia-
Único de Saúde (SUS). Método: Foi realizada uma revi-
mento. O Ministério da Saúde (MS) fornece o medica-
são sistemática da literatura para avaliar o impacto do
mento para os UNACONs e CACONs na apresentação
uso de Ipilimumabe em 2a linha para pacientes com
de 150 mg, com estabilidade de 48 horas após recons-
melanoma metastático. Análise de custo-efetividade foi
tituição. Para outros pacientes, a unidade compra o
desenvolvida através de modelo de Markov na perspec-
medicamento na apresentação de 440 mg, com estabi-
tiva do SUS para apresentar a razão de custo-efetivida-
lidade de 21 dias após reconstituição. Objetivo: Avaliar
de incremental (RCEI) por ano de vida salvo. Avaliação
as perdas resultantes do processo de manipulação do
de impacto orçamentário foi calculada através de dados
Trastuzumabe e a estratégia para minimizá-las. Méto-
epidemiológicos e de custo dos tratamentos disponí-
do: Foram registradas estimativas das sobras diárias do
veis no Brasil. Resultados: Em comparação ao suporte
Trastuzumabe descartadas e aproveitadas na unidade
clínico exclusivo, o uso de ipilimumabe em monotera-
durante o segundo semestre de 2016 em planilha do
pia, por 4 ciclos, é eficaz, e tem impacto clinicamente
Microsoft Excel®. O valor foi estimado dividindo-se a
significativo em sobrevida global nos pacientes com
concentração do fármaco pelo preço médio do valor de
melanoma metastático. A toxicidade pode ser severa,
compra obtido através do Sistema HOSPUB. No intuito
mas é manejável. No modelo econômico, pacientes em
de minimizar as perdas, foi adotada uma estratégia de
suporte exclusivo obtiveram expectativa de vida de 0,9
combinação das apresentações do medicamento, onde
anos,enquanto aqueles tratados com ipilimumabe ti-
para os pacientes atendidos com medicamento forne-
veram estimativa de 1,63 anos de vida (incremento de
cido pelo MS, utilizou-se os frascos de 150 mg até que
0,71 anos). O custo incremental para a incorporação do
seja atingida a quantidade múltipla de 150 mais próxi-
ipilimumabe foi de R$ 145 mil, com RCEI de R$ 205 mil
ma da dose prescrita e então completou-se com a apre-
por ano de vida ganho. O impacto orçamentário anual
sentação de 440 mg, cujo fabricante é o mesmo, porém
foi estimado em R$ 50 milhões Conclusões O uso de ipi-
com estabilidade superior. Resultados: Os gastos to-
limumabe em 2ª linha é eficaz e aumenta a sobrevida
tais com esse medicamento representam 56% do in-
de pacientes com melanoma metastático. No entanto,
vestimento em quimioterápicos na unidade. As sobras
sua incorporação no SUS com os preços atuais não seria
do medicamento no semestre, resultantes do processo
uma estratégia custo-efetiva. Uma redução de 58,5% no
de manipulação, corresponderam a 19642 mg, equiva-
preço do ipilimumabe seria necessária para tornar a es-
lentes a R$290.738,74. O percentual de aproveitamen-
tratégia custo-efetiva no Brasil.
to das sobras foi de 91,5%, resultando em um descarte
Contato: VINÍCIUS CORRÊA DA CONCEIÇÃO de 1674 mg de Trastuzumabe e uma perda financeira
vinicius.conceicao@sonhe.med.br de R$24.778,37. Conclusão: A utilização de protocolos
contendo o Trastuzumabe traz um custo alto para a
unidade e sua perda deve ser evitada visando econo-
mia e atendimento de um maior número de pacientes.
TEMÁRIO: FARMÁCIA A estratégia adotada auxiliou na minimização das per-
CÓDIGO: 60514 das geradas pelas sobras da apresentação de 150 mg,
com estabilidade menor, e na diminuição das perdas
MENSURAÇÃO DAS PERDAS DE totais com o medicamento.
TRASTUZUMABE EM UMA UNACON Contato: THACID KADERAH COSTA MEDEIROS
DO RIO DE JANEIRO E AVALIAÇÃO DA thacid@gmail.com
ADOÇÃO DE ESTRATÉGIA VISANDO
MINIMIZAÇÃO DOS CUSTOS
21 (22,5%). Além destas, foi ainda identificada mutação critério de inclusão para risco infusional. Entretanto, os
G719A em heterozigose no éxon 18 em um caso. Con- outros 2 não foram classificado de forma correta. Con-
clusão: Os dados sugerem que o adenocarcinoma de siderações Finais: A identificação correta de RRI foi feita
pulmão EGFR-MT metastático para cérebro não apre- em >96% dos pacientes, o que aponta um resultado po-
senta particularidades clínicas ou de perfil de mutações sitivo e demonstra a importância da atuação da equipe
em EGFR que permitam diferenciar este grupo. Pare- de enfermagem e farmácia na identificação e sinaliza-
ce-nos essencial a avaliação por imagem de sistema ção dos pacientes com risco infusional, garantindo uma
nervoso central através de ressonância magnética em adequada prescrição de preparo antialérgico, minimi-
todos estes pacientes. zando a ocorrência e gravidade das possíveis reações
infusionais. Podemos considerar eficaz a aplicação do
Contato: RENATA RODRIGUES DA CUNHA COLOMBO
protocolo clínico de RRI em pacientes submetidos a qui-
BONADIO - re_rc_colombo@hotmail.com
mioterápicos com alto potencial de risco.
Contato: VIVIANE ARCE BASTOS
vbastos@clinionco.com.br
TEMÁRIO: ENFERMAGEM
CÓDIGO: 60127
região Sul do país (dois por milhão), e a menor taxa na causas para tal achado não possam ser identificadas
região Norte (um por milhão). Esses dados podem ser através do presente estudo, a carência de tratamentos
explicados devido a um menor índice de diagnóstico e eficazes para a doença avançada e retardo no diagnós-
notificação da doença na região Norte. tico precoce e tratamento definitivo devem ser investi-
gados como potenciais justificativas.
Contato: PEDRO GABRIEL DE SOUZA MENEZES
pg-menezes@hotmail.com Contato: GUILHERME NADER MARTA
guilherme.marta@usp.br
TEMÁRIO: MELANOMAS
CÓDIGO: 60263 TEMÁRIO: PULMÃO
CÓDIGO: 59910
MORTALIDADE POR MELANOMA NO
ESTADO DE SÃO PAULO ENTRE 1996 E MUTAÇÕES DE EGFR EM PACIENTES
2015 COM CÂNCER DE PULMÃO NÃO
Autores: Guilherme Nader Marta; Rodrigo Ramella PEQUENAS CÉLULAS AVANÇADO:
Munhoz; Monica La Porte Teixeira; Bernadette Cunha FREQUÊNCIA DE TESTAGEM E PERFIL
Waldvogel; Veridiana Pires de Camargo; Diego Toloi; EPIDEMIOLÓGICO DE UMA INSTITUIÇÃO
Olavo Feher; Paulo M. Hoff; Jose Antonio Sanches Junior; PÚBLICA DE REFERÊNCIA EM SANTA
Instituição: INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO CATARINA
PAULO
Autores: Carolina da Silva Miranda Emerich; Silvia
Introdução: O melanoma (MM) é um problema emer- Euridice Beal; Thais Caroline Menegasso Flores; Carolina
gente, com aumento em sua incidência em diferentes Dutra; Márcio Debiasi; Facundo Zaffaroni Caorsi;
regiões do mundo. Apesar da maior incidência, a mor- Instituição: CENTRO DE PESQUISAS ONCOLÓGICAS
talidade por melanoma se mostrou estável ou com
Introdução: O câncer de pulmão não pequenas células
tendência a queda nas últimas décadas, sobretudo em
(CPNPC) corresponde por volta de 85% das neoplasias
países desenvolvidos. Todavia, dados de mortalidade
primárias pulmonares. A maioria dos pacientes apre-
para diferentes realidades brasileiras são desconheci-
sentam doença avançada no momento do diagnóstico.
dos. Objetivo: Descrever a frequência do relato de me-
As mutações do gene do receptor do fator de cresci-
lanoma (MM) como causa básica de morte no Estado
mento epidérmico (EGFR) determinam a sensibilidade
de São Paulo, sua evolução temporal e sua relação com
aos inibidores de tirosino-quinase (TKI), que revolucio-
variáveis demográficas. Método: Foi conduzida uma
naram o tratamento e o prognóstico do CPNPC avan-
análise retrospectiva com base em dados de registro
çado. Há poucos dados sobre mutação de EGFR na
de todos os óbitos ocorridos no Estado de São Paulo
população brasileira. Objetivo: Este estudo pretende
entre 1996 e 2015, nos quais o MM constava como cau-
demonstrar a frequência de testagem, prevalência e
sa básica de morte. Os dados foram obtidos no Sistema
perfil epidemiológico das mutações de EGFR em uma
de Estatísticas Vitais da Fundação Seade, consolidados
instituição pública catarinense. Método: Estudo retros-
a partir das informações das declarações de óbitos
pectivo observacional que incluiu pacientes com CPNPC
desse período, permitindo o cálculo da taxa de morta-
não-escamosos em estágio avançado entre janeiro de
lidade por MM. A população foi classificada por faixas
2011 a dezembro de 2016 do CEPON (Centro de Pes-
etárias, sexo, e cor da pele, conforme informações do
quisas Oncológicas). Os prontuários foram revisados e
Sistema de Projeções Populacionais do Seade. Resul-
as informações relacionadas ao perfil epidemiológico e
tados: Entre os anos 1996 e 2015, foram registrados
a testagem de EGFR foram coletadas. Resultados: 345
7670 óbitos por MM no Estado de São Paulo, sendo a
pacientes foram analisados. Desses, 74% (255/345) fo-
ocorrência entre os homens (n=4341) maior do que en-
ram testados para mutações no gene EGFR. Ao longo
tre as mulheres (n=3329). Houve aumento na taxa de
dos anos houve aumento progressivo da solicitação
mortalidade por MM no período estudado, partindo de
dos testes: 22% dos pacientes foram testados em 2011,
0,91 óbitos/100.000 habitantes/ano em 1996, até 1,19
60% em 2012, 72% em 2013, 85% em 2014, alcançando
óbitos/100.000 habitantes/ano em 2015. Esse aumen-
100% dos pacientes em 2015 e 2016. Mutações do gene
to foi observado para ambos os sexos e a mortalidade
EGFR foram encontradas em 18% (46/255). As altera-
masculina superou sempre a feminina. A mortalidade
ções genéticas foram mais prevalentes em mulheres
foi crescente com a idade e atingiu o máximo na popu-
(30% vs. 9,6%; p<0,001) e em não-tabagistas (49% vs.
lação com 60 anos ou mais, e se concentrou em indi-
9,5%; p < 0,001), porém não foi encontrado diferença
víduos de pele branca. Conclusão: A mortalidade por
significativa em relação a idade menor que 50 anos
MM demonstrou uma tendência crescente nas últimas
(27% vs. 17%; p=0,159). A idade média dos pacientes
duas décadas no Estado de São Paulo, contrariando o
com mutação foi 59 anos (DP 11,82) com predominân-
observado em outras regiões do mundo. Ainda que as
cia do sexo feminino (74% vs. 26%). A alteração gené-
tica mais frequente encontrada foi a deleção éxon 19 de São Paulo. Resultados: No nosso serviço entre os
(50%), seguido pela mutação L858R no éxon 21 (36%). anos de 2014 e 2017 foram diagnosticados 4 casos de
Entre os 46 pacientes com mutação EGFR detectada, neurofibrosarcoma. Todos do sexo feminino entre 19
32 receberam TKI em primeira ou segunda linha. Con- e 55 anos, com doença localizada. Duas pacientes pos-
clusão: Os achados evidenciam que atualmente temos suíam diagnóstico prévio de neurofibromatose. Três
uma boa taxa de pesquisa de mutação de EGFR em pa- pacientes foram submetidas a ressecção completa da
cientes com CPNPC, devido ao maior acesso ao teste, lesão sem necessidade de terapia complementar, com
a educação médica a subespecialização dos oncologis- diagnóstico de neurofibrosarcoma de baixo grau. Ape-
tas dedicados a oncologia torácica e a disponibilidade nas uma paciente, após ressecção completa de lesão
do TKI no CEPON. A prevalência da mutação EGFR foi com neurofibrosarcoma de alto grau, foi submetida à
pouco menor que a encontrada em outros estudos com radioterapia adjuvante. Esta última evolui com recidiva
pacientes brasileiros (em torno de 20%), que pode es- em outro sítio tratada com ressecção cirúrgica sem ne-
tar relacionado à imigração européia do sul do país. O cessidade de terapia adjuvante. Atualmente, todos se
perfil epidemiológico encontrado é semelhante ao da li- encontram em seguimento sem evidência de doença.
teratura médica, evidenciando prevalência de mutação Conclusão: Este levantamento de casos nos permitiu
em mulheres e não tabagistas. comprovar a raridade desta patologia, visto que, em
um hospital terciário, só foram tratados 4 casos em um
Contato: CAROLINA DA SILVA MIRANDA EMERICH
período de três anos. Apenas em um dos casos foi ne-
carol2185@hotmail.com
cessário tratamento complementar à cirurgia com ra-
dioterapia ratificando que a necessidade de adjuvância
ocorre apenas em alguns casos selecionados e refor-
TEMÁRIO: SARCOMAS çando que a modalidade cirúrgica para a remoção com-
CÓDIGO: 60515 pleta do tumor é a abordagem preferencial.
Contato: ISABELLA FERREIRA DE ALBUQUERQUE
NEUROFIBROSARCOMA: EXPERIÊNCIA isafalbuquerque@hotmail.com
DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO
Autores: Isabella Ferreira de Albuquerque; Mayara
Ramos Travassos; Lilian Arruda do Rêgo Barros; Luana
C.F.F Silva; Marineide Prudencio de Carvalho; TEMÁRIO: PESQUISA CLÍNICA
Instituição: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO CÓDIGO: 60002
PAULO
O USO DA FERRAMENTA DE
Introdução: O neurofibrosarcoma, também conhecido
RASTREAMENTO GERIATRICO G-8 E
como schwannoma maligno, é um tumor primário da
bainha neural, que usualmente, surge dos nervos pe-
VES-13 NA PRÁTICA DO ONCOLOGISTA
riféricos. A associação de schwannomas com a doença
CLÍNICO: ESTUDO DE COORTE
de Von Recklinghausen (Neurofibromatose – NF-1) é co- Autores: Jefferson Correia de Souza; Carolina Matias;
nhecida, ocorrendo em 4% dos pacientes sugerindo um Jose Fernando do Prado Moura;
pior prognóstico. Estes tumores originam-se de nervos Instituição: UNIDADE DE CIRURGIA E ONCOLOGIA
periféricos, craniais ou espinhais, podendo ocorrer em Introdução: Há uma necessidade de identificar o indi-
qualquer sítio anatômico. É raro, com uma frequência víduo mais vulnerável e que se beneficie da terapia qui-
na população geral de 0,001%, e representa até 10% mioterápica, com menor chance de toxicidade e mor-
dos sarcomas, equivalendo a 1% de todas as neopla- te, através da avaliação geriátrica ampla. No entanto,
sias malignas. Sem predileção por sexo ou idade, a faixa essas avaliações são dispendiosas e demandam muito
etária predominante é de 30 a 50 anos. A sintomatolo- tempo e acabam não entrando na rotina oncológica.
gia depende do seu tamanho e localização. Em relação Objetivo: O objetivo do estudo foi analisar a frequ-
ao tratamento, esses tumores devem ser ressecados ência de pacientes idosos vulneráveis, em tratamento
radicalmente, com base na localização, tamanho e tipo, oncológico, detectados através de duas ferramentas de
com terapia adjuvante em casos específicos. Sua recor- rastreamento G8 e VES-13 e seus desfechos de toxicida-
rência local situa-se entre 40% e 65%, e a recorrência de, ajuste e suspensão de dose, internamento e óbito.
à distância entre 40% e 68%, sendo os sarcomas com Método: Estudo de coorte prospectivo com 52 pacien-
maior taxa de recorrência. Objetivo: Avaliar necessida- tes. Participaram do estudo pacientes acima de 60 anos
de de terapia adjuvante nos casos de neurofibrosarco- com diagnóstico confirmado de câncer com indicação
mas, principalmente nos tipos de baixo grau. Método: de iniciar tratamento quimioterápico. Os pacientes fo-
Foram analisados prontuários de 4 casos diagnostica- ram submetidos aos questionários de rastreamento
dos e tratados com neurofibrosarcoma, entre os anos geriátrica G-8 e VES-13 antes do tratamento e acompa-
de 2014 a 2017, no serviço de Oncologia da Santa Casa nhados quanto a toxicidade, suspensão, ajuste de dose,
adiamento, internamento e óbito. Na ferramenta G-8, pausa com idade ≥ 55 anos. Informações dietéticas fo-
o escore ≤ 14 indicava risco geriátrico; no VES-13, o es- ram coletadas no baseline a partir de um questionário
core ≥3 considerava o paciente vulnerável. Resultado: validado de frequência alimentar. A regressão de Cox
A média de idade foi de 69 anos (60-85 anos). A ferra- foi usada para estimar o risco de câncer de mama em
menta geriátrica G-8 identificou 36 pacientes (69,2%) Hazard Ratio (HR) com intervalo de confiança de 95%
com risco geriátrico e a ferramenta VES-13, 17 pacien- (CI). Resultados: Durante o follow-up, 199 mulheres
tes (32,6%) vulneráveis. Dos nove pacientes que foram foram diagnosticadas com câncer de mama. Nenhuma
a óbito, todos tinham risco geriátrico pelo questionário associação consistente entre a adesão para o DHDI, a
G-8, com significância estatística quando comparado dieta do Mediterrâneo e as recomendações do WCRF/
aos pacientes sem risco pela mesma escala (p=0,0432). AICR foi encontrada (HR: 1.03; 95% CI: 0.86 – 1.23, HR:
Dos 36 pacientes de risco geriátrico, 21 apresentaram 0.90; 95% CI: 0.74 – 1.10, HR: 0.98; 95% CI: 0.79 – 1.22,
graus de toxicidade 3 e 4 (p=0,0367). Suspensão e respectivamente, por unidade de aumento no score de
ajuste do tratamento não tiveram associação estatísti- adesão). Os resultados não se mostraram diferentes
ca pela escala G-8 com escore ≤14 (p=0,0776 e 0,2979 em relação aos níveis de atividade física ou consumo
respectivamente). Dos 17 pacientes que internaram de álcool (P-interaction > 0.10). Conclusão: Este estudo
durante o tratamento, 12 foram identificados como não apoia uma associação protetora em relação à ade-
vulneráveis pelo questionário VES-13 (p=0,0067). Não são ao DHDI, à dieta do Mediterrâneo ou às recomen-
houve relação entre óbito e vulnerabilidade pela esca- dações do WCRF/AICR e o risco de câncer de mama.
la VES-13 (p=0,1327). Foi analisado, também, se havia
Contato: GILSON GABRIEL VIANA VELOSO
concordância entre as escalas (G8 e VES13) e não hou-
ggabrielvveloso@yahoo.com.br
ve concordância entre as duas ferramentas com índice
kappa geral de 0,286. Conclusão: A escala G8 mostrou-
-se associada de forma significativa com óbito, graus de
toxicidade 3 e 4 enquanto a escala VES-13 esteve asso- TEMÁRIO: ONCOLOGIA PEDIÁTRICA
ciado com internamento. Apesar disso, não houve con- CÓDIGO: 60036
cordância entre as duas ferramentas. Portanto, maiores
estudos prospectivos são necessários para otimizar e PAPEL DE POLIMORFISMOS DO GENE
selecionar idosos antes do tratamento oncológico.
ATIC NO RISCO DE DESENVOLVER
Contato: JEFFERSON CORREIA DE SOUZA NEUROTOXICIDADE EM PACIENTES
jeffersoncscs@hotmail.com PEDIÁTRICOS COM LEUCEMIA
LINFOBLÁSTICA AGUDA TRATADOS
COM METOTREXATO.
TEMÁRIO: NUTRIÇÃO Autores: Darlen Cardoso de Carvalho; Alayde Vieira
Wanderley; Marianne Rodrigues Fernandes; André
CÓDIGO: 57743
Mauricio Ribeiro dos Santos; Amanda de Nazaré Cohen
Lima de Castro; João Augusto Nunes de Carvalho Junior;
PADRÕES DIETÉTICOS E O RISCO DE André Salim Khayat; Paulo Pimentel de Assumpção;
CÂNCER DE MAMA EM MULHERES NA Sidney Emanuel Batista dos Santos; Ney Pereira
PÓS-MENOPAUSA – THE ROTTERDAM Carneiro dos Santos;
STUDY Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Autores: Gilson Gabriel Viana Veloso; Oscar H. Franco; Introdução: O metotrexato (MTX) é um dos principais
Rikje Ruiter; Catherina E. de Keyser; Alberto Hofman; medicamentos utilizados na terapia de consolidação da
Bruno C. Stricker; Jessica C. Kiefte-de Jong;
Leucemia Linfoblástica Aguda na infância (LLA) e atua
Instituição: HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA inibindo as vias do folato, adenosina e síntese de pu-
DE BELO HORIZONTE rinas e pirimidinas. A terapia com MTX pode induzir
Introdução: Sobrepeso e estilo de vida têm sido asso- neurotoxicidades graves, como neuropatia, convulsões
ciados a um maior risco de câncer de mama. Entretan- e cefaleia. Polimorfismos em genes associados a via do
to, a associação entre padrões dietéticos específicos e o folato, como do gene ATIC, podem modular a respos-
risco de câncer de mama permanece incerta. Objetivo: ta neurológica em pacientes tratados com MTX. Ob-
Avaliar a adesão de participantes aos seguintes padrões jetivo: avaliar o papel de dois polimorfismos no gene
de dieta e o risco de câncer de mama em mulheres na ATIC (rs2372536 e rs4673993) no desenvolvimento de
pós-menopausa: I) Dutch Healthy Diet Index (DHDI), II) neurotoxicidade grave (grau 3-4) em pacientes pediá-
Dieta do Mediterrâneo e III) adesão às recomendações tricos com LLA-B tratados com MTX na fase de consoli-
dietéticas do World Cancer Research Fund (WCRF) e do dação da terapia da doença. Método: Amostras de 121
American Institute of Cancer Resarch (AICR). Método: pacientes foram incluídos na pesquisa, todos tratados
Este estudo foi parte do Rotterdam Study, uma coorte com o protocolo BFM-2002 em dois hospitais de refe-
prospectiva com dados de 1990 em diante. A população rência no tratamento oncológico infantil. Os polimor-
do estudo consistiu em 3209 mulheres na pós-meno- fismos do gene ATIC foram genotipados por TaqMan
OpenArray Genotyping, utilizando o equipamento 5%. Resultados: Foram avaliados 604 pacientes, idade
QuantStudio™ 12K Flex Real-Time PCR System. O pa- média 60,3 anos (±13,4), e estadiamento tumoral I-III,
cote estatístico R v.3.4.0 foi utilizado para as análises sendo 91 (15,1%) estágio I, 244 (40,4%) estágio II e 269
e um P valor ≤ 0,05 foi considerado como significante. (44,5%) estágio III. A perda de peso ao diagnóstico igual
Resultado: O polimorfismo rs2372536 do gene ATIC foi ou superior a 5% foi identificada em 58,1% da amostra
associado a neuropatia (P=0,02; OR=0,91 IC95%=0,85- e foi associada à maior expressão inicial de Antígeno
098) assim como o polimorfismo rs4673993 (P=0,02; Carcinoembrionário (CEA) (p=0,001), realização de ci-
OR=0,92; IC95%=0.86-0.99). Além disso, o polimorfismo rurgia de emergência (p=0,028), margens cirúrgicas
rs4673993 também foi associado a cefaleia (P=0,05; comprometidas (p=0,036), invasão vascular (p=0,015),
OR=1,09; IC95%=1-1,18). Conclusão: Nosso estudo su- tumor T4 (p=0,026), realização de quimioterapia adju-
gere que as variantes do gene ATIC aqui investigadas vante (p=0,049) e toxicidade (p=0,09). A perda de peso
podem influenciar a neurotoxicidade em pacientes pe- igual ou superior a 5% foi associada a menor sobrevi-
diátricos com LLA e, portanto, ajudar a identificar pacien- da livre de progressão (p<0,01) e maior risco de morte
tes que não se beneficiarão do tratamento com MTX. (p<0,01), quando comparados aos pacientes com perda
ponderal inferior a 5%. Conclusão: A perda de peso ao
Contato: DARLEN CARDOSO DE CARVALHO
diagnóstico, além de ser um fator de risco para pacien-
darlen.c.carvalho@gmail.com
tes com CCR, é também um preditor da presença de tu-
mores biologicamente mais agressivos e de maior mor-
talidade. Assim, deve ser considerada como relevante
TEMÁRIO: CUIDADOS PALIATIVOS fator prognóstico na prática clínica.
CÓDIGO: 60163 Contato: JOSÉ BARRETO CAMPELLO CARVALHEIRA
carvalheirajbc@uol.com.br
PERDA DE PESO DETERMINA
SOBREVIDA EM PACIENTES
COM CÂNCER COLORRETAL
NÃO METASTÁTICO E ESTÁ TEMÁRIO: MELANOMAS
Resultados: Observa-se desde 2010 um aumento pro- 466. Resultados: 198 onco (116 M e 82 F) de todas as
gressivo das internações por câncer de pele no país, cinco regiões foram incluídos (106 SE, 51 NE, 16 CO,,
com destaque para 2016. O aumento nesse período foi 17 Sul e 8 N). Destes, 134 são membros da SBOC (68%)
de 6,6%, sendo a região Sudeste a maior responsável, e 168 (85%) já foram para algum congresso - região e
representando 42,9% do total. Além disso, regiões não idade iguais para ambos. A maioria dos sócios já este-
litorâneas são as menos acometidas, sendo o Norte to- ve em algum congressoda SBOC: 126/134 (94%). Um
talizando 1,9% das vítimas. Em relação ao sexo, há um quarto dos que participaram não se interessou em ser
leve predomínio no masculino (51,7%) e mais de 50% membro da entidade (42/168). Quanto ao engajamento
das vítimas são brancas entre 60 a 79 anos (46,4%). Os virtual, 40 responderam não ter nenhuma MS pessoal
óbitos também se elevaram neste período, contudo re- (MSp). 158/198 entrevistados disseram ter alguma MSp
presentam menos que 3% do total. Conclusão: Verifi- e apenas 69/143 que tem Facebook, 7/39 Twitter e 7/56
cou-se que o perfil das internações por câncer de pele Linkedin seguem as páginas da SBOC. 60% dos sócios e
no brasil apresentou elevação com o passar dos anos, 61% dos participantes de congresso não seguem nada
assim como os óbitos, porém estes são mínimos tendo dela. Entre os que a seguem de alguma forma, 82% <
em vista a elevada probabilidade de cura se diagnóstico 40 anos e os do N, NE e CO, nesta ordem, são os mais
em fase inicial. O aumento dessas internações sugere engajados. Só 51 oncologistas (25%) preenchem a tría-
ser reflexo do envelhecimento populacional favorecen- de: é membro, já foi a um congresso e segue as MS da
do com que a população fique mais exposta aos fatores SBOC. Quanto à interação com pacientes, dos que tem
de riscos, assim como uma maior efetividade dos méto- MSp, 108 disseram aceitar pacientes em suas páginas
dos diagnósticos e busca dos indivíduos por ajuda mé- pessoais. Facebook (105) e Instagram (20) lideram. 50
dica. Contudo é de suma importância intensificação de responderam não aceitar pacientes em suas MSp. Ain-
medidas em saúde pública para prevenção desta pato- da são poucos os onco com alguma página de caráter
logia por ser o câncer de maior prevalência. O principal profissional (MSpro): 25 (14 em Facebook e 10 em site).
perfil epidemiológico das vítimas, corroborando com a Por fim, apenas 8 onco não usam o Whatsapp com seus
literatura, foi idoso do sexo masculino, brancos, prin- pacientes. Conclusão: Apesar de muito conectado, os
cipalmente das regiões litorâneas do país, então esses onco ainda são pouco engajados nas MS da SBOC. Fica
indivíduos merecem investimento da sociedade para o desafio para a Sociedade se adequar a esta moderna
que as internações e complicações da neoplasia sejam e poderosa forma virtual de interação e construção de
minimizadas. conteúdo, pois ela não dá sinais de desgate. O estudo
confirma que o Whatsapp é uma quase inescapável fer-
Contato: THAINÁ GONÇALVES TOLENTINO DE
ramenta de comunicação do onco com seus pacientes.
FIGUEIREDO - thainatolentino@hotmail.com
Contato: MARCOS ANDRE DE SA B. COSTA
mandre.med@gmail.com
da instituição, buscando pelo diagnóstico histopatoló- Introdução: Os centros de pesquisa clínica brasileiros
gico de CAC, dos últimos 16 anos, acompanhados no estão geralmente localizados em regiões metropolita-
setor de oncologia. Resultados: Foram identificados nas e a divulgação dos estudos em andamento é pe-
23 pacientes (pct) com CAC acompanhados no servi- quena. A participação em protocolos com imunoterapia
ço de oncologia clinica no período de 2001 a 2017. A são uma oportunidade para muitos pacientes com cân-
mediana de idade ao diagnóstico foi 49 anos (21 a 79 cer. Existem poucos dados na literatura sobre o perfil
anos). Doze pacientes (52%) eram do sexo masculino. dos pacientes participantes de protocolos de pesquisa
Os sítios acometidos foram: 8 (35%) em gl. parótida, 7 no Brasil. Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes
(30%) em gl. salivar menor, 3 (13%) em gl. lacrimal, 2 incluídos em protocolos de pesquisa clínica com imu-
(9%) em gl. submandibular, 1 (4%) em gl. sublingual, 1 noterapia e avaliar o impacto da distância da cidade
(4%) em traquéia e 1 (4%) em próstata. Os estágios mais de origem no recrutamento. Método: Estudo observa-
prevalentes foram III (23%) e IV (54%), sendo 5 com me- cional, retrospectivo, que coletou dados de pacientes
tástase à distância no diagnóstico. Dos 23 pct, 16 (69%) incluídos em protocolos clínicos de imunoterapia no
foram submetidos à ressecção do tumor primário e, Centro de Pesquisa em Oncologia (CPO) no Hospital
destes, 10 (62%) receberam radioterapia adjuvante por São Lucas (HSL) da PUCRS no período de 2014 - 2017.
comprometimento de margens cirúrgicas e/ou invasão Pacientes screening failure foram excluídos. Os dados
perineural. Dois (9%) receberam tratamento definitivo foram coletados dos prontuários dos pacientes. Resul-
com radioquimioterapia. Três (13%) receberam qui- tados: Um total de 103 pacientes foi incluído. A idade
mioterapia de indução, com esquemas diversos. Treze mediana foi 58 anos. A maioria 67% (N=69) dos pacien-
(56%) desenvolveram metástases, distribuídas em: pul- tes foi encaminhada para protocolos de neoplasia de
mão (10), fígado (3), SNC (2) e osso (1). O tempo médio pulmão 35,9% (N=37) ou melanoma 31,1% (N=32). Os
para o desenvolvimento da primeira metástase foi de demais foram tumores em trato genitourinario 21,3%
32 meses (0 a 132m). Quimioterapia paliativa foi ofere- (N=2), outros 8,8% (N=9) e trato gastrointestinal 2,9%
cida para 7 (30%) pct, sendo que, 5 receberam mais de (N=2). A maioria foi incluída em protocolos de primei-
uma linha de terapia sistêmica. Os esquemas quimiote- ra linha metastática ou adjuvante (67%), seguido de
rápicos utilizados na primeira linha incluíram: cisplati- segunda linha (29,1%) e terceira ou mais linhas (3,9%).
na, doxorrubina e paclitaxel; carboplatina e paclitaxel; Quanto ao tipo de plano de saúde, a maior parte dos
cisplatina e vinorelbine; carboplatina e bleomicina. A pacientes encaminhados tinha convênio (57,3% convê-
taxa de controle da doença atingida pela quimioterapia nio vs 42,7% sistema único de saúde; p-valor: 0,168). A
paliativa foi de 42% (3 dos 7 pct), com doença estável. O proporção de pacientes da própria instituição, HSL da
seguimento clínico variou de 1 a 194 meses, com taxa PUCRS, encaminhados para participação nos estudos
de sobrevida global média de 58 meses, e mediana de foi inferior comparado a outras instituições (39,8% vs
41 meses. Conclusão: O CAC tem comportamento in- 60,2%; p-valor: 0,03). A mediana da distância entre a
dolente e a ressecção cirúrgica permanece como prin- cidade de origem e o centro de pesquisa em Porto Ale-
cipal tratamento. Quando se apresenta em estágios gre foi de 41 quilômetros, sendo maior para pacientes
mais avançados, diversos esquemas de quimioterapia encaminhados por convênio (66km vs 24km, p-valor
demonstraram baixas taxas de respostas. O melhor en- 0,048) e outras instituições (99km vs 18,5km; p-valor
tendimento da biologia molecular destes tumores pode 0,005). Conclusão: Este é o primeiro estudo a descre-
revelar novos alvos terapêuticos. ver o perfil dos pacientes participantes de protocolos
de imunoterapia no Brasil. Surpreendentemente houve
Contato: ANDREA MORAIS BORGES
uma maior prevalência de pacientes encaminhados de
andrea.moraisb@gmail.com
outras instituições e a distância do centro foi considerá-
vel. Protocolos de pesquisa são uma opção interessante
para muitos pacientes brasileiros e é necessário empe-
TEMÁRIO: PESQUISA CLÍNICA nho para maior divulgação dos estudos em andamento.
CÓDIGO: 60501 Contato: ANA CAROLINE ZIMMER GELATTI
anagelatti@yahoo.com.br
PERFIL DOS PACIENTES PARTICIPANTES
EM CLINICAL TRIALS COM
IMUNOTERAPIA EM UM CENTRO DE
PESQUISA CLÍNICA DO BRASIL. TEMÁRIO: TUMORES TGI SUPERIOR
CÓDIGO: 60025
Autores: Mahira Lopes Rosa; Paulo Ricardo Santos
Nunes Filho; Ana Caroline Zimmer Gelatti; Maria Helena
Sostruznik; Gustavo Werutsky; Andre Poisl Fay; Carlos PERFIS MUTACIONAIS DISTINTOS
Henrique Escosteguy Barrios; DISTINGUEM OS DOIS TIPOS
Instituição: HOSPITAL CÂNCER MÃE DE DEUS; CENTRO HISTOLÓGICOS DE TUMORES DE
DE PESQUISA ONCOLOGIA HOSPITAL SÃO LUCAS AMPOLA DE VATER.
Autores: Fabiana Bettoni; Pedro Exman; Raphael SS TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS)
Medeiros; Thiago LA Miller; Cibele Masotti; Pedro AF CÓDIGO: 60020
Galante; Anamaria A Camargo; Jorge Sabbaga;
Instituição: HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS POLIMORFISMOS NO GENE DPYD
Introdução: O adenocarcinoma de ampola de Vater ASSOCIADOS À TOXICIDADE EM
(AAV) é um tumor raro que corresponde a menos de PACIENTES COM CÂNCER GÁSTRICO
1% de todas as neoplasias do trato gastrointestinal. A OU COLORRETAL TRATADOS COM
ampola de Vater apresenta dois tipos de epitélio que FLUOROPIRIMIDINAS NO NORTE DO
dão origem a diferentes subtipos histológicos tumorais: BRASIL
intestinal(IT) e pancreatobiliar(PB). O subtipo intestinal Autores: Juliana Carla Gomes Rodrigues; Marianne
apresenta uma morfologia idêntica ao tecido colônico Rodrigues Fernandes; Darlen Cardoso de Carvalho;
enquanto que a morfologia do subtipo pancreatobiliar Luciana Pereira Colares Leitão; Amanda Cohen Castro;
é similar ao adenocarcinoma ductal pancreático. Embo- Karla Beatriz Cardias Cereja Pantoja; Antônio André
ra a análise por imunohistoquímica seja utilizada para Conde Modesto; Danielle Feio da Costa; Sidney Emanuel
diferenciar os subtipos histológicos, ainda não está cla- Batista dos Santos; Ney Pereira Carneiro dos Santos;
ro se os mesmos apresentam diferentes perfis mole- Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
culares que podem influenciar o prognóstico e guiar a Introdução: O câncer colorretal e o câncer gástrico são
conduta terapêutica. Objetivo: Caracterizar molecular- as principais neoplasias malignas do trato gastrointesti-
mente os diferentes tipos histológicos de AAV, através nal. Os fármacos amplamente utilizados no mundo em
do sequenciamento de um painel de genes frequente- diferentes esquemas terapêuticos no combate a esses
mente alterados em tumores humanos. Método: Foi dois tipos tumorais são à base de fluoropirimidinas, re-
realizada uma análise retrospectiva dos pacientes diag- presentados pelo 5-Fluorouracil (5-FU) e seus derivados
nosticados com AAV entre o período de 2011 e 2013 orais. Apesar do uso na prática clínica, tratamentos à
admitidos em nossa instituição. Dezesseis pacientes, base de 5-FU ainda são considerados desafiadores em
8 de cada subtipo histológico, foram selecionados e o função da grande variabilidade observada nas taxas de
DNA tumoral foi avaliado através do sequenciamento eficácia e toxicidade apresentadas pelos pacientes. O
de um painel de 160 genes. Resultados: Os dados clí- gene DPYD já é amplamente utilizado em prática clínica
nico-patológicos dos pacientes demonstraram que a por agências regulamentadoras de fármacos America-
presença de metástase no diagnóstico foi observada na e Europeia como exame preditivo de resposta ao
apenas nos pacientes com tumores PB (62,5%) e o tem- tratamento com fluoropirimidinas, uma vez que ele de-
po de sobrevida foi maior nos pacientes com tumores sempenha papel chave na via de metabolismo do 5-FU.
IT (12,6 vs 37,9 meses). A partir da análise molecular foi Objetivo: Avaliar a manifestação de toxicidade em pa-
possível identificar 50 mutações somáticas, dentre não- cientes com câncer gástrico ou colorretal, submetidos
-sinônimas e do tipo stop-gain, presentes em um total ao tratamento com fluoropirimidinas, e sua associa-
de 36 genes (22,5%). Com exceção de dois casos em ção com nove biomarcadores moleculares presentes
que não foi detectada a presença de mutações, o nú- no gene DPYD (rs55886062, rs17376848, rs67376798,
mero de mutações por tumor variou entre 1 e 10 com rs4970722, rs3918290, rs1760217, rs1801159,
uma média de 3,6 mutações por paciente. No subtipo rs17116806, rs1801265). Método: Foram avaliados 142
IT foram identificados 20 genes mutados (12,5%) com pacientes em relação aos nove polimorfismos geno-
um total de 27 diferentes mutações enquanto que no tipados por ensaios Taqman em Open array, utilizan-
subtipo PB identificamos 19 genes mutados (11,8%) do o aparelho QuantStudio™ 12K Flex Real-Time PCR
totalizando 23 diferentes mutações. O gene TP53 foi o System. As análises estatísticas foram realizadas pelo
mais frequentemente mutado nos pacientes com uma software SPSS v.14.0. Resultados: Foi encontrada uma
frequência maior nos tumores PB(50%). Mutações nos associação significativa entre o marcador rs1801159 e
genes KRAS(37,5%) e APC(25%) foram observadas so- a presença de diarreia (p=0,038, OR=7,529), bem como
mente nos tumores PB enquanto que mutações em entre o polimorfismo rs3918290 e a presença de toxici-
BRAF(25%) foram detectadas somente nos tumores IT. dades graus 3 e 4 (p=0,036, OR=5,520). O biomarcador
Conclusão: Os subtipos histológicos, PB e IT, demons- rs17116806 apresentou significância estatística com a
traram perfis mutacionais distintos com alterações ge- presença de mucosite (p=0,009, OR=3,608). As variantes
néticas que podem ser consideradas alvo para novas rs1801159 e rs4970722 apresentaram associação sig-
terapias. nificativamente estatística para o desenvolvimento de
Contato: FABIANA BETTONI neuropatia (p=0,015, OR=0,196 e p=0,025, OR=4,599).
fbettoni@mochsl.org.br Adicionalmente, os polimorfismos rs17376848,
rs4970722 e rs1801265 foram estatisticamente signifi-
cantes para o desenvolvimento de reações hematoló-
gicas nos pacientes investigados (p=0,043, OR=1,212;
p=0,025, OR=3,934 e p=0,016, OR=3,793). Conclusão: apresentaram teste de PD-L1 e EGFR positivos. 66,7%
Este estudo reafirma o papel dos polimorfismos inves- dos pacientes EGFR positivos também apresentaram
tigados no gene DPYD como biomarcadores preditores PD-L1+, porém não foi encontrada associação estatís-
de toxicidade em pacientes oncológicos tratados com tica. Quanto a histologia, 34% dos adenocarcinomas e
fluoropirimidinas. 12% de carcinoma epidermóide expressaram PD-L1.
Não houve associação quanto a expressão de PD-L1 e
Contato: JULIANA CARLA GOMES RODRIGUES
hisologia, gênero ou mutação de EGFR ou ALK. Conclu-
julianacgrodrigues@gmail.com
são: Este foi o primeiro estudo que avaliou a expressão
de PD-L1 num Centro de Pesquisa Clínica no Brasil e
sugere uma proporção de positividade similar ao da li-
TEMÁRIO: PESQUISA CLÍNICA teratura. Parte dos pacientes com expressão de PD-L1
CÓDIGO: 60471 apresentam outras alterações moleculares passíveis de
tratamento alvo.
PREVALÊNCIA DA EXPRESSÃO DE PD-L1 Contato: ANA CAROLINE ZIMMER GELATTI
EM PACIENTES CÂNCER DE PULMÃO ANAGELATTI@YAHOO.COM.BR
METASTÁTICO: EXPERIÊNCIA DE UM
CENTRO DE PESQUISA CLÍNICA NO
BRASIL
TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA
Autores: Ana Caroline Zimmer Gelatti; Amanda da
CÓDIGO: 58618
Rocha; Fernanda Bohns Pruski Ramos; Silvana Zanettin;
Gustavo Werutsky; Carlos Henrique Escosteghy Barrios;
QUAL A TOLERÂNCIA COM A MARGEM
Instituição: HOSPITAL CÂNCER MÃE DE DEUS; CENTRO
DE PESQUISA ONCOLOGIA HOSPITAL SÃO LUCAS CIRÚRGICA COMPROMETIDA PELA
NEOPLASIA DE MAMA?
Introdução: A imunoterapia revolucionou o tratamen-
Autores: Rogério Agenor de Araújo; Patrícia Ferreira
to do câncer de pulmão não pequenas células. A iden-
Ribeiro Delfino; Camila Piqui Nascimento; Clarissa Lôbo
tificação da expressão de PD-L1 nestes tumores é pré- Portugal da Cunha; Eduarda da Costa Marinho; Felipe
-requisito para tratamento com alguns imunoterápicos Andrés Cordero da Luz; Rafael Mathias Antonioli; Thaís
e em outros casos sua positividade tem valor preditivo. Rezende Mendes; Marcelo José Barbosa Silva;
Aproximadamente 45% dos pacientes com câncer de Instituição: CENTRO ONCOLOGICO DO TRIANGULO
pulmão expressam PD-L1 na célula tumoral. Entretan-
to, não dispomos de dados sobre a expressão de PD-L1 Introdução: Apesar do intenso progresso do trata-
em pacientes brasileiros, nem mesmo da correlação da mento sistêmico e com a revolução de planejamento
expressão com outras alterações moleculares. Objeti- radioterápico para câncer de mama, se houver falha
vo: Descrever a proporção de expressão de PD-L1 em na intervenção cirúrgica - como o comprometimento
pacientes com câncer de pulmão triados em protocolos da margem; há possibilidade de piora do prognóstico.
de pesquisa clínica com imunoterapia. Método: Estudo Objetivo: Esse estudo propõe analisar se a margem
retrospectivo que incluiu pacientes com diagnóstico de cirúrgica comprometida por neoplasia mamária está
câncer de pulmão avançado/metastático triados para associada a fatores clínicos e prognósticos em pacien-
tratamento em protocolo de pesquisa clínica com imu- tes tratadas, conforme prática clínica, no Setor de On-
noterapia no Centro de Pesquisa em Oncologia do Hos- cologia de um Hospital Público de Minas Gerais. Méto-
pital São Lucas da PUC/RS, no período de 2015 a 2017. do: Estudo do tipo observacional e retrospectivo que
Dados clínicos e do status de PD-L1 foram coletados analisou 1763 prontuários de pacientes com câncer de
do prontuário médico dos pacientes. Para análise dos mama, tratadas no Setor de Oncologia de um Hospital
dados foi utilizado SAS versão 9.4, e os testes estatís- Público de Minas Gerais, no período entre 1981 a 2015.
ticos foram qui-quadrado de Pearson e teste exato de Foram excluídos prontuários com estadiamento pato-
Fisher. Resultados: Um total de 99 pacientes foram in- lógico 0 e IV. O tipo de cirurgia e a margem cirúrgica
cluídos, destes 62,6% (62/99) eram masculinos e 82,8% foram analisados por meio do laudo anatomopatológi-
(77/93) apresentavam histórico de tagabismo. Do total co. Resultados: Participaram do estudo 1205 pacientes
de pacientes, 67,7% apresentaram histologia do tipo com câncer de mama, submetidas a abordagem cirúr-
adenocarcinoma, 21,2% carcinoma escamoso, e 11,1% gica seguido de tratamento adjuvante ou após a neo-
pequenas células. Na população analisada, 46% (23/50) adjuvância, com idade mediana de 55 [23-92] anos. Fo-
apresentaram PD-L1 positivo, 10% (6/60) mutação de ram encontrados 152 laudos anatomopatológicos com
EGFR (Cobas) e 3,6% (2/55) dos pacientes apresentaram margem cirúrgica comprometida, sendo 26% (n=26)
translocação de ALK (IHQ). Destes 45% (45/99) foram no estágio patológico I, 51% (n=51) no estágio II e 23%
randomizados e 53,3% (24) foram alocados para o bra- (n=23) no estágio III. Aquelas com margem livre de do-
ço de imunoterapia. De 39 pacientes avaliáveis, 5,1% ença eram 31,88% (n=227) em estágio I, 50% em estágio
II (n=356) e 18% (n=129) em estágio III. Mulheres com
margem cirúrgica positiva têm 2,46 vezes mais chan- as curvas do estudo pelo Dr. Mark Kris (JAMA 2014). Os
ces de apresentarem recidiva loco regional (OR= 2,46; custos do tratamento TKI foram baseados na referência
IC= 1,42-3,71), mesmo com radioterapia e tratamen- nacional e foram comparados com o montante reem-
to sistêmico. Houve também 2,35 vezes mais chances bolsado pelo Sistema Único de Saúde para quimiotera-
de recidiva à distância (OR= 2,35; IC= 1,56-3,52), além pia. Resultados: O número de casos elegíveis para TKI
de chance 2,1 vezes (OR= 2,19; IC=1,31-3,64) maior de EGFR no Sistema Único de Saúde é de cerca de 2.224
óbito em comparação às pacientes sem comprometi- por ano. Desde a aprovação do gefitinib, o número es-
mento da margem. Verificou-se que 47,8% (n=762) das timado de vidas perdidas devido à indisponibilidade
cirurgias foram conservadoras e não houve associação de TKIs EGFR foi de 2.061. O potencial ganho de anos
entre o tipo de cirurgia, conservadora ou radical, com a de vida perdido no período foi de 2.668 por ano. Se-
margem cirúrgica (p=0,16), com a recidiva loco regional ria necessário cerca de 150 milhões de dólares adicio-
(p=0,12) ou com metástase à distância (p=0,78). Conclu- nais para implementar os TKIs. Considerando apenas
são: A abordagem cirúrgica do câncer de mama, radical os custos de aquisição de medicamentos, o custo por
ou conservadora, não está associada a recidivas local ganho anual de vida é de cerca de 585 dólares. Embo-
ou à distância, mas o comprometimento da margem ci- ra nossa análise não considere a qualidade de vida, o
rúrgica está associado a piora na sobrevida, sendo um custo de um ganho anual é inferior a três vezes o PIB
marcador de mau prognóstico. Não é, portanto, aceitá- per capita (cerca de 35.000 dólares). Conclusão: A falta
vel realizar tratamento adjuvante antes da ampliação de acesso aos TKIs do EGFR custa mais de 2.000 brasi-
da margem comprometida, mesmo com as dificuldades leiros vivem nos últimos seis anos extrapolando dados
na prática diária de um serviço público. retrospectivos dos EUA. Em nosso estudo, o tratamento
é custo-efetivo e tem o potencial de salvar mais de 2.000
Contato: ROGERIO AGENOR DE ARAUJO
anos de vida anualmente.
rogeriodearaujo@gmail.com
Contato: PEDRO NAZARETH AGUIAR JUNIOR
pnajpg@hotmail.com
pacientes com carcinoma de endométrio de alto risco pts com tumores sólidos avançados, ECOG-PS 3-4 que
(histologia endometrióide estádios III-IVA e histologias iniciaram QTp independentemente de terem ou não
não endometrióides estádios I-IVA) tratadas entre 2010 realizado tratamento oncológico sistêmico prévio ou
e 2017. O tratamento consistia em carboplatina (AUC ECOG-PS ≥ 2 que iniciaram QTp de 2ª ou mais linhas
5) e paclitaxel (175mg/mg2) adjuvante, a cada 3 sema- durante hospitalização. Pts com tumores sabidamente
nas, por 6 ciclos, seguido de radioterapia (radioterapia quimiossensíveis (germinativos, ovário, pequenas célu-
externa conformacional pélvica ou pélvica e paraórtica, las de pulmão) foram excluídos. Dados demográficos,
45-54Gy, e braquiterapia vaginal, 20Gy em 4 frações). clínicos e laboratoriais foram coletados dos prontuá-
Dados demográficos, clínico-patológicos e desfechos fo- rios. O desfecho primário foi a taxa de sobrevida em
ram revisados através de prontuários médicos. Método 30 dias a partir do início da QTp. Desfechos secundá-
de Kaplan Meier foi utilizado para análises de sobrevida rios foram taxa de sobrevida mediana, sobrevida em 60
e teste de log-rank para diferença entre as sobrevidas. dias e identificação de fatores prognósticos relaciona-
Resultados: 146 pacientes consecutivas foram avalia- dos à mortalidade. Resultados: De janeiro de 2015 a
das. 73 (50%) apresentavam histologia endometrióide setembro de 2017, 228 pts foram incluídos. A idade me-
e, destas, 55 (36,3%) apresentavam grau histológico 1 diana foi de 56 anos, 58% eram do sexo feminino e 66%
ou 2. O seguimento mediano foi de 29,5 meses. A SLP receberam QTp em 1ª linha. Quanto à funcionalidade,
estimada em 3 anos foi de 93,67% (IC 95% 81,5-97,9%) 50 pts (21,9%) apresentavam ECOG-PS 2, 152 (66,7%)
no grupo 1 e 68,5% (IC 95% 55,5-78,4%) no grupo 2 (HR ECOG-PS 3 e 26 (11,4%) ECOG-PS 4. Os sítios primários
4,98, IC 95% 1,49-16,67, p=0,0017). A SG estimada em 3 mais frequentes foram trato gastrointestinal (49.6%) e
anos foi de 92,67% (IC 95% 78,9-97,7%) e 81,3% (IC 95% mama (18,4%). Num seguimento mediano de 49 dias,
67,3-89,7%) (HR 2,38, IC 95% 0,65-8,67, p=0,19), respec- 224 pts (98,2%) faleceram, sendo 73 (32%) na mesma
tivamente. Houve diferença estatisticamente significan- internação em que iniciaram a QTp. A sobrevida me-
te entre as curvas de SLP (p=0,034), porém sem diferen- diana foi de 38,5 dias e a taxa de sobrevida em 30 dias
ça entre as curvas de SG (p=0,11). Conclusão: Apesar de e 60 dias após início da QTp foram de 55,7% e 38,5%,
adjuvância com quimioterapia e radioterapia sequencial respectivamente. Na análise multivariada, ECOG-PS 3/4
ser efetiva no carcinoma de endométrio de alto risco, (OR 2,45; p=0.015), anemia (OR 0,41; p=0,034), hipercal-
este é um grupo heterogêneo, constituído por popula- cemia (2,71; p=0,41) ou bilirrubina total elevada (5,14;
ções com riscos diversos. Os resultados mostraram que p<0,001) no dia da internação foram fatores preditivos
o carcinoma endometrióide localmente avançado grau de mortalidade aos 30 dias. Quanto à terapia de supor-
1 e 2 tratado com este esquema apresenta excelentes te instituída, 68 (30%) necessitaram de terapia intensiva
desfechos. Estudos prospectivos são necessários para e 103 (45%) receberam transfusões sanguíneas. Dentre
avaliar o real benefício da terapia adjuvante neste sub- os 224 pts que foram a óbito, apenas 2 faleceram em
grupo de melhor prognóstico. casa e 27 (13%) em hospice. Conclusão: Nesta coorte
retrospectiva, pts com câncer avançado e baixo perfo-
Contato: RENATA RODRIGUES DA CUNHA COLOMBO
mance não obtiveram benefício em termos de sobrevi-
BONADIO - re_rc_colombo@hotmail.com
da com a administração de QTp e muitos foram subme-
tidos a terapias de suporte fúteis. Ainda que a decisão
de não oferecer terapias oncológicas neste cenário seja
TEMÁRIO: CUIDADOS PALIATIVOS complexa, sugerimos que QTp não deve ser indicada de
CÓDIGO: 60256 rotina para estes pts.
Contato: VITOR FIORIN DE VASCONCELLOS
QUIMIOTERAPIA PALIATIVA BENEFICIA vitor.vasconcellos@gmail.com
PACIENTES COM CÂNCER AVANÇADO E
BAIXO PERFORMANCE?
Autores: Vitor Fiorin de Vasconcellos; Renata Rodrigues
TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS)
da Cunha Colombo Bonadio; Guilherme Avanço;
Marcelo Vailati Negrão; Paulo M. Hoff; Rachel P. CÓDIGO: 60357
Riechelmann;
Instituição: INSTITUTO DE CANCER DO ESTADO DE SÃO REFRATARIEDADE A REGIME DE
PAULO PRIMEIRA LINHA CONTENDO
Introdução: A indicação de quimioterapia paliativa
OXALIPLATINA NO TRATAMENTO DO
(QTp) em pacientes (pts) com câncer avançado e bai-
CÂNCER COLORRETAL METASTÁTICO.
xo performance status (ECOG-PS) é controversa e pode ANÁLISE RETROSPECTIVA
ser deletéria. Objetivo: Identificar a frequência e fato- UNICÊNTRICA.
res prognósticos relacionados à mortalidade precoce Autores: Larissa Martins Machado; Tiago Cordeiro
pós QTp em pts oncológicos hospitalizados com baixa Felismino; Diogo de Brito Sales; Ingrid Hariman Fonseca
expectativa de vida. Método: Análise retrospectiva de da Cunha; Ana Caroline Fonseca Alves; Carlos Eduardo
Stecca; Jefferson Rios Pimenta; Audrey Cabral Ferreira TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA
de Oliveira; Virginia Altoé Sessa; Celso Abdon Lopes de CÓDIGO: 59427
Mello;
Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER RELAÇÃO DA IMUNO-HISTOQUÍMICA
Introdução: No tratamento do Câncer Colorretal (CCR) COM O Método: DE RASTREIO DO
metastático,os esquemas FOLFOX ou FOLFIRI mostra- CÂNCER DE MAMA EM MULHERES DO
ram-se equivalentes no tratamento de primeira linha OESTE CATARINENSE
(PL).A taxa de progressão de doença durante a PL é Autores: André Moreno; Marcelo Moreno; Kimberly
pequena, em torno de 15%. O emprego dos agentes Masiero Cola; Larissa Heberle;
biológicos podem aumentar a taxa de resposta (TR). Na Instituição: UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO
segunda linha (SL), a taxa de progressão é maior, em DE CHAPECÓ
torno de 50%. Tendo em vista os novos conhecimentos
Introdução: O câncer de mama está entre os tipos de
da biologia do CCR, decidimos avaliar características clí-
câncer que mais acomete as mulheres no Brasil. Após
nicas e patológicas dos pacientes com refratariedade à
o conhecimento e a possibilidade de classificação em
regime de PL com Oxaliplatina, como também enten-
subtipos, de acordo com características imuno-genéti-
der o comportamento nas linhas subsequentes. Obje-
cas, foi possível verificar que os subtipos de câncer de
tivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a sobrevida
mama com maior atividade biológica seriam os luminais
global (SG) dos pacientes que progrediram em menos
B, HER2+ e triplo-negativo e que o de menor atividade
de 6 meses ou na primeira avaliação de resposta ao
biológica seria o classificado como luminal A. De acordo
tratamento de PL com oxaliplatina. Objetivo Secun-
com essa classificação, é planejado o tratamento. Ob-
dário: Avaliar a SG e SLP dos pacientes que receberam
jetivo: Verificar a relação do perfil imuno-histoquími-
segunda linha; correlacionar tanto a SG e SLP da PL e
co de neoplasias malignas de mama com o método de
SL com fatores clínicos e patológicos. Método: Estudo
rastreio/diagnóstico em mulheres residentes no oeste
restrospectivo, unicêntrico de pacientes da instituição
catarinense. Método: Estudo observacional, descritivo
AC Camargo Cancer Center, São Paulo - SP. Foram ava-
do tipo transversal, no qual foram incluídas mulheres
liados pacientes com diagnóstico de câncer colorretal
com diagnóstico de câncer de mama tratadas em um
metastático tratados com regime baseado em Oxalipla-
centro de referência em diagnóstico e tratamento on-
tina na PL, associado ou não a anticorpos monoclonais;
cológico no município de Chapecó-SC. As pacientes de-
progressão de doença menos de 6 meses ou na pri-
veriam ter o diagnóstico de câncer de mama, rastreado
meira avaliação. Os fatores clínicos e patológicos ana-
através do autoexame ou pela mamografia, e possuir
lisados: idade, gênero, uso ou não de anticorpos mo-
estudo imuno-histoquímico em que se tenham sido
noclonais associado à quimioterapia, CEA, lateralidade,
avaliados receptor de estrógeno, receptor de proges-
status KRAS, instalibidade microssatélite, localização e
terona, marcador HER2 e índice Ki-67 (em %). Resulta-
números de sítios de metástases. Resultados: Foram
dos: Foram analisados dados de 209 pacientes. O perfil
avaliados 53 pacientes no período de 2011-2014. A SLP
imuno-histoquímico luminal A foi o mais observado en-
3.4 meses e SG 12.3 meses, já a SLP mediana na PL 3,41
tre as pacientes que realizaram a detecção do câncer
meses e SLP mediana na SL 4,6 meses. Não houve dife-
de mama através da mamografia (62,6%). No subgrupo
rença na SLP com uso ou não de anticorpo associado
que detectou o câncer através do autoexame, os perfis
à quimioterapia (3,61 x 2,79 meses) respectivamente,
com maior atividade biológica predominaram (64,3%)
HR: 0.55 (CI: 0.30 – 1.01; p=0.056). A taxa de resposta na
(p = 0,002). Houve correlação entre a invasão linfono-
PL foi de 5,7% e na SL,de 11,3%. Houve maior empre-
dal e o método de rastreio, no qual 78,6% dos cânce-
go de anticorpo em PL 21 (39,6%) versus SL 36 (67,9%).
res detectados pelo autoexame tinham expansão para
Não houve correlação entre a SG e SLP com as variáveis
linfonodos, enquanto a mamografia teve um índice de
clínicas e patológicas analisadas. Conclusão: Não foi
invasão de 45,7% (p = 0,002). Conclusão: Neoplasias
possível identificar nesta amostra pequena caracterís-
malignas de mama com maior atividade biológica fo-
tica clínica e patológica que se correlacione com "refra-
ram mais frequentemente detectadas pelo autoexame,
tariedade" à oxaliplatina. Mesmo sendo refratário com
enquanto que neoplasias com crescimento lento foram
progressão de doença menor que 6 meses na PL a SG
diagnosticadas predominantemente pela mamografia.
foi de 12 meses. A segunda linha talvez possa resgatar
alguns pacientes, com maior uso de anticorpos mono- Contato: KIMBERLY MASIERO COLA
clonais com FOLFIRI, já que menos da metade utilizou kimberly.cola@unochapeco.edu.br
em primeira linha.
Contato: LARISSA MARTINS MACHADO
lamachadom@yahoo.com.br
TEMÁRIO: TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS)
CÓDIGO: 60587 CÓDIGO: 60081
TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS) identificados estão em linha com a literatura interna-
CÓDIGO: 57437 cional, e a ancestralidade genética foi associada com
algumas características clinico-patológicas, no entanto,
REPRESENTAÇÃO DE DADOS sem influência no prognóstico dos pacientes.
EPIDEMIOLÓGICOS - CLÍNICO - Contato: RONILSON OLIVEIRA DURÃES
PATOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS E SUA roniduraes@bol.com.br
CORRELAÇÃO COM A ANCESTRALIDADE
GENÉTICA EM PACIENTES COM CÂNCER
COLORRETAL DO HOSPITAL DE CÂNCER
DE BARRETOS TEMÁRIO: MELANOMAS
CÓDIGO: 60431
Autores: Ronilson Oliveira Durães; Gustavo Noriz
Berardinelli; Denise Peixoto Guimarães; Cristovam
Scapulatempo Neto; Marco Antônio Oliveira; Rui Manuel RESPONDEDORES EXCEPCIONAIS
Vieira Reis; NO MELANOMA METASTÁTICO:
Instituição: FUNDAÇÃO PIO XII - JALES CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Introdução: O câncer colorretal (CCR) é a terceira ne-
DE PACIENTES TRATADOS COM
oplasia mais frequente na população mundial. No Bra- IPILIMUMAB.
sil, esta neoplasia ocupa o terceiro lugar em incidência, Autores: Fernanda Bronzon Damian; Pablo Moura
mas vem aumentando nos últimos anos, devido a múl- Barrios; Paula Girelli; Gabriel Carvalho Heemann;
tiplos fatores, tais como o estilo de vida e envelheci- Matheus Dorigatti Soldatelli; Sergio Jobim Azevedo;
Carlos Henrique Escosteguy Barrios;
mento populacional. O estadiamento é o principal fator
prognóstico. A estrutura étnica da população vem ga- Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO
nhando relevo como mais um potencial fator de prog- RIO GRANDE DO SUL
nóstico, e isso se torna mais premente na população Introdução: A imunoterapia tem revolucionado o tra-
Brasileira, devido à sua grande miscigenação. Objetivo: tamento de pacientes (pts) diagnosticados com me-
Caracterizar os aspectos epidemiológicos-clínico-pato- lanoma metastático. O inibidor de CTLA4 ipilimumab,
lógicos e terapêuticos de uma série de mais de 1000 uma imunoglobulina humana, demonstrou vantagens
pacientes com CCR atendidos no Hospital de Câncer significativas em SLP e SG em estudos iniciais. Embora
de Barretos, identificar os principais fatores prognós- respostas aconteçam numa proporção limitada de pts,
ticos e determinar a sua ancestralidade genética, cor- àqueles que respondem apresentam uma sobrevida
relacionando a estrutura étnica dos pacientes com os muito prolongada. Evidencias preliminares sugerem
restantes dados epidemiológicos e clínico-patológicos. que existem poucas recorrências após o terceiro ano
Método: Estudo de coorte retrospectiva de 1013 pa- de acompanhamento. Objetivo: descrever as carac-
cientes de conveniência de pacientes portadores de terísticas clínicas de uma amostra de 13 pts diagnos-
câncer CCR, admitidos para tratamento e seguimento ticados com melanoma metastático tratados com ipili-
entre 2000-2014,sendo realizada uma caracterização mumab e que permanecem vivos mais de 4 anos após
epidemiológica-clínica-patológica e terapêutica corre- o tratamento. Método: um total de 41 pts com mela-
lacionando com supostos fatores prognósticos como a noma metastático receberam ipilimumab nos anos de
localização do tumor primário divididos em cólon direi- 2007 e 2011/2012. Deste grupo, 13/41 (31,7%) perma-
to e esquerdo e ancestralidade genética. Resultados: necem vivos com um acompanhamento mediano de
Houve predominância do sexo masculino,faixa etária 69 (56m-124m) meses. Esta análise retrospectiva pre-
entre 50 e 75 anos e EC II, o lado esquerdo/reto se des- tende caracterizar este grupo de pts. Resultados: dos
tacou com 75% dos casos. Não foi observada diferen- 13 pts revisados, 7 eram homens, idade mediana de 53
ças na sobrevida câncer específica entre a localização anos, todos caucasianos. O sítio primário mais comum
dos tumores primários.Os tumores no lado esquerdo foi dorso (6/12pts) e 1/13 apresentava doença metas-
foram associadas ao sexo masculino, idade inferior a 50 tática no momento do diagnóstico. De 7 pts com infor-
anos, tumores de baixo grau, tumores T1 e T2, ausên- mações, 5 apresentavam LN comprometidos. Apenas 2
cia de tumores sincrônicos. Os principais fatores prog- pts realizaram tratamento adjuvante com Interferon e
nósticos foram o estadiamento, cirurgia de urgência, 9 tinham recebido quimioterapia para doença metas-
invasão angiolinfática, e localização no cólon esquerdo. tática. Entre 9 pts com dados disponíveis a mediana de
Com relação à ancestralidades, foi observado que pro- espessura do primário era 4.35mm, 8 deles eram Clark
porção mais frequente foi a europeia (74%). As distintas IV e 6 apresentavam ulceração. Sinais de regressão fo-
proporções de ancestralidade genética não se associa- ram identificados em 5/10 pts. A mediana de número
ram com a sobrevida dos pacientes. Conclusão: Foi de mitoses foi 7,5 mitoses/mm2. Níveis de LDH encon-
uma das mais completas caracterizações em pacientes travam-se elevados na maior parte dos casos (10/12).
brasileiros com CCR correlacionada com o perfil de an- De 12 casos com informações, 10 receberam 4 ciclos de
cestralidade. A ancestralidade africana foi associada a tratamento, 2 receberam 11 ciclos e 1 recebeu mais de
pacientes jovens. Os principais fatores de prognóstico 20 ciclos de tratamento. Ipilimumab foi bem tolerado
com 3 pts desenvolvendo hipotireoidismo e 3 com quei- tamento com denosumabe por 9 ciclos com beneficio
xas de astenia. De 10 pts com informações disponíveis, clinico e estabilidade radiológica, mantida até o mo-
2 apresentaram resposta completa, 5 resposta parcial mento, s/ tto há 26 meses. Caso 3 CRR, 30a, masculino,
e 3 permaneceram com doença estável como melhor em maio/15 diagnóstico de TGC em coluna vertebral ir-
resposta. Conclusão: respondedores excepcionais re- ressecável. Inicio de denosumabe em jul/15, em uso até
presentam um grupo de pts com respostas diferencia- o momento, com estabilidade de doença e melhora da
das à terapia. No melanoma metastático tratado com dor. Caso 4: JJM, feminino, 30 anos, diagnosticada com
ipilimumab com acompanhamento mediano superior TGC em radio direito em abril/11. Realizou 8 cirurgias
aos 4 anos a perspectiva que muitos destes pts este- para ressecções locais. Entretanto, apresentou recidiva
jam curados deve ser considerada. Estas características pulmonar e em ulna direita. Paciente recebeu denosu-
clinicas podem servir de base comparativa com outros mabe por 1 ano com RP, porém suspendeu a droga por
grupos de pts sem resposta ao tratamento e comple- toxicidade. Após 18 meses de seguimento, apresentou
mentar a caracterização mais completa do ponto de PD tratada novamente com denosumabe com resposta
vista molecular que deverá ser realizada. clinica e radiológica mantida por 1 ano (ainda em uso).
Caso 5: ASO, 38 anos com TCG em coluna torácica sub-
Contato: PABLO MOURA BARRIOS
metida a ressecção parcial, embolização e zometa. Evo-
pablo.mbarrios@gmail.com
luiu com PD quando iniciado denosumabe em 03/13
com melhora dor e estabilidade desde então (ainda em
uso). Embora sem tratamento padrão definido, o uso
TEMÁRIO: SARCOMAS de denosumabe baseado em racional biológico descri-
CÓDIGO: 60270 to demonstrou resultados favoráveis e prolongados no
tratamento dos 4 pcts relatados, mesmo após suspen-
RESPOSTA SUSTENTADA COM são da medicação.
DENOSUMABE EM TUMORES DE Contato: LUANA GUIMARAES DE SOUSA
CÉLULAS GIGANTES LOCALMENTE luanag.s@hotmail.com
AVANÇADO
Autores: Luana Guimarães de Sousa; Julia De Stefani
Cassiano; Diego de Araújo Toloi; Rodrigo Ramella
Munhoz; Veridiana Pires de Camargo; Jamile Almeida TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA
Silva; Olavo Feher; CÓDIGO: 60538
em pacientes com câncer de mama RH+ HER2- EC I-II, foram analisados utilizando os modelo multivariado
no período de 01/2010 a 01/2017 e coleta de dados clí- de riscos proporcionais de Cox. A sobrevivência global
nicos e anatomopatológicos, analisados descritivamen- foi estimada usando o método de Kaplan-Meier e as
te e comparados com os dados da literatura. Análise curvas de sobrevivência foram comparadas usando o
estatística com o software Statistical Package for Social teste Log rank. Resultados: A coorte consistiu em 608
Science (SPSS), versão 22.0.0.0 Resultados: No período pacientes idosos seguidos por 180 dias. A idade média
estudado, 83 pacientes realizaram ODX. A idade média foi de 71,9 anos (intervalo: 60-96) e 50,2% dos partici-
foi de 57,2 anos (27-79 anos), média de tamanho tumo- pantes estavam em risco de desnutrição, conforme
ral de 1,5cm, 83% menores que 2cm, 66,3% de grau his- medido pelo MNA®-SF. Durante o seguimento, 35,5%
tológico II e 9,6% de grau III. Quanto ao risco de recor- dos participantes foram hospitalizados,29,4% tiveram
rência, 65,1% eram ODX de baixo risco, 30,1% de risco infecções associadas à saúde e 16,4% morreram.Após
intermediário e 4,8% de alto risco. Conclusão: ODX par- o ajuste para idade, local e estágio de câncer,o modelo
ticipa da decisão terapêutica em câncer de mama inicial Cox de regressão multivariada mostrou que estar des-
RH+. Porém, pelos obstáculos de acesso ao exame po- nutrido era um preditor independente de infecção(Ra-
dem ser solicitados apenas em casos duvidosos. ODX zão de risco ajustada [aHR] = 1.88, IC 95% 1.32-2.67, p
foi solicitado principalmente para tumores menores de <0.001) hospitalização (R = 1,5, IC 95%: 1,10-2,06, p =
2 cm e de grau histológico intermediário, evidenciando 0,012) e morte (aHR = 3,12, IC 95%: 1,74-5,78, p <0,001).
a preocupação da equipe com o supertratamento des- Conclusão: O risco nutricional na admissão foi identifi-
tas pacientes. A distribuição das classificações de risco cado como um preditor independente de risco de mor-
de recidiva determinado pelo ODX foi semelhante a re- te prematura, infecção e necessidade de hospitalização
tratada na literatura em população européia, apesar do em pacientes idosos com câncer. O uso de MNA®-SF
viés de solicitação. Métodos alternativos que possam deve ser incorporado na avaliação geriátrica regular de
estimar risco de recorrência nessas pacientes através pacientes idosos com câncer
de informações anatomopatológicas convencionais são
Contato: JUREMA TELLES DE OLIVEIRA LIMA
desejáveis nos cenários em que a realização do ODX
jurematelles@me.com
seja impeditivo.
Contato: DENIS SAKAMOTO SHIMBA
dshimba@hotmail.com
TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA
CÓDIGO: 60589
câncer de mama pré-menopausal antes dos 46 anos. de 2012 provenientes de 20 centros distribuídos em
Dentre elas, 43 (15,4%) possuíam pelo menos um pa- seis estados brasileiros, representando três regiões:
rente de primeiro ou segundo grau com histórico de Sul, Sudeste e Nordeste. Desfechos de sobrevida glo-
tumor do espectro da síndrome de Li-Fraumeni antes bal (SG) foram descritos pelo método de Kaplan-Meier
dos 56 anos. Nenhuma paciente apresentava múltiplos e fatores prognósticos avaliados pelo modelo de Cox
tumores. Nenhuma paciente foi diagnosticada com multivariado. Resultados: Entre as 690 pacientes inclu-
carcinoma adrenocortical ou tumor do plexo coroide. ídas, 145 (21%) foram diagnosticadas com metástase
Assim, 43 (11,7%) possuíam critérios diagnósticos de cerebral durante o seguimento da doença. As pacien-
Chompret para a síndrome de Li-Fraumeni e nenhu- tes que desenvolveram metástase cerebral ao longo
ma (0%) possuía critérios diagnósticos de Síndrome de do seguimento eram mais jovens, sendo mais comum
Li-Fraumeni clássica. A média de idade entre essas 43 o diagnóstico de câncer de mama antes dos 40 anos
pacientes foi de 55,5 anos. O tipo histológico do tumor nesse grupo (22,1% vs. 15,0% p=0,03), tinham mais tu-
encontrado na biópsia das pacientes com critérios de mores triplo negativos (28% vs.18.5%, p = 0,03), porém
Chompret para a síndrome de Li-Fraumeni foi avaliado o mesmo não foi observado em relação aos tumores
em 41 (95,3%) pacientes. Foi encontrado um (2,4%) caso HER2-positivos (28.3% vs. 20.6% p =0.11). Em geral, o
de carcinoma ductal in situ, um (2,4%) de carcinoma in- intervalo livre de metástase cerebral (ILMC), mensura-
filtrante mucinoso (coloide), um (2,4%) de carcinoma do a partir do diagnóstico de doença metastática, foi 14
infiltrante tubular, dois (4,8) de carcinoma infiltrante meses. Entretanto, o ILMC foi menor em pacientes com
lobular, 32 (78%) de carcinoma infiltrante ductal e qua- tumores HER2-positivos (18 vs. 12 meses, p=0,011) e
tro (12,9%) de outros tipos histológicos. Foi realizada triplo negativo (18 vs. 12 meses, p<0,001), ambos com-
imunoistoquímica na amostra da biópsia de 35 (81,3%) parados com tumores luminais. A sobrevida global (SG)
pacientes. Foi encontrado subtipo molecular luminal A mediana a partir do desenvolvimento de metástase ce-
em nove (25,7%) das amostras, luminal B em 19 (54,2%), rebral foi 10 meses. Na analise multivariada, tumores
luminal B HER2+ em nove (25,7%) e triplo negatvo em triplo-negativos foram associados a um pior prognós-
três (8,5%). Conclusão: A SLF possui alta prevalência no tico (HR 1,82; IC95% 1,02-3,24 – p = 0,03), tendo sido
sul do país e esteve associada à maior agressividade do observada uma tendência a pior SG nos tumores HER-
tumor de mama. 2-positivos (HR 2,21; IC95% 0,91-5,33 – p = 0.08). Con-
clusão: Os resultados deste estudo, são similares aos
Contato: THAIS ABREU DE ALMEIDA
dados da literatura internacional quanto a incidência e
thaisaalmeida@gmail.com
ao mau prognóstico associados ao desenvolvimento de
metástase cerebral em pacientes com câncer de mama.
Ratifica-se, então, a importância desta condição como
TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA problema de saúde pública no Brasil, sendo importan-
CÓDIGO: 59873 te, portanto, buscarmos oferecer a estas pacientes as
melhores opções em termos de tratamento sistêmico,
SOBREVIDA E FATORES PROGNÓSTICOS radioterápico e neurocirúrgico.
EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA Contato: Márcio Debiasi - marcio.debiasi@pucrs.br
COM METÁSTASES CEREBRAIS NO
BRASIL: UMA SUB-ANÁLISE DO ESTUDO
LACOG-0312
TEMÁRIO: MELANOMAS
Autores: Caroline Albuquerque; Marcio Debiasi; Gustavo
CÓDIGO: 60521
Werutsky; Deise Uema; Eduardo Cronenberger; Vladmir
C Cordeiro de Lima; Rosane O de Sant‘ana; José Bines;
Facundo Zaffaroni; Carlos H Barrios; TAXA DE RESPOSTA (TR) ELEVADA COM
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO QUIMIOTERAPIA EM PACIENTES COM
RIO GRANDE DO SUL MELANOMA METASTÁTICO (MM) APÓS
TRATAMENTO PRÉVIO COM INIBIDORES
Introdução: A incidência de metástases cerebrais entre
mulheres com câncer de mama metastático varia de 10
DE CHECKPOINT IMUNOLÓGICO (ICI)
a 30% conforme subtipo tumoral. A presença de metás- Autores: Pedro Henrique Ferraro da Silveira; Audrey
tase cerebral é um fator de mau prognóstico, porém a Cabral Ferreira de Oliveira; Rafael Vanin de Moraes;
Luiza Damian Ribeiro Barbosa; José Augusto Rinck
experiência da prática clínica em pacientes brasileiras é
Junior; Daniel Vilarim Araujo; Monique Celeste
pouco descrita na literatura. Objetivo: Descrever as ca-
Tavares; Marcelo Petrocchi Corassa; Mílton José de
racterísticas, desfechos de sobrevida e fatores prognós- Barros e Silva;
ticos de pacientes com câncer de mama e metástase
Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
cerebral no Brasil. Métodos: LACOG-0312 é um estudo
de coorte retrospectivo que incluiu pacientes diagnos- Introdução: ICI e terapia-alvo (TA), para os casos com
ticadas com câncer de mama metastático ou localmen- mutação no BRAF, são o padrão atual no tratamento no
te avançado/recorrente não ressecável durante o ano MM. Historicamente, estudos de quimioterapia (QT) em
primeira linha de tratamento estão associados a baixas eficácia e toxicidade de esquemas de quimioterapia (QT)
TR e Sobrevida livre de progressão (SLP), não demons- em pts portadores de câncer esofágico metastático ao
trando ganho de sobrevida global. Atualmente, QT é re- diagnóstico. Método: Coorte retrospectiva de pacien-
servada para os casos refratários à ICI e TA. Objetivo: tes (pts) atendidos na instituição de 2008 a 2016. Exclu-
Avaliar a TR da QT em pacientes com MM, após falha a ímos os pts com outro tumor primário e com neoplasia
Ipilimumabe e Nivolumabe. Método: estudo retrospec- da transição esôfago gástrica. Pts foram agrupados de
tivo, observacional e unicêntrico. Os esquemas quimio- acordo com a QT recebida: A – platina e taxano; B – pla-
terápicos utilizados após falha ao Ipilimumabe e Nivo- tina e irinotecano; C – platina e fluoropirimidina; D –
lumabe foram Darcarbazina e Paclitaxel associado ou sem uso de platinas. Considerou-se doença controlada
não a Carboplatina. Resultados: Entre outubro/2014 a se houvesse resposta completa, parcial ou estabilidade
maio/2016, identificamos 53 pacientes com diagnóstico por pelo menos 2 meses. Toxicidade foi avaliada pelo
de melanoma metastático refratários à ipilimumabe e CTCAEv4.0. Resultados: Dos 1789 pts com câncer de
nivolumabe. Destes, 14 pacientes receberam QT após esôfago atendidos, incluímos 397 pts (82,6% homens)
falha de Nivolumabe como último tratamento, sendo com doença metastática à apresentação. A idade me-
que 35%, 35% e 30% dos pacientes receberam QT como diana foi de 60 anos (25-95) e índice de massa corpórea
terceira, quarta ou quinta ou mais linhas de tratamen- mediano de 19,2. O carcinoma espinocelular (CEC) foi
to, respectivamente. A TR objetiva foi de 35% (resposta a histologia mais frequente (78,8%). Apenas 43,8% dos
parcial [RP]: 21% e resposta completa [RC]: 14%) e a taxa pts apresentavam ECOG 0 ou 1 ao diagnóstico, enquan-
de controle de doença (TCD) foi de 71% (Doença está- to que 10,6% estavam em ECOG 4. Na amostra total,
vel [DE]: 36%). A sobrevida livre de progressão mediana a sobrevida global mediana (SGm) após o diagnóstico
(SLPm) foi de 3,6 meses (0,5-21meses), sendo superior inicial foi de 7m (IC95% 6,15 a 7,85). QT foi aplicada em
no grupo que respondeu a QT - 5,7 meses (4,33-21m). 285 pts (com ECOG mediano de 1) atingindo SGm 9,0m
Dos 35% que responderam a QT, 60% tinham apresen- (IC95% 8,0 a 9,9), enquanto, 112 pts (com ECOG media-
tado PD como melhor resposta à terapia prévia com ni- no 3) não realizaram QT. A SGm obtida nesse grupo foi
volumabe. (RP20% DE20% RC 0%) Dentre os pacientes de 3m (IC95% 2,3 a 3,7, p<0,0001). O esquema mais usa-
que apresentaram resposta completa a QT (2/14), um do foi B (55,5%), seguido de A (34,9%), D (5%) e C (4,6%).
apresentou PD e o outro RP como melhor resposta a Em 39,4% dos pts não se avaliou a resposta. Controle
nivolumabe prévio. Conclusão: Nesta análise, pacien- de doença com os esquemas A, B, C, e D foi de respecti-
tes tratados com QT após falha prévia a ipilimumabe vamente 39,2%, 30,1%, 53% e 14,3%. Pts que receberam
e nivolumabe, apresentaram TR de 35%, valor superior o esquema C tiveram SGm de 17m (IC95% 13,1 a 20,8,
ao relatado na literatura para pacientes submetidos a p=0,034). Não foi observada diferenças na SGm obtida
QT sem tratamento prévio com imunoterapia (TR: 20%). com os esquemas A, B e D (9m). Toxicidades graus 3 e
Novos estudos devem ser realizados, a fim de melhor 4 (G3/4) ocorreram em 42% dos pts, sendo em 24,3%
correlacionar a TR à QT, em pacientes tratados previa- hematológica G3/G4 (29,7% no B, 19,4% no A, 7,7% no C
mente com imunoterapia. e 14,3% no D) e 8,5% gastro-intestinal (12,2% no B, 5,1%
no A, zero no C e D). Em 17,4 % dos pts houve necessi-
Contato: PEDRO HENRIQUE FERRARO DA SILVEIRA
dade de internação por infecção (18,8% no A, 15,4% no
phferraro@hotmail.com
B, 7,7% no C e 14,3% no D). Conclusão: Os regimes A
e B obtiveram controle de doença e SGm semelhantes
com perfil de toxicidade maior no braço com irinoteca-
TEMÁRIO: TUMORES TGI SUPERIOR no. O regime com fluoropirimidina e platina, apesar de
CÓDIGO: 60216 pouco usado, apresentou melhor perfil de toxicidade
com SGm e controle de doença superiores.
TOXICIDADE E EFICÁCIA DE Contato: CAROLINA RIBEIRO VICTOR
QUIMIOTERAPIA EM PACIENTES COM karolribeirovictor@gmail.com
NEOPLASIA DE ESÔFAGO METASTÁTICA
TRATADOS NA COMUNIDADE.
Autores: Carolina Ribeiro Victor; Fernanda Kaori Fujiki;
TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS)
Danielle Brandes Zakon; Guilherme Harada; Tiago
Biachi de Castria; CÓDIGO: 60272
Fernanda Batistuzzo Vicentini; Damara Hosana Rossini; TEMÁRIO: TUMORES UROLÓGICOS - NÃO PRÓSTATA
Camila Motta Venchiarutti Moniz; Felipe Ribeiro CÓDIGO: 59695
Ferreira; Karina Gondim Moutinho da Conceição
Vasconcelos; Rachel Pimenta Riechelmann; Paulo TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE
Marcelo Gehm Hoff;
MEDULA ÓSSEA COMO TRATAMENTO
Instituição: INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO
DE RESGATE PARA PACIENTES
PAULO
PORTADORES DE TUMORES
Introdução: O tratamento padrão para CEC de canal GERMINATIVOS REFRATÁRIOS OU
anal localizado é a associação de radioterapia com qui- RECIDIVADOS – EXPERIÊNCIA DE UM
mioterapia (QRT), tradicionalmente combinando mito- CENTRO TERCIÁRIO.
micina (MMC) e 5-fluoruracil (5-FU). Atualmente, com
Autores: Fernanda Carneiro Ronchi; Daniel Vilarim
a disponibilidade limitada de MMC, muitos pacientes
Araújo; Ana Cláudia Machado Urvanegia; Marcela
são tratados com a combinação de cisplatina (CDDP)
Bonalumi dos Santos; Virgínia Altoé Sessa; Larissa
e 5-FU. Objetivo: comparar as toxicidades entre esses Von Grapp; Audrey Cabral Ferreira de Oliveira; Flávia
dois regimes em uma população não previamente se- Amaral Duarte; Pedro Henrique Ferraro da Silveira; José
lecionada, incluindo pacientes HIV-positivos e grande Augusto Rinck Jr;
porcentagem de estadio III. Método: Foi realizado es- Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
tudo retrospectivo e unicêntrico, sendo analisados os
prontuários de 104 pacientes com CEC de canal anal Introdução: O câncer de testículo é a neoplasia ma-
T2-4/N0-3/M0 candidatos ao tratamento com QRT en- ligna mais comum entre homens de idade entre 20-30
tre Jan/2011 até Dez/2016. As características dos pa- anos.1Atualmente é considerado o tumor sólido com
cientes e as toxicidades relacionadas ao tratamento maior taxa de cura, com sobrevida em 5 anos acima de
foram comparadas entre: CDDP (60 mg/m2 D1 e D29) 95%.3Entretanto, apenas 25% dos pacientes portado-
e MMC (15mg/m2 D1), ambos associados a 5-FU infu- res de doença metastática expostos a quimioterapia
sional (1000mg/m2 D1-4 e D29-32) e radioterapia (45- de resgate experimentam respostas completas e dura-
59Gy). Resultados: Foram tratados 75 pacientes com douras9. Neste cenário, a quimioterapia em altas-do-
MMC e 29 com CDDP. O grupo CDDP apresentou mais ses com suporte de transplante autólogo de medula
pacientes com HIV positivo (24% vs. 12%) e com esta- óssea (TAUMO) tem apresentado resultados promisso-
dio IIIB (55% vs. 40%). Toxicidades G3/4 foram obser- res. Objetivo: Avaliar a evolução dos pacientes porta-
vadas em 93% dos pacientes que receberam CDDP e dores de tumor de testículo submetidos a TAUMO em
em 91% dos pacientes que receberam MMC (teste de um centro oncológico terciário, por meio de análise de
fisher p=1). As toxicidades G3/4 mais comuns foram lin- sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão
fopenia (72.4% CDDP vs. 82.4% MMC; p=0.28) e radio- (SLP). Como objetivo secundário avaliar a taxa de res-
dermite (55% CDDP vs. 60% MMC; p=0.66). O grupo que posta ao TAUMO, perfil de toxicidade relacionado ao
recebeu CDDP apresentou uma morte relacionada ao tratamento, e avaliar fatores prognósticos/preditivos.
tratamento associada a radiodermite G5. Entre pacien- Materiais e Método: Trata-se de um estudo retrospec-
tes HIV positivos, anemia G3/4 foi mais comum entre tivo, observacional e unicêntrico. Foram incluídos todos
pacientes que receberam CDDP (43% vs. 11%; p=0.26) os casos de câncer de testículo que foram em algum
e radiodermite G3/4 foi mais comum nos pacientes tra- momento do seu tratamento submetidos à quimiote-
tados com MMC (14% vs. 56%; p=0.11). Não houve dife- rapia em altas doses em nossa instituição, de outubro
rença estatisticamente significativa entre a maioria das de 2001, quando foi realizado o primeiro TAUMO para
toxicidades relacionadas ao tratamento. Conclusões O este fim até abril de 2016. A SLP e SG foram calculadas
tratamento de pacientes com CEC de canal anal locali- a partir da data da primeira infusão de células-tronco
zado com QRT baseado em CDDP foi bem tolerado. A hematopoiéticas por meio das curvas de probabilida-
incidência de toxicidades G3/4 foi semelhante aos pa- des estimadas de Kaplan-Meier. Resultados: Foram
cientes tratados com MMC. Os pacientes HIV positivos incluídos 36 pacientes que se enquadraram nos crité-
apresentaram tendência maior a apresentar anemia rios de inclusão/exclusão. Em 12 meses, 38.9% dos pa-
com CDDP e radiodermite com MMC, mas sem diferen- cientes estavam livres de progressao, e 52.8% estavam
ça estatisticamente significativa. vivos, com um seguimento mediano de 9.6 meses. As
SG e SLP medianas foram de 10.4 e 8.9 meses respec-
Contato: MARIA FERNANDA BATISTUZZO VICENTINI tivamente. A taxa de resposta foi 58.3%. Em relação à
mfvicentini@hotmail.com toxicidade, 83% dos pacientes experimentaram algum
evento grau 3, e 25% grau 4. As toxicidades mais fre-
quentes (de qualquer grau) foram: neutropenia febril
(69%), diarréia (50%) e mucosite (50%). Houve 3 mor-
tes decorrentes do tratamento (8% do total). Devido ao
numero reduzido de pacientes, não foram identificados
fatores prognósticos, e não foi possível validar os gru- veram-se estáveis com 10,2 g/dl (9,3-12,8 g/dl), assim
pos de risco propostos por Beyer J e Einhorn LH. Con- como os linfócitos com 950 mm3 (410-1400/mm3), a
clusão: Os dados de literatura foram reproduzidos em albumina com 3,2 g/dl (2,1-4,1 g/dl) e a PCR com 59,4
população não selecionada, com dados de toxicidade ng/dl (2-140 ng/dl). As queixas de fraqueza e mal-estar
e mortalidade semelhantes. A quimioterapia em alta- melhoraram de forma significativa. Conclusão: O uso
-dose é uma opção de tratamento para pacientes com de Spirulina sp representa uma alternativa no suporte
tumor de células germinativas metastáticos, mas de to- paliativo em pacientes com doença oncológica avança-
xicidade não desprezível. da em tratamento quimioterápico.
Contato: FERNANDA CARNEIRO RONCHI Contato: SILVIA GRAZIANI
fernanda_carneiro15@hotmail.com srgraziani@gmail.com
bou mudando o tratamento após reclassificação mole- estável por RECIST (em ambos os grupos), mas 40%
cular. A baixa porcentagem de pacientes testados para grupo A e 34% grupo apresentaram cavitação das le-
ALK foi devido à dificuldade de acesso ao teste antes sões. No grupo B a presença de escavação associou-se
da aprovação do crizotinibe no país. Com o aumento a sobrevida prolongada. (9,86 meses vs. 5,13 meses). A
do número dos biomarcadores, a adequada classifica- sobrevida global mediana no grupo A foi de 8,15 con-
ção molecular dos pacientes com CPNPC sem atraso tra 5,5 meses no grupo B. No grupo A, as toxicidades
do início do tratamento tem se tornado um desafio da graus 2 e 3 foram de 90% e 20%, respectivamente. No
prática clínica. A realização dos testes de forma sequen- grupo B, as toxicidades grau 2 e 3 foram de 80% e 13%,
cial pode trazer atrasos que comprometam de forma respectivamente. Fadiga, reação mão-pé-pele, elevação
crítica a tomada de decisão para início do tratamento. A de enzimas hepáticas e hipertensão arterial foram os
combinação dos testes em painéis pode reduzir o TT e eventos adversos mais comuns relacionados a regora-
propiciar a melhor terapia já na primeira linha. fenibe. Conclusão: Nesta série retrospectiva, a sobre-
vida mediana do grupo bevacizumabe foi semelhante
Contato: IURI AMORIM DE SANTANA
aos dados do estudo CORRECT. No grupo aflibercepte,
iurisantana@gmail.com
a sobrevida mediana foi numericamente maior. Porém,
este dado deve ser explorado em estudos futuros, pois
esta diferença pode ser atribuída a viés de seleção. O
TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS) perfil de toxicidade foi semelhante ao da literatura, ex-
CÓDIGO: 60112 ceto pelo fato dos pts não apresentarem diarreia, que
foi um efeito adverso comum no estudo CORRECT.
USO DE REGORAFENIBE EM PTS COM Contato: RODRIGO NOGUEIRA FOGACE
CÂNCER COLORRETAL METASTÁTICO rodrigofogace@gmail.com
(CCRM) PREVIAMENTE TRATADOS COM
BEVACIZUMABE OU AFLIBERCEPT:
EXPERIÊNCIA CLÍNICA UNI-
TEMÁRIO: PESQUISA CLÍNICA
INSTITUCIONAL
CÓDIGO: 60430
Autores: Rodrigo Nogueira Fogace; Luiz Antonio de
Senna Leite; Daniela Ribeiro Nebuloni Nagy; Giovanni
Mendonça Bariani; Fernanda Cunha Capareli;
USO DE TERAPIAS-ALVO BASEADAS
Paulo Marcelo Gehm Hoff; Rachel Simões Pimenta EM ALTERAÇÕES GENÔMICAS
Riechelmann; Thomás Giollo Rivelli; CLINICAMENTE RELEVANTES
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DA IDENTIFICADAS EM TUMORES
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; INSTITUTO DO CÂNCER SÓLIDOS AVANÇADOS SUBMETIDOS A
DO ESTADO DE SÃO PAULO SEQUENCIAMENTO GENÉTICO DE NOVA
Introdução: A associação com terapias alvo como be- GERAÇÃO: IMPACTO NO DESFECHO
vacizumabe (1ª e 2ª linhas) e aflibercepte (2ª linha) trou- CLÍNICO
xe ganho em sobrevida global (SG) para pacientes (pts) Autores: Valéria Sgnaolin; Pablo M Barrios; Carolina G
com câncer colorretal metastático CCRm. Mais recente- S Cauduro; Pedro C Crivelaro; Caroline Albuquerque;
mente o regorafenibe, outro anti-angiogênico, também Guilherme P Sartori; Marcio Debiasi; Gabriel Prolla;
demonstrou ganho em SG em pts politratados. Objeti- Carlos H Barrios; André P Fay;
vo: Avaliar os resultados de pts tratados com regora- Instituição: ESCOLA DE MEDICINA DA PONTIFÍCIA
fenibe e a relação deste com o tipo de antiangiogênico UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
prévio, divididos em dois grupos: (A) aflibercepte e (B) Introdução: Alterações genômicas em pacientes com
bevacizumabe. Metodos Estudo retrospectivo de pts tumores sólidos avançados podem sugerir terapias-al-
com CCRm tratados com regorafenibe em programa de vo ou orientar a inclusão de pacientes em estudos clíni-
acesso expandido. Resultados: Foram incluídos 25 pts, cos. O impacto das alterações genômicas clinicamente
15 receberam bevacizumabe (grupo B) e 10 aflibercepte relevantes (AGCR) na mudança de decisões clínicas e
(grupo A). A mediana de idade para o grupo A foi de no desfecho clínico de pacientes com câncer é pouco
56,2 anos e 53,3 no grupo B. A maioria dos pts apresen- conhecido. Objetivo: Relatar experiência institucional
tava adenocarcinoma de colon e todos apresentavam com o uso de terapias-alvo baseadas em AGCR iden-
ECOG 0/1. No grupo A, 30% dos pts eram RAS selvagem, tificadas em sequenciamento genético de nova gera-
sendo 40% no grupo B. No grupo aflibercepte, o regora- ção. Método: Setenta pacientes com tumores sólidos
fenibe foi realizado entre 2ª e 4ª linhas de tratamento, avançados foram submetidos à avaliação genômica uti-
e no grupo bevacizumabe, entre 3ª e 7ª linha. Cerca de lizando a plataforma Foundation Medicine (Foundation
70% dos pts grupo A receberam linhas adicionais após One®). As características clínico-patológicas, alterações
progressão ao regorafenibe vs 40% no grupo B. A maio- genômicas e os desfechos clínicos foram coletados re-
ria dos pts apresentou como melhor resposta doença
trospectivamente utilizando planilhas padronizadas ções privadas do Rio de Janeiro submetidos ao 68Ga-
para todos os pacientes. As melhores respostas às -PSMA-PET-TC devido ao aumento progressivo do PSA.
terapias-alvo foram avaliadas de acordo com RECIST, O impacto clínico do exame foi determinado através da
versão 1.1. Resultados: Vinte e seis dos 70 pacientes descrição, pelo médico assistente, do uso do resultado
(38%) eram do sexo feminino e a idade média foi de do 68Ga-PSMA-PET-TC na mudança da estratégia tera-
58 anos (variando entre 28 e 89 anos). AGCR foram en- pêutica. As modalidades terapêuticas foram classifica-
contradas em 68% dos pacientes (mediana de 1,9 AGCR das como: tratamentos locais (radioterapia de resgate
/ paciente). TP53 (43%), CDKN2A/B (23%), KRAS (22%) no leito prostático [RT] linfadenectomia de resgate [LR])
e PIK3CA (8%) foram as mutações mais frequentes. A e tratamentos sistêmicos (terapia de deprivação an-
identificação de AGCR orientou o uso de terapia alvo, drogênica [HT], quimioterapia [QT], abiraterona [abi]).
fora de estudos clínicos, em 9 casos (13%). As patolo- Resultados: Ao todo 32 pacientes foram identificados.
gias tratadas incluíram adenocarcinoma de pulmão Trinta (93%) submetidos a prostatectomia radical e 2
(EGFR e ALK); colangiocarcinoma (amplificação de HER2 (7%) a radioterapia exclusiva como tratamento primá-
e BRAF), adenocarcinoma de cólon (BRAF); rabdomios- rio. Dezessete (55%) nunca receberam nenhum trata-
sarcoma (NF1); carcinoma seroso de ovário (PIK3CA), mento com radioterapia previamente. Em toda popu-
neoplasia germinativa primária de mediastino (PTEN) e lação, o Gleason score, nível de PSA e tempo de dobra
carcinoma urotelial (ERBB2). Respostas parciais foram de PSA médios eram 8, 4,2 ng/ml e 4,4 meses. 68Ga-PS-
observadas somente em pacientes com adenocarci- MA-PET-TC foi positivo em 23/32 (72%) pacientes, sendo
noma de pulmão (2 pacientes), onde sabidamente as em 15/23 (65%) com detecção de lesão única. No total,
mutações são preditivas de resposta. Doença estável o 68Ga-PSMA-PET-TC foi responsável pela mudança da
com duração prolongada foi observada em um pacien- estratégia terapêutica em 16/32 (50%) dos casos. Em
te com adenocarcinoma de cólon. Conclusão: Um nú- apenas 4/32 (12%) pacientes as modificações incluíram
mero pequeno de pacientes apresentou benefício clí- exclusivamente um tratamento sistêmico (1 evitou HT,
nico com o uso de terapias-alvo identificadas por teste 1 acrescentou HT e 2 acrescentaram QT/abi). Nos 12/32
molecular. Respostas ocorreram fundamentalmente (37%) casos restantes a mudanças terapêuticas inclu-
em AGCR sabidamente preditivas de resposta. Estudos íram algum tratamento local; 7 acrescentaram (6 LR e
prospectivos são necessários para definir o papel das 1 RT) e 5 evitaram (5 RT) terapias locais. Conclusão:
AGCR na escolha da estratégia terapêutica em pacien- Metade dos pacientes com recidiva bioquímica subme-
tes com doença avançada. tidos ao 68Ga-PSMA-PET-TC tiveram sua estratégia te-
rapêutica alterada pelo resultado do exame. A grande
Contato: MÁRCIO DEBIASI
maioria das modificações incluíam a incorporação ou
marcio.debiasi@pucrs.br
a exclusão de tratamentos locais de resgate. Embora o
uso do 68Ga-PSMA-PET-TC ainda não esteja bem defini-
do, esse método diagnóstico vem sendo utilizado como
TEMÁRIO: TUMORES UROLÓGICOS - PRÓSTATA uma ferramenta para guiar o tratamento da recidiva
CÓDIGO: 59771 bioquímica do câncer de próstata.
Contato: PEDRO MASSON DOMINGUES
USO DO 68GA-PSMA-PET-TC E SEU pedromasson@grupocoi.com.br
IMPACTO CLÍNICO NO TRATAMENTO
DO CÂNCER DE PRÓSTATA COM
RECIDIVA BIOQUÍMICA
TEMÁRIO: TUMORES UROLÓGICOS - PRÓSTATA
Autores: Pedro Masson Domingues; Thais Abreu;
CÓDIGO: 60067
Mariana Bruno Siqueira; Gisele Marinho; Diogo
Rodrigues; Humberto cottas; Daniel Herchenhorn; Fabio
Peixoto; USO PRECOCE DE DOCETAXEL EM
Instituição: CENTRO DE ONCOLOGIA INTEGRADA PACIENTES COM CÂNCER DE PRÓSTATA
DE ALTO RISCO
Introdução: O 68Ga-PSMA-PET-TC tem demonstrado
Autores: Izabela Sinara Silva Alves; Ana Carolina Ferreira
altas taxas de detecção de lesões suspeitas na recidiva
Borges; Karenn Karolinne Silva Elias; Karen Yohanna
bioquímica do câncer de próstata. Mesmo em pacien-
Nascimento da Silva; Nayara Mendonça Chaves; Paula
tes com baixos níveis de PSA (<1 ng/ml), o 68Ga-PSMA- Satie Sakashita; Vanessa Rosseti Madaro; Thais Vidal
-PET-TC é capaz de identificar possíveis sítios de recaída Bertocco; Nadia Aguiar Fernandes; Bruno Nascimento
em cerca de 80% dos casos, tornando-o uma possível Rosa Hercos;
ferramenta para guiar tratamentos de resgate nesse Instituição: UNIÃO DAS FACULDADES DOS GRANDES
cenário. Esse estudo visa descrever o impacto clínico LAGOS
do uso do 68Ga-PSMA-PET-TC no manejo do câncer de
Introdução: A quimioterapia sempre foi considerada
próstata recaído após tratamento local. Método: Foi
uma modalidade de tratamento inativa para o câncer
realizada análise retrospectiva de 32 pacientes com
de próstata refratário a hormônio. Mais recentemente
câncer de próstata localizado tratados em três institui-
o uso de Docetaxel demonstrou aumento da sobrevi- p63 para adenocarcinoma e por outro lado, uma maior
da global, apesar de ainda modesto. Objetivo: Avaliar especificidade do p40 em carcinoma escamoso. Objeti-
o uso precoce de Docetaxel em pacientes com câncer vo: O objetivo primário foi validar o marcador de IH p40
de próstata com características de alto risco. Méto- na análise e diferenciação de adenocarcinoma e carci-
do: Coorte retrospectiva composta por pacientes com noma escamoso de pulmão, em relação ao p63; e como
diagnóstico de câncer de próstata acompanhados pelo objetivos secundários: avaliar a incidência de CPNPC
serviço do Hospital Estadual de Bauru entre 2006-2016. em nossa Instituição; comparar os resultados de anato-
Os dados clínicos foram coletados de prontuários. Na mopatológicos (APs) e IHs, e avaliar custos financeiros
análise de dados foram utilizadas estatísticas descri- relacionados a estes marcadores. Método: Trata -se
tivas e teste do qui-quadrado. Foram significativos os de um estudo de acurácia, observacional, transversal e
resultados com p≤0,05. Resultados: foram analisados retrospectivo. Este trabalho compilou e analisou os re-
os dados de 1825 pacientes, dos quais 32% possuíam sultados dos APs e IHs provenientes em sua maioria da
características de alto risco ao diagnóstico (PSA > 20 ng/ nossa Instituição, de CPNPC, no período de junho/2015
ml, Gleason 8-10 e/ou estágio clínico T3a), destes ape- a junho/2016. Necessariamente todos os laudos conti-
nas 3,23% foram tratados com Docetaxel. Nos pacien- nham o anticorpo p40 e p63. Resultados: A amostra
tes em que foi ofertado o quimioterápico precocemente correspondeu a 34 casos, destes, 17 (50%): Adenocar-
(0.54%) houve um aumento de sobrevida global (SG) > 6 cinoma; 12 (35,2%): Carcinoma Escamoso, e 5 (14,7%)
meses (p<0.003), entretanto nos que fizeram uso ape- outros subtipos e carcinoma indiferenciado. Na análise
nas no cenário de refratariedade da hormonioterapia do p40, observou-se em relação ao p63, no que tange
não houve alteração na SG. Conclusão: Durante os dez Carcinoma Escamoso, respectivamente: sensibilidade
anos de acompanhamento um percentual muito peque- de 100% x 100%; especificidade de 93% x 70%; valor
no de pacientes fizeram uso de Docetaxel, sendo menor preditivo positivo (VPP) 91% x 70% e valor preditivo ne-
ainda o número daqueles que foram submetidos ao tra- gativo (VPN) de 100% x 100%. Na comparação entre os
tamento em uma fase precoce. Apesar de um pequeno resultados de AP e IH observou-se 4 casos de discor-
percentual ter realizado QT aqueles que a fizeram tive- dância num total de 30. No que tange o âmbito finan-
ram um aumento significativo na SG. Assim, o uso do ceiro desses marcadores, observou-se que p63 além
Docetaxel em pacientes com câncer de próstata de alto de ser mais caro unitariamente, a diluição considerada
risco pode representar um tratamento promissor. ótima do p40 rendia o dobro que p63 (1: 100 x 1: 50).
Conclusão: p40 tem maior especificidade e VPP para
Contato: KARENN KAROLINNE SILVA ELIAS
Carcinoma Escamoso do que p63, associado ao fato de
karenneliasmedicina@gmail.com
ter menor custo financeiro, sendo promissora sua in-
corporação na rotina de IHs do nosso Serviço.
Contato: TAMISE DA SILVA BAPTISTA
TEMÁRIO: PULMÃO tamise_baptista@hotmail.com
CÓDIGO: 59839
independe do lado do primário. O panitumumabe, as- não foi influente nos resultados de associação para
sim como cetuximabe, também parece reverter a re- os polimorfismos farmacogenéticos com o uso de flu-
sistência tumoral ao irinotecano. Ambos os anticorpos oropirimidinas. Entre os biomarcadores investigados,
estudados resultaram em benefícios similares quando o polimorfismo rs4451422 no gene FPGS apresentou
combinados a quimioterapia. resultados significativos associado a um efeito de pro-
teção à ocorrência de toxicidade geral e toxicidades
Contato: JULIANA GÓES MARTINS
combinadas (p=0,0052; OR 0,32/p=0,0004; OR 0,22). O
julianagmartins@hotmail.com
polimorfismo rs760370 no gene SLC29A1 demonstrou-
-se significativo na associação com as toxicidades seve-
ras de grau 3 e 4 (p=0,0033; OR 4,73). Conclusão: Dois
TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS) polimorfismos presentes nos genes FPGS(rs4451422)
CÓDIGO: 59998 e SLC29A1(rs760370) demonstraram ser importantes
biomarcadores preditivos para a medicina de precisão
ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS na terapia com uso de fluoropirimidinas.
NOS GENES FPGS E SLC29A1 COM Contato: MARIANNE RODRIGUES FERNANDES
TOXICIDADE AO TRATAMENTO fernandesmr@yahoo.com.br
QUIMIOTERÁPICO COM
FLUOROPIRIMIDINAS
Autores: Marianne Rodrigues Fernandes; Juliana
TEMÁRIO: TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO
Carla Gomes Rodrigues; Darlen Cardoso de Carvalho;
CÓDIGO: 60118
Amanda Cohen Castro; Karla Beatriz Cardias Cereja
Pantoja; Luciana Pereira Colares Leitão; Danielle Feio da
Costa; Antonio Andre Conde Modesto; Sidney Emanuel ASSOCIAÇÃO DO POLIMORFISMO
Batista dos Santos; Ney Pereira Carneiro dos Santos; ERP29 C.*293A>G, LOCALIZADO EM
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ UM SÍTIO DE LIGAÇÃO DE MICRORNAS,
Introdução: O esquema terapêutico com base em flu-
COM O RISCO E O PROGNÓSTICO DO
oropirimidinas tem sido a conduta quimioterápica mais CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
utilizada em todo o mundo em vários tipos de tumores DE OROFARINGE
sólidos, incluindo câncer gástrico e colorretal. Poucos Autores: Juliana Carron; Ericka Francislaine Dias Costa;
estudos na literatura especializada relataram a influên- Leisa Lopes-Aguiar; Benilton de Sá Carvalho; José
cia de marcadores farmacogenômicos em populações Augusto Rinck-Junior; Ana Paula Dalla Costa; Manoela
miscigenadas como a população brasileira. Objetivo: Marques Ortega; Carmen Silvia Passos Lima; Gustavo
Jacob Lourenço;
Investigar a variabilidade farmacogenômica de dife-
rentes biomarcadores em farmacogenes envolvidos na Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
via de metabolismo das fluoropirimidinas em pacien- Introdução: Em análise prévia, por meio da genotipa-
tes com câncer gástrico ou câncer colorretal, subes- gem em larga escala, identificamos mais de seis mil po-
truturados de acordo com a toxicidade ao tratamento limorfismos de base única (SNPs) associados ao risco
Método: Foram incluídos 216 pacientes com câncer do carcinoma de células escamosas (CCE) de base de
colorretal ou gástrico que receberam tratamento qui- língua (BL). O SNP ERP29 c.*293A>G, relacionado com
mioterápico à base de fluoropirimidinas. Foram investi- a supressão de tumores, foi considerado de maior in-
gados 32 polimorfismos genéticos em 16 farmacogenes teresse. Por meio de análises in silico observamos que
(ABCB1, ABCC2; ABCC4; ABCG2, CYP2A6, DPYD, FPGS, o referido SNP influencia a eficiência de ligação do mi-
ITGB5, MTHFR, SLC22A7, SLC29A1, TP53, UMPS, GGH, croRNA (miR) 4421 na região 3’-não traduzida (UTR) do
RRM1, TYMP) envolvidos na via de metabolismo das ERP29 e, assim, influencia a expressão do gene. Entre-
fluoropirimidinas A genotipagem dos polimorfismos tanto, o papel do referido SNP no risco e no prognósti-
foi realizada por discriminição alélica utilizando a tec- co do CCE de orofaringe (CCEOF) ainda é desconhecido.
nologia TaqMan OpenArray Genotyping, com um painel Objetivo: Verificar a influência dos distintos genótipos
de ensaios customizados, no equipamento QuantStu- do SNP ERP29 c.*293A>G no risco e no prognóstico do
dio™ 12K Flex Real-Time PCR System. Resultados: Os CCEOF; na expressão e interação do ERP29 e do miR-
resultados demonstraram que 77,3% dos pacientes 4421. Materiais e Método: O DNA de 250 pacientes de
apresentaram algum tipo de toxicidade relacionada ao CCEOF e 250 controles foi analisado pela RT-PCR. As ex-
tratamento com fluoropirimidinas e destes, 22% apre- pressões do ERP29 e do miR-4421 foram avaliadas por
sentaram toxicidades severas classificadas em grau 3 e meio da qPCR utilizando o RNA total de 58 controles. O
4. Dos pacientes investigados no estudo, 23 faleceram ensaio da luciferase foi realizado para avaliar o papel
durante o tratamento, onde três casos foram associa- do miR-4421 na inibição do ERP29 em linhagem celular
dos à toxicidade quimioterápica. A diarréia foi o evento de faringe (FaDu). As diferenças entre os grupos foram
de toxicidade mais frequente relatado no estudo com calculadas por meio dos testes de Fisher, qui-quadra-
129 casos (59,7%). O subestruturamento populacional do, regressão logística e Mann-Whitney. Os tempos de
sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global com MC e 280 controles. O DNA foi analisado pela RT-
(SG) foram estimados pelas curvas de Kaplan-Meier e -PCR para a identificação dos genótipos do MITF. O RNA
analisados pelo testes de log-rank e Cox. Resultados: de 73 controles foi analisado pela qPCR para avaliar a
O genótipo variante ERP29 GG foi mais frequente em expressão dos genes. A significância estatística das di-
pacientes do que em controles (6,4% vs. 3,6%; P=0,002). ferenças entre os grupos foi calculada pelos testes de
Indivíduos com genótipo GG estiveram sob risco cerca Fisher, qui-quadrado, regressão logística, teste t e ANO-
de nove vezes maior de ocorrência do CCEOF do que os VA. Os tempos de sobrevida livre de progressão (SLP)
outros. Aos 36 meses, pacientes com o genótipo ERP29 e sobrevida global (SG) foram estimados pelas curvas
GG apresentaram pior SLP quando comparados aos de Kaplan-Meier e analisados pelos testes de log-rank
outros (0,0% vs. 39,1%; P=0,01). Indivíduos com o genó- e Cox. Resultados: A frequência do genótipo MITF AA
tipo GG apresentaram menor expressão do ERP29 (1,10 foi maior em pacientes do que em controles (26,7% vs.
vs. 1,44 unidades arbitrárias (UAs), P=0,05) e maior ex- 21,1%; P=0,03). Indivíduos com o referido genótipo esti-
pressão do miR-4421 (0,73 vs. 0,42 UAs, P=0,05). Obser- veram sob risco cerca de duas vezes maior de desenvol-
vamos que o miR-4421 apresentou maior eficiência de ver o MC do que os outros. A frequência dos genótipos
ligação na região 3’-UTR do ERP29 codificado pelo alelo MITF GA ou AA foi mais comum em pacientes com fo-
variante “G” quando comparado ao alelo selvagem “A”, totipos cutâneo I-III (90,8% vs. 80,9%, P=0,04), incapazes
com consequente diminuição da expressão do ERP29 de bronzear-se (86,2% vs. 72,3%; P=0,02) e com tumo-
(0,90 vs. 1,02 UAs; P=0,004). Conclusão: Nossos resul- res com crescimento vertical (83,7% vs. 67,5%, P=0,04).
tados apresentam evidência preliminar de que o SNP Aos 60 meses, a SLP (53,4% vs. 71,6%; P=0,005; Cox:
ERP29 c.*293A>G constitui um importante fator her- HR: 1,84; P=0,006) e a SG (76,2% vs. 82,4%; P=0,02; Cox:
dado para o risco e o prognóstico do CCEOF, possivel- HR: 1,79; P=0,03) foram menores em pacientes com
mente devido a alteração da expressão do gene ERP29. o genótipo AA. Indivíduos com os genótipos MITF GG
Apoio financeiro: FAPESP e CAPES. ou GA apresentaram maior expressão de HNRNAPA1
(1,24 vs. 1,04; P=0,05) do que os outros. As expressões
Contato: JULIANA CARRON
do MITF (P=0,31) e do SF1 (P=0,47) foram similares em
j180811@g.unicamp.br
indivíduos com os distintos genótipos Conclusão: Nos-
sos resultados sugerem que o SNP MITF c.938-325G>A
constitui um importante fator herdado para o risco e
TEMÁRIO: MELANOMAS prognóstico de MC, possivelmente devido a alteração
CÓDIGO: 60200 da expressão do fator de splicing hnRNP A1. Apoio fi-
nanceiro: FAPESP, CNPq e CAPES.
ASSOCIAÇÃO DO POLIMORFISMO Contato: CAROLINE TORRICELLI
MITF C.938-325G>A, RELACIONADO caroltorricelli@gmail.com
COM A MELANOGÊNESE, COM O RISCO
E O PROGNÓSTICO DE MELANOMA
CUTÂNEO
TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA
Autores: Caroline Torricelli; Cristiane de Oliveira;
CÓDIGO: 60152
Benilton de Sá Carvalho; Janet Keller Silva; Gabriela Vilas
Bôas Gomez; Wesley Lima de Oliveira; José Augusto
Rinck-Junior; Manoela Marques Ortega; Carmen Silvia ASSOCIAÇÃO ENTRE OS NIVEIS
Passos Lima; Gustavo Jacob Lourenço; PLÁSMATICOS DO TAMOXIFENO E SEUS
Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS METABÓLITOS COM O GENÓTIPO DAS
ENZIMAS CYP2D6, CYP2C9 E CYP2C19
Introdução: Anteriormente, identificamos mais de 12
mil polimorfismos gênicos de base única (SNPs) asso-
E A ADESÃO AO TRATAMENTO EM
ciados ao risco do melanoma cutâneo (MC), por meio da
PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA
genotipagem em larga escala. Os SNPs localizados em Autores: Jeanine Marie Nardin; Evelyn Castillo Lima
regiões regulatórias do mecanismo de splicing de genes Vendramini; Solane Picolotto; Jenifer Kogin Primon;
associados com a melanogênese, incluindo o SNP MITF Thais Abreu de Almeida; Werner Schroth; Hiltrud
Brauch; Roberto Pecoits Filho; Jose Claudio Casali da
c.938-325G>A, foram considerados de maior interesse
Rocha;
entre eles. Por meio de análises in silico, observamos
Instituição: LIGA PARANAENSE DE COMBATE AO
que o referido SNP pode alterar a ligação dos fatores de
CANCER
splicing SF1 e hnRNPA1. No entanto, são desconhecidos
os papéis dos distintos genótipos do referido SNP no Introdução: A terapia endócrina em pacientes com
risco e prognóstico do MC. Objetivo: Verificar se os di- câncer de mama positivas para receptores hormonais
ferentes genótipos do SNP MITF c.938-325G>A influen- reduz as taxas de recorrência e mortalidade, sendo o
ciam o risco e o prognóstico do MC; os aspectos clínico- tamoxifeno (TAM) uma das principais opções para mu-
-patológicos, e as expressões do MITF, SF1 e HNRNPA1. lheres em pré e pós menopausa. Contudo, a má ade-
Materiais e Método: Foram avaliados 262 pacientes são ao tratamento e os polimorfismos dos genes das
enzimas CYP2D6, CYP2C9 e CYP2C19, metabolizadoras Camargo; Max Sena Mano; Maria Del Pilar Estevez Diz;
do TAM, podem estar relacionados à piores desfechos Diogo Assed Bastos; Gilberto de Castro Junior; Paulo
clínicos. Objetivo: Relacionar os níveis séricos do tamo- Marcelo Gehm Hoff;
xifeno e seus metabólitos com a adesão ao tratamen- Instituição: INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO
to, bem como com os polimorfismos dos genes CYPs PAULO
relacionados à metabolização do mesmo. Método: Foi Introdução: A fosfoetanolamina (FEA) possui papel
realizado estudo prospectivo em 198 pacientes com central na biossíntese dos fosfolípides de membrana
câncer de mama em uso de TAM para determinar os celular. Estudos pré-clínicos sugeriram potencial anti-
níveis séricos do mesmo e de seus metabólitos ativos, tumoral da FEA em diversos modelos, incluindo mela-
4-OH-tamoxifeno (4-OH-TAM) e endoxifeno, por LC-MS, noma e câncer de mama. Baseado no seu amplo uso
determinados aos 3 e 6 meses de tratamento. A ade- como tratamento (tto) alternativo por pacientes (pcts)
são ao tratamento foi determinada pelo método Mo- oncológicos com relatos informais de potenciais bene-
risky (MMAS-4) aos 3 e 6 meses. Os genótipos dos genes fícios e sem aparente toxicidades reportadas, conduziu-
CYP2D6, CYP2C9 e CYP2C19 foram determinados por -se este estudo para avaliar a segurança e eficácia da
MALDI-TOF/MS. As concentrações plasmáticas foram FEA. Objetivo: Estudo de fase II em múltiplas coortes
relacionadas com a adesão e a genotipagem. Resulta- segundo o método de Simon de 2 fases, com objetivo
dos: As medianas dos níveis de TAM, aos 3 e 6 meses primário de determinar a taxa de resposta radiológi-
foram 356,9nM e 243,4nM, respectivamente. Quando ca por RECIST versão 1.1, ou critérios específicos para
comparadas as concentrações plasmáticas no estado câncer de próstata, da FEA em monoterapia. Os objeti-
estacionário todas as dosagens de TAM e de seus me- vos secundários foram toxicidades relacionadas ao tto,
tabólitos estavam inferiores aos 6 meses, embora sem sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão
significância. Aos 3 meses de tratamento todas as pa- (SLP). Método: Duas de 21 respostas na primeira fase
cientes analisadas atingiram as concentrações de TAM seriam necessárias para prosseguir a segunda fase em
clinicamente significantes (>140nM). O mesmo não cada uma das coortes (alfa 5% e beta 10%). Incluíram-se
é observado aos 6 meses de tratamento. Conforme pcts com tumores sólidos avançados, não passíveis de
MMAS-4, 62% e 68% das pacientes apresentaram alta tratamento curativo, em múltiplas coortes: carcinoma
adesão (3 e 6 meses), e ¼ delas apresentaram adesão epidermoide (CEC) de cabeça e pescoço, pulmão, color-
imprópria nos 2 momentos avaliados. Uma redução na retal, mama, CEC de colo uterino, próstata, melanoma,
adesão foi verifica de 3 para 6 meses (p=0,046). Há uma pâncreas, estômago e carcinoma hepatocelular. Todos
associação moderada entre score de atividade enzimá- os pcts apresentavam performance status (PS-ECOG) 0
tico calculado a partir do genótipo da CYP2D6 (>40% de ou 1, com progressão de doença (PD) dentro dos últi-
metabolizadores extensivos) e os níveis de endoxifeno mos 3 meses e adequadas funções orgânicas. Pcts com
(26,5 nM e 18,4nM), aos 3 e 6 meses respectivamente. doença em sistema nervoso central não controlada fo-
O aumento de endoxifeno alelo-CYP2D6 dose depen- ram excluídos. A FEA foi utilizada via oral na dose de
dente foi observado com o número crescente de alelos 1500mg/dia por 21 dias, seguida de 1000mg/dia conti-
funcionais. Observou-se uma forte relação de atividade nuamente em ciclos de 28 dias. Resultados: De Julho
aumentada da CYP2C19 com maiores taxas de forma- de 2016 a Março de 2017 foram incluídos e tratados 73
ção de 4-OH-TAM. Não foi encontrada associação signi- pcts. Após a inclusão dos primeiros 10 pcts, uma análise
ficativa entre os genótipos de CYP2C9 e os metabólitos interina de segurança descartou toxicidades limitantes
do tamoxifeno. Conclusão: a adesão ao tratamento a continuidade do estudo. Na população geral, a idade
apresenta maior associação aos níveis plasmáticos de mediana foi de 57 anos (28-83), com a maioria metas-
TAM e seus metabólitos do que a o genótipo das suas tático ao diagnóstico (56,2%) e com PS-ECOG 1 (61,1%).
enzimas de metabolização. Destes, 21 apresentavam CCR, 14 melanoma e 12 cân-
Contato: JEANINE MARIE NARDIN cer de mama. O tempo médio de tto foi 1,64 meses,
jemarie@terra.com.br com melhor resposta: resposta parcial em 1 (1,5%) pct
(melanoma), doença estável em 19 (28,8%) pcts e PD
em 46 (69,7%) pcts. A SLP mediana foi de 1 mês (IC 95%
0,76-1,24) e a SG mediana de 7 meses (IC 95% 5,66-
TEMÁRIO: PESQUISA CLÍNICA 8,34). Eventos adversos atribuídos a FEA foram em sua
CÓDIGO: 60008 maioria graus 1 e 2. Conclusão: Nesta análise interina
de segurança e eficácia observou-se escassez de eficá-
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA E EFICÁCIA cia da droga nas doses estudadas, sendo o estudo in-
DA FOSFOETANOLAMINA SINTÉTICA terrompido.
EM PACIENTES COM TUMORES SÓLIDOS Contato: MILENA PEREZ MAK
AVANÇADOS smilenamak@yahoo.com.br
Autores: Milena Perez Mak; Rudinei Diogo Marques
Linck; Rodrigo Ramella Munhoz; Veridiana Pires de
TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS)
CÓDIGO: 60114 CÓDIGO: 60599
Introdução: O câncer de mama é o mais incidente e o Introdução: Estudos recentes sugerem um aumento
segundo mais letal entre as mulheres. O papel do sis- na incidência de câncer colo-retal (CCR) em pacientes
tema imune no desenvolvimento e prognóstico do pa- jovens. Informações sobre o comportamento clínico e
ciente com câncer tem sido recentemente foco intenso características patológicas desses pacientes ainda são
de pesquisa. É sabido que os linfócitos T contribuem pouco encontradas na literatura. Objetivo: analisar
na imunovigilância tumoral com papel anti-tumoral e dados clínicos e de sobrevida na população jovem com
prótumoral e dados pré-clínicos e clínicos indicam que CCR da nossa instituição. Método: Revisamos retros-
o sistema imune influenciam prognóstico e resposta pectivamente os prontuários de 5.806 pacientes diag-
à quimioterapia, no entanto, a relevância clínica não nosticados com CCR entre janeiro de 2011 e novembro
está estabelecida no câncer de mama e seus subtipos. de 2016 no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e
Nós hipotetizamos que no câncer de mama localmen- identificamos 781 pacientes com idade igual ou abaixo
te avançado (CMLA) há uma resposta imunológica di- de 50 anos. O método de Kaplan-Meier foi usado para
ferente em relação aos controles saudáveis (CS) e aos estimar a sobrevida global (SG) e a análise uni/multiva-
subtipos específicos e que essa resposta imune pode riada foi realizada para identificar fatores associados
ser preditiva de resposta completa (RC) à quimioterapia com SG. Resultados: Houve aumento absoluto de CCR
neoadjuvante (QTneo). Objetivo: A proposta do nosso em pacientes abaixo de 50 anos de 1,88% a 2,23% anu-
estudo foi caracterizar o perfil das subpopulações de almente (2011-2012: 11,6%; 2013-2014: 13,5%; 2015-
células T em pacientes com câncer de mama localmen- 2016: 15,7%) com aumento relativo de 35,3% entre
te avançado submetidos à QTneo. Método: Estudo 2011 e 2016. A idade mediana dos pacientes ao diag-
longitudinal, prospectivo em mulheres com câncer de nóstico foi de 42 anos (17-49), 57,4% eram mulheres e
mama localmente avançado (n=80) e controles saudá- 20,9% referiram história familiar (HF) de CCR. Análise
veis (CS) (n=25). Os percentuais dos linfócitos (T) e suas imunohistoquímica de deficiência em enzimas de repa-
populações TCD4+ e TCD8+ foram caracterizados por ro (MMR) foi feita em 466 pacientes e 78 (16,7%) tinham
citometria de fluxo (multiplex) no sangue periférico de deficiência em MMR. Tumores à esquerda foram mais
pacientes antes do início do tratamento com QTneo. A frequentes (cólon esquerdo 8,2%, sigmóide 33,7% e
resposta patológica foi considerada como completa na reto 31,5%), enquanto a incidência de tumores à direi-
ausência de neoplasia invasiva na peça pós-operató- ta foi 19,4%. Quase todos pacientes eram sintomáticos
ria. analisados no GraphPad Prism, v6.0. Resultados: ao diagnóstico (93,9%) sendo dor abdominal (39,6%) e
as pacientes com RC tiveram menos linfócitos TCD4+ sangramento retal (28,7%) os sintomas mais comuns.
(p<0,0001) e mais linfócitos TCD8+ (p=0,0088) que as Deficiência em MMR foi associada com melhor SG
pacientes sem RC. O Subgrupo com RC foi representa- (p=0,029). A distribuição por estágios foi: 2,6% I, 25,8%
do pelos subtipos Triplo Negativo e Rico em HER2. Con- II, 34,1% III e 37,5% IV. A SG mediana do estágio IV foi
clusão: Há uma resposta imune de subpopulações de 25 meses (IC 95% 20,7-29,3) e não alcançada para I-III
linfócitos T que é variável entre os subtipos de câncer (p<0,001). HF de CCR (p=0,021) e quimioterapia adju-
de mama e que pode ser preditiva de reposta patológi- vante (p<0,001) foram fatores independentemente as-
ca completa. Nossos dados mostram que além do sub- sociados com melhor SG em pacientes estágio IV. Para
tipo do câncer de mama, o estado imune pode apresen- os estágios I-III, KRAS selvagem (p=0,003), HF de CCR
tar um valor preditivo de resposta patológica completa. (p=0.024) e ausência de invasão angiolinfática (p<0,001)
foram associados com melhor SG. Conclusões Em nos-
Contato: JOSÉ FERNANDO DO PRADO MOURA sa experiência, a incidência de CCR em pacientes mais
jfpmoura@hotmail.com jovens está aumentando. Esses pacientes foram mais
frequentemente diagnosticados com doença metastáti-
ca, tumores de cólon esquerdo/reto e sintomas iniciais.
Esses achados reforçam a importância emergente do
preservação de cabelos durante a quimioterapia com R$5767, P = 0,011), com custo maior estimado no CPO.
diversos regimes para câncer de mama, com taxa glo- Os 15 pacientes atendidos no CPO geraram uma eco-
bal de sucesso de 63,5%. Melhora da expectativa do nomia de R$87.886,63 para o SUS, 17,3% do gasto total
paciente quanto à alopecia e o manejo da dor podem se todos os pacientes fosse atendidos pelo sistema pú-
aumentar a adesão à crioterapia. blico. Caso os pacientes atendidos no ambulatório SUS
realizassem o mesmo número de consultas e exames
Contato: GISELLE DE BARROS SILVA
que os do CPC, seriam gastos R$40.686,96 a mais, um
giselle_barros@yahoo.com.br
aumento de 9,7% na despesa pública. Conclusão: De
nosso conhecimento, este é o primeiro estudo brasilei-
ro a demonstrar o valor gerado de economia ao SUS
TEMÁRIO: PULMÃO num centro de pesquisa. Considerando o impacto, caso
CÓDIGO: 60555 replicado a vários centros de pesquisa no Brasil e os
recursos limitados do SUS, a pesquisa clínica deve ser
IMPACTO DA PESQUISA CLÍNICA NA considerado uma prioridade nacional.
REDUÇÃO DE CUSTOS DA ASSISTÊNCIA Contato: MARIA HELENA SOSTRUZNIK
PÚBLICA EM CÂNCER DE PULMÃO NÃO- sandra.assis@flytour.com.br
PEQUENAS CÉLULAS METASTÁTICO NO
BRASIL
Autores: Paulo Ricardo Santos Nunes Filho; Mahira de
TEMÁRIO: PULMÃO
Oliveira Lopes da Rosa; Maria Helena Sostruznik; Carlos
CÓDIGO: 60091
Henrique Escosteguy Barrios; André Poisl Fay; Ana
Caroline Zimmer Gelatti; Gustavo Werutsky;
Instituição: CENTRO DE PESQUISA EM ONCOLOGIA DO
PROFILE OF BRAZILIAN PATIENTS
HOSPITAL SÃO LUCAS RECRUITMENT IN A REAL-WORLD TRIAL
OF OSIMERTINIB FOR ADVANCED EGFR
Introdução: O alto custo do tratamento oncológico é
T790M MUTATION NON-SMALL CELL
desafio para a economia dos países em desenvolvimen-
to, especialmente no sistema único de saúde brasileiro.
LUNG CANCER (NSCLC) PATIENTS
A participação dos pacientes na pesquisa clínica pode Autores: Clarissa Baldotto; Helano Carioca Freitas;
ser uma das estratégias para redução de gastos com Fabio Franke; Giuliano Santos Borges; Marcelo Graziano
Custódio; Gisele Caccia; Cristiane Sansevero; Aknar
tratamento oncológico, ao mesmo tempo que recebem
Calabrich;
terapias de ponta. Objetivo: Estimar a economia gera-
da pelo atendimento de pacientes em centro de pes- Instituição: ASTRA ZENECA
quisa em oncologia (CPO) nos gastos do tratamento Introduction: Osimertinib 80mg once-daily provided
oncológico do Sistema Único de Saúde (SUS). Método: significantly better progression free survival and res-
Estudo retrospectivo que incluiu pacientes com câncer ponse rate (RR) for NSCLC patients with EGFR T790M
de pulmão não-pequenas células metastático que re- resistance mutation, after failure of previous EGFR TKI
ceberam tratamento de 1ª linha entre janeiro de 2014 exposure, compared to chemotherapy (CT). It has been
e maio de 2017 provenientes do ambulatório SUS ou available since 2015 in US and 2016 in Europe, but
através de protocolos de pesquisa do CPO no Hospital not until 2017 in Brazil. Here we report the inclusion
São Lucas da PUCRS. Dados clínicos e procedimentos profile of a Brazilian patient cohort from a real-world
(e.x. número de consultas e tomografias computado- study. Methods: ASTRIS(NCT02474355) is a phase IV,
rizadas) foram obtidos através de prontuário médico multinational, open label clinical trial of osimertinib for
dos pacientes. O valor de cada consulta, tomografia advanced or metastatic T790M mutation NSCLC who
(tórax/abdômen/pelve) e quimioterapia utilizado foi received prior EGFR-TKI and had a PS0-2. Patients with
obtido da tabela SUS disponibilizada pelo Ministério da central nervous system symptomatic disease, history
Saúde. Para análise estatística, foi utilizado o teste U of pneumonitis or prolongation of the QT interval were
de Mann-Whitney para amostras independentes para excluded. Globally 14 countries were involved and spe-
comparação entre ambulatório SUS e CPC. Resultados: cifically in Brazil 14 sites enrolled patients. Data presen-
Um total de 95 pacientes foram incluídos no estudo, ted here refer to the interim analysis of first brazilian
80 (84,2%) SUS e 15 (15,8%) CPO. A idade média foi 63 patients included, when drug was still not approved
anos, 71% tinham adenocarcinoma, 65% PS 0-1. Duran- out of a clinical trial. Results: From August 2015 until
te o tratamento, o custo mediano com consultas por March 2017, a total of 40 patients were included with
paciente foi R$52 no ambulatório versus estimado de a median age of 63.5 years (36-89), 65% female, 75%
R$115 no CPO (P = 0,002) e com tomografias foi R$413 e white, only 7.5% with PS2 and a median follow up of 1.5
R$1241, respectivamente (P = 0,01). Além disso, o custo months. Most patients were initially diagnosed as stage
mediano do tratamento de 1ª linha por paciente foi sig- IIIB/IV (85%). Molecular testing was performed more of-
nificativamente diferente entre os grupos (R$4876 vs. ten in plasma (55%) than in tissue (45%), coming from
metastatic site in 52.9% of cases. Roche cobas™ EGFR realizada uma revisão sistemática da literatura para
assay was the preferred test (73%), mostly performed avaliar o impacto do uso de Sunitinibe e Pazopanibe em
by local or central trial referenced laboratories (67.5%). 1a linha para pacientes com câncer renal metastático.
Median duration between molecular assessment and Análise de custo-efetividade foi desenvolvida através de
inclusion was 0.9 month (0-7), with no significant diffe- modelo de Markov na perspectiva do SUS para apre-
rence between samples type. Median duration between sentar a razão de custo-efetividade incremental (RCEI)
diagnosis and enrollment was 28.2 months (8-116). Ele- por ano de vida salvo. Avaliação de impacto orçamentá-
ven patients had been previously exposed to 1st line CT rio foi calculada através de dados epidemiológicos e de
(52.4%), 23.8% to 2nd line and 19% to 3rdline CT. So far custo dos tratamentos disponíveis no Brasil. Resulta-
7 patients (17.5%) experienced at least 1 adverse event, dos: Em comparação ao uso de interferon, o uso de Su-
only 5% leading to dose modification or discontinua- nitinibe ou Pazopanibe foi considerado equivalente, e
tion. Response evaluation was available in 10 patients proporciona aumento de sobrevida global, sobrevida li-
with 70%RR and 90% DCR. Conclusion: Controlled cli- vre de progressão e taxa de resposta em pacientes com
nical trial data may differ from real-world data, espe- câncer renal metastático. No modelo econômico, pa-
cially concerning patient selection. In this trial we report cientes em uso de Interferon obtiveram expectativa de
data from a cohort of Brazilian patients with restricted vida de 2,3 anos. Pacientes tratados com Sunitinibe ou
access to osimertinib and molecular testing. Compared Pazopanibe obtiveram estimativa de 2,84 anos de vida
to clinical trial data these patients received more prior (incremento de 0,45 anos). Com preços de lista oficial, o
anticancer regimens with a longer median time from custo incremental para a incorporação foi de R$ 129 mil
first diagnosis to inclusion. This initial report suggests para Pazopanibe e R$ 211 mil para Sunitinibe, com RCEI
similar clinical activity and toxicity profile. de R$ 58 mil e R$ 95 mil por ano de vida ganho, respec-
tivamente. Conclusão: O uso de inibidores de tirosina
Contato: GISELE CRISTINA VIDAL CACCIA
cinase anti-VEGF em 1ª linha é eficaz e aumenta a so-
marcelo.custodio@astrazeneca.com
brevida de pacientes com câncer renal metastático. No
entanto, sua incorporação no SUS com os preços atuais
não seria uma estratégia custo-efetiva. Uma redução
TEMÁRIO: TUMORES UROLÓGICOS - NÃO PRÓSTATA significativa no preço das drogas seria necessária para
CÓDIGO: 60572 tornar a incorporação custo-efetiva no Brasil.
Contato: ANDRÉ SASSE
SUNITINIBE OU PAZOPANIBE PARA andre.sasse@sonhe.med.br
O TRATAMENTO DE PACIENTES
PORTADORES DE CARCINOMA
DE RIM DE CÉLULAS CLARAS
METASTÁTICO: REVISÃO SISTEMÁTICA, TEMÁRIO: TUMORES TGI SUPERIOR
CÓDIGO: 60062
CUSTO-EFETIVIDADE E IMPACTO
ORÇAMENTÁRIO
VOLUME DE METÁSTASE HEPÁTICA E
Autores: Andre Deeke Sasse; Vivian Castro Antunes de COMORBIDADES CARDIOVASCULARES
Vasconcelos; Adriana Camargo de Carvalho;
ESTÃO ASSOCIADOS COM CARDIOPATIA
Instituição: GRUPO SONHE
CARCINÓIDE.
Introdução: A introdução de terapias alvo mudou o Autores: Marcella Coelho Mesquita; Carolina Alves Costa
prognóstico de pacientes com câncer renal metastático, Silva; Carolina Carvalho Silva; João Evangelista Bezerra
a partir de uma época de tratamentos com Interferon e Neto; Tulio Eduardo Flesch Pfiffer; João Glasberg;
Interleucina, que apresentavam alta toxicidade e baixa Paulo Marcelo Gehm Hoff; Rachel Simões Pimenta
eficácia. No entanto, na saúde pública brasileira o uso Riechelmann;
de Interferon ainda se mantém como tratamento pa- Instituição: HOSPITAL SAÚDE DA MULHER
drão. De forma inovadora, uma avaliação de tecnologias
Introdução: Síndrome carcinóide (SC) ocorre em qua-
foi definida como prioritária pela Sociedade Brasileira
se 30% dos tumores neuroendócrinos (TNE), conse-
de Oncologia Clínica, e uma proposta de incorporação
quente a produção hormonal principalmente de se-
do Ipilimumabe junto ao Comitê Nacional de Incorpo-
rotonina. Uma das mais temidas complicações da SC
ração de Tecnologia de Saúde (CONITEC) foi realizada.
é a cardiopatia carcinóide (CC) que se caracteriza por
Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança de Sunitinibe
fibrose de valvas cardíacas direitas, com consequente
e Pazopanibe no tratamento de pacientes com câncer
insufuciência cardíaca direita. Os fatores desencadean-
renal avançado, em primeira linha de tratamento, reali-
tes e relacionados com progressão de CHD são pouco
zar análise de custo-efetividade e avaliação de impacto
compreendidos. Objetivo: Investigar fatores prognós-
orçamentário referentes à incorporação destas tecno-
ticos relacionados com CHD. Método: Estudo retros-
logias no Sistema Único de Saúde (SUS). Método: Foi
pectivo de pacientes (pts) com TNE avançado e SC e/
cantemente associada a melhor SLD, confirmando sua Com um tempo de seguimento mediano de 42 meses, a
utilização como marcador prognóstico no CG. Tumores sobrevida global (SG) mediana não foi alcançada e a so-
EBV(+) foram associados à expressão de PD-L1, suge- brevida livre de doença (SLD) mediana foi de 18 meses.
rindo que a identificação de subgrupos pode auxiliar na SG e SLD em 5 anos foram respectivamente 76.9% e
indicação à terapia direcionada. 28.3%. Não houve diferença de sobrevida a longo prazo
entre os tumores de cólon direito e esquerdo nesta sé-
Contato: MARCUS FERNANDO KODAMA PERTILLE
rie (5 anos D x E – SG: 72.9% x 77.7, p=0.992/ SLD: 34.4%
RAMOS – marcuskodama@hotmail.com
x 28.5%, p=0.327), mesmo quando ajustamos para o
intervalo livre de doença e valor do CEA. Conclusão: A
lateralidade de origem dos adenocarcinomas colônicos
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS não parece influenciar a sobrevida a longo prazo dos
CÓDIGO: 60852 pacientes com metástases hepáticas exclusivas resse-
cadas.
CÓLON DIREITO X ESQUERDO: ANÁLISE Contato: MARCIO CARMONA MARQUES –
DE UMA COORTE RETROSPECTIVA dr.marciocarmona@gmail.com
DE PACIENTES COM METÁSTASE
HEPÁTICAS RESSECADAS
Autores: Márcio Carmona Marques; Heber Salvador
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
de Castro Ribeiro; Wílson Luiz da Costa Jr; Alessandro
Landskron Diniz; André Luiz de Godoy; Igor Correia de CÓDIGO: 60392
Farias; Antonio Moris Cury Filho; Felipe José Fernández
Coimbra; DRENAGEM MÚLTIPLA LINFONODAL
Instituição: HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ EM PACIENTES COM MELANOMA:
IMPLICAÇÕES PROGNÓSTICAS
Introdução: Trabalhos recentes tem sugerido que a
lateralidade de origem dos adenocarcinomas de cólon Autores: Eduardo Doria Filho; Paulo Miranda Brandão;
Mariana de Petaccia Macedo; Clóvis Antônio Lopes
metastáticos é um fator preditor independente de so-
Pinto; Ivan Dunshee de Abranches Oliveira Santos Filho;
brevida a longo prazo, porém nenhum trabalho até o
Eduardo Bertolli; João Pedreira Duprat Neto;
momento avaliou o impacto deste fator num grupo de
Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
pacientes com metástases hepáticas ressecadas. Obje-
tivo: Comparar as características clínico-patológicas e Introdução: Estima-se que a presença de drenagem
a sobrevida a longo prazo dos paciente com metástase múltipla linfonodal (DML) na pesquisa do linfonodo
hepáticas colo-retais (MHCR) de acordo com a latera- sentinela (LNS) ocorra em 20% dos pacientes com me-
lidade do tumor primário. Método: Esta é um análise lanoma cutâneo. O seu impacto como fator prognóstico
retrospectiva dos pacientes com MHCR operados entre é ainda um tema controverso na literatura. Objetivo:
1998 e 2012 em uma única instituição. Foram incluídos Avaliar o impacto da DML como fator prognóstico. Mé-
pacientes em que foi possível a caracterização da ori- todo: Análise retrospectiva de pacientes com melano-
gem do tumor primário. Pacientes com tumores de reto ma submetidos à pesquisa de LNS entre o período de
foram excluídos. Caracterizamos como tumores de có- 2000 a 2015. DML foi definida como drenagem para
lon direito aqueles localizados até o transverso médio, mais de uma base linfonodal a partir dos achados da
tendo em vista a origem embriológica comum, e, por linfocintilografia pré-operatória. Resultados: Foram
sua vez, cólon esquerdo, aqueles localizados da flexura identificados 220 casos (18%) de DML. Em relação a
esplênica até o sigmoide. Resultados: No período do positividade do LNS, não houve associação entre DML
estudo, 151 pacientes preencheram os critérios de in- e pacientes com base de drenagem linfonodal única
clusão, sendo 27 com tumores de cólon direito e 124 (DLU) (p 0,336). Também não houve diferença de recidi-
com tumores de cólon esquerdo. Não houve diferença va linfonodal entre os grupos estudados (p 0,619). Ana-
estatisticamente significante em relação ao sexo, ida- lisando-se o subgrupo de pacientes com LNS positivo,
de, classificação ASA, metástases linfonodais no tumor evidenciou-se associação entre DLU e recidiva linfono-
primário, número de nódulos hepáticos, diâmetro do dal (p < 0,001 OR 1,31 CI 0,038 – 0,451), não ocorrendo o
maior tumor hepático, distribuição das lesões (unilobar mesmo no grupo DML (p 0,307). Conclusão: A DML não
x bilobar), ressecabilidade ao diagnóstico, presença de demonstrou ser um fator prognóstico para positividade
doença extra-hepática, exposição à quimioterapia pré- de LNS. Não houve relação com recidiva linfonodal em
-operatória e margem de ressecção assim como sítio comparação com o grupo DLU, ainda que possa haver
de recorrência pós-hepatectomia. Entretanto, no grupo diferença no subgrupo de pacientes com LNS +.
de pacientes com tumores de cólon esquerdo, houve
Contato: EDUARDO DORIA PINTO RODRIGUES DA
mais pacientes com tumores sincrônicos (67.7% x 6.2%,
COSTA FILHO – eduardo.doriafilho@gmail.com
p=0.026) e a média do valor do CEA foi maior (221,6 x
23,7 ng/mL, p=0.001), além de uma proporção menor
de paciente K-Ras mutados (18.9% x 70.0%, p=0.004).
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO entre 2000 e 2015. Resultados: No período analisado,
CÓDIGO: 60773 do total de 1223 pacientes submetidos à BLS, 64 (5, 2%)
tiveram linfonodos sentinela de intervalo. 48 (77, 4%) es-
EPIGENETIC REGULATION OF CANCER tavam localizados na cadeia poplítea, 5 (7, 8%) na mama
SELF-RENEWAL DIFFERS BETWEEN e tórax, 4 (6, 4%) na cadeia epitroclear ou planos mus-
PANCREATIC AND THYROID TUMORS culares profundos do braço e os demais 4 em outras
localizações. Independente das características patoló-
Autores: Ramon Andrade De Mello; Ines Faleiro; Aryeh
Price; Vânia Palma Roberto; Uri Tabori; Joana Dias gicas da lesão primária, melanoma dos membros (OR
Apolónio; Pedro Castelo-Branco; 10,61 [4,22 – 26, 63], p < 0,0001) e o subtipo acral (OR
Instituição: INSTITUTO DE ONCOLOGIA E HOSPITAL 3,49 [1,85 – 6, 57], p < 0,0001) foram mais associados
JORGE VALENTE, SALVADOR, BRASIL; UNIVERSIDADE DO a linfonodos sentinela de intervalo. Dos 64 pacientes,
ALGARVE, PORTUGAL 14 (21,9%) tiveram positividade na BLS, sendo 5 desses
com linfonodos de intervalo positivos (4 poplíteos e 1
Background: A defining feature of cancer cells is repli-
no tronco). Na linfadenectomia complementar, apenas
cative immortality attained by telomere maintenance.
2 casos tiveram positividade de linfonodo não sentine-
Telomerase reactivation in cancer is intimately related
la, ambos em cadeias maiores. 2 casos foram subme-
with expression of the telomerase reverse transcriptase
tidos a linfadenectomia poplítea e inguinal, sem novos
(TERT) gene, which also serves as a prognostic factor.
linfonodos positivos. Dos 3 casos que se submeteram
Aim: We investigate the methylation of a specific region
apenas a linfadenectomia do sítio de intervalo, um de-
in the TERT promoter, termed TERT Hypermethylated
senvolveu recorrência nodal tardia, porém na cadeia
Oncologic Region (THOR). Materials & Methods: We
linfonodal maior. Pacientes com drenagem de intervalo
assessed the methylation status of THOR using The
desenvolveram recorrência mais precoce (18 x 31,4 me-
Cancer Genome Atlas (TCGA) data on cohorts of pan-
ses; p 0,001), assim como apresentaram mortalidade
creatic adenocarcinoma (n=194 patients) and thyroid
relacionada a melanoma mais cedo (31,6 x 40 meses;
carcinoma (n=571 patients). Results: THOR was signifi-
p 0,039). Conclusão: A drenagem para linfonodo sen-
cantly hypermethylated in malignant cancer when com-
tinela de intervalo foi relacionada com recorrência e
pared to benign adjacent tissue in pancreatic cancer
mortalidade mais precoce associado ao melanoma no
(p<0.0001), but not in thyroid cancer. In pancreatic can-
nosso estudo.
cer, THOR hypermethylation could also distinguish nor-
mal tissue from early stage I disease and is associated Contato: PAULO HENRIQUE DOMINGUES MIRANDA
with worse prognosis. Conclusion: These preliminary BRANDÃO – mirandaphd@hotmail.com
findings indicate that THOR can discriminate aggressi-
ve tumors from non-aggressive ones, and support the
diagnostic and prognostic value of THOR in pancreatic
cancer. TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
CÓDIGO: 61668
Contato: RAMON ANDRADE BEZERRA DE MELLO –
ramondemello@gmail.com METÁSTASES HEPÁTICAS DE CÂNCER
COLORETAL COMO FONTE DE
REMETÁSTASES – A IMPORTÂNCIA
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA PROGNÓSTICA DOS GRUPAMENTOS
CÓDIGO: 60238 POUCO DIFERENCIADOS,
BROTAMENTOS TUMORAIS E OUTROS
LINFONODO SENTINELA DE FATORES ANATOMOPATOLÓGICOS
INTERVALO: FATOR PREDITIVO EM Autores: Gilton Marques Fonseca; Evandro Sobroza de
MELANOMA? Mello; Sheila Friedrich Faraj; Jaime Arthur Pirola Kruger;
Fabricio Ferreira Coelho; Vagner Birk Jeismann; Ivan
Autores: Paulo Henrique D Miranda Brandão; Eduardo
Cecconello; Paulo Herman;
Doria Filho; Mariana de Petaccia Macedo; Clovis Antonio
Lopes Pinto; Ivan Dunshee de Abranches Oliveira Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE
Santos Filho; Eduardo Bertolli; João Pedreira Duprat MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Neto; Introdução: Ressecção hepática é o melhor tratamento
Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER para metástases hepáticas de câncer colorretal (MHC-
Introdução: Em pacientes que se submetem à biópsia CR), com recidiva de 60-70%. Os brotamentos tumorais
de linfonodo sentinela (BLS) podemos encontrar linfo- (BT) e grupamentos pouco diferenciados (GPD), são
nodos de intervalo e drenagem para cadeias menores. fatores prognósticos para o câncer colorretal, mas sua
No entanto, a importância clínica desses achados ainda presença e importância nas MHCCR ainda não foram
é incerta. Objetivo: Avaliar desfechos clínicos em pa- estudadas. Objetivo: Avaliar a presença dos BT e GPD
cientes com achados de linfonodos sentinela de inter- nas MHCCR, determinar sua importância prognóstica
valo. Método: Análise retrospectiva de pacientes sub- e relação com outros fatores patológicos. Método: Fo-
metidos à BLS em uma instituição do sudeste do Brasil ram retrospectivamente avaliados 229 pacientes sub-
metidos a ressecção de MHCCR com intuito curativo, de analisada uma série de 195 pacientes tratadas entre Ja-
janeiro/2000 a junho/2014. Nos espécimes cirúrgicos neiro de 2013 e Abril de 2017, que foram submetidas a
das MHCCR ressecadas foi realizada análise anatomo- pesquisa do LNS com injeção cervical do marcador azul
patológica em lâminas coradas em hematoxilina e eo- patente (n=184) ou indocianina verde (n=11). Oitenta
sina (HE), para avaliação dos BT, GPD, infiltrado infla- e seis pacientes (44,1%) eram de alto risco e 109 (55,
matório peritumoral, presença de pseudocápsula e tipo 9%) de baixo risco. Resultados: A idade mediana foi
de borda; e por imuno-histoquímica, por anticorpos 60,2 anos. 45 (23,1%) das pacientes foram submetidas
anti AE1/AE (BT e GPD), anti-D2-40 (invasão linfática) a laparotomias e 150 (76, 9%) a cirurgias minimamen-
e anti-CD34 (invasão venosa portal). Foram analisadas te invasivas. 62 (31,8%) casos tiveram linfadenectomia
variáveis clínicas e prognóstico. Resultados: O segui- pélvica, 65 (33,3%) pélvica e retroperitoneal e 68 (34,9%)
mento médio após a hepatectomia foi de 43 meses. A somente pesquisa do LNS. Em 85, 6% dos casos hou-
sobrevida global (SG) e livre de doença (SLD) em 1,3 e ve detecção do LNS e a detecção bilateral foi em 60%
5 anos foram de, respectivamente, 94%, 66% e 45% e dos casos. A mediana de LNS detectados foi 2 (1-8) por
53%, 31% e 29%. Os BT estiveram presentes em 61% paciente. Nos casos de baixo risco, somente 2 casos
dos pacientes na avaliação pelo AE1/AE3 e em 48, 9% (1,8%) tiveram LNS positivos e ambos por micrometás-
pelo HE, enquanto os GPD estiveram presentes em 57% tase diagnosticada após imuno-histoquímica (IHC). No
dos casos por AE1/AE3 e em 49% pelo HE. Na análise grupo de alto risco, 22 (25.6%) tiveram LNS comprome-
univariada, BT e GPD grau 3 (>9 GPD) por AE1/AE3 e tidos, sendo 5 (5, 8%) células isoladas tumorais (ITC), 7
HE mostraram significância prognóstica. Na análise (8, 1%) micrometastasis e 10 (11,6%) macrometástases
múltipla, fatores independentes para sobrevida global – 9/22 (40,9%) das metástases no LNS foram diagnosti-
foram: presença de GPD grau 3 (pelo HE), presença de cadas apenas após IHC. Houveram 2 casos de falso ne-
pseudocápsula, invasão venosa portal e presença de >3 gativo (linfonodo não sentinela positivo ipsilateral). Das
nódulos. Fatores independentes para SLD foram: GPD 164 pacientes com histologia endometrióide, 17 (11,3%)
grau 3 (HE), quimioterapia prévia, presença de >3 nó- tiveram LNS comprometido e em 8 (47, 1%) casos a me-
dulos, infiltrado inflamatório peritumoral ausente/leve, tástase foi encontrada apenas após IHC. A sensibilidade
invasão venosa portal e borda infiltrativa. BT e GPD global encontrada foi de 92,3%, VPN de 98.6%, falso ne-
não estiveram associados à recidiva hepática. BT foram gativo de 7.6% (2/26) e valor preditivo de falso negativo
associados: aos GPD, MHCCR sincrônicas, tumores até de 1.2% (2/171). Conclusões: A pesquisa do LNS é uma
5 cm, ausência de pseudocápsula, borda infiltrativa e técnica segura e acurada no estadiamento do câncer
presença de invasão venosa portal. GPD foram associa- do endométrio e aumenta a taxa global de detecção de
dos: aos BT, infiltrado inflamatório peritumoral ausen- metástases linfonodais em 5, 6% após IHC.
te/leve, ausência de pseudocápsula e borda infiltrativa.
Contato: GLAUCO BAIOCCHI NETO – glbaiocchi@
Conclusão: BT e GPD são frequentes nas MHCCR e, na
yahoo.com.br
análise univariada, são fatores prognósticos na SG e
SLD e associados à recidiva extra-hepática. A presença
de GPD grau 3 (HE) é fator prognóstico independente
na SG e SLD, sugerindo que este é um mecanismo de TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
disseminação tumoral na MHCCR. CÓDIGO: 60014
Contato: GILTON MARQUES FONSECA – MEDGILTON@
YAHOO.COM.BR RELAÇÃO NEUTRÓFILOS/LINFÓCITOS
COMO FATOR PROGNÓSTICO
EM PACIENTES SUBMETIDOS À
GASTRECTOMIA POR CÂNCER GÁSTRICO
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
Autores: Daniel José Szor; André Roncon Dias; Marcus
CÓDIGO: 60877
Fernando Kodama Pertille Ramos; Marina Pereira;
Osmar Kenji Yagi; Bruno Zilberstein; Ulysses Ribeiro
PESQUISA DO LINFONODO SENTINELA Junior; Ivan Cecconello;
NO ESTADIAMENTO DO CÂNCER DO Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE
ENDOMETRIO DE SÃO PAULO
Autores: Glauco Baiocchi; Henrique Mantoan; Lillian Introdução: O câncer gástrico é uma das neoplasias só-
Yuri Kumagai; Levon Badiglian-Filho; Alexandre Andre
lidas mais frequentes com prognóstico estimado após a
Balieiro Anastacio da Costa; Ademir Narciso de Oliveira
ressecção cirúrgica mediante análise histopatológica da
Menezes; Louise De Brot; Carlos Chaves Faloppa;
peça anatômica. Há espaço para melhora na acurácia
Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
do estadiamento clínico e exames como os marcadores
Objetivo: Determinar a taxa de detecção, sensibilidade séricos ganham importância. A inflamação é reconheci-
e valor preditivo negativo (VPN) da pesquisa do linfono- da como participante no desenvolvimento das neopla-
do sentinela (LNS) no câncer do endométrio de baixo sias e sua mensuração por meio das células inflamató-
risco e alto risco (endometrióide grau 3, seroso, células rias circulantes pode demonstrar o status inflamatório
claras, carcinossarcoma, invasão miometrial profunda sistêmico e indiretamente refletir a gravidade e o prog-
ou presença de invasão angiolinfática). Método: Foi nóstico de uma neoplasia. A mensuração da inflamação
predisposição ao câncer de mama e ovário é muito alta, usando o modelo inverso da variância e efeito aleatório
o que pode justificar a implantação da avaliação mole- genérico, e significância estatística será definida como
cular de rotina em todas as pacientes com esse diag- p<0,05. Resultados: Até o momento foram seleciona-
nóstico atendidas no Sistema Único de Saúde no estado dos na base de dados um total de onze artigos, inclu-
ídos estudos observacionais e revisão sistemática com
Contato: VANDRÉ CABRAL GOMES CARNEIRO -
e sem metanálise, demonstrando que GPS e mGPS são
vandrecarneiro@yahoo.com.br
marcadores prognósticos independentes quando rela-
cionados à sobrevida global dos pacientes com câncer.
Contato: HIGINO FELIPE FIGUEIREDO - higinofelipe@
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA icloud.com
CÓDIGO: 61783
A IMPORTÂNCIA DA RESPOSTA
INFLAMATÓRIA SISTÊMICA BASEADA TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
NO GLASGOW PROGNOSTIC SCORE CÓDIGO: 61857
EM PACIENTES COM CÂNCER: UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA ACURÁCIA DO ESTADIAMENTO
CLÍNICO DA FIGO NAS PACIENTES COM
Autores: HIGINO FELIPE FIGUEIREDO; GERSON
SUGUIYAMA NAKAJIMA; LUCIANA BOTINELLY CÂNCER DE COLO UTERINO COM EC
MENDONÇA FUJIMOTO; MANOEL JESUS PINHEIRO IB1-IIA1 SUBMETIDAS A TRATAMENTO
COELHO JUNIOR; CIRÚRGICO
Instituição: FUNDAÇAO CECON Autores: Cátia de França Bezerra; George Alexandre
Lira; Poliana Mota Xavier; Letícia De Medeiros Jales;
Introdução: O câncer é uma patologia em ascensão e o
Karynne Maria Oliveira da Trindade Medeiros; Maria
diagnóstico e tratamento precoce se tornam extrema-
Luíza Gurgel;
mente necessários para a garantia de cura. Associado
Instituição: LIGA NORTE RIOGRANDENSE CONTRA O
a isso, a utilização de escores prognósticos quanto à
CÂNCER
recidiva e sobrevida global e livre de doença se tornam
necessárias para suporte ao tratamento dos pacientes Introdução: O câncer de colo uterino é o quarto cân-
com neoplasia. A resposta inflamatória sistêmica é uma cer ginecológico mais comum diagnosticado em todo
característica do câncer e existe frequentemente uma o mundo, acometendo principalmente mulheres de
relação complexa tumor-hospedeiro. Escores baseados países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Pro-
na avaliação da resposta inflamatória sistêmica foram vavelmente por esse motivo a FIGO, ainda, preconiza
criados para serem indicadores pré-intervenção úteis que o estadiamento desse tipo de câncer seja clínico.
no prognóstico. Dentre os escores tem-se o Glasgow No entanto, a precisão do estadiamento é crucial, uma
Prognostic Score (GPS), incluindo a sua versão modi- vez que determina a terapia bem como o prognóstico.
ficada (mGPS); proporção de linfócitos por plaquetas; Porém as limitações do estadiamento clínico da FIGO
proporção de neutrófilos por linfócitos; e índice nutri- são muitas. E este parece ser mais preciso para os está-
cional de prognóstico. O GPS é composto da proteína gios mais iniciais e para os mais avançados, porém isto
C reativa (PCR) e albumina, que reflete uma resposta não é observado nas fases que dependem em grande
inflamatória sistêmica em curso (PCR) e um declínio parte na avaliação do tamanho do tumor ou dissemi-
progressivo nutricional (albumina) em pacientes com nação local. Objetivo: O objetivo principal do presente
câncer avançado. Objetivo: Este estudo visa realizar estudo é avaliar a acurácia do estadiamento clínico da
uma revisão sistemática da literatura sobre o efeito FIGO em nossa instituição. Secundariamente pretende-
prognóstico do Glasgow Prognostic Score (GPS) nos mos avaliar a sobrevida global (SG) associado a algu-
pacientes portadores de neoplasia. Método: A revisão mas variáveis, que sabidamente são fatores determi-
sistemática será conduzida conforme a metodologia nantes de prognóstico. Analisamos retrospectivamente
Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and 294 pacientes portadoras de câncer de colo uterino
Meta-Analyses (PRISMA). Serão avaliados estudos ob- em estágios clínico IB1-IIA1 estadiadas clinicamente
servacionais e revisões sistemáticas de língua inglesa pelas diretrizes da FIGO pelos cirurgiões oncologistas
presentes na base de dados PUBMED/Medline e EMBA- da LNRCC e submetidas à histerectomia total ampliada
SE, com os descritores em língua inglesa como: cancer e linfadenectomia no período de 2003 a 2013. A idade
AND Glasgow Prognostic Score (GPS) AND systemic in- média foi de 49 anos e o tipo histológico predominan-
flammation, no período de janeiro de 2005 a julho de te o CEC (72,5%). Em nosso serviço evidenciamos uma
2016 de forma eletrônica nas bases de dados citadas. acurácia do estadiamento clínico de 41,9%, mais baixa
Dados extraídos combinados em uma meta-análise que a encontrada na literatura, além de uma taxa de
usando RevMan 5.2 software de análise. As estimati- 56,1% de sub-estadiamento da gravidade da doença. A
vas de Hazard-Ratios (HR) serão pesados e combinados acurácia para a avaliação parametrial e vaginal foram
de 81,6% e 85,4% respectivamente. Em um seguimento multivariada demonstrou que pessoas com faixa etá-
médio de 38 meses, encontramos uma SG de 85,9%. A ria menor de 65 anos, a presença de linfonodos palpá-
SG considerando o tamanho tumoral (pT), foi de 100% veis na região inguinal no momento do diagnóstico e a
para os tumores < 2 cm, de 93,8% para os tumores en- presença de invasão perineural identificada na análise
tre 2-4 cm e de 76,4% para os > 4 cm, com significância histopatológica da lesão cirúrgica são fatores associa-
estatística (p=0,006). Já se considerarmos linfonodos dos independentes para uma maior agressividade da
metastáticos a SG de 91,6% para ausência de metás- doença. Conclusão: Os resultados apontam para a ne-
tase linfonodal contra 74,5% quando houve linfonodo cessidade de uma maior intensificação de políticas de
positivo, com significância estatística (p=0,005). Assim, saúde do homem, sobretudo na população mais jovem,
podemos observar analisando os dados dos estudos principal alvo de manifestações clínicas mais agressivas
encontrados na literatura, bem como o nosso, que a do câncer de pênis.
acurácia para predizer a real extensão da lesão é muito
Contato: KELLY MONTEIRO DOS SANTOS -
baixa e na grande maioria das séries essa avaliação tem
kellymonteiro.ufpe@gmail.com
uma concordância com os achados patológicos abaixo
de 50%, isto é, mais da metade das pacientes avaliadas
clinicamente terá seu estádio clinico errado, conduzin-
do a um planejamento de tratamento inadequado com TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
pior morbidade e qualidade de vida. CÓDIGO: 61320
Contato: CÁTIA DE FRANÇA BEZERRA - Catiadefranca@
hotmail.com ANÁLISE DA EXPRESSÃO DO PPARG
EM TUMORES COLORRETAIS E SUA
ASSOCIAÇÃO COM O ESTADIAMENTO E
A EVOLUÇÃO CLÍNICA
TEMÁRIO: NUMACO / ENFERMAGEM
Autores: Andre Luiz Prezotto Villa; Marley Ribeiro
CÓDIGO: 60591
Feitosa; Daniela Pretti da Cunha Tirapelli; Jose Joaquim
Ribeiro da Rocha; Omar Feres;
AGRESSIVIDADE TUMORAL EM Instituição: SANTA CASA DE RIBEIRÃO PRETO
PACIENTES COM CARCINOMA
ESCAMOCELULAR DE PÊNIS E FATORES Introdução: O câncer colorretal é um dos mais frequen-
ASSOCIADOS tes no mundo ocidental. Novas medidas de prevenção,
diagnóstico precoce e tratamento vêm melhorando
Autores: Kelly Monteiro dos Santos; Felipe Dubourcq
o prognóstico para os pacientes, com novos achados
de Barros; Thaís Maria Ribeiro Lima; Elisandra da Silva
biológicos inferindo relação com a evolução da doen-
Neres; Carolline de Araújo Mariz;
ça. A PPARG é um receptor nuclear abundantemente
Instituição: HOSPITAL DE CÂNCER DE PERNAMBUCO
expresso em células epiteliais do cólon, e variações na
Introdução: O câncer de pênis tem uma maior preva- sua expressão podem ser relacionadas à evolução clíni-
lência em países com baixo padrão socioeconômico ca do câncer colorretal. Objetivo: Avaliar a expressão
e está associado à alta morbidade decorrente de seu gênica do PPARG em tumores colorretais e relacionar
tratamento e da própria doença. No Brasil, os casos este dado com variáveis clínicas dos pacientes, como:
são menos frequentes em adultos abaixo de 30 anos idade, tipo histológico, CEA, estadiamento e a evolução
e tem incidência aumentada a partir da sexta década clínica. Casuística e método: Analisamos a expressão
de vida, porém o carcinoma peniano tem-se mostra- gênica do PPARG em 50 amostras de tumores colorre-
do mais grave e agressivo em pacientes mais jovens, tais através da RT-PCR, e 20 amostras de tecido normal
configurando-se uma problemática a ser investigada. adjacente como controle. Os resultados destas quan-
Objetivo: Verificar a prevalência e fatores associados tificações foram correlacionados com as informações
ao estágio mais agressivo dos casos de carcinoma esca- clínicas dos prontuários dos respectivos pacientes. Re-
mocelular de pênis em Pernambuco. Método: Trata-se sultados: Houve menor expressão do PPARG no tecido
de um estudo de corte transversal e retrospectivo com tumoral em comparação ao tecido controle. Dentre os
pacientes diagnosticados com câncer de pênis entre ja- tumores, os pacientes com idade acima de 60 anos, tipo
neiro de 2011 e dezembro de 2015 em Pernambuco. histológico com diferenciação mucinosa, estadiamento
Realizou-se análise de regressão logística bivariada e mais avançado ao diagnóstico e os pacientes que evo-
multivariada e a magnitude das associações foi expres- luíram com recidiva da doença ou óbito apresentavam
sa pelo Odds ratio (OR) como uma estimativa do risco maior expressão do PPARG. Discussão: Analisando os
relativo com intervalo de confiança de 95%. Esta pes- tecidos tumorais, pode-se inferir uma tendência a pior
quisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa prognóstico nos pacientes com expressão mais elevada
com CAAE 61329616.0.0000.5205. Resultados: Cento e de PPARG. Esses achados, correlacionados aos demais
dezesseis casos de carcinoma escamocelular de pênis estudos já publicados na literatura, apontam uma ten-
foram analisados e a prevalência de agressividade tu- dência desfavorável na evolução da doença. Estudos
moral foi de 21.5%. O modelo final de análise logística futuros com um maior número de pacientes e várias
instituições podem inferir uma importância prognósti- negativos não houve imunorreatividade para PDL-1,
ca e até terapêutica para a PPARG. já a expressão de PD-1 foi evidenciada em 73,1% dos
linfócitos B e 71,6% dos linfócitos T. Conclui-se que a
Contato: ANDRE LUIZ PREZOTTO VILLA - Avilla@
expressão de PDL-1 está restrita aos linfonodos positi-
hotmail.com
vos, enquanto o PD-1 está expresso na maioria das cé-
lulas imunológicas de linfonodos positivos e negativos.
Dessa forma, os linfonodos livres de tumor podem re-
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO presentar uma fonte adequada para seleção de células
CÓDIGO: 61815 imunológicas na imunoterapia adotiva, por não esta-
rem expostos à capacidade tumoral de inibir a resposta
ANÁLISE DA EXPRESSÃO do sistema imunológico.
IMUNOFENOTÍPICA DE PD1 E PDL1 Contato: PAULA BARAÚNA DE ASSUMPÇÃO -
EM LINFONODOS REGIONAIS DE paulabassumpcao@gmail.com
PACIENTES COM ADENOCARCINOMA
GÁSTRICO
Autores: Paula Baraúna de Assumpção; Erika Thaiane
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
Couto Canelas; Aline Maia Pereira Cruz Ramos;
CÓDIGO: 60069
Ana Karyssa Mendes Anaissi; Geraldo Ishak; Samia
Demachki; Paulo Pimentel de Assumpção;
Instituição: CESUPA
ANÁLISE DAS HEPATECTOMIAS POR
METÁSTASES NÃO COLORRETAIS
Introdução: O tratamento cirúrgico do câncer gástrico REALIZADAS ENTRE 2005 E 2015
constitui o padrão ouro, incluindo a gastrectomia e lin-
Autores: Phillipe Geraldo Teixeira de Abreu Reis; Flavio
fadenectomia do tipo D2, e a imunoterapia surge como
Daniel Saavedra Tomasich; Massakazu Kato; Carlos Arai;
alternativa terapêutica potencial. A Imunoterapia Ado- Gabriella Eduarda Jacomel; Laila Schneider; Mariana
tiva objetiva realizar cultivo in vitro de células específi- Escani Guerra; Nathan Harmuch Kohl;
cas, com posterior infusão autóloga para potencializar Instituição: HOSPITAL ERASTO GAERTNER
a resposta imune antitumoral. Entretanto, as células
tumorais possuem características específicas que as Objetivo: Apresentar os dados coletados referentes
permitem evadir ao sistema imunológico e bloque- aos pacientes submetidos a hepatectomia por metás-
ar resposta antitumoral efetiva. Recentemente foram tases de câncer nao colorretal entre 2005 e 2015. Estu-
identificados ligantes celulares capazes de suprimir a dar as características epidemiológicas tentando definir
resposta celular efetora e contribuir para a carcinogê- quais os fatores de risco para a doença assim como
nese, os “immune checkpoints”. O PD-1 é uma proteína para o resultado do seu tratamento. Método: Os da-
expressa em células de defesa, e o PDL-1 um ligante dos foram coletados diretamente do prontuário médi-
expresso em células neoplásicas. A ligação de PDL-1 ao co junto ao Serviço de Arquivo Médico. A ficha utilizada
PD-1 induz uma regulação imunológica inibitória em é baseada no formato padrão do Instituto Nacional do
Linfócitos T e B ativos, impedindo uma resposta imune Câncer. As freqüências absolutas e relativas foram ge-
adaptativa direcionada aos antígenos tumorais. Surge radas a partir do sistema SISRHC e tabuladas através
então a possibilidade de otimizar a seleção das células do Sistema EpiInfo, versão 7.1. A taxa de sobrevida foi
a serem empregadas na imunoterapia ativa, por meio calculada pelo método de Kaplan-Meier. Resultados:
da exclusão daquelas expostas ao micro ambiente tu- Foram realizadas 33 hepatectomias, sendo 57,6% de
moral, situação na qual poderiam ser menos efetivas. mulheres. 41,3% dos pacientes apresentaram historico
Objetivo: u-se avaliar a expressão de PD-1 e PDL-1 em de tabagismo e 22,2% de etilismo. 20,8% dos pacientes
linfonodos regionais, positivos e negativos, de pacien- apresentaram historico familiar de cancer. 88,8% dos
tes submetidos à linfadenectomia por adenocarcinoma pacientes apresentaram PS 1 e 2. A localizacao do tu-
gástrico e avaliar a potencial utilização de linfonodos mor primario foi muito variavel entre os casos (mama,
negativos para imunoterapia adotiva no câncer gástri- ovario, GIST, estomago, etc). Em 87,9% dos pacientes
co. Para a análise de expressão de PDL-1 e PD-1 foram a hepatectomia foi realizada em menos de 3 segmen-
utilizados amostras de tecido emblocado em parafina tos de Couinaud, sendo em 63,6% metastases unicas.
de pacientes com adenocarcinoma gástrico, opera- Somente 2 pacientes realizaram quimioterapia pre-
dos no período de 2008 a 2016 em Belém-PA. Foram -hepatectomia. Em 6,1% dos pacientes, foi realizada
constituídos blocos de TMA e a expressão proteica foi re-hepatectomia. Em 6,1% dos pacientes foi realizada
detectada por imunohistoquímica automatizada. Nos hepatectomia nao regrada para metastasectomia. Em
linfonodos positivos foi identificada imunoexpressão 9% dos casos ocorreram complicacoes transoperato-
de PDL-1 em 2 (6%) de 30 casos examinados. Em rela- rias graves com sangramento e lesao vascular. 15,1%
ção à expressão de PD-1, houve imunopositividade em dos pacientes apresentaram algum tipo de complica-
linfócitos B (60%) e linfócitos T (70%). Nos linfonodos cao pos-operatoria graus 2 e 3 de Clavien-Dindo, sendo
que 67% necessitaram reoperacao. 39% dos pacientes vien-Dindo, sendo que 45% necessitaram reoperação.
atingiram remissao em 6 meses, sendo que 27,7% apre- 24,6% dos pacientes atingiram remissão em 6 meses,
sentaram progressao da doenca. 60,6% dos pacientes sendo que 62,5% apresentaram progressão da doença.
estavam vivos apos 5 anos. Conclusão: Hepatectomias A sobrevida global em 5 anos foi de 64%. Conclusão:
por metastases de cancer nao colorretal apresentam Hepatectomias por metástases de câncer colorretal
alto indice de complicacao cirurgica devido a complexi- apresentam alto índice de complicação cirúrgica devido
dade do procedimento, entretanto possibilitam atingir à complexidade do procedimento, entretanto possibili-
remissao de doenca metastatica avancada em pacien- tam atingir remissão de doença metastática avançada
tes antes considerados incuraveis. Um pequeno nume- em pacientes antes considerados incuráveis.
ro de pacientes evoluiu com progressao da doenca.
Contato: PHILLIPE ABREU REIS - phillipeareis@gmail.
Contato: PHILLIPE ABREU REIS - phillipeareis@gmail. com
com
Em 81% foi necessária drenagem torácica. 59% atingi- Conclusões: Houve forte associação com tabagismo,
ram remissão em 6 meses e 29% apresentaram pro- principalmente entre homens. A sobrevida em 5 anos
gressão da doença. 51% estavam vivos após 5 anos. é muito pequena, com poucos pacientes candidatos a
Conclusão: Cirurgias esofágicas apresentam alto índice tratamento cirúrgico.
de morbidade pós-operatória devido a necessidade de
Contato: GABRIELA ROMANIELLO - gabriela.
abordagem de múltiplos compartimentos. A maioria
romaniello@outlook.com
apresentou sintomas digestivos ao diagnostico, e forte
associação com tabagismo.
Contato: GABRIELA ROMANIELLO - gabriela.
romaniello@outlook.com TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
CÓDIGO: 59879
precoce e 81 (98,78%) que causa câncer de pele. Con- De acordo com estadiamento TNM (UICC), 41,9% das
clusão: O conhecimento da população sobre os fatores mulheres e 44,8% dos homens apresentaram estadios
de risco com a exposição solar se mantém muito próxi- iniciais. Quanto ao tipo de tratamento realizado, cirur-
mo na comparação anual entre 2014 e 2016. Em todos gia (20,6%) e quimioterapia (17,6%) prevaleceram sobre
os anos, um percentual maior que 88% dos entrevista- a radioterapia (1%), sendo 60,9% dos casos submetidos
dos consideraram a exposição solar como fator de ris- a tratamento combinado. Ao término da primeira fase
co para cada uma das variáveis. A queimadura de pele, do tratamento, apenas 9,7% foram a óbito. A sobrevida
causada pelo sol, é o desfecho que a população mais global em 5 anos foi de 49,5% entre todos os estadios e
tinha conhecimento. Em 2014,88,70% da população sexos, variando de 11,6% no EC IV e 72,2% no EC I. Con-
acreditava que o sol causa câncer de pele e, em 2016, clusões: Mais da metade dos pacientes apresentam es-
98,78% dos entrevistados tinham a compreensão dessa tádios clínicos avançados. Por isso, houve alto número
relação. O conhecimento da população estudada, acer- de tratamento adjuvantes e combinados empregados
ca do risco provocado pela exposição solar, melhorou nesta amostra.
no período. A percepção das pessoas sobre fatores de
Contato: ANA LUÍSA BETTEGA - Bettega.ana@gmail.
risco são de suma importância na prevenção de neopla-
com
sias e as campanhas, como as da LAO, desempenham
uma relevante função social nesse contexto.
Contato: GUSTAVO SZCZECINSKI PUCHALSKI -
gutopuc@hotmail.com TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
CÓDIGO: 59617
Objetivo: Apresentar dados do Registro Hospitalar de Introdução: O melanoma é uma das patologias com
Câncer do Hospital em 2010 e 2014 referentes aos pa- maior aumento na incidência mundial, nas últimas
cientes portadores de câncer de colón e reto. Estudar décadas. É uma neoplasia cutânea com potencial de
as características epidemiológicas tentando definir os letalidade alta e predomina em adultos brancos. O
fatores de risco para a doença e para o resultado do tratamento do melanoma cutâneo é essencialmente ci-
tratamento. Método: Os dados foram coletados do rúrgico e a busca do linfonodo sentinela pode modificar
prontuário médico junto ao Serviço de Arquivo Médico. a radicalidade do tratamento. Objetivo: Analisar o per-
A ficha utilizada é baseada no padrão do Instituto Na- fil epidemiológico dos pacientes com melanoma cutâ-
cional do Câncer. As frequências absolutas e relativas neo primário, características histopatológicas e compa-
foram geradas a partir do sistema SISRHC e tabuladas rar com dados da literatura. Método: Trata-se de um
através do Sistema EpiInfo, versão 7.1. A taxa de sobre- estudo de série de casos, retrospectivo, observacional,
vida foi calculada pelo método de Kaplan-Meier. Resul- unicêntrico, de pacientes com melanoma cutâneo pri-
tados: Foram admitidos 1316 casos de câncer de color- mário, submetidos a tratamento cirúrgico entre janeiro
retal no período de 2010 a 2014, sendo 46,5% feminino de 2008 e dezembro de 2013. Os parâmetros incluem:
e 53,5% masculino. A maioria ocorreu acima de 45 Idade, sexo, estadio clínico, data da cirurgia, localização
anos, predominando entre 60 e 64 anos. O tipo histoló- do tumor, subtipo histológico, estado das margens, ín-
gico mais freqüente foi o adenocarcinoma (92,9%). 71% dice Breslow, índice mitótico, presença de ulceração e
eram provenientes da capital e região metropolitana. metástase na admissão. Resultados: Foram incluídos
60,7% dos homens e 61,2% das mulheres possuíam his- 321 pacientes portadores de melanoma cutâneo que
tórico familiar de câncer, 55,5% dos homens possuíam foram atendidos num centro de referência oncológica
histórico de alcoolismo, porém somente 13,6% das mu- do sul do Brasil. A população foi de 58,9% do sexo fe-
lheres. 58,3% dos homens e 40,2% das mulheres apre- minino e 41,1% do sexo masculino com idade média de
sentavam histórico de tabagismo. 17,1% ocorreram no 52,8±16,3 anos. Quanto ao estadio clínico (EC), encon-
colón, 48,8% no reto e 9,1% na junção reto-sigmoidea. travam-se 51,1% no estadio inicial, 24,3% no EC II (A, B
e C), 21,2% EC III e 3,4% com metástases a distância. A Contato: MARIANA DE CASTRO - mari_castro1006@
localização do melanoma mais frequente foi em tronco yahoo.com.br
e o subtipo histológico padrão extensivo superficial. Os
melanomas intermediários e espessos foram os mais
frequentes. Conclusão: O diagnóstico e tratamento no
estadio inicial proporciona menor morbidade, maior TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
sobrevida dos pacientes. Entender o comportamento CÓDIGO: 62020
biológico do tumor, conhecer a epidemiologia local nor-
teiam estratégias de saúde. ANÁLISE QUANTITATIVA DA
COBERTURA PELO PAPANICOLAU NA
Contato: TARIANE FRIEDRICH FOIATO MANETTI -
tarianefoiato@msn.com
POPULAÇÃO-ALVO, NO ESTADO DA
BAHIA, NO PERÍODO DE 2008 A 2012
Autores: Géssica de Souza Sampaio; Icaro Pereira Silva;
Manuela Novaes de Andrade;
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
CÓDIGO: 61753
Introdução: O câncer do colo do útero (CCU) represen-
ta a terceira neoplasia mais incidente no mundo. En-
ANÁLISE IMUNOHISTOQUÍMICA
tre as mulheres brasileiras é o segundo tumor maligno
DO P16INK4A, KI-67 E HLA-G EM mais frequente e corresponde a quarta causa de mor-
NEOPLASIAS INTRAEPITELIAIS talidade por câncer. O CCU está fortemente associado
CERVICAIS E NO CÂNCER DE COLO a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), fatores
UTERINO genéticos e epidemiológicos. O diagnóstico é feito atra-
Autores: Fabio Roberto Fin; Marcelo de Paula Loureiro; vés do exame Papanicolau e sua detecção, através do
Thais Andrade Costa Casagrande; Marciano Anghinoni; rastreamento em fases iniciais pode aumentar signifi-
Teresa Cristina Santos Cavalcanti; Mariana de Castro; cativamente as chances de cura. No Brasil, o rastrea-
Priscila Nunes Silva Morosini; Nayara Vilas Novas mento populacional é recomendado prioritariamente
Greselle; para mulheres de 25 a 64 anos, com periodicidade de
Instituição: HOSPITAL SÃO VICENTE três anos, após dois exames consecutivos normais, no
Introdução: O perfil imunohistoquímico nas neopla- intervalo de um ano. Segundo a Organização Mundial
sias intraepiteliais cervicais pode contribuir para um de Saúde (OMS), para se obter um impacto significativo
melhor entendimento e estratificacão de risco de mu- na mortalidade por CCU a cobertura de rastreamento
lheres no processo carcinogênico do câncer de colo do deve atingir 80% ou mais da população-alvo. Méto-
útero. Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar a do: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo
expressão de três biomarcadores, p16INK4a, Ki-67 e e retrospectivo, com abordagem quantitativa, em que
HLA-G nas lesões de colo de útero com displasia de bai- se utilizou dados secundários referentes ao estado da
xo e alto grau, nos pacientes com carcinoma invasor, e Bahia, obtidos da base de dados do Sistema SISCOLO,
nas mulheres com colo de útero sem lesão. Método: do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), dis-
Estudo retrospectivo com 70 mulheres, divididas em 4 poníveis no endereço eletrônico do DATASUS e no IBGE.
grupos: I: 10 mulheres sem lesão de colo uterino; II: 15 Os dados foram prioritariamente analisados na faixa
com displasia de baixo grau; III: 22 com displasia de alto etária alvo do programa de rastreamento de cada ano,
grau; IV: 23 com carcinoma invasor. Estas biópsias fo- no período de 2008 a 2012. A cobertura pelo exame foi
ram avaliadas através de estudos imunohistoquímicos, avaliada através da razão entre exames citopatológicos
por meio da expressão da proteína p16INK4a,, HLA-G realizados nas populações-alvo de cada período e o
e o Ki 67. Resultados: Em relação a positividade do quantitativo de indivíduos da população-alvo de cada
p16INK4a, 21/22 (95,5%) das pacientes com displasia de período. Resultados: O estado da Bahia não conseguiu
alto grau e 21/23 (91,3%) com carcinoma de colo uterino alcançar em nenhum dos anos analisados a meta reco-
tinham o p16INK4a positivo 2+, e encontrado somente mendada pela OMS. Em relação ao crescimento anu-
4/15 (26,7%) das pacientes com displasia de baixo grau al que deve ser de no mínimo 15%, apenas no ano de
(p<0,001). Para o marcador Ki-67, a positividade foi es- 2000 houve um crescimento de 25% maior do que o re-
tatisticamente significativa para os grupos III e IV (13/22 comendado. Comparando a Bahia com outros estados
e 15/23 respectivamente) quando comparados com o do Nordeste foi possível verificar que alguns deles em
grupo I e II (0/10 e 4/15 respectivamente). Em relação determinados anos conseguiram ultrapassar a meta,
ao marcador HLA-G não houve expressão nas amostras enquanto que a Bahia não alcançou em nenhum ano e
estudadas. Conclusão: Os marcadores imunohistoquí- ficou entre os estados com piores indicadores. A morta-
micos p16INK4a e Ki-67 quando presentes em biópsias lidade no estado é alta, sobretudo em mulheres na fai-
de colo uterino estão relacionados com maior probabi- xa etária de 50 – 59 anos, solteiras e sem escolaridade.
lidade de desenvolvimento de neoplasia maligna. Conclusão: O rastreamento pelo Papanicolau é capaz
ências do tratamento, aspectos psicossociais, questões com a capacidade ao exercício. Aqueles que realizaram
alimentares e medicações, fluxo do paciente na rede quimioterapia prévia tiverem menor desempenho no
de atenção à saúde e conhecimento do funcionamen- TC6m e na PEmax. Conclusão: . Na população estuda-
to do serviço especializado em Oncologia. Além da im- da, foram encontrados indivíduos que apresentaram
plementação de um instrumento de acompanhamento fraqueza muscular respiratória e redução não capaci-
do paciente oncológico na rede de atenção primária. dade funcional. Assim, como o volume de doença e a
Conclusão: Por se tratar de uma ferramenta recente quimioterapia prévia tiveram impacto direto nas condi-
no campo da saúde, o apoio matricial encontra-se em ções físicas desses indivíduos. As pressões respiratórias
processo de construção nos serviços de AP. No proje- foram associadas à capacidade de exercício.
to, essa ferramenta mostrou-se efetiva para mapear as
Contato: CAMILA DE OLIVEIRA DE CARVALHO LIMA -
dificuldades dos profissionais e saná-las de forma inte-
coclima@hotmail.com
gral e resolutiva, possibilitando o fortalecimento e au-
tonomia da equipe para acolher as demandas advindas
do paciente oncológico.
Contato: MARINA MANFROI - mmanfroi@universo. TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
univates.br CÓDIGO: 59951
excessiva ao sol: 87 pessoas (79%) afirmam se expor ao entrevistados, 59 (98,33%) desses consideravam que o
sol pelo menos 5 dias na semana. Em relação a foto- sol causava queimadura de pele, 54 (90%) que causava
proteção, 71 dos entrevistados (64,6%) usam protetor envelhecimento precoce e 54 (90%) que causava câncer
solar e foram identificadas lesões pré malignas ou ma- de pele. Em 2015, foram 47 entrevistados, e 42 (89,36%)
lignas em 54 pessoas (49%). Conclusão: Dessa forma, acreditavam que o sol causava queimadura, 40 (85,10%)
conclui-se que a alta incidência de lesões pré malignas envelhecimento precoce e 41(87,23%) câncer de pele. Já
ou malignas na população avaliada é resultante da cor em 2016, entre os 28 entrevistados, todos (100%) acre-
de pele clara e da alta exposição ao sol. Embora os da- ditavam que causava queimadura, 26 (92,85%) enve-
dos evidenciem o uso de protetor solar na maioria dos lhecimento precoce e 26 (92,85%) câncer de pele. Con-
entrevistados, ainda não é o suficiente para considerar clusão: O conhecimento da população atendida sobre
uma população protegida dos danos solares, provavel- os riscos da exposição solar foram muito próximas no
mente pelo início recente da proteção. período analisado. Entretanto, houve aumento percen-
tual para mais de 90% de acertos em 2016 nas três va-
Contato: CAROLINA SILVEIRA DA SILVA -
riáveis, sendo a queimadura de pele causada pelo sol o
carolinasilveira.s@hotmail.com
desfecho que a população do estudo mais tinha conhe-
cimento. O envelhecimento precoce e o câncer de pele
tiveram números muito parecidos. Apesar das altas
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA taxas de resposta positiva, em 2014,10% responderam
CÓDIGO: 59851 que o câncer de pele não tem relação com a exposição
solar, em 2015, 12,76%, e em 2016, 7,14%. Dessa forma,
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE é possível concluir que iniciativas semelhantes são im-
portantes para agregar conhecimento e prevenção ao
OS RISCOS DA EXPOSIÇÃO SOLAR
câncer de pele, e, houve êxito nas Campanhas em AP
DA POPULAÇÃO DE UMA CIDADE DO no que diz respeito à conscientização sobre os riscos da
INTERIOR GAÚCHO, NO PERÍODO DE exposição solar.
2014 A 2016, EM CAMPANHAS CONTRA
O CÂNCER DE PELE, REALIZADAS POR Contato: ANA PAULA GOUVÊA - anapaulagouvea22@
gmail.com
UMA LIGA ACADÊMICA DE ONCOLOGIA
Autores: Ana Paula Gouvêa; Gustavo Szczecinski
Puchalski; Maria Gertrudes Fernandes Pereira
Neugebauer; Giovana Parron Paim; Kélen Klein Heffel;
TEMÁRIO: TUMORES RAROS - GIST E TNE
Gabriel Neumann Kuhn; Betina Maria Giordani; Natália
CÓDIGO: 61943
Dalmazo Zambrano;
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DOS
Introdução: Desde 2011, anualmente, a Liga Acadêmi- TUMORES NEUROENDÓCRINOS DE
ca de Oncologia (LAO) realiza a “Campanha de Preven- ESTÔMAGO
ção Primária e Secundária Contra o Câncer de Pele” na
Autores: Cibele Barbosa; Raquel Maues; Marcela Santos;
cidades de Arroio do Padre (AP), interior do Rio Grande Mariana Pires; Igor Pacheco; Maria Aparecida Ferreira;
do Sul. No projeto são avaliadas lesões de pele e são Eduardo Linhares; Rafael Albagli;
encaminhadas para o devido tratamento, e é realiza-
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER - INCA
da a conscientização sobre o uso do protetor solar e
os riscos da exposição ao sol. Objetivo: O objetivo do Introdução: Os tumores neuroendócrinos do estôma-
estudo é analisar o conhecimento dos atendidos nas go (TNEg) constituem um espectro de tumores raros,
Campanhas da LAO no período de 2014 a 2016 da ci- que se desenvolvem a partir de células enterocroma-
dade de AP (RS), que possui população estimada pelo fins. Representam menos de 1 % dos tumores de estô-
IBGE de 2.895 pessoas em 2016, sobre exposição solar mago e podem ser divididos em três tipos distintos, de
como fator de risco para o câncer de pele, e, compa- acordo com o contexto em que se desenvolvem. A des-
rar se houve mudança de percepção e conhecimento peito da existência de guidelines internacionais para as
de tal fator de risco no período. MÉTODO: Foi realizado orientações de condutas no diagnóstico e tratamento
um estudo comunitário através da coleta de dados por desta patologia, ainda observa-se uma grande hetero-
meio de questionários aplicados pela LAO nos anos de geneidade na condução dos casos; possivelmente por
2014 a 2016 nas populações atendidas nas Campanhas se tratar de uma doença rara. OBJETIVO: Descrever o
em AP (RS). Resultados: As variáveis questionadas nas manejo dos tumores neuroendócrinos de estômago no
Campanhas de AP de 2014 a 2016 foram: “Você acha Instituto Nacional de Câncer (INCA). Material e Méto-
que o sol causa queimadura de pele?”; “Você acha que do: O estudo é descritivo, realizado com base em uma
o sol causa envelhecimento precoce?”; “Você acha que coorte retrospectiva, no período de janeiro de 1999 a
o sol causa câncer de pele?”. No ano de 2014, foram 60 janeiro de 2017. A análise foi realizada com ficha de da-
dos organizada pelos pesquisadores e com a utilização
do programa SPSS v13.0. O projeto obteve apreciação e do sexo feminino além de que 47,8% possuem idade
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Institui- menor que 50 anos e 52,2% com idade maior ou igual
ção. Resultados: Foram identificados 85 casos de TNEg a 50 anos. Do total, apenas 41,7% souberam definir a
que fizeram tratamento e acompanhamento no INCA. localização do CA colorretal, no entanto, apesar do pou-
Neste grupo, 46 pacientes (54,1%) eram do sexo femi- co conhecimento sobre o assunto, somente 5,21% não
nino; 17 casos foram tratados com cirurgia (20%), 68 conseguiram definir os fatores de risco que estão asso-
(80%) foram conduzidos com ressecções endoscópicas. ciados ao desenvolvimento de tal neoplasia. A grande
Foram registrados 5 óbitos (5,9%). A mediana de segui- maioria, 86% nunca obteve informações médicas, con-
mento foi de 41,2 meses (mínimo 0,07; máximo 150,4). cordando com os 96,52% que sentem que necessitam
Conclusão: A associação de anamnese detalhada, com de mais informações. Em relação aos sinais e sintomas
endoscopia digestiva alta e histopatológico apresentam relacionados a tal neoplasia 16,52% apresentam san-
papel central para diagnóstico e classificação dos TNEg. gue nas fezes, outros 15,65% afirmam que o hábito in-
Os tumores tipo I apresentam excelente prognóstico e testinal sofreu mudanças recentemente, 20% queixam
baixo potencial metastático, estando este último dire- de dor abdominal e 20,9% relatam anemia. Apenas 4
tamente relacionado com tamanho de lesão inferior a dos entrevistados foram diagnosticados com pólipo
1,0cm. Neste contexto, o seguimento endoscópico anu- intestinal. Conclusão: O CA colorretal é uma neoplasia
al é adequado para ressecção de tumores e identifica- passível de se ter um programa de rastreio pois existem
ção de lesões de maior risco. Não houve tumores tipo métodos disponíveis para rastreamento e a detecção
II na amostra estudada. Os tumores tipo III apresentam precoce associada ao tratamento reduz morbimorta-
comportamento mais agressivo, indicando a necessida- lidade. O desconhecimento da população quanto aos
de de tratamento semelhante ao proposto para Adeno- fatores de risco como sedentarismo, ingesta de gordu-
carcinoma. ra/industrializados e tabagismo e a necessidade que
os usuários mostraram de obterem mais informações
Contato: CIBELE DE AQUINO BARBOSA - cibele.
sobre a doença apontam como a prevenção primária é
aquino@gmail.com
deficiente havendo imprescindibilidade de se introdu-
zir campanhas educativas sobre a neoplasia e medidas
de prevenção. Os pacientes com sinais e sintomas su-
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL gestivos da neoplasia, associado a fatores de risco rele-
CÓDIGO: 60094 vantes foram direcionados a atendimento médico para
melhor avaliação e rastreio.
CA COLORRETAL: ANÁLISE DA Contato: RAFAELA PRATA RASSI - rafaelaprata29@
INFORMAÇÃO POPULACIONAL yahoo.com.br
VISANDO IMPLEMENTAÇÃO DE
POLÍTICAS DE PREVENÇÃO E RASTREIO
Autores: Rafaela Prata Rassi; Amanda Karolyne Batista
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
Ferreira; Guilherme Henrique de Oliveira Silva; Luiz
Carlos Furtado de Almeida Junior; Guilherme Angotti CÓDIGO: 59997
Freire Carrara; Lara Borges Cecílio; Pamella Bertoldi
Soares; Isabella Martins Monteiro; CANCEROLOGIA CIRÚRGICA: CURVA
Instituição: UNIVERSIDADE DE UBERABA DE APRENDIZAGEM E PARADIGMAS DE
FORMAÇÃO
Introdução: O CA colorretal é a segunda neoplasia
mais frequente no mundo. No Brasil, ocupa terceiro Autores: Isaac Braullio Maia Delfino de Oliveira;
Thiago Costa Pires; Renata Melo Campos; Igor
lugar em prevalência em homens e segundo em mu-
Valdeir Gomes de Souza; Maria Luiz Alcoforado
lheres. Os sintomas mais frequentes são alteração do
Gondim Gurgel; Andersom Neves da Cruz; George
hábito intestinal, perda ponderal, dor abdominal, he- Alexandre Lira;
matoquezia e anemia. A mortalidade é potencialmente
Instituição: LIGA NORTE RIO GRANDENSE CONTRA O
evitável se diagnóstico precoce. Objetivo: Conhecer a CÂNCER
percepção dos usuários sobre o CA colorretal para ava-
liar a necessidade de adoção de políticas públicas de Introdução: A Cancerologia Cirúrgica (CC) é um impor-
rastreamento e prevenção em nosso serviço. Método: tante pilar do tratamento multimodal oncológico. Dos
Estudo transversal, realizado no Mário Palmério Hospi- pacientes diagnosticados com câncer até 80% serão
tal Universitário de Uberaba/MG, através da entrevis- submetidos a alguma intervenção cirúrgica no decor-
ta de 115 usuários do nosso serviço de saúde. Dados rer do tratamento. Diversos aspectos colaboram para
coletados no período de Março a Maio/2017, por meio o êxito cirúrgico, entre eles o desempenho hospitalar é
de questionário QSA, atividade do projeto de extensão um dos poucos mutáveis (equipes cirúrgicas e interdis-
da Liga de Oncologia aprovada pelo Comitê de Ética ciplinares experientes, volume cirúrgico e disponibilida-
da Universidade de Uberaba. Resultados: Do total de de de recursos). Comparando mastectomias realizadas
entrevistados, 42,6% são do sexo masculino e 57,4% por Billroth em uma série de 170 casos com recidiva em
82% e Halsted (empregou princípios da CC) série de 50 cas epidemiológicas e os fatores de risco para a doença
casos e recorrência de apenas 6%, evidenciou-se o fator assim como o resultado do tratamento. Método: Os
prognóstico que o cirurgião executa, demonstrando a dados foram coletados do prontuário médico. A ficha
necessidade de estudos sobre a sua formação acadê- utilizada é baseada no padrão do Instituto Nacional do
mica, que possibilitem compreender a melhor eficiên- Câncer. As freqüências absolutas e relativas foram ge-
cia do resultado cirúrgico. MÉTODO: Estudo observacio- radas a partir do sistema SISRHC e tabuladas através
nal, descritivo e retrospectivo, avaliados nove tipos de do Sistema EpiInfo, versão 7.1. A taxa de sobrevida foi
cirurgias realizadas entre março de 2014 e fevereiro de calculada pelo método de Kaplan-Meier. Resultados:
2017 executadas por um médico residente (MR) na CC Foram realizadas 394 prostatectomias, 45,5 apresenta-
em uma instituição do Brasil. O volume de procedimen- ram historico de tabagismo, 22,1% dos pacientes apre-
tos cirúrgicos foi comparado às curvas de aprendizado sentaram historico familiar de cancer. 76% apresen-
(CA) estabelecidas na literatura, contribuindo assim tavam toque retal alterado ao diagnóstico. O subtipo
para a discussão acerca da redução das disparidades histologico mais comum foi o adenocarcinoma acinar
na formação do MR a nível mundial. RESULTADO: Em em 96,2%. O score de gleason mais comum na biopsia
cirurgias de gastrectomias com linfadenectomia D2 (MR pre-operatoria foi de 6 (3+3) em 58,4% e em seguida o
35, CA 23), prostatectomia radical (MR 30, CA 20), houve de 7 (3+4) com 18,3%. Já no exame anatomopatológico
equivalência quantitativa dos procedimentos realiza- da peça cirurgica, o adenocarcinoma acinar represen-
dos com as CA. Para retossigmoidectomia laparotômica tou 98,7% dos casos, sendo que apenas 13% apresen-
(MR 29), histerectomia radical tipo Wertheim-Meigs (MR tavam proloferação acinar atípica e 13,6% invasão da
27) e mastectomia radical (MR 28) não há CA estabe- vesícula seminal. Em cintilografia pre-operatória, 92,8%
lecida, mas houve equivalência na análise comparativa dos pacientes não apresentavam metástases. 39,3%
com cirurgiões de alto volume. Em esofagectomia total foram estadiados como II B e 29,4% como III. A prosta-
com (MR 4) e gastroduodenopancreatectomia (MR 4) o tectomia aberta foi realizada em 92,6% dos pacientes
MR apresenta distância das curvas estabelecidas, que e a por video em 7,1%. Somente em 5,8% dos casos foi
muitas vezes somente é atingida após anos de experi- realizada vigilância ativa antes do tratamento. Em 6,8%
ência na área. Já em segmentectomias pulmonares (MR dos casos ocorreram complicacoes transoperatorias
7) não foram encontrados dados para análise compa- graves com sangramento e infecção. 17,8% tiveram a
rativa, especialmente em cirurgias abertas. Conclusão: margem cirúrgica comprometida. 25,1% dos pacientes
Existem poucos estudos acerca da formação do CO, apresentaram algum tipo de complicacao pos-operato-
e os dados apontam para ensinos muito distintos em ria graus 2 e 3 de Clavien-Dindo. 37,6% deles cursaram
todo o mundo. Esta análise demostra que uma institui- com impotência funcional após o tratamento, 61% com
ção brasileira de oncologia oferece volume cirúrgico e incontinência urinária, 7,9% com estenose vesico-urete-
condições técnicas para o ensino adequado em CC, po- ral, 10,3% com retenção urinária aguda. 17,1% tiveram
dendo de forma direta interferir no prognóstico dos pa- infecção urinária no pós operatório. 96,1% dos pacien-
cientes, superando e estabelecendo novos paradigmas tes necessitaram de sonda vesico-ureteral no pós-ope-
para a formação do CO. ratório. 77,7% dos pacientes atingiram remissao em
6 meses, sendo que 13,3% apresentaram progressao
Contato: ISAAC BRAULLIO MAIA DELFINO DE OLIVEIRA
da doenca. 97,5% dos pacientes estavam vivos apos 5
- isaacbmdoliveira@gmail.com
anos. Conclusões: A maioria dos pacientes já apresen-
ta sintomas ao diagnóstico. A cirurgia é o tipo de tra-
tamento mais realizado, porém cursa frequentemente
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA com intercorrências como incontinência urinária e im-
CÓDIGO: 60187 potência funcional.
Contato: GABRIELA ROMANIELLO - gabriela.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS romaniello@outlook.com
E ANÁLISE DAS PROSTATECTOMIAS
REALIZADAS ENTRE 2010 E 2015
Autores: Phillipe Geraldo Teixeira de Abreu Reis; Flavio
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
Daniel Saavedra Tomasich; Gabriela Romaniello; Deisy
Dalke; Adrielle de Lima Munhoz; Andres Estremadoiro CÓDIGO: 57778
Vargas; Ewerson Luiz Cavalcanti e Silva; Carla Simone da
Silva; CARCINOMA BASOCELULAR DA FACE,
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ MARGENS COMPROMETIDAS E RISCO
Introdução: O cancer de próstata representa uma das
DE RECIDIVA
neoplasias mais comuns, seu tratamento vem sendo Autores: Oly Campos Corleta; Luis Fernando Moreira;
atualizado a cada dia. OBJETIVO: Apresentar os dados Víctor Sánchez Zago; Thais Vicentine Xavier; Sofia
Zahler; Gabriela Stahl; Geraldo Machado Filho; Marcelo
coletados referentes aos pacientes submetidos a pros-
Castro Marçal Pessoa;
tatectomia entre 2010 e 2015. Estudar as característi-
Instituição: UNIVERSIDA DE PASSO FUNDO
Introdução: Apesar de outras modalidades de trata- Autores: Samuel Aguiar Jr; Bianca E C Fava; Ranyell M S S
mento, a excisão cirúrgica com margens livres histologi- Batista; Tiago Santoro Bezerra; Paulo Roberto Stevanato
camente comprovadas permite controle local absoluto Filho; Renata Mayumi Takahashi;
e tem sido amplamente considerada como a principal Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
escolha para o carcinoma basocelular (CBC), sendo a
Introdução: Introduçao: Um número significativo de
excisão completa, se o risco de recorrência e invasão
pacientes com neoplasias malignas avançadas evolui
local forem o objetivo primordial. Objetivo: investigar
com alguma complicação gastrointestinal diretamente
as características histológicas e o papel do cirurgião en-
relacionada à doença, principalmente em neoplasias
volvido na recorrência de CBC facial quanto às margens
gastrointestinais e ginecológicas. A paliação na maioria
de segurança. Pacientes e métodos: Análise multivaria-
das vezes exige uma intervenção cirúrgica de urgência.
da foi realizada em 285 casos de CBCs consecutivos re-
A morbidade e a mortalidade nessas cirurgias pode
feridos ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA),
chegar a taxa de50%e20-40%, respectivamente. Obje-
Serviços de Cirurgia Geral ou Plástica, entre 1º de Janei-
tivo: determinar o perfil clínico e resultados de cirur-
ro e 31 de dezembro de 2013 e seguidos a cada 6 meses
gias abdominais paliativas de urgência em pacientes
até 30 de novembro de 2016; média (SD) de 14,7 (11,7)
com neoplasia maligna avançada. Método: trata-se de
meses. Todos os dados foram analisados em áreas de
estudo observacional tipo coorte retrospectiva. Foram
alto ou baixo-risco, lesão primária ou recorrente e gru-
levantados dados do prontuário dos pacientes, pelo
pos de excisão completa ou incompleta. Resultados:
período de um ano operados com indicação de urgên-
Houve 145 (51%) homens e 140 (49%) mulheres; idade
cia (obstrução, perfuração, dor, infecção, sangramento,
mediana (intervalo) de 67 anos (29 a 85). Cirurgião geral
outros), com evidência de doença avançada (metástase,
ou plástico operaram 218 (77%) ou 67 (23%) casos de
independente do sítio). Os desfechos principais foram
CBCs, respectivamente. A maioria dos CBCs faciais era
óbito em 30 dias e alta hospitalar em 30 dias. Resulta-
de área de alto risco (n = 188; 66%); primária (n = 246;
dos: no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017
86,3%) principalmente subtipos nodular (195; 68%) ou
identificamos 66 pacientes, 36 mulheres e 30 homens
infiltrativo (n = 57; 20%), com tamanho médio (DP; va-
(55% e 45% respectivamente). sítio primário (37% reto,
riação) de 10,6 (8,2; 3-120) mm. Recidiva ocorreu em 19
23% colon D, 40% restante), sítio metastático (27% fíga-
(7%) casos em uma média (DP) de 18,7 (7,9) meses; 14
do, 26% peritoneo, 53% outros), indicação (80% devido
(5,7%) e 5 (13%), respectivamente para CBCs primários
obstrução), maioria dos ECOG 1,2,3 (36%,33%, 21%, res-
e recorrentes , sendo 33,9% para ressecções incomple-
pectivamente), ASA II e III ( 50% e 45%, respectivamente)
tas e apenas 3% para lesões completamente resseca-
, comorbidades 1 ou 2 ( 38% e 33%), linhas de trata-
das. Um risco significativamente aumentado para reci-
mento prévio (55% virgem de tratamento), sem cirur-
diva foi observado para lesões maior que 10mm [OR =
gias prévias, 56%, diagnóstico nutricional, desnutridos
0,19; 95% CI (0,05 - 0,67); p = 0,01] e para lateral [OR =
com 58%, e 79% sem suporte nutricional adicional, ci-
7.10; 95% CI (2,70-18.66); p = 0,0001] profundo [OR =
rurgias realizadas (56% sem cirurgias prévias, 30% com
4,92; 95% CI (1,59-15,19); p = 0,005] ou qualquer [OR
uma cirurgia previa, restante mais de uma cirurgia pre-
= 6,75; 95% CI (2,57-17,73); p = 0,0001] margem com-
via), pós-operatório em UTI, 45% passando mais de 3
prometida (n = 56; 20%). Lesões recorrentes tendem
dias, complicações pós-operatórias (Clavien-Dindo 3,4,5
a recidivar novamente [OR = 2,58; 95% CI (0.87 - 7,67);
totalizando 29%). No desfecho final obtivemos 3% de
NS]. Lesões maiores e margens comprometidas foram
óbito em 30 dias e alta em 30 dias de 71%. Conclusão:
independentes fatores de risco significativamente asso-
apesar da taxa de complicações elevada, a mortalidade
ciado a recorrência tanto na análise bivariada quanto
foi baixa, considerando a população estudada, e a boa
na multivariada. Não foram observadas diferenças em
taxa de 71% de alta em 30 dias refletem bons resulta-
relação a áreas de alto e baixo-risco, tempo de recidiva
dos nas indicações de cirurgia abdominais paliativas de
ou especialidade do cirurgião. Conclusão: O controle
urgência.
de margem cirúrgica é ainda crucial para recidiva, ape-
sar de áreas de alto ou baixo-risco e da especialidade Contato: SAMUEL AGUIAR JR - samuel.aguiar.jr@gmail.
do cirurgião para CBCs da face. com
DISFUNÇÕES MÚSCULOESQUELÉTICAS E
que a resseção completa da lesão (R0) é apenas um dos TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
fatores prognósticos na sobrevida a longo prazo, sendo CÓDIGO: 61900
o acometimento linfonodal outro dado relevante, prin-
cipalmente nos pacientes submetidos com resseção ESTUDO COMPARATIVO DOS
completa. Conclusão: Em conclusão, a DPCL parece RESULTADOS DO TRATAMENTO
ser procedimento seguro em pacientes selecionados. CIRÚRGICO RADICAL DO CARCINOMA
Faltam estudos comparando resultados oncológicos a GÁSTRICO EM PACIENTES COM IDADE
curto e longo prazo. IGUAL OU INFERIOR A 65 ANOS ( 65
Contato: BARBARA BRAGA MASCARENHAS - ANOS)
bratzmascarenhas@gmail.com Autores: Fernando Augusto de Vasconcellos Santos;
Paulo de Tarso Vaz de Oliveira; Thiago Fabrício Pereira
de Almeida; Paula Segato Vaz de Oliveira; Alberto Julius
Alves Wainstein ;
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO Instituição: INSTITUTO DE PREVIDENCIA DOS
CÓDIGO: 61978 SERVIDORES MILITARES DE MINAS GERAIS
Introdução: O carcinoma gástrico (CG) é afecção fre-
ESOFAGECTOMIA DE RESGATE quente em todo o mundo, tendo uma incidência aproxi-
– EXPERIÊNCIA EM SERVIÇO mada de um milhão de novos casos por ano de acordo
ONCOLÓGICO DE REFERÊNCIA com a última estimativa mundial publicada pela GLO-
Autores: Daniel Fernandes; Flavio Duarte Sabino; BOCAN. Vários fatores de risco são descritos, sendo a
Carlos Eduardo Pinto; Victor Hugo Ribeiro Vieira; população mais afetada os homens, idosos e de baixa
Eduardo Rodrigues Zarco da Câmara; Alberto Teles classe social. O procedimento cirúrgico gastrectomia
Lopes; Rafael Albagli; radical é a única modalidade terapêutica capaz de curar
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER - INCA o CG e sua aplicação deve ser discutida independente
Introdução: A ressecção cirúrgica é considerada o pa- da idade. Assim, devido a alta incidência observada do
drão-ouro no tratamento do câncer esofágico com taxa CG em nosso meio, pelo envelhecimento populacional
global de cura de 15–40%. A quimiorradioterapia radi- e a morbimortalidade do tratamento cirúrgico em ido-
cal exclusiva é utilizada em pacientes com carcinoma sos, propôs-se a realização desse estudo com a finali-
esofágico localmente avançado ou sem condições cli- dade de comparar as taxas de morbidade e mortalida-
nicas para esofagectomia, com sobrevida em 5 anos de de operatória hospitalar e da radicalidade oncológica
até 30%. Entretanto o controle locorregional é pobre, dos procedimentos cirúrgicos realizados em pacientes
com taxa de recorrência de 40–60%, podendo haver com menos de 65 anos idade (grupo A) comparativa-
benefício no resgate cirúrgico destes pacientes. Este es- mente com os pacientes com mais de 65 anos de idade
tudo tem por objetivo reportar a experiência do nosso (grupo B). A pesquisa incluiu 76 pacientes submetidos
serviço com os pacientes submetidos à esofagectomia a ressecção gástrica com confirmação histológica de
de resgate. Foram analisados retrospectivamente 27 CG, sendo 30 pacientes no grupo A e 46 pacientes no
pacientes com câncer de esôfago, submetidos à eso- grupo B. A prevalência maior foi de homens e idosos.
fagectomia de resgate após quimiorradioterapia radi- Com o aumento da idade observou-se um aumento
cal exclusiva na Seção de Cirurgia Abdômino-Pélvica na escala da classificação da American Society of Ana-
entre janeiro de 1990 e dezembro de 2015. A técnica esthesiologists, tumores de maiores dimensões e au-
transtorácica foi realizada em 17 pacientes (80,9%). O mento na prevalência do tipo histológico intestinal de
número médio de linfonodos ressecados foi 11,2 (0-38 Lauren. Foram realizadas 46 gastrectomias totais e 30
linfonodos), sendo positivos para neoplasia em 7 pa- gastrectomias subtotais, com uma tendência maior a se
cientes (25%). A maioria dos pacientes (95,0%) apresen- realizar gastrectomia subtotal em pacientes idosos. No
tou cirurgia R0. A média de tempo operatório foi 371 pós-operatório, 22 pacientes (28%) apresentaram al-
minutos (240-670 minutos). A mediana de tempo de guma intercorrência. A intercorrência respiratória foi a
internação foi 15,5 dias (8–42 dias). A morbidade cirúr- principal complicação clínica pós-operatória acontecen-
gica foi 66,6%. A mortalidade operatória foi de 5,0% (1 do apenas em pacientes do grupo B sendo que, em sua
caso). A esofagectomia de resgate é tecnicamente factí- maioria, apresentou escore da ASA III ou mais. Oito pa-
vel, sendo a melhor opção de tratamento para o câncer cientes (10,5%) evoluíram para óbito não apresentando
esofágico com recidiva locorregional, ressecável, após diferença significativa entre os grupos etários compa-
radioquimioterapia radical exclusiva, com aceitáveis ta- rados. Dentre os pacientes que evoluíram a óbito, eles
xas de morbimortalidade. apresentavam ao menos um fator de risco significativo
associado à mortalidade após abordagem cirúrgica no
Contato: DANIEL DE SOUZA FERNANDES - câncer gástrico. Concluiu-se que a condição clínica pré-
danielsfernandes@gmail.com via do paciente foi o principal parâmetro que contribuiu
com as taxas de morbidade e mortalidade e que, a con-
tra-indicação ou a radicalidade da cirurgia nos pacien- relação a 10 meses IC (7,46 - 12,69) nos pacientes com
tes com CA não deve ser baseada apenas na idade. LaP negativo (p = 0,089). Na linha de base, o preditor
independente de melhor SLP foi a quimioterapia com
Contato: THIAGO FABRICIO PERIEIRA DE ALMEIDA -
esquema FOLFOX (p = 0,006). O estudo demonstrou o
almeidatfp@gmail.com
uso do esquema FOLFOX como fator preditor de me-
lhor prognóstico e uma tendência a piora de sobrevida
livre de progressão nos pacientes com citopatológico
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO positivo, mesmo quando submetidos a negativação do
CÓDIGO: 59678 lavado peritoneal por quimioterapia neoadjuvante e
tratamento cirúrgico curativo.
EXPERIÊNCIA DO CENTRO DE Contato: ÍCARO DE AZEVEDO ALEXANDRE -
ONCOLOGIA DO HOSPITAL DA icaroazevedo10@hotmail.com
CIDADE DE PASSO FUNDO - RS COM
LAPAROSCOPIA E LAVADO PERITONEAL
NO ESTADIAMENTO DO CÂNCER
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
GÁSTRICO
CÓDIGO: 61655
Autores: Ícaro de Azevedo Alexandre; Letícia Signori
Kohl; Julia Pastorello; Jorge Roberto Marcante Carlotto;
Carolina Barreto Mozzini; Nicole Taiana Henn; Isabella
EXPERIÊNCIA INSTITUCIONAL DE
Kern Arendt; Leonardo Werner Rasche; CIRURGIA ROBÓTICA NO CÂNCER DE
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CÓLON
Autores: Camilla Bandeira Soares; Marcus Vinicius Motta
Introdução: O câncer gástrico (CG) é a quinta causa em Valadão da Silva; Eduardo Linhares Riello de Mello;
incidência e terceira de morte por câncer no mundo. O José Paulo de Jesus; Rafael Oliveira Albagli; Raquel de
estadiamento preciso e realizado com equipe multidis- Maria Maués Sacramento; Eduardo Rodrigues Zarco da
ciplinar é fundamental na seleção da estratégia adequa- Câmara; Ronald Enrique Delgado Bocanegra;
da de tratamento. A presença de citologia (CP) positiva Instituição: INSTITUTO NACIONAL DO CANCER
no lavado peritoneal (LaP) é um fator de pior prognósti-
co e preditor independente de alto risco de recorrência. Introdução: Desde a introdução de técnicas robotiza-
Estudo retrospectivo de janeiro de 2014 a abril de 2017, das, a prática cirúrgica foi modificada e a cirurgia color-
incluindo pacientes com diagnóstico de CG não metas- retal robótica está em ascensão. Embora o uso de robô
táticos e estadiados com laparoscopia (LP). A rotina do em cirurgia colorretal tenha sido mais estudado para o
serviço determina que sempre que o paciente com CP câncer de reto, alguns autores sugerem que a cirurgia
positivo, apresenta resposta por imagem e negativa o robótica proporciona vantagens ao realizar alguns tem-
exame CP após a quimioterapia, seja levado a trata- pos cirúrgicos na ressecção dos demais segmentos colô-
mento cirúrgico curativo padrão. Objetivo: O objetivo nicos. Com uma plataforma de câmera estável e instru-
foi de relatar a experiência do centro com o LP no esta- mentos articulados não sujeitos a tremores humanos,
diamento do CG, fatores relacionados a pior prognós- a liberação do ângulo esplênico, bem como a dissecção
tico, sobrevida livre da doença (SLD) nos subgrupos de do pedículo vascular, a linfadenectomia e anastomoses
pacientes com LaP positivo e negativo, além de análise manuais intracorpóreas assistidas por robôs podem ser
de sobrevida global (SG) com dados ainda imaturos. facilmente realizadas pelo cirurgião, com resultados clí-
Essa análise representa os dados preliminares do estu- nicos intraoperatórios, perioperatórios e funcionais fa-
do, o recrutamento e seguimento se mantém em aber- voráveis. Objetivo: Relatar a experiência inicial de uma
to com padronização dos métodos de estadiamento e instituição pública de referência no tratamento de cân-
tratamento do câncer gástrico realizado na instituição. cer no Rio de Janeiro, na abordagem cirúrgica robótica
Um total de 25 pacientes, na sua maioria homens 18 de pacientes com câncer de cólon. Materiais e método:
(72%) com média de idade de 60 anos, com ECOG entre Foi realizado um estudo do tipo coorte retrospectiva,
0 e 2, apresentado como principal sintoma dor epigás- com base na análise do banco de dados prospectivo
trica e perda de peso 9 (36%), doença na maioria em dos pacientes submetidos à cirurgia para tratamento
corpo do estômago 12 (48%), predomínio de histologia de câncer de cólon por via robótica, entre o período
adenocarcinoma pouco coesivo com células em anel de de julho de 2012 a abril de 2017. Resultados: Foram
sinete 16 (64%), estadiamento clínico inicial IIb 8 (32%) operados 49 pacientes, 20 do sexo masculino e 29 do
e quimioterapia neoadjuvante mais utilizada FOLFOX sexo feminino. A idade média dos pacientes foi de 62
21 (84%). No estadiamento 8 (32%) tinham LaP positi- anos, com idade mínima de 18 anos e máxima de 84.
vo, o tempo médio de SLD para todos os pacientes foi Apenas dois pacientes encontravam-se com mais de 80
de 6,76 meses. O tempo médio de SLD nos pacientes anos. Em relação às cirurgias realizadas, 41 pacientes
com LaP positivo foi de 6,8 meses IC (4,27 - 9,43) em foram submetidos à sigmoidectomia com anastomose
primária, 01 sigmoidectomia a Hartmann, 01 hemico-
lectomia esquerda a Hartmann, 01 transversectomia, expressão de TS foi positiva em 92,3% dos CG. TS-al-
04 hemicolectomias direitas e 01 colectomia total com to, TS-baixo e TS-negativo foram observados em 71,3%,
bolsa ileal. O tempo médio de internação hospitalar foi 46% e 22,7% dos pacientes, respectivamente. As ca-
de 8 dias – a mediana foi de 6 dias e a moda de 5 dias. racterísticas clínicopatológicas associadas ao TS-alto
A taxa de complicações foi de 24% (12 pacientes), sen- foram: idade mais avançada (p=0.007), tumores pouco
do a principal o íleo adinâmico, seguida de deiscência diferenciados (p=0,001), tipo histológico difuso/misto
de anastomose e infecção de ferida operatória. Apenas de Lauren (p<0,001) e ausência de invasão perineural.
um paciente teve a cirurgia convertida para via laparos- Entre os 285 pacientes, 46,7% CG estadio II/III recebe-
cópica. Sete necessitaram de reoperação e 1 evoluiu a ram QT com 5-FU. Com relação à sobrevida, o TS-alto
óbito. Conclusão: Embora os resultados a curto prazo e foi associado a pior sobrevida livre de doença (SLD) no
a adequação oncológica da ressecção robótica do cólon CG estádio III (p=0,009). Não foram observadas diferen-
tenham sido observados como aceitáveis, os resultados ças significativas na SLD para o grupo estádio II, nem
a longo prazo permanecem desconhecidos. Sendo as- para sobrevida global em ambos os grupos estádio II e
sim, é necessário um ensaio clínico multicêntrico e ran- III. Na análise de sobrevida dos tumores estádio III ajus-
domizado para validar essa abordagem. tada para sexo, grau de diferenciação, tipo histológico
e invasão perineural, o TS-alto foi associado a menor
Contato: CAMILLA BANDEIRA SOARES - camillabs7@
SLD em homens (p=0,009), tumores pouco diferencia-
hotmail.com
dos (p=0,014), tipo difuso/misto de Lauren (p=0,005) e a
presença de invasão perineural (p=0,010). Conclusão:
O aumento da expressão de TS foi associado à pior SLD
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO em pacientes com CG estádio III tratados com QT ad-
CÓDIGO: 59412 juvante com 5-FU. Homens, tumores pouco diferencia-
dos, tipo difuso/misto e com invasão perineural consti-
EXPRESSÃO DE TIMIDILATO SINTETASE tuíram características associadas a menor SLD em CG
com TS-alto.
E PROGNÓSTICO EM PACIENTES COM
CÂNCER GÁSTRICO SUBMETIDOS À Contato: MARCUS FERNANDO KODAMA PERTILLE
GASTRECTOMIA COM QUIMIOTERAPIA RAMOS - marcuskodama@hotmail.com
ADJUVANTE COM 5-FLUOROURACIL
Autores: Marcus Fernando Kodama Pertille Ramos;
Marina Alessandra Pereira; Sheila Friedrich Faraj; Andre
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
Roncon Dias; Osmar Kenji Yagi; Bruno Zilbestein; Ivan
Cecconello; Evandro Sobroza de Mello; CÓDIGO: 61921
à abordagem aberta convencional. Método: Estudo gia. Método: Relato das vivências obtidas nos grupos
comparativo, retrospectivo, anatomopatológico, envol- de: Orientações, Apoio e Reconstruir. Foram desen-
vendo pacientes acometidos por carcinoma gástrico volvidos três encontros de cada grupo, tendo duração
submetidos à gastrectomia radical por laparoscopia média de 1 hora e 30 minutos. Utilizaram-se metodo-
ou por laparotomia no período de 2011 a 2016. Foram logias com os objetivos de esclarecer dúvidas, reforçar
analisados: sexo, idade, classificação do estado físico orientações sobre o tratamento proposto, trabalhar
pré-operatório (ASA) dos pacientes, localização, tama- questões relacionadas aos sentimentos despertados a
nho, profundidade e classificação histológica do tumor partir do diagnóstico do câncer, contribuir para a ela-
(Laurén), extensão da gastrectomia (total ou parcial), boração do processo de adoecimento, priorizando o
margens cirúrgicas, número de linfonodos ressecados enfoque interdisciplinar. Resultados: A partir dessas
e estadiamento oncológico. Resultados: Foram realiza- vivências, foi possível identificar as potencialidades que
das 20 gastrectomias laparoscópicas e 67 gastrectomias o trabalho realizado em grupos proporciona aos parti-
abertas com linfadenectomia padrão para tratamento cipantes. Em relação aos pacientes e familiares, possi-
do carcinoma de estômago. Os grupos apresentaram bilita a compreensão do processo de saúde-doença e
perfis semelhantes quanto à caracterização por sexo, nas diferentes significações do adoecimento. Para os
idade, classificação ASA, localização do tumor, extensão profissionais, oportuniza-se a experiência da discussão
da gastrectomia e classificação histológica de Laurén. de suas práticas a partir dos temas trabalhados nos en-
Entre os pacientes submetidos ao procedimento lapa- contros, permitindo trocas interdisciplinares. Conclu-
roscópico, foram evidenciados menor tamanho médio são: As experiências de vida, o contexto sociocultural e
do tumor ressecado, menor extensão da invasão trans- a personalidade de cada sujeito interfere diretamente
mural gástrica e estadiamentos oncológicos menos no processo saúde-doença. Frente a isso, faz-se neces-
avançados. O número médio de linfonodos ressecados sário alternativas que visem ações complementares
por paciente e o percentual de pacientes com margens ao tratamento convencional, fortalecendo espaços de
cirúrgicas comprometidas foram semelhantes entre os acolhimento, escuta, discussão e disseminação de co-
grupos. Conclusão: Apesar das limitações do tamanho nhecimento. Nesta perspectiva, a terapêutica grupal
amostral deste estudo, observa-se que a gastrectomia proporciona a vinculação da equipe de saúde e pacien-
laparoscópica proporciona adequada segurança onco- te/familiar, tornando-se um dispositivo que auxilia no
lógica quanto ao número de linfonodos ressecados e às cuidado integral e na adesão ao tratamento proposto.
margens cirúrgicas obtidas.
Contato: ANDREIA IVETE FEIL - brdeia@universo.
Contato: RODRIGO GONCALVES CATA PRETA - univates.br
catapretabh@yahoo.com.br
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
TEMÁRIO: NUMACO / ENFERMAGEM CÓDIGO: 60879
CÓDIGO: 59698
IMPACTO DA PESQUISA DO
GRUPOS DE APOIO EM ONCOLOGIA: LINFONODO SENTINELA NO CÂNCER
DISPOSITIVOS QUE AUXILIAM PARA UM DO ENDOMETRIO DE ALTO RISCO
CUIDADO INTEGRAL Autores: Glauco Baiocchi; Henrique Mantoan; Lillian
Autores: Andreia Ivete Feil; Marina Manfroi; Laís Regina Yuri Kumagai; Levon Badiglian-Filho; Louise De Brot;
de Carvalho Schwarz; Kelly Mara Black; Janaína Chiogna Alexandre Andre Balieiro Anastacio; Carlos Chaves
Padilha; Paula Michele Lohmann; Cristiane Pivatto; Faloppa;
Instituição: HOSPITAL BRUNO BORN; UNIVERSIDADE DO Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
VALE DO TAQUARI
Objetivo: Determinar o impacto da pesquisa do lin-
Introdução: As intervenções em grupo no contexto da fonodo sentinela (PLS) no estadiamento do câncer do
oncologia auxiliam o paciente e sua família a compre- endométrio de alto risco (endometrióide grau 3, sero-
enderem a doença e seus tratamentos, contribuem na so, células claras, carcinossarcoma, invasão miometrial
construção de estratégias de enfrentamento e possi- profunda ou presença de invasão angiolinfática). Méto-
bilitam a expressão e a elaboração desta experiência, do: Foram analisados 602 pacientes com câncer de en-
oportunizando momentos de troca de saberes e de dométrio no período de Junho de 2007 a Fevereiro de
vivências entre pacientes e/ou familiares e equipe de 2017, sendo 243 incluídos no estudo. Foram compara-
saúde. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por das 82 pacientes submetidas a PLS com injeção do mar-
profissionais das áreas de enfermagem e psicologia, cador no colo do útero com 161 pacientes submetidas a
integrantes de um Programa de Residência Multipro- linfadenectomia pélvica ± retroperitoneal (LND) sem re-
fissional em Saúde, através da estratégia de grupos alizar PLS. Pacientes portadoras de metástase anexial,
como dispositivos de cuidado no contexto da oncolo- peritoneal ou suspeita de comprometimento linfonodal
foram excluídas. Resultados: O grupo PLS teve maior metástases extra-hepáticas e ressecções incompletas
número de cirurgias minimamente invasivas (70,7% vs foram excluídos da análise. Transfusão sanguínea foi
3,1%; p<0.001) e maior presença de invasão angiolin- categorizada como intra-operatória ou peri-operatória
fática (42,7% vs. 15,5%; p<0.001). Não houve diferença (que incluiu as intra-operatórias e as pós-operatórias) e
entre os grupos no que se refere a idade, tipo histoló- analisadas separadamente. Pacientes foram classifica-
gico e invasão miometrial profunda. A taxa de detecção dos como baixo risco (0–2) ou alto risco (3–5) de recor-
do linfonodo sentinela (LNS) foi de 86,6% e bilateral em rência de acordo com um escore previamente publicado
61% dos casos. Em 8/21 (38%) casos, o LNS positivo foi (escore de Fong). Resultados: Cento e setenta e cinco
detectado apenas após imuno-histoquímica. A sensibi- pacientes preencheram os critérios de inclusão. Qua-
lidade por paciente do LNS foi 90%, valor preditivo ne- renta pacientes receberam transfusão peri-operatória
gativo 95,7% e valor preditivo de falso negativo 4.3%. O e, dentre eles, 23 foram intra-operatória. A mediana de
grupo PLS teve maior taxa de linfonodos pélvicos com- unidades de concentrado de hemácias transfundida foi
prometidos quando comparado ao grupo LND (25,6% 2 (1–10). Houveram 5 óbitos pós-operatórios que foram
vs. 14,3%, p=0.03). Porém, não houve diferença signifi- excluídos da análise de sobrevida. Com um tempo me-
cativa em relação ao comprometimento de linfonodos diano de seguimento de 40 meses, a sobrevida global
retroperitoneais (13,5% vs. 5,6%, p=0.12). No grupo (SG) mediana da população do estudo não foi alcança-
LND, 5 (3,5%) dos casos apresentaram linfonodos re- da e a sobrevida livre de doença (SLD) foi de 24 meses.
troperitoneais comprometidos com linfonodos pélvicos Não observou-se relação entre transfusão sanguínea
negativos (metástase isolada). No grupo PLS 1 (1,9%) (tanto intra quanto peri-operatória) e sobrevida quan-
apresentou metástase isolada retroperitoneal, porém do analisamos toda a população. Porém, a transfusão
essa paciente não teve SLN detectado. Conclusões: No sanguínea intra-operatória, mas não a peri-operatória,
câncer do endométrio de alto risco, a pesquisa do LNS teve impacto tanto na SLD (5 anos: 0 x 25.5%, p=0.026/
identifica um maior número de metástases em linfono- HR=2.9, p=0.027, IC95% =1.1–7.7) quanto na SG (5 anos:
dos pélvicos e aumenta a taxa de linfonodos compro- 0 x 72.4%, p=0.004/ HR=6.6, p=0.008, IC95%=1.6–26.6)
metidos em 9,8% após a imuno-histoquímica. Não foi nos pacientes classificados como alto risco, tanto pelo
encontrado metástase linfonodal retroperitoneal isola- teste de log-rank quanto no modelo de regressão lo-
da nos casos em que houve detecção do SLN. gística múltipla de Cox. Conclusão: A transfusão san-
guínea intra-operatória pode ter um impacto negativo
Contato: GLAUCO BAIOCCHI NETO - glbaiocchi@
na sobrevida a longo prazo dos pacientes com MHCR
yahoo.com.br
ressecadas que tenham um alto risco de recorrência de
acordo com o escore de Fong.
Contato: MARCIO CARMONA MARQUES -
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS dr.marciocarmona@gmail.com
CÓDIGO: 57446
do retrospectivo com pacientes portadores de adeno- tados: Foram analisadas 62 mulheres onde as com-
carcinoma gástrico submetidos a gastrectomia total plicações tratadas com linfotaping no pós-operatório
ou subtotal com linfadenectomia D1,D2 ou extendida foram edema (91,9%), fibrose (43,5%), seroma (19,4%),
com intenção curativa, na Afecc-Hospital Santa Rita de prótese alta (14,5%), hematoma (12,9%) e aderência
Cássia no período de 2008 a 2015. Foram excluidos os cicatricial (9,1%). O número de atendimentos fisiotera-
pacientes submetidos à cirurgia de urgência e os sub- pêuticos foi em média 5,4 (DP 4,1). Quando compara-
metidos à linfadenectomia D0. Resultados: Popula- das as complicações com o número de atendimentos,
ção total de 336 pacientes.Dos pacientes submetidos observou-se que o seroma (p=0,016) e a aderência cica-
à linfadenectomia D1(21,4%), média de idade foi 72,8 tricial (p=0,017) mostraram diferença estatisticamente
anos, taxa de hemotransfusão intra-operatória de 11%, significativa, ou seja, antes de 10 atendimentos estas
taxa de complicação pós-operatória de 25% e óbito complicações foram melhor resolvidas que as demais,
pós-operatório de 13,8%. Dos pacientes submetidos sendo que nestas pacientes o seroma não necessitou
à linfadenectomia D2(54,8%), média de idade de 63,9 de punção. O uso de linfotaping foi complementar ao
anos, taxa de hemotransfusão intra-operatória 7%, taxa tratamento convencional através de drenagem linfá-
de complicação pós-operatória de 14% e taxa de óbito tica manual e terapia manual para fibrose e cicatriz.
pós-operatório de 3,2%.Daqueles submetidos à linfade- Conclusão: a técnica do linfotaping auxiliou no trata-
nectomia extendida(23,8%), média de idade de 60 anos, mento de complicações pós-operatórias de cirurgias
taxa de complicação pós-operatória de 13% e taxa de oncoplásticas, reduzindo o número de atendimentos
óbito pós-operatório de 6%. Conclusão: A radicalidade fisioterapêuticos, principalmente no tratamento de se-
da linfadenectomia no tratamento do adenocarcinoma roma e aderência cicatricial. Este estudo é o primeiro a
gástrico deve ser estimulada afim de adequar o estadi- demonstrar o uso de linfotaping nas complicações rela-
mento patológico, interferir na melhor modalidade de cionadas às reconstruções mamárias.
tratamento complementar e melhorar o desfecho prog-
Contato: LARISSA LOUISE CAMPANHOLI - larissalcm@
nóstico nos pacientes com câncer gástrico avançado.
yahoo.com.br
Contato: MEIRE CARDOSO DA MOTA BASTOS -
meirebastos_fmc@hotmail.com
lacionando ao desfecho pós operatório. Resultados: A óbitos por tumores ósseos primários apresentaram
população foi de 117 pacientes. Estratificados em 4 gru- contribuição mais importante para a mortalidade por
pos de acordo com risco de complicação: G1(sem risco); câncer (média de 7,35%). Conclusão: É possível concluir
G2(baixo risco); G3(médio risco); G4(alto risco). Após a que houve tendência crescente das taxas de mortalida-
estratificação 47% dos pacientes foram classificados de no período estudado, porém o padrão etário de aco-
como de alto risco e destes 20% apresentaram compli- metimento não sofreu alteração significativa. O câncer
cações no pós operatórios. A taxa de óbito pós opera- ósseo primário foi responsável por uma proporção sig-
tório foi de 2,5% e esses pacientes foram classificados nificativa dos óbitos por câncer em menores de 20 anos
nos grupos de maior risco (G3 e G4). Conclusão: A re- entre 2000 e 2014. Pelo que temos conhecimento este
lação PCR/Albumina faz-se método simples e de baixo é o primeiro estudo de base populacional no Brasil a
custo de inferir indiretamente o risco de complicações contemplar mortalidade por tumores ósseos malignos
pós-operatórias e tem valor prognóstico nos pacientes primários.
oncológicos, independente do estádio clínico.
Contato: CARLA VIEIRA STRAUCH - carlastrauch@
Contato: CARLOS ALEXANDRE MENEGHELLI - gmail.com
carlosalexandremeneghelli@hotmail.com
mente acima do umbigo, incisão a partir da qual dióxido linfedema, tema de maior interesse do grupo sob estu-
de carbono foi insuflado para criar pneumoperitônio (8 do. Método: Consistiu na aplicação de um questioná-
a 12 mmHg), segundo (10 mm) sobre a linha média em rio para as mulheres em reabilitação pós-mastectomia
posição subxifóide e terceiro (5mm) aberto em área do envolvidas no estudo. Participaram da oficina 25 mu-
flanco D. Resultados: Idade média no grupo de estudo lheres com faixa etária entre 35 e 70 anos. A OEP se
foi de 63,2 anos (Faixa de 40 a 88 anos). A maioria dos deu em 5 etapas: 1) Apresentação da OEP; 2) Divisão
tumores foi classificada como tipo Borrmann 3. Gastrec- das mulheres em pequenos grupos para construção
tomia Subtotal responsável por 65,3% das ressecções de cartaz com situações que podem favorecer o início
gástricas; Gastrectomia Total responsável por 34,7%. ou agravamento do linfedema; 3) Teorização do tema
A Linfadenectomia estendida (D2) foi o procedimento com o uso de materiais educativos visando favorecer
mais comum (73,9%). Impacto da VLP na Alteração da a compreensão dos conceitos utilizados; 4) Relato das
Estratégia Terapêutica: dos 7 pacientes (22,6%) em que mulheres quanto às dificuldades que encontram na
a VLP revelou doença peritoneal foi possível prevenir sua realidade quanto à prevenção do linfedema; 5)
a laparotomia em 5 (16,1%). DISCUSSÃO e Conclusão: Avaliação das mulheres sobre a OEP e o conhecimen-
Tumores indiferenciados em 77,4% dos pacientes. Esta- to construído sobre o linfedema. As informações fo-
diamento clínico: 87% dos pacientes T3 ou T4. Sensibili- ram coletadas, organizadas e categorizadas, buscando
dade, especificidade e exatidão do método foram 84%, identificar as respostas mais recorrentes. Resultados:
100% e 94%, respectivamente. Destaca-se a colocação Os resultados mostraram que a OEP foi estratégia de
de trocartes através de 3 punções permitindo acesso grande valia na opinião das mulheres quanto a favo-
aos 4 quadrantes abdominais. recer a aquisição de novos conhecimentos, facilitar a
compreensão sobre o linfedema e a valorizar a atuação
Contato: JOSÉ FRANCISCO FERREIRA LIMA SIMÃO DE
delas na OEP. Os materiais educativos utilizados foram
SOUSA - josedemolay@hotmail.com
incluídos na rotina do setor de fisioterapia visando po-
tencializar a capacidade de aprendizado e retenção das
informações pertinentes ao linfedema. Através da OEP
TEMÁRIO: NUMACO / FISIOTERAPIA pretende-se fortalecer a autonomia dessas mulheres,
CÓDIGO: 59605 a relação e ação com o próprio corpo motivando ações
mais amplas em relação ao seu autocuidado.
OFICINA EDUCATIVA Contato: CLARICE SILVA DE SANTANA -
PROBLEMATIZADORA COMO santanaclaricefisio@gmail.com
ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM
SAÚDE NA REABILITAÇÃO APÓS A
MASTECTOMIA
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
Autores: Clarice Silva de Santana; Claudia Teresa Vieira
CÓDIGO: 60084
de Souza;
Instituição: PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE
PANCREATECTOMIAS: ANÁLISE DOS
BIOCIÊNCIAS E SAÚDE/IOC/FIOCRUZ
CASOS OPERADOS ENTRE 2010 E 2015
Introdução: A mastectomia é uma cirurgia agressi- Autores: Phillipe Geraldo Teixeira de Abreu Reis; Flavio
va e mutiladora e traz consequências traumatizantes Daniel Saavedra Tomasich; Gerardo Valladares; Carlos
na qualidade de vida da mulher. A reabilitação após a Arai; Gabriella Eduarda Jacomel; Luiz Antonio Negrão;
mastectomia pode se tornar dificultosa quando a mu- Fernando Mauro; Carla Simone da Silva;
lher não compreende seu processo de doença e as se- Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
quelas/limitações advindas desta cirurgia. Orientações
podem facilitar à adaptação da mulher a sua nova con- Objetivo: Apresentar dados referentes aos pacientes
dição e a torna participante na sua recuperação cirúrgi- submetidos a cirurgia pancreática entre 2010 e 2015.
ca. A educação em saúde é uma prática que favorece o Estudar características epidemiológicas tentando defi-
processo de promoção da saúde e a articulação de cui- nir fatores de risco para a doença e resultado do trata-
dado e pedagogia problematizadora, traz um diálogo mento. Método: Os dados foram coletados do prontu-
horizontalizado entre profissionais de saúde e usuárias, ário médico junto ao Serviço de Arquivo Médico. A ficha
contribuindo para o desenvolvimento de um cuidado utilizada é baseada no padrão do Instituto Nacional do
empoderador. Visando a quebra da tradicional relação Câncer. As frequências absolutas e relativas foram ge-
vertical que existe nas ações de educação em saúde, radas a partir do sistema SISRHC e tabuladas através
descreveremos a operacionalização das Oficinas Edu- do Sistema EpiInfo, versão 7.1. A taxa de sobrevida foi
cativas Problematizadoras (OEP), técnica apresentada calculada pelo método de Kaplan-Meier. Resultados:
neste trabalho. Objetivo: Facilitar a compreensão de Foram realizadas 98 cirurgias pancreáticas, sendo 43
mulheres que vivenciaram o câncer de mama sobre o cirurgias de Whipple, 10 pancreatectomias corpo-cau-
dais, e 43 derivações bilio-digestivas. 50% dos pacien-
tes foram do sexo masculino. 55% dos pacientes apre- prontuários. Em relação as lesões desenvolvidas, LP re-
sentaram histórico de tabagismo e 25,6% de etilismo. presentou 25,9% (44), LF 21,2% (36) e DAÍ 22,4% (38).
Somente 1 paciente apresentava história familiar de Quanto ao estado civil, 57,1% eram casados, 26,8% sol-
neoplasia peri-ampular. Apenas 22,8% dos pacientes teiros, 10% viúvo e 6% divorciados. O acesso ao trata-
haviam registro de ecografia pré-operatória, entretanto mento se dava por meio de convênio (77,1%), sistema
todos realizaram TC ou RNM. 93,8% dos pacientes não único de saúde (22,4%) e particular: (0,6%). Conclusão:
realizaram CPRE antes da cirurgia. 8,6% dos pacientes O perfil do paciente oncológico que desenvolve as le-
realizaram laparoscopia estadiadora pré-operatória. sões avaliadas possui predominância no sexo masculi-
13,2% dos pacientes já apresentavam metástases pré- no, idade acima de 60 anos, haviam realizado tratamen-
-operatória. 56% dos pacientes apresentavam tumores to oncológico cirúrgico, radioterápico e principalmente
de cabeça do pâncreas, 10,9% peri-ampulares e 9,8% de quimioterápico, como comorbidade mais encontrada
corpo e cauda. O tipo histológico mais frequente foi o está o Diabetes Mellitus, hipertensão arterial sistêmica,
adenocarcinoma (54,5%). Somente 2 pacientes recebe- doenças pulmonar obstrutiva crônica e o tabagismo, os
ram quimioterapia pré-operatória e 24,2% foram para casos de obesidades representam a minoria na amos-
adjuvância. Somente 4,2% dos pacientes tiveram com- tra, assim também como etilismo. O tipo de acesso ao
plicações intra-operatórias. Em 26,1% dos pacientes fo- sistema de saúde não impactou na risco de desenvolvi-
ram realizadas ressecções multiorgânicas, e 11% neces- mento de lesão e o tipo de câncer mais prevalente foi
sitaram de drogas vasoativas no pós-operatório. 30% colorretal, hematológico, cabeça e pescoço e câncer de
dos pacientes receberam hemotransfusão. De todas as próstata. Após o desenvolvimento das lesões cerca de
cirurgias, 37% tiveram complicação pós-operatória grau 78% dos pacientes caracterizados no estudo foram a
2 ou 3 de Clavien-Dindo e 48% necessitaram reopera- óbito no período inferior a 2 anos.
ção. 20% dos pacientes atingiram remissão em 6 me-
Contato: DOUGLAS PEREIRA DA SILVA - douglas.
ses, 19,5% apresentaram progressão da doença. 74,6%
pereira@accamargo.org.br
dos pacientes foram a óbito em menos de 5 anos. Con-
clusão: Pancreatectomias apresentam dificuldade téc-
nica e anatômica considerável, além de serem indica-
das para neoplasia de alta agressividade. Os desfechos TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
cirúrgicos apresentam altos índices de complicações. CÓDIGO: 61680
Contato: ANA LUÍSA BETTEGA - Bettega.ana@gmail.
com PESQUISA DE LINFONODO SENTINELA
PARA CÂNCER DE COLO E ENDOMÉTRIO
INICIAL: AVALIAÇÃO DA COMBINAÇÃO
DE LINFOCINTILOGRAFIA PRÉ
TEMÁRIO: NUMACO / ENFERMAGEM
OPERATÓRIA E DETECÇÃO CIRÚRGICA
CÓDIGO: 61843
COM CORANTE
PERFIL DO PACIENTE ONCOLÓGICO Autores: Carla Simone da Silva; Mariana Maranho Chyla;
Renan Santos Alves; Reitan Ribeiro; José Clemente
QUE DESENVOLVEU LESÃO DE PELE Linhares; Audrey Tieko Tsunoda;
DURANTE A INTERNAÇÃO Instituição: HOSPITAL ERASTO GAERTNER
Autores: Douglas Pereira da Silva; Maria das Graças da
Silva Matsubara; Introdução: A pesquisa de linfonodo sentinela (LNS)
tem o potencial de evitar linfadenectomia desnecessá-
Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
ria em até 90% dos casos de câncer inicial de colo ute-
Introdução: As lesões de pele passaram a integrar os rino e endométrio. A detecção deve ser bilateral para
processos de acreditação das instituições de saúde na- que o método seja confiável. Há uma curva de apren-
cionais e internacionais, dessa forma sua discussão tem dizado, que pode ser o limitante para a implementação
se tornado crescente dentro das organizações hospita- da pesquisa do LNS neste contexto. Objetivo: Avaliar
lares. Dentre as lesões de pele passiveis de prevenção a implementação de dois métodos combinados para
estão: Lesão por Pressão (LP), Dermatite Associado à pesquisa de LNS no câncer precoce de endométrio e
Incontinência (DAI) e Lesão por Fricção (LF). Objetivo: cérvice uterino. Método: Estudo prospectivo, fase II,
Caracterizar o perfil do paciente oncológico que desen- para avaliar detecção de metástase linfonodal combi-
volve lesão (LP, LF e DAI) durante a internação. Mate- nando a injeção cervical de corante azul patente e de
rial e Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, radioisótopo Tecnécio-99. Resultado: No período de 7
observacional, descritivo, transversal com abordagem meses, 15 pacientes com média de 48 anos, foram in-
quantitativa, realizado em um hospital oncológico. A cluídas no estudo. Dez pacientes foram elegíveis mas
realização desta pesquisa aprovado pelo Comitê de não participaram por não aceitarem entrar na pesquisa
Ética em Pesquisa da Fundação Antônio Prudente sob ou por não fazerem o exame (não compareceram à clí-
o número: 2355/17. Resultados: Foram avaliados 170
nica de diagnóstico por imagem). Câncer de colo de úte- objetivos deste estudo são: observar a prevalência de
ro abrangeu 60%, e de endométrio 40% dos casos. Em CCR em um hospital universitário, analisar dados dos
relação a detecção de radiofármaco na linfocintilografia pacientes acometidos e realizar uma breve revisão da li-
em região pélvica, 8 pacientes concentraram à esquer- teratura acerca de CCR. Método: Trata-se de um estudo
da (E) e 8 à direita (D), sendo que em 3 pacientes, foram retrospectivo, observacional e descritivo, de pacientes
detectados em ambos os lados. A região ilíaca foi a mais submetidos à nefrectomias no período de 1º de Janeiro
prevalente. Uma paciente não concentrou o radiofár- de 2011 a 31 Dezembro de 2016. Inicialmente, realizou-
maco. Todas as pacientes apresentaram linfonodos co- -se um levantamento de dados do Serviço de Anatomia
rados em pelve. Em 13 pacientes foi observado LNS à D Patológica para a seleção de todos os pacientes sub-
e em 12, à E. O local mais comum de LNS corado foi a metidos à nefrectomia radical e parcial, analisando-se:
região obturatória bilateralmente. Houve concordância idade, sexo, lateralidade, classificação histopatológica
de detecção por ambos os métodos em 53% no lado e classificação Furhmann. Resultados: Foram realiza-
D da pelve e em 60% do lado E. Dos linfonodos envia- das 209 nefrectomias ao total, sendo 63 diagnosticadas
dos a congelação, 4 % apresentaram micrometastase como CCR, ou seja, prevalência de 30,14% de CCR sub-
(1/25) . Em três casos, a linfocintilografia apresentou metidos à nefrectomia. Entre eles: 39 são do tipo CC, 16
concentração de radiofármaco em locais não detecta- do tipo papilífero, 3 cromófobos, 2 de ductos coletores
dos por azul patente. Além disso, em cadeia ilíaca ex- e 3 não-classificados. Em relação ao sexo, a prevalência
terna E, duas pacientes se beneficiaram da detecção foi de 24 mulheres, e 39 homens. Em relação à laterali-
de LNS pelo gamma probe convencional. Conclusão: dade, 37 estão à direita e 25 à esquerda, sendo um lau-
A combinação de linfocintilografia a pesquisa LNS com do em que a lateralidade foi ignorada. A média de idade
corante aumenta em 30 % a detecção bilateral de LNS encontrada foi: 59,20 anos. Sendo que em homens, a
para câncer de colo e corpo uterino inicial, na etapa de média de idade é 60,41 anos e em mulheres é 57,25
implementação desta série prospectiva anos. Em relação à classificação Furhman, 7 pacientes
foram alocados no estágio 1,31 no estágio 2,13 no es-
Contato: CARLA SIMONE DA SILVA - carlasimonesilva@
tágio 3 e 1 no estágio 4, sendo que 11 não foram classi-
yahoo.com.br
ficados segundo este estadiamento. Conclusão: Neste
estudo evidenciou-se que, a maior prevalência de CCR
ocorre no sexo masculino, com idade média de 59,20
TEMÁRIO: URO – 0NCOLOGIA anos, compatível com a literatura utilizada.
CÓDIGO: 61774 Contato: ALINE COLTRO - coltroaline@gmail.com
PREVALÊNCIA DE CARCINOMA DE
CÉLULAS RENAIS EM PACIENTES
SUBMETIDOS A NEFRECTOMIAS NO TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO CÓDIGO: 61805
obtendo as seguintes variáveis: sexo, idade, classifica- Introdução:– O papel da quimioterapia intraperitoneal
ção endoscópica, diagnostico histopatológico, invasão hipertérmica (HIPEC) no tratamento do câncer gástrico
neural e angiolinfática, topografia do tumor, realização se baseia em estudos orientais que recomendam sua
de biópsia endoscópica e gastrectomia. A classificação realização em pacientes com fatores prognósticos fa-
endoscópica utilizada foi a de Borrmann, e as classifi- voráveis, mas séries ocidentais instituicionais são raras.
cações histopatológicas foram: Lauren, OMS 2010 e Objetivo: O objetivo deste estudo é descrever os desfe-
Viena. Resultados: A média de idade encontrada foi de chos de curto e longo prazo de pacientes tratados com
68 anos, com predomínio masculino (53,33%). Quanto a cirurgia com intuito curativo e HIPEC em um único cen-
localização, a maior prevalência foi o antro com 7 casos tro oncológico. MÉTODOS – Este é um estudo retros-
(36,84%), seguido pelo piloro e corpo com 4 casos cada pectivo com pacientes com adenocarcinoma gástrico
um (21,05% cada) e fundo e cárdia com 2 casos cada que tiveram HIPEC como parte de seu tratamento entre
um (10,52% cada). Todos os pacientes foram submeti- julho de 2007 e outubro de 2016. No total de 43 pacien-
dos a endoscopia digestiva alta e 10 (66,67%) realiza- tes, 27 apresentavam tumores estadiados como cT3-T4
ram gastrectomia. Segundo a classificação endoscópica N+ e receberam quimioterapia pré-operatória seguida
de Borrmann, 7 (46,70%) são do tipo III, 4 (26,70%) são de ressecção e HIPEC profilática. Os outros 15 tinham
do tipo IV, 1 (6,70%) é do tipo II e 3 (20%) não possuem diagnóstico prévio de doença peritoneal exclusiva e fo-
classificação. Em 3 pacientes (20%) foram encontrados ram tratados com cirurgia citorredutora, se PCI até 12,
invasão da junção gastresofágica. Em relação a inva- e HIPEC. Resultados: Pacientes do sexo masculino fo-
são angiolinfática, 4 casos (26,67%) foram positivos, 8 ram ligeira maioria, a mediana de idade foi de 52 anos
(53,33%) negativos e 3 (20%) não foram classificados, (30-71 anos) e 88% dos indivíduos foram classificados
enquanto a invasão neural, 6 (40%) foram positivos, 6 como ASA 1 ou 2. A ressecção incluiu uma gastrectomia
(40%) negativos e 3 (20%) não foram classificados. O total em 76% dos casos e todos receberam linfadenec-
diagnóstico histológico mais prevalente foi o Adenocar- tomia D2. Uma ressecção ampliada foi necessária em
cinoma Gástrico tipo Intestinal de Lauren com 6 casos 11 casos. Transfusão sanguínea foi realizada em 26%
(40%), seguido do tipo Difuso de Lauren com 3 (20%), dos indivíduos. Tempo cirúrgico mediano foi de 600 mi-
Carcinoma Neuroendócrino com 2 (13,33%) e os restan- nutos e o de internação de 12 dias. Complicações foram
tes, Adenocarcinoma tipo Misto de Lauren, Adenocar- observadas em 43% dos pacientes, sendo abscesso in-
cinoma Tubular, Adenocarcinoma tipo Anel de Sinete tracavitário (6 casos) e infecção de ferida operatória (4)
e Adenocarcinoma Intramucoso tipo 5 de Viena, todos as mais comuns. No entanto, complicações maiores
com 1 caso cada. Conclusão: A prevalência de sexo (Clavien III ou IV) foram menos frequentes (19%). Não
masculino e idade média estão de acordo com análise houve mortalidade pós-operatória em 60 dias. Não se
do INCA 2016. A localização, classificação endoscópica observou diferença na morbidade entre pacientes tra-
e histológica do tumor predominante em nosso estudo tados com HIPEC profilática e aqueles submetidos a
estão de acordo com a literatura. citorredução. O único fator que influiu na ocorrência
de complicações foi o estádio patológico T3-T4. Com
Contato: ALISON MANGOLIN - alison11235@gmail.
tempo de seguimento mediano de 27 meses, pacientes
com
não metastáticos tratados com HIPEC profilática apre-
sentam sobrevida em 3 anos de 68% e mediana ainda
não atingida. Já os metastáticos tratados com citorre-
TEMÁRIO: CIRURGIA CITORREDUTORA / HIPEC dução mantém sobrevida mediana de 28 meses e em
CÓDIGO: 61973 2 anos de 47%. O estádio patológico ypN2 e N3 esteve
associado a uma piora significativa de sobrevida global
QUIMIOTERAPIA INTRAPERITONEAL (HR de 5,9; P=0,021). Conclusão: – O tratamento com
ressecção com intuito curativo e HIPEC em pacientes
HIPERTÉRMICA (HIPEC) NO
com doença localmente avançada ou metastática está
TRATAMENTO CURATIVO DO CÂNCER associado a uma morbidade bastante aceitável e a re-
GÁSTRICO LOCALMENTE AVANÇADO sultados de sobrevida significativos para pacientes com
OU METASTÁTICO – RESULTADOS DE prognóstico outrora limitado.
UM CENTRO ONCOLÓGICO OCIDENTAL
Contato: DIEGO GREATTI VAZ DA SILVA - dgvsilva@
Autores: Wilson Luiz da Costa Junior; Diego Greatti Vaz
gmail.com
da Silva; Bruno Luiz Galvão; Héber Salvador de Castro
Ribeiro; Alessandro Landskron Diniz; André Luís de
Godoy; Igor Correia de Farias; Victor Hugo Fonseca de
Jesus; Maria Dirlei Ferreira de Souza Begnami; Felipe
José Fernández Coimbra; TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
CÓDIGO: 61788
Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
solar, entretanto, apenas 8,8% das lesões encontradas os elementos celulares qualificadores das amostras. A
eram cânceres de pele não melanoma. Sendo assim, é confiabilidade do exame citopatologico esta centrada,
possível concluir que as Campanhas possuem papel im- especialmente, na coleta. Assim, entende-se a necessi-
portante na conscientização sobre os fatores de risco dade de suprir as deficiências na formação e/ ou atu-
do câncer de pele e prevenção de lesões pré-malignas e alização dos profissionais da saúde que atuam direta-
malignas, além da detecção desse tipo de lesão. mente na coleta dos exames preventivos do câncer do
colo do útero, uma vez que o laboratório não consegue
Contato: ANA PAULA GOUVÊA - anapaulagouvea22@
contribuir com a redução de resultados falso-negativos,
gmail.com
quando uma lesão no colo não está representada na
amostra enviada, devido a coleta não contemplar de lo-
cais como a junção escamocolunar e/ou zona de trans-
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA formação.
CÓDIGO: 61920 Contato: LUCAS ADALBERTO GERALDI ZANINI -
lgzanini@hotmail.com
REPRESENTAÇÃO DA JUNÇÃO
ESCAMOCOLUNAR E ZONA DE
TRANSFORMAÇÃO EM ESFREGAÇOS
CITOLÓGICOS TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
CÓDIGO: 61739
Autores: Janice Pavan Zanella; Lucas Adalberto Geraldi
Zanini; Katiuscia Baggio; , Marciele Oliveira Prestes;
Cassiano Diehl; Michele Ferraz Figueiro; Brenda Silva; RESULTADO PARCIAL DE
Janaina Coser; ENSAIO CLÍNICO FASE II DE NÃO
Instituição: HOSPITAL DE CARIDADE DE IJUI INFERIORIDADE, RANDOMIZADO E
CONTROLADO, PARA AVALIAÇÃO DA
Introdução: O sistema de Bethesda (2001) introduziu
a análise da qualidade do esfregaço no laudo do exa-
HISTERECTOMIA EXTRAFACIAL NO
me citopatológico, levando em conta a representação
TRATAMENTO DO CÂNCER DE COLO
da junção escamocolunar e/ou zona de transforma- UTERINO EM ESTÁGIO IA2-IB1 ≤ 2CM
ção, considerando que a ausência estaria expondo a Autores: Vandré Cabral Gomed Carneiro; Thales Paulo
mulher a um resultado falso negativo. A importância Batista; Manoel Rodrigues de Andrade Neto; Artur Licio
desta representação é atribuída ao fato da junção es- Rocha Bexerra; Glauco Baiocchi Neto;
camocolunar ser mais suscetível às agressões externas, Instituição: HOSPITAL DE CÂNCER DE PERNAMBUCO;
como pelo papilomavírus humano (HPV), induzindo à INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR
formação do epitélio metaplásico, local onde inicia-se a FERNANDO FIGUEIRA; NÚCLEO ESPECIALIZADO EM
ONCOLOGIA E HEMATOLOGIA
maioria dos câncer de colo do útero. Objetivo: verificar
a ocorrência de células representativas na junção esca- Introdução: O câncer de colo uterino é o segundo
mocolunar e/ou zona de transformação em esfregaços mais comum entre as mulheres em todo o mundo e o
citológicos. Método: Foram revisadas lâminas e requi- terceiro em território nacional. O tratamento cirúrgico
sições de mulheres que realizaram o exame citopatoló- consiste numa ressecção radical com necessidade de
gico em um serviço público de saúde, pertencentes ao parametrectomia, acrescentando assim morbidade ao
Arquivo de Lâminas do Laboratório de Citopatologia da tratamento, talvez, não necessária em pacientes com
Universidade de Cruz Alta. O estudo foi aprovado pelo doença inicial. Objetivo: Avaliar a não-inferioridade
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Cruz da histerectomia extrafascial em comparação à histe-
Alta sob parecer 1.596.248. Resultados: Do total de 694 rectomia radical-modificada em termos de eficácia e a
lâminas revisadas, 428 (61,27%) apresentaram a repre- segurança para tratamento dos tumores de colo ute-
sentação junção escamocolunar / zona de transforma- rino em estádio IA2 – IB1 ≤ 2cm. Casuística e Método:
ção. Em 274 (39,48%) lâminas,identificou-se a presença Estudo fase 2 de não inferioridade com uma população
de células metaplásicas de mulheres entre 18 a 50 anos, total de 40 mulheres portadoras de câncer do colo ute-
sendo que 47 (17,1%) eram imaturas. Observou-se a rino em estadios clínicos IA2 a IB1 com tumores ≤ 2cm,
ocorrência de 11(1,6%) casos de lesão intraepitelial de candidatas a tratamento cirúrgico eletivo com intensão
baixo grau (LSIL); 06 (0,9%) de lesão intraepitelial de alto curativo, que estão sendo randomizadas 1:1 para rea-
grau (HSIL); e 08 (1,2%) de atipias de significado indeter- lização de histerectomia extrafacial ou histerectomia
minado (ASC-US).A maioria das lesões ocorreram nos radical modificada. O desfecho primário a ser estudado
esfregaços com presença de metaplasia. Destacamos será a sobrevivência livre de doença em três anos. Os
que a microbiota prevalente em esfregaços com me- desfechos secundários serão morbidade e mortalidade
taplasia foram os Lactobacilos seguido de Gardnerella dos procedimentos cirúrgicos, a variação da qualidade
vaginalis. Conclusão: As análises dos dados demons- de vida antes e após o tratamento, a taxa de utilização
tram um percentual elevado de coletas que não contém de tratamentos adjuvantes, e o tempo decorrido até o
início destes tratamentos adjuvantes a partir da realiza- positividade do CEA no lavado peritoneal. Pacientes e
ção do tratamento cirúrgico. Resultado parcial: 22 pa- Método: Estudo de coorte, de amostra consecutiva de
cientes foram submetidos ao procedimento cirúrgico, conveniência, que incluiu 63 pacientes (44 homens, 19
com 2 preenchendo critérios de exclusão e excluídas mulheres), idade mediana de 64 anos (variando de 43
do estudo. A idade mínima da população estudada foi a 97 anos), com câncer gástrico avançado ressecável
de 28 anos, e a máxima de 47. A maioria das pacientes (principalmente EC III/IV, n = 42 (67%). Os níveis de pCEA
apresentaram o ASA de 1. Em relação as características foram detectados no transoperatório por RIE com um
da neoplasia, o carcinoma escamocelular foi o subtipo nível de corte de 210 ng/g de proteína. Resultados: Ci-
histológico mais comum. Nenhuma das pacientes ne- tologia peritoneal positiva foi demonstrada em apenas
cessitou de hemotransfusão e apenas uma paciente de seis casos (9,5%), enquanto os níveis de pCEA foram po-
internamento em UTI no pós operatório. Apenas uma sitivos em 21 (33%), com média de 2.382 ng/g (variando
paciente teve comprometimento patológico parame- de 225 a 21.200 ng/g). Carcinomatose foi apresentado
trial por êmbolo linfático e todas as margens cirúrgicas em nove casos(14%). Em todos, menos um caso pCEA
foram livres de neoplasia na avaliação anátomo pato- era positivo. Quanto maior fosse invasão transmural e
lógico. Duas pacientes apresentaram linfonodos pato- envolvimento linfonodal, tanto maior os níveis de pCEA
logicamente comprometidos, Conclusão: Este projeto (p = 0,01), que foram significativamente associados à
está focado em somar conhecimentos científicos pré- disseminação peritoneal ou recidiva [OR: 9,0; p = 0,01],
vios sobre o tratamento da referida neoplasia, de modo progressão do tumor [OR: 27,0; p = 0,001] ou morte [RR:
a incrementar os resultados de seu tratamento cirúrgi- 2,0; p = 0,02]. Esses casos com níveis de pCEA positivo
co por meio da avaliação de um procedimento cirúrgico tinham significativamente maior disseminação perito-
que agregue baixa morbimortalidade pós-operatória neal (41 vs. 12; p = 0,04) e maior mortalidade (27% vs.
sem, no entanto, comprometer o potencial de cura do 6%; p = 0,01). Casos de pCEA negativo tinham sobrevi-
tratamento cirúrgico. O recrutamento está ocorrendo da significativamente maior, com média (variação) de
conforme o planejado tendo seu término previsto para 39 (32-43) vs. 17 (9-24) meses, contra os positivos (p =
dezembro de 2017. 0,0001). Conclusão: O nível de pCEA positivo, razoa-
velmente, prediz o risco de disseminação peritoneal e
Contato: VANDRÉ CABRAL GOMES CARNEIRO -
morte e deve ser avaliado rotineiramente para ajudar
vandrecarneiro@yahoo.com.br
na questão da prevenção da disseminação peritoneal e
no planejamento do tratamento.
Contato: VÍCTOR SÁNCHEZ ZAGO - victorsaza@gmail.
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO com
CÓDIGO: 57776
RISCO DE CARCINOMATOSE E
PROGNÓSTICO EM PACIENTES TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
OPERADOS POR CANCER DE CÓDIGO: 61757
ESTÔMAGO PELO ANTÍGENO
CARCINOEMBRIONÁRIO NO LAVADO SÉRIE DE CASOS DE MELANOMA
PERITONEAL MESTÁTÁTICO PARA O TRATO
GASTROINTESTINAL:EXPERIÊNCIA DO
Autores: Luis Fernando Moreira; Víctor Sánchez Zago;
Thais Vicentine Xavier; Sofia Zahler; Gabriela Stahl; INCA
Hamilton Cardoso Hilgert; Bernardo Silveira Volkweis; Autores: Eduardo Rodrigues Zarco da Câmara;
Marcelo Garcia Toneto; Antônio Carlos Eckhardt Jr; Alessandro Augusto Bastos
Instituição: UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO Rodrigues Alves; Marcelo Sá de Araujo; Jadivan Leite
de Oliveira; Roberto André Torres Vasconcelos; José
Introdução: O câncer gástrico persiste ainda hoje como Francisco Rezende Neto; Luiz Fernando Nunes;
o quarto tumor sólido mais comum, principalmente nos Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER - INCA
países asiáticos e é a segunda causa mais frequente de
morte por doença maligna no mundo, seguindo atrás Introdução: O melanoma maligno apresenta uma alta
apenas do câncer de pulmão. Apesar das controvérsias, taxa de mortalidade, podendo se disseminar para di-
os níveis de antígeno carcinoembriônico no lavado pe- versos órgãos. As metástases para o trato gastrointes-
ritoneal (pCEA) têm sido relacionados ao risco aumen- tinal (TGI) são pouco frequentes, todavia, a causa mais
tado para envolvimento peritoneal no câncer gástrico comum de lesão metastática no TGI é o melanoma,
avançado. Objetivo: Determinar o papel do pCEA do correspondendo a aproximadamente 33% de todos os
lavado peritoneal e risco de morte, disseminação peri- tumores malignos metastáticos do tubo digestivo. Estas
toneal e recorrência em pacientes com câncer gástrico metástases podem ser simultâneas ao tumor primário
e com fatores prognósticos relacionados ao tumor e a ou tardias, ocorrendo as vezes décadas depois como
primeiro sinal de recidiva. Objetivo: Relatar a experiên-
cia uni-institucional dos casos de melanoma metastáti- bertura de rastreamento de câncer colorretal em uma
co para o trato gastrointestinal e avaliar a mortalidade amostra representativa da população de Belém. Méto-
desta afecção. Materiais e Método: Foi realizado um do: Estudo epidemiológico do tipo descritivo, agrega-
estudo de Coorte Retrospectivo utilizando um banco de do, observacional, transversal, no qual foi aplicado um
dados dos pacientes tratados no serviço de cirurgia do questionário em uma amostra representativa, dividi-
tecido ósseo conectivo (TOC) diagnosticados com mela- dos entre homens e mulheres, com idade entre 50 e 75
noma metastático para o TGI no período de Março de anos, residentes na cidade de Belém, distribuídos pelos
1997 a Março de 2016. Resultados: Foram diagnostica- oito distritos que compõem o município. Resultados:
dos 17 casos de melanoma com metástase para o tra- Foram entrevistados 587 pessoas (310 mulheres e 277
to gastrointestinal, sendo 11 do sexo masculino e 6 do homens), entre 50 e 75 anos, com média de idade de
sexo feminino. A idade média dos pacientes foi de 60 59 anos. Entre os participantes a taxa de rastreamento
anos. As presença de linfonodo sentinela positivo para para CCR foi de 11,58%. A taxa de rastreamento entre
neoplasia com indicação de linfadenectomia ocorreu os homens foi de 11,55% e entre as mulheres foi de
em 53% dos pacientes. O sítio de acometimento mais 11,61%. Maior escolaridade e maior renda familiar fo-
frequente da metástase gastrointestinal foi o jejuno ram variáveis significativamente associadas a maiores
(65%), seguido do estômago(29%), podendo acometer taxas de rastreamento, ao contrário do gênero ou his-
também duodeno, íleo e cólon transverso. A média tória familiar para CCR que não estiveram relacionados
entre a ressecção definitiva da lesão primária e o apa- com maior taxa de rastreamento. Conclusões: Embora
recimento da metástase gastrointestinal foi de 3 anos exista recomendação pelo INCA, a taxa de rastreamen-
(1 – 7 anos). A ressecção da metástase TGI ocorreu em to de CCR na população de Belém é baixa. Mudanças
88% dos casos. A respeito da mortalidade, 12 pacien- na política pública de enfrentamento ao CCR são neces-
tes evoluíram para óbito (71%). A partir do momento sárias, com foco na prevenção e diagnóstico precoce,
do diagnóstico da metástase TGI, a sobrevida foi de 6 para a obtenção de melhores resultados.
meses- 2 anos. Conclusão: Em paciente com história
Contato: LUCIANA GONÇALVES DE OLIVEIRA -
de melanoma, a suspeita de metástase deve investiga-
lu.med@live.com
da de acordo com a sintomatologia. A doença metas-
tática para o tratogastrointestinal deve ser diagnóstico
diferencial nos pacientes com anemia e sangramento
do trato gastrointestinal. A presença de metástases no TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
TGI é um fator de mau prognóstico e gravidade. A res- CÓDIGO: 60465
secção cirurgica da lesão leva a uma maior sobrevida,
todavia, o prognóstico segue reservado. TÉCNICA PADRONIZADA DA
Contato: ALESSANDRO AUGUSTO BASTOS RODRIGUES COLECTOMIA DIREITA ROBÓTICA EM
ALVES - alessandro.ufrj@yahoo.com.br PACIENTES ONCOLÓGICOS NO SUS
Autores: Victor Hugo Ribeiro Vieira; Alberto Teles Lopes;
Marcus Valadão; José Paulo Jesus; Eduardo Linhares;
Rafael Albagli; Raquel de Maria Maués Sacramento;
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL Jensen Milfont Fong;
CÓDIGO: 60597 Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER - INCA
iniciando pela ligadura dos vasos ileocólicos, posterior citonina. Conclusão: A tireoidectomia é o melhor fator
dissecção do retroperitôneo e duodeno, seguindo pela de prognóstico para cura e sobrevida em portadores
liberação da goteira parietocólica direita e por fim sec- da mutação do gene RET. É importante a avaliação mo-
ção da alça intestinal. Discussão: A padronização da lecular nos pacientes com história de CMT na família
técnica na cirurgia robótica na colectomia direita facilita para que seja feito o acompanhamento e a profilaxia
o aprendizado cirúrgico, diminui o tempo de docking e adequada.
tempo operatório.
Contato: JÉSSYCA MATOS SILVA - jessyca.matos@
Contato: VICTOR HUGO RIBEIRO VIEIRA - vhrv89@ hotmail.com
gmail.com
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS ma, bem como maior indicação de retratamento curati-
CÓDIGO: 61795 vo nas recidivas após hepatectomia, reforçando o papel
da atenção especializada e multidisciplinar no manejo
TRATAMENTO CIRÚRGICO das MHCR.
MULTIDISCIPLINAR DAS METÁSTASES Contato: JAIME ARTHUR PIROLA KRUGER -
HEPÁTICAS DE CÂNCER COLORRETAL jaimearthur@yahoo.com
(MHCR): ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE
DUAS ERAS INSTITUCIONAIS
Autores: Jaime Arthur Pirola Krüger; Gilton Marques
Fonseca; Fabio Ferrari Makdissi; Vagner Birk Jeismann; TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
Fabricio Ferreira Coelho; Paulo Herman; CÓDIGO: 61999
Instituição: INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO
PAULO; HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE TRATAMENTO MULTIMODAL DO
MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO CÂNCER GÁSTRICO – RESULTADOS DE
MAIS DE 200 PACIENTES TRATADOS
COM QUIMIOTERAPIA PERI-
Introdução: a ressecção hepática representa a princi-
OPERATÓRIA E CIRURGIA RADICAL EM
pal modalidade curativa de tratamento das metásta-
ses hepáticas do câncer colorretal (MHCR). Trata-se de
UMA ÚNICA INSTITUIÇÃO
situação complexa na qual o manejo multidisciplinar Autores: Wilson L Costa Jr; Diego Greatti Vaz da Silva;
especializado é fundamental para obtenção de bons Bruno Luiz Galvão; Heber Salvador de Castro Ribeiro;
André Luís de Godoy; Igor Correia de Farias; Victor Hugo
resultados. Neste cenário o serviço de cirurgia do fíga-
Fonseca de Jesus; Maria Dirlei F S Begnami; Felipe José
do HC/FMUSP passou a contar em 2009 com um centro
Fernández Coimbra;
oncológico especializado, o Instituto do Câncer do esta-
Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
do de São Paulo (ICESP), no qual o tratamento passou
a ser efetivado com maior interação entre os múltiplos Introdução: O tratamento do câncer gástrico com qui-
profissionais necessários em ambiente acadêmico e mioterapia peri-operatória é rotina hoje em serviços
multidisciplinar. Objetivo: avaliar os resultados do tra- ocidentais, porém persistem dúvidas quanto a seu pa-
tamento cirúrgico das MHCR comparando duas eras pel quando a ressecção engloba uma linfadenectomia
institucionais. Método: análise retrospectiva compara- D2. Os objetivos deste estudo são descrever os resulta-
tiva entre 2 períodos dos resultados das hepatectomias dos deste tratamento multimodal em uma única insti-
comparando os perfis demográficos, cirúrgicos e onco- tuição e apontar os fatores preditores de complicação,
lógicos dos pacientes. O primeiro período corresponde “downstaging” e sobrevida global. MÉTODOS – Este é
à experiência inicial do serviço – ERA1 (2000 a 2009) e o um estudo retrospectivo que englobou 218 pacientes
segundo período corresponde ao tratamento instituído com diagnóstico de câncer gástrico e que iniciaram qui-
no mesmo serviço após a instalação de um hospital es- mioterapia neoadjuvante entre julho de 2006 e outu-
pecializado no manejo oncológico – ICESP – ERA2 (2009 bro de 2016. Foram excluídos casos de tumores de coto
a 2015). Resultados: foram realizadas no total 438 he- gástrico e os que receberam quimioterapia intraperito-
patectomias em 377 pacientes. Durante a ERA1 foram neal. O estadiamento incluiu tomografia para todos os
tratados 97 pacientes (113 hepatectomias) e na ERA2 pacientes, mas laparoscopia estadiadora pré-quimiote-
foram operados 280 pacientes (325 hepatectomias). O rapia em apenas 55% deles, sendo 33% antes de 2014.
seguimento oncológico variou de 2 a 182 meses. Além Fatores associados a complicações pós-operatórias, ao
do aumento no número de cirurgias realizadas, na ERA “downstaging” tumoral e à sobrevida foram identifica-
2 observou-se aumento na indicação de quimioterapia dos. Resultados: Pacientes do sexo masculino foram
perioperatória ( 34% x 77% p 0.001), bem como no em- maioria (60%), a mediana de idade foi de 61 anos (22-83
prego de Qt de maior eficácia, p. ex. oxaliplatina ( 9.3% anos) e 70% dos indivíduos foram classificados como
x 79.3% p0.001); do ponto de vista cirúrgico houve au- ASA 1 ou 2. Dentre os pacientes que iniciaram o tra-
mento no número de hepatectomias menores ( 42% x tamento neoadjuvante, 87% completaram o esquema
65% p 0.001), ressecções não anatômicas ( 12% x 41% proposto. Sete tiveram progressão de doença e não fo-
p 0.001) e no tratamento de doença bilobar (22% x 34 ram operados (3,2%) e outros 22 (10,1%) tiveram acha-
% p0.031). Observou-se ainda maior ocorrência de res- do de doença metastática no momento da cirurgia. Não
posta patológica completa (1% x 7.8% p 0.013). Houve houve predomínio de gastrectomia total ou subtotal e
aumento de sobrevida global (p 0.29) e livre de doen- 91% dos indivíduos recebeu uma linfadenectomia D2,
ça (p 0.37), porém sem atingir significância estatística. com mediana de linfonodos ressecados de 31. A morbi-
Conclusão: o tratamento multidisciplinar em centro es- dade pós-operatória foi de 34% e a mortalidade em 60
pecializado oferece melhores condições de tratamento dias de 4,8%. ASA 3-4 (OR 1,9) e Transfusão sanguínea
sistêmico, com impacto positivo na sobrevida. Houve (OR 3,1) foram fatores independentes de morbidade.
maior tendência a cirurgia conservadora de parênqui- Com tempo de seguimento mediano de 23 meses e
análise por intenção de tratamento, incluindo todos os encontrados neste estudo foram tamanho do tumor,
218 indivíduos, a sobrevida mediana não foi atingida e ressecção incompleta, nuliparidade e estadio clínico
a sobrevida em 3 anos foi de 64,9%. Os estádios ypT3-4 avançado. O tratamento da recidiva é indicado quando
e ypN2-3 foram fatores independentes de pior sobre- possível. Padronização do tratamento está baseado em
vida global. Indivíduos com lesões ypT0-1-2 ou ypN0-1 estudos retrospectivos, série de casos e experiências de
tiveram sobrevida respectivamente de 79,8% e 80,4%. centros de referência.
“Downstaging” tumoral foi mais frequente nas lesões
Contato: TARIANE FRIEDRICH FOIATO MANETTI -
de corpo e antro do que nas mais proximais, sem influ-
tarianefoiato@msn.com
ência de histologia ou regime de quimioterapia. Con-
clusão: O tratamento multimodal com quimioterapia
peri-operatória e cirurgia se associou a resultados de
morbidade e sobrevida significativos em uma popula- TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
ção tratada com linfadenectomia D2. O estadiamento CÓDIGO: 59889
patológico pós-neoadjuvância parece ser o principal fa-
tor prognóstico nestes casos. USO DE PROTETOR SOLAR E A
Contato: WILSON LUIZ DA COSTA JUNIOR - CONSCIENTIZAÇÃO ATRAVÉS DE
dr.wilsoncosta@gmail.com CAMPANHAS PARA PREVENÇÃO
AO CÂNCER DE PELE: UMA ANÁLISE
EVOLUTIVA E COMPARATIVA, ENTRE
2014 E 2016, EM CIDADES DO INTERIOR
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
CÓDIGO: 59814
DO RIO GRANDE DO SUL
Autores: Gustavo Szczecinski Puchalski; Ana Paula
TUMOR DE CÉLULAS DA GRANULOSA Gouvêa; Natália Dalmazo Zambrano; Maria Gertrudes
Fernandes Pereira Neugebauer; Gabriel Neumann
– RESULTADOS A LONGO PRAZO Kuhn; Leonardo de Souza Prallon Sampaio; Kéllen Klein
DE UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM Heffel; Carolina Silveira da Silva;
ONCOLOGIA Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Autores: Tariane Friedrich Foiato; Bruno Rafael Kunz
Introdução: A Liga Acadêmica de Oncologia (LAO) re-
Bereza; Reitan Ribeiro; José Clemente Linhares; Audrey
Tieko Tsunoda; aliza desde 2011 a “Campanha de Prevenção Primária
e Secundária contra o Câncer de Pele” nas cidades de
Instituição: HOSPITAL ERASTO GAERTNER
Morro Redondo (MR) e Arroio do Padre (AP), no interior
Introdução: Tumores de células da granulosa se origi- do Rio Grande do Sul (RS). As cidades possuem popu-
nam do cordão sexual estromal e com uma incidência lação com descendência alemã, espanhola e polonesa,
muito pequena. Tem duas formas de apresentação: com pele predominantemente branca e que traba-
adulta e juvenil. A maioria tem bom prognóstico e se lham na agricultura local, portanto, com grande risco
apresenta com estádio inicial. Método: Estudo unicên- de desenvolvimento de cânceres de pele. No projeto
trico, observacional, retrospectivo. Resultados: O ta- são analisadas as lesões de pele e, quando necessário,
manho da amostra foi de 28 pacientes, levantamento encaminhadas ao posterior tratamento, além disso, é
realizado em 21 anos, 56% encontrava-se em estadio realizada a conscientização sobre o uso correto de pro-
clínico IA, a maioria era multípara, com idade média tetor solar e riscos da exposição ao sol. Objetivo: Este
de 52 anos, IMC médio 25,5. O tratamento oferecido trabalho tem como objetivo analisar o uso do protetor
a maioria foi o estadiamento cirúrgico completo com solar na população das cidades de MR e AP (RS), evolu-
ressecção R0 em 80%, sobrevida global em 10 anos de tivamente, nos anos de 2014 e 2016, com a interven-
56%. Sobrevida global conforme estadio IA- IC em 3 ção anual da LAO. Método: Foi realizado um estudo
anos foi de 82% e para os estadio mais avançados foi de comunitário através da coleta de dados por meio de
75% em 3 anos. Preservação da fertilidade foi realiza- questionários aplicados pela LAO nas populações aten-
da em 14,8%. Todas as pacientes com EC III receberam didas nas campanhas realizadas nas cidades de MR e
adjuvância. Recidivas ocorreram em 8 pacientes, sendo AP (RS), nos anos de 2014 e 2016. Resultados: No ano
o peritônio o principal local acometido, seguido dos lin- de 2014, houve 62 entrevistados na cidade de MR, dos
fonodos regionais; tempo médio até a primeira recidiva quais 28 (45,16%) usavam protetor solar e 34 (54,84%)
foi de 38 meses e o resgate de todas foi cirúrgico e qui- não faziam o uso. Já na cidade de AP, entre os 60 entre-
mioterápico. Óbitos ocorreram em 8 pacientes, sendo vistados, 38 (63,33%) utilizavam e 22 (36,67%) não utili-
que 6 foram tratadas pela recidiva, 1 teve diagnóstico zavam. No ano de 2016, em MR foram 82 entrevistados,
de tuberculose peritoneal associada e outra não rela- dos quais 49 (59,76%) utilizavam proteção e 33 (40,24%)
cionada a neoplasia. Conclusão: Tumores da granulosa não. Em AP, dos 28 entrevistados, 22 (78,57%) faziam o
são raros, indolentes, com excelente índice de sobrevi- uso e 6 (21,43%) não. Conclusão: Nesses três anos de
da nos estadios iniciais. Os fatores de pior prognóstico
participação ativa da LAO, nas pequenas cidades anali- dos e/ou com metástase linfonodal. Logo, concluímos
sadas do interior do Rio Grande do Sul, é possível per- que houve diminuição da quantidade de células no
ceber uma mudança no comportamento da população segundo lavado, porém um aumento é evidenciado
no que visa à prevenção do câncer de pele, com o uso no terceiro lavado peritoneal. Devido a este achado,
de protetor solar. Na cidade de MR, em 2014,45,16% supomos que o mesmo esteja relacionado a manipula-
dos entrevistados faziam o uso de protetor solar, após ção da cavidade decorrente do procedimento cirúrgico,
três anos de campanha, em 2016, 59,76% dos entrevis- podendo estas células corresponderem em sua maioria
tados faziam prevenção com o uso de protetor solar. a células mesoteliais.
Em AP, em 2014,63,33% dos entrevistados faziam o uso
Contato: ADRIELMA ATHENA RODRIGUES SERRAO
de protetor solar, após os três anos de campanha, em
MARTINS E SILVA - adrielmamartins@gmail.com
2016, 78,57% dos entrevistados utilizavam protetor so-
lar para prevenção do câncer de pele. Assim, em ambas
as cidades, houve um aumento no número de pessoas
que fazem o uso de protetor solar. O trabalho de cons- TEMÁRIO: NUMACO / FISIOTERAPIA
cientização da população, através das campanhas da CÓDIGO: 59482
LAO, obteve êxito no seu objetivo, demonstrando a im-
portância da conscientização e informação no contexto UTILIZAÇÃO DE VESTIMENTA
de epidemiologia e prevenção a neoplasias.
COMPRESSIVA INELÁSTICA NO
Contato: GUSTAVO SZCZECINSKI PUCHALSKI - TRATAMENTO DO LINFEDEMA
gutopuc@hotmail.com MALIGNO: UM RELATO DE CASO
Autores: Larissa Louise Campanholi; Jaqueline
Munaretto Timm Baiocchi;
Instituição: INSTITUTO SUL PARANAENSE DE
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
ONCOLOGIA
CÓDIGO: 60700
Introdução: o tratamento de linfedema maligno é um
UTILIZAÇÃO DA CITOMETRIA DE FLUXO grande desafio para o fisioterapeuta, devido a dificul-
NO LAVADO PERITONEAL DE PACIENTES dade de tratamento que a obstrução tumoral impõe.
SUBMETIDOS A GASTRECTOMIA Objetivo: demonstrar o benefício do uso de uma ves-
timenta compressiva na melhora dos sintomas de uma
Autores: Geraldo Ishak; Paulo Pimentel Assumpção;
paciente com linfedema após câncer de mama recidiva-
André Salim Khayat; Adrielma Athena Rodrigues
Serrao Martins e Silva; Renan Augusto Lauria da Costa; do. Caso: T.E.R, 67 anos, sexo feminino com diagnóstico
Mauricio dos Santos Batista; Taissa Maira Thomaz de carcinoma ductal invasor em mama esquerda com
Araújo; Marcelli Geisse Sousa de Oliveira; 2,3 cm e triplo negativo, submetida à quadrantectomia
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS com esvaziamento axilar em 2003 (T2aN1bM0). Em
BARRETO 2011, desenvolveu linfedema após uma queda sobre o
membro, porém só iniciou o tratamento fisioterapêu-
Introdução: A disseminação de células tumorais de-
tico através de terapia física complexa descongestiva
correntes da manipulação cirúrgica durante as gastrec-
em 2014, onde apresentou melhora importante. Em
tomias, bem como metástases peritoneais microscópi-
janeiro de 2015 retornou ao consultório com queixa
cas tem sido associadas ao prognóstico dos pacientes
de piora do linfedema. Ao exame apresentava aumen-
submetidos a gastrectomia curativa. O presente estudo
to de volume expressivo e áreas de alteração vascular
tem por objetivo analisar a quantidade de células pre-
no membro superior esquerdo (MSE) e no quadrante
sentes de acordo com o número de lavados peritoneais
anterior do tórax. Os exames confirmaram trombose
e correlacionar com o estadiamento patológico do pa-
de veia axilar por obstrução tumoral. A linfocintilografia
ciente. Todos os pacientes diagnosticados com adeno-
demonstrou ausência de captação da drenagem linfáti-
carcinoma gástrico submetidos a gastrectomia curativa
ca no MSE mesmo após 6 horas de aplicação do radio-
no período de junho a novembro de 2016 foram sub-
fármaco. Optou-se como última opção de tratamento
metidos a 4 lavados peritoneais durante a cirurgia com
o uso da vestimenta inelástica de MSE, após baixa res-
1 litro de soro fisiológico 0,9% sendo aspirado a cada
posta do enfaixamento compressivo multicamadas. O
lavado 20ml para análise. A amostra de 11 pacientes foi
volume do MSE era 6158,1ml no primeiro dia de uso da
analisada através da citometria de fluxo utilizando-se
vestimenta (16/11/15) e após dez dias contínuos de uso,
um tampão para lise de hemácias e o anticorpo EpCAM,
o volume diminui para 5174,2 ml. A última avaliação foi
um marcador específico para células epiteliais e meso-
em 04/02/16 com um volume de 4510,8 ml, ou seja um
teliais, onde estão agrupadas as células tumorais. Após
redução de 1647,3 ml (26,7%). A paciente teve que ser
análise foi identificado um aumento considerável do
internada em março de 2016 por insuficiência respira-
número de células no terceiro lavado peritoneal, não
tória aguda devido metástase pleural à direita, vindo a
havendo correlação com tumores localmente avança-
falecer em 05/04/16. Conclusão: A vestimenta propor-
cionou benefícios como melhora importante da sensa- cional com enfaixamento compressivo. O recrutamento
ção de peso no membro e da dor na articulação do om- desses pacientes foi através da avaliação com a peri-
bro devido a redução do volume do membro, além da metria manual aplicada na fórmula do cone truncado,
facilidade em colocar e retirar a vestimenta para poder considerando linfedema uma diferença maior que 10%
fazer a higiene, quando comparado ao enfaixamento e/ou 200 ml entre os membros. As pacientes deveriam
compressivo multicamadas. utilizar diariamente a vestimenta, só retirando para to-
mar banho. Neste período de um mês de uso, não de-
Contato: LARISSA LOUISE CAMPANHOLI - larissalcm@
veriam fazer drenagem linfática manual, e sim apenas
yahoo.com.br
exercícios linfomiocinéticos. As pacientes retornaram
após um mês para a reavaliação do volume do mem-
bro e também responderam um questionário. Resulta-
TEMÁRIO: NUMACO / FISIOTERAPIA dos: Foram avaliadas 9 pacientes, onde a mediana de
CÓDIGO: 59441 diferença de volume entre o membro afetado e o con-
trole na primeira avaliação foi de 564,4 (DP 443,2) ml.
VALIDAÇÃO DE UMA VESTIMENTA DE Na reavaliação a mediana da diferença foi de 390,6 (DP
306,8) ml. Houve diferença estatisticamente significati-
CONTENÇÃO PARA TRATAMENTO DE
va quando comparados os volumes na avaliação e rea-
LINFEDEMA DE MEMBRO SUPERIOR EM valiação (p=0,008). O grau de satisfação da vestimenta
PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA foi de 9 (DP 1,3) em uma escala de 0 a 10. Conclusão:
Autores: Jaqueline Munaretto Timm Baiocchi; Larissa A vestimenta mostrou-se eficaz como alternativa na
Louise Campanholi; Graziele C.Lopes; redução do volume do membro com linfedema, além
Instituição: ONCOFISIO dos pacientes relatarem ser mais prática e com maior
Objetivo: analisar a eficácia de uma vestimenta de con- comodidade quanto comparada ao enfaixamento com-
tenção em velcro para redução do volume do membro pressivo. Pacientes que moram em outras cidades ou
como forma de tratamento de linfedema de membro sem disponibilidade para realizarem tratamento diaria-
superior secundário ao esvaziamento axilar por câncer mente, podem se beneficiar do uso da vestimenta.
de mama. Método: foram incluídas mulheres com lin- Contato: JAQUELINE MUNARETTO TIMM BAIOCCHI -
fedema que já tivessem realizado o tratamento conven- jaquelinemunaretto@hotmail.com
Contato: ALLANA TAMIRIS BONFIM NOGUEIRA – clusão: O caso em questão traz a importância de uma
allana_nogueira@yahoo.com.br avaliação colonica nos pacientes com anemia crônica,
devido a grande incidência de câncer colorretal nessas
situações. Dando a importância do diagnóstico precoce,
resultando em um melhor prognóstico e consequente-
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL mente tratamentos menos radicais.
CÓDIGO: 61897
Contato: ISABELLE FRANÇA BEZERRA –
isabellefbezerra@gmail.com
A IMPORTÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO
COLONOSCOPICA EM PACIENTE COM
ANEMIA CRÔNICA – RELATO DE CASO
Autores: Isabelle França Bezerra; Crislanny Regina TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
Santos da Silva; Francielly Tertulino Cunha; Isa Maryana CÓDIGO: 62014
Araújo Bezerra de Macedo; Vanessa Nobre Veras;
George Alexandre Lira; Juliany Medeiros Santos; A IMPORTÂNCIA DO RASTREAMENTO E
Instituição: UNIVERSIDADE POTIGUAR DIAGNÓSTICO PRECOCE DA RECIDIVA
Apresentação do caso: I.M.O.M., 76 anos, internada DE CÂNCER DE OVÁRIO – RELATO DE
devido anemia crônica sem melhora clínica que reali- CASO
zou colonoscopia e Tomografia Computadorizada(TC) Autores: Isa Maryana Araujo Bezerra de Macedo; Mara
de abdômen total que encontrou lesões suspeitas sin- Juliane Silva Jovino; Francielly Tertulino Cunha; Isabelle
crônicas em cólon transverso e ângulo hepático, que fo- França Bezerra; George Alexandre Lira; Crislanny Regina
ram biopsiadas. Além disso, apresentava leve perda de Santos da Silva; Kerginaldo Jácome da Costa Filho;
peso e prostação ao leito devido a Artrite Reumatóide. ANDERSON NEVES DA CRUZ;
Resultado do anatomopatológico foi adenocarcinoma Instituição: LIGA NORTE RIOGRANDENSE CONTRA O
moderadamente diferenciado, com estadiamento de CANCER
doença localizada. Diante disso, foi realizada colecto- Apresentação do caso: TCC, feminino, 54 anos. Pacien-
mia direita e transversa alargada com linfadenectomia te tem histórico de ooforectomia bilateral prévia, com
e ileostomia terminal. A biópsia evidenciou dois ade- biópsia de tumor de células claras em ovário direito,
nocarcinomas moderadamente diferenciados, com di- com invasão perineural. Na cirurgia de estadiamento
mensões de 11 e 4,5cm, com padrão de crescimento não demonstrou doença. Em seguida, realizou trata-
infiltrativo, margens livres e metástase em 03 dos 22 mento adjuvante com 6 ciclos de quimioterapia (QT).
linfonodos examinados. Encaminhada a neoadjuvân- No seguimento durante 6 anos, até ao achado de nódu-
cia. Discussão: O Câncer(CA) colorretal está entre as los localizados no baço, sugestivo de lesões secundárias
três principais causas de anemia ferropriva(AF), assim pela ressonância sendo submetida a esplenectomia,
a investigação diagnóstica de uma AF, deve sempre ser pancreatectomia corpocaudal e hemicolectomia es-
iniciada pelo cólon, sendo feita a avaliação do trato gas- querda. Resultado do AP esplênico, informou neoplasia
trpintestinal(TGI) superior apenas quando a colonosco- maligna de células epitelióides sendo confirmado pela
pia é normal ou quando o paciente apresenta sintomas imunohistoquímica como carcinoma de células claras
nesse segmento. Em alguns casos de CA de colorretal metastático, e ovário/endotélio como prováveis célu-
a AF é a unica manifestação, retardando o diagnostico las primárias, levantando a hipótese de recidiva. Houve
precoce e, consequentemente, alterando prognóstico. complicação pós-operatória imediata com fístula colô-
A triagem em pacientes sem história familiar de CA co- nica e abscesso subdiafragmático, sendo reoperada e
lorretal e que se apresentam assintomáticos começa realizado colostomia terminal, drenagem do abscesso
aos 50 anos, sendo a colonoscopia o padrão-ouro. A e permaneceu internada por 30 dias. Complementou
conduta médica tem sido identificada como a principal com 6 ciclos de QT, permanecendo em seguimento tri-
causa de atraso no diagnóstico de CA colorretal, o que mestral. Discussão: O carcinoma epitelial de ovário é
chama a atenção para a necessidade de uma melhor a causa mais frequente de morte por neoplasia gine-
educação sobre o tema, pois estudos mostram que a cológica, constituindo a causa de óbito por câncer na
colonoscopia retardada foi um fator independente as- mulher, apesar, ser do tratamento cirúrgico e apresen-
sociado a uma fraca sobrevida global dos pacientes que tar relevante quimiossensibilidade. Cerca de 65% das
realizam o exame com mais de 90 dias após o diagnós- mulheres tem o resultado de câncer em estágio avan-
tico de AF. Quanto menor a hemoglobina, mais prová- çado. Portanto, em virtude de sua prevalência, progres-
vel ter uma grave patologia subjacente e mais urgen- são silenciosa e predisposição a metástases, torna-se
te é a necessidade de investigação. Vale salientar que necessário a viabilidade de utilização de procedimen-
pacientes com CA de colon apresentam grande chance tos de imagem com alta sensibilidade e especificidade.
de tumores sincrônicos, e isso torna o exame completo Dessa forma, por se tratar de um diagnóstico lento e
de cólon pré-operatório de grande importância. Con- tardio, torna-se impreterível imagens radiológicas mais
sofisticadas. Há uma dificuldade de identificar os sítios nação da Radioterapia com a Quimioterapia à base de
de recidiva precoce, o que desfavorece as técnicas de Cisplatina é um fator agravante para a ocorrência de
imagens convencionais para o rastreamento da neopla- uma perda neurossensorial auditiva, por mecanismos
sia. Logo, a ausência de alterações por meio de exames não esclarecidos completamente. Além disso, foi ob-
de imagem, exclusivamente tradicionais, não pode des- servado que o aperfeiçoamento da Radioterapia, pela
cartar totalmente a ocorrência de recidiva em outros técnica de intensidade modulada do feixe, revelou uma
locais no caso relatado. Conclusão: Tendo em vista que redução significativa no número de casos de pacientes
a paciente permaneceu durante um longo período do com tal efeito colateral. Conclusão: Ainda há uma certa
seguimento sem alterações detectadas nos exames ra- dificuldade de avaliação desse efeito adverso. Por isso,
diográficos, e que posteriormente apresentou recidiva, torna-se necessário um maior estudo e o estabeleci-
seria fundamental a realização de exame de imagem mento de parâmetros para uma análise mais detalhada
com alta sensibilidade e especificidade para detectar do prejuízo auditivo que pacientes pediátricos submeti-
lesões precoces. Além de ser imprescindível para me- dos à Radioterapia possam apresentar.
lhor prognóstico, está relacionado ao menor índice de
Contato: WIVIAN LOPES DO ESPIRITO SANTO – lopes.
mortalidade nos casos de câncer de ovário.
wivian@gmail.com
Contato: ANDERSON NEVES DA CRUZ – anderson-
cruz@hotmail.com
luindo com hidronefrose bilateral e insuficiência renal. hipersinal de substância branca, tálamo, núcleos da
Encaminhada para cuidados paliativos em 24/10/05, base e em região anterior do corpo caloso em T1, com
evoluindo a óbito em 01/11/05. Discussão: O câncer de edema vasogênico perilesional. Sem alterações do lí-
canal anal é uma rara neoplasia maligna, sendo respon- quor. A partir da abordagem por MiniCraniotomia fron-
sável por 4% dos tumores intestinais. O tipo histológico tal esquerda guiada por neuronavegação, foi realizado
mais comum é o CEC, seguido pelo cloagênico, adeno- estudo anatomopatológico dos múltiplos fragmentos
carcinoma, melanoma e adenocarcinoma mucinoso. irregulares, acastanhados e elásticos, cuja dimensão
Entre os fatores de risco mais associados, a paciente em conjunto é de 3,0 x 2,0 x 0,6 cm, seus achados imu-
é do sexo feminino, tabagista e apresentou um qua- no-histoquímicos são condizentes com linfoma não-
dro hemorroidário prévio. Outros incluem sexo anal, -Hodgkin difuso de grandes células B. Discussão: O lin-
doenças sexualmente transmissíveis, outras doenças foma primário do sistema nervoso central (SNC) é um
perianais e imunossupressão. O diagnóstico é fácil; no tipo raro de linfoma não-Hodgkin extranodal cuja pre-
entanto, muitos casos são descobertos em fase avança- valência vem aumentando, principalmente em pacien-
da devido à semelhança com quadros hemorroidários, tes imucomprometidos, atualmente representa cerca
negligência médica e desconhecimento da doença. O de 4% dos tumores do sistema nervoso central (SNC)
tratamento de escolha é a RxT local associada a quimio- e sua incidência não relacionada com SIDA é de 0.8 por
terapia (QT), independente da excisão do tumor, pois a milhão de habitantes, sendo mais comum o linfoma
cirurgia para excisão do tumor é mutiladora com conse- não Hodgkin de células B (85%). Sua etiopatogenia não
quente colostomia definitiva e há grande disseminação é bem definida em pacientes imunocompetentes, nos
linfática. Conclusão: CEC de canal anal é um tumor raro quais a idade média é de 55 anos com discreto predo-
em que o tratamento de escolha é a QT+RXT, mas a ci- mínio no sexo masculino, sem relação hereditária. Qua-
rurgia é realizada em casos de lesão persistente. dro clínico composto geralmente por déficit neurológi-
cos, como desorientação executiva e espacial e déficit
Contato: GIANCARLO JORIO ALMEIDA –
oftalmológico, bem como náusea, vômito e cefaleia,
gianjorioalmeida@gmail.com
sinais de hipertensão intracraniana.O uso de corticoide
reduz rapidamente os sintomas, há boa resposta global
ao uso de dexametasona ou metotrexato e quimiote-
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA rapia, associada ou não à radioterapia. Comentários
CÓDIGO: 61870 finais: Diante do aumento da incidência de linfoma não
Hodgkin no SNC, faz-se necessária a elucidação de sua
ABORDAGEM CIRÚRGICA DE LINFOMA etiopatogenia em pacientes imunocompetentes.
NÃO-HODGKIN PRIMÁRIO DO SISTEMA Contato: ANA PAULA COÊLHO DE MÉLO LEITE –
NERVOSO CENTRAL – RELATO DE CASO anapaulacoelho10@hotmail.com
Autores: Ana Paula Coêlho de Mélo Leite; Maurus
Marques de Almeida Holanda; Bruna Nadiely Victor
da Silva; Rodrigo Marmo da Costa e Souza; Marcos
Alexandre da Franca Pereira; Pedro Henrique Coêlho TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
de Mélo Leite; Thaciana Virgínia do Carmo Silva; José CÓDIGO: 57424
Raimundo Coelho Dias;
Instituição: FACULDADE MEDICINA NOVA ESPERANÇA ABORDAGEM CIRÚRGICA DO
Apresentação do caso: ACSA, 36 anos, sexo femini-
LEIOMIOSSARCOMA DE CAVA INFERIOR
no, previamente hígida, anti-HIV negativa, com quadro COM LIGADURA E RESSECÇÃO DA VEIA
incial de disfunção executiva, desorientação espacial RENAL ESQUERDA E MANUTENÇÃO DA
e amnésia. Após um mês foi internada apresentando FUNÇÃO RENAL PELA COLATERAIS
vômito, rebaixamento do nível de consciência, neces- Autores: Rinaldo Gonçalves; Jose L Bravin; Rafael Albagli;
sidade de SNE e dependência para ABVDs, ao exame Marcy Junqueira; Cibele Aquino;
físico apresentou afasia global, sonolência, ROT vivos e Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER - INCA
Babinski à direita. Na tomografia de crânio (TC) foram
Apresentação do caso: Os tumores malignos do retro-
evidenciadas 3 lesões expansivas com edema impor-
peritônio representam 0,1 a 0,2% de todos os tumores
tante e localização supratentorial, sobretudo na região
malignos do corpo. Em razão da complexidade cirúrgi-
anterior ao corpo frontal do ventrículo lateral esquer-
ca e do mau prognóstico a longo prazo, o envolvimento
do, com captação de contraste heterogênea. Exames
de grandes vasos por estes tumores tem sido tradicio-
laboratoriais negativos para parasitoses, infecções e
nalmente considerado um fator limitante para o trata-
marcadores tumorais. Instituído tratamento empírico
mento cirúrgico. Contudo, a ressecção radical em bloco
para toxoplasmose com uso de dexametasona, seguida
do segmento venoso afetado permanece como a única
de melhora clínica e redução de edema significantes.
opção terapêutica associada à sobrevida prolongada.
Na ressonância magnética com contraste observou-se
Particularmente em relação aos sarcomas retroperito- células em anel de sinete em mesentério e camada
neais, a veia cava em sua porção perirrenal representa muscular do intestino delgado. Presença de infiltrações
o segmento vascular mais envolvido. Pela característica perineural e angiolinfática, estabilidade de microssaté-
anatômica da presença de colaterais não há consenso lite pelo estudo imuno-histoquímico. Discussão: Ade-
na literatura sobre a necessidade de reconstrução da nocarcinoma colorretal com células em anel de sinete
veia renal esquerda após a ressecção da veia cava justa é uma variante do adenocarcinoma mucinoso, carac-
renal. Alguns autores preconizam a sua reconstrução terizado pela produção de mucina extracelular, repre-
com o objetivo de prevenir congestão venosa do rim e senta 0,9-4% dos cânceres colorretais. Acomete princi-
consequente deteriorização da função renal, enquan- palmente pacientes entre a quinta e sexta décadas de
to outros autores favorecem a sua ligadura direta sem vida, sendo apenas 10% das pessoas diagnosticados
reconstrução, pela praticidade, menor tempo cirúrgico com menos de 50 anos de idade. Geralmente diagnos-
e menor risco de sangramento envolvido. Relatamos ticado em estágios avançados, exibindo pior prognósti-
caso de uma paciente feminina, 56 anos, portadora de co. Em comparação com outros tipos histológicos tem
sarcoma de veia cava inferior em sua porção justarre- maior propensão a metástases peritoneais, linfonodais
nal com acometimento do óstio da veia renal esquerda. e recorrência local. A implantação peritoneal é o local
Paciente foi submetida a ressecão do segmento caval mais comum de metástases e raramente para o fíga-
envolvido pela lesão com reconstrução através de pró- do (oposto do observado em adenocarcinomas típicos).
tese de Dacron. Foi optado pela não reconstrução da Tal disseminação é explicada pela produção excessiva
veia renal esquerda após a confirmação de drenagem de muco permitindo que células tumorais atravessem a
venosa efetiva do rim esquerdo através de vasos veno- parede intestinal e disseminem na cavidade. Sobrevida
sos colaterais. A paciente evoluiu sem alteração da fun- média de 6 meses. Requer excisão cirúrgica mais agres-
ção renal no pós-operatório e no controle cintilografico siva com dissecção completa do tumor e das estrutu-
e laboratorial no segundo ano de pós operatório. Con- ras adjacentes em que se estende. Revisões recentes
clusão: a secção e ligadura da veia renal esquerda se concluíram que devido a sua gravidade, a presença da
mostrou um procedimento adequado no manejo desta histologia em anel de sinete pode ser uma contraindi-
paciente com sarcoma de veia cava inferior e envolvi- cação relativa para a peritoniectomia e a quimioterapia
mento do ostio da veia renal esquerda, sendo a sua se- intraperitoneal hipertérmica. Comentários finais: A in-
gurança corroborada por dados de literatura. formação a respeito do adenocarcinoma colorretal com
células em anel de sinete ainda é escassa, menos de
Contato: JOSÉ LUIZ BRAVIN JÚNIOR – bravinjr@gmail.
20 casos foram discutidos na literatura. Relatamos um
com
caso raro e agressivo de início precoce e com carcino-
matose peritoneal. Devido as suas particularidades as
características moleculares e celulares estão começan-
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL do a somar em nosso conhecimento existente.
CÓDIGO: 60293 Contato: FERNANDA PAULA SCHAFER –
fernandapaulaschafer@gmail.com
ADENOCARCINOMA COLORRETAL
MUCINOSO COM CÉLULAS EM ANEL DE
SINETE – RELATO DE CASO
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
Autores: Fernanda Paula Schafer; Renata Bruna Garcia
CÓDIGO: 60687
dos Santos Gatelli; Charles Nilton Gatelli; Isabella Kern
Arendt; Leonardo Werner Rasche; Víctor Sánchez Zago;
Letícia Signori Kohl; Bernardo Cenci Basso; ADENOCARCINOMA DE COLO UTERINO
Instituição: UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO EM ESTADIO INICIAL ASSOCIADO A
CARCINOMA NEUROENDOCRINO
Apresentação do caso: Masculino, 42 anos, submetido
à laparotomia na cidade de origem por quadro de apen-
EVOLUINDO COM RECIDIVA SISTÊMICA
dicite aguda, sendo evidenciado carcinomatose perito-
– RELATO DE CASO
neal. A biópsia revelou adenocarcinoma mucinoso. A Autores: Ronaldo Murai Minholi; Alvo Orlando Vizzotto
TC abdominal apresentou múltiplas coleções fluidas Junior; Andréia Dal‘Bosco; José Guilherme Frediani
junto à parede abdominal e flancos, encirclando alças Oliveira; Juliana dos Santos Tortajada; José Alaor da
Veiga Junior; Ricardo Yudi Nishimoto; Gustavo Alessio
intestinais causando quadro de oclusão e implante se-
Nemer;
cundário no fígado. Laparotomia exploratória por obs-
Instituição: HOSPITAL SANTA RITA DE MARINGÁ
trução intestinal revelou extensa infiltração neoplásica
na parede abdominal, alça intestinal, peritônio, causan- Apresentação do caso: J.S.A., feminino, 38 anos, com
do encarceramento visceral. Realizado enterectomia e lesão do colo uterino. Anátomo-patológico(AP) por col-
confecção de ostomia. A análise patológica evidenciou poscopia(DEZ/14): neoplasia maligna de alto grau com
implantes invasivos de adenocarcinoma mucinoso com diferenciação rosetóide. AP por histeroscopia(JAN/15):
adenocarcinoma endocervical e células rosetóides su- Bartolomei Siqueira Corradi; Paula Ribeiro do Prado;
gestivas de diferenciação neuroendócrina. Imunoisto- Pollyana Ardavicius e Silva; Vitoria Castro Marcos; Paula
química(IHQ): adenocarcinoma com componente de de Julio Matheus;
diferenciação neuroendócrina. Em FEV/15 foi realizada Instituição: HOSPITAL GERAL DE CARAPICUIBA
a histerectomia total ampliada com linfadenectomia
Apresentação do caso: Paciente, masculino, 71 anos,
pélvica bilateral e preservação do anexo direito. AP:
ex tabagista 30 anos/maço, sem comorbidades, em
adenocarcinoma endocervical de colo uterino, grau 2,
investigação ambulatorial de anemia. Negava altera-
invasivo, com 7 mm de extensão e 5 mm de infiltração
ção de hábito intestinal, sangramento, perda de peso
pT1a2pN0M0, FIGO IA2. Sem indicação de terapia adju-
e dor abdominal. Realizou colonoscopia que eviden-
vante. Iniciada proservação trimestral. Em DEZ/16, foi
ciou neoplasia avançada de cólon ascendente cujo
detectada em tomografia computadorizada imagem
anatomopatológico constatou adenocarcinoma bem
nodular na região anterior da pelve, medindo 4,6x2,7
diferenciado invasivo de intestino grosso. Tomografia
cm, de natureza indeterminada. Submetida a laparoto-
de abdome com espessamento parietal concêntrico de
mia: tumor em anexo direito com implante em omento.
ceco e do colo ascendente por um segmento de apro-
AP: carcinoma pouco diferenciado infiltrativo em tecido
ximadamente 9cm, sem determinar oclusão; aumento
ovariano e omento. IHQ: carcinoma neuroendócrino de
do apêndice cecal com paredes finas e calcificações pa-
pequenas células de alto grau. RM de crânio e PET-CT
rietais de conteúdo espesso no seu interior. Paciente foi
de reestadiamento demonstraram múltiplos nódulos
internado para programação cirúrgica. Realizado lapa-
pulmonares bilaterais inespecíficos; linfonodos cervi-
rotomia e identificado lesão tumoral em ceco e cólon
cais submandibular direito, nível II bilateral e nível III
ascendente associado a apêndice cecal dilatado e au-
esquerdo; fígado com área focal no segmento II; focos
mentado de tamanho. Realizada colectomia direita com
na cicatriz da laparotomia; compatíveis com doença. A
anastomose ileotransverso com grampeador linear. O
paciente foi reestadiada com T1aN0M1. Iniciada qui-
anatomopatológico da peça evidenciou adenocarcino-
mioterapia com cisplatina e etoposídeo (4 ciclos), com
ma moderadamente diferenciado de ceco de 8x4,5 cm
término em maio de 2017. Após tratamento, realizou
estadio IIIA pT3 N1 MX e apêndice cecal de 11x3,5cm
exames de reestadiamento que não evidenciaram do-
correspondendo a cistoadenoma mucinoso. Paciente
ença, sugerindo resposta completa, inclusive dos nódu-
evoluiu bem após a cirurgia, recebendo alta para segui-
los pulmonares. Discussão: O adenocarcinoma repre-
mento com serviço oncológico. Discussão: A incidência
senta cerca de 20% dos casos das neoplasias de colo
de mucocele de apêndice e câncer colorretal é pouco
uterino, ao passo que o carcinoma neuroendócrino, en-
descrita na literatura, variando de 0,3 a 20%. A muco-
tidade incomum e agressiva, representa apenas 2%. A
cele de apêndice é um evento raro, correspondendo a
coexistência destes dois tumores é extremamente rara.
8% dos tumores de apêndice e presente em 0,2 a 0,3
A Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia pre-
% das apendicectomias. Trata-se de uma dilatação do
coniza como primeiro tratamento para estádios clínicos
apêndice vermiforme causada por acúmulo de material
iniciais do adenocarcinoma do colo uterino, a cirugia ex-
mucoso. Existem duas formas de apresentação: forma
clusiva. Dada a infrequência da associação destas duas
benigna (mucocele simples e o cistadenoma mucinoso)
neoplasias, não há estudos que estabeleçam protocolo
ou forma maligna (cistadenocarcinoma mucinoso). A
específico para seu manejo. Assim sendo, o tratamento
mucocele simples corresponde a hiperplasia mucosa
quimioterápico é baseado no carcinoma pulmonar de
sem atipias; no cistadenoma mucinoso há presença de
pequenas células devido às suas semelhanças histoló-
algum grau de atipia; já no cistadenocarcinoma muci-
gicas. Conclusão: Cabe salientar que mesmo em lesões
noso pode estar presente invasão estromal ou implan-
neoplásicas iniciais, a evolução pode ser desfavorável,
tes peritoniais. O curso da doença é assintomático em
principalmente quando há associação com carcinoma
50% dos pacientes, sendo geralmente um achado inci-
neuroendócrino, por ser este de pior prognóstico.
dental como no caso descrito. Quando sintomáticos os
Contato: RONALDO MURAI MINHOLI – ronaldo_ pacientes apresentam dor abdominal, massa palpável
minholi@yahoo.com.br em fossa ilíaca direita e perda de peso. A conduta reco-
mendada é a colectomia direita. Comentários finais: A
ocorrência de adenorcarcinoma e lesão sincrônica em
apêndice é um evento raro. É imprescindível avaliação
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL pré e intraoperatórias completas para excluir tais le-
CÓDIGO: 60181 sões sincrônicas e ministrar tratamento adequado.
Contato: CAROLINA NOGUEIRA FERRAZ TREMONTE –
ADENOCARCINOMA DE CÓLON
carolinatremonte@gmail.com
SINCRÔNICO A MUCOCELE DE
APÊNDICE – RELATO DE CASO
Autores: Carolina Nogueira Ferraz Tremonte; Leonardo
Marques Silveira; Bruno Amantini Messias; Matheus
poderia ter se prolongado, já que a mesma não possui Autores: Oscar Cavalcante Ferro Neto; Myra Jurema
sintomas e nem história familiar que a motivariam a da Rocha Leão; Aldo Vieira Barros; Filipe Augusto
procurar assistência médica Porto Farias de Oliveira; Amanda Lira dos Santos Leite;
Frederico Theobaldo Ramos Rocha; Robério Silva Melo;
Contato: PEDRO HENRIQUE MENDES FIGUEIREDO – Diego Windson de Araújo Silvestre;
phmendes.figueiredo@gmail.com Instituição: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ
Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino de
33 anos com história de plenitude pós-prandial e leve
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO desconforto abdominal há 3 meses.Etilista social.Sem
CÓDIGO: 61926 antecedentes pessoais e familiares para neoplasia. Ao
exame físico, ECOG 1, anictérica com abdome indolor
ADENOCARCINOMA GÁSTRICO: e sem isceromegalias. Tomografia de abdome apresen-
LINFADENECTOMIA D1 VERSUS D2 NO tando formação expansiva captante de contraste com-
TRATAMENTO CIRÚRGICO CURATIVO prometendo a cabeça de pâncreas de 4,4 x 4,2 x 0,6 cm,
além de formação ovalar hipodensa no segmento IVb
Autores: Meire Cardoso da Mota Bastos; Carlos
do fígado de 4 cm. Marcadores tumorais com dosagens
Alexandre Meneghelli; Pedro Lorencini Belloti; Ana
Luiza Miranda Cardoso Machado; Luiz Fernando normais. A paciente foi submetida a Duodenopancrea-
Mazzini Gomes; Luiz Augusto de Castro Fagundes FIlho; tectomia + Metastasectomia Hepática. O Exame de aná-
Leonardo Orletti; Marcio Diniz Barreto; tomopatológico foi compatível com adenocarcinoma
Instituição: HOSPITAL SANTA RITA DE CASSIA moderadamente diferenciado de cabeça de pâncreas
(4,0 x 3,0 cm) infiltrando papila duodenal, sem compro-
Introdução: A gastrectomia radical com linfadence- metimento linfonodal (0/14)com metástase hepática
tomia regional é o úncico tratamento potencialmente pT4N0M1. Recebeu alta no 8° dia de pós operatório.
curativo para o adenocarcinoma gástrico.No entanto, Encaminhada a Quimioterapia Adjuvante. Objetivo: O
permanece controversa a importância e o grau de ex- objetivo deste caso foi relatar um caso de adenocarci-
tensão da linfadenectomia. Objetivo: Analisar com- noma metastático em paciente jovem com desfecho fa-
parativamente os resultados do tratamento cirúrgico vorável. Discussão: O adenocarcinoma pancreático é a
dos pacientes submetidos à gastrectomia subtotal ou décima neoplasia mais incidente no mundo, perfazen-
total associada à linfadenectomia D1 ou D2. Método: do cerca de 90 % de todos os casos diagnosticados com
Trata – se de um estudo retrospectivos com pacientes câncer de pâncreas, por ser uma doença de difícil diag-
portadores de adenocarcinoma gástrico submetidos a nóstico e por seu comportamento agressivo, apresenta
gastrectomia total ou subtotal com linfadenectomia D1 alta taxa de mortalidade, sendo sua incidência bastante
ou D2, em uma instituição de referência em Vitória – ES, próxima à sua incidência. No Brasil, é responsável por
no período de 2008 a 2013. Foram excluídos os pacien- cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados
tes submetidos à linfadenectomia D0, linfadenectomia e por 4% do total de mortes por doença. Raro antes dos
extendida, cirurgia de urgência e outras histologias. Re- 30 anos, torna-se mais comum a partir dos 60. A inci-
sultados: População de 197 pacientes. A sobrevida glo- dência é mais significativa em homem. O caso apresen-
bal média de ambos os grupos foi 29, 5 meses. Dos 60 tando, contrariando a literatura, foi um achado de ade-
pacientes submetidos à linfadenectomia D1: a média nocarcinoma pancreático em uma mulher jovem, ainda
de idade foi 72,4 anos, sobrevida média de 26, 7 me- que com diagnóstico tardio (por apresentar Estadio IV
ses e sobrevida em 3 anos de 45%. Dos 137 pacientes – fígado), o que acontece em 50 % dos casos, foi tratada
submetidos à linfadenectomia D2: a média de idade foi em tempo para um caráter curativo, melhorando assim
63,3 anos, sobrevida média de 28, 2 meses e sobrevida a chance de maior sobrevida global que o considerado
em 3 anos de 55%. Conclusão: A linfadenectomia D2, pela literatura (mediana 4-6 meses). Conclusão: A con-
padrão-ouro no tratamento cirúrgico do adenocarcino- duta cirúrgica primária nesta paciente, apesar de sua
ma gástrico, deve ser praticada nos pacientes sem ur- doença metastática, pelo fato de apresentar a lesão
gência devido o melhor desfecho pós-operatório. secundária única e de localização hepática periférica
Contato: MEIRE CARDOSO DA MOTA BASTOS – foi passível de ressecção cirúrgica sem o aumento sig-
meirebastos_fmc@hotmail.com nificativo da morbidade pelo procedimento, a paciente
se beneficiou com a melhor estratégia terapêutica, que
quando realizada em serviços estruturados e equipes
capacitadas, promove uma melhor chance de benefi-
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO ciar o paciente.
CÓDIGO: 59708
Contato: MYRA JUREMA DA ROCHA LEÃO – myra.
rocha@hotmail.com
ADENOCARCINOMA PANCREÁTICO DE
COMPORTAMNETO ATÍPICO
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA Autores: Raul Lázaro de Melo Filho; André Medeiros
CÓDIGO: 60621 de Carvalho; Augusto Angelo Granado Bottino; Taís
Menezes Magalhães; Daiana Lopes do Nascimento;
ADENOLIPOMA DE TIREOIDE: RELATO Renato Morato Zanatto; Lenira Maria Queiroz Mauad;
DE UM CASO E REVISÃO DE LITERATURA Instituição: HOSPITAL AMARAL CARVALHO
Autores: Leonardo Werner Rasche; Ícaro de Azevedo Apresentação do caso: Paciente E.V.T., 15 anos, corri-
Alexandre; João Lucas Cunico; Gabriel Porto de Souza; mento vaginal com odor fétido e polaciúria há 3 meses.
Letícia Signori Kohl; Isabella Kern Arendt; Josiane Borges Na UBS realizou US abdome que evidenciou tumoração
Stolfo; José Sperry Júnior; sólida de limites imprecisos ocupando toda pelve de
Instituição: UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO provável origem uterina. Encaminhada ao serviço de
Apresentação do caso: Paciente feminina, 61 anos oncologia para tratamento especializado. EF: ECOG 0,
apresentando nódulo suspeito na ultrassonografia e emagrecida, exame ginecológico e biópsia sob sedação
em exame citológico de punção aspirativa por agulha com evidência de grande tumoração de colo ulcerada
fina (PAAF) e a paciente foi submetida à tireoidectomia e friável; TR tumoração semi-fixa abaulando parede
total. O exame macroscópico revelou tireóide pesan- do reto com paramétrios livres. CTS tórax e abdome
do 11 g com nódulos pardo-claros e elásticos no lobo total: tumoração na pelve de 12x11x9 cm proveniente
esquerdo, medindo até 2,4 cm. O exame microscópico do útero com compressão do reto e bexiga sem dila-
evidenciou nódulo com fina cápsula fibrosa, constituí- tação dos ureteres. Retoscopia: Compressão extrín-
do por folíiculos tireoidianos entremeados por variável seca. IHQ: Adenossarcoma Mulleriano ulcerado com
quantidade de tecido adiposo. Mediante os achados, crescimento sarcomatoso. Paciente evoluiu com san-
foi realizado o diagnóstico de adenolipoma do lobo gramento trans-vaginal enquanto aguardava resultado
esquerdo da tireóide. Discussão: Os adenolipomas da IHQ sendo este contido parcialmente com RT anti-
tireoidianos são lesões benignas, extremamente ra- -hemorrágica. Já com LHP definitivo orientado paciente
ras, formadas por tecido adiposo e folículos tireoidia- e responsáveis sobre a proposta cirúrgica e sequelas
nos, bem delimitados e de origem obscura, tendo-se definitivas. Paciente submetida à HTA tipo 2 com extra-
suspeita de relação com uma metaplasia por hipóxia ção dos ovários. Não indicado adjuvância. Discussão:
dos fibroblastos.O tecido adiposo é encontrado nor- Adenossarcoma de útero são tumores extremamente
mamente em muitas glândulas do sistema endócrino, raros que caracterizam-se por associação de um com-
porém, estranha à tireoide. Quando presente, pode se ponente estromal maligno a um componente epitelial
apresentar de forma encapsulada ou difusa, manten- benigno. A maioria ocorre na pós-menopausa, e cerca
do comportamento benigno e bem diferenciado. Uma de 40% em mulheres jovens. O sintoma mais comum
das complicações da persistência do tecido adiposo é o sangramento vaginal e os sinais encontrados com
na glândula tireoide é a possibilidade de crescimento mais frequência são aumento uterino, dor pélvica e
desse tecido e posterior obstrução de estruturas adja- queixas urinárias. Apresentam-se como uma tumora-
centes, causando disfagia e/ou dispneia. Na literatura ção polipóide, com base larga e coloração acinzentada
há aproximadamente 30 casos de adenolipoma estri- ou marrom, com áreas de necrose ou hemorrragia e,
tamente tireoidiano. Nos estudos revisados, a maioria geralmente localizada no fundo uterino. Aproximada-
dos pacientes possuía função tireoidiana normal, as- mente 15% dos adenossarcomas invadem o miométrio,
sim como a paciente do presente relato. Podendo-se menos de 5% apresentam invasão profunda. Próximo
concluir que as anormalidades encontradas em alguns de 40% apresentam metástases ou recidivam, sendo a
pacientes foram apenas eventualidade, não mantendo pelve e a vagina os sítios mais comuns. A única carac-
relação direta com o adenolipoma de tireoide. Conclu- terística morfológica que se associa a recidiva é a in-
são: Adenolipomas de tireoide são tumores benignos vasão miometrial. As recidivas e metástases são com-
raros da glândula tireóide, com grande diagnostico di- postas exclusivamente pelo elemento sarcomatoso. O
ferencial, habitualmente cursando com eutireoidismo. diagnóstico de sarcoma uterino é baseado no exame
O diagnostico requer investigação por imagem e exa- histopatológico. Uma completa avaliação física e da
mes cito e histopatológico, sendo a ressecção cirúrgica pelve deve ser feita antes da indicação do tratamento
o tratamento de escolha. e, exames de imagem que avaliem tórax, abdômen e
pelve são necessários devido ao risco de metástase,
Contato: LEONARDO WERNER RASCHE – leonardo_ principalmente hepática e pulmonar. A cirurgia é o
rasche@hotmail.com tratamento de escolha quando possível. Comentários
finais: Paciente apresentou boa evolução, está em se-
guimento ambulatorial há 17 meses, sem evidência de
recidiva da doença.
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
CÓDIGO: 61766 Contato: RAUL LÁZARO DE MELO FILHO –
raulfilho_26@hotmail.com
ADENOSSARCOMA DE ÚTERO
Introdução: A Amiloidose é uma doença rara caracte- GROSSA GUIADAS POR TOMOGRAFIA
rizada pelo deposito extracelular de proteínas fibrilares COMPUTADORIZADA
anormais insolúveis em vários tecidos ou órgãos e que
Autores: demian jungklaus travesso; rayssa araruna
caracteristicamente coram com o vermelho do Congo.
bezerra de melo; maria fernanda arruda de almeida;
A doença pode acometer o organismo de forma sis- Chiang Jeng Tyng; ALMIR GALVAO BITENCOURT; PAULA
têmica ou localizada, e ser primária ou secundária. A NICOLE VIEIRA PINTO BARBOSA; mauricio kauark
classificação dos tipos de amiloidose baseia-se na iden- amoedo; RUBENS CHOJNIAK;
tificação da proteína precursora que forma os respecti- Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
vos depósitos. A amiloidose primária (imunoglobulinas
monoclonais de cadeias leves, AL) constitui o tipo mais Introdução: Os tumores sólidos pancreáticos podem
comum de amiloidose. Os órgãos mais comumente estar relacionados a diversas patologias, com diferen-
afetados são o coração e os rins. Cerca de 15% destes tes abordagens terapêuticas. A confirmação histológi-
doentes apresentam mieloma múltiplo, sendo este o ca é necessária na maioria dos casos, para adequado
tipo de amiloidose que mais frequentemente envolve planejamento terapêutico. Existem várias técnicas para
o trato gastrointestinal, podendo afetar qualquer par- obtenção de material para análise histológica ou citoló-
te do tubo digestivo e apresentar-se de forma distinta gica de lesões pancreáticas, como biópsias percutâneas
consoante a sua localização. As manifestações clínicas guiadas por métodos de imagem, biópsias endoscópi-
e endoscópicas são inespecíficas, podendo mimetizar cas ou cirúrgicas. Objetivo: Avaliar as técnicas, resulta-
outras doenças do aparelho digestivo. A amiloidose dos e complicações de biópsias percutâneas com agu-
primária (AL) raramente se apresenta com hemorragia lha grossa de lesões sólidas pancreáticas, guiadas por
gastrointestinal aguda, especialmente na ausência de tomografia computadorizada (TC). Material e Método:
doença em outra parte do organismo. A verdadeira in- Foram revisados os registros e as imagens de biópsias
cidência da amiloidose é desconhecida, pois apenas os percutâneas guiadas por TC de lesões sólidas pancreá-
doentes sintomáticos são investigados. O diagnóstico ticas realizadas em um centro oncológico de referência,
definitivo é estabelecido pelo exame histopatológico. entre janeiro de 2012 e junho de 2017. Todos os proce-
Apresentação do caso: Trata-se de um paciente mas- dimentos foram realizados com agulha grossa de corte
culino, 67 anos com queixa de disfagia, hematêmese e em sistema coaxial, utilizando-se dispositivo automáti-
perda ponderal, com três meses de evolução. O mes- co de disparo. Resultados: 200 procedimentos foram
mo foi submetido a uma primeira endoscopia digestiva incluídos no estudo. Foi quantificado a idade média dos
alta, em caráter ambulatorial, e teve diagnóstico de le- pacientes, a média de sobrevida após a biópsia, a locali-
são gástrica bormann IV. Deu entrada para internação zação e características da lesão alvo, técnicas auxiliares
em fevereiro de 2017, no Hospital Universitário João de e complicações relacionadas a biópsia, a distância per-
Barros Barreto (HUJBB), para tratamento cirúrgico. No corrida da pele até o alvo e o sucesso diagnóstico. Con-
exame físico do abdome constatou-se massa palpável clusão: A biópsia percutânea com agulha grossa guiada
em epigástrio. Realizou nova endoscopia que sugeriu por TC constitui método seguro e minimamente inva-
diagnostico diferencial com linfoma, porém o histopa- sivo para o diagnóstico histológico das lesões sólidas
tológico caracterizou amiloidose gástrica. Devido o mal pancreáticas, exibindo baixos índices de complicação e
estado clínico do paciente o mesmo evoluiu a óbito em alta acurácia diagnóstica. Referências: 1. Tyng CJ, Almei-
março de 2017, antes da instituição do tratamento ade- da MFA, Barbosa PN, et al. Computed tomography-gui-
quado para amiloidose gástrica. Conclusão: A amiloi- ded percutaneous core needle biopsy in pancreatic tu-
dose gástrica é pouco frequente na prática clínica diá- mor diagnosis. World Journal of Gastroenterology: WJG.
ria. Por vezes a doença se apresenta de forma similar 2015;21(12):3579-3586.doi:10.3748/wjg.v21.i12.3579.
a outas afecções do aparelho digestivo. Desta forma o 2. Goldin SB, Bradner MW, Zervos EE, Rosemurgy AS
diagnóstico endoscópico acompanhado de histopatoló- 2nd. Assessment of pancreatic neoplasms: review of
gico é de suma importância para a detecção da doença biopsy techniques. J Gastrointest Surg. 2007 Jun;11(6):
e instituição de tratamento adequado, evitando assim 783-90. 3. Clarke DL, Clarke BA, Thomson SR, Garden3
desfechos desfavoráveis. OJ, Lazarus NG. The role of preoperative biopsy in pan-
creatic cancer. HPB 2004,6 (3): 144-53. 4. Matsuyama M,
Contato: SANNAY VALOIS DA SILVA – VALOIS. Ishii H, Kuraoka K, et al. Ultrasound-guided vs endos-
SANNAY@ME.COM copic ultrasound-guided fine-needle aspiration for pan-
creatic cancer diagnosis. World Journal of Gastroente-
rology : WJG. 2013;19(15):2368-2373. doi:10.3748/wjg.
v19.i15.2368. 5. American Journal of Roentgenology.
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
2006;187: 769-772. 10.2214/AJR.05.0366
CÓDIGO: 61997
Contato: DEMIAN JUNGKLAUS TRAVESSO –
AMPLIAÇÃO DOS RESULTADOS NAS demiantravesso@gmail.com
BIÓPSIAS DO PÂNCREAS POR AGULHA
ficativas entre 2014 e 2016. Entretanto, vale ressaltar foram para macrometástase e 14 para micrometástase;
que lesões cutâneas advêm principalmente de exposi- 21 linfonodos falso-negativos: 7 para macrometástase
ção e queimaduras ainda na infância e na adolescência. e 14 para micrometástase, indicando a 17.6% falso-ne-
Muitos entrevistados apresentaram exposição precoce, gativos no imprint. O imprint apresentou sensibilida-
causando danos cumulativos manifestados como le- de de 61.8%, especificidade e valor preditivo positivo
sões tardiamente. máximos (100%), valor preditivo negativo de 82.4% e
acurácia de 86.3%. O método apresentou sensibilida-
Contato: BETINA MARIA GIORDANI – begiordani@
de nula para a identificação de micrometástases. Con-
gmail.com
clusão: A taxa de falso-negativos no imprint, associado
ao número de LS obtidos, e a taxa de resposta com-
pleta à quimioterapia neoadjuvante obtido no estudo
TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA é comparável à literatura atual. O imprint possuiu boa
CÓDIGO: 59392 acurácia, excelente especificidade para a detecção do
LS, contudo não foi capaz de detectar micrometástases
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE linfonodais.
AVALIAÇÃO INTRAOPERATÓRIA Contato: RONALD ENRIQUE DELGADO BOCANEGRA –
POR IMPRINT E AVALIAÇÃO rdelgado_m@yahoo.es
HISTOPATOLÓGICA DE PEÇA EMBEBIDA
EM PARAFINA DE LINFONODO
SENTINELA EM NEOPLASIA
TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA
MALIGNA DE MAMA TRATADA COM CÓDIGO: 61875
QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE
Autores: Ronald Enrique Delgado Bocanegra; Eduardo ANÁLISE DA INCIDÊNCIA E
Camargo Millen; Larissa de Jesus Almeida; ESTADIAMENTO AO DIAGNÓSTICO
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA DO CÂNCER DE MAMA EM CENTRO
Introdução: No Brasil, o câncer de mama é a neoplasia ONCOLÓGICO DE REFERÊNCIA DE
maligna mais prevalente entre as mulheres. A biópsia SERGIPE
de linfonodo sentinela (BLS) permite o estadiamento Autores: Mateus Santos Cornélio; Roberto Queiroz
linfononal e sua aplicação reduz a morbidade da cirur- Gurgel; José Vieira Barreto Junior; Nayara Rezende
gia axilar, tornando a realização do esvaziamento axilar Fonseca; José Humberto Guimarães Santos; Isabelle
restrita a situações específicas. O “imprint” citológico Menezes Maciel; Rynat Dasaev Oliveira Chagas;
é uma das técnicas utilizadas para detecção intraope- Instituição: UNIVERSIDADE TIRADENTES
ratória de metástase linfonodal. Entretanto a histopa-
Introdução: O câncer (CA) de mama é o mais comum,
tologia é considerada método padrão-ouro. Objetivo:
representando cerca de 25% de todos tipos de câncer
comparar o método de imprint citológico e a avaliação
diagnosticados nas mulheres, e também a principal
histopatológica em parafina para detecção de linfonodo
causa de morte por câncer entre elas – cerca de 15% de
sentinela em mulheres com neoplasia de mama, trata-
todas as mortes por câncer em 2012. A doença também
das com quimioterapia neoadjuvante. Método: Foi rea-
pode ocorrer nos homens, porém em números bem
lizado estudo transversal de 2014-2016, que incluiu pa-
menores. No Brasil verifica-se aumento da incidência:
cientes com câncer de mama, com laudo de linfonodo
para 2016 estimou-se 57.960 novos casos, 11.190 na re-
sentinela (LS) que foram submetidas à imprint durante
gião Nordeste. Sergipe apresentou 41,03 casos por 100
a cirurgia e que fizeram quimioterapia neoadjuvante
mil habitantes. Esses dados demonstram a importân-
em instituição de referência em oncologia localizada no
cia do CA de mama nacional, regional e estadualmente.
Rio de Janeiro – Brasil. Foram coletadas em prontuário:
Apesar de ser uma doença heterôgenea com mais de
idade, diâmetro tumoral, tipo histológico e grau de dife-
20 subtipos reconhecidos, o CA de mama em 80% dos
renciação, diagnóstico por imprint, histopatológico em
casos origina-se do epitélio ductal e são reconhecidos
parafina e resposta clínico – radiológica parcial ou com-
como carcinoma ductal invasivo. A mamografia bienal
pleta à quimioterapia. Análise de sensibilidade, especi-
para mulheres entre 50 e 69 anos é recomendada pelo
ficidade, acurácia, valores preditivos positivo e negativo
Ministério da Saúde no Brasil como estratégia de ras-
foram calculados pelas fórmulas padrão. Resultados:
treamento para esse CA, que apresenta bom prognós-
foram incluídos 64 casos, com idade média de 51 anos,
tico se diagnosticado e tratado oportunamente. Além
tipo histológico mais frequente de carcinoma ductal in-
disso, alimentação saudável, prática de atividade física
vasivo (93.75%) e grau 2 de diferenciação (62.5%). Fo-
regular e manutenção do peso ideal podem evitar cerca
ram identificados 153 linfonodos, com média de 2.39/
de 30% dos casos de CA de mama. Objetivo: Analisar
caso, 34 linfonodos positivos para malignidade no im-
a incidência e o estadiamento ao diagnóstico do cân-
print e 55 na parafina. Dos 55 linfonodos positivos, 41
cer de mama em hospital de referência do estado de
Sergipe, no período de 2010 a 2015. Método: Foi reali- diagnósticos. Os sintomas mais mencionados entre as
zado um estudo transversal restrospectivo por análise pacientes avaliadas foram por piora na relação sexu-
de prontuários dos pacientes com câncer de mama em al (31,2%), seguido de fogachos (25, 8%) e neuropatia
centro oncológico de referência em Sergipe no período periférica (16, 1%). Houve significância nos achados de
entre 2010 e 2015. Resultados: Observou-se que esse piores escores (sintomas de imagem corporal, meno-
centro oncológico apresenta alta incidência de câncer pausa e atividade sexual) das pacientes com diagnósti-
de mama comparada aos dados do INCA. Além de o es- co de carcinoma quando comparadas as mulheres com
tadiamento ao diagnóstico ter se mostrado avançado displasia de alto e baixo grau. Pacientes tratadas com
na maioria dos casos, sendo os estádios III e IV os mais histerectomia isolada tendem a apresentar melhores
encontrados. Conclusão: Os diagnósticos em estadia- resultados em termos de prazer sexual e função se-
mentos elevados podem estar associados às dificulda- xual/vaginal se comparadas com aquelas submetidas
des de acesso a saúde. Tal problema tem implicado na a tratamento adjuvante. Conclusão: As mulheres com
diminuição da qualidade de vida dos pacientes, conse- Carcinoma de colo de útero apresentaram mais sinto-
quente dos maus prognósticos. mas referentes à imagem corporal e à menopausa e
foram menos sexualmente ativas, quando compara-
Contato: ISABELLE MENEZES MACIEL – bellemaciel@
das àquelas diagnosticadas com Displasia e, portanto,
hotmail.com
apresentaram maior comprometimento da Qualidade
de Vida e da Função Sexual.
Contato: FABIO ROBERTO FIN – fabiofin@hotmail.com
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
CÓDIGO: 61764
clusão: Até a presente data, essa coorte de pacientes paciente com diagnostico em estadios inicias.
de melanoma acral representa a maior série hospitalar
Contato: PHILLIPE ABREU REIS – phillipeareis@gmail.
mundial. O estágio ao diagnóstico foi o principal fator
com
prognóstico da sobrevida global e livre de progressão.
Para os pacientes que realizaram a biópsia do linfono-
do sentinela, a presença de metástase linfonodal e a
espessura tumoral foram os principais fatores determi- TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
nantes da sobrevida. CÓDIGO: 59968
Contato: LUIZ FERNANDO NUNES – lfernandonunes@
gmail.com ANÁLISE DE 52 PACIENTES COM TUMOR
DE PAREDE TORÁCICA SUBMETIDOS
A TRATAMENTO CIRÚRGICO EM UM
HOSPITAL ONCOLÓGICO DO SUL DO
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
PAÍS
CÓDIGO: 60072
Autores: Tariane Friedrich Foiato; Jessica Takaki;
Gerardo Cristino Gavarette Valladares; Vitor Arce
ANÁLISE DE 1197 CASOS TRATADOS Cathcart Ferreira; Bruno Rafael Kunz Bereza; Tauana
POR CÂNCER DE PRÓSTATA EM 5 ANOS Karoline Friedrich Foiato; Anne Karoline Groth; Maria
Autores: Phillipe Geraldo Teixeira de Abreu Reis; Flavio Cecilia Closs Ono; Alfredo Benjamin Duarte da Silva;
Daniel Saavedra Tomasich; Ronald Kool; Gabriela Vinícius Basso Preti;
Romaniello; Deisy Dalke; Larissa Raso Hammes; Instituição: HOSPITAL ERASTO GAERTNER
Raphaella Ferreira; Nathan Harmuch Kohl;
Introdução: Os tumores primários da parede torácica
Instituição: HOSPITAL ERASTO GAERTNER
são raros, apresentam origens variadas. A manifesta-
Objetivo: Apresentar os dados coletados e processa- ção clínica é inespecífica, a principal queixa é a dor, mas
dos pelo Registro Hospitalar de Câncer do Hospital dos geralmente é vaga e não caracteriza um tipo ou local
pacientes com câncer do prostata no período de 2010 específico e isso compromete o diagnóstico precoce. O
até 2014. Estudar as características epidemiológicas tratamento dos tumores da parede torácica é cirúrgico
tentando definir quais os fatores de risco para a doença na maioria dos casos, com ressecção ampla. Objetivo:
assim como para o resultado do seu tratamento. Méto- avaliar resultados cirúrgicos e oncológicos de pacientes
do: Os dados foram coletados diretamente do prontuá- com tumor de parede torácica submetidos à toracec-
rio médico junto ao Serviço de Arquivo Médico. A ficha tomia. Método: Estudo retrospectivo de 52 pacientes
utilizada é baseada no formato padrão do Instituto Na- com tumor de parede torácica tratados com toracec-
cional do Câncer. As frequências absolutas e relativas tomia entre os períodos de 1998 à 2013. Resultados:
foram geradas a partir do sistema SISRHC e tabuladas A média de idade dos pacientes do estudo foi de 39,
através do Sistema EpiInfo, versão 7.1. A taxa de sobre- 8 anos, sendo em sua maioria do sexo masculino com
vida foi calculada pelo método de Kaplan-Meier. Resul- 58%. Os tipos histológicos mais encontrados foram lipo-
tados: Foram tratados 1197 casos de câncer de prós- ma, osteossarcoma, Schwanomma e teratoma imaturo,
tata no período de 2010 a 2014. A maioria dos casos cada um apresentando 3 casos. A principal modalidade
ocorreu apos os 60 anos de idade, com pico de incidên- de tratamento aplicada foi a cirurgia exclusiva, indicada
cia entre 65 e 69 anos. Em relação à procedência dos em 67% dos casos, e a principal complicação foi a infec-
pacientes 39, 6% eram provenientes da capital e 34% ção de ferida operatória com incidência de 6%. O tipo
da região metropolitana. 53,4% dos pacientes apresen- de reconstrução mais empregado para o fechamento
tavam história família positiva para câncer de prósta- do defeito cirúrgico foi fechamento por primeira inten-
ta, 28, 7% apresentavam historia positiva para etilismo ção em 25 pacientes, seguido do retalho miocutâneo
e 31,6% para tabagismo. O estadiamento, baseado com rotação do músculo grande dorsal em 22 casos.
no TNM (UICC), apresentou 55, 6% de casos iniciais, e Houve recidiva local em 3 pacientes e em 11 pacientes
44,4% de casos avançados ao diagnostico. Quanto ao houve progressão de doença com aparecimento de me-
tipo de tratamento realizado na instituição 28, 8 % dos tástases em pulmão, ossos, SNC e fígado. Foi avaliada a
pacientes foram submetidos à cirurgia, 17, 5% a hormo- sobrevida em 5 anos apresentando 34,6% dos pacien-
nioterapia e 37, 3% a radioterapia isolada e tratamento tes vivos sem doença, 13,4% vivos, porém com doença
combinado em 9, 5%. Apos 8 meses de tratamento 92% em atividade e aproximadamente 20% foram a óbito.
dos pacientes estavam vivos e 2% foram a óbito. A so- Conclusão: A ressecção ampla com eliminação com-
brevida global em 5 anos foi de 77, 2% considerando pleta da doença associada às técnicas de reconstrução
todos estadios, variando de 54,7% para EC IV e 100% permitiu um aumento no tempo de sobrevivência. A
para EC I. Conclusões: O câncer de próstata apresen- prioridade é a restauração da integridade funcional e
ta-se como uma doença indolente, com altas taxas de estrutural do tórax. A reconstrução é necessária para
sobrevida global em 5 anos, e considerável numero de prevenir déficits respiratórios (movimento paradoxal),
proteção mecânica de estruturas mediastinais e buscar mária: 11,3% eram de cólon esquerdo, 14,8% de cólon
técnicas que combinem chance de cura com qualidade direito, 7, 4% de cólon transverso, 22,2% de sigmoide,
de vida satisfatória. 33,3% de reto e 14,8% de junção retossigmóidea. 6 pa-
cientes foram submetidos a neoadjuvância. 1 paciente
Contato: TARIANE FRIEDRICH FOIATO MANETTI –
desenvolveu fístula colorretal (3,7%), tratado conserva-
tarianefoiato@msn.com
doramente e que não evoluiu a óbito
Contato: MATHEUS GUEDES MONTEIRO –
matheusguedesmonteiro@gmail.com
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
CÓDIGO: 61775
CÓDIGO: 60979
mas apresentava lesões características e mesmo com definida de mensuração imprecisa envolvendo todo có-
o tratamento de escolha teve recidiva local após 3 me- lon esquerdo e linfonodomegalia retroperitoneal. Nes-
ses. Conclusão: A forma agressiva e recidiva precoce se momento recebemos o resultado de IHQ: LNHDGCB.
do tumor, saindo da evolução tradicional, denotam a No contexto de urgência o paciente iniciou tratamento
raridade e mau prognóstico do caso. Dessa forma, o com a equipe da Hematologia com protocolo Rchop,
seguimento clínico e a avaliação seriada são fundamen- atualmente em seguimento e em programação de ra-
tais para detecção precoce de recidivas e metástases e dioterapia para consolidação. Comentários finais: A
para maior sobrevida. apresentação do LNHDGCB extranodal apresar de ser
relativamente frequente, 40% dos casos, não se dá, em
Contato: ISABELLE FRANÇA BEZERRA –
geral, com uma apresentação de Abdome Agudo. No
isabellefbezerra@gmail.com
caso apresentado além de uma apresentação atípica
com início do quadro com Abdome Agudo perfurativo/
isquêmico o achado tomográfico de aeroprotograma,
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA que é muito raro, conota gravidade do quadro, porém
CÓDIGO: 59745 com esforço multidisciplinar houve sucesso no trata-
mento do caso.
APRESENTAÇÃO ATÍPICA DO LINFOMA Contato: RAFAEL SANTOS DE SOUZA –
NÃO-HODGKIN DIFUSO DE GRANDES rafaelsantosdesouza@yahoo.com.br
CÉLULAS B – ABDOME AGUDO
PERFURATIVO/ISQUÊMICO
Autores: Rafael Santos de Souza; Luciana Bitencourt
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
Carvalho; MIchelle Petrolli Silveira; Paulo Roberto Zanin
Mesquita; Miyllena Gomes D´Almenida; Elisa Faria CÓDIGO: 59915
Uveda; Débora Toledo Amaral; Ana Beatriz Costa;
Instituição: UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUACI APRESENTAÇÃO DE METÁSTASE
HEPÁTICA PARENQUIMATOSA EM
Apresentação do caso: O Linfoma Não-Hodgkin Difuso CARCINOMA SEROSO DE ALTO GRAU
de Grandes Células B (LNHDGCB)é o tipo mais comum
OVARIANO
de Linfoma Não-Hodgkin, correspondendo a cerca de
30% dos casos. Apresentação extranodal é vista em Autores: Jeancarllo de Sousa Silva; Márcio Neves Stefani;
Caoru Alberto; Ticiane da Costa Martins; Paulyne de
40% dos casos e o local mais comum é o trato gastroin-
Souza Viapiana; Adnaldo da Silveira Maia;
testinal. Paciente J.C.N, masculino, 55 anos, sem histó-
rico neoplásico familiar, queixava de dor abdominal do Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS
tipo cólica irradiada para a região lombar bilateral há Apresentação do caso: Em 2012, paciente de 50 anos,
seis meses, além de aumento do volume abdominal há atendida por dor lombar progressiva, sem hiporexia
dois meses teve piora da dor há quinze dias. Procurou ou perda ponderal. Nega etilismo, tabagismo e histó-
o serviço de urgência com o agravamento dos sintomas ria oncológica. Exames de imagem identificaram massa
associados a vômitos. Ao exame físico abdome globo- pélvica heterogênea de origem ovariano com líquido
so, distendido, doloroso à palpação difusa e presença livre. Detectada massa ovariana bilateral com infiltra-
de massa palpável no hipocôndrio esquerdo. Realizada ção uterina e de reto superior, carcinomatose perito-
tomografia (TC) de abdome que identificou: espessa- neal, omental, implantes volumosos em hilo esplênico,
mento difuso de alças de delgado e formação expan- implantes superficiais em delgado, estômago e cápsula
siva medindo 18x13cm, linfonodomegalia adjacente, hepática. Procedeu-se com citorredução oncológica óti-
linfonodomegalia em cadeia ilíaca esquerda, pneumo- ma, sem evidência macroscópica de doença residual.
peritonio e aeroportograma. Diante desses achados Possuía índice de carcinomatose de 24 pontos e hou-
indicada laparotomia exploradora de urgência que evi- ve a ressecção e eletrocauterização de lesões gástri-
denciou grande quantidade de liquido fecalóide, mas- cas, entéricas e cápsula hepática, exenteração pélvica
sa tumoral aderia às alças e necrose local. Realizada posterior com peritoniectomia pélvica, peritoniectomia
enterectomia desde 10cm do ângulo de Treitz e 150cm parietal e diafragmática, pancreatectomia corpo-caudal
de delgado com ressecção da massa, o procedimento com esplenectomia, omentectomia e apendicectomia,
transcorreu sem intercorrências e o paciente evoluiu linfadenectomia pélvica e retroperitoneal infra-renal. O
bem no pós operatório. Recebeu alta 10 dias após o anatomopatológico evidenciou adenocarcinoma sero-
procedimento. Discussão: O anátomo patológico ini- so papilífero de ovário e invasão de serosa e muscular
cial demonstrou: neoplasia maligna indiferenciada, de sigmóide no produto de exenteração pélvica poste-
solicitou-se imunohistoquimica (IHQ). Porém antes do rior, estadiamento IIIC. Submetida à quimioterapia. Em
resultado da mesma o paciente procurou o pronto so- 2014, detectou-se dois implantes em serosa na região
corro, com queixas semelhantes as anteriores, a nova do ceco e reto durante a reconstrução de trânsito intes-
TC evidenciou formação expansiva heterogênea e mal tinal. Em 2016, paciente apresenta dor em hipocôndrio
direito, com CA 125 normal e ressonância magnética/ firmou o diagnóstico de rabdomiossarcoma (RMS). A
PET evidenciando tumor de 3 cm em segmento II do paciente encontra-se em bom estado geral e realiza
fígado, ressecado com nova peritoniectomia subfrêni- acompanhamento trimestral. Discussão: O RMS é o
ca direita e implante único em delgado, confirmando sarcoma de partes moles mais frequentes em crianças
recaída de Adenocarcinoma. Sensível à Platina, foi no- e adolescentes, correspondendo a cerca de 5% de todos
vamente encaminhada para quimioterapia. Discussão: os tumores pediátricos e metade de todos os sarcomas.
Raros casos de metástase parenquimatosa hepática de Há uma predominância do sexo masculino e, aproxima-
neoplasia ovariana são descritos. Os prognósticos ruins damente, dois terços dos casos ocorrem em crianças
das neoplasias serosas de alto grau levam à suspeita e menores de 6 anos. Entretanto, nos adultos representa
terapia mais precoce e agressiva. Principalmente com menos de 1% de todos os tumores sólidos malignos e
tumores sensíveis à Platina, permitindo que citorre- menos de 3% de todos os sarcomas. Entre seus subti-
duções ótimas garantam um bom seguimento em pa- pos, apenas 1% são anaplásicos. Os RMS não possuem
cientes com doença avançada. Comentários finais: a etiologia e fatores de riscos definidos. A ressecção de
raridade de metástases para outros sítios envolvendo tumores RMS de extremidades deve ser tentada desde
tumores de ovário suscitam estudos na área e avaliação que a função dos membros não seja comprometida. Se
quanto ao prognóstico para os pacientes. De evolução a ressecção não for viável, opta-se por quimioterapia
incomum, casos com comprometido hepático já foram neoadjuvante e terapia local definitiva. Alguns estudos
observados, sendo necessária atenção no manejo dos relatam casos nos quais os pacientes desenvolveram
pacientes com tumores ovarianos. adenocarcinoma de cólon após o tratamento de rab-
domiossarcoma, entretanto não foi encontrado relação
Contato: JEANCARLLO DE SOUSA SILVA – jeancarllo@
na literatura do inverso. Comentários finais: O rabdo-
gmail.com
miossarcoma é um tumor raro em adultos e que carece
de estudos sobre sua etiologia, enquanto o adenocar-
cinoma de cólon é raro em pessoas abaixo de 40 anos
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL e já amplamente discutido em diversos estudos. Infe-
CÓDIGO: 60233 re-se a importância do presente caso de apresentação
de sarcoma raro em adulto de prognóstico reservado
APRESENTAÇÃO DE na ausência de conduta adequada, relevando a fulcral
necessidade de acompanhamento desses pacientes.
RABDOMIOSSARCOMA ANAPLÁSICO EM
PACIENTE ADULTA COM DIAGNÓSTICO Contato: MAYCON FRAN SOARES DA SILVA ROCHA –
PRÉVIO DE ADENOCARCINOMA DE mfsdsr.med@uea.edu.br
CÓLON
Autores: Márcios Neves Stefani; Alice Brito Brandão;
Amanda Moreira de Abreu; Maycon Fran Soares da Silva
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
Rocha; Hildegard Loren Rebouças Santos; Adnaldo da
Silveira Maia; Esthefany Jéssica Rocha dos Santos; Pablo CÓDIGO: 61946
Phillipe Cândido dos Santos;
Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS APRESENTAÇÃO RARA DE TUMOR DE
PEQUENAS CÉLULAS EM OVÁRIO
Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino, 36
Autores: Vanessa Nobre Veras; Danielli de Almeida
anos, sem histórico de câncer na família, nega comor-
Matias; Lucas de Souza Bacellar; Karina de Andrade
bidades e cirurgias prévias. Refere episódios de dor em Vidal Costa; Brendson Gonçalves da Costa; Gabriel
hipocôndrio direito com irradiação para epigástrio que Fernandes de Oliveira Silveira; Matheus José Barbosa
cursavam com melhora após uso de medicação caseira. Moreira; Mailson Meireles Batista;
Em 2013, após quadro de diarreia aguda associada a Instituição: UNIVERSIDADE POTIGUAR
dores abdominal procurou o Pronto Socorro com dores
abdominais e sinal de Blumberg positivo, sendo diag- Apresentação do caso: L.B.M, 43 anos, portadora de
nosticada com apendicite aguda. Foi encaminhada no espondilite anquilosante em tratamento, iniciou qua-
mesmo dia para a laparotomia de emergência na qual dro de dor abdominal e perda ponderal. Realizou RNM
verificou-se um tumor na topografia de cólon direito, (ressonância magnética) de pelve que evidenciou massa
sendo realizada colectomia direita oncológica. Após alta de 12 centímetros em anexo direito. Submetida a lapa-
fora encaminhada a centro de referência em oncologia, rotomia exploradora em dezembro de 2016 seguida de
seguindo em acompanhamento semestral. Em 2016, histerectomia total ampliada com múltiplas biópsias e
durante o exame de rotina, notou um nódulo de rápido linfadenectomia retroperitoneal, com achado de lesão
crescimento e indolor a palpação no ombro esquerdo, tumoral em ovário direito cujo anatomopatológico con-
sendo solicitada ressonância magnética, com lesão in- firmado por imunohistoquímica evidenciou carcinoma
vadindo partes moles na topografia. Foi prosseguida a de pequenas células. Solicitado PET/CT que demons-
exérese do tumor. O estudo imuno-histoquímico con- trou doença metastática em linfonodos supraclavicula-
Reconstr Hand Surg. 1998;32(3):255-64 2 REIS LDO, do HRA com diagnostico de adenocarcinoma gástrico
LOMBARDI OA, REIS ADO, CARDOSO EH, CARDOSO FI- feito através da EDA com biopsia, EED e TC de abdô-
LHO CAM. – Cirurgia de Hartmann – Análise de 41 casos men. Realizada a avaliação clinica e solicitado outros
em Hospital de referência do norte do Paraná. – Rev exames, foi proposto o tratamento cirúrgico. Contudo,
bras Coloproct, 2001; 21(1): 19-22 3 Deschamps C, Tir- optou-se pela correção cirúrgica através da técnica de
naksiz BM, Darbandi R, Trastek VF, Allen MD, Miller DL, Serra-Dória com gastrectomia sub-total mais linfade-
Arnold PG, Pairolero PC. Early and long-term results nectomia a D2 e reconstrução em Y de Roux.
of prosthetic chest wall reconstruction. J Thorac Car-
Contato: AYLA COSTA SAMPAIO LEITE – ayla_cs15@
diovasc Surg. 1999; 117(3):588-91; discussion 591-2. 4
hotmail.com
Habr-Gama A, Gama-Rodrigues J, Bresciani C & Teixeira
MG. Reconstrução do trânsito intestinal por via laparos-
cópica apósoperação de Hartmann. In: Cirurgia video-
laparoscópica e laparoscopia diagnóstica em aparelho TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
digestivo. Bresciani C, Gama-Rodrigues J, Habr-Gama CÓDIGO: 61994
A, Carrilho FJ, Lech J (ed.). São Paulo, 1992, edição par-
ticular (Centro de estudo multiprofissional doHospital ASSOCIATION BETWEEN DEMOGRAPHIC
Osvaldo Cruz), 184 – 5 5REIS LDO, LOMBARDI OA, REIS
CHARACTERISTICS, SOCIOECONOMIC
ADO, CARDOSO EH, CARDOSO FILHO CAM. – Cirurgia
de Hartmann – Análise de 41 casos em Hospital de refe-
STATUS, AND CLINICAL VARIABLES
rência do norte do Paraná. – Rev bras Coloproct, 2001;
AND THE RATE OF ADHERENCE TO
21(1): 19-22. FECAL OCCULT BLOOD TESTS IN A
POPULATION OF A COLORECTAL
Contato: FERNANDA SILVA SALES –
CANCER SCREENING CAMPAIGN
fernandasales024@gmail.com
CONDUCTED IN A HOSPITAL
Autores: Bruna Elisa Catin Kupper; Fábio de Oliveira
Ferreira; Ranyell Matheus Spencer Sobreira Batista;
TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE
Wilson Toshihiko Nakagawa; Tiago Santoro Bezerra;
Paulo Roberto Stevanato Filho; Renata Mayumi
CÓDIGO: 60862
Takahashi; Thiago Chulan; Ademar Lopes; Samuel
Aguiar Junior;
ASSOCIAÇÃO ENTRE MEGACOLÓN, Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
MEGAESÔFAGO CHAGASÍCO E
NEOPLASIA GASTRÍCA – RELATO DE Background and aim: The aim of this study is to
CASO evaluate the association between demographic, socio-
economic and clinical measures and adherence to colo-
Autores: Nader Nazir Suleiman; Ayla Costa Sampaio
rectal cancer screening (CRCS) using fecal occult blood
Leite;
test based on Guaiac (G-FOBT) or fecal immunochemi-
Instituição: UNIBRAS – CENTRO UNIVERSITÁRIO ITPAC
cal tests (FIT) among average-risk individuals for colo-
Apresentação do caso: A doença de Chagas na for- rectal cancer. Method: This is a prospective cross-sec-
ma crônica pode acarretar com algumas complicações tional study. Between March 2015 and April 2016, 1254
como acalasia, megacólon, megaesôfago e carcinoma asymptomatic individuals aged 50-75 years were conse-
esofágico. O presente estudo teve como objetivo rela- cutively selected during the screening campaigns con-
tar a evolução e a abordagem cirúrgica no tratamento ducted at a hospital in São Paulo. All participants were
de um paciente com associação entre megaesôfago, invited to perform FIT and G-FOBT and a questionnaire
megacólon chagásico e adenocarcinoma gástrico. No with demographic, socioeconomic and clinical variables
entanto são escassos os estudos que associam me- was answered by all of them. We conducted simple lo-
gaesôfago, megacólon chagásico e câncer gástrico, gistic regression analyses to assess associations betwe-
novas pesquisas mostram a prevalência de 85, 1% de en each variable and the adherence to G-FOBT and FIT.
chagásicos infectados por H. pylori. Em pesquisas mais A multivariable logistic regression model was construc-
recentes, a prevalência da infecção por H. pylori em ted to assess the strength of association between the
chagásicos é de 57, 9%, o que está relacionado com primary outcome and its predictors while controlling
a etiopatogênese da gastrite crônica que predispõe o for the confounders. Based on regression analyses, a
paciente para o câncer gastrintestinal. Paciente, bran- nomogram was designed to predict the probability of
co, masculino, de 76 anos, desnutrido relatou disfagia, adherence to colorectal cancer screening with fecal
há +-1 ano, evoluído com dificuldade para a ingesta de occult blood tests. Results: The adherence rate was
uma dieta sólida para liquida-pastosa. Informou aste- different in both fecal occult blood test, being on FIT
nia, inapetência e emagrecimento (perda ponderada de 697(55.6%) and on G-FBOT, 611(48.8%), p < 0.001. In the
mais ou menos 10 kg). Deu entrada na Clinica Cirúrgica univariated regression analyses the variables age, occu-
pation, religious belief, and previous fecal occult blood co em si. Discussão: Para o embasamento teórico dos
test were related to adherence in FIT and G-FOBT. In protocolos de segurança desta modalidade cirúrgica
the multivariate regression models for FIT and G-FOBT foram utilizados periódicos nacionais e internacionais
the variables age 60-75 (OR=1.39; 95% IC 1.06–1.81) and extraídos das bases de dados SCielo, Pubmed, Lilacs e
(OR= 1.49; 95% IC 1.16–1.49), religious belief (OR= 1.99; Medline no período de 2006 à 2016. Utilizaram-se como
95% IC 1.27– 3.11) and (OR= 1.70; 95% IC 1.11– 2.60), palavras-chave: segurança do paciente e, quimioterapia
previous fecal occult blood test (OR= 2.22; 95% IC 1.61– do câncer por perfusão regional. Entretanto, observa-
3.05) and (OR= 1.26; 95% IC 1.26– 2.20), part time or full mos uma carência de estudos sobre o tema abordado;
time work (OR= 0.69; 95% IC 0.05– 0.96) and (OR= 0.68; isto é, foram encontrados 17 artigos sobre o tema se-
95% IC 0.50– 0.91) were independently associated to gurança do paciente cirúrgico, os quais não relataram
the adherence to colorectal cancer screening. The va- a segurança do paciente submetido à QtIPH. Logo, a
riables, sex, race, marital status, income, presence of prática da equipe multiprofissional do CC se baseou
health insurance and distance from the residence to nos protocolos de manipulação e administração segura
the hospital did not influence adherence to the FIT and de quimioterápicos e, gerenciamento dos riscos ineren-
G-FOBT exams. Conclusion: Young age, no religious be- tes a esta modalidade cirúrgica. A atuação da equipe
lief, the absence of previous fecal occult blood test and multiprofissional realizada com base nos protocolos de
work part time or full time were related to fewer adhe- segurança teve como foco a manipulação do quimio-
rences to FIT and G-FOBT in this average risk population terápico utilizando avental de manga comprida e equi-
to colorectal cancer. pamento de proteção individual, devido à possibilidade
da presença de quimioterápico na forma de aerossóis
Contato: TIAGO SANTORO BEZERRA – tiagosantoro@
(máscara N95 e luvas descartáveis); o recebimento do
me.com
quimioterápico pelo enfermeiro realizando a confirma-
ção dos dados do medicamento e; o descarte adequa-
do de todos os materiais contaminados pelo quimiote-
TEMÁRIO: CIRURGIA CITORREDUTORA / HIPEC rápico. Comentários finais: A partir das experiências
CÓDIGO: 61703 vivenciadas pela equipe multiprofissional em cirurgias
citorredutoras com QtIPH, observou-se a importância
ATUAÇÃO DA EQUIPE da elaboração de um protocolo para promover a qua-
lidade da assistência prestada e garantia da segurança
MULTIPROFISSIONAL EM
do paciente durante todo o período intraoperatório,
CIRURGIAS CITORREDUTORAS COM além de minimizar riscos aos pacientes e profissionais.
QUIMIOTERAPIA INTRAPERITONEAL
HIPERTÉRMICA COM FOCO NA Contato: CECILIA DA SILVA ANGELO – cecilia.angelo@
SEGURANÇA DO PACIENTE CIRÚRGICO – accamargo.org.br
RELATO DE CASO
Autores: Cecilia da Silva Angelo; Catharina Ferreira
de Meira Pachioni; Rita de Cassia Burgos de Oliveira; TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
Ademar Lopes; Isabel Miranda Bonfim; Tailine Ligia
CÓDIGO: 60628
Tadini; Eduardo Henrique Giroud Joaquim; Larissa
Paschoal Deghi;
Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO PÓS
OPERATÓRIO DE ENDOPROTESE
Apresentação do caso: A segurança do paciente cirúr- DE FEMUR POR ANGIOSSARCOMA
gico tornou-se uma preocupação mundial. Os avanços EPITELIÓIDE – RELATO DE CASO
tecnológicos das especificidades cirúrgicas, tal como a
Autores: Nádia Oliveira Gomes;
citorredução com quimioterapia intraperitoneal hiper-
térmica (QtIPH), associados à assistência perioperató- Instituição: CLINICA DE REABILITAÇÃO FISIOLIFE
ria em pacientes oncológicos, despertaram um alerta Apresentação do caso: S.F.C, 67 anos, com diagnóstico
para a elaboração de protocolos, visando promover a de Angiossarcoma Epitelióde em fêmur esquerdo des-
segurança do paciente e dos profissionais envolvidos. de 2012. Realizou quimioterapia por 3 anos, em 2015
Diante deste cenário, o estudo trata-se de um relato de precisou de 15 sessões de radioterapia, em 2016 apre-
experiência da equipe multiprofissional de um centro sentou invasão óssea, sendo submetido a endopróte-
cirúrgico (CC) oncológico, o qual atua em cirurgias citor- se de fêmur. Após 15 dias de cirurgia paciente chegou
redutoras com QtIPH, garantindo a segurança do pa- a fisioterapia apresentando lindefema grau 02 em
ciente cirúrgico por meio de protocolos. Visto que, nesta membro inferior esquerdo, fibrose em toda a exten-
modalidade cirúrgica o paciente e o profissional estão são da cicatriz, cicatriz rígida, diminuição de amplitude
expostos aos riscos da manipulação e administração de movimento apresentando 15° de flexão de joelho,
do quimioterápico, bem como ao procedimento cirúrgi- força muscular de quadríceps, isquiotibiais, adutores,
abdutores e glúteo grau 03, paciente apresentando al- as complicações pós-operatórias, a deiscência ocorreu
teração de marcha com claudicação e uso de muleta em 8 mamas (20,5%), sendo necessária ressutura cica-
canadense para deambular. Foram realizadas 30 ses- tricial em 2 casos (5, 2%). Na avaliação fisioterapêutica,
sões de fisioterapia com o intuito de diminuir o linfe- foi observada alta prevalência de complicações, sendo
dema, diminuir fibrose, ganho de mobilidade cicatricial, as mais frequentes o edema na mama (84,6%), a dor
ganho de amplitude de movimento, de força e melho- (48, 7%), fibrose tecidual (46, 2%) e síndrome da rede
ra da deambulação. Para isso foi realizado drenagem axilar (41,0%). O tempo mediano transcorrido entre a
linfática manual, mobilização cicatricial e mobilização cirurgia e o encaminhamento para a fisioterapia foi de
de fibrose, mobilização articular fêmoro-tibial, técnica 30 dias (8 – 97). Houve encaminhamento mais preco-
de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (PNF) de ce entre as que apresentavam dor (p=0,031) e edema
membros inferiores, exercícios ativo livre para mem- (p<0,001). As pacientes permaneceram em tratamen-
bros superiores evoluindo para carga a de 2kg, treino to fisioterapêutico por tempo mediano de 39 dias (13
de marcha com auxilio evoluindo para sem e caminha- – 150), sendo realizados em média 6, 2 atendimentos
da inicialmente de 3 minutos evoluindo para 2km. Após fisioterapêuticos nesse período (DP 4,9). As condutas
30 sessões, paciente apresentava amplitude de movi- fisioterapêuticas mais utilizadas foram compostas por
mento de joelho 85°, força muscular 04, deambulação kinesiotaping (92,3%), drenagem linfática manual (87,
sem auxilio, diminuição significante do linfedema. DIS- 2%) e mobilização de prótese (59, 0%). Conclusão: O en-
CURSSÃO: Angiossarcoma epitelioide é uma variação caminhamento precoce dos pacientes para tratamento
do angiossarcoma, sendo caracterizado por um aspec- pós-operatório deve ser considerado parte integrante
to morfológico epitelioide que imita o carcinoma, seu da reabilitação oncológica a fim de prevenir e tratar as
tratameto geralmente é a cirurgia e a radioterapia. Há complicações. Este estudo é o primeiro a demonstrar
poucos relatos em relação a patologia e seu tratamen- as principais técnicas fisioterapêuticas utilizadas em
to, não sendo encontrado sobre a atuação da fisiote- cada complicação após reconstruções mamárias com
rapia dos pacientes. Comentários finais: A fisioterapia prótese expansoras.
tem papel fundamental para a recuperação do pacien-
Contato: JAQUELINE MUNARETTO TIMM BAIOCCHI –
te no pós-operatório do tratamento de pacientes com
jaquelinemunaretto@hotmail.com
angiossarcoma, mostrando ser eficaz por promover a
diminuição das incapacidades cinético-funcionais, pos-
sibilitando ao paciente uma melhor qualidade de vida e
tornando-o mais confiante para o convívio social. TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
Contato: NADIA OLIVEIRA GOMES – ftnadiagomes@ CÓDIGO: 59442
gmail.com
AUMENTO DE LINFOCELE PÉLVICA
APÓS DRENAGEM LINFÁTICA PARA
TRATAMENTO DO LINFEDEMA – RELATO
TEMÁRIO: NUMACO / FISIOTERAPIA DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
CÓDIGO: 59443
Autores: Jaqueline Munaretto Timm Baiocchi; Luciana
Kopittke; Larissa Louise Campanholi; Gabriel Lowndes
ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NAS Pinto;
COMPLICAÇÕES DAS RECONSTRUÇÕES Instituição: ONCOFISIO
MAMÁRIAS COM PRÓTESES
EXPANSORAS Introdução: A prevalência das linfoceles pélvicas varia
de 0% até 58, 5%. As linfoceles sintomáticas são repor-
Autores: Jaqueline Munaretto Timm Baiocchi; Larissa
tadas entre 5 a 6% dos casos e seu tratamento pode
Louise Campanholi; Anke Bergmann; Mirella Dias;
ser feito através de punções, ressecções cirúrgicas ou
Bernardo Nogueira Batista;
através de colas biológicas ou alcoolização. Seu apa-
Instituição: ONCOFISIO
recimento pode estar relacionado à agressividade do
Objetivo: Descrever as condutas fisioterapêuticas utili- tumor, metástase linfonodal ou ao tratamento, como
zadas no tratamento das complicações após a recons- a quantidade de linfonodos retirados e realização de
trução mamária com prótese expansoras. Método: Es- radioterapia. O linfedema é caracterizado pelo acúmu-
tudo de coorte retrospectiva de pacientes submetidas lo de líquido rico em proteínas no interstício, resulta-
a reconstrução mamária com prótese de Becker, enca- do do dano linfático. O tratamento do linfedema é fei-
minhadas para tratamento fisioterapêutico pós-opera- to através Fisioterapia Complexa descongestiva, que
tório no período de junho de 2013 a outubro de 2016. consiste em drenagem linfática manual, pressoterapia
Resultados: Foram incluídas 28 mulheres com câncer pneumática, cuidados com a pele, exercícios e uso de
de mama, sendo que 11 (28, 2%) foram submetidas a compressão através de bandagens ou vestimentas.
reconstrução bilateral. A maioria realizou mastectomia Apresentação do caso: Paciente com 59 anos, porta-
(79, 5%) e linfadenectomia axilar (43,6%), Considerando dora de adenocarcinoma de alto grau histológico do
endométrio (Estadio IIIA – FIGO), foi submetida à tra- malignas de pele (3 mil casos novos em homens e 2.670
tamento cirúrgico completo em 19/12/2015 que incluiu casos novos em mulheres). Em relação a letalidade, é
ressecção de 64 linfonodos pélvicos e retroperitoneais, considerada elevada, acometendo 1.547 pessoas (sen-
seguido de quimioterapia adjuvante. Não foi submeti- do 903 homens e 644 mulheres). No Brasil, as maiores
da a radioterapia adjuvante. Já havia sido submetida taxas estimadas em homens e mulheres encontram-
a resseção de um melanoma em coxa esquerda com -se na região Sul. No Estado de Sergipe, a estimativa
linfadenectomia inguinal prévia. Procurou o serviço de de casos novos para 2016 foi de 30 para homens e 20
fisioterapia para tratamento do linfedema de membro para mulheres. Nos últimos anos, houve uma grande
inferior esquerdo. Na avaliação pode-se observar linfe- melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma,
dema grau II em membro inferior esquerdo, edema em principalmente devido à detecção precoce do tumor,
região suprapúbica e pélvica.Portadora de insuficiência uma vez que quando diagnosticados em fases iniciais,
de safenas magna direita e esquerda, assim como as os melanomas apresentam bom prognóstico. Para me-
colaterais e perfurantes, com refluxo para veia poplítea. lhor classificar este fator, são utilizadas as classificações
À linfocintilografia, apresentou refluxo dérmico em pé de Breslow e Clark, que são baseadas na espessura do
esquerdo e drenagem linfática do membro direito pre- tumor e no nível de invasão da pele, respectivamen-
servada. Foi iniciado tratamento para o linfedema utili- te. Objetivo: Avaliar a incidência e o estadiamento do
zando drenagem linfática, pressoterapia e uso de meia Centro de Referência em Oncologia durante o período
calça elástica com compressão de 20/30mmHg. Em de 2010 a 2015, em Aracaju, Sergipe. Método: Estudo
22/01/2016 realizou exame tomográfico que revelou transversal retrospectivo por análise de prontuários
a existência de linfocele com volume de 300 mililitros dos pacientes com melanoma em Centro de Referencia
assintomática. Em abril de 2016 realizou nova tomo- em Oncologia de Sergipe no período de 2010 a 2015.
grafia que evidenciou o aumento desta linfocele para Resultados: No Centro de Referência em Oncologia, fo-
500 ml, porém assintomática. Na sequencia a paciente ram encontrados 6 tumores do tipo melanoma, sendo 2
apresentou e linfedema grau I, no membro contrala- desses com metástase para o Sistema Nervoso Central
teral. Em última tomografia, dia 22/06/2016, notou-se (SNC) e 1 recidiva de um melanoma prévio. O diagnós-
diminuição abrupta sem intervenção clínica da linfocele tico e, consequentemente, o tratamento foi a exérese
para 17 ml, sugerindo drenagem espontânea para ca- do tumor, sendo utilizada a radioterapia somente nos 2
vidade abdominal. Conclusão: Fisioterapia complexa casos que houve metástase para o SNC. Ao observar os
descongestiva no tratamento do linfedema secundário estágios de Clark, percebeu-se que 4 casos estavam em
ao tratamento oncológico pode estar associado ao au- estágio IV e 1 em estágio V, constatando-se que a maio-
mento da linfocele pélvica. ria dos casos de melanoma apresentam-se em estágios
avançados, pois somente 1 paciente estava em estágio
Contato: JAQUELINE MUNARETTO TIMM BAIOCCHI –
II de Clark. Conclusão: Os dados obtidos no Centro de
jaquelinemunaretto@hotmail.com
Referência em Oncologia, em comparação com o do
Instituto Nacional de Câncer (INCA), revelaram-se cres-
centes em sua incidência, todavia, os pacientes encon-
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA tram-se em um nível de estadiamento mais avançado,
CÓDIGO: 61780 o que pode ser decorrente de uma demora na detecção
precoce.
AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA E DO Contato: ERIKA DE OLIVEIRA MENEZES –
ESTADIAMENTO DE MELANOMA erikaomenezess@gmail.com
EM CENTRO DE REFERÊNCIA EM
ONCOLOGIA, ARACAJU, SERGIPE
Autores: Caroline Ramos Barreto; Naiana Mota Araujo;
TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE
Roberta de Oliveira Carvalho; Erika de Oliveira Menezes;
Luís Felipe da Costa Figueiredo; Alef Vinicios de Souza CÓDIGO: 61995
Coelho; Roberto Queiroz Gurgel; José Vieira Barreto
Junior; AVALIAÇÃO DAS CARACTERISTICAS
Instituição: UNIVERSIDADE TIRADENTES CLÍNICO-PATOLÓGICAS E DA
SOBREVIDA DOS PACIENTES
Introdução: O melanoma apresenta sua origem nos
melanócitos, células produtoras de melanina, a qual
COM TUMORES ESTROMAIS
determina a cor da pele, predominando em adultos
GASTROINTESTINAIS (GIST) NA
brancos. Um dos principais fatores de risco é a radiação POPULAÇÃO DO ESTADO DO RIO
ultravioleta, podendo a exposição se dar por meio natu- GRANDE DO NORTE
ral ou artificial. Em relação à epidemiologia, no mundo, Autores: Anderson Neves da Cruz; George
surgem 132.000 novos casos de câncer de pele melano- Alexandre Lira; Crislanny Regina Santos da Silva;
ma a cada ano, correspondendo a 3% das neoplasias Jossiane Natividade de Oliveira Silva; Luisa Maciel
Contato: THAÍS MARIA RIBEIRO LIMA – thais_rlima@ TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
hotmail.com CÓDIGO: 57677
é ressaltar a importância dos métodos preventivos no Conclusão: A mestástase na vesícula biliar é rara, prin-
desenvolvimento da doença e, principalmente, de seu cipalmente originada de um carcinoma de células re-
impacto sobre a e melhor qualidade de vida do pacien- nais. O diagnóstico pré-operatório é infrequente e sem-
te e grande redução da morbimortalidade. pre realizado através do exame anatomopatológico
após o tratamento da Vesícula Biliar. A colecistectomia
Contato: GABRIELA DE FREITAS SCHMIDT –
é a conduta de escolha para seu tratamento.
gabfschmidt@gmail.com
Contato: ÍCARO DE AZEVEDO ALEXANDRE –
icaroazevedo10@hotmail.com
entre os 35 e os 40 anos ou individualizadas com base confecção de neoumbigo. Discussão: O úraco origina-
na idade de início do câncer de ovário na família. Esse -se da cloaca fetal e comunica o ápice da bexiga fetal
procedimento não só diminui o risco de câncer de ová- primitiva ao alantoide. No adulto, consiste em cordão
rio em portadores de mutação BRCA, como também di- fibroso, com a 5 a 10cm, ligamento umbilical mediano
minui a mortalidade. Objetivo: O objetivo desse relato localizado entre a fáscia transversalis e o peritônio. Fa-
de caso é ressaltar a importância dos métodos oncoge- lhas de obliteração proporcionam anomalias como cis-
néticos para o diagnóstico precoce das respectivas pa- tos, divertículos e neoplasias. A remoção cirúrgica é ful-
tologias, visando, dessa forma, a melhor qualidade de cral para a sobrevivência dos pacientes, com taxas de
vida do paciente e a minimização da morbimortalidade. cura entre 70 a 80%. Comentários finais: Observa-se
no caso apresentado invasão de estruturas adjacentes
Contato: GABRIELA DE FREITAS SCHMIDT –
como a bexiga, fato de pior prognóstico para essa pa-
gabfschmidt@gmail.com
tologia com perda na sobrevida pós-cirúrgico. Ainda há
discussões acerca do benefício da linfadenectomia para
alguns autores. Nota-se assim, a raridade do caso, me-
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA nos de 0,5% dos tumores vesicais.
CÓDIGO: 59935 Contato: RAQUEL MARIA DE MORAIS PEREIRA –
rmdmp.med@uea.edu.br
CARCINOMA DE ÚRACO – RELATO DE
CASO EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA NA
AMAZÔNIA OCIDENTAL
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
Autores: Márcio Neves Stefani; Raquel Maria de Morais
CÓDIGO: 60054
Pereira; Alice Brito Brandão; Amanda Moreira de Abreu;
Adnaldo da Silveira Maia; Cosmo Vieira da Rocha Neto;
Emerson Oliveira da Silva; Valtecy Mendes Almeida de CARCINOMA EPIDERMÓIDE
Albuquerque; LOCALMENTE AVANÇADO EM ESTERNO
Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – RELATO DE CASO
Apresentação do caso: Paciente do sexo masculino, 30 Autores: Aldo Vieira Barros; Amanda Lira dos Santos
anos, agricultor. Nega HAS, DM ou etilismo. Tabagista Leite; Wander Mattos Cardoso; Myra Jurema da Rocha
Leão; Renata D´Andrada Tenório Almeida Silva;
de longa data. Refere que há 8 meses após queda da
Frederico Theobaldo Ramos Rocha; Cicero Ludjero A de
própria altura, apresentou abaulamento doloroso em
Melo; Diego Windson de Araújo Silvestre;
região inguinal direita sem melhora após uso de AINES.
Instituição: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ
Em janeiro de 2017, procurou atendimento em Pronto
Socorro, sendo encaminhado para Serviço de Cirurgia Apresentação do caso: ARF, sexo M, 60 anos, encami-
Oncológica. No mesmo mês realizou USG que eviden- nhado ao Serviço de Cirurgia Oncológica da SCMM com
ciou cavidade abdominal com imagem hipoecoica de história de tumoração em região esternal anterior de
contorno irregular, localizada na parede póstero-supe- crescimento progressivo, cujo diagnóstico patológico
rior da bexiga, com desenvolvimento em projeção para inicial era de carcinoma basocelular. O estadio clínico
parede abdominal anterior, aderindo-se ao peritônio. não havia sinais de doença metastática. Realizou tomo-
Tomografia Computadorizada realizada em março de grafia de tórax com evidência de lesão infiltrativa em
2017 apresentou lesão expansiva sólida, com realçe superfície cutânea de fúrcula esternal estendendo-se
heterogêneo pelo meio de contraste com epicentro em ao espaço paratraqueal superior à direita, com plano
parede anterossuperior da bexiga com componente de clivagem indefinido com lobo de tireóide, sem sinais
superior em trajeto da topografia esperado do úraco de invasão óssea. Optado por abordagem cirúrgica,
para a cicatriz umbilical, em intimo contato com a pare- cujo achado intraoperatório foi de uma lesão infiltrati-
de abdominal anterior. Em maio, foi submetido a lapa- va acometendo o manúbrio esternal, articulação ester-
rotomia exploradora sob diagnóstico de Carcinoma de no-clavicular e veia jugular interna direitas. Realizado
Úraco. No inventário da cavidade, tumoração esten- ressecção ampla com rotação de retalho do músculo
dendo-se desde a cicatriz umbilical até o anel inguinal peitoral maior bilateral. O laudo histopatológico foi
interno direito e infiltração da bexiga com linfonodos compatível com carcinoma espinocelular (CEC). Pacien-
aumentado na topografia da cadeia linfonodal ilíaca te teve um pós operatório satisfatório recebendo alta
externa distal direita. Realizada dissecação da parede hospitalar em 4 dias. Discussão: O CEC tem origem na
abdominal anterior com preservação da lamina ante- camada mais externa da epiderme e responde por 20%
rior até ligadura do conteúdo do canal inguinal, devido do total de casos de câncer de pele, apresenta maior
ao encarceramento em 360 dos elementos do funículo risco de invadir o tecido gorduroso, atingir linfonodos e
espermático pelo tumor proximal a penetração no anel outros órgãos. Apesar das baixas taxas de mortalidade
inguinal interno, cistectomia parcial e exérese da peça e de rara ocorrência de metástases, esses tumores po-
cirúrgica em monobloco. Apendicectomia incidental e dem apresentar comportamento invasivo local e recidi-
vas após o tratamento, provocando importante morbi- téria mesentérica inferior, excisão da peça do sigmoi-
dade, desfiguração e cirurgias mutiladoras. O risco de de e reto superior de 7x6x1,5 cm de tamanho. Biópsia
recidiva também aumenta quando o tumor apresenta revisada após 8 meses indicou carcinoma epidermóide
mais de dois centímetros no maior diâmetro (estágio (CEC) moderadamente diferenciado infiltrado na mu-
II), o que evidencia a importância do diagnóstico preco- cosa retal. Recebeu quimioterapia (leucovorin e 5-FU)
ce. O tratamento se baseia em ressecção cirúrgica com após descoberta de metástases hepáticas, sem suces-
margens livres e em casos mais agressivos associa-se so, finalizando-a sem iniciar outro esquema. Discus-
radioterapia. Comentários finais: Sempre que factível são: O CEC representa 0,1-0,25% dos carcinomas retais.
a cirurgia radical com ressecção multivisceral represen- Sendo raro e de origem inespecífica, o padrão ouro de
ta a melhor alternativa no tratamento dos carcinomas terapêutica é indefinido. A cirurgia é o tratamento de
epidermóides de pele localmente avançado, e esta escolha, utilizando técnica adaptada da cirurgia de ade-
deve ser feita em centros de referência com cirurgião nocarcinoma retal. Para a maioria dos pacientes a res-
oncológico. secção anterior, é utilizada havendo, usualmente, exé-
rese de estruturas pélvicas envolvidas. Comentários
Contato: AMANDA LIRA DOS SANTOS LEITE –
finais: A resseção cirúrgica do tumor colorretal locali-
amandaleite23@gmail.com
zado é o tratamento primário, mas em pacientes com
doença metastática é recomendada com fim paliativo.
Um número pequeno de pacientes com metástases à
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL distância limitadas pode ser curado com terapia multi-
CÓDIGO: 61990 modal. Ainda assim, a cirurgia para esses pacientes tem
papel incerto, sem boas evidências relacionando sobre-
CARCINOMA ESPINOCELULAR DE vida com a ressecção do tumor primário.
RETO (CEC) MODERADAMENTE Contato: VERÔNICA PEREIRA TON – veptton@gmail.
DIFERENCIADO INFILTRADO NA com
MUCOSA RETAL – RELATO DE CASO
Autores: Verônica Pereira Ton; Mayara Sanae Fujimoto;
Mariah Monteiro Rangel Abreu; Rebeca Coryne
Magalhães Sad Medina; Helena de Souza e Mello TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA
Kremer; Edmar Lopes da Silva Neto; Ana Carolina CÓDIGO: 61907
Sobreira Abrahão;
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO CARCINOMA ESPINOCELULAR EM BASE
RIO DE JANEIRO DE LÍNGUA – RELATO DE CASO
Apresentação do caso: Masculino, 55 anos, natural do Autores: Caroline Ramos Barreto; Beatriz Rayane
Oliveira Santana; Erika de Oliveira Menezes; Isabelle
Rio de Janeiro buscou atendimento hospitalar queixan-
Menezes Maciel; Naiana Mota Araújo; Roberta de
do-se de cólicas abdominais, flatulência, diarreia, he-
Oliveira Carvalho; Roberto Gurgel; José Vieira;
matoquezia, fezes mucoides e caprinas. Exame clínico
Instituição: UNIVERSIDADE TIRADENTES
e toque retal inocentes. À colonoscopia lesão ulcerada,
bordas elevadas em 80% da circunferência, marginali- Apresentação do caso: ABJ, sexo masculino, 74 anos,
zada por pontilhado esbranquiçado em sigmoide baixo procedente de Lagarto – Sergipe, apareceu em consulta
classificada como blastoma de sigmoide avançado do ao oncologista em 2010, queixando-se de dor e de uma
tipo II. Após um ano, lesões em reto inferior ao toque massa em língua há 3 meses. Devido a essa queixa, o
retal. À colonoscopia com biopsia identificou blastoma paciente já havia realizado Videolaparoscopia, o qual
de reto inferior avançado tipo II e blastoma de reto in- diagnosticou uma lesão vegetante em base de língua
ferior precoce tipo I. Abaixo, lesão séssil precoce tipo Is- em lado direito. Ao exame físico, foi detectada lesão em
-kudo. Retossigmoidectomia e cistectomia parciais em base de língua direita com mobilização prejudicada, não
agosto/2002. Peça retirada pela borda anti-mesentérica sendo palpáveis nódulos cervicais. Porém, em consultas
com lesão ulcerada de bordas infiltrantes, pardo-acas- posteriores, houve piora da dor ao deglutir e apresen-
tanhada, firme, infiltrando na gordura adjacente, sem tou-se trismo parcial da mandíbula, e hipocorado (+/4).
invasão cística. O histopatológico foi adenocarcinoma Em relação aos hábitos de vida, ex-tabagista (50 maços/
moderadamente diferenciado em retossigmoide tipo ano) e ex-etilista. A conduta foi tratar com radioterapia
Boorman-III ulcerado. Metástases para dez linfonodos e quimioterapia concomitantemente em 2010. Todavia,
epicólicos e um paracólico isolado. Pólipo hiperplásico a cirurgia não foi indicada por ser irressecável, por isso
proximal com segmento restante apresentando hiper- o paciente passou a receber cuidados paliativos desde
plasia linfoide. Incisão mediana xifopubiana, sem alte- 2010. Houve piora da clínica, devido à progressão da
rações além de linfonodomagalias retroperitonais até doença, pois houve um abandono da QT por quase 1
a artéria mesentérica inferior, lesão em retossigmóide, ano, sendo necessária uma cricotomia de urgência em
lifadenectomia intercavo – aórtico com ligadura da ar- 2012. Pela dificuldade de alimentar-se, foi realizada
uma gastrostomia em 2013. Aos exames solicitados, foi axilar da mama direita, de limites imprecisos, medindo
detectado um carcinoma espinocelular invasivo e bem cerca de 3,5 x 3,2 cm; e lesão infiltrativa em região ingui-
diferenciado em base de língua, estadiamento T3N1M0 nal direita, comprometendo e espessando a pele, com
(estágio III), evoluindo para T4N2M0 (estágio IV), ade- área de necrose central, sugestivo de processo neoplá-
nomegalias paratraqueais em tomografia computado- sico. Realizou-se ressecção de tumor de partes moles
rizada (TC) de tórax, e em TC de pescoço com contraste, em FD e região inguinal D com linfadenectomia axilar,
lesão em base de língua expansiva neoplásica infiltra- pélvica e ilíaca D; O AP da peça operatória do conteudo
tiva, de margens indefinidas, realce heterogêneo pelo inguinal e axilar D confirmou CEC moderadamente dife-
contraste iodado, medindo 4,3 X 2,1cm, com extensão renciado, comprometendo derme e hipoderme e ulce-
aos músculos hioideos. Discussão: Os tumores de base rando a epiderme, com infiltração perineural presentes.
de língua, em sua maioria, são diagnosticados em está- Apenas os linfonodos pélvicos não apresentaram me-
gios mais avançados e são mais frequentes o tipo car- tástases. Discussão: Na literatura a incidência de me-
cinoma espinocelular (CEC), porém esse tipo é raro se tástases linfonodais dessa neoplasia varia amplamente
comparado aos tumores dos 2/3 anteriores da língua. (1,4% a 20%) sendo que as lesões localizadas em cabeça
O CEC de base de língua acomete predominantemente e pescoço são as mais propensas a metátases linfáticas.
pacientes na 5ª e 6ª décadas de vida e o sexo masculino Tumores localmente avançados e/ou com progressão
(3:1). No entanto, com a melhora da qualidade de vida, locorregional em tronco e extremidades são mais ra-
há relatos do aumento da incidência em faixas etárias ros e menos conhecidos. A mortalidade relacionada ao
mais elevadas e em mulheres. O prognósitco em está- CEC é devido geralmente a progressão e recidiva local
gios III e IV varia entre 30-35% em 5 anos. Conclusão: e/ou associada a metástase regional linfonodal. Assim,
O carcinoma espinocelular é o tipo histológico de maior o caso em questão refelete algo não muito comum den-
acometimento nos carcinomas de língua. O caso ressal- tre os CEC, primeiro pelo sítio primário da lesão, segun-
ta a importância de um diagnóstico precoce, pois pode do pelo acometimento linfonodais e sua agressividade.
determinar o prognóstico. Entre as variáveis anatomopatológicas, a presença de
infiltrado linfocitário intratumoral no tumor primário
Contato: BEATRIZ RAYANE OLIVEIRA SANTANA – rhay_
foi a única correlacionada com o risco de metástases
santana@outlook.com
linfonodas. Comentários finais: O CEC é um tumor de
fácil diagnóstico, porém pode estar associado a compli-
cações como recidi-vas, metástases regionais e à dis-
TEMÁRIO: tância mesmo após um resseção R0 da lesão primária.
CÓDIGO: 65418 Assim, diante da capacidade de metástase do CEC, um
seguimento adequado torná-se primordial obejtivando
CARCINOMA ESPINOCELULAR tratar preocemente casos de recidiva e invasão local e
a distânica.
MODERADAMENTE DIFERENCIADO
EM FLANCO DIREITO COM METÁSTASE Contato: CRISLANNY REGINA SANTOS – crismedjolie@
AXILAR E INGUINAL – RELATO DE CASO gmail.com
Autores: Crislanny Regina Santos Da Silva; Lucas De
Souza Bacellar; Gabriel Fernandes De Oliveira Silveira;
Karina De Andrade Vidal Costa; Larissa Bianca De Sousa
Araújo; Juliany Medeiros Santos; Rielly De Sousa E Silva; TEMÁRIO: CIRURGIA CITORREDUTORA / HIPEC
George Alexandre Lira; CÓDIGO: 61851
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA NOVA
ESPERANÇA CARCINOMA GÁSTRICO COM
METÁSTASES PERITONIAIS TRATADO
Apresentação do caso: F.A.S.S, masculino, 61 anos.
Encaminhado ao ambulatório de oncologia referindo
COM L-HIPEC + BISIC – RELATO
lesão em flanco direito (FD), semelhante a um nevo, de DE CASO INICIAL DE PROTOCOLO
crescimento progressivo. Ao exame: lesão vegetante, INSTITUCIONAL
com odor fétido e medindo cerca de 12 cm, sem linfono- Autores: Samira Juliana de Moraes Machado; Wilson
domegalias periféricas palpáveis. Foi realizada a ressec- Luiz da Costa Jr.; Marina Sonagli; Maria Luiza Leite de
ção cirúrgica do tumor de FD, cujo anatomopatológico Medeiros; Heber Salvador de Castro Ribeiro; André Luís
(AP) confirmou carcinoma de células escamosas (CEC) de Godoy; Igor Correia de Farias; Felipe José Fernández
Coimbra;
moderadamente dife-renciado (grau 2 de Broders),
T4N3M0. Retorna 2 meses depois com linfonodos pal- Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
páveis em cadeia inguinal e axilar direita. Tomografia Apresentação do caso: ALT, feminino, 34 anos, diag-
computadorizada de tórax e abdômen superior e pelve, nóstico de Carcinoma Gástrico pouco diferenciado em
confirmando formação nodular e expansiva, captante Endoscopia Digestiva Alta de set/2015. Tomografia (TC)
de contraste nos quadrantes laterais/prolongamento demonstrou espessamento da parede gástrica, ascite,
linfonodomegalias perigástricas e carcinomatose peri- (AM), procura atendimento com queixa de dor em hi-
toneal. Em out/2015, submetida a Videolaparoscopia pocôndrio direito (HD), com evolução de 3 meses, as-
(VLC) que confirmou a presença de implantes peritone- sociada a franca icterícia, náuseas, vômitos, acolia fecal,
ais no diafragma, epiplon, pelve e goteiras parietocóli- hiporexia e perda ponderal de 10kg. Nega tabagismo,
cas (PCI = 33), e ascite, cuja citologia oncótica foi positiva. relata uso de destilados e fermentados em pouca quan-
Biópsias peritoneais confirmaram metástases. Indicado tidade, mas abstêmico há 18 meses. Sorologias negati-
protocolo L-hipec + BISIC, descrito por Yonemura et. al.: vas para os vírus das hepatites B e C, e valores elevados
extensa lavagem peritoneal intra-operatória (EIPL), com de bilirrubinas e enzimas canaliculares. Ultrassonogra-
soro fisiológico; quimioterapia hipertérmica transope- fia de abdome mostrando aumento de vascularização
ratória laparoscópica, sem citorredução, com Docetaxel intra-hepática. Colângiorressonância mostrando defei-
40mg/m2 e Cisplatina 40mg/m2 por 60 min (L-HIPEC) e to no enchimento de hepatocolédoco. Vesícula biliar
passagem de cateter peritoneal permanente. Iniciou-se distendida, e material denso ocupando hepatocolédo-
a associação de quimioterapia (QT) intraperitoneal e co em tomografia (TC) de abdome. Endoscopia diges-
sistêmica de modo alternado: Docetaxel 30mg/m2, Cis- tiva alta (EDA) mostrando abaulamento da parede do
platina 30mg/m2 e Capecitabina VO (BISIC – Quimiote- bulbo duodenal. Paciente internado com hipótese diag-
rapia de Indução Bidirecional Intraperitoneal e Sistêmi- nóstica de colangiocarcinoma (CC). Sem alterações em
ca). TC mostrou redução das lesões tumorais e em uma papila duodenal ou em colédoco distal na cirurgia, mas
2° VLC, redução do número de implantes peritoneais foi encontrado coágulo em toda a extensão do ducto,
(PCI = 20), citologia oncótica do líquido ascítico e biópsia por provável hemobilia, e lesão vegetante na altura
de implantes, negativas para malignidade. Seguiram-se do ducto hepático comum. Realizada hepatectomia
mais 03 ciclos de QT intraperitoneal e sistêmica. Rees- central. Imuno-histoquímica com laudo de carcinoma
tadiamento com TC evidenciou remissão do espessa- hepatocelular. Discussão: O carcinoma hepatocelular
mento gástrico, e 3° VLC em 07/06/2016, ausência de (CHC) é o sexto tipo mais comum de câncer no mun-
implantes peritoneais. Optado por Gastrectomia total do, com surgimento condicionado a defeitos na síntese
com Linfadenectomia a D2, com peritoniectomia e HI- de DNA, causados principalmente pela infecção crônica
PEC com Docetaxel e Cisplatina. Citologia oncótica do pelos vírus das hepatites B e C, ou ainda relacionados
líquido ascítico negativa e em anátomo-patológico final: a outros fatores não comuns, tais como hemocroma-
ypT1bypN0 com 5% de células viáveis e 95% de fibrose, tose, porfiria e ingestão de aflatoxinas fúngicas. O CHC
0/38 linfonodos ressecados. Paciente está em acompa- é aproximadamente três vezes mais frequente em ho-
nhamento ambulatorial há 12 meses com exames peri- mens e sua ocorrência é rara antes dos 40 anos de ida-
ódicos, sem evidência de recidiva tumoral. Conclusão: de, apesar de poder ocorrer em todas as idades, sen-
Em pacientes EC IV por metástase peritoneal, a associa- do geralmente assintomático nas fases iniciais. O CC,
ção de HIPEC inicial, seguida por QT sistêmica e intra- por sua vez, apresenta-se clinicamente com icterícia e
-peritoneal, e citorredução, em casos selecionados de perda ponderal, podendo haver dor em HD, com altos
boa resposta, é uma alternativa viável para aumentar a valores de enzimas canaliculares e icterícia. A colangior-
sobrevida global e livre de doença, em centros oncoló- ressonância é um excelente método de análise das vias
gicos especializados. biliares por não ser invasivo, tendo uma sensibilidade
de 75% e uma especificidade de 76%. Quando não há
Contato: SAMIRA JULIANA DE MORAES MACHADO –
metástase, o tratamento cirúrgico é o mais indicado,
moraes.samira@yahoo.com.br
com altas taxas de curabilidade. Comentários finais: O
CHC pode se apresentar de forma atípica, acometendo
pacientes jovens sem história de hepatite crônica. Exa-
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS mes de imagem são importantes, permitindo avaliar
CÓDIGO: 60157 com maior grau de certeza a extensão da doença, uma
vez que o tratamento com intensão curativa tem seu
CARCINOMA HEPATOCELULAR EM pilar na ressecção com margens negativas.
PACIENTE JOVEM NÃO HEPATOPATA Contato: PABLO MARQUES REIS – pablomed21@gmail.
SIMULANDO NEOPLASIA DE VIAS com
BILIARES – RELATO DE CASO
Autores: Márcio Neves Stefani; Pablo Marques Reis;
Alice Brito Brandão; Amanda Moreira de Abreu; Rebeca
Aparecida dos Santos Di Tommaso; Adnaldo da Silveira TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA
Maia; Natália de Melo Sampaio; Samira Paredes CÓDIGO: 60092
Sampaio;
Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS CARCINOMA INVASIVO (PROGNÓSTICO)
X GESTAÇÃO – RELATO DE CASO
Apresentação do caso: Paciente masculino, 24 anos,
Autores: Ingrid Nóbrega Araújo Queiroz; Flávio Rocha
pardo, natural de Manaus, procedente de Iranduba
cinoma ductal invasivo (ECOG E1199), subtipo de maior para a possibilidade de oclusão ou fratura do cateter.
risco para o caso. As complicações relacionadas ao procedimento foram
diagnosticadas e tratadas corretamente. Conclusão:
Contato: WILLIAM AUGUSTO CASTELEINS CECILIO –
Os cateteres totalmente implantáveis para quimiotera-
dr.casteleins@gmail.com
pia são meios seguros para a administração de subs-
tâncias, em vista do baixo número de complicações ob-
servadas neste estudo.
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA Contato: FIDELIS MANES NETO – fidelismneto@gmail.
CÓDIGO: 61932 com
cular do AC esofágico é semelhante à expressão dos AC cimento dessa patologia baseia-se em poucos estudos
da JEG e do câncer gástrico distal. Mesmo os cânceres com pequeno número de pacientes devido a sua rari-
gástricos distais são semelhantes ao AC do esôfago dade, sendo que fatores prognósticos e tratamento são
inferior, reforçando que os adenocarcinomas do trato extrapolados dos estudos sobre o câncer de mama fe-
gastrointestinal alto compartilham identidades molecu- minino. Mais de 90% dos cânceres de mama masculino
lares, não sendo justificado o agrupamento do AC da são carcinoma ductal invasivo, sendo a grande maioria
JEG com os tumores esofágicos que englobam em parte receptores hormonais positivos. Geralmente são tumo-
a histologia epidermóide. Conclusão: Usando expres- res diagnosticados em estádios mais avançados que os
são molecular para caracterizar a identidade tumoral, tumores de mama femininos. A recorrência contralate-
demonstrou-se que os tumores da JEG assemelham-se ral nestes pacientes é ainda mais rara e provavelmente
mais aos tumores gástricos que aos esofágicos deste estar associada à alguma mutação genética. O
tratamento baseia-se em cirurgia, cada vez mais con-
Contato: PAULO PIMENTEL ASSUMPÇÃO –
servadoras, como mastectomia simples e pesquisa de
assumpcaopp@gmail.com
linfonodo sentinela. Já o tratamento sistêmico inclui
quimioterapia citotóxica, radioterapia em tumores com
maior chance de recorrência local e hormonioterapia
TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA com tamoxifeno.
CÓDIGO: 61883 Contato: JULIANO RODRIGUES DA CUNHA –
jrodriguescunha@hotmail.com
CÂNCER DE MAMA BILATERAL EM
HOMEM – SEGUIMENTO DE 10 ANOS –
RELATO DE CASO
TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA
Autores: Juliano Rodrigues da Cunha; Lara Jeanne
CÓDIGO: 59576
Cabral; Amanda Souza Teles; Cristiano Menezes
Fernandes; Deborah Nogueira Couto; Gisela Matos
Franco; Miguel Jefferson Lacerda Ferreira; CÂNCER DE MAMA EM PACIENTE COM
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA DOENÇA DE BEHCET – MANEJO DO
TRATAMENTO ONCOLÓGICO
Apresentação do caso: Trata-se de um relato de caso
de paciente do sexo masculino, atendido no Setor de Autores: Ícaro de Azevedo Alexandre; Bernardo Cenci
Basso; Víctor Sanchéz Zago; Letícia Signori Kohl; Elisa
Oncologia do Hospital de Clínicas da Universidade Fe-
Estivalete Jablonski; Julia Pastorello; Nicole Taiana Henn;
deral de Uberlândia – HC – UFU pela primeira vez em
Rafael Ribeiro Martini;
10/01/2007, à época com 63 anos, história de nódulo
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
endurecido entre quadrantes superiores da mama es-
querda há 2 anos, de crescimento lento e progressivo. Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino, de
Realizado biópsia incisional em dezembro/2006, po- 53 anos, portadora de Doença de Behcet em remissão,
sitiva para carcinoma ductal infiltrante, lesão clínica e procurou atendimento por retração de mamilo direito.
radiológica de 2cm. Procedido à mastectomia radical Após consulta e avaliação, encaminhada para biópsia,
modificada à Madden com esvaziamento axilar em no- a qual confirmou neoplasia maligna. Exames de esta-
vembro/2006, com anátomo patológico apresentando diamento negativos. Tratamento cirúrgico inicial foi
carcinoma ductal infiltrante, medindo 1,8cm, margens proposto com mastectomia direita + biópsia de linfo-
livres e acometimento metastático de 1 linfonodo – pT- nodo sentinela + reconstrução com expansor 60/350cc.
1cpN1bM0, imunohistoquímica apresentando RE –, RP Exame anatomopatológico evidenciou carcinoma inva-
3+, HER-2 negativo. Prosseguiu-se a quimioterapia adju- sivo do tipo não especial, G3, multicêntrico, carcinoma
vante esquema FAC (6 ciclos), complementado com ra- ductal invasivo de alto grau com comedo(10%), com
dioterapia. Usou tamoxifeno adjuvante por 05 anos até invasão angiolinfática, moderada reação linfocitária,
agosto/2012. Manteve seguimento até novembro/2015 margens livres. Linfonodo sentinela comprometimen-
quando apresentou nódulo em mama direita, com core to 0,6 cm, sem extensão extracapsular (1/1). Realizado
biopsy em março/2016 revelando carcinoma ductal in- esvaziamento axilar, no qual patologia mostrou com-
filtrante. Submetido a mastectomia simples à direita e prometimento de 3 linfonodos de 15, sem extensão
pesquisa de linfonodo sentinela em 05/09/2016, aná- extracapsular. Imunohistoquímica propôs receptor de
tomo patológico carcinoma ductal infiltrante, medindo estrogênio e progesterona positivos, presença de HER-
2,3cm, margens livres – pT2pN0. Imuno apresentando 2 e índice de proliferação celular de 60%. Estadiamento
RE 4+, RP 4+, HER-2 negativo. Reiniciou tamoxifeno final Neoplasia de Mama pT2N2M0 luminal B, EC IIIa.
em novembro/2016, recebeu radioterapia adjuvante. Iniciou quimioterapia adjuvante com toxicidade habitu-
Mantém seguimento em nosso serviço sem evidências al sem sinais de reativação da vasculite. A Doença de
de doença locorregional até o momento. O câncer de Behcet é uma desordem de múltiplos sistemas caracte-
mama masculino é uma condição rara e corresponde a rizada por vasculite, a qual pode comprometer vasos de
menos de 1% de todas as neoplasias em homens, com todos os tamanhos, tanto da circulação venosa como
incidência em torno de 1 para cada 100.000. O conhe- da circulação arterial. Atualmente, acredita-se que isso
aconteça por uma combinação de fatores genéticos e encontradas. Porém, é um diagnóstico relativamente
ambientais, desordens do sistema imune e agentes in- raro, uma vez que sua incidência varia entre 0,2 e 3,8%
fecciosos. A manifestação clínica da Doença de Behcet de todos os cânceres de mama diagnosticados, ocor-
inclui exacerbações e remissões de úlceras orais e ge- rendo em cerca de 0,03% de todas as gestações. Ge-
nitais, inflamação ocular e envolvimento dos sistemas ralmente, ocorre na quarta década de vida (gestações
nervoso e vascular. A concomitância da doença e neo- mais tardias). O tipo histopatológico mais comum é o
plasias malignas é uma condição raramente observada. ductal invasivo e os achados histopatológicos não são
Um risco aumentado de aparecimento de lesões ma- diferentes das pacientes “não-gestantes”. Conclusão:
lignas foi encontrado em pacientes com desordens do Concluímos que este é um caso raro, digno de ser dis-
tecido conjuntivo e condições de inflamação vascular. cutível em âmbito científico-acadêmico, com a finalida-
A natureza autoimune da doença requer o tratamen- de de evidenciar o diagnóstico de câncer de mama em
to com drogas imunossupressoras, que são apontadas período atípico, uma vez que o diagnóstico é dificultado
como prováveis causas da malignização nesses casos. devido às alterações fisiológicas próprias da gravidez
Como descrito na literatura, a radioterapia é um mé- em pacientes jovens. Dessa forma, a descrição do caso
todo de estadiamento arriscado devido ao aumento é de extrema importância para reforçar essa hipótese
da morbidade associada, enquanto a quimioterapia no pensamento clínico, conduta diagnóstica e terapêu-
associada à cirurgia se mostrou um método bastante tica.
seguro. Então, na paciente, optou-se pela utilização da
Contato: INGRID NÓBREGA ARAÚJO QUEIROZ –
quimioterapia adjuvante com esquema AC (doxorru-
ingridqueiroz7@gmail.com
bicina, ciclofosfamida) e TH (com paclitaxel semanal,
Transtuzumabe). Não foi observado sinal de reativação
da vasculite oriunda da Doença de Behcet.
Contato: ÍCARO DE AZEVEDO ALEXANDRE – TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
icaroazevedo10@hotmail.com CÓDIGO: 60638
suboclusão intestinal por brida, resolvida com manejo terapia foi feita no esquema BEP x 4, ao final da terapia
clínico. Retornou em dois meses para seguimento com conseguiu normalizar os marcadores tumorais. Após 2
queixa de corrimento vaginal, sendo prescrito Metro- anos do fim do tratamento, paciente retorna sem con-
nidazol creme vaginal, e também solicitado o CA 125 trole da doença. Discussão: O câncer de testículo é um
para retorno em 60 dias para seguimento. O câncer de tumor menos frequente considerado raro, entretanto
ovário é a segunda causa mais comum de malignidade tem maior incidência em pessoas jovens em idade pro-
ginecológica nos Estados Unidos. O carcinoma seroso é dutiva entre 15 e 50 anos. Dentre os tumores malignos
o subtipo mais comum dos carcinomas ovarianos, e é do homem, 5% ocorrem nos testículos. Sua incidência é
considerado semelhante aos carcinomas de tuba uteri- de três a cinco casos para cada grupo de 100 mil indiví-
na e peritoneal. Esses cânceres geralmente demandam duos. A causa do tumor não é exata, mas existem fato-
cirurgia para o estadiamento e manejo inicial. Histerec- res de risco que podem propiciar o seu aparecimento:
tomia total com salpingooforectomia bilateral, dissec- criptorquidia, atrofia testicular, síndrome de Klinefelter,
ção de linfonodos pélvicos e omentectomia e coleta de infertilidade, história familiar, presença de tumor tes-
lavado peritoneal é o procedimento padrão de estadia- ticular contra-lateral e fatores hormonais. O câncer de
mento para esses tumores. A cirurgia laparoscópica é de testículo é classificado em três categorias: tumores
usada para definir o estadiamento e a viabilidade de de células germinativas, estromais do cordão sexual e
uma citorredução, geralmente para cânceres de ovário mistos de células germinativas/estroma do cordão se-
ou tuba uterina em estágio I ou II. Lesões malignas de xual. Conclusão: O câncer de testículo apresenta baixo
ovário são estadiadas pelo sistema TNM. A medida do índice de mortalidade, quando comparado com outros
CA 125, elevada em até 80% dos pacientes com câncer cânceres que atingem o homem. O fato de ter maior
ovariano epitelial, é indicada antes da cirurgia, com sen- incidência em pessoas jovens e sexualmente ativas pos-
sibilidade menor para doença no estágio I. sibilita a chance do câncer de testículo ser confundido
por orquiepididimites. Deve-se está atentos a qualquer
Contato: BERNARDO CENCI BASSO – becencibasso@
sintoma suspeito, pois o câncer de testículo é facilmen-
hotmail.com
te curado quando detectado precocemente.
Contato: BEATRIZ RAYANE OLIVEIRA SANTANA – rhay_
santana@outlook.com
TEMÁRIO: URO – 0NCOLOGIA
CÓDIGO: 61918
ma de células renais (CCR) é uma complicação incomum enriched in the process of bacterial invasion of epithe-
em pacientes com DRPAD.Objetiva-se aqui relatar um lial cells, such as Salmonella sp., Listeria sp. and Shigella
caso de um paciente com diagnóstico de DRPAD que sp. Tumor-adjacent gastric tissue circular RNAs-derived
apresentou como complicação o CCR em rim esquerdo, genes also were enriched in cancer-related processes,
abordado cirurgicamente através de nefrectomia radi- as well as gastric cancer’s, suggesting molecular altera-
cal.Comentários finais:O diagnóstico de CCR pode ser tions in tumor-adjacent tissue. We also identified five di-
difícil e é infrequente na DRPAD, uma vez que achados fferentially expressed circular RNAs that may be poten-
como hematúria, massa à palpação e cistos complexos tial biomarkers of this type of cancer (hsa_circ_0001136,
pelos exames de imagem são comuns na doença poli- hsa_circ_0000284, hsa_circ_0000211, hsa_circ_0004771
cística.O crescimento de cistos complexos e a presença e hsa_circ_0000524). Overall, our studies reinforced the
de tumores sólidos devem levar a suspeita de maligni- notion of field effect in gastric cancer, and suggested
dade, sendo esta uma indicação respaldada pela litera- five circular RNAs that may become potential biomarke-
tura para a realização de nefrectomia. rs of gastric cancer. Further studies are needed to eluci-
date the roles and the functional relevance of the circu-
Contato: CECILIA CERCEAU PINTO COELHO – ceci_
lar RNAs in human diseases.
cpc@hotmail.com
Contato: ÂNDREA KELY CAMPOS RIBEIRO DOS
SANTOS – akelyufpa@gmail.com
malignos. Porém, somente de 10 a 15% das lesões são destes receberam tratamento sistêmico adjuvante com
ressecáveis. Pacientes que apresentam grande carga mFOLFOX6 e ao tempo desta análise, todos estavam
tumoral no fígado tem sido submetido a novas técnicas, vivos e sem sinais de recorrência tumoral – sobrevivên-
principalmente quando se almeja obter pequenas áre- cia atuarial de 19, 5 e 12 meses, respectivamente. Dis-
as remanescentes. A hepatectomia “dois tempos”, em cussão: A CRS/HIPEC emergiu como promissora opção
que o cirurgião isquemia parcialmente um lado do fíga- terapêutica das neoplasias peritoneais e atualmente é
do, visando a hipertrofia do lado oposto, reabordando o padrão-ouro de tratamento para neoplasias epiteliais
dentro de 6 a 8 semanas se houver crescimento. Quan- do apêndice e pseudomixoma peritoneal (PMP). Esta
do bem indicada, a técnica ALPPS proporciona uma hi- abordagem contempla a remoção dos implantes tumo-
pertrofia rápida e proporcionalmente maior em relação rais macroscópicos por meios ressecções multiviscerais
à ténica 2 tempos sem partição do parenquima, com e peritoniectomias, em associação à perfusão hipertér-
resolução final das metástases hepáticas em menos de mica da cavidade peritoneal com quimioterápicos. A via
30 dias. Com isso o paciente pode retornar o mais bre- de administração intraperitoneal permite maior exposi-
ve possível ao tratamento quimioterápico, quando for ção dos remanescentes tumorais microscópicos a altas
o caso. Comentários finais: A técnica ALPPS pode ser concentrações dos agentes quimioterápicos, enquanto
realizada com baixa morbimortalidade desde que bem a hipertermia adiciona sinergismo a seus efeitos cito-
indicada e respeitando os prazos de descanso hepático tóxicos e possibilita sua maior penetração tecidual.
para drogas-alvo. Na literatura, a partição parcial do pa- Este manejo abrangente resulta em grande incremen-
renquima demonstra taxas de crescimento semelhan- to terapêutico em contraposição às abordagens mais
tes e com menor morbimortalidade. conservadoras baseadas isoladamente em cirurgia e/
ou quimioterapia sistêmica. Comentários finais: CRS/
Contato: FERNANDO LISSA – fernandotoniazzilissa@
HIPEC representam o tratamento padrão para tumores
gmail.com
metastáticos epiteliais do apêndice cecal e a experiên-
cia inicial de nosso serviço demonstra factibilidade e
aceitável morbidade.
TEMÁRIO: CIRURGIA CITORREDUTORA / HIPEC Contato: THALES PAULO BATISTA – conv4116
CÓDIGO: 61723
ou recidiva, sem queixas álgicas e boa função do mem- 4 GY. Apresenta-se com eventual diarréia aquosa e peso
bro. De acordo com literatura a conservação do mem- estável. CT com boa perfusão hepática na fase arterial.
bro é possível no caso de tumores in situ ou Breslow Discussão: A presença de circulação colateral patente
com espessura fina, sendo o controle local e sobrevida entre a artérias mesentérica superior e hepática pela
não alterados em virtude de cirurgia mais conservado- arcada pancreatoduodenal intacta evita reconstrução
ra. No caso de tumores invasivos, as recidivas locais são arterial. No caso de reconstrução pode ser realizado
mais frequentes, mas sem significância estatística. Não por anastomose direta, interposição de enxerto veno-
ocorre impacto em sobrevida em ambos casos. so ou próteses.Diarréia, hipotensão e Diabetes são as
principais complicações. Comentários finais: Câncer
Contato: PEDRO HENRIQUE MENDES FIGUEIREDO –
de pâncreas mantem prognostico ruim a longo prazo,
phmendes.figueiredo@gmail.com
com sobrevida global em 5 anos menor que 5% e bai-
xas taxas de ressecção. A cirurgia de Appleby oferece a
possibilidade de cirurgia radical curativa e permanece
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS como única chance para casos com envolvimento de
CÓDIGO: 59783 tronco celíaco com sobrevida estimada em 5 anos de
42%.
CIRURGIA DE APPLEBY PARA Contato: ANDRÉ MEDEIROS DE CARVALHO –
TRATAMENTO DE ADENOCARCINOMA andremcar@gmail.com
DE CORPO DE PÂNCREAS COM INVASÃO
VASCULAR – RELATO DE CASO
Autores: André Medeiros de Carvalho; Renato Morato
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
Zanatto; Raul Lázaro de Melo Filho; Augusto Angelo
Granado Bottino; Daiana Lopes do Nascimento; Taís CÓDIGO: 59673
Menezes Magalhães; Celso Roberto Passeri;
Instituição: HOSPITAL AMARAL CARVALHO CIRURGIA ONCOLÓGICA EM PACIENTES
IDOSOS
Apresentação do caso: Mulher, 42, do lar. Dor lombar
Autores: Carolina dos Anjos Sampaio; Gabriela Abreu
dir e emagrecimento há 3 meses. Sem comorbidades.
Paes Carneiro da Costa; Leticia Simões Prado; Lucas de
História familiar de ca de mama: mãe e sobrinha. Ex. Gusmão Pitta Frota; Deborah Scapin Morelli; Jéssyca
físico normal ECOG 0,67, 5kg. Estadiamento com CT tó- Matos Silva; Bruna Teixeira Marques; Isabela Coelho
rax e abd total: nódulo corpo do pâncreas 2,6x2,4cm, Guimarães;
íntimo contato com artéria esplênica junto a bifurca- Instituição: ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES
ção do tronco celíaco. Ecoendoscopia com PBA: nódulo
corpo do pâncreas de 3,2x3cm, envolvimento da emer- Introdução: O crescimento populacional, dobrando
gência da artéria esplênica junto ao tronco celíaco. LHP: a população acima de 65 anos e quadriplicando a aci-
adenocarcinoma. PET-CT nódulo corpo pâncreas (SUV ma de 85 anos, levando a maiores incidências de do-
5, 8), sem outras lesões. CA 19-9-130; Neoadjuvância enças crônico-degenerativas e neoplasias. Estas são
com 3 ciclos FOLFIRINOX. Cirurgia set/16: tumoração de a principal causa de morte na faixa etária de 60 a 79
corpo do pâncreas envolvendo a emergência da artéria anos, sendo mais comuns os Cânceres de Cólon, Pul-
hepática e esplênica (doença locorregional com inva- mão, Hepatobiliar e de Cabeça e Pescoço. O surgimen-
são vascular). Realizada ressecção em bloco do corpo to de técnicas médico-científicas mais avançadas gera
e cauda do pâncreas, tronco celíaco e ramos, baço e a substituição de um padrão de mortalidade alto por
estômago. Ressecado linfonodos níveis 8a, 9, 10,11p, um padrão de morbidade predominante, significando
11d, 16a2,16b1. Anastomose primária T-T da artéria he- que um indivíduo vive mais tempo com a doença do
pática comum com tronco celíaco, anastomose esôfa- que morre por ela. O método cirúrgico caracteriza uma
go-jejunal em Y de Roux, fechamento do coto pancreá- boa opção no tratamento, tendo em vista o fato de que
tico. Clipado o leito de ressecção. LHP: adenocarcinoma este grupo etário pode ser menos tolerante à quimiote-
ductal mod dif do pâncreas de 2,5x2,3 cm, com áreas rapia, apresentando efeitos colaterais exacerbados. No
de necrose e fibrose e infiltrado linfoplasmocitário (res- entanto, alguns fatores devem ser levados em conta.
posta patológica parcial à QT), margem do colo do pân- Deve-se compreender que idosos apresentam uma fi-
creas livre e margem radial comprometida; 4/11 linfo- siologia corporal diferente dos mais jovens, com capa-
nodos. ypT4N1Mx – ECIII. Alta da UTI no 3º PO. Diarréia cidade homeostática comprometida e sistema imune
de difícil controle apesar de terapêutica nutricional e deficiente culminando com o aumento da vulnerabili-
medicamentosa. Sem fístula pancreática. Alta hospita- dade e gerando alterações psicológicas. Tendo isto em
lar no 9ºPO. Seguimento ambulatorial com dificuldade mente, existem critérios a serem estudados para a to-
controle da diarreia e perda ponderal porém com boa mada de decisão, como a avaliação de risco que conta
resposta à terapia instituída. QT adjuvante após 40ºPO com o estadiamento do tumor, avaliação psicológica,
com gencitabina 3 ciclos seguido de radioterapia com 5, Avaliação Geriátrica Abrangente (mobilização e respira-
ção do idoso), avaliação pré-anestésica, além de anali- mutação se inicia o acompanhamento regular, realizan-
sar as condições físicas e de fadiga visando uma estima- do periodicamente US Mamária e RM Mamária sendo a
tiva da capacidade de recuperação do paciente e sua Mamografia Digital utilizada quando há risco de lesão
vulnerabilidade. De acordo com os resultados obtidos maligna, podendo lançar mão da quimioprevenção por
opta-se por abordagem cirúrgica ou não, podendo se Tamoxifeno, por exemplo, ou da cirurgia preventiva.
fazer a escolha da não utilização de nenhum tratamen- Os tumores apresentam negatividade para receptores
to, elucidando sempre ao paciente e seus familiares os hormonais considerando-os como mais graves com ele-
pontos positivos e negativos do tratamento cirúrgico, vada taxa de recidiva, associados a uma sobrevida me-
assim como de outras opções como a quimioterapia. A nor. No entanto, o prognóstico de câncer de Mama as-
ressecção, quando realizada, deve conter margens de sociado à mutação BRCA é semelhante ao esporádico.
segurança que variam de acordo com o tipo de tumor A Cirurgia Preventiva é agressiva e com grau de morbi-
e sua localização visando um maior potencial curativo. dade que pode afetar a qualidade de vida da paciente,
O contexto da doença e do tratamento, principalmente porém, é uma possível abordagem após constatação da
o cirúrgico, geram um estresse acarretando em diver- presença destas mutações, especialmente quando as-
sos sintomas que afetam a sobrevida deste paciente. sociada a histórico familiar positivo e microcalcificações
Com isso é preciso que o paciente e sua família tenham difusas. A Mastectomia Total retira todas as camadas
uma capacidade de lidar com estes fatos com estraté- inclusive pele o que faz com que a recusa seja grande
gias voltadas para o âmbito emotivo buscando produzir pela perda de sensibilidade e auto estima, com isso a
comportamentos que aumentem o bem-estar psicoló- abordagem por Mastectomia Subcutânea é a mais rea-
gico reduzindo os impactos causados pela doença, co- lizada poupando-se a pele e o complexo aréolo-mami-
nhecida como a capacidade de Enfrentamento, afetan- lar. Além da Mastectomia, a anexectomia bilateral pode
do positivamente também a qualidade de vida. ser realizada. A reconstrução imediata se dá por meio
da presença de equipe Oncoplástica sendo uma melhor
Contato: JÉSSYCA MATOS SILVA – jessyca.matos@
opção pela recuperação da auto estima imediata e a re-
hotmail.com
alização de uma única cirurgia e único pós-operatório.
Isto auxilia no manejo psicológico da paciente oncológi-
ca cujo maior receio é a perda da identidade feminina
TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA e a morte. Além disso, o acompanhamento psicológico
CÓDIGO: 59535 é imprescindível durante todas as etapas levando a um
melhor prognóstico e uma maior sobrevida.
CIRURGIA PREVENTIVA E TRIAGEM Contato: CAROLINA DOS ANJOS SAMPAIO –
NO CÂNCER DE MAMA E OVÁRIO EM sampaiocarolina@uol.com.br
PORTADORES DE MUTAÇÃO BRCA
Autores: Carolina dos Anjos Sampaio; Rafael Pitanguy
Chamma; Ixtlan Barbosa de Almeida Rangel; Amanda
Atthie Maia; Clara Walviesse de Almeida Lemos; Jéssyca TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
Matos Silva; Bruna Teixeira Marques; Isabela Coelho CÓDIGO: 61936
Guimarães;
Instituição: ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES CIRURGIA ROBÓTICA PARA CÂNCER
DE RETO: EXPERIÊNCIA DE 61 CASOS
Mutações BRCA1/BRCA2 são responsáveis por gerar
Câncer de Mama e Ovário em mulheres. A identifica-
CONSECUTIVOS
ção de indivíduos com estas mutações é de extrema Autores: Raquel de Maria Maués Sacramento; Marcus
importância podendo ocasionar em prevenção ade- Vinicius Motta Valadão da Silva; Eduardo Linhares Riello
de Mello; Jose Paulo Jose; Rafael Oliveira Albagli; Jensen
quada, com procedimentos cirúrgicos ou não. O grupo
Milfont Fong; Ronald Enrique Delgado Bocanegra;
de maior incidência é o sexo feminino, com idade de
Camilla Bandeira Soares;
acometimento precoce, bilateralidade, maior ocorrên-
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
cia de tumores palpáveis, associação com outros tipos
de tumores na família como o câncer de Ovário e Prós- Introdução: A cirurgia colorretal apresenta inúmeros
tata, além de poder influenciar o desenvolvimento de desafios técnicos, entre estes estão a inacessibilidade
neoplasias em outros sítios como os tumores gástricos, relativa do reto dentro dos confins da pelve óssea, difi-
melanoma maligno, carcinoma peritoneal primitivo, en- culdade em conseguir retração adequada e visualização
tre outros. A história familiar é de grande importância sub ótima. Objetivo: Analisar os resultados cirúrgicos
para a triagem devido ao fato de cânceres hereditários de pacientes submetidos à ressecção de reto robótica
apresentarem características histopatológicas e imu- em Instituto de referência para Câncer no Brasil. Méto-
nohistoquímicas de mau prognóstico, entretanto, exis- do: Tratou-se de um estudo retrospectivo, observacio-
tem questões a serem respondidas sobre penetrância e nal em pacientes submetidos a cirurgia robótica para
expressividade destas mutações. Após constatação da adenocarcinoma retal de agosto de 2012 a agosto de
2016, sendo analisados 61 pacientes. Resultados: A podem ser desencorajadores, especialmente quando a
idade mediana dos 61 pacientes deste estudo foi de 61 expectativa, pessoal e social, quanto ao papel femini-
anos (intervalo, 28-77), com prevalência de pacientes no, está relacionada ao cuidado com família (HEBBARD
do sexo masculino (57, 3%), com índice de massa cor- e WIRTZFELD, 2009). Objetivo: Descrever a rede social
poral mediano de 24 (18 – 41). A mediana da distancia das cirurgiãs oncológicas formadas em uma instituição
da lesão a margem anal foi de 5 cm (intervalo, 0-12), de referência. Método: O estudo é transversal, obser-
observando-se em 55, 7% os tumores com localização vacional. A amostra é formada por conveniência, com
em reto baixo. Os procedimentos cirúrgicos incluíram cirurgiãs formadas nos últimos 40 anos em uma insti-
33 ressecção anterior do reto com a anastomose cólo- tuição de referência do Brasil. Para captação foi utiliza-
-retal (54%), 5 ressecção anterior do reto a hartman (8, da a técnica de bola de neve. Análise de Redes Sociais
1%), 14 ressecções abdomino-perineais do reto (22,9%), (ARS) consiste em uma abordagem teórico-metodológi-
1 exenteração pélvica total (1,6%) e 2 exenterações pél- ca utilizada para estudo das interações entre indivíduos
vicas posterior (3,2%). Quatro pacientes (6, 5%) tiveram que formam uma rede social. Para análise foi utilizado
tumores no estágio 0,10 (16, 3%) tiveram tumores do o programa Gephi v0.9.1. Resultados: Entre os anos de
estágio I, 26 (42,6%) apresentaram tumores no estádio 1977 e 2017 foram formados 324 residentes de Cance-
II, 19 (31,1%) apresentaram tumores no estádio III e o rologia Cirúrgica, dos quais 21% (n=69) eram do sexo
estádio IV em 2 (3,2%) dos pacientes. Quanto ao grau feminino. Embora o número de cirurgiãs oncológicas
da excisão do mesoreto observou-se excisão satisfató- formadas tenha aumentado ao longo do tempo, nos
ria graus 2 e 3, em 44,2% e 36% dos pacientes, respec- últimos 20 anos este quantitativo se manteve relativa-
tivamente. Em relação à mortalidade pós operatória mente estável. Com as informações conseguidas atra-
em 30 dias, foi identificado somente 1 caso (1,6%). A vés da técnica de bola de neve foram identificadas 67
recorrência de doença a distância foi observada em 15 cirurgiãs, duas a menos do que as encontradas pelos
(24,5%) dos pacientes, já a recorrência local foi visuali- registros institucionais. A densidade da rede foi de 0,43,
zada em apenas 3 (4,9%). Conclusão: A abordagem do sendo identificada centralidade de intermediação dos
câncer de reto utilizando-se o sistema robótico oferece nós de Ginecologia Oncológica. Conclusão: A presença
taxas de complicação e resultados oncológicos satisfa- de mulheres na Cancerologia Cirúrgica não é mais um
tórios, uma vez que apresenta a vantagem de facilitar a evento raro. No sociograma desenhado, a centralidade
dissecção na pelve estreita, principalmente em homens de intermediação corresponde às cirurgiãs especializa-
e pacientes obesos e nos casos de tumores volumosos das em Ginecologia Oncológica formadas entre 1977 e
permitindo que realize com segurança e destreza pro- 1997, relacionando-se ao fato de terem atuado na for-
cedimentos de preservação de esfíncteres em um gran- mação das demais. Apesar de a Cancerologia Cirúrgica
de número de pacientes. ser um campo ainda em transformação e construção
para o sexo feminino, o número constante de cirurgiãs
Contato: RAQUEL DE MARIA MAUÉS SACRAMENTO –
oncológicas graduadas nos últimos 20 anos demonstra
raquel_maues@yahoo.com.br
um espaço conquistado.
Contato: CIBELE DE AQUINO BARBOSA – cibele.
aquino@gmail.com
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
CÓDIGO: 61911
com saída de 2000 ml de líquido serosanguinolento em 42,9% sendo 7, 2% complicações maiores, de classifica-
outro serviço. A análise citológica do líquido demons- ção CLAVIEN III. A taxa de mortalidade encontrada foi
trou ausência de malignidade. Nos exames de contro- de 3,6%, representada por apenas um caso. A obesida-
le foi evidenciado imagem cística complexa de 111 x de pré-operatória influenciou a ocorrência de complica-
114 x 163 mm, septada, nódulo sólido em seu interior ções maiores (p=0,045).
com captação ao meio de contraste e restrição a difu-
Contato: MARIA LUIZA LEITE DE MEDEIROS –
são. Marcadores séricos normais. Pelas características
lumedeiros88@yahoo.com.br
suspeitas da imagem a paciente foi então submetida a
ressecção hepática não regrada, com margem cirúrgica
de 1,0 cm, cujo exame anatomopatológico resultou em
neoplasia cística mucinosa de alto grau com áreas de TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
adenocarcinoma invasivo. Embora de difícil diagnósi- CÓDIGO: 61869
co pré–operatório, a presença de nódulos e septações
internas levantam a possibilidade de neoplasia, sendo COLECTOMIA PARCIAL POR
o tratamento de escolha para esses casos a ressecção
ADENOARCINOMA DE SIGMÓIDE
hepática com margens de segurança.
ASSOCIADO À OCLUSÃO AÓRTICA
Contato: DIEGO GREATTI VAZ DA SILVA – dgvsilva@ INFRA-RENAL POR DOENÇA DE
gmail.com TAKAYASU
Autores: Felipe Kelvin Lopes Vital; Jeise Gabriele Leal
Vieira; Leandro Moreira Antunes; Eduardo Moreira
Scholer; Vinicius Brasil Correa da Cunha; Rafael Horácio
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS de Brito; Rannyere Matias Sampaio; Carlos Alexandre
CÓDIGO: 61947 Garção Ramagem;
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
COLANGIOCARCINOMA INTRA
HEPÁTICO: EXPERIÊNCIA DE 16 ANOS Apresentação do caso: M.M.B, feminino, 45 anos, en-
DE UM CENTRO BRASILEIRO DE caminhada ao Hospital de Câncer de Barretos unidade
de Porto Velho em abril de 2015 com hematoquezia,
TRATAMENTO ONCOLÓGICO
dor, náuseas, e diarreia. Colonoscopia com evidência
Autores: Felipe José Fernandez Coimbra; Maria Luiza de tumoração em sigmóide localizado a 30 cm da mar-
Leite de Medeiros; Carolina Parucce Franco; Wilson Luiz
gem anal, cujo resultado da biópsia revelou adenocar-
da Costa Junior; Alessandro Landskron Diniz; Heber
cinoma G2. Paciente portadora de Arterite de Takayasu
Salvador de Castro Ribeiro; Andre Luis De Godoy; Igor
Correia de Farias; com angiotomografia revelando obstrução completa
da aorta infra-renal e artéria mesentérica inferior. A ir-
Instituição: A.C. CAMARGO CÂNCER CENTER
rigação dos membros inferiores se fazia pelas artérias
Colangiocarcinoma é um tipo raro de tumor gastroin- epigástricas, lombares e pela arcada de Drummond. Foi
testinal com baixa taxa de sobrevida em 5 anos. Com realizado no pré-operatório a marcação cutânea do tra-
sintomas inespecíficos o diagnóstico na maioria das jeto dos vasos epigástricos inferiores na parede abdo-
vezes é realizado através de exames de imagem e a ci- minal com o uso do eco-doppler, com intuito de reduzir
rurgia permanece como maior chance de cura. Foram o risco de lesão desta estrutura durante possível colos-
28 casos de colangiocarcinoma tratados com intuito tomia. Paciente submetida à retossigmoidectomia com
curativo na instituição no período entre 2000 e 2016. A ligadura dos vasos mesentéricos na origem e interrup-
idade mediana da amostra foi de 61 anos (37-82 anos) ção do fluxo vascular da arcada do cólon, anastomose
com predomínio de homens (57%). Cerca de 40% decla- primária término-terminal. Paciente recebeu alta no 4º
rou-se etilista, ex-etilista ou etilista social e mais da me- DPO sem sinais de alterações de membros inferiores.
tade desta população é ou foi tabagista. Com relação O exame anatomopatológico revelou adenocarcinoma,
aos antecedentes pessoais, 53% possuía hipertensão G2, com margens livres. Dissecados 27 linfonodos com
arterial sistêmica, 43% apresentava diabetes mellitus e metástase em um linfonodo (Ep AJCC – T3 N1a M0 –
quatro pacientes eram obesos ao diagnóstico. O histó- IIIB). Submetida à quimioterapia adjuvante. Em setem-
rico familiar de 15 pacientes incluía parentes próximos bro de 2016 evoluiu com quadro de insuficiência renal
com diagnóstico oncológico. A avaliação de risco pré- aguda, por progressão da doença de Takayasu acima
-anestésico classificou 21 pacientes como ASA2 (75%) das artérias renais. Atualmente encontra-se em trata-
e 6 como ASA3 (21,4%). A quimioterapia neoadjuvan- mento dialítico, associado à terapia imunossupressora
tes foi realizada em 5 pacientes (17, 9%) e o tratamento para o controle clínico da arterite. Discussão: A Arterite
quimioterápico adjuvante em 7 (25%). Foram realizadas de Takayasu é uma doença inflamatória, idiopática, crô-
8 ressecções maiores (28, 6%), 7 ressecções de até 3 nica e progressiva, que causa estreitamento, oclusão
segmentos (25%) e o acesso convencional foi utilizado e aneurismas de grandes vasos. A doença afeta prin-
em 85% da amostra. Cerca de 90% dos casos apresen- cipalmente a aorta, seus maiores ramos e artérias pul-
tavam lesão hepática única. A taxa de morbidade foi de monares. O envolvimento de artérias renais é o mais
comum, sendo encontrado em 24 a 68%. Apesar da ci- ble and effective alternative to Afatinib and Gefitinib if
rurgia do cólon apresentar riscos inerentes ao próprio response to EGFR inhibition is considered still effective.
procedimento, a comorbidade da Doença de Takayasu
Contato: RAMON ANDRADE BEZERRA DE MELLO –
elevou consideravelmente o risco cirúrgico mediante a
ramondemello@gmail.com
possibilidade de complicações isquêmicas graves dos
membros inferiores. Comentários finais: Reiteramos
com o presente relato de caso a importância de uma
atenta avaliação clínica pré-operatória, aliado a um pla-
nejamento e acompanhamento multidisciplinar sincrô-
nico, proporcionando bons resultados pós-operatórios, TEMÁRIO: URO – 0NCOLOGIA
reduzindo morbidade e mortalidade cirúrgica. CÓDIGO: 61579
Contato: FELIPE KELVIN LOPES VITAL – felipe.k.vital@
hotmail.com COMPLICAÇÕES APÓS BIÓPSIA
TRANSRETAL DE PRÓSTATA:
CASUÍSTICA DE 6 MESES EM UM CENTRO
ONCOLÓGICO DE REFERÊNCIA
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
Autores: Alessandra Marumi Emori Takahashi; Maria
CÓDIGO: 60777
Fernanda Arruda Almeida; Paula Nicole Vieira Pinto
Barbosa; Chiang Jeng Tyng; Mauricio Kauark Amoedo;
COMPARATIVE OUTCOME ASSESSMENT Almir Galvão Vieira Bitencourt; Miriam Rosalina Brites
OF EPIDERMAL GROWTH FACTOR Poli; Rubens Chojniak;
RECEPTOR TYROSINE KINASE Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
INHIBITORS FOR THE TREATMENT OF Introdução: A biópsia transretal de próstata guiada por
ADVANCED NON-SMALL-CELL LUNG ultrassonografia é um dos procedimentos mais realiza-
CANCER: A NETWORK META-ANALYSIS dos pelo Radiologista Intervencionista, tendo alta sensi-
Autores: Ramon Andrade De Mello; Alessandro bilidade na detecção de neoplasia. Embora seja proce-
Vasconcelos; Paloma Lucena Cabral; Carles Escriu; dimento rápido, seguro e com baixa morbimortalidade,
Pedro Castelo-Branco; Daniel Humberto Pozza; Giannis eventuais complicações devem ser prontamente diag-
Mountzios; Gilberto de Lima Lopes; Pedro Madureira; nosticadas e tratadas. Objetivo: Descrever as compli-
Instituição: INSTITUTO DE ONCOLOGIA E HOSPITAL cações após biópsia de próstata em nossa Instituição,
JORGE VALENTE; UNIVERSIDADE DO ALGARVE, considerando medidas de prevenção, orientações pós-
PORTUGAL
-procedimento e terapêutica abordada, comparando
Introduction: Tyrosine kinase inhibition of the epider- nossa casuística com a literatura. Método: Foram ava-
mal growth factor receptor (EGFR) is the standard in liados 273 pacientes submetidos à biópsia transretal
the first line treatment of patients with advanced non- de próstata entre os meses de Janeiro e Junho de 2017
-small–cell lung cancer (NSCLC) harbouring EGFR acti- através da revisão de prontuário eletrônico, com busca
vating mutations. Objective: Here we aim to discern ativa de informações a respeito de complicações nos
efficacy and toxicity measures through a meta-analysis 30 dias decorridos do procedimento. As biópsias fo-
of published studies that could aid treatment selec- ram realizadas sob sedação acompanhada por médico
tion. Methods: We performed a meta-analysis of the anestesista e os pacientes permaneceram em observa-
main randomized clinical trials evaluating the currently ção por pelo menos 1 hora, recebendo alta com orien-
approved EGFR-TKIs in first-line of treatment of EGFR- tações impressas, com acompanhante. Resultados:
-positive advanced NSCLC. Cochrane guidelines were Dos 273 pacientes, 12 (4,3%) apresentaram complica-
used for statistical analysis. Results: 3,179 patients ções, sendo 6 menores e 6 maiores. Dentre as compli-
were included. All EGFR TKIs showed improved outco- cações menores, destacamos hematúria (1%), peque-
mes with respect to ORR and PFS when compared to no sangramento retal (0,7%) e hematospermia (0,4%),
standard platinum-doublet chemotherapy. Comparati- sendo todos abordados de forma conservadora. Esses
ve ORR for gefitinib, erlotinib and afatinib were 52•1%, pacientes receberam alta no mesmo dia. As complica-
67•3% and 61•6% respectively. HRs for PFS were 0•62 ções maiores foram assim distribuídas: infecção uriná-
(95% CI, 0•38 – 1•00) for gefitinib, 0•28 (95% CI, 0•17 – ria (0,7%), prostatite (0,7%), retenção urinária (0,3%) e
0•45) for erlotinib and 0•40 (95% CI, 0•20 – 0•83) for afa- sangramento retal intenso (0,3%). Os dois casos de in-
tinib. HRs for OS were not statistically significant for any fecção urinária necessitaram de internação hospitalar
agent. Conclusions: Our results suggest similar clinical para antibioticoterapia endovenosa. O sangramento
efficacy and higher toxicity of Afatinib treatment. As this retal observado foi inicialmente refratário à aplicação
still remains the agent with best CSF penetration, we su- de tampões com gaze e a perda sanguínea demandou
ggest its use is limited to patients presenting with brain hemotransfusões, porém a hemorragia foi autolimita-
metastasis. We suggest the use of Gefitinib in patients da. Conclusão: Apesar de segura, a biópsia transretal
without CNS involvement. Faced with the impossibility de próstata pode evoluir com complicações graves que
to dose-reduce Gefitinib, Erlotinib represents a tolera- devem ser prontamente diagnosticadas e tratadas. A
nossa taxa de complicações se mostrou inferior à da seguido do uso recente de Ciprofloxacino (38%). Ape-
literatura. O conhecimento de cuidados específicos e nas 1 paciente desse grupo apresentou complicação
medidas preventivas, tais como a avaliação de coagulo- infecciosa, de sítio urinário, com isolamento de E.coli
grama e a realização de adequada antibioticoprofilaxia, ESBL, necessitando antibioticoterapia endovenosa em
podem contribuir para a redução da morbidade desse internação hospitalar. Conclusão: O aumento da inci-
procedimento. dência de bactérias da flora intestinal resistentes a Qui-
nolonas tem sido relacionado à elevação nas taxas de
Contato: ALESSANDRA MARUMI EMORI TAKAHASHI –
complicações infecciosas após BTRP, motivando altera-
ale_emori@hotmail.com
ções nos esquemas de antibioticoprofilaxia. Em nossa
experiência inicial com o novo protocolo, observamos
menor ocorrência de eventos infecciosos. A amostra
TEMÁRIO: URO – 0NCOLOGIA apresentada torna a avaliação limitada e um levanta-
CÓDIGO: 61604 mento prospectivo está em curso e analisará maior nú-
mero de pacientes.
COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS Contato: ALESSANDRA MARUMI EMORI TAKAHASHI –
APÓS BIÓPSIA TRANSRETAL DE ale_emori@hotmail.com
PRÓSTATA: ANÁLISE INICIAL
DE UM NOVO PROTOCOLO DE
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM UM
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
CENTRO ONCOLÓGICO DE REFERÊNCIA
CÓDIGO: 62016
Autores: Alessandra Marumi Emori Takahashi; Maria
Fernanda Arruda Almeida; Paula Nicole Vieira Pinto
Barbosa; Chiang Jeng Tyng; Mauricio Kauark Amoedo;
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
Almir Galvão Vieira Bitencourt; Miriam Rosalina Brites COLÔNICAS: ANÁLISE RETROSPECTIVA
Poli; Rubens Chojniak; NUMA INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA DO
Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER ESPIRITO SANTO
Autores: Meire Cardoso da Mota Bastos; Carlos
Introdução: A BTRP é procedimento minimamente in-
Alexandre Meneghelli; Pedro Lorencini Belloti; Ana
vasivo e as taxas de complicações são baixas. Merecem
Luiza Miranda Cardona Machado; Luiz Fernando
destaque as complicações infecciosas, cuja incidência é Mazzini Gomes; Luiz Augusto de Castro Fagundes Filho;
influenciada de forma significativa pelo uso de profila- Leonardo Orletti; Eduardo Rossetti Filho;
xia antimicrobiana. Objetivo: Avaliar as complicações Instituição: HOSPITAL SANTA RITA DE CASSIA
infecciosas após biópsia de próstata, considerando dois
protocolos diferentes de antibioticoprofilaxia. Método: Introdução: As complicações do tratamento da neo-
Foram estudados dois grupos. O primeiro, avaliado plasia colônica que envolvem resseção e anastomose,
entre 01/2017 e 03/2017, envolveu pacientes que rece- não são raros, e frequentemente são graves. Possuem
beram Ciprofloxacino 400 mg antes do procedimento, morbidade variável que prolongam o período de inter-
sendo mantido por mais 3 dias via oral. O segundo, nação, aumentam os custos, perpetuam sequelas fun-
compreendido entre 04/2017 e 06/2017, seguiu novo cionais e contribuem para aumentar os índices de mor-
protocolo institucional, que preconiza associação de Ci- talidade. Objetivo: Conhecer o perfil dos pacientes e
profloxacino com Gentamicina 240 mg na presença de das complicações pós cirurgias colônicas por neoplasia.
fatores de risco como: diabetes mellitus (DM), uso atual Método: Trata-se de um estudo retrospectivo e descri-
de sonda vesical de demora, uso recente de Ciprofloxa- tivo com pacientes portadores de neoplasia maligna
cino, infecção urinária prévia com microorganismo re- colônica, operados numa Instituição de referência em
sistente à Quinolona nos últimos 3 meses e anteceden- Vitória-ES, no período de 2008 a 2015, que desenvol-
te de infecção grave após biópsia de próstata. O novo veram complicação cirúrgica ou clínica pós-operatória.
protocolo não recomenda a continuidade de antibiótico Foram incluídos os tumores de apêndice até transição
domiciliar. Foi realizada busca ativa através da revisão retossigmóide. Foram excluídos os pacientes em vigên-
de prontuário eletrônico de complicações infecciosas cia de obstrução intestinal. Resultados: População de
nos 30 dias decorridos do procedimento. Resultados: O 406 pacientes. Dessa amostra, 18, 47% dos pacientes
primeiro grupo foi composto por 144 pacientes. 3 (2%) tiveram complicação clínica e/ou cirúrgica. O tabagis-
deles apresentaram complicações infecciosas, sendo 2 mo destacou-se como fator prevalente (37, 5%). Desses
prostatites e 1 infecção urinária, com isolamento de Es- pacientes que complicaram, 60% foram submetidos à
cherichia coli (E.coli) ESBL (Extended spectrum Beta Lac- anastomose primária. Taxa de fístula foi 7, 1%, desse
tamase) na urina, havendo necessidade de internação 10,66% não reoperaram, a média de tempo de interna-
hospitalar e antibioticoterapia endovenosa. O segundo ção dos pacientes fistulizados foram 23,2 dias. A taxa
grupo totalizou 126 pacientes: 100 fizeram uso de Ci- de mortalidades pós-operatória global foi 6, 4%. Con-
profloxacino isolado; os 26 restantes receberam Cipro- clusão: O presente estudo pode observar que naqueles
floxacino associado à Gentamicina devido à presença pacientes que desenvolveram complicação, os fatores
de fatores de risco – o DM foi o mais frequente (46%), inerentes a execução do procedimento (preparo colô-
nico, anastomose mecânica e cirurgia videolaparoscó- interligadas tanto anatômica quanto fisiologicamente,
pica) não obtiveram significância estatística como fator lesionando estruturas como intestino, bexiga e ureter,
complicador, porém dever conhecidos afim de mini- sendo a ultima mais constante em cirurgias abdominais
mizar riscos, diminuir sequelas e interferir nas taxa de do que em vaginais. O mal funcionamento mictório es-
morbimortalidade. pontâneo é comum no pós operatório pélvico ou peri-
neal, ou apos utilização de raquianestesia ou peridural.
Contato: MEIRE CARDOSO DA MOTA BASTOS –
meirebastos_fmc@hotmail.com Contato: AMANDA DE MELLO SARAIVA DO AMARAL –
amandamsamaral@hotmail.com
relatado classificado como condrossarcoma primário, No entanto, tumores de alto volume em que a cirurgia
central e grau II. O tratamento resolutivo consiste, pri- acarrete disfunção da laringe requerem tratamento ra-
mariamente, na cirurgia com ressecção de margens dical. Radioterapia é considerada como inefetiva, em-
amplas, já que a grande maioria dos tumores são radio bora possa ser indicada quando houver doença residu-
e quimiorresistentes. Comentários finais: O presente al. A taxa de reincidência do CL é alta, variando de 18 a
relato torna-se importante no sentido de mostrar que, 50%. Quando a escolha é excisão parcial, há chance de
apesar de essa ser uma afecção incomum em adoles- ressecção incompleta do tumor e, consequentemente,
centes, ainda assim ela está presente no nosso meio. É maior probabilidade de recidiva. Comentários finais:
imprescindível sua investigação precoce, principalmen- Além das características inerentes à histologia da lesão,
te por exames de imagem, com o intuito de diminuir as a recorrência local parece ser causada frequentemente
chances de complicações e evitar o óbito. pela relutância do cirurgião em remover a lesão com
margem, optando pelo tratamento conservador em de-
Contato: PEDRO HENRIQUE COÊLHO DE MÉLO LEITE –
trimento da laringectomia total.
pedrohcml@hotmail.com
Contato: LUCAS LEONARDO MALINOSKI SIMAS –
lucasurfe@hotmail.com
outros lugares do esqueleto axial. A sintomatologia é órticos. A paciente foi encaminhada para quimioterapia
dependente do local do cordoma, como perda de es- adjuvante com esquema BEP (bleomicina, etoposídeo
fíncter, quando na região sacral, e diplopia, quando e cisplatina). Discussão: O coriocarcinoma pode ser
intracranial. Pacientes com tumores nas vértebras gestacional ou não gestacional. O subtipo gestacional é
cervicais podem apresentar dor, rouquidão, disfagia e mais comum e geralmente tem melhor prognóstico, já
sangramento faríngeo. A RM é o melhor exame para vi- o não gestacional é extremamente raro, principalmente
sualizar o tecido mole do tumor, com a TC sendo mais se for “puro” – não associado à outras linhagens germi-
efetiva para observar lesões ósseas. Estruturalmente, nativas – como é o caso do relato. A distinção destas
suas células apresentam características epiteliais com entidades é importante porque além do prognóstico, o
desmossomos proeminentes. Células tumorais de qua- tratamento também é diferente; nos coriocarcinomas
se todos os cordomas são positivas para citoqueratina. primários do ovário o tratamento é cirúrgico, enquanto
O Antígeno de Membrana Epitelial (EMA) está presente nos gestacionais é utilizado quimioterapia inicialmen-
em mais de 80% dos casos, e o S100 em 44%. Não há te. Este caso difere muito dos publicados nos diversos
ensaios clínicos randomizados que definam tratamento outros relatos, uma vez que foi necessária uma cirurgia
ótimo para o cordoma. Revisões literárias sugerem mo- extensa para controle da doença; segundo Hayashi, em
dalidade combinada com ressecção cirúrgica máxima e um levantamento de 32 casos, 71% foram tratados ex-
radioterapia. clusivamente com ooferectomia/salpingooforectomia
bilateral. E embora a quimioterapia adjuvante seja um
Contato: BERNARDO CENCI BASSO – becencibasso@
consenso nos múltiplos casos, os esquemas e drogas
hotmail.com
utilizadas variam muito na literatura.
Contato: VICTOR HUGO RIBEIRO VIEIRA – vhrv89@
gmail.com
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
CÓDIGO: 59967
estatística entre as biópsias percutâneas guiadas por berans. O dermatofibrosarcoma protuberans (DFSP) é
TC e das realizadas por endoscopia, bem como suas uma neoplasia cutânea maligna incomum e agressiva
correlações com o anatomopatológico dos achados ci- localmente. Após sua excisão, na maioria das vezes,
rúrgicos. Resultados: 200 procedimentos foram inclu- a lesão recidiva. Mas, menos de 5% dos casos ocorre
ídos no estudo. Destes, cerca de 15% fizeram cirurgia metástases. Predomina na faixa etária de 20 a 50 anos
oncológica após a biópsia percutânea, com intenção de idade. Embora haja relados de sua apresentação ao
curativa, paliativa ou estadiadora. Houve correlação nascimento ou durante a infância. Afeta todas as raças,
diagnóstica das biópsias percutâneas na maioria dos com maior incidência em negros. Tem predição pelo
casos, incluindo dois casos de biópsias percutâneas sexo masculino na proporção de 5:4. As estimativas de
com resultados negativos para malignidade, confirma- incidência global do DFSP nos Estados Unidos são de
dos com biópsia círurgica. Conclusão: A biópsia com 0.8 a 4,5 casos por milhão de pessoas por ano. O local
agulha grossa guiada por TC constitui método seguro mais comum para um DFSP está no tronco e nas extre-
e minimamente invasivo para o diagnóstico histológico midades proximais, geralmente no tórax e nos ombros.
das lesões sólidas pancreáticas, exibindo baixos índi- O crescimento indolente, aliado à raridade do DFSP e
ces de complicação e alta acurácia diagnóstica, quando à variabilidade na aparência clínica, contribui para o
comparadas as biópsias endoscópicas e aos resultados atraso do diagnóstico, como no caso relato em que a le-
de biópsias cirúrgicas. Referências: 1.Tyng CJ, Almeida são havia surgido há 3 anos. Tradicionalmente, o trata-
MFA, Barbosa PN, et al. Computed tomography-guided mento recomendado para DFSP é a ressecção alargada
percutaneous core needle biopsy in pancreatic tumor do tumor, com ampla margem de tecido circundante,
diagnosis. World Journal of Gastroenterology: WJG. incluindo a fáscia subjacente. A margem macroscópica
2015;21(12):3579-3586.doi:10.3748/wjg.v21.i12.3579. deve ser de 3 centímetros da lesão macroscópica.
2.Goldin SB, Bradner MW, Zervos EE, Rosemurgy AS
Contato: LETÍCIA SIGNORI KOHL – leticiaskohl@gmail.
2nd. Assessment of pancreatic neoplasms: review of
com
biopsy techniques. J Gastrointest Surg. 2007 Jun;11(6):
783-90. 3.Queroz, Thiago, Bernardo, Wanderley Mar-
ques, & Menezes, Marcos Roberto de. (2016). Image-
-guided pancreatic biopsy; can we trust it as a diagnos- TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA
tic alternative?. Revista da Associação Médica Brasileira, CÓDIGO: 59705
62(7), 616-617
Contato: DEMIAN JUNGKLAUS TRAVESSO – DERMATOFIBROSSARCOMA
demiantravesso@gmail.com PROTUBERANTE NA MAMA – RELATO
DE CASO
Autores: Ana Cláudia Dias Sousa Figueiredo; Karen
Maria Marçal Ribeiro; Fernanda Sena Rabelo Santos;
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA Aline Franco Coelho; Isabelle Salgado Castellano;
CÓDIGO: 60505 Pâmela Goretti Guedes; Paula Pereira de Souza Reges;
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA
DERMATOFIBROSSARCOMA SAÚDE DE JUIZ DE FORA
PROTUBERANS – RELATO DE CASO
Apresentação do caso: J. M. S. A., 30 anos, procedente
Autores: Letíca Signori Kohl; Julia Pastorello; Nicole da Zona rural de Minas Gerais, G3P3A0, nega história
Taiana Henn; Ícaro Alexandre de Azevedo; Isabella
familiar de câncer de mama. No atendimento dispnei-
Kern Arendt; Leonardo Werner Rasche; Fernanda Paula
ca e descorada, apresentando uma tumoração ulce-
Schafer; Víctor Sánchez Zago;
rada sangrante de 12cm aproximadamente no sulco
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
inframamário a esquerda de crescimento rápido. Apre-
Apresentação do caso: Paciente sexo feminino, 32 sentava quadro de anemia com hemoglobina de 7g/
anos, tabagista, sem comorbidades, sem história de dl. Foi realizada tomografia de tórax, após compensar
cânceres na família, procura atendimento médico com a anemia da paciente, a lesão foi ressecada. O anato-
queixa de lesão em dorso médio há 3 anos. Lesão cutâ- mopatológico compatível com neoplasia mesenquimal
nea assimétrica, de bordos elevados, fundo central, constituída por células fusiformes em arranjo estorifor-
coloração normal da pele, 2 cm. Encaminhada para me com focos de pleomorfismo moderado/acentuado,
biópsia. Anatomopatológico evidenciou neoplasia fuso- margens cirúrgicas livres. Não foi indicado radiotera-
celular acometendo derme e subcutâneo, presença de pia. Foi assinado um termo consentimento autorizan-
10 mitoses/10CGA e de infiltração perineural. Solicitado do a publicação. Discussão: O dermatofibrossarcoma
exame imunohistoquímico para eleucidação diagnósti- protuberante mixóide (DPM) é um tumor incomum
ca, o qual mostrou positividade das células neoplásicas que envolve a derme e a pele apresentando potencial
com o anticorpo CD34, que revelam achados consisten- de malignidade de baixo/moderado grau. É localmen-
tes com o diagnóstico de dermatofibrossarcoma protu- te agressivo com alta taxa de recorrência local e baixo
Apresentação do caso: I, T, P, S, S. 51 anos, feminino. Andreazza Laporte; Ruth Karina Escobar Diaz; Lorena
Paciente encaminhada ao Hospital do Câncer de Bar- Luiza Siqueira Marques; Luiggi Anselmo Leonardi; Luiz
retos unidade de Porto Velho com quadro de icterícia, Henrique Locks Correa; Lucas Gonçalves Matte;
perda ponderal, colúria e acolia. Havia realizado CPRE Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA
e colocação de prótese no dia 21/11/2016. Paciente re- SAÚDE DE PORTO ALEGRE
torna em 8/12/2016 com queda do estado geral, febril e Apresentação do caso: Mulher, 73 anos, com diag-
dor abdominal. Ao exame com plastrão no flanco e fos- nóstico de Doença de Paget Vulvar (DPV) que acometia
sa ilíaca direita. Solicitado tomografia com coleção na região vulvar e perianal desde 2001, submetida a vul-
topografia do fundo de saco posterior de 23,5 x 17, 3 x vectomia simples na época e mantida em seguimento
10,7 cm e coleção na topografia do mesogástrio medin- ambulatorial. Realizou radioterapia na região em 2010
do 17, 4 x 5, 9 cm, próximo à terceira porção duodenal como complemento ao tratamento, porém evoluiu
e com sinais de retro-pneumoperitonio. A prótese biliar após 5 anos com lesões extensas ulceradas e prurigino-
com extremidade distal na terceira porção do duode- sas na mesma região, Dessas lesões, realizou-se biópsia
no sugestivo de perfuração. Realizada abordagem re- de vulva em dez/2016 com achado de NIV III. À primeira
tro-peritoneal com incisão oblíqua acima do ligamen- avaliação, identificou-se extensa lesão vulvo-perineal
to inguinal direito e drenagem abscesso com 1500 ml. com extensão para as regiões inguinais, sendo plane-
Em 12/11/2016 foi submetida à troca da prótese biliar. jada cirúrgia em 2 tempos: vulvectomia anterior com
Tomografia de controle dia 13/12/2016 revelou redu- linfadenectomia inguinal bilateral e ressecção perianal.
ção da coleção junto ao fundo de saco, agora de 11,5 O anatomopatológico evidenciou adenocarcinoma in-
x 10,2 cm. Decidido por nova abordagem retro-perito- traepidérmico (DPV). Dois meses após foi realizada vul-
neal, com incisão do tipo Gibson à esquerda e drena- vectomia posterior com preservação do esfinter anal
gem. Nova tomografia em 20/12/2016 apresentando para ampliação da margen cirúrgica e reconstrução
remissão completa da coleção de fundo de saco. Em com retalhos, as bordas da peça cirurugica foram en-
23/12/2016 indicado laparotomia mediana com abor- caminhadas para congelação com resultado negativo.
dagem trans-peritoneal de coleção retro-peritoneal jun- Posteriormente os retalhos infectaram, exigindo nova
to à terceira porção duodenal, através de acesso pela intervenção; com retirada parcial dos retalhos e con-
goteira à direita e saída de 200 ml de secreção espessa. fecção de colostomia. Anatomopatológico revelou DPV
Recebeu alta hospitalar dia 01/01/2017 com remissão com limites comprometidos. Foi optado por realizar
completa das coleções. Discussão: As perfurações duo- curativo à vácuo por oferecer o melhor risco-beneficio
denais CPRE conhecidas como “janela posterior” são as para a paciente. Discussão: A doença de paget se ca-
complicações mais temidas e podem ser encontradas rateriza por uma proliferação intra-epitelial de células
em 0,5 a 2,1% dos procedimentos pós-papilotomia. apócrinas localizadas na camada basal, podendo atingir
A cirurgia faz parte da abordagem terapêutica e em toda a espessura do epitélio. Geralmente é multifocal
muitos casos com um índice de morbi-mortalidade re- e pode ocorrer em qualquer lugar vulva, perineo ou
lativamente alto. No caso descrito em nossa unidade coxa interna. Relatamos o caso de uma paciente com
a perfuração na terceira porção não está relacionada recorrências de doença de paget, com extenso acome-
diretamente ao processo da esfincterotomia e sim ao tomento vulvar e perineal, na qual foi realizado cirur-
deslocamento de uma prótese longa que comprime e gia em duas etapas. O tratamento é cirúrgico, poden-
perfura a parede duodenal. Comentários finais: Ape- do ser realizada uma excisão alargada ou vulvectomia,
sar da perfuração pós CPRE do tipo “janela posterior” de acordo com os achados histológicos e extensão da
ser um evento descrito, a perfuração por deslocamento doença. A linfadenectomia inguinal deve ser realizada
da prótese é extremamente rara. A abordagem retro- no caso de haver adenocarcinoma vulvar subjacente.
peritoneal em três tempos foi de extrema importância Existe uma alta prevalência de complicações pós-ope-
para o desfecho do caso. ratórias na vulvectomia radical que estão associadas a
Contato: FELIPE KELVIN LOPES VITAL – felipe.k.vital@ elevada morbidade. A taxa de recorrência da doença é
hotmail.com alta e pode ocorrer vários anos após o tratamento. Co-
mentários finais: A conhecida multifocalidade da DPV
torna o seu tratamento cirúrgico bastante desafiador.
A estratégia para tratamento desta patologia envolve
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA conhecimento aprofundado de técnicas de cirurgia pe-
CÓDIGO: 62028 rineal para oferecer o melhor tratamento para este gru-
po de pacientes
DOENÇA DE PAGET EXTENSA, Contato: ERICO PEREIRA CADORE – ericocadore@
RECORRENTE, VULVAR E PERINEAL, gmail.com
CIRURGIA EM 2 TEMPOS
Autores: Erico Pereira Cadore; Rosilene Jara Reis; Gustavo
com margens livres é considerada o padrão ouro para o uma morbimortalidade alta, a opção pela técnica deve
tratamento, e tanto ele, como o GIST, são resistentes a pesar os riscos e benefícios da abordagem cirúrgica.
quimioterapia e radioterapia. Dessa forma, a sobrevida O “ALPPS parcial” é uma variação que visa diminuir a
é determinada pelo tamanho tumoral e margens nega- morbidade do 1º tempo cirúrgico e aumentar a taxa
tivas, sem ter relação com a linfadenectomia regional de ressecções no 2º estágio. Fatores associados a pior
pela raridade de ocasionar metástase nessa região. A desfecho perioperatório incluem idade superior a 67
sobrevida com a ressecção completa é de 5 anos em anos, tumores de origem biliar e complicações maio-
48% a 65%, sendo ainda a melhor terapia. res no intervalo cirúrgico, contudo mais estudos devem
definir os desfechos oncológicos a longo prazo. Sendo
Contato: MAYARA SANAE FUJIMOTO –
uma indicação infrequente, e de casuística predomi-
mayarafujimoto@hotmail.com
nante colorretal, é ainda mais incomum em sarcomas.
Comentários finais: O ALPPS é uma técnica factível e
importante para o armamentário cirúrgico. Padroniza-
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS ção quanto à seleção de pacientes, indicações, técnicas
CÓDIGO: 61859 cirúrgicas devem ser melhor definidos para otimizar os
resultados perioperatórios e oncológicos.
EMPREGO DA TÉCNICA DE ALPPS PARA Contato: ERICO PEREIRA CADORE – ericocadore@
HEPATECTOMIA DIREITA ESTENDIDA gmail.com
PARA TRATAMENTO DE METÁSTASES
HEPÁTICAS DE LEIOMIOSSARCOMA
RETROPERITONEAL
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
Autores: Erico Pereira Cadore; Antonio Nocchi Kalil;
CÓDIGO: 62004
Lorena Luiza Siqueira Marques; Luiggi Anselmo
Leonardi; Luiz Henrique Locks Correa; Tiago Auatt Paes
Remonti; Vitor Arce Cathcart; Lucas Gonçalves Matte; ENSAIO PICTÓRICO DE RESULTADOS
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA DIAGNÓSTICOS NÃO USUAIS
SAÚDE DE PORTO ALEGRE EM BIÓPSIAS PANCREÁTICAS
PERCUTÂNEAS GUIADAS POR
Apresentação do caso: Paciente feminina, 55 anos,
com história prévia de Leiomiossarcoma Retroperito-
TOMOGRAFIA
neal, Grau II, com íntimo contato com duodeno, hilo he- Autores: Demian Jungklaus Travesso; Rayssa Araruna
pático e veia cava inferior, submetida a ressecção R0 do Bezerra Melo; Alessandra Marumi Emori Takahashi;
Maria Fernanda Arruda de Almeida; Almir Galvao Vieira
tumor primário e reconstrução com prótese vascular
Bitencourt; Paula Nicole Vieira Pinto Barbosa; Jeng Tyng
em 2013, teve diagnosticada, após 2 anos de seguimen-
Chiang; Rubens Chojniak;
to, recidiva hepática restrita ao lobo direito (lesões con-
Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
fluentes em segmentos V, VI, VII e VIII). Foi tratada com
6 ciclos de Adriblastina e Dacarbazina, apresentou au- Apresentação dos casos: Foram selecionados 11 ca-
mento das lesões após 8 meses, optando-se então por sos em que os resultados diagnósticos anatopatológi-
troca da quimioterapia (QT), sendo realizados 6 ciclos cos discordaram da suspeita clinico-radiológica e envol-
de Docetaxel e Gencitabina. Após 4 meses do término veram situações não usuais na prática oncológica. Os
da QT, manteve doença estável, sendo indicada emboli- casos são de: um GIST, com critérios radiológicos de
zação venosa portal (EVP) percutânea para hipertrofiar invasão pancreática, duas metástases de carcinoma de
o lobo esquerdo, e viabilizar uma hepatectomia direita células renais, um metástase de neoplasia colorretal,
estendida. Com a EVP não tendo sucesso, indicou-se duas metástases de tumor fibroso solitário, uma me-
hepatectomia pela técnica de ALPPS. Num intervalo de tástase de carcinoma epidermóide de cabeça e pesco-
10 dias após 1º tempo cirúrgico, sem complicações, e ço, uma metástase de melanoma, uma metástase de
hipertrofia do fígado remanescente foi de 116% (de 243 neoplasia pulmonar, um leiomiossarcoma e um baço
para 526cm3), prosseguiu-se ao 2º estágio. Houve ne- acessório ectópico. Discussão: Os tumores pancreá-
cessidade de drenagem percutânea de coleção perihe- ticos podem estar relacionados a diversas patologias,
pática, com evolução pós-operatória favorável e alta com diferentes abordagens terapêuticas. A confirma-
hospitalar no xx dia. Discussão: A técnica de ALPPS é ção histológica é necessária na maioria dos casos, para
um opção cirúrgica de hepatectomia em dois estágios adequado planejamento terapêutico. O adenocarci-
(bipartição hepática e ligadura portal, e posterior res- noma e a neoplasia neuroendócrina figuram como os
secção) para induzir hipertrofia significativa em situa- principais tipos de tumores, porém, em alguns casos,
ções em que o futuro remanescente hepático (FRH) é resultados incomuns acontecem, principalmente em
insuficiente, tentando-se evitar a insuficiência hepática. grandes centros diagnósticos de referência. Comen-
A principal indicação do ALPPS ocorre após a falha da tários finais: Os casos em que a suspeita clinico-ra-
hipertrofia do FRH, após tentativa de EVP, e frequente- diológica não se confirmou, revelam situações raras
mente é realizada em pacientes com QT prévia. Tendo e contribuem para aumentar o leque de diagnósticos
diferenciais durante a avaliação de tumorações pancre- lém, distribuídos pelos oito distritos que compõem o
áticas. Referências Bibliográficas: 1. Tyng CJ, Almeida município. Resultados: Foram entrevistados 587 pes-
MFA, Barbosa PN, et al. Computed tomography-guided soas (310 mulheres e 277 homens), com média de ida-
percutaneous core needle biopsy in pancreatic tumor de de 59 anos. A taxa de rastreamento para CCR foi de
diagnosis. World Journal of Gastroenterology: WJG. 11,58%. Foram encontradas taxas de rastreamento de
2015;21(12):3579-3586.doi:10.3748/wjg.v21.i12.3579. 3,64%, 12,27% e 24,13% (p < 0,05) entre as pessoas na
2. Goldin SB, Bradner MW, Zervos EE, Rosemurgy AS renda familiar inferior a 2 SM, entre 2-10 SM e superior
2nd. Assessment of pancreatic neoplasms: review of 10 SM, respectivamente. Foi observado um percentual
biopsy techniques. J Gastrointest Surg. 2007 Jun;11(6): maior de rastreamento de CCR entre as pessoas que
783-90. 3. Clarke DL, Clarke BA, Thomson SR, Garden3 possuem escolaridade igual ou maior ao ensino médio
OJ, Lazarus NG. The role of preoperative biopsy in pan- completo (20,43%) em relação aos entrevistados que
creatic cancer. HPB 2004,6 (3): 144-53. 4. Queroz, Thia- possuem uma escolaridade menor que essa faixa (8,
go, Bernardo, Wanderley Marques, & Menezes, Marcos 23%), chegando a 0% entre os analfabetos (p < 0,05).
Roberto de. (2016). Image-guided pancreatic biopsy; Conclusões: A taxa de rastreamento na cidade de Be-
can we trust it as a diagnostic alternative?. Revista da lém é baixa. Maiores escolaridade e nível econômico
Associação Médica Brasileira, 62(7), 616-617. https:// estão associados de forma significativa com maior taxa
dx.doi.org/10.1590/1806-9282.62.07.616 5. Matsuyama de rastreamento de CCR.
M, Ishii H, Kuraoka K, et al. Ultrasound-guided vs en-
Contato: NAIARA ALMEIDA CAMPOS –
doscopic ultrasound-guided fine-needle aspiration for
naiaralmeida_2@hotmail.com
pancreatic cancer diagnosis. World Journal of Gastro-
enterology : WJG. 2013;19(15):2368-2373. doi:10.3748/
wjg.v19.i15.2368. 6. American Journal of Roentgenolo-
gy. 2006;187: 769-772. 10.2214/AJR.05.0366 TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
Contato: DEMIAN JUNGKLAUS TRAVESSO – CÓDIGO: 62019
demiantravesso@gmail.com
ESOFAGECTOMIA POR TORACOSCOPIA
EM POSIÇÃO PRONA PARA
TRATAMENTO DE CARCINOMA
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL ESCAMOCELULAR DE ESÔFAGO –
CÓDIGO: 60630
RELATO DE CASO EM UM CENTRO DE
REFERÊNCIA DA AMAZÔNIA OCIDENTAL
ESCOLARIDADE E NÍVEL SÓCIO-
Autores: Alice Brito Brandão; Alice Brito Branďão;
ECONÔMICO INFLUENCIAM Márcio Neves Stefani; Pedro Henrique da Silva Gomes;
POSITIVAMENTE A TAXA DE Pablo Marques Reis; Amanda Moreira de Abreu; Beatriz
RASTREAMENTO DE CCR EM BELÉM- Azevedo Nunes; Déborah Alencar Itaquy;
PARÁ Instituição: FUNDAÇÃO CENTRO DE CONTROLE DE
Autores: Luiz Fernando dos Santos Fonseca Tavares; ONCOLOGIA DO AMAZONAS
Edvaldo de Souza de Oliveira Junior; Naiara Almeida
Apresentação dos caso: O câncer de Esôfago é uma
Campos; Luciana Gonçalves de Oliveira; Luiz Carlos
neoplasia relativamente incomum e extremamente le-
Costa e Silva; Priscilla Cristina Moura Vieira; Wescley
Miguel Pereira da Silva; Williams Fernandes Barra; tal sendo mais incidente segundo dados do INCA, em
pacientes do sexo masculino, negros na 6º década de
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
vida e a estimativa para 2017 é que se tenham 10810
Introdução: O câncer colorretal é a quinta neoplasia casos novos. No ano de 2013 ele foi responsável por
maligna mais frequente no Brasil e apresenta incidên- 7930 mortes uma vez que a maioria dos paciente já
cia crescente a partir dos 50 anos de idade. O aumento chegam para o cirurgião com doença avançada com
progressivo desses casos deve-se a evolução do país ou sem metástase. Na grande maioria dos casos o tra-
rumo ao processo de industrialização, atrelado ao des- tamento é cirúrgico sendo a via aberta mais escolhida
conhecimento da população sobre os fatores de risco por conta de experiência dos centros de tratamento,
para CCR e a falta de política efetiva para rastreamento mas desde 1993 a videolaparoscopia vem sendo utili-
e detecção precoce. Objetivo: Avaliar o grau de escla- zada para estadiamento trans operatório e tratamento
recimento da população pesquisada acerca do Câncer cirúrgico dessas lesões. O relato apresenta um caso de
de Colorretal em uma amostra representativa da po- um paciente do sexo masculino de 64 anos com quadro
pulação de Belém. Método: Estudo epidemiológico do de epigastralgia, disfagia, plenitude pós prandial e me-
tipo descritivo, agregado, observacional, transversal, no lena associado a uma perda ponderal de 13kg e uma
qual foi aplicado um questionário em uma amostra re- endoscopia demonstrando uma lesão infiltrativa de 4
presentativa, divididos entre homens e mulheres, com cm tendo a confirmação histopatológica de Carcinoma
idade entre 50 e 75 anos, residentes na cidade de Be- Escamocelular tratado na Fundação Centro de Controle
de Oncologia do Amazonas (FCECON) por videolaparos- mortalidade. Comentários finais: Apesar de arriscada
copia em posição prona sendo o primeiro caso desse e sujeita a complicações (perda de enxerto e fístula),
tipo de tratamento na Amazônia Ocidental. reconstrução colônica em pacientes gastrectomizados
é tratamento padrão. A mortalidade é de até 16, 7%,
Contato: ALICE BRITO BRANDÃO – alicebrandao.abb@
sendo no máximo 7% em centros com maior volume.
gmail.com
Reoperação até 32% dos casos sendo principalmente
por necrose e redundância do enxerto, além de fístula.
Complicações mais comuns são aspiração e pneumo-
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO nia. Reconstrução colônica, em centros com expertise,
CÓDIGO: 59789 é realizada com excelentes resultados a curto e longo
prazos. Devido a seu comprimento adequado, perfusão
ESOFAGECTOMIA SUBTOTAL COM robusta e não dependência de anastomoses microvas-
culares, preferimos interpor o cólon direito isoperistál-
INTERPOSIÇÃO COLÔNICA PARA
tico através do mediastino posterior.
TRATAMENTO DE ADENOCARCINOMA
DA TRANSIÇÃO ESOFAGOGASTRICA Contato: ANDRÉ MEDEIROS DE CARVALHO –
EM PACIENTE COM BYPASS GÁSTRICO andremcar@gmail.com
PRÉVIO – RELATO DE CASO
Autores: André Medeiros de Carvalho; Renato Morato
Zanatto; Raul Lázaro de Melo Filho; Augusto Angelo
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
Granado Bottino; Daiana Lopes do Nascimento; Taís
CÓDIGO: 61749
Menezes Magalhães; Celso Roberto Passeri;
Instituição: HOSPITAL AMARAL CARVALHO
ESOFAGECTOMIA TRANS-HIATAL EM
Apresentação do caso: Mulher, 34, obesa. POT gas- ADENOCARCINOMA DE ESÔFAGO –
troplastia redutora (bypass) há 10 anos. Há 3 anos res- RELATO DE CASO
secção pouch, esôfago distal e estômago excluso por
Autores: Isack Bruno Neves Marques; Luana Vital Koike;
adenocarcinoma do pouch e esôfago distal. Anastomo- Biazi Ricieri Assis; Bruno José Martini Santos;
se esôfago-jejunal cuja biópsia mostrou acometimento
Instituição: UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA
microscópico da margem proximal. ECOG 0 98kg IMC
36, 8 cicatriz mediana transumbilical. PET-CT captação Apresentação do caso: S.C.A.M., feminina, 33 anos,
terço distal do esôfago adjacente a anastomose esôfa- natural de Jacupiranga – SP e residente em Volta Re-
gojejunal compatível com lesão neoplásica (SUV 4,2). donda – RJ. Veio ao pronto socorro em junho de 2016
Colonoscopia e angio-TC de aorta e artérias viscerais com queixa de dificuldade para deglutir. Relata que
normais. EDA lesão vegetante em anastomose esôfago- em abril do ano citado começou a sentir dores duran-
-jejunal endurecida, friável e sangrante. Realizada eso- te a alimentação que associou ser faringite, entretanto
fagectomia subtotal com linfadenectomia mediastinal a dificuldade e a dor persistiram e começaram a ficar
(videotoracoscopia). Laparotomia mediana com ressec- freqüente também com alimentos menos sólidos. As-
ção de anastomose esôfago-jejunal; linfadenectomia sociado a estes sintomas relatou perda de peso acen-
do tronco celíaco e reconstrução do trânsito com có- tuada. Foi então solicitado endoscopia digestiva alta
lon D (anastomose cervical), íleotransverso-anastomo- com biópsia que evidenciou adenocarcinoma pouco
se, jejunostomia e drenagem torácica fechada. Alta da diferenciado, presença de células em anel de sinete e
UTI no 3ºPO com dieta enteral por jejunostomia. Alta esôfago de barrett. No dia 20/01/2017 foi submetida a
hospitalar no 12ºPO com dieta enteral e líquida oral. esofagectomia total transhiatal com anastomose cervi-
Aguardamos AP. Discussao: Restabelecimento da con- cal e internada em unidade de terapia intensiva, onde
tinuidade gastrointestinal é determinante da qualidade ficou até o dia 24 de janeiro. Teve alta no dia 28 do mes-
de vida após esofagectomia. Não existe substituto ideal mo mês. No dia 05/06/2017 retornou ao pronto socorro
do esôfago com motilidade intrínseca e mecanismos fi- apresentando ascite e com hipótese de recidiva peri-
siológicos para minimizar refluxo. Interposição colônica toneal. Encaminhada para o serviço de oncologia clíni-
tem sido usada para reconstrução desde os anos 1900. ca e cuidados paliativos. Discussão: As vias de acesso
O comprimento do cólon dir se assemelha muito ao do descritas para a realização da esofagectomia podem
esôfago nativo, além da presença da válvula de Bauhim ser agrupadas em duas categorias: via transtorácica e
para diminuir refluxo. As desvantagens incluem desen- via trans-hiatal, esta última amplamente difundida por
volvimento de patologia colônica e diarreia. O colon Orringer e Pinotti. Orringer preconiza o isolamento do
interposto pode alagar-se com o tempo, levando a re- esôfago por meio de dissecação romba e às cegas. Pi-
dundância e revisão cirúrgica.Embora os resultados te- notti propõe o acesso ao esôfago torácico através da
nham melhorado ao longo do tempo, fístula e necrose transecção mediana do diafragma que permite a disse-
do cólon ainda são fonte significativa de morbidade e cação do esôfago sob visão direta, principalmente sua
porção médio-distal. Esta abordagem torna a técnica da 2015 a Janeiro 2016). Como intercorrências, apresentou
esofagectomia trans-hiatal mais segura e refinada. No em 2012 trombose em cateter totalmente implantado,
entanto, é necessário completar o isolamento do esô- usado para quimioterapia. Em 2014, hematoma subdu-
fago proximal com dissecação romba por via cervical ral drenado por TCE após queda da própria altura de-
e por via abdômino-mediastinal, acrescentando mor- vido ao uso de anticoagulante. Em Julho/15, internação
bidade ao procedimento, principalmente lesão pleural por otite média aguda complicada e Ecocardiograma
e sangramento mais intenso. No estudo realizado no mostrando imagem intra atrial sugerindo trombo com
INCA a morbimortalidade operatória não apresentou RNM cardíaca confirmando trombo em átrio direito, em
diferença em relação à via de acesso para a esofagecto- anti coagulação desde então. Em novembro de 2015,
mia, apesar do maior tempo cirúrgico e de internação nova progressão de doença. Metástases hepáticas e
hospitalar na via transtorácica. A sobrevida global em piora de dor óssea. Paciente em tratamento com Eribu-
cinco anos foi maior no grupo operado por via transto- lina e ácido Zoledrônico. Marcadores da paciente antes
rácica, possivelmente devido ao melhor estadiamento do uso da Eribulina – CA 15.3: 1.193 / CEA: 35, 5 / CA
linfonodal, sendo a nossa via de preferência. Comentá- 125: 50 / CA 19.9: 64. Marcadores após 8 ciclos de Eri-
rios finais: O câncer de esôfago é considerado como a bulina CA15.3: 633 / CEA: 69 / CA125: 43. PETTC após
terceira neoplasia mais comum do trato gastrintestinal. os 8 ciclos de Eribulina vemos que paciente teve uma
Assim como ocorre com os outros tumores, o diagnós- resposta metabólica. Atualmente, com progressão de
tico precoce e a conduta terapêutica adequada consti- doença para fígado e aumento das lesões ósseas em
tuem parte fundamental do sucesso terapêutico. quimioterapia com Eribulina e Ácido Zoledrônico com
prazo determinado. Trata-se de paciente com doença
Contato: ISACK BRUNO NEVES MARQUES – isack_
grave com intenção de tratamento paliativa, mantendo
bruno@hotmail.com
regular estado geral, porém com sintomas gerais de-
correntes do tratamento e da própria doença CID C50.
Contato: RAQUEL MIRANDA ANDRADE RANGEL –
TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA andradeenfe@gmail.com
CÓDIGO: 57373
PET-CT para avaliação de resposta, evoluiu com vômi- expansiva em vagina com íntimo contato com bexiga,
tos refratários a terapia oral, associado à tosse.TC de reto e seguimento distal de ureter direito, sem plano
tórax: formações expansivas no mediastino, compatível de clivagem. Foi submetida a exenteração pélvica total
com linfonodos liquefeitos, pneumonia aspirativa, es- e confecção de urocolostomia (wet colostomy), apre-
pessamento parietal do esôfago no terço médio distal, sentou boa evolução clínica recebendo alta no 6º dia
próximo à carina e brônquio fonte esquerdo.Paciente fi- pós operatório. Discussão: O tratamento do câncer de
cou internado em tratamento de pneumonia aspirativa, vagina estadio IVa, onde o tumor se estende a órgãos
evoluiu com melhora do quadro clínico.PET-CT:áreas de adjacente como bexiga ou reto, consiste inicialmente
hipercaptação em linfonodos mediastinais, formando de quimioterapia associada a radioterapia. Em casos
conglomerados, envolvendo brônquios e esôfago, com de persistência do tumor localmente avançado o trata-
conteúdo gasoso no interior da massa, podendo estar mento cirúrgico radical representa a única alternativa
associado à fissura esôfago-nodal. Realizado 2ª linha de para controle de doença. A ressecção em monobloco
quimioterapia de resgate com DHAP e após 10 dias evo- dos órgãos pélvicos é denominada de exenteração pél-
luiu com um quadro de piora do padrão respiratório e vica total tornando necessária a realização de deriva-
vômica, TC de tórax:mediastino repleto por conteúdo ções urinária e fecal simultaneamente. Uma opção nes-
gasoso fistula brônquio-mediastinal/esôfago-mediasti- sa condição é a anastomose ureteral em colostomia em
nal).Internado na UTI para compensação clínica e nu- alça, procedimento que consiste em duas derivações
trição parenteral.Em melhora do estado geral e estável, drenando para orifícios diferentes em um mesmo es-
apresentou tosse súbita seguida de sangramento, em toma. Sua principal vantagem consiste na qualidade de
grande quantidade por via oral, incontrolável evoluindo vida do paciente, visto que há apenas uma ostomia, ao
de forma quase imediata para PCR refratária decorren- invés de duas separadamente. Considerada uma técni-
te de fistula do tronco pulmonar para o sistema aero- ca de baixa complexidade, sem anastomose intestinal,
digestório. Discussão: A evolução deste tipo de linfoma com redução do tempo cirúrgico. Comentários finais:
após introdução de tratamento com quimioterapia é A exenteração pélvica total com confecção de wet co-
geralmente favorável, porém o caso apresentado ape- lostomy constitui-se uma opção factível no tratamento
sar do tratamento houve resposta da doença de base, de tumores de vagina localmente avançado persistente
porém a complicação decorrente do tratamento foi in- após tratamento convencional, em pacientes selecio-
suportável pra o paciente. Comentários finais: O tra- nados, podendo oferecer controle local da doença com
tamento deste tipo de linfoma apesar de ser de bom melhor qualidade de vida.
prognóstico deve ser acompanhado com atenção máxi-
Contato: AMANDA LIRA DOS SANTOS LEITE –
ma, pois o tratamento da patologia de maneira eficien-
amandaleite23@gmail.com
te não exime riscos decorrentes do tratamento
Contato: LUCIANA BITENCOURT CARVALHO –
lucianabitencourt91@hotmail.com
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
CÓDIGO: 59496
de Radiofrequência por meio de despositico HABIB 4X. gliomas). Em casos raros, pode envolver grandes, prin-
Método: Entre 2001 à 2017, 857 pacientes foram sub- cipalmente a veia cava inferior. Relatamos o caso clíni-
metidos à ressecção hepática com dispositivo de radio- co de uma paciente feminina, de 14 anos, com quadro
frequência Habib 4X. Os dados clínico-patológicos e de de mal estar, enjoo, sudorese e palpitações associado
resultados foram coletados e analisados. Resultados: à crise hipertensiva a esclarecer. Sendo diagnostica-
Entre 2001 à 2017, foram realizadas 857 ressecções he- do feocromocitoma em glandula adrenal direito com
páticas pela técnica de Radiofrequência usando dispo- invasão da veia cava inferior. Na abordagem cirúrgica
sitivo HABIB 4X. A razão entre homens e mulheres foi foi identificada tumoração de cerca de 5 cm anterior a
de 1,2 homens para 1 mulher, com idade média de 61 veia cava em sua porção justa renal, com extensão ao
(variando de 19 e 89) anos. 628 pacientes apresenta- espaço interaorto-caval. A lesão invadia a veia cava em
vam metástases hepáticas, das quais a metástases de sua parede anterior determinando importante dilata-
câncer colorretal foram as mais comuns (57, 4%). 77 ção luminal e se extendendo cranialmente até o nível
pacientes tinham carcinoma hepatocelular, 77 pacien- das veias hepáticas. Realizou-se controle vascular su-
tes com colangiocarcinoma e câncer da vesícula biliar, pra-tumoral através de inserção percutânea de balão
e 75 pacientes com lesões benignas. Das 857 ressec- intracaval, assim como controle cirúrgico das veias re-
ções, 292(34 %)foram ressecções maiores, envolvendo nais e da cava inferior em suas porções infratumoral e
três ou mais segmentos hepáticos, enquanto o restante retrohepatíca. Foi realizada ressecção tumoral em suas
foram ressecções menores. A mediana da perda san- porções extra e intracaval, juntamente com o segmen-
guínea intra-operatória foi de 130 (intervalo 0 e 4300) to vascular envolvido. Síntese do defeito caval através
ml. Em relação a morbidade e mortalidade pós-opera- de enxerto autólogo oriundo da veia cava dilatada. A
tória, apenas 36 pacientes (4,2%) foram admitidos na paciente apresentou evolução pós-cirúrgica sem inter-
Unidade de terapia intensiva, e a taxa de transfusão corrências recebendo alta no quinto dia de pós-opera-
sanguínea foi de 9, 8 % (84 pacientes). 91 pacientes torio com níveis normais de pressão artérial em uso de
(10,6%) evoluíram coleção abdominal sintomática, sen- captopril. Permanece assintomática e sem evidencia de
do a complicação mais comum. 37 pacientes (4,3%) de- recidiva no sexto ano pós-operatório. Conclusão: Em
senvolveram fístula biliar. Apenas 13 pacientes (1,5%) conclusão, feocromocitomas são tumores raros onde
apresentaram insuficiência hepática transitória. 10 pa- o tratamento cirúrgico representa a principal terapia,
cientes (1,1 %) necessitaram de re-laparotomia. Houve proporcionando controle tumoral e de sintomas rela-
um total de 13(1,5%) mortes intra-hospitalares durante cionados a liberação de catecolaminas. Invasão da veia
o período de 30 dias. Conclusões: Atraves dos nossos cava não deve ser considerado contraindicação para a
resultados, concluímos que a ressecção hepática por ressecção cirúrgica.
Radiofrequência utilizando este novo dispositivo HABIB
Contato: JOSÉ LUIZ BRAVIN JÚNIOR – bravinjr@gmail.
4X demonstrou ser segura e eficaz.Houve importante
com
redução de sangramento intra-operatorio, transfusoes
sanguíneas e das taxas de morbi-mortalidade.
Contato: ADRIANO CARNEIRO DA COSTA –
adrianocacosta@gmail.com TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
CÓDIGO: 61863
Autores: Ana Paula Coêlho de Mélo Leite; Maurus TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
Marques de Almeida Holanda; Rodrigo Marmo da Costa CÓDIGO: 61103
e Souza; Marcos Alexandre da Franca Pereira; Pedro
Henrique Coêlho de Mélo Leite; José Raimundo Coelho FOTOPROTEÇÃO E PREDISPOSIÇÃO AO
Dias; Kauê Tavares Menezes; Jose Edson cristovão de
carvalho junior;
CÂNCER DE PELE ENTRE ESTUDANTES
DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO (RJ)
Instituição: FACULDADE MEDICINA NOVA ESPERANÇA
Autores: Bernardo Pires de Freitas; Frederico Barcellos
Apresentação do caso: S.S.M., 33 anos, feminino, pro- Borges Malburg;
veniente de Cabedelo/PB. Há três meses com quadro Instituição: ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES
de cefaleia, náusea, vômito e perda de equilíbrio. Qua-
renta e cinco dias após o início dos sintomas foi feita Introdução: O câncer de pele, neoplasia mais incidente
ressonância magnética (RM), revelando lesão expansi- na população brasileira, está diretamente associado à
va na fossa craniana posterior, cuja hipótese inicial é exposição ao sol e aos meios de proteção contra este. A
de natureza neoplásica primária do sistema nervoso radiação ultravioleta A e, principalmente, B são os raios
central (SNC), determinando colapso total do quarto mais associados ao desenvolvimento do câncer de pele,
ventrículo com moderada dilatação do sistema ventri- seja ele do tipo melanoma ou não melanoma. Nesse
cular supratentorial, com sinais de transudação liquó- contexto, certas medidas como a aplicação regular de
rica transepidimária. Houve melhora súbita do quadro filtro solar sobre a pele, ou evitar horários em que o
clínico sem uso de corticoide, razão pela qual a paciente sol seja mais incidente, tornam-se indispensáveis para
não retornou brevemente ao atendimento médico, 45 proteção contra essa patologia. Entretanto, por mais
dias após melhora do quadro clínico foi realizado exa- que esse câncer seja mais comum em indivíduos com
me físico que revelou ataxia axial com dismetria, sem mais de 40 anos (segundo dados do INCA), os jovens,
déficit de força ou sensibilidade, caracterizando síndro- de maneira geral, compõem um importante grupo de
me cerebelar. Na mesma ocasião foi realizada nova RM risco para o desenvolvimento desse câncer, visto que
e realizada microcirurgia estereotáxica. Na macrosco- se expõem mais tempo a atividades ao ar livre, preocu-
pia o material consiste em múltiplos fragmentos teci- pam-se menos com uma proteção adequada ao sol, e
duais irregulares, pardo-claros e elásticos, medindo em muitos apelam para o bronzeamento estético natural
conjunto 4,0 x 3,0 x 0,5 cm, o exame anatomopatológi- (sem devida proteção). Objetivo: Elucidar a importân-
co revelou tecido cerebelar com múltiplos granulomas cia de uma fotoproteção adequada, a fim de se evitar
com ovos e larvas de Schistosoma mansoni (Sm). Ado- complicações agravantes como o câncer de pele entre
tada terapêutica com administração de oxamniquina e os estudantes de medicina da Escola de Medicina Sou-
praziquantel, seguida de realização de RM de controle. za Marques (EMSM), no Rio de Janeiro. Método: Estudo
Discussão: A Sm do SNC acomete preferencialmente a transversal realizado em uma amostra representativa,
medula, já em sua forma cerebral é assintomática em entre os estudantes de medicina de ambos os sexos
90% dos casos. Os ovos chegam ao cérebro principal- da EMSM no ano de 2016. A abordagem foi dada atra-
mente por duas vias: migração anômala da fêmea e vés de um questionário contendo 22 questões acerca
postura local; e migração através do plexo venoso re- do tema, sendo todos os entrevistados (n=35 alunos)
trógrado perivertebral avalvular de Batson. As lesões ao cientes da proposta do trabalho, e todos assinaram o
SNC podem ser de natureza vascular ou imunológica, já Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resulta-
o efeito de massa pode ser atribuído ao acúmulo de dos/Discussão: Foram entrevistados 12 homens e 23
ovos e granulomas, que por conseguinte acarretam em mulheres entre 17 e 23 anos. Do total de entrevistados,
déficits neurológicos focais à depender de sua localiza- cerca de 34,29% disseram usar filtro solar diariamente
ção, como manifestação de síndrome cerebelar pura. e cerca de 65, 71% disseram usar raramente, ou não
Exames laboratoriais não contribuem significativamen- usam filtro solar. Dentre aqueles que usam filtro so-
te, entretanto em alguns casos há ligeiro aumento na lar, 75% eram do sexo feminino e 25% do sexo mas-
contagem de eosinófilos. Frequentemente os achados culino. Ademais, um pouco menos da metade do total
de imagem na RM e na tomografia são inespecíficos, de de entrevistados, cerca de 48,57%, alegaram se expor
aspecto tumoral e associado ao efeito e massa e cap- mais de 30 minutos ao sol por dia em momentos com
tação heterogênea de contraste, aspectos também en- maior incidência de raios solares. Do total de entrevis-
contrados em outras patologias inflamatórias do SNC. tados, 31,43% disseram ter histórico de câncer de pele
Comentários finais: Nesse contexto, a análise anato- na família (sendo mais da metade destes relatados
mopatológica somada aos dados clínicos e à resposta em parentes próximos), o que mostra um outro fator
ao tratamento são imprescindíveis para o diagnóstico importante para o desenvolvimento dessa neoplasia.
da neuroesquistossomose cerebelar e conhecimento Conclusão: É possível concluir que, mesmo entre uma
de sua fidedigna prevalência. população de indivíduos com maior contato com a saú-
de, a fotoproteção ainda é pequena, e não tão adequa-
Contato: ANA PAULA COÊLHO DE MÉLO LEITE – da, sendo, assim, um importante fator que possibilita o
anapaulacoelho10@hotmail.com desenvolvimento do câncer de pele.
Contato: BERNARDO PIRES DE FREITAS –
bernardo280@gmail.com
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA as complicações tardias que, apesar de raras, são po-
CÓDIGO: 60060 tencialmente graves.
Contato: AMANDA KAROLYNE BATISTA FERREIRA –
FRATURA TARDIA DE PORT A CATH COM
amanda.kbatista@hotmail.com
EMBOLIZAÇÃO – UMA COMPLICAÇÃO
TARDIA RARA – RELATO DE CASO
Autores: Amanda Karolyne Batista Ferreira; Rafaela
Prata Rassi; Ana Carolina Nunes Rodrigues; Leonardo TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
da Silva Almeida; Guilherme Eustáquio Rodrigues; Luiz CÓDIGO: 61972
Carlos Furtado de Almeida Junior; Guilherme Angotti
Freire Carrara; Anderson Lubito Simoni; GANGLIONEUROMA RETROPERITONEAL
Instituição: UNIVERSIDADE DE UBERABA – RELATO DE CASO
Apresentação do caso: MMGC, 52 anos, portadora de Autores: João Mádison Nogueira Filho; Angélica Braz
insuficiência renal crônica devido a diabetes mellitus Simões; João Augusto dos Santos Martines; Bruno
tipo 2. Apresenta há 3 anos hipocalemia grave neces- Renan Ribeiro Gomes Linard; Paulo Sérgio Martins de
sitando de reposição endovenosa de potássio, sendo Alcântara;
indicado uso de Port a Cath (PC). Após 8 meses apre- Instituição: INSTITUTO DO CORAÇÃO DA FACULDADE
sentou infecção do cateter por Acinetobacter, sendo DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
indicada troca do dispositivo que procedeu sem inter- Apresentação do caso: Paciente, sexo feminino, 19
corrências. 2 anos depois iniciou quadro de dor torácica anos, vem ao pronto socorro apresentando quadro
intensa, febre alta e ausência de refluxo no PC. RaioX clínico de dor em hipocôndrio direito há 5 dias com
de tórax evidenciou fratura da ponta do cateter com irradiação para ombro direito, nega febre. Ao exame
embolização para veia cava superior. Foi submetida a físico apresenta sinal de Murphy positivo. Solicitado
retirada da ponta do cateter por via endovascular. Dis- tomografia de abdome que evidenciou massa com
cussão: O PC é um dispositivo de longa permanência, atenuação de partes moles, levemente heterogênea,
eficaz e com baixas taxas de complicações. Indicado em de limites bem definidos, apresentando realce discre-
situações que há necessidade de repetidos acessos ao to, heterogêneo e tardio após uso de contraste endo-
sistema venoso e pode ser feito por punção percutâ- venoso, localizado na topografia da adrenal direita.
nea ou por dissecção cirúrgica. As complicações podem Paciente recebeu tratamento clínico na ocasião e pro-
ser classificadas em precoces, sendo infecção a mais gramado procedimento cirúrgico de adrenalectomia
comum, ou tardias que são incomuns, como fratura direita. Durante procedimento cirúrgico evidenciou-se
do cateter (0,4%). Relaciona-se a fatores como técni- massa na topografia da adrenal direita e observou-se
ca de inserção, mau posicionamento e tempo de per- que a mesma estava de aspecto preservado. Enviado
manência. Geralmente é assintomática, mas pode se material para estudo anatomopatológico que concluiu
manifestar com dor torácica, dor no ombro ipsilateral, que o caso tratava-se de um ganglioneuroma retrope-
dor ou desconforto na administração in bolus ou sinais ritoneal de padrão periadrenal, com adrenal de aspec-
flogísticos. O diagnóstico é dado pelo RaioX de tórax, to morfologicamente preservado. O ganglioneuroma
mostrando comprimento incompatível do catéter na trata-se de neoplasia benigna rara que se origina de
veia e segmento ectópico do mesmo. A avaliação con- gânglios simpáticos. Pertence ao grupo de tumores
trastada define o grau de extravasamento. A principal neurogênicos, que também incluem ganglioneuro-
complicação de uma fratura de cateter venoso central blastoma e neuroblastoma. A localização mais comum
é sua embolização, apresentando incidência de 0,1 a é o mediastino paraespinal posterior, o retroperitônio
0,2%. O cateter tem tendência a sofrer embolização é a segunda localização mais comum ocorrendo em
para as câmaras cardíacas direitas, podendo atingir a 32% – 52% dos casos. Em geral, são frequentemen-
artéria pulmonar e seus ramos. Neste caso, a ponta do te assintomáticos, mesmo que atinjam um tamanho
cateter embolizou para a veia cava superior. A condu- grande. Caso contrário, dor abdominal ou a palpação
ta é a remoção do dispositivo. Comentários finais: A de uma massa abdominal são as características clíni-
paciente relatada no caso teve indicação oportuna de cas mais frequentes. Formas hormonalmente ativas
PC devido a necessidade de reposição endovenosa de foram relatadas; A secreção de catecolaminas, o po-
potássio por hipocalemia secundária à Insuficiência re- lipéptido intestinal vasoativo ou os hormônios andro-
nal. Apresentou em um primeiro momento uma com- gênicos explicam sintomas como hipertensão, diarréia
plicação precoce – infecção e após troca do dispositivo e virilização. A tomografia computadorizada demons-
e tratamento, após 2 anos apresentou complicação tar- tra claramente o tumor e é o método mais sensível
dia – fratura do cateter e embolização para veia cava su- de detecção de calcificações, que estão presentes em
perior. Apesar de ser um procedimento relativamente 2,4% a 40% dos casos. O realce ao meio de contraste
simples do ponto de vista cirúrgico, o seguimento dos geralmente é pobre. O padrão de realce consiste na
pacientes deve ser a longo prazo, em vista a identificar absorção heterogênea tardia do material de contraste
GANGLIONEUROMA VAGINAL
ASSOCIADO A NEUROPATIA SENSITIVA
SUBAGUDA TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
CÓDIGO: 60142
Autores: Rosilene Jara Reis; Gustavo Andreazza Laporte;
Jose Pio Rodrigues Furtado; Ruth Karina Escobar Diaz;
Gabriel oliveira Dos Santos; Roque Domingos Furiam, ; GASTRECTOMIA LAPAROSCÓPICA
Sarah Precht e Souza; Rodrigo Dalcanalle Garcia; ASSISTIDA (LAG) EM PACIENTE
Instituição: SANTA CASA DE PORTO ALEGRE TESTEMUNHA DE JEOVÁ – RELATO DE
Introdução: O Ganglioneuroma (GN) é um tumor
CASO
raro, benigno, composto histologicamente por células Autores: Isabelle França Bezerra; Francielly Tertulino
ganglionares maduras sobre um estroma neurofibri- Cunha; Crislanny Regina Santos da Silva; Isa Maryana
Araujo Bezerra de Macedo; Larissa Bianca de Sousa
lar em que também se observam células de Schwann
Araújo; Jéssica Assunção Jatai; Mara Juliane Silva Jovino;
maduras, usualmente é assintomático e diagnosticado George Alexandre Lira;
incidentalmente. O tumor pode crescer em qualquer
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA NOVA
tecido nervoso simpático, porem sua localização ana-
ESPERANÇA
tômica mais frequente é no mediastino posterior, se-
guida do retroperitônio e glândula adrenal. Relatamos Apresentação do caso: M.A.L.S, 52 anos, feminina,
o caso de uma jovem, sintomática com diagnostico de testemunha de jeová. Admitida com queixa de episó-
GN de localização atípica. Apresentação do caso: Mu- dios de hematêmese na urgência que fez endoscopia
lher, 27 anos, evoluiu ao longo de quatro meses com demonstrando uma lesão ulcerada com bordas nítidas,
quadro de ataxia sensitiva principalmente em membro sugestiva de Bormann II com biopsia de adenocarcino-
inferior esquerdo, e dor lombar. Foi realizada Tomo- ma gástrico difuso com células em anel de sinete e H.
grafia e RNM abdominal, as quais demonstraram um Pylori positivo. Foi submetida a gastrectomia laparoscó-
espessamento parietal da parede anterior e da cúpula pica assistida (LAG) e linfadenectomia a D2 com recons-
vaginal, com uma aparente proliferação tecidual infil- trução em Y de Roux. A biopsia foi adenocarcinoma
trativa que se estendia da parede miometrial anterior pouco coeso de células em anel de sinete, medindo 3
até a cúpula vagina, região periuretral e paramétrios cm, infiltração até a serosa, invasão vascular não iden-
bilateralmente. No exame físico identificou-se um tificada, infiltração perineural presente, segmento do
adensamento e abaulamento da parede vaginal an- esôfago e margens de ressecção cirúrgica livres. MTX
terior com espessamento do paramétrio esquerdo. 3/17 linfonodos extensão extracapsular (EEC)+. Estadia-
Foi realizada biópsia da lesão, com diagnóstico de GN mento TNM: pT4N2M0. Fez tratamento adjuvante com
confirmado por imunohistoquímica. Foi procedido a quimioterapia e radioterapia. Discussão: A gastrecto-
exérese da lesão com preservação de órgãos adjacen- mia com linfadenectomia D2 convencional é o trata-
tes, com o anatomopatológico definitivo confirmando mento padrão-ouro. Porém, técnicas cirúrgicas pouco
diagnostico. Discussão: Ganglioneuromas são tumo- invasiva têm surgido, como a LAG. Por ser testemunha
res derivados das células do gânglio simpático, origina- de Jeová e está anêmica naquele momento, escolheu-
das embriologicamente da crista neural, representan- -se tratamento mais hemostático quando comparado
do o tumor mais diferenciado da família dos tumores a técnica convencional. Os benefícios da LAG incluem
neuroblásticos. O diagnóstico é baseado em achados menor taxa de sangramento intra-operatório e a recu-
histopatológicos, normalmente após a excisão cirúrgi- peração mais rápida do íleo pós-operatório. Porém, em
necessidade de converter a LAG para a técnica conven- pâncreas demonstrando a utilidade do braço 3 do robô
cional deve ser feito independente do maior risco de nessa apresentação. O duodeno é seccionado e a lin-
sangramento e consequente a maior necessidade de fadenectomia das cadeias 12a, 8a, 11p, 9, e 7. A pre-
transfusão sanguinea, já que se necessária para sal- sença de uma artéria hepática esquerda é identificada
var a vida do paciente, não pode ser considerada uma e o vaso é preservado. Durante esse passo da cirurgia
violacão da autonomía de vontade da testemunha de novamente podemos verificar no vídeo a melhora de
Jeová, pois o limite entre a autonomia de vontade do apresentação proporcionada pelo robô. A última cadeia
paciente e o dever de agir do médico é o risco de morte. dissecada é a 1 que é liberada desde o esôfago até o
Comentários finais: É necessário o debate de novas ponto de secção da pequena curvatura. O estômago é
possibilidades terapêuticas de transfusão sanguínea, seccionado com grampeador. A anastomose gastrojeju-
a fim de garantir a segurança do paciente em casos nal é realizada com grampeador linear assim como a je-
como esse. Diversos líquidos que não contêm sangue junojejunal em Y de Roux. Orifícios do grampeador são
constituem eficazes expansores do volume do plasma, fechados manualmente. A cavidade é drenada e a peça
como a dextrana, o Haemaccel e a solução de lactato é retirada através de uma incisão suprapúbica. O pa-
de Ringer. A hidroxietila de amido é um mais recente ciente apresentou boa evolução clínica recebendo alta
expansor do volume do plasma e pode ser seguramen- hospitalar no 5º PO. Conclusão: Cirurgia minimamente
te recomendado para aqueles pacientes que recusem a invasiva com o emprego do robô para o tratamento do
tradicional transfusão sanguínea. câncer gástrico tem sido realizada de maneira segura e
efetiva em nosso serviço. Conhecimento e padroniza-
Contato: CRISLANNY REGINA SANTOS – crismedjolie@
ção dos passos técnicos da cirurgia é fundamental para
gmail.com
obtenção de bons resultados.
Contato: MARCUS FERNANDO KODAMA PERTILLE
RAMOS – marcuskodama@hotmail.com
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
CÓDIGO: 59414
tologico mais comum foi o ademocarcinoma em 51,8%. em 85, 7% dos casos em 2015 e 81,1 e 86% em 2016, já
54,5% apresentavam linfonodomegalia pre-operatoria. a prescrição de enfermagem foi realizada corretamente
A gastrectomia foi realizada com intuito curativo em 86, 71,4% (2015), 88 e 95, 6% (2016). No que tange as me-
5%, prevalecendo gastrectomia subtotal em 67, 5% dos didas de prevenção de LP, o uso do colchão perfilado
casos. Somente em 10% dos casos foi realizada pancre- estava em 76, 2% em 2015, 64 e 79, 5% em 2016. A fun-
atoesplenectomia. Em 6, 4% dos casos ocorreram com- ção do auxiliar de enfermagem foi verificada através da
plicacoes transoperatorias graves com sangramento e anotação de mudança de decúbito que foi realizada em
lesao vascular. 29, 7% dos pacientes apresentaram al- 76, 2% (2015), 75% (2016) e 88, 2% (2016). Com relação
gum tipo de complicacao pos-operatoria graus 2 e 3 de ao cuidador, verificou-se se o mesmo tinha conheci-
Clavien-Dindo. Somente 6, 9% receberam quimiotera- mento do risco do paciente em desenvolver a lesão em
pia pre-operatoria e 35, 2% realizaram adjuvancia. 53% 2015 52,6% foi positivo, já em 2016 passou para 52,9%
dos pacientes atingiram remissao em 6 meses, sendo e 71,1%. Quanto à LF, a identificação do risco passou
que 31,2% apresentaram progressao da doenca. 49, 8% de 52,4% (2015) para 79, 5% e 94,1% (2016), desta mes-
dos pacientes estavam vivos apos 5 anos. Conclusões: ma forma a prescrição de enfermagem foi de 9, 5%
O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso (2015) para 60% e 77, 8% respectivamente em 2016.
do tratamento do câncer gástrico. Apesar dos avancos Na DAI, a identificação do risco foi de 81% em 2015 e
no diagnostico e tratamento oncologico, o cancer gas- 94,1% e 81,6% em 2016. A prescrição do protocolo de
trico persiste com baixas taxas de sobrevida global em prevenção de DAI passou de 30% (2015) para 66.7% e
5 anos, mesmo em estadios clinicos iniciais. Medidas 87, 1% (2016). Conclusão: A aderência ao protocolo nos
preventivas e de diagnóstico precoce devem ser esti- períodos avaliados mostrou-se em evolução em diver-
muladas continuamente. sas variáveis do estudo: a identificação do risco para
desenvolver as lesões abordadas tiveram avanço nos
Contato: CARLOS ARAI FILHO – carlos.araif@hotmail.
períodos levantados assim como a prescrição de enfer-
com
magem e a implementação de medidas de prevenção,
além da orientação ao cuidador e da anotação dessas
medidas.
TEMÁRIO: NUMACO / ENFERMAGEM Contato: DOUGLAS PEREIRA DA SILVA – douglas.
CÓDIGO: 61846 pereira@accamargo.org.br
gástrico, aspecto sugere linfoma. Realizado biopsia com de estratificação de risco baseados na dimensão do tu-
avaliação anatomopatológica e imunohistoquimica mor, índice mitótico e localização. O perfil dos porta-
compatível com tumor estromal gastrointestinal em es- dores é variado, porém com predominâncias sendo o
tômago. Realizado Pet-scan com espessamento parie- sexo feminino o mais prevalente e o perfil etário apre-
tal gástrico hipermetabólico compatível com processo senta uma mediana de 62 anos sendo raro abaixo de
neoplásico. Paciente submetido à gastrectomia parcial 40 anos. 10-30% dos portadores apresentam quadro
em 27/04/2017 com boa evolução cirúrgica e alta hospi- assintomático com lesões pequenas enquanto lesões
talar em 6º dia pós-operatório. Anatomopatológico com maiores e com múltiplas metástases apresentam perda
tumor mesenquimatoso da parede gástrica de 8 cm de peso, dor abdominal, náuseas, vômitos, hemorragia
com margens livres; 9 mitoses em 50 CGA e ausência de digestiva alta, hematoquezia e melena, apresentando,
metástase em 9 linfonodos enviados. IHQ com aspecto em sua progressão, quadro de abdome agudo obstru-
histológico de GIST (c-kit: positivo; CD34 positivo; DOG1 tivo e de suboclusão intestinal. Os métodos diagnósti-
positivo). Estadiamento: GIST estadio IIIA (T3N0M0 de cos dos GISTs são a Endoscopia Digestiva Alta e a TC
alto risco). Paciente atualmente em uso de Glivec 400 (focos de hiperdensidade, exofíticos e heterogêneos
mg ao dia, em seguimento ambulatorial sem sinais de com atenuação central representativa de degeneração
recidiva de doença até o momento. Revisão: Gist na in- cística, hemorragia ou necrose) além da identificação
fância é um tumor raro com incidência global entre 6, Imunohistoquímica dos receptores KIT combinada à
5 e 14,5 por milhão por ano, com idade média de apre- mutação nos genes KIT ou PDGFRA, seguido de análise
sentação aos 13 anos, predomínio no sexo masculino da extensão da doença definindo proposta terapêutica.
(1:2,5). O local mais comum de apresentação é o esto- Inibidor da Tirosina-Cinase, o Imatinib, atua especifica-
mago e tamanho médio no momento do diagnóstico de mente na alteração molecular tumoral sendo o trata-
5, 7 cm. Cirurgia é a principal forma de tratamento, com mento de primeira linha para GIST irressecável, metas-
objetivo de ressecção completa da lesão e intenção tático ou recidivante, além de tratamento neoadjuvante
curativa. Embora o número de pacientes tratados com para tumores de grandes dimensões auxiliando a abor-
imatinibe seja limitado nesta população, estudos atuais dagem cirúrgica para uma melhor ressecção R0. A op-
mostram que estabilização ou remissões parciais são ção por ressecção por Cirurgia Minimamente Invasiva
alcançadas com a administração dessas mediações. A varia de acordo com localização, morfologia e tamanho
estratificação de risco do paciente adulto é extrapola- do tumor. Seus principais limites são a disponibilização
da para o paciente pediatrico. Os dados atuais sobre dos recursos tecnológicos assim como a experiência
a patogênese, evolução clínica e o prognóstico do GIST do cirurgião. Quando há suspeita de metástase o trata-
na população pediatrica e adolencente são atualmente mento deve ser radical com ressecção em monobloco
insuficientes. Além disso, o tratamento não é consenso dos órgãos acometidos devendo obter margens nega-
nessa população. tivas checadas por congelação intra-operatória. A pre-
sença de doença residual, a rotura tumoral durante a
Contato: PAULO VICENTE HOFFMANN – paulo_
cirurgia, presença de atividade de telomerase, tumores
hoffmann@hotmail.com
> 5cm, índice mitótico elevados e presença de necrose
tumoral são fatores que influenciam negativamente no
prognóstico sendo necessária abordagem meticulosa.
TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE Contato: CAROLINA DOS ANJOS SAMPAIO –
CÓDIGO: 59504 sampaiocarolina@uol.com.br
minhada para excisão cirúrgica da lesão, foi feita uma imunoistoquimica, com anticorpos CD31, CD34 e Ki67
gastroduodenopancreatectomia por videolaparoscopia positivos nas células neoplásicas. Realizamos nova RM,
com ressecção completa da tumoração. Evoluiu de for- como intuito de programação cirúrgica, sendo confir-
ma satisfatória e sem complicações no pós-operatório. mado 2 nódulos periféricos, circunscritos, de contornos
Posteriormente, o resultado do anátomo patológico lobulados, com alto sinal heterogêneo em T2 e hipos-
em associação a perfil imuno-histoquímico evidenciou sinal em T1, medindo 2,7 x 2,1 x 1,5cm (segmento II)
glomangiomioma de pâncreas. Discussão: O tumor e 6, 4 x 3,4 x 4,5 cm (segmento V/VIII). O paciente foi
glômico faz parte dos tumores vasculares de evolução submetido à ressecção das lesões, sendo uma ressec-
benigna, é derivado de anastomoses arteriovenosas ção central dos segmentos V/VIII e enucleação da lesão
especializadas, responsáveis pela termorregulação. São dos segmento II. O laudo histopatológico da peça ci-
classificados histopatologicamente em tumor glômico rúrgica do segmento V/VIII foi compatível com heman-
sólido propriamente dito, glomangioma e glomangio- gioendotelioma epitelióide com 6, 0 cm no maior eixo
mioma. Tem em sua formação componentes neuroló- e com necrose presente em < 50% da neoplasia sem
gico, muscular e arterial. São comumente localizados evidencia de mitoses e grau histológico 2. O produto
no tecido subcutâneo, com prevalência nos dedos das da enucleação da lesão do segmento II foi compatível
mãos e dos pés, em subungueal e zona do calcanhar. com hemangioma esclerótico. A raridade desse tipo
Acomete principalmente mulheres entre a quarta e de tumor, bem como um quadro clínico variado são
quinta década de vida. A dor lancinante paroxística é um desafio diagnóstico e terapêutico. A incidência é
o sintoma mais característico, descrito por Pierre Mas- maior em mulheres e durante a quarta década de vida.
son em 1924, também pode ter como sintoma a maior O padrão de acometimento mais comum é o hepático
sensibilidade à pressão e ao frio principalmente quan- isolado, com cerca de 21% do total. A maioria dos pa-
do localizado em extremidades. Comentários finais: cientes são assintomáticos e as lesões geralmente são
O glomangiomioma é extremamente raro como neo- achados incidentais. Os sintomas, quando presentes,
plasia primária de pâncreas. Devido a sua raridade o são geralmente a dor abdominal no quadrante supe-
diagnóstico pode passar despercebido levando os pa- rior e perda ponderal. Marcadores tumorais como CEA,
cientes a apresentarem os sintomas por meses e até CA19-9 e alfa-fetoproteína são normais. O diagnóstico
anos. O tratamento para essa enfermidade é cirúrgico é baseado nos achados anatomopatológicos e imunois-
e consiste na retirada do tumor. O prognóstico do glo- toquímica positiva para marcadores endoteliais como o
mangiomioma está diretamente relacionado a suspei- CD34 e CD31, presentes em mais de 90% dos tumores
ção clínica correta. vasculares. O tempo de sobrevida médio é de 4,6 anos.
Ressecção hepática deve ser considerada como um
Contato: PÂMELLA BERTOLDI SOARES –
tratamento possível, sendo que a quimioembolização,
pamellabertoldi@gmail.com
quimioterapia sistêmica e radioterapia podem ser con-
sideradas na doença irressecável. Na doença hepática
multifocal, o transplante hepático costuma ser o trata-
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS mento de escolha.
CÓDIGO: 59727 Contato: MARCIANO ANGHINONI – manghinoni@
yahoo.com.br
HEMANGIOENDOTELIOMA EPITELIÓIDE
DO FÍGADO – RELATO DE CASO COM
TRATAMENTO CIRÚRGICO E REVISÃO
DA LITERATURA TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
CÓDIGO: 59991
Autores: Marciano Anghinoni; Fabio Roberto Fin; Priscila
Nunes Silva Morosini; Mariana Castro; Bruno Roberto
Braga Azevedo; Nayara Vilas Novas Greselle; Mara HEMIPELVECTOMIA PARA
Cristina Gomes Lode; CONDROSSARCOMA DE MEMBRO
Instituição: HOSPITAL SÃO VICENTE DE CURITIBA INFERIOR
Autores: Aldo Vieira Barros; Cícero Ludgero Alcindo de
Apresentação do caso: O hemagioendotelioma epite-
Melo; Júlio Cesar Palmeira Costa; Myra Jurema da Rocha
lióide é um tumor vascular raro, cujo potencial maligno
Leão; Amanda Lira dos Santos Leite; Diego Windson de
é incerto. A apresentação hepática é excepcional em Araújo Silvestre; Marcel Davi Loureiro de Melo; Hilton
adultos. Apresentamos o caso de um paciente do sexo José Barros de Melo;
masculino, 70 anos, que foi atendido em consulta am- Instituição: SANTA CASA MISERICÓRDIA DE MACEIÓ
bulatorial com queixas de dor abdominal em andar su-
perior. Apresentava 2 nódulos hepáticos em ressônan- Apresentação do caso: Paciente do sexo masculino de
cia magnética (RM), e já havia sido submetido à biópsia 38 anos deu entrada ao serviço de cirurgia oncológica
da maior lesão, com laudo histopatológico compatível com história de tumor de crescimento progressivo em
com hemangioendotelioma epitelióide, confirmado por região de coxa direita com início há cinco anos, apre-
sentava dor intensa e edema em todo o membro. Com
carboidratos em sua composição, acrescidos ou não sões, de cada infecção com os cirurgiões, conseguimos
de proteínas mostrou a possibilidade da diminuição do uma redução de 33%, a taxa do ano foi de 4,54% e, em
tempo de internação hospitalar, assim como melhora 2016 com a implantação do protocolo de profilaxia ci-
dos parâmetros glicêmicos após o procedimento cirúr- rurgia em cirurgias da mama com implantes, a taxa foi
gico e modificações no perfil inflamatório e na capaci- de 1,50%, obtivemos uma redução de 67% em relação
dade funcional do organismo. a 2015 e 75% em relação ao ano de 2014. Conclusão:
Após a implantação do protocolo de profilaxia cirúrgi-
Contato: JÉSSYCA MATOS SILVA – jessyca.matos@
ca, foi possível verificar uma redução significativa em
hotmail.com
nossas taxas de infecção em cirurgias da mama com o
uso de implantes mamários em pacientes com câncer.
Contato: JULIANA MONTEIRO VIROLLI – juliana.virolli@
TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA accamargo.org.br
CÓDIGO: 61798
IMPACTO DA ELABORAÇÃO DE
UM PROTOCOLO DE PROFILAXIA TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
CIRURGICA NA REDUÇÃO DE INFECÇÕES CÓDIGO: 61784
EM CIRURGIAS ONCOLÓGICAS DA
MAMA COM RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA IMPACTO DA EXENTERAÇÃO
PÉLVICA POSTERIOR NO CONTROLE
Autores: Juliana Virolli; Joseanne Lima; Adriana Costa e
Silva; Rodrigo Reghini; Beatriz Quental; Paula Vidal; Ivan LOCORREGIONAL NOS TUMORES
França; COLORRETAIS RECIDIVADOS – RELATO
Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER DE CASO
Autores: Flávio de Paula Moraes; Aroldo Henrique
Introdução: Mundialmente o câncer de mama é a prin-
da Silva Boigues; Fabio de Oliveira Riuto; Vitor Arce
cipal causa de morte por câncer em mulheres. A utili-
Cathcart; Felipe Gonçalves de Souza; Isabela Cristina
zação de implantes com expansor e prótese mamária Rosa Brito; Paulo Sérgio Vieira de Souza Júnior;
é a forma de reconstrução mais comum realizada. A
Instituição: HOSPITAL EVANGELICO DE DOURADOS
reconstrução mamária seguida de colocação de im-
plante tem maiores índices de infecção. A reconstrução Apresentação do caso: Paciente, sexo feminino, 61
mamária seguida de implante infecta mais do que em anos, PS 1, portadora de neoplasia colorretal à direita,
implante para aumento de mama. As características da estádio IIA, foi submetida a colectomia direita video-
cirurgia como, imunossupressão por quimioterapia e laparoscópica em 2012. Durante o seguimento apre-
radioterapia, desnutrição e neoplasia, fazem deste, um sentou recidiva pulmonar em 2014 com indicação de
procedimento com maior risco de infecção e por este metastasectomia pulmonar. Após 3 anos de seguimen-
motivo, a profilaxia é recomendada. A infecção pós- to apresenta massa pélvica diagnosticada em Tomogra-
-operatória em cirurgias com implante traz um impacto fia de Abdome Inferior, captação em exame de PET-CT
alto na morbidade e mortalidade das pacientes, além e elevação do CEA. Em junho de 2017 foi submetida à
de prolongar o tempo de internação, curso de antibióti- exenteração pélvica posterior aberta com boa recupe-
cos prolongado, necessidade de remoção do implante, ração pós operatória e bom controle locorregional, sem
resultado estético comprometido e muitas vezes le- novas evidências de doença metastática. Discussão:
vando ao atraso do tratamento oncológico. Objetivo: Tumores colorretais recorrentes geralmente eram con-
Reduzir infecções em cirurgias da mama com recons- siderados incuráveis ou tecnicamente inoperáveis e tra-
trução imediata através da implantação do protocolo. tados com quimiorradioterapia paliativa podendo levar
Método: A partir de 2016 foi instituído o protocolo de a sintomas intratáveis. Atualmente a exenteração pél-
Profilaxia Cirúrgica em cirurgias oncológicas da mama vica ou ressecção multivisceral está bem estabelecida
com colocação de implantes. O protocolo estabelece para lesões pélvicas localmente avançadas, primárias
descolonização da pele – O paciente é orientado a re- ou recidivadas tanto para o câncer colorretal quanto
alizar banho com clorexidina degermante a 2% cinco para outros órgãos pélvicos – urogenitais, partes moles
dias antes da cirurgia e duas horas antes da entrada e ossos. A mortalidade cirúrgica é comparada com res-
no centro cirúrgico. Descolonização nasal: O paciente secções eletivas de câncer colorretal primário graças às
é orientado a usar mupirocina 2% – realizar três vezes evoluções da Medicina pós Segunda Guerra. Evoluções
ao dia por cinco dias. Antibiótico profilático: usar ce- tais como transfusões sanguíneas, antibióticos, anes-
fazolina – administrar em até uma hora antes da inci- tesia, terapia intensiva, técnica cirúrgica, radiologia,
são cirúrgica e o repique é indicado em cirurgias com cuidados multidisciplinares e a seleção dos pacientes
duração > 4 horas. Resultados: Observamos uma re- tornou o procedimento mais seguro e mais difundi-
dução considerável nas taxas de infecção em cirurgia do. A importância das margens livres também é bem
oncológicas da mama com implantes. No ano de 2014 estabelecida para promover controle local duradouro
a taxa era de 5, 83%. Em 2015 com o inicio das discus- e predizer longa sobrevida. Embora o desfecho onco-
lógico e a mortalidade tenham melhorado nas últimas clínicas inespecíficas, como dor abdominal, anemia,
décadas com a ressecção R0, a morbidade pós-opera- emagrecimento e massa palpável. O diagnóstico é feito
tória continua alta com variação de taxas entre 20% e por imuno-histoquímica, com c-kit positivo em 95% dos
80%. Comentários finais: O referido relato de caso nos casos, e o prognóstico e tratamento dependem do diâ-
mostra a importância da correta indicação cirúrgica no metro tumoral, índice mitótico, marcadores de prolife-
tratamento da recidiva do câncer colorretal impactan- ração celular e de sua localização. O tratamento padrão
do tanto no controle locorregional da doença quanto é a ressecção cirúrgica completa, mas recentemente
no tempo de sobrevida global destes pacientes observou-se que o uso de mesilato de imatinib resul-
tou em melhora na sobrevida e no prognóstico de mais
Contato: FLAVIO DE PAULA MORAES –
de 50% dos pacientes que o utilizaram. Comentários:
flaviocirurgiageral@gmail.com
Apesar da agressividade do GIST e de seu alto índice
de recorrência, o uso do Imatinibe no caso relatado re-
velou bom impacto na sobrevida, qualidade de vida e
TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE prognóstico de um paciente com tumor de alto risco de
CÓDIGO: 61651 comportamento agressivo.
Contato: KAROLYNE ERNESTO LUIZ NOBRE –
IMPACTO DO USO DE MESILATO DE Kakanobre@icloud.com
IMATINIB NA QUALIDADE DE VIDA
DE PACIENTE COM GIST GÁSTRICO –
RELATO DE CASO
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
Autores: Karolyne Ernesto Luiz Nobre; João Manoel
CÓDIGO: 60053
Beirão Brandão; Thalissa Gomes da Silveira Torres;
Carlos Marcelo Gomes Cruz;
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE
IMPLANTES CUTÂNEOS COMO
CAMPINA GRANDE PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
DE ADENOCARCINOMA PULMONAR –
Apresentação do caso: O.A.S, 55 anos, masculino, resi-
RELATO DE CASO
dente e procedente de Borborema – PB, buscou serviço
médico há 3 anos em virtude de forte dor em hipocôn- Autores: Rafaela Prata Rassi; Amanda Karolyne Batista
Ferreira; Guilherme Henrique de Oliveira Silva; Bárbara
drio esquerdo, e massa palpável na mesma região. Foi
Rocha Rodrigues; Ana Carolina Nunes Rodrigues;
encaminhado para serviço hospitalar na cidade de Joao
Leonardo da Silva Almeida; Luiz Carlos Furtado de
Pessoa-PB, onde realizou uma TC de abdômen, que evi- Almeida Júnior; Guilherme Angotti Freire Carrara;
denciou grande massa na parede anterior do estôma-
Instituição: UNIVERSIDADE DE UBERABA
go, com tamanho aproximado de 18, 0x15, 0x8, 0 cm,
pediculada com base de 4cm e aderida à curvatura me- Apresentação do caso: R.M.S, 85 anos, sexo masculi-
nor. O paciente foi submetido por duas vezes a biópsia no, ex-tabagista há 35 anos de 90 anos/maço. Procurou
endoscópica sem sucesso, sendo optado cirurgia para atendimento com perda ponderal de 15 kg em 1 mês,
biópsia, que evidenciou GIST gástrico de baixo índice hiporexia e vômitos incoercíveis. Nega tosse, dispneia e
mitótico, a partir da imuno-histoquímica, com c-kit po- demais queixas. Relata surgimento de nódulos em di-
sitivo. Foi encaminhado à oncologia clínica, que indicou versas partes do corpo. Ao exame físico: emagrecido,
o tratamento neoadjuvante com Mesilato de Imatinib com nodulações endurecidas, aderidas a planos pro-
durante 1 ano, até a data da possível gastrectomia to- fundos e não ulceradas, de tamanhos variados em re-
tal. Realizou-se nova tomografia de abdômen que de- gião periauricular, linha axilar anterior direita e rebordo
monstrou redução importante do diâmetro do tumor, costal esquerdo. Biópsia de nódulo cutâneo em rebor-
optando-se agora pela gastrectomia parcial, realizada do costal esquerdo constatou formação nodular com-
com sucesso. A lesão media 11,0x 10,0x 4,5cm e esta- posta por neoplasia pouco diferenciada possivelmente
va aderida ao segmento gástrico, e a biópsia da peça metastática. À TC de tórax evidenciou massa heterogê-
cirúrgica demonstrou margens cirúrgicas e linfonodos nea em pulmão direito associada a múltiplos nódulos
sem evidências de comprometimento neoplásico (0/7), pulmonares bilaterais, derrame pleural bilateral, linfo-
com 10 mitoses em 50 campos de grande aumento. À nodopatia mediastinal e metástases ósseas, compatível
imuno-histoquímica revelou c-Kit e CD34 positivos, e ac- com neoplasia primária pulmonar (T4N2M1b). TC de
tina músculo liso negativo. O paciente encontra-se vivo abdome com lesões ósseas compatíveis com metásta-
e sem evidências de recidiva tumoral após 14 meses ses; imagem nodular infrahepática suspeita para aco-
de seguimento. Discussão: O GIST corresponde a 5% metimento secundário; TC de crânio sem alterações.
dos casos de sarcoma, com incidência maior durante Cintilografia óssea com múltiplas lesões osteolíticas dis-
a 6ª década de vida, sendo a sua principal localização seminadas. Discussão: No Brasil o câncer de pulmão é
o estômago (65%). Originam-se a partir de mutações o segundo em incidência no sexo masculino e uma das
das células de Cajal e no gene kit, com manifestações principais causas de morte evitável no mundo todo. Em
90% dos casos há associação com tabaco. Geralmen- da gonadotrofina coriônica humana (hCG – marcador
te é assintomático no início, sendo o diagnóstico mais tumoral) assegura um diagnóstico precoce da evolu-
comum em fase avançada, quando surgem sintomas ção neoplásica, monitora a resposta ao tratamento
inespecíficos como tosse, dispneia, hemoptise, derra- e possibilita a identificação das eventuais recidivas.
me pleural até hiporexia e perda ponderal significativa. Entretanto, a cirurgia continua tendo papel relevante
O diagnóstico confirmatório se dá por biópsia da lesão e complementar no resgate da saúde e da vida de al-
pulmonar, para estabelecer o estadiamento, conduta e gumas pacientes com NTG, em especial nos casos de
prognóstico. A disseminação do câncer de pulmão se alto-risco (AR), com neoplasia recidivada ou resistente
dá por via hematogênica sendo os sítios mais frequen- ao tratamento clínico. Objetivo: Destacar o papel da
tes: SNC, fígado e adrenais. Metástases ósseas ocorrem cirurgia como abordagem terapêutica complementar
em até 25% dos casos. As metástases cutâneas são in- e relevante em pacientes com NTG-AR resistente ou
comuns com incidência de 1 a 7%. Conclusão: As me- recidivada. Relato de casos: Ao longo de 32 anos, das
tástases cutâneas são geralmente eventos tardios de 2200 pacientes com DTG acompanhadas no Centro de
neoplasias viscerais sendo mais comumente relaciona- Referência (CR) foram tratadas 430 (19, 5%) pacientes
das aos tumores de mama e de pulmão. Raramente se com NTG de graus variáveis de complexidade e com
apresentam como primeira manifestação clínica. Pos- resolução em 98% deles. Em 15% desses casos houve
suem características variadas, sendo o do paciente em necessidade de cirurgia complementar, geralmente
questão consistência pétrea, aderentes a planos pro- histerectomia. Durante o tratamento dos raros casos
fundos, indolores, de rápido crescimento e sem ulce- de NTG-AR resistentes ou recidivados (16/430 = 3,7%)
ração. No presente relato, o paciente não apresentava além de histerectomia há necessidade de outras tipos
sintomas específicos sugestivos de neoplasia pulmo- de cirurgia (setorectomia pulmonar, laparotomia para
nar, sendo evidenciada como sítio primário por exames ressecção de metástases, embolização de artérias, etc)
de imagem solicitados frente a biopsia dos implantes associados à poliQt, e mesmo assim a sobrevida é me-
cutâneos. nor (índice de cura de 81,3%). Nos três casos relatados,
de difícil resolução, de NTG-AR resistente ou recidiva-
Contato: RAFAELA PRATA RASSI – rafaelaprata29@
da destaca-se a importância da cirurgia no resgate da
yahoo.com.br
vida e da saúde dessas pacientes. Conclusão: todas as
pacientes com DTG devem ser acompanhadas em CR
onde encontrarão equipe multiprofissional e condições
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA para um diagnóstico precoce dos casos que evoluírem
CÓDIGO: 59948 para NTG, assegurando um tratamento adequado e o
seguimento prolongado necessário nessas neoplasias
IMPORTÂNCIA DA CIRURGIA NO altamente curáveis e com grande percentual de preser-
vação da fertilidade.
RESGATE DA VIDA E DA SAUDE
DE PACIENTES COM NEOPLASIA Contato: LUIGGI ANSELMO LEONARDI – luiggi_
TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL leonardi@hotmail.com
DE ALTO-RISCO, RESISTENTE AO
TRATAMENTO OU COM RECIDIVA DA
NEOPLASIA – RELATO DE 3 CASOS TEMÁRIO: URO – 0NCOLOGIA
Autores: Elza Maria Hartmann Uberti; José Pio CÓDIGO: 61810
Rodrigues Furtaddo; Luiggi Anselmo Leonardi; Cardoso
RB; Antõnio Nocchi Kalil; Gabriel Oliveira Dos Santos;
Ruth Karina Escobar Diaz;
INCIDÊNCIA E ESTADIAMENTO DO
CARCINOMA DE PROSTÁTA EM CENTRO
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA
SAÚDE DE PORTO ALEGRE, SANTA CASA PORTO ALEGRE DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA DE
ARACAJU, SERGIPE
Trabalho realizado no Centro de Doenças Trofoblásti-
Autores: Isabelle Menezes Maciel; Roberto Queiroz
cas da ISCMPA (Maternidade “Mário Totta” e Hospital
Gurgel; José Vieira Barreto Junior; Aléf Vinícios de Souza
Santa Rita) Background – A Neoplasia Trofoblástica Ges- Coelho; Luan Gustavo Lima Carvalho Carneiro; Caroline
tacional (NTG) é uma doença rara (1:15000 a 1:40000 Ramos Barreto; Catarine Cruz Matos;
gestações) que atinge mulheres jovens, na menacme,
Instituição: UNIVERSIDADE TIRADENTES
muitas vezes no inicio da vida reprodutiva. Há 40 anos
é consenso que tais pacientes devem ser tratadas em Introdução: Entre as patologias exclusivas do homem,
Centros de Referência (CR), pela raridade e complexida- o câncer de próstata tem sido alvo das políticas públicas
de da NTG que requer abordagem multi-profissional. O tendo como base as altas taxas de incidência e morta-
tratamento clínico com quimioterapia e preservação da lidade, o que faz deste câncer, o segundo mais comum
função reprodutiva é o principal enfoque terapêutico entre a população masculina, sendo superado apenas
na NTG. A dosagem quantitativa sistemática e periódica pelo câncer de pele não-melanoma. O câncer de prós-
tata é considerado um câncer da terceira idade, já que outros países desenvolvidos. Infelizmente, em países
cerca de três quartos dos casos ocorrem a partir dos 65 que não têm acesso a programas de rastreio e preven-
anos. A maioria dos tumores cresce de forma tão lenta ção do câncer do colo do útero, este continua a ser o
que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ame- segundo tipo de câncer mais comum e causa de mortes
açar a saúde do homem. Dado o exposto, estima-se por câncer entre todos os tipos de câncer nas mulheres.
que um em cada dez homens, durante a vida, desenvol- No Brasil, é o terceiro tumor mais frequente na popu-
ve carcinoma de próstata, clinicamente evidente. Para lação feminina, e a quarta causa de morte de mulheres
2016/2017 as estimativas indicam que serão 52.350 no- por câncer. Houve a estimativa de 16.340 novos casos
vos casos de câncer de próstata no Brasil, que corres- para 2016 segundo o INCA, e foram registradas 5.430
pondem um risco estimado de 54 casos novos a cada mortes no ano de 2013 pelos dados do Sistema de In-
100 mil homens. A detecção precoce do câncer possi- formação sobre Mortalidade. Já na região Nordeste fo-
bilita um melhor prognóstico do caso e maiores são as ram estimados 5.630 casos e no estado de Sergipe 220
chances de cura por meio de realização de exames em casos. As taxas de incidência e de mortalidade globais
homens assintomáticos por meio do toque retal e da dependem da presença de programas de triagem para
dosagem de antígeno prostático específico (PSA). Ob- pré-câncer do colo do útero e do vírus do papiloma hu-
jetivo: Avaliar a incidência, estadiamento e prognósti- mano (HPV) de vacinação, que são mais propensos a
co dos pacientes com câncer de próstata em centro de estar disponível em países desenvolvidos. Objetivo: O
referência em oncologia do estado de Sergipe. Méto- presente trabalho tem como objetivo primário analisar
do: Será realizado um estudo transversal retrospectivo os dados epidemiológicos através dos prontuários de
por análise de prontuários dos pacientes com câncer pacientes e secundariamente analisar a conduta tera-
de próstata em centro de oncologia de referência em pêutica. Método: Será realizado um estudo transversal
Sergipe no período entre 2010 e 2015. Resultado: Ve- retrospectivo por análise de prontuários dos pacientes
rificou-se uma ascensão da incidência do câncer de com câncer de colo uterino em centro de referência do
próstata no centro de referência oncológica de Sergipe. Estado de Sergipe no período entre 2010 e 2016. Resul-
Escore Gleason 7 foi o estadiamento mais comumente tados: Demonstrou-se que no Centro de Referência de
encontrado entre os pacientes. Tumores com Gleason Oncologia houve o aumento da incidência comparado
maior que 8 são mais prevalentes do que aqueles com ao passar dos anos, sendo relativamente uma crescen-
Gleason menor que 4, o que contribui para o aumen- te, exceto no ano de 2014. Dentre a totalidade de casos
to do número de prostatectomia realizadas no estado. analisados nesse período, notou-se que cerca de 4,85%
Conclusão: Apesar do CA de próstata ser considerado dos dados analisados ocorreram em 2010; 9, 5% em
um câncer da terceira idade, a relutância da população 2011; 9, 5% em 2012; 23,8% em 2013; 4,85% em 2014;
masculina em realizar exames de rastreamento contri- 19% em 2015; e 28, 5% em 2016. Houve uma predomi-
bui para o aumento da incidência desse câncer diag- nância do tipo histológico carcinoma de células esca-
nósticado em estágios mais avançados. Descritores: mosas (76, 2%) seguido pelo adenocarcinoma (23,8%).
câncer de próstata, estadiamento, diagnóstico No estadiamento conclui-se que o estágio de maior in-
cidência é o estágio I. No tratamento percebeu-se que
Contato: ISABELLE MENEZES MACIEL – bellemaciel@
a histerectomia total ocorreu na maioria das pacientes,
hotmail.com
assim como a radioterapia e a quimioterapia. Conclu-
são: Conclui-se que o diagnóstico precoce implica em
um estadiamento também precoce. Assim, nota-se que
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA as campanhas para rastreamento podem refletir essa
CÓDIGO: 61899 maior incidência de casos, pois mais mulheres procu-
ram atendimento e descobrem mais recente o câncer,
INCIDÊNCIA E ESTADIAMENTO DO superando as subnotificações.
CÂNCER DE COLO UTERINO EM CENTRO Contato: BEATRIZ RAYANE OLIVEIRA SANTANA – rhay_
DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA EM santana@outlook.com
ARACAJU, SERGIPE
Autores: Beatriz Rayane Oliveira Santana; Catarine Cruz
Matos; Erika de Oliveira Menezes; Nayara Rezende
Fonseca; Naiana Mota Araújo; Humberto; Roberto TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
Gurgel; José Vieira; CÓDIGO: 61791
sentava-se distendido e timpânico. A tomografia de ab- Matheus Sobreira Batista Spencer; Tiago Santoro
dome evidenciou intussuscepção em jejuno distal, indi- Bezerra; Mateus Barros Filho; Silvia Regina Rogatto;
cando tratamento cirúrgico. No procedimento cirúrgico, Ademar Lopes;
foi realizada uma laparotomia mediana, que possibili- Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
tou a visualização de implantes de melanoma em peri-
Introdução: O sexo feminino, contracepção oral, te-
tônio visceral de intestino delgado invadindo a sua luz,
rapia de reposição hormonal, multiparidade, gravidez
assim como a identificação da área de intussuscepção
precoce e o consumo de soja estão associados a uma
em íleo distal. Realizou-se enterectomia e anastomose.
diminuição do risco de Câncer Colorretal (CRC). Embora
A intussuscepção em adultos apresenta incidência mui-
a causa desta diferença não seja conhecida, os esteroi-
to rara, estando a causa subjacente geralmente ligada
des sexuais podem ser considerados um fator contri-
a doenças malignas, principalmente por adenocarcino-
buinte. Por outro lado, o desenvolvimento de múltiplos
mas primários, linfomas e metástases. No intestino, as
pólipos em polipose adenomatosa familiar (FAP) come-
lesões metastáticas mais comuns são de melanoma,
çando durante a puberdade, no pico da produção dos
contudo, a intussuscepção por melanoma é incomum.
esteroides sexuais, sugere que os mesmos possam agir
O local preferido de intussuscepção por melanoma é o
como cofatores no desenvolvimento dos pólipos e na
intestino delgado, sendo mais prevalente nas regiões do
carcinogênese colorretal. Inicialmente realizamos um
jejuno e do íleo. As manifestações clínicas da intussus-
estudo preliminar para identificar qual hormônio se-
cepção de adultos geralmente são caracterizadas por
xual está associado na patogênese do CRC. Os níveis
dor abdominal, náusea, vômito, constipação ou perda
de expressão dos receptores de estrogênio (ER) subu-
de peso episódica inespecífica, o que dificulta o diagnós-
nidades ER-α, ER-β, receptores de progesterona e an-
tico. Para investigação, o melhor exame de imagem é a
drógenos em portadores de FAP e câncer esporádico.
tomográfica computadorizada. Os melanomas do trato
Encontramos uma significativa perda de expressão de
gastrointestinal geralmente são assintomáticos em seus
ER-β com a carcinogênese e impacto na sobrevida. Não
estágios iniciais e são freqüentemente diagnosticados
houve correlação significativa nos demais receptores
quando ocorrem complicações agudas, como obstru-
sexuais. Subunidades de ER-β são expressas em isofor-
ção, perfuração ou hemorragia. O manejo consiste
mas de splicing alternativos em diferentes tecidos. Es-
principalmente em intervenção cirúrgica para resolver
sas variantes e suas correlações com a mucosa normal,
a obstrução aguda/intussuscepção e estabilizar o pa-
pólipos da síndrome Polipose Adenomatosa Familiar
ciente. Estima-se que 60% dos pacientes que morrem
(FAP) e de carcinomas colorretais esporádicos nunca
de melanoma possuem metástases gastrointestinais,
foram descritas. Materiais e Método: No total, usando
todavia, dessas, apenas 1,5-4% são detectadas antes da
RT-PCR quantitativa avaliamos 307 amostras, com 921
morte. Entre as malignidades intestinais, o melanoma
análises de três transcritos e seus pares de isoformas
metastático é a quinta doença maligna mais comum, no
associadas, em mucosa normal, pólipos e câncer color-
entanto, é considerada a malignidade extra intestinal
retal esporádico, assim como em mucosa normal e póli-
mais propensa a metástase para o TGI. Embora metás-
pos da FAP. Resultados: Uma diminuição de expressão
tase no intestino delgado por melanoma seja comum,
das isoformas ER-β foi identificada em pólipos espo-
intussuscepção por melanoma mostra-se rara. Assim,
rádicos e em CRC, bem como em pólipos de pacientes
quando ocorre, deve ser realizada a ressecção da me-
FAP em comparação com tecidos normais (p <0,001). As
tástase, visando evitar complicações como perfuração
isoformas ERβ1 e ERβ5 foram mais expressas no teci-
ou obstrução e proporcionar, quanto mais cedo for
do da mucosa normal FAP em comparação com tecido
diagnosticada, um tratamento adequado ao paciente.
normal esporádico (p <0,001), sugerindo uma associa-
Contato: ISABELLA KERN ARENDT – isabella.arendt@ ção nos indivíduos afetados por mutações germinativas
outlook.com do gene APC. Houve diminuição progressiva da expres-
são de ER-β em pólipos com displasia de baixo grau,
seguidos de tumores T1-T2 e T3-T4 (p <0,05). No câncer
colorretal esporádico, a perda de expressão de ERβ1 e
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL ERβ5 foi um preditor independente de recorrência (p =
CÓDIGO: 61979 0,002). Conclusão: Esses achados podem proporcionar
uma melhor compreensão do estrogênio e seus poten-
ISOFORMAS DE RECEPTORES ciais efeitos preventivos e terapêuticos sobre o câncer
DE ESTROGÊNIO-Β EM CÂNCER colorretal esporádico e aqueles associados à síndrome
COLORRETAL ESPORÁDICO, POLIPOSE de FAP.
ADENOMATOSA FAMILIAR E Contato: PAULO ROBERTO STEVANATO FILHO –
ESTÁGIOS PROGRESSIVOS DE CÂNCER paulorstevanato@gmail.com
COLORRETAL
Autores: Paulo Roberto Stevanato Filho; Samuel Aguiar
Júnior; Maria Dirlei Begnami; Hellen Kuasne; Ranyell
rúrgica devido à clínica e as dimensões do mioma não miosarcoma (LMS) da veia cava inferior (IVC) são tumo-
permitirem uma intervenção conservadora. res raros com apenas cem casos relatados na literatu-
ra. Estes tumores são caracterizados por crescimento
Contato: CRISLANNY REGINA SANTOS – crismedjolie@
lento, diagnóstico tardio e mau prognóstico. Apenas
gmail.com
uma peça de ressecção do tumor que leva o segmento
atinge a veia cava inferior permitirá uma melhor sobre-
vivência.
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS Contato: ANA CAROLINE DA FONSECA SOARES
CÓDIGO: 59507 PEREIRA – karolinefsoares@gmail.com
tarem como grandes massas, sendo a dor abdominal Tem aspecto histológico de um tumor fibrohistocístico
e a presença de massa abdominal palpável sintomas com presença de inflamação crônica, fibrose e prolife-
frequentes. Metástases, quando presentes, ocorrem ração de células fusiformes em arranjos estoriforme.
principalmente para pulmão e fígado, e são mais co- Ele se origina de um foco central de colágeno denomi-
muns em tumores de alto grau. O tratamento padrão nado “roda de carroça”. Clinicamente, vê-se um nódu-
é a completa ressecção do tumor, além da ressecção lo cutâneo solitário, firme e com placas volumosas de
de estruturas adjacentes possivelmente infiltradas. A contornos regulares e protuberantes na derme, sendo
quimioterapia não apresenta benefício na sobrevida indolor e de evolução lenta e progressiva, com episó-
do paciente e a radioterapia intraoperatória pode ser dios de dor apenas nos períodos de crescimento e em
benéfica. Comentários finais: O sucesso a longo prazo fases avançadas. O DFPS possui recorrência frequente
no tratamento dessa neoplasia baseia-se na ressecção após a intervenção cirúrgica inicial. A presença de me-
cirúrgica completa, a ser realizada de preferência em tástases é rara. Comentários finais: O DFPS pode sur-
centros especializados em tratamento oncológico, pois gir após trauma, cicatriz prévia, queimadura, imuniza-
a taxa de recidiva desse tumor é alta, e a habilidade e a ção para varicela ou BCG, bem como seu crescimento
expertise do cirurgião oncológico são fatores prognós- rápido durante a gravidez, fato atribuído a receptores
ticos importantes nesse contexto. para progesterona no tumor. Apesar de ser um tumor
raro, é importante conhecer suas características para o
Contato: PABLO MARQUES REIS – pablomed21@gmail.
diagnóstico precoce e exclusão correta dos diagnósti-
com
cos diferenciais. A recorrência é observada 3 anos após
a excisão. A radioterapia, administrada antes ou depois
do procedimento, reduz o risco de recorrência local.
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA Contato: RAFAEL SANTOS DE SOUZA –
CÓDIGO: 61751 rafaelsantosdesouza@yahoo.com.br
ocorreu sem intercorrências. Discussão: Metástases infarto agudo do miocárdio, o qual foi tratado com a an-
linfáticas na cadeia poplítea dos melanomas localiza- gioplastia, que impossibilitou o tratamento cirúrgico do
dos na região distal dos membros inferiores são extre- câncer. Foi feita uma estratégia terapêutica associando
mamente raras; em geral, os tumores nessa localização a quimioterapia e a radioterapia. A paciente evoluiu
apresentam disseminação linfática na região inguinal. bem, sem complicações e segue com acompanhamen-
Uma vez que os linfonodos desta cadeia estão locali- to clínico para identificação precoce de possível recidi-
zados profundamente em relação à fáscia muscular, a va. Discussão: O carcinoma tipo linfoepitelioma é raro,
palpação desses nódulos é bastante difícil. Este obstá- representa cerca de 0,7% de todas as neoplasias do colo
culo propedêutico tende a levar ao diagnóstico tardio, do útero nos países ocidentais, sendo mais incidente
o que torna possível que a doença só seja descoberta na região asiática. Este carcinoma é mais comumente
em um estágio tardio. Qualquer melanoma abaixo do encontrado na região da nasofaringe. Sua patogênese
joelho pode apresentar disseminação nos gânglios lin- tem relação com a infecção pelo HPV de alto risco e o
fáticos ao longo da fossa poplítea. O acesso recomen- pelo vírus Epstein-Barr. O tumor caracteriza-se histo-
dado para a remoção de material poplíteo é uma gran- logicamente por ninhos de células escamosas, pouco
de incisão em forma de S (zetaplastia), esta abordagem diferenciadas, imersas em um estroma fibrilar com
objetiva reduzir a possível retração da cicatriz e obter um denso infiltrado linfocítico. O prognóstico é melhor
excelente exposição do cavum poplíteo com suas es- que o de carcinoma escamoso, tem menor probabili-
truturas neurovasculares. Conclusão: O presente caso dade de metástase e maior taxa de sobrevida. Quanto
descreveu uma disseminação peculiar do melanoma ao tratamento, evidências científicas demonstram que
das pernas raramente visto na prática diária, mesmo a maioria das pacientes foram submetidas à histerec-
sendo um caso incomum, a fossa poplítea deve ser tomia e evoluíram com um bom prognóstico. No caso
examinada sistematicamente em pacientes com me- descrito, todavia, a conduta cirúrgica foi interferida e
lanomas localizados na região distal das pernas. Esta realizaram-se 7 sessões de quimioterapia com cispla-
apresentação em particular é resolvida por uma abor- tina, 33 sessões de radioterapia tridimensional com
dagem terapêutica segura e efetiva, apesar de apenas dose 1,8 Gy, associadas a 4 sessões de braquiterapia de
ser usada de forma excepcional. 700GCY, no período de 5 meses. Comentários finais:
O linfoepitelioma do colo uterino foi pouco descrito no
Contato: PEDRO HENRIQUE COÊLHO DE MÉLO LEITE –
Brasil, tanto quanto a sua patogenia, bem como suas
pedrohcml@hotmail.com
melhores estratégias terapêuticas. O relato permite a
elucidação deste câncer, explorando as características
manifestadas no caso e a conduta terapêutica realiza-
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA da, com o intuito de acrescentar informações aos da-
CÓDIGO: 59928 dos da literatura e expandir o conhecimento sobre o
linfoepitelioma do colo uterino.
LINFOEPITELIOMA DE COLO UTERINO Contato: RAQUEL MARIA DE MORAIS PEREIRA –
EM PACIENTE COM INFARTO AGUDO rmdmp.med@uea.edu.br
DO MIOCÁRDIO: DESAFIO NO MANEJO
ONCOLÓGICO
Autores: Raquel Maria de Morais Pereira; Márcio Neves
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
Stefani; Maycon Fran Soares da Silva Rocha; Alice Brito
Brandão; Amanda Moreira de Abreu; Louise Lima de CÓDIGO: 62008
Souza; Gustavo Militão Souza do Nascimento; Rebeca
de Oliveira Alves Melo Martins; LINFOMA CUTÂNEO DE CÉLULAS B
Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS Autores: Thais Cavalcante Chaves Santos; Isa Maryana
Araujo Bezerra de Macedo; Isabelle França Bezerra;
Apresentação do caso: Paciente H.N.M., 67 anos, ges- Mara Juliane Silva Jovino; Francielly Tertuliano cunha;
ta 3, para 3, aborto 0, ex-tabagista de longa data, IMC: Crislanny Regina Santos da Silva; Isaac Braullio Maia
38kg/m2, apresentou no exame de Papanicolau, altera- Delfino de Oliveira; George Alexandre Lira;
ção escamosa e sangramento recorrente após a cole- Instituição: UNIVERSIDADE POTIGUAR
ta. Negou dor e corrimento vaginal, além de ausência
de linfonodomegalias. Realizou-se investigação com Apresentação do caso: RTS, 55anos, sexo feminino,
biópsia de colo uterino que revelou, na histopatologia, diabética, hipertensa. Foi admitida com quadro de le-
grupamento de células epitelioides atípicas em meio a sões subcutâneas com efeito de massa em membros
denso infiltrado linfoide e, no exame imunohistoquími- inferiores e superiores e quadril a esquerda dissemina-
co, expressão para citoceratina, proteína p63 e p16. Es- da há 8 meses, endurecida, indolor, algumas ulceradas,
tes achados indicaram o diagnóstico de carcinoma tipo com crescimento rápido e progressivo. Trouxe ultras-
linfoepitelioma de colo uterino. O tratamento cogitado sonografia (USG) de coxa direita que evidenciou múlti-
foi a histerectomia. No entanto, a paciente sofreu um plas imagens nodulares, hipoecóicas, aglomeradas na
região medial da coxa direita, medindo entre 2,5 cm até tologia e realizou tratamento quimioterápico. Discus-
3,6 cm, com fluxo interno ao Doppler, podendo repre- são: Linfoma é o câncer hematológico mais comum,
sentar linfonodomegalias patológicas. As tomografias sendo dividido em Hodgkin (20-30%) e não-Hodgkin
de tórax e abdominal total demonstraram linfonodo- (70-80%).O linfoma de Burkitt é caracterizado como um
megalias axilares e retroperitoneais. Após a avaliação linfoma não-Hodgkin de células B indiferenciadas, com
pré-operatória, foi realizado biópsia dos tumores do caráter altamente agressivo. A confirmação do diagnós-
antebraço direito, que evidenciou neoplasia maligna tico é realizada com exame anatomopatológico e rea-
de células redondas com infiltração da derme e hipo- ção de imunohistoquímica. A descrição dessa doença
derme. A Imunohistoquímica revelou linfoma de célu- acometendo órgãos ginecológicos é um fato raro, pou-
las B, evidenciando positividade para antígenos CD20. co descrito na literatura e que deve ser individualizado.
Paciente foi encaminhada para onco-hematologia para A base do tratamento é realizada através de quimiote-
estadiamento e tratamento específico. Discussão: Lin- rapia com utilização do esquema R-CHOP sendo a mais
fomas cutâneos primários são definidos como neopla- difundida. O prognóstico varia de acordo com o está-
sias linfocíticas que se apresentam clinicamente na pele gio da doença e a resposta terapeutica. Comentários
e que não possuem doença extracutânea no momento finais: O linfoma de burkitt extra nodal é uma entidade
do diagnóstico e até por seis meses após. Podem ter cujo acometimento ginecológico é raro e por conta de
origem nas células T, natural killer ou B. São mais co- tal fato relatamos o presente caso, afim de realizar uma
muns em homens depois dos 45 anos. Caracterizam- revisão na literatura sobre o tema.
-se por lesões pouco numerosas, em geral nódulos ou
Contato: ALESSANDRO AUGUSTO BASTOS RODRIGUES
infiltrações de crescimento relativamente rápido, não
ALVES – alessandro.ufrj@yahoo.com.br
pruriginosas. Linfomas B primários têm melhor prog-
nóstico do que os secundários. O diagnóstico é feito
pela correlação clínico-patológica, achados imuno-his-
toquímicos e de biologia molecular complementam a TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
investigação. As células B neoplásicas expressam os CÓDIGO: 61842
marcadores CD19, CD20, CD 23 e CD 79. A quimiotera-
pia deve ser considerada em casos raros com lesões de LINFONODO SENTINELA MELANOMA
pele mais generalizadas, como o caso descrito. Lesões
AMBULATORIAL COM ANESTESIA
únicas podem ser excisadas. Conclusão: O caso se des-
taca pela apresentação atípica do linfoma necessitando
LOCAL
de tratamento sistêmico. Autores: Fernando Cesar Toniazzi Lissa; Luan Pedro
Santos Rocha; Edson Rodrigues Garcia Filho; Giovanna
Contato: THAIS CAVALCANTE CHAVES SANTOS – Amboni dos Reis; Bruna Peterle; Gabriela de Aguiar dos
thaiscavalcante847@gmail.com Santos;
Instituição: CIRONCO
Introdução: O linfonodo sentinela em melanomas
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA cutâneos é o tratamento/estadiamento cirúrgico mais
CÓDIGO: 59843 difundido e com evidencias de ganho de sobrevida.
Em muitos locais é realizado, dependendo do local,
LINFOMA DE BURKITT PRIMÁRIO DO com anestesia geral ou raquidiana, juntamente com
COLO UTERINO – RELATO DE CASO E radiotraçadores associados ou não de corantes (p.ex.
azul patente). Objetivo: Avaliar a viabilidade de realizar
REVISÃO DA LITERATURA
este procedimento sem o uso de corante e com apenas
Autores: Alessandro Augusto Bastos Rodrigues Alves; anestesia local nas diferentes bases linfonodais. Mé-
Eduardo Rodrigues Zarco da Câmara; Victor Hugo
todo: Linfocintilografia padrão com uso de fitato-Tc99,
Ribeiro Vieira; Antônio Carlos Eckhardt Jr; Alberto Teles
anestesia local com neocaína 0,25% com vasoconstritor
Lopes; Daniel de Souza Fernandes;
e Gama-Probe. Realizando o procedimento de retirada
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
do linfonodo sentinela antes da ampliação de margens.
Apresentação do caso: Sexo feminino, 34 anos, bran- Aplicado escala da dor durante o procedimento. Alta
ca, com relato de dispaurenia e sangramento vaginal hospitalar imediatamente após o procedimento. Resul-
esporádico, com exame ginecológico revelando lesão tados: Foram coletados dados de 25 pacientes em um
em colo uterino. Realiza biópsia da lesão de colo ute- período de 5 anos. A média de idade foi de 42 anos,
rino com laudo histopatológico de Linfoma de Burkitt, mais frequente em membros inferiores, com média de
positividade para CD20, CD10, KI67:100% e biópsia de 2 linfonodos por paciente, Clark IV, Breslow 2,3 e escala
medula óssea livre de neoplasia. Tendo em vista o diag- da dor 3-4. O tempo médio do procedimento completo
nóstico firmado, foi encaminhada ao serviço de hema- foi de 70 minutos. Não ocorreram intercorrências e/ou
complicações durante o procedimento e todos os pa- longo da sexta década de vida. A variante desdiferen-
cientes tiveram alta hospitalar ao final do mesmo. Até o ciada responde por cerca de 10% dos casos. No caso,
momento não ocorreram recidivas locorregionais nes- pelo perfil da paciente e pela leucocitose sustentada
tes grupo de pacientes. Conclusão: Linfonodo sentine- aventaram-se as hipóteses de reação leucemóide, sar-
la para melanoma com somente radiotraçador e com coma granulocítico, e abscesso de psoas, sendo exclu-
anestesia local é factível com níveis de dor no transo- ídos pela propedêutica armada. Comentários finais:
peratório variando entre 3 e 4 dependendo do local do Sarcomas de partes moles são tumores raros, sendo 10
procedimento. a 20% localizados no retroperitônio. Contam com uma
baixa incidência de metástases para linfonodos ou à
Contato: FERNANDO LISSA – fernandotoniazzilissa@
distância, e não possuem boa resposta à quimiotera-
gmail.com
pia. Diante da possibilidade de ressecção, os pacientes
devem ser submetidos à laparotomia (como ocorrido
no caso), devendo o planejamento cirúrgico abranger a
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS completa ressecção do tumor, assim como a exérese de
CÓDIGO: 61956 órgãos e estruturas adjacentes infiltradas.
Contato: MATHEUS LUAN QUEIROZ ALVES DA CUNHA
LIPOSSARCOMA DESDISFERENCIADO – Mat94__@hotmail.com
RETROPERITONEAL
Autores: Matheus Luan Queiroz Alves da Cunha; Fellipe
Marques da Silva Araujo; Laura Viana de Lima; Mariana
de Oliveira Lobo; Bruno José de Queiroz Sarmento; TEMÁRIO: NUMACO / ENFERMAGEM
Rodrigo Nascimento Pinheiro; Fabiane Kellem Oliveira CÓDIGO: 60525
dos Santos Cesário;
Instituição: FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO LIPOSSARCOMA GIGANTE EM COXA –
EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL RELATO DE CASO
Apresentação do caso: Paciente, feminino, 31 anos, Autores: Thaís Maria Ribeiro Lima; Elisandra da Silva
com dor em região lombar há 1 ano e irradiação para Neres; Kelly Monteiro dos Santos; Antonio Marcelo
perna esquerda com piora à mobilização, associada a Gonçalves de Souza; Cícero Heleno Albuquerque
Feitosa; Alyne Dayanne Andrade de Souza; Ana Gabriela
inapetência, febre esporádica e perda de peso. Resso-
Silva de Lima; Rozangela Amorim Santos;
nância nuclear magnética, para investigação de hérnia
discal, registrou formação heterogênea, de caráter ex- Instituição: HOSPITAL DE CÂNCER DE PERNAMBUCO
pansivo, em retroperitônio à esquerda, ocasionando Apresentação do caso: Paciente do sexo masculino, 70
desvio do rim ipsilateral, medindo 13 x 9 cm, sugerindo anos, trabalhador rural, procedência da zona rural. Foi
tecido adiposo central, sem clivagem com o músculo encaminhado para assistência no ambulatório de orto-
psoas ipsilateral. Exames laboratoriais revelaram leuco- pedia de um hospital oncológico apresentando tumo-
citose importante, com desvio escalonado à esquerda, ração gigante em coxa direita com início há aproxima-
e plaquetose. Tomografia computadorizada (TC) de ab- damente nove anos e de evolução gradativa. O tumor
dome evidenciou hipervascularização na porção sólida apresentava áreas hemorrágicas e necrose, dificultando
da massa, sem ascite e adenomegalias retroperitone- suas atividades diárias básicas. Ao exame físico encon-
ais. Mielograma demonstrou hipercelularidade medu- trava-se em estado geral estável, eupnéico, anictérico,
lar severa à custa de hiperplasia granulocítica. Pesquisa acianótico, normocorado, com dores discretas em coxa,
por BCR-ABL negativa. TC de tórax sem metástases. Foi sinais vitais normais, presença de tumoração de consis-
submetida à laparotomia há 7 meses, com exérese do tência endurecida e indolor a palpação. Aos exames la-
tumor e ressecção parcial do psoas. Não havia infiltra- boratoriais apresentava hemoglobina 15, 3g%, hemató-
ção em estruturas adjacentes. Análise histopatológica crito 46g%, leucócitos 7.100/mm3, plaquetas 200.000/
mostrou sarcoma indiferenciado de alto grau, com in- mm3. Ao exame de imagem a ressonância magnética
tenso componente inflamatório. Imuno-histoquímica da coxa direita e bacia evidenciava volumoso processo
revelou positividade para MDM2, CDK4 e desmina (fo- expansivo, heterogêneo, comprometendo os tecidos
cal), que associada ao quadro morfológico, sugeriu o moles da face anterior da coxa, com intensidade de si-
diagnóstico de lipossarcoma desdiferenciado (variante nal semelhante ao tecido lipomatoso em todas as se-
inflamatória). Estadiamento III, T2b N0 M0, alto grau. quências, apresentando múltiplas trabeculações/septa-
Paciente recebeu alta hospitalar após 17 dias de inter- ções de permeio medindo cerca de 31,8 x20,0 x25, 0
nação, com evolução favorável, afebril e sem queixas cm nos seios maiores de diâmetro, a cintilografia óssea
dolorosas. Encontra-se hoje em acompanhamento am- com estudo negativo para áreas de aumento de remo-
bulatorial. Discussão: O lipossarcoma destaca-se como delação óssea de origem infecciosa/tumoral. Ausência
o segundo tipo de sarcoma mais frequente em adultos. de metástase à distância. Discussão: O lipossarcoma é
Contudo, sua maior incidência ocorre em homens e ao um subtipo de sarcoma de tecido mole mais comum
entre os adultos, são constituídos histologicamente por pulmão, sendo raro o acometimento nodal. O lipossar-
células adiposas imaturas ou lipoblastos. Inicialmente coma é dividido em bem diferenciado (40%), mixóide
ele se expressa como um tumor de baixo grau acomete (30%), de células redondas (15%), desdiferenciado (10%)
mais adultos entre 40 e 50 anos com incidência maior e pleomórfico (5%). Este relato trata-se do subtipo mi-
no sexo masculino, geralmente se desenvolve em mem- xóide que é de ocorrência mais rara no espaço retrope-
bros inferiores como coxa, glúteo e inguinal. À medida ritoneal, uma vez que se localiza com maior frequência
que o paciente demora a busca ao tratamento, o tumor nos membros inferiores. A ressecção cirúrgica do tumor
poderá assumir formas irregulares, atingir volume gi- é a principal forma de tratamento e na maioria dos ca-
gante, a ponto de dificultar o tratamento e diminuir a sos é diagnóstica. A ressecção do tumor primário deve
sobrevida do paciente. O prognóstico da doença está ser realizada em monobloco, com margens tridimensio-
relacionado ao grau de evolução tumoral como tama- nais e tecido normal envolvendo a lesão, essa técnica
nho, presença de necrose, hemorragias, presença de tem menor taxa de recidiva (10 a 31%), sendo a que foi
metástase entre outras. Comentários finais: Durante usado neste caso. A sobrevida global em 5 anos é de
a realização do trabalho em forma relato de caso, as- 90%. A raridade do caso torna pertinente sua análise. O
sumimos o desafio de buscar descrever um caso de um subtipo mixóide tem uma sobrevida alta, devido ao bai-
lipossarcoma gigante em coxa direita, analisando o per- xo grau de diferenciação, no entanto neste caso existe
curso terapêutico e buscando justificativa para atraso risco um aumentado de metástase devido à localização
no tratamento e entre outros fatores que contribuíram peritoneal. Nesse sentido, pensar previamente nesse
para o atraso no diagnóstico. diagnóstico auxilia a tornar o prognóstico ainda mais
favorável. A margem ampla nesta localização também é
Contato: THAÍS MARIA RIBEIRO LIMA – thais_rlima@
mais complicada, uma vez que pode haver necessidade
hotmail.com
de retirada de estruturas nobres, como foi feita no caso.
Contato: JANAINA GOMES DA SILVA CIRQUEIRA –
janainacirq@gmail.com
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
CÓDIGO: 59757
bem diferenciado. Comentarios finais: paciente segue ção cirúrgica estabelecida como padrão na literatura é
em acompanhamento, atualmente com 16 meses sem de 3 cm com índice de recorrência em torno de 10 %. O
sinais de recorrência da doença, diferentemente aos fechamento primário na maioria dos casos é dificulta-
casos anteriores já publicados onde a recivida ocorreu do, sendo realizada enxertia de pele, uso de retalhos ou
de forma precoce. cicatrização por segunda intenção. Em alguns centros, a
cirurgia micrografica de Mohls se apresneta como alter-
Contato: ADEMIR AMIL DE OLIVEIRA – ademiramil@
nativa ao tratamento cirurgico, a fim de minimizar o de-
hotmail.com
feito e recorrência com taxas menores de recidiva, em
torno de 6%. Comentários finais: A margem cirúrgica
livre é o principal fator de controle local do dermatofi-
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS brossarcoma protuberans. A margem padrão estabeli-
CÓDIGO: 61179 cida é de 3 cm com ressecção até a fáscia muscular.
Contato: ANTONIO CARLOS ECKHARDT JR –
MARGENS CIRÚRGICAS NO eckhardtac@yahoo.com.br
DERMATOFIBROSSARCOMA
PROTUBERANS – RELATO DE CASOS E
REVISÃO DA LITERATURA
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
Autores: Eduardo Rodrigues Zarco da Câmara;
CÓDIGO: 61944
Antonio Carlos Eckhardt Jr; Alessandro Augusto Bastos
Rodrigues Alves; Jadivan Oliveira Leite; Marcelo Sá de
Araújo; Roberto Vasconcelos; José Francisco Rezende MELANOMA ANORRETAL – RELATO DE
Neto; Luiz Fernando Nunes; CASO
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA Autores: Ana caroline da Fonseca Soares Pereira;
Fidelis Manes Neto; Gabriel da Fonseca Soares Ferreira;
Apresentação do caso: Paciente feminino, 24 anos,
Edilson Carvalho de Sousa Junior;
apresenta lesão tumoral vegetante avermelhada em
Instituição: HOSPITAL SAO MARCOS
ombro esquerdo, elevada, assintomática, endureci-
da, de 7 cm, com surgimento há 2 anos e crescimento Apresentação do caso: Masculino, 72 anos, refere
progressivo em 6 meses. Realizada biópsia incisional surgimento de tumoração perianal associada a ente-
com laudo histopatológico de Dermatofibrossarcoma rorragiae tenesmo há 1 ano. Ao exame proctológico:
protuberans. Foi submetido a ressecção ampla da le- lesão endurecida, com destruição do canal anal, inten-
são com margem de 3 cm circunferencial, até a fáscia sa dor ao toque retal. Submeteu-se a lesão a excisão
muscular, e recontrução do defeito com retalho mio- local, sendo o fragmento enviado para análise histopa-
cutâneo trapézio. O laudo histopatológico definitivo tológica que evidenciou neoplasia maligna pigmentada
confirmou Dermatofibrossarcoma protuberans, com pouco diferenciada, sugestiva de melanoma. À colonos-
margens livres. A paciente segue em controle ambula- copia normal. Tomografia de tórax evidencia metás-
torial há 2 anos sem evidência de doença. Discussão: tases pulmonares. A ressonância magnética da pelve
Dermatofibrossarcoma protuberans é um sarcoma de demonstrou extensa lesão expansiva sólida centrada
partes moles raro carcaterizado por crescimento local, na transição ano retal, com comprometimento dos es-
propensão para envolvimento subclínico e recorrência fíncteres externo e interno do ânus e anteriormente,
local. Essa neoplasia occore mais frequentemente em estendendo-se à fáscia perirretal e aos planos gordu-
homens entre 3a e 5a décadas de vida, no tronco e re- rosos na interface reto-prostática com infiltração por
gião proximal das extremidades, mas pode acometer contiguidade da zona periférica da próstata, bem como
qualquer área da pele.A característica histológica do linfonodos perirretais em cadeia ilíaca interna direita,
tumor é a presença de projeções tipo tentáculos de cé- com aspecto arredondado e características suspeitas.
lulas neoplásicas na periferia se estendem através do Após 10 seções de radioterapia, evoluiu com melhora
tecido subcutâneo até a fáscia muscular. Fields et at. das queixas de sangramento e melhora do aspecto da
recomendam a remoção da fáscia para ressecar com- lesão. Em retorno ao ambulatório de coloproctologia,
pletamente as células tumorais de crescimento vertical, optou-se por colostomia em alça e seguimento clíni-
visto que a profundidade do tumor interfere na sobre- co. Discussão: Melanomas cutâneos são a forma mais
vida livre de doença. Subtipo histológico, alto índice comum da doença, respondendo a mais de 90% dos
mitótico, celularidade, tamanho, localização na cabeça casos. Dos restantes, 5% correspondem a melanomas
e pescoço e lesões recorrentes são fatores associados oculares, 2% para de origem desconhecida e 1% para
com maiores taxas de recidiva. Certamente, o fator de melanomas de mucosa(MM). Dentro deste subgrupo, o
maior importância para o controle local é a obtenção de melanoma anorretal (MMAR)contribui com uma preva-
margens cirúrgicas livres. Quando as ressecções são re- lência de 24%. Atinge indivíduos entre a sexta e oitava
alizadas com margens inadequadas, a taxa de recidiva década de vida.Os sintomas mais comuns são dor local,
local descrita na literatura pode atingir 60%. A ressec- sangramento às evacuações, alterações do hábito in-
testinal ou aparecimento de massa tumoral. O diagnós- e TNM para MV os microestadiamento Clark e Breslow
tico pode ser dificultado devido à sintomatologia simu- são utilizados, além do Chung modidicado. No entado,
lar doenças anorretais. MMAR é um tumor maligno raro verificou-se que a classificação de Clarck é subjetiva e
que parece não ter os fatores de risco associados com arbitrária para MV, uma vez que o tecido subepitelial
doenças malignas cutâneas. O diagnóstico de ARMM do clitóris e lábios diferem no resto morfologia corporal
prenuncia um mau prognóstico, com metástases à dis- da pele. A ressecção cirúrgica completa com margens
tância comumente identificadas ao diagnóstico. Devido negativas é frequentemente difícil por causa do padrão
à sua raridade, o tratamento do ARMM é controverso. de crescimento associado a esse tipo de tumor. Existem
Conclusão: MMAR é um tumor maligno raro de mau controversas nos estudos sobre a cirurgia ampliada ou
prognóstico que muito frequentemente evolui com me- a mais conservadora, já que os procedimentos mais
tástases à distância. Há uma clara vantagem em realizar radicais estão associados a uma morbidade significati-
a cirúrgica nos estágios iniciais, apesar de não haver um va, e a maioria dos pacientes desenvolverá metástase
impacto claro sobre a sobrevida do paciente. A radiote- à distância, independente do sucesso da ressecção ci-
rapia adjuvante parece proporcionar maior controle da rúrgica. Diante disso, a avaliação do LS, a presença de
doença loco-regional. Devido à raridade do MMAR não ulcerações e a ECC foram decisivas para a escolha da
há estudos prospectivos randomizados que definam a complementação cirúrgica. Conclusão: Como é des-
terapia multimodal ideal. crito na literatura, o MV se trata de uma entidade com
baixa incidência, baixo índice de sobrevida e alta taxa
Contato: ANA CAROLINE DA FONSECA SOARES
de recidiva, além de um prognóstico bem reservado. O
PEREIRA – karolinefsoares@gmail.com
microestadiamento tumoral constituiu o principal fator
prognóstico, o que reflete um prognóstico e uma so-
brevida reservada a paciente em questão. Até então a
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA cirurgia constitui a melhor opção terapêutica devendo
CÓDIGO: 60146 ser individualizada com cada paciente.
Contato: CRISLANNY REGINA SANTOS – crismedjolie@
MELANOMA DE VULVA – RELATO DE gmail.com
CASO
Autores: Crislanny Regina Santos da Silva; Isabelle
França Bezerra; Francielly Tertulino Cunha; George
Alexandrelira; Isa Maryanna Araújo Bezerra De Macedo; TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
Vanessa Nobre Veras; Isaac Braullio Maia Delfino de CÓDIGO: 61922
Oliveira; Renan Santos Pessoa
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA NOVA MELANOMA INTRAOCULAR – RELATO
ESPERANÇA DE CASO
Apresentação do caso: J.T.S, 87 anos, encaminhada Autores: Caroline Ramos Barreto; Luís Felipe da Costa
à cirurgia oncológica por lesão em vulva há 04 anos, Figueiredo; Erika de Oliveira Menezes; Roberta de
úlcera-infiltrativa, com eliminação de secreção, dolo- Oliveira Carvalho; Naiana Mota Araujo; Beatriz Rayane
Oliveira Santana; Isabelle Menezes Maciel; Roberto
rosa e pruriginosa. Foi indicada biópsia (BX) incisional
Queiroz Gurgel;
que identificou melanoma vulvar(MV). Ao exame: lesão
de 2,5cm, em pequenos lábios, sem invasão vaginal e Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
com linfonodos inguinais palpáveis bilateralmente. Foi Apresentação do caso: Paciente JPS, 72 anos, sexo
realizada vulvectomia radical e BX de linfonodo senti- masculino, foi diagnosticado em 2009 com melanoma
nela(LS). O anatomopatológico(AP) confirmou MV ex- intraocular (CID C69). Apresentava como queixa na
tensivo superficial com fase de crescimento vertical, época baixa acuidade visual em olho direito, além de
de nível V de CLARK e BRESLOW 16mm, com presença dor há cerca de 1 ano. Como diagnóstico e tratamen-
de metástase em LS esquerdo e extensão extracapsu- to, foi realizada a ressecção do globo ocular direito, o
lar (EEC), além de ulceração. Estadiamento clínico T4b- qual media 2,5cmX2,5cmX1,8cm, com córnea de 11mm
N1aM0. Devido LS vir positivo, realizou linfadenectomia e nervo óptico de 6mm. Havia, na macroscopia, um des-
unilateral. Discussão: O melanoma é o segundo tumor colamento da retina com preenchimento de material
mais frequente em vulva. Apesar de sua baixa incidên- de cor acastanhada, ao lado de tumoração que media
cia (8-10%), ele traz um prognóstico reservado e mostra 1X0,8cm, de cor enegrecida. Em microscopia, consta-
uma alta tendência à metástase. Diferente do melano- tou-se células ovoides, raramente fusiformes, com ati-
ma cutâneo, o MV ocorrem em idades mais avançadas, pias nucleares, nucléolos proeminentes e citoplasmas
como no caso em questão. A sintomatologia do MV são intensamente pigmentados por melanina, sendo que
similares a outros tumores de vulva. Diferentes siste- havia macrófagos fagocitando esse pigmento. Desde
mas são propostos para estadiar o MV, a fim de estabe- outubro de 2011, o paciente encontra-se em bom esta-
lecer a melhor opção terapeutica. Além do sistema FIGO do geral, sendo acompanhado pela equipe oncológica.
No entanto, ao decorrer dos anos, foi necessária a re- nel imuno-histoquímico positivo para Melan A e HMB45
alização de uma cirurgia de catarata em olho esquer- e negativo para Pancitoqueratina AE1/AE3. Discussão:
do e foi diagnosticado litíase renal em 2014, labirintite O melanoma maligno é uma neoplasia cutânea mela-
no mesmo ano e em 2016 foi constatada neoplasia de nocítica de caráter agressivo. Clinicamente caracteriza-
próstata de baixo risco, com Gleason 6 (3 + 3), sendo -se por lesões pigmentadas com variabilidade de cor,
o pico de PSA total alcançado nos exames solicitados assimétricas e de bordas irregulares. Tem caráter inva-
durante esses anos 8, 14 ng/ml em 2017. Discussão: sivo, podendo gerar metástases por via hematogênica
Melanomas oculares correspondem a 5% de todos os ou linfonodal, sendo os sítios mais comuns: linfonodos,
melanomas, sendo 85% deles originados no trato uveal. pele, tecido celular subcutâneo, pulmão, fígado e cére-
São mais comuns em homens, da raça branca, entre 50- bro. Comentários finais: Metástases a distância por
70 anos de idade. A exposição a luz solar é considerada melanoma são frequentes, porém rara para orofaringe.
a principal causa do melanoma e a visão borrada é a No presente artigo, relatamos um caso de melanoma
queixa mais frequente na primeira consulta. 5% desses com metástase para tonsila palatina com intuito de re-
tumores oculares elevam a pressão intraocular (PIO) alizar uma revisão na literatura sobre o tema e alertar
através do bloqueio trabecular ou do ângulo fechado para o exame da orofaringe na triagem de pacientes
secundário. Em relação ao tratamento, a enucleação é acometidos por melanoma.
ainda considerada um método clássico e eficaz para o
Contato: ALESSANDRO AUGUSTO BASTOS RODRIGUES
tratamento desse tipo de tumor. Conclusão: Apesar de
ALVES – alessandro.ufrj@yahoo.com.br
raro, o melanoma intraocular é considerado um tumor
agressivo e com taxas elevadas de metástase e de mor-
talidade. É necessário realizar um acompanhamento
periódico e um exame oftalmológico minucioso para TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
ser possível detectar precocemente alterações clínicas CÓDIGO: 60137
que sugerem transformação maligna. A cirurgia através
da excisão é imprescindível ao evitar a doença residual MELANOMA METASTÁTICO APÓS
e reduzir recidiva e metástase.
TRATAMENTO AMBULATORIAL POR
Contato: LUÍS FELIPE DA COSTA FIGUEIREDO – CONGELAMENTO INDICADO POR
luisfelipe750@hotmail.com PROFISSIONAL NÃO MÉDICO
Autores: Sanir Almeida Gisbert; Matheus Castelo
Prudente; Gabriel Victor Dornelas; Thiago Abizaid
Kleinsorge; Saniele Almeida Gisbert; Barbara Bizzo
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA Castelo; Zarif Humze Hamid; Gabriel Lunardi Aranha;
CÓDIGO: 61758
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA
SAÚDE DE JUIZ DE FORA
MELANOMA MALIGNO E METÁSTASE
PARA TONSILA PALATINA – RELATO DE Apresentação do caso: Paciente masculino, 48 anos,
branco, queixa principal de mancha no antebraço di-
CASO E REVISÃO DA LITERATURA
reito relata ter sido prescrito em consulta farmacêuti-
Autores: Alessandro Augusto Bastos Rodrigues ca POINTTs. Houve ressurgimento de lesão 4 semanas
Alves; Eduardo Rodrigues Zarco da Câmara; Antônio
após tratamento proposto. Procurou serviço de der-
Carlos Eckhardt; Marcelo Sá de Araújo; Jadivan Leite
matologia após 12 semanas do reaparecimento da le-
de Oliveira; Roberto André Torres Vasconcelos; José
Francisco Rezende Neto; Luíz Fernando Nunes; são. Ao exame mácula não ulcerada em MMS direito,
4 meses de evolução com aumento no último mês, de
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER - INCA
0.8x0.9 cm, coloração policromática predominância
Apresentação do caso: Sexo feminino, 43 anos, par- marrom-acastanhada, Bordos de aspecto cicatricial cla-
da, portadora de vitiligo, relata há seis meses apareci- ro, pruriginosa e indolor. Presença de 2 linfonodos pal-
mento de mácula hipercrômica irregular sobre a lesão páveis de características neoplásicas em cavidade axilar
hipocrômica do vitiligo em região anterior de tórax. esquerda, o maior medindo cerca de 4 cm de diâmetro
Evoluindo no último mês, com dor em orofaringe as- e o menor com 3.5 cm de diâmetro. Ausência de outras
sociado a lesão vegetante violácea em topografia de lesões suspeitas a dermatoscopia. Suspeitou-se diag-
tonsila palatina. Ao exame físico: lesão hipercrômica de nóstico de melanoma, tendo sido realizado estadiamen-
bordos irregulares em tórax anterior, ausência de lin- to do paciente onde houve diagnóstico de metástases
fonodomegalia cervical, supraclavicular ou axilar, oro- pulmonar de 1.5 cm em LIE com LDH normal. Paciente
faringe com lesão vegetante pardo-escuro em tonsila encaminhado a cirurgia geral, onde foi realizada exére-
palatina esquerda. Realizado biópsia incisional de lesão se de lesão, com 3 cm de margem e linfonodo sentinela
tonsilar com laudo histopatológico de melanoma e pai- com exerese de 4 linfonodos comprometidos. A biop-
sia foi diagnosticado Melanoma melanocitico extensivo 40%, S-100 +, HMB+, Melna-A+. Diagnóstico: melano-
superficial 1.1x1 cm com metástase linfonodal. Paciente ma. Follow-up: RT pulmonar evolui com esofagite, dor
estadiado após a biópsia emestágio IV. Paciente enca- em mão operada, mas sem recidiva, e edema cíclico no
minhado para serviço de cirurgia oncológica onde foi local. Último follow-up Jan de 2016: Aumento da lesões
realizado lobectomia. Evolui com metástases cerebrais pulmonares e mão D. Dor em joelho E, solicitado RNM
irresecáveis e óbito 7 meses após cirurgia; Discussão: e CTG. Discussão: Em lesões melanocíticas há altera-
do caso Paciente apresentou melanoma avançado, ten- ções de cor, tamanho, forma, velocidade de crescimen-
do tido intervalo entre início de sintomatologia e pro- to, descamação, ulceração, sangramento, prurido, dor.
cura de serviço médico aumentado devido a consulta Melanoma representa apenas 3% das neoplasias malig-
com farmacêutico onde houve orientação errada, com nas do órgão, sendo o mais grave pela alta possibilida-
diagnóstico errôneo, introduzindo um tratamento em de de metástase. São fatores de risco a susceptibilida-
discordância com terapêutica atual. O estadiamento de genética e exposição à radiação UV. Raras vezes se
deve ser realizado em todos os pacientes, procurando dissemina para linfonodos, pulmões, cérebro ou outros
metástases realizando exame físico minuncioso, TC de órgãos, enquanto lesão ainda pequena. Características
tórax, Tc de abdomem, RNM cérebro e caso suspeita de histológicas são principais preditores da evolução do
metástases, cintilografia e PET-SCAN. O diagnóstico é melanoma cutâneo 1º: espessura máxima do tumor(i-
confirmado a exérese cirúrgica da lesão, onde deve-se soladamente a mais importante para o prognóstico);
realizar margem de 3 cm e pesquisa de linfonodo senti- presença de ulcerações microscópicas; e taxa mitótica.
nal, que embora não altere sobrevida, tem qualidade de Diagnóstico é feito pela biópsia excisional, para remo-
melhora prognóstica. Conclusão: É importante o diag- ver toda a lesão em profundidade, em todas as lesões
nóstico inicial e precoce do melanoma, evitando assim em que haja suspeita clínica de melanoma. As amostras
a demora terapêutica, propiciando metástases. Tal caso de biópsia podem ser usadas para pesquisa do BRAF
evidência a importância da consulta médica e os perigos e 50% dos melanomas têm mutações nesses genes. A
de atuação de farmacêuticos clínicos em farmácias. Tal exérese da lesão deve estabelecer o diagnóstico, micro-
diagnóstico e condução deve ser realizado por médico. estadiamento e permitir retirada de possível tumor re-
sidual. Comentários finais: Melanoma palmar é mais
Contato: MATHEUS CASTELO PRUDENTE – mcastelo_@
diagnosticado em fases mais invasivas que os demais
hotmail.com
melanomas e com pior prognóstico. Deve-se acompa-
nhar não só pela possível recorrência, mas devido à
possibilidade entre 3 a 6% de desenvolvimento de um
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA segundo melanoma primário pois os fatores de risco
CÓDIGO: 60279 continuam. É necessária atenção para boa abordagem
terapêutica e evolução favorável dos pacientes.
MELANOMA PALMAR EC IV – RELATO DE Contato: MARIA ONDINA MACHADO DINIZ – maria_
CASO ondina_diniz@hotmail.com
Autores: Maria Ondina Machado Diniz; Débora
Fernandes Barbalho; Jéssica Jeanne Dias; Diego
Machado Mendanha; Vinícius Oliveira Gléria; Patrícia de
Pádua Gomes; Mário Henrique Leite de Alencar; TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CÓDIGO: 61331
GOIÁS
MELANOMA PRIMÁRIO DO COLO
Apresentação do caso: V.L, 51 anos, feminino en-
caminhada à oncologia por nódulo sólido SC na face
UTERINO
palmar da MCFP do 5º dedo à RNM em 2012 e AP de Autores: Arthur Costa Morais Tavares; Cleuber Barbosa
neoplasia maligna de células fusiformes e epitelióides de Oliveira; Luiz Gustavo Hermógenes Pereira; Lucas
Costa Silveira; Bárbara Mendes Haddad; Tiago de
2,0x1,5x0,5cm com margem comprometida. IHQ: mela-
Oliveira Cunha;
noma maligno. Mutação BRAF negativa. Negou DPOC,
ICO, tabagismo e outras queixas. Solicitada rotina pré- Instituição: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PASSOS
-operatória. TC tórax: granuloma de caráter residual de Apresentação do caso: O melanoma primário de colo
0,5cm em lobo inferior E. USG abdome sem alterações. uterino é uma neoplasia rara e de prognóstico ruim,
CTG: sem alterações ósseas. Proposta cirurgia de exci- com maior freqüência em idades avançadas e após a
são de melanoma em região palmar EC IV em Jan 2013 e menopausa. Apenas 81 casos foram relatados desde o
pesquisa de linfonodo sentinela. PO: dor em fisgada em ano de 1889. Relatar-se-á o caso de sangramento vagi-
território do n. intercostobraquial e FO de bom aspec- nal em uma paciente de 79 anos em acompanhamento
to. AP: células com pleomorfismo nuclear moderado, hospitalar devido lesão neoplásica em pele, a qual foi
arredondados com macronucléolos. Nova IHQ: Ki-67 encaminhada ao serviço de ginecologia e obstetrícia e
submetida à colposcopia com biópsia. Os resultados a metastase pode ser tardia. Nenhum tratamento adju-
revelaram melanoma primário de mucosa endocervical vante foi capaz de prevenir metastases após o controle
após excluir outros sítios de lesão. Após diagnóstico, do tumor primário. A doença metastática tem um prog-
conduziu-se o caso com procedimento cirúrgico. O ana- nóstico sombrio com sobrevida média de 2-12 meses.
tomopatológico e a imunohistoquímica confirmaram o Apenas 2-7% dos pacientes são candidatos a ressecção
melanoma do colo uterino, e em seguimento ao trata- hepática. Em pacientes selecionados, a ressecção cirur-
mento, realizou-se radioterapia, braquiterapia e imu- gica de metastase hepática parece aumentar a sobrevi-
noterapia. Após 2 anos de pós operatório (2015-2017), da. Não há estudos randomizados comparando metas-
não houve evidência de recidiva em exame clínico e de tasectomia hepática com terapias sistêmicas. porém,
imagem. Assim, o objetivo desse relato é alcançar uma uma revisão abrangente do papel da cirurgia sugere
maior compreensão sobre o assunto adotando medi- que pacientes que tenham lesões hepáticas completa-
das de prevenção primária, diagnóstico e tratamento. mente ressecadas evoluem melhor comparado àqueles
que a metastase não é passivel de ressecção. A carcino-
Contato: ARTHUR COSTA MORAIS TAVARES – arthur-
matose peritoneal secundária a melanoma de coróide
div@hotmail.com
é uma apresentação rara e pouco descrita de evolução
desta doença. Geralmente está associada com metasta-
ses hepáticas e diminui bastante a expectativa de vida
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS do paciente.
CÓDIGO: 61969 Contato: MARIA LUIZA LEITE DE MEDEIROS –
lumedeiros88@yahoo.com.br
METASTASE PERITONEAL DE
MELANOMA DE COROIDE: RELATO E
REVISÃO DE LITERATURA
TEMÁRIO:
Autores: Felipe José Fernandez Coimbra; Maria Luiza
CÓDIGO: 65417
Leite de Medeiros; Carolina Parucce Franco; Wilson Luiz
da Costa Junior; Alessandro Landskron Diniz; Heber
Salvador de Castro Ribeiro; Andre Luis de Godoy; Igor Metástase de colangiocarcinoma
Correia de Farias; para subcutâneo como primeira
Instituição: A.C. CAMARGO CÂNCER CENTER manifestação clínica: relato de caso
Introdução: O melanoma de coróide é a principal ne- Autores: Fernanda Beatriz Maia Carlos; Crislanny Regina
oplasia ocular primária. é uma neoplasia estromal. o Santos da Silva; José Mateus Fernandes De Oliveira
Silveira; Ivson José Almeida Medeiros Júnior; Noberto
principal sítio de metastase é o figado. isso acontece
Bessa Cavalcante Neto; George Alexandre Lira; Isaac
porque a principal via de disseminação é hematogêni-
Braullio Maia Delfino de oliveira;
ca. Após o tratamento primário, aproximadamente 50%
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA NOVA
dos pacientes irão desenvolver metastases em até 15
ESPERANÇA
anos e o figado será acometido em aproximadamente
90% desses casos Apresentação do caso: I.A.B., fem, Apresentação do caso: MOO, 75 anos, feminino, en-
69 anos, portadora de melanoma de coroide de olho caminhada à cirurgia oncológica devido a nódulo axilar
esquerdo, realizou braquiterapia em janeiro de 2006. esquerdo doloroso medindo cerca de 3cm, e nódulos
Apresentou recidiva local em fevereiro de 2012, sendo subcutâneos surgidos há três meses, associado à perda
submetida a enucleação. Em abril de 2016 foi submetida ponderal. Posteriormente, surgiu quadro de icterícia e
a ressonância de abdome com achado de duas lesões prurido. A radiografia de tórax apresentava formação
hepáticas focais de até 4,3 cm, captantes ao PET-CT com nodular em partes mole do hemitórax esquerdo confir-
SUV de 12,8. Programação cirurgica de ressecção hepá- mado através de tomografia computadorizada (TC). Na
tica videolaparoscópica com achado de lesão exofítica TC de tórax, foi evidenciada formação nodular vegetan-
em segmento IV/V e multiplos implantes em peritoneo te comprometendo a pele e o tecido celular subcutâ-
diafragmatico a direita e epiplon. Anatomo patológico neo da região axilar/hemitórax esquerdo a esclarecer
da biopsia peritoneal: infiltração por melanoma. Foi e presença de linfonodomegalias mediastinais. Além
optado por abortar o procedimento cirurgico e iniciar disso, a TC do abdome superior apresentou dilatação
tratamento sistêmico com nivolumab. Apesar do mela- de vias biliares (VB) intra hepáticas, espessamento das
noma de coróide ser a principal neoplasia maligna ocu- paredes das VB extra hepáticas, sugestivas de processo
lar, sua incidência é de 1/100.000 pacientes. Instalada a neoplásico, associado a linfonodomegalias satélites. Foi
neoplasia primária, existem alguns fatores associados realizada exérese da modulação cuja biopsia cirúrgica
ao risco aumentado de metastase: subtipo epitelioide, evidenciou adenocarcinoma moderadamente diferen-
tamanho do tumor, atividade mitótica, infiltração linfo- ciado infiltrando pele e tecido adiposo. Aguardando
citica, grau de pigmentação, extensão extra-esclera e imunohistoquímica. Discussão: O colangiocarcinoma
idade ao diagnóstico. O melanoma de coróide tem uma é considerado uma neoplasia rara correspondente a
sobrevida melhor do que outros tipos de melanoma e menos de 2% dos cânceres, apresentando como prin-
cipais sítios de metástases pulmões, ossos, glândulas Tumor de Frantz. Após a cirurgia, a paciente teve uma
adrenais e cérebro. A disseminação para a pele é bas- boa evolução clínica, tolerando dieta via oral, sem ou-
tante rara, com cerca de 30 casos relatados na litera- tros sintomas durante a internação. Permanece ainda
tura, dentre os quais, apenas 2 foram relatados com sobre os cuidados clínicos e cirúrgicos da equipe de ci-
metástases subcutâneas como sendo a primeira mani- rurgia geral do Hospital Barros Barreto. Discussão: do
festação clinica, como no referido paciente. Geralmen- caso O tumor de Frantz é um câncer raro de etiologia
te, apresentam-se como nódulo indolor de crescimento desconhecida, mas que parece se originar das células
rápido e inesperado, podendo se apresentar como abs- pluripotentes do pâncreas. Cerca de 90% dos casos são
cesso, infecção, paniculite, infecção e tecido cicatricial. de mulheres jovens entre 20-30 ano. A preferencia por
Apesar de o tumor em sítio cutâneo ser indicativo de mulheres sugere que fatores hormonais estejam envol-
doença avançada, com 6 a 18 meses de sobrevivência, vidos na patogênese do tumor. Clinicamente, o tumor
seu diagnóstico precoce é capaz de aumentar a sobrevi- é assintomático e/ou possui sintomas inespecíficos.Nos
da do paciente e diminuir a mortalidade por ressecção exames de RNM e TC são encontrados tumores císticos
imediata da massa associada a quimioterapia. Conclu- e sólidos. A evolução do tumor geralmente é benigna.
são: É importante considerar os tumores de vias bilia- Quando há metástase, é mais frequente no fígado. Con-
res como diagnóstico diferencial nos casos de nódulos clusão: O tumor de Frantz possui características benig-
subcutâneos, especialmente quando posteriormente nas e crescimento indolente. Apesar de sua raridade,
apresentam um quadro de patologias da VB, uma vez ele não pode deixar de ser um diagnóstico diferencial
que, embora raros, podem estar associados a tumores quando se descobre massa abdominal assintomática.
de vias biliares avançados. A correlação clínica é a chave
Contato: THALITA VIANA MONTEIRO –
para o diagnóstico.
thalitavianamonteiro@hotmail.com
Contato: CRISLANNY REGINA SANTOS – crismedjolie@
gmail.com
e imunopositividade para PSA, PSAP, AE1/AE3, confir- lografia óssea e tomagrafias sem doença metastática.
mando metástase de carcinoma de sítio primário em Indicado orquiectomia bilateral. Anatomopatológico do
próstata. Após 20 dias do procedimento, o paciente testículo direito com proliferação celular atípica. Imu-
referiu melhora dos sintomas. Discussão: O primeiro nohistoquimica compatível com adenocarcinoma pou-
caso de carcinoma prostático metastático para o testí- co diferenciado de origem prostática. Três meses após
culo foi relatado em 1938, e aproximadamente 70 ca- a orquiectomia apresentou PSA total de 0,76 ng/ml.
sos foram descritos desde então. Tumores secundários Atualmente após 6 meses da orquiectomia, paciente
de testículo, com exceção de infiltrações por leucemia segue em acompanhamento ambulatorial. Discussão:
e linfoma, são raros (cerca de 0,02–2,5%). Geralmente Tumores metastáticos em testículos são raros. A maio-
são associados à doença metastática difusa e apenas ria dos casos são descobertos acidentalmente em uma
15% dos casos têm acometimento bilateral. Ao con- autópsia (0,02-2,5%) ou após uma orquiectomia (cerca
trário de tumores primários, os secundários ocorrem de 4%). O carcinoma de próstata é o mais frequente
geralmente em idades mais avançadas, entre 50 e 60 que metastatiza para o testículo, além do carcinoma
anos. Devido à temperatura relativamente baixa do pulmonar, carcinoma do trato gastrointestinal, melano-
escroto, os testículos não são um ambiente adequado ma e carcinoma renal. Metástases em testículos foram
para o desenvolvimento de tumores. As lesões primá- encontradas em apenas 0,5% dos casos de metástases
rias mais associadas à metástase testicular são o carci- de CA de próstata. Os mais comuns são unilaterais e
noma de próstata, de pulmão, do trato gastrointestinal ao contrario dos tumores de testículos primários, os se-
e renal. O carcinoma de próstata pode disseminar da cundários aparecem em idades mais avançadas (entre
uretra prostática por extensão venosa retrógrada, em- 50 e 60 anos de idade). Comentários finais: O prog-
bolia arterial ou invasão direta nos vasos linfáticos e lú- nóstico de metástase de carcinoma de próstata em
men dos ductos deferentes. Essa metástase, na maioria testículo ainda não é conhecido, embora seja certo um
dos casos, é um fenômeno silencioso e assintomático, sinal de doença avançada. Após a orquiectomia nosso
explicando a maioria ser descoberta acidentalmente paciente permanece em acompanhamento com bom
após orquiectomia terapêutica ou autópsia. Há relatos controle laboratorial e assintomático.
na literatura de que a doença metastática testicular é
Contato: GABRIEL VOLPATO – drgabrielvolpato@
vista aproximadamente seis anos após o diagnóstico do
hotmail.com
tumor primário. O prognóstico ainda é desconhecido,
mas admite-se ser um sinal de doença avançada. Co-
mentários finais: Os tumores testiculares secundários
são extremamente raros, e muitas vezes um achado TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
incidental pós-orquiectomia em neoplasias maligna de CÓDIGO: 62017
próstata avançada.
Contato: RONALDO MURAI MINHOLI – ronaldo_ MIXOFIBROSARCOMA DE ALTO GRAU
minholi@yahoo.com.br (G3) EM MMIIE – RELATO DE CASO
Autores: Ana Júlia Silva Teixeira; Isabelle França Bezerra;
Isa Maryana Araujo Bezerra de Macedo; Crislanny
Regina Santos da Silva; Renan Santos Pessoa; George
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA Alexandre Lira; Thais Cavalcante Chaves Santos; Beatriz
CÓDIGO: 59858 de Ribeiro Lucena e Silva;
Instituição: UNIVERSIDADE POTIGUAR
METÁSTASE TESTICULAR DE
Apresentação do caso: EFS, 38 anos, mulher, hígida,
ADENOCARCINOMA DE PRÓSTATA: relata dor esporádica em membro inferior esquerdo(-
APRESENTAÇÃO DE UM CASO E MIE) pior ao esforço, e massa na região lateral do joe-
REVISÃO DA LITERATURA lho esquerdo, de aproximadamente 5 cm, delimitada.
Autores: Gabriel Volpato; Luciano do Valle Saboia; Tomografia Computadorizada(TC) de joelho esquerdo
Nayara Rosina Chaves; Henrique Saboia; Yorgos Luiz mostrou lesão expansiva sólida com componente císti-
Santos de Salles Graça; Ayaka Yamane; Rachel Biondo co, medindo cerca de 3,5 x 2,8 cm, sem plano de cliva-
Simões; Jorge Itsuo Fukushima; gem com o trato tibial. Biópsia insicional sugeriu sarco-
Instituição: HOSPITAL ANGELINA CARON ma de células fusiformes e pleomórficas com estroma
Apresentação do caso: Paciente do sexo masculino, 61 mixoide, confirmado pela imuno-histoquímica mixofi-
anos, assintomático, com PSA total inicial de 7, 48 ng/ brossarcoma de alto grau, Ki-67 positivo 90%. Estadia-
ml. Biopsia: adenocarcinoma Gleason 4+4=8. Exames mento T2N0M0, EcIII (G3). Foi submetida à ressecção ci-
de estadiamento sem metástases. Indicado tratamen- rúrgica em bloco e linfadenectomia poplítea esquerda.
to com radioterapia exclusiva. PSA após tratamento Seguiu com quimioterapia (QT), 4 ciclos de doxorrubi-
de 0,19 ng/ml. Após acompanhamento ambulatorial cina + ifosfamida, e radioterapia(RT)(60gy) adjuvantes.
de 5 anos, apresentou aumento progressivo dos mar- Segmento com ressonância nuclear magnética (RNM)
cadores, atingindo um PSA total de 75, 6 ng/ml. Cinti- de joelho esquerdo evidenciou 3 formações nodulares
em lateral da fossa poplítea com realce pelo contraste, clínica, iniciado uso de Glivec. Em exames de reestadia-
medindo 2,5 x 1,7 cm; 1,0 x 0,7 cm; 0,5 x 0,4 cm, não ob- mento em Fevereiro/2017, foram evidenciadas lesões
servados anteriormente, sugerindo recidiva. Feita nova hepáticas e linfonodos mediastinais, suspeitando-se de
ressecção de massa poplítea E com margens amplas. acometimento secundário. Três meses depois, optado
Em retorno pós operatório, refere lesão nodular em por abordagem cirúrgica torácica: ressecção de lesão
panturrilha E, indolor. Realizada nova RNM com forma- mediastinal, segmento de lobo direito, pericardiecto-
ção nodular no subcutâneo da face posterior do terço mia e linfadenectomia mediastinal; anatomopatológico
médio da perna, com realce homogêneo pós-contraste, e imunohistoquimica mostraram tratar-se de Timoma
suspeita. Realizou nova ressecção cirúrgica em pantur- tipo A estadio III. Após nova tomografia de tórax para
rilha esquerda e reconstrução com retalho miocutâneo. investigar presença de lesão residual macroscópica,
Discussão: O mixofibrossarcoma é um dos subtipos será avaliado tratamento com radio e quimioterapia.
mais comuns de sarcoma em idosos, principalmente do Discussão: Sabe-se que a neurofibromatose tipo 1
sexo masculino, diferindo do caso. Apresenta-se como está associada a maior risco de desenvolvimento de
tumorações indolores, de crescimento lento, da cor da neoplasias malignas em geral. Estudos apontam que
pele ou eritematosos, podendo se estender à derme e portadores da síndrome têm risco 45 vezes maior de
ao músculo esquelético. Embora de maior taxa de so- desenvolvimento de GISTs, os quais apresentam, nesta
brevida, tem mais recidivas e de metástases frente à população, algumas peculiaridades: maior incidência
outros subtipos, como no caso, o qual se destaca ainda no jejuno e íleo, maior incidência de lesões múltiplas
pela importância da terapêutica em preservar a funcio- e multicêntricas, comportamento mais indolente, ten-
nalidade do membro, com menor impacto na qualida- do portanto melhor prognóstico. O timoma é classica-
de de vida comparado aos pacientes amputados. O tra- mente relacionado a doenças autoimunes ou endócri-
tamento é cirúrgico e as ressecções com preservação nas, não havendo associação bem estabelecida entre a
de membro são cerca de 80% dos procedimentos, ga- neurofibromatose tipo I e este tipo de tumor. De forma
rantindo maior sobrevida. Tratamento com QT e/ou RT semelhante, não há associação bem estabelecida entre
neo ou adjuvantes permanece controverso na literatu- a síndrome e o carcinoma de bexiga. A ocorrência de ti-
ra. Conclusão: A ressecção cirúrgica com preservação moma, GIST e carcinoma de bexiga no mesmo paciente
do membro e RT constitui o tratamento básico dos sar- é rara. É provável que a presença da desordem genética
comas de tecidos moles, conduta proposta no caso e tenha contribuído para a ocorrência dos três tumores
espera-se que promovam melhores resultados funcio- primários apresentados. COMENTARIOS FINAIS Tanto
nais e menor impacto à funcionalidade dos pacientes. os portadores de neurofibromatose tipo I quanto os
profissionais da saúde que os assistem deve estar aten-
Contato: ANA JÚLIA SILVA TEIXEIRA – Teixeiraanajs@
tos ao risco aumentado de neoplasias malignas nesta
gmail.com
população. Estudos com grupos maiores de pacientes
são necessários para esclarecer a incidência de tumo-
res malignos em portadores desta doença genética, in-
TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE clusive investigando a ocorrência de lesões sincrônicas.
CÓDIGO: 61854 Contato: PEDRO HANSEN MONTEIRO DE PAULA –
Pedrohansendepaula@hotmail.com
MÚLTIPLOS TUMORES PRIMÁRIOS EM
PORTADOR DE NEUROFIBROMATOSE
TIPO 1
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
Autores: Pedro Hansen Monteiro de Paula; Julia Duarte
CÓDIGO: 61733
de Souza; Helena Botelho Marques; Mariana de Almeida
Belo; Leonardo Martins Caldeira de Deus; Izis Ferreira
Valadao; Fernando Romeu Silva do Prado; Bruno Righi NEOADJUVÂNCIA EM TUMOR
Rodrigues de Oliveira; ESTROMAL EXTRA-GÁSTRICO – RELATO
Instituição: INSTITUTO MÁRIO PENNA HOSPITAL DE CASO
LUXEMBURGO Autores: Manoel Rodrigues de Andrade Neto; Vandre
Apresentação do caso: JEP, 68 anos, portador de Neu- Cabral Gomes Carneiro; Vannessa Matias Ferreira;
rofibromatose tipo 1, em acompanhamento urológi- Eduarda Cavalcanti Teixeira; Juno Damaceno Barbosa;
co desde Janeiro/2015 devido a carcinoma superficial Instituição: INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
de bexiga. Em Janeiro/2016 internado em contexto de PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA
abdome agudo perfurativo; submetido a laparotomia Apresentação do caso: Mulher, 43 anos, com queixa
exploradora, em que foram identificadas lesões em sig- de abaulamento no canal vaginal. Realizou biópsia de
moide e íleo, realizada enterectomia e retossigmoidec- lesão em septo retovaginal com achado de neoplasia
tomia com confecção de colostomia à Hartmann. Ana- fusocelular atípica, seguido de imunohistoquímica con-
tomopatológico e imunohistoquimica da peça cirúrgica firmando GIST (Vimentina C + e Ki-67 3%). Imagem de
identificaram GIST T3N0Mx. Encaminhado à oncologia ressonância magnética evidenciou tumoração de 4,3
x 3,1cm em septo retovaginal sem plano de clivagem evoluindo com perda de força nos quatro membros e
com reto e vagina; associado a linfonodomegalia de dor cervical irradiada para membros superiores, sem
1,1 cm em cadeia ilíaca interna esquerda. Realizou tra- dermátomo específico. Ao exame físico, tetraparesia
tamento neoadjuvante com 24 sessões de IMATINIB, proximal grau 2, hiperrflexia nos quatro membros,
com ressecção cirúrgica posteriormente e tratamento Hoffman positivo bilateral, Babinski positivo bilateral
adjuvante com IMATINIB até outubro de 2016. No mo- e clônus positivo bilateral. Realizou-se uma ressonân-
mento, sem sinais de recidiva tumoral. AP PRÉ-IMATI- cia magnética em coluna lombo-sacra, que evidenciou
NIB – neoplasia fusocelular atípica, IMQ: tumor estro- estenose do canal medular lombar e tumor cervical
mal gastrointestinal. AP PÓS – ressecção – Fibroma com C3-C4-C5. Realizou-se laminectomia e biopsia da lesão.
setores condroides. Discussão: GISTs compreendem Na macroscopia, foram encontrados vários fragmentos
menos 1% de todos os tumores gastrointestinais (GI), irregulares de tecido acastanhado, medindo em con-
sendo os tumores mesenquimais mais comuns do TGI. junto 5, 0 x 4,0 x 1,5 cm e, na microscopia, neoplasia
Geralmente são positivos para CD117 (c-kit). Raramen- de células claras infiltrando tecido fibroadiposo e mus-
te podem acometer locais extra-visceral, como omento, cular esquelético. Fez-se um estudo imuno-histoquími-
mesentério, pelve e retroperitônio. Demontra incidên- co que trouxe como Conclusão: carcinoma renal de
cia similar entre os sexos acometendo pacientes entre células claras metastático. Realizou-se procedimento
40-80 anos, numa mediana de 60-65anos. Encontrados neurocirúrgico e não houve intercorrências em sua exe-
principalmente no estômago (60%), intestino delgado, cução. Paciente evoluiu com melhora dos déficits neu-
jejuno e íleo (30%), duodeno (5%), reto (2-3%), cólon rológicos. Recebeu alta, com suspensão das atividades
(1-2%) e, menos frequentes, no esôfago (<1%). O tra- laborais por tempo indeterminado, prescrição de Ciclo-
tamento de GIST irressecáveis ou metastáticos com benzaprina 10mg e Profenid 100mg, encaminhamento
IMATINIB, tem um papel fundamental na terapia de para fisioterapia motora e acompanhamento ambula-
indução para cirurgia de ressecção da doença residual torial com equipe de neurocirurgia. Discussão: O carci-
e redução de mortalidade. O tempo médio de indução noma renal (CCR) é um tumor relativamente raro, com
gira em torno de 15meses e a cirurgia realizada em até uma incidência de 9, 6 por 100.000 (aproximadamente
35 meses. A avaliação da resposta terapêutica é melhor 3% dos tumores malignos). Seu principal tipo histológi-
observada com tomografia com emissão de pósitrons co é o carcinoma de células claras (70-80% dos casos),
(PET-CT) e na tomografia computadorizada através dos outros tipos incluem: carcinoma papilar, cromófobo,
critérios de Choi com o já consagrado RECIST. A terapia originários dos ductos coletores e variantes sarcoma-
neoadjuvante com IMATINIB para o GIST extra-gástri- tóides. A metástase do CCR para a coluna vertebral é
co continua em fase de investigação, tendo observado rara, e, quando ocorre, sua principal manifestação é a
resposta patológica completa em alguns casos com dor. As metástases na coluna vertebral ocorrem usu-
relevante avaliação quanto a preservação de órgãos e almente por meio da disseminação hematogênica, lin-
qualidade de vida dos pacientes. Comentários finais: fática, liquórica ou invasão direta por contiguidade. As
A terapia neoadjuvante com IMATINIB para o GIST ex- lesões sintomáticas são localizadas em 70% dos casos
tra-gástrico deve fazer parte do arsenal terapêutico na coluna torácica, 20% na região lombossacra, 10% na
desta doença principalmente quando o intuito é preser- região cervical e são múltiplas em 17-30% dos pacien-
vação de órgão, pois existe relatos de resposta patoló- tes. Conclusão: O tratamento da metástase na coluna
gica completa. Entretanto esta avaliação, assim como a vertebral deve ser individualizado e multidisciplinar en-
qualidade de vida, deve ser fundamentada em estudos volvendo neurocirurgião, oncologista, cirurgião onco-
sistemáticos futuros. lógico, especialista em dor, entre outros. A escolha da
modalidade terapêutica deve basear-se: na condição
Contato: MANOEL RODRIGUES DE ANDRADE NETO –
clínica e neurológica do paciente, expectativa de vida,
manoel_med@yahoo.com.br
grau de comprometimento da coluna e tipo histológico
da neoplasia.
Contato: LUÍS FELIPE DA COSTA FIGUEIREDO –
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS luisfelipe750@hotmail.com
CÓDIGO: 61914
Instituição: HOSPITAL DO CÂNCER DE LONDRINA des: Bem perfundidas, sem sinais de trombose venosa
Tomografias(imagem no poster) – Lesões expansivas
Apresentação do caso: A neoplasia sólida pseudopa-
retroperitoneais com componente de gordura e calci-
pilar pancreática (Tumor de Frantz) é uma doença rara
ficações grosseiras, além de áreas sólidas com conflu-
encontrada principalmente em mulheres da segunda e
ência para pelve. A maior lesão envolve circunferencial-
terceira décadas de vida. Possui bom prognóstico de-
mente os vasos ilíacos esquerdos. Entre os diferenciais,
vido ao baixo potencial de malignidade quando insti-
possibilidades de lesões mesenquimais, considerando
tuído o tratamento cirúrgico curativo, o que é possível
lipossarcoma de retroperitônio Realizadas duas biopsia
na maioria dos casos. Em geral, apresenta sintomas
guiadas – USG e TC (com intuito de planejamento neo-
inespecíficos, sendo diagnosticado por exame de ima-
adjuvante) Laudo descritivo: – PROLIFERAÇÃO FIBRO-
gem de forma incidental. A localização mais comum
BLÁSTICA DE PADRÃO MIXOIDE. – BAIXO GRAU HISTO-
desse tumores são no corpo e na cauda do pâncreas.
LÓGICO NESTA AMOSTRA. – AUSÊNCIA DE NECROSE.
No período de Setembro de 2010 a Março de 2017 fo-
– PRESENÇA DE INFILTRADO LINFO-PLASMOCITÁRIO
ram diagnosticados e tratados 5 casos de Tumor de
POLICLONAL Imuno-histoquímica: DESMINA NEGATI-
Frantz nesta instituição, sendo todos do sexo feminino
VO CD 68 POSITIVO EM HISTIÓCITOS PROTEINA S-100
com idades entre 15 e 40 anos e apresentando a forma
POSITIVO RARAS CÉLULAS CITOQUERATINA AE-1/AE-3
mais rara de localização da doença, a cabeça do pân-
NEGATIVO CD 138 POSITIVO EM PLASMÓCITOS KAPPA
creas. A sintomatologia foi variada como dor abdominal
POSITIVO LAMBDA POSITIVO CD 34 POSITIVO Conclu-
inespecífica e massa palpável. O principal exame para
são: O PERFIL IMUNO-HISTOQUÍMICO É COMPATÍVEL
estadiamento e programação cirúrgica foi a tomografia
COM PROLIFERAÇÃO FIBROBLÁSTICA MIXOIDE COM IN-
de abdome. Em todos os casos, o tratamento cirúrgico
FILTRADO INFLAMATÓRIO ASSOCIADO. POSSIBILIDADE
foi passível de ser realizado com posterior confirmação
DIAGNÓSTICA: PSEUDOTUMOR INFLAMATÓRIO Solici-
anatomopatológica e imunohistoquímica.
tado IGG4 sérico e na peça da biopsia com resultado
Contato: STEPHANIE PEDRAZZA – stephaniepedrazza@ positivo, fechando diagnóstico para Pseudotumor In-
gmail.com flamatório Encaminhado para reumatologia para defi-
nição do tratamento – corticoterapia sistêmica Desafio
do manejo de neoplasias retroperitonias nos últimos
anos vem mudando, principalmente devido ao maior
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS entendimento dos subtipos histológicos, com possibi-
CÓDIGO: 60052 lidade de neoadjuvância. Objetivo: de Apresentação
do caso:, é demonstrar diagnósticos raros de doenças
NEOPLASIAS RARAS RETROPERITONIAS retroperitoniais, bem como a biopsia, pode mudar o
Autores: Lucas Afonso Daia; Edivaldo Massazo Utiyama; curso da conduta
Eduardo Hiroshi Akaishi; Fabio de Oliveira Ferreira;
Contato: LUCAS DAIA – ldaiapaul@gmail.com
Frederico Ribeiro Teixeira; Tibeiro Moura de Andrade
Lima; Sergio Dias do Couto Netto; Lenira Chierentin
Rengel; Andre Luis de Freitas Perina; Helber Vidal
Gadelha Lima; Gabriella de Oliveira Mendes; Margareth
Pauli Lallee; TEMÁRIO: NUMACO / ENFERMAGEM
Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE CÓDIGO: 59689
MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
NOTA DE ACOMPANHAMENTO
Apresentação do caso: V.F.A., masculino, 54 anos, lo-
COMPARTILHADO: UMA FERRAMENTA
jista, casado, católico, tem 2 filhas, natural e procedente
de Tocantins Paciente refere massa em FIE notada ha-
PARA O CUIDADO EM ONCOLOGIA
via 2 meses, associado a discreta dor intermitente em Autores: Kelly Mara Black; Janaína Chiogna Padilha;
região, de caráter não incapacitante e discreta hemipa- Andréia Ivete Feil; Marina Manfroi; Laís Regina de
Carvalho Schwarz; Cassiana Chemin; Gisele Dhein;
resia superficial em terço proximal de coxa E. Negava
perda de peso e alteração do hábito intestinal Exame Instituição: HOSPITAL BRUNO BORN; UNIVERSIDADE DO
VALE DO TAQUARI
físico Peso: 74 Kg IMC: 25, 3 Kg/m²KPS: 90 ECOG: 0 Bom
estado geral Cardíaco: sem alterações. Respiratório: Introdução: O paciente oncológico acessa diversos
sem alterações. Abdominal: RHA+, flácido, indolor, DB-. serviços de saúde durante o percurso para a atenção
Percussão timpânica em todo abdome exceto à FIE e à sua doença. Para que o cuidado aconteça de maneira
Hipogastro. A palpação profunda, massa endurecida, integral, faz-se necessário interlocução e comunicação
aderida a planos profundos, de cerca de 8x15 cm, em entre esses serviços. Buscando contribuir na assistên-
região de FIE e Hipogastro. Sem linfonodomegalias pal- cia ao paciente oncológico, criou-se uma Nota de Acom-
páveis em região inguinal. Testícular: Testículos pre- panhamento Compartilhado, desenvolvida por profis-
sentes bilateralmente, sem nodulações ou aumento de sionais de diversos segmentos da rede de atenção à
volume. Funículo espermático E alargado. Extremida- saúde, conjuntamente com as residentes do Programa
23cm. Não se observou necrose, permeação venosa, ficação e preservação do nervo ciático em L2. Após 3
linfática ou perineural, nem invasão da cápsula renal. meses do procedimento cirúrgico, evoluiu com fortes
Calcificações distróficas presentes. Margens cirúrgicas dores em membro inferior esquerdo associada a pare-
livres. Foi solicitado imuno-histoquimica para confirmar sia, parestesia, impossibilitando mover o membro, sem
tipo histológico. Imuno-histoquímica: oncocintoma com melhora ao uso de neurolépticos e opióides. Realizado
extensas áreas de degeneração cística. Discussão: As estudo anatomopatológico compatível com Tumor Ma-
neoplasias de células renais incluem carcinoma de célu- ligno de Bainha do Nervo Periférico, sendo iniciado pro-
las claras, tumor papilar, tumor cromofóbico, tumor do tocolo para radioterapia e quimioterapia. Discussão: o
ducto coletor, oncocitoma e outros. O oncocitoma renal neurofibroma gigante leva a incapacidade funcional e
representa cerca de 3-7% dos tumores renais primá- grave desfiguração do paciente, sendo a exérese cirúr-
rios. Seu diagnóstico é mais frequente na sexta década gica ótima opção de tratamento. No presente caso, a
de vida, com um ligeiro predomínio no género mascu- ocorrência de Tumor Maligno de Bainha do Nervo Pe-
lino. Geralmente o diagnóstico é acidental e apresenta riférico secundário a neurofibromatose é relatado pela
comportamento benigno. Comentários finais: Eviden- literatura em alguns casos. Comentários finais: além
ciamos diagnóstico atípico entre os aspectos epidemio- da incapacidade funcional, é relevante destacar no caso
lógicos da literatura e do quadro apresentado, no que apresentado a suspeição do PMST por meio do históri-
diz respeito ao sexo, idade e fatores predisponentes, co de neurofibromatose, programando estratégias de
uma vez que a paciente não os expressava, demons- acompanhamento e tratamento cada vez mais satisfa-
trando uma manifestação atípica de oncocitoma renal. tórios e maior sobrevida do paciente
A descrição do caso e suas peculiaridades é importante
Contato: JEANCARLLO DE SOUSA SILVA – jeancarllo@
para a formação do pensamento clínico, levando em
gmail.com
consideração as possíveis etiologias no diagnóstico di-
ferencial de tumores renais, as variações clínicas, con-
duta terapêutica e prognóstico.
Contato: ISABELLE FRANÇA BEZERRA – TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA
isabellefbezerra@gmail.com CÓDIGO: 60249
fratura de arcos costais e degeneração do tecido mus- coxa (46%), outros (37%) e retroperitônio (17%). No
cular. O diagnóstico histopatológico definitivo demons- caso em questão a neoplasia se originou da parede
trou processo inflamatório com afluxo neutrofílico, abdominal e envolveu alças intestinais. A apresentação
abscessos, necrose, ulceração cutânea, e calcificação clínica do caso foi típica com massa de crescimento len-
distrófica, configurando radionecrose. A análise histo- to em tecidos moles geralmente associada a dor e po-
patológica dos fragmentos de arcos costais evidenciou dendo alcançar grande volume. Mais de 80-90% dos pa-
osteorradionecrose (ORN). Discussão: A realização de cientes desenvolvem recidivas locais e metástases nos
RT adjuvante no câncer de mama após cirurgia conser- pulmões e ossos. A taxa de sobrevida global em cinco
vadora reduz significativamente a recorrência local e anos varia de 28% e 45% para pacientes com doença
aumenta a sobrevida a longo prazo. A fratura de costela localizada. Nesse caso, apesar da recidiva, a sobrevida
induzida por radiação é uma complicação tardia e mui- ultrapassou-se 5 anos. As melhores evoluções clínicas
to rara após RT fracionada convencional para o câncer com sobrevida mais longa são observadas nos pacien-
de mama e/ou pulmão (incidência de 0,1 a 5%). Acredi- tes com massa tumoral menor que 5, 0 cm, sendo que
ta-se que a ORN seja um processo fibroatrófico induzi- as lesões maiores que 5 cm associam-se com menor so-
do pela RT, iniciado por inflamação crônica e potencia- brevida. A massa tumoral apresentada neste caso tinha
lizado pelo fator de necrose tumoral alfa. Comentários 12cm, o que corrobora com o fato de que essa paciente
finais: A ORN pode ser fatal e reduzir significativamen- alcançou excelente sobrevida se comparada aos dados
te a qualidade de vida dos pacientes. Entretanto, com da literatura. O tratamento cirúrgico é o único capaz de
o uso de técnicas de RT atuais, a sua ocorrência é rara. curar a doença e consiste na ressecção cirúrgica com
Tratamentos conservadores, como a oxigênioterapia margem ampla. O papel da quimioterapia não é claro.
hiperbárica, apresentam limitações. Assim, o tratamen- Evidências recentes sugerem melhores resultados com
to padrão e definitivo, continua sendo a ressecção radi- o uso de esquemas agressivos e combinados, como o
cal seguido de reconstrução. que foi usado nesta paciente. A raridade do caso torna
pertinente a sua análise, no sentido de lembrar da exis-
Contato: TALITA SIEMANN SANTOS PEREIRA – talita.
tência desse diagnóstico e discutir as formas de melhor
siemann@hotmail.com
manejo, buscando melhorar sobrevida e a qualidade de
vida.
Contato: JANAINA GOMES DA SILVA CIRQUEIRA –
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS janainacirq@gmail.com
CÓDIGO: 59401
OSTEOSSARCOMA EXTRAESQUELÉTICO
OSTEOBLÁSTICO EM RETROPERITÔNEO TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA
CÓDIGO: 61888
Autores: Janaina Gomes da Silva Cirqueira; Jefferson
Luiz Rodrigues Nascimento;
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA OSTEOSSARCOMA PRIMÁRIO DE MAMA
– SEGUIMENTO DE 10 ANOS – RELATO
Apresentação do caso: Mulher de 41 anos, com his- DE CASO
tória de dor abdominal, associado a massa em hipo-
Autores: Juliano Rodrigues da Cunha; Lara Jeanne
côndrio esquerdo. Antecedente de tabagismo e mioma
Cabral; Amanda Souza Teles; Cristiano Menezes
uterino. Procedeu-se a exérese do tumor abdominal Fernandes; Deborah Nogueira Couto; Gisela Matos
associada à colectomia esquerda, ressecção de parede Franco; Miguel Jefferson Lacerda Ferreira;
abdominal e omentectomia. O diagnóstico foi osteos-
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
sarcoma extraesquelético osteoblástico comprovado
por imuno-histoquímica. Foi realizada quimioterapia Apresentação do caso: Os sarcomas da mama são tu-
adjuvante (6 sessões com cisplatina + doxorrubicina). mores raros e representam menos de 1% das neopla-
A paciente evoluiu com hérnia incisional e recidiva no sias primárias da mama. Pertencem a este grupo os tu-
local após 2 anos. Realizada nova intervenção cirúrgica mores filóides malignos, carcinossarcomas e um grupo
com ressecção em bloco da massa envolvendo a pa- heterogêneo de sarcomas incluindo os lipossarcomas,
rede abdominal, intestino delgado e colón e também osteossarcomas, angiossarcomas, histiocitofibromas
herniorrafia incisional. Atualmente apresenta metás- malignos e leiomiossarcomas, entre outros. O osteos-
tase óssea (ilíaco) e está em vigência de quimioterapia sarcoma primário da mama representa cerca de 12,5%
paliativa. As neoplasias malignas extraesqueléticas re- de todos os sarcomas da mama, com comportamento
presentam 1% de todos os sarcomas de tecidos moles extremamente agressivo. O diagnóstico é histopato-
e 4% de todos os osteossarcomas, configurando oste- lógicos, com prognóstico e tratamento padrão incer-
ossarcoma extraesquelético como uma neoplasia rara. tos pela raridade da doença. Trata-se de um relato de
Neste presente caso, ocorreu em uma paciente de meia caso de uma mulher de 59 anos, atendida em junho de
idade, sendo que o mais comum é que ocorra entre a 2008 no Setor de Oncologia do Hospital de Clínicas da
6º e 7º década de vida. A localização mais comum é na Universidade Federal de Uberlândia – HC – UFU, com
nódulo de crescimento progressivo em mama esquer- das. O procedimento cirúrgico foi realizado sem inter-
da há 6 meses. A biópsia incisional da lesão mamária corrências, porém, o paciente evolui com infecção ope-
mostrou tratar-se de um osteossarcoma. Foi submetida ratória necessitando de internação prolongada para
a mastectomia radical à Madden esquerda com amos- antibioticoterapia. Após resolução do quadro infeccio-
tra nodal, com diagnóstico de osteossarcoma medindo so, paciente recebeu alta hospitalar para seguimento
14,0 x12,0 cm, com positividade para proteína S100/po- ambulatorial. O produto final tinha lesão tumoral me-
liclonal, macrófago humano (CD68)/PG-M1, vimentina/ dia 13x2x3cm e o resultado histopatológico revelou
V9, além de negatividade para o receptor de estrogênio, carcinoma epidermóide pouco diferenciado. No mo-
progesterona, citoqueratina AE1-AE3. Não foram identi- mento da alta, os movimentos da mão esquerda esta-
ficadas metástases para os 9 linfonodos ressecados em vam 100% preservados e do cotovelo em torno de 30%,
axila esquerda. Proposto tratamento de radioterapia e comparados ao membro contralateral. Atualmente,
quimioterapia adjuvantes. Foi iniciado quimioterapia paciente permanece em acompanhamento no ambula-
com esquema Cisplatina e Doxorrubicina, a cada 21 tório de Cirurgia Oncológica, apresentando boa funcio-
dias, por 3 ciclos, seguido de radioterapia em plastrão nalidade da mão esquerda, sendo possível realização
esquerdo, com dose total de 50,4Gy. Posteriormente, de suas atividades habituais, além do seguimento fisio-
foram realizados 3 ciclos adicionais de quimioterapia terápico. Conclusão: baseado nos atuais conceitos de
(CDDP+Doxorrubicina), até setembro/2008. Atualmen- cirurgia conservadora, sempre que possível, optamos
te a paciente encontra-se em seguimento em nosso per realizar procedimentos menos invasivos. Além do
serviço, sem evidência de doença até o presente mo- mais, a abordagem multidisciplinar tem permitido cres-
mento. Esse relato mostra que apesar da sua raridade, cente redução das grandes amputações e preservação
deve-se ficar atento ao aparecimento de tumoração dos membros. Tendo em vista isto, em tumores mais
mamária atípica, de grande volume com crescimento volumosos da cintura escapular, optamos pela técnica
rápido, pois apesar de sua agressividade, o tratamento de Tikhoff-linberg modificada e suas variações. Esta é
precoce pode impactar em aumento de sobrevida. uma alternativa racional aos tumores amplos cujo ob-
jetivo seja obter margens cirúrgicas livres de doença
Contato: JULIANO RODRIGUES DA CUNHA –
e preservar o membro acometido para manter a fun-
jrodriguescunha@hotmail.com
cionalidade. Embora a avaliação dos resultados finais
e da aceitação dos pacientes seja individualizada em
cada serviço, quando comparamos a cirurgia de Tikho-
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS ff-Linberg com ressecções cirúrgicas mais agressivas,
CÓDIGO: 60503 inclusive com amputação de membros, os resultados
tem sido animadores.
PACIENTE COM TUMOR EM REGIÃO Contato: BRUNO DOURADO KOVACS MACHADO
ESCAPULAR ESQUERDA SUBMETIDO A COSTA – bruno.kovacs@hotmail.com
CIRURGIA DE TIKOFF-LINBERG -
RELATO DE CASO
Autores: Bruno Dourado Kovacs Machado Csota; Raíssa
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
Pereira De Tommaso; Rafael Maia de Sousa; Rodrigo
Luiz Ferreira dos Santos; Lorena Luiza Maria Nogueira CÓDIGO: 59943
Fernandes Loureiro; Fernanda Veiga Gonçalves;
Alessandro França de Souza; Marcos de Sousa Freire PACIENTE SOROPOSITIVO COM
Lopes Filho; Patricia Isabel Bahia Mendes Freire; NEOPLASIA COLORRETAL AVANÇADA:
Amanda do Amaral Mesquita; ALTERAÇÃO DA CORRELAÇÃO
Instituição: HOSPITAL OPHIR LOYOLA HISTÓRICA ENTRE CÂNCER E HIV
Apresentação do caso: paciente masculino, 86 anos, Autores: Paulyne de Souza Viapiana; Jeancarllo Sousa
apresentando lesão ulcerada, volumosa, de odor féti- e Silva; Adnaldo da Silveira Maia; Izabela Augusta de
do, na região da parede torácica e escapular esquer- Oliveira Medeiros; Rafael Frota da Silva; Priscila Lorena
da. Submetido a biópsia que inicialmente demonstrou Pereira de Assis;
carcinoma de células escamosas moderadamente dife- Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
renciado infiltrativo. Devido a extensão da lesão e da Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino, em
impossibilidade de obter margens livres com ressec- 2006, foi diagnosticada com HIV, dois anos após iniciou
ções mais simples, paciente foi submetido a ressecção quadro suboclusivo em Cólon Direito e o estudo ana-
interescapulotorácica supra-umeral (cirurgia de Tikoff- tomopatológico evidenciou Adenocarcinoma de Cólon
-Linberg). Discussão: DO CASO: paciente citado foi sub- Direito, sendo realizada colectomia direita não oncoló-
metido a cirurgia de tikoff-linberg devido infiltração do gica seguida de quimioterapia adjuvante. Em 2012, pa-
úmero esquerdo, acometendo a escápula e os tecidos ciente apresentou massa pélvica palpável, sendo diag-
moles adjacentes. Além disso, apresentava lesões em nosticada com Tumor de Krukenberg na laparotomia
orelha esquerda e região frontal, as quais foram excisa-
em plano único (ducto-mucosa) ou em dois planos, com pescoço, os de cavidade nasal são os mais prevalentes
a alternativa de colocação de stent no ducto pancreáti- (2). As apresentações cutâneas e subcutâneas são ain-
co. Já as pancreatogastrostomias podem ser realizadas da mais raras. Na cabeça e pescoço, a maioria desses
também em um ou dois planos, com telescopagem, ocorre no couro cabeludo e pescoço (6). Encontramos
com partição gástrica – anastomose no estômago exclu- apenas dois casos com manifestação na zona bucal (5,
so, com opção de anastomose na parede posterior ou 7). Os casos mais agressivos costumam se apresentar
anterior do estômago. Quando comparadas as diversas com tumores >5 cm, padrão de crescimento infiltrati-
formas de reconstrução quanto às complicações pós- vo, hipercelularidade, núcleos exuberantes e hipercro-
-operatórias e risco de fístula, encontram-se resultados máticos, zonas de necrose, elevada atividade mitótica
conflituosos entre os diferentes centros. Conclusão: (>1/50), invasão vascular e mitoses atípicas (8, 9, 10). Tu-
Existem diversas formas de realizar a reconstrução pós mores com 2 ou mais desses critérios histológicos são
pancreatoduodenectomia, não existindo evidências de categorizados como malignos (8). A cirurgia permanece
superioridade de uma ou outra técnica. Necessitam-se sendo o tratamento de escolha. Quimioterapia e/ou ra-
de mais estudos randomizados e multicêntricos para dioterapia adjuvantes têm sido relatadas (12). Conclu-
melhor elucidação da questão. Ainda fica a critério do são: Relatamos um caso incomum de PEComa maligno
cirurgião a escolha da técnica que possui maior experi- com manifestação subcutânea na face. Esse caso deve
ência e melhores resultados. alertar os cirurgiões e dermatopatotologistas para esse
diagnóstico diferencial. PEComas devem ser lembrados
Contato: MAIKELE ERTEL – maykiertel@hotmail.com
especialmente nos tumores com coexpressão de mar-
cadores imuno-histoquímicos para melanoma e mús-
culo.
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA Contato: CAMILA URACH DOS SANTOS – camy.ur@
CÓDIGO: 60407 hotmail.com
rativo, com extensa diferenciação muscular, podendo (bexiga, vagina, uretra) e através da via linfática, com
corresponder a tumor de células epitelioides perivas- comprometimento de linfonodos das cadeias inguinal
culares (PEComa) de baixo potencial de malignidade. e pélvica (perirretal e ilíaca interna). Objetivo: avaliar
Paciente manteve retornos de 3 em 3 meses por 2 o perfil clínico dos pacientes portadores de neoplasia
anos e depois retorno de 6 em 6 meses, tempo no qual de canal anal em um hospital de referência do Estado
paciente não apresentou alterações ao exame físico e do Pará. Método: estudo transversal, observacional e
complementares. Discussão: Os tumores de células descritivo, realizado através da análise de prontuários,
epitelioides perivasculares, também conhecidos como sendo incluídos no trabalho paciente com mais de 18
PEComa, são um grupo raro de neoplasias. A origem anos, registrado com CID-10 C21 a C21.9, totalizando
celular dessas neoplasias permanecem desconhecidas, 66 prontuários. Resultados: o tipo histológico epider-
sendo que normalmente não há a existência de célu- móide foi o mais comumente encontrado na pesquisa,
las perivasculares, sendo o nome PEComa referido ao com 81,81% dos casos, seguido do adenocarcinoma (7,
achado histológico. Geneticamente os PEComas são 58%). Quanto ao estadiamento em 34% dos prontuá-
ligados aos genes da esclerose tuberosa TSC1 E TSC2, rios não foi observado registro desse dado. Baseado no
embora essa correlação seja mais forte para alguns ti- estadiamento TNM, a maioria dos pacientes avaliados
pos de neoplasia. O tratamento cirúrgico é o padrão, (27, 27%) encontravam-se em estádio T3, seguido do
porém quando este não é possível, não há melhor con- estadiamento T2 (18, 18%), T4 (15, 15%), T1 (1,52%), Tx
duta evidenciada na literatura. Quando maligno, foram (3,03%). O N0 foi o mais observado, com 19 (28, 79%)
relatados opções de tratamento com quimioterapia ba- casos, seguido do N1 que apresentou 09 (13,64%) ca-
seada em antracíclico, que evoluiu posteriormente com sos, N2 foi observado em 07 (10,61%) pacientes, N3 em
progressão rápida e incontrolável da doença a despeito 03 (4,55%) pacientes e Nx em 05 (7, 58%). Em relação à
de outras tentativas de tratamento. Comentários fi- Metástase, a maioria dos pacientes foram diagnostica-
nais: Tendo em vista a Apresentação do caso: relata- do como Mx, 21 (31,82%), 18 (27, 27%) como M0 e ape-
do fica exposto a dificuldade do diagnóstico diferencial nas 05 (7, 58%) como M1. o tratamento mais oferecido
que inclua PEComa, muito devido a raridade desta neo- nos casos analisados foi a combinação da Radioterapia
plasia, como também a apresentação inespecífica tanto com a Quimioterapia e a Cirurgia, com 28 (43,43%) ca-
de sintomas quanto de exames complementares e de sos encontrados no estudo. Em seguida a Radioterapia
imagem com a Quimioterapia, 22 (33,33%). O menos oferecido
para os pacientes foi a Radioterapia com a Cirurgia,
Contato: RAFAEL SANTOS DE SOUZA –
com apenas 01 (1,52%) caso. Conclusão: Compreen-
rafaelsantosdesouza@yahoo.com.br
dendo como principal tipo histológico, o carcinoma epi-
dermóide, com maior ocorrência de tumor primário T3,
metástase linfonodal N0 e metástase à distância Mx.
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL Submetidos principalmente ao tratamento associado
CÓDIGO: 60539 entre radioterapia, quimioterapia e cirurgia.
Contato: RAÍSSA PEREIRA DE TOMMASO – raissa_
PERFIL CLÍNICO DOS PACIENTES tommaso@yahoo.com.br
ATENDIDOS NO HOSPITAL OPHIR
LOYOLA COM CÂNCER DE CANAL ANAL
Autores: Raíssa Pereira De Tommaso; Bruno Dourado
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
Kovacs Machado Costa; Rafael Maia de Sousa;
Alessandro França de Souza; Luiz Otávio Lopes Macedo; CÓDIGO: 61935
Rodrigo Luiz Ferreira dos Santos; Lorena Luiza Maria
Fernandes Nogueira Loureiro; Paulo Cardoso Soares; PERFIL CLÍNICO-CIRÚRGICO DOS
Instituição: HOSPITAL OPHIR LOYOLA PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIAS
Introdução: O câncer de canal anal é uma neoplasia
COLÔNICAS POR NEOPLASIA MALIGNA
rara, entretanto a incidência do tipo histológico espino- Autores: Carlos Alexandre meneghelli; Meire Cardoso
celular aumentou consideravelmente nas últimas dé- da Mota Bastos; Pedro Lorencini Belloti; Ana Luiza
Miranda Cardona Machado; Luiz Fernando Mazzini
cadas, principalmente pela disseminação do vírus HPV,
Gomes; Luiz Augusto de Castro Fagundes Filho;
mais notavelmente entre as mulheres acima da sexta
Leonardo Orletti;
década de vida. Na abordagem clínica está recomenda-
Instituição: HOSPITAL SANTA RITA DE CASSIA
do o toque retal, anuscopia e palpação dos gânglios lin-
fáticos inguinais, mas a biópsia da lesão primária é ne- Introdução: A cirurgia é a abordagem mais eficien-
cessária para a confirmação do diagnóstico. O tumor de te no tratamento das neoplasias colônicas. Cirurgias
canal anal está associado a comportamento local agres- ressectivas eletivas ou não eletivas tem como fatores
sivo e sua disseminação ocorre principalmente de for- determinantes para suas execução o tumor, o pacien-
ma locorregional, com invasão de estruturas vizinhas te e a equipe cirúrgica. Objetivo: Avaliar os aspectos
epidemiológicos e desfechos cirúrgicos nos pacientes habitantes e uma média de 91,5 casos por ano. Os pa-
submetidos à cirurgia colônica por neoplasia maligna. cientes, na maioria fototipos I e II (92,7%), tiveram ou
Método: Trata-se de um estudo retrospectivo e des- ainda tem profissão com elevada exposição solar (77,
critivo com pacientes portadores de neoplasia maligna 5%). A idade média foi 54,1 anos (DP=14,5 anos), sendo
colônica, operados numa Instituição de referência de a maioria mulheres (59, 4%). A localização mais comum
Vitória-ES, no período de 2008 a 2015. Foram incluídos da lesão primária no sexo feminino foi nos membros
os tumores de apêndice até transição retossigmóide. (45, 3%) enquanto no masculino no tronco (49, 4%). Os
Foram excluídos os pacientes em vigência de obstrução tipos mais comums de MC foram: extensivo superfi-
intestinal. Resultados: A amostra compreendia 406 pa- cial (73,4%), nodular (15, 2%) e lentigo maligno (3,7%).
cientes, o gênero feminino foi mais prevalente e uma A mediana da produndidade da lesão foi de 1 mm e
média de idade de 61,9 anos. Quanto a distribuição a maioria dos casos foram classificados como Clark 3
anatômica dos tumores: direitos (32,26%), transverso (33,3%). A pesquisa de linfonodo sentinela ocorreu em
(4,78%), esquerdos (10,09%) e transição retossigmóide 52,2% dos pacientes, sendo que em 16, 3% havia lesão
(51,8%). Perfil cirúrgico: mediana de tempo cirúrgico de metastática. A maioria dos pacientes possuíam lesões
150 minutos, 87% das cirurgias foram R0, anastomose em estágios I e II (64,7%) no momento do diagnóstico,
primária foi executada em 73,15%, o tipo de linfadenec- enquanto 6, 2% tinham metástases à distância (estágio
tomia mais praticada foi D3 (60,83%) e ressecção mul- IV). Conclusão: A região oeste de Santa Catarina apre-
tiorgânica fez-se necessária em 11,08% da amostra. A senta alta prevalência de MC, semelhante a apresen-
abordagem videolaparoscópica aconteceu em 6, 65% tada por países europeus e Oceania. A incidência em
dos casos. Não foi realizado preparo colônico na maior 2016 aumentou em 37% em relação a 2010, contudo a
parte dos casos (82,26%). Taxa de mortalidade pós-ope- maioria dos diagnósticos ocorreram em estágios clíni-
ratória foi 6, 4%. Conclusão: O perfil dos pacientes dO cos iniciais.
presente estudo são idosos, com tumores distais e ci-
Contato: RAFAEL VICTOR MIERZWA – rafael.mierzwa@
rurgias eletivas, que permite a execução de cirurgia pa-
unochapeco.edu.br
drão e altas taxas de ressecção tumoral completa.
Contato: CARLOS ALEXANDRE MENEGHELLI –
carlosalexandremeneghelli@hotmail.com
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
CÓDIGO: 60625
cientes no período de 29 meses, sendo 87(64%) eletivos tes). O quadro clínico depende do crescimento tumoral,
e 49(36%) na urgência. Houve predomínio do sexo fe- compressão de estruturas adjacentes e da produção
minino na urgência (55%), enquanto nos eletivos a pro- hormonal. A etiopatogenia é pouco conhecida. O diag-
porção foi semelhante. A média de idade dos pacientes nóstico depende da clínica: alterações visuais ou endó-
na urgência foi de 63 anos e nos eletivos 54 anos. Em crinas necessitam de investigações neuroftalmológica e
relação a localização, na urgência foi observado 24,5% endócrina, com dosagens hormonais e testes de estí-
no cólon direito, 8, 2% no transverso, 42,8% no esquer- mulo e supressão. A avaliação radiológica baseia-se na
do, 10,2% no reto, 10,2% de tumores sincrônicos e 4,1% tomografia computadorizada com contraste e na res-
com localização indeterminada. Já os tumores nos pa- sonância magnética, com e sem gadolíneo. A cirurgia
cientes eletivos 26, 5% localizavam-se no cólon direito, transesfenoidal é o procedimento cirúrgico mais utili-
8% no transverso, 33,3% no esquerdo, 28, 7% no reto e zado e, embora seguro e eficaz, tem sido associado a
3,5% eram sincrônicos. Quanto ao estadiamento, nos complicações em seios nasais, estruturas ósseas e car-
pacientes abordados na urgência 4% apresentaram tilaginosas, e dentes. Objetivo: Realizar estudo sobre
Estadio I, 28, 7% II, 32,7% III, 30,6% IV e 4% com esta- tumores da região hipofisária no estado da Paraíba em
diamento indeterminado. Enquanto nos eletivos, foi pacientes submetidos à ressecção por via transesfenoi-
encontrado 3,5% tumor in situ, 19, 5% no Estadio I, 27, dal entre 1993 e 2013. Método: Estudo epidemiológi-
5% no II, 38% no III e 11,5% no IV. A média de linfono- co, retrospectivo, observacional e transversal do tipo
dos ressecados na urgência foi de 28 e nos eletivos 23. descritivo, baseado em prontuários de 53 pacientes.
Durante a internação destes pacientes foi observado Resultados: Dentre os pacientes, 42,4% foram do sexo
3 óbitos na urgência (6, 1%) e 6 óbitos nas eletivas (6, masculino e 57, 6% do sexo feminino. A mediana foi de
89%). A média do período de internação foi de 15 dias 40 anos de idade, com desvio padrão de 17, 9 anos. 69,
na urgência e 10 dias no eletivo. Conclusão: O diagnós- 7% dos pacientes eram procedentes da capital do esta-
tico precoce é a principal medida no tratamento e dimi- do. Os anos de maior realização desse procedimento
nuição da mortalidade do câncer colorretal. O presente foram 1999, 2000 e 2001 (54,6%). Quanto ao tamanho,
estudo demonstra a atual realidade da população, que 21,2% microadenomas e 75, 8% macroadenomas. Dos
é diagnosticada já em estágio avançado (Estadio III e IV), tumores funcionantes: produtores de prolactina (75%),
sendo pior naqueles operados pela urgência (63,3% ur- GH (18, 75%) e ACTH (6, 05%). A sintomatologia mais
gência e 49, 5% eletivo). Tal fato evidencia a deficiência associada foi cefaleia e alterações visuais, bem como
nas medidas de rastreamento e tratamento precoce no foram encontrados acromegalia, amenorreia, diabetes,
câncer colorretal. apoplexia hipofisária com paralisia do 3º nervo, epista-
xe, galactorreia, vertigem e síndrome de Cushing. Con-
Contato: NATACHIA MOREIRA VILELA – natachia_
clusões: Este estudo é relevante para consolidação do
vilela@hotmail.com
conhecimento epidemiológico, constituindo parâmetro
para otimizar serviços na melhor abordagem e maior
conhecimento do procedimento cirúrgico.
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA Contato: ANA PAULA COÊLHO DE MÉLO LEITE –
CÓDIGO: 61687 anapaulacoelho10@hotmail.com
e PET-TC em maio de 2016. Seguiu com tratamento sis- ulceração e sangramento tumoral em jato. Não haviam
têmico (FOLFIRI + Bevacizumab) apresentando melhora sinais de linfonodomegalias. De imediato realizamos a
clínica momentânea. Evoluiu com progressão, doença bióspia incisional, cujo laudo histopatolólgico revelou
metastática pulmonar e sintomatologia limitante com tratar-se de um carcinoma de células de Merkel. A linfo-
piora da dor pélvica, compressão vesical, ureteral, ex- cintilografia para o linfonodo sentinela revelou apenas
tensão da doença para base do pênis, glúteo e sacral. uma área radiocaptante na axila esquerda. Iniciamos
Foi submetido em março de 2017 perfusão pélvica iso- o procedimento cirúrgico pela ressecção do linfonodo
lada (PIP) com oxaliplatina para controle sintomático. sentinela que veio positivo para neoplasia. Deste modo
Prosseguiu com tratamento sistêmico (FOLFOX). No realizamos a amputação ao nível do punho associada a
seguimento, evolui com metástase pulmonar, estabili- linfadenectomia axilar Discussão: O carcinoma das cé-
dade da lesão pélvica e bom controle álgico. Discussão: lulas de Merkel é uma neoplasia rara e de etiologia des-
Apesar dos avanços na terapia multimodal na terapia conhecida. Ocorre em áreas fotoexpostas com 80% das
do cancer de reto, as taxas de recidiva local são de 4-8% apresentações. Objetivo: O objetivo trabalho é discutir
dos casos. Os pacientes com recidiva local sem trata- um caso de carcinoma das células de Merkel no qual o
mento, apresentam curta expectativa de vida que mui- linfonodo sentinela mudou o tratamento proposto. Sa-
tas vezes é complicada por sintomas locais (principal- bemos que esta doença tem o sistema linfático como
mente dor pélvica), o que prejudica significativamente sua principal via de disseminação neoplásica, deste
a qualidade de vida. Após terapia combinada, 74% dos modo, fica fácil inferir que o linfonodo sentinela pode
pacientes apresentarão doença metastática distante. O ter beneficio. O linfonodo sentinela no caso alterou o
tratamento da recidiva é um desafio para a equipe mul- estadiamento do paciente, visto que uma parte dos pa-
tidisciplinar em oncologia, sendo a terapia de casos se- cientes subestadiados ou considerados com linfonodo
lecionados baseada na ressecção cirúrgica ou quimio- negativo quando não foi realizada a linfocintilografia
terapia e radioterapia. Pelves já irradiadas dificultam a Comentários finais: Concluímos que o a pesquisa do
decisão terapêutica por restringir as possibilidades de linfonodo sentinela tem papel essencial no estadiamen-
terapia. Em casos de lesões irressecáveis, a Perfusão to do carcinoma de células de Merkel, podendo dimi-
Pélvica Isolada com quimioterapia pode ter papel na nuir morbidades relacionadas a abordagens desneces-
paliação com controle da dor e controle na progressão sárias e proporcionando o tratamento adequado de
do tumor local. Comentários finais: Nos casos de le- acordo com o estadiamento correto da doença.
sões irressecáveis e pelve previamente irradiada, a PIP
Contato: EDUARDO RODRIGUES ZARCO DA CÂMARA –
pode trazer benefícios na paliação desses pacientes e
duducamara@gmail.com
melhor controle local, assim como uma opção no tra-
tamento neoadjuvante de doença locorregional inicial-
mente irressecável, já tratada com radioterapia. Baixa
morbidade cirúrgica pode ser obtida por inguinotomia TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
e acesso percutâneo com radiologia intervencionista. CÓDIGO: 59683
Contato: PAULO ROBERTO STEVANATO FILHO –
paulorstevanato@gmail.com PET-CT PARA O DIAGNÓSTICO DE
METÁSTASE HEPÁTICA DE TUMOR DE
CÓLON EM PACIENTE COM DOENÇA
HEPÁTICA POLICÍSTICA
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
Autores: Angélica de Oliveira Cardoso; Cristina
CÓDIGO: 59613
Sebastião Matushita; Marcelo Garcia Toneto; Rafael
Costa Campos;
PESQUISA DO LINFONODO SENTINELA Instituição: ESCOLA DE MEDICINA DA PONTIFÍCIA
NO CARCINOMA DE CELULAS DE UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
MERKEL – RELATO DE CASO E REVISÃO
Apresentação do caso: Mulher de 43 anos de idade
DA LITERATURA
apresentou quadro de abdome agudo obstrutivo e foi
Autores: Eduardo Rodrigues Zarco da Câmara; submetida a colectomia parcial por adenocarcinoma
Antonio Felipe Santa Maria; Antônio Carlos Eckhardt
em cólon sigmoide e biópsia hepática, com confirma-
Jr; Alessandro Augusto Bastos Rodrigues Alves; Victor
ção de metástase. A paciente tinha história familiar e
Hugo Ribeiro Vieira; Alberto Teles Lopes;
diagnostico de doença renal policística (DRP) e uma tia
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
com diagnóstico de câncer de cólon aos 45 anos. Enca-
Apresentação do caso:C.R. 70 anos, masculino, branco minhada para avaliação oncológica em nosso serviço,
e portador de síndrome de Parkinson em estágio avan- apresentava hepatomegalia ao exame físico. Trazia to-
çado, relata surgimento de lesão maculosa de aspecto mografia computadorizada (TC) sem evidência de im-
arroxeado associada à prurido em punho esquerdo de plantes secundários. Optou-se, então, pela realização
crescimento progressivo em pouco meses associada a de um PET-CT para avaliação de metástases hepáticas.
Foram identificados múltiplos cistos hepáticos e duas normalidade com 6000 leucócitos/mm3, hemácias 4,78
lesões nodulares hipermetabólicas, sugestivas de me- milhões/mm3, hemoglobina 14,1 g/dL, hematócrito
tástase hepática. A paciente recebeu 6 ciclos de quimio- 42,1 g/dL, plaquetas 253 000/mm3, glicose 90mg/dL,
terapia e foi realizada nova TC, que mostrou redução DHL 330 U/L, TGO 17 U/L, TGP 13 U/L, cálcio iônico 1,12,
das duas lesões. Foi então submetida à ressecção das creatinina 1,2 (clearance 110 mL/min), ácido úrico 5, 3;
lesões hepáticas, sem intercorrências. O exame ana- B2 microglobulina 1,6. Sorologias HIV, hepatite C, hepa-
tomopatológico indicou margens livres e confirmou o tite B, CMV não reagentes, apenas EBV IgG reagente. A
diagnóstico de metástase. A paciente recebeu alta 7 eletroforese de proteínas com pico monoclonal na re-
dias após a cirurgia, em bom estado geral. Discussão: gião das gamaglobulinas (20%/ 1,6mg/dL); dosagem de
Foram obtidos grandes ganhos na sobrevida de pacien- IgA, IgG e IgM dentro da normalidade. A imunofixação
tes com os avanços na ressecção de metástases he- sérica padrão monoclonal IgG Kappa. Diante de todos
páticas. O PET-CT é útil para predizer a sobrevida livre os dados coletados, o diagnóstico foi de plasmocitoma
de eventos, a sobrevida global e para o estadiamento extramedular e o tratamento foi realizado com 20 ses-
pré-operatório. Em pacientes com doença hepática pre- sões de radioterapia. Discussão: Plasmocitoma extra-
existente, esse exame se torna essencial visto o gran- medular é uma lesão rara, compreendendo cerca de 3%
de risco de não haver identificação das metástases em das neoplasias originárias dos plasmócitos e cerca de
exames convencionais, o que pode resultar em atraso 80 a 90% acomete região da cabeça e pescoço, mais fre-
no diagnóstico, com comprometimento da sobrevida quentemente em nasofaringe e seios paranasais, sen-
dos pacientes. Comentários finais: Salientamos a im- do incomum na orofaringe. Sua incidência é de 50-60
portância da utilização do PET-CT para avaliar a presen- anos de idade. No que se refere às informações clínicas,
ça de metástases hepáticas em pacientes com doença histopatológicas e laboratoriais, o caso acima relatado
hepática policística, visto que os cistos podem dificultar descreve uma lesão de plasmocitoma extramedular
a visualização das metástases em exames convencio- com aparição rara em palato mole, sem nenhum dano
nais, comprometendo o estadiamento e o prognóstico orgânico e fora da faixa etária de maior incidência. Co-
do paciente. mentários finais: Face ao exposto, conclui-se que este
é um caso raro, com relevância para discussão científica
Contato: ANGÉLICA DE OLIVEIRA CARDOSO – angelica.
pela sua epidemiologia atípica, tanto em relação à sua
cardoso@acad.pucrs.br
localização, como também pela faixa etária.
Contato: HUGO MACEDO DE MOURA –
hugomacmoura@gmail.com
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
CÓDIGO: 60483
Kappa. Os exames laboratoriais revelaram ausência lesão foi realizada, com imuno-histoquímica que con-
de anemia, alteração na cadeia leve Kappa e pesquisa cluiu plasmocitoma e expressão de cadeia leve kappa.
urinária negativa para proteínas Bence-Jones (BJ). Nos TC de pelve mostrava formação tissular amorfa de li-
exames de imagem não foram detectadas lesões líticas. mites imprecisos e mal definidos comprometendo a
Discussão: O Plasmocitoma Extramedular (PEM) é uma região vulvar com densificação de gordura adjacente.
doença rara, representando 3% das neoplasias plasmo- O diagnóstico foi de plasmocitoma extramedular e ela
citárias, e caracteriza-se por proliferação monoclonal ti- foi internada para conduta com radioterapia, quimio-
picamente produtoras de imunoglobulinas fora da me- terapia e TARV. Concluiu tratamento e retornou cerca
dula óssea. É mais comum em homens sexagenários e de 1 ano após com piora clínica, aumento do volume
o trato gastrintestinal é um dos seus sítios incomuns. abdominal e plenitude gástrica. TC de abdome mostra-
Sendo assim, a localização do PEM em sítio abdominal, va formação sólida heterogênea de aspecto infiltrativo
associado à idade fora do esperado, corroboram ainda na região perineal com extensão para parede pélvica
mais para a raridade desse caso. E, considerando tal anterior, com espessamento e infiltração dos planos
raridade, é fundamental a investigação para mieloma gordurosos até a superfície cutânea da região da pel-
múltiplo, o que requer para sua exclusão evidências de ve, infiltrando pelve e obliterando a gordura perirretal.
menos de 5% de atipia plasmocitária por mielograma, Além disso, foram encontradas lesões líticas ósseas dis-
inspeção normal do esqueleto, dosagem e eletroforese seminadas pelo esqueleto e foi dado o diagnóstico de
das proteínas séricas e urinárias, com proteínas BJ ne- Mieloma Múltiplo (MM). Paciente faleceu 15 dias após
gativa e ausência de anemia. Além disso, o diagnóstico a internação. Discussão: A apresentação do quadro di-
pode ser confirmado por meio de IHQ, o qual, no caso fere da literatura, em aspectos epidemiológicos, sobre
relatado, revelou positividade monoclonal para cadeia o tipo histopatológico da tumoração, idade e agressivi-
Kappa. O tratamento de escolha para a afecção de PEM dade da doença. O CA de vulva é uma neoplasia rara,
gastrointestinal tem como referência maior a radiote- responsável por cerca de 0,5% dos CAs em mulheres e
rapia, por ser um tumor radiossensível, e ressecção 5% dos tumores ginecológicos. De acordo com as carac-
cirúrgica para lesões localizadas. Comentários finais: terísticas das lesões da paciente, o principal diagnóstico
Mediante as discussões levantadas, não se pode deixar seria CA de vulva, em que 90% dos casos é do tipo car-
de considerar a hipótese de neoplasia maligna abrindo cinoma espinocelular. Porém o diagnóstico histopato-
com quadro obstrutivo de intussepção. O PEM, portan- lógico concluiu, de forma incomum, um plasmocitoma.
to, nos coloca frente a um constante desafio diagnósti- O plasmocitoma extramedular é uma doença rara que
co, visto que requer uma avaliação laboratorial multidi- representa apenas 3% dos tumores de células plasmá-
mensional e uma investigação clínica minuciosa. ticas, sendo mais comum no sexo masculino. Sua inci-
dência é maior a partir dos 60 anos e em cabeça e pes-
Contato: ANA JÚLIA SILVA TEIXEIRA – Teixeiraanajs@
coço, progride para MM de 11%-30% em 10 anos, com
gmail.com
sobrevida em 10 anos de 70%. Conclusão: Concluímos
que este é um caso raro, digno de ser discutível em âm-
bito cientifico-acadêmico, com a finalidade de eviden-
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA ciar um diagnóstico atípico com epidemiologia também
CÓDIGO: 60102 atípica e evolução agressiva.
Contato: INGRID NÓBREGA ARAÚJO QUEIROZ –
PLASMOCITOMA VULVAR AGRESSIVO – ingridqueiroz7@gmail.com
RELATO DE CASO
Autores: Ingrid Nóbrega Araújo Queiroz; Barbara
Kinuyie Gushiken; Ivamara Cristiane Barroca Marques;
Indira Neves Maia de Oiveira; Cláudio César Gomes de TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
Macedo; James Farley Rafael Maciel; CÓDIGO: 60552
Instituição: UNIVERSIDADE POTIGUAR
PRESERVAÇÃO DE FERTILIDADE NA
Apresentação do caso: Paciente de 32 anos, sexo femi-
HIPERPLASIA COM ATIPIA E CÂNCER DO
nino, residente em São Rafael/RN, compareceu ao con-
sultório com queixa de dor em região vulvar e massa
ENDOMÉTRIO
de crescimento progressivo há 3 meses. Negava co- Autores: Eduardo Doria Filho; Carlos Chaves Faloppa;
morbidades prévias e relatava história familiar de cân- Henrique Mantoan; Levon Badiglian-Filho; Lillian Yuri
Kumagai; Louise De Brot; Glauco Baiocchi;
cer (CA): avô e prima materna com CA de mama, avô
com CA de próstata. Apresentava duas sorologias po- Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
sitivas para HIV. Ao exame foi constatado presença de Introdução: O tratamento padrão do câncer de endo-
grande tumoração exofítica e ulcerada, medindo cerca métrio (CE) e hiperplasia atípica endometrial (HAE) em
de 20 cm, recoberta de secreção purulenta. Biópsia da mulheres nulíparas inclui a histerectomia total e por-
tanto perda de fertilidade mesmo em pacientes jovens Instituição: HOSPITAL DAS CLINICAS DA UNIVERSIDADE
sem prole constituída. Recentemente, estudos têm re- FEDERAL DE PERNAMBUCO
portado com sucesso o uso de progestágeno em alta Objetivo: O objetivo de nosso trabalho e‘registrar a pri-
dose (medroxiprogesterona, acetato de megestrol ou meira cirurgia citorredutora associada à quimioterapia
dispositivo intra-uterino de levonogestrel) com intuito hipertérmica no Estado da Paraíba. Apresentação do
de preservar fertilidade. Objetivo: Análise de uma série caso: Relatamos um caso clínico de uma Paciente, femi-
de casos de pacientes submetidas à protocolo de pre- nina, 35 anos que durante parto cesariano de sua pri-
servação de fertilidade. Materiais e Método: Foram meira gestação, em dezembro de 2015, foi identificada
avaliadas retrospectivamente as pacientes portadoras com uma lesão tumoral em cólon sigmóide e sinais de
de HAE e adenocarcinoma endometrióide estádio clíni- acometimento peritoneal focal. Após 3 dias do parto ce-
co IA do endométrio, submetidas à protocolo de preser- sariano, evoluiu com semi-oclusão intestinal por tumo-
vação de fertilidade entre o período de maio de 2007 a ração colônica evidenciado em tomografia de abdome.
maio de 2017. Resultados: Foram avaliadas 13 pacien- Seguiu-se uma laparoscopia diagnóstica, que diagnos-
tes, 7 (53,8%) HAE e 6 (46, 2%) CE sem sinais de invasão ticou grande tumoração em sigmóide associada a car-
miometrial, sendo 4 (30,8%) estádio IAG1 e 2 (15, 4%) cinomatose peritoneal focal em fossa iliaca esquerda
IAG2. A idade mediana foi de 37 anos (29-43 anos) e com indice de disseminação peritoneal menor que 10.
índice de massa corpórea mediano 24,42 kg/m2 (19, 85- Optado por Colostomia por laparoscopia e biopsia pe-
31,25). As pacientes foram submetidas ao tratamento ritoneal que confirmou acometimento por carcinoma
com acetato de megestrol, proposta inicial de 160 mg/ de cólon metastático. A imunohistoquímica confirmou
dia. Devido a efeitos adversos, 2 casos (15, 4%) rece- provável origem em trato gastrointestinal, com insta-
beram dose de 80 mg/dia, 1 caso (7, 7%) 40 mg/dia. 9 bilidade de microssatélite de alta frequência (MIS-H) e
pacientes (69, 2%) toleraram dose completa de 160mg/ ausência de mutações do RAS. O PET/CT 18F-FDG con-
dia e uma paciente (7, 7%) concebeu gestação antes de firmou uma lesão em sigmóide com extensão de 16 cm
iniciar tratamento com progestágeno. A duração me- de forma circunferêncial, sem outras captações. Diante
diana do tratamento foi de 11,5 meses (7-24), sendo re- do quadro, optamos pelo pronto início de quimiotera-
alizada vigilância com ressonância magnética de pelve pia com esquema mFOLFOX6 + Bevacizumabe a cada
e histeroscopias trimestrais no período. As morbidades 14 dias por 6 ciclos. Ao término da terapia planejada,
mais associadas ao tratamento foram irritabilidade (15, um novo PET/CT 18F-FDG demonstrou persistência de
4%) e ganho de peso em 7, 7%. Após seguimento me- lesão parietal circunferencial em cólon sigmóide, com
diano de 31 meses (1-114), não houve caso de recidiva extensão de 16cm, porém com redução considerável
de doença. O sucesso na gestação foi obtido em 2 casos do índice metabólico. Diante da doença estável, em
(15, 4%). Duas pacientes (15, 4%) encontram-se em tra- Setembro de 2016, a paciente foi submetida à aborda-
tamento para gestação via reprodução humana e ou- gem cirúrgica, que incluiu cirurgia citorredutora (Retos-
tros 4 casos (30,8%) foram submetidos a histerectomia sigmoidectomia, ressecção de implantes peritoneais e
associado a salpingectomia bilateral para tratamento linfadenectomia retroperitoneal) associada à quimiote-
definitivo devido a desistência de gestar. Conclusão: rapia hipertérmica com Mitomicina 40mg administrada
Nossos achados sugerem que é possível e seguro o tra- conforme esquema: 30mg tempos 0 e 10mg aos 60 mi-
tamento com progestágeno para HAE e câncer de en- nutos, com perfusão de 90 minutos à 42ºC. O resulta-
dométrio em estádio inicial com intuito de preservação do da abordagem cirúrgica apontava para doença em
de fertilidade. maior volume do que o identificado nos exames de ima-
Contato: EDUARDO DORIA PINTO RODRIGUES DA gem com presença de infiltração neoplásica na parede
COSTA FILHO – eduardo.doriafilho@gmail.com intestinal com extensão à superfície serosa. Segmento
de epíplon infiltrado por adenocarcinoma. Linfonodos
perirretais acometidos (5/12). Ovário e tuba esquerdos
com metástase de adenocarcinoma em anel de sinete.
TEMÁRIO: CIRURGIA CITORREDUTORA / HIPEC ypT3 ypN2a ypM1b Atualmente a paciente encontra-
CÓDIGO: 59417 -se assintomática, clinicamente bem, e realizou PET/CT
18F-FDG em junho de 2017 cuja conclusão foi negativo
PRIMEIRA CIRURGIA CITORREDUTORA para tumor viável.
/ HIPEC REALIZADA NO ESTADO DA Contato: ADRIANO CARNEIRO DA COSTA –
PARAÍBA – REGISTRO HISTÓRICO adrianocacosta@gmail.com
Autores: Geraldo Almeida da Cunha Filho; Luiz Victor
Maia Loureiro; Fernando de Santa Cruz Oliveira; Julyana
Araujo Lemos Cavalcanti; Samara Alves Miranda de Sá;
Rodrigo Flamini; Adriano Carneiro da Costa; TEMÁRIO: NUMACO / ENFERMAGEM
CÓDIGO: 59984
o desenvolvimento de ações que visem à integralidade paciente relatado, obtendo uma resposta parcial. Con-
e a resolutividade da atenção em saúde. clusão: Apesar de o paciente relatado apresentar um
tumor raro e de prognóstico reservado, o diagnóstico
Contato: KELLY MARA BLACK – kelly@universo.
rápido da neoplasia, associado a terapeutica multimo-
univates.br
dal agressiva (QT, RT e cirurgia), possivelmente vão ge-
rar uma maior sobrevida ao paciente.
Contato: ANA JÚLIA SILVA TEIXEIRA – Teixeiraanajs@
TEMÁRIO: URO – 0NCOLOGIA gmail.com
CÓDIGO: 61986
RABDOMIOSSARCOMA ALVEOLAR
PARA-TESTICULAR – RELATO DE CASO TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
CÓDIGO: 62009
Autores: Ana Júlia Silva Teixeira; Isabelle França Bezerra;
Crislanny Regina Santos da Silva; Fernanda Beatriz Maia
Carlos; José Matheus Fernandes de Oliveira Silveira; RABDOMIOSSARCOMA DE OVÁRIO EM
Renan Santos Pessoa; Kerginaldo Jácome da costa Filho; PACIENTE JOVEM – RELATO DE CASO
Thiago Costa Pires;
Autores: Vitória Mikaelly da Silva Gomes; Camylla Santos
Instituição: UNIVERSIDADE POTIGUAR de Souza; Lívia Liberata Barbosa Bandeira; Patrícia
Pampuri Lopes Peres; Pedro Bastos de Souza Monteiro;
Apresentação do caso: MFSS, 15 anos, é encaminhado
José Cardoso Cavalcante Junior; Alline de Carli Bastos
à cirurgia oncológica em março de 2017 após ter rea-
dos Santos; João David de Souza Neto;
lizado oorquiectomia à direita em fevereiro, devido a
Instituição: UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA
um aumento volumétrico testicular direito, associado à
perda ponderal de 20 quilos, vômitos e dor abdominal. Apresentação do caso: Feminina, 15 anos, admitida
O anatomopatológico (AP) sugeriu neoplasia maligna no Serviço de Ginecologia com 3 meses de evolução,
de células redondas, medindo 14x8cm, com presença aumento do volume abdominal e dor em hipocôndrio
de invasão sanguínea, linfática e perineural com mar- direito. Menarca aos 13 anos, com ciclo menstrual re-
gens livres, sendo estadiado como pT3Nx. A imunohis- gular, inalterado.Apresentava anemia, plaquetose, de-
toquímica confirmou rabdomiossarcoma (RMS) alveo- sidrogenase láctica elevada, Beta HCG não reagente,
lar para-testicular. Apresentava massa retroperitoneal além de CA 125 e alfafetoproteína sem alterações.A
de aproximadamente 15cm, maciça e bem delimitada; tomografia computadorizada(TC) de abdome e pelve
além de linfonodomegalia inguinal direita. Tomografia mostrou volumosa formação cística em andares médio
computadorizada (TC) apresentava linfonodomegalia e inferior do abdome, sugestiva de neoplasia do ovário
retroperitoneal peri-aortocaval sugestiva de metástase. esquerdo(E); linfonodomegalias para-aórticas, ascite e
Encaminhado à quimioterapia, com a qual obteve res- hidronefrose bilateral. Realizada laparotomia explora-
posta parcial ao tratamento, sendo reencaminhado à dora para biópsia de congelação e remoção de ovário
cirurgia oncológica para ressecção da massa tumoral. E, omentectomia, anexectomia E e fragmento do peri-
No aguardo do resultado do anatomopatológico. Dis- tônio e linfonodos pélvicos para análise anatomopato-
cussão: O RMS é um grupo de câncer agressivo e raro. lógica. Evoluiu com grande perda volêmica na cirurgia,
Apesar de ser o sarcoma de tecido mole mais comum recebendo transfusão, seguindo para unidade de tera-
na infância, ele representa apenas 4% das neoplasias in- pia intensiva no pós-operatório(PO) imediato com hipo-
fantis. O prognóstico é ruim na maioria das vezes, mas tensão refratária ao uso de droga vasoativa. Estabilizou
depende do local de origem e do subtipo histológico. O no 4º dia PO, com alta no 5º. O anatomopatológico da
rabdomiossarcoma alveolar (ARMS) representa 25% de peça cirúrgica (quase 10 kg) mostrou compatibilidade
todos os RMS e é conhecido por uma alta prevalência com neoplasia de células fusiformes, sugerindo tumor
de metástase no momento do diagnóstico, sendo um estromal de cordão sexual do ovário e a imunohisto-
tumor de crescimento rápido. Em 75% dos ARMS, há química evidenciou rabdomiossarcoma embrionário
alterações genéticas que são caracterizadas por trans- ovariano.O anatomopatológico dos linfonodos e do
locações cromossômicas, gerando proteinas anomalas peritônio pélvico teve ausência de neoplasia. A TC de
responsáveis pela desregulação do ciclo celular. Apesar tórax para estadiamento não mostrou sinais de implan-
de uma abordagem multidisciplinar, incluindo ressec- te secundário. Paciente realizará quimioterapia(QT) ad-
ção cirúrgica, radioterapia (RT) e quimioterapia (QT) in- juvante.Discussão: O rabdomiossarcoma é um câncer
tensiva, muitas crianças com ARM morrem em 01 ano maligno de células relacionado à formação músculo
após diagnóstico. Devido à raridade desse tumor não esquelética, com menor frequência no aparelho uriná-
existe tratamento estabelecido na literatura. Mas, ulti- rio e reprodutor (20-25%).Entre os tipos de sarcoma, é
mamente, a sobrevida tem aumentando em crianças e mais comum na faixa etária do caso (85%) e pico antes
adolescentes que são abordados pelo tripé: Cirurgia, RT dos 15 anos. Corresponde a 2% dos cânceres de 15 a
e QT. A QT considerada padrão-ouro é a VAC (vincristi- 19 anos. Dentre os subtipos, o embrionário é raro no
na, dactinomicina e ciclofosfamida), que foi usada no trato genital e com boa resposta à QT, sendo bom prog-
nóstico no caso.A localização ovariana corrobora com a tê de Ética em Pesquisa da Universidade de Cruz Alta
raridade do caso.Em geral, são agressivos, recidivantes sob parecer 1.596.248 Resultados: Das 103 lâminas
e com metástase preferencial por via hematogênica, co- avaliadas, 93,2% (96) apresentaram-se negativas para
mumente aos pulmões. Dessa forma, a resposta negati- lesão intraepitelial ou neoplasia maligna, e 6, 79 % (7)
va quanto a implantes secundários constituem um bom estavam alterados com atipias celulares associadas às
prognóstico para o caso. A detecção precoce é conside- lesões intraepiteliais pré-malignas. Entre os alterados,
ra o maior aliado. A negativa de marcadores tumorais e 1,4% (1) foram classificados como atipias escamosas
ausência de sinais e sintomas específicos dificultaram o de significado indeterminado (ASC-US); 10,4% (5) como
raciocínio diagnóstico do caso. Conclusão: É importante lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL)/HPV;
ter esse tipo de câncer como hipótese para um diagnós- e 1,4% (1) como lesão intraepitelial escamosa de alto
tico precoce, pois permite o tratamento adequado com grau (HSIL). Neste estudo, foi observado que a maior
a QT, atualmente com taxa de cura extremamente alta. ocorrência de ASC-US, LSIL/HPV e HSIL foi encontrada
na faixa etária de 19 a 24 anos. Conclusão: Devido aos
Contato: LÍVIA LIBERATA BARBOSA BANDEIRA –
achados de lesões pré malignas em adolescentes e mu-
livialibertb@gmail.com
lheres jovens, e consequentemente a possibilidade de
evolução para doença invasiva, sugere-se a inclusão
deste segmento populacional no Programa de Controle
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA do CCU, visto que a faixa etária preconizada pelo Mi-
CÓDIGO: 62015 nistério da Saúde para rastreamento populacional é a
partir dos 25 anos.
RASTREAMENTO DO CÂNCER DO Contato: LUCAS ADALBERTO GERALDI ZANINI –
COLO DO ÚTERO EM ADOLESCENTES E lgzanini@hotmail.com
MULHERES JOVENS: ANÁLISE DO PERFIL
CITOLÓGICO
Autores: Janice Pavan Zanella; Lucas Adalberto Geraldi
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
Zanini; Katiuscia Baggio, ; Marciele Oliveira Prestes;
Cassiano Diehl; Michele Ferraz Figueiro; Brenda Silva; CÓDIGO: 61955
Janaina Coser;
Instituição: HOSPITAL DE CARIDADE DE IJUI REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
TIKHOOF~LINBERG NO TRATAMENTO
Introdução: Há no Brasil aproximadamente 36 mi- DE CONDROSSARCOMA DE ESCÁPULA –
lhões de adolescentes e mulheres jovens, e 75% dessas
RELATO DE CASO
têm vida sexual ativa. Há uma tendência de iniciação
sexual mais precoce, podendo ocorrer um acréscimo Autores: Wallace Hostalacio Avelar Martins; Antonio
Felipe Santa-Maria; Antonio Carlos Ribeiro Garrido
da prevalência de HPV e das anormalidades citológi-
Iglesias; Cassiana Miranda de Pinho Tavares; Igor
cas decorrentes desta infecção viral neste segmento
Oliveira Neves; Carlos Eduardo Belarmino Filho; Vítor Yu
populacional. O câncer do colo do útero (CCU) é uma Zhu; Victor Hugo Pereira Gomes;
enfermidade crônica degenerativa com alto grau de in-
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO
cidência, e apesar de ser uma neoplasia com potencial RIO DE JANEIRO; UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO
de prevenção, constitui importante problema de saúde DO RIO DE JANEIRO
pública no Brasil. O aumento da frequência de lesões
pré-neoplásicas cervicais em adolescentes e mulheres Apresentação do caso: Homem, branco, 65 anos,
jovens aponta para a necessidade de estudo e inves- HIV positivo em terapia antirretroviral (no momento
tigação do comportamento dessas alterações nessa com carga viral indetectável e CD4 > 1000), portador
faixa etária, cuja compreensão poderá auxiliar o de- de Hepatite C com cirrose (Child-Pugh B) e história de
senvolvimento de estratégias e mecanismos de inter- carcinoma hepatocelular (tratado com radioablação há
venção que reduzam as taxas de morbimortalidade por 1 ano e 4 meses), avaliado no ambulatório de clínica
CCU. Justifica-se assim o presente estudo. Objetivo: cirúrgica em março de 2012. Relatou que há 9 meses
Determinar o perfil citológico da cérvice uterina de ado- surgiu tumor em seu ombro direito com crescimento
lescentes e mulheres jovens que realizaram o exame rápido e progressivo gerando dificuldade para elevar
preventivo do câncer do colo do útero em um serviço seu braço direito acima da linha do ombro. Ao exame
de saúde pública. Método: Estudo descritivo, retros- físico não apresentava nenhum sinal de linfadenopatia
pectivo com reanalise de 103 lâminas e requisições de ou edema. O tumor possuía aderência profunda, con-
exames citopatológicos de adolescentes na faixa etária sistência firme e ausência de úlceras na pele. A resso-
de 12 a 18 anos e mulheres jovens de 19 a 24 anos de nância magnética revelou formação de 16 cm em sua
idade, no período de 2013 a 2015. Os dados obtidos maior extensão, de provável origem escapular com
foram tabulados e analisados no software estatístico invasão da articulação acrômio-clavicular e músculo
IBM SPSS versão 22. O estudo foi aprovado pelo Comi- manguito rotador. Não houve acometimento de vasos
e de plexo braquial. A biópsia revelou Condrossarcoma de edema no membro superior esquerdo. Submetida à
de baixo grau. A tomografia de tórax, abdômen e pel- linfadenectomia axilar radical em níveis I, II, III com evi-
ve realizada para estadiamento não revelou sinais de dencia de invasão dos nervos da região axilar. Ao ana-
doença metastática. Optou-se pela ressecção em bloco tomopatológico constatado metástase de melanoma
de toda cintura escapular com tumor e músculos ad- em 22 dos 25 linfonodos dos níveis I e II e em 3 dos 3
jacentes e por não usar próteses após ressecção. No linfonodos do nível III, todos com extensão extra nodal.
pós-operatório, ficou com membro imobilizado por 8 Realizado tomografia toraco-abdominal e ressonância
semanas e evoluiu com incapacidade de movimentar o nuclear magnética do encéfalo, ambas, sem alterações
ombro direito, porém todas as funções da mão direita sugestivas de metástase. Encaminhada ao serviço de
e 50% da função do antebraço direito se mantiveram oncologia clinica, não sendo indicado tratamento qui-
preservadas. Não foi realizada quimio ou radioterapia. mioterápico. Paciente evolui com parestesia em face
Após 3 anos de acompanhamento, paciente veio a óbi- posterior de braço esquerdo, edema e leves dores no
to em decorrência de falência hepática, sem sinais de pós-operatório, os quais melhoraram com realização
recorrência do sarcoma. Introdução: Embora a cintura de fisioterapia. Realizado tratamento radioterápico do
escapular seja o terceiro sítio mais acometido por sar- dia 08/06/2017 a 17/06/2017 em dias alternados. Segue
comas de tecido mole, tumores de escápula são raros em acompanhamento, sem queixas de sintomas até
e usualmente diagnosticados em estágios avançados. ultima consulta. Discussão: O melanoma é a neopla-
Apesar amputação de membro superior possa ser ne- sia agressiva que pode fazer metástase para qualquer
cessária, a preservação do membro pode, muitas ve- órgão do corpo, sendo a forma mais grave de câncer
zes, ser realizada. O procedimento de Tikhoff-Linberg de pele e o sexto câncer mais comum na América do
(TLP) tem sido usado para tratar estes tumores desde Norte. A incidência e a evolução clínica do melanoma
1920 e consiste na ressecção de toda a cintura escapu- relacionam-se com múltiplos fatores. Estima-se que o
lar acometida com o tumor. Contudo, esta intervenção melanoma aconteça com frequência 20 vezes maior
permanece pouco conhecida na prática médica e é ob- em brancos que em negros e seja mais prevalente nos
jeto de pequeno número de publicações. Conclusão: homens que nas mulheres. A exposição solar, especi-
Apesar do pequeno número de estudos a respeito do ficamente a radiação ultravioleta, aumenta o risco de
real papel deste procedimento, TLP é um procedimen- desenvolvimento de melanoma nas populações susce-
to seguro e viável em mais de 80% dos pacientes com tíveis e outros fatores como: envelhecimento, historia
tumor de escápula e deve ser preferida à amputação de familiar de melanoma, historia de outros canceres de
membro superior. pele, xeroderma pigmentoso e nevo displásico contri-
buem para o aumento do risco. A taxa de sobrevivência
Contato: WALLACE HOSTALACIO AVELAR MARTINS –
dos pacientes com melanoma depende do estágio da
wallace27@uol.com.br
doença no momento do diagnóstico, sendo que exis-
tem cinco estágios: do estágio 0 (melanoma in situ),
ao estágio IV (metástase a distancia). Para pacientes
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA com melanoma cutâneo, o prognóstico está relaciona-
CÓDIGO: 64731 do à localização, profundidade e outras propriedades
biológicas do tumor primário, e a presença ou ausên-
RECIDIVA DE MELANOMA CUTÂNEO EM cia de doença metastática loco-regional e a distancia.
O desenvolvimento de uma recorrência, local em um
PACIENTE COM ACOMPANHAMENTO
paciente com melanoma cutâneo, após ressecção ade-
AMBULATORIAL À LONGO PRAZO quada do tumor primário, tem sido associado, histori-
Autores: Pedro Hansen Monteiro de Paula – Paula; camente, a um prognóstico ruim. Estudos apontam que
Thiago Zeraik Sampaio Lustosa; Leonardo Martins as taxas de sobrevivência de 5 e 10 anos foram 9 e 5%,
Caldeira de Deus; Alexandre Moreira Guimarães;
respectivamente, quando a recorrência local foi o pri-
Guilherme Rezende; Chrystian Júnio Rodrigues; Marcela
meiro local de falha. Em contraste, houve uma taxa de
Pinheiro de Araújo Craide; Bruno Righi Rodrigues de
Oliveira; sobrevivência de 86% de cinco anos para aqueles que
não desenvolveram uma recorrência local. Os pacientes
Instituição: INSTITUTO MÁRIO PENNA HOSPITAL
LUXEMBURGO que desenvolvem uma recorrência local do melanoma
primário possuem uma gama de opções terapêuticas
V.A.S, 57 ANOS, sexo feminino, com historia de melano- disponíveis. Os casos devem ser discutidos e acompa-
ma cutâneo em região de braço esquerdo, submetida a nhados por equipe multidisciplinar com experiência
exérese de lesão e acompanhamento em ambulatório em gerenciamento de melanoma sempre que possível.
de serviço de oncologia por 16 anos, sem sinais de re- Essas discussões devem incluir o trabalho inicial, bem
cidiva da doença. Todavia, em Abril de 2016, procurou como as opções terapêuticas, que podem variar desde
serviço médico com queixa de massa volumosa de cres- a excisão cirúrgica simples, através de vários tratamen-
cimento rápido em região axilar esquerda. Ao exame, tos regionais, até terapias sistêmicas potencialmente
não observou comprometimento de força ou presença usadas de forma neoadjuvante. Comentários finais:
As recorrências locais do melanoma após uma terapia tumor depois de 24 anos deste tratamento. Entretanto,
inicial adequada e apropriada são muitas vezes um pre- de acordo com a literatura 80% das recorrências locor-
núncio da doença disseminada. O acompanhamento regionais acontecem nos 5 primeiros anos.
multidisciplinar prolongado sempre deve ser realizado
Contato: LETÍCIA SIGNORI KOHL – leticiaskohl@gmail.
afim de: possibilitar diagnóstico e tratamento precoce
com
e aumentar sobrevida e qualidade de vida do paciente.
Contato: PEDRO HANSEN MONTEIRO DE PAULA –
Pedrohansendepaula@hotmail.com
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
CÓDIGO: 59769
cer de rim e trombo venoso tumoral pode ser curada e 7 linfonodos do mesorreto. A microscopia revelou
com cirurgia, mas a maioria recorre em curto período de ausência de neoplasia residual pós-radioterapia short
tempo. Comentários finais: Esta paciente apresentou course (grau de regressão tumoral 1 de Mandard). Os
neoplasia renal de células claras bilateral, sendo trata- limites cirúrgicos, assim como linfonodos isolados, es-
da com ressecção cirúrgica sob intenção curativa. Não tavam livres de neoplasia. Classificação patológica yp-
obstante, apesar da nefrectomia total direita e parcial T0ypN0. Discussão: Observou-se regressão completa
esquerda, e de não apresentar recorrência em parên- do tumor com radioterapia short course neoadjuvante.
quima renal remanescente, evoluiu com trombose tu- Essa modalidade de tratamento radioterápico se revela
moral de VRE. Não há casos semelhantes na literatura. uma importante alternativa terapêutica, que demanda
menos tempo, menores custos e maior possibilidade
Contato: CAROLINA POMPERMAIER –
de adesão do paciente. Comentários finais: A litera-
carolpompermaier@gmail.com
tura evidencia que sua utilização pré-operatória é um
regime seguro e efetivo para a abordagem de câncer
avançado de reto. No entanto, no Brasil, ainda precisa
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL ser mais difundida. Assim, é relevante a discussão, pois
CÓDIGO: 62011 pode resultar em alto impacto orçamentário para o Sis-
tema Único de Saúde.
REGRESSÃO COMPLETA DE Contato: BRUNA COELHO LACERDA – brunac.lacerda@
ADENOCARCINOMA DE RETO yahoo.com.br
MODERADAMENTE DIFERENCIADO
INTRAMUCOSO COM RADIOTERAPIA
SHORT COURSE NEOADJUVANTE –
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
RELATO DE CASO
CÓDIGO: 59884
Autores: Bruna Coelho Lacerda; Ana Carolina Sobreira
Abrahão; Verônica Pereira Ton; José Francisco Ferreira
Lima; Mayara Sanae Fujimoto; Cassiana Miranda de
RELATO DE CASO – LEIOMIOMA
Pinho Tavares; Gian Carlo Jiorio de Almeida; Edmar RETROPERITONEAL
Lopes da Silva Neto; Autores: Pâmella Bertoldi Soares; Lara Borges Cecílio;
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO Gabriela de Lima Alves; Gabriel Borges Barbosa; Jane
RIO DE JANEIRO Monteiro Godoi Bernardes; Guilherme Freire Angotti
Carrara; Luiz Carlos Furtado de Almeida Júnior;
Apresentação do caso: Paciente feminina, 80 anos,
Instituição: UNIVERSIDADE DE UBERABA
natural do Rio de Janeiro, do lar. Há dois anos iniciou
quadro de constipação associado à tenesmo, hema- Apresentação do caso: O.F.C, sexo feminino, 57 anos,
toquezia e dor pélvica. Ao toque retal, foi verificada G4, P4, N4, história prévia de histerectomia total há 2
lesão a aproximadamente 7cm do canal anal. A RNM anos devido a quadro de miomatose uterina. Foi admi-
de pelve evidenciou lesão expansiva sólida de aspecto tida com quadro de dor há 1 ano em hipocôndrio direito
vegetante e infiltrante comprometendo o reto inferior com irradiação para flanco direito, de forte intensidade
e médio, determinando redução da sua luz, medindo e piora progressiva. Sem hematúria e demais queixas.
cerca de 60mm de extensão. A retossigmoidoscopia Dor a palpação de hipocôndrio e flanco direitos, punho
com biópsia demonstrou lesão vegetante, com ulcera- percussão dolorosa à direita. Sem massa palpável. TC
ção central, a aproximadamente 9cm da margem anal, de abdome evidenciou lesão ovalar, isodensa, de limites
sugerindo blastoma avançado de reto médio. LHP de definidos, medindo 1,5 x 4,9 x 5, 4 cm adjacente ao polo
biópsia de reto confirmou adenocarcinoma de reto superior do rim direito. RNM de abdome visualizou le-
moderadamente diferenciado. A lesão de reto foi esta- são heterogênea com limites definidos junto a cápsula
diada (T3N0M0). Realizada RXT short course neoadju- posterior do polo superior do rim direito. Biópsia guia-
vante, utilizando uma dose total de 2500cGy em cinco da por TC constatou tumor histologicamente benigno
aplicações diárias consecutivas de 500cGy, em pelve. de músculo liso. A imuno-histoquímica sugeriu neopla-
Paciente foi submetida à ressecção anterior de reto a sia mesenquimal fusocelular de baixo grau. Realizou-se
Hartmann, sem intercorrências. Cavidade acessada via ressecção cirúrgica da lesão retroperitoneal cujo anato-
laparotomia mediana (supra-infra umbilical). Não fo- mo patológico mostrou neoplasia benigna de músculo
ram encontrados líquido livre ou implantes. Realizada liso, pesando 20 g e medindo 6, 0x4,5 cm, composta
ligadura de veias e artérias retais superiores, com dis- por feixes com orientação variada de músculo liso sem
secção do mesorreto até reto inferior; grampeamento necrose, sem figuras de mitose e sem atipia celular.
distal, proximal e colostomia terminal à esquerda. Peça Discussão: Os tumores de retroperitônio representam
cirúrgica, encaminhada para estudo anatomopatológi- 0,2% de todas as neoplasias, sendo que 85% apresen-
co. mediu 24cm de comprimento, com circunferência tam comportamento maligno e apenas 15% benigno.
interna de 7cm na margem proximal e 5cm na mar- Dentre as lesões benignas destaca-se os leiomiomas,
gem distal. Foram isolados 10 linfonodos epicólicos, 2 tumores com incidência menor que 1%, sendo mais
linfonodos paracólicos, 2 linfonodos do polo vascular frequentes nos tratos geniturinário e gastrointestinal e
raros em retroperitônio. Acomete qualquer faixa etá- tes com carcinoma epidermoide do pênis apresentam
ria, tem crescimento insidioso, geralmente assintomá- linfadenopatia, contudo apenas metade apresenta
tico ou oligossintomático, podendo chegar a grandes comprometimento metastático linfonodal. Paciente
volumes. Sintoma mais frequente é a dor abdominal submetido penectomia total paliativa antes de realizar
inespecífica podendo apresentar também massa pal- tratamento de quimioterapia. A análise anatomopato-
pável. Outras queixas que podem ocorrer são anorexia, lógica da peça cirúrgica revelou carcinoma epidermoide
náuseas/vômitos, ascite, alteração do hábito intestinal moderadamente diferenciado apresentando infiltração
e edema de membros inferiores por compressão da da glande, corpos cavernosos esponjoso e uretra, pre-
veia cava. Comentários finais: O diagnóstico dos tu- sença de invasão angiolinfática e perineural. Após cirur-
mores retroperitoniais raramente é realizado somente gia iniciou tratamento quimioterápico. Como descrito
pelo quadro clínico e exame físico, deve-se ampliar ava- na literatura a quimioterapia adjuvante é indicada para
liações clínicas e exames de imagem, permitindo esta- casos considerados de alto risco de recidiva local e dis-
belecer um diagnóstico preciso. A literatura evidencia seminação sistêmica. Além dos casos com prognósticos
uma associação entre leiomioma e patologias gineco- ruim por comprometimento linfonodal bilateral, linfo-
lógicas como história prévia de miomatose uterina. O nodo comprometido com mais de 2 cm de diâmetro,
tratamento cirúrgico é a melhor opção para os tumores envolvimento de linfonodos pélvicos e disseminação
retroperitoniais, devendo ser indicado o mais precoce- extra capsular linfonodal.
mente, pois freqüentemente há invasão de estruturas
Contato: LETÍCIA SIGNORI KOHL – leticiaskohl@gmail.
nobres durante seu crescimento, o que torna menor a
com
sua ressecabilidade.
Contato: PÂMELLA BERTOLDI SOARES –
pamellabertoldi@gmail.com
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
CÓDIGO: 60208
dominantemente na sexta a oitava década. É incomum vespertina diária e perda ponderal significativa. Nova
em pacientes com menos de 40 anos e raro em crian- TC revelou volumosa lesão expansiva vesical em pare-
ças.A classificação histológica dos CCRs é de extrema de lateral direita, comprometendo o meato ureteral e
importância, uma vez que a determinação dos subtipos severa hidronefrose ipslateral. Foi considerado inapto
histológicos tem significativas implicações prognósticas para realizar cistectomia e instituiu-se programa de
e terapêuticas. As variantes histológicas mais comuns paliação. O paciente foi a óbito 2 semanas após. Dis-
são células claras, papilífero e cromófobo.O CCR do tipo cussão: Os carcinomas sarcomatóides de bexiga são
Papilífero é responsável por aproximadamente 15% de tumores raros, representando apenas 0,3% das ma-
todos os cânceres de rim, origina-se do túbulo proximal. lignidades de bexiga. De mau prognóstico e taxas de
Esta variante apresenta dois subtipos baseados na sua sobrevida global média abaixo de 20 meses, são com-
aparência histológica e comportamento biológico. Es- postos tanto por elementos sarcomatosos de tumores
ses dois subtipos têm prognósticos bastante distintos. mesenquimais quanto por elementos de carcinoma de
Para pacientes com carcinoma de células renais resse- células epiteliais. O componente epitelial mais frequen-
cáveis estágio I, II ou III, a nefrectomia radical tem sido temente encontrado é o carcinoma transicional de alto
a abordagem mais utilizada.Comentários:O carcinoma grau (80%) e componente mesenquimatoso, o osteos-
de células renais é uma doença ameaçadora à vida, sarcoma (37%), sendo o Leiomiossarcoma apenas 7%
pois possui curso de evolução silencioso e prognóstico dos casos. Devido à natureza agressiva desta neoplasia
reservado. Muitos pacientes sintomáticos apresentam e sua tendência de recorrência local, cistectomia radical
ao diagnóstico tumores de grande porte e com elevado parece ser o tratamento de escolha para esses pacien-
grau de diferenciação celular. O diagnóstico precoce é tes. Comentários finais: A alta e rápida letalidade dos
essencial para evolução favorável. carcinomas sarcomatóides de bexiga indicam o trata-
mento cirúrgico agressivo como melhor escolha. Ape-
Contato: CAROLINA NOGUEIRA FERRAZ TREMONTE –
sar de forte tendência, o papel da terapia multimodal,
carolinatremonte@gmail.com
quimioterapia com ou sem radioterapia associados,
ainda não é claro, e, portanto, se vê necessário estudos
futuros afim de se determinar a melhor conduta.
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS Contato: LAURIENE MAIA SANT´ANNA – lauriene.
CÓDIGO: 60193 maia@hotmail.com
CARCINOMA SARCOMATÓIDE
DE BEXIGA COM COMPONENTE
MESENQUIMATOSO RARO TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
CÓDIGO: 60331
Autores: Lauriene Maia Sant´Anna; Rayane Lima
Domingues; Wellington Fernandes; Thales Cavalcante
Ramos; Wenderson Magno Cruz; Gessica Garcia; CARCINOMA UROTELIAL SEM
Rodolfo Kenji Siroma; Gabriel Slongo dos Santos; HEMATÚRIA EM MULHER JOVEM
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA Autores: Maurílio de Cássio Golineli; Guido Vieira
CATARINA Gomes; Alexandre Laranjeira Junior; Otávio e Silva
Rodrigues Filho;
Apresentação do caso: Paciente masculino, 64 anos,
tabagista, sem comorbidades, apresentou hematúria Instituição: CENTRO DE ONCOLOGIA DOURADOS
macroscópica e disúria. Procurou atendimento após 2 Apresentação do caso: Paciente L.M.A., sexo feminino,
meses. Realizado USG seguido de TC de estadiamento 35 anos, previamente hígida, procurou atendimento no
que evidenciaram volumosa lesão vesical, invasiva no UPA com quadro de queda estado geral e oligúria. Exa-
assoalho, sem plano de clivagem com a próstata. Re- mes apresentavam hiperuremia. Exame físico: massa
alizada Ressecção Transuretral incompleta da lesão, a palpável em região hipogástrica, ginecológico com apa-
cistoscopia evidenciou ainda inúmeras outras lesões gamento colo uterino (biopsiado) e sem lesões vegetan-
pequenas. Re-RTU foi realizada após 6 semanas. O ana- tes. Referia dor lombar a esquerda, de moderada inten-
tomopatológico apontou neoplasia pouco diferenciada sidade, sem fator desencadeante, há aproximadamente
com infiltração dos tecidos circunjacentes, extensa área 8 meses de evolução. Negou tabagismo, hematúria,
de necrose e componente mesenquimatoso favorecen- perda ponderal, história de câncer na família e outras
do aspecto de leiomiossarcoma. A imunohistoquímica comorbidades. Submetida inicialmente a US abdominal
complementar evidenciou quadro morfológico e perfil total que evidenciou massa heterogênea na bexiga, in-
consistentes com Carcinoma Urotelial Sarcomatóide de vadindo fundo do saco vesico uterino. TC não contras-
alto grau histológico. Iniciou acompanhamento com on- tada de abdome total, massa tumoral de 9, 3 x 9, 7cm
cologia clínica e foi indicada cistectomia radical. Devido com compressão extrínseca do trígono vesical. Realiza-
ao quadro consumptivo severo e hematúria persisten- do ureterocistoscopia demonstrando irregularidade do
te, foi internado para melhora do Status Performance. assoalho vesical e extensas áreas de necrose, biópsia
Após 10 meses do início dos sintomas, apresentava da parede (negativo para neoplasia). Programado deri-
piora do quadro clínico, disúria, dor abdominal, febre vação urinária (ureterostomia) para resolução quadro
renal e dialítico. A paciente foi submetida a cistectomia nóstico de LC. Em seguimento no tratamento oncológi-
radical, histerectomia total ampliada e ureterostomia co. Discussão: A Carcinomatose Leptomeníngea (LC) é
cutânea, por ressecabilidade tumoral. Anatomopato- uma complicação neurológica grave que ocorre em 5%
lógico detectou neoplasia maligna pouco diferenciada, os pacientes com câncer. Mais identificada em metásta-
carcinoma. Complementado com imunohistoquímica ses de leucemia, linfoma, câncer de pulmão e melano-
que confirmou Carcinoma urotelial de alto grau, com ma. No câncer gástrico o comprometimento das lepto-
positividade para GATA-3 e p63. Foi estadiado como meninges é raro. O quadro clínico da LC caracteriza-se
pT4a, pNX, pMX, com infiltração em óstios ureterais principalmente pela presença de cefaleia, distúrbios vi-
direito e esquerdo, corpo e colo uterino além de cúpu- suais e alteração no nível de consciência, sua presença
la vaginal. Após confirmação anatomopatológica, foi revela um prognostico devastador. Apresentamos um
submetida a segundo tempo cirúrgico, realizado linfa- caso de Carcinomatose Leptomeníngea secundária a
denectomia pélvica com congelação (positiva em fossa adenocarcinoma gástrico em período curto do diagnós-
obturadora direita) e reconstrução urinária neobexiga tico do tumor primário com RMN inespecífico, LCR com
continente. Encaminhada para tratamento adjuvante citologia negativa e pesquisa de células neoplásicas
com radio-quimioterapia. Discussão: O câncer de be- com raras células epitelioides indefinidas com discre-
xiga corresponde a 6% de todos os tumores malignos, ta atipia nuclear e vacúolos citoplasmáticos em meio a
sendo o nono tipo mais comum. Mais prevalentes no leucócitos Comentários finais: Sintomas neurológicos
sexo masculino, com proporção 3:1, com maior incidên- como cefaleia persistente, alteração do nível de cons-
cia na sexta década de vida, sendo o tabagismo o princi- ciência ou paralisia de nervos cranianos em pacientes
pal fator de risco e a hematúria a principal manifestação oncológicos devem ser minunciosamente investigados,
da doença. Comentários finais: O carcinoma urotelial em destaque no cancer gástrico devido sua raridade e
de alto grau é uma doença de alta morbimortalidade e falta de conduta terapêutica padrão.
com grandes taxas de recidiva e metástase. Este caso
Contato: LAURIENE MAIA SANT´ANNA – lauriene.
traz uma apresentação clínica atípica (ausência de he-
maia@hotmail.com
matúria), com paciente fora padrões epidemiológicos,
idade e sem fator de risco ambiental (tabagismo).
Contato: MAURÍLIO DE CASSIO GOLINELI – ma_
golinelli@hotmail.com TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
CÓDIGO: 61754
CARCINOSSARCOMA PRIMÁRIO DA
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO VAGINA
CÓDIGO: 60203
Autores: Mariana de Castro; Fabio Roberto Fin;
Marciano Anghinoni; Bruno Roberto Braga Azevedo;
CARCINOMATOSE LEPTOMENÍNGEA Teresa Cristina Santos Cavalcanti; Priscila Nunes Silva
COMO APRESENTAÇÃO RARA DE Morosini; Nayara Vilas Novas Greselle; Debora de Melo
ADENOCARCINOMA GÁSTRICO Gagliato;
Autores: Lauriene Maia Sant´Anna; Wellington Instituição: HOSPITAL SÃO VICENTE
Fernandes; Rayane Lima Domingues; Rodolfo Kenji Apresentação do caso: SIMF, feminino, 70a. Paciente
Siroma; Kamilla Schimitz Nunes; Thales Cavalcante em follow up por neoplasia de endométrio (adenocar-
Ramos; Andrezza Fabrízia Bertoli;
cinoma endometrióide, G2, pT2Nx) submetida à histe-
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA rectomia, radio e braquiterapia em 2011. Em consulta
CATARINA
de seguimento em 2015 apresentou queixa de sangra-
Apresentação do caso: Paciente do sexo masculino, 67 mento vaginal; ao exame especular evidenciou-se nova
anos. Diagnosticado com adenocarcinoma gástrico de lesão em parede vaginal. Realizado biópsia com laudo
fundo, pouco diferenciado. Evoluiu com cefaleia occipi- histopatológico confirmando tumor mulleriano malig-
tal com piora progressiva, confusão mental e rebaixa- no (carcinossarcoma) com componente epitelial com-
mento do nível de consciência e um episódio de síncope. posto por adenocarcinoma endometrióide. Solicitado
Apresentando discreta desorientação, rigidez de nuca a revisão da lâmina da neoplasia anterior, não sendo
e marcha atípica. Em ressonância magnética de crânio identificado componente sarcomatóide na neoplasia
identificou-se acúmulo mínimo com hipersinal em Flair, de endométrio. Seguiu com exames de estadiamento:
ocupando os sulcos corticais na alta convexidade cere- ressonância magnética identificando lesão expansiva
bral junto aos lóbulos paracentrais. Conclusão: ines- preenchendo a topografia vaginal, medindo 7, 2cm, em
pecífica. Ao LCR liquor límpido, sem desenvolvimento íntimo contato com a bexiga, parede anterior do canal
bacteriano, citologia negativa, glicose 31 e proteínas anal e parede posterior da uretra; tomografia de tórax
totais 71,2. Pesquisa de células neoplásicas: raras célu- com nódulo de 21mm suspeito para implante secun-
las epitelioides indefinidas com discreta atipia nuclear dário; exame de PET-CT não evidencia metabolismo
e vacúolos citoplasmáticos em meio a leucócitos. Após significativo em nódulo pulmonar, porém confirmou le-
avaliação por equipe de neurologia, confirmado diag- são com aumento de metabolismo em vagina, além de
linfonodos em cadeias ilíaco-obturatórios bilaterais. In- fita); exploração das fossas para-retais e para-vesicais
dicado pela oncologia clínica tratamento quimioterápi- – livres (avaliação ressecabilidade); identificado inva-
co com 7 ciclos de carboplatina + placlitaxel. Solicitado são da veia ilíaca externa dir; Procedido: Exenteração
novo PET-CT para avaliação de resposta pós-quimiote- pélvica total supra-elevadora com ressecção da parede
rapia, no qual se evidenciou resposta clínica completa. abdominal, alça de delgado (anastomose prévia), veia
Proposto colpectomia + linfadenectomia pélvica bila- ilíaca externa dir em bloco, linfadenectomia pélvica bi-
teral, contudo o procedimento foi contraindicado por lateral, linfadenectomia retroperitoneal D4; reconstru-
quadro de IAM seguido de revascularização durante o ção da linha urinária com Bricker (equipe da urologia),
meio do ciclo seguido de TVP ao final do ciclo. Pacien- reconstrução da perede abdominal com tela de proced,
te segue com exames trimestrais, mantendo doença anastomose colo-retal e íleo-colostomia (mickulicz).
em remissão. Discussão: o carcinossarcoma primário Não realizado reconstrução venosa sendo a drenagem
da vagina é um tumor raro de histogênese ainda não do membro mantida pelas veias epigástricas e circun-
bem definida. Alguns autores defendem que, pelo fato flexa. AP: Bx, Útero, Anexos e Colorretal, presença de
de fundo vaginal ser originário dos ductos mullerianos, extensa infiltração por adenocarcinoma recidivado de
sua origem seja semelhante aos dos tumores mulleria- padrão tubular moderadamente diferenciado, Linfo-
nos uterinos, outra teoria explorada é a da conversão, nodos livres Discussão: Aproximadamente 10% dos
em que o elemento dominante nos carcinossarcomas adenocarcinomas reto apresentam-se com invasão de
do trato genital feminino é o epitelial, os elementos órgãos adjacentes sem metástases distância. A exten-
sarcomatosos evoluem do carcinoma como um fenô- são da doença loco-regional e a distância são melhor
meno secundário, podendo a exposição à radiação ser avaliados por RM e CT. Apesar de critérios de resseca-
um desses fenômenos. Comentários finais: os tumo- bilidade definidos é recomendável avaliação em serviço
res mullerianos malignos primários da vagina são en- oncológico com equipe multidisciplinar para que deste
tidades ainda pouco estudadas e de mau prognóstico modo o melhor resultado possível possa ser alcançado.
(semelhante aos de origem uterina). O tratamento ci- Comentários finais: Evoluiu com ileostomia de alto dé-
rúrgico, com ressecções alargadas, seguido de quimio e bito, sendo realizado o fechamento de íleo-colostomia
radioterapia adjuvante é a abordagem de escolha para no 28º pós-operatório após a colonoscopia comprovar
o manejo dessa neoplasia. a integridade da anastomose colo-retal. Não realizou
QT adjuvante por falta de performance. Atualmente em
Contato: MARIANA DE CASTRO – mari_castro1006@
seguimento no ambulatório sem evidência de recidiva
yahoo.com.br
de doença há 6 meses.
Contato: DAIANA LOPES DO NASCIMENTO –
dayannamed1@hotmail.com
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
CÓDIGO: 59833
peritoniais. Cistoscopia: retração mucosa região trigo- compatível com atrofia; antro com enantema discreto
nal; Biópsia: Ausência de neoplasia. Retoscopia: Abau- e várias lesões planas e amareladas, compatíveis com
lamento reto. Cirurgia 01/2017: No inventário cavitário xantelasma, medindo até 10 mm. Foi submetido a gas-
constatada doença loco-regional envolvendo, bx e reto. trectomia atípica, a qual revelou lesão em corpo alto,
Realizado dissecção e reparo dos uretéres e vasos ilí- parede posterior umbilicada de aproximadamente 5
acos bilat (reparados com fita); exploração das fossas cm, com área de acometimento de mucosa, com lesão
(paredes laterais livres); Procedido: Exenteração pélvi- na luz do órgão de aproximadamente 15 cm, distando 3
ca total supra-elevadora, linf pélvica bilat, linf retrope- cm do esôfago; ausência de lesões sugestivas de metás-
ritoneal seletiva; reconstrução da linha urinária com tase; presença de pequena lesão pediculada séssil de
Bricker (equipe da urologia) e anastomose colo-retal aproximadamente 2 cm em borda mesentérica a 30 cm
duplo grampeada e transversostomia em alça. LHP: In- do ângulo de Treitz. Realizou-se a ressecção das lesões
filtração por carcinoma pouco diferenciado da bexiga no estômago e intestino delgado. O exame anatomopa-
e reto livre; margens ureterais e vaginal livres (previa- tológico dos segmentos ressecados evidenciaram: frag-
mente avaliadas no intra-op). Discussão: O câncer de mento do intestino delgado com nódulo mesenquimal
colo uterino no Brasil é o segundo mais incidente e a sem atipias ou necrose medindo 1.0X0.7cm sugestivo
quarta causa de morte por câncer em mulheres. Com de GIST; o fragmento gástrico com neoplasia mesenqui-
instituição de politicas publicas voltadas à detecção mal celular, sem atipias ou necrose medindo 12X8X5.
precoce, a incidência de doença em estádios avança- 6cm sugestivo de GIST; áreas de úlcera péptica com
dos tem diminuído. O tratamento destes tumores em extensão para neoplasia. BX gástrica: processo inflama-
estádio avançados implica maior taxa de recorrência e tório crônico e tecido de granulacão sugestivo de lesão
menor sobrevida quando comparados com os estádios ulcerada. GIST foi confirmado posteriormente através
iniciais. Aproximadamente 25% das pacientes tratadas exame imunohistoquímico. O paciente encontra-se vivo
QRT exclusiva evoluirão com doença recorrente, sen- e sem evidências de recidiva tumoral após 8 meses de
do as recidivas pélvicas centrais candidatas à resgate seguimento. Discussão: Os GIST são tumores origina-
cirúrgico com exenterações pélvicas. A despeito da alta dos das células progenitoras das células intersticiais
morbidade, mortalidade e complicações tardias rela- de Cajal e possuem comportamento imprevisível. Mais
cionadas à reconstruções urinárias, quando indicada de 69% dos GIST são assintomáticos e, quando apre-
em pacientes selecionados este procedimento pode ter sentam sintomas, os mais comuns são hemorragias
uma sobrevida em 5 anos de 20 a 50%. Comentários gastrointestinais, anemia, obstrução, dor, compressão,
finais: Apresentou boa evolução recebendo alta no fadiga e melena. A agressividade do tumor está direta-
6ºPO. Fechamento de colostomia 05/2017 após a onco- mente ligada ao tamanho da lesão, sendo no caso rela-
logia não indicar adjuvância. Seguimento ambulatorial tado um tumor de alto risco devido ao tamanho maior
com exame ginecológico e de imagem 4/4 meses sem que 10 centímetros. O tratamento padrão em lesões de
evidência de doença recorrente. alto risco é a ressecção da lesão e a terapia adjuvan-
te com o Imatinib. Comentários finais: A sugestão de
Contato: DAIANA LOPES DO NASCIMENTO –
GIST pela EDA e a conduta resolutiva coincidem com o
dayannamed1@hotmail.com
que é descrito pela literatura.
Contato: MATHEUS HENRIQUE DE SOUZA GOMES –
mhsgomes94@gmail.com
TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE
CÓDIGO: 60493
tou volumoso complexo no baixo abdome com aspecto Apresentação do caso: J.C.J., homem, 68 anos, admi-
heterogêneo, com possível continuidade com alças de tido serviço de ortopedia em 08/13 com dor no quadril
Intestino Delgado, Intestino Grosso e Bexiga. Na EDA há 1 ano. Exames de estadiamento demonstrando aco-
foi descrita pangastrite endoscópica enantematosa dis- metimento do trocanter maior do fêmur dir por lesão
creta e no exame Histopatológico foi identificado pólipo osteolítica. PBA: Neoplasia mesenquimal de padrão
hiperplásico erosado. Na TC de abdome sem contraste condromixóide. Cirurgia na ortopedia em 04/14 com
foi evidenciada volumosa presença de lesão expansiva, LHP / IHQ: Encondroma. No seguimento RM 08/15: Tu-
sólida, se estendendo até a região supraumbilical, onde moração femoral dir com acometimento de trocanter,
apresentou íntimo contato com as alças de delgado, de colo e diáfise proximal e extensão para partes moles.
densidade heterogênea. Foi submetido a Enterectomia Perdeu seguimento e retornou em 10/16 com tumo-
Segmentar com ressecção de parede da bexiga, mais ração palpável com abaulamento em região glútea
enteroanastomose, sem intercorrências e com boa evo- dir. Encaminhado para ambulatório da PPM com CTS
lução pós-operatória. No material do exame histopato- demonstrando acometimento da articulação coxo-fe-
lógico foi notado na macroscopia nas adjacências do moral dir, rarefação fêmur proximal (fratura?) com ex-
segmento de intestino delgado colhido, massa arredon- tensão importante de partes moles posteriormente e
dada aderida medindo 7 x 5 x 5, 5 cm. Na microscopia musculatura de coxa proximal. Feixe vásculo-nervoso
o laudo foi de neoplasia fusocelular com básico índice preservado. PBA: Condrossarcoma. Realizada ampu-
mitótico sugestivo de GIST aonde houve confirmação tação inter-ílio-abdominal dir com reconstrução com
mediante o estudo imuno-histoquímico. Discussão: Os retalho miocutâneo anterior em 06/2017. Apresentou
GIST tem origem em células progenitoras das células boa evolução recebendo alta hospitalar no 5º pós-ope-
intersticiais de Cajal e são tumores imprevisíveis em ratório com dreno de sucção e sonda vesical de demo-
seu comportamento. Sua maioria são assintomáticos ra. Segue em consultas semanais sem dor fantasma
e quando apresentam sintomas as manifestações mais com a ferida completamente cicatrizada aguardando
comuns são: hemorragias gastrointestinais, anemia, conclusão do LHP. 2) Discussão: O condrossarcoma é
obstrução, compressão, dor, fadiga e melena. A des- o segundo tumor maligno primário do osso mais fre-
coberta desses tumores comumente ocorre de forma quente na vida adulta. Os sarcomas de glúteo e coxa
acidental durante exame endoscópico e radiológico e proximal constituem um desafio, visto que os septos
o diagnóstico é determinado por estudo histológico intermusculares ausentes nessa região não cumprem
e imuno-histoquímico através dos marcadores c-KIT, papel de barreira à disseminação das células neoplási-
CD34 e proteína S100. Os GIST‘s podem ocorrer em cas. Deste modo, a hemipelvectomia com reconstrução
qualquer segmento do trato digestório onde haja cama- com retalho miocutâneo ântero-medial da coxa está
da muscular, sendo mais comuns no estômago (67%) e muitas vezes indicada. O grande defeito cirúrgico é co-
intestino delgado (25%). O tratamento padrão em caso berto pelo retalho miocutâneo do quadríceps femoral.
de doença ressecável é a ressecção cirúrgica completa O problema de isquemia de retalhos, que ocorre com
do tumor, cirurgia radical em órgãos com lesões suspei- certa frequência na hemipelvectomia convencional,
tas de invasão pelo tumor, e a terapia adjuvante com o não é observado nesta técnica. Os numerosos ramos
Imatinib. Apesar do tratamento, a recidiva é frequente. musculares dos vasos femorais superficiais ao qua-
Comentários finais: O quadro encontrado no presente dríceps fornecem suprimento sanguíneo ao retalho,
estudo coincide com os achados de GIST relatados an- promovendo um excelente resultado à cirurgia, exceto
teriormente na literatura. pela dor fantasma e sensação de membro persistente
em alguns pacientes. Em virtude da rápida cicatrização
Contato: MATHEUS HENRIQUE DE SOUZA GOMES –
vista neste tipo de retalho, a adaptação de uma prótese,
mhsgomes94@gmail.com
quando requerida, pode ser mais precoce. 3) Comentá-
rios finais: As hemipelvectomias são procedimentos ci-
rúrgicos agressivos e apesar da indicação restrita, pode
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS ser um procedimento salvador, conferindo cura ou pro-
CÓDIGO: 61825 longado controle da doença locorregional.
Contato: TAIS MENEZES MAGALHAES –
HEMIPELVECTOMIA DE RETALHO taismagalhaes1@hotmail.com
ANTERIOR PARA TRATAMENTO DE
CONDROSSARCOMA DE CINTURA
PÉLVICA
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
Autores: Tais Menezes Magalhaes; Eduardo Marcucci
CÓDIGO: 61873
Pracucho; Gustavo Garcia de Arruda Falcão; Pedro Luiz
Budin; Raul Lazaro de Melo Filho; Andre Medeiros de
Carvalho; Augusto Angelo Granado Bottino; Daiana LEUCEMIA X BARIÁTRICA – O USO DO
Lopes do Narcimento; Renato Morato Zanatto; ÁCIDO ALL-TRANS-RETINÓICO EM
Instituição: HOSPITAL GERAL DE NOVA IGUAÇU PACIENTE COM BYPASS GÁSTRICO
Autores: Wilson Paulo dos Santos; Yuri Moresco de Apresentação do caso: OMP, feminino, 63a, proceden-
Oliveira; Giovanna Calil Vicente Franco de Souza; te de Canoinhas-SC. Em junho/2016 a paciente iniciou
Cristiane Lange Sabóia; Carlos Jose Franco de Souza; com quadro de hematúria associado à incontinência
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU urinária. Ao exame ginecológico, identificou-se lesão
pigmentada vegetante em meato uretral, suspeita para
Apresentação do caso: A cirurgia bariátrica hoje é o
malignidade. Proposto plano cirúrgico inicial de biópsia
método mais eficaz e mais difundido para o controle e
excisional, contudo, devido ao padrão de crescimento
o tratamento da obesidade. Somente no Brasil foram
rápido da lesão, optou-se pela realização de ureterecto-
realizados mais de cem mil procedimentos em 2016.
mia segmentar anterior + reconstrução com retalho de
Sendo assim, é possível que alguns pacientes submeti-
mucosa vaginal, efetuada na cidade de origem. O lau-
dos a esta cirurgia acabem fazendo parte das estatísti-
do histopatológico evidenciou neoplasia indiferenciada
cas de pessoas portadoras de leucemia. Em se tratan-
de malignidade indeterminada, sendo que o exame de
do da leucemia mielóide aguda – LMA, esta apresenta
imunohistoquímica confirmou melanoma. A paciente
alguns subtipos, como a leucemia promielocítica agu-
foi encaminhada para o Centro de Oncologia do Hos-
da – LPA, cujo tratamento é o ácido all-trans-retinóico,
pital São Vicente (Curitiba/PR) onde foram realizados
também conhecido como tretinoína. Este relato tem
exames de estadiamento, sendo identificado linfono-
como objetivo descrever o caso de uma paciente em
domegalia em cadeia inguinal direita pela ressonância
pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica, que desen-
magnética com acentuado aumento no metabolismo
volveu LPA, porém não respondeu ao tratamento com
pelo PET-CT (SUV 9, 3). Proposto linfadenectomia pél-
tretinoína. Paciente do sexo feminino, 26 anos, subme-
vico-inguinal direita videolaparoscópica, com resultado
tida a bypass gástrico em Y-de-Roux, evoluiu depois de
anatomopatológico confirmando linfonodo metastá-
três anos de cirurgia com leucemia promielocítica agu-
tico compatível com melanoma. Solicitado avaliação
da. Após o diagnóstico, foi iniciado o tratamento com
para tratamento adjuvante, sendo proposto, pela on-
tretinoína, que tem efeito esperado desde a primeira
cologia clínica, tratamento quimioterápico com cispla-
dose. A paciente não apresentou melhora, fato que
tina + temozolamida. Discussão: o melanoma primá-
levou à pesquisa sobre a absorção do medicamento.
rio da uretra feminina é uma neoplasia rara e de mau
Constatou-se que o ácido all-trans-retinóico, derivado
prognóstico, representando cerca de 0,2% de todos os
da vitamina A, portanto lipossolúvel, é absorvido na
melanomas. O tratamento consiste basicamente na
porção proximal do intestino delgado. Portanto, devido
ressecção cirúrgica (segmentar ou alargada) seguida da
ao Y-de-Roux, a tretinoína não era absorvida, ficando
avaliação da drenagem linfática. A indicação e o tipo de
explicado o motivo de a paciente não ter apresenta-
terapia adjuvante são bastante variados, especialmen-
do resposta ao tratamento. Para resolução do caso,
te por não haver um consenso, já que se trata de uma
a paciente foi submetida à cirurgia para realização de
neoplasia rara. Comentários finais: o manejo cirúrgico
gastrostomia no estômago excluso para que o medica-
adequado do melanoma de uretra é um dos fatores de
mento fosse administrado por esta via, passando en-
maior impacto no tratamento da doença. Sendo que a
tão pelo intestino delgado proximal. Com isso, houve
detecção e a intervenção na doença precoce reduzem
remissão da LPA. O bypass gástrico altera não apenas
as chances de recorrências locorreginal e metástase à
a absorção de alimentos, mas também de muitos me-
distância
dicamentos. Em pacientes submetidos à cirurgia bariá-
trica que apresentem comorbidades sem resposta ao Contato: MARIANA DE CASTRO – mari_castro1006@
tratamento, deve-se sempre individualizar cada caso, yahoo.com.br
investigando a farmacocinética e a farmacodinâmica
dos medicamentos.
Contato: YURI MORESCO DE OLIVEIRA – dr.yurimo@
TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE
hotmail.com
CÓDIGO: 59823
PARAGANGLIOMA RETROPERITONEAL
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA EXTENSO E SUA ABORDAGEM
CÓDIGO: 61760 CIRÚRGICA
Autores: Lorena Luiza Siqueira Marques; Luiggi Anselmo
MELANOMA PRIMÁRIO DE URETRA Leonardi; José Pio Rodrigues Furtado; Rachid Eduardo
FEMININA Noleto da Nobrega de Oliveira; Luiz Henrique Locks
Correa; Junior Gil Vicente;
Autores: Fabio Roberto Fin; Eurico Cleto Ribeiro de
Instituição: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PORTO
Campos; Juliano Camargo Rebolho; Mariana de Castro;
ALEGRE
Priscila Nunes Silva Morosini; Nayara Vilas Novas
Greselle; Teresa Cristina Santos Cavalcanti; Guilherme Apresentação do caso: Feminina, 55 anos. Hiperten-
Luiz Stelko Pereira; são essencial de longa data, sem picos hipertensivos
Instituição: HOSPITAL SÃO VICENTE ou demais sintomas catecolaminergicos. Dá entrada
no serviço de Radioterapia do Hospital Santa Rita em Saboia; Rachel Biondo Simões; Luciano de Valle Saboia;
03/2017 – encaminhada do serviço de origem para Sandro Peçanha Pereira;
avaliação de tratamento radioterápico de paraganglio- Instituição: HOSPITAL ANGELINA CARON
ma – biópsia por punção agulha fina em setembro de
Apresentação do caso: M.G.O, masculino, 22 anos,
2015 – confirmação diagnóstica por exame de imuno-
com aumento progressivo de volume do testículo es-
-histoquimica. Procedida tomografia de abdome: lesão
querdo há 1 ano, à ultrassonografia de bolsa escrotal
retroperitoneal tumescente de 18.3 x 14,9 x 17, 5 cm
evidenciou lesão expansiva heterogênea com áreas cís-
determinando compressão do fígado e do polo supe-
ticas e calcificações e com fluxo ao Doppler, medindo
rior do rim direito, deslocando anteriormente a veia
56 x 44 x 51mm. Marcadores: LDH 513 U/L; alfa-feto-
cava inferior. Exames laboratoriais confirmando um
proteína 0,67ng/mL; beta-HCG quatitativo < 1,2 mUI/
aumento de metanefrinas sérica e urinária. Bloqueio
mL. Identificado massa retroperitoneal à tomografia
adrenérgico prévio e ressecção cirúrgica da lesão em
abdominal e pélvica. Radiografia de tórax sem parti-
04/2017 – realizada toracofreno-laparotomia direita
cularidades. Paciente submetido à orquiectomia por à
com controle vascular de veia cava em sua inserção
esquerda, cujo laudo do anatomopatológico foi de neo-
átrio e ressecção em bloco da lesão juntamente com
plasia de células germinativas. Fechado diagnóstico de
linfadenectomia retroperitoneal, cavorrafia, nefrecto-
rabdomiossarcoma alveolar com imunohistoquimica.
mia direita e ressecção parcial do diafragma. Anatomo-
Evoluiu com rápida progressão da doença, apresen-
patologico evidenciando apenas limite cirúrgico medial
tando após 20 dias da cirurgia, massa em fossa supra-
comprometido, peça pesando 2083 gramas e medindo
clavicular esquerda. Iniciado tratamento quimioterá-
21,3 x 21 cm de diâmetro. Tratamento complementar
pico com esquema VAC (Vincristina, Dactinomicina e
com radioterapia 45Gy em leito cirúrgico. Segue acom-
Ciclofosfamida) com plano de 44 semanas. Discussão:
panhamento ambulatorial. Discussão: Paragangliomas
Apesar de ser o tumor sólido mais comum em jovens
consistem em tumores neuroendócrinos raros; com
entre 15 a 35 anos, tumor de testículo é raro, corres-
celularidade idêntica aos feocromocitomas, distinguin-
pondendo de 1 a 1,5% de todos os cânceres no homem.
do-se apenas em localização anatômica extra-adrenal.
Rabdomiossarcoma é o sarcoma de tecidos moles mais
Produtores de catecolaminas, podem cursar com crises
comum da infância (3% das neoplasias malignas pe-
catecolaminergicas que frequentemente contribuem
diátricas). Acomete principalmente cabeça e pescoço,
para a suspeita diagnóstica. A incidência baixa de 2 ca-
trato genitourinário e extremidades. Do trato genitou-
sos/100.000 habitantes, atinge ambos os sexos na mes-
rinário, os locais mais acometidos são bexiga, próstata,
ma proporção quando origem esporádica, podendo
útero, colo uterino, vagina, vulva e área paratesticular.
contudo apresentar-se devido a componente genético
Há 02 tipos principais de rabdomiossarcoma na infân-
(NEM tipo 2/ Sd. Von Hippel Lindau / neurofibromatose
cia: embrionário (mais comum em crianças menores e
entre outros). Cerca de 20% são malignos, sendo que o
com melhor prognóstico) e alveolar (acomete crianças
principal determinante de malignidade configura-se na
mais velhas e adolescentes, é a forma mais agressiva
presença de metástases a distância (ossos, fígado e pul-
da doença). A quimioterapia sistêmica é administrada
mões mais comumente), as quais podem ser diagnosti-
universalmente uma vez que todos os pacientes, presu-
cadas tardiamente – relatos de até 20 anos após o apa-
midamente, apresenta doença micromestastática. Os
recimento do tumor inicial. Não há critérios histológicos
agentes que se mostram ativos individualmente ou em
bem definidos até o momento que facilitem a definição
combinação são Vincristina, Dactinomicina, Doxorrubi-
prognóstica. Os tratamentos iniciais são: cirurgia ou ra-
cina, Metotrexate, Etoposídeo, Topotecano, Irinotecano
dioterapia, tendo pouca resposta a tratamento sistêmi-
e Vinorelbina. Em pacentes com características prog-
co. Comentários finais: O presente relato de caso visa
nósticas favoráveis, tratamento apenas com Vincristina
documentar a abordagem de um raro paraganglioma,
e Dactinomicina é efetivo. Em pacientes com caracte-
extenso e retroperitoneal, em paciente sem história de
rísticas menos favoráveis é necessário a associação
crises catecolaminergicas.
da Ciclofosfamida. Na doença grosseira, está indicado
Contato: LORENA LUIZA SIQUEIRA MARQUES – complementação com tratamento local com cirurgia e
loresiqueira@gmail.com ou radioterapia. Comentários finais: Maioria dos rab-
domiossarcomas ocorre em crianças, porém pode aco-
meter adultos, os quais apresentam, em geral, doença
de crescimento rápido, em partes do corpo menos fre-
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS quentes e com prognóstico menos favorável.
CÓDIGO: 60351
Contato: SANDRO PEÇANHA PEREIRA – sandropper@
RABDOMIOSSARCOMA ALVEOLAR DE gmail.com
TESTÍCULO EM UM PACIENTE ADULTO
JOVEM
Autores: Ayaka Yamane; Gabriel Volpato; Nayara Rosina TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
Chaves; Yorgos Luiz Santos de Salles Graça; Henrique CÓDIGO: 59472
de anticoagulante oral e meia elástica. Não indicado QT não metastática tornou-se comum nos grandes centros
adjuvante pelo baixo performance. Após 4 meses foi e com a nova abordagem houve aumento no número
admitido com queda do estado geral; exames de ima- de cirurgias conservadoras. As drogas mais utilizadas
gem demonstrando progressão de doença em fígado e são: Metotrexate, Doxorrubicina, Cisplatina, Ifosfamida,
pulmão. Óbito no 15º DIH. Etoposídeo e Epirubicina. Comentários finais: Nossa
paciente apresentou uma boa resposta clínica ao trata-
Contato: AUGUSTO ANGELO GRANADO BOTTINO –
mento neoadjuvante com Paclitaxel, considerado droga
Granadomed@hotmail.com
de 2ª linha no tratamento de osteossarcoma, possibili-
tanto a cirurgia preservadora do membro, com ressec-
ção do tumor com margens livres. Assim, nota-se a im-
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS portância do diagnóstico precoce, da individualização
CÓDIGO: 59876 do caso e da terapia a ser indicado visando sempre que
possível a cirurgia conservadora.
USO DE DROGA DE 2ª LINHA COMO Contato: GABRIEL VOLPATO – drgabrielvolpato@
QUIMIOTERÁPICO NEOADJUVANTE hotmail.com
PARA TRATAMENTO DE
OSTEOSSARCOMA DE TÍBIA DISTAL
Autores: Gabriel Volpato; Luciano do Valle Saboia; Ayaka
TEMÁRIO: URO – 0NCOLOGIA
Yamane; Leticia Carani Delabio; Marcelo Wescher Cury;
Rodrigo Stengel de Oliveira; Maxuel Fidelis de Almeida; CÓDIGO: 61672
Marcus Tiago Gnata de Freitas
Instituição: HOSPITAL ANGELINA CARON RELATO DE UM RARO CASO DE
METÁSTASE PERINEURAL DE NEOPLASIA
Apresentação do caso: G.M.V, feminino, 23 anos, en- DE PRÓSTATA ACOMETENDO A RAIZ DE
caminhada ao nosso serviço em julho de 2016 com
S2 DIAGNOSTICADO POR PET/PSMA
diagnóstico de Osteossarcoma de alto grau (T1N0M0 –
Estadio Clínico IA) em tíbia distal esquerda, após 01 ano Autores: Laís Guedes Pimenta; Glaucio Antonio Bertolo;
Pedro Lorencini Belloti; Fernanda Cesar Oliveira; Raísa
de investigação por quadro de dor e aumento de volu-
Boninssenha Tessarolo; Mônica Ventura Castiglioni
me em tornozelo. Indicado Quimioterapia Neoadjuvan-
Dornelas; Paulo Ricardo Da Silva Limonge; Isabella
te, esquema de 03 ciclos de Doxorrubicina e Cisplatina, Favato Barcelos;
o qual paciente apresentou diminuição no tamanho do
Instituição: HOSPITAL SANTA RITA DE CASSIA
tumor, porém não o suficiente para cirurgia preserva-
dora do membro. Devido à recusa da paciente em ser Apresentação do caso: Paciente de 65 anos, sexo
submetida à amputação infra-condiliana do membro, masculino, submetido a prostatectomia radical por
iniciado novo esquema de Quimioterapia – 03 ciclos adenocarcinoma de próstata Gleason 10, pT3N0M0 em
de Ifosfamida e Etoposídeo, porém apesar da respos- 2009. Houve progressão de doença linfonodal em 2014
ta clínica após o 1º ciclo, realizado troca do esquema controlada com análago LHRH. Progressão óssea sinto-
para Paclitaxel (Quimioterápico de 2ª linha) devido aos mática em 2016 tratado com radioterapia anti-álgica e
efeitos colaterais às drogas. Completados os 03 ciclos quimioterapia com Docetaxel + Ácido Zoledrônico. Em
observou-se redução importante da lesão, possibilitan- março de 2017 iniciou dor pélvica a direita irradiada
do a ressecção do tumor com margens, com desarticu- para membro inferior direito e nova elevação de PSA.
lação tíbio-társica, com preservação de tendões, nervos RM não evidenciou doença que justificasse a sinto-
e feixe vascular do tornozelo seguida de reconstrução matologia. Realizado PET /PSMA em abril de 2017 que
óssea pela Equipe de Reconstrução e Alongamento Ós- mostrou captação anômala do marcador na região pré
seo do Serviço de Ortopedia e Traumatologia da mes- sacral a direita seguindo o trajeto da raiz de S2, indican-
ma instituição. Conforme laudo do anatomopatológico, do disseminação metastática perineural da neoplasia.
produto de ressecção com margens cirúrgicas livres, Iniciado tratamento com Enzalutamida com queda do
sem evidência de invasão angiolinfática e perineural. PSA e controle da dor. Discussão: Metástases perineu-
Atualmente paciente segue em quimioterapia adjuvan- rais são uma forma de disseminação tumoral onde as
te com Paclitaxel. Discussão: Osteossarcoma é o tumor células se espalham ao longo dos tecidos da bainha do
ósseo primário maligno mais comum entre a primeira e nervo. A incidência global de metástase perineural varia
a segunda década de vida, acometendo, em geral, me- de 2,5 a 5%. É mais frequentemente associada com tu-
táfises de ossos longos, principalmente terço distal do mores das glândulas salivares, tumores de pele incluin-
fêmur e terço proximal da tíbia. Apenas 3% dos casos do melanoma, Linfomas e Sarcomas. Metástases para o
acometem o terço distal da tíbia. Os primeiros sinto- nervo trigêmeo foram relatadas em câncer de mama e
mas são dor e aumento de volume. A amputação ou cólon. Ao nosso conhecimento, casos de metástase pe-
desarticulação era o tratamento padrão, porém a par- rineural em câncer de próstata não foram relatados na
tir da década de 70, o uso de quimioterapia na doença literatura. É importante diferenciar entre invasão peri-
neural e metástase perineural. A primeira é um achado
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL 70% em 5 anos. Cirurgias alargadas em monobloco em
CÓDIGO: 59777 centros especializados são capazes de determinar so-
brevida prolongada a estes pacientes, o que justifica o
RESSECÇÃO ALARGADA PARA CÂNCER procedimento radical.
COLORRETAL LOCALMENTE AVANÇADO Contato: ANDRÉ MEDEIROS DE CARVALHO –
RECONSTRUÍDO COM RETALHO andremcar@gmail.com
FASCIOCUTÂNEO DE TRANSPOSIÇÃO –
RELATO DE CASO
Autores: André Medeiros de Carvalho; Renato Morato
Zanatto; Raul Lázaro de Melo Filho; Augusto Angelo TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
Granado Bottino; Daiana Lopes do Nascimento; Taís CÓDIGO: 61985
Menezes Magalhães; Junea Caris de Oliveira;
Instituição: HOSPITAL AMARAL CARVALHO RESSECÇÃO ANTERIOR DE RETO (RAR)
Apresentação do caso: J.C.L, 59 anos, masculino, bran-
E COLOSTOMIA DE PROTEÇÃO EM
co, casado, natural de Tamarana (PR) e procedente de CARCINOMA ESPINOCEULAR (CEC) DE
Matão (SP). Dor lombar à direita associada a abscesso RETO MÉDIO DIFUSO E INFILTRANTE –
local e emagrecimento de 38 quilogramas (kg) em 8 RELATO DE CASO
meses. Em setembro de 2016, paciente com lesão em Autores: José Francisco Ferreira Lima; Edmar Lopes
dorso associada a plastrão palpável até região ingui- da Silva Neto; Ely Felyppy Soares Lorosa; Vitor Yu Zhu;
nal. O estadiamento revelou câncer colorretal (CCR) e Samarah Christiano de Araújo; Lucas Benata;
lesão expansiva intra e retroperitoneal invadindo pa- Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO
rede posterior do abdome, músculo psoas e fáscia re- RIO DE JANEIRO; UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO
nal, com linfonodomegalias de até 16 milímetros (mm) DO RIO DE JANEIRO
em tomografia contrastada. Demais exames normais Apresentação do caso: C.R.E., sexo feminino, brasilei-
destacando-se CEA de 38, 5 U/ml. Paciente submeti- ra, parda, 49 anos, casada, do lar. Compareceu ao ser-
do a laparotomia exploradora com achado de tumor viço de oncologia com queixa de dor de forte intensida-
de cólon ascendente e ceco com invasão de músculo de e sangramento retal a aproximadamente 5 meses.
psoas, segmento VI hepático e pequena parte do duo- Neste intervalo de tempo perda ponderal considerável
deno. A tática operatória consistiu em ressecção ampla (20Kg). Fumante dos 12 anos aos 30 anos (superior a
do tumor com parede abdominal em monobloco, com 40-maços/ano). Nega uso de outros derivados de taba-
colectomia parcial, linfadenectomia retroperitoneal e co. Histórico familiar negativo para neoplasias. Referiu
pélvica, ressecção de segmento de duodeno com rafia constipação intestinal e dor ao eliminar flatulências. Ao
primária e segmento VI hepático. Realizada ileotrans- exame físico apresentava-se em regular estado geral,
verso-anastomose mecânica e corrigido defeito de pa- ausência de edemas nos membros inferiores, afebril,
rede abdominal com malha de polipropileno com poli- linfonodos não palpáveis, ao toque retal lesão em reto
dioxanona e celulose oxidada regenerada e rotação de lateral esquerdo e posterior e colo fibro-elástico. Atra-
retalho fasciocutâneo de transposição. Pós-operatório vés de colonoscopia, evidenciou-se presença de lesão
sem intercorrências e estudo anatomopatológico com tumoral vegetante e ulcerada a 5cm da margem anal,
adenocarcinoma tubular moderadamente diferencia- com 4cm de extensão, ocupando 1/3 da luz. Laudo
do infiltrativo de 12 x 7, 8 cm com margens negativas histopatológico revelou Carcinoma Espinoceular (CEC)
e sem comprometimento linfonodal, EC: IIC (pT4bN0). de reto médio difuso e infiltrante categoria GI. Inicia-
Realizou adjuvância com esquema QUASAR, follow-up do tratamento quimioterápico com Mitomicina+5-Flu-
de 9 meses exames normais e CEA de 3,3. Discussão: orouracil. Abordagem cirúrgica: ressecção anterior de
CCR localmente avançados representam de 5 a 20% reto (RAR) e colostomia de proteção a nível de cólon
dos casos. Formam grandes massas tumorais com bai- transverso por meio de laparotomia mediana. Presen-
xo índice de metástases. O envolvimento cutâneo por ça de tumoração em reto alto e médio com invasão à
extensão direta do tumor é raro, sem dados estatísti- gordura mesorretal, fáscia de Waldayer, gordura da
cos definidos e aproximadamente 10% dos pacientes fossa obturadora e musculatura adjacente (Piriforme).
com CCR têm invasão de órgãos contíguos no diagnós- Ausência de ascite ou implantes a distância. Ressecção
tico. O princípio das cirurgias alargadas oncológicas extendendo-se do sigmoide ao reto baixo e mesorre-
constituem-se na retirada de órgãos envolvidos por to em monobloco. Ressecamento da fáscia pré-sacral,
contigüidade, em monobloco, de maneira centrípeta gordura da fossa obturadora à esquerda e muscula-
evitando a possibilidade de margem comprometida. A tura adjacente em piecemeal marginalmente. Dissec-
ressecção multivisceral está associada a melhora na so- ção linfonodal inter cavo-aórtica e ligadura da artéria
brevida global (SG). Margem negativa e linfonodos ne- retal superior. Anastomose término-terminal do cólon
gativos são os fatores prognósticos mais importantes. esquerdo com o reto baixo utilizando-se de grampe-
Comentários finais: Pacientes submetidos a cirurgias ador N° 29. Colostomia de proteção em alça de cólon
curativas com linfonodos negativos apresentam SG de transverso médio-proximal. Sangramento de plexo pré-
-sacral de aproximadamente 550mL. Utilizou-se dreno -se em torno de 35% a 50% para os casos submetidos
de Blake pélvico N°19. Ato operatório com duração de à ressecção radical. O transoperatório dispunha das
8horas e 45 minutos. Discussão: O CEC caracteriza-se seguintes alternativas: ligadura da veia cava inferior as-
por ser uma neoplasia extremamente rara, tratamento sociada à ressecção da neoplasia, com suas consequên-
variável de radio e quimioterapia e tratamento cirúr- cias indesejáveis e possibilidade de edema acentuado
gico. O prognóstico e sintomatologia é semelhante ao nos membros inferiores ou excisão da tumoração e de
adenocarcinoma de reto, tendo a biópsia incisional ou segmento da veia cava inferior com sutura de enxerto
excisional seguida de estudo anátomo-patológico como sintético de politetrafluoroetileno (PTFE) ou biológico
único meio de diferenciá-los. Comentários finais: O com uso de pericárdio bovino. Nesse sentido, as lesões
caso apresentado condiz com literatura vigente e de- de veia cava frequentemente requerem o uso de enxer-
monstra o desenrolar completo do acometimento de tos vasculares. Enxertos sintéticos, usados com sucesso
reto por CEC no qual a abordagem cirúrgica adequada no sistema arterial, não apresentam os mesmos resul-
garantiu sucesso terapêutico. tados no sistema venoso. Apesar dos avanços da cirur-
gia vascular nas últimas décadas, não há enxerto ideal
Contato: JOSÉ FRANCISCO FERREIRA LIMA SIMÃO DE
que preencha todos critérios de biocompatibilidade.
SOUSA – josedemolay@hotmail.com
Comentários finais: A infiltração da veia cava inferior
por Leiomiossarcoma de Intestino Delgado é uma co-
morbidade rara. O relato descrito apresenta uma ocor-
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO rência incomum dessa condição. Sendo importante a
CÓDIGO: 61844 ressecção do tumor com a preservação da veia cava
para o melhor prognostico cirúrgico.
RESSECÇÃO CIRÚRGICA EFETIVA DE Contato: FELIPE HOLANDA JUNQUEIRA –
LEIOMIOSSARCOMA INVASIVO DO felipe.h.junqueira@gmail.com
INTESTINO DELGADO NA VEIA CAVA
INFERIOR: APRESENTAÇÃO DE CASO
RARO E REVISÃO DE LITERATURA
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
Autores: Felipe Holanda Junqueira; Alan Tonassi
CÓDIGO: 61968
Paschoal; Mario Coli Junqueira de Moraes; Mayara
Sanae Fujimoto; Wallace Hostalacio Avelar Martins;
Zenon Telles da Silveira; Ely Fellyppy Soares Lorosa; RESSECÇÃO DE EXTENSO TUMOR
Verônica Pereira Ton; DESMOIDE EM TRANSIÇÃO
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO TORACOABDOMINAL COM RETALHO DE
RIO DE JANEIRO; UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO OMENTO E TELA DE PROLENE
DO RIO DE JANEIRO
Autores: Rodrigo Alexandre Venancio Viana; Isaac
Apresentação do caso: Paciente do sexo masculino, 55 Braulio Maia Delfino de Oliveira; Luiz Cláudio Jammal
anos de idade, apresentou-se com episódios repetidos Fernandes; Thiago Costa Pires; Eloísa Gomes do Rosário
Monteiro Teixeira; Beatriz de Lucena Ribeiro e Silva; Ana
de sangramento e suboclusão intestinal. A tomografia
Emília Gomes Campelo; Isabelle França Bezerra;
revelou tumoração em intestino delgado, sem plano
de clivagem com a veia cava inferior. Durante cirurgia Instituição: UNIVERSIDADE POTIGUAR
para excisão, o tumor evidenciou invasão da parede da Apresentação do caso: M.V.S, 37, feminino. Dor abdo-
veia cava inferior, sem possibilidade de dissecção. Efe- minal há 2 anos, progressiva, impedia sono. Nega do-
tuou-se então ressecamento do tumor e de segmento enças de base. Sem história familiar de câncer. Palpada
da veia cava inferior com sutura de enxerto de polite- massa em rebordo costal à esquerda, fixa, endurecida.
trafluoroetileno (PTFE) o qual foi realizado através de TC de abdome superior: lesão expansiva, em parede
ressecamento de face anterior da veia cava em sua abdominal anterior esquerda, indissociável do músculo
porção média, tipo retalho, com sutura contínua de re- reto abdominal, medindo 7, 5x6, 5x9, 9cm. Biópsia: tu-
mendo de PTFE. Procedimento ocorrido em agosto de mor desmoide. Realizada toracectomia complexa com
2016, com enterectomia segmentar e venoplastia. Pa- ressecção de parede abdominal à esquerda, segmentos
ciente encontra-se em situação estável até o presente de pericárdio, pleura parietal, diafragma e gradil costal.
momento. Discussão: O leiomiossarcoma é o tumor de Fechamento com retalho de omento (fixado as mar-
maior incidência no intestino delgado. A manifestação gens musculares) e fixação de tela de prolene 30x30cm.
clínica mais comum é o sangramento e, mais raramente Paciente evolui sem intercorrência. Discussão: tumo-
oclusão intestinal. Por sua disposição abdominal, pode res desmoides são localmente agressivos, com alta taxa
invadir ou comprimir estruturas vizinhas como a veia de recorrência, raros, representam 0.03% de todas as
cava inferior ou aorta abdominal. Neste caso, apresen- neoplasias, incidência estimada em 2/milhão de habi-
tou-se com invasão da parede anterior da veia cava, po- tantes/ano. Mulheres entre 15 e 60 anos são as mais
rém sem obstrução vascular. A sobrevida de cinco anos afetadas. Etiologia desconhecida. A maioria desses tu-
para o leiomiossarcoma do intestino delgado mantém- mores apresenta-se como uma massa dolorida com
história de crescimento lento. Os três principais locais tumoral na veia cava inferior com a presença de signi-
anatômicos são: tronco/extremidade, parede abdomi- ficativa circulação colateral. Após estadiamento correto
nal e intra-abdominal. Diagnostico só pode ser estabe- sem sinais de lesões secundárias foi indicada cirurgia.
lecido por biópsia que mostra proliferação fibroblástica No ato operatório, as equipes de Cirurgia Oncológica e
monoclonal, com células fusiformes. Os fatores que in- de Cirurgia Vascular realizaram a ressecção da veia cava
fluenciam a taxa de recorrência são: o sítio anatômico inferior com margem crânio-caudal adequada e ressec-
da doença (tumores da parede tronco/abdominal tem ção marginal nas artérias aorta e ilíacas. Foi realizada a
menor taxa de recorrência do que os locais de doenças ligadura da veia cava. A paciente evoluiu bem e recebeu
intra ou extra-abdominal); Tamanho (particularmente> alta da UTI no 4º dia pós-operatório (PO) e alta hospita-
7 cm), gênero (as mulheres têm taxa de recidiva mais lar no 6º dia PO. O exame histopatológico, teve como
alta) e a idade (jovens menores de 37 anos apresen- diagnostico neoplasia mesenquimal maligna fusocelu-
tam maior taxa de recorrência). Devido ao tamanho e lar, com margens livres. O exame imuno-histoquími-
natureza infiltrativa dos desmoides, a ressecção pode co confirmou um leiomiossarcoma G3. O tratamento
exigir enxerto de pele ou reconstrução de parede, a es- cirúrgico foi complementado com quimioterapia (QT)
tratégia cirúrgica deve ser uma tentativa de remoção adjuvante (6 ciclos doxorrubicina e ifosfamida). Nas TCs
completa com margens negativas e preservação máxi- realizadas no seguimento Discussão: Os leiomiossar-
ma da função. Comentários finais: o caso relatado e comas vasculares são neoplasias raras e correspondem
as publicações levantadas trazem à luz a discussão da a 2% dos leiomiossarcomas. Baseando-se na localiza-
conduta, bem como de outros aspectos fundamentais ção, classifica-se o leiomiossarcoma da veia cava infe-
no que diz respeito aos tumores desmoides, patologia rior em: infrarrenal, retro-hepático e supra-hepático.
rara e agressiva. Com a terapêutica adequada dentro Eles são de crescimento lento e, pela sua localização
dos padrões oferecidos no serviço em questão, a equi- retroperitoneal, muitas vezes se apresentam com sinto-
pe conseguiu realizar um procedimento cirúrgico com- mas inespecíficos e tardios. A sobrevida é muito maior
plexo, obtendo resultados extremamente satisfatórios, nos pacientes com margens negativas. Comentários
conferindo alívio sintomático e melhoria de qualidade finais: O leiomiossarcoma da veia cava inferior possui
de vida. aproximadamente 300 casos descritos na literatura. E a
ressecção da lesão com ligadura de veia cava pode ser
Contato: BEATRIZ DE LUCENA RIBEIRO E SILVA –
realizada com sucesso para obtenção de margens ade-
tbiaribeiro@gmail.com
quadas e com isso melhorar o prognóstico da doença.
Contato: ELISA BECHARA TEIXEIRA – elisa_b_t@
hotmail.com
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
CÓDIGO: 59752
foi seccionado por completo juntamente com a massa tados obtidos em estudos realizados principalmente na
tumoral de 26cm. Tendo como resultado de patologia, Europa ainda se mostram discutíveis quanto à eficácia
um tumor do tipo LIPOSSARCOMA MIXOIDE, margens dessa abordagem nos pacientes em estádio avançado
lateral e medial proximais (0,7 e 1mm). Realizou 30 ses- dessa doença. Objetivo: Apresentar os dados de treze
sões radioterapia. Paciente evolui deambulando bem (13) pacientes com câncer gástrico T4b submetidos a
após fisioterapia, com flexão limitada da perna. Dis- gastrectomia multivisceral no período de 2014 a 2017.
cussão: Os sarcomas são um grupo raro e heterogê- Avaliar as margens de ressecção cirúrgica, extensão da
neo de tumores malignos de origem mesenquimatosa linfadenectomia e a relação da terapia multimodal com
compondo menos de 1% das neoplasias malignas adul- a morbimortalidade no pós-operatório. Método: Os
tas. O lipossarcoma corresponde a 20% dos casos de dados foram coletados através de revisão retrospectiva
sarcoma, sendo o subtipo mixoide o segundo mais co- dos prontuários dos pacientes sujeitos à cirurgia multi-
mum (29%), ocorre predominantemente nas extremi- visceral na instituição de referência. Resultados: O es-
dades de adultos jovens (coxa, nádega e virilha – 46%) tudo tem como base a abordagem multivisceral de 13
com alta tendência de metástase para locais incomuns pacientes (clinicamente aptos) com idades entre 28 e
de tecidos moles. A apresentação mais comum é uma 78 anos em estágio T4b para adenocarcinoma gástrico.
massa gradualmente alargada e indolor. A biópsia é Foi realizada gastrectomia total em 7 pacientes (53,8%)
essencial para o diagnóstico e estratégia terapêutica. e subtotal em 6 deles (46, 2%) com linfadenectomia à
RNM auxilia a definir etiologia de massa de tecido mole, D1 em 15, 3%, D2 em 77% e D3 em 7, 7% dos casos,
determinando extensão de tumor primário para plane- além de ressecção combinada – mais de um órgão ad-
jamento cirúrgico e estabelecendo presença ou ausên- jacente (84,6%), pâncreas (53,8%), baço, duodeno e fí-
cia de metástase. A terapêutica de escolha é a cirurgia, gado (30,7%), esôfago (23%) e cólon (15, 3%). Todos os
visando remoção completa do tumor, devendo ser exci- pacientes foram submetidos à ressecção com margens
sados, quando possível, com 1-2 cm de tecido normal e de segurança bem descritas pela literatura mundial.
preservação máxima da função do membro acometido. A ressecção R0, opção terapêutica e fator prognóstico
A efetividade da radioterapia adjuvante foi comprovada importante nesse cenário, ocorreu em 46, 2 % dos pa-
e deve ser utilizada quando a margem da incisão está cientes, 30,7% esperam relatório patológico e em 23,7%
próxima, principalmente com envolvimento extramus- não houve solicitação anatomopatológica. Em 77% dos
cular. Comentários finais: o caso e explanação sobre pacientes foi administrada quimioterapia (QT) adjuvan-
o tema fomentam a discussão sobre o tratamento do te, em 7, 7% QT perioperatória ou radioterapia (RxT)
lipossarcoma mixoide de coxa, com secção de nervo ci- adjuvante e 30,7% não foram indicados ao tratamento
ático e recuperação do paciente no pós-operatório. É multimodal, com a QT adjuvante tendo maior eficácia a
imprescindível relatar que, com a terapêutica adequa- longo prazo, embora a literatura descreva a QT perio-
da, dentro do que oferece o serviço, ocorreu preserva- peratória como terapêutica que vem apresentando os
ção parcial da função em membro inferior, em que o melhores resultados. Em seis meses de pós-operatório,
paciente consegue deambular, havendo, portanto, boa 23% dos pacientes (3) faleceram e até a data da publi-
evolução após a cirurgia. cação outros 23% evoluíram para óbito. Houve perda
de seguimento de três dos sete pacientes que se en-
Contato: BEATRIZ DE LUCENA RIBEIRO E SILVA –
contram em seguimento ambulatorial e/ou tratamen-
tbiaribeiro@gmail.com
to multimodal. Conclusão: Na ressecção multivisceral
em câncer gástrico localmente avançado, fatores como
margens cirúrgicas livres de lesão, extensão linfonodal,
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO terapêutica multimodal e expertise do cirurgião onco-
CÓDIGO: 60232 lógico levam a resultados significativos em relação à
sobrevida global, além da diminuição da morbimorta-
RESSECÇÃO MULTIVISCERAL EM lidade desses pacientes.
CÂNCER GÁSTRICO LOCALMENTE Contato: MAYCON FRAN SOARES DA SILVA ROCHA –
AVANÇADO: A EXPERIÊNCIA DO mfsdsr.med@uea.edu.br
SERVIÇO DE CIRURGIA ONCOLÓGICA DA
FCECON NA AMAZÔNICA OCIDENTAL
Autores: Márcio Neves Stefani; Maycon Fran Soares da
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
Silva Rocha; Rebeca Aparecida dos Santos Di Tommaso;
CÓDIGO: 62005
Louise Lima de Souza; Pablo Marques Reis; Raquel
Maria de Morais Pereira; Adnaldo da Silveira Maia;
Geisly Manuele Schwatey; RESSECÇÃO TRANSDIAFRAGMÁTICA
Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS DOS LINFONODOS CARDIO-FRÊNICOS
EM CARCINOMA EPITELIAL DOS
Introdução: A ressecção multivisceral em câncer gás-
OVÁRIOS, TUBAS E PERITÔNIO:
trico localmente avançado é conduta necessária para
obtenção de margens livres de lesão (R0). Porém, resul-
TÉCNICA CIRÚRGICA E RESULTADOS
Autores: Ronaldo Lucio Rangel Costa; Andre Lopes; TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
Vivian Sartorelli; Ytauan Barros Calheiros; Marcia Regina CÓDIGO: 60394
Vianna; Paula Martinez Vianna; Marcelo de Oliveira
Santos; Raphael Paulo di Paula Filho; RESSECÇÃO VASCULAR EM TUMOR DE
Instituição: INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTROLE DO KLATSKIN – RELATO DE CASO
CÂNCER; INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO
PAULO Autores: Fernanda Denise Alves Dias; Edgard
Mesquita Rodrigues Lima; Patricia Del Corona Braga
Introdução: A citorredução completa é o fator prog- Cavalcanti; Cintia Yoko Morioka; Paulo Boarini;
nóstico mais importante no carcinoma epitelial dos ová- Frederico Perego Costa; Cristiane Maria de Freitas
rios, tubas uterinas e peritônio. Em casos selecionados Ribeiro; Allison Takeo Tsuge;
a ressecção de metástases extra-abdominais tem sido Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL DR CARMINO
incluída como parte em máximo esforço para se obter CARICCHIO
uma citorredução completa. Os linfonodos cardio-frêni- Apresentação do caso: ED, 85 anos, feminino, HAS,
cos (LFC) quando clinicamente suspeitos em exames de DM2, DLP, chega em PS com quadro de icterícia de
imagem não infrequentemente são sítios de metástase padrão obstrutivo. USG, ColangioRNM e TC Abdome
por carcinoma ovariano em estágios avançados. Obje- mostram lesão infiltrativa de 2,0 cm na confluência
tivo: O objetivo de sua resseção visa adequado estadia- das vias biliares(VB) estendendo-se pelo ducto hepá-
mento e uma possível obtenção de citorredução com- tico direito, Bismuth IIIA, com dilatação das VB a mon-
pleta. Descrevemos nossa experiência e resultados, tante e íntimo contato com a artéria hepática direita.
bem como a técnica cirúrgica utilizada. Resultados: CPRE é realizada em outro serviço com passagem de
Após a obtenção de citorredução completa, e com a prótese biliar. CA19.9 42U/ml e CEA 1,4 mcg/L. Cirur-
suspeita de metástase nos LFC, através de uma incisão gia realizada: Trissegmentectomia hepática direita am-
longitudinal e no mesmo sentido das fibras do diafrag- pliada para lobo caudado com ressecção da Veia Porta
ma obtemos acesso ao espaço cardio-frênico. A incisão + reconstrução em “Y de Roux” e anastomose biliodi-
é baseada na topografia dos linfonodos em exames de gestiva intra-hepática esquerda. Anatomopatológico
imagem, do lado esquerdo ou direito. Por este acesso sela o diagnóstico de Adenocarcinoma pouco diferen-
dissecamos o coxim gorduroso contendo os linfonodos. ciado da via biliar perihilar com compromentimento
Realiza-se a ressecção utilizando liga clips metálicos ou focal da veia porta. Estadiamento(TNM 7Ed/AJCC/
pinça seladora. O diafragma é fechado em sutura con- UICC): pT3pN1. Paciente evolui bem no PO com fistúla
tínua e fio absorvível de longa duração. Caso abertura biliar de baixo débito, com resolução espontânea. Re-
da pleura é realizado aspiração no fechamento do dia- cebeu alta no 21º PO. Encontra-se em seguimento há
fragma. Em alguns casos é necessário drenagem torá- 16 meses, sem evidência de doença. Discussão: O co-
cica. Realizados 14 procedimentos em 11 pacientes no langiocarcinoma(CC) perihilar, Tumor de Klatskin(TK)
período de 2002 a 2017. A mediana de idade foi 62 anos é uma neoplasia rara, e representa cerca de 60% de
(45-77) e ECOG 0-1. Dez com estadio clinico FIGO IIIC e todos os CC. Em torno de 90% são Adenocarcinomas.
uma IV. Todas com histologia de carcinoma seroso pa- Situa-se na bifurcação dos ductos hepáticos direito e
pilífero grau 2 ou 3. Quatro procedimentos por citorre- esquerdo, próximo a veia porta, artéria hepática e fí-
dução primária e 10 por recidiva. Todas apresentaram gado (especialmente lobo caudado). Os sintomas mais
implantes no andar superior do abdome, localizados frequentes são: icterícia (90%), perda de peso e dor
em cápsula hepática, diafragma, baço ou estômago. abdominal (35%), prurido (26%) e colangite (10%). A
Em 2 pacientes, ambas em citorredução primária e com cirurgia, que é a única opção curativa disponível, só é
LFC aumentados na tomografia pré-operatória não fo- possível em aproximadamente 47% dos pacientes no
ram evidenciados metástases. Nos outros 12 procedi- momento do diagnóstico. A ressecção da veia porta
mentos restantes, os LCF foram positivos para metásta- quando acometida parece aumentar a taxa de sobre-
se, todas apresentavam captação nos LCF pelo PET-CT, vida em 5 anos, enquanto que a ressecção da artéria
por vezes sem elevação do CA-125. O tempo médio do hepática não a altera, mas aumenta a morbimortali-
procedimento foi 25 minutos, perda sanguínea estima- dade pós-operatória. A realização da linfadenectomia
da de 30ml. Complicações significativas relacionadas ao parece ser fundamental para a obtenção de uma res-
procedimento não foram observadas. Quatro pacientes secção com margens negativas(R0), o que aumenta
alcançaram sobrevida >30 meses. Conclusões: O acha- a sobrevida como reportado em vários estudos. As
do de metástases em linfonodos cardiofrênicos no cân- técnicas propostas incluem hepatectomias ampliadas
cer de ovário avançado é pouco comum, porém a res- com ressecção do lobo caudado, ressecção vascular
secão é um procedimento factível, de baixa morbidade. quando necessário, linfadenectomia hilar até o tron-
Deve ser considerada quando da possibilidade em se co celíaco. O tumor não responde bem a quimio e/ou
obter uma citorredução completa. radioterapia. Conclusão: Considerando que o único
Contato: *ANDRE LOPES DE FARIAS E SILVA – tratamento curativo para o Adenocarcinoma de vias
andrelopes1002@hotmail.com biliares, especificamente tumor de klatskin é a ressec-
ção cirúrgica com margens livres, devemos nos esfor-
çar para possibilitar esse tratamento, mesmo que em Contato: ALESSANDRA MARUMI EMORI TAKAHASHI –
pacientes idosos, como no caso relatado. ale_emori@hotmail.com
Contato: FERNANDA DENISE ALVES DIAS – nangelfe@
hotmail.com
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
CÓDIGO: 59821
demonstra grande efetividade para resolução de casos que refere a estética quanto a funcionalidade do órgão.
complexos de reconstrução pós tumorectomia em face No entanto, a reconstrução de grandes defeitos nessa
por ser um retalho de fácil reconstrução, reprodutível, topografia tanto com o retalho infraclavicular como
com poucas complicações e de baixo custo. com o retalho temporo-frontal, o qual foi utilizada no
presente caso, são opções viáveis e seguras para os
Contato: MATHEUS CASTELO PRUDENTE – mcastelo_@
centros em que os retalhos microcirúrgicos não estão
hotmail.com
disponíveis.
Contato: CÍCERO LUDGERO ALCINDO DE MELO –
aecmedic@gmail.com
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
CÓDIGO: 60058
avançadas direção medial. Após a cobertura do defeito de desidrogenase láctica e resposta a quimioterapia
com os retalhos, foi realizado fechamento da área doa- neoadjuvante. Conclusão: Temos um caso de um pa-
dora por intenção primária. Comentários finais: Sem- ciente diagnósticado tardiamente com osteossarcoma
pre que possível, após ressecções perineais extensas, já com implates secundários, que foi submetido a uma
deve-se tentar reconstrução primária do defeito tecidu- cirurgia extensa de resgate, com retirada de parte da
al, visando melhor recuperação, menor taxa de infec- veia cava, além de retirada de outros implantes secun-
ção secundária, menor tempo de hospitalização, menor dários. Essa escolha terapêutica foi decida pela equipe
incidência de hérnias perineais e melhor resultado es- médica, pois se tratava de um paciente jovem, com res-
tético e funcional. Tal procedimento deve ser realizado posta a QT e por apresentar chance de sobrevida eleva-
por cirurgião habituado com as diversas técnicas de re- da se progredir respondendo bem ao tratamento
construção, visando melhores resultados ao paciente.
Contato: BEATRIZ DE LUCENA RIBEIRO E SILVA –
Contato: CARLA VIEIRA STRAUCH – carlastrauch@ tbiaribeiro@gmail.com
gmail.com
da variante óssea, mas sim com densidade de partes ma, pulmão, ovário e sarcoma, sendo as metástases de
moles, poucas calcificações e possíveis áreas necróticas sarcomas, raras, com poucos casos descritos na litera-
ou císticas. Entretanto, biópsia e testes laboratoriais tura. Pela raridade da apresentação, as metástases de
são o modo mais eficaz de confirmar o diagnóstico. A sarcoma para mama não tem tratamento padrão de-
alteração genética caracterizada pela fusão dos genes finido. Nossos casos tiveram variação de conduta, de
EWS e FLI-1, associada ao surgimento da doença, pode mastectomia a cuidados paliativos exclusivos. Dentre
ser identificada através de hibridação in situ por imuno- os sarcomas, o leiomiossarcoma possui crescimento
fluorescência. O SEE é uma doença com alto potencial lento, e causa metástases tardias, sendo que há na lite-
de disseminação na qual cerca de 25% dos pacientes ratura sugestão de tratamento com mastectomia sem
apresentam metástases no momento do diagnóstico. linfadenectomia para as suas metástases. Pacientes
Essa característica da patologia torna necessário um com nódulos suspeitos de metástases na mama de-
tratamento abrangente, compreendido por quimiote- vem ser bem estudadas com história clínica, exames de
rapia, cirurgia e radioterapia. Conclusão: Conclui-se imagem, biópsia e estudo Imunohistoquímico da lesão
que o SEE é uma patologia rara, de difícil diagnóstico, para confirmação histológica uma vez que a neopla-
que necessita de abordagem terapêutica abrangente sia primária de mama é muito frequente. Conclusão:
devido ao seu potencial metastático. Os casos demonstram que a mama pode ser sítio de
metástases de sarcomas e o diagnóstico correto é im-
Contato: ANA CAROLINA GONÇALVES TUBINO –
prescindível antes de instituir a terapêutica adequada,
goncalvess.ana@gmail.com
mesmo em casos paliativos, uma vez que o tratamento
da mama pode ter impacto na qualidade de vida das
pacientes.
TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA Contato: SAMIRA JULIANA DE MORAES MACHADO –
CÓDIGO: 61829 moraes.samira@yahoo.com.br
troperitoneais são tumores raros que apresentam bai- rurgia questionada em função da ausência de plano
xa capacidade metastática, porém, frequentes invasões de clivagem com coluna cervical e carótida comum. Pa-
locais, pelo diagnóstico tardio. A sintomatologia inclui ciente encontra-se assintomático e aguarda laudo da
dor abdominal, desconforto e massa palpável indolor, última cirurgia. Discussão: O sarcoma epitelióide é um
fazendo-se, o exame físico, principal forma diagnóstica tipo raro de sarcoma de partes moles, correspondendo
além dos exames de imagem, os quais também são for- a menos 1% de todos os subtipos. Tem predisposição
mas de avaliação tumoral. Segundo a literatura todos para homens jovens e acomete principalmente extremi-
os pacientes com sarcoma de retroperitônio ressecável dades. Pode ocorrer também em períneo, tronco e ra-
devem ser submetidos à laparotomia, apesar da dificul- ramente envolve a cabeça e o pescoço. A apresentação
dade de efetuar ressecção total pela dimensão tumoral clínica é inocente, o que leva ao retardo no diagnóstico.
ao diagnóstico, infiltração local e localização central, fa- A maioria dos tumores se apresenta como um nódulo
tores que aumentam a probabilidade de recidiva local. palpável nas partes moles ou no subcutâneo. O diag-
O envolvimento da veia cava inferior exige ressecção nóstico de sarcoma epitelióide é desafiador e realizado
desta, desde que ocorra abaixo das veias renais e cau- com base em características histopatológicas e imu-
se desenvolvimento de circulação colateral. A re-abor- nohistoquímicas para marcadores epiteliais. A micros-
dagem cirúrgica é recomendada por repetidas vezes, copia revela arranjo nodular das células neoplásicas de
devido ao aumento na sobrevida. Estima-se que a so- aspecto epitelióide com degeneração central e necrose.
brevida global em cinco anos dos pacientes com esse A invasão vascular é rara. Há dificuldade de diferenciá-lo
tumor é de 40% a 50%. Comentários finais: A ressec- de outras condições. A abordagem deve ser a ressecção
ção cirúrgica dos sarcomas de retroperitônio apresen- ampla com margens livres, apresentando altas taxas de
ta-se como principal forma de tratamento, apesar da recorrência local. A sobrevida e o prognóstico são de di-
sua complexidade pelas características tumorais. Dessa fícil determinação pela raridade. No sarcoma epitelióide
forma, a abordagem cirúrgica, desde que especializada a taxa de metástase linfonodal é elevada e a principal
e efetuada buscando ressecção completa, desses tu- via de disseminação é hematogênica. Comentários fi-
mores resulta em controle locorregional e aumento da nais: O sarcoma epitelióide é um subtipo raro de sar-
taxa de sobrevida satisfatórios. coma, sendo ainda menos usuais na região de cabeça a
pescoço. Tem um comportamento clínico atípico com-
Contato: RENATA PEREIRA FONTOURA –
parado com os outros sarcomas. O tratamento cirúrgico
renata97fontoura@hotmail.com
consiste em ressecção alargada. Estes pacientes reque-
rem um seguimento rigoroso para avaliação de recidiva
local, regional à distância.
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS Contato: FELIPE ANDRÉ DE ALBUQUERQUE –
CÓDIGO: 60469 felipeandredealbuquerque@hotmail.com
póstero-lateral do ombro esquerdo, medindo 8, 6 x 4,0 terapia, 30 sessões de radioterapia, em 2017 realizou a
3,7 cm. Em 10 de maio, seguiu com entrada no serviço reconstrução o retalho do com o grande dorsal. Pacien-
de oncologia, no qual foi avaliado através dos sinais clí- te chega a fisioterapia após 30 dias de cirurgia, apre-
nicos com os exames de imagens e indicado exérese sentando fibrose em região lateral de tronco, cicatriz da
da lesão, diante da hipótese diagnóstica de sarcoma. retirada do enxerto rígida, leve edema em mama, re-
Após 6 dias, o paciente foi submetido a cirurgia e es- tração do músculo peitoral meno, parestesia em região
tudo anatomopatológico da peça; identificou neoplasia lateral de tronco. Todas essas características potencia-
de células fusiformes, que comprime a musculatura es- lizavam a diminuição de amplitude do membro supe-
quelética estriada profunda, com infiltração superficial rior esquerdo, com flexão de ombro: 100º, abdução de
e focal dos fascículos musculares. O padrão histológica ombro: 90º, apresentava diminuição de força muscular
paucicelular; arquitetura fusocelular; padrão de cresci- de membros superiores, grau 03. Dificultando assim,
mento expansivo e infiltração focal, sem cápsula com suas atividades de vida diária. Foi realizada fisioterapia
proliferação de vasos médios, ausência necrose, índice com o objetivo de ganho de amplitude de movimento,
mitótico 0/10 CGA, pouco infiltrado inflamatório no es- aumento de força muscular, diminuição da parestesia,
troma. A caracterização histológica ocorreu pelo exame diminuição da fibrose, do edema e da retração muscu-
imunoistoquímico com conclusão de sarcoma fibromi- lar de peitoral menor. Para isso foi realizado drenagem
xoide de baixo grau; tumor multilobulado em tecido linfática manual, mobilização miofascial em região late-
muscular esquelético e adiposo; celularidade baixa a ral de tronco e peitoral menor, mobilização cicatricial,
moderada de tipo fusocelular formados por poucos fei- exercícios ativo livre para membros superiores evoluin-
xes de estroma colagenizado e mixoide; atípia leve, mas do para exercícios ativo resistido de 1kg, alongamento
significante com hipercromasia celular; imuno expres- de grande dorsal, peitoral e cervical, estimulação senso-
são de EMA e MUC4, em expressão de marcadores para rial em região de parestesia. Após 10 sessões paciente
histogênese neural, melanocítica, muscular lisa e vascu- apresentou melhora da sensibilidade, ganho de ampli-
lar. O caso ainda segue em complementação através da tude de movimento com flexão de ombro: 160º, abdu-
pesquisa de rearranjo FUS-CREB3L2 ou FUS-CREB3L2. ção de ombro: 160 º, ganho de força muscular, grau 04,
Discussão: O tumor fibromixoide de baixo grau foi des- resolução completa do edema e da fibrose, relatando
crito pela primeira vez em 1987, por Evans. Este tumor melhora em suas atividades diárias. DISCURSSÃO: Os
tem predileção por homens em idade jovem e; apre- tumores filóides da mama são tumores fibroepiteliais
senta características benignas, porém com altos índices raros, responsá vel por menos de 1% dos tumores de
de recidivas local e metástases em pulmões e ossos. mama, tendo máxima incidência aos 35–55 anos. Seu
Mas, no entanto, considera-se ainda uma doença rara tratamento geralmente é a cirurgia, sendo pouco in-
com cerca de 150 casos descritos na literatura até 2002. dicado a radioterapia e a quimioterapia. Há poucos
Comentários finais: Apesar do tumor fibromixoide de relatos em relação a patologia e seu tratamento, não
baixo grau ser considerado benigno, a identificação do sendo encontrado sobre a atuação da fisioterapia dos
caso torna-se um importante diagnóstico diferencial de pacientes. Comentários finais: A fisioterapia tem pa-
sarcomas agressivos com prognóstico ruim. Sendo, ou- pel fundamental para a recuperação do paciente no
trossim; a agilidade da evolução do caso e o tratamento pós-operatório de reconstrução de mama, mostrando
cirúrgico, a melhor opção para este paciente. ser eficaz por promover a diminuição das incapacida-
des cinético-funcionais, possibilitando ao paciente uma
Contato: EDILAINE RUBINT ROMEIRO – edilaine.
melhor qualidade de vida e tornando-o mais confiante
rubint@gmail.com
para o convívio social.
Contato: NADIA OLIVEIRA GOMES – ftnadiagomes@
gmail.com
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
CÓDIGO: 60635
Instituição: UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUACI Autores: Isabella Martins Monteiro; Pamella Bertoldi
Soares; Bárbara Rocha Rodrigues; Rafaela Prata Rassi;
Apresentação do caso: Paciente masculino, referia Amanda Karolyne Batista Ferreira; Gabriela Nascimento
massa em região lombar de aumento gradativo há 5 Cruz; Luiz Carlos Furtado Almeida Junior; Guilherme
meses, dolorida, com irradiação para coluna vertebral Freire Angotti Carrara;
e região posterior das coxas. Durante esse período o Instituição: UNIVERSIDADE DE UBERABA
paciente buscou atendimento em vários serviços e foi
tratado como sendo portador de cisto pilonidal infecta- Apresentação do caso: P.A.A, 17 anos, feminino, na-
do. Porém mesmo com uso de medicações não houve tural e procedente de Ibiá-MG. Dor em hipocôndrio
melhora do quadro. Neste momento solicitada uma to- esquerdo e aumento do volume abdominal há 3 me-
mografia de região lombar que demonstrou formação ses; associado urina de cor amarelo escuro e odor
expansiva em partes moles adjacente ao sacro, sugerin- forte, sem disúria. Tomografia computadorizada (TC)
do processo neoplásico primário. Foi então solicitada prévia que mostrou lesão expansiva contigua no polo
uma ressonância magnética, tendo como laudo lesão inferior do rim esquerdo, de 13x12x10cm de conteúdo
expansiva de aspecto neoplásico no tecido subcutâneo heterogêneo com áreas císticas e sólidas. Exame físico:
em região mediana esquerda entre L5 e S3, sem infiltra- massa palpável em epigástrio e hipocôndrio esquerdo,
ção óssea/muscular adjacente, medindo 8, 8x5, 7x10,5 dolorosa a palpação, de +-15cm. Na evolução, paciente
cm. O serviço sugere como hipótese diagnóstica sarco- hipocorada 2+/4+, com pirose, cefaleia e constipação
ma. Foi então submetido a ressecção de tumor de par- intestinal. Exames laboratoriais mostraram anemia
tes moles, com reconstrução com retalho. A peça retira- microcítica hipocrômica, PCR: 91,2 mg/dL, sendo reali-
da foi encaminhada para avaliação anatomopatológica, zada infusão de 2 bolsas de concentrado de hemácia.
tendo como resultado neoplasia mesenquimal fusifor- Posteriormente, submetida a nefroureterectomia radi-
me com áreas pleomórficas apresentando 10,5 cm, alto cal à esquerda. No pós-operatório apresentava hábito
grau de anaplasia nuclear, alta celularidade, alto índice urinário normal, e melhora parcial do quadro anêmico.
mitótico (> 30 mitoses em 10/cga), necrose tumoral pre- O exame anatomopatológico evidenciou espécime de
sente (30%), margens cirúrgicas livres, porém exíguas 14x12x9cm, acompanhado de tecido adiposo hilar re-
na profundidade. O quadro histológico sugere um sar- nal de 9x4x3cm. A microscopia constatou neoplasia de
coma de alto grau de padrão pleomórfico. Paciente faz células fusiformes infiltrando o rim, com margens livres.
acompanhamento bimestral no ambulatório de oncolo- O estudo por imunohistoquímica evidenciou sarcoma
gia. Discussão: Os sarcomas de partes moles (SPM) re- renal. Discussão: Sarcomas renais são neoplasias ra-
presentam em torno de 1% das doenças malignas. Sur- ras, com prevalência de 0,8 a 2,7% de todos os tumores
gem em qualquer local do corpo. A apresentação clínica malignos renais, sendo mais comuns em mulheres, da
dos pacientes com SPM é altamente variável, devido a 4ª a 6ª década de vida. Geralmente, são resultados de
heterogeneidade anatômica dessas lesões. Normal- fatores mutagênicos que levam a malignização de te-
mente só há sintomas quando esses tumores crescem cidos mesenquimatosos, capazes de expandir e atingir
a ponto de pressionar diretamente estruturas neuro- grandes diâmetros; levando a sinais e sintomas como:
vasculares, causando dor, dormência ou aumento de dor, massa palpável abdominal e hematúria. Os leio-
volume. Comentários finais: O Sarcoma de Partes Mo- miossarcomas representam 50-60% dessa neoplasia,
les tem origem geralmente dérmica ou subcutânea. Cli- seguido de lipossarcoma, com aproximadamente 10-
nicamente apresenta-se como nódulo indolor de cresci- 15% de prevalência. O comportamento biológico dos
mento lento; porém, pode ser extremamente agressivo sarcomas renais é altamente imprevisível, sendo asso-
com curso clínico caracterizado por altas taxas de re- ciado a elevada incidência de metástase e mau prog-
corrência local e potencial metastático, principalmente nóstico. O melhor prognóstico está relacionado com a
para linfonodos e pulmão. Histologicamente sua forma ressecção completa do tumor e das margens que pos-
clássica é constituída por células pleomórficas e fusifor- sam ter tecido reativo, evitando recorrência local. As
mes com frequente necrose central. O tratamento de características genéticas são muito complexas, por isso
escolha deve ser excisão radical com margens amplas, considerados de cariótipo caótico. Comentários finais:
podendo ser acompanhado de quimioterapia ou radio- Paciente apresentou tumor raro, com sintomatologia tí-
terapia. As taxas de recorrência local e metastatização pica, porém, com incidência em faixa etária muito abai-
são de 40% e 50% respectivamente. xo da esperada para estes tumores. A ressecção cirúrgi-
ca completa auxilia no prognóstico, mas não determina
Contato: RAFAEL SANTOS DE SOUZA – sobrevida elevada devido ao tipo de neoplasia.
rafaelsantosdesouza@yahoo.com.br
Contato: ISABELLA MARTINS MONTEIRO –
isabellamartins_mm@hotmail.com
Leite de Medeiros; Carolina Parucce Franco; Wilson Luiz TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
da Costa Junior; Alessandro Landskron Diniz; Heber CÓDIGO: 61704
Salvador de Castro Ribeiro; Andre Luis de Godoy; Igor
Correia de Farias; SCHWANNOMA PANCREÁTICO –
Instituição: A.C. CAMARGO CÂNCER CENTER RELATO DE CASO
Os tumores malignos mesenquimais correspondem a Autores: Euclides Dias Martins-Filho; Thales Paulo
menos de 1% das neoplasias hepáticas, destes, o mais Batista; Luciana de Holanda Lima Dornelas Câmara; Ana
comum é o schwannoma, que é uma neoplasia da bai- Caroline de Sobral Melo Patu; Paula Carvalho de Abreu
nha nervosa, originária das células de schwann. Na lite- e Lima Brito;
ratura, são descritos aproximadamente 30 casos deste Instituição: REAL INSTITUTO DE CIRURGIA ONCOLÓGICA
tipo. Apresentação do caso: paciente M.G.S., masculi- Apresentação do caso: Mulher de 24 anos em investi-
no, 42 anos, assintomático, submetido a ultrassonogra- gação ambulatorial de dor abdominal inespecífica sem
fia de abdome de rotina com achado de nódulo sólido- outros sinais ou sintomas associados. USG de rastreio
-cístico hiperecogênico, medindo 7, 5cm em lobo direito e subsequente TC abdominal evidenciaram lesão mal
do figado. Foi realizada investigação com EDA, colono- caracterizada em cabeça pancreática de 2cm de diâ-
cospia, sorologias, marcadores tumorais e tomografia metro, associado a marcador CA19.9 = 6, 2U/ml. RM
de tórax sem achados anormais. Foi submetido a bi- de abdômen superior definiu formação arredondada
ópsia percutânea com diagnóstico anatomopatológico de 2,1x1,7x1,9cm na cabeça pancreática, anterior ao
de sarcoma fusocelular de baixo grau. devido lesão em colédoco, com sinal hipointenso em T1 e hiperintenso
íntimo contato com a veia hepática direita e pelo maior em T2, com mínimo realce pós-contraste. (Fig. 1) USG/
risco de hepatectomia direita, paciente foi submetido a EDA demostrou envolvimento de ducto pancreático
embolização da veia hepática direita. Após 13 semanas, principal, no entanto o estudo do material colhido por
foi submetido a hepatectomia direita sem intercorrên- PAAF resultou inconclusivo. Adicionalmente, realizou
cia. O anatomopatológico foi de schwannoma hepático, Octreoscam que não demonstrou captação pancreáti-
medindo cerca de 6, 7x4,0x4,2 cm, margens cirúrgicas ca focal. Paciente foi submetida a cirurgia de Whipple
livres. Encontra-se em seguimento ambulatorial, sem clássica, com achado de lesão de 2,5cm de consistên-
evidências de recidiva. Discussão: os schwannomas, cia fibroelástica e aspecto mesenquimal em cabeça de
na maioria dos casos, são tumores de comportamen- pâncreas, cujo estudo anatomopatológico revelou se
to benigno e indolente. acomete homens e mulheres tratar de neoplasia fusocelular com imunoexpressão
em igual proporção, principalmente entre 20 e 60 anos difusa de proteína S100, consistente com Schwannoma
de idade. pode-se correlacionar com neurofibromato- Benigno, ressecado com margens cirúrgicas livres. (Fig.
se em 20 a 50% dos casos. Do ponto de vista clínico, 2) No pós-operatório, evoluiu com fístula pancreática
a maioria dos pacientes são assintomáticos. Histolo- grau A e derrame pleural bilateral associado a atelec-
gicamente, os schwannomas são compostos por uma tasia, requerendo antibioticoterapia (Clavien-Dindo II).
cápsula verdadeira e seu interior por duas áreas deno- Recebeu alta hospitalar após 22 dias de internamento
minadas Antoni A e B. Antoni A é uma área hipercelu- e permanece em seguimento ambulatorial periódico,
lar, que contém as células de spindle e Antoni B é uma em manejo de insuficiência pancreática exógena com
matriz celular frouxa e mixóide, com poucas células reposição enzimática e sem evidências de recorrência.
esparsas. Na maioria dos casos descritos, percebe-se Discussão: O schwannoma pancreático é uma neo-
que o diagnóstico final da lesão é feito pelo anatomo- plasia rara originada das células de Schwann de fibras
-patológico, já que o quadro clinico e radiológico são, nervosas autonômicas simpáticas ou parassimpáticas.
muitas vezes, inespecíficos e, nem sempre, é possivel Geralmente ocorrem nas extremidades, podendo ser
confirmar o diagnóstico pela biópsia pré-operatória. A encontrados na cabeça e pescoço, mediastino, retrope-
imunohistoquimica é primordial para a diferenciação ritônio e, mais raramente, na loja pancreática. A topo-
entre outros tumores mesenquimais e metástases de grafia mais acometida neste órgão é a cefálica (40%),
tumores estromais gastro-intestinais (gist). No painel com média de idade dos acometidos de 55 anos, igual
imunohistoquímico, o schwannoma geralmente é posi- distribuição entre os sexos e considerável variação de
tivo para os marcadores S-100 e CD57 e negativo para tamanho. O tratamento definitivo é cirúrgico, requeren-
CD34 e CD117 (C-KIT). já os tumores estromais de ori- do ressecções maiores em 1/3 dos casos. Menos de 50
gem gastro-intestinais (GIST) podem ter positividade casos de schwannoma pancreático foram descritos na
no CD34, s-100 e, principalmente, CD117 (C-KIT). Já os literatura internacional nos últimos 30 anos. Comentá-
leiomiomas são S-100 negativos e positivos para actina rios finais: O Schwannoma Pancreático é uma neopla-
músculo liso (AML) e desmina. sia rara, mas deve ser considerada no diagnostico dife-
Contato: MARIA LUIZA LEITE DE MEDEIROS – rencial de tumores pancreáticos. Poucos casos foram
lumedeiros88@yahoo.com.br descritos na literatura internacional e não se encontra-
ram referências brasileiras sobre o tema.
Contato: THALES PAULO BATISTA – conv4116 Isto ocorre devido à influência dos números fuzzy, para
os quais, um pixel pode pertencer a mais de uma re-
gião, no entanto com diferentes graus de pertinência.
Contato: RODRIGO GONDIM MIRANDA –
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
rogondim89@gmail.com
CÓDIGO: 60867
SEGMENTAÇÃO DE IMAGEM DE
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO AUXÍLIO TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
À DETECÇÃO DE TUMORES CEREBRAIS: CÓDIGO: 59917
UMA ABORDAGEM VIA MÉTODO FUZZY
C-MEANS SEMINOMA ASSOCIADO À
Autores: Rodrigo Gondim Miranda; PERSISTÊNCIA DO DUCTO DE MÜLLER
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ Autores: Jeancarllo de Sousa Silva; Thiago Guimarães
Matos de Souza; Marcelo Asahiti Uratani; Manoel Jesus
Introdução: O uso de imagem de ressonância magnéti-
Pinheiro Coelho Júnior; Paulyne de Souza Viapiana;
ca (MRI) é uma das técnicas biomédicas mais consagra- Adnaldo da Silveira Maia; Pablo Marques Reis;
das e amplamente utilizada nas mais diversas aplica-
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS
ções médicas. Por exemplo, na radiologia, a técnica de
MRI tem como objetivo, a visualização de partes inter- Apresentação do caso: Paciente portador de criptor-
nas do corpo, a nível de detalhe estrutural, para o diag- quidia bilateral identificado em idade adulta com vo-
nóstico de doenças que comprometem a morfologia de lumosa massa abdominal avaliado em pré-operatório
órgãos internos. Objetivo: O objetivo geral do presente com exame físico, marcadores tumorais e exames de
trabalho é realizar uma segmentação, via método fu- imagem (tomografia). Durante a avaliação transopera-
zzy c-means, em imagens de ressonância magnética tória se identificou massa central (útero) entre os dois
do cérebro humano no auxílio à detecção de anoma- testículos degenerados e presos à parede abdominal
lias representadas por tumores cerebrais. Método: A pelos ligamentos redondos (impedindo migração para
classificação fuzzy particiona um conjunto de dados o canal inguinal). O colo uterino se inseria em fundo-ce-
em um determinado número de clusters homogêneos go sobre a próstata e sem evidência de doença metas-
com uma adequada medida de similaridade. O méto- tática retroperitoneal ou visceral, mas com ascite dis-
do mais utilizado de clusterização fuzzy é o algoritmo creta (positivo para células malignas) e derrame pleural
fuzzy c-means, proposto por Dunn. Este processo con- direito (negativo para células malignas). Os marcadores
siste em dividir as imagens de ressonância magnética tumorais são normais no pré-operatório e o cariótipo é
em classes (clusters), as quais são calculadas determi- 46, XY. Após quatro ciclos de quimioterapia, o paciente
nando-se os agrupamentos e seus centros a partir da se encontra assintomático e com marcadores normais.
norma euclidiana existente entre um dado e os centros Discussão: Recomenda-se o diagnóstico precoce da
de agrupamento. Desta maneira, quanto mais próxima persistência do ducto de Müller (PDMS), mas em situ-
do centro de um agrupamento o dado estiver, maior é ações atípicas, deparamo-nos com pacientes em idade
o seu grau de pertinência a esse agrupamento. Resul- adulta sem investigação para criptorquidia. A suspeita
tados: Para avaliação de desempenho, a técnica fuzzy desta patologia deve sempre ser levantada para pro-
c-means foi testada em três imagens de ressonância gramar exames de imagem que confirmem e guiem o
magnética diferentes e, comparadas com os resulta- tratamento mais precoce e correto. Comentários fi-
dos obtidos pelo algoritmo de Otsu, o qual consiste em nais: Na PDMS, diagnosticada na infância, não há ne-
encontrar um limiar global automático e a partir deste, cessidade de ressecção do útero, mas sim a orquipexia.
tornar a imagem binária. O algoritmo de Otsu também Exceção feita nesse caso, onde já se encontram os testí-
apresenta uma imagem segmentada, porém com uma culos degenerados por seminoma.
borda menos refinada do que o resultado obtido com
Contato: JEANCARLLO DE SOUSA SILVA – jeancarllo@
o algoritmo fuzzy c-means. Este fato é devido ao valor
gmail.com
do limiar calculado pelo algoritmo fuzzy c-means ser
menor do que o valor do limiar obtido pelo algoritmo
de Otsu, provando desta forma que o algoritmo fuzzy
c-means apresenta um melhor resultado em relação TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
ao de Otsu. Conclusão: Este trabalho apresenta uma CÓDIGO: 60226
abordagem para segmentação e classificação em clus-
ters de imagens de ressonância magnética do cérebro SEMINOMA DE TESTÍCULO COM
humano. Por meio do método de segmentação fuzzy METÁSTASES INGUINAIS – RELATO DE
c-means, o qual se baseia na teoria dos números fuzzy
CASO
para extrair a região de interesse, observa-se resulta-
dos satisfatórios na detecção de tumores cerebrais em Autores: Isabella Kern Arendt; Leonardo Werner Rasche;
Letícia Signori Kohl; Ícaro de Azevedo Alexandre;
relação aos resultados obtidos com o método de Otsu.
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
CÓDIGO: 62029 CÓDIGO: 61933
complicação e resultados oncológicos similares usando as lesões metastáticas. Uma vez respeitada a radicali-
uma abordagem minimamente invasiva. dade da ressecção cirúrgica, o objetivo secundário no
tratamento curativo do câncer de reto é a preservação
Contato: RAQUEL DE MARIA MAUÉS SACRAMENTO –
esfincteriana. Comentários finais: No caso relatado, a
raquel_maues@yahoo.com.br
paciente foi tratada com terapia trimodal (quimiotera-
pia, radioterapia e cirurgia) de forma não habitual apre-
sentando uma excelente resposta clínica e patológica,
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL sendo possível a realização do tratamento cirúrgico
CÓDIGO: 61776 com preservação esfincteriana.
Contato: ALDO VIEIRA BARROS – aldobarros@
TERAPIA TRIMODAL NO CÂNCER DE oncoclinica.com
RETO INFERIOR METASTÁTICO COM
PRESERVAÇÃO ESFINCTERIANA
Autores: Aldo Viera Barros; Filipe Augusto Porto Farias
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
de Oliveira; Marcel Davi Loureiro de Melo; Claudemiro
de Castro Meira Neto; Amanda Lira dos Santos Leite; CÓDIGO: 60479
Cicero Ludgero A de Melo; Myra Jurema da Rocha Leão;
Oscar Cavalcante Ferro Neto; TÉCNICA PADRONIZADA DA
Instituição: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ COLECTOMIA ESQUERDA/
Apresentação do caso: FSS, sexo feminino, 49 anos,
SIGMOIDECTOMIA ROBÓTICA EM
encaminhada ao Serviço de Oncologia da Santa Casa
PACIENTES ONCOLÓGICOS NO SUS
de Maceió com história de hematoquezia e perda de Autores: Victor Hugo Ribeiro Vieira; Alberto Teles Lopes;
peso há 4 meses. Ao exame físico evidenciou-se lesão José Paulo Jesus; Eduardo Linhares; Marcus Valadão;
à 1 cm da linha pectínia anal, ocupando aproximada- Rafael Albagli; Raquel de Maria Maués Sacramento;
Pedro Paulo Cavalcanti de Albuquerque;
mente 50% da circunferência retal. A biópsia à colonos-
copia confirmou adenocarcinoma grau II, RAS e BRAF Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
não mutados, ausência de instabilidade microssatélite. Introdução: As ressecções colorretais via robótica vêm
Exames de estadiamento evidenciaram lesões hepáti- ganhando popularidade ultimamente. No entanto, ain-
cas em segmentos VIII, IVA, V E I. Estadiamento clínico IV da respeito de dados a respeito de como os cirurgiões
(T3N1M1). Com o planejamento de abordagem reversa adquirem expertise e como são os programas de de-
foi iniciada quimioterapia com esquema FOLFOX. Após senvolvimento de cada instituição. Objetivo: Apresen-
3 ciclos houve progressão de doença hepática sendo tar a metodização usada em nosso serviço nas cirurgias
então modificado o esquema quimioterápico para FOL- para neoplasias de cólon esquerdo e sigmóide utilizan-
FIRINOX e VECTIBIX. Ao término de 3 novos ciclos a pa- do o a plataforma da Vinci-Si. Método: O paciente é po-
ciente apresentou resposta clínica hepática completa, sicionado em decúbito dorsal, em posição de litotomia
além de redução no número de linfonodos abdominais modificada. São posicionadas almofadas em regiões de
e do tamanho da lesão retal. Optado por realização proeminências ósseas para proteção. É realizado single
de radioterapia (SHORT COURSE) seguida de cirurgia. docking pelo lado esquerdo do paciente, com coloca-
Foi submetida a retossigmoidectomia com ressecção ção de quatro portais: câmera, auxiliar e dois braços
interesfincteriana por videolaparoscopia e ileostomia robóticos. A câmera é inserida a direita do umbigo, o
protetora em alça. Laudo histopatológico evidenciou portal R1 na fossa ilíaca direita, o portal R2 no hipocôn-
resposta patológica completa no reto e 1 linfonodo po- drio direito, na linha hemiclavicular e o portal auxiliar
sitivo de 21 ressecados. Encaminhada a quimioterapia no flanco direito, 7 cm superior ao portal R1. Preferen-
adjuvante. Discussão: O tratamento gold standard do cialmente, optamos pela abordagem medial do cólon
câncer de reto extraperitoneal compreende a aplicação esquerdo, iniciando pela ligadura dos vasos mesenté-
de quimiorradioterapia neoadjuvante em pacientes ricos inferiores, posterior dissecção do retroperitôneo,
com estadiamento T3-4N+ seguido de ressecção cirúr- seguindo pela liberação da goteira parietocólica es-
gica com excisão total do mesorreto. Este tratamento querda e por fim secção da alça intestinal. Discussão: A
é acompanhado de uma taxa de recidiva local inferior padronização da técnica na cirurgia robótica na colecto-
a 10% e oferece taxas de sobrevida em 5 anos de até mia esquerda facilita o aprendizado cirúrgico, diminui o
80%. Em casos de metástases hepáticas uma alternati- tempo de docking e tempo operatório.
va ao tratamento é iniciar com quimioterapia com ên-
fase a estas lesões na chamada “abordagem reversa”. Contato: VICTOR HUGO RIBEIRO VIEIRA – vhrv89@
Nestes casos o Short Course de radioterapia neoadju- gmail.com
vante representa uma boa opção devido a rapidez ao
tratamento do reto priorizando a quimioterapia para
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA that piRNAs are already altered in tumor-adjacent tis-
CÓDIGO: 60800 sue samples, strengthening the field effect theory.
Contato: ÂNDREA KELY CAMPOS RIBEIRO DOS
THE PROFILE OF DIFFERENTIALLY
SANTOS – akelyufpa@gmail.com
EXPRESSED PIRNAS ASSOCIATED TO
THE FIELD EFFECT THEORY IN GASTRIC
CANCER
Autores: Tatiana Vinasco-Sandoval; Giovanna Chaves TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
Cavalcante; Amanda Ferreira Vidal; Pablo Pinto; André CÓDIGO: 61747
M Ribeiro-dos-Santos; Paulo Pimentel Assumpção;
Samia Demachki; Sidney Santos; Fabiano Cordeiro EXENTERAÇÃO PÉLVICA PARA
Moreira; Ândrea Ribeiro-dos-Santos; TRATAMENTO DO CÂNCER COLO
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ RETAL LOCALMENTE AVANÇADO E/
The knowledge about carcinogenesis and the molecular OU RECIDIVADO EXPERIÊNCIA DO
events that lead to cell transformation in gastric cancer HOSPITAL AC CAMARGO CÂNCER
(GC) has been a challenge to the scientific community. CENTER
In this way, studies involving small non-coding RNAs Autores: Tiago Santoro Bezerra; Samuel Aguiar junior;
have been widely explored. Among these species of Ranyel Spencer Batista Sobreira; Ademar Lopes; Paulo
RNAs, piRNAs are an emergent class that needs further Roberto Stevanado; Renata Mayumi;
studies to elucidate their roles in carcinogenesis. In Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER
such studies, it is also important to consider the theory
of field effect, in which the tumor-adjacent tissue, des- Introdução: O tratamento do câncer de colo-retal lo-
pite their histologically normal appearance, carries mo- calmente avançado ou recidivado geralmente envolve
lecular alterations that are similar to those in developed a exenteração pélvica como tratamento cirúrgico. Essa
tumors. These changes have been described both in ge- séria mostra a experiência de um centro oncológico no
netic and epigenetic levels in different types of cancer. tratamento do câncer coloretal e seus resultados para
Therefore, the aim of this study was to evaluate the glo- definição de fatores clinico-patológicos que ajudem na
bal piRNAs expression profile (piRNome) of GC patients seleção do paciente. Objetivo: Avaliar a morbi-morta-
in order to identify potential biomarkers. We collected lidade de pacientes submetidos a exanteração pélvica
24 samples of stomach antrum (eight non-cancer sam- por tumores colorretais em um centro oncológico. Mé-
ples, eight adenocarcinoma samples and eight tumor- todo: analise retrospectiva de pacientes com câncer
-adjacent samples that are histopathologically cancer- coloretal avançado submetidos a exenteração pélvica
-free). We used the ultradeep platform MiSeq (Illumina) como tratamento cirúrgico. Foram avaliados fatores
to perform the small-RNA sequencing. Reads were clinico-patológicos, sendo o desfecho principal a sobre-
analyzed using DESeq2 package (R program) to evalua- vida global e sobrevida livre de doença e como objetivo
te the piRNA differential expression. An in silico analysis secundário analisar a morbidade e mortalidade opera-
using miRanda v.3.3a was done to identify target genes tória. Resultados: foram identificados 104 pacientes,
of the differentially expressed piRNAs and the functio- 57% em tumores primários e 43 em tumores recidiva-
nal analysis was performed with DAVID Bioinformatics dos. 65% dos pacientes receberam tratamento radio-
Resources v.6.8 to identify all biological processes signi- terápico prévio e 76, 96% foram submetidos a algum
ficantly associated to piRNA-targeted mRNAs. We iden- regime quimioterápico prévio. O índice de mortalidade
tified three piRNAs (piR-48966, piR-49145, piR-31335) operatória foi de 7, 69% e a morbidade foi de 70,19%.
that are differently expressed in both GC and cancer- A taxa de sobrevida global em 5 anos foi de 43%, com
-adjacent samples in comparison to non-GC samples. uma sobrevida mediana de 47 meses, realizando aná-
This indicates that the tumor-adjacent tissue is mole- lise de risco relativo os fatores que tiveram maior im-
cularly modified and cannot be considered as a normal pacto na sobrevida foram: doença recidivada, cirurgia
tissue control. These three DE piRNAs are potential paliativa, ressecabilidade, quimioterapia prévia, ASA,
biomarkers for GC, especially piR-48966 and piR-3133, hemotranfusão e pacientes que tiveram complicações
which presented AUC>0.85. An in silico search for mR- graves. A sobrevida livre de doença em 5 anos foi de
NAs targeted by the field effect piRNome revealed that 35% com uma mediana de recorrência de 24 meses. A
these piRNAs may regulate seven genes that participate recorrência foi de 41,43% sendo mais comum a distân-
in the cell cycle regulation, suggesting that these small cia. Os principais fatores de risco associados a recor-
non-coding RNAs act in the complex of post-transcrip- rência foram: localização (reto), doença recidivada, t4
tional regulation. This is the first study to describe the patológico, comprometimento linfonodal, tratamento
differential expression profile of piRNAs in GC samples prévio, ASA, hemotranfusão e os pacientes que tiveram
using Next-Generation Sequencing and to demonstrate complicações graves. Concluão: A exenteração pélvica
continua sendo o principal tratamento nos tumores co- que exigem grandes ressecções cutâneas e, em alguns
lo-retais localmente avançados. As taxes de morbidade casos, até ressecções do gradil costal e do esterno.
e mortalidade ainda são altas, a sobrevida global e so- Abordagem de equipe multidisciplinar é bastante im-
brevida livre de doença do nosso serviço são equipa- portante para alcançar os melhores resultados possí-
radas as de outros centros oncológicos, devemos levar veis. O caso reportado envolve extensa lesão de mama,
em consideração os fatores identificados nesse traba- sem comprometimento sistêmico, tendo a cirurgia in-
lho para uma melhor seleção de pacientes. tuito curativo, com baixa morbidade e técnica cirúrgica
exequível e que não demanda tecnologia avançada. A
Contato: TIAGO SANTORO BEZERRA – tiagosantoro@
paciente evoluiu com pequena deiscência e infecção
me.com
de ferida operatória, sem envolvimento da prótese ou
repercussão sistêmica, mas que necessitou de antibio-
ticoterapia guiada por cultura/antibiograma. A quimior-
TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA radiação foi iniciada no final de 2015 e a cirurgia reali-
CÓDIGO: 60416 zada em janeiro de 2017. Paciente em hormonioterapia
com tamoxifeno e exames de estadiamento de maio de
TORACECTOMIA EM MASTOLOGIA: DA 2017 sem sinais de recidiva.
NEOADJUVÂNCIA AO PÓS-OPERATÓRIO Contato: VITOR ARCE CATHCART FERREIRA – vitoracf@
– RELATO DE CASO icloud.com
Autores: Vitor Arce Cathcart Ferreira; Vinícius Basso
Preti; Tariane Friedrich Foiato; William Massami Itikawa;
Anne karoline Groth; Alfredo Benjamin Duarte da Silva;
Maria Cecilia Closs Ono; Bruno Rafael Kunz Bereza; TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
Raimundo Romilton Leal do Rosário; CÓDIGO: 61877
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS TRANSFORMAÇÃO NEOPLÁSICA DE
Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino, pós
LESÃO PRÉ-EXISTENTE DESCONHECIDA
menopausa, 61 anos, com carcinoma ductal de mama DE COURO CABELUDO EM CARCINOMA
localmente avançado estadiamento clinico IIIc (T4b- BASOCELULAR ASSOCIADO A
N3M0). Lesão inicialmente com 15cm em seu maior CARCINOMA EPIDERMÓIDE
eixo firmemente aderido a parede torácica e com infil- Autores: Camila Urach dos Santos; Isabela Dorneles
tração de arcos costais, submetida a quimioterapia com Pasa; Bruna Beck Nunes; Luiz Inácio Roman; Sabrina
Doxorrubicina/Ciclofosfamida + Docetaxel e radiotera- Pedrotti; Phamela Weneranda Cezarotto Dall Agnol;
pia com dose total de 63Gy com boa resposta – lesão Juliano Breunig;
residual menor que 40% da inicial, mas ainda bem ade- Instituição: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
rida a parede torácica e ausência de linfonodos palpá- Apresentação do caso: Paciente feminina, 47 anos,
veis. Submetida a mastectomia esquerda com toracec- com lesão no couro cabeludo desde o nascimento. Há
tomia segmentar de duas costelas e reconstrução do 30 dias relata crescimento de tumoração ulcerativa de 3
arcabouço ósseo com tela de polipropileno e cimento x 2 cm no sítio da lesão. Foi realizada excisão com mar-
ósseo a base de metilmetacrilato. O defeito de pele foi gens, fechamento primário e solicitado anatomopato-
corrigido com retalho miocutâneo bilobado de músculo lógico que evidenciou carcinoma epidermoide modera-
grande dorsal. Colocado dreno Suctor devido área de damente diferenciado, ulcerado e com hiperceratose,
ressecção do retalho e sem necessidade de drenagem em associação com carcinoma basocelular pigmentado
torácica em selo d’água. O caso foi bem documentado e de conformação nodular. As margens estavam livres.
com câmeras de alta definição em fotos e vídeos. Dis- A história era condizente com nevo sebáceo de Jadas-
cussão: A ressecção ampla com eliminação completa sohn e haja vista essa hipótese diagnóstica foi realizada
da doença associada às técnicas de reconstrução per- revisão das lâminas para busca de resquícios de nevo
mitiu um aumento no tempo de sobrevida. A prioridade sebáceo e estes não foram encontrados. Discussão:
é a restauração da integridade funcional e estrutural do O nevo sebáceo de Jadassohn é um hamartoma con-
tórax, sendo a reconstrução necessária para prevenir gênito que tem como principal sítio o couro cabeludo.
déficits respiratórios, por exemplo o movimento para- A transformação neoplásica dessa lesão acontece em
doxal, proteção mecânica de estruturas mediastinais cerca de 15% dos casos, normalmente na idade adulta
e buscar técnicas que combinem chance de cura com e origina usualmente siringocistoadenoma papilífero,
qualidade de vida satisfatória. Comentários finais: carcinoma basocelular ou tricoblastoma. A ocorrência
Apesar do aumento de campanhas educativas, acesso de carcinoma epidermoide em nevos sebáceos é rara
e avanços no rastreamento e no diagnóstico precoce – 12 casos descritos na literatura – e a formação de
do câncer de mama, ainda há muitos casos dramáticos um tumor de colisão deste com um carcinoma baso-
de tumores avançados ou de recidivas locorregionais, celular é ainda mais surpreendente – 3 casos relatados
na literatura. O fato de não haver resquícios de nevo é denominado enxerto, que acontece normalmente
sebáceo no anatomopatológico aponta para a necessi- dentro de 15 a 30 dias depois do transplante. Após a
dade de novas hipóteses diagnósticas. A aplasia cutis efetivação do enxerto, podem ser receitados imunossu-
é uma malformação em que há ausência de uma por- pressores, para impedir o aparecimento de uma com-
ção de tecido cutâneo ao nascimento e, assim como o plicação denominada Doença do Enxerto Contra Hos-
nevo sebáceo, gera alopécia localizada. Há um relato da pedeiro. A mortalidade nos 100 dias após o transplante
ocorrência de aplasia cutis com posterior degeneração é de 10-40% nos alogênicos e 5-20% nos autólogos.
cicatricial maligna originando carcinoma epidermoi- Enquanto nos transplantes autólogos a mortalidade é
de. Não existem ainda relatos com transformação em devido à doença base, nos alogênicos a principal causa
carcinoma basocelular, porém é sabido que a degene- é a DECH. Nos transplantes alogênicos, as drogas imu-
ração cicatricial maligna pode gerar diversos tipos de nossupressoras são administradas precocemente para
neoplasias cutâneas, abrangendo o carcinoma epider- prevenção ou tratamento da DECH, o que aumenta o
moide – principal desfecho dessa patologia – e também risco de infecções. Conclusão: O transplante de medu-
o carcinoma basocelular. Comentários finais: Existem la óssea é uma alternativa eficaz para tratamento da
3 fases de desenvolvimento do nevo sebáceo. A partir leucemia mieloide aguda, principalmente para os pa-
da quarta década de vida – terceira fase – há chance cientes com recidivas. Entretanto, é necessário um bom
de transformação neoplásica maligna, principalmente manuseio das possíveis complicações, principalmente
para o carcinoma basocelular. Quando há desenvolvi- as relacionadas a DECH e infecções, para que haja me-
mento do epidermoide, assim como na degeneração nor mortalidade associada ao procedimento.
cicatricial maligna, parece haver comportamento agres-
Contato: WIVIAN LOPES DO ESPIRITO SANTO – lopes.
sivo, justificando a excisão precoce simples, indepen-
wivian@gmail.com
dente da lesão precursora.
Contato: CAMILA URACH DOS SANTOS – camy.ur@
hotmail.com
TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA
CÓDIGO: 59986
e, se acompanhado de ressecção da metástase – prin- TNEs GI: 27-37, 6% em 5 anos. A incidência é < 1/100
cipalmente quando única –, há melhora significativa mil habitantes, com pico na 6° e 7° década de vida, com
do prognóstico e sobrevida dos pacientes. Comentá- predomínio entre os homens. A maior parte destes tu-
rios finais:A excisão local de metástases na vagina é mores são esporádicos, mas 15-30% deles podem estar
aconselhada em pacientes previamente submetidas associados a síndromes genéticas com idade mediana
à nefrectomia. No caso apresentado, a partir da lesão de 35 anos ao diagnóstico. Os tumores não funcionan-
vaginal, iniciou-se busca do possível sítio tumoral. A pa- tes são muito mais comuns e não estão associados a
ciente apresentou apenas uma metástase, o que fala a síndromes clínicas de hiperprodução hormonal. A loca-
favor de um bom prognóstico e direcionou seu planeja- lização principal destes tumores é a cauda pancreática
mento terapêutico. (48%). A cirurgia ainda é a melhor forma de tratamento,
as ressecções dessas lesões promovem uma melhor
Contato: CECILIA CERCEAU PINTO COELHO – ceci_
qualidade vida e melhor sobrevida à longo prazo. Nesta
cpc@hotmail.com
paciente foi realizado o tratamento preconizado pela
literatura. Conclusão: Apesar do diagnóstico tardio, a
doença maligna localmente avançada (invasão da V.M.S
TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE e duodeno), a indicação cirúrgica foi mantida, pois a
CÓDIGO: 59712 ressecção R0 dessas lesões promovem uma ganho de
sobrevida significativo para esses pacientes.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE TUMOR Contato: MYRA JUREMA DA ROCHA LEÃO – myra.
NEUROENDÓCRINO PANCREÁTICO rocha@hotmail.com
COM INVASÃO VASCULAR EM PACIENTE
JOVEM
Autores: Oscar Cavalcante Ferro Neto; Myra Jurema da
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
Rocha Leão; Amanda Lira dos Santos Leite; Aldo Vieira
Barros; Filipe Augusto Porto Farias de Oliveira; Cícero CÓDIGO: 61793
Ludjero A de Melo; Júlio Cesar Palmeira Costa; Diego
Windson de Araújo Silvestre; TRATAMENTO DE ANGIOSSARCOMA
Instituição: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ RETROPERITONEAL EM ÚTERO –
RELATO DE CASO
Apresentação do caso: Paciente do sexo Feminino,
35 anos, com história de desconforto abdominal ines- Autores: Erika de Oliveira Menezes; Naiana Mota
Araujo; Caroline Ramos Barreto; Beatriz Rayane Oliveira
pecífico há sete meses. Sem história de tabagismo e
Santana; Isabelle Menezes Maciel; Roberta de Oliveira
etilismo. Sem antecedentes pessoais ou familiares. Ao
Carvalho; José Vieira Barreto Júnior; ROBERTO QUEIROZ
exame físico, ECOG 1, anictérica com abdome indolor e GURGEL;
com tumoração sólida palpável em mesogástrio, móvel
Instituição: UNIVERSIDADE TIRADENTES
e indolor. Endoscopia digestiva alta evidenciando uma
pangrastrite enantematosa e sinais de compressão ex- Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino,
trínseca de corpo e antro gástrico.Tomografia de abdo- M.R.B.S., 40 anos, é admitida em centro de referência
me total apresentando grande imagem topografia de em oncologia de Aracaju, Sergipe, após laparotomia
cabeça e colo do pâncreas medindo 6, 0 x 9, 0 x 5, 0 cm. exploradora realizada em hospital terciário. A aborda-
Eco Endoscopia + punção: extensa lesão hipoecóica 83 gem inicial foi o estadiamento cirúrgico que demons-
x 53 mm na topografia da cabeça/corpo do pâncreas trou uma massa volumosa em corpo do útero, dada
envolvendo a confluência porta. A citologia foi compa- como irressecável. Posteriormente, foi feita biópsia da
tível com Lesão epitelial proliferativa com atipias. Foi massa, que resultou em neoplasia mesenquimal malig-
submetida a Gastroduodenopancreatectomia Total + na, de baixo grau, de provável diferenciação vascular,
Ressecção Parcial de veia mesentérica superior (V.C.S.) infiltrando o corpo uterino, medindo 4,5 x 4 x 2 cm,
com anastomose primária. O exame de anatomopa- confirmando o estágio III do angiossarcoma retrope-
tológico mostrou Neoplasia pouco diferenciada de 7, ritoneal do útero, sem comprometimento linfonodal.
5 x 6, 5 cm na cabeça do pâncreas, infiltrando serosa Seguiu-se o caso com a radioterapia e quimioterapia
de duodeno, margens livres, metástase para 6 linfo- com paclitaxel e avastin, inibidor da angiogênese, o
nodos (6/17)pT4N1M0. A Imunohistoquímica demosn- que posteriormente possibilitou a ressecção cirúrgica.
trou neoplasia associada aos aspectos histológicos de Quatro anos depois, a paciente encontra-se sem lesões
neoplasia neuroendócrina G2 EC. Evoluiu com coleção neoplásicas, apenas com uma hérnia inguinal. Discus-
intraperitoneal no 10° DPO tratado com drenagem são: Angiossarcomas são derivados das células endo-
percutânea. Recebeu alta no 15° DPO. Discussão: Os teliais vasculares e são neoplasias altamente malignas,
tumores neuroendócrinos pancreáticos (TNE) são ne- correspondendo a menos de 2% do total de sarcomas.
oplasias raras, correspondendo 7% de todos os TNE e Face, pescoço, couro cabeludo, extremidades ou ma-
2% dos tumores pancreáticos. Estão associados a pio- mas são os locais em que esse tipo de tumor é mais
res resultados de sobrevida quando comparados aos encontrado. Ocorrências de angiossarcomas retroperi-
toneais são extremamente raras. Regularmente, apre- ferenciado e tendo a maior delas 3,0 x 1,6 x 1,3 cm de
senta-se como uma grande massa assintomática que diâmetro. Aos níveis II e III, foram isoladas 11 estrutu-
não é diagnosticada ao exame físico, mostrando que ras nodulares, não havendo estruturas comprometidas
é quase impossível o diagnóstico pré-operatório, uma por carcinoma. A paciente evoluiu bem no pós-opera-
vez que não há exame de imagem com especificidade tório. O tratamento cirúrgico foi complementado com
elevada. O tratamento consiste basicamente na ressec- quimioterapia adjuvante (4 ciclos de doxorrubicina e
ção cirúrgica. No entanto, como nesse caso, esse tipo ciclofosfamida, seguida por 3 ciclos de paclitaxel) e ra-
de sarcoma progride rapidamente, invadindo sistema- dioterapia adjuvante. Nas TCs realizadas a partir de 3
ticamente o corpo. Mesmo que a ressecção radical não meses após o término do tratamento, não observou-se
seja possível, muitos pacientes se beneficiar-se-ão de recorrência Discussão: O câncer de mama é o tipo de
ressecções parciais. Nestes casos, pode haver um alívio câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no
do efeito de massa e eventualmente o tratamento pode Brasil, correspondendo a cerca de 28% dos casos novos
ser completado por radioterapia ou quimioterapia. Co- a cada ano. O câncer oculto de mama é o nome dado à
mentários finais: Os angiossarcomas retroperitone- situação em que existe metástase de adenocarcinoma
ais são tumores agressivos, de difícil determinação de em linfonodos axilares em mulher na qual não é encon-
margens cirúrgicas, alta tendência a recorrência local e trado nenhum tumor primário na mama ou em outro
metástase à distância.Assim, muitos casos são iresse- órgão. Estima-se que represente 0,3 a 1% de todos os
cáveis e a cirurgia acaba sendo utilizada apenas para cânceres de mama. Comentários finais: O caso apre-
aliviar o efeito de massa. O tratamento quimioterápico, sentado reflete a raridade da patologia em questão e a
associado a radioterapia e cirurgia, tem sido utilizado necessidade de tratamento multidisciplinar para obten-
como adjuvante, neoadjuvante e para paliação, tornan- ção de sucesso. A escolha do esvaziamento axilar em
do essencial o enfoque multimodal. conjunto com Radioterapia associada a Quimioterapia
é uma opção quando pretende-se evitar uma resseção
Contato: ERIKA DE OLIVEIRA MENEZES –
de mama maior e preservar a estética da paciente
erikaomenezess@gmail.com
Contato: ELISA BECHARA TEIXEIRA – elisa_b_t@
hotmail.com
TEMÁRIO: ONCOMASTOLOGIA
CÓDIGO: 59753
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
TRATAMENTO DE CÂNCER OCULTO DE CÓDIGO: 59612
MAMA ATRAVÉS DA LINFADENECTOMIA
AXILAR ESQUERDA TRATAMENTO ENDOSCÓPICO
Autores: Elisa Bechara Teixeira; Rafael Santos de Souza; DE FÍSTULA DA ANASTOMOSE
Paulo Roberto Zanin Mesquita; Daniel Nassar Bergamo; CERVICAL ESÔFAGO-GÁSTRICA APÓS
Salete Pereira da Silva; Julia de Oliveira e Sousa; Victor ESOFAGECTOMIA MINIMAMENTE
Zenatti Femía; Raniela Gonçalves Rafael; INVASIVA: RELATO DE TRÊS CASOS E
Instituição: UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ REVISÃO DA LITERATURA
Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino, 76 Autores: Eduardo Rodrigues Zarco da Câmara;
anos, procurou atendimento queixando-se de nódu- Flavio Duarte Sabino; André Ferreira; Gustavo Mello;
lo indolor com aumento progressivo em região axilar Alexandre Pelosi; Simone Guaraldi; Antônio Carlos
esquerda com início há aproximadamente 2 anos. Re- Eckhardt Jr; Alessandro Augusto Bastos Rodrigues Alves;
latava perda de 7 kg em 6 meses. A tomografia com- Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
putadorizada (TC) demonstrou conglomerado linfono- Relato dos casos: Foram relatados 3 casos de fístulas
dal em cadeia axilar esquerda, medindo 5, 6 x 3,5 cm; anastomóticas cervicais pós esofagectomia tratados
sugestiva de lesão neoplásica. A biópsia de linfonodo por métodos endoscópicos, sendo o caso 1 por meio
axilar esquerdo obteve diagnóstico microscópico de de terapia à vacuo e os casos 2 e 3 pela colocação de
neoplasia papilífera circunscrita por tecido conjuntivo prótese. Discussão: As deiscências da anastomose esô-
fibroso, com áreas de hemossiderose e hemorragia. O fago-gástrica após esofagectomia podem levar compli-
exame imuno-histoquímico demonstrou aspectos his- cações graves e respondem por 40% das mortes no
tológicos de carcinoma pouco diferenciado, sugestivo pós operatório. Ao longo das últimas décadas diversas
de carcinoma ductal invasivo com diferenciação apó- modalidades de tratamento endoscópico tornaram-
crina. A ultrassonografia e a mamografia não identifi- -se disponíveis, dentre elas a colocação de prótese e
caram lesãoe mamárias primárias, então propôs-se a o uso da terapia a vácuo. A fístula anastomótica após
cirurgia que se realizou o esvaziamento axilar esquer- esofagectomia representa o principal fator de morbi-
do, através da linfadenectomia esquerda de níveis I, II mortalidade relacionada à cirurgia. A colocação de pró-
e III. Ao nível I, foram isoladas 10 estruturas nodulares, tese por endoscopia tem se mostrado bem sucedida,
sendo 3 delas comprometidas por carcinoma pouco di- porém, mais recentemente, o uso da terapia a vácuo
endoscópica vem apresentando resultados promisso- e encontra-se no sétimo ano pós operatório sem evi-
res com maiores taxas de sucesso de fechamento da dencia de recidiva. A ressecção ampla é recomendada
fístula e menor morbimortalidade relacionada ao pro- como tratamento de escolha. A radiação quimioterápi-
cedimento. Comentários finais: Conforme relatado ca neoadjuvante deve ser considerada para facilitar a
nos casos e pela revisão da literatura, concluímos que ressecção e diminuir a taxa de recorrência.
o tratamento endoscópico das fístulas da anastomose
Contato: JOSÉ LUIZ BRAVIN JÚNIOR – bravinjr@gmail.
cervical esôfago-gástrica pós esofagectomia, seja pela
com
colocação de prótese ou pela terapia VAC, representa
uma opção terapêutica interessante. O método apre-
senta altas taxas de sucesso terapêutico, baixa incidên-
cia de complicações, acelera o processo de cicatrização TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
da fístula e possibilita a preservação do tubo gástrico e CÓDIGO: 60422
da anastomose.
Contato: EDUARDO RODRIGUES ZARCO DA CÂMARA – TRATAMENTO MULTIMODAL PARA
duducamara@gmail.com ADENOCARCINOMA DE JUNÇÃO
ESOFAGOGÁSTRICA NA AMAZÔNIA
OCIDENTAL: AVALIAÇÃO DAS
COMPLICAÇÕES E CONTROLE
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
ONCOLÓGICO
CÓDIGO: 57432
Autores: Geisly Manuele Schwatey; Marcio Neves
Stefani; Rebeca Di Tommaso; Maycon Fran Soares da
TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR DO Silva Rocha; Renata Maravieski Pareja; Tarciana Almeida
CISTO PILONIDAL COM DEGENERAÇÃO de Paula; Carina dos Santos Melo; Victor André Maia
MALIGNA Fernandes;
Autores: Jose H S Corrêa; Rinaldo Gonçalves; Rubens Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
Kesley; Patricia Jucá; Gustavo Advíncula; Márcio Dibe;
José Luiz Bravin J; Apresentação do caso: A incidência de adenocarcino-
ma de cárdia aumentou desde os anos 70, associada ao
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
esôfago de Barrett e doença do refluxo gastroesofági-
A doença Pilonidal é uma entidade clínica comum, cre- co. Objetivo: O objetivo do trabalho é relatar 4 casos
ditada à penetração do cabelo no tecido subcutaneo, de pacientes com neoplasia de cárdia, tratados com
induzindo a reação de corpo estranho e a formação da abordagem multimodal. Série de casos: 1 – masculino,
infecção do cisto. As complicações dos cistos pilonidais 59a, adenocarcinoma G3, Siewert 2; TC espessamento
incluem celulites, abscessos, recorrência após cirurgia, de esôfago distal. Quimioterapia perioperatória, com
mielite óssea e meningite. O desenvolvimento de tumor posterior esofagectomia transtorácica a Ivor Lewis,
em cistos pilonidais é uma complicação extremamente linfadenectomia D2 e reconstrução com tubo gástrico.
rara, ocorrendo em 0,02 a 0,1% dos casos, predominan- Atualmente em adjuvância. 2 – masculino, 73a, adeno-
temente em homens com doença de longa duração, carcinoma G2, Siewert 3; TC espessamento parietal de
recorrentes ou negligenciados. Apresentamos caso clí- transição esofagogástrica. Quimioterapia perioperató-
nico de um paciente masculino de 52 anos de idade, ria com posterior esofagogastrectomia parcial transhia-
branco com história de doença recorrente pilonidal por tal com reconstrução com tubo gástrico. Atualmen-
32 anos, apresentando tumoração na região do sacro. te em adjuvância. 3 – masculino, 70a, carcinoma G3,
O exame físico revelou lesão ulcerativa-vegetativa fistu- Siewert 2; TC lesão infiltrativa e expansiva de esôfago
losa de 10 cm de diâmetro, aderida a planos profundos, distal e cárdia, curvatura menor. Neoadjuvância com
estendendo-se até perto do esfíncter anal, sem invadir radioterapia e quimioterapia, submetido à esofagecto-
o mesmo. A biópsia incisional revelou carcinoma de cé- mia subtotal e gastrectomia proximal transhiatal com
lulas escamosas bem diferenciado. Realizou-se radio- linfadenectomia D2. Evoluiu com fístula esofagogástri-
-quimioterapia neoadjuvante (5-fluoracil e mitomicina, ca, realizado cervicotomia com fistulorrafia. Faleceu no
fração 50Gy /25 sessões), com diminuição em cerca de 59º PO por sepse de foco pulmonar. 4 – masculino, 49a,
60% do tamanho da lesao. Realizamos ressecção cirúr- adenocarcinoma G3, Siewert 3; espessamento parietal
gica com margens de segurança, incluindo parte dos de transição esofagogástrica e invasão de pilar diafrag-
músculos glúteos, pele e tecido subcutâneo adjacente mático à TC, neoadjuvância com quimioterapia, subme-
à lesão. A ressecção das peças sacrais S4, S5 e cóccix tido à gastrectomia total com esofagectomia distal com
foi necessária devido a suspeita de invasão. O exame linfadenectomia mediastinal e de abdome superior e
histopatológico de congelação revelou margens cirúr- pilorectomia com reconstrução em Y de Roux. No 6º PO
gicas livres. O defeito cirúrgico foi fechado por meio de fístula esofagojejunal tratada clinicamente. Atualmente
retalhos miocutaneos envolvendo os músculos glúteos. em seguimento. Discussão: A classificação de Siewert
Paciente evoluiu sem complicacoes no pós-operatório define 3 tipos de adenocarcinoma de cárdia, sendo fun-
damental para o planejamento e tratamento adequa- (5-FU) e Mitomicina C (MMC) aliado à Radioterapia con-
do. A multimodalidade para os pacientes com doença vencional. Concluiu radioterapia após cerca de um mês
localmente avançada e comprometimento linfonodal é (5/03/2002 a 19/04/2002). Relatou melhora clínica, en-
mandatória, objetivando ressecções R0, “downstaging” tretanto, com realização de nova TC de abdome, foram
tumoral e melhor resposta ao tratamento. A cirurgia demonstradas metástases hepáticas, sendo decidida a
nos pacientes Siewert II pode ser gastrectomia total, permanência do tratamento quimioterápico. Paciente
com esofagectomia distal ou esofagectomia transhiatal evoluiu a óbito nesse período. Discussão: Carcinoma
com reconstrução com tubo gástrico. Pacientes Siewert espinocelular de reto é uma entidade rara com menos
III, pelo padrão de disseminação ser maior para linfo- 200 casos relatados na literatura e, por esse motivo, da-
nodos abdominais, são tratados com gastrectomia to- dos epidemiológicos e consensos sobre o tratamento
tal e linfadenectomia D2 ou ressecções mais alargadas, ainda não existem. No caso em questão, foi decidida a
objetivando margens livres. Comentários finais: Abor- aplicação da conduta para tratamento de CEC de canal
dagem multimodal no adenocarcinoma de cárdia asso- anal, realizando, portanto, radioquimioterapia. Comen-
cia-se à menor taxa de recidiva e melhora na sobrevida, tários finais: É interessante avaliar a resposta terapêu-
sendo indispensável para pacientes com doença local- tica para essa patologia, uma vez que não há literatura
mente avançada. suficiente a respeito da mesma. Sendo assim, é rele-
vante analisar os fatores de risco envolvidos, as carac-
Contato: GEISLY MANUELE SCHWATEY – gms.med16@
terísticas do câncer, a incidência de metástases, entre
uea.edu.br
outros aspectos, de modo a acrescentar informações à
escassa literatura existente.
Contato: ANA CAROLINA SOBREIRA ABRAHAO –
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL karolsobreira@gmail.com
CÓDIGO: 61976
TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO DE
CARCINOMA ESPINOCELULAR (CEC) DE TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE
RETO – RELATO DE CASO CÓDIGO: 60327
rida foi de laparatomia exploradora mais adjuvância. O do caso: Homem, 67 anos, com neoplasia de sigmoide
laudo histopatológico foi de adenocarcinoma mucinoso e metástases hepáticas sincrônicas volumosas em seg-
de estômago em corpo/fundo bem diferenciado + tu- mentos 5, 6 e 7, com aparente invasão de veia cava por
mor neuroendócrino grau 3 + neoplasia fusocelular de lesão do segmento 6 e possível invasão de ramo portal
baixo baixo grau, sugestivo de GIST. O adenocarcinoma do setor posterior direito. Foi submetido à ressecção
intestinal do subtipo mucinoso representa 10% de to- tumoral primária (T4N1M1) e quimioterapia (FOLFOX)
dos os cânceres gástricos. Embora o adenocarcinoma pós-operatória. Apresentou boa resposta, com redução
fosse o diagnóstico do caso em tela desde o resultado do tamanho das lesões. Foi submetido à hepatectomia
da biópsia, realizada através de EDA. Não obstante, o direita regrada associada à ressecção de segmento la-
que surpreende é a presença de mais dois outros tipos teral de veia cava. Foi identificado trombo tumoral se
de cânceres primários concomitantes também no estô- estendendo pelo ramo portal do setor posterior direito.
mago: o TNE gástrico e o GIST. Os TNE gástricos são um Pós-operatório sem intercorrências. Por suspeita de re-
tipo raro de tumor que se origina das células enterocro- cidiva de tuberculose pulmonar, não reiniciou quimio-
mafins gástricas. Representam menos de 2% dos TNE terapia, apresentando recidiva da neoplasia – múltiplos
e menos de 1% de todas as neoplasias gástricas. Já os nódulos distribuídos no fígado remanescente. Evoluiu
GIST representam cerca de 5% de todos os sarcomas. O rapidamente com icterícia, falência hepática e óbito 7
principal sítio deste tumor é o estômago que represen- meses após a hepatectomia. Discussão: Apesar da rari-
ta de 50-60% dos casos. O tratamento proposto para o dade de TPT macroscópica associada à MCR, esta pare-
paciente que possuía segundo os laudos da patologia, ce ocorrer mais em lesões hepáticas metacrônicas e em
um TNE gástrico do tipo 3 é similar ao dos adenocar- contiguidade à lesão metastática. O tamanho da metás-
cinomas gástricos, por meio de gastrectomia total ou tase é variado, incidindo mesmo em lesões pequenas.
parcial com linfadenectomia D2 e adjuvância. O caso A suspeita ou diagnóstico definitivo no pré-operatório
em questão enfatiza a associação de três tipos histoló- é essencial para o planejamento cirúrgico. O ecodo-
gicos de cânceres, a saber, GIST, adenocarcinoma gás- ppler parece ser o método mais sensível, mas os exa-
trico e TNE gástrico, o que torna desafiador a condução mes contrastados de TC e RM possuem boa acurácia.
médica e abre precedente para discussões acerca da O tratamento curativo das MCR é baseado na ressec-
associação entre vários tipos histológicos concomitan- ção cirúrgica completa e ressecção R0, independente
tes de câncer gástrico. da margem obtida, é considerada adequada. Comen-
tários finais: A enucleação de múltiplas MCR tem sido
Contato: ALLANA TAMIRIS BONFIM NOGUEIRA –
possível com a preservação de parênquima. Entretanto,
allana_nogueira@yahoo.com.br
nos casos de invasão tumoral macroscópica de ramos
portais, a ressecção hepática deve idealmente incluir
todos os segmentos irrigados pelo ramo portal envolvi-
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL do, sendo crucial seu diagnóstico.
CÓDIGO: 60386 Contato: CAMILA URACH DOS SANTOS – camy.ur@
hotmail.com
TROMBOSE TUMORAL DE VEIA PORTA
EM METÁSTASE HEPÁTICA COLORRETAL
Autores: Isabela Dorneles Pasa; Camila Urach dos
Santos; Bruna Beck Nunes; Luiz Inácio Roman; Victória TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
Teles França; Eduardo Lange Rech; Sabrina Pedrotti; CÓDIGO: 59388
Phamela Weneranda Cezarotto Dall Agnol; Silvio Marcio
Pegoraro Balzan; TUBERCULOSE PERITONEAL COM
Instituição: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL IMPLANTES MILIARES SIMULANDO
Introdução: A ocorrência de invasão tumoral micros-
CARCINOMATOSE PERITONEAL POR
cópica em ramos portais intrahepáticos é identificada CÂNCER DE OVÁRIO AVANÇADO
em 20% dos casos de metástases hepáticas colorretais INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER
(MCR). Entretanto, é rara a associação de MCR com – INCA – RIO DE JANEIRO – BRASIL
trombose tumoral macroscópica em ramos portais. A EXPERIÊNCIA INSTITUCIONAL
literatura é escassa em relação às características clí- Autores: Ronald Enrique Delgado Bocanegra; Daniel de
nicas e prognóstico nos casos de trombose portal tu- Souza Fernandes; Antonio Claudio Ahouagi Cunha Filho;
moral (TPT) em MCR, todavia não contraindica o tra- Patrícia Patury Borba; Larissa de Jesus Almeida; Raquel
tamento cirúrgico. A ressecção cirúrgica completa na de María Maués Sacramento; Jensen Milfong Fong;
presença de TPT deve incluir preferencialmente o ramo Camilla Bandeira Soares;
portal afetado e os seus segmentos irrigados. Assim, é Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
importante a identificação dessa situação no planeja-
Introdução: a tuberculose (TB) pélvica ocorre mais fre-
mento cirúrgico, pois a abordagem parenchymal spa-
quentemente em mulheres e classicamente se apre-
ring usualmente não pode ser utilizada. Apresentação
senta com dor pélvica, infertilidade, estado clínico geral
ruim ou distúrbios menstruais. Além disso, a doença Paciente necessitou de colostomia, realizada em ou-
pélvica tuberculosa também pode desencadear uma tubro de 2016. Encaminhada em seguida para radiote-
tumoração anexial, ascite ou ambos, entretanto, a pre- rapia e quimioterapia com boa resposta. Em consulta
sença de massa pélvica associada à dor abdominal e as- para acompanhamento em abril de 2017, apresentava
cite dificultam a discriminação entre outras patologias cicatrização pós-radioterapia. Segue aos cuidados da
abdominais e câncer de ovário avançado. Objetivo: es- equipe de Cirurgia Oncológica. Discussão: o tumor de
tabelecer diagnostico diferencial entre câncer de ovário Buschke-Lowenstein, também denominado condiloma
avançado e tuberculose peritoneal. Método: foi realiza- acuminado gigante é uma variante rara de condiloma
do um estudo do tipo relato de experiência institucional com apresentação tumoral extensa em região genital,
durante um período de 20 anos (1997 – 2016), em insti- anal e perianal. Comporta-se localmente como neo-
tuição de referência em oncologia localizada no Rio de plasia com capacidade de invasão de estruturas adja-
Janeiro – Brasil. Foram incluídas pacientes com suspeita centes. A doença apresenta altas taxas de recorrência,
inicial de câncer de ovário avançado e que posterior- cerca de 67%. Ainda não há Guidelines que orientem
mente foram diagnosticadas com TB peritoneal. Foram condutas definitivas de tratamento a esses pacientes.
coletadas em prontuário físico as seguintes variáveis: Alguns autores advogam a via cirúrgica como aborda-
Idade, nível sérico de CA125 pré-operatório, presença gem inicial, porém, inclusive nesses casos o índice de
ou não de ascite, citologia de líquido ascítico positivo recorrência permanece elevado. Comentários finais: o
ou não para malignidade e culturas positivas ou não caso relatado ilustra paciente com Tumor de Buschke
para TB. Os dados foram analisados de forma descri- – Lowenstein (TBL) que evoluiu para carcinoma espi-
tiva. Resultados: cerca de 93% das pacientes apresen- nocelular. Dados da literatura apontam que a maligni-
taram idade inferior a 50 anos. Ascite, dor abdominal zação nesses casos podem ocorrer em 40 a 60% dos
e sinais de carcinomatose peritoneal nos exames de indivíduos. Salienta-se ainda que a apresentação em
imagem foram encontrados em todas as pacientes, ex- região perianal é rara. Meta-analise de TBL anorretais
ceto a presença de febre. Dentre os achados clínicos publicados na literatura inglesa no período de 1958 a
radiológicos, a presença de lesão anexial ocorreu em 2000, foram encontrados apenas 51 casos. Entre estes
85% dos casos. Em todos os casos estudados, o marca- reportados, a maioria dos pacientes eram do sexo mas-
dor tumoral CA125 estava elevado. Houve apenas um culino, contrastando com o presente caso. Ainda quan-
caso com citologia de liquido ascitico positivo para ma- to ao tratamento, optou-se por encaminhar a paciente
lignidade. Conclusão: a TB peritoneal deve sempre ser para quimioterapia e radioterapia, a fim de evitar uma
considerada como diagnóstico diferencial em pacientes conduta mais mutilante por meio da opção cirúrgica.
com suspeita de câncer de ovário avançado (tumoração
Contato: MAYCON FRAN SOARES DA SILVA ROCHA –
pélvica e carcinomatose) independente do nível sérico
mfsdsr.med@uea.edu.br
de CA125.
Contato: RONALD ENRIQUE DELGADO BOCANEGRA –
rdelgado_m@yahoo.es
TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE
CÓDIGO: 61865
de 13,3x7, 7cm. Ao exame físico de admissão: regular lesão cística no segmento III do fígado. O anatomopato-
estado geral, emagrecido, hipocorado, febril, anicterico, lógico relatou neoplasia com invasão da cápsula peritu-
abdome doloroso à palpação profunda em hipogastro moral, ultrapassando focalmente, presença de invasão
e flanco esquerdo com massa palpável em hipogastro. vascular e em tecidos moles que circundam a artéria
Na internação, a esofagogastroduodenoscopia obser- esplênica e limite radial comprometido. Identificou-se
vou em esôfago monilíase, e em corpo e antro gástricos metástase em um linfonodo e na lesão hepática res-
gastrite enantematosa de leve intensidade. A colonos- secada. A imunohistoquímica descreveu tumor sólido
copia visualizou colite inespecífica.O USG de abdome pseudopapilar pancreático (TSPP), positivo para: panci-
identificou massa complexa em baixo abdome de 9, 9 toqueratina, clone AE1/AE3, CD99, β-Catenina, estrogê-
cm, com interior de aspecto heterogêneo, parede es- nio, progesterona, sinaptofisina e Ki-67. A paciente foi
pessa e irregular com muita vascularização ao doppler. submetida a nova intervenção cirúrgica para ressecção
Foi submetido dia 27/03/2017 à laparotomia explorado- das lesões hepáticas, porém a ultrassonografia hepática
ra, onde se detectou pequena quantidade de líquido in- intra-operatória revelou mais de 40 lesões focais meno-
flamatório na cavidade abdominal e lesão saculada em res de 5mm características de implantes secundários.
delgado há 30 cm do ângulo de Treitz, com bloqueio em Frente aos achados intraoperatórios e a impossibilida-
fundo de saco e íntimo contato com a parede posterior de de remoção das lesões, a cirurgia foi interrompida e
da bexiga. A lesão era extrínseca, pediculada, perfurada a paciente foi encaminhada para tratamento sistêmico.
com conteúdo purulento em seu interior. Como tática e Discussão: O TSPP ou tumor de Frantz, é uma neopla-
técnica foi realizada aspiração do líquido inflamatório, sia cística do pâncreas de baixo grau. É rara, de etio-
descolamento da lesão tumoral da porção posterior da logia desconhecida e representa 2,5% das neoplasias
bexiga com reperitonização da bexiga com vicryl 2.0, pancreáticas ressecadas. Acomete principalmente pa-
enterectomia de 20 cm com ressecção da lesão tumoral cientes jovens do sexo feminino, com proporção para
em delgado, enteroenteroanastomose terminoterminal masculino de 10:1 e idade média de 22 anos. A maioria
com anastomose há 10 cm do Treitz, colocação de gel- dos pacientes apresenta dor abdominal e massa palpá-
foan hemostático entre bexiga posterior e reto e drena- vel e, apenas, 15% são assintomáticos. Estes tumores
gem de oco pélvico com contra-abertura em fossa ilíaca possuem grandes dimensões ao diagnóstico, sendo ⅓
direita. O anatomopatologico da peça revelou GIST. No deles, maiores que 10cm. A localização mais frequente
pós-operatório, evoluiu satisfatoriamente, evoluindo é corpo-caudal e 20% apresentam metástases linfáticas
dieta no 4° PO, sendo retirado dreno de cavidade no 9° e hematogênicas para o fígado, reconhecidamente fa-
PO. Recebeu alta em bom estado geral dia 05/04/2017, tor de prognóstico desfavorável. Fenótipos agressivos
encaminhado para o ambulatório de cirurgia geral do do TSPP têm sido demonstrados pela alta taxa mitótica,
HUJBB. Discussão: do caso: O tumor do estroma gas- atipias nucleares e invasão extracapsular. Conclusão:
trointestinal (GIST) é um tumor mesenquimal raro que Clinicamente, os TSPP possuem comportamento indo-
se origina das celulas intesticiais de Cajal, as quais são lente e são passíveis de cura através da ressecção cirúr-
responsáveis pela motilidade intestinal. A localização gica, quando doença for localizada. Apesar da doença
principal é no estômago. A cirurgia é a única modalida- metastática, a ressecção pode ser realizada em casos
de de tratamento com potencial curativo. selecionados, podendo proporcionar sobrevida a longo
prazo. Em casos em que a doença metastática é disse-
Contato: FERNANDA FURTADO LEÃO – fernandaleao.
minada ou não é passível de ressecção, o prognóstico
dbr@gmail.com
é reservado.
Contato: CLARISSA PIERESAN WINKELMANN –
clarissawinkelmann@gmail.com
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
CÓDIGO: 60335
chegou ao ambulatório de cirurgia oncológica encami- USG levando a necessidade de considerar possibilidade
nhada devido a dor abdominal difusa há 10 meses e de lesão primaria da adrenal, além de apresentar ne-
TC pélvica evidenciando lesão expansiva indissociável frolitiase bilateral. Paciente foi submetida a ressecção
do ovário esquerdo causando compressão do uréter di- de tumor retroperitoenal mais suprarrenalectomia e
reito e leve dilatação pielocalicial ipsilateral – não havia nefrectomia esquerda. Anatomopatológico evidenciou
evidencia de metástase pélvica ou abdominal. Prosse- neoplasia maligna de células epitelioides e pleomorfi-
guiu-se investigação diagnóstica e a paciente apresen- cas. Apresentando 13 mitoses por 50 campos de gran-
tou níveis elevados de CA 125-II. Diante disso, a pacien- de aumento, extensas áreas de necrose, invasão angio-
te foi encaminhada a cirurgia para ressecção ovariana. linfáticas presentes, invasão capsular e perineural não
Biópsia realizada evidenciou tumor seroso borderline identificada e margens de ressecção livre. A imuno-his-
em ovário esquerdo com dimensões de 34x 18 x 2 cm e toquimica confirmou carcinoma cortical adrenal, apre-
papiloma seroso na superfície do ovário direito, em le- sentando entre os marcadores o ki-67 positivo em 10%.
sões identificadas em amostras de linfonodos regionais Quatorze dias após o ato operatório paciente dá entra-
ou peritonio. Discussão: Atualmente o câncer de ovário da na emergência oncológica, apresentando febre, vô-
corresponde a 3% das neoplasias na mulher, sendo o mito, oligúria e polaciúria. Tratada da infecção do trato
câncer ginecológico que mais mata. Os tumores gineco- urinário recebeu alta hospitalar. No retorno ao ambu-
lógicos se dividem em: tumores epiteliais, tumores de latório paciente queixa-se de dor abdominal, náuseas,
células germinativas, tumores do estroma e tumores vômitos, associado a alterações de apetite, é internada
metastáticos. Os tumores borderline constituem um para acompanhamento do quadro e recebe alta 7 dias
subgrupo dos tumores de ovário de origem epitelial, depois, tendo como principal hipótese diagnostica insu-
representa 10% dos epiteliais e tem sua incidência má- ficiência de adrenal. O Tumor de Córtex Adrenal (TCA)
xima entre os 40 e 50 anos, com pico aos 46 anos. São é raro, acomete ambos os sexos e atinge mais a faixa
definidos como tumores de baixo potencial de maligni- etária abaixo de quatro anos ou acima de cinqüenta
dade.. Na sua maioria são assintomáticos, mas podem anos. Em todas as faixas etárias o tumor pode ser as-
cursar com dor abdominal por: compressão extrínseca, sintomático, ou se apresentar como forma virilizante,
ruptura ou torção do ovário. 30% desses tumores as- forma cushingóide ou forma mista. Foi levantada a hi-
sociam-se a tumores na superfície externa do ovário.. pótese diagnóstica de um tumor fucionante, com mani-
Considera-se fatores prognósticos no TBS: existência festação de uma síndrome de Cushing e evolução para
de implante peritoneal e seus tipos, estádio TNM, tipo insuficiência de adrenal, apresentada com um quadro
histológico, presença de tumor na superfície ovariana agudo das manifestações clínicas 14 dias após proce-
e o tipo de cirurgia empregado. Conclusão: Eviden- dimento cirúrgico, caracterizando, possivelmente, uma
ciamos o caso de uma paciente jovem acometida por insuficiência da glândula adrenal.Evidenciamos quadro
um tumor de baixo grau de malignidade que, mesmo típico de apresentação de TCA, tanto pela sintomato-
avançado em dimensões, não gerou qualquer implante logia inicial manifestada pela Sindrome de Cushing,
metástatico e necessita de conduta individualizada no quanto pela evolução pós-operatário apresentada por
planejamento cirúrgico e no próprio ato operatório. fadiga, perda de peso, anorexia, artralgias, mialgias,
sintomas gastrointestinais, dor abdominal difusa, náu-
Contato: MATHEUS JOSÉ BARBOSA MOREIRA –
seas, vômitos, diarreia que caracterizam um quadro de
matheusjbm@hotmail.com
insuficiência adrenal.
Contato: THAIS CAVALCANTE CHAVES SANTOS –
thaiscavalcante847@gmail.com
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA
CÓDIGO: 62024
de nefrectomia de urgência. Após um mês desta nefrec- pâncreas, cólon transverso, porção distal do duodeno
tomia, foi submetida a nova cirurgia de urgência, provo- e proximal do jejuno. Apresentava-se com desnutrição
cada por cisto de ovário roto a esquerda. Nesta cirurgia, severa necessitando de terapia nutricional pré-opera-
foram evidenciados diversos implantes mesocólicos, tória. Realizou-se laparotomia com ressecção multior-
que foram biopsiados. O resultado anatomopatológico gânica associado à ressecção da massa, com margens
do rim e dos implantes foi compatível com nefroblasto- de segurança. Além disso, foi realizado rafia do coto
ma. Em relação a evolução do caso, a paciente apresen- pancreático, entero anastomose, gastrenteroanasto-
tou, inicialmente, síndrome de lise tumoral com grande mose, colostomia temporária (três meses) em dupla
aumento do volume abdominal atribuído ao crescimen- boca. Após intervenção, encontra-se em acompanha-
to rápido do tumor, em menos de três semanas. Poste- mento oncológico e com altos escores de qualidade de
riormente ao último procedimento, sofreu descompen- vida pelos questionários sf-36 () e fact-ga (). Discussão:
sação clínica, seguida de óbito, sem tempo para iniciar a O tumor desmoide é uma neoplasia benigna rara, não
quimioterapia proposta. Discussão: O tumor de Wilms encapsulada, causada pela proliferação inapropriada
(Nefroblastoma) é a neoplasia renal mais comum na in- de fibroblastos dos tecidos músculo-aponeuróticos, e
fância. Porém sua incidência na fase adulta é extrema- relaciona-se ao sexo feminino e a traumas abdominais.
mente rara (cerca de 350 casos descritos) e o prognós- São assintomáticos na maioria das vezes, mas podem
tico é reservado. Esta neoplasia desenvolve-se a partir se manifestar com complicações obstrutivas. Até então,
de tecidos renais embrionários, compostos na maioria a abordagem cirúrgica é padrão ouro, apesar de conter
das vezes por três linhagens celulares, com elementos alta taxa de recorrência se usada isoladamente, o que
derivados do blastema metanéfrico, epitélio tubular e se deve a dificuldade de obtenção de margens cirúrgicas
estroma. No adulto, difere da criança em vários aspec- satisfatórias pela invasividade do tumor. O tratamento
tos: o diagnóstico é extremamente difícil, geralmente é pode ser complementado por outras modalidades. No
diagnosticado em estágios avançados com metástases caso apresentado, observa-se que a ressecção comple-
à distância em cerca de 13 a 25 % dos casos. Até o mo- ta do tumor com margens adequadas, mesmo com o
mento, não havia relato de explosão renal espontânea envolvimento de múltiplos órgãos, teve grande impor-
na fase adulta por este tumor. O tratamento na infân- tância na evolução do caso e na qualidade de vida da
cia é multimodal: extirpação cirúrgica, quimioterapia e paciente. Conclusão: Diante do exposto, pode-se con-
radioterapia. No adulto, a radioterapia pós-operatória cluir que apesar de se tratar de um tumor com carac-
tem valor duvidoso. Como quimioterapia, há combina- terística anatomopatológica benigna, sua agressividade
ção de vincristina, actinomicina D e doxorrubicina – e local deve ser levada em consideração tanto em relação
deve ser administrada em todos os estádios. A expecta- ao seu tratamento quanto nas complicações intrínsecas
tiva de sobrevida é outro ponto divergente entre a ne- a longo prazo, visto que a doença apresenta compor-
oplasia antes e após os 15 anos de idade. Em crianças, tamento imprevisível e alta capacidade de crescimento
95% das tratadas são curadas. No adulto, a sobrevida regional. O tratamento cirúrgico é de grande valia, mas
geral é de 54% em 2 anos e 24% em 3 anos – portanto, o deve ser usado criteriosamente, considerando a locali-
prognóstico no adulto é sombrio. Comentários finais: zação favorável ou não do tumor, que pode influenciar
Novos casos de tumor de Wilms no adulto deveriam ser diretamente no prognóstico, de modo a buscar sempre
publicados para análise e estabelecimento de melhor melhor qualidade de vida para o paciente.
terapêutica.
Contato: RENATA PEREIRA FONTOURA –
Contato: ALINE COLTRO – coltroaline@gmail.com renata97fontoura@hotmail.com
de 2-4 casos/100.000 habitantes. Objetivo: Este traba- tumoração pélvica à esquerda. Paciente estável, ECOG
lho teve como objetivo relatar um caso de tumor des- 1, exame físico sem alterações. Em janeiro de 2017, foi
móide de quadril, localizado a esquerda, em paciente submetido à nova abordagem cirúrgica, com achado de
jovem do sexo feminino, submetida a ressecção cirúr- tumor residual no mesentério, infiltrando a anastomo-
gica do tumor. Caso clínico: Paciente do sexo femini- se prévia, implantes peritoneais e tumoração pélvica
no, 33 anos, sem comorbidades. A paciente procurou sugestiva de lipoma. Realizamos a ressecção completa
atendimento médico no INCA referindo tumoração em da lesão do mesentério em bloco com a anastomose,
quadril esquerdo, com leve dor local e crescimento pro- biópsias de peritônio e ressecção da tumoração pélvica.
gressivo nos últimos quatorze meses, pouco móvel aos Paciente com boa evolução pós-operatória com alta no
planos, sem sinais flogísticos e leve dor a palpação. En- 3º dia. O exame anatomopatológico e a imuno-histoquí-
caminhada para investigação, solicitado RNM de quadril mica confirmaram o diagnóstico. Paciente encontra-se
esquerdo que apresentou lesão expansiva, de grande no momento em acompanhamento multidisciplinar,
volume, de aspecto heterogênea, sugerindo assim, tu- assintomático após 6 meses. Objetivo: O objetivo do
moração de componente fibroso, com medidas de 14.6 nosso trabalho é relatar um caso de tumor desmóide
x 7.8 x 12.1cm (L x T x AP). O tratamento cirúrgico foi mesentérico em paciente jovem. O tumor desmóide,
realizado em 03/02/2016, com realização de ressecção ou fibromatose profunda, é um tumor não capsulado,
alargada, paciente evoluiu satisfatoriamente no pós- localmente agressivo, originário dos fibroblastos dos
-operatório. Posteriormente programado o follow-up tecidos músculo-aponeuróticos. Geralmente não dão
da paciente com reabilitação por fisioterapia imediata metástases, porém têm alta taxa de crescimento local,
ao pós-operatório e consultas ambulatoriais agenda- causando deformidades e prejuízo funcional, a depen-
das. Discussão e Conclusão: O tumor desmóide são der da localização. Sua incidência é de 1-4 casos / mi-
mais frequentes nas mulheres no período da idade re- lhão de habitantes e é mais comum nas extremidades
produtiva e durante a gravidez. Uma característica do (42-51%). A fibromatose mesentérica é a neoplasia sóli-
tumor desmóide é a sua capacidade de invasão local, da rimária mais comum de mesentério, porém é o tipo
mas sem ocasionar metástases a distância. Pacientes menos comum de fibromatose. Seu diagnóstico é ana-
portadores do tumor desmóide apresentam sintoma- tomopatológico e por imuno-histoquímica. Exames de
tologia e manifestações clínica que dependerá de sua imagem são fundamentais para avaliar a relação entre
localização e variam de acordo com o paciente. As op- o tumor e estruturas djacentes e definir a ressecabilida-
ções de tratamento incluem: cirurgia, quimioterapia, de. São tumores com excelente rognóstico e o melhor
terapia hormonal e radioterapia, podendo ser de forma tratamento é a ressecção cirúrgica completa.Apesar de
isolada ou combinada. Sua taxa de recorrência é alta, ser benigno, a identificação precoce é essencial, assim
mesmo com ressecção cirúrgica com margens amplas, como o tratamento adequado. O melhor tratamento é
por isso torna-se um grande desafio para o futuro. o cirúrgico, sendo possível a realização de radioterapia,
quimioterapia e hormonioterapia em casos específicos.
Contato: CICERO ANDRE GOMES RIBEIRO –
Deve-se investigar polipose adenomatosa familiar (PAF)
c.andre22@hotmail.com
e Síndrome de Gardner, pois são importantes fatores
de risco para o desenvolvimento desses tumores.
Contato: MYRA JUREMA DA ROCHA LEÃO – myra.
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO rocha@hotmail.com
CÓDIGO: 59700
e oclusão de 90% do brônquio fonte esquerdo, com Apresentação do caso: Homem, 62 anos, caucasiano,
biópsia inconclusiva. Durante internação hospitalar, natural de Tucuruí-PA; há cerca de um ano com perda
após nova broncoscopia, paciente evoluiu com insufi- ponderal de cerca de 10kg, astenia, palidez cutâneo-
ciência respiratória aguda, com queda da saturação e -mucosa e desconforto abdominal pós-prandial, além
bradicardia. Realizada broncoscopia rígida, com ressec- de casos de melena associados. Em antecedentes pes-
ção tumoral do brônquio fonte esquerdo e tunelização soais, ex-tabagista (parou há 20 anos) e etilista social
da lesão do brônquio fonte direito. No 1ºPO paciente com histórico familiar de câncer gástrico (mãe) e mama
encontrava-se eupnéica em ar ambiente e com rx de (filha). Paciente em regular estado geral, consciente e
tórax evidenciando boa expansão pulmonar. Após 7 orientado, hipocorado (2+/4+). Abdome plano, com
dias, submetida toracotomia direita broncotomia, res- massa palpável em região de epigastro e sinal de des-
secção de lesão residual em brônquio fonte direito e compressão brusca positivo. Na TC de abdômen havia
broncorrafia. Após 20 dias realizado broncoscopia de tumoração gástrica, medindo 11,5x9, 5 cm. A EDA evi-
controle sem evidencias de lesão residual, presença de denciou lesão abaulada volumosa com centro ulcerado,
fibrina em brônquio fonte direito e integridade da linha localizada no corpo gástrico, abrangendo grande cur-
de sutura. Estudo histopatológico evidenciou neoplasia vatura, sugestivo de GIST. Na análise histopatológica,
de pequenas células e imunohistoquímica tumor neu- evidenciou-se presença de GIST de padrão histológico
roendócrino grau I, sem indicação de quimioterapia e fusiforme, baixo grau, com 16 cm no aumento maior.
radioterapia. Paciente realizando seguimento ambula- Paciente foi submetido à laparotomia exploradora e
torial com broncoscopias seriadas, sem evidencia de gastrectomia atípica, em cunha. Em seguida, realizou-
lesão até o momento. Discussão: O comprometimento -se tratamento com imatinib na oncologia clínica. Dis-
pulmonar no tumor neuroendócrino é observado em cussão: Os GIST são os sarcomas mais comuns do trato
até 5% dos tumores primários do pulmão. Apresentam gastrointestinal (aproximadamente 80%). A maior pre-
velocidade de crescimento e comportamento variáveis, valência ocorre acima de 50 anos de idade, com pico
desde totalmente benigno, sem infiltrações locais ou entre 55-65 anos, sem predileção por gênero. Tais tu-
disseminação metastática, a extremamente agressivo e mores podem ocorrer em todo trato gastrointestinal,
com uma curta sobrevida. O diagnóstico dos carcinói- sendo mais comumente encontrados no estômago (60-
des brônquicos pode ser obtido por uma combinação 70%). O diagnóstico dos GIST é feito baseado na análise
de estudos radiológicos e broncoscópicos. Os sinais e histológica e imunohistoquímica de biópsias das lesões
sintomas clínicos geralmente observados são decor- tumorais. A EDA é essencial para o diagnóstico clínico e
rentes do crescimento e da localização do tumor no diferenciação de outras neoplasias. A ressecção cirúr-
pulmão. O tratamento de escolha é a ressecção cirúr- gica é o tratamento padrão para o GIST, e a ressecção
gica. A ressecção endoscópica é indicada como trata- segmentar do órgão acometido pode ser factível desde
mento paliativo para doentes com sintomas e sinais de que haja margem negativa de tumor. O paciente supra-
obstrução brônquica importante. Conclusão: O prog- citado apresenta um tumor de alto risco para margens
nóstico dos pacientes portadores de carcinóides pul- microscópicas positivas, porém não há diferença esta-
monares está relacionado com o subtipo histológico e o tisticamente significativa na taxa recorrência quando
comprometimento do sistema linfático. Os carcinóides comparados a pacientes submetidos à ressecção com
típicos grau 1 com classificação T 1-2, N0 e M0 estão margens negativas. Portanto, no geral, a maioria des-
associados a sobrevida de 5 anos em 94% dos casos, e ses pacientes não apresenta recorrência. Além disso, o
em 25 anos em 66%. Quando o diagnóstico é precoce e uso do imatinib, uma droga de ação molecular utiliza-
a terapêutica cirúrgica agressiva, o prognóstico a longo do como terapia adjuvante em pacientes com tumores
prazo é muito bom. de alto risco (>10 cm) otimiza ainda mais os resultados.
Comentários finais: A sugestão de GIST foi feita pela
Contato: RAÍSSA PEREIRA DE TOMMASO – raissa_
endoscopia digestiva alta, e o diagnóstico foi determi-
tommaso@yahoo.com.br
nado por estudo histológico e imunohistoquímico. O
tratamento foi feito conforme o descrito na literatura
para GIST de alto risco: ressecção cirúrgica e adminis-
TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE tração de Imatinib.
CÓDIGO: 60473 Contato: MATHEUS HENRIQUE DE SOUZA GOMES –
mhsgomes94@gmail.com
TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL
– RELATO DE CASO EM UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE BELÉM-PA
TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE
Autores: Matheus Henrique de Souza Gomes; Geraldo
CÓDIGO: 61771
Ishak; Wesley Alexsandro Monteiro Lopes; Monique de
Oliveira Ferreira; Ádria Cohen de Aguiar; Sannay Valois
da Silva; Rafael Arouche dos Reis; TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ MISTO – RELATO DE CASO
Autores: Naiana Mota Araujo; Erika de Oliveira Menezes; Autores: ketheryn adna souza de almeida; Raul Caye
Beatriz Rayane Oliveira Santana; Isabelle Menezes Alves Junior; Vando de Souza Junior; Janaira Crestani
Maciel; Caroline Ramos Barreto; Roberta de Oliveira Lunkes; Carlos Augusto Cadamuro Kumata; ramon alves
Carvalho; Roberto Queiroz Gurgel; José Vieira Barreto mendes;
Junior; Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSÉ
Instituição: UNIVERSIDADE TIRADENTES
Apresentação do caso: Masculino, 54 anos, com dor
Apresentação do caso: M.E.S, sexo feminino, 66 anos, abdominal intermitente e piora progressiva conforme
procurou serviço médico na cidade de Aracaju, Sergipe aumento insidioso de massa abdominal, associado à
queixando-se de dores pélvicas recorrentes. Ao realizar perda de 3 kg no período, constipação, tenesmo ve-
uma ultrassonografia foram encontrados um cisto ova- sical e plenitude pós-prandial, há 4 meses. No exame
riano e um tumor vegetante no meso e no íleo medindo abdominal apresentava abdome globoso, ocupado
7, 5 cm. Alguns meses depois, foi feita a ressecção com por massa de consistência fibroelástica, fixa e discreta-
margem exígua e a imuno-histoquímica, a qual revelou mente dolorosa à palpação profunda, compreendendo
positividade para o anticorpo CD117 (policlonal) com todo abdome desde o mesogástrio até pelve, exceto
resultado conclusivo de tumor estromal gastrointesti- em regiões póstero-laterais de flancos, sem sinais de
nal (GIST) misto – fusocelular ou epitelioide. A paciente circulação colateral, irritação peritoneal ou ascite volu-
encontra-se viva e sem evidências de recidiva após 5 mosa. USG abdominal: volumoso crescimento tumoral
anos de seguimento. Discussão: Os tumores estromais abdominal de formato ovalado, com cerca de 22x21x14
gastrointestinais (GIST) originam-se das células inters- cm, bem delimitado, situada em posição mediana, com
ticiais de Cajal e consistem na neoplasia mesenquimal centro em região mesogástrica, aspecto sólido/cístico.
mais comum do trato gastrointestinal, 5% a 6% de todos 19/04/2017 submetido à laparotomia para ressecção
os sarcomas e 1% a 3% de todas as neoplasias do trato de tumor retroperitoneal (9, 2kg), sigmoidectomia e en-
digestivo. Seu diagnóstico é baseado no quadro clínico, terectomia primária (à 40cm do Âgulo de Treitz). Ana-
nas características morfológicas, mas, sobretudo, pela tomopatológico: tumor estromal gastrointestinal. Pós-
presença da proteína c-KIT (CD117), detectada por mé- -operatório sem intercorrências iniciou adjuvância com
todo imuno-histoquímico, o qual é expresso em cerca Imatinib. Discussão: O tumor estromal gastrointestinal
de 96% dos casos. Quanto ao quadro clínico, na maioria (GIST) representa 0,1 a 3% de todas as neoplasias in-
das vezes, são assintomáticos, descobertos incidental- testinais, com comportamento incerto desde benigno a
mente por exames de imagem, mas de um modo geral, altamente agressivos, frequentemente diagnosticados
se apresentam com dor abdominal, sangramento, mas- por exame de imagem ou endoscópico1. Apesar da bai-
sa abdominal palpável, anemia ferropriva, sintomas xa incidência, representam 80% dos sarcomas gastro-
dispépticos, emagrecimento e fenômenos obstrutivos. tintestinais, podendo ocorrer em todo trato gastroin-
Os fatores prognósticos mais importantes são o tama- testinal, com os sítios mais prevalentes: estômago (39 a
nho do tumor e o índice mitótico. O manejo da doen- 60%), intestino delgado (30-42%) e esôfago (5%)2,3. De
ça localizada consiste na ressecção cirúrgica completa, forma incomum são localizados no cólon, reto, apên-
sendo a única modalidade com capacidade de cura. dice, mesentério e retroperitôneo 2,3. Este trabalho
Apesar disso, mais de 50% dos pacientes submetidos torna-se relevante por ilustrar caso com sítio incomum.
à cirurgia irão recidivar, principalmente no peritônio e Ao exame clínico normalmente os pacientes são assin-
fígado. Conclusão: A importância dos GISTs deve ser tomáticos, podendo estar associado dor abdominal
reconhecida, pois são os tumores mesenquimais mais inespecífica. Por sua baixa prevalência, inespecificida-
comuns localizados no trato gastrointestinal. Depen- de na apresentação clínica, laboratorial e de imagem,
dendo do momento diagnóstico, a evolução pode não é necessário o exame anatomopatológico e imunohis-
ser favorável, portanto, o tempo é um ponto crucial no toquímico (c-KIT, CD34 e proteína S100) para confirma-
prognóstico do paciente. O maior avanço em termos ção diagnóstica5. Ressecção cirúrgica é a modalidade
de diagnóstico foi indubitavelmente o reconhecimento terapêutica para tumores localizados, podendo asso-
de c-kit (CD117) como marca¬dor imuno-histoquímico ciar a quimioterapia adjuvante em alguns casos6, 4. Co-
destes tumores, trazendo ainda melhor entendimento mentários finais: Os GISTs são neoplasias que ainda
de sua origem, fisiopatologia e tratamento. representam um desafio ao cirurgião devido à relativa
Contato: ERIKA DE OLIVEIRA MENEZES – raridade, diversidade de localização e heterogeneidade
erikaomenezess@gmail.com desta patologia sendo a individualização é necessária
em cada caso. Não há protocolos estabelecendo a ci-
rurgia de escolha ou indicação de tratamento adjuvante
dificultando a padronização terapêutica.
TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE Contato: KETHERYN ADNA SOUZA DE ALMEIDA –
CÓDIGO: 60475 ketherynsouza@gmail.com
TUMOR ESTROMAL GÁSTRICO (GIST) Gigante, no qual a abordagem cirúrgica adequada ga-
GIGANTE APRESENTANDO-SE COM rantiu sucesso terapêutico.
QUADRO DE PERDA PONDERAL, Contato: JOSÉ FRANCISCO FERREIRA LIMA SIMÃO DE
ANEMIA E AUMENTO DO VOLUME SOUSA – josedemolay@hotmail.com
ABDOMINAL – RELATO DE CASO
Autores: José Antonio Dias da Cunha e Silva; Daniel
Mariano de Andrade; José Francisco Ferreira Lima;
Marcus Valadão; Antonio Carlos Ribeiro Garrido Iglesias; TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
CÓDIGO: 61961
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO; UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO TUMOR FIBROHISTIOCÍTICO
PLEXIFORME – RELATO DE CASO E
Apresentação do caso: C.M., 62 anos, sexo mascu-
lino, natural do rio de janeiro, encaminhado pela uni-
REVISÃO DA LITERATURA
dade básica de saúde para realização de paracentese Autores: Antonio Carlos Eckhardt Júnior; Eduardo
de alívio em regime hospitalar. Referia dor e aumento Rodrigues Zarco da Câmara; Alessandro Augusto Bastos
Rodrigues Alves; Jadivan Oliveira Leite; Marcelo Sá de
do volume abdominal em aproximadamente 6 meses
Araújo; José Francisco Rezende Neto; Luiz Fernando
com piora nos últimos dias. Dor difusa, pouco específi-
Nunes; Roberto André Torres de Vasconcelos;
ca, não relacionada à quaisquer comemorativos. Nega
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
passado de etilismo e tabagismo. Sem história familiar
para neoplasias. À ectoscopia apresentou marcha an- Apresentação do caso: R.P.S, 41 anos, militar da Força
serina, taquipnéia leve, importante aumento do volume Aérea Brasileira, apresenta tumoração em coxa direita,
abdominal, à palpação tenso, com descompressão do- de crescimento lento, com evolução de dois anos. Refe-
lorosa, hipocorado (2+/4+), significativa perda de massa re dor local aos esforços físicos. Realizada bióspia inci-
muscular com atrofia em face, membros superiores e sional da lesão, com o laudo histopatológico revelando
inferiores. Exames complementares revelaram qua- neoplasia fusocelular compatível com tumor fibrohis-
dro anêmico, com hemoglobina 6.0 g/dL. Tomografia tiocítico plexiforme. Em ressonância magnética, nota-se
Computadorizada (TC) de abdome indicou presença tumoração lesão infiltrativa acometendo a musculatura
de massa volumosa ocupando totalidade abdominal. anteromedial do terço superior da coxa direita, envol-
Laparotomia exploratória revelou presença de ascite vendo a artéria e veia femoral, com redução da luz da
hemorrágica com 5.000 mL e volumosa lesão hetero- veia. Pequena área de ruptura parcial da cortical poste-
gênea sólido-cística com áreas de mucina de origem rior do terço proximal da diáfise do femur. Discussão:
em grande curvatura gástrica contemplando toda cavi- O fibrohistiocitoma plexiforme é um tumor de ocorrên-
dade peritoneal. Realizada ressecção da lesão a partir cia rara, e foi inicialmente descrito em 1988 por Enzin-
de gastrectomia atípica com uso de grampeador linear ger e Zhang, em análise de 65 pacientes. É considerado
80mm carga azul seguida de sutura de reforço manual um tumor de potencial maligno baixo ou intermediá-
com fio prolene 3.0. Durante ato operatório realizada rio. Acomete principalmente crianças e adultos jovens.
hemotransfusão através de dois concentrados de he- Apresenta-se como uma tumoração em derme ou teci-
mácias. Recebeu alta hospital no nono dia de pós-ope- do subcutâneo, de crescimento lento, indolor. Há uma
ratório sem registro de intercorrências. O resultado predileção de desenvolvimento da doença em extremi-
anatomopatológico evidenciou à macroscopia volumo- dades superiores, porém o acometimento do tronco,
sa formação tumoral pesando 4.632g cujas dimensões membros inferiores, cabeça e pescoço também pode
encontradas foram: 32,3 x 31,4 x 19, 2cm (L x T x AP). ocorrer. Remstein et al, observaram um maior número
À microscopia notificou-se neoplasia fusocelular. O es- de casos em pacientes do sexo feminino, em compa-
tudo imuno-histoquímico confirmou a hipótese intra- ração ao masculino (6:1). HIstologicamente, é caracte-
-operatória de GIST a partir dos resultados de CD117 rizado pela presença de múltiplos nódulos pequenos,
positivo, CD34 positivo, Proteína S-100 negativa e An- dispostos em um padrão plexiforme. Morfologicamen-
tígeno Nuclear de Proliferação Celular (Ki67) positivo te, são divididos em 3 grupos: fibroblásticos, histiocíti-
(<5%). Discussão: O tumor estromal gastrointestinal cos e mistos. Ausência de pleomorfismo cellular, baixa
(GIST) é uma neoplasia rara, composto por células fusi- atividade mitótica, hemorragia, inflamação crônica são
formes. Dentre as manifestações clínicas destacam-se observados nesta neoplasia. Na análise imunohistoquí-
anemia, hemorragia gastrointestinal, dor abdominal e mica, são observadas positividade para CD68 no tipo
massa palpável. Sintomas menos comuns, como per- histiocítico e para vimentina e SMA (smooth muscle ac-
da de peso e astenia podem ser evidenciados. A TC é tin) no tipo fibroblástico. O tratamento consiste na res-
considerada padrão-ouro para diagnóstico quando secção ampla do tumor, com margens livres. A recor-
comparada à endoscopia digestiva alta e seriografia rência é característica desta neoplasia, mantendo-se os
esofagogastroduodenal. Comentários finais: O caso pacientes em acompanhamento por longos períodos.
apresentado condiz com literatura vigente e demons- Há poucos relatos de metastases à distância, princi-
tra o desenrolar completo do acometimento por GIST palmente pulmonar e linfonodal. Comentários finais:
a imagem não for diagnóstica. A ressecção cirúrgica pelo risco de recorrência e metástase. O tratamento
completa é a única forma de tratamento curativo, com permanece a ressecção cirúrgica, com quimioterapia e
chances de recorrência local. Excisão macroscópica radioterapia reservadas para casos recidivados. Nosso
completa, grau tumoral, multifocalidade e subtipo his- paciente apresentou melhora dos sintomas após recu-
tológico constituem fatores prognósticos para recor- peração da cirurgia e permanece em acompanhamento
rência local e sobrevida global. Comentários finais: O ambulatorial, sem sinais de recidiva ou metástases.
TMI é raro e acomete jovens, diferentemente do caso.
Contato: SANDRO PEÇANHA PEREIRA – sandropper@
Os fatores de risco ainda não são bem estabelecidos,
gmail.com
por poucos relatos conhecidos. Escolheu-se a cirurgia,
apesar do extenso acometimento, pois é a única chance
de se conseguir a sobrevida livre de doença. O segui-
mento a longo prazo é recomendado pela alta chance TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE
de recorrência local. CÓDIGO: 59537
Contato: CLARISSA PIERESAN WINKELMANN –
clarissawinkelmann@gmail.com TUMOR NEUROECTODERMICO
PRIMITIVO-RELATO DE CASO
Autores: Ana Caroline da Fonseca Soares Pereira; Fidelis
Manes Neto; Herbert Meneses Dos Santos Junior;
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA Mariella De Almeida Melo; Eid Gonçalves Coelho
CÓDIGO: 61645 Instituição: HOSPITAL SAO MARCOS
CD99, FLI-1, sinaptofisina, pancitoceracinas.O paciente sítios primários desse tumor são tecidos moles e ossos,
relatado respondeu em seu tamanho e vascularizaçao raramente o tumor primário é renal. É um tumor com
a quimioterapia neoadjuvante, possibilitando a ressec- baixa expectativa de sobrevida livre de doença, com va-
çao do tumor. O tratamento consiste principalmente riação entre 25 a 60% em até 3 anos. No presente caso,
na ressecção do tumor em bloco Conclusão: Embora o a avaliação anatomopatológica demonstrou margens
tumor neuroectodermico primitivo (PNET) tenha prog- livres e apenas 1 de 25 de linfonodos comprometidos.
nóstico RUIM, a sobrevida pode ser melhorada atraves Contudo, o paciente apresentou metástase linfonodal,
da abordagem multimodal, existem relatos de casos hepática e retroperitoneal em menos de 9 meses do
destacando o papel favoravel da quimioterapia neoad- diagnóstico e 1 ano dos sintomas. Comentários finais:
juvante no manejo desses tumores. O PNET de pâncreas é extremamente raro e pertence a
um grupo de tumores de alta agressividade e com bai-
Contato: ANA CAROLINE DA FONSECA SOARES
xa expectativa de sobrevida livre da doença, com alta
PEREIRA – karolinefsoares@gmail.com
probabilidade metastática, com 30 % dos pacientes já
apresentando metástase no momento do diagnóstico
e devendo ser tratado como doença sistêmica desde o
TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE início da abordagem.
CÓDIGO: 60637 Contato: ANA CAROLINA GONÇALVES TUBINO –
goncalvess.ana@gmail.com
TUMOR NEUROECTODÉRMICO
PRIMITIVO (PNET) DE ORIGEM RENAL
Autores: Ana Carolina Gonçalves Tubino; Aline
Lamounier Gonçalves; Allana Tamiris Bonfim Nogueira; TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS
Cláudia Roldão Leite; Fernanda Guedes Ferreira; CÓDIGO: 61937
Henrique Barbosa de Abreu; Rodrigo Nascimento
Pinheiro; TUMOR NEUROECTODÉRMICO
Instituição: FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO PRIMITIVO DE MEDULA – RELATO DE
EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL CASO
Apresentação do caso: Paciente, masculino, 18 anos, Autores: Carla Simone da SIlva; Luis Eduardo Borges de
há 5 meses com aumento do volume abdominal e per- Macedo Zubko; Heloisa Alencar Antico; Ewerson Luiz
da ponderal de 3 kg. Iniciou atendimento na oncologia Cavalcanti e Silva; Andres Estremadoiro Vargas; Phillipe
clínica e foi encaminhado para urologia devido a acha- Geraldo Teixeira de Abreu Reis; Laila Pereira Schneider;
Thais Abreu de Almeida;
do, na TC de abdome, de massa retroperitoneal suges-
tiva de tumor renal. Biópsia guiada por USG mostrou Instituição: HOSPITAL ERASTO GAERTNER
neoplasia maligna indiferenciada em região retroperi- Apresentação do caso: Paciente feminina, 52 anos,
toneal à esquerda e imuno-histoquímica sugestiva de encaminhada à oncologia clínica do nosso serviço com
Sarcoma de Ewing/PNET. RNM de abdome identifican- quadro de paresia em MMII e diagnóstico de tumor
do lesão de origem renal parcialmente capsulada, com neuroectodérmico primitivo após ressecção parcial de
deslocamento de estruturas adjacentes, com ausência lesão expansiva intramedular (T12). Indicada Radiote-
de plano de clivagem com artéria mesentérica superior rapia e Quimioterapia com Vincristina, Doxorrubicina e
e aorta e ausência de sinais de invasão. A ressecção da Dactinomicina. Seguiu com ciclofosfamida, Ifosfamida,
massa retroperitoneal em monobloco com baço, cauda Mesna e Etoposídeo. No periodo de 4 meses de qui-
pancreática, rim esquerdo e linfadenectomia retrope- mioterapia, evoluiu com injúria renal aguda, infecção
ritoneal ocorreu sem intercorrências. Anatomopato- urinária (ITU) e neutropenia febril, todos com boa recu-
lógico evidenciou neoplasia maligna indiferenciada de peração. Após 1 ano, apresentou progressão local e em
pequenas células, com margens livres e comprometi- L4 e L5. Evoluiu com sepse urinaria somada a infecção
mento linfonodal 1/25, sendo estadiado pT2bN1. Segui- de partes moles (escaras em dorso, MIE e sacro) sendo
mento pós-operatório apresentando função renal den- necessário tratamento intensivo. Apesar do suporte, foi
tro da normalidade, no entanto, TC de abdome revelou a óbito. Discussão: Tumor neuroectodérmico primitivo
metástases hepática, linfonodal e retroperitoneal. Sem (PNET), é um representante da família dos tumores do
indicação de tratamento cirúrgico e após discussão com sarcoma de Ewing (TFSE), com apresentação fenotípica
a equipe clínica sobre possibilidade de tratamento qui- e genética similar ao sarcoma de Ewing, com diferencia-
mioterápico, foi encaminhado para acompanhamento ção apenas no grau histológico. Apesar da subdivisão
em rede de reabilitação. Discussão: O tumor neuroec- histopatológica dos TFSE, esses tumores apresentam
todérmico primitivo (PNET) compõe um grupo de tumo- comportamento, prognóstico e tratamento semelhan-
res raros e muito agressivos derivados do neuroecto- tes. Acometem pacientes pediátricos de 10-15 anos,
derma. Por sua semelhança com os sarcomas de Ewing, sendo 80% menores de 20 anos. Tem como principal
ele tem sido incluído nessa família de tumores e corres- população a caucasiana e masculina, sendo rara a
ponde ao 2º tipo de sarcoma de partes moles mais pre- ocorrência em afrodescendentes e asiáticos. Podem
valentes nas 2 primeiras décadas de vida. Os principais comprometer o sistema nervoso central ou periférico,
sendo mais agressivo na porção periférica, ocorrendo sendo classificados em funcionais ou não funcionais, de
mais frequentemente em parede torácica (44%). Cerca acordo com isso. Aliás, estudos mostram que pacien-
de 30% dos pacientes apresentam metástase no mo- tes com tumores funcionais sobreviveram mais do que
mento do diagnóstico com sobrevida livre de doença os com tumores não funcionais. A apresentação clínica
em 2-3 anos variando de 25 a 60%. O tratamento com depende do sítio primário do tumor e se eles são tumo-
terapia adjuvante desses tumores eleva os índices de res funcionais. A maioria é não funcional e manifesta-se
sobrevida a 70% em 5 anos em detrimento apenas do tardiamente, com sintomas de efeitos de massa – como
tratamento cirúrgico. O tratamento quimioterapêutico no relato, de disseminação, ou ambas. Os preditores
de TFSEs envolve ciclofosfamida, doxorrubicina, vin- de pior prognóstico incluem idade ao diagnóstico, es-
cristina, dactinomicina, ifosfamida e etoposídeo. Entre- tadio, grau do tumor e sexo masculino. O diagnóstico
tanto, os pacientes que sobrevivem com o tratamento, de TNEp é baseado na clínica, exames de imagem, do-
possuem risco aumentado para o desenvolvimento de sagens hormonais – de acordo com as síndromes es-
tumores hematológicos e tumores sólidos, sobretudo pecíficas – e anatomopatológico. O tratamento deve
após radioterapia. Comentários finais: O PNTE é um ser individualizado, baseado na sintomatologia e nas
tumor raro com apresentação variada e que nesse re- características tumorais. A cirurgia é método crucial
lato, apesar da adjuvancia, apresentou progressão de em diversos estágios, sendo de escolha para cura em
doença e desfecho defavorável.Por ser uma doença doenças limitadas, e para as doenças já avançadas,
incomum, há uma quantidade limitada de pesquisas pode ser meio de tratamento paliativo para melhora
mostrando respostas aos tratamentos propostos e as- da qualidade de vida desses pacientes. Conclusão: A
pectos clínicos da doença além de controvérsia a res- importância do presente relato destaca-se pela impor-
peito do uso de radioterapia no tratamento dos tumo- tância do diagnóstico precoce, o qual é obtido por alta
res da família de Ewing. suspeição clínica, a despeito de sua baixa prevalência e
das manifestações variadas que podem surgir na forma
Contato: CARLA SIMONE DA SILVA –
de síndromes clínicas de acordo com sítio, extensão ou
carlasimonesilva@yahoo.com.br
até padrão de produção hormonal adotado pelo tumor.
Contato: ANDERSON NEVES DA CRUZ – anderson-
cruz@hotmail.com
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
CÓDIGO: 62021
como lesão cerebroide ocupando todo o colo; toque re- resposta à QT, demonstrando espessamento parietal
tal com paramétrios livres e presença de abaulamento no corpo gástrico, com importante restrição à difusão,
da parede anterior do reto por compressão extrínseca. compatível com histórico, além de massas linfonodais
RNM de abdome superior e pelve mostrou permanên- perigástricas. Optou-se por tratamento cirúrgico – Gas-
cia de lesão expansiva e vegetante em colo uterino (28 trectomia a D2 com esplenectomia, pancreatectomia
x 1,3cm) com captação de contraste. Feito histerecto- corpo-caudal, linfadenectomia retroperitoenal, e re-
mia total ampliada (HTA) com linfadenectomia pélvica e construção em Y de Roux. O estudo anatomopatológico
retroperitoneal, cujo resultado do HP do colo do útero da peça operatória mostrou adenocarcinoma pouco
confirmou neoplasia maligna de pequenas células, com diferenciado, com invasão angiolinfática e perineural,
estadiamento ypT1b1N0. O estudo foi complementado margens de ressecção comprometidas, extensão para
com IHQ e revelou (CNE) de pequenas células, positi- fígado e pâncreas e 21 linfonodos positivos dos 27 res-
vo para CD56 e citoqueratinas AE1/AE3 e negativo para secados. Acredita-se que o tratamento com QT elimi-
sinptofisina e cromogranina A. Discussão: O carcinoma nou o tumor neuroendócrino, mantendo a exócrina.
de pequenas células (CPC) primário do colo uterino é Aguarda IHQ para fechamento do diagnóstico patológi-
raro, com incidência de 0,3% à 3,0%, são agressivos, co. Discussão: Os carcinomas adenoneuroendócrinos
com disseminação angiolinfática ao diagnóstico. A do- mistos (MANECs) são tumores com um componente
ença limitada, como a do caso, é o preditor mais sen- exócrino e um endócrino, causando mal-entendido
sível de sobrevida. O quadro é assintomático ou com entre os patologistas. O diagnostico é melhor feito por
sintomas do trato genital. Os marcadores à IHQ são imunocoloracão, que evidencia componentes neuroen-
enolase neurônio específico, sinaptofisina e cromogra- dócrinos e não neuroendócrinos, apresenta sintomas
nina A – que tem relação prognóstica. Fatores de menor vagos, causando diagnostico tardio, com presença de
sobrevida incluem o estadio, linfonodos (LFN) e profun- implantes secundários. É muito raro, com 40 casos des-
didade de infiltração, e influenciam o tratamento. Para critos na literatura, havendo pouco estudo sobre tra-
lesões precoces, realiza-se HTA, esvaziamento pélvico tamento. Sabe-se que possui prognostico reservado,
e para-aórtico, associado à QT e RT adjuvantes. Já em principalmente se diagnosticado tardiamente. A litera-
lesões avançadas, QT neoadjuvante, associada ou não tura defende que esses tumores devem ser tratados de
à RT. Conclusão: Diferente da maioria de CPC de colo formas distintas para cada componente, como foi feito
uterino, o caso traz diagnóstico precoce, com fatores de com o paciente do caso relatado. Apresentam sobre-
bom prognóstico, o que torna o caso atípico em compa- vida media de menos de 12 meses, pela malignidade.
ração com os descritos na literatura. Comentários finais: Evidencia-se caso raro, compor-
tamento maligno e heterogêneo, além de tratamento
Contato: CRISLANNY REGINA SANTOS – crismedjolie@
controverso justamente pela falta de casos relatados e
gmail.com
estudos na literatura, embora geralmente se necessite
de condutas cirúrgicas radicais multiviscerais na tenta-
tiva de cura.
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO Contato: ANA JÚLIA SILVA TEIXEIRA – Teixeiraanajs@
CÓDIGO: 62006 gmail.com
car metástase, depende diretamente de seu tamanho lesão solido-cística junto à cabeça do pâncreas, sendo
e do grau de diferenciação celular. Os principais focos complementada pela a ressonância nuclear magnéti-
são linfonodos, mesentério, fígado, pulmão e peritônio. ca (RNM), ao qual foi identificada massa predominan-
Raramente esse tipo de tumor evolui com metástase temente cística sobre a cabeça pancreática em intimo
para a mama. Apresentação do caso: Paciente femini- contato com a segunda porção duodenal e veia cava
no, 58 anos, internada em 2010 devido à quadro clínico inferior. Procedeu-se o exame citológico, seguida da
e radiológico de abdome agudo obstrutivo. Paciente ressecção cirúrgica com resultado histopatológico con-
estável e com KPS = 80%. Na laparotomia exploradora, clusiva para tumor sólido pseudopapilar do pâncreas
identificou-se massa tumoral de consistência fibrosa (TSPP). Discussão: O TSPP apresenta-se com rara fre-
enovelando alças de delgado a cerca de 50 cm do ân- qüência, sendo responsável por 1-3% dos tumores exó-
gulo de Treitz; linfonodomegalias mesentéricas e retro- crinos do pâncreas e 10-15% das lesões císticas pancre-
peritoneais extensas; ausência de ascite, de implantes áticas. Acomete preferencialmente as mulheres jovens,
hepáticos e peritoneais. Procedido a ressecção total entre a segunda e terceira décadas de vida, aos quais
ampla da massa tumoral em delgado, com anastomose 60-70% localizam-se sobre o corpo e a cauda do pân-
jejuno-ileal primária e sem linfadenectomia retroperi- creas, mostrando-se com baixo potencial de malignida-
toneal. O anátomo-patológico com imunohistoquímica de. A sua patogênese ainda é desconhecida, embora a
revelou um tumor neuroendócrino de intestino médio tendência em acometer o sexo feminino possa sugerir
pouco diferenciado. A paciente foi submetida à adju- o envolvimento do hormônio sexual na sua origem. As
vância com Everolimo. Cinco anos depois, a paciente manifestações clínicas são vagas, destacando-se o des-
apresentou diarréias frequentes, irritabilidade, “foga- conforto abdominal, náuseas e massa palpável. Dentre
chos” e tremores. A tomografia demonstrou múltiplas os exames de imagem, a tomografia computadorizada
metástases hepáticas (Síndrome Carcinóide), tendo (TC), USG, RNM e o ultrassom endoscópico (USGE) são
sido submetida a quimioterapias paliativas e a análo- os mais utilizados. O exame citológico a partir da pun-
gos da somatostatina. No mesmo ano, notou-se múlti- ção aspirativa por agulha fina pode auxiliar no diagnós-
plos nódulos fibróticos em ambas as mamas com linfo- tico. A ressecção cirúrgica permanece como padrão-
nodomegalias axilares bilaterais. A biópsia demonstrou -ouro no tratamento do TSPP e pode variar quanto a
se tratar de metástase mamária bilateralmente do TNE. sua extensão e técnica, de acordo com a topografia do
A paciente seguiu em cuidados paliativos. Óbito em ju- tumor e invasão de estruturas adjacentes. Conclusão:
lho de 2016. Discussão: O primeiro caso de metástase O TF é uma neoplasia pouco freqüente, com o baixo po-
de mama originária de tumor carcinoide, data de 1957. tencial de malignidade e, mesmo em vigência de metás-
O câncer de mama é o tumor maligno mais comum na tase ou invasão local, o tratamento cirúrgico deve ser
mulher, porém tumores metastáticos de mama são ra- adotado, com excelentes taxas de sobrevida.
ros, girando em torno de 1,5% dos casos. Excluindo os
Contato: ANDRÉ DE SIMONE FAINSTEIN –
casos de metástase contra lateral, os tumores primá-
andrefainstein@hotmail.com
rios mais comumente responsáveis por focos mamá-
rios secundários são pulmão, melanoma, leucemias e
linfomas. Conclusão: O caso apresentado demonstra
um tipo de metástase para as mamas bastante atípica, TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE
originária de tumor neuroendócrino intestinal. CÓDIGO: 59538
Contato: FABRÍCIO DA SILVA CASTILHO –
fabriciocastilho@msn.com TUMORES NEUROENDÓCRINOS DO
PÂNCREAS: RESSECÇÃO CIRÚRGICA OU
TRATAMENTO CLÍNICO?
Autores: Carolina dos Anjos Sampaio; Wivian Lopes do
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
Espírito Santo; Maria Eduarda Mendes Martins Vieira
CÓDIGO: 61682 Ramos; Julia Araujo Jorge de Aguiar; Guilherme Barros
Saiter; Jéssyca Matos Silva; Bruna Teixeira Marques;
TUMOR SÓLIDO PSEUDOPAPILAR DO Isabela Coelho Guimarães;
PÂNCREAS – RELATO DE CASO Instituição: ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES
Autores: André De Simone Fainstein; Antônio Augusto Tumores Neuroendócrinos (TNE) não são mais rarida-
Ribeiro Dias Pires; Amin Milad Waked; Ricardo Silva
des e com técnicas de diferenciação celular e Imunohis-
Guimarães;
toquímica se tornou possível identificar o amplo es-
Instituição: HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS pectro que apresentam. São neoplasias epiteliais com
Apresentação do caso: Paciente feminina, 29 anos, diferenciação neuroendócrina predominante, cresci-
sem comorbidades, apresentando desconforto abdo- mento lento, expressando marcadores proteicos e pep-
minal e massa palpável em quadrante superior direi- tídeos regulatórios específicos. Os TNE do Pâncreas são
to. Não referia demais sintomas. Exames laboratoriais classificados como funcionantes (produzem hormô-
sem alterações. A ultrassonografia (USG) evidenciou nios), não funcionantes, benignos, indeterminados ou
malignos. Temos os Gastrinomas, Insulinomas, Vipo- minal, provavelmente ovariano, sendo submetida em
mas, Glucagomas, Somatostinomas e Ppomas, poden- 03/2016 a cirurgia diagnóstica. Realizada Ooforectomia
do ser correlacionados a Neoplasia Endócrina Múltipla direita, cuja congelação mostrou carcinoma pouco dife-
1 ou não. Os tipos predominantes são Insulinoma, Gas- renciado de ovário. Realizado em tempo único, cirurgia
trinoma e Vipoma gerando respectivamente a Tríade de estadiadora de câncer de ovário(histerectomia amplia-
Whipple, Síndrome de Zollinger-Ellison e Síndrome de da, linfadenectomia retroperitonial infrarrenal e ilíaca,
Verner-Morrison. O diagnóstico é feito através de sinto- omentectomia e biópsias múltiplas de peritônio). Ana-
matologia dependente do tipo de Neoplasia apresenta- tomopatológico (AP): Carcinoma de Pequenas Células
da e por métodos de imagem, como TC, RM e Ecoendos- Hipercalcêmico TNM/FIGO pT3apN1a/IIIA. Imuno-his-
copia tendo como opção a cintilografia dos receptores toquímica sela o diagnóstico de Carcinoma de Peque-
de somatostatina (pouco eficiente em Insulinomas pela nas Células do Ovário – tipo hipercalcêmico (CPCOH).
sua baixa densidade de receptores de somatostatina) e Iniciado tratamento com Cisplatina e Vepeside de 04/16
TC por emissão de próton único, além de métodos de a 07/16. Apresentou progressão da doença (PD) perito-
diagnóstico laboratorial analisando níveis de glicemia neal em vigência de QT. Feita discussão multidisciplinar
de jejum, gastrina sérica, insulina e peptídeo vasoati- acordou-se por iniciar QT com Carboplatina, Paclitaxel e
vo intestinal, entre outros. Em casos raros, onde existe Bevacizumabe de 09/16 até 01/17, sem resposta e com
grande suspeita de quadro, porém exames de imagem nova PD peritoneal. Segunda linha de QT com Vincris-
negativos, se pode optar por abordagem cirúrgica por tina, Doxorrubicina e Ciclofosfamida(VAC) por 3 ciclos
Laparotomia Exploratória. Em tumores localizados a com resposta pelos critérios Recist. Realizada 04/2017
ressecção é o pilar do tratamento com intenção cura- citorredução ótima com ressecção multivisceral, AP
tiva, porém, em casos não ressecáveis ou doença me- FIGO IIIC 44Mit/CGA. Apresentou recidiva da doença
tastática a seleção do tratamento é guiada pelo grau de em 03 semanas com crescimento de massa pélvica de
diferenciação podendo ser utilizada a cirurgia citorre- 10cm em 30 dias e surgimento de linfonodo inguinal di-
dutora ou utilizando abordagens mais agressivas como reito comprovadamente acometido em biópsia. Aguar-
a Pancreatoduodenectomia. O tratamento clínico a ser da reinício de QT (VAC). Análise genética sendo realiza-
adotado varia de acordo com o sítio de localização do da no Foundation Center. Discussão: O CPCOH é um
tumor primário e suas características. Classicamente há tumor raro que acomete mulheres jovens com média
uma resposta rápida à quimioterapia citotóxica basea- de 24 anos, altamente agressivo, com hipercalcemia
da em platina, porém a duração da resposta é curta. Já em 62% dos casos. Metade dos pacientes apresentam
os análogos da somatostatina (SSAs) são adotados para doença avançada ao diagnóstico. Representam menos
controle dos sintomas do excesso hormonal atuando de 1% dos tumores de ovário, com menos de 500 casos
também como agentes antiproliferativos nos pacientes relatados no mundo. Em 2014, estudos revelaram mu-
com doença metastática. A ressecção cirúrgica, quando tações hereditárias e esporádicas no gene SMARCA4,
possível, é a melhor alternativa, pois além de promo- como sua principal causa. O estadiamento é feito por
ver uma maior intenção de cura ela apresenta alívio critérios da Federação Internacional de Ginecologia e
imediato do quadro sintomático, diminuindo taxas de Obstetrícia(FIGO); III/IV tem um prognóstico ruim com
metastatização, melhor prognóstico e com grande rele- uma sobrevida média de 6-13 meses. Em pacientes IA, a
vância no aumento da sobrevida oferecida ao paciente. sobrevivência em 5 anos é de apenas 33%. Atualmente,
não existe uma terapia padrão. A cirurgia combinada a
Contato: CAROLINA DOS ANJOS SAMPAIO –
quimioterapia à base de cisplatina tem sido utilizada na
sampaiocarolina@uol.com.br
maioria dos casos de CPCOH. Conclusão: O tratamen-
to ideal para CPCOH permanece desconhecido. Vários
esquemas têm sido propostos para criação de proto-
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA colos com melhora de sobrevida global a longo prazo.
CÓDIGO: 60420 Entretanto, a raridade de casos dificulta a padronização
no tratamento.
UM CASO RARO DE CARCINOMA DE Contato: FERNANDA DENISE ALVES DIAS – nangelfe@
PEQUENAS CÉLULAS DO OVÁRIO – TIPO hotmail.com
HIPERCALCÊMICO – RELATO DE CASO
Autores: Fernanda Denise Alves Dias; Edgard Mesquita
Rodrigues Lima; Cintia Yoko Morioka; Patricia Del
Corona Braga Cavalcanti; Paulo Boarini; Marina Sahade; TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
Cristiane Maria de Freitas Ribeiro; Ageu de Lima CÓDIGO: 60286
Valverde;
Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL DR CARMINO UM RARO CÂNCER DE COLO DE
CARICCHIO VESÍCULA BILIAR SIMULANDO
Apresentação do caso: JPQC, 32 anos, procura aten- COLANGIOCARCINOMA
dimento com dor e massa palpável em hipogástrio há Autores: Fernanda Paula Schafer; Renata Bruna Garcia
45 dias. Investigação diagnóstica mostra tumor abdo- dos Santos Gatelli; Charles Nilton Gatelli; Ícaro de
mentos para uso domiciliar.Cenario 3.Discentes teriam de lesões sarcomatosas variam desde ressecções locais
de informar sobre a patologia, abordagem cirúrgica, ampliadas até amputações e desarticulações. No pla-
discussão sobre terapia adjuvante. Conclusão: SR as- nejamento do procedimento cirúrgico, fatores impor-
sociado a role play como uma ferramenta de ensino e tantes são levados em conta como: localização, relação
treinamento em patologias oncológicas, leva o discente com órgãos e estruturas adjacentes, intenção curativa
a vivenciar a prática clínica integrando ensinamentos ou paliativa. Embora hajam inúmeras modalidades ci-
aos quadros clínicos.Medicina Aeroespacial também rúrgicas no que tange ao tratamento, o princípio básico
deve ser discutida. é a ressecção tridimensional, que consiste na ressecção
em monobloco contendo tecido normal no seu contor-
Contato: CINTIA YOKO MORIOKA –
no longitudinal, transversal e profundo, com margem
dracintiaadvantage@yahoo.com
mínima de 2cm. Conclusão: Consiste em uma doença
rara, onde muitos casos deixam de ser diagnosticados
devido à dificuldade na definição histológica do tumor.
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS A terapêutica cirúrgica empregada incide diretamen-
CÓDIGO: 61876 te no maior impacto na sobrevida global em vista da
radioterapia e quimioterapia não terem tido melhores
UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS resultados que o tratamento cirúrgico isolado a esses
sarcomas de baixo grau.
COMBINADAS PARA RESSECÇÃO DE
TUMOR RARO GIGANTE DE TRANSIÇÃO Contato: ALICE BRITO BRANDÃO – alicebrandao.abb@
TORACOABDOMINAL – RELATO DE gmail.com
CASO
Autores: Alice Brito Brandão; Amanda Moreira de
Abreu; Higino Felipe Figueiredo; Manoel Jesus Pinheiro
TEMÁRIO: ONCOLOGIA CUTÂNEA
Coelho Junior; Luiz Carlos de Lima Ferreira; Monique
Freire Santana; Pedro Henrique da Silva Gomes; CÓDIGO: 60340
rico plexo vascular subdermal o que significa que pode Apresentam poucas complicações, mesmo em pacien-
ser utilizada como aleta aleatória da pele. É possível tes tratados com radioterapia. Os retalhos nasogenia-
criar retalhos com base em um pedículo inferior, me- nos apresentam-se como uma boa alternativa para re-
dial ou lateral, útil em defeitos orais e labiais e também construção de lesões, já que podem ser utilizados para
em um pedículo superior, para defeitos que abrangem várias regiões da face. Além de serem versáteis, são
a ponta ou ala do nariz, bochecha e pálpebras inferio- simples de serem confeccionados e apresentam resul-
res. Ainda, são úteis para lesões intraorais, na gengiva tados estéticos satisfatórios, contribuindo para o bem
maxilar, palato ou mucosa bucal. É uma opção cirúrgi- estar do paciente.
ca segura, que evita a necessidade de retirada de pele
Contato: LEONARDO WERNER RASCHE – leonardo_
de outro sítio, preservando-se de uma segunda ferida
rasche@hotmail.com
operatória, bem como dos cuidados necessários ao en-
xerto de pele. Pode ser realizado em um único tempo
cirúrgico e apresenta ótimos resultados estéticos, os
quais contribuem muito para a autoestima do paciente.
Guilherme Spagna Accorsi; Carlos Eduardo Matos da prevenção, muitas pacientes são diagnosticadas em
Cunha Andrade; estadio avançado da doença. Pacientes com doença
Instituição: HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS localmente avançada, apresentando linfonodos pél-
vicos suspeitos podem se beneficiar da realização de
As pacientes com câncer de colo uterino que apresen-
debulking linfonodal e linfadenectomia estadiadora
tam linfonodos pélvicos suspeitos nos exames de ima-
retroperitoneal. Caso os linfonodos retroperitoneais
gem apresentam uma chance de aproximadamente
venham comprometidos por neoplasia, o campo de ra-
30% de acometimento neoplásico de linfonodos para-
dioterapia deverá ser estendido com tratamento ade-
órticos. Desta forma, a realização da linfadenectomia
quado do retroperitôneo. Este vídeo mostra o caso de
paraórtica e, se necessário, debulking de linfonodos
uma paciente de 42 anos com câncer de colo uterino
pélvicos suspeitos (maiores que 2cm) é um procedi-
Estadio FIGO IB1, que apresentava nos exames de ima-
mento cirúrgico que pode beneficiar as pacientes nes-
gem complexo linfonodal pélvico volumoso a esquerda
ses casos. Caso os linfonodos paraórticos venham com-
heterogêneo, com áreas de necrose além de linfonodos
prometidos por neoplasia, o campo de radioterapia
retroperitoneais aumentados em número e tamanho,
deverá ser estendido. Este vídeo demonstra o caso de
suspeitos para comprometimento neoplásico. Foi re-
uma paciente de 25 anos, com câncer de colo uterino
alizado debulking de linfonodos pélvicos bilaterais e
localmente avançado, com linfonodo bulky de aproxi-
retroperitoneais via laparoscopia por acesso transperi-
madamente 5 cm em fossa obturadora a esquerda. A
toneal com redução do volume de doença e posterior
paciente foi submetida a linfadenectomia retroperi-
tratamento com radioterapia e quimioterapia conco-
toneal via transperitoneal estadiadora e debulking de
mitantes com campo estendido. Podemos concluir que
linfonodo ilíaco obturador a esquerda via laparoscopia,
a cirurgia estadiadora e debulking linfonodal pode ser
realizado em um Hospital Oncológico de referência no
realizada via laparoscopia com segurança, trazendo be-
Brasil. Houve lesão térmica parcial do nervo obturador
nefícios no tratamento do câncer de colo uterino avan-
esquerdo durante a disseção. Sendo demonstrado a
çado.
técnica de sutura do nervo. O vídeo se propõe a ilustrar
a técnica cirúrgica e as etapas a serem seguidas para re- Contato: MILEIDE MARIA DE ASSUNÇÃO SOUSA –
alização dos procedimentos acima citados, assim como mileide_sousa@yahoo.com.br
o manejo de possíveis complicações. Podemos concluir
que a linfadenectomia paraórtica pode ser realizada
através de via laparoscópica com bons resultados cirúr-
gicos e ótima recuperação pós operatória, possibilitan- TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
do que a paciente possa iniciar tratamento com radio- CÓDIGO: 60345
terapia poucos dias após o procedimento. A realização
do debulking de linfonodos maiores que 4-5cm é ques- DICAS PARA LINFADENECTOMIA
tionável, pois o risco de ruptura da cápsula tumoral e RETROPERITONEAL LAPAROSCÓPICA
lesões de estruturas nobres se torna alto, no entanto é Autores: Reitan Ribeiro; Diana Patricia Jiménez
controverso a eficácia da radioterapia para tratar esses Carranza; Audrey Tsunoda; Joao Antônio Guerreiro;
linfonodos. Mais estudos devem ser realizados para de- Claudiane Liga Minari; José Clemente Linhares;
finir a conduta mais adequada nestes casos. Instituição: INSTITUTO MEXICANO DEL SEGURO SOCIAL
Contato: MILEIDE MARIA DE ASSUNÇÃO SOUSA – Dicas para linfadenectomia retroperitoneal. As siguen-
mileide_sousa@yahoo.com.br tes dicas são propostas para fazer de forma sistemati-
zada a linfadenectomia retroperitoneal em neoplasias
ginecologicas. Colocação dos trocartes em forma de
diamante A câmera é colocada no trocarte suprapúbico
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA de 10 mm. O cirurgião fica no lado direito do paciente.
CÓDIGO: 61887 O monitor está no topo da cabeça do paciente. Coloca-
ção de todo o intestino delgado no abdômen superior,
DEBULKING LINFONODOS PÉLVICOS no lado direito. Abertura do retroperitônio na parte su-
E PARAÓRTICOS EM PACIENTE COM perior da artéria ilíaca comum direita, até o duodeno.
CÂNCER DE COLO UTERINO As suturas permanecem colocadas através da parede
Autores: Mileide Maria de Assunção Sousa; Geórgia abdominal para permitir a visualização adequada do
Fontes Cintra; Ricardo dos Reis; Guilherme Spagna retroperitônio. As suturas podem ser realizadas com
Accorsi; Marcelo de Andrade Vieira; pontos de agulhas retas, são colocadas lateralmente
Instituição: HOSPITAL DE CANCER DE BARRETOS aos trocartes para evitar conflitos com os instrumentos.
A dissecção começa ao nível da artéria ilíaca comum di-
O câncer de colo uterino está entre os mais prevalentes
reita. O ureter direito é identificado. O ureter é o limite
nas mulheres brasileiras e no mundo, principalmente
lateral da dissecção. A dissecção dos linfonodos retro-
em países subdesenvolvidos. Apesar das políticas de
peritoneais vai até a veia renal. Um instrumento colo-
cado ao longo da porta umbilical é usado para retrair o te minimamente invasiva com linfadenectomia em três
duodeno. A veia cava é completamente dissecada por campos por toracoscopia em posição pronada, laparos-
todo o caminho até a veia renal direita. A veia gonadal copia e cervicotomia esquerda. O tempo cirúrgico foi
direita também é identificada. Todos os linfonodos la- de 10 horas, não houve hemotransfusão e a cirurgia foi
terais à veia cava podem ser dissecados neste ponto. R0. O paciente não apresentou complicações pós-ope-
O próximo passo é a ressecção dos linfonodos interca- ratórias, permaneceu no cti por 3 dias e teve alta no dé-
voaórticos. A dissecção deve ser realizada com muito cimo primeiro dia pós-operatório alimentando-se por
cuidado devido ao risco de sangramento dos vasos jejunostomia e com dieta oral líquida. O LHP revelou
lombares. Esses vasos podem ser preservados ou liga- uma lesão cicatricial de 4 X 3 cm no esôfago médio sem
dos se necessário. A dissecção continua por todo o ca- tumor residual; dos 46 linfonodos retirados, 6 foram
minho até a identificação da veia renal esquerda. Logo positivos (ypT0yN2). Atualmente encontra-se em acom-
abaixo da veia renal esquerda, podemos identificar a panhamento ambulatorial e sem evidência de doença
artéria renal direita. Todos os linfonodos intercavoaór-
Contato: ANTONIO CLAUDIO AHOUAGI CUNHA FILHO
ticos são ressecados neste momento. A cirurgia segue
– antonioahouagi@gmail.com
com a dissecção dos vasos ilíacos comuns esquerdos. O
nervo hipogástrico é identificado e pode ser preserva-
do. A dissecção dos linfonodos para-aórticos esquerdos
começa a lateral da artéria ilíaca comum esquerda para TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
o músculo psoas. A dissecção é lateral à aorta. Poste- CÓDIGO: 57600
rior à aorta, podemos identificar vários vasos lombares,
o tronco simpático e o disco intervertebral. Depois de FISTULA RETOVAGINAL PÓS RAR
libertar completamente a veia renal esquerda, os linfo-
COM QUIMIO-RADIOTERAPIA PRE:
nodos são transpostos para cima da artéria mesenté-
rica inferior. Isso completa a dissecção dos linfonodos
ABORDAGEM POR TEM MAIS RETALHO
retroperitoneais. O espécime é colocado em uma bolsa
DE VON MARTIUS
de extração. Todas as estruturas são revisadas para Autores: Eduardo LInhares; Arnaldo Marques; Amaury
identificar qualquer lesão inadvertida. A hemostasia ci- Raia; Leonardo Rodriguez;
rúrgica também é revisada. Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
Contato: DIANA PATRICIA JIMÉNEZ CARRANZA – Uma terrível complicação pós operatória no casos de
coordinacion.nafin@gmail.com resseção anterior do reto pós quimioradioterapia é a
fistula da anastomose para a vagina.A irradiação previa
torna este tecido isquêmico e de difícil cicatrização. Fre-
quentemente o fechamento por sutura simples isolada
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO resulta em percentual de insucesso maior que 50%. Na
CÓDIGO: 58081 primeira metade do seculo XX, Von Martius descreveu
o retalho de grande lábio (músculo bulbo cavernoso)
ESOFAGECTOMIA DE RESGATE como forma de fechar defeitos vaginais. Assim, combi-
MINIMAMENTE INVASIVA COM namos a sutura simples por via retal ao retalho de Von
LINFADENECTOMIA EM TRES CAMPOS Martius. Para realização a sutura simples por via retal,
modernamente, podemos lançar mão de plataforma
Autores: Antonio Claudio Ahouagi Cunha Filho;
Flavio Duarte Sabino; Marco Aurélio Anginski; Carlos tipo single port anal, de maneira a realizarmos o pro-
Eduardo Pinto; Rafael Albagli; Ronald Enrique Delgado cedimento por visão direta como técnica minimamente
Bocanegra; Jensen Milfont Fon; invasiva. Apos desbridar as bordas, procedemos sutura
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA primaria com fio de Vycril, usando pinças de videolapa-
roscopia. Como no caso a fistula situava-se na parece
Paciente masculino, 68 anos, diagnosticado em 03/2016 anterior do reto, iniciamos em posição de canivete.
com carcinoma epidermóide grau III de esôfago to- Apos termino desta parte, colocamos em litotomia e
rácico médio, com 9 cm de extensão. Os exames de procedemos a feitura do retalho a direita por ser a fis-
estadiamento mostravam espessamento do esôfago tula a direita na vagina.
médio, associado à linfadenomegalias em cadeias sub-
carinal, peritraqueal, paraesofagianas, tronco celíaco, Contato: EDUARDO LINHARES RIELLO DE
pequena curvatura e fossa supra-clavicular esquerda MELLO – eduardolinhares@globo.com; doutor@
(cT3N3). Foi submetido à radioterapia exclusiva na dose eduardolinhares.com.br
de 52 Gys, com intuito radical de 06 à 07/2016. Os exa-
mes de imagem pós-tratamento mostravam persistên-
cia de doença linfonodal associada a espessamento da
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO
parede esofagiana. Quatro meses após o término da
CÓDIGO: 57867
radioterapia, foi submetido à esofagectomia de resga-
CÂNCER GÁSTRICO
HEPATECTOMIA CENTRAL
Autores: Marina Gabrielle Epstein; Marilia dos Santos
Fernandes; Gabriel Naman Maccapani; Vladimir
VIDEOLAPAROSCÓPICA
Schraibman; Autores: Michel Jamil Chebel; Paulo Henrique Sousa
Instituição: UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO Fernandes; Camila de Freitas Correa; Adriano Barra
Della Torres;
Introdução: O câncer gástrico é uma das neoplasias Instituição: HOSPITAL DE CLINICAS DA UNIVERSIDADE
malignas mais comuns e apresenta alta mortalidade, FEDERAL DE UBERLÂNDIA
sendo considerado a segunda causa de morte por cân-
O vídeo apresentado traz o caso de uma paciente
cer mundialmente. O tratamento considerado padrão
do sexo feminino, de 33 anos de idade, com histó-
ouro é a gastrectomia com linfadenectomia D2. As téc-
ria de adenocarcinoma de cólon sigmóide estádio III,
nicas minimamente invasivas vem sido utilizadas em
pT3pN1(1+/14), submetido a retossigmoidectomia, lin-
substituição às gastrectomias por laparotomia, devido a
fadenectomia retroperitoneal e ileostomia de proteção
importantes benefícios como redução da morbimorta-
convencional em junho de 2016 em outro serviço. Fez
lidade, recuperação pós operatória mais rápida. A gas-
quimioterapia adjuvante com 8 ciclos de XELOX com
trectomia robótica reduz a perda sanguínea intraope-
fim em fevereiro de 2017. Não realizou nenhum exa-
ratória pois a plataforma robótica permite a eliminação
me de imagem até abril de 2017 quando foi realizado
do tremor e pinças com movimentos semelhantes a
tomografia de abdome e tórax com achado de nódulo
mão humana, facilitando a precisão da linfadenectomia
hepático com característica de metástase em segmen-
em locais com alto potencial de sangramento (tronco
to IV e V próximo a placa hilar. Realizou PET/CT com
celíaco, artérias gástrica esquerda e hepatica). Objeti-
captação apenas no nódulo hepático de 4,4cm em seg-
vo: apresentar um caso de uma paciente jovem sub-
mento IVb (SUV:14,4). Discutido caso em reunião multi-
metida a quimioterapia neoadjuvante e submetida a
disciplinar e indicado tratamento cirúrgico. Paciente foi
gastrectomia total com linfadenectomia D2 robótica.
submetido a laparoscopia, com inventário da cavidade
Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino, 34
sem achado de lesões adicionais visíveis, submetido
anos, com queixa de dispepsia e epigastralgia há 20
então a dissecção do hilo hepático, colecistectomia e
dias sem melhora com uso de IBP. Endoscopia digestive
identificação das margens da lesão. Optado então por
alta evidenciou lesão ulcerada profunda, medindo até
hepatectomia central, com ressecção do segmentos IV,
40 mm em região subcárdica e parede posterior do cor-
V. O procedimento teve duração de 4 horas, com perda
po alto do estômago. Biópsia demonstrou tartar-se de
sangüínea estimada de 800ml. Paciente permaneceu 1
um adenocarcinoma gástrico de células pouco coesas.
dia em unidade de terapia intensiva e alta hospital no
Imunohistoquímica: escore 1+ (Negativo) para produto
terceiro pós operatório. O anátomo patológico ainda
do oncogene HER2. Realizado estadiamento e não foi
não foi concluído.
encontrado lesões secundárias. Paciente foi submeti-
da a quimioterapia neoadjuvante “FLOT” (fluorouracil, Contato: MICHEL JAMIL CHEBEL – conv4233
leucovorin, oxaliplatina, docetaxel). Foi submetida a
gastrectomia total com linfadenectomia D2 robótica
com reconstrução em Y de Roux. O anatomopatológico
evidenciou adenocarcinoma gástrico residual viável em TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
cerca de 10% da área tumoral e 31 linfonodos resseca- CÓDIGO: 61927
dos, livres de neoplasia. Paciente evoluiu sem intercor-
rências, e recebeu alta hospitalar no sétimo pós opera- HEPATECTOMIA DIREITA
tório, com dieta líquida. No momento encontra-se sem VIDEOLAPAROSCÓPICA POR CHC
sinais de recidiva da doença, em acompanhamento GIGANTE
ambulatorial. Conclusão: A gastrectomia robótica com Autores: Paulo Henrique de Sousa Fernandes; Michel
linfadenectomia D2 para neoplasia gástrica é viável e Jamil Chebel; Adriano Barra Della Torres; Camila de
permite ressecção R0 e linfadenectomia oncológica Freitas Correa;
adequada, com baixa morbimortalidade perioperató- Instituição: HOSPITAL DE CLINICAS DA UNIVERSIDADE
ria, menos dor e menor tempo de internação hospitalar FEDERAL DE UBERLÂNDIA
quando realizada por cirurgiões com experiência em
cirurgia minimamente invasiva e robótica. O vídeo demonstra o caso de um paciente do sexo
masculino, de 14 anos de idade, com história de dor
Contato: MARINA GABRIELLE EPSTEIN – ma_epstein@ e aumento do volume abdominal. Exames de imagem
hotmail.com realizados durante a investigação inicial identificaram
volumosa neoplasia que ocupava todo o lobo direito
do fígado com extensão também para segmento IV. A
hipótese diagnóstica foi de carcinoma hepatocelular nas e casos de tumores secundários selecionados. O
fibrolamelar. O caso foi discutido em reunião multi- início da abordagem laparoscópica de tumores hepá-
disciplinar do Hospital de Câncer da Universidade Fe- ticos ocorreu no início dos anos 90, com as primeiros
deral de Uberlândia e considerando que se tratava de relatos publicados em 1991 e 1992. Em 1996 foram re-
provável neoplasia de baixo grau, que seria possível portados casos de hepatectomia lateral esquerda. Atu-
preservar remanescente hepático em torno de 30% e almente, são descritas desde ressecções em cunha até
também que o examinado não era portador de nenhu- hepatectomias direita e esquerda estendidas. A maioria
ma doença prévia do fígado, definiu-se pela ressecção dos estudos mostram resultados comparáveis aos da
operatória como primeira conduta terapêutica. Apesar cirurgia aberta em termos de sangramento, morbida-
do grande volume da neoplasia a equipe de oncologia de pós operatória e mortalidade. Entretanto, muitos
cirúrgica optou pela abordagem videolaparoscópica, estudos mostram que a cirurgia minimamente invasiva
por considerar que esta técnica poderia resultar em diminui a dor pós operatória, tempo de internação e
menor morbidade. Realizou-se hepatectomia direita es- até custos. Em termos oncológicos, não é inferior que
tendida englobando os segmentos IVA e IVB, por meio a técnica aberta. O progresso deve-se aos avanços da
de acesso glissoriano para o grampeamento dos ra- tecnologia, como grampeadores e energia avançada, e
mos direitos do hilo hepático e também dos ramos do também pela habilidade técnica e mudanças de concei-
segmento IV. A peça operatória foi retirada por incisão tos. Comentários finais: Foram utilizados 4 trocartes:
de Pfannenstiel. A operação teve duração de 4 horas, 11mm umbilical para câmera, descartável de 12mm no
com perda sanguínea de aproximadamente 600ml. O hipocôndrio esquerdo para grampeamento, 5, 5mm no
paciente evoluiu satisfatoriamente e permaneceu em hipocôndrio direito e 5mm no epigástrio. O tempo ci-
unidade de terapia intensiva por um dia. Recebeu alta rúrgico foi de 73 minutos; a peça foi retirada por uma
hospitalar no quarto dia pós-operatório. Ainda aguar- incisão de Pfannenstiel protegida por bag; rotineira-
damos o resultado anatomopatológico definitivo para mente no serviço, não é deixado dreno nas ressecções
avaliar necessidade de terapias adjuvantes. hepáticas; não foi realizada manobra de Pringle e o san-
gramento foi de 200ml A paciente recebeu alta no 3 dia
Contato: MICHEL JAMIL CHEBEL – conv4233
de pós operatório. O resultado anátomo-patológico foi
de Adenoma, com margens livres.
Contato: VITOR ARCE CATHCART FERREIRA – vitoracf@
TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS icloud.com
CÓDIGO: 61898
HEPATECTOMIA LAPAROSCÓPICA:
BISSEGMENTECTOMIA V-VI POR TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS
GRANDE NEOPLASIA CÓDIGO: 61770
em andar superior do abdome, 6 meses de evolução. A Leite Batista; Rodrigo Amaral Rios; Antônio Barroso;
investigação foi realizada com tomografia de abdome Vladmir Gomes Alves Júnior; Juliana Gonçalves Coelho;
total, sendo evidenciada tumoração sólido-cística (4.4 Instituição: SOCIEDADE DE BENEFICENCIA PORTUGUESA
x 3.9 cm) no corpo e cauda do pâncreas e ultrassono- DE CAMPOS
grafia endoscópica, que confirmou o achado e realizou
Apresentação do caso: Mulher, 22 anos, queixando-se
biópsia. Imuno-histoquímica confirmou tratar-se de
de dor em hipocôndrio esquerdo com irradiação para
neoplasia sólida pseudo-papilífera pancreática (Tumor
dorso e flanco esquerdo, sem relato de sintomatologia
de Frantz). Posteriormente encaminhada para trata-
sistêmica. Durante a investigação clínica com realização
mento cirúrgico, sendo submetida à pancreatectomia
de tomografia computadorizada, foi evidenciada lesão
corpo-caudal, esplenectomia e linfadenectomia por vi-
sólido-cística em cauda do pâncreas, medindo 6cm em
deolaparoscopia. Paciente teve boa evolução, com alta
seu maior diâmetro, compatível com tumor sólido-cís-
hospitalar no 3º dia de pós-operatório. O exame ana-
tico pseudopapilífero do pâncreas – tumor de Frantz.
tomopatológico e a imuno-histoquímica confirmaram o
Tendo sido indicada realização de pancreatectomia cor-
diagnóstico da ultrassonografia endoscópica pré-ope-
po-caudal com preservação esplênica por via laparos-
ratória. As margens cirúrgicas foram livres, sem me-
cópica. Descrição cirúrgica: A paciente foi posicionada
tástases para 17 linfonodos isolados. Encontra-se em
em decúbito dorsal e realizado pneumoperitônio com
acompanhamento clínico, sem sinais de recidiva após
o uso de um trocater umbilical de 10mm. Foram usa-
10 meses. Não foi submetida à tratamento adjuvante.
dos outros três trocateres, dois de 12mm em flancos
Objetivo: O objetivo do nosso trabalho é relatar um
bilateralmente e um de 5mm no epigástro. Iniciamos o
caso de tumor de Frantz em uma mulher jovem, sub-
acesso à bolsa gatroomental por meio da abordagem
metida à tratamento cirúrgico por videolaparoscopia,
transomental, expondo o pâncreas. Realizada manobra
com resultado satisfatório, em nosso serviço de cirur-
de Warren, separando o istimo pancreático do tron-
gia oncológica. O tumor de Frantz ou tumor sólido-cís-
co portal, sendo guiado pelo trajeto dos vasos cólicos
tico papilar é uma neoplasia pancreática rara, descrita
médios, com dissecção da junção espleno mesentéri-
pela primeira vez em 1959 por Frantz, representando
ca pancreática, seguida da identificação e dissecção da
cerca 2% dos tumores pancreáticos. Esses tumores
veia esplênica na borda superior pancreática, até o hilo
têm um comportamento biológico favorável, com baixa
esplênico. Em seguida identificamos e dissecamos ar-
malignidade e bom prognóstico, ocorrendo predomi-
téria esplênica em todo o seu trajeto. Neste momen-
nantemente em mulheres jovens. Manifestam-se clini-
to completamos a linfadenectomia do pâncreas em
camente na maioria das vezes com dor, desconforto e
conjunto com a linfadenectomia da artéria esplênica.
massa abdominal, porém podem ser assintomáticos.
Realizada transsecção pancreática ao nível do ístmo
Geralmente são volumosos e bem delimitados. O tra-
com grampeador endoscópico de 60mm. Seguida pela
tamento de eleição é a ressecção cirúrgica completa,
finalização da tração caudal do corpo do pâncreas e
seja por via convencional ou laparoscópica. Nosso caso
término da dissecção do hilo esplênico com revisão da
foi tratado de forma satisfatória por videolaparoscopia,
hemostasia. Houve preservação completa de artéria e
sem prejuízo oncológico e com todos os benefícios que
veia esplênica, sem sinais de desvascularização no intra
a cirurgia minimamente invasiva oferece. O tumor de
operatório. Posicionado dreno hemovac peripancreáti-
Frantz sempre deve ser suspeitado em mulheres jo-
co e realizada retirada da peça cirúrgica pelo trocater
vens com tumores no pâncreas. O tratamento deve ser
umbilical. Comentários finais: A paciente apresentou
sempre que possível cirúrgico, com ressecção completa
boa evolução, tendo alta no terceiro dia pós operatório,
da lesão. O prognóstico é bom, frente ao baixo grau de
após atingir débito do dreno de cavidade menor que
malignidade dessas lesões. A via laparoscópica é segu-
50ml por dia com dosagem de amilase do líquido do
ra, oferecendo resultado oncológico semelhante à via
dreno negativa. O histopatológico confirmou a hipótese
aberta, além de proporcionar bom resultado estético,
de tumor de Frantz.
menos dor pós-operatória e alta precoce.
Contato: JULIANA GONÇALVES COELHO –
Contato: FILIPE AUGUSTO PORTO FARIAS DE OLIVEIRA
jugoncalvescoelho@hotmail.com
– fapfo.med@uol.com.br
PANCREATECTOMIA CORPOCAUDAL
PANCREATECTOMIA CORPO-CAUDAL VIDEOLAPAROSCÓPICA COM
VIDEOLAPAROSCÓPICA, COM ESPLENECTOMIA
PRESERVAÇÃO ESPLÊNICA
Autores: Pedro Paulo Cavalcanti de Albuquerque; Rafael
Autores: Haroldo Jose Siqueira da Igreja Junior; Vilson de Oliveira Albagli; Jensen Milfont Fong; Antonio Claudio
Ahuagi; Igor Pacheco; Victor Vieira; Raquel Maria de gico inferiormente e paratraqueal superiormente até a
Maues Sacramento; transição para o esôfago cervical. Realizado linfadenec-
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA tomia à D2. Incisão supraumbilical de cerca de 4 cm e
retirada peça. Realizado Tunelização gástrica a cerca de
Apresentação do caso: Paciente de 72 anos, previa-
2 cm da arcada gastroepiploica e passado o tubo gás-
mente assintomático, realiza ultrassonografia e tomo-
trico puxado pela sonda transmediastinal. Anastomose
grafia de abdome durante investigação de dor abdomi-
esofagogástrica cervical manual terminoterminal em 2
nal com achado de volumosa massa, espiculada, com
planos. Paciente com ótima evolução pós operatória e
hipersinal em fase arterial, ocupando corpo pancreático,
alta sem intercorrências. Anatomopatológico: Ausência
proxima ao processo uncinado. Laudo Histopatológico
de neoplasia residual do tumor primário, margens ci-
revelou: Neoplasia neuroendócrina bem diferenciada,
rúrgicas livres e 1 linfonodo comprometido de pequena
grau 1 OMS, Índice mitótico 1 mitoses/10CGA, Índice
curvatura gástrica por presença de metástase de carci-
de proliferação celular (Ki67) 3%. Cirurgia realizada em
noma de células escamosas dentre 16 dissecados(pT0;
maio de 2017. Paciente com boa evolução pós operató-
pN1). Discussão: O Carcinoma Epidermóide de esôfa-
ria, alta em 24h com dreno de blake em hipocondrio di-
go é atualmente a sexta causa de morte por câncer no
reito. Cirurgia realizada por videolaparoscopia, pacien-
mundo. Sua malignidade e pior prognóstico decorrem,
te em posição de litotomia com o cirurgião posicionado
principalmente, de seus sintomas pouco específicos
entre as pernas do paciente e auxiliares nas laterais.
e diagnóstico tardio, tornando o tratamento curativo
Pneumoperitoneo confeccionado pela técnica aberta
e ressecção cirúrgica desafiadores. No presente caso,
(Hasson), insuflado até pressão de 12cmH2O, 02 trocar-
preconizou-se o tratamento quimiorradioterápico neo-
teres posicionados em hipocondrio (5mm e 11mm) e
adjuvante com carboplatina e paclitaxel com intuito de
01 trocarte (5mm) em hipocondrio esquerdo. Utilizado
aumentar a ressecabilidade do tumor e diminuir seu
bisturi harmonico nas dissecções, secção da peça com
estadio clínico. Sendo posteriormente realizada Esofa-
grampeador linear carga branca (2,5mm).
gectomia, enfatizando os benefícios da videotoracosco-
Contato: PEDRO PAULO CAVALCANTI DE pia em posição prona. Comentários finais: Cirurgias
ALBUQUERQUE – pedropcavalcanti@gmail.com minimamente invasiva mostram-se cada vez mais pre-
conizadas no tratamento do câncer esofágico devido
suas menores taxas de morbimortalidade. No presente
caso a esofagectomia com videotoracoscopia em posi-
TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO ção prona mostrou-se resolutiva na doença localmente
CÓDIGO: 60177 avançada devido à satisfatória ressecabilidade do tu-
mor e linfadenectomia, bem como em melhor qualida-
ESOFAGECTOMIA POR de de vida pós-operatória do paciente.
VIDEOTORACOSCOPIA EM POSIÇÃO
Contato: LAURIENE MAIA SANT´ANNA – lauriene.
PRONA PÓS TRATAMENTO maia@hotmail.com
NEOADJUVANTE PARA CEC DE ESOFAGO
Autores: Lauriene Maia Sant´Anna; Wellington
Fernandes; Rayane Lima Domingues; Andrezza Fabrízia
Bertoli; Thales Cavalcante Ramos; Lucas Pensin; Diogo TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
Tamiozo; Eduardo Zanella Cordeiro; CÓDIGO: 61965
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
CATARINA RESSECÇÃO ABDOMINO PERINEAL
Apresentação do caso: Paciente do sexo masculino, DO RETO VIA ROBOTICA E PAREDE
63 anos, ex-tabagista 140 maços-ano e ex-etilista pesa- POSTERIOR DA VAGINA EM BLOCO
do. Quadro de disfagia para sólidos, odinofagia e perda Autores: Raquel de Maria Maués Sacramento; Jose
ponderal de 10%. Diagnosticado com Carcinoma Epi- Paulo Jose; Eduardo Linhares Riello de Mello; Marcus
dermoide Esofágico a 28 cm da ADS, localmente avan- Vinicius Motta Valadão da Silva; Rafael Oliveira Albagli;
çado e estadiado como cT3. Realizou quimiorradiotera- Pedro Paulo Cavalcanti de Albuquerque; Alberto Teles
pia neoadjuvante com carboplatina e paclitaxel e dose Lopes; Camilla Bandeira Soares;
total de 41,4Gy por 35 dias. Posteriormente realizada Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
esofagectomia com videotoracoscopia em posição
Introdução: Abordagem robótica usando o sistema
prona – cirurgia minimamente invasiva, em 3 acessos
cirúrgico da Vinci pode oferecer dissecção precisa em
cirúrgicos: cervical, torácico e abdominal. Videotora-
um campo cirúrgico estreito, a exemplo, de ressecções
coscopia em posição prona com ótima exposição para
retais, com melhor acesso através de destreza aprimo-
dissecção esofágica – Realizada dissecção de todo esô-
rada devido aos instrumentos de Endowrist. Alem de
fago torácico e linfadenectomia mediastinal paraórtica,
fornecer posição ergonômica ao cirurgião, destreza
subcarinal, brônquica junto ao pericárdio, hiatoesofá-
aprimorada, escala de movimento, câmera estável, vi-
sualizações e imagens tridimensionais. Objetivo: Des- Contato: JENSEN MILFONT FONG – jensenmf@gmail.
crever cirurgia de ressecção abdomino perineal do reto com
usando o sistema cirúrgico da Vinci-Si. Resultados: e
Discussão: Paciente mulher, 65 anos, ps1. adenocar-
cinoma bem diferenciado. colonoscopia: lesao que se
estende da margem anal ate 5 cm do reto distal ocu- TEMÁRIO: TUMORES RAROS – GIST E TNE
pando 1,3 da circunferencia da luz. rnm pelve: invasão CÓDIGO: 61792
da parede posterior da vagina. tnm: t4nxmx. neoadju-
vancia (5FU-LEUC + 50,4Gy). Conclusão: O uso rotineiro RESSECÇÃO DE TUMOR
da cirurgia assistida robótica para abordagem do cân- NEUROENDÓCRINO PANCREÁTICO
cer de reto tende a ajudar a obter menores taxas de NODULECTOMIA PANCREÁTICA
complicação e resultados oncológicos similares usando VIDEOLAPAROSCÓPICA COM
uma abordagem minimamente invasiva. PRESERVAÇÃO GLANDULAR
Contato: RAQUEL DE MARIA MAUÉS SACRAMENTO – Autores: Jensen Milfont Fong; Antonio Claudio Ahouagi;
raquel_maues@yahoo.com.br Pedro Paulo Cavalcanti de Albuquerque; Igor Ferreira
Pacheco; Ronald Enrique Delgado Bocanegra; Victor
Hugo Ribeiro Vieira; Alberto Teles Lopes; Rafael de
Oliveira Albagli;
TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
CÓDIGO: 61895
Apresentação do caso: C.E.S.T, 73 anos, Masculino.
QP: Diarréia, dor abdominal e desconforto há 4 meses.
RESSECÇÃO ANTERIOR DO RETO HD: Paciente com relato de diarréia e desconforto ab-
+ CISTECTOMIA PARCIAL POR VIA dominal há 4 meses. Realizou ultrassonografia de ab-
ROBÓTICA dome com achado de nodulo em cauda do pâncreas
Autores: Jensen Milfont Fong; José Paulo de Jesus; de limites imprecisos devido a interposição gasosa. Re-
Marcus Vinicius Motta Valadão da Silva; Eduardo alizou tomografia de abdome com achado de lesão em
Linhares Riello de Melo; Rafael de Oliveira Albagli; corpo pancreático medindo aproximadamente 3,4cm.
Antonio Claudio Ahouagi; Pedro Paulo Cavalcanti de Indicado realização de biópsia por Ecoendoscopia com
Albuquerque; Raquel Maria de Maués Sacramento; achado em laudo histopatológico de Tumor Neuroen-
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA dócrino. Ki67 de 2%. Ressonância Nuclear Magnética
Apresentação do caso: Paciente S.O.C., 51 anos, mas- denotando nódulo hiperintenso em corpo de pâncre-
culino. Paciente com queixa de constipação associado a as, medindo aproximadamente 3,2 x 2,1x 2,2cm, sem
hematoquezia intermitente e dor à eliminação de fezes. relação com o ducto pancreático principal. Indicado
Realizou colonoscopia com achado de tumor esteno- ressecção videolaparoscópica do tumor. Optado por
sante, ocupando 2/3 da circunferência da parede ante- abordagem atípica com realização de nodulectomia
rior do reto, há cerca de 7cm da margem anal. Presença pancreática com preservação do parênquima pancre-
de diverticulos no cólon sigmóide. Restante do exame ático. Conclusão: Enucleações pancreáticas videolapa-
sem comemorativos. Efetuado biópsia tumoral. Laudo roscópicas devem ter uma indicação precisa, respei-
histopatológico com achado de adenocarcinoma mode- tando princípios oncológicos e considerando o risco x
radamente diferenciado do reto. Realizou ressonância benefício ofertado ao paciente.
magnética com achado de tumor em reto médio com Contato: JENSEN MILFONT FONG – jensenmf@gmail.
invasão vesical e presença de espessamento da gordu- com
ra mesorretal adjacente. Realizou tomografia de tórax
e abdome sem achados de metástases à distância. CEA:
32. Encaminhado à neoadjuvância com quimioterapia
(5FU + LV) e radioterapia (45Gy) e, após término, enca- TEMÁRIO: TUMORES COLORETAIS E CANAL ANAL
minhada à cirurgia. Apresentou resposta radiológica in- CÓDIGO: 61945
completa com área de aderência entre o reto e a bexiga
sem plano de clivagem. Realizou cistoscopia o qual não RESSECÇÃO INTERESFINCTERIANA DO
apresentou achado de invasão tumoral grosseira. Apre- RETO ROBOTICA
sentou redução do CEA (11) Indicada cirurgia de Res-
Autores: Raquel de Maria Maués Sacramento; Marcus
secção Anterior do Reto + Cistectomia Parcial por via Vinicius Motta Valadão da Silva; Jose Paulo Jose;
Robótica. Ressecção completa da lesao com margens Eduardo Linhares Riello de Mello; Rafael Oliveira Albagli;
livres em cólon, reto e vesical. Resultado do histopa- Victor Hugo Soares Vieira; Alberto Teles Lopes; Jensen
tológico da peça ypT4aypN0ypM0. Encaminhada para Milfont Fong;
realização de adjuvância com quimioterapia (FOLFOX). Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
Introdução: Abordagem robótica usando o sistema medial dos cólons esquerdo e sigmóide, continuando
cirúrgico da Vinci pode oferecer dissecção precisa em com a incisão da fáscia de Treitz, fáscia endopélvica e a
um campo cirúrgico estreito, a exemplo, de ressecções divisão posterior entre o mesorreto e a face anterior do
retais, com melhor acesso através de destreza aprimo- sacro ao nível da fáscia de Waldeier. Após liberar a face
rada devido aos instrumentos de Endowrist. Alem de anterior do sacro, a dissecção vascular se inicia ao nível
fornecer posição ergonômica ao cirurgião, destreza da bifurcação das ilíacas. Liberadas a superfície ante-
aprimorada, escala de movimento, câmera estável, vi- romedial das artérias ilíacas comuns e dissecadas as
sualizações e imagens tridimensionais. Objetivo: Des- artérias ilíacas internas, disseca-se os ramos superior
crever cirurgia de ressecção interesfincteriana do reto e inferior laterais do sacro, ligando os ramos inferiores
usando o sistema cirúrgico da Vinci-Si. Resultados: e com sutura e endoclips. Uma compressa cirúrgica foi
Discussão: Paciente CP, 42 anos, sexo feminino. HDA: posicionado no espaço retrorretal, o pneumoperitônio
Hematoquezia + alteração do habito intestinal. Colo- foi despeito, trocateres retirados e as incisões ventrais
noscopia evidenciava lesão ulcerada e infiltrada de reto fechadas. A paciente foi posicionada então em posição
a 1 cm da MA, medindo 2,5cm. LHP: Adenocarcinoma. canivete, com posterior antissepsia e posicionamento
RNM: Lesão semi-circunferencial em parede posterior, de novos campos cirúrgicos. Foi realizada a incisão inte-
entre 3 e 9 horas, com bordos infiltrantes entre 5 e 7 glútea de Kraske, até encontrar a fáscia sacral e liberar a
horas, invasão até a camada muscular. T2N0M0. Toque superfície posterior do sacro. Uma incisão infracoccígea
retal: Lesão a 2 cm da linha pectínea em parede poste- foi realizada no músculo puborretal, continuando com
rior, móvel.Submetdida a Ressecção interesfincteriana a incisão do ligamento supraespinhoso bilateralmente.
no reto por via robotica. Conclusão: O uso rotineiro Feita laminectomia posterior ao nível da marcação pré-
da cirurgia assistida robótica para abordagem do cân- -cirúrgica, com secção dos ramos nervosos de S3-S4 e
cer de reto tende a ajudar a obter menores taxas de curetagem do saco epidural superiormente. Então foi
complicação e resultados oncológicos similares usando realizada a osteotomia sacral, seguida pela ligadura dos
uma abordagem minimamente invasiva. vasos mediais sacrais e incisão da fáscia pré-sacral. A
paciente teve alta no sétimo dia pós-operatório, já de-
Contato: RAQUEL DE MARIA MAUÉS SACRAMENTO –
ambulando com ajuda de fisioterapia motora, após dois
raquel_maues@yahoo.com.br
dias em unidade de terapia intensiva. A perda estimada
de sangue foi de 800mL, sendo transfundido 300mL de
concentrado de hemácias no pós operatório.
TEMÁRIO: SARCOMAS / TUMORES ÓSSEOS Contato: JULIANA GONÇALVES COELHO –
CÓDIGO: 61954 jugoncalvescoelho@hotmail.com
encontra-se em follow up há 5 meses sem evidências ção para a pelve ou herniação; o pneumoperitoneo é
de recidiva neoplásica Desde o início desse século, a esvaziado e as suturas transabdominais ajustadas; o
ressecção de lesões hepáticas por via laparoscópica colo do útero suturado à incisão umbilical, permitindo
tem vencido as resistências iniciais e ganho terreno no a menstruação pelo umbigo e exame visual do colo,
arsenal cirúrgico. O corpo de evidência produzido, des- encerrando a cirurgia. Após tratamento radioterápico,
de então, tem demonstrado sua eficácia, factibilidade e no caso de tu de reto, é realizado retosigmoidectomia
segurança, além de propor uma série de vantagens em videolaparoscopica com anastomose colon-retal primá-
relação à técnica laparotômica/convencional, especial- ria (anastomose com stapler circular). Segue a liberação
mente, no controle de sangramento, nas complicações do útero e IP da parede abdominal com pinças de ener-
perioperatórias e no tempo de permanência hospitalar. gia e transferência para a pelve. A vagina é aberta e o
Tais desfechos favoráveis parecem ser mais claros nas utero é projetado para seu interior e anastomosado via
ressecções de lesões localizadas nos segmentos II e III vaginal. O ligamento redondo e largo são anastomosa-
do fígado. A abordagem cirúrgica das lesões hepáticas dos com sua porção pélvica.
de origem colorretal é a única opção terapêutica de
Contato: CARLA SIMONE DA SILVA –
proposta curativa. Neste contexto, a técnica laparoscó-
carlasimonesilva@yahoo.com.br
pica veio sendo desenvolvida com o objetivo de redu-
zir a morbidade cirúrgica e tem-se verificado cada vez
mais vantagens em relação ao trauma cirúrgico, taxa de
complicações e tempo de internação, associados com TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
desfechos oncológicos favoráveis. CÓDIGO: 62018
Contato: LUIZ HENRIQUE LOCKS CORREA – Riquee@
gmail.com TREINAMENTO EM
VIDEOLAPAROSCOPIA NA AVALIAÇÃO
DA RESSECABILIDADE DE CARCINOMA
OVARIANO: CURVA DE APRENDIZADO E
TEMÁRIO: ONCOGINECOLOGIA
VÍDEO DIDÁTICO
CÓDIGO: 61636
Autores: Andre Lopes; Vivian Sartorelli; Kamilla Liberato
Pereira; Giovana Abero Cabrea; Marcel Amianti Macedo;
TRANSPOSIÇÃO UTERINA: TÉCNICA Tania Cristina de Souza; Mariana Rosetti; Mariana
CIRÚRGICA Camargo Forghieri; Antonio Carlos Bastos Navarro;
Autores: Reitan Ribeiro; Audrey Tieko Tsunoda; Carla Ademir Narciso Menezes; Gabriel Lowndes de Souza
Simone da Silva; João Antônio Guerreiro; Claudiane Ligia Pinto; André Aguiar; Ronaldo Lucio Rangel Costa;
Minari; Instituição: INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTROLE DO
Instituição: HOSPITAL ERASTO GAERTNER CANCER; INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO
PAULO
Apresentação do caso: Paciente sob anestesia geral,
posição de litotomia, antissepsia, sondagem vesical Introdução: A videolaparoscopia tem sido utilizada na
evacuadora. Após, é realizado incisão umbilical, se- avaliação da ressecabilidade em carcinoma ovariano,
guido de pneumoperitonio e inserção de trocarte de com o principal intuito em evitar laparotomias des-
10 mm em região suprapúbica. Segue visualização da necessárias com consequente morbidade e atraso na
cavidade com óptica de 30 ° e introdução de trocartes quimioterapia. A cirurgia minimante invasiva atualmen-
de 5 mm em flancos e região supra púbica. O Liga- te deve fazer parte do treinamento de residentes em
mento redondo é seccionado seguindo com abertura cirurgia oncológica e ginecologia oncológica. Objetivo:
do ligamento largo, dissecção do espaço vesicovaginal, Análise da curva de aprendizado Confecção de um vídeo
selagem e secção dos vasos uterinos na altura da sua prático para rápida tomada de decisão intra-operatória
junção com o cérvix; os vasos pericervicais e ligamen- Método: Análise prospectiva de 15 videolaparoscopias
tos útero-sacros são selados e seccionados; a vagina é por carcinoma ovariano avançado ou recidivado com
seccionada liberando o útero e suturada com fio absor- sinais de carcinomatose peritoneal. Procedimentos re-
vível; Os infundíbulos pélvicos (IP) são dissecados até alizados pela mesma equipe de residentes em ginecolo-
seu cruzamento com os vasos ilíacos; o íleo terminal, gia oncológica e preceptores. O score de Fagotti foi apli-
cólon direito, o sigmoide e cólon descendente são se- cado em todos os casos. Resultados: Nos 6 primeiros
parados do retroperitôneo permitindo a dissecção dos casos o tempo entre o pneumoperitônio e a decisão de
vasos gonadais até sua origem; o útero pode então ser ressecabilidade variou de 50 a 120 minutos, a partir do
transposto para o abdome superior enquanto o cólon sétimo caso houve diminuição considerável deste tem-
e íleo são reposicionados sob o arco formado pelo úte- po, com a decisão variando entre 30 e 45 minutos. O
ro, anexos e seus vasos; os ligamentos redondos são posicionamento dos trocarters ficou padronizado com
fixados no abdome superior utilizando sutura transpa- três portais: umbilical, supra-púbico e fossa ilíaca direi-
rietal, assim como os vasos gonadais para evitar migra- ta, sendo eventualmente necessário um quarto portal
Introdução: Historicamente na Radioterapia vêm se Instituição: FUNDAÇÃO PIO XII; HOSPITAL DE CÂNCER
buscando técnicas para melhorar a precisão e seguran- DE BARRETOS
ça na entrega da radiação, juntamente com a redução Introdução: Para garantir precisão na entrega da dose
de dose nos órgãos de risco. O sistema Calypso detecta em radioterapia, diferentes tecnologias de IGRT buscam
sinais eletromagnéticos de resposta dos “transponders” minimizar a presença de erros inerentes ao processo
implantados no alvo, permitindo o acompanhamento de posicionamento e tratamento dos pacientes. Para
em tempo real da movimentação deste. Objetivo: O ob- casos de hipofracionamento de neoplasia de próstata
jetivo deste estudo é avaliar a movimentação intra-fra- em nossa instituição, utiliza-se o sistema IGRT-3DUS
ção da próstata na implementação do sistema Calypso. Clarity, que realiza o ultrassom para posicionamento
Métodos: Foram avaliados os primeiros 5 pacientes dos pacientes. Objetivo: O objetivo do presente traba-
com transponders implantados na próstata no Hospi- lho é quantificar os erros e analisar se os cinco primei-
tal Moinhos de Vento. Todos os pacientes foram trata- ros dias são estatisticamente significantes, tendo como
dos utilizando técnica de arco volumétrico modulado referência o total de dias tratados e também compa-
(VMAT), posicionados diariamente através do Sistema rar com os erros encontrados na literatura (Hurkmans,
Calypso e confirmando posicionamento com imagens Coen W., et al. “Set-up verification using portal imaging;
de ConeBeam CT (CBCT). O limite do gating para “beam- review of current clinical practice. ”) em que são apli-
-off” do feixe foi de 0,3 cm para antero-posterior e 0,5 cadas radiografias, além de quantificar a margem CT-
cm para as demais direções. Resultados: Foram trata- V-PTV – fórmula de Van Herk (2,5*Σ+0,7σ) – que seria
das 192 frações utilizando o Calypso como ferramenta necessário caso não estivesse utilizando IGRT-3DUS.
de monitoramento de movimentação intra-fração da Para isso um estudo retrospectivo com 50 pacientes foi
próstata. As imagens de CBCT adquiridas demonstra- realizado. As informações necessárias foram coletadas
ram uma excelente concordância de posicionamento dos prontuários. Foi utilizado o teste de hipótese t-Stu-
com o sistema Calypso. A média da movimentação re- dent para comparar os erros individuais, e o intervalo
gistrada durante o período total de monitoramento foi de confiança de 95% (IC95%) dos erros populacionais,
de 0,10 cm no sentido latero-lateral, 0,17 cm no sentido encontrados nas três direções cartesianas, latero-late-
crânio-caudal e 0,19 cm no sentido antero-posterior. As ral (LL), superior-inferior (SI) e ântero-posterior (AP), do
maiores movimentações se deram nas direções cranial total de dias tratados e dos cinco primeiros dias de tra-
(1,12 cm) e anterior (1,28 cm), com o feixe desligado. Já tamento. Com a analise dos dados observa-se que nos
os resultados de máxima movimentação durante o tra- cinco primeiros dias de tratamento houve diferença sig-
tamento, com feixe de radiação ligado, foram de 0,49 nificativa (p<0,05) nos erros sistemático e aleatório indi-
cm para cranial e 0,47 cm para anterior. Conclusão: Ba- viduais apenas na direção SI quando comparado com
seado nos resultados iniciais obtidos neste estudo po- os erros de todos os dias de tratamento. A diferença
de-se confirmar a vantagem de uso do Sistema Calypso entre as médias na direção SI é de 0,6 mm para o erro
no monitoramento da movimentação da próstata du- sistemático e de 0,3 mm para o erro aleatório, ambos
rante a aplicação do tratamento. Este monitoramento, sendo maiores quando os dados são coletados todos
somado à maior precisão de posicionamento, permite os dias. Com a análise dos erros populacionais e dos
com mais assertividade a redução de margens de pla- valores encontrados para o IC95%, pode-se verificar
nejamento (PTV) – de acordo com os limites de gating que para as direções AP e SI não houve diferença entre
definidos para cada tratamento, bem como aumenta todos os dias de tratamento e os cinco dias iniciais. Po-
a segurança na execução de novos protocolos com hi- rém para a direção LL, considerando somente Σ, ocor-
pofracionamento e SBRT. O sistema Calypso foi imple- reu uma diferença significativa: IC95% [0,99;1,48] para
mentado com sucesso nesta instituição, evidenciando todos os dias e IC95% [1,81;2,7] para os 5 dias. Para o
as movimentações intra-fração do volume alvo que até Clarity e os dados encontrados na literatura, observa-
então não poderiam ser facilmente detectadas. -se uma maior diferença percentual na direção AP, que
Contato: FRANCINE SANTOS – francine. santos@hmv. pode ser devida à compressão abdominal causada pelo
org.br transdutor do ultrassom. Logo, um maior número de
dias coletados causa uma diminuição dos erros siste-
máticos populacionais, acarretando, também, uma di-
minuição da margem CTV-PTV.
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA
Contato: FELIPE PLACIDO BATISTA – felipehawking@
CÓDIGO: 61967
gmail.com
posta completa após 16 semanas. Conclusão: O ensaio que possuem painéis eletrônicos de imagem não tem
clínico demonstra a viabilidade e segurança do RTHIPO os custos extras de manutenção levados em conside-
para o CECCPLA em nosso meio, despontando como ração. O posicionamento final da mesa nas sessões de
um opção de tratamento, em especial para situações tratamento mostrou forte correlação com a reproduti-
de baixa disponibilidade de equipamentos de RT. bilidade garantida pelas análises das imagens. Gesto-
res devem acompanhar a evolução dos indicadores de
Contato: FERNANDO COUTINHO BATISTA –
qualidade, monitorando os custos e negociando valo-
fernandobatistams@gmail.com
res adequados para os procedimentos de acordo com
a tecnologia oferecida. Os protocolos de rotina clínica
devem ser continuamente revisados quanto a otimiza-
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA ção dos procedimentos e materiais necessários para a
CÓDIGO: 57786 garantia de qualidade no tratamento dos pacientes.
Contato: SCHARLES TRESSMANN – stressmann@gmail.
ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DAS TABELAS com
DE PREÇOS DE PROCEDIMENTOS PARA
A RADIOTERAPIA
Autores: Scharles Tressmann; Cláudio Barros Ohashi;
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
Victor César Sano Garcia; Mariza Tupan Guimarães;
Janete Aparecida de Souza; Simara Monique Correa de CÓDIGO: 60103
Moraes; Antônio Cássio Assis Pellizzon;
Instituição: ONCOMED ANÁLISE DA TOXICIDADE DO
TRATO GASTROINTESTINAL E
Introdução: A prática da radioterapia está, no Brasil,
TOXICIDADE DO TRATO URINÁRIO
regulamentada pela Comissão Nacional de Energia
Nuclear – CNEN. O cumprimento integral das normas
PARA PACIENTES COM CÂNCER DE
tem a função de direcionar os recursos e atividades da
PRÓSTATA, UTILIZANDO A TÉCNICA DE
rotina clínica de modo a proporcionar um patamar mí- TRATAMENTO VMAT
nimo aceitável de qualidade. A legislação, no entanto, Autores: Viviane Almeida da Silveira; Tatiana Fernandes
é frequentemente atrasada frente às atualizações tec- da Costa; Paula Cristina David Lessa Leão; Patrícia
nológicas, fazendo com que os mais atuais padrões de Martins Passos; Elisa de Oliveira Campana; Leandro
segurança e metodologias de trabalho gerem conflito Rodrigues Fairbanks; Dayanne Cesar Trevisan; Geraldo
Santos Neto; Raphael Couturato Camargo;
entre gestores e o corpo clínico. A atual referência de
valores e engessamento da possibilidade de cobranças Instituição: AMÉRICAS CENTRO DE ONCOLOGIA
INTEGRADO
adicionais ameaça a qualidade dos tratamentos de ra-
dioterapia no país. Objetivo: Otimizar a necessidade Introdução: A radioterapia é uma modalidade muito
do procedimento de conferência de posicionamento utilizada para o tratamento de câncer de próstata (CaP)
por imagem para estimar a dimensão do impacto clíni- com a glândula presente. As toxicidades do trato gas-
co e econômico provocado pela defasagem das atuais trointestinal (TTGI) e toxicidades do trato urinário (TTU)
tabelas de remuneração da radioterapia. Método: Re- são as complicações mais comuns em pacientes sub-
alizou-se na instituição verificação semanal do posicio- metidos a radioterapia para o CaP. Existem diferentes
namento de 12 pacientes através de painel eletrônico, formas de realizar a radioterapia, sendo o tratamento
totalizando 112 pares de check-films. As 12 primeiras em arco modulado (VMAT) uma das técnicas mais efi-
imagens foram utilizadas como referência. Os demais cientes devido à modulação do feixe, que permite me-
100 pares foram tabulados em subcategorias de er- lhor conformação da dose nos alvos e poupa os tecidos
ros, de – 1 a +1 cm, em intervalos de 0,25 cm. Desvios sadios; isto aumenta o ganho clínico do paciente. Para
classificados nas categorias – 0,25, 0 e +0,25 cm foram minimizar o efeito adverso, é de extrema importância
considerados irrelevantes no sentido de manutenção o preparo da bexiga e do TGI que são orientadas ao
da reprodutibilidade dos tratamentos. As variações fo- paciente durante a consulta de enfermagem. Objeti-
ram corrigidas e a posição final do paciente foi vincula- vo: O objetivo deste trabalho foi identificar os níveis
da aos parâmetros da mesa gravados pelo gerenciador de TTGI e TTU para pacientes com CaP, tratados com
de tratamentos. Resultados e Conclusão: Constatou- a técnica VMAT. Método: O trabalho avaliou 41 pacien-
-se erro de posicionamento em 40% das imagens. De tes com CaP, tratados entre junho/2015 a març0/2017,
acordo com o procedimento operacional do serviço, com técnica VMAT, energia de 6 ou 10 MV, imagens de
160 imagens extras foram necessárias para garantir a CBCT semanais. Durante a consulta de enfermagem, é
reprodutibilidade das sessões, significando um acrés- proposto um preparo com ingestão de 1,2L de água 30
cimo de custos na ordem de 333%. O valor fixo de che- minutos antes e dieta livre de resíduos e anti – flatu-
ck-films pagos por mês por paciente representa assim lenta. A análise foi feita utilizando dados das consultas
um grande entrave de viabilidade econômica. Serviços semanais feitas pela equipe de enfermagem e médica,
baseadas na escala de toxicidade Acute Radiation Mor- lidade (QALY). Os custos levantados se basearam nos
bidity Scoring Criteria (RTOG/EORTC) Resultados:Para valores da tabela APAC para um tratamento na dose
TTU, 26,8% dos pacientes não apresentaram nenhuma de 74 a 76Gy. Análise de sensibilidade probabilística
TTU durante todo o tratamento e nenhum dos pacien- baseada em simulação de Monte Carlo a fim de cons-
tes apresentaram TTU GRAU III E IV; 1ª semana: 19,5% truir um limiar de aceitabilidade para incorporação da
GRAU I; 2ª semana: 31,7% GRAU I, 7,3% GRAU II; 3ª se- tecnologia em questão foi desenvolvida. Resultadoa: O
mana: 31,7% GRAU I, 14,6% GRAU II; 4ª semana: 39% uso da tecnologia IMRT proporcionou um incremento
GRAU I, 17,1% GRAU II; 5ª semana: 39% GRAU I, 14,6% de 0,79 QALY, mas não se mostrou custo-efetiva em
GRAU II; 6ª semana: 28,6% GRAU I, 12,2% GRAU II; 7ª se- relação aos pacientes que receberam radioterapia pela
mana: 24,4% GRAU I, 17,1% GRAU II; 8ª semana: 26,8% técnica conformacional. A IMRT apresentou uma razão
GRAU I, 19,5% GRAU II; 9ª semana: 19,5% GRAU I, 17,1% de custo-efetividade incremental de R$10.580,98/QALY.
GRAU II; Para TTGI, 56,1% dos pacientes não apresen- Considerando um limiar de aceitabilidade de três vezes
taram nenhuma TTGI durante todo o tratamento e o produto interno bruto (PIB) per capita, segundo re-
nenhum dos pacientes apresentaram TTGI GRAU III E comendação da Organização Mundial de Saúde (2011),
IV; 1ª semana: 9,8% GRAU I; 2ª semana: 9,8% GRAU I, calculado em R$ 86.628,00/QALY, para 2016, o cenário
2,4% GRAU II; 3ª semana: 9,8% GRAU I, 2,4% GRAU II; para a incorporação dessa tecnologia se apresenta fa-
4ª semana: 4,9% GRAU I, 7,3% GRAU II; 5ª semana: 12% vorável. A probabilidade do IMRT ser custo-efetiva foi
GRAU I; 6ª semana: 7,3% GRAU II; 7ª semana: sem TTGI; de 72,5% para limiares de aceitabilidade de aproxima-
8ª semana: 4,9% GRAU I; 9ª semana: sem TTGI; Conclu- damente R$ 15.000,00.
são Concluímos que a associação do preparo correto
Contato: CLAUDIA REGINA SCARAMELLO HADLICH
com a alta tecnologia na entrega da dose e de imagem,
WILLIS FERNANDEZ – claudiarshwfernandez@gmail.
resulta na baixa TTGI e TTU.
com
Contato: VIVIANE ALMEIDA DA SILVEIRA –
vivianebomjesus@gmail.com
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 60001
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 60242 ANÁLISE DO MOVIMENTO TUMORAL
EM PULMÃO NA DIREÇÃO SUPERIOR-
ANÁLISE DE CUSTO-EFETIVIDADE INFERIOR
DA TÉCNICA DE IMRT PARA O Autores: Carolina Mota Novais da Cunha; Rodrigo Rubo;
TRATAMENTO DO CÂNCER DE Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE
PRÓSTATA LOCALIZADO MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Autores: Claudia Regina S H W Fernandez; Cid Manso de
Introdução: A movimentação respiratória pode ge-
Mello Vianna; Antonio Augusto de Freitas Peregrino;
rar incertezas na aquisição de imagens tomográficas
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ DE
e consequentemente na definição dos volumes alvo e
ALENCAR
entrega da dose. Utilizando a técnica 4DCT, é possível
Introdução: De acordo com os dados do Instituto Na- uma avaliação completa do movimento do tumor devi-
cional de Câncer José de Alencar (INCA), foram espera- do à respiração do paciente, permitindo maior precisão
dos, no Brasil, 61.200 novos casos de câncer de prós- no delineamento e planejamento. Objetivo: Avaliar o
tata para o ano de 2016. Estabelecido o diagnóstico, as efeito da amplitude do movimento tumoral na direção
opções terapêuticas são consideradas e se baseiam no Superior-Inferior (S-I) no delineamento e no planeja-
estadiamento, dosagem do antígeno prostático espe- mento, para o Internal Target Volume (ITV) e pulmão
cífico (PSA) e escore histológico de Gleason. Segundo ipsilateral. Método: Foi utilizado um Tomógrafo Com-
as diretrizes diagnósticas e terapêuticas do adenocar- putadorizado (CT) de 4 canais, acoplado à um sistema
cinoma de próstata publicadas (2015), a técnica de ra- de aquisição de 4D para realizar séries de imagens de
dioterapia de intensidade modulada (IMRT) apresenta um fantoma antropomórfico dinâmico de tórax. O fan-
benefício no controle da doença e a menor probabili- toma foi programado com parâmetros de movimenta-
dade de toxicidade. Objetivo: Este trabalho teve com o ção do alvo nas direções S-I em duas aplitudes (5 mm e
objetivo analisar a custo-efetividade da técnica de IMRT, 15 mm) mantendo-se fixos os parâmetros latero-lateral
na perspectiva do SUS, para o tratamento do câncer (L-L) e anterior-posterior (A-P). As séries adquiridas fo-
de próstata localizado, comparada com a técnica con- ram programadas para descrever todo o ciclo respira-
formacional. Método: Foi construído um modelo de tório e planejamentos com dois semiarcos no pulmão
Markov e uma coorte hipotética de homens de 65 a 70 direito (contendo o alvo) foram realizados com a técni-
anos foi acompanhada por 10 anos. A medida de des- ca RapidArc© do software Varian Eclipse versão 13.6 e
fecho clínico foram os anos de vida ajustados para qua- normalizados para 100% da dose em 90% do (ITV). Para
os planejamentos, foram utilizadas as médias das sé- neoadjuvante: 22 (76,5%) com carcinoma espinocelular
ries de CT adquiridas (modo average de resonstrução) (CEC) e 8 (23,5%) com adenocarcinoma. Todos comple-
e utilizado o fracionamento 3x18Gy. Resultados: Para taram o tratamento pré-operatório com quimio e ra-
a amplitude de 15 mm (ITV15), o volume alvo foi cerca dioterapia, sem pausas por toxicidade. Cinco pacientes
de 64% maior (VITV15mm = 14,31cm³) quando com- (14,7%) recusaram tratamento cirúrgico após resposta
parado ao volume obtido para a amplitude de 5 mm completa evidenciada em biópsias realizadas através
(ITV5) da direção S-I (VITV5mm = 8,76cm³). Os volumes de endoscopia digestiva alta. Desses pacientes, quatro
irradiados e avaliados para o pulmão direito, excluindo- permaneceram vivos e dois sem evidência de doença.
-se a lesão, são 1024,9cm³ no caso do ITV5 e 1029,3cm³ O intervalo de tempo médio após o término da neoad-
para o ITV15. O pulmão ipsilateral (excluindo-se o PTV) juvância e realização da cirurgia foi de 72 dias (variação
apresentou aumento na dose média para a amplitude 31 a 120). Dos 29 pacientes submetidos a cirurgia, 20
de 15mm (889,8cGy) em relação à amplitude de 5mm pacientes estavam vivos após seguimento mediano de
(601,1cGy) e o V20 do ITV15 e ITV5 foram 12,18% e 22,4 meses e 5 apresentaram recidiva a distancia, sem
7,18%, respectivamente. As doses máxima, mínima e nenhuma recidiva local. Dez pacientes (34,5%) obtive-
média apresentaram maior valor para o ITV5mm. Em ram resposta patológica completa, sendo que 80% des-
ambas amplitudes foram satisfeitos os constraints de tes eram portadores de CEC. Ressecção com margens
conformidade do RTOG 0915. Conclusão: A restrição microscópicas negativas foi observada em 89,6% dos
da amplitude da respiração na direção S-I diminui o casos. Com média de 22 linfonodos ressecados, 37,1%
volume do ITV, reduzindo também a quantidade de dos pacientes possuíam linfonodos comprometidos.
pulmão sadio irradiado com a dose de prescrição. Caso Houve uma morte no pós-operatório devido a compli-
não haja reprodutibilidade no padrão respiratório, o cações pulmonares. A sobrevida mediana foi de 37,5
resultado final do tratamento pode apresentar discre- meses, sem diferença significativa entre as histologias
pâncias em relação ao planejamento. (p=0,61). Para pacientes com resposta patológica com-
pleta, a sobrevida mediana foi de 39,6 meses e de 28,9
Contato: CAROLINA MOTA NOVAIS DA CUNHA – carol.
meses para os pacientes com resposta parcial (p=0,44).
novais@gmail.com
Recidiva à distância foi constatada em de 34,7% dos ca-
sos, sendo que destes 53,3% apresentavam linfonodos
comprometidos. Conclusão: tratamento pré-operató-
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA rio com quimio e radioterapia, apresenta resultados
CÓDIGO: 60214 promissores. Nossos dados apontam que a terapêutica
neoadjuvante pode contribuir para melhora na sobre-
ANÁLISE DOS RESULTADOS DE vida dos pacientes com câncer de esôfago, com ganho
em controle local e sobrevida.
RADIOTERAPIA E QUIMIOTERAPIA
NEOADJUVANTE NO CÂNCER Contato: ROBERTA GODOY DE SOUZA ROSA –
DE ESÔFAGO POTENCIALMENTE robertasrosa@gmail.com
RESSECÁVEIS
Autores: Roberta Godoy de Souza Rosa; Luana
Guerreiro; Antonio Cassio de Assis Pellizzon; Michael
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
Jenwei Chen; Maria Leticia Gobo Silva; Guilherme Rocha
Melo Gondim; Douglas Guedes de Castro; Henderson CÓDIGO: 60794
Ramos; Tharcisio Machado Coelho; Ricardo Cesar
Fogaroli; ANÁLISE DOSIMÉTRICA DOS
Instituição: A. C. CAMARGO CANCER CENTER TRATAMENTOS DE MAMA ESQUERDA
EM INSPIRAÇÃO PROFUNDA
Introdução: O câncer de esôfago é uma neoplasia ma-
ligna com baixo índice de cura, apesar da melhoria das
UTILIZANDO ABC
técnicas cirúrgicas e redução da mortalidade pós-ope- Autores: Ana Cláudia Magni De Chiara; Vilma Ferrari;
ratória. O uso da neoadjuvância em tumores poten- Paula Pratti Rodrigues Ferreira; Flavia Carolina
Grosso Gabrielli; Karina Gondin Moutinho Conceição
cialmente ressecáveis apresentou uma nova perspec-
Vasconcelos;
tiva no tratamento desses pacientes. Objetivo: avaliar
os desfechos oncológicos de pacientes portadores de Instituição: INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO
PAULO
câncer de esôfago do terço médio e distal submetidos
à neoadjuvância. Métodos: análise retrospectiva uni- Introdução: Uma forma de reduzir as complicações
-institucional de prontuários de pacientes com câncer cardíacas após o tratamento de mama esquerda (E) é
de esôfago potencialmente ressecáveis tratados com através da inspiração profunda (IP). Tal tratamento é
radioterapia neoadjuvante na dose de 41,4 Gy em 23 factível através de gerência de movimento, como, por
frações, concomitante à quimioterapia com carbopla- exemplo, Active Breathing Coordinator (ABC). Objeti-
tina e paclitaxel. Resultados: de dezembro 2012 a ja- vos: Avaliar o ganho dosimétrico ao tratar mama E em
neiro 2016, 34 pacientes foram tratados com finalidade IP com ABC. Métodos: Foram comparados planos em
respiração livre (RL) e IP de 11 pacientes. Todos os pla- Jenwei Chen; Cristiane de Lacerda Gonçalves Chaves;
nos foram 3D com campos tangentes e dose de 50Gy. Fernanda Belletti; Leandro Baptista; Bernardo Batista;
O estudo incluiu 2 planos de mama, 5, mama e fossa Lucas Radicchi; Júlio Somazz; Roberto Simões; Tatiani da
supraclavicular (FSC) e 4, mama, FSC e mamária interna Rocha Ribeiro; Ayron Gomes;
(MI). Foram comparados tais parâmetros: dose recebi- Instituição: INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO
da por 95% da mama (DM95); dose recebida por 90% da PAULO; GRUPO DE APOIO AO ADOLESCENTE E CRIANÇA
mama (DM90), FSC (DFSC90) e MI (DMI90); volume do COM CÂNCER – GRUPO DE APOIO AO ADOLESCENTE E
CRIANÇA COM CÂNCER – GRAACC C
coração que recebe 25Gy (Vc25); volume do pulmão E
(Vp); volume do pulmão E que recebe 20Gy (Vp20); dose Introdução: A população pediátrica é um grupo que
média do coração (Dc) e pulmão E (Dp) e dose máxima particularmente se beneficia de margens estreitas de
na mama contralateral (Dmc), e aplicado o teste t-stu- tratamento. Afim de garantir o posicionamento fide-
dent. Todos os tratamentos foram realizados com ABC digno em relação às margens reduzidas de PTV, desen-
para garantir a reprodutibilidade do posicionamento. volvemos na nossa instituição um Protocolo de IGRT
As pacientes foram divididas em dois grupos relativos à aonde a escolha do sistema de imagem e a frequên-
dificuldade de planejamento em RL: coração adjacente cia do seu uso é individualizada de acordo com valo-
à mama (CA) e mama contralateral na entrada de cam- res de margem, técnica de planejamento e intuito do
po (MCE). Os mesmos parâmetros foram comparados. tratamento. Objetivos: Apresentar o Protocolo de IGRT
Resultados: Ao comparar os planos RL com IP, a dife- da instituição ilustrando dados retrospectivos. Resul-
rença de cobertura de DM95; DM90, DFSC90, DMI90 tados: Durante 01/02/2016 a 07/06/2017 foram regis-
aumentou, respectivamente, em 9,1; 2,8; 9,0; 0,3% da trados 200 isos para 131 pacientes, totalizando 1509
dose de prescrição. O Vp duplicou de tamanho. Hou- imagens adquiridas. Destas, 25% foram realizadas para
ve uma diminuição dos seguintes parâmetros Vc25, Dc, pacientes em tratamento sob sedação diária. Os sítios
Vp20, Dp, Dmc, respectivamente, de 6,7% (p=0,005); de tratamento incluíram Crânio (51% das imagens), Co-
2,8Gy (p=0,012); 2,9%; 1,3Gy; 6,3Gy. Foram apresenta- luna (11%), Irradiação Linfonodal Total (9%), Tórax (4%),
dos apenas valores significativos de p. Ao avaliar os dois Extremidades (4%), Abdome (13%), Pelve (3%), Tórax/
grupos, nota-se que a diferença em média de DM95, Abdome (2%) e Cabeça e Pescoço (3%). Inicialmente
Vc25, Vp20 e Dmc foi de 15% da dose de prescrição, – cada sítio foi enquadrado dentro de um protocolo: Os
6,3%, – 2,4% e – 4,6Gy para CA, e 1,3%, – 8,7%, – 7,0% e Protocolos 1 e 2 corrigem o erro sistemático residual de
– 12,5Gy para MCE. Conclusão: Ao comparar os dados setup nos 3 primeiros dias do tratamento e detectam
dosimétricos constatamos a vantagem de tratar mama erros randômicos acima da margem de PTV, através de
esquerda na IP com ABC, devido ao aumento médio da sistema de imagem Cone Beam (kV-CBCT) ou de Ima-
cobertura dos alvos, exceto FSC, e significativa redução gem Planar (XVI) respectivamente. O Protocolo 3 inclui
média da dose no coração. Ao dividir a análise em dois os pacientes que realizaram kV-CBCT diariamente, com
grupos, notamos que para CA o ganho dosimétrico é na opção de correção rotacional por mesa robótica (He-
cobertura dos alvos, enquanto para MCE, é a redução xaPod). O Protocolo 4 foi reservado aos grupos paliati-
de dose dos órgãos em risco. Isto é devido à entrada vo e neuroeixo. A maior parte das propostas iniciais de
de campo não mudar consideravelmente da RL para IP. alocação foi para o Protocolo 1 (com 104 isos), seguida
Devemos ressaltar que esta é uma fase clínica inicial, do Protocolo 2 (37 isos), Protocolo 4 (35 isos) e por fim
logo é necessário aumentar o número da amostra para Protocolo 3 (24 isos). Tal padrão de distribuição reflete a
diminuir a variação entre observadores no delineamen- rotina da instituição, aonde a maior parte dos pacientes
to e planejamento. entra no fluxo de margem de PTV ≥5mm, mais especifi-
camente com margem estreita de 5mm (adotada para
Contato: ANA CLÁUDIA MAGNI DE CHIARA – claudia.
57% de todas as imagens realizadas). Outra análise que
dechiara@gmail.com
merece menção é a alocação de 12% dos isos em pro-
tocolo de kV-CBCT diário, devido a margem de 3mm.
Como alteração de conduta frente às informações ad-
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA quiridas através do protocolo de IGRT, houveram 14 re-
CÓDIGO: 61958 alocações para protocolo diferente do inicialmente pro-
posto, 37 remarcações na pele/acessório por correção
APRESENTAÇÃO DE PROTOCOLO DE >3mm e necessidade de 01 replanejamento. Todas as
vezes que o paciente foi realocado em novo protocolo,
IMAGE-GUIDED RADIOTHERAPY (IGRT)
a migração ocorreu para a realização de kV-CBCT diário.
NA ROTINA DO DEPARTAMENTO Conclusão: Reconhecer melhor a dinâmica de posicio-
DE RADIOTERAPIA DO GRUPO DE namento na nossa instituição e em trabalhos futuros
APOIO AO ADOLESCENTE E CRIANÇA inferir margens padrões de PTV melhor condizentes
COM CÂNCER (GRUPO DE APOIO AO com a realidade do serviço.
ADOLESCENTE E CRIANÇA COM CÂNCER
Contato: MARIA LUÍSA SUCHARSKI FIGUEIREDO –
– GRAACC C)
sfmarialuisa@yahoo.com.br
Autores: Maria Luísa Sucharski Figueiredo; Michael
vam hormonioterapia, 11 eram fumantes ativas e havia estádio IVb. Quanto ao sítio, 33% tinham tumor da ca-
entre elas, 31 hipertensas e 12 diabéticas. Em relação vidade oral, 27% da orofaringe e 27% da laringe. Foram
à radiodermite grau 3, a maioria das mulheres fez 30 abordados inicialmente com cirurgia 30% dos doen-
aplicações e nenhuma usou bolus. O RTOG 3 só surgiu tes e 70%, foram tratados com RT associada ou não à
a partir da quarta semana, porém, com maior incidên- quimioterapia radiosensibilizante, composta principal-
cia na sexta semana. Dentre as pacientes com grau 3, mente de cisplatina. Destes, 19% foram tratados com
12 fizeram quimioterapia prévia, 5 usavam hormonio- 2D, 54% com RTC e 27% com IMRT. O seguimento mé-
terapia, 6 eram hipertensas, 3 diabéticas e somente 1 dio foi de 8,4 meses. Para a avaliação dos desfechos
tabagista. Entre as mulheres com grau 3, 9 interrompe- relacionados à xerostomia, foram considerados apenas
ram o tratamento. Conclusão: Diversos fatores podem os pacientes com seguimento mínimo de 3 meses após
influenciar no surgimento de radiodermites, portanto é o fim da irradiação e cujo escore de boca seca e saliva
necessário identificá-los precocemente para planejar o espessa não eram moderados ou severos antes da RT,
cuidado de forma eficaz e individualizada. totalizando 145 enfermos. Não foram observadas dife-
renças estatisticamente significativas de boca seca, en-
Contato: LARISSA FERNANDES DA ROCHA –
tretanto os pacientes submetidos a IMRT queixavam-se
rfernandes. larissa@gmail.com
menos de saliva espessa, aos 6 meses após o término
da irradiação, quando comparados com os pacientes
submetidos a RTC (p=0,031). Conclusões: Com relação
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA aos desfechos relacionados a xerostomia, não obser-
CÓDIGO: 59660 vou-se diferenças, aos 6 meses de término das irradia-
ções, de boca seca. Contudo, os pacientes submetidos
AVALIAÇÃO DE DESFECHOS a IMRT queixavam-se menos de ocorrência de saliva es-
pessa, quando comparados àqueles tratados com RTC.
RELACIONADOS A XEROSTOMIA EM
Trata-se, no entanto, de resultados preliminares, dado
PACIENTES COM NEOPLASIAS DE o curto seguimento médio a que foram submetidos os
CABEÇA E PESCOÇO SUBMETIDOS pacientes.
A DIFERENTES TÉCNICAS DE
RADIOTERAPIA NO BRASIL. Contato: MARCOS SANTOS – marcosrxt@gmail.com
intensidade modulada (IMRT). Métodos: Pacientes com tratados com radioterapia (RT). Apesar de não existir
NCP foram solicitados a completar dois questionários: um único limite recomendado na literatura, o uso de
EORTC QLQ-30 e EORTC HN-43, antes de iniciar o trata- histogramas dose-volume (DVH) vem sendo usado
mento protocolar de sua instituição e, posteriormente, como referência para predizer probabilidade de toxi-
a cada três meses, durante seu seguimento clínico. Os cidade e diminuir sua ocorrência. Objetivo: avaliar os
escores de disfagia foram avaliados no tempo 0, 3, 6 e fatores associados a presença de sangramento retal
9 meses após o tratamento. A comparação se deu pelo (SR) em pacientes submetidos a RT para CaP. Métodos:
método do quiquadrado e foi considerada estatistica- análise retrospectiva uni-institucional de pacientes tra-
mente significativa se p<0,05. Resultados: Foram inclu- tados com RT com técnica conformada (3D) ou inten-
ídos 262 pacientes de 13 instituições espalhadas pelo sidade modulada (IMRT), com doses entre 70 e 78Gy.
país, sendo 81% do sexo masculino, com os seguintes Correlacionou-se a presença de SR tardio com as técni-
estadiamentos: 8% estádio I, 10% estádio II, 20% estádio cas de tratamento, dados de DVH e clínicos. Foi realiza-
III, 52% estádio IVa e 10% estádio IVb. Quanto ao sítio, da analise estatística utilizando testes de qui-quadrado
33% tinham tumor da cavidade oral, 27% da orofaringe e Breslow (Generalized Wilcoxon). Resultados: entre
e 27% da laringe. Foram abordados inicialmente com 2013 e 2016 foram tratados 1340 pacientes com CaP,
cirurgia 30% dos doentes, seguida de RT adjuvante, e com idade e seguimento medianos de 70 anos e 14 me-
70% foram tratados com RT associada ou não à quimio- ses, respectivamente. Do total, 31 (2,3%) dos pacientes
terapia radiosensibilizante, composta principalmente apresentaram SR sintomático confirmado por colonos-
de cisplatina. Destes, 19% foram tratados com 2D, 54% copia e classificados, segundo RTOG, como graus I-13
com RTC e 27% com IMRT. O seguimento médio foi de (41,9%), II-15 (48,4%) e III-3 (9,7%) pacientes, respecti-
8,4 meses. Para a avaliação do desfecho “disfagia”, fo- vamente. O intervalo entre o término da RT e o início
ram considerados apenas os pacientes com seguimen- do SR variou de 2,4 a 54 meses, com mediana de 11
to mínimo de 3 meses após o fim da irradiação e cujo meses. Observou-se que 22 (71%) dos pacientes com
escore relacionado a deglutição não era moderado ou SR apresentavam Gleason>6; 23 (74,2%) PSA <10ng/ml
severo antes da RT, totalizando 143 enfermos. Observa- e 20 (64,5%) T<T2b. Em relação às comorbidades, 14
mos uma tendência a melhora aos 6 meses em favor da (45,2%) pacientes tunham diabetes mellitus (DM); 21
IMRT, uma vez que nenhum paciente submetido a esta (67,7%) hipertensão arterial sistêmica; 18 (58,1%) mais
técnica de tratamento apresentou tal sintoma, enquan- de uma comorbidade e 11 (35,5%) faziam uso de an-
to que 16,1% (±12,9 % – IC: 95%) dos pacientes subme- ticoagulantes orais. Na análise de dados dosimétricos,
tidos a RTC apresentaram queixas a este relacionadas observou-se que nenhum dos pacientes violou as reco-
(p=0,053). Conclusões: Observou-se uma tendência de mendações institucionais de DVH (V75<15%, V70<20%,
melhora da disfagia nos enfermos seguidos por 6 me- V60<35%, V50<50%, V40<70%). Pacientes tratados com
ses quando submetidos a IMRT, em comparação aos fase única e RT3D se associaram, com significância es-
pacientes submetidos a RTC. Trata-se, no entanto, de tatística, à presença de SR (p=0,014). Dos parâmetros
resultados preliminares, dado o curto seguimento mé- clínicos, a presença de DM foi associado a ocorrência
dio a que foram submetidos os pacientes. de SR (p=0,049), sendo que na análise multivariada ob-
servou-se um risco dobrado de SR (p=0.02) nos diabé-
Contato: MARCOS SANTOS – marcosrxt@gmail.com
ticos. Conclusões: apesar do uso de DVH como refe-
rência e a permanência dos limites de dose nos níveis
recomendados, existe um risco da ocorrência de SR em
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA pacientes tratados com RT para CaP. Esse risco, apesar
CÓDIGO: 60240 de baixo (2,3% em nossa casuística) tem impacto na
qualidade de vida dos pacientes. Nossos resultados su-
AVALIAÇÃO DE HISTOGRAMA DOSE- gerem a necessidade de se atentar para a presença de
DM e escolha de técnicas de tratamento mais elabora-
VOLUME E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
das para se prevenir a ocorrência de SR.
DE PACIENTES COM SANGRAMENTO
RETAL APÓS RADIOTERAPIA PARA Contato: ROBERTA GODOY DE SOUZA ROSA –
CÂNCER DE PRÓSTATA robertasrosa@gmail.com
Autores: Roberta Godoy de Souza Rosa; André da Luz
Daher; Douglas Guedes de Castro; Guilherme Rocha
Melo Gondim; Maria Letícia Gobo Silva; Michael Jenwei
Chen; Henderson Ramos; Ricardo Cesar Fogaroli; TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
Tharcisio Machado Coelho; Antônio Cássio Assis CÓDIGO: 59657
Pellizzon;
Instituição: A. C. CAMARGO CANCER CENTER AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA
EM PACIENTES COM NEOPLASIAS DE
Introdução: toxicidade retal é uma das maiores preo-
CABEÇA E PESCOÇO SUBMETIDOS
cupações em pacientes com câncer de próstata (CaP)
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
BARREIRA DE SEGURANÇA PARA
CÓDIGO: 57638
UNIDADES MONITORAS TOTAIS EM
TRATAMENTOS DE IRRADIAÇÃO DE
AVALIAÇÃO PROSPECTIVA PARA CORPO TOTAL (TBI) : UM PROTOCOLO
QUALIDADE DE VIDA, DISFUNÇÃO CANDIDATO
SEXUAL E DEPRESSÃO EM MULHERES Autores: Leandro dos Santos Baptista; Ayron Gomes;
SOBREVIVENTES DE CANCER Tatiani da Rocha Ribeiro; Bernardo José Braga Batista;
Lucas Augusto Radicchi;
Autores: Daniel Przybysz, MD; Emilly Hill, MD; Christina
Raker, ScD; Sandra Carson, MD; Jennifer Gass, MD; Don Instituição: GRUPO DE APOIO AO ADOLESCENTE E
S. Dizon, MD; CRIANÇA COM CÂNCER – GRAACC C; A. C. CAMARGO
CANCER CENTER
Instituição: WASHINGTON UNIVERSITY IN ST. LOUIS
Introdução: A irradiação corpórea total (TBI) é frequen-
Introdução: O tratamento de cancer em mulheres gera
temente utilizada para o condicionamento para trans-
um fardo que extrapola variações anatômicas. Objeti-
plante de medula óssea, pelo seu efeito imunossupres-
vo: O objetivo desse estudo é caracterizar e entender o
sivo, entre outros, propiciando a “pega” do enxerto no
impacto dessas alterações em mulheres sobreviventes
hospedeiro. Por se tratar de procedimento altamente
de cancer em relação à qualidade de vida, depressão e
complexo, faz-se necessário a utilização rotineira de
disfunções sexuais. Métodos: Pacientes auto-referidas
barreiras de segurança nas várias fases de seu proces-
após diagnóstico e tratamento de cancer foram vistas
so, para sua adequada execução. Objetivo: Estabelecer
e submetidas a três questionários estabelecidos e pa-
valores de limites de segurança nas Unidades Monito-
dronizados na literatura: Female Sexual Function Index
ras (UMs) utilizadas nos tratamentos de TBI e adicionar
(FSFI), Beck Depression Inventory (BDI) e European Or-
esses valores como uma barreira de segurança em sof-
ganization for the Research and Treatment of Cancer
tware proprietário institucional (desenvolvido para pla-
Quality of Life Questionnaire (EORTC-QOL). Os questio-
nejamento técnico de tratamento). Método: 100 proce-
nários foram usados em todas as visitas das pacientes.
dimentos de TBI consecutivos foram avaliados quanto
Os scores foram utilizados para acessar um grau base
aos seus parâmetros técnicos e estratificados de acor-
de função sexual antes, durante e depois do tratamen-
do com a Distância Ântero Posterior (DAP) em três ca-
to e follow-up, e sua relação com qualidade de vida e
tegorias: grupo 1 (10cm < DAP ≤ 20cm), grupo 2 (20cm
indices de depressão. Resultados: 114 visitas fizeram
< DAP ≤ 30cm) e grupo 3 (DAP >30cm). Foi calculada
parte do estudo (64 novas visitas, 48 follow-up). A idade
uma razão (α) da UM pela dose por dia (UM/dose ses-
média foi de 49 anos (26-64), com 80% sendo pós-me-
são) para retirar a influência da dose/sessão prescrita.
nopausa. A maioria das pacientes estão em remissão
Para cada grupo foi determinado um intervalo de con-
após tratamento para cancer de mama (39.4%) e en-
fiança (barreira de segurança) baseado na estatistica
dométrio (24.2%). Tratamentos prévios incluíram cirur-
de distribuição normal em que 95% dos resultados se
gia (92%), quimioterapia (63%) e/ou radioterapia (56%).
encontram em torno da média ± 1,96 desvio padrão.
Como esperado, um grau estatisticamente significativo
Resultados: Para os grupos 1, 2 e 3, com 35, 50 e 15 pa-
de disfunção sexual foi observado (FSFI score médio de
cientes, respectivamente, observamos (α ± Δα) de (16,7
10.5, 1.2-26.3). Porém, baixos scores de função sexual
± 0,4) UM/cGy; (17,8 ± 0,5) UM/cGy e (19,9 ± 0,9) UM/cGy
presente não foram correlacionados com baixo grau de
e o coeficiente de variação (Δα/α) de 2,4%; 2,8% e 4,5%.
qualidade de vida (score médio para QOL 70.7, 0-100)
Assim, na hipótese de dose/sessão prescrita de 200cGy,
ou com sintomas significativos de depressão (BDI mé-
espera-se que 95% dos planejamentos utilizem-se de
dio 11.4, 0-33). Durante follow-up, os scores de disfun-
um intervalo de confiança de 3171 até 3510UMs, 3346
ção sexual melhoraram, entretanto sem mudanças sig-
até 3755UMs e 3649 até 4325UMs para os grupos 1, 2
nificativas nos scores de depressão e/ou qualidade de
e 3. Conclusão: O protocolo candidato de utilizar um
vida. Conclusão: Dentro deste coorte de sobreviventes
intervalo de confiança se mostrou uma ferramenta útil
de cancer que buscaram por ajuda especializada, um
como barreira de segurança nos cálculos de UMs totais
grau significativo de disfunção sexual basal estava pre-
para a técnica de TBI, podendo ser implantado rotinei-
sente. Este, porém, não se é associado com um impac-
ramente. O baixo coeficiente de variação (Δα/α<5%) ob-
to negativo em qualidade de vida global ou indices de
servado corrobora a alta representatividade e utilidade
depressão.
do método, sugere que planejamentos de TBI podem
apresentar pouca variação no parâmetro UM/dose ses- disso, quando se compara mastectomia radical com a
são e aumenta a utilidade desta barreira por estabe- cirurgia conservadora associada a RT em pacientes com
lecer um intervalo menor de UMs aceitável para cada câncer de mama estádio inicial, não existe diferença es-
grupo de pacientes a serem tratados com TBI. tatística em relação ao controle local e sobrevida. En-
tretanto, essa abordagem em tumores ocultos deve ser
Contato: LEANDRO DOS SANTOS BAPTISTA –
realizada quando se tem um exame de imagem prévio
leandro@gruportcon.com
com alta sensibilidade, como a RM e com isso direcio-
nar melhor as áreas suspeitas. Conclusão: Este relato
de caso é relevante ao mostrar a abordagem utilizada
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA em um caso de câncer de mama primário oculto. De-
CÓDIGO: 59475 vido à raridade torna-se difícil o desenvolvimento de
protocolos de diagnóstico e tratamento baseados em
CÂNCER DE MAMA PRIMÁRIO evidências, podendo assim, incitar novos trabalhos re-
lacionados.
OCULTO TRATADO COM CIRURGIA
CONSERVADORA, QUIMIOTERAPIA Contato: MARYA LUYZA GUSMÃO E LOPES – malu_
E RADIOTERAPIA ADJUVANTES: UM gusmao@yahoo.com.br
RELATO DE CASO
Autores: Marya Luyza Gusmão e Lopes; Márjorie
Monteiro Rodrigues; Tamara Figueiredo; Denis V
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
Ferreira; Arlen de Paulo Santiago Filho; Kelly Karoline
Eugenio; Zeniclayton Lafetá Almeida Lima; CÓDIGO: 57545
27,4-28,5. DP: ±4,3). Os níveis plasmáticos de vitamina submetidas a tratamento com técnica 2D, IMRT ou uti-
A antes da radioterapia foram de 45,2 mcg/L (17-90. lização de campos não tangentes. Os niveis I, II e III da
IC95%: 42,9-47,6. DP: ±18,3). Após a radioterapia estes drenagem axilar foram contornados, com base no atlas
níveis foram de 27,2 mcg/L (11-65. IC95%: 25,7-28,8. DP: de RTOG, e as doses de cobertura nestes níveis (espe-
±11,8), com diferença estatisticamente significante (p < cificamente o V90 e V50) calculadas. Testes estatísticos
0.0001). As toxicidades agudas foram leves (RTOG 0-1) foram utilizados para definir correlações entre variáveis
para 157 pacientes (68,3%) e severa (RTOG 2-3) para clínicas, anatômicas ou dosimétricas e a cobertura axi-
73 (31,7%). Comparando-se os níveis plasmáticos de lar. Resultados: a análise dos dados mostrou que as
vitamina A e toxicidade aguda antes e após ao trata- porcentagens de volume dos níveis axilares I, II e III re-
mento radioterápico, observou-se média de vitamina cebendo no mínimo (>) 90% da dose prescrita para a
A nas pacientes com toxicidade leve de 48,0 mcg/L e mama (V90) foram 31,8% (SD 23,1%), 22,7% (SD 19,7%)
28,4 mcg/L e nos pacientes com toxicidade moderada e 1,4% (SD 6,1%), respectivamente. O V50 para os mes-
de 39,4 mcg/L e 24,7 mcg/L, respectivamente, com dife- mos níveis foram, respectivamente, 55,2% (SD 24,7%),
rença significativa (p < 0.001. ), as pacientes com maior 49,3% (SD 23,6%) e 9,8% (SD 16,1%). Os testes de corre-
toxicidade tinham menores valores de vitamina A, tan- lação demonstraram associação entre: o volume do CT-
to antes da radioterapia como queda mais significativa Vmama, o índice de conformidade definido pelo RTOG
após a radioterapia. Conclusão: Neste trabalho houve (CI), a distância entre o limite superior do PTV e a cabe-
redução significativa nos níveis plasmáticos de vitamina ça umeral, e o tipo de cirurgia realizada. Estas associa-
A em pacientes submetidos a radioterapia, assim como ções foram estatisticamente significativas (p<0,05). Não
piores índices de toxicidade aguda, sugerindo atenção houve diferença de cobertura em relação às variáveis:
ao aporte nutricional deste micronutriente, uma vez de- tamanho tumoral (T), status linfonodal (N), lateralidade
monstrada sua relação com a função antioxidante. da mama, e quadrante. Conclusão: em pacientes com
câncer de mama tratadas com radioterapia de campos
Contato: CARLOS ANTONIO DA SILVA FRANCA –
tangentes, a cobertura axilar é baixa (sendo a cobertura
csfranca. cf@gmail.com
do nível I maior que a do nível II, e a cobertura do nível
III mínima). Deve-se considerar com cautela o uso desta
técnica quando há intenção de tratamento específico
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA da axila. Fatores clínicos, anatômicos e dosimétricos
CÓDIGO: 61155 influenciam na distribuição da dose na axila, e podem
auxiliar na definição de volumes e técnica empregada.
DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA COBERTURA Contato: RAMON PITHON PEREIRA GATTO –
DE DRENAGEM AXILAR EM PACIENTES ramongatto@yahoo.com.br
COM CÂNCER DE MAMA TRATADAS
COM RADIOTERAPIA UTILIZANDO
CAMPOS TANGENTES
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
Autores: Ramon Pithon Pereira Gatto; Kenia Santos dos
CÓDIGO: 59591
Reis; Luciana Vignoli Guzella da Silva; Wagner Paniago
de Souza; Milton João Ramim Junior; Arthur Accioly
Rosa; DIRETRIZES DAS PRÁTICAS CLÍNCAS
Instituição: HOSPITAL SÃO RAFAEL PARA TRATAMENTO EM CÃES E
GATOS COM RADIOTERAPIA: REVISÃO
Introdução: estudos publicados nos últimos anos ava- SISTEMÁTICA E METANÁLISE
liaram a eficácia do tratamento com radioterapia uti-
Autores: Natália Oyafuso da Cruz; Helena Regina
lizando campos tangentes, no controle local da axila
Comodo Segreto; Roberto Araújo Segreto; Teresa
em pacientes com câncer de mama com comprometi-
Raquel de Moraes Andrade;
mento linfonodal axilar. Uma das hipotéses para este
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
resultado é que a dose de radiação recebida pela axila
seria suficiente para tratamento de doença microscó- Com o aumento da expectativa de vida dos animais de
pica. Objetivo: descrever a cobertura de dose na axila estimação, aumenta também a incidência do câncer em
em pacientes com câncer de mama, tratadas com ra- cães e gatos. O manejo do paciente com câncer é bas-
dioterapia de campos tangentes e planejamento tridi- tante complexo e determinar a melhor modalidade de
mensional, e analisar a influência de fatores clínicos, tratamento ou combinação dela pode ser um desafio.
anatômicos e dosimétricos nestes resultados. Método: As opções de tratamento tradicionalmente usadas são:
foram avaliados retrospectivamente os planos de 239 cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A radioterapia
pacientes com câncer de mama, tratadas consecutiva- é uma modalidade bastante efetiva no tratamento de
mente entre 2012 e 2015, com campos tangentes e pla- tumores sólidos em animais. No Brasil, ela é pouco co-
nejamento tridimensional exclusivamente, sem cam- nhecida e indicada entre os profissionais na medicina
pos direcionados à drenagem, e excluídas pacientes veterinária. A dificuldade em se aprimorar na área de
radioterapia veterinária em território nacional inspi- advanced disease and are not surgical candidates.
rou o tema desse trabalho, que teve com o objetivo a Symptomatic gastric bleeding can occur in at least 10%
revisão sistemática e metanálise dos estudos clínicos, of patients. Several studies report on the effectiveness
inserindo-os na prática clínica cotidiana. Foram utiliza- of Radiotherapy (RT) in the palliation of GC bleeding.
das as bases de dados eletrônicas do Pubmed e Scie- However, clear definitions of successful palliation are
lo para pesquisar a literatura publicada até janeiro de usually not stated. In addition, the duration of palliation
2017 sobre radioterapia veterinária, usando os seguin- is not reported. Objectives: To assess the efficacy of
tes termos de busca: “dogs”, “canine”, “cats”, “feline”, RT in Patients with gastric cancer submitted to palliative
“radiotherapy”, “ionizing radiation”. Foram incluídos es- radiotherapy with hemostatic intent. Material and me-
tudos clínicos em cães e gatos que avaliaram a eficácia thods: We retrospectively reviewed the clinical data of
e segurança do tratamento com radioterapia para di- all patients who received palliative RT for GC bleeding at
versos tipos de tumores. Foram excluídos os artigos de our institution between 2010 and 2015. We included pa-
idiomas que não fossem português, inglês ou espanhol; tients with biopsy proven GC that were not candidates
trabalhos com humanos e estudos pré-clínicos que não for surgery due to unresectable or metastatic disease
foram utilizados com fins de tratamento; e revisões, or clinical condition. Our primary endpoint was event-
cartas, editoriais e resumos. Dentre os comparadores -free survival (EFS), defined as absence of new episode
selecionados, comparamos a resposta da radioterapia of bleeding, drop of hemoglobin > 2 points, need for
exclusiva com a radioterapia associada à quimioterapia blood transfusion or death from tumor bleeding. Se-
e/ou cirurgia. Os estudos foram identificados pela leitu- condary outcomes was overall survival. Results: We
ra do título e abstract e, tanto os selecionados, quanto identified 122 patients who received palliative RT for GC
os que não ofereceram informação suficiente sobre os bleeding. Median age was 64.6 years (range, 26 to 93),
critérios de inclusão, seguiram para avaliação na inte- patients were predominantly male (70.5%).76.2% of pa-
gra. Foram encontrados 2.959 artigos relacionados com tients had metastatic disease, with KPS>70 in 52%. Me-
os termos de busca. Após exclusão pela leitura do título dian event-free survival was 81 days. Median survival
e abstract, foram selecionados 219 estudos. Seguido was 65 days. RT regimens ranged from 5 Gy in 1 fraction
da leitura na integra, 20 trabalhos corresponderam à to 40 Gy in 16 fractions. Most patients (69%) were tre-
questão estrutura pelo presente estudo. Para a meta- ated with a total of 20Gy in 5 fractions (BED 28Gy10).
nálise, apenas 4 artigos, relacionados a tumor nasal EFS was better in patients who received BED ≥ 28Gy10
canino, foram selecionados por apresentarem os mes- (p=0.023).10.6% of patients were subsequently re-tre-
mos desfechos. Com base nos estudos publicados até o ated with palliative RT. Conclusions: In our analysis,
início desse ano, pôde-se concluir que não há diferença median effective palliation lasted for 2.7 months. BED ≥
significativa entre os métodos terapêuticos utilizados 28Gy10 is recommended to avoid new events and need
em tumores nasais em cão, porém a resposta ao tra- for retreatment.
tamento tende a ser favorável à radioterapia exclusiva.
Contato: CRISTIANE DE L. G. CHAVES –
Contato: HELENA REGINA COMODO SEGRETO – hrcs. CRISLGCHAVES@GMAIL. COM
dmed@epm.br;hsegreto@ig.com.br
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA CÓDIGO: 61817
CÓDIGO: 61822
ELEMENTAL DISTRIBUTION IN AORTIC
EFFICACY OF PALLIATIVE AFTER TREATMENT OF RADIOTHERAPY
RADIOTHERAPY IN PATIENTS WITH AND CHEMOTHERAPY IN WISTAR RATS
GASTRIC CANCER BY LOW ENERGY X-RAY FLUORESCENCE
Autores: Cristiane de Lacerda Gonçalves Chaves; SPECTROSCOPY
Heloisa de Andrade Carvalho; Lismara Ribeiro Pereira; Autores: Andrea Mantuano; Carla Lemos Mota; Arissa
Stephanie Reis Ramacciotti; Aurélio Teixeira Souza; Pickler; Gabriela Sena; Delson Braz; Camila Salata;
Karina Moutinho Vasconcelos; Diego Augusto Santos Carlos Eduardo de Almeida; Alessandra Gianoncelli;
Toesca; André Tsin Chih Chen; Fanny Nascimento Costa; Regina Cely Barroso;
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DA Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO JANEIRO
Introduction: Gastric cancer (GC) is the fourth most Breast cancer (BC) is the most frequent cancer and the
common neoplasm in men and the fifth most common leading cause of cancer-related mortality in women.
in women worldwide. In Brazil, 20.520 new cases were The developments in the treatment techniques for the
estimated in 2016. Surgery is the primary treatment, BC, which include chemotherapy (CT) and/or radiothe-
however a significant portion of patients present with
rapy (RT), increased the survival rates for this type of lismo os cânceres de laringe mantém prevalente em
cancer. One late complication induced by BC treatment nosso meio. A estimativa de incidência para 2016 foi de
is the aortic structure impairment. Destructive effects mais de 7 mil novos casos de Câncer de Laringe (CL) no
of RT and/or CT on the arteries have been proven by Brasil. Objetivo: Descrever o estadiamento, tratamen-
many prospective studies; however, there is a limited to e resultados nos pacientes com câncer de laringe
data on great vessels, like aorta. The mechanisms by (CL) obtidos em uma instituição de referencia no Nor-
which BC therapy agents cause negative arterial re- deste brasileiro. Método: estudo observacional, descri-
modeling remain still unclear. Soft X-rays can provide tivo, retrospectivo, onde analisamos os pacientes com
good contrast in absorption imaging as a result of the CL tratados na LIGA CONTRA O CÂNCER, durante o pe-
high absorption cross sections of C, N and O Kα shells, ríodo de 2002 a 2012. Identificamos 931 pacientes 85,2
the main organic matter constituents, in the soft X-ray homens, 89,6% fumantes ou ex-fumantes. Descreve-
regime. Some elements, like magnesium (Mg) and Iron mos os achados dessa população. Resultados: Os pa-
(Fe), are associated with the prognosis of aorta altera- cientes atendidos eram predominantemente do estado
tions. The deficiency of Mg is strongly associated with do Rio Grande do Norte (87%). Faixa etária de 22 a 96
aorta calcification. The high incidence of cardiovascular anos, com pico de incidência na sexta década. Mais da
mortality is partially credited to increased intimal and metade dos pacientes não tinham o nível fundamental
medial calcifications of the aorta [1]. In previous study completo. Um total de 468 pacientes (51%) receberam
[2] by using Low Energy X-ray Fluorescence – LEXRF, radioterapia (RT) com ou sem quimioterapia concomi-
we demonstrated that some elements are involved in tante, como tratamento inicial e 463 (49%) receberam
destructive effects of RT and/or CT on cardiac tissues, cirurgia (CR). Quanto ao estadiamento: T1 (27,4%), T2
using an animal model with Wistar rats. In this work, we (13,2%), T3 (24,8%) e T4 (34,6%); N0 (68,9%), N1 (10,4%),
performed LEXRF analyses in order to evaluate the dis- N2 (12,7%) e N3 (8%); I e II (36,9%) e III e IV (63,1%). Ao
tribution of Na, Mg and Fe in aorta walls of Wistar rats, analisar o grau histológico temos que 86,6% eram grau
after BC treatment. All the experiments were carried II. Dos pacientes tratados com RT, 51% eram estádio T1
out at the TwinMic beamline at Elettra Synchrotron faci- ou T2 e dos pacientes tratados com CR 77,5% eram es-
lity. Simultaneous acquisition of LEXRF and absorption tádio T3 ou T4. Até o ano de 2007 todos os planejamen-
maps suggest that the combined chemotherapy and tos da radioterapia foram com técnica 2D, a partir de
radiotherapy caused more damage to the aortic tissue 2008 todos os pacientes passaram a ser tratados com
as compared to radiation therapy alone. In particular, it técnica 3D ou IMRT. Conclusões: Observamos que a
was found that Mg intensity decreases and Fe intensity soma dos fatores, baixa escolaridade e tabagismo for-
increases when compared with control samples, which ma predominantes. Os pacientes tinham o diagnóstico
indicate aortic calcification. These findings add an in- fechado, predominantemente, na sua forma mais avan-
-depth understanding of the mechanisms involved in çada da doença. Existiu um equilíbrio entre o número
the development of cardiovascular complications for de pacientes tratados com CR ou RT. A maior parte dos
the successful treatment of patients with BC. [1] L. Lou- pacientes com estádio T3 ou T4 foram trados com CR
vet, J. Büchel, S. Steppan et al., Nephrol Dial Transplant e a maioria dos pacientes com estádio T1 ou T2 foram
28 (4), 2013. [2] A. Mantuano, R. C. Barroso, A. Gianon- tratados com RT.
celli, et al., American Journal of Analytical Chemistry, 7
Contato: EDILMAR DE MOURA SANTOS – edilmar.
(754), 2016.
radioterapia@gmail.com
Contato: ANDREA MANTUANO COELHO DA SILVA –
mantuanoandrea@gmail.com
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 60752
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 59548 ESTUDO PARA DESENVOLVIMENTO
DE UM SISTEMA INSTITUCIONAL
ESTUDO OBSERVACIONAL DESCRITIVO PADRONIZADO DE INCIDENTES EM
SOBRE O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO RADIOTERAPIA
DO CÂNCER DE LARINGE Autores: Karine Rocha Ramos da Silva; André Luiz de
Autores: Edilmar de Moura Santos; Denise Barros de Carvalho Ribeiro; Arnaldo de Lima da Silva; José Gustavo
Azevedo; Andrea Paula Bezerra; Igor Rebouças de Rodrigues Moreira; Flávia Cristina Silva Teixeira;
Castro; Maria Carlota Rodrigues Mendes; Rosa Maria Instituição: UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
Xavier Faria Najas; Karynne Maria Oliveira da Trindade
Medeiros; Lúsio Araújo Lopes Junior; Gabriela Lima A radioterapia e a cirurgia,tornaram-se as modalida-
Nobrega; des terapêuticas mais usadas e com maior sucesso dos
Instituição: LIGA RIO-GRANDENSE COMBATE AO CÂNCER tratamentos para o câncer. Para melhorar a eficácia e
aumentar as chances de cura dos pacientes, a radio-
Introdução: Com a manutenção do tabagismo e eti-
terapia vem sendo aprimorada. Mesmo com avanços
tecnológicos, muita coisa ainda deve ser feita para que a personalização do tratamento. Objetivo: O objetivo
haja sucesso no tratamento, principalmente em relação primário foi avaliar o impacto na sobrevida global (SG)
a segurança. Durante a última década, foi desenvolvida de mutações no IDH1 e TERT em pacientes com glioma
uma maior consciência dos riscos no tratamento médi- de alto grau. Os objetivos secundários foram avaliar a
co, especialmente os riscos que podem ser minimiza- correlação da SG com o uso de radioterapia (RT) bem
dos ou evitados (KOHN, 2000). Após muitas abordagens como a técnica utilizada, regime de quimioterapia (QT
para debater a melhora da segurança do paciente e a concomitante ou seqüencial) e a extensão da cirurgia
qualidade do tratamento, foi reconhecido que a apren- (ressecção total, parcial ou biópsia). Métodos: Foram
dizagem com os incidentes é um papel fundamental, analisados o perfil de mutação nos genes IDH1 e TERT
sendo assim foi iniciado um estudo em junho de 2010 em 136 pacientes portadores de gliomas tratados de
pela American Association of Physicists in Medicine 2000 a 2013. Destes, 87 pacientes com gliomas de alto
(AAPM) para promover o desenvolvimento e a utiliza- grau foram incluídos neste estudo. Para as análises de
ção de sistemas de aprendizagem em incidentes em sobrevida, foram utilizadas as curvas de Kaplan-Meier
radioterapia. Atualmente existem ferramentas que au- com teste de Log-Rank e para a avaliação do Risco Rela-
xiliam na gestão de qualidade e aprendizagem de inci- tivo foi usado o modelo de Regressão de Cox, com nível
dentes e quase acidentes na Europa e Estados Unidos: de significância < 0,05. Resultados: Dos 87 pacientes,
ROSIS, SAFRON, RO-ILS e PRISMA. No Brasil ainda não 82,8% foram classificados como GBM. A idade media-
foram realizados estudos sobre este tipo de tema na na foi de 54,3 anos e a mediana da SG foi de 17,7 me-
radioterapia, foi enxergada a necessidade da criação de ses.19% dos tumores expressaram mutação do IDH e
um sistema de aprendizado sobre incidentes, a fim de 81% eram IDH selvagem (WT). Pacientes com mutação
promover melhorias no atendimento, eficácia no trata- IDH apresentaram melhor SG quando comparados aos
mento e proporcionar também o aprimoramento dos IDH WT (mediana de SG 45,4 m vs.5,65 m., p <0,0001).
profissionais, o que já contribuiria diretamente para di- A mutação TERT esteve presente em 59 pacientes e foi
minuição dos incidentes. Desta forma, entende-se que considerada um fator prognóstico adverso (SG media-
a formulação de um sistema de coleta de dados, que na 5,52 m. vs.19,34 m. p <0,0001). Objetivos: Os ob-
se encaixe na realidade e características dos serviços jetivos secundários, a omissão da RT foi relacionada à
de Radioterapia, poderá apontar as principais questões redução da SG (mediana 1,7 meses vs 13,6 meses, p
que muitas das vezes passam despercebidas, mas so- <0,0001). O uso de RT conformada (3D) teve um impac-
madas a fatores diversos, podem causar incidentes. to favorável na SG quando comparado à RT 2D (16,48
Objetivo: Mostrar essas atuais ferramentas e seus re- m versus 5,32 m, p <0,0001). Os pacientes que recebe-
sultados, mostrando como podemos criar no Brasil um ram QT e RT apresentaram melhor SG do que aqueles
Sistema Padronizado de Incidentes em Radioterapia que não receberam QT (19,07 m vs.3,42 m., p <0,0001),
(SPIRad) institucional e protocolos voltados para nossa mas não houve diferença em SG comparando regimes
realidade. concomitantes com sequenciais (p = 0,168). A extensão
da ressecção cirúrgica não teve impacto na SG (p = 0,2).
Contato: KARINE ROCHA RAMOS DA SILVA – karine.
Conclusão: Na amostra analisada, a presença da mu-
ramosrocha@gmail.com
tação no IDH1 foi um fator prognóstico favorável, as-
sim como a presença de mutação no TERT foi um fator
prognóstico adverso. Apesar de não haver tratamentos
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA específicos, essas informações podem ser importantes
CÓDIGO: 59714 para a sinalização de fatores preditores de sobrevida
em pacientes portadores de gliomas de alto grau.
EXISTE CORRELAÇÃO ENTRE A Contato: DANILO NASCIMENTO SALVIANO GOMES –
SOBREVIDA GLOBAL E O PERFIL DE drdanilosalviano@hotmail.com
MUTAÇÃO DOS GENES IDH1 E TERT NO
GLIOMA DE ALTO GRAU?
Autores: Danilo Nascimento Salviano Gomes; Isabela
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
Cortez Cucolicchio; Sergio Vicente Serrano; Rui Manuel
Reis; Adriana Cruvinel Carloni; Maria Luisa Spina; Allan CÓDIGO: 61376
Dias Polverini; Caio A. Dantas Pereira; Luciano Neder;
Diego de Souza Lima Fonseca; Marcos Duarte de É POSSÍVEL RESPEITAR AS DOSES DE
Mattos; Allisson Bruno Barcelos Borges; TOLERÂNCIA DOS ÓRGÃOS DE RISCO
Instituição: HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS PARA O CÂNCER DE PRÓSTATA COM A
Introdução: Apesar do avanço nas últimas décadas TABELA SUS?
no tratamento dos gliomas de alto grau, a sobrevida Autores: Euclydes Borguezan Neto; Maira Mangerona
global mediana ainda permanece aquém de outras Camplesi; Felipe Teles Arruda; Fabrício A. de Lima;
neoplasias. Alguns marcadores genéticos/moleculares Isabela Soares Lopes Branco; Marília L. R. Santo;
Edenyse C. Bertucci; Alexandre C. Bruno; Gustavo L.
surgem como fatores prognósticos importantes para
Barbi; Juliana Fernandes Pavoni; Gustavo Viani Arruda;
Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE Autores: Ana Beatriz Abido Ribeiro; Douglas Guedes
MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE de Castro; Elson Santos Neto; Antonio Cassio Assis
SÃO PAULO Pellizzon; Maria Leticia Gobo Silva; Guilherme Rocha
Melo Gondim; Michael Jenwei Chen; Martha Motono
Introdução: Atualmente, o Sistema Único de Saúde re- Chojniak; Ricardo Cesar Fogaroli;
aliza o financiamento de tratamentos utilizando radia-
Instituição: A. C. CAMARGO CANCER CENTER
ção ionizante baseado em valores contidos na tabela
SUS. Esta tabela limita a ampliação de quantidade de Introdução: Hemangioma de Coróide (HC) é um raro
campos fixando, nos casos de neoplasia de próstata, a hamartoma vascular benigno, podendo cursar com
utilização de 144 campos (Conformacional), fato este perda visual. Fotocoagulação é o tratamento usual, mas
que impede a incorporação de novas tecnologias. A fi- há evidência de alta taxa de recorrência e piora visual.
xação destes 144 campos independe do estadiamento Braquiterapia Episcleral (BTE) é usada no tratamento
clínico do paciente e da dose prescrita. Objetivo: Este de doenças malignas oculares e seu uso com menor
trabalho objetivou demonstrar que o número de cam- dose tem se mostrado eficaz também para condições
pos cobertos pela tabela SUS influencia nas doses de benignas. Apesar de trazer consigo o risco de toxicida-
restrição para o tratamento do câncer de próstata com de rádio-induzida, esta técnica permite um tratamento
dose alta de radioterapia. Métodos: Foi realizado 120 mais restrito, minimizando tais efeitos colaterais. Ob-
planejamentos de 15 pacientes com neoplasia de prós- jetivo: Experiência clínica com BTE em pacientes com
tata utilizando diferentes volumes alvos segmentados: HC circunscrito, analisando controle local (CL), acuidade
(1) somente próstata; (2) próstata mais terço proximal visual (AV) e toxicidade. Método: Análise retrospectiva
das vesículas seminais; (3) próstata mais toda vesícula de pacientes com HC circunscrito submetidos à BTE.
seminal, utilizando 3, 4 e 5 campos, totalizando 111, 148 Dados coletados: idade, material radioativo (I-125 ou
e 185 campos. Em todos os planos a dose prescrita foi Ru-106), tratamentos prévios, espessura e diâmetro ba-
de 74 Gy entregue em 37 frações. Quanto à limitação sal do tumor, dose (Gy), AV pré e pós-BTE e toxicidade.
de dose em estrutura de riscos, foram avaliados va- Mensuração da lesão feita por ultrassonografia (USG)
lores de volumétricos e doses máximas: como bexiga ocular. BTE com placa oftálmica customizada e fixada
(15,25,35,50% – 80,75,70,65Gy), fêmur direito e esquer- por pequena cirurgia. Seguimento regular com retino-
do (DMÁX,5,15% – 55,50,45Gy) e reto (15,25,20,35,50 grafia, USG ocular e verificação da AV, os quais emba-
– 75,70,65,60,50Gy). Resultados e Discussões: Uti- saram a avaliação da resposta ao tratamento. Resposta
lizando um critério de aprovação de planos de até 3 completa (RC) foi definida como lesão não mensurável
constraints não excedidos (máx.10% acima da dose pela USG, resposta parcial (RP) como diminuição e, pro-
limite), observou-se que para o volume segmentado gressão de doença (PD), como aumento do diâmetro
(1) foram aprovados 7, 73 e 100 % (p<0.05) dos planos da lesão. Resultado: 10 pacientes tratados entre 2005
para 3, 4 e 5 campos, respectivamente. A porcentagem e 2015 se enquadraram nos critérios de inclusão, com
de aprovação cai para os volumes (2) e diminui ainda seguimento mediano de 26 meses (3-125m). Idade me-
mais para o (3) : 0, 33 e 20 % (p<0.05). Na totalidade dos diana: 39 anos (25-61). AV pré-BTE variou entre 0,1 e
planos, independendo da segmentação do alvo: 4, 53 “movimento de mão”, sendo que 7 possuíam AV muito
e 60% dos planos foram aprovados utilizando 3, 4 e 5 diminuída.20% dos pacientes realizaram tratamentos
campos (p<0.05). Conclusões: O aumento do numero prévios. O diâmetro máximo mediano do tumor foi de
de campos no planejamento do câncer de próstata per- 10,37mm (6,85 – 13,66) e espessura de 5mm (3,32-7).
mitiu respeitar as doses de restrição dos órgãos de ris- Placa de I-125 utilizada em 9 pacientes; Ru-106 em 1
co para o tratamento com radioterapia com dose maior paciente. Doses medianas no ápice e na base foram
que 74 Gy. Quantitativamente tornou-se possível a visu- 51,67Gy (41,38-106,10) e 122,25Gy (102,10-377,30), res-
alização, não apenas, da necessidade de incorporação pectivamente. No seguimento, um paciente (10%) evo-
de um maior numero de campos para o tratamento do luiu com PD, 70% obteve RP e 20% RC. Pacientes com
câncer de próstata, mas revelou também a necessidade tratamentos prévios cursaram com RP. CL bruto foi de
da implementação de novas tecnologias, como IMRT, 90% e CL atuarial de 100% em 2 anos e 80% em 3 anos.
para os casos em que não foi possível respeitar a dose Seis pacientes relataram melhora na AV e um teve piora
de restrição com técnica 3D mesmo com o aumento do considerável da mesma. Dois pacientes apresentaram
número de campos. toxicidade: dor ocular e retinopatia. Conclusão: Consi-
derando-se a raridade do HC, esta se mostra uma das
Contato: EUCLYDES BORGUEZAN NETO –
maiores e mais maduras série de casos. HC circunscri-
eborguezan@gmail.com
to pode ser efetivamente manejado com BTE, com alta
taxa de CL, baixa toxicidade e melhora da AV na maioria
dos pacientes.
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA Contato: ANA BEATRIZ ABIDO RIBEIRO –
CÓDIGO: 59918 anabeatrizaribeiro@gmail.com
HEMANGIOMA DE CORÓIDE E
BRAQUITERAPIA EPISCLERAL: MANEJO E
DESFECHO DE 10 PACIENTES. TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
gem (IGRT) no tratamento de tumores pélvicos vem Autores: Adriana Aranha Pereira Machado; Guilherme
ganhando espaço e mostrando significativas reduções Rocha Melo Gondin; Polyana Mendes Maia; Cézar
de toxicidade e melhoras na qualidade de vida. A IGRT Vinicius Vicente Magiolino; Cássio de Queiroz Tannous;
guiada por ressonância magnética (MR-IGRT) tem sido Instituição: A. C. CAMARGO CANCER CENTER
usada em nossa instituição desde 2014. Métodos: Pa-
Introdução: A irradiação das cadeia mamária interna
cientes diagnosticados com cancer de próstata foram
(MI) e fossa supraclavicular (FSC) apresenta benefícios
prospectivamente inseridos nesse estudo, no período
oncológicos em subgrupos de portadoras de câncer de
de Janeiro de 2014 a Janeiro de 2017. As indicações
mama. Possíveis efeitos colaterais tardios (ECTs) como
para o uso de MR-IGRT foram revisadas clinicamente
2ª neoplasias e doenças cardiovasculares (DCV) são
e através dos prontuários. Todos os pacientes foram
uma preocupação após a Radioterapia (RT) das drena-
tratados com IMRT usando um sistema MR-IGRT que
gens linfonodais. Objetivo: Realizar análise dosimétrica
consiste em uma ressonância magnética de 0.35T aco-
de planos de RT com a inclusão ou não das drenagens
plada a um gantry com 3 fontes equidistantes de Cobal-
e estimar se o aumento das doses médias (DM) no co-
to 60 equipadas com MLC. Antes de cada tratamento
ração e pulmões com a irradiação linfonodal pode levar
diário, o paciente foi submetido a aquisição de uma
a ECTs que possam suplantar os potenciais benefícios
imagem de ressonância magnética de alta resolução
desse tratamento. Métodos: Visando reduzir o impacto
para fins de posicionamento e variações anatômicas,
das variações anatômicas individuais, foram realizados
que podem requerer adaptação do plano de tratamen-
30 planejamentos de 10 pacientes em 3 situações dis-
to – afim de evitar sub-dosagem ao PTV e/ou super-do-
tintas: RT da mama com boost no leito tumoral; com
sagem a OARs – e permitir o gating diário durante a ir-
a inclusão da FSC ou com a inclusão da FSC e MI. Con-
radiação. Resultados: Um total de 26 (7.4%) pacientes
tornos foram realizados conforme atlas do RTOG por
participaram desse estudo. Todos os casos de cancer
um mesmo médico. Planejamentos foram realizados
de próstata foram cuidadosamente selecionados para
com técnica 3D com “Wide Tangents” e “Field in Field”
o tratamento com MR-IGRT, baseando-se em cenários
para homogeneização. Calculou-se o incremento nos
clínicos que incluem a proximidade do alvo às alças in-
riscos de 2ª neoplasia de pulmão e de DCV com a RT
testinais e/ou outros OARs (61.5%), comorbidades que
linfonodal eletiva a partir das DMs encontradas nos 30
requerem constante anti-coagulação, não permitindo
planejamentos e sua correlação com dados publicados
assim a colocação de fiduciais (38.4%), cuidados com
de amplas bases populacionais. Resultados: RT com
a reprodutibilidade do setup diário de posicionamento
inclusão da FSC e MI comparada a RT mamária exclu-
(61.5%).92.3% dos casos receberam MR-IGRT com su-
siva aumentou a DM no pulmão de 5,0 Gy para 8,1 Gy.
cesso.2 pacientes claustrofóbicos não conseguiram ter-
Planos de RT com cobertura da MI apresentaram maior
minar o tratamento e foram excluídos do estudo (fim
heterogeneidade (maior V112) assim como maiores V5,
do tratamento com IMRT em acelerador linear). Com
V10 e V20 pulmonares. O PTV MI recebeu incidental-
um follow-up médio de 18 meses, não houve registro
mente 73,4% da dose prescrita nos planos de RT sem a
de toxicidade maior que grau 3. Em relação ao score
intenção de cobertura da MI. Quando o incremento das
da American Urology Association (AUA), não foram
DMs observado é correlacionado com o aumento dos
observadas mudanças significativas em 6 e 12 meses.
riscos de ECTs, verifica-se que o maior efeito deletério
Conclusão: MR-IGRT demonstra-se eficaz no tratamen-
da RT linfonodal eletiva é o aumento do risco de câncer
to do cancer de próstata, providenciando vantagens
de pulmão, em especial em pacientes tabagistas (média
únicas em relação ao manejo de toxicidade à OARs e
de incremento do risco absoluto = 1,38%). O risco DCV
entrega de dose em alvos móveis. Estudos clínicos em
se mostrou menor que 0,1% nas três situações analisa-
andamento devem formalmente avaliar o uso da MR-I-
das. Conclusões: A RT das drenagens aumenta a hete-
GRT no tratamento de doenças do trato genito-urinário.
rogeneidade dos planejamentos e as doses nos órgãos
Contato: DANIEL PRZYBYSZ – d. przybysz@wustl. edu de risco, em especial nos pulmões. Deve-se considerar
na indicação da RT linfonodal eletiva os seus riscos e
benefícios, levando-se em consideração os fatores de
risco e o plano de RT de cada paciente. Especial atenção
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA é necessária em pacientes tabagistas em que a RT das
CÓDIGO: 61414 drenagens causará um importante incromento da DM
pulmonar, uma vez que o aumento no risco de câncer
IMPACTO NO RISCO CARDIOVASCULAR de pulmão radio-induzido pode suplantar os benefícios
E DE SEGUNDAS NEOPLASIAS DA observados com esse tratamento
RADIOTERAPIA DAS DRENAGENS Contato: ADRIANA ARANHA PEREIRA MACHADO –
ELETIVAS NO CÂNCER DE MAMA: adrianamachadomed@gmail.com
UM ESTUDO DOSIMÉTRICO E
POPULACIONAL
aumento de 37,5% de Tb. Sp (P<0,05). Conclusão: Os p<0.0001), quimo-radioterapia (HR 0.36; 95% CI, 0.32-
resultados dessa pesquisa sugerem que alta dose de 0.41; p<0.0001) e cistectomia radical exclusiva (HR 0.40,
radiação reduz a massa óssea pela interferência de fa- 95% CI, 0.35-0.45, p<0.0001). Conclusão Para pacientes
tores reguladores do remodelamento ósseo, o sistema idosos portadores de doença maligna músculo-invasi-
RANK/RANKL/OPG. va da bexiga, o melhor resultado de sobrevida é obtido
com quimioterapia e cistectomia radical, tratamento,
Contato: SAMARA CRISTINA FERREIRA MACHADO –
porém, incomum para esse subgrupo. Tanto a cistec-
samararossatti@gmail.com
tomia radical e a quimo-radioterapia foram associados
com aumento de sobrevida quando comparados à mo-
noterapia.
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA Contato: DANIEL PRZYBYSZ – d. przybysz@wustl. edu
CÓDIGO: 59447
PADRÕES DE TRATAMENTO E
RESULTADOS DE SOBREVIDA EM TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
PACIENTE IDOSOS COM CÂNCER DE CÓDIGO: 60029
BEXIGA MÚSCULO-INVASIVO: UMA
ANÁLISE DO NATIONAL CANCER RADIOCIRURGIA ESTEREOTÁCTICA DE
DATABASE (EUA) 154 METÁSTASES CEREBRAIS: IMPACTO
DA DOSE DE PRESCRIÇÃO, VOLUME E
Autores: Daniel Przybysz, MD; Benjamin Fischer-Valuck,
MD; Yuan James Rao, MD; Soumon Rudra, MD; Elizabeth SÍTIO PRIMÁRIO EM CONTROLE LOCAL
Germino, PhD; Brian C Baumann, MD; Hiram Gay, MD; DE 6 MESES.
Jeff Michalski, MD; Autores: Rodrigo Carvalho Marotta; Camila de Oliveira
Instituição: WASHINGTON UNIVERSITY IN ST. LOUIS Rodrigues; Pedro Henrique da Rocha Zanuncio;
Introdução: Pacientes com idade avançada diagnosti- Instituição: BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO
cados com câncer de bexiga músculo-invasivo (MIBC) Objetivo: A radiocirurgia, como modalidade de trata-
podem se tornar um dilema terapêutico quando em re- mento local para lesões secundárias em SNC, tem ga-
lação a suas múltiplas comorbidades. Nessa análise de nhado espaço no contexto oncológico, principalmente
dados retrospectiva, nós reportamos os padrões de tra- para pacientes com bom performance status, núme-
tamento e dados de sobrevida nesse grupo de pacien- ro limitado de lesões, doença sistêmica controlada e
tes. Métodos: Nosso grupo analisou retrospetivamen- lesões com até 4 cm. Além destes parâmetros, lesões
te o National Cancer Database dos EUA para cancer de pequenas em áreas eloquentes e profundas do cérebro
bexiga músculo-invasivo (cT2-T4 N0 M0) em pacientes têm sido, frequentemente, tratadas com radiocirurgia
com 80 anos ou mais, de 2004-2013. Os pacientes in- exclusiva. O objetivo primário avaliar controle local em
cluídos nesse estudo receberam TURBT seguido de 6 meses de lesões tratadas exclusivamente com radio-
cistectomia radical +/ – quimioterapia, radioterapia ex- cirurgia, correlacionando volume, sítio primário e dose
clusiva, quimioterapia exclusiva, quimo-radioterapia ou de prescrição. A análise de sobrevida global também
nenhum outro tratamento. Os testes de Kaplan-Meier, foi avaliada levando-se em consideração estes mes-
Log-rank e Regressão Proporcional de Cox foram reali- mos parâmetros Métodos: Nesta análise retrospectiva
zados para acessar tais resultados. Resultados: 10.481 uni-institucional avaliamos os resultados de pacientes
pacientes foram identificados com um follow-up mé- tratados exclusivamente com radiocirurgia “frameless”
dio de 12.2 meses. A sobrevida média para pacientes com IGRT para as lesões secundárias no SNC. O con-
tratados com cistectomia radical exclusiva foi de 22.2 trole local foi calculado utilizando-se a data do procedi-
meses (95% CI, 19.0-25-4) e estatisticamente superior mento até a progressão local ou da última ressonância,
quando comparado à quimioterapia ou radioterapia com seguimento mínimo de 6 meses. Para avaliar se
exclusiva (p<0.0001). Quimo-radioterapia teve uma so- determinada variável quantitativa (volume) discrimina
brevida média de 26.5 meses (95% CI, 24.1-28.8), que o controle das lesões, foi construída a curva ROC e cal-
não se mostrou estatisticamente diferente do grupo culada a área abaixo da curva (AUC). Para avaliação de
tratado com cistectomia radical exclusiva (p=0.26). desfechos ao longo do tempo, foi considerada a curva
Cistectomia radical mais quimioterapia teve o melhor de Kaplan Meier. Resultados: De outubro de 2013 a
resultado de sobrevida média (37 meses) (95% CI, 25.4- novembro de 2016, 57 pacientes com idade entre 28
48.5) (p<0.0001 quando comparado a ambos tratamen- e 77 anos, ECOG 0 a 2 e com 1 a 9 lesões foram trata-
tos de quimo-radioterapia e cistectomia exclusiva). Na dos com radiocirurgia. No total foram avaliadas 154 le-
Anelisa multivariada, o melhor resultado de sobrevida sões tratadas com diferentes doses únicas (10 a 20 Gy).
média foi visto em pacientes tratados com cistectomia O controle local em 6 e 12 meses foi de 97,4 e 95,4%,
radical + quimioterapia (HR 0.28; 95% CI, 0.23-0.34; respectivamente. Na análise univariada, sítio primário
e dose não foram fatores preditores de controle local. da cavidade cirúrgica, tendo sido utilizados o de 3 cm
Das 134 lesões controladas em todo período analisado, em 6 pacientes; de 3,5cm em 15; de 4cm em 9; e de
80 (59,7%) apresentaram volume < 0,473 cm3 e dos 20 4,5cm em 3. Devido a presença de fatores que violavam
pacientes não controlados, 75% apresentaram volume o protocolo, foi indicada teleterapia sobre toda a mama
≥ 0,473 cm3 (0,022 a 9,845 cm3). Sobrevida global em em 7 (20%) casos. Quimioterapia foi prescrita para 6
3, 6 e 12 meses foi de 100%, 94,1% e 70,9%, respectiva- (17%) pacientes. Houve um caso de descência de sutu-
mente. Os sítios primários mama e melanoma tiveram ra após o procedimento (que evoluiu com cicatrização
os melhores resultados em sobrevida, enquanto que adequada após nova abordagem). Na primeira revisão
pulmão e outras histologias, os piores. Conclusão: Ra- (mediana de 25,1 dias após a IORT), 28 pacientes (80%)
diocirurgia como modalidade exclusiva de tratamento apresentavam algum grau de hipercromia/hiperemia,
de lesões encefálicas secundárias demonstrou excelen- e 7 (20%) não apresentavam alteração. Neste mesmo
te resultados em relação ao controle local, independen- período, 30 (85%) das pacientes apresentavam endura-
te do sítio primário e da dose de prescrição na amostra ção no sítio operatório. Com um intervalo mediano de
de pacientes analisados. Volume de lesão ≥ 0,473 cm3 6,2 meses para a segunda avaliação, 5 de 27 pacientes
apareceu como fator preditor de pior controle local em avaliadas ainda apresentavam hipercromia, e 19 de 27
6 meses. apresentavam algum grau de enduração ou fibrose.
Conclusão: dentre as pacientes tratadas, nenhuma
Contato: RODRIGO CARVALHO MAROTTA – rc_
apresentou recidiva ou óbito; entretanto, o curto tem-
marotta@hotmail.com
po de seguimento não permite estabelecer conclusões
adequadas em relação a desfechos oncológicos. Os re-
sultados obtidos estão alinhados aos dados publicados
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA por outros estudos, e respaldam a utilização desta mo-
CÓDIGO: 61176 dalidade terapêutica.
Contato: RAMON PITHON PEREIRA GATTO –
RADIOTERAPIA ACELERADA PARCIAL ramongatto@yahoo.com.br
DA MAMA UTILIZANDO INTRABEAM® –
PRIMEIRA EXPERIÊNCIA NO BRASIL
Autores: Ramon Pithon Pereira Gatto; Marcio Santos
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
Magalhães; Elisangela Santos Carvalho; Luciana Vignoli
Guzella da Silva; Milton João Ramim Junior; Wagner CÓDIGO: 60301
Paniago de Souza; Arthur Accioly Rosa;
Instituição: HOSPITAL SÃO RAFAEL RADIOTERAPIA EM PRONA PARA
PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA :
Introdução: a radioterapia acelerada parcial da mama,
COMPARAÇÃO DOSIMÉTRICA E CLÍNICA
com técnica intraoperatória (IORT), é um método bem
descrito para tratamento de câncer de mama, e a apli-
COM A POSIÇÃO SUPINA.
cação do sistema Intrabeam® da Zeiss foi validada Autores: Izabela Lourenço Silva Fernandes; Marcela
pelo estudo Targit-A. O Hospital São Rafael (HSR) foi Carrijo Setti; Marcelo Luvizotto de Padua; Jose Maria
Fernandes Junior; Marilia Ferreira Andrade; Nayara
o primeiro a utilizar este equipamento no Brasil, com
Ferreira Cunha; Fredstone Rodrigues da Cunha;
o primeiro procedimento realizado em 15 de janeiro
Instituição: CENTRO ONCOLOGICO DO TRIANGULO
2014. Objetivo: descrever as caracteríticas oncológicas
e e resultados do tratamento de pacientes tratadas no Introdução: Radioterapia adjuvante é o tratamento
HSR. Método: foram avaliados características clínicas padrão após cirurgia conservadora em mulheres com
e, desfechos oncológicos e toxicidade de todas as pa- câncer de mama. Em pacientes com mamas volumosa
cientes com câncer de mama tratadas com IORT utili- e pendulares, muitas dificuldades técnicas são encon-
zando Intrabeam, com dose de 20Gy em fração única, tradas para a realização do tratamento na posição su-
seguindo protocolo institucional, que contempla essen- pina, principalmente em relação à dose em pulmão. A
cialmente pacientes com doença de baixo risco, entre posição prona surge então como alternativa para estes
2014 e 2016. Resultados: entre janeiro de 2014 e de- casos. Diversos estudos tem reportado a diminuição da
zembro de 2016 foram realizadas IORT em 35 pacien- dose em pulmão com a posição prona, mas nenhum
tes, com idade mediana de 57 anos. O follow-up me- dado brasileiro foi encontrado na revisão realizada
diano foi de 23,1 meses, não sendo observada recidiva para este estudo. Objetivo: Comparar os Histogramas
ou óbito. Vinte e nove (82%) dos tumores eram ductais Dose-volume (DVHs) da mama e dos órgãos de risco
(SOE), e o restante de histologia não lobular, sendo que (em especial pulmão) na posição prona e supina, além
13 apresentaram grau histológico I, 18 GII e 3 GIII; 17 da comparação da frequência e severidade de toxicida-
(48%) tumores se encontravam no quadrante supero- de cutânea (radiodermite). Métodos: Foram incluídas
-lateral, e os outros distribuídos no restante da mama. pacientes com câncer de mama inicial, com mamas
Os aplicadores utilizados se relacionavam ao tamanho volumosas e/ou pendulares, submetidas à cirurgia con-
servadora e radioterapia adjuvante. Cada paciente foi ligna sincrônica, exceto câncer de pele não melanoma.
submetida a exames de tomografia nas duas posições, A idade mediana foi de 64 anos (41-90 anos). O sexo
prona (acessório Acces™-Qfix) e supina (vack-lock), a cri- masculino foi predominante (92%), e a maioria dos pa-
tério médico. Os DVHs comparativos dos planejamen- cientes tinha história de tabagismo (87,9%). O estádio
tos nas duas posições foram gerados e os parâmetros T1 foi o mais prevalente (66,7%), a RT conformada tri-
dosimétricos para a mama e órgãos de risco foram ava- dimensional (3D) foi realizada em 71,2% dos casos e o
liados. Após análise do DVH, o médico escolheu o pla- fracionamento mais utilizado foi de 225cGy/dia (82%)
nejamento mais adequado para cada caso. As pacientes com dose total mediana foi de 63Gy (56-70.4Gy). Re-
foram seguidas com consultas semanais durante o tra- sultados: Com seguimento mediano de 45 meses (0-
tamento e o grau de radiodermite foi avaliado e regis- 98 meses), não houve nenhum óbito relacionado ao
trado. Resultados: 26 pacientes foram selecionadas no câncer de laringe. A sobrevida global em 5 anos foi de
período de fevereiro de 2016 a março de 2017. A dose 86%. Dezessete pacientes (13%) apresentaram falha
média dos pulmões e o V20 (volume que recebe 20Gy) local e apenas 6 pacientes (4,5%) tiveram falha nodal.
do pulmão ipsilateral foram significativamente meno- Nenhum paciente apresentou progressão de doença a
res na posição prona (p <0,0010). O índice de heteroge- distância. A sobrevida livre de falha local em 2 e 5 anos
nidade (HI) e a dose em mama contralateral foram sig- foi de 89.5% e 87.5 %, respectivamente. A sobrevida li-
nificativamente menores na posição supina (p=0,006 e vre de doença (SLD) em 2 e 5 anos foi de 89% e 87%,
p< 0,001, respectivamente). As demais variáveis (V25 e respectivamente. Pacientes que realizaram RT com fra-
dose média do coração e volume do PTV) não apresen- cionamento convencional (<2Gy) apresentaram SLD de
taram diferenças significativamente estatísticas. A posi- 82% em 5 anos versus 88% para os pacientes com fra-
ção prona foi escolhida em 73% das pacientes. Destas, cionamento de 225cGy, no entanto não houve signifi-
26%, apresentaram radiodermite grau 2, enquanto na cância estatística (p = 0,7). A duração mediana da RT foi
supina, a taxa de radiodermite grau 2 foi de 42,8%, sem de 45 dias (37-62 dias) e quando a RT foi realizada em
significância estatística (p=0,33). Não houve radioder- mais de 56 dias, a SLD/5anos foi pior (80% x 87%), po-
mite maior que grau 2. Conclusões: A Radioterapia em rém sem significância estatística. Na análise univariada
posição prona reduziu a dose em pulmão de maneira e multivariada, sexo, idade, envolvimento de comissura
significativa quando comparada à posição supina. Ape- anterior e estadiamento também não se apresentaram
sar de não haver significância estatística, houve uma como variáveis significativas. A taxa de pacientes que
tendência de menor toxicidade cutânea nas pacientes necessitaram de traqueostomia com laringe presen-
tratadas em posição prona. te (complicação grave do tratamento) foi de 4%. Con-
clusão: O resultado desta série, uma das maiores em
Contato: IZABELA LOURENCO SILVA FERNANDES –
nosso meio, confirma a alta efetividade da RT como
izalsi@hotmail.com
tratamento exclusivo para câncer de laringe inicial, com
excelente sobrevida, preservação de órgão e baixa taxa
de toxicidade tardia severa.
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA Contato: CAMILA BOGONI BUDIB – camilabudib@
CÓDIGO: 59788 hotmail.com
tecnológico para tratamento local tanto com cirurgia uma previsão de 34.280 novos casos em todo território
como com radioterapia. A implementação destas no- nacional (16.660 casos em homens / 16.340 casos em
vas tecnologias tornou possível a reirradiação (ReRT) mulheres). Quimiorradioterapia (QTRT) neoadjuvante
dos gliomas recidivados em cenários mais desafiado- ainda é tratamento padrão em pacientes com estádio
res. Objetivo: avaliar os resultados de sobrevida global acima de IIA. A cirurgia costuma ser realizada entre a
(SG) e sobrevida livre de progressão (SLP) nos pacien- 5ª e a 12ª semana após a QTRT. Segundo a literatura,
tes com gliomas recidivados tratados com reirradiação. a resposta patológica completa é obtida em 10 a 30%
Método: Análise retrospectiva uni-institucional dos da- dos casos. Objetivo: Avaliar taxa da resposta patoló-
dos de 24 pacientes portadores de gliomas recidivados gica completa, após a QTRT neoadjuvante, em nosso
submetidos à ReRT entre 2008 e 2017 com radioterapia serviço. Método: Foram avaliados retrospectivamente,
de intensidade modulada (IMRT), radiocirurgia (SRS) ou entre agosto de 2010 e dezembro de 2016, 49 pacientes
radioterapia estereotáxica fracionada (SFRT). Resulta- portadores de neoplasia colorretal localmente avança-
dos: conforme a classificação da OMS, no momento da dos e não metastáticos, que foram submetidos à QTRT
ReRT, 29,2% dos pacientes eram portadores de gliomas neoadjuvante seguido de cirurgia. A quimioterapia con-
grau 2, 41,7% grau 3 e 29,2% grau 4. Idade mediana foi sistiu de 5 Fluorouracil + Leucovorin (49,89%) ou Cape-
de 35 anos (12 a 60 anos). Foi utilizada a escala de Kar- citabina (55,10%). A radioterapia foi realizada no acele-
nofsky (KPS) para avaliação da performance, 75% dos rador linear 6MV e dose total variando de 50 – 50,4 Gy.
pacientes possuíam, na época da ReRT, KPS de 70% ou A cirurgia foi realizada entre a 5ª e a 32ª semana (me-
superior. A maioria dos pacientes (75%) possuía uma diana de 12 semanas), após o tratamento neoadjuvan-
lesão única. O tratamento prévio foi cirurgia combinada te. Resultados: A resposta patológica completa foi obti-
com radioterapia em 79,2% dos casos. A ReRT foi re- da em 9 (18,36%) pacientes. Em 40 (81,63%) pacientes a
alizada com técnica fracionada em 83,3% dos casos e resposta patológica foi incompleta. Dentre os pacientes
dose única nos 16,7% restantes. O esquema mais utili- com resposta parcial, um (1,9%) teve resposta compa-
zado foi uma dose total de 35 Gy em 10 frações. O tem- tível com tumor residual e não foram encontrados lin-
po de seguimento mediano foi de 31 meses (2 a 109 fonodos na peça, cinco (9,6%) apresentaram resposta
meses). A SG em 1 ano foi de 66% para grau 2, 55% parcial no tumor primário e linfonodos acometidos, 36
para grau 3 e 57% para o grau 4. A SG mediana foi de 20 (69,2%) apresentaram resposta parcial no primário e
meses sendo de 25, 28 e 15 meses para os graus 2, 3 e linfonodos negativos e dois (3,8%) apresentaram res-
4, nesta ordem. A SLP mediana foi de 15 meses sendo posta completa no tumor primário, porém linfonodos
23, 27 e 04 meses para os graus 2, 3 e 4 respectivamen- positivos. Conclusão: A taxa de Resposta patológica
te. Conclusão: os resultados de sobrevida observados completa encontrada no nosso serviço está compatível
com ReRT sugerem que deva ser considerada como op- com os resultados observados na literatura atual.
ção terapêutica no resgate de pacientes selecionados
Contato: MARINA LEITE MORANDI – mamorandii@
com gliomas recidivados.
gmail.com
Contato: ANDRÉ DA LUZ DAHER – dedaher@gmail.
com
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 60223
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 60742 TOXICIDADE EM PACIENTES
PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR
TAXA DE RESPOSTA COMPLETA INTERSTICIAL COM FIBROSE TRATADOS
À QUIMIORRADIOTERAPIA COM RADIOCIRURGIA ESTEREOTÁXICA
NEOADJUVANTE EM PACIENTES COM EXTRA-CRANIANA PARA NEOPLASIA
NEOPLASIA RETAL EM UM CENTRO DE PULMÃO: RELATO DE 4 CASOS E
ONCOLÓGICO DE PERNAMBUCO REVISÃO DE LITERATURA
Autores: Marina Leite Morandi; Lucas Marques de Autores: Flavia Gabrielli; Gabriel Faria Najas; Rafael
Mendonça; Vandré Cabral Gomes Carneiro; Ana Luiza Gadia; Heloísa de Andrade Carvalho; Frederico
Fassizoli da Fonte; Fernandes; Gilberto Castro; Carlos Eduardo Vita Abreu;
Instituição: INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL Gisela Menegussi; Ricardo Terra; João Victor Salvajoli;
PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA Paulo Hoff;
Instituição: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Introdução: O câncer colorretal é o terceiro câncer
mais comum entre os homens (10,0%) e o segundo en- Introdução: A radiocirurgia estereotáxica extra cra-
tre as mulheres (9,2%) no mundo, sendo responsável niana (SBRT) é o tratamento de escolha para pacientes
por 8,5% dos casos de morte por câncer. Estimativas portadores de câncer de pulmão não pequenas células
governamentais do Inca para o ano de 2016 apontam
(CPNPC), em estadio clinico inicial, clinicamente inope- Barbosa Freire; Gustavo Rodrigues Brochado; Bibiana
ráveis. A literatura descreve a segurança do método Ferreira Gouvêia Ramos; Célia Viegas; Carlos Manoel
através da publicação das séries de pacientes trata- Mendonça Araújo;
dos diversos centros, inclusive em naqueles com fun- Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
ção pulmonar comprometida. Contudo, a morbidade
Introdução: Radioterapia para emergências é uma
associada ao tratamento na população específica de
abordagem determinante do cuidado do paciente on-
pacientes portadores de doença intersticial (DI) não é
cológico, não há consenso da abordagem ótima e deci-
claramente descrita na literatura. O Instituto do Câncer
sões terapêuticas permanecem subjetivas. Objetivos:
do Estado de São Paulo (ICESP), iniciou o tratamento
traçar um perfil do atendimento oncológico em radio-
de CPNPC em estadio inicial com SBRT em 2010, com
terapia no nosso departamento. Métodos: Estudo re-
base no protocolo RTOG 0236. Desde então, 90 pa-
trospectivo durante os anos de 2012 a 2016 através de
cientes foram tratados. Destes, 4 foram identificados
levantamento de número de atendimentos de urgên-
como portadores de DI. Todos apresentaram toxicida-
cias; sítio oncológico tratado; dose total, tempo total
de grave pouco tempo após SBRT, evoluindo a óbito.
de tratamentos, dose/fração, energia de feixe utilizada,
Esta evolução grave foi discordante das principais sé-
distribuição de campos e técnica empregados (2Dx3D).
ries institucionais e estudos prospectivos, assim como
Os dados foram acessados através de planilha de cál-
em relação aos demais pacientes tratados no ICESP
culos de planejamento da seção de Física Médica. Re-
neste período. Objetivo: O objetivo deste relato de 4
sultados: Mais de 13.600 pacientes foram tratados no
casos, com revisão de literatura, é de informar a comu-
departamento durante esse período, sendo 2840 (20
nidade médica científica sobre os riscos elevados de
% de todos tratamentos) classificados como tratamen-
toxicidade com SBRT em pacientes com DI. Casuíticas e
tos de urgência, que são a amostra do estudo. Foram
Métodos: Foi realizada avaliação retrospectiva de pron-
encaminhados em média cerca de 2 casos diários de
tuários dos pacientes submetidos à SBRT e portadores
urgências para tratamento, em dias úteis. Predominou
de DPI. Utilizou-se os buscadores “ ( (Lung Diseases, In-
planejamento com técnica 2D em 88% das vezes (2516
terstitial) OR (Pulmonary Fibrosis) OR (Lung Diseases,
casos) e fracionamentos superiores a doses únicas em
Obstructive) OR (Pneumonia) OR (Pulmonary Disease,
63% dentro da amostra total (1890 casos). Foram mais
Chronic Obstructive) ) AND (Radiosurgery OR Stereota-
frequentemente tratadas metástases em 974 casos
xic Techniques OR stereotactic ablative radiation thera-
(34%), nesta ordem de frequência: cerebral e meníngea
py OR SABR OR SBRT OR hypofractionated high-dose
em 601 casos (21%), e óssea em 361 deles (13%). Sítio
radiotherapy) “ para a pesquisa bilbiográfica na base
pulmonar respondeu por 391 casos (13,7%), sitio gine-
Pubmed. Resultados: Entre todos os centros que pu-
cológico por 161 casos (5,6%) e cabeça e pescoço, 381
blicaram suas casuísticas, apenas 2 séries reportaram a
casos (13,4%). A dose mais frequentemente utilizada foi
alta toxicidade associada a SBRT em pacientes com DI,
de 8Gy (38,5%), seguida de 30Gy (29,5%) e 20Gy (26,2%).
totalizando 5 pacientes nestas duas séries. Ambos os
O fracionamento em dose única foi utilizado em 1091
centros recomendaram, após os eventos negativos, a
casos (38,5%). Os esquemas fracionados mais ado-
extrema cautela ou contra indicação ao procedimento.
tados foram os de 30Gy/10 frações (29,5%) e 20Gy/5
Discussão e Conclusão: Existe uma escassez de infor-
frações que compreendem 1585 (55,7%). A energia de
mação na comunidade médica acerca da influência da
feixe mais frequentemente empregada foi a de 1,25MV
DI no prognóstico dos pacientes submetidos a SBRT. A
(68%). Até o momento conseguimos revisar cerca de
experiência do ICESP coincide com a experiência dos
70% dos casos. Quarenta e cinco por cento das indi-
centros que reportaram os desfechos relacionados a
cações de emergência foram irradiadas entre segun-
esta população. Assim, pode-se concluir que estes pa-
das e sextas-feiras (respectivamente 686 e 603 casos).
cientes apresentam uma alta probabilidade de toxicida-
Conclusão: Atendimentos de urgência são frequentes
de pulmonar grave após SBRT, o que justifica extrema
e correspondem a 1/5 dos atendimentos em radiote-
cautela para sua indicação.
rapia, no nosso serviço. Predominaram atendimentos
Contato: GABRIEL FARIA NAJAS – gabriel. najas@gmail. de metástases, fato possivelmente relacionado ao esta-
com diamento avançado dos pacientes. Fracionamentos em
doses únicas foram empregados em menor frequência
que tratamentos mais prolongados. O encaminhamen-
to em dias próximos a fins de semana pode sugerir re-
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA tardo no diagnóstico de urgências. Estas situações po-
CÓDIGO: 61841 dem gerar impacto gerencial e deverão ser apreciadas,
para uma eventual mudança de abordagem.
URGÊNCIAS EM RADIOTERAPIA: PERFIL
Contato: ALEXANDRE DA FONSECA COLÃO –
DE ATENDIMENTOS NO INSTITUTO alexandrecolao@gmail.com
NACIONAL DE CÂNCER
Autores: Alexandre da Fonseca Colão; Guilherme
Bem Com Você. No decorrer da oficina, foram relatados tativa. No primeiro semestre, 41 foram orientados pela
sentimentos como: vergonha, constrangimento com a enfermagem (entrega de panfleto com os alimentos
aparência e as mudanças em seu corpo e visual. A ação permitidos e proibidos antes de iniciar o tratamento)
traz momentos de auto reflexão dos momentos vividos. e 42 no segundo semestre foram orientados pela nu-
Nota-se também uma motivação importante após ofi- trição. A nutricionista além de descrever os alimentos
cina para enfrentamento da doença e do tratamento permitidos e proibidos, propôs um modelo de cardápio
oncológico. Conclusão: A ação proporciona um impac- da dieta fracionada e com substitutos de alimentos em
to significativo na vida dessas mulheres, melhorando o cada refeição que foi entregue antes do tratamento e
nível de satisfação com a sua aparência e autoestima, acompanhava periodicamente para verificar a adesão
podendo também servir de incentivo para outras mu- da mesma. Resultados: No primeiro semestre, o nú-
lheres que estão passando pelo mesmo momento. mero de preparo inadequado foi maior que no segun-
do (78% e 59%), sendo que o reto foi o órgão com a
Contato: ANGELA MARIA AGOSTINHO DE MELO –
maior inadequação. Comparando entre os semestres,
angela. silva@hc. fm. usp.br
o preparo insatisfatório do reto variou de 50% para
38%, e os pacientes saíram mais vezes da sala, 110 e 79
frações. Conclusão: Com estes dados, sugere-se que a
TEMÁRIO: TÉCNICOS EM RADIOTERAPIA intervenção nutricional mostrou-se importante, sendo
CÓDIGO: 60285 necessário um número maior de pacientes e melhor
análise do perfil clínico destes.
O IMPACTO DA ORIENTAÇÃO Contato: ELANE IDALGO CAMPOS – ei. campos@
NUTRICIONAL NO TRATAMENTO DE hotmail.com
PACIENTES PORTADORES DE TUMOR DE
PRÓSTATA
Autores: Elane Idalgo Campos; Katia Cristina Camonda
TEMÁRIO: TÉCNICOS EM RADIOTERAPIA
Braz Souza; Sandra Regina de Oliveira Borges; Ana
Paula Vollet Cunha; CÓDIGO: 57400
Contato: BÁRBARA CAIXETA MARIN MACHADO DE Introdução: Pacientes com câncer de cabeça e pescoço
FARIA – barbaracaixeta. uni@gmail.com submetidos à radioterapia podem necessitar de repla-
nejamento durante o tratamento, devido a algumas al-
terações apresentadas, como a perda de peso, que pode
alterar a dose administrada no volume alvo e órgãos de Introdução: Os indicadores de qualidade são utilizados
risco, em especial, medula espinhal. Desta forma, este nas avaliações, evolução e melhorias na assistência dos
público deve ser acompanhado por uma equipe mul- serviços de saúde em Radioterapia. Neste contexto as
tiprofissional para garantia de um tratamento seguro informações demonstram a realidade desta assistência
e integral. Objetivo: Identificar a ocorrência de perda prestada de forma direta ao resultado e das estraté-
de peso durante a radioterapia de cabeça e pescoço e gias da instituição. A correta adequação na utilização
seu impacto na necessidade de replanejamento. Mé- dos indicadores no processo de trabalho influenciam
todo: Estudo retrospectivo descritivo, com abordagem na tomada de decisões, aprimoramento dos proces-
quantitativa envolvendo pacientes com diagnóstico de sos, controle e qualidade da assistência em radiote-
câncer de cabeça e pescoço, tratados com Radioterapia rapia. Objetivo: Evidenciar possibilidades de melho-
por Intensidade Modulada (IMRT), no período de janei- rias assistenciais através da leitura de indicadores de
ro de 2015 a maio 2017. O peso corporal dos pacientes qualidade. Método: Estudo descritivo, comparativo,
foi aferido e registrado semanalmente e estes foram exploratório que relaciona o número de pacientes no-
assistidos por uma equipe multiprofissional. Para aná- vos com o número total de consultas de enfermagem
lise, foram considerados separadamente os pacientes sendo utilizado como um balizador para alcance de me-
que receberam até 60 Gy (21%) e os que receberam até tas institucionais no período de janeiro a dezembro de
70 Gy (79%). A perda de peso foi calculada avaliando-se 2016. Os dados foram compilados em uma tabela via
o peso inicial e o menor peso apresentado durante o Microsoft excel modelo 97. Resultados: A avaliação e
tratamento. Resultados: Foram avaliados 24 pacien- mensuração dos resultados alcançados, demonstram
tes com diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço, que no mês de Janeiro o número total de pacientes
apresentando idade média de 63.21 anos (DP=14.46); novos foi 227 (100%), o número total de consultas de
a maioria do sexo masculino (71%), prevalecendo casos enfermagem foi 192 (84,5%); Fevereiro 299 (100%), 167
em estádio avançado (75%) e sem indicação de cirurgia (56%); Março 235 (100%), 201 (86%); Abril 197 (100%),
(71%). Os principais sítios de tratamento foram: orofa- 180 (91,3%); Maio 257 (100%), 255 (99,2%); Junho 221
ringe (25%), cavidade oral e nasofaringe (ambos 21%); (100%), 207 (92,4%); Julho 224 (100%), 205 (92%); Agos-
19 pacientes (79%) foram submetidos à quimioterapia to 271 (100%), 292 (108%); Setembro 206 (100%), 202
concomitante. Nove pacientes apresentaram perda de (98%); Outubro 229 (100%), 176 (79%); Novembro 224
peso ≥ 10% e destes, sete necessitaram de replaneja- (100%), 201 (90%); Dezembro 292 (100%), 156 (53,4%).
mento do tratamento. A perda de peso média dos pa- Diante destes dados, observa-se que a meta de abran-
cientes que receberam até 60Gy foi de 3.6kg e de 6.5kg gência aos pacientes não foi atingida, durante alguns
para aqueles que receberam até 70Gy, sendo eviden- meses do período avaliado. Num total anual de 2885
ciada uma tendência de maior perda de peso no grupo pacientes novos em tratamento, tivemos 2434 consul-
de pacientes com dose total de 70Gy (p=0.05). Conclu- tas de enfermagem representando um total de 84,3%,
são: Apesar deste resultado, que pode ser justificado ficando 15,7% aquém da meta estipulada. Conclusão:
pelo pequeno número de pacientes e/ou pelo suporte Os dados obtidos demonstram que os indicadores
oferecido a eles durante o tratamento, em alguns ca- de qualidade são fundamentais para assistência dos
sos, foi identificada perda de peso ≥ 10%, com necessi- pacientes no setor de radioterapia, identificando os
dade de replanejamento da radioterapia, além do valor processos a serem melhorados, na tentativa de uma
próximo ao nível de significância identificado nos casos abrangência maior nas orientações fornecidas.
com dose de até 70Gy. Isto reforça a importância do se-
Contato: ROSELIE CORCINI PINTO – roselie. corcini@
guimento semanal a estes pacientes, com intervenções
santacasa. tche.br
da equipe multiprofissional, que garantam a qualidade
do tratamento.
Contato: NAYARA FERREIRA CUNHA – nayara. nfc@
gmail.com TEMÁRIO: ENFERMAGEM ONCOLÓGICA
CÓDIGO: 57390
O SIGNIFICADO DA CONSULTA DE
TEMÁRIO: ENFERMAGEM ONCOLÓGICA ENFERMAGEM EM RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 61929 PARA O CLIENTE SOB A PERSPECTIVA
FENOMENOLÓGICA
INDICADORES DE QUALIDADE
Autores: Hugo Alberto Neves de Souza; Maria Amália
ASSISTENCIAL UTILIZADOS EM de Lima Cury Cunha; Fabiana Verdan Simões; Ann Mary
RADIOTERAPIA Machado Tinoco Feitosa Rosas;
Autores: Jéssica Brinkus; Aline Moraes de Abreu; Leila Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO
Maria de Abreu Jaggi; Roselie Corcini Pinto; Neiro RIO DE JANEIRO
Waechter da Motta;
Introdução: este estudo partiu da reflexão da necessi-
Instituição: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
dade dos clientes oncológicos em radioterapia e seus
DE PORTO ALEGRE
acompanhantes comparecerem com assiduidade às dadores de pessoas com feridas neoplásicas. Os dados
consultas de enfermagem agendadas visando um cui- foram obtidos de entrevistas semi-estruturadas, aplica-
dado de cunho educativo e assistencial com seu foco das entre abril e maio de 2017, em seguida submetidos
nos efeitos colaterais do tratamento em pele e muco- a análise de conteúdo temática. A pesquisa respeitou
sas, além das necessidades não físicas. Objetivo: com- os aspectos éticos da Resolução nº 466/12 do Conselho
preender o significado da consulta de enfermagem para Nacional de Saúde. Resultados: Com o surgimento das
clientes oncológicos submetidos à radioterapia. Méto- feridas neoplásicas, as famílias enfrentam dificuldades
do: pesquisa qualitativa realizada com dezesseis parti- em cuidar da pessoa com câncer devido a intensa dor,
cipantes através de instrumento de entrevista semi-es- exsudato, hemorragias, odores desagradáveis, necrose
truturada em uma instituição de referência oncológica e limitações para a mobilização do adoecido, sentindo
localizada na cidade do Rio de Janeiro. Para análise dos a necessidade de profissionais ou instituições que lhes
dados foi usado como referencial teórico metodológico ajudem a manejar as feridas. Percebem a necessidade
a Fenomenologia de Alfred Schutz. Resultados: após de obter conhecimento para cuidar da pessoa adoeci-
análise das entrevistas emergiram três categorias: ob- da e reduzir os desconfortos e produzidos pelas lesões.
ter esclarecimentos acerca de seus sintomas; receber Qualificam que as informações obtidas nos serviços de
orientações que possam auxiliar em seu tratamento; oncologia são imadequadas ou insuficientes para aten-
ouvir palavras de estímulo. Conclusão: a consulta de der às necessidades impostas pelas feridas. Assim bus-
enfermagem constitui-se em um espaço de orientação, cam informações na internet, amigos ou profissionais
esclarecimento de dúvidas, estímulo e apoio emocional de outros serviços para realização do cuidado. Criam
na busca de qualidade de vida durante e após o trata- estratégias para o o manejo das lesões e o cuidado
mento. O vínculo entre enfermeiro e cliente mostrou-se emocional do adoecido. Ademais convivem com senti-
como um dos instrumentos fundamentais no auxílio à mentos negativos que a ferida provoca e a discrimina-
adesão ao tratamento. As falas demonstram a seguran- ção ao tentarem acessar o cuidado nas unidades bási-
ça dos clientes no conhecimento do enfermeiro repre- cas de saude que por desconhecimento se recusam a
sentado pelas intervenções de enfermagem realizadas. cuidar dos adoecidos. Conclusão: Este estudo salienta
que as famílias ao assumirem o cuidado da pessoa com
Contato: HUGO ALBERTO NEVES DE SOUZA – hugoal.
câncer, demanda atenção dos profissionais de saúde
neves2@hotmail.com
que os instrumentalize para o manejo dos sinais e sin-
tomas que as feridas apresentam.
Contato: MILENA MARQUES CERQUEIRA MENDES –
TEMÁRIO: ENFERMAGEM ONCOLÓGICA MILEENA. MARQUES@HOTMAIL. COM
CÓDIGO: 60553
ção nos mais incidentes (6,71/100 mil) no sul do Brasil. próstata, mama, traquéia/pulmão e brônquios, cólon e
O câncer de corpo de útero ocupa a décima segunda reto e esôfago. Objetivo: Identificar os cinco tipos de
posição (5,21/100 mil) na região sul e as neoplasias tumores mais incidentes no ano de 2016 no ambulató-
malignas da vulva e vagina tem baixa incidência. Ob- rio de radioterapia de um hospital da região metropo-
jetivo: Analisar os aspectos clínicos e epidemiológicos litana de Porto Alegre e comparar os dados encontra-
das pacientes atendidas no serviço de Radioterapia do dos nas estimativas para região trazidas pelo banco de
Hospital Santa Rita do Complexo Irmandade Santa Casa dados nacional. Método: Estudo transversal, descritivo
de Porto Alegre, Brasil. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo, com abordagem quantitativa. A amostra
descritivo e exploratório onde foram analisados os da- desta pesquisa foi composta por todos os registros de
dos de 86 pacientes atendidos no período de Março a pacientes que realizaram radioterapia no serviço em
Maio de 2017. As variáveis analisadas incluíram idade, estudo no ano de 2016. Para a coleta e análise das in-
diagnóstico do câncer, estadiamento clínico e grau de formações, foi utilizado banco de dados Microsoft Excel.
diferenciação histopatológica. Os dados foram compi- Resultados: No ano de 2016 o serviço de radioterapia
lados e analisados através de banco de dados do siste- atendeu o total de 2442 caos novos de câncer. Destes
ma Tasy de informações. Resultados: A idade de maior 767 (31,40%) foram pacientes em tratamento de cân-
prevalência foi de 30 a 39 anos (23,25%), seguido por cer de mama; 350 (14,33%) próstata; 177 (7,24%) colo
50 a 59 anos (22,9%), 40 a 49 anos (20,93%), 60 a 69 de útero; 176 (7,20%) pulmão e brônquios e 84 (3,43%)
anos (15,11%), 70 a 79 anos (10,46%), 20 a 29 anos e esôfago. Conclusão: Comparando os resultados foi
80 a 89 (3,49%) e a faixa etária menos incidente foi de possível identificar que os tumores de mama e prós-
90 a 99 anos (1,16%). Os principais diagnósticos foram tata são os mais incidentes no sul do Brasil, que houve
câncer de colo de útero (84%) seguido pela neoplasia um aumento expressivo de casos de câncer de colo de
maligna do corpo uterino (16%). O estádio mais predo- útero no estado e que pulmão e esôfago encontram-se
minante foi IB (37%), IIB (34%) e IIB (29%). O grau de entre os cinco mais incidentes conforme os dados trazi-
diferenciação histopatológica mais prevalente foi G2 dos nas estimativas para 2016/2017.
(54%), G3 (30%), G1 (1%), e em 10% dos casos não foram
Contato: ROSELIE CORCINI PINTO – roselie. corcini@
avaliados. Conclusão: Esse levantamento contribuiu na
santacasa. tche.br
análise dos aspectos clínicos e epidemiológico das pa-
cientes atendidas no hospital e direcionar o olhar para
programas de prevenção da doença.
Contato: ROSELIE CORCINI PINTO – roselie. corcini@ TEMÁRIO: ENFERMAGEM ONCOLÓGICA
santacasa. tche.br CÓDIGO: 59799
PROTOCOLO INSTITUCIONAL DE
RADIODERMATITE: PREVENÇÃO E
TEMÁRIO: ENFERMAGEM ONCOLÓGICA TRATAMENTO
CÓDIGO: 61960
Autores: Deisi Pricilia Santana Oliveira Rufino; Andrea
Furtado Braga do Nascimento; Jaqueline de Souza;
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE UM Kamilla Lopes;
SERVIÇO DE RADIOTERAPIA REFERÊNCIA Instituição: ONCOCLINICAS DO BRASIL
NO ESTADO DO RIO GRANDE
O câncer é um problema de saúde pública, sobretudo
Autores: Nathally Marques Pulgatti; Taís Marques
nos países em desenvolvimento. Nestes, é esperado,
Cerentini; Andressa Karol Oliveira; Leila Maria de Abreu
para as próximas décadas, um crescimento popula-
Jaggi; Roselie Corcini Pinto; Aline Moraes de Abreu;
Neiro Waechter da Motta; cional correspondente a 80% dos mais de 20 milhões
de casos novos estimados para 2025. No Brasil, as es-
Instituição: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
DE PORTO ALEGRE timativas para o biênio 2016-2017 foram de cerca de
600 mil casos novos de câncer. Dentre os tratamentos
Introdução: Documento publicado pela World Cancer para o câncer, a radioterapia é uma modalidade local-
Report 2014 da Agência Internacional para Pesquisa so- -regional, que utiliza radiação ionizante contra células
bre Câncer (IARC) reconhece o câncer como problema neoplásicas, podendo ser indicada de forma exclusiva
de saúde pública. A nível mundial, crescem os casos de ou associada com quimioterapia e cirurgia. Uma das
morbidades e mortalidades associadas a diversos tipos complicações da radioterapia são as alterações de
de câncer, mesmo com a existência de recursos que pele, denominadas radiodermatite, podendo ser agu-
possibilitam diagnóstico precoce, ampliam as chances das ou tardias. O enfermeiro, que trabalha em unidade
de prognóstico positivo. Pesquisa do Instituto Nacional de radioterapia, deve ser especializado em oncologia,
de Câncer (INCA), estima que no Brasil, para 2016-2017, ter conhecimento cientifico, teórico e prático, traçar as
cerca de 600 mil casos de câncer. Para o Rio Grande diretrizes e metas que assegurem uma assistência de
do Sul são sinalizados como tumores mais incidentes: enfermagem de qualidade, atuando na prevenção, tra-
tamento e reabilitação dos clientes, através da imple- sente estudo possibilitou uma análise de como a radio-
mentação de protocolos institucionais, de acordo com cirurgia e a radioterapia estereotáxica fracionada vem
a realidade atual. evoluindo com opções terapêuticas menos invasivas e
seguras. Observando-se a prevalência no tratamento
Contato: DEISI PRICILIA SANTANA DE OLIVEIRA
de metástases cerebrais e outras neoplasias malignas.
RUFINO – santana. deisi@gmail.com
Além disso também permitiu o levantamento de dados
para uma futura pesquisa clínica.
Contato: ANDRÉA MORAES IPIRANGA – andrea_
TEMÁRIO: ENFERMAGEM ONCOLÓGICA ipiranga@outlook.com
CÓDIGO: 60537
RADIOCIRURGIA E RADIOTERAPIA
ESTEREOTÁXICA FRACIONADA: TEMÁRIO: ENFERMAGEM ONCOLÓGICA
EXPERIÊNCIA DE TRÊS ANOS DO CÓDIGO: 61984
HOSPITAL PORTO DIAS EM BELÉM-PA
RADIOTERAPIA E MANEJO DE FERIDAS
Autores: Andréa Moraes Ipiranga; Danielle Teixeira de
Castro; EM CASO DE CORDOMA SACRAL
Instituição: HOSPITAL PORTO DIAS Autores: Aline Moraes de Abreu; Marcela Metzdorf;
Daniela Santos da Silva; Leila Maria de Abreu Jaggi;
Introdução: A radiocirurgia consiste no emprego de Roselie Corcini Pinto; Neiro Waechter da Motta;
doses únicas e altas de radiação dirigidas com alto Instituição: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO
grau de exatidão para tumores intracranianos e para ALEGRE
algumas doenças funcionais. Já a radioterapia estere-
otáxica também envolve doses altas e precisas de ra- Apresentação do caso: Estudo de caso de paciente em
diação assim como a radiocirurgia, porém de maneira atendimento no ambulatório de radioterapia de um
fracionada. Geralmente se opta por este tipo de trata- CACON da cidade de Porto Alegre. Sexo masculino, 53
mento quando o tumor é de localização muito próxima anos, diagnosticado com cardoma sacral e submetido a
à tecidos normais importantes e sensíveis à radiação sacrectomia, retossigmoidectomia, colostomia terminal
ou quando os tumores cranianos excedem o tamanho e reconstrução com retalho miocutâneo com reto ab-
máximo permitido para radiocirurgia com dose única. dominal. Em seguimento, apresentou recidiva tumoral
Estas técnicas vem avançando no tratamento de lesões 9 meses após a abordagem cirúrgica, sendo contra-in-
do sistema nervoso central. Objetivo: Apresentar a ex- dicada nova intervenção. Encaminhado ao serviço de
periência em radiocirurgia e radioterapia estereotáxica radioterapia, onde optou-se por realizar 30 Gy em 10
fracionada em um serviço de um hospital privado do frações no local da recidiva, objetivando o controle da
norte do Brasil dos últimos 3 anos. Método: Trata-se de dor e possível redução da neoplasia. A lesão em região
um estudo retrospectivo, descritivo, com 58 pacientes sacral apresentava-se com edema, eritema, área necró-
que foram submetidos a radiocirurgia e radioterapia tica no centro do glúteo máximo esquerdo, sangrante e
estereotáxica fracionada no período de Julho de 2014 fétida. Discussão: O cordoma é uma neoplasia epitelial
a Junho de 2017. Os tratamentos foram realizados com maligna rara que se origina de remanescentes embrio-
um sistema de localização estereotática (Exactrac®) e lógicos da notocorda primitiva. Cerca de 50% dos casos
os planejamentos foram feitos com sistema Iplan da se localizam na região sacral e constitui a neoplasia pri-
empresa alemã Brainlab. Para a imobilização dos pa- mária mais comum dessa região. Sua evolução desfa-
cientes foram utilizadas máscaras termoplásticas este- vorável decorre do seu comportamento local agressivo
reotáxicas. Resultados: A média de idade foi de 57,4 e da sua proximidade a tecidos nervosos e ao arcabou-
anos. Em relação ao sexo 74,2 % eram do sexo femi- ço ósseo da pélvis, o que dificulta a obtenção de mar-
nino. O percentual de tratamento com radiocirurgia gens de ressecção livres. Tendo em vista que são pouco
foi 56,9% e de radioterapia estereotáxica fracionada sensíveis à radio e quimioterapia, o tratamento de es-
em até cinco frações foi de 43,1%. Com relação as pa- colha consiste na ressecção radical complementada ou
tologias 43,1% foram metástases cerebrais, 22,4% de não com radioterapia adjuvante. No entanto, a avalia-
Schwannoma, 17,2% de Meningioma, 5,1% de Adeno- ção especializada e a utilização de curativos específicos
ma, 3,4% de Glioma,, 3,4% de Malformações arteriove- para cada particularidade da lesão, são fundamentais
nosas e 5,4 outros. Em relação a técnica utilizada 70,7% para o alcance de melhores resultados. Comentários
foram de Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) Finais: No presente caso, uma vez que o mesmo foi
e 29,3% com Radioterapia Tridimensional (3D). Sobre a considerado irressecável, optou-se pela radioterapia
quantidade de lesões por pacientes, 17,2 % foram pa- local como tentativa de diminuir ou estabilizar o cresci-
cientes que trataram múltiplas lesões e 82,8% trataram mento da massa e melhora sintomática da dor. Obtive-
lesões únicas. Conclusão: O desenvolvimento do pre- mos bons resultados, com redução tumoral importante
e paciente não necessitando manter analgesia. Foram
realizados curativos com hidrofibra com prata a cada técnica de 3D apresentou valores de R50 menores, uma
72 horas e desbridamento das áreas necróticas. Con- vez que para esta modalidade de tratamento tem-se
seguimos, ao fim do tratamento radioterápico, criação menor volume irradiado. O parâmetro D2 apresentou
de fibrina e a revitalização do tecido. A radioterapia não valores de 40 a 83,33%, apresentando valores maiores
é utilizada como tratamento isolado devido às grandes quanto maior o volume do PTV em ambas as técnicas.
dimensões do tumor ao diagnóstico. Está bem indica- O parâmetro V105 apresentou valores de 0 a 29,8%,
da após ressecções subtotais visto que sua função é apresentando maiores valores quanto menor o volume
promover o controle local da neoplasia. Na busca da do PTV em ambas as técnicas. O parâmetro V20 mos-
cirurgia oncológica ideal, a abordagem multidisciplinar trou relação aproximadamente linear com o volume do
é ideal, ponderando com o paciente possíveis sequelas PTV em ambas as técnicas, sendo maior para volumes
do tratamento. maiores. Conclusões: A análise dos parâmetros dosi-
métricos não evidenciou vantagem para nenhuma téc-
Contato: MARCELA METZDORF – marcelametzdorf@
nica, exceto para o parâmetro R50, o qual apresentou
gmail.com
melhores resultados para a técnica 3D em lesões de pe-
queno volume. Aliado ao fato de que a técnica 3D não
sofre influência com o efeito interplay pode-se concluir
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA que esta modalidade ainda constitui uma boa escolha
CÓDIGO: 60405 para planejamentos de SBRT de pulmão.
Contato: MAÍRA MILANELO VASQUES –
ANÁLISE COMPARATIVA DE mairavasques@gmail.com
PARÂMETROS DOSIMÉTRICOS EM
PLANEJAMENTOS DE SBRT DE PULMÃO
COM TÉCNICA 3D E VMAT
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA
Autores: Maíra Milanelo Vasques; Érika Yumi Watanabe;
CÓDIGO: 59409
Ana Claudia M. De Chiara; Gabriela Reis S. de Jesus;
Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE
MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ANÁLISE DOS DADOS DE CONTROLE DE
QUALIDADE DOS PLANEJAMENTOS DE
Introdução: A Radiocirurgia Estereotáxica Corpórea PRÓSTATA COM A TÉCNICA DE VMAT
(Stereotactic Body Radiation Therapy – SBRT) consiste UTILIZANDO EPID
em administrar altas doses de radiação a tumores fora
Autores: Sarah Jéssica Mazaro; Fernanda C Brandão;
do sistema nervoso central, com alta precisão, visando
José Carlos Cruz; Karina C. Volpato; Flavio S. Guimarães;
maximizar a dose recebida pelo tumor, minimizando
João Victor Salvajoli;
as probabilidades de complicações em tecido normal
Instituição: CENTRO DE RADIOTERAPIA DE SÃO CARLOS
adjacente. A SBRT pode ser realizada com técnicas con-
vencionais de planejamentos 3D ou com o recurso de Objetivo: Este trabalho tem como objetivo avaliar os
técnicas de maior tecnologia, como a Arcoterapia Vo- testes de controle de qualidade (CQ) dos planejamen-
lumétrica Modulada (Volumetric Modulated Arc Thera- tos de próstata com a técnica radioterápica de arco
py – VMAT), sendo a escolha da técnica dependente de volumétrico (VMAT) utilizando Dispositivo Eletrônico de
fatores como volume, formato e localização da lesão. Imagem Portal (EPID), realizados no Centro de Radio-
Objetivos: Comparar os parâmetros dosimétricos em terapia de São Carlos. Métodos: Foram avaliados 194
planejamentos de SBRT de pulmão, com técnica 3D e CQ’s realizados durante o período de Outubro de 2014
VMAT e buscar uma regra prática para auxiliar na esco- a Maio de 2017. Os dados destes CQ’s foram analisa-
lha da melhor técnica de tratamento. Métodos: Foram dos quantitativamente no modo relativo por meio de
avaliados 41 planejamentos de pacientes que foram três parâmetros fundamentais: o índice de concordân-
submetidos a SBRT de pulmão entre agosto de 2011 a cia gama > 1, gama médio e gama máximo. Esse cri-
maio de 2017. A dose prescrita variou de 48 Gy a 60Gy tério foi utilizado a fim de estabelecer níveis de ação
(de 4 a 8 frações). Para cada planejamento foram le- clínica com base na média institucional e nos desvios-
vantados: o volume do PTV, a razão entre a isodose de -padrão. A diferença de dose limiar foi definida como
50% e o volume do PTV (R50), o índice de conformidade 3% e a distância limiar de concordância em 2mm. Re-
(IC), a dose máxima a 2 cm do PTV em qualquer direção sultados: Em média, os resultados fornecidos pelo
(D2), o volume da isodose de 105% fora do PTV (V105) software de análise da Varian Medical Systems (Palo
e o volume dos pulmões subtraindo-se o PTV que rece- Alto, CA), chamado Portal Dosimetry (PD, versão 10.0),
beu 20Gy (V20). Resultados e Discussões: O IC variou apresentaram valores de índice de concordância gama
de 0,933 a 1,278, apresentando maiores valores quan- de (99,4±3,4) %, gama máximo de (1,46±0,31) e gama
to menor o volume do PTV, para ambas as técnicas. O médio de (0,23±0,03). Clinicamente, tais resultados,
R50 teve valores entre 3,131 e 8,837, sendo os maiores demonstraram alta acurácia das distribuições de dose
valores atribuídos à técnica VMAT e lesões menores. A reconstruídas com a técnica de VMAT, uma vez que há
boa concordância entre as doses planejadas e medi- na bexiga (2cc) e no ponto de bexiga foram (67,4±0,1) %
das. Conclusão: Concluímos que o padrão de aceitação e (77,1±0,2) % das doses de prescrição, respectivamen-
gama para estes casos de próstata feitos com EPID fo- te. Analogamente, as doses médias no reto (2cc) e no
ram coerentes com o esperado e níveis de ação devem ponto de reto foram (74,6±0,2) % e (67,9±0,2) %, res-
ser adotados para valores inferiores a estes. Assim, os pectivamente. Conclusão: As doses depositadas nos
procedimentos realizados nos tratamentos com VMAT pontos A foram similares entre si, revelando a simetria
da instituição mostraram-se adequados para aplicação de distribuição de dose nos pacientes e se mostrando
clínica. coerentes com a cobertura do PTV. A dose no ponto de
reto foi 6,7% menor que a dose no reto a 2cc, sugerindo
Contato: SARAH JÉSSICA MAZARO – sarahmazaro@
que o planejamento 3D pode diminuir a dose entregue
yahoo.com.br
para este órgão, quando comparado ao planejamento
2D. Por outro lado, a dose no ponto de bexiga foi 9,7%
maior que a dose na bexiga em 2cc. Os planejamen-
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA tos bidimensionais geralmente incluem a colocação do
CÓDIGO: 60378 Cateter de Foley para assegurar a reprodutibilidade do
posicionamento do paciente ao longo do tratamento,
ANÁLISE DOSIMÉTRICA COMPARATIVA de acordo com as recomendações do ICRU Report 89.
Como o cateter não estava presente nos casos aborda-
EM PLANEJAMENTOS DE
dos nesta pesquisa, o ponto de bexiga poder ter sido
BRAQUITERAPIA DE CÓLO DE ÚTERO: determinado mais próximo dos aplicadores.
3D VERSUS 2D
Contato: ALEXANDRE COLELLO BRUNO –
Autores: Fabricio Augusto de Lima; Leandro Federiche
Borges; Gustavo Lazzaro Barbi;; Juliana Fernandes alexandrecbruno@gmail.com
Pavoni; Edenyse Cristhiane Bertucci; Euclydes
Borguezan Neto; Marilia Lisboa Roca Santo; Gustavo
Viani Arruda; Felipe Teles De Arruda; Isabela Soares
Lopes Branco; Alexandre Colello Bruno; TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA
Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE CÓDIGO: 61809
MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE
SÃO PAULO APLICAÇÃO DO TG-119 DA AAPM PARA
Introdução: A braquiterapia de alta taxa de dose (HDR) VERIFICAÇÃO DO COMISSIONAMENTO
tem sido cada vez mais utilizada nos últimos anos. Esta DE VMAT UTILIZANDO ARCCHECK
modalidade de tratamento permite que altas doses de Autores: Milton Lavor; Antonio Robson Nogueira da
radiação sejam administradas ao paciente em um cur- Silva; Vinicius Fernandes Araújo; Geison Moreira Freire;
to intervalo de tempo, reduzindo os efeitos colaterais Instituição: LIGA MOSSOROENSE DE ESTUDOS E
aos tecidos saudáveis adjacentes. Os dois principais COMBATE AO CÂNCER
tipos de planejamento realizados na rotina clínica são
Introdução: A aplicação de um protocolo da verifica-
2D ou 3D, dependendo da modalidade de imagem em
ção do comissionamento é uma barreira de segurança
que o planejamento é baseado. Apesar dos sistemas
para evitar ou minimizar os acidentes nos tratamentos
de braquiterapia tridimensional estarem ganhando
de radioterapia. Visando ao estabelecimento de crité-
espaço ultimamente, poucos estudos têm sido publica-
rios para o comissionamento de IMRT, o grupo tarefa
dos comparando os planejamentos 2D e 3D. Objetivo:
TG-119 da American Association of Physiscts in Medici-
Comparar as doses entregues na bexiga e no reto em
ne (AAPM) criou um documento guia com um conjunto
planejamentos de braquiterapia de colo de útero bi-
de planejamentos testes e limites aceitáveis a partir da
dimensional e tridimensional. Método: Quinze planos
comparação dosimétrica dos resultados encontrados
de braquiterapia tridimensional HDR foram analisados
por várias instituições. Seguindo as orientações do TG-
quanto à cobertura, dose na bexiga (2cc) e no reto (2cc).
119, este trabalho apresenta os resultados da análise
Nestes mesmos planos foram criados os pontos de be-
gama para os planos vários alvos, próstata, cabeça e
xiga, reto e ponto A de acordo com as recomendações
pescoço e forma de C difícil e têm como finalidade a
do ICRU Report 89. As doses entregues nestes pontos
verificação da eficácia dos tratamentos com Volumetric
foram comparadas às doses volumétricas. Todos os
Modulated Arc Therapy (VMAT). Objetivo: O objetivo
valores de dose foram normalizados pelas doses de
deste trabalho foi criar os planos de teste do TG-119
prescrição nos respectivos planejamentos. A realização
utilizando VMAT para avaliar o desempenho da entrega
deste estudo de não afetou o tratamento dos pacien-
do acelerador linear empregando dispositivo de contro-
tes. Resultados: A cobertura média de 90% do volume
le de qualidade volumétrico. Materiais e Método: Os
do PTV foi de (95±13) %, sendo que as doses médias nos
planejamentos foram realizados no sistema de plane-
pontos A, medidos bilateralmente, foram de (91,8±0,1)
jamento Mônaco 5.00.02 e executados pelo acelerador
% e (91,5±0,2) % da dose de prescrição. As doses médias
linear Elekta Synergy Platform (Elekta, Suécia) com os
parâmetros de tratamento: VMAT, 6MV, 2 arcos, 150 cado pelo sistema Calypso como sendo a posição do
pontos de controle, segmento mínimo 1cm, grade de isocentro. Antes de iniciar o tratamento foi adquiriu-se
cálculo 2 mm e doses dos alvos especificadas no TG119 um CBCT. Foram analisados os deslocamentos X, Y, Z,
para cada plano. Empregou-se detector ArcCHECK (Sun inclinação, rotação e rolagem sugeridas como corre-
Nuclear, Estados Unidos), para medição de dose abso- ção para a imagem. Resultados: Foram avaliados até o
luta e distribuição de dose. As verificações das distri- momento 6 pacientes, que tiveram seu curso de trata-
buições de doses pela comparação entre os gradientes mento completado. Avaliaram-se todas as imagens de
de doses medidos e calculados foram avaliadas pelo cada paciente, onde observou-se uma variação média
método do índice gama no software SNC Patient (Sun de 3mm de distância de deslocamento entre o isocen-
Nuclear, Estados Unidos) e os critérios gama foram tro detectado e o isocentro sugerido pela fusão da to-
3%/3mm. Resultados: A avaliação gama, utilizando os mografia de planejamento e CBCT do paciente. O valor
parâmetros recomendados pelo TG-119, apresentou máximo de deslocamento encontrado foi de 9 mm para
para o plano vários alvos 96,4% para a porcentagem de direita e a maior frequência de variação foi entre 0 e
pontos com concordância (γ≤1) entre as distribuições 2mm. Nas frações em que as maiores diferenças foram
de dose medidas e calculadas, para o plano próstata encontradas (> 0,7cm) o paciente estava com o volume
98,0%, para o plano cabeça e pescoço 99,3% e para o de reto em condições diferentes da condição de simu-
plano forma de C difícil 95,9%. Conclusão: A partir des- lação, sendo orientado a evacuar. Conclusão: Pode-se
ses resultados, concluímos que o desempenho do ace- concluir que essa variação geralmente ocorre em fun-
lerador linear Elekta Synergy é apropriado para planos ção do deslocamento da próstata e dos órgãos vizinhos
complexos utilizando VMAT e o detector volumétrico na pelve, uma vez que a fusão das imagens normal-
ArcCHECK é uma excelente ferramenta para aplicação mente é realizada tendo como base a estrutura óssea
dos testes sugeridos no TG-119. Estes testes não tive- do paciente. Em apenas 2% das vezes a variação entre
ram como finalidade identificar onde estão as possíveis os isocentros foi maior que 5mm nas dimensões X, Y
fontes de erros e incertezas, mas serviram para testar a e/ou Z. Porém a variação em nenhum caso foi maior
precisão geral do sistema de VMAT. que 1cm. O sistema Calypso fornece uma localização
precisa e objetiva da próstata, quando comparada com
Contato: MILTON LAVOR – miltonlavor@gmail.com
outra técnica de localização, permitindo a redução das
margens do PTV dos pacientes que utilizam esse siste-
ma com maior segurança. Este é um trabalho em anda-
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA mento e um maior número de pacientes será demons-
CÓDIGO: 60243 trada no momento da apresentação.
Contato: FRANCINE SANTOS – francine. santos@hmv.
AVALIAÇÃO DA DIFERENÇA ENTRE O org.br
ISOCENTRO DEFINIDO COM O SISTEMA
CALYPSO E O ISOCENTRO DEFINIDO
POR IMAGEM PARA PACIENTES DE
PROSTATA TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA
CÓDIGO: 60511
Autores: Ana Cristina Bratkowski Pereira Leoni;
Francine Xavier Da Silveira dos Santos; Waleska Rubin
Marchionatti; Angela De Lima Gonzaga;
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE ERROS
Instituição: HOSPITAL MOINHOS DE VENTO
DE SET-UP NA DISTRIBUIÇÃO DE
DOSE PARA DIFERENTES TÉCNICAS DE
Introdução: A variação da posição da próstata interfra- PLANEJAMENTO EM RADIOTERAPIA
ção e intrafração durante a radioterapia tem sido obje- TRIDIMENSIONAL DE MAMA
to de muitos estudos que incluem diferentes técnicas,
Autores: Guilherme Giacomini; Jeam Haroldo Oliveira
tais como a radioterapia guiada por imagens (IGRT),
Barbosa; Victor Augusto Ribeiro Bertotti; Leandro
que consiste em reposicionar a mesa de tratamento
Ricardo Gonçalves;
para ajustar a posição do alvo baseado na correção
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DA
sugerida pela comparação entre imagens de planeja-
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
mento e imagens de tratamento. O sistema de locali-
zação Calypso é baseado na detecção de transponders Introdução: Erros de localização, ou set-up, são ineren-
eletromagnéticos implantados na próstata, permitindo tes aos processos da radioterapia, podendo influenciar
a localização e o monitoramento em tempo real do ór- no resultado final do tratamento. Estes erros podem
gão. Objetivo: O objetivo deste trabalho é avaliar a va- comprometer a cobertura de dose do volume alvo clíni-
riação entre o isocentro localizado pelo sistema Calyp- co (CTV), bem como aumentar a dose em órgãos em ris-
so e o isocentro definido pelas imagens de conebeam co (OAR). Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar
CT (CBCT) do paciente. Materias e Métodos: Todos os a influência na distribuição de dose no CTV e no OAR
pacientes avaliados foram posicionados nas marcas da devido a erros de set-up não maiores que a margem
pele e posteriormente foi realizado deslocamento indi- de PTV, a fim de definir qual técnica radioterápica em
mama é menos susceptível. Métodos: Foram avaliadas ser aferida, no mínimo trimestralmente, com uma fon-
4 técnicas de planejamento de mama (exclusiva com te-teste, conforme norma CNEN NN 6.10. A avaliação
filtros (W), filtros e field-in-field (W-FF), exclusiva com 2 da constância da C. I. tipo poço é bem estabelecida uti-
field-in-fields (2FF) e com múltiplos field-in-fields (FF-M) lizando fonte de 60Co. Entretanto, com a substituição
) para 4 pacientes. Todas as técnicas de planejamento dos equipamentos com 60Co por aceleradores lineares,
seguiram a prescrição: 95% da dose cobrindo 95% do esta fonte não está mais disponível. Dessa forma, este
volume do PTV. Para avaliação dos erros de set-up, o trabalho avalia a potencialidade do uso de uma fonte
isocentro foi deslocado ± 0,5 cm (margem do PTV) na de 90Sr, empregada em testes de controle de qualidade
direção do pulmão. A distribuição de dose foi calculada para verificação da constância de CI de placas parale-
mantendo-se as mesmas unidades monitoras dos pla- las, na aferição da constância da CI tipo poço. Méto-
nejamentos originais. Para a análise proposta, avaliou- dos: Uma comparação entre as taxas de dose medidas
-se o volume que recebe 50Gy (V50Gy), a variação da com o conjunto dosimétrico utilizado neste trabalho (CI
homogeneidade de dose no CTV em valores de diferen- Standard Imaging, HDR 1000 Plus, EUA e eletrômetro
ça percentual absoluta (HCTV), a variação percentual de Standard Imaging, CDX – 2000A, EUA) e o valor forne-
volume coberto do CTV (VCTV), a variação percentual cido pelo certificado de calibração dos últimos 4 anos
do aumento do volume do pulmão recebendo dose de de dosimetria (15 fontes) para avaliar a estabilidade do
20 Gy (ΔV20) em relação ao plano original e a variação conjunto dosimétrico estudado. Utilizou-se uma fonte
na dose média do pulmão (Dm). Também foram con- cilíndrica de 90Sr (1222919 – RH427, IBA), encaixada na
sideradas as variações de homogeneidade de dose do entrada da superfície superior da CI tipo poço para uma
PTV. Resultados: A técnica W mostrou dificuldade em medida inicial de cargas durante 1 minutos, 30 leituras
manter volume aceitável de ponto quente quando a de cargas semelhantes foram realizadas num período
distância da entrada e saída do campo foi próxima de de 2 meses. Concomitantemente, foram realizadas me-
20,0 cm. Quando comparadas as outras três técnicas, didas de carga de referência com a fonte de 192Ir do
FF-M apresenta maior redução do V50Gy. Obteve-se equipamento de braquiterapia para comparação. A de-
para HCTV ±0,4%, +1,9%, 2,0% e 3,5%, para VCTV ±0,5%, pendência angular entre o posicionamento da fonte de
– 1,0%, – 1,0% e – 1,0%, para ΔV20 24,7%, 25,4%, 27,6% 90Sr e a resposta da CI foi avaliada em 12 angulações
e 28,15% e para Dm 20,6%, 21,0%, 22,4% e 22,4%, res- diferentes de posicionamento da fonte em relação ao
pectivamente para W, W-FF, 2FF e FF-L. As técnicas de posicionamento usado para as medidas de constância.
planejamento apresentaram cobertura aceitável do Resultados e Discussões: A diferença média entre as
CTV e homogeneidade de dose quando inseridos os taxas de dose medidas e a taxa de dose da calibração
erros propostos. Isto pois os deslocamentos avaliados da fonte de 192Ir foi de 0,22%, o que indica a estabili-
estão dentro das margens geométricas utilizadas no dade do conjunto dosimétrico estudado. Os resultados
serviço (0,5 cm). Neste estudo a normalização escolhida medidos com a fonte de 90Sr apresentam uma variação
foi V95%=95%, torna-se importante avaliar as variações média < 5%, assim como os medidos com o 192Ir. A pe-
HCTV e VCTV para casos em que é priorizado algum ou- quena diferença entre as medidas com as duas fontes
tro parâmetro de cobertura ou volume de ponto quen- valida a metodologia proposta. Foi verificada uma va-
te do PTV. riação angular na resposta da CI de 4,03% para a fonte
posicionada à 270°, enquanto que a menor variação
Contato: GUILHERME GIACOMINI – guigiacomini92@
ocorreu com 90°, obtendo-se 0,6% de variação do valor
gmail.com
de referência. Para as demais angulações uma variação
menor que 3,5% ocorreu. Conclusões: Os resultados
revelaram a potencialidade da fonte de 90Sr para tes-
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA tes de constância da CI tipo poço na ausência de uma
CÓDIGO: 60376 fonte de 60Co.
Contato: EUCLYDES BORGUEZAN NETO –
AVALIAÇÃO DE CONSTÂNCIA eborguezan@gmail.com
DE CÂMARAS TIPO POÇO:
POTENCIALIDADE DE USO DO 90SR
Autores: Euclydes Borguezan Neto; Gustavo L. Barbi;
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA
Isabela S. L. Branco; Leandro F. Borges; Fabricio A. de
Lima; Alexandre C. Bruno; Marília L. R. Santo; Edenyse C. CÓDIGO: 59709
Bertucci; Juliana Fernandes Pavoni;
Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE AVALIAÇÃO DO DESLOCAMENTO
MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE DO SETUP INICIAL DO PACIENTE
SÃO PAULO NAS MARCAS DA PELE EM RELAÇÃO
Introdução: Hospitais que realizam braquiterapia com À LOCALIZAÇÃO COM O SISTEMA
alta taxa de dose (HDR) devem possuir uma câmara de CALYPSO PARA PACIENTES DE
ionização (CI) tipo poço e um eletrômetro para dosime- PRÓSTATA
tria dessas fontes. A constância desse conjunto deve
Autores: Ana Cristina Bratkowski Pereira Leoni; comparado a radioterapia convencional 2D. Além da re-
Francine Xavier da Silveira dos Santos; Waleska Rubin construção tridimensional do paciente, a imagem tomo-
Marchionatti; Angela de Lima Gonzaga; gráfica computadorizada apresenta diferentes hetero-
Instituição: HOSPITAL MOINHOS DE VENTO geneidades quantificadas em Unidade Hounsfield (HU).
Objetivo: O objetivo do trabalho é avaliar e comparar a
Introdução: A variação da posição da próstata interfra-
qualidade dos planos com e sem correção de heteroge-
ção e intrafração durante a radioterapia tem sido obje-
neidade em tratamentos de câncer de mama. Método:
to de muitos estudos que incluem diferentes técnicas.
Análise retrospectiva do planejamento de 13 pacientes
O sistema de localização Calypso é baseado na detec-
portadoras de câncer de mama esquerda, tratadas com
ção de transponders eletromagnéticos implantados na
RT adjuvante com doses de 50 Gy em 25 frações. Foram
próstata, permitindo a localização e o monitoramento
planejadas com 3D-CRT (Field in Field) sem correção de
em tempo real do órgão. Objetivo: O objetivo deste
heterogeneidade (SCH) no sistema Eclipse com algorit-
trabalho é avaliar a variação entre a localização inicial
mo AAA. As configurações geométricas do plano foram
do isocentro nas marcas da pele e a localização do iso-
mantidas mais próximas possíveis do tratamento origi-
centro fornecida pelos transponders. Métodos: Todos
nal e foram recalculados com correção para a mesma
os pacientes avaliados foram posicionados nas marcas
quantidade de unidade monitora (CCH) e depois repla-
da pele e posteriormente foi realizado o deslocamento
nejadas considerando as heterogeneidades (CCHR). Re-
indicado pelo sistema Calypso como sendo a posição
sultados: Comparando os casos SCH e CCHR, o volume
do isocentro. Foram analisados os deslocamentos X, Y
médio da dose de prescrição (V50Gy) diminuiu cerca de
e Z da posição do setup inicial até posição do isocen-
4%, piorando a cobertura para CCHR. A variação média
tro detectados pelo Calypso, além da distância vetorial
do V107% para plano CCHR foi de aproximadamente
entre estes dois pontos. Resultados: Foram avaliados
9 vezes menor que planos SCH, porém as médias das
até o momento 6 pacientes, que tiveram seu curso de
doses máximas apresentaram diferenças desprezíveis.
tratamento completado. Todas as frações de cada pa-
Para pulmão o constraint V20Gy < 30% e a dose média
ciente foram analisadas e observou-se uma variação
tiveram variações insignificantes. As doses médias no
média de 4mm de distância entre o isocentro do setup
coração foram similares respeitando o limite de dose de
inicial e o isocentro detectado pelo Sistema Calypso,
5 Gy. Para avaliação dos planos CCH, onde foram man-
sendo 15mm o valor máximo de distância encontrado.
tidas as unidades monitoras do plano SCH, as doses no
Observou-se que em aproximadamente 10% das ve-
pulmão e coração apresentaram um ligeiro aumento,
zes a variação ficou maior que 5mm nas dimensões X,
onde somente um caso ultrapassou o constraint de pul-
Y e/ou Z, sendo o maior deslocamento encontrado de
mão, porém a característica mais notória foi no V107%
13,5mm para a direita. Conclusão: O sistema Calypso
médio que apresentou aumento de 6 vezes quando
fornece uma localização precisa e objetiva da prósta-
comparado ao plano SCH e 54 vezes quando compara-
ta, facilitando o setup inicial do paciente, podendo ser
do ao plano CCHR. Conclusão: É possível fazer planos
realizado com rapidez e precisão. Este é um trabalho
com correção de heterogeneidade tão bons ou melho-
em andamento e um maior número de pacientes será
res que sem correção, diminuindo consideravelmente
demonstrada no momento da apresentação.
o V107%, sem alterações clinicamente significativas de
Contato: WALESKA RUBIN MARCHIONATTI – waleska. dose para tecidos saudáveis.
marchionatti@hmv. org.br
Contato: PAULO LEONARDO DE SOUZA FERRI – paulo_
ferri@hotmail.com
INCa estima 58 mil novos casos em 2016/2017. Neste Autores: Carolina Cariolatto Yaly; Camila Eduarda
contexto a radioterapia (RT) adjuvante apresenta-se in- Polegato Baltazar; Patrícia Nicolucci; Érika Yumi
dispensável para controle de recidiva, principalmente Watanabe; Juliana Fernandes Pavoni;
em casos localmente avançados. Anatomias desfavorá- Instituição: FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E
veis dificultam o planejamento restringindo a escolha LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO
da técnica de RT. A experiência do serviço, embasada PAULO
em protocolos internacionais, indica bons resultados Introdução: O equipamento de radioterapia intraopera-
de planejamentos utilizando as técnicas VMAT e IMRT tória com feixes de raios-x de baixa energia, variando de
nessas anatomias. O Report 85 da AAPM, que trata do 30 a 50 keV, da marca Zeiss modelo INTRABEAM® tem
uso de correção de heterogeneidade (CH) em feixes de sido empregado para o tratamento de câncer de mama.
fótons de MV, mostra que ela é componente necessária A dosimetria destes equipamentos é realizada com um
para otimização de dose, análise do planejamento e dos conjunto de objeto simulador e câmara de ionização
resultados clínicos obtidos. Objetivo: O objetivo do tra- dedicada, seguindo um procedimento padrão. Medidas
balho é comparar e quantificar a qualidade de planos de adicionais de caracterização do feixe são desejáveis e
IMRT e VMAT com e sem CH em tratamentos de câncer devem ser realizadas com dosímetros adequados para
de mama, baseado na curva de aprendizado do servi- cada medida. Considerando o pequeno volume dos do-
ço associada à implementação do uso de CH. Método: símetros termoluminescentes (TLDs), eles podem ser
Análise retrospectiva do planejamento de 10 pacientes, usados para caracterizar os aplicadores disponíveis nes-
portadoras de câncer de mama esquerda, tratadas com te equipamento. Objetivo: Avaliar a anisotropia do apli-
RT adjuvante com técnica VMAT ou IMRT sem CH. Poste- cador esférico de 3,5cm de um INTRABEAM, utilizando
riormente, essas foram replanejadas com CH no sistema dosímetros TLDs. Métodos: Para avaliar a anisotropia
Eclipse com algoritmo AAA. Todos os PTVs incluem fossa de um aplicador esférico de 3,5 cm, utilizamos TLDs de
supra clavicular, mama e mamária interna com doses de LiF: Mg,Ti dispostos no eixo central do aplicador, as pas-
50 Gy em 25 frações. As configurações geométricas do tilhas de TLD foram fixadas em uma placa de cera, para
plano foram mantidas mais próximas possíveis do tra- garantir que todas estivessem encostando no aplicador
tamento original e recalculados com CH para a mesma e dispostas no eixo central do aplicador, e de modo que
quantidade de UM (unidade monitora) e depois reotimi- estivessem anguladas com variações de 10˚. A dose
zadas considerando as heterogeneidades. Resultados: prescrita foi 5 Gy. Para realizar a leitura dos dosímetros,
Os planos calculados com os três métodos apresenta- utilizamos o equipamento da Harshaw, modelo 3500s.
ram cobertura de 95% na média. As doses mínimas e Resultados: Para a avaliação da anisotropia, fixamos
máximas, D98% e D2% respectivamente, se mantiveram a leitura média de dose como referência e normaliza-
próximas nos três casos, com diferença de até 0,4%; o mos as outras leituras, calculamos o desvio absoluto
V 107% foi 20% maior para os casos reotimizados com das medidas para cada incremento angular avaliado e
CH. Para pulmão o constraint V 20 Gy se manteve igual e encontramos 8,6±6,6%. A maior variação encontrada foi
o V5% foi 15% maior para o plano reotimizado com CH. 21%, para o ângulo de 100˚ em relação ao dosímetro
Embora o coração tenha ficado acima do limite de 5 Gy estabelecido como 0˚, acredita-se que essa variação
de dose média em todos casos, o reotimizado com CH se deve a alguma varia;ao de posicionamento do do-
apresentou melhora de 4%. Na mama contralateral o V símetro sobre o eixo central do aplicador. Conclusão:
5 Gy aumentou, na média, 31% nos casos reotimizados Os TLDs possuem tamanho adequado para realização
e a dose de 10 Gy não sofreu alteração. Os índices de dessas medidas, considerando a incerteza associada às
conformidade e heterogeneidade se mantiveram iguais. medidas de dose do grupo de TLDs utilizados nesta me-
Conclusão: Com as técnicas VMAT e IMRT, é possível fa- dida (6,4±5,5%) e a dificuldade de setup experimental,
zer planos com CH clinicamente aceitáveis, desde que o aplicador avaliado apresentou uma variação absoluta
otimizados e calculados com a CH. A avaliação médica média de 2,2%, no entanto, os desvios associados a esta
do plano precisa, no entanto, considerar o aumento da medida são muito grandes e a repetição do experimen-
dose baixa nos órgãos e do V 107%. to é necessária para redução de incertezas.
Contato: LIVIA CAMARGOS CRUZ – liviaccruz@hotmail. Contato: CAROLINA CARIOLATTO YALY – carolina.
com yaly@usp.br
Contato: ERIKA YUMI WATANABE – erika_yw@yahoo. curve of the PDD. For the phantom with a voxel size of
com.br 1mm, the beam profiles didn‘t match in the zone of the
penumbra, but this was because the FWHM of the elec-
tron beam that interacts with the target is not a known
value. Conclusion: The first step is a satisfactory appro-
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA ach of a Monte Carlo characterization of a Varian 21EX
CÓDIGO: 61989 was achieved. Same methodology will be used to cha-
racterize the Varian Unique for later comparison.
COMPARISON OF VARIAN CLINAC
Contato: IGNACIO AGUSTÍN VERDUGO NARANJO –
21EX AND UNIQUE FOR MONTE CARLO
iaverdugo@uc. cl
SIMULATIONS IN BEAMNRC AND
PENELOPE SIMULATION CODES FOR
6MV PHOTON BEAM
Autores: Carolina Yaly; Ignacio Verdugo; Rodrigo El-Far; TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA
Edgardo Dörner; Juliana Fernandes; CÓDIGO: 60234
Instituição: FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E
LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE
PAULO UM SISTEMA COMPUTACIONAL PARA A
Introduction: Monte Carlo (MC) simulations can be PROGRAMAÇÃO DE RADIOTERAPIA DE
used in a linac commissioning process. It starts by get- CRÂNIO TOTAL COM A TÉCNICA 2D
ting the geometry and composition of the head and Autores: Jackson de Souza Farias; Ryann Reythelle Silva
collimators of the linac model to be simulated from its de Carvalho; Luis Felipe Oliveira e Silva;
manufacturer. The characterization of a linac, based on Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
the AAPM Codes, is done through beam profiles and
Introdução: A irradiação de cérebro inteiro é utilizada
PDD by simulating the physical processes inside the
rotineiramente na radioterapia. Em muitos centros com
head of the linac. Two different MC codes will be used,
alta demanda, a radioterapia com a técnica 2D é usada
BEAMnrc and PENELOPE, to study the head and then
neste tipo de tratamento por possuir menor carga de
simulate the interaction of the photon beam with a wa-
trabalho quando comparada com a radioterapia con-
ter phantom to simulate a real patient. In this work, a
formacional. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi
MC characterization of a Varian 21EX and Unique will
desenvolver e avaliar um sistema computacional para
be held Objectives: Get a successful approach to a li-
a programação de radioterapia de crânio total com a
nac commissioning through beam profiles and PDD by
técnica 2D. Métodos: O sistema foi implementado na
simulating the physical processes inside the head of
forma de plugin do software livre ImageJ. Para sua uti-
the linac, and then later by simulating the interaction
lização, em uma imagem portal inicial, o usuário deve
of the photon beam with a water phantom. Compare
inserir dois pontos coincidentes com o gratículo e in-
the results of both machines and also, compare the si-
formar suas distâncias para o feixe central. Um retân-
mulations results of each code when varying input pa-
gulo, que representa o campo de irradiação, é inserido
rameters. Methods: First, the 21EX was modeled using
automaticamente na imagem. O usuário pode finalizar
an EGS based MC code to simulate the radiation beam
o processo se o campo de tratamento estiver adequa-
and, and another code was used for calculations in a
do, ou, continuar com ajustes que julgar necessários
phantom. Simulations were done for 4 different field
em tamanho e posição de campo, e angulação de co-
sizes (e. g.4x4, 6x6 cm2). Two different phantoms were
limador, confirmando os parâmetros necessários para
studied (one bigger than the other). The Phantom A had
correção. Após essas etapas, o sistema retorna a posi-
a voxel size of 5mm, and, the Phantom B had a voxel
ção e angulação dos colimadores e o deslocamento da
size of 1mm. The beam profiles were measured at di-
mesa de tratamento para uma irradiação com campos
fferent depths. At last, Ionization Chamber measure-
simétricos e hemi-bloqueados. Para a avaliação do sis-
ments were done with two PTW semiflex IC for all field
tema, dez DRRs com diferentes tamanhos de campo e
sizes. The next step is to repeat this same steps for the
angulações de colimador foram gerados como referên-
Varian Unique using both the BEAMnrc and PENELOPE
cia no sistema de planejamento Prowess 5.0. Além dis-
code for comparisons of results including differences
so, essas imagens foram deslocadas de seu centro nas
in beam profiles, PDDs when varying the input para-
direções longitudinal e vertical com valores entre – 20
meters of the simulations as the histories used in the
e 20 mm. As imagens com campo e deslocamento co-
simulations. Results: The results were successful for
nhecidos foram, então, importadas no sistema desen-
most of the field sizes,i. e., the simulations matched the
volvido e foram inseridos campos coincidentes com os
measured data. For the phantom with a voxel size of
campos de referência. Os valores de tamanho de cam-
5mm, the beam profiles matched well with the measu-
po, angulação de colimador e dos deslocamentos pre-
red and reference data, but the PDD showed a non-soft
vistos pelo sistema foram comparados com os valores rença de 1,6% em relação à máxima dose. Cálculos para
conhecidos. Resultados: As diferenças médias entre a interface água-pulmão mostraram concordância com
as previsões do sistema e os valores conhecidos e seus Monte Carlo (uMC=1,1%) dentro de 2%, 1,7% e 0,5%
desvios padrões foram: 0,05+0,22 mm para a extensão para os agoritmos PBC, AAA e Acuros respectivamente.
do campo; e – 0,10+0,32 mm para o deslocamento na Conclusões: Os resultados apresentados nesse estudo
direção na vertical. Não foram observadas diferenças mostram que o algoritmo de cálculo de dose Acuros
para a angulação de colimador e o deslocamento na apresenta a melhor concordância com dados de si-
direção longitudinal. Conclusão: O sistema, baseado mualação Monte Carlo com compatível extaidão para
em um software livre e, portanto, sem custo, apresen- a modelagem da deposição de dose especialmente em
tou valores calculados com diferenças negligenciáveis regiões onde o equilíbrio eletrônico de partículas car-
para os valores de referência. Além disso, pode reduzir regadas não se mantém, tais como na presença de he-
a carga de trabalho com a diminuição da necessidade terogeneidades. Entretanto, tanto o AAA quanto o PBC
de repetição de imagens portais, resultando assim, em podem exibir concordância razoável com resultados
mais conforto e em uma menor exposição do paciente obtidos por Monte Carlo para campos padrões (maio-
a irradiações adicionais ao tratamento prescrito. res que 3 cm x 3 cm) usados em radioterapia.
Contato: LUIS FELIPE OLIVEIRA E SILVA – Contato: CRISTIANO QUEIROZ MELO DOS REIS –
luis2004felipe@yahoo.com.br fisicomelo@yahoo.com.br
Os planejamentos foram normalizados de forma que TLDs com a dose de 1 Gy no feixe gama de Co-60 do
a prescrição de 76 Gy em 38 frações cobrisse 95% do equipamento de telecobalto TH-X, nos feixes de fótons
volume do PTV (planning target volume). Empregou-se, de 6, 10 e 15 MV no acelerador linear Clinac 2300CD.
para comparação, os indicadores de dose média para Foram realizadas três leituras para cada um dos 100
reto e bexiga, D20 no reto, D25 na bexiga, Dmax nos fê- TLDs. As médias das leituras de cada um dos feixes foi
mures e gradiente de dose calculado segundo ICRU 83. normalizada pela média das leituras do feixe gama de
Resultados: Os resultados obtidos mostraram redução Co-60, obtendo-se desta forma o fator de correção para
substancial na dose média de reto e bexiga para as oti- a dependência energética, sendo 1,000 o valor para o
mizações Met. Media e gEUD em comparação com a feixe gama de Co-60. O mesmo procedimento foi ob-
Quantec, 22,2%, 23,5%, 28,1% e 33,4%, respectivamen- tido com o código de Monte Carlo EGSnrc, utilizando
te. Resultado similar foi obtido ao se analisar os parâ- o código de usuário DOSRZnrc. Resultados: De posse
metros D20 no reto e D25 na bexiga, redução média de dos resultados dos cálculos, obteve-se um gráfico no
8,8% e 15,7% para otimização gEUD. Observou-se um software OriginPro 8, do fator de correção para a de-
acréscimo médio de 4,2% no gradiente de dose dos pla- pendência energética (KE) versus TPR20/10, que é o ín-
nos com otimização gEUD. As otimizações Met. Media e dice de qualidade do feixe, obtido na determinação da
gEUD se mostraram superiores quanto a minimização dose absorvida na água, conforme protocolo TRS-398.
de dose global nos órgãos de risco, sendo ambas simi- Desta forma, a resposta dos TLDs pode ser corrigida
lares. Conclusão: A utilização da ferramenta de gEUD para qualquer qualidade de feixe compreendida entre
como estratégia de otimização mostrou-se interessante os valores de 0,556 (Co-60) a 0,761 (15 MV) e extrapo-
e promissora, pois permitiu reduzir o tempo de plane- lada para demais valores. Aos dados experimentais foi
jamento por não demandar criação de estruturas auxi- feito um ajuste polinomial de segunda ordem, com R2
liares e foi altamente eficiente em minimizar a dose nos = 1. Os resultados de Monte Carlo foram utilizados para
órgãos de risco em toda sua extensão. obter fatores de correção para dependência energética
(KE, MC) e comparação com os resultados experimen-
Contato: SAMUEL FAÇANHA SOUSA JÚNIOR –
tais. Conclusão: O fator de dependência energética foi
samuelfasojr@gmail.com
determinado. A discrepância entre o resultado obtido
experimentalmente e o obtido com simulação de Mon-
te Carlo foi menor que 1%.
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA Contato: LUCIANA TOURINHO CAMPOS – tc_luciana@
CÓDIGO: 59749 yahoo.com.br
do: Catorze pacientes foram delineados e planejados avaliação deste trabalho o software SNC Patient junta-
com VMAT no Sistema de Planejamento de Tratamen- mente com uma matriz de detectores Mapcheck2 (1527
to Eclipse Varian v13.6. Os planos foram realizados no diodos), ambos do fabricante SunNuclear Corporation,
acelerador linear UNIQUE (Varian-6MV), com Multileaf sob feixes de raios-x de 6MV de um acele¬rador linear
Millennium120, utilizando 4 arcos, sendo 2 deles plana- Varian Clinac 600CD equipado com um MLC Millenium
res e 2 não-coplanares, para uma prescrição de dose de de 120 lâminas. Foram feitos planejamentos baseados
30 Gy em 10 frações seguindo os critérios dosimétricos no TG 119 no sistema de planejamento Eclipse (Versão
do RTOG 0933. Para analisar a qualidade e reproduti- 13.5), do fabricante Varian Medical Systems, utilizando
bilidade dos planos, foram avaliados: o Índice de Con- algoritmo de cálculo AAA 13.5.35, na técnica de IMRT
formidade (IC), Índice de Homogeneidade (IH), V100% e em sliding window para cinco estruturas, MULTITAR-
D90% para o PTV. Para o Hipocampo avaliou-se a Dose GET, PTTA, HEAD NECK, C SHAPER EASY, C SHAPE HARD.
Máxima (Dmáx) e D100% além da Dmáx para os crista- Foi adquirido imagens tomográficas em dois arranjos,
linos, nervos óticos e quiasma. Para avaliar a acurácia sendo o primeiro com 5 placas de água solida sobre a
e eficiência da entrega dos planos, o Índice Gama (IG) matriz de detectores (0/5) e o segundo adicionando 5
foi obtido no Portal Dosimetry bem como o número de placas na parte inferior da matriz (5/5). Os planos de
Unidades Monitoras (UM) e o tempo de feixe ligado. verificação em função da fluência planar foram criados
Resultados: Analisando o PTV, a média e o desvio pa- utilizando as tomografias citadas acima e também o
drão do IC, IH, V100% e D90% foram respectivamente: fantoma 32x26 cm criado no sistema de planejamento.
1,00±0,03; 0,23±0,02; 95,00±0,00 % e 30,95±0,35 Gy. Já Na maquina de tratamento foi executado os planos do
para o hipocampo, Dmáx e D100% foram: 14,41±0,78 e TG 119 nas duas configurações 0/5 e 5/5. As medidas,
8,39±0,36 Gy. A Dmáx nos cristalinos foram: 6,09±0,50 com e sem as placas de água sólida na parte inferior
(Direito (D) ) e 5,79±0,62 (Esquerdo (E) ) Gy e para os da matriz, foram comparadas com as exportadas pelo
nervos óticos: 32,50±1,01 (D) e 32,55±1,12 (E) Gy. Para sistema de planejamento. A partir dos campos medidos
o quiasma Dmáx foi: 32,58±1,30 Gy. O IG ficou em mé- foi feito avaliação para cada estrutura do TG 119, ana-
dia 99,83±0,14 % considerando o critério 3%/3mm e lisamos as medições com e sem as 5 placas inferiores
96,38±2,16 % para 2%/2mm. As UM ficaram em média de espalhamento comparando com os planejamentos
868±123 e o tempo de feixe ligado em 3,50±0,11 mi- (0/5, 5/5 e fantoma de água 32cmX26cm criado no TPS)
nutos. Conclusão: Todos planos foram clinicamente variando o gamma em 3% e 3mm, 2% e 2mm, 1% e
aceitáveis pelos critérios do RTOG 0933. Esse método 1mm. Também comparamos as medidas feitas campo
de planejamento padrão mostrou uma distribuição de por campo, com e sem as placas de água sólidas abai-
dose altamente conformada e homogênea sendo uma xo da matriz, e usamos a avaliação DTA com 3%, 2% e
opção rápida e efetiva, poupando não apenas o hipo- 1%%. Conclusões: Observou-se que a porcentagem de
campo, mas também outros órgãos de risco, que po- aceitação do plano varia com a mudança dos critérios
dem potencialmente melhorar a qualidade de vida. O de gamma e DTA e com os diferentes setups definido
método será implementado em nossa instituição. para avaliação dos campos de tratamento. Com o uso
das placas de água sólida abaixo da matriz detectora
Contato: BRUNO ALVARES – bruno2. alvares@usp.br
observa se um aumento significativo na reprovação dos
pontos avaliados.
Contato: VITOR HUGO PARRA DOS SANTOS –
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA vhps2003@gmail.com
CÓDIGO: 59787
res lineares apresentam efeitos no fator output destes tratamento de múltiplas lesões cerebrais principalmen-
feixes. Foram realizadas medidas de dose para campo te quando se trata de único isocentro. A proposta deste
aberto em aplicador 10x10-cm e para três padrões de trabalho é avaliar dosimetricamente os planejamentos
recorte de colimação utilizados frequentemente na ro- de VMAT com feixes sem filtro achatador (FFF) e com-
tina clínica. O primeiro bloco tem recorte circular com pará-los com a mesma técnica com o filtro achatador
diâmetro de 5,0cm, o segundo bloco tem recorte com (FF). Materiais e método: Foram simulados 6 pacientes
característica de casos de boost em drenagem de nível com múltiplas metástases cerebrais (variando de 3 a 9
cinco em câncer de cabeça e pescoço e o terceiro bloco metástases por paciente), com volume total por pacien-
foi confeccionado simulando o recorte de colimação de te entre 5.8 cc a 70.6 cc, tratados no período de abril a
uma cicatriz de cirurgia de queloide. As medidas foram junho de 2017. Um total de quatro planejamentos foi
obtidas utilizando dois tipos de detectores de radiação reotimizado no Eclipse 13.6.3 para cada paciente: dois
(câmara do tipo plana-paralela e câmara cilíndrica do com feixe FF e dois com feixe FFF de 6 e 10MV. O fra-
tipo Farmer), para duas Distâncias Foco-Superfície ou cionamento variou de 3 a 5 frações, com doses de 4 Gy
DFS (100 e 105 cm) e dois formalismos distintos de me- a 7 Gy por fração. Para cada planejamento foi avaliado
dição de dose de radiação ionizante (TRS-398 para a o histograma dose-volume dos alvos e dos órgãos de
câmara do tipo plana paralela e TG-51 para a câmara risco. Para a proposta deste trabalho foi comparado
cilíndrica tipo Farmer), com objetivo intercomparativo. o gradiente máximo de dose, índice de conformidade
O fator output foi medido para cada um dos recortes (IC), índice de gradiente (GI), volume de cérebro normal
de colimação, nas duas DFS escolhidas e para cada uma recebendo 12Gy (V12) e dose máxima no mesmo. Foi
das energias de elétrons, sempre normalizado para o contabilizado também número total de unidades moni-
campo aberto do aplicador 10x10-cm. Foi observada toras (UM) de cada planejamento. Para todos os plane-
variação entre 0,650 e 0,954 no fator output, dependen- jamentos simulados foi realizado controle de qualidade
do do recorte de colimação, energia e DFS. Análise dos com Portal Dosimetry. Resultados: As quatro opções
resultados mostra que menores diâmetros de recorte de plano obtiveram conformidade de dose no volume
de colimação têm maior influência no fator output. Isto alvo semelhantes. O maior IC obtido foi 1,15, e a média
se deve, principalmente, à redução no equilíbrio eletrô- do GI foi 4,7 (3,13 – 6,7), sendo que para ambos, o maior
nico de espalhamento lateral da radiação. Também foi valor encontrado foi para o caso de 9 metastáses. O GI
observado que este efeito aumenta com maiores ener- foi até 12% menor nos planejamentos com FFF, e con-
gias de elétrons e maiores DFS. Cálculos manuais de sequentemente com fall-off mais rápido, houve uma
dose para feixes de elétrons com blocos de colimação redução em média de 10% no V12 do cérebro normal
devem obrigatoriamente levar em consideração o efei- para as opções sem o filtro achatador. A UM total de
to do recorte de colimação no fator output do campo, cada tratamento foi em média 22% maior com as ener-
sob risco de subdosagem crítica do tumor/lesão. Em gias FFF, chegando a ser 47% maior com o uso do 10MV
Radioterapia convencional com cálculos manuais, este FFF. Conclusão: Percebe-se nesse estudo, que a distri-
fator pode ser obtido através de medidas dosimétricas. buição de dose foi muito similiar nos planejamentos
Os fatores output medidos apresentaram boa concor- com e sem filtro achatador, porém os melhores resulta-
dância com os valores calculados pelo algoritmo de dos obtidos em GI e nas doses espalhadas para o tecido
Monte Carlo, com desvios dentro de 3%, demonstrando sadio pode indicar um benefício ao se utilizar energias
sua confiabilidade. FFF. Outro ganho com o FFF é a disponibilidade de taxas
de doses bem elevadas, até 2400 UM/min, diminuindo
Contato: PÉRICLES CRISÓSTOMO DE SOUSA –
consideravelmente o tempo de tratamento. Os resul-
periclescsouza@gmail.com
tados desse trabalho sugerem que o uso do FFF para o
tratamento com VMAT de metástases cerebrais múlti-
plas em um único isocentro é uma opção eficiente.
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA Contato: WALESKA RUBIN MARCHIONATTI – waleska.
CÓDIGO: 60198 marchionatti@hmv. org.br
quima cerebral, sendo portanto uma opção a ser consi- ver sua religião em todos os aspectos da sua vida (em
derada na irradiação de calota craniana e dura-máter. 42,9% dos casos). Conclusão: A partir desses resulta-
dos, a religiosidade dos pacientes apresenta-se como
Contato: DAYANNE EMANOELA EDMUNDO STELLER
fator de grande importância para os pacientes em tra-
DE MOURA – dayannesteller@yahoo.com.br
tamento oncológico. Novos estudos são necessários
para identificar formas de intervenção para aproveitar
esses aspectos a favor da terapêutica contra o câncer.
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA Contato: GEISON MOREIRA FREIRE – geisonmf@gmail.
CÓDIGO: 61796 com
A ESPIRITUALIDADE DE PACIENTES
ONCOLÓGICOS SUBMETIDOS À
RADIOTERAPIA TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 58636
Autores: Geison Moreira Freire; Lylian Karoline Rosa
Barros de Oliveira; Heider Irinaldo Pereira Ferreira;
Philomena Barroso de Borba Simonetti Gomes; ABORDAGEM TERAPÊUTICA DE TUMOR
Instituição: LIGA MOSSOROENSE DE ESTUDOS E DESMÓIDE DE MEMBRO INFERIOR
COMBATE AO CÂNCER DIREITO: RELATO DE CASO
Introdução: O diagnóstico do câncer causa forte im- Autores: Gabriel Morilhas Corrêa da Costa; Gustavo
Henrique Smaniotto; Carlos Pereira Neto; Tatiane
pacto na vida dos pacientes. Para lidar com essa con-
Cristina de Oliveira Fernandes; Sílvia Pecoits;
dição, as pessoas utilizam diferentes estratégias de
enfrentamento, destacando-se, a religiosidade e a espi- Instituição: HOSPITAL ERASTO GAERTNER
ritualidade. A religião pode ter efeito adverso na saúde Apresentação do caso: LF, sexo feminino, 32 anos,
quando crenças e práticas religiosas são usadas para apresentava aumento de volume em face posterior de
justificar comportamentos de saúde negativos ou subs- perna direita, sem histórico de trauma local. O diagnós-
tituir cuidados médicos tradicionais. Dessa forma, es- tico de Tumor Desmóide foi aventado por exame de
tudar sobre o perfil da espiritualidade e religiosidade imagem (RNM) e confirmado por biópsia e análise imu-
de pacientes oncológicos é fundamental na definição no-histoquímica em outubro de 2008. De início, optou-
de estratégias para contribuir no tratamento de forma -se por seguimento ativo, sem intervenções. Após sete
integral, considerando o aspecto espiritual da saúde. anos, a paciente evolui com sintomas devido crescimen-
Objetivos: Avaliar a espiritualidade em pacientes onco- to da neoplasia, apresentando déficits funcionais e dor
lógicos submetidos à radioterapia, identificar os efeitos local, o que ocasionou ressecção cirúrgica em três abor-
da espiritualidade no entendimento sobre o câncer e dagens distintas (sendo a última em janeiro de 2016),
correlacionar aspectos da espiritualidade com a reli- através de ressecção ampla e margens cirúrgicas livres
gião, sexo e faixa etária do paciente. Materiais e Méto- de comprometimento em análise anatomopatológica.
do: O estudo realizado foi do tipo transversal, onde os O tratamento foi complementado com radioterapia ad-
pacientes foram entrevistados com base em uma ficha juvante em leito tumoral, com 56Gy (28x2Gy) em agosto
de identificação, a qual apresentava os dados básicos de 2016. Em fevereiro de 2017 não demonstrava sinais
do paciente, como idade, religião e grau de instrução, clínicos de recidiva tumoral, comprovados por exame
sendo associada a um questionário (escala de religio- de RNM. Também não apresentava sinais de toxicida-
sidade de Duke – DUREL). Foram entrevistados 70 pa- de ou limitações. O tumor desmóide, ou fibromatose
cientes do Hospital da Solidariedade em Mossoró/RN, e agressiva, é uma neoplasia rara (2 a 4 mulheres por
como critérios de inclusão houve a seleção de pacientes milhão da população) de origem fibroblástica (Priolli,
oncológicos submetidos radioterapia no período de ou- 2005). Embora não gere metástases, muitas vezes apre-
tubro a dezembro de 2016, sendo estes adultos com senta recorrência local e alta morbidade (Harish et al,
faixa etária entre 18 e 60 anos e com diagnóstico de 2008). Apesar de classicamente indicada, a cirurgia iso-
neoplasia maligna por exame anatomopatológico. Ex- lada apresenta alta taxa de recorrência local, entre 19%
cluíram-se os pacientes com limitações cognitivas para e 77%. Isso pode ser devido ao crescimento local agres-
responder os questionários. Resultados: A maior parte sivo e a invasão de tecidos circundantes, o que torna
dos pacientes entrevistados eram mulheres (74,3%) e difícil a ressecção completa do tumor e a obtenção de
católicos (60%). A faixa etária mais prevalente foi entre margens oncológicas satisfatórias (Wang et al, 2015).
51 e 60 anos de idade (38,6%). Em relação às respos- Portanto, surgem alternativas terapêuticas. Tumores
tas do questionário, 52% dos pacientes frequentam conduzidos de maneira expectante, em follow-up de
um templo religioso pelo menos uma vez na semana e 10 anos, se mostraram não-progressivos em 85% dos
64,3% fazem práticas religiosas individuais diariamen- casos (Briand et al, 2014). Doentes com doença primá-
te. A grande maioria, 58 entrevistados (82,6%) sentem ria ou recidivada apresentaram controle local melhor
a presença divina em suas vidas e se esforçam para vi- quando conduzidos com radioterapia adjuvante ou iso-
lada, comparativamente a cirurgia isolada (Nuyttens et tratamento com bisfosfonados, com infusão intraveno-
al, 2000). Em relação às doses ideais de radioterapia, sa de ácido zolendrônico mensal. Paciente também foi
recomenda-se de 50-60Gy para radioterapia adjuvante submetido a radioterapia sobre próstata com técnica
e de 55-65Gy para tumores inoperáveis ou recidivan- de IMRT, dose de 74 Gy em 37 frações. O acompanha-
tes, não se observando benefícios adicionais com do- mento aos 6 meses mostrou um paciente sem queixas,
ses superiores (Kriz et al, 2014). A raridade da patologia com nível de PSA <0,1 ng / mL, escala analógica visual
dificulta a realização de estudo clínico prospectivo para = 0. O paciente foi mantido com supressão gonadal a
evidenciar a melhor abordagem ao tumor desmóide. A longo prazo. Discussão/Considerações finais: Cada
terapêutica ruma em direção a uma condução conser- vez mais tem-se avançado no manejo e tratamento dos
vadora de primeira linha. O papel da radioterapia é pro- pacientes com doença metastática. Naqueles definidos
mover melhora do controle local, tanto isoladamente como oligometastáticos, o controle local do tumor pri-
em pacientes inoperáveis, como de maneira adjuvante mário e a ablação das metástases se firmaram como
em casos de alto risco. pilares terapêuticos, juntamente com a abordagem sis-
têmica. Técnicas cada vez mais modernas e com menor
Contato: GABRIEL MORILHAS CORRÊA DA COSTA –
morbidade vem ganhando espaço, como radioterapia
gabriel.morilhas@gmail.com
esteriotáxica, concentrando altas doses em volumes
pequenos, preservando tecidos sadios e promovendo
resultados oncológicos satisfatórios.
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA Contato: DIOGO ANTONIO VALENTE FERREIRA – dii.
CÓDIGO: 59675 valente@gmail.com
ADENOCARCINOMA PROSTÁTICO
AVANÇADO COM METÁSTASE
VERTEBRAL ÚNICA TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 59589
Autores: Raquel Guimarães Domingos da Silva; Diogo
Antonio Valente Ferreira;
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER
ANÁLISE COMPARATIVA DA TÉCNICA
3D E IMRT NOS TRATAMENTOS DE
Apresentação do caso: Paciente masculino de 71 anos CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO
apresentou elevação dos níveis sérios do antígeno COMO MINIMIZAÇÃO DA
prostático específico (PSA) de 95 ng/mL, em investiga-
OSTEORRADIONECROSE TARDIA
ção de rotina. Com o passar de algumas semanas, o
paciente evoluiu com episódios de hematúria e incon- Autores: Juliana Oliveira Bernardes; Talita Sabino Dias;
Renato Fernandes;
tinência urinária. Além da sintomatologia urinária, pa-
ciente refere surgimento de dor leve em região lombar Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE
MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
baixa. Ao exame de toque retal, evidenciou-se próstata
aumentada de tamanho com diminutos nódulos pal- Introdução: Estima-se, para o Brasil, no ano de 2016-
páveis. Não apresentava nenhuma outra alteração no 2017, 11.140 casos novos de câncer da cavidade oral
exame físico e o exame neurológico era normal. Foi em homens e 4.350 em mulheres. Atualmente, no
submetido a uma biópsia guiada por ultrassonografia, tratamento das neoplasias de cabeça e pescoço, a ra-
com diagnóstico histológico de adenocarcinoma acinar dioterapia é um dos principais métodos de escolha, e
usual Gleason 6 (3+3), acometendo 60% da amostra- a mesma pode causar complicações tardias, como a
gem. Ressonância magnética de coluna lombar mostra osteorradionecrose (ORN), cuja sequela do tratamento
lesão lítica a nível de corpo vertebral de L3, sugerin- radioterápico, apresenta o osso irradiado desvitalizado
do implante metastático, sem sinais de acometimen- e exposto através da perda da integridade da pele e da
to radicular, porém com alteração de sinal próximo à mucosa, persistindo sem cicatrização por um período
raiz nervosa. Cintilografia óssea não revela nenhum mínimo de três meses. A exposição óssea está associa-
outro ponto de captação, exceto por lesão em L3. To- da a sinais e sintomas como secreção, algia, dificuldade
mografia de tórax, abdome e pelve não demostraram mastigatória. Entretanto, essa taxa vem declinando de-
metástases nodais ou viscerais. Concluído diagnóstico vido a novas técnicas de radioterapia. Objetivo: Com-
de adenocarcinoma prostático com sítio metastático parar técnicas de tratamento conformacional (3D) e a
ósseo único (L3). Paciente foi tratado com supressão Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) na mini-
hormonal contínua (ADT). Contudo, sintomatologia e mização da ORN. Método: Análise bibliográfica de arti-
potenciais complicações apontaram para a necessida- gos científicos nos portais de pesquisa Pubmed, Science
de de tratamento local. Radioterapia externa foi realiza- Direct nos meses de abril a junho de 2017. Resultados:
da com técnica de radioterapia esteriotáxica corpórea Em geral, estudos demonstram que os pacientes foram
com intensão ablativa sobre L3, com dose de 16 Gy. tratados durante 30 a 35 sessões com doses entre 60
Para melhor manejo da metástase óssea, foi iniciado
Gy a 75 Gy. Sete autores publicaram, entre 2006 e 2016, é identificada nas consultas semanais de revisões mé-
resultados que demonstraram uma redução média em dicas e/ou nas consultas de enfermagem. A avaliação
torno de 3 a 4% de ORN, sendo que alguns alcança- é feita utilizando escala de RTOG (escala utilizada para
ram redução de 10 a 14% quando utilizada a técnica classificação e toxicidades para pacientes submetidos
de IMRT. A variação é também devida ao estadiamen- a radioterapia a nível internacional – Radiation Thera-
to dos tumores analisados. Conclusão: Ficou evidente py Oncology Group). Resultados: Na 1ª semana foram
que a técnica IMRT ofereceu maior potencial para re- computados 71 % de pacientes com Grau 0, portanto
duzir a incidência de ORN, pela diminuição de dose na sem evidência de toxicidade e 29% com Grau 1; Na 2ª
mandíbula e sem comprometer cobertura do alvo. O semana foram encontrados 39 % dos pacientes com
grande benefício da IMRT em comparação com 3D, é grau 0 e 61 % de pacientes com Grau 1; Na 3ª semana
a maior preservação de órgãos de risco e doses mais houve 24 % de pacientes com Grau 0, 67% com Grau 1 e
elevadas e conformadas no tumor em todas as dimen- 9% com grau 2; Na 4ª semana houve 95 % de pacientes
sões. As placas protetoras são necessárias para reduzir com Grau 1 e 5% com Grau 2; Na consulta de revisão
pontos quentes. Além disso, o cuidado profilático como houve 5 % de pacientes com Grau 0, 81 % com Grau 1
a higiene, abandono do tabagismo também são fatores e 14 % com grau 2; Na consulta de alta os 21 pacien-
essenciais para a diminuição da ORN. tes foram reaviados pela sua equipe médica 24 % de
pacientes com Grau 0, 52 % com Grau 1 e 24 % com
Contato: JULIANA OLIVEIRA BERNARDES –
grau 2. Conclusão: Apesar da radiodermite ser um efei-
julianaop10@yahoo.com.br
to comum e esperado em pacientes que tratam mama
com a utilização da técnica VMAT em casos complexos
de câncer de mama, o acometimento apresentado de
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA radiodermite de pele oscilou entre Grau 0 e no máximo
CÓDIGO: 60130 Grau 2 sendo nenhum caso de Grau 3 e 4.
Contato: PAULA CRISTINA DAVID LESSA CARNEIRO
ANÁLISE DE INCIDÊNCIA LEÃO – paulinhacrislessa@hotmail.com
RADIODERMITE EM PACIENTES DE
CÂNCER DE MAMA UTILIZANDO A
TÉCNICA DE TRATAMENTO VMAT
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
Autores: Viviane Almeida da Silveira; Paula Cristina
CÓDIGO: 61942
David Lessa Carneiro Leão; Tatiana Fernandes da Costa;
Leandro Rodrigues Fairbanks; Patricia Martins Passos;
Geraldo Santos Neto; Dayanne Cezar Trevissan; Elisa ASPECTOS CLÍNICOS DAS PACIENTES
Oliveira Campana; Raphael Camargo Couturato; COM CÂNCER DE CORPO DE
Instituição: CENTRO ONCOLÓGICO INTEGRADO ÚTERO TRATADAS NO SERVIÇO DE
Introdução: Segundo o INCA, no ano de 2016, a neo-
RADIOTERAPIA EM MANAUS: ESTUDO
plasia de mama representou 28% dos diagnósticos de
UNICÊNTRICO EM REDE PÚBLICA DE
câncer em mulheres. A radioterapia é uma eficiente SAÚDE
técnica no tratamento de câncer de mama de tumo- Autores: Paulyne de Souza Viapiana; Antônio Roberto
res em estágio inicial e na grande maioria é realizada Marques Lima; Marcela Inoue Coutinho; Aline Cristina
de forma adjuvante. Em nossa instituição, a técnica de Quincó; Marta Barros; Jorge Roberto Di Tommaso Leão;
planejamento padrão para tratamento de pacientes Leandro Baldino;
com câncer de mama é o IMRT forward-planned. Para Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
algumas pacientes, pode ser impossível alcançar simul- Introdução: O câncer de corpo uterino é a sexta ne-
taneamente todos objetivos de cobertura e proteção de oplasia mais frequente mundialmente, mais comum
órgãos em risco com esta técnica. Nestes casos, pode em países desenvolvidos. Foram estimados no ano de
ser que a técnica de VMAT forneça resultados mais in- 2016, 6.950 novos casos (6,74/100 mil mulheres). Mais
teressantes. As principais razões para optar por VMAT de 90% desses tumores originam-se a partir do endo-
para mama tem sido: cobrir a cadeia mamária interna, métrio, sendo mais frequente em mulheres pós-meno-
cobrir PTVs desafiadores; poupar mama contralateral pausa. Apesar das promissoras taxas de sobrevida, in-
em casos onde a técnica padrão não é eficaz. Objeti- formações acerca da epidemiologia e características da
vo: O objetivo deste trabalho foi avaliar frequência de população acometida por este tipo de neoplasia ainda
radiodermite em pacientes de câncer de mama, trata- são escassas no Amazonas. Objetivo: Descrever a fre-
das com técnica VMAT. Método: O trabalho analisou quência e as características clínico-epidemiológicas do
21 pacientes de câncer de mama tratados com técnica câncer de corpo de útero admitidas na Radioterapia de
VMAT, energia de 6MV, tratadas com dose de 50 Gy em uma instituição de referência da rede pública de saú-
25 frações sobre a mama toda, e quando necessário de. Método: Estudo descritivo e retrospectivo realizado
boost localizado de 10Gy em 5 frações. A radiodermite
através da análise de prontuários de mulheres diag- região o diagnóstico em estádios avançados. A radiote-
nosticadas com câncer de corpo uterino e admitidas no rapia é atualmente considerada uma das principais op-
serviço de Radioterapia no período de janeiro de 2009 ções de tratamento para este câncer, tanto no estágio
a janeiro de 2015. Pacientes cujos registros eram insu- inicial quanto na doença avançada. Poucos estudos re-
ficientes foram excluídas. Foi realizada a análise descri- tratam a realidade da rede pública no Amazonas. Obje-
tiva dos achados, com a prevalência das alterações. O tivo: Descrever os aspectos clínico-epidemiológicos das
estudo foi apreciado pelo comitê de ética e pesquisa pacientes diagnosticadas com câncer de colo de útero
da instituição. Resultados: Foram incluídos 41 casos de admitidas no serviço de Radioterapia da rede pública
câncer de corpo de útero no período estudado. A média de saúde em Manaus. Método: Estudo descritivo e re-
de idade foi de 58,17 anos, com predomínio da faixa trospectivo realizado através da coleta de dados dos
de etária de 50-59 anos (45%). A maioria das pacien- prontuários de mulheres com câncer de colo de útero
tes negou hábitos de etilismo e tabagismo (82,9%). O do serviço de Radioterapia no ano de 2012. Os achados
adenocarcinoma de endométrio do tipo endometrióide foram compilados em banco de dados para sua análise
foi o tipo histológico predominante. No que diz respeito descritiva. Pacientes cujos prontuários encontravam-se
ao tratamento, 75,6% foram submetidas à cirurgia on- incompletos foram excluídos. O estudo foi aprovado
cológica (histerectomia total com anexectomia bilateral pelo comitê de ética e pesquisa da instituição. Resulta-
com linfadenectomia pélvica e para-aórtica). A maioria dos: Durante o período do estudo, 251 mulheres foram
dos pacientes realizou radioterapia (90,2%), sendo de- atendidas com diagnóstico de câncer de colo uterino,
corridos em média 10,5 meses entre diagnóstico e iní- porém somente 223 preenchiam os critérios de inclu-
cio do tratamento. Óbito foi observado em 4 (9%) das são. A maioria das pacientes encontrava-se na faixa etá-
pacientes. Conclusão: O câncer de corpo uterino é uma ria entre 36 e 45 anos (31,3%). Quanto ao estado civil,
neoplasia ginecológica comum na Região Amazônica, a maioria das pacientes eram casadas (35%) e 24%, sol-
afetando principalmente pacientes nos períodos peri e teiras. A taxa de fecundidade variou de 4 a 6 gestações
pós-menopáusico. O estadiamento precoce é essencial por mulher. O tipo histológico predominante foi o car-
para ganhos em prognóstico e sobrevida, entretanto, cinoma de células escamosas (97%). O adenocarcinoma
não há programa de rastreamento bem estabelecido foi encontrado em apenas 7 (3%) das pacientes. Grande
para a população em pauta. O tempo decorrido entre parte delas (65%) foram diagnosticadas no estádio IIIB.
o diagnóstico e o tratamento reflete as limitações de Dentre os tratamentos empregados, 78% dos casos fo-
acesso a serviços de saúde e expõe essas pacientes a ram submetidas à radioquimioterapia concomitante,
maiores chances de recidiva e falha do tratamento. Os 14% realizaram radioterapia exclusiva e 10% apenas
resultados encontrados enfatizam a importância da quimioterapia. Óbito foi observado em 50 (22%) das
adoção de estratégias de controle e tratamento dessa pacientes. Conclusão: O câncer de colo de útero é alta-
neoplasia na rede pública de saúde. mente prevalente na região amazônica, afetando prin-
cipalmente mulheres em idade reprodutiva. A maioria
Contato: PAULYNE DE SOUZA VIAPIANA –
das pacientes são diagnosticadas com doença avança-
paulyneviapiana@gmail.com
da e mesmo com o emprego dos tratamentos padrões,
apresentam poucas chances de cura. O estadiamento
avançado e a elevada taxa de mortalidade enfatizam a
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA adoção de programas eficazes de prevenção que aten-
CÓDIGO: 61970 dam a população em pauta.
Contato: PAULYNE DE SOUZA VIAPIANA –
ASPECTOS CLÍNICOS-EPIDEMIOLÓGICOS paulyneviapiana@gmail.com
DAS PACIENTES COM CÂNCER DE COLO
DE ÚTERO TRATADAS NO SERVIÇO DE
RADIOTERAPIA DA REDE PÚBLICA DE
SAÚDE EM MANAUS TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 60059
Autores: Paulyne de Souza Viapiana; Tainá da Costa
Moreira Lima Heiss; Leandro Baldino;
ATUALIZAÇÃO: RADIOTERAPIA DE
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INTENSIDADE MODULADA (IMRT) PARA
Introdução: O câncer de colo uterino é a quarta neo- PACIENTES DO SUS, ANÁLISE DE 1071
plasia mais comum em mulheres e principal causa de TRATAMENTOS.
mortalidade por câncer no sexo feminino. No Brasil,
Autores: Felipe Teles de Arruda; Alexandre Colello
essa neoplasia é um grave problema de saúde pública, Bruno; Isabela Soares Lopes Branco; Euclydes
estimando-se 16.340 casos novos em 2017, sendo a Re- Borguezan Neto; Fabrício Augusto de Lima; Marilia
gião Norte a área de maior incidência. Quando diagnos- Lisboa Roca Santo; Gustavo Viani Arruda; Leandro
ticado em estádios iniciais, o câncer uterino possui um Federiche Borges;
alto potencial de cura. No entanto, ainda é comum na
Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE variações dos delineamentos, foi utilizada uma medida
MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE relativa, o coeficiente de similaridade de Sorensen-Di-
SÃO PAULO ce (CSD), e uma medida absoluta, a distância de Haus-
A oferta de radioterapia de alta tecnologia para popu- dorff (DH). Foram comparadas todas as combinações
lação atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é dos cinco contornos da mesma estrutura realizados
limitada, por não pertencer ao rol de procedimentos por cada observador, resultando em 60 valores obtidos
e, muitas vezes, pela capacidade instalada frente à de- para cada métrica. Resultados: As variações observa-
manda e dificuldade de retenção de recursos humanos das no contorno da bexiga foram menores que as do
especializados. Dessa forma, o acesso à radioterapia reto, apesar das distâncias máximas entre contornos da
de intensidade modulada (IMRT) é restrito a poucos mesma estrutura terem apresentado magnitudes se-
serviços no Brasil. Pretendemos apresentar as caracte- melhantes. Na avaliação da variação intra-observador
rísticas dos 1071 tratamentos de IMRT em um hospital no delineamento da bexiga, os valores obtidos – média
universitário. Foram analisados 1071 tratamentos de (DP) [mín-máx] – foram: CSD: 0,96 (0,03) [0,89-0,99]; DH:
IMRT, de setembro de 2010 até janeiro de 2016, que 11,6 mm (5,4 mm) [5,6-29,4 mm]. Os valores obtidos na
completaram a radioterapia. A técnica empregada foi avaliação da variação do delineamento do reto foram:
multilâminas estático. De um total de 5638 pacientes CSD: 0,86 (0,15) [0,33-0,97]; DH: 11,0 mm (6,2 mm) [4,6-
tratados no período, 1071 (19%) realizaram IMRT. As 28,0 mm]. Conclusão: No contorno vesical, os valores
principais indicações foram para crânio, cabeça e pes- do CSD obtidos refletem um baixo grau de dificuldade.
coço, e próstata. Aproximadamente 23% das radiotera- As variações desse delineamento, possivelmente, não
pias de crânio e 28% das de próstata foram por IMRT. resultariam em diferenças significativas no histogra-
A toxicidade total foi 4,5%. Em razão das restrições de ma dose-volume (HDV), e consequentemente, teriam
acesso à radioterapia e da não cobertura da maioria pouco impacto em decisões clínicas. Entretanto, o im-
dos procedimentos para pacientes que utilizam o SUS, pacto dosimétrico dessas variações ainda deve ser in-
as indicações de IMRT devem ser apoiadas nos proto- vestigado, uma vez que distâncias de até 2,9 cm entre
colos clínicos das instituições em acordo com sua rea- contornos do mesmo observador foram observadas.
lidade, com especial atenção à redução da toxicidade. O delineamento do reto apresenta um desafio maior.
Esta fonte de incerteza pode ser significativa, como as
Contato: FELIPE TELES DE ARRUDA – ftarruda@ diferenças observadas neste trabalho sugerem. As va-
hotmail.com riações no HDV provocadas por essas diferenças pode-
riam resultar em decisões clínicas como a alteração da
dose prescrita ou a diminuição da cobertura do alvo do
tratamento, por exemplo. Portanto, estratégias para re-
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
dução da variabilidade no delineamento do reto devem
CÓDIGO: 61894
ser desenvolvidas para aumentar a padronização e uni-
formização dos tratamentos.
AVALIAÇÃO DA VARIABILIDADE INTRA-
OBSERVADOR NO DELINEAMENTO DA Contato: RYANN REYTHELLE SILVA DE CARVALHO –
BEXIGA E DO RETO NO PLANEJAMENTO Ryann_reythelle@hotmail.com
RADIOTERÁPICO DO CÂNCER DE
PRÓSTATA
Autores: Ryann Reythelle Silva de Carvalho; Jéssica TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
Dutra Sampaio; Marcos Antônio Santos; Luis Felipe CÓDIGO: 61162
Oliveira e Silva;
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA AVALIAÇÃO DE COBERTURA DE
Introdução: Atualmente, há diversas ferramentas que CADEIA MAMÁRIA INTERNA EM
permitem uma irradiação com precisão milimétrica. PLANEJAMENTO TRIDIMENSIONAL
Porém, a incerteza no delineamento das estruturas en- DE RADIOTERAPIA COM CAMPOS
volvidas, muitas vezes negligenciada, pode ofuscar esse TANGENTES PARA TRATAMENTO DE
avanço. Objetivo: Avaliar a variabilidade do delinea- CÂNCER DE MAMA
mento intra-observador da bexiga e do reto no plane-
Autores: Ramon Pithon Pereira Gatto; Arthur Accioly
jamento radioterápico do câncer de próstata. Método: Rosa; Kenia Santos dos Reis; Lis Nara Oliveira dos
Imagens tomográficas em supino de três pacientes de Santos; Elisangela Santos Carvalho;
câncer de próstata, realizadas com cortes de 3,7 mm Instituição: HOSPITAL SÃO RAFAEL
e sem a utilização de contraste, foram usadas neste
estudo. Em cada série tomográfica, dois médicos resi- Introdução: a irradiação da cadeia mamária interna
dentes delinearam o reto e a bexiga cinco vezes, com (MI), no contexto do tratamento adjuvante de câncer
pelo menos seis horas de intervalo. Para quantificar as de mama, em pacientes com acometimento linfonodal
axilar tem sido demonstrada em diversos estudos. En- Luiza Sucharski Figueiredo; Michael Jenwei Chen;
tretanto, a cobertura ideal para tratamento deste sítio Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DA
ainda é controversa, principalmente quando são utiliza- UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
dos apenas campos tangentes. Objetivo: este estudo
Introdução: Ependimomas representam 5 a 8% das
tem como objetivo avaliar e caracterizar a cobertura de
neoplasias em sistema nervoso central (SNC) em crian-
dose na MI em pacientes com câncer de mama tratadas
ças. A radioterapia (RT) tem sido utilizada como compo-
com radioterapia de campos tangentes e planejamen-
nente do tratamento desde 1950, elevando a sobrevida
to tridimensional, assim como possíveis fatores que
global destes pacientes de 13-23% com cirurgia isola-
possam influenciar nesta dose. Método: entre maio
da para 45-63% com cirurgia seguida de radioterapia
de 2012 e junho de 2015, foram tratadas 239 pacien-
adjuvante. Entretanto, a principal recidiva é local. Dos
tes consecutivas com câncer de mama, cujos planos
pacientes que apresentam recorrência, cerca de 87%
foram analisados. Foram incluídas pacientes tratadas
apresentam falha tumoral próxima ao leito cirúrgico
com campos tangentes e planejamento tridimensional
irradiado. Objetivos: Avaliar o padrão de recidiva em
direcionado apenas à mama ou plastrão, e excluídas
pacientes pediátricos com diagnóstico de ependimo-
as tratadas com técnica 2D, ou utilização de campos
ma submetidos à radioterapia adjuvante. Material e
não tangentes, ou casos em que algum volume de dre-
Métodos: Estudo de coorte retrospectivo. Critérios de
nagem linfática foi deliberadamente tratado. A MI foi
inclusão: pacientes com até 22 anos de idade com diag-
contornada seguindo o atlas de contorno do RTOG, e
nóstico histopatológico de ependimoma submetidos
as doses de cobertura (V90 e Dmean) foram calculadas.
a pelo menos um curso de radioterapia adjuvante no
Foram utilizados testes paramétricos e não paramétri-
Instituto de Oncologia Pediátrica do Grupo de Apoio ao
cos para definir possíveis associações entre variáveis
Adolescente e à Criança com Câncer (GRUPO DE APOIO
clínicas, anatômicas ou dosimétricas e a cobertura da
AO ADOLESCENTE E CRIANÇA COM CÂNCER – GRAACC
MI. Resultados: o volume médio das cadeias mamárias
C), com intuito curativo e seguimento mínimo de 1
internas contornadas foi de 7,9 cm³ (SD 0,49cm³). Verifi-
ano. Resultados: Foram avaliados 104 pacientes com
cou-se que 19,1% (SD 20,9%) do volume da MI recebeu
neoplasia em SNC tratados de 2014 a 2016. Destes, 22
no minimo (>90%) da dose prescrita para a mama (V90).
pacientes tinham diagnóstico de ependimoma. Foram
A média de Dmean para a MI foi de 42,2% da dose pres-
excluídos 10 pacientes por seguimento menor do que
crita para a mama (SD 21,2%). Foi observado, a partir
um ano. Dos 12 pacientes avaliados, 59% eram do sexo
dos testes de correlação, a associação entre o volume
feminino, a mediana de idade foi 6 anos (1-13 anos). A
do CTVmama, o índice de conformidade definido pelo
principal topografia da lesão foi fossa posterior (72%),
RTOG (CI) e o tipo de cirurgia realizada (mastectomia
somente 1 paciente apresentou doença em coluna ao
vs. cirurgia conservadora), com significância estatística
diagnóstico.54% dos pacientes foram submetidos à res-
(p<0,05). Não se verificou associação entre a cobertura
secção subtotal e 64% realizaram 2 cirurgias ou mais
e o IMC, a distância entre os campos tangentes (medida
antes da radioterapia. Ependimoma grau 3 foi encon-
no eixo central), o tamanho do tumor (T), o status de
trado na maioria dos casos.36% dos pacientes realiza-
acometimento linfonodal (N), a lateralidade da mama,
ram quimioterapia pré RT, um deles aos 10 meses de
ou o quadrante. Conclusão: a cobertura da cadeia
idade.59,4Gy foi a dose de RT mais prescrita e todos
mamária interna, quando o tratamento é realizado uti-
os pacientes completaram o curso de RT proposto. A
lizando campos tangentes apenas, é reduzida. Assim,
maioria dos pacientes (63%) não fez o primeiro curso de
deve-se atentar para fatores técnicos do planejamento
RT no GRUPO DE APOIO AO ADOLESCENTE E CRIANÇA
e características anatômicas para o uso desta modali-
COM CÂNCER – GRAACC C. A mediana de seguimento
dade de radioterapia quando há intenção de tratamen-
foi 2,6 anos (variou de 20 meses a 7 anos).72% dos pa-
to específico da MI.
cientes apresentaram recidiva no volume irradiado e a
Contato: RAMON PITHON PEREIRA GATTO – sobrevida livre de recidiva foi 20 meses. Apresentaram
ramongatto@yahoo.com.br segunda recidiva 54% da população estudada e todos
foram submetidos a segundo curso de radioterapia.
Nenhum paciente apresentou radionecrose.36% dos
pacientes faleceram, todos relacionados à progressão
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA de doença. Conclusão: O principal padrão de recidiva
CÓDIGO: 62003 foi local e dentro do volume irradiado. Re irradiação foi
bem tolerada na população estudada.
AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE RECIDIVA
Contato: CRISTIANE DE L. G. CHAVES – crislgchaves@
EM CRIANÇAS COM EPENDIMOMA
gmail.com
SUBMETIDAS À RADIOTERAPIA
Autores: Cristiane de Lacerda Gonçalves Chaves; Maria
bolhas de ar e sua dimensão, margens de 5mm no PTV no interior do recipiente. Para tornar prático o processo
devem ser utilizadas para uma adequada cobertura da de irradiação em acelerador linear, foi construída uma
mucosa vaginal. A utilização de margens reduzidas é tabela que relaciona a altura do recipiente à quantida-
possível, mas necessita de TC para cada inserção devi- de de unidades monitoras a ser aplicada, facilitando a
do ao risco de perda na cobertura da mucosa vaginal, identificação do valor total de unidade monitor a ser
tal conduta seria factível em pacientes que a redução programado no acelerador linear para uma prescrição
de dose nos órgãos de risco seria fundamental para re- constante de 25 Gy de dose por procedimento de ir-
alização do procedimento. radiação de hemocomponentes. Conclusão: O método
de irradiação de hemocomponentes desenvolvido nes-
Contato: MARILIA MARIA MIGUEL – Mariliaheluany@
te estudo atende plenamente às poucas exigências das
hotmail.com
normas oficiais e se revela como uma proposta muito
interessante a ser adotada para padronização do pro-
cedimento de irradiação de células sanguíneas utilizan-
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA do aparelho acelerador linear.
CÓDIGO: 58123 Contato: TARCIA HELINY NOJOZA MENDONÇA –
tarciaheliny@gmail.com
DESENVOLVIMENTO DE UM
MÉTODO DE IRRADIAÇÃO DE
HEMOCOMPONENTES EM ACELERADOR
LINEAR TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 59885
Autores: Vitor Carvalho Lara; Wagner Roberto Batista;
Francisco Américo Silveira Marcelino; Adriano Luiz
Balthazar Bianchini; Tárcia Heliny Nojoza Mendonça; Íris DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO
Antônio Maeda; DE RETITE ACTÍNICA INDUZIDA POR
Instituição: ASSOCIAÇÃO DE COMBATE AO CÂNCER DO BRAQUITERAPIA DE ALTA TAXA DE
BRASIL CENTRAL; HOSPITAL DR. HELIO ANGOTTI DOSE EM CAMUNDONGOS: ESTUDO
Introdução: A transfusão de Concentrado de hemácias
DOS MECANISMOS ENVOLVIDOS
(CH) pode levar à Doença do Enxerto Contra Hospe- Autores: Carlos Heli Bezerra Leite; Roberto César
deiro Associada à Transfusão (DECH-AT), uma reação Pereira Lima-Júnior; Carlos Diego Holanda Lopes; Dulce
transfusional (RT) tardia, rara e grave, em pacientes Andrade Ribeiro; Gabriel Silva Lima; Jéssica de Andrade
Freitas; Deysi Viviana Tenazoa Wong; Fernando de
imunossuprimidos. Esta RT é uma resposta inflamató-
Queiroz Cunha; Maria do Perpétuo Socorro Saldanha da
ria produzida por linfócitos T presentes em CH e demais Cunha; Caio Abner Vitorino Gonçalves Leite;
componentes celulares transfundidos. O procedimento
Instituição: INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ
de irradiação em acelerador linear previamente à trans-
fusão é indicado para evitar a DECH-AT, contudo não Introdução: A radioterapia é utilizada em cerca de 65%
está padronizado no Brasil e não há, comercialmen- dos pacientes com câncer. A retite actínica é uma toxici-
te, um recipiente com formato e tamanho adequados dade comum (5-20%) em pacientes irradiados por neo-
para acondicionar essas bolsas de hemocomponentes plasias pélvicas, com impacto negativo na qualidade de
durante o processo de irradiação. Objetivo: Desen- vida dos mesmos. Os mecanismos de dano são pouco
volver um método para padronização do processo de conhecidos devido à ausência de um modelo animal
irradiação de hemocomponentes em aparelho acelera- que reproduza esta toxicidade. O presente trabalho
dor linear que seja de baixo custo, simples, seguro e visa a desenvolver um modelo de retite actínica em ca-
fácil de reproduzir. Método: Desenvolvimento de um mundongos induzida por braquiterapia de alta taxa de
recipiente de policarbonato com medidas apropriadas dose e estudar o papel de mediadores inflamatórios.
para a simulação do processo de irradiação de sangue, Método: Camundongos machos C57BL/6 (20-25g, n = 5
realização de tomografia computadorizada para inserir a 7) foram submetidos à braquiterapia endorretal (HDR
as imagens no sistema de planejamento tridimensional – Ir 192) com aplicador cilíndrico de 3,1mm de diâme-
denominado Xio, para avaliação do comportamento da tro, introduzido por uma extensão de 2,0 cm da mar-
radiação no conteúdo do recipiente e cálculo de distri- gem anal. Utilizou-se três frações diárias e consecutivas
buição de dose no sistema de planejamento. Resulta- de 7,5 Gy ou 9,5 Gy em duas diferentes profundidades:
dos: O resultado final, para que não ficasse nenhuma “dose superficial” (DS), a 0,45mm da superfície do apli-
parte da caixa sem incidência do feixe de irradiação, cador e uma “dose profunda” (DP) a 3,0mm da mesma
incluindo uma margem de segurança, foi um recipiente referência. O grupo controle recebeu o mesmo aplica-
com formato quadrado e largura de 31,5 cm por 31,5 dor e igual tempo, mas sem irradiação (“sham cateter”).
cm. A altura máxima adequada foi calculada em 18 cm, A curva de sobrevida, variação ponderal, escores de
pois observou-se que medidas maiores resultam em diarreia e colonoscopia foram realizadas 24h, 48h, 7 e
um aumento importante na heterogeneidade de dose 30 dias após o término da irradiação. Após a eutanásia
amostras de reto foram coletadas para análise histopa- a 5 cm de diâmetro e 6 retangulares de 5x1 a 5x4 cm²)
tológica, dosagem de citocinas (IL-10, IL-6 e KC), MPO e acoplados ao aplicador 6x6 cm² para as energias de 6, 9
IHQ para i-NOS, COX-2 e TNF – α. Na fase de modula- e 12 MeV. Primeiramente foram medidas as porcenta-
ção, utilizaram-se inibidores específicos: aminoguanidi- gens de dose na profundidade (Percentage Death Dose
na para NO e infliximab para TNF-α. Resultados: Maior – PDD’s) com câmara de ionização para cada combina-
perda ponderal e redução da sobrevida foi observada ção bloco/energia, à SSD de 100 cm, para encontrar as
apenas após 30 dias da irradiação com 3 x 9,5 Gy (DP). profundidades de máxima dose (R100), onde os Fou-
Não houve aumento de escores de diarreia ou na dosa- tput foram obtidos. Após as irradiações, obteve-se os
gem de MPO. Maiores alterações colonoscópicas, quan- Foutput com câmara de ionização e filme radiocrômi-
do comparado ao controle, foram vistas nos regimes co, por meio da razão entre as leituras para cada bloco
3x9,5Gy (DS) /48h-7dias-30dias; 3x7,5Gy (DS) /30dias e pelas leituras do bloco de referência (6x6cm²), nas res-
3x9,5Gy (DP) /7dias. Um aumento nos escores histopa- pectivas R100. A confiabilidade dos resultados foi verifi-
tológicos ocorreu nos protocolos 3x9,5Gy (DS) /7dias; cada por meio de um estudo das recomendações para
3x7,5Gy (DS) /30dias e 3x9,5 (DP) Gy/24h-48h-7dias em a dosimetria de feixes de elétrons através da equação
relação ao sham catéter. Dosagens superiores de KC e Foutput=√ (Output X x Output Y). Assim, obteve-se uma
IL-6 foram observadas em 3x9,5 (DP) Gy/7dias, além de tabela com os Foutput para cada bloco, para as três
maior expressão de i-NOS, COX-2 e TNF-α à IHQ, sendo energias, medidos com a câmara de ionização e filmes
eleito o regime modelo a ser utilizado na modulação. radiocrômicos. RESULTADOS E Conclusão: Os Foutput
Nesta fase, não houve redução das alterações colonos- com os filmes radiocrômicos se aproximaram dos va-
cópicas ou histopatológicas por nenhum dos inibidores lores obtidos com a câmara de ionização e, devido a
(aminoguanidina ou Infliximab). Conclusões: Padroni- isso, os filmes se mostram como uma alternativa para a
zamos um modelo de retite actínica por braquiterapia medição dos Foutput para elétrons. Com a construção
de alta taxa de dose. Contudo, a modulação farmacoló- desta tabela, pode-se fazer a correspondência do Fou-
gica de NO ou TNF-α não preveniu o dano tecidual. tput destes campos regulares com campos irregulares
de áreas próximas e assim agilizar o processo de plane-
Contato: CARLOS HELI BEZERRA LEITE – chbl.13@
jamento no serviço de radioterapia.
hotmail.com
Contato: JÉSSICA SAUZEN – jesauzen@hotmail.com
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 59828 TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 59927
DETERMINAÇÃO DO FATOR OUTPUT DE
CAMPOS PEQUENOS EM RADIOTERAPIA ESTUDO DOSIMÉTRICO DA INFLUÊNCIA
COM ELÉTRONS DA COMPOSIÇÃO E DENSIDADE
Autores: Jéssica Sauzen; Paulo Cesar Dias Petchevist; DE HETEROGENEIDADES EM
Otávio Riani de Oliveira; Danielle Filipov; Danyel BRAQUITERAPIA COM FONTES DE IODO-
Scheidegger Soboll; 125
Instituição: ONCOVILLE Autores: Isabela Soares Lopes Branco; Paula Cristina
Introdução: O tipo de câncer mais frequente é de pele Guimarães Antunes; Hélio Yoriyaz;
não melanoma, onde as lesões variam em profundida- Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE
de e extensão. Geralmente seu tratamento é feito com MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE
SÃO PAULO
Eletronterapia, no qual os campos de irradiação de elé-
trons são definidos por blocos de Cerrobend que são Durante décadas, a braquiterapia de baixas taxas de
confeccionados de acordo com a forma e extensão da dose realizada com sementes de Iodo-125 tem sido
lesão. A utilização deste bloco torna necessário acres- amplamente adotada em variados sítios anatômicos,
centar uma correção ao cálculo de dose, denominado com bons resultados clínicos. Os algoritmos para cál-
fator output (Foutput), através da dosimetria de cada culo de dose baseados em modelos (MBDCAs) permiti-
bloco a ser utilizado, o que por vezes atrasa o início do ram aprimorar o estudo de deposição da dose, sendo
tratamento do paciente. Esta dificuldade pode ser re- as ferramentas atuais para estimar a dose em braquite-
solvida se os Foutput forem obtidos previamente para rapia. Os MBDCAS levam em consideração meios hete-
diversas energias e tamanhos de campo e, assim, obter rogêneos como diferentes tecidos, órgãos, aplicadores
uma tabela que auxilie na dinâmica do planejamento com composições diferentes da água, proporcionando
do tratamento. Materiais e Métodos: Foram feitas as a análise dosimétrica em geometrias complexas. Este
dosimetrias de 16 blocos de Cerrobend confeccionados trabalho visa contribuir com os estudos dosimétricos
(5 blocos quadrados de 1x1 a 5x5 cm², 5 circulares de 1 em braquiterapia com fonte de Iodo-125, consideran-
ta com apresentação subaguda. Realizada ressonância do feixe a obtenção de dados dos materiais utilizados
nuclear magnética (RNM) que apresentava lesão expan- como filtro compensador e para bloqueio de órgãos de
siva compatível com glioma de tronco encefálico, com- risco (OARs). Objetivo: Descrever o processo de medi-
prometendo bulbo, ponte e mesencéfalo. Optou-se por da e mostrar os resultados da caracterização dosimétri-
biopsia de lesão intracraniana para avaliação do grau ca do feixe nas condições específicas de TBI, utilizando
histológico e possível introdução de quimioterápico, a técnica de campo horizontal com paciente posiciona-
sendo confirmando diagnóstico de glioblastoma grau do em decúbito lateral e irradiado com feixe anterior e
IV da OMS. Criança encaminhada para tratamento ra- posterior. Método: As medidas foram obtidas em um
dioterápico com 54 Gy em 27 frações e em uso de te- acelerador linear Elekta Precise, com energia de 10MV
mozolamida. Discussão: Os gliomas de alto grau, par- e taxa de dose de 400 cGy/min no isocentro @dmáx.
ticularmente o glioblastoma multiforme (GBM), são os Foram utilizadas placas de água sólida de 30x30 cm²
tumores do SNC mais comuns em adultos, mas repre- e espessuras de 0,2 a 1,0 cm como objeto simulador.
sentam somente 5% dos tumores de SNC em crianças. Uma placa de acrílico de 1,0 cm de espessura como foi
Mesmo sendo um tumor relativamente raro, é de par- colocada à frente do feixe para compensar a região de
ticular interesse, uma vez que a sobrevida média após build-up e superficializar a dose. Medidas de porcen-
o diagnóstico não ultrapassa os 20 meses e apenas 5% tagem de dose profunda (PDP) e perfil do feixe foram
alcançam os 5 anos. Quando passível de neurocirurgia, obtidas utilizando câmaras de ionização cilíndrica e de
esta deve ser a abordagem inicial, objetivando a ressec- placas paralelas respectivamente, com o gantry angula-
ção completa da lesão por a mesma melhorar a sobre- do a 90º e o colimador a 45°, distância fonte/superfície
vida quando comparada a ressecção parcial ou biopsia, (DFS) de 390,0 cm e campo de tamanho 40x40 cm² no
sendo necessário radioterapia e/ou quimioterapia ad- isocentro. Medimos também o coeficiente de atenua-
juvante. O GBM é um tumor difusamente infiltrativo, ção do chumbo (utilizado como filtro compensador)
envolvendo grandes porções cerebrais. Embora possa e do cerrobend (utilizado para redução de dose em
ocorrer em qualquer faixa etária, é mais comumente OARs), nas condições utilizadas no TBI. Resultados:
observado em adultos entre 50 e 70 anos de idade, o Obtivemos uma região de tratamento de 180 cm (-90
que contrasta com o paciente relatado no presente cm e +90 cm a partir do raio central) com simetria de 0,4
caso. Por outro lado, pacientes jovens tendem a apre- %, e a planura 5,1 %. A profundidade de dose máxima
sentar um prognóstico mais favorável. Durante o trata- foi de 1,0 cm, enquanto a dose na superfície recebeu
mento radioterápico, a equipe multidisciplinar realizou 99,1 %. Considerando um tratamento ântero-posterior,
uma abordagem psicológica com os pais da criança, in- a homogeneidade no eixo central, relação de dose no
centivando-os a manter o paciente em tratamento para pico e dose no centro versus a espessura (DAP), sofreu
melhorar sua qualidade de vida, mas estando cientes uma variação máxima de 2 %. Os coeficientes de atenu-
do prognóstico reservado do mesmo. ação do chumbo e do cerrobend foram respectivamen-
te μPb=0,505 cm-1 e μCerr=0,447 cm-1. Conclusão: Os
Contato: MARCELA METZDORF – marcelametzdorf@
resultados obtidos estão em concordância com a da li-
gmail.com
teratura (AAPM Rep 17 TG29) e a caracterização dosi-
métrica permite que realizemos o procedimento de TBI
com segurança e qualidade.
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA Contato: THAYLANE GONÇALVES CASTILHO –
CÓDIGO: 61868 thaylanegcastilho@gmail.com
IMPLANTAÇÃO DE TÉCNICA DE
IRRADIAÇÃO DE CORPO INTEIRO
(TOTAL BODY IRRADIATION – TBI) NO TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
HOSPITAL DA BALEIA CÓDIGO: 61980
2017. Realizados exames de seguimento em março de Autores: Raquel Guimarães Domingos da Silva; Antonio
2017 que evidenciaram volumosa lesão tumescente Jose Leal Costa; Tania Zdenka Guillen de Torres; Diogo
com atenuação de partes moles e contornos lobulados Antonio Valente Ferreira;
que infiltra os tecidos moles profundos da região peito- Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
ral à direita, medindo cerca de 4,3 x 8,0 x 8,5 cm, com-
Introdução: Câncer de colo do útero é possível de ser
patível com recidiva local da neoplasia de mama conhe-
prevenido, apesar da alta incidência e mortalidade. Me-
cida, além de mestástases pulmonares e linfonodais.
didas preventivas, como o uso do preservativo e pro-
Avaliada pela equipe da mastologia, que considerou a
gramas de rastreamento exemplificam formas eficazes
lesão no plastrão irressecável, e encaminhada a radiote-
de controle. As estatísticas de mortalidade são um mé-
rapia. Após avaliação radioterápica, indicado 50 Gy em
todo tradicional para avaliação do estado de saúde das
plastrão e fossa supraclavicular e reforço com feixes de
populações e para planejamento de ações. Estudos de
elétrons até 70 Gy. Oncologia clínica com plano de qui-
análise temporal corroboram para avaliação dos fato-
mioterapia paliativa baseada em gencitabina, docetaxel
res desencadeantes das variações na mortalidade na
e filgrastima após fim da radioterapia. Discussão: Os
perspectiva longitudinal. Cada um dos componentes do
sarcomas são considerados patologia extremamente
modelo fornece diferentes perspectivas sobre as ten-
rara, representando aproximadamente 1% das neopla-
dências da doença: efeito idade, efeito período e efei-
sias malignas da mama. São tumores mesenquimais,
tos de coorte. Através deste modelo, podemos inferir o
mais freqüentemente encontrados em partes moles, e
impacto de novas terapias no controle da doença, mu-
dentre estes, o leiomiossarcoma se mostra como sendo
danças de comportamento, advento do vírus da imu-
dos mais raros, com menos de 20 casos relatados na
nodeficiência humana (HIV), criação do Sistema Único
literatura. A média de idade ao diagnóstico é de 55,5
de Saúde, cobertura dos programas de rastreamento
anos (variando de 24 a 86 anos). A maioria dos pacien-
e consequências das filas e gargalos do sistema. Ma-
tes são mulheres, mas existem 2 casos em homens já
terial e Métodos: Estudo de séries temporais. Foram
relatados. Quando metastático, a via de disseminação
coletados os dados de todos os óbitos por câncer de
é hematogênica, sendo sítios secundários fígado, pul-
colo uterino e dados populacionais do sexo feminino
mão, ossos e menos freqüentemente o cérebro. Co-
no município do Rio de Janeiro, de 1980 a 2014 dispo-
mentários Finais: O leiomiossarcoma é um tumor ma-
níveis no DATASUS. A ocorrência dos efeitos de perío-
ligno raro da mama. O tratamento cirúrgico é o pilar da
do, coorte e idade foi investigada inicialmente através
terapia. O esvaziamento axilar não tem indicação: para
de procedimentos de análise exploratória dos dados.
a maioria dos autores o comprometimento linfonodo-
Posteriormente, os efeitos foram estimados através de
nal é extremamente raro (com metástases linfonodais
processos de modelagem, avaliando os efeitos da ida-
axilares em menos de 10% dos casos), já que a dissemi-
de, período e coorte de maneira independente, a partir
nação se faz pela via hematogênica. No presente caso,
do uso do estimador intrínseco. Resultados: Houve au-
a equipe da Mastologia optou pelo esvaziamento axi-
mento do risco de morte por essa neoplasia durante a
lar, mesmo sem benefício comprovado na literatura. A
década de 1990, atingindo o seu pico de 1995 a 1999 no
mastectomia está indicada com excelente controle local
município do Rio de Janeiro e redução a partir de 2005,
da doença, podendo ser considerada a preservação da
e se mantendo em queda até o último ano estudado
mama. A radioterapia, apesar de não reduzir a taxa de
(2014). Foi verificado um efeito de idade, com impac-
recorrência local nos casos já relatados, foi indicada no
to nos anos potenciais de vida perdidos. Conclusões:
presente caso como tentativa de resgate local, uma vez
O aumento da tendência da mortalidade por nos anos
que a recidiva no plastrão foi considerada irressecável.
1990 pode estar relacionado à baixa cobertura do exa-
Devido ao risco de recorrência tardia, o acompanha-
me citológico no início da década e também ao advento
mento a longo prazo é necessário.
da infecção pelo HIV. A queda na mortalidade obser-
Contato: MARCELA METZDORF – marcelametzdorf@ vada recentemente pode ser uma resposta aos efeitos
gmail.com das políticas governamentais de rastreamento. Além
disso, a queda nos casos diagnosticados como câncer
de útero sem porção especificada nos últimos anos
pode representar uma melhora nas notificações de óbi-
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA to. O alto índice de mortalidade observado no período
CÓDIGO: 59661 atual aponta para a necessidade de facilitar o acesso ao
tratamento a pacientes com doenças passíveis de cura.
MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO
Contato: DIOGO ANTONIO VALENTE FERREIRA – dii.
UTERINO NO MUNICÍPIO DO RIO DE valente@gmail.com
JANEIRO ENTRE 1980 E 2014: EFEITOS DE
PERÍODO, IDADE E COORTE.
NEOPLASIA DE PRÓSTATA
APRESENTANDO-SE COMO LESÃO DO
ÁPICE DO OSSO PETROSO E CLÍVUS: UM TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
mais que se encontram impossibilitados para procedi- dades e a aquisição de um banco de dados que pode
mentos cirúrgicos. ser utilizado como fonte de busca em futuras publica-
ções, Além disso, diminuição do tempo de espera após
Contato: DAIANA BARROS DO CARMO –
a realização da tomografia tornou-se uma das metas do
daycarmo3103@gmail.com
serviço.
Contato: FELIPE TELES DE ARRUDA – ftarruda@
hotmail.com
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 60032
demonstrou melhora. Conclusão: A radiosinovecto- ção de esfíncter. Dissecção linfonodal foi realizada em
mia com Y-90 (dez publicações) ou P-32 (duas publica- 96% dos pacientes. Estadiamento patológico: 0: 21%; I:
ções) é um procedimento simples, eficaz e seguro para 26%; IIA: 21%; IIC: 2%; IIIA: 2%; IIIB: 26%; IIIC: 2%. A taxa
o tratamento de sinovite de joelho em pacientes com de resposta patológica completa ( ausência de neopla-
hemofilia para diminuir a dor e frequência de hemorra- sia residual no estudo anátomo-patológico ) foi de 21 %.
gia articular. Esses achados revelam que existe alguma Conclusão: A TN com RT conformacional com fraciona-
evidência científica para o uso da radiosinovectomia da mento convencional associada a QT concomitante em
articulação do joelho em indivíduos com hemofilia, em- pacientes com neoplasia de reto propiciou, no período
bora mais investigações sejam necessárias. estudado, índice de resposta patológica completa com-
patível com os reportados nas grandes séries da litera-
Contato: ELOÁ MOREIRA MARCONI – eloamarconi@
tura internacional.
gmail.com
Contato: MARCELO COSTA VILELLA DOS REIS –
drmreis@email.com
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 61702
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
RADIOTERAPIA ASSOCIADA CÓDIGO: 59736
A QUIMIOTERAPIA NO
TRATAMENTO NEOADJUVANTE RADIOTERAPIA DE RESGATE NA
DO ADENOCARCINOMA DE RETO: RECIDIVA BIOQUÍMICA EM CANCER DE
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA PATOLÓGICA PRÓSTATA OPERADO: RESULTADOS E
COMPLETA. FATORES PROGNÓSTICOS.
Autores: Marcelo Costa Vilella dos Reis; Egreen Cardoso Autores: Gustavo Viani Arruda; Ana Carolina
Baranda; Tatiana Sayuri Yamamoto; Mário Ribeiro Neto; Hamamura;
Eduardo Lima Pessoa; Salvador Tutilo; Maria José Alves; Instituição: HOSPITAL DAS CLINICAS DA FACULDADE DE
Instituição: INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL SÃO PAULO
Objetivo: Avaliação da resposta patológica completa Objetivo: Avaliar os resultados e identificar fatores
em pacientes portadores de adenocarcinoma de reto prognóstico de pacientes com câncer de próstata tra-
não metastáticos ( estádios I a IIIC ) submetidos a te- tados primariamente por cirugia que evoluíram com
rapêutica neoadjuvante (TN) com radioterapia (RT) e recidiva bioquímica. Materiais e Métodos: Estudo de
quimioterapia (QT) em uma única instituição. Material coorte retrospectivo, realizado em instituição única,
e Métodos: Estudo retrospectivo com avaliação dos entre 2009-2016, incluindo pacientes submetidos a
prontuários médicos dos pacientes submetidos a TN prostatectomia radical + – linfadenectomia, que evolu-
em um período de 5 anos (01/06/2011 a 01/06/2016) íram com recidiva do PSA definido como >0.02ng/ml e
e que mantiveram seguimento na instituição. Resulta- submetidos a radioterapia de resgate da loja prostática,
dos: 56 pacientes com diagnóstico anatomopatológico com 3D ou IMRT, dose >= 60Gy sem tratamento hormo-
de adenocarcinoma de reto não metastáticos ao diag- nal prévio ou concomitante. O tempo mínimo de acom-
nóstico foram submetidos a TN no período. Foram ex- panhamento foi de 6 meses. Dados demográficos, do
cluídos 3 pacientes que realizaram RT hipofracionada tratamento, de controle do PSA e de toxicidade foram
exclusiva, totalizando 53 pacientes. Características: A coletados. Controle bioquímico pós RT foi considerado
idade média foi 66 anos com predomínio do sexo mas- como PSA<0.02 ng/ml. Para a análise de sobrevida foi
culino ( 64 % ). Todos os pacientes ( 100 % ) apresenta- utilizado o método de Kaplan-Meier. Log-rank foi utili-
vam performance status pela escala de Karnofsky ( KPS zado para a análise univariada e o método de COX para
) ≥ 70. Estadiamento ( AJCC 2010 ) ao diagnóstico: I: 8%; análise multivariada. Valores de p<0.05 foram conside-
IIA: 39 %; IIIA: 8%; IIIB: 41%; IIIC: 4 %. Localização anatô- rados significativos. Resultados: Durante o período do
mica do tumor primário retal em relação a borda anal: estudo 107 pacientes preencheram os critérios de in-
baixo: 40%; médio: 50 %; alto: 10%. RT conformacional clusão. O tempo médio de seguimento foi de 50 meses
(3D) foi realizada em 100% dos pacientes com dose to- (8-89 meses). O PSA médio pré RT foi de 0.3 (+ – 1.6).
tal de 50.4Gy ( 45 Gy em pelve e reforço de dose de 5,4 A dose média foi de 70Gy (variando 60-72) com 67%
Gy em tumor primário ) e 45 Gy ( sem reforço de dose tratados com IMRT. Durante o seguimento, ocorreram
) em 92% e 8% dos pacientes, respectivamente. A dose 26 falhas do PSA e 6 óbitos. O controle do PSA pós RT
dia foi de 1,8 Gy em 100% dos casos. A QT concomitante de resgate, e a sobrevida global em 5 anos foram de
a RT foi realizada em 100 % dos pacientes. Em 66% dos 75.5% e 93%, respectivamente. Na análise univariada,
casos foi possível a realização de cirurgia com preserva- grupo de risco pré cirurgia (p=0.018), presença de ex-
travasamento capsular (p=0.013), vesícula seminal po-
sitiva (p=0.0001), margens negativas (p=0.003), dose < A sobrevida dos pacientes depende do estadiamento
70Gy (p=0.01) e PSA préRT >0.35 ng/ml (p=0.01) foram do tumor.
preditoras de pior controle do PSA pós RT de resgate.
Contato: KELLIANE BARROS LIRA – kellianebarros@
Na análise multivariada PSA pré RT>0.35 (p=0.023), ve-
hotmail.com
sícula seminal positiva (p=0.01) e margens negativas
(p=0.03) foram preditores independentes do controle
do PSA. A toxicidade genitourinária (GU) e gastrointes-
tinal (GI) aguda >= grau 2 foi de 3% e 0%. A toxicidade TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
tardia GU grau 2 e 3 foi de 7.5% e 3.7%. Nenhum caso CÓDIGO: 60567
de toxicidade GI grau 2 e 3 foi observado. Conclusão:
A RT de resgate para recidiva bioquímica resultou em SENTIMENTOS DE PROFISSIONAIS
satisfatório controle bioquímico, com um baixo perfil
QUE ATUAM EM UM SERVIÇO DE
de toxicidade severa, aguda e tardia para os órgão de
risco. Valor do PSA préRT, margens negativas e vesícula
RADIOTERAPIA
seminal positiva foram fatores independentes para um Autores: Lorrane Pereira da Silva; Milena Marques
pior controle do PSA. Estes dados podem ser úteis para Cerqueira Mendes; Danilo Bispo de Queiroz; Laiane
Silva Pinheiro; Marcia Sandra Fernandes dos Santos
selecionar pacientes para tratamento de resgate mais
Lima; Evanilda Souza de Santana Carvalho;
agressivo seja com dose escalonada ou tratamento
Instituição: UNIDADE DE ALTA COMPLEXIDADE EM
combinado a hormonioterapia.
ONCOLOGIA/HDPA; SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE
Contato: ANA CAROLINA HAMAMURA – FEIRA DE SANTANA
anachamamura@hotmail.com
Introdução: O câncer é uma patologia carregada pelo
estigma social da morte, suscitando experiências estres-
santes, nos adoecidos devido às suas consequências fí-
sicas, sociais, psicológicas, emocionais e espirituais Os
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
profissionais de saúde dos serviços de oncologia atuam
CÓDIGO: 57679
cotidianamente com essas pessoas em sofrimento, o
que reflete-se no seu modo de viver e perceber. Ob-
RADIOTERAPIA EM NEOPLASIA DE
jetivo: Compreender os sentimentos vivenciados pelos
CANAL ANAL – DOENÇA DE PAGET profissionais que assistem pessoas com câncer na ra-
EXTRAMAMÁRIA: RELATO DE CASO dioterapia. Método: Estudo descritivo de abordagem
Autores: Kelliane Barros Lira; Cesar Augusto da Silva; qualitativa, realizada com 05 profissionais de uma uni-
Julia Pastorello; Ornella Sari Cassol; dade de radioterapia do interior da Bahia, em junho de
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL FRONTEIRA SUL 2017. A coleta de dados se deu através de entrevista
semi estruturada tendo como questões norteadoras:
Apresentação do caso: Mulher 80 anos, relata quadro
Como você se sente ao assistir pessoas durante o tra-
de prurido e dor perianal ao evacuar associada a he-
tamento radioterápico? Como esse sentimento reflete
matoquezia eventual. Quadro com aproximadamente 1
em sua vida? Para análise dos dados foi utilizada a aná-
ano de evolução. Paciente hipertensa e diabética, nega
lise do conteúdo. Resultados: Os profissionais descre-
cirurgias em topografia anal prévia, assim como alcoo-
veram sentimentos de tristeza e sofrimento frente às
lismo, tabagismo ou história familiar de câncer. Ao exa-
dificuldades da pessoa com câncer e as repercussões
me físico, observa-se lesão eritematosa perianal esten-
da doença; sentem-se impotentes e frustrados quando
dendo-se em direção à fúrcula vaginal. Encaminhada ao
os objetivos do tratamento não são alcançados. Por ou-
serviço de oncologia com laudo de biópsia compatível
tro lado, os profissionais expõem a satisfação em fazer-
com Neoplasia de Paget invasiva confirmado por imu-
-se útil na vida dos clientes, e apesar dos sentimentos
nohistoquímica. O estadiamento e pesquisa de tumo-
negativos vivenciado os entrevistados manifestaram o
res sincrônicos em mama, vulva e sistema urinário foi
desejo de permanecer na assistência a esse público.
negativa. Paciente optou por tratamento radioterápico
No que se refere à maneira com que esses sentimen-
associado a quimioterapia radiosensibilizante devido
tos refletem em suas vidas, os profissionais relatam
às possíveis morbidades inerentes ao tratamento cirúr-
que se tornaram menos exigentes consigos mesmos,
gico. As lesões perianais tem sido um desafio diagnósti-
adotaram uma postura de maior valorização da vida,
co devido ao aumento da sua incidência, causado pelas
da família e da saúde após assistirem pessoas com cân-
doenças sexualmente transmissíveis e pela imunossu-
cer. Conclusão: Conclui-se que o trabalho com pessoas
pressão do vírus do HIV. Diferente da doença de Paget
com câncer repercute em sentimentos ambivalentes na
na mama, na região perianal o comportamento é benig-
vida dos profissionais, trazendo sentimentos, de triste-
no, não sendo invasivo e comportando-se como uma
za, dor, impotência, porém também traz sentimentos
neoplasia intraepitelial. O tratamento para os tumores
positivos, como gratidão, satisfação e sentimento de
da região anal é a excisão local. Neoplasias avançadas
utilidade. Ambos os sentimentos repercutem de forma
podem ser tratadas com radioterapia e quimioterapia.
expressiva na vida destes profissionais, influenciando nem com o tipo histológico do tumor cerebral. Conclu-
para dar um novo sentido para suas vidas. são: Este relato de caso é relevante para lembrar que a
SSJ que é uma emergência dermatológica de alta mor-
Contato: MILENA MARQUES CERQUEIRA MENDES –
bimortalidade e que a interação da RT com fenitoína
mileena. marques@hotmail.com
pode ser um fator desencadeante e devastador, sendo
importante o seu conhecimento para diagnóstico e in-
tervenção precoce a fim de se evitar a morbi-mortalida-
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA de relacionada ao tratamento.
CÓDIGO: 59498 Contato: MARYA LUYZA GUSMÃO E LOPES – malu_
gusmao@yahoo.com.br
SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON
DEVIDO ASSOCIAÇÃO DE RADIOTERAPIA
CEREBRAL TOTAL E FENITOÍNA: UM
RELATO DE CASO TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 59448
Autores: Marya Luyza Gusmão e Lopes; Laís Santiago;
Arlen de Paula Santiago Filho; Tamara Figueiredo;
Zeniclayton Lafetá Almeida Lima; Andy Kaline Oliveira TÉCNICA “HÍBRIDA” 3D / VMAT PARA
Andrade; A IRRADIAÇÃO DE PACIENTES COM
Instituição: HOSPITAL DILSON GODINHO CÂNCER DE MAMA E ANATOMIA
DESFAVORÁVEL. ESTUDO DOSIMÉTRICO
Apresentação do caso: SPN, 54 anos, sexo masculino,
iniciou em 2011 com sintomas de emagrecimento e
PRELIMINAR.
disfagia, sendo diagnosticado com carcinoma espino- Autores: Lígia Casão Arteaga; Anselmo Mancini; Heloisa
celular de orofaringe – EC IV (região cervical e pulmões). de Andrade Carvalho; Cecilia Maria Kalil Haddad;
Fabiana Acioli Miranda; Mriana Lannes Tamm; Samir
Iniciou tratamento com quimioterapia (QT) paliativa,
Abdallah Hanna;
primeiramente com cisplatina e 5-FU, sem resposta ao
Instituição: HOSPITAL SÍRIO LIBANIÊS
tratamento e posteriormente realizou nova QT com pa-
clitaxel e radioterapia (RT) 2D, no cobalto em tumor e Introdução: A radioterapia (RT) do câncer de mama
massa ulcerada em região cervical 70Gy35frações. Sus- melhora o controle local e a sobrevida global. Há uma
penso RT na 11ª fração devido início de sintomas neu- tendência de aumento de indicação de RT nodal total
rológicos e evidenciada progressão para sistema nervo- (INT) em pacientes com estádio inicial de alto risco. A
so central (SNC). Iniciado RT cerebral total, técnica 2D, longa expectativa de vida desses pacientes, associada
com cobalto e dose de 37,5Gy/15frações. Durante o tra- a maiores volumes irradiados aumentam o risco de
tamento com RT estava também em uso de dexameta- toxicidade. Objetivo do estudo: comparar dosimetri-
sona e fenitoína, quando iniciou um quadro de eritema camente a técnica de arco modulado volumétrico “hí-
em região cervical e edema em face. Evoluiu com piora brido” (3D / VMAT) com RT 3D conformada field-in-field
do eritema, disseminando para todo o corpo, sendo (RTFF) em pacientes com câncer de mama quando in-
diagnosticado com síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) dicada INT. Método: Dez pacientes foram avaliados.
e suspenso a fenitoína e RT e internado para suporte Seis apresentaram doença do lado esquerdo. Todos re-
clínico. Logo após o tratamento de suporte, apresentou alizaram tomografia computadorizada com estudo do
melhora dos sintomas foi feito a troca do anticonvulsi- movimento respiratório. Os contornos foram baseados
vante e optado por prosseguir com a RT. Paciente foi na recomendação do RTOG. Os PTVs foram definidos
ao óbito meses depois devido à sua doença de base. com margem de 5mm dos CTVs; uma margem de 5 mm
Discussão: A Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) é uma foi subtraída da pele para avaliação dosimétrica. A dose
farmacodermia grave, pouco frequente, acometendo a prescrita foi de 50Gy em 25 frações (N=8), 50,4Gy em
pele e mucosa, caracterizada por exantema eritemato- 28 frações (N=1) e 45Gy no PTV da mama e 50Gy no PTV
so disseminado com elevada morbidade e mortalidade. da FSC em 28 frações (N=1). Quatro pacientes recebe-
É causada por hipersensibilidade a imunocomplexos e ram um reforço de dose de 5x2Gy no leito operatório.
pode ser desencadeada principalmente ao uso de fár- Foi utilizado RTFF como planejamento inicial. A técnica
macos, dentre eles a fenitoína. A associação de RT intra- 3D/VMAT foi indicada quando a cobertura nos alvos e/
craniana com fenitoína é um importante fator de risco ou as restrições de órgãos em risco (OAR) estavam ina-
para desencadeá-la. A RT induz o mecanismo etiopato- dequados devido à anatomia desfavorável dos pacien-
gênico através da redução dos níveis da enzima epó- tes.3D/VMAT consistiu-se de dois campos tangentes
xido hidrolase encarregada de metabolizar a fenitoína. que fornecem cerca de 50% da dose prescrita apenas
Além disso, esse anticonvulsivante induz o citocromo para mama, e três arcos VMAT parciais adicionados
P450 3A a reações oxidativas, que produzem radicais para administrar a dose total ao INT além de comple-
livres que estimulam então os linfócitos T, que seriam mentar a dose na mama. Os pacientes foram tratados
os responsáveis pelas lesões cutâneas. A reação cutâ- utilizando IGRT. O sistema de planejamento Eclipse v.10
nea ou a sua gravidade não tem relação com a dose (Varian Medical Systems) foi utilizado para cálculos com
tanto da fenitoína como da terapêutica da radiação e Algoritmo Anisotrópico Analítico. Resultados: As co-
berturas da mama e FSC foram adequadas em ambas de tem incidência anual de 1 – 2 pessoas/milhão. É mais
as técnicas. Já a cobertura na cadeia mamária interna comum em mulheres idosas e associa-se a uma história
foi melhor com 3D/VMAT (D95=46,2Gy versus 31,7Gy). de bócio ou câncer de tireóide diferenciado, com rápida
A dose média foi menor nos OAR (coração 6Gy versus velocidade de progressão e extremamente agressivo,
8Gy, pulmão ipsilateral 17,4Gy versus 21,4Gy). O V20 com invasão de estruturas adjacentes. O tratamento
dos pulmões somados também apresentou importante é cirúrgico com tireoidectomia total (quando possível),
diferença (16,6% versus 22,3%) em favor de 3D/VMAT. ou com apenas traqueostomia, para diagnóstico histo-
Conclusões. O 3D/VMAT proporcionou melhor cober- lógico e descompressão. A radioterapia é indicada em
tura dos alvos respeitando as restrições de dose nos irressecabilidade. A dose requerida para o controle lo-
OAR. Esta técnica pode ser uma opção para otimizar a cal é de 70 Gy para a doença macroscópica, irradiando
cobertura dos linfonodos quando INT é indicada em pa- a região cervical e mediastinal. A sobrevida média é de
cientes com anatomia desfavorável. 6 meses. Conclusão: Na maioria dos casos, a neoplasia
já se apresenta irressecável ao diagnóstico, e as medi-
Contato: LÍGIA CASÃO ARTEAGA – ligiacasart@gmail.
das terapêuticas são paliativas. A RT pode proporcionar
com
alívio dos sintomas compressivos, mas não confere a
cura. No entanto, em alguns casos, ela poderá prolon-
gar a sobrevida. Trata-se de uma patologia desafiadora
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA por ser diagnosticada numa fase avançada.
CÓDIGO: 60535 Contato: BÁRBARA CAIXETA MARIN MACHADO DE
FARIA – barbaracaixeta. uni@gmail.com
TRATAMENTO DO CARCINOMA
ANAPLÁSICO IRRESSECÁVEL DE
TIREÓIDE: RELATO DE CASO E REVISÃO
DE LITERATURA TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 59474
Autores: Bárbara Caixeta Marin Machado de Faria;
Thais Franco Simionatto; Ana Flávia de Paula Guerra
Campedelli; Rubens Augusto Ramos Junior; Nilceana TUMOR DE COLISÃO EM PERÍNEO:
Maya Aires Freitas; Carolina Martinelli Bezerril; PECOMA MALIGNO ASSOCIADO A
Instituição: ASSOCIAÇÃO DE COMBATE AO CANCER DE LEIOMIOSSARCOMA: UM RELATO DE
GOIÁS CASO
Objetivos: Relatar um caso de tratamento de uma pa- Autores: Marya Luyza Gusmão e Lopes; ARLEN DE
ciente com carcinoma anaplásico irressecável de tireoi- PAULO SANTIAGO FILHO; Laís Santiago; Adriana A. A. de
Aguiar Ribeiro; CLÁUDIO HENRIQUE REBELLO GOMES;
de e avaliar suas características de acordo com o des-
Luísa Santiago; Tamara Figueiredo; Márjorie Monteiro
crito na literatura médica. Métodos: A. R. S., paciente
Rodrigues; Hebe Marina Santos Mendes; Zeniclayton
atendida no Hospital Araujo Jorge/Goiás, com descrição Lafetá Almeida Lima;
dos dados epidemiológicos, exames complementares
Instituição: HOSPITAL DILSON GODINHO
e do tratamento oncológico instituído. Este se propõe
a apresentar uma pesquisa bibliográfica, objetivando Apresentação do caso: Mulher, ZMM, 74 anos, proce-
analisar as terapias usadas no tratamento da neopla- dente de Montes Claros-MG, histerectomizada há 30
sia. Resultados: Paciente feminino, 58 anos, com bócio anos devido à miomatose. Em 2013 iniciou com um au-
volumoso há 5 meses, dispnéia moderada e disfagia mento de volume na região perineal e evoluiu com pro-
parcial. A ultrassonografia de tireóide de novembro de gressão tumoral associada à dor local e dificuldade para
2015 demonstrava um nódulo em lobo esquerdo de sentar-se. Ressonância magnética da pelve em 2015
3cm em seu maior eixo, outro em istmo de 1,14cm e um demonstrou uma formação expansiva, sólida de 6,5 x
volume tireoideano de 25,8cm³. Foi realizado traqueos- 3,5 x 5,8 cm no assoalho pélvico, paramediana direita,
tomia descompressiva e biópsia cirúrgica aberta, cujo justa–vaginal e anal, envolvendo o esfíncter externo do
anatomopatológico mostrou neoplasia maligna indife- ânus. Biopsia da lesão com diagnóstico de neoplasia
renciada compatível com carcinoma anaplásico de tire- maligna e imunohistoquímica (IHQ) revelou ser um PE-
óide. Para estadiamento, foram solicitadas tomografia Coma maligno. Realizou exanteração pélvica posterior
computadorizada do tórax: lesões líticas em esqueleto em 0682015 com anatomopatológico apresentando ne-
torácico e linfonodomegalia mediastinal; tomografia de oplasia pleomórfica indiferenciada, ulcerada, infiltrante
pescoço: lesão infiltrativa na porção infraglótica da tra- de partes moles e pele, medindo, 11,2 x 9,4 x 7,6 cm,
quéia. Devido à irressecabilidade do tumor, foi propos- margens livres, porém exíguas e IHQ consistente com
to tratamento com quimio/radioteria exclusivo. O tra- tumor de colisão de leiomiossarcoma e PEComa epiteli-
tamento radioterápico (RT) planejado foi de 60Gy, em óide maligno. Evoluiu com lesão nodular em introito va-
30 frações com a técnica RT 3D. Após 40Gy, a paciente ginal esquerdo após a cirurgia e foi então submetida à
evoluiu com melhora parcial da dispnéia, sem a neces- radioterapia (RT) adjuvante 68 Gy34 frações em tumor
sidade de oxigenioterapia, porém veio à óbito em abril e leito operatório. Paciente evoluiu com progressão
de 2016. Revisão literária: O câncer anaplásico de tireói- para sistema nervoso central (SNC) e pulmões, recebeu
RT paliativa em SNC, 30 Gy10 frações e foi ao óbito me- volume alvo foi de 50,4 Gy em frações de 1,8 Gy ao dia.
ses depois. Discussão: Os tumores de colisão são raros O tratamento foi realizado utilizando acelerador linear
e acontecem quando duas neoplasias histologicamente e através da técnica de VMAT para modulação do feixe
diferentes podem coexistir simultaneamente em um sí- empregando 4 arcos de 220 graus cada. As doses nos
tio anatômico, neste caso o tumor apresentava-se com órgãos de risco foram reduzidas tanto quanto possível
leiomiossarcoma e PEComa maligno. O PEComa é um e comparadas com documentação em artigos de refe-
raro tumor mesenquimal das células epitelióides peri- rência, com especial atenção ao volume ocupado pela
vasculares distinto histologicamente e imuno-histoqui- dose de 5,0 Gy (V5) no pulmão contralateral e sua dose
micamente. Possui potencial maligno incerto, às vezes média, fatores estes citados como principais preditores
muito agressivo e com metastatização à distância, po- de toxicidades pulmonares fatais. Resultados: A isodo-
de-se originar em várias regiões anatômicas, mas apre- se de prescrição englobou 80% do volume alvo e 95%
sentam-se frequentemente no útero e retroperitônio. A da dose prescrita atingiu 96,5% deste volume. O pul-
Literatura é escassa nesse assunto, o tratamento prin- mão contralateral apresentou V5 = 47,9%, V20 = 0,6%
cipal é cirurgia com obtenção de margens livres. Neste e dose média de 5,9 Gy. A área cardíaca recebeu V45 =
cenário, existe controvérsia sobre o real papel das te- 14,1%, V50 = 4,8% e dose máxima pontual de 56,1 Gy.
rapias adjuvantes com RT e quimioterapia. Neste caso, O rim esquerdo obteve dose pontual máxima de 15,3
como o tumor tinha também um componente de leio- Gy e o esôfago de 53,1 Gy. A dose máxima na medula
miossarcoma foi realizado o tratamento com RT, visan- foi de 39,1 Gy. Todas as doses apresentadas nos órgãos
do um melhor controle local. Comentários finais: Este de risco foram menores do que as restrições propostas
relato de caso é relevante ao incitar o desenvolvimento pelos artigos de referência. Conclusão: O método de
de novos trabalhos sobre o tema e com isso demostrar VMAT para o tratamento de mesotelioma pleural ma-
o papel das terapias adjuvantes como, por exemplo, da ligno mostra-se viável por proporcionar distribuição de
RT e a melhor dose para o tratamento desse tumor. dose satisfatória no volume alvo e reduzir doses nas
estruturas adjacentes a valores aceitáveis. Foi possível
Contato: MARYA LUYZA GUSMÃO E LOPES – malu_
poupar o pulmão contralateral a valores de dose abaixo
gusmao@yahoo.com.br
daqueles obtidos com técnicas convencionais, reduzin-
do as probabilidades de complicações pulmonares oca-
sionadas pelo tratamento.
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA Contato: THAYLANE GONÇALVES CASTILHO –
CÓDIGO: 61858 thaylanegcastilho@gmail.com
casos, descritivo e exploratório realizada em uma Uni- 5-FU) seguido de RQT (70Gy em 35 frações/cisplatina)
dade de Radioterapia em um hospital privado de São entre 2009-2012. O volume do tumor primário (Vprim),
Paulo com pacientes diagnosticadas com câncer de dos linfonodos suspeitos (VLND) e a soma desses volu-
mama em início de tratamento. O período de coleta dos mes (Vsoma) foram determinados em tomografias pré
dados foi de janeiro a março de 2017. A amostra total – (CTpré) e pós – (CTpós) QI com o uso de sistema de
do estudo foi de 13 participantes, porém 03 desistiram planejamento de radioterapia. O percentual de respos-
antes do início totalizando 10 pacientes que receberam ta volumétrica foi calculado para cada variável (Vprim
a orientação do mesmo e assinaram TCLE concordando (%), VLND (%) e Vsoma (%) ). Curvas de Kaplan-Meier
com a participação. A aplicação do filme com silicone e o teste de Log-Rank foram utilizados para analisar a
foi realizada antes da 1ª sessão e o uso suspendo ao sobrevida livre de progressão (SLP) e a sobrevida global
término do tratamento ou se houvesse recusa do pa- (SG). A regressão de Cox foi utilizada para análise uni –
ciente. O produto era colocado na área a ser irradia- e multivariada. Resultados: O seguimento mediano foi
da e regiões adjacentes com substituição a cada sete 78,1 meses (66,1-81,7). A SLP e SG em 3 anos foi de 41%
dias ou conforme necessidade. O acompanhamento e 45%, respectivamente. A idade média foi 55,3±8,3
era realizado por registro fotográfico semanal. Resul- anos. A maioria apresentava câncer de orofaringe (53%)
tados: 10 pacientes participaram deste estudo sendo e estádio IVA/IVB (72%). O volume mediano (cm3) foi
que 4 apresentavam acometimento em mama Direita Vprim (pré) =25,5, VLND (pré) =7,5, Vsoma (pré) =40,7,
e 6 em Mama esquerda. Das alterações de pele apre- Vprim (pós) =10,9, VLND (pós) =3,0, Vsoma (pós) =18,8
sentadas ao longo da radioterapia 10% não apresentou e o percentual (%) mediano de redução de volume foi
reação de pele, 80% apresentou radiodermite grau 01, Vsoma (%) =54. O Vsoma (pré) (p=0,003), Vsoma (pós)
10% apresentou descamação úmida.100% das pacien- (p<0,001) e Vsoma (%) (p<0,001) foram preditores de
tes relataram um maior conforto com a aplicação do resposta completa após a RQT concomitante. Pts com
produto. Conclusão: Diante dos resultados apresenta- Vsoma (pré) <40cm3, Vsoma (pós) <19,45 cm3 e Vsoma
dos, acredita-se que o filme com silicone suave é uma (%) >35% apresentaram maior sobrevida: Vsoma (pré)
alternativa eficiente para prevenção das radiodermites <40cm3 (SLP 3 anos= 62% vs 22%, p=0,002; SG 3 anos=
severas. O produto proporcionou conforto aos pacien- 67% vs 29%, p=0,001), Vsoma (pós) <19,45 cm3 (SLP 3
tes, reduziu a incidência de radiodermite grau 2 e não anos= 65% vs 21%, p<0,001; SG 3 anos= 70% vs 24%,
houve registro de radiodermites severas (grau 3 e 4). p=0,005) e Vsoma (%) >35% (SLP 3 anos=52% vs 29%,
Nenhuma paciente necessitou de suspensão do trata- p=0,01; SG 3 anos=58% vs 32%, p=0,04). Na análise mul-
mento, o que impacta na chance de cura e qualidade de tivariada, a SLP foi correlacionada com estadiamento T
vida para o paciente. (p=0,008) e N (p=0,04), ressecabilidade (p=0,003), VLND
(%) (p=0,003), Vsoma (pré) <40 cm3 (p=0,002), Vso-
Contato: VÂNIA BUENO DE CAMARGO – vaniab. enf@
ma (pós) <19,45 cm3 (p=0,004) e a SG foi relacionado
gmail.com
com ressecabilidade (p=0,010) e Vsoma (pré) <40 cm3
(p=0,035). Conclusão: O volume tumoral pré – e pós-
-QI e a redução volumétrica durante a QI foram fatores
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA prognósticos em pts com CCPLA. Pacientes com respos-
CÓDIGO: 60809 ta volumétrica inadequada à QI possuem desfecho des-
favorável e devem ser considerados para tratamentos
VOLUME TUMORAL COMO FATOR mais agressivos.
PROGNÓSTICO EM PACIENTES COM Contato: DANIEL MOORE FREITAS PALHARES –
CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO danielmoore2@msn.com
LOCALMENTE AVANÇADO TRATADOS
COM QUIMIOTERAPIA DE INDUÇÃO:
ENSAIO CLÍNICO FASE II.
TEMÁRIO: TÉCNICOS EM RADIOTERAPIA
Autores: Daniel Moore Freitas Palhares; Fernando CÓDIGO: 60690
Coutinho Batista; Ana Carolina Veneziani; Larissa
Cristina Ferreira; Luciano de Souza Viana; Alexandre
Arthur Jacinto; A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO
Instituição: HOSPITAL DE CANCER DE BARRETOS
NA QUALIDADE DO TRATAMENTO DE
RADIOTERAPIA
Introdução: O volume tumoral (VT) possui impacto
Autores: Salvador Jose da Costa Soares Junior;
prognóstico em pacientes (pts) com câncer de cabeça e Alexandre Rabello Neves;
pescoço localmente avançado (CCPLA) tratados com ra-
Instituição: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
dioquimioterapia concomitante (RQT). Objetivo: O ob-
jetivo deste estudo foi avaliar o valor prognóstico do VT Humanização é um tema muito falado entre os pro-
durante a quimioterapia de indução (QI). Métodos: Este fissionais de saude,porem poucos tem colocado em
estudo analisou o VT de 58 pts com CCPLA incluídos em pratica principalmente no ambito da saude publica
um estudo prospectivo fase II que avaliou a segurança aonde varios profissionais trabalham em situações pre-
do tratamento com QI com paclitaxel/cisplatina (sem carias,porem isto não pode ser desculpa para atender
os pacientes de qualquer maneira. Baseado em relatos região central, compradas em armarinhos de artesa-
de pacientes e na experiencia em atender pacientes nato com valor bem acessível. Com o auxílio de uma
em um servico publico,pude perceber que. muitos pa- pinça colocamos as miçangas numa fita microporosa,
cientes nao desistiram do tratamento por causa do seu de modo que um lado do orifício ficou em contato com
otimo relacionamento com os tecnicos,percebemos o a fita e o outro lado voltado para cima. Administramos
quanto um tratamento humanizado pode gerar nos o contraste no orifício utilizando uma seringa. Após a
pacientes, ate mesmo relacionado a boa aceitação da secagem, cobrimos com fita microporosa novamente.
doença e um auxilio para superar o tratamento que Realizamos uma TC de um fantoma, com os bibs dis-
por mais indolar que seja para alguns pacientes,tem a postos em sua superfície para analisar sua visualização
sua parte dolorosa. Com isso queremos mostrar que nas imagens. Os bibs produzidos com o contraste ioda-
um atendimento humanizado realizado principalmente do não apresentaram a qualidade desejada, pois com
pelos tecnicos em radioterapia que são os profissionais o tempo eles deixaram de ser radiopacos e, portanto
mais proximos ao paciente e que tem a confianca dos não foram validados. Já os bibs produzidos com con-
mesmos,mesmo tendo que separar o pessoal com o traste de sulfato de bário, mantiveram-se radiopacos e
profissional muitas vezes prexisamos ser mais amigos geraram menos artefatos nas imagens do que os bibs
do que tecnicos e isto pode influenciar diretamente na metálicos utilizados rotineiramente. Após esta valida-
qualidade com que aquele tratamento sera realizado. ção, o bib com sulfato de bário foi implantado na roti-
na e utilizado no planejamento dos pacientes, pois se
Contato: SALVADOR JOSE DA COSTA SOARES JUNIOR –
mostrou adequado. Ele foi facilmente visualizado na TC
scostasoaresjunior@yahoo.com.br
de planejamento e gerou pouco artefato nas imagens,
além de ser uma opção fácil de fabricar, de baixo custo
e que pode ser produzida em larga escala, já que não
TEMÁRIO: TÉCNICOS EM RADIOTERAPIA perde seu efeito após a confecção.
CÓDIGO: 61797 Contato: ROSANGELA CARVALHO ANDRADE –
rosangela. carvalhoandrade@yahoo.com.br
CONFECÇÃO DE BIBS ARTESANAIS COM
MIÇANGAS E CONTRASTE
Autores: Rosangela Carvalho Andrade; Rodrigo
Aparecido Santos de Pontes; Bernardo José Braga TEMÁRIO: TÉCNICOS EM RADIOTERAPIA
Batista; Salvador Tutilo; CÓDIGO: 59469
Instituição: INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL ESTUDO COMPARATIVO DE PACIENTES
ONCOLÓGICOS DIAGNOSTICADOS COM
Para realizar o planejamento tridimensional na ra-
dioterapia, faz-se necessário realizar uma tomografia
CARCINOMA DE MAMA TRATADOS
computadorizada (TC) de simulação dos pacientes.
COM RADIOTERAPIA EXTERNA
Neste momento definimos a localização do isocentro e HIPOFRACIONADA EM RELAÇÃO A
realizamos as devidas marcações na pele do paciente. HIPERFRACIONADA
Para que seja possível identificar onde foi determina- Autores: Reginaldo Mortágua Gonçalves;
do o isocentro, são utilizados marcadores radiopacos Instituição: CEPON – CENTRO DE PESQUISAS
chamados de bibs, contudo devido a sua pequena di- ONCOLÓGICAS
mensão e a rotineira necessidade de descarte, o depar-
O carcinoma de mama é a neoplasia maligna que mais
tamento de radioterapia deve sempre ter uma grande
acomete as mulheres. Neste estudo abordaremos as
quantidade de bibs para uso e reposição. Dependendo
indicações, causas, consequências, efeitos, reações ad-
do material e da região anatômica a ser tomografada,
versas e resultados observados em pacientes que foram
esses bibs podem gerar artefatos nas imagens, dificul-
submetidos ao tratamento de teleterapia diferenciando
tando o delineamento a ser realizado pelo médico, o
as pacientes que o fizeram de forma hipofracionada da
cálculo de doses com correção de heterogeneidades e
tradicional hiperfracionada. Tendo em vista que a for-
a fusão com as imagens de posicionamento, como o co-
ma hipofracionada é ainda considerada uma técnica
nebeam CT. Frequentemente, meios de contraste são
nova, mostraremos que nem todos pacientes podem
usados para auxiliar a visualização de algumas estru-
ser submetidos a ela. Existe uma série de situações que
turas e qualquer quantidade de contraste não utiliza-
devem ser levadas em conta, desde se a paciente fará
da em um dia é descartada. Com o objetivo de testar
tratamento exclusivo ou não, adjuvante ou neoadju-
formas de fácil acesso e baixo custo para confeccionar
vante,ou seja, se o procedimento é pré ou pós cirúrgico
bibs, identificamos neste caso a oportunidade de usar
e se o nódulo retirado era menor que dois centímetros,
a sobra de contraste (iodado e sulfato de bário, ambos
idade e o estadiamento da doença. Sabemos que em
de fácil acesso em ambiente hospitalar) e pequenas
radioterapia quando diminuímos o número de frações,
miçangas plásticas esféricas com um orifício em sua
haverá o aumento de toxicidade nos tecidos. Mostrare-
CÓDIGO: 59598
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA
TEMÁRIO: TÉCNICOS EM RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 57427 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DE
PLANEJAMENTOS DE IMRT NOS TERMOS
PLANEJAMENTO DOSIMÉTRICO EM RECOMENDADOS PELO ICRU – 83
PHANTOM ANTROPOMÓRFICO
Autores: Camila Marmitt; Camila Castro Marcião próstata e cabeça e pescoço, realizados durante o perí-
Mantovani; Tatiane Cristina de Oliveira Fernandes; odo de janeiro de 2015 até agosto de 2016. Foram ana-
Instituição: HOSPITAL ERASTO GAERTNER lisados seus respectivos DVHs através do sistema de
planejamento Eclipse (Versão13.5) do fabricante Varian
Introdução: Uma das técnicas 3D–CRT empregadas
Medical Systems. Resultados: Dos 78 planos analisa-
atualmente para o tratamento radioterápico e que ofe-
dos, 35 eram próstata e 43 cabeça e pescoço. Os índices
rece uma maior intensidade de dose na área desejada
de conformidade, que segundo o ICRU 83 devem ser o
juntamente com uma maior conformação de dose so-
mais próximo de 1,0, tiveram uma média de 1,13 para
mente no alvo, é a radioterapia de intensidade modula-
próstata e 1,12 para cabeça e pescoço, ou seja, embo-
da (Intensity Modulation Radiation Therapy – IMRT). O
ra regiões anatômicas de diferentes complexidades de
The International Commission on Radiation Units and
planejamento o valor médio ficou semelhante. Para o
Measurements (ICRU) através do Report 83 descreve
índice de conformidade a média para ambas regiões
recomendações de procedimentos, prescrição, registro
anatômicas foram de 0,11, o documento recomenda
e notificações de planejamentos IMRT. O documento
que seja o mais próximo de 0. Conclusão: A avaliação
recomenda a avaliação e registro do plano através de
dos índices de homogeneidade e conformidade em
parâmetros como: dose mínima (D98%, D95%), Dose
um planejamento, contribuem principalmente como
média (D50%), Dose máxima (D2%), do índice de homo-
parâmetro de comparação entre dois planejamentos
geneidade e conformidade, entre outros, dados estes
distintos, ou seja, auxilia na escolha do melhor plano
avaliados em detrimento da porcentagem de volume
para um mesmo objetivo clínico. Atualmente a Institui-
do alvo com a dose recebida. Objetivo geral: Analisar
ção já realiza a avaliação dos planejamentos através do
de acordo com os parâmetros do ICRU 83, os planeja-
DVH juntamente com as curvas de isodose na tomogra-
mentos de IMRT realizados na instituição desde a im-
fia corte a corte, após a realização do estudo optou-se
plementação da técnica, para avaliação da necessidade
também por fazer o registro da avaliação desses dados
de implementação de novos parâmetros de avaliação e
em uma planilha conforme recomenda o ICRU 83.
registro do planejamento do tratamento. Materiais e
Métodos: Para análise dos dados, foram avaliados 78 Contato: CAMILA MARMITT
planos de IMRT de duas regiões anatômicas específicas,
utilizados no TPS LGP apresenta melhor resultado no que obtiveram resposta completa apresentaram tem-
fall off da dose permitindo a escolha de isodoses mais po médio de controle de 11,5 meses (4-27 meses), com
baixas com a obtenção de uma maior dose média. Sen- 1 paciente com progressão de doença em 11 meses.
do o valor de V12Gy similar entre os planos calculados No grupo de pacientes com resposta parcial o tempo
temos que o uso da técnica com isocentro único para médio foi de 7,7 meses de controle (3-23 meses), com
o tratamento de múltiplas metástases passa a ser tam- 9 pacientes com progressão de doença em um tempo
bém uma alternativa interessante de escolha. mínimo de 4 meses. Não houve relação entre o tipo de
anti PD1 com a taxa de resposta ou toxicidade. Conclu-
Contato: ANDERSON MARTINS PÁSSARO
são: A presente análise sugere preliminarmente que a
radioterapia hipofracionada associada a inibidores de
PD-1 pode apresentar taxas significativas de resposta
CÓDIGO: 60210 local com incidência considerável de resposta completa
TEMÁRIO: ENCONTRO DE RESIDENTES MÉDICOS duradoura, significantemente maior quando compara-
do com resultados históricos de radioterapia exclusiva.
CONTROLE LOCAL DE LESÕES Contato: CAMILA DE OLIVEIRA RODRIGUES
METASTÁTICAS EM PACIENTES
COM MELANOMA TRATADOS COM
DROGAS ANTI-PD1 E RADIOTERAPIA
HIPOFRACIONADA. CÓDIGO: 59707
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA
Autores: Camila de Oliveira Rodrigues; Rodrigo Carvalho
Marotta; Guilherme Sedlmaier França; Pedro Henrique
da Rocha Zanuncio; Erlon Gil; Paulo Lázaro de Moraes;
EFETIVIDADE DAS ESTRATÉGIAS DE
Robson Ferrigno; Livia Fagundes; Viviane Gerolla; TRATAMENTO RADIOTERÁPICO
Instituição: HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE DE MAMA ESQUERDA: ESTUDO
SÃO PAULO COMPARATIVO ENTRE PLANEJAMENTOS
Introdução: O melanoma metastático é uma doença
NAS POSIÇÕES SUPINA E PRONA
agressiva com uma taxa de sobrevida em 5 anos de Autores: Waleska Rubin Marchionatti; Ana Cristina
cerca de 16% devido à baixa taxa resposta aos agentes Bratkowski Pereira Leoni; Francine Xavier da Silveira dos
Santos; Angela de Lima Gonzaga;
sistêmicos habitualmentes utilizados. Vários mecanis-
mos de resistência a sinais apoptóticos mediados por Instituição: HOSPITAL MOINHOS DE VENTO
imunidade foram descritos, no entanto, a introdução Objetivo: A radioterapia é uma grande aliada no trata-
recente do bloqueio do ponto de vista imune, como os mento do câncer de mama, e quando se trata da mama
anticorpos monoclonais antagonistas (mAbs) dirigidos esquerda pode ser associada ao aumento de probabi-
contra o antígeno 4 de linfócitos T citotóxicos (CTLA-4) e lidade de doença cardiovascular. Sendo assim, estraté-
PD-1, revolucionou o tratamento de pacientes com me- gias para reduzir as doses cardíacas e manter a cober-
lanoma metastático. Infelizmente, ainda há um número tura de volume alvo vêm sendo estudadas. O objetivo
substancial de pacientes que apresentam pouco bene- deste estudo é comparar os planejamentos na posição
fício clínico e esses pacientes podem exigir a adição de supina e prona para o tratamento radioterápico de
outras terapias que aumentam a imunidade antitumo- pacientes com câncer de mama esquerda, e avaliar a
ral ou contornam a inibição imune. Os potenciais can- aceitabilidade e conforto das pacientes quanto ao trata-
didatos incluem outras imunoterapias e radioterapia. mento na posição prona. Método: De fevereiro a maio
Objetivo: Análise retrospectiva de pacientes com me- de 2017 foram planejados dez pacientes com indicação
lanoma metastático tratados com inibidores de PD-1 de radioterapia da mama esquerda, as quais foram
(nivolumab ou pembrolizumab) associados a radiotera- simuladas nas posições supina, utilizando o acessório
pia hipofracionada com intuito de aumento do controle BreastStep da Elekta e na posição prona com o Acess da
local. Método: Foram avaliados 31 pacientes e um to- QFix. As pacientes foram orientadas previamente pelo
tal de 48 alvos irradiados, no período de dezembro de seu médico quanto à simulação e escolha do planeja-
2014 a março de 2017. Os sítios metastáticos irradiados mento para seu tratamento. Para cada posição foi ad-
incluíram pulmões, linfonodos, ossos e SNC, com uma quirida uma tomografia computadorizada com cortes
dose total mediana de 24 Gy (variação de 12 a 40 Gy) de 3mm de espessura. Os volumes de órgãos de risco
em 2 a 10 frações. A maioria (64%) foi tratada com 24 Gy (coração, pulmão ipsilateral e contralateral) e volume
em três frações de 8 Gy. Em relação ao inibidor utiliza- alvo foram delineados, e para cada simulação foi rea-
do, 81% receberam Nivolumab e 19% Pembrolizumab. lizado um planejamento de tratamento conformal com
Resultados: Resposta completa, parcial e ausência de campos tangentes field-in-field no TPS CMS-XIO 4.80. A
resposta, de acordo os critérios RECIST foram observa- avaliação do plano foi feita considerando a cobertura e
das em 18, 26 e 4 lesões irradiadas, respectivamente. gradiente no alvo, para os órgãos de risco avaliou-se a
Com um seguimento médio de 12 meses, os pacientes
dose média (Dmed), dose máxima (Dmax), volume que were treated with stereotactic fractionated radiothe-
recebe 20Gy (V20) e 10Gy (V10). Resultados: O volume rapy (SFRT), from which 3 were resected and had the
médio dos alvos foi de 750cc. O gradiente obtido em tumor bed irradiated. The remaining 33 (87%) lesions
ambos grupos de planejamento ficou em torno de 7%. received stereotactic radiosurgery (SRS), single fraction,
Na posição pronada a Dmax no coração foi 23% menor with a median dose of 18,5 Gy and a median volume of
quando comparada com a Dmax na posição supina, en- 0,6 cc. None toxicity was observed. Six lesions were con-
quanto a Dmed foi cerca de 2Gy menor. Para o pulmão sidered as local BM failure through a median follow-up
ipsilateral observou-se uma redução na Dmáx de apro- of 16 months, and WBRT was performed in 3 patients
ximadamente 24%. Obteve-se um V20 médio de 3% na after BM disseminated failure. Kaplan-Meier estima-
posição pronada, contra 16% na posição supina. Para tes for BM control were 79,7% and 72,5% at 12 and 24
o pulmão contralateral não foram observadas doses months, respectively. Among lesions treated with SRS,
significativas em nenhum planejamento. Apenas uma, 16 (50%) were irradiated with 16-18 Gy achieving a 6
das dez pacientes, não aceitou tratar na posição prona and 12 months LC of 80,8% and 64,4%, respectively.
por desconforto. Conclusão: Com este estudo pôde-se The other half underwent 19-21 Gy resulting in 6 and 12
comprovar a efetividade da posição prona na redução months LC of 100% and 87,5% (p=0.023). None of the
de dose cardíaca, bem como no pulmão ipsilateral, re- 13 BM treated with 21 Gy progressed, showing 100% of
duzindo significativamente a probabilidade de efeitos LC. Median OS from the date of CSR was 22,4 months.
tardios nos mesmos. Esse estudo terá continuidade Median BPFS and WBRTFS were 15,37 and 21,9 months,
para consolidação da posição prona, na nossa institui- respectively. Conclusion: OS and BM control were su-
ção, com maior casuística. perior to those established for standard treatments. Hi-
gher doses in SRS yielded better BM control rates when
Contato: WALESKA RUBIN MARCHIONATTI
compared to lower doses, specially for the ones treated
with 21 Gy. Neurotoxicity did not appear to be an issue
in our cohort and neither on the scarce available stu-
CÓDIGO: 59937 dies about this matter. Further prospective studies are
TEMÁRIO: ENCONTRO DE RESIDENTES MÉDICOS necessary to confirm our conclusions.
Contato: ELSON SANTOS NETO
EFFECTIVENESS AND SAFETY OF
COMBINED CRANIAL STEREOTACTIC
RADIATION AND ANTI-PD-1 THERAPY
FOR MELANOMA BRAIN METASTASES CÓDIGO: 57913
TEMÁRIO: ENCONTRO DE RESIDENTES MÉDICOS
Autores: Elson Santos Neto; Milton Jose Barros Silva;
Cassio Pellizzon; Ricardo C. Fogaroli; Michael J. Chen;
Maria Leticia G. Silva; Guilherme Rocha Melo Gondim; ESVAZIAMENTO AXILAR VERSUS
Henderson Ramos; Ana Ribeiro; Douglas Guedes Castro; RADIOTERAPIA LINFONODAL
Instituição: A.C. CAMARGO CANCER CENTER REGIONAL EM CÂNCER DE MAMA: UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA COM META-
Introduction: Even though it has been proven that
anti-programmed death-1 (anti-PD-1) therapy increa-
ANALISE.
ses overall survival (OS) among metastatic melanoma Autores: Gustavo Viani Arruda; Ana Carolina
patients, radiotherapy is still needed either for mana- Hamamura; Felipe Teles de Arruda;
gement of unresectable brain metastases (BM) as in Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE
postoperative setting. Objectives: To define effective- MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE
SÃO PAULO
ness and safety of anti-PD-1, nivolumab in this cohort,
and cranial stereotactic radiation (CSR) combined. Me- Objetivo: Comparar as taxas de recidiva axilar, sobrevi-
thods: Analyses were retrospectively done in 53 me- da livre de doença, mortalidade e linfedema em pacien-
tastatic patients records treated with nivolumab on an tes coma câncer de mama N0 clínico ou com linfonodo
expanded access program at a single institution. Indivi- sentinela positivo que foram submetidas a radioterapia
duals with BM who were treated with CSR within 6 mon- linfonodal regional (RLR) ou esvaziamento axilar (EAX).
ths of receiving nivolumab were selected. Primary end Material e Métodos: Uma revisão sistemática e meta-a-
points were BM control and OS. Secondary end points nálise foram conduzidas, incluindo ensaios clínicos ran-
were toxicity, brain progression free-survival (BPFS), domizados (RCT) comparando RLR vs EAX em pacientes
and whole-brain radiotherapy free-survival (WBRTFS). N0 clínico ou em pacientes com N (+) após linfonodo
Results: Nine patients with 38 BM who underwent CSR sentinela. Método: As pesquisas foram realizadas nas
from May 2014 to October 2016, were analyzed. Eight fontes eletrônicas: MEDLINE, COCHRANE, LILACS e EM-
(89%) patients received CSR before and one (11%) du- BASE. Foi realizada análise de subgrupos de ensaios
ring nivolumab treatment, with a median time of 49 que comparara RLR vs EAX em pacientes estadeadas
(38-186) days before the first cycle. Five (13%) lesions como clinicamente N0 ou pacietnes com linfonodo sen-
tinela (+). Os resultados foram comparados para mor- tratados na Liga Contra O Câncer, durante o período
talidade, recidiva axilar, sobrevida livre de progressão de 2002 a 2012. Identificamos 520 pacientes (T3 (217)
e taxa de linfedema. Resultados: 4 estudos incluindo 38% e T4 (303) 72%). Os resultados de sobrevida foram
3271 pacientes comparando EAX vs RLR foram identi- comparados usando Kaplan-Meier e regressão logística
ficados. Para sobrevida global (SG) nenhuma diferença de COX. Resultados: Um total de 257 pacientes (49%)
foi identificada comparando RLR vs EAX em pacientes receberam RTQT-PL e 263 (51%) receberam LT. Não
cN0 (1372 pacientes, RR=0.98 CI95% 0.9-1.08, p=0.74) e existiu diferença na SLD entre os grupos tratados com
sentinela (+) 1899 pacientes, EAX vs. RLR, RR=1.01 CI95% LT (80,2%) ou RTQT-PL (74,6%) com p=0,33. Mesmo ao
0.96-1.07, p=0.68). Para sobrevida global (SG) nenhuma comparar os pacientes com linfonodos acometidos ou
diferença foi identificada comparando RLR vs EAX em não, tal diferença não apareceu (73,5% – LT x 64,3% –
pacientes cN0 (1372 pacientes, RR=0.98 CI95% 0.9-1.08, RTQT-PL; p=0,72). Contudo, ao analisar a SG, os pacien-
p=0.74) e sentinela (+) 1899 pacientes, EAX vs. RLR, tes com LT (63,2%) viveram mais que os pacientes com
RR=1.01 CI95% 0.96-1.07, p=0.68). Nenhuma diferença RTQT-PL (39,6%) com p<0,0001. Tal diferença novamen-
foi identificada para a SLD em cN0 ou sentinela (+). A te não aparece ao analisar o acometimento linfonodal
taxa de recidiva axilar foi de 11% com EAX e 11.6% para de forma isolada. Também analisamos os pacientes
RLR no subgrupo cN0 (p=0.69) e no subgrupo sentinela com estádio T3 separados dos T4, obtivemos na SLD
(+) foi de 9% com EAX e 12% com RLR, sem diferença 86% (LT) x 78,7% (RTQT-PL), p=0,44 e 74,4% (LT) x 71,4%
estatística significativa (p=0.54). A taxa de linfedema foi (RTQT-PL), p=0,54, respectivamente. Na analise da SG,
analisada em dois estudos com sentinela (+). A taxa de mesmo o grupo de pacientes T3 manteve uma maior
linfedema foi significativamente maior no grupo EAX sobrevida quando realizada a LT inicialmente (76,7% x
(151/654=23%) vs RLR (63/640=9.8%), RR=2.37 (1.8-3.1, 55,9%; p=0,006). A SG para o grupo T4 foi de 52,8% – LT
p<0.000001). Conclusão: RLR produz taxas de recidiva x 28,4% – RTQT-PL; p<0,0001. Conclusões: Existiu um
axilar e sobrevida livre de doença similares ao EAX em equilíbrio entre o número de pacientes tratados com LT
paciente com câncer de mama cN0 ou pacientes com ou RTQT-PL. Os pacientes que foram tratados com LT
linfonodo sentinela (+). Entretanto, EAX está associado como primeiro tratamento apresentaram uma maior
com uma elevada taxa (23%) e 2 vezes mais chance de SG, mesmo quando analisamos os pacientes com es-
desenvolvimento de linfedema do que RLR. Portanto, tádio T3 e T4 juntos ou de forma separados. Os pacien-
com base nestes resultados umas significativas propor- tes que receberam RTQT-PL não apresentaram doença
ções de pacientes poderiam ser tratadas com RLR evi- nodal mais avançada. Estudos anteriores de câncer de
tando os efeitos deletérios do EAX. laringe demonstraram a maior SG para os pacientes
com estádio T4. Em nosso estudo afirmamos que isso é
Contato: FELIPE TELES DE ARRUDA – ftarruda@
verdade também para os T3.
hotmail.com
Contato: EDILMAR DE MOURA SANTOS – ejbrida@digi.
com.br
CÓDIGO: 59542
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
CÓDIGO: 57707
LARINGECTOMIA TOTAL VERSUS TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
PRESERVAÇÃO DA LARINGE EM
PACIENTES T3 OU T4 COM CÂNCER DE MODERATE HYPOFRACTIONATION
LARINGE: ANALISE DE SOBREVIDA SCHEDULE VERSUS CONVENTIONAL
Autores: Edilmar de Moura Santos; Rosa Maria Xavier RADIOTHERAPY FOR PROSTATE
Najas; Denise Barros de Azevedo; Karynne Maria CANCER: A SYSTEMATIC REVIEW AND
Oliveira da Trindade Medeiros; META-ANALYSIS.
Instituição: Autores: Gustavo Viani Arruda; Viviane Bighetti; Gerson
Hiroshi Yoshinari Júnior; Marília M. Miguel; Alexandre C.
Introdução: A estimativa de incidência para 2016 foi de
Faustino; Maira M. Camplesi; Ana Carolina Hamamura;
mais de 7 mil novos casos de Câncer de Laringe (CL) no Felipe Teles de Arruda;
Brasil. O melhor tratamento nos pacientes com doença
Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE
localmente avançada é incerto. Objetivo: Comparar os
MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE
resultados de sobrevida livre de doença (SLD) e sobre- SÃO PAULO
vida global (SG), nos pacientes com CL estádio T3 ou
T4, histologia de carcinoma epidermoide, tratados com Purpose: To evaluate if moderate hypofractionated
laringectomia total (LT) ou radioquimioterapia para pre- radiotherapy schedule (MHYPORT) produces similar
servação da laringe (RTQT-PL) utilizando o registro de biochemical failure (BF), acute and late toxicity rates
um hospital de referencia. Método: estudo de coorte than conventional radiotherapy schedule (CONV-RT)
retrospectivo, onde analisamos os pacientes com CL for prostate cancer. Methods: A systematic review and
meta-analysis were conducted including randomized à braquiterapia (RM2). O volume tumoral inicial (GTV-
clinical trials (RCT) comparing MHYPO-RT with CON- -Tinit) e residual após à teleterapia (GTV-Tres) foi esti-
V-RT. The searches were performed on the electronic mado pelo produto dos diametros tumorais nas três
sources: MEDLINE, COCHRANE, LILACS, and EMBASE. A dimensoes x π/6. Curvas de Kaplan-Meier e o teste de
subgroup analysis of trials that used image-guided ra- Log-Rank foram utilizados para determinar a sobrevi-
diotherapy (IGRT) combined with intensity modulated da livre de falha locoregional (SLFLR), sobrevida livre de
radiotherapy (IMRT) and trials with MHYPO-RT schedu- progressão (SLP) e sobrevida global (SG). A análise de
les with equivalent dose in 2-Gy fractions (EQD2) > 76 Gy Cox foi utilizada para testes uni – e multivariados. Re-
or both were performed. Results: The searches found sultados: O tratamento padrão envolveu a prescrição
11 RCTs with 9318 patients comparing MHYPO-RT ver- de radioterapia tridimensional com dose de 45 Gy con-
sus CONV-RT. BF occurred in 785/ 4676 (16.7%) patients comitante à quimioterapia (maioria cisplatina) seguido
in the HYPO-RT trials compared with 826/ 4642 (17.7%) por braquiterapia de alta taxa de dose com 4 inserções
in the CONV-RT, resulting in a OR = 0.93, 95%CI 0.83 – de 7 Gy. A média da idade foi de 51,6 ± 13,0 anos. 90%
1.04, p=0.2. The subgroup analysis showed a better BF apresentava estágio FIGO IIB/IIIB. Após seguimento me-
rate for MHYPO-RT schedule for trials with EQD2 > 76 diano de 26,6 meses (21,1-29,0), doze mulheres apre-
(p=0.002). MHYPO-RT was associated with a slight, but, sentaram progressão de doença (1 locorregional, 6 à
a significant difference in acute GI/GU toxicity grade>=2 distância, 5 ambos) e 9 morreram (7 devido ao câncer;
in trials with no use of IGRT/IMRT. A slight increased in 2 sem evidência de doença). O valor mediano do GTV-
the late GI/GU toxicity grade>= 2 was also seen with -Tinit (cm3) foi de 82,5 (35,9-124,3) e do GTV-Tres(cm3)
HYPO-RT vs. CONV-RT (GI/GU toxicity difference < 2.5%). foi de 12,7 (8,7-24,5). Pacientes com tumores menores
In the subgroup analysis, no difference for late GI/GU apresentaram melhor desfecho clínico: GTV-Tinit<85,-
toxicity grade>=2 was observed with IGRT/IMRT compa- 3cm3 (SLP 2 anos= 92% vs 57%, p=0,029), GTV-Tres<17,-
ring MHYPO-RT and CONV-RT even with EQD2>76 Gy. 8cm3 (SLFLR 2 anos= 100% vs 75%, p=0,006) e diâme-
Conclusion: MHYPO-RT with EQD2> 76 Gy resulted in tro radial na RM2 (DRad(RM2))<4,0cm (SLFLR 2 anos =
better BF than CONV-RT. MHYPO-RT with EQD2> 76 Gy 97% vs 70%, p=0,007). Na análise univariada, a SLFLR
produced a slight increase in the acute/late GI/GU toxi- foi relacionada com o GTV-Tres e o DRad(RM2) < 4,0cm;
city grade>=2. However, this slight difference in acute/ e a SLP foi relacionada com GTV-Tinit < 85,3cm3 e GT-
late GI/GU toxicity between MHYPO-RT and CONV-RT di- V-Tres. Na análise multivariada, a SLFLR foi relaciona-
sappeared in trials using IGRT/IMRT even with EQD2>76 da com GTV-Tres (HR=1,065/cm3, p=0,012) e DRad(R-
Gy. M2)<4,0cm (HR=0,096, p=0,037). A volumetria tumoral
não apresentou correlação com a SLP e SG na analise
Contato: FELIPE TELES DE ARRUDA – ftarruda@
multivariada. O percentual de redução volumétrica do
hotmail.com
GTV-T não foi fator prognóstico. Conclusão: Pacientes
com CCLA com GTV-Tinit<85,3cm3, GTV-Tres<17,8cm3
e DRad(RM2)<4,0cm apresentaram melhor prognósti-
CÓDIGO: 61684 co. Um seguimento maior poderá associar a volumetria
TEMÁRIO: ENCONTRO DE RESIDENTES MÉDICOS tumoral com a SG.
Contato: DANIEL MOORE FREITAS PALHARES
O IMPACTO PROGNÓSTICO DO VOLUME
TUMORAL EM PACIENTES COM CANCER
DE COLO UTERINO LOCALMENTE
AVANÇADO: ESTUDO PROSPECTIVO CÓDIGO: 60022
de monitora (D/UM), no eixo central na profundidade Rodrigo Carvalho Marotta; Robson Ferrigno; Pedro
de dose máxima dmax(ra) pela D/UM para o cone de Henrique da Rocha Zanuncio; Erlon Gil; Paulo Lázaro
referência r0 na profundidade dmax(r0). Em campos de Moraes; Mariana Petruccelli Lima de Araujo; Livia
pequenos, onde não há equilíbrio eletrônico lateral no Alvarenga Fagundes;
eixo central, a dmax(ra) ocorre em uma profundidade Instituição: HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE
menor do que dmax(r0) e deve ser obtida a partir de SÃO PAU
curvas de PDP. O Método de Integração Setorial (MIS) Introdução: Para pacientes com até quatro lesões me-
considera mudanças na fluência de elétrons no equi- tastáticas cerebrais, a radiocirurgia resulta em taxas
líbrio do espalhamento lateral e no espalhamento das de sobrevida estatisticamente comparáveis à radiote-
bordas dos blocos. Objetivo: Realizar uma parametri- rapia de crânio total (WBRT), com menor declínio cog-
zação do FO para qualquer tipo de geometria e validar nitivo e melhor qualidade de vida (QOL). A ressecção
os valores calculados com os medidos de formas elípti- cirúrgica de metástases cerebrais sintomáticas é fre-
cas e irregulares. Método: Feixes de elétrons de ener- quentemente indicada para confirmar o diagnóstico e
gias 6 e 9 MeV do Clinac 2100C da Varian foram inves- reduzir a pressão intracraniana, porém, muitas vezes
tigados para os cones de 6X6cm² e 10X10cm², usando leva a uma alta incidência de recorrência tumoral após
blocos circulares de diferentes raios. O FO para cada a cirurgia isolada. A radioterapia de todo cérebro reduz
bloco circular foi medido com uma câmara de ioniza- essa recorrência, porém, há as complicações inerentes
ção cilíndrica CC13 da Iba. As medidas foram realizadas à radioterapia de todo o cérebro. Por conta disso, vá-
em um fantoma de água da Oxygen na SSD=100cm. Os rias Instituições têm utilizado Radiocirurgia da cavida-
FO para os blocos circulares foram parametrizados por de cirúrgica com o objetivo de obter controle da lesão
meio de funções polinomiais FO(E,CONE,SSD,ri), para tratada e com menor morbidade do que a radioterapia
cada energia em ambos cones. Para a validação do de todo o cérebro. Objetivo: Avaliar o controle local da
método, utilizou-se campos elípticos e irregulares que lesão operada, a taxa de recidiva no restante do cére-
foram divididos em 16 raios (ri) espaçados igualmente bro, a incidência de radionecrose a as chances de dis-
a partir do centro do campo. Assim, o FO resultante foi seminação meníngea com a estratégia de radioterapia
definido como a média dos valores do FO dos 16 raios, estereotática fracionada da cavidade cirúrgica. Méto-
similar ao método de Clarkson. Resultados: Para os do: Análise retrospectiva de 21 pacientes portadores de
campos de formas arbitrárias a média das diferenças metástase cerebrais submetidos à ressecção cirúrgica
percentuais entre os valores calculados e medidos e o seguida de radioterapia estereotática fracionada com
seu desvio padrão nas energias de 6 e 9 MeV foram, dose de 25 Gy em 5 frações de 5 Gy em dias seguidos,
respectivamente: (-0,09±0,86)% e (0,18±0,70)%. Para o tratados no período de Junho de 2014 a Novembro de
10X10cm² esses mesmos critérios foram, respectiva- 2016. Foram irradiadas um total de 24 cavidades. O
mente: (0,40±0,57)% e (-0,70±0,81)%. Os maiores des- controle local foi definido utilizando-se a data do proce-
vios percentuais foram para os campos elípticos mais dimento até a progressão local ou da última ressonân-
alongados e campos irregulares côncavos, ainda assim, cia. Resultados: Com seguimento mediano de 8 meses,
menores que 2%. Os resultados corroboram o uso do 18/24 (75%) cavidades cirúrgicas estavam sem evidên-
método em qualquer geometria. Conclusão: O MIS exi- cia de recidiva local. Quatro pacientes (20%) apresen-
ge um esforço inicial em seu comissionamento. Blocos taram recaída fora da área de tratamento e evoluíram
de vários raios devem ser confeccionados para diferen- com disseminação leptomeníngea. Quatro pacientes
tes cones e medidas do FO devem ser feitas para cada (20%) evoluíram com radionecrose sintomática, confir-
bloco, energias e SSD. Posteriormente, porém, os FO mada por exames de imagem e que necessitaram de
podem ser calculados rapidamente e de forma segura medicações (corticoide/ inibidor de VEGF). Volumes de
a partir dos dados obtidos com método. tratamento (PTV) maiores do que 59,7 cc foram asso-
Contato: BRUNO ALVARES ciados estatisticamente a maior taxa de radionecrose
(p=0,02). Conclusão: A presente análise revela resulta-
dos compatíveis com as demais séries da literatura com
relação ao controle local, controle do restante do cére-
CÓDIGO: 61904 bro, índice de radionecrose e chances de disseminação
TEMÁRIO: ENCONTRO DE RESIDENTES MÉDICOS leptomeningea. Um maior seguimento e maior número
de pacientes e estudos prospectivos são necessários
RADIOTERAPIA ESTEREOTÁTICA para confirmação dessa hipótese.
FRACIONADA DE CAVIDADE CIRÚRGICA Contato: CAMILA DE OLIVEIRA RODRIGUES
APÓS RESSECÇÃO DE METÁSTASES
CEREBRAIS. ANÁLISE RETROSPECTIVA
DE RESULTADOS DE CONTROLE LOCAL E
COMPLICAÇÕES. CÓDIGO: 60209
TEMÁRIO: ENCONTRO DE RESIDENTES MÉDICOS
Autores: Camila de Oliveira Rodrigues; Viviane Gerolla;
one, irrespective the DS-GPA group. Those differences e dois divorciados. Quanto ao nível de escolaridade, 3
might be due to institutional factors, such as the imple- pacientes têm ensino médio incompleto, 6 ensino fun-
mentation of SRS, and/or changes of systemic therapy damental incompleto e 1 sem escolaridade. Quanto a
options during the last decade. These findings reinforce classe social, 80% pertencem à classe E, tendo renda
the need for constant updating for prognostic scores, in média familiar de 2 salários mínimos. Nenhum pacien-
order to refine therapeutic decision. te teve dificuldades em responder o questionário, não
houve relatos de confusão ou dúvida quanto às pergun-
Contato: JOSÉ VICTOR SIMÕES RAMOS DE CASTRO
tas. Todos referiram compreender todas as palavras,
PAIXÃO
sem dificuldades com o vocabulário. Não houveram
comentários ou sugestões de mudanças. Conclusão: o
instrumento EORTC QLQ-H&N43, traduzido e adaptado
CÓDIGO: 59663 para o português brasileiro, foi aceito sem dificuldades
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA pela população participante. Portanto, esta versão foi
considerada adequada para aplicação em pacientes
VALIDAÇÃO PSICOMÉTRICA, PARA brasileiros com câncer de cabeça e pescoço.
O PORTUGUÊS BRASILEIRO, DO Contato: MARCOS SANTOS
INSTRUMENTO EORTC QLQ-H&N43
PARA AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE
VIDA EM PACIENTES COM CÂNCER DE
CÓDIGO: 59734
CABEÇA E PESCOÇO
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA
Autores: Jessica Sampaio; Ricardo Vilela; Ryann
Carvalho; Ianara Brasil; Fernando Silva; Luis Felipe de
Oliveira e Silva; Marcos Santos;
COEFICIENTE DE DIFUSÃO APARENTE
DA RESSONÂNCIA NUCLEAR
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
MAGNÉTICA É UM BIOMARCADOR
Introdução: A avaliação de qualidade de vida (QV) tem PROGNÓSTICO EM PACIENTES COM
adquirido cada vez mais importância no contexto on- CÂNCER DE COLO DE ÚTERO: ANÁLISE
cológico e científico. Pacientes acometidos por cânce- DE UM ESTUDO PROSPECTIVO
res de cabeça e pescoço (CPP) usualmente apresentam
Autores: Daniel Grossi Marconi; José Humberto Tavares
severos sintomas físicos, funcionais, sociais e psicológi-
Guerreiro Fregnani; Tatiana Leitão de Azevedo; Rodrigo
cos, sendo estes devido à progressão da doença ou à
Gadia; Renato José Affonso Junior; Heloísa Pelisser
toxicidade das terapêuticas oferecidas. O instrumento Canton; Marcelo Dimas Spadim; Mithecll Kamrava;
EORTC QLQ-H&N43, validado internacionalmente para
Instituição: HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS
mensuração da QV em pacientes com CCP, aborda ques-
tões como xerostomia, alterações de pele e da fala. Ob- Objetivo: Determinar se o coeficiente de difusão apa-
jetivo: realizar a tradução e adaptação transcultural do rente (CDA) da ressonância nuclear magnética (RNM)
instrumento de avaliação de QV em pacientes com CCP, é um marcador de resposta e/ou biomarcador prog-
EORTC QLQ-H&N43, para o português brasileiro. Méto- nóstico em pacientes com câncer cervical submetidas
do: o questionário QLQ-H&N43 foi traduzido para a o a tratamento não-cirúrgico. Métodos: Trata-se de um
português brasileiro de acordo com critérios propostos estudo prospectivo aprovado pelo comitê de ética em
pelo manual de diretrizes da European Organization for pesquisa em 2013 que incluiu pacientes com câncer de
Research and Treatment of Cancer (EORTC). Foram re- colo de útero submetidas a radioquimioterapia defi-
alizadas fases de tradução direta pareada independen- nitiva. Todas as pacientes foram submetidas a exame
te, reconciliação, retrotradução pareada independente de RNM (3T) em três momentos distintos: estadiamen-
e teste piloto. Cada item do questionário foi testado to (RNM-1); após a teleterapia antes da braquiterapia
quanto a aplicabilidade, compreensão e clareza, com (RNM-2); e três meses após o término do tratamento
10 pacientes que receberam radioterapia no Hospital (RNM-3). O objetivo primário foi avaliar a capacidade
Universitário de Brasília por CCP há, no mínimo, seis de o CDA predizer a resposta no momento da RNM-2
meses. Os dados foram analisados de forma descritiva e RNM-3; secundariamente, avaliou-se a correlação dos
por meio de medidas de frequência e porcentagem a valores de CDA com a sobrevida livre de evento (SLE).
partir da avaliação de 4 itens: dificuldade, clareza, vo- Uma região de interesse foi desenhada manualmente
cabulário e ofensividade das perguntas. Deixamos uma em corte único da RNM. O software PACS calculou o
questão em aberto para que o paciente pudesse disser- CDA (x10-3 mm2/s) mínimo (CDAmin), médio (CDAmed)
tar se faria alguma questão de forma diferente. Resul- e máximo (CDAmax) nesta região. Valores não-normali-
tados: dos 10 pacientes que participaram do estudo, 7 zados e normalizados pela urina foram obtidos. Análise
eram homens e 3 mulheres, a mediana de idade foi de univariada e modelo multivariado confirmatório de Cox
64 anos, sendo quatro casados, um solteiro, três viúvas (ajustado pelo estadiamento FIGO) foram usados para