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UNIP

Campus Marques
Disciplina Economia e Administração
Prof Andre Pinheiro

I – EMENTA

Matemática financeira: capitalização simples e capitalização composta,


anuidades e sistemas de amortização, a inflação e os seus efeitos na economia
e análise de investimentos.

II - OBJETIVOS GERAIS

Capacitar o aluno a utilizar os conceitos principais de matemática financeira para


a análise econômica e financeira de projetos e investimentos.

III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Capacitar o aluno, através dos conhecimentos de matemática financeira, a


efetuar cálculos e análises de aplicação e financiamento de capital, nem como
da viabilidade econômica financeira de projetos e investimentos.

IV - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Aula 1/2
 Conceito de capitalização simples.
 Capitalização composta: definições, cálculos do montante, capital, juros,
taxa e períodos.
Aula 3
 Taxas de juros: nominal, efetiva e equivalente.
Aula 4
 Inflação: conceitos, índices, correção monetária, taxa de juros nominal e
taxa de juros real.
Aula 5/6
 Séries uniformes de pagamento: cálculo da prestação, valor atual e valor
futuro.

Aula 7/8
 Financiamento e sistemas de amortização: Sistema Price e Sistema de
Amortização Constante. Elaboração da planilha de amortização.

1
Aula 9
 Depreciação. Métodos: linear, da soma dos dígitos e exponencial.
Aula 10/11
 Análise de investimentos: conceitos e definições, método do valor
presente líquido, método da taxa interna de retorno.

V – ESTRATÉGIA DE TRABALHO

A disciplina será desenvolvida com aulas expositivas e exercícios, sendo


incentivada a participação dos alunos nos questionamentos e discussões
apresentadas.

VI – AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada através de provas bimestrais.

VII – BIBLIOGRAFIA

Bibliografia Básica

EHRLICH,P J, MORAES, E A; Engenharia Econômica: Avaliação e Seleção de Projetos de


Investimento; 6ª Ed.;Editora Atlas. 2006

KOPITTE, B. H.; CASAROTTO FILHO, N.; Análise de Investimentos; 11ª Ed; São Paulo; Atlas.

HIRSCHFELD, H; Engenharia Econômica e Análise de Custos; 7ª Ed.; Editora Atlas; 2000.

Bibliografia Complementar

SOBRINHO,J D V; Matematica financeira : juros, capitalizacao, descontos e series de


pagamentos - emprestimos, financiamentos e aplicacoes financeiras; 7ª Ed.; Editora Atlas;
2002

GOMES,J M; MATHIAS,W F; Matemática Financeira;6ª Ed.; Editora Atlas. VERAS,L L ;


Matematica financeira : uso de calculadoras financeiras, aplicacoes ao mercado financeiro,
introducao a engenharia economica, 300 exercicios resolvidos e propostos com respostas; 5ª
Ed.;Editora Atlas.

ASSAF NETO, A; Matemática Financeira e Suas Aplicações; 11ª Ed; São Paulo: Atlas.

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Conceito de capitalização simples.
Em um regime de capitalização simples, o cálculo dos juros é feito apenas sobre o valor
inicial da operação. Os juros gerados ao longo do tempo não são somados ao capital
inicial, de modo que não há qualquer alteração na taxa nos períodos seguintes.

A capitalização simples costuma ser adotada em economias que possuem um


reduzido índice de inflação e baixo custo real de produção de dinheiro, uma vez que as
perdas ao longo do tempo tornam-se praticamente insignificantes.

Em um cenário oposto, com inflação em alta e elevado custo de produção de dinheiro, o


regime de capitalização simples só é recomendado para aplicações de curto prazo.

Por ser um dos conceitos mais importantes da matemática financeira, é fundamental saber
como fazer o cálculo de juros simples para poder aplicá-lo nas situações práticas do dia a
dia.

Felizmente, existe uma fórmula muito simples para nos ajudar nessa tarefa. Vamos
precisar das seguintes informações:

 J — valor total dos juros;


 C — valor do capital principal;
 i — taxa de juros;
 n — prazo em meses.

A fórmula montada fica desta maneira:

 J=Cxixn

1) Uma pessoa aplicou o capital de R$ 1.200,00 a uma taxa de 2% ao mês durante 14


meses. Determine os juros e o montante dessa aplicação.

2) Um capital aplicado a juros simples durante 2 anos, sob taxa de juros de 5% ao mês,
gerou um montante de R$ 26.950,00. Determine o valor do capital aplicado.

3) Um investidor aplicou a quantia de R$ 500,00 em um fundo de investimento que opera


no regime de juros simples. Após 6 meses o investidor verificou que o montante era de
R$ 560,00. Qual a taxa de juros desse fundo de investimento?

4) Uma quantia foi aplicada a juros simples de 6% ao mês, durante 5 meses e, em seguida,
o montante foi aplicado durante mais 5 meses, a juros simples de 4% ao mês. No final
dos 10 meses, o novo montante foi de R$ 234,00. Qual o valor da quantia aplicada
inicialmente?

3
Capitalização composta: definições,
cálculos do montante, capital, juros, taxa e
períodos.
Quando uma determinada soma de dinheiro está aplicada a juros simples, os juros são
sempre calculados sempre sobre o montante inicial. Quando uma soma está aplicada a
juros compostos, os juros são calculados não apenas sobre o capital inicial, mas sobre este
capital acrescido dos juros já vencidos.

Capitalização composta é aquela em que a taxa de juros incide sobre o principal acrescido
dos juros acumulados até o período anterior. Neste regime de capitalização a taxa varia
exponencialmente em função do tempo.

O conceito de montante é o mesmo definido para capitalização simples, ou seja, é a soma


do capital aplicado ou devido mais o valor dos juros correspondentes ao prazo da
aplicação ou da dívida.

A simbologia é a mesma já conhecida, ou seja, M, o montante, C, o capital inicial, n, o


período e i, a taxa.

O valor atual (ou valor presente) de um pagamento simples, ou único, cuja conceituação
é a mesma já definida para capitalização simples, tem sua fórmula de cálculo deduzida da
fórmula, como segue.

𝑀
𝑀 𝑛 𝑀 ln 𝐶
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛 𝐶= 𝑖 = √ −1 𝑛=
(1 + 𝑖)𝑛 𝐶 ln(1 + 𝑖)

1
(1 + 𝑖)𝑛
em que a expressão é chamada Fator de valor atual para pagamento simples
(ou único)

1) Qual o montante de uma aplicação de R$ 15.000,00, pelo prazo de 9 meses, à taxa de


2% ao mês.

2) A loja “Topa Tudo” financia um bem de consumo de uso durável no valor de R$


16.000,00, sem entrada, para pagamento em uma única prestação de R$ 52.512,15 no
final de 27 meses. Qual a taxa mensal cobrada pela loja?

3) Determinado capital gerou, após 24 meses, um montante de R$ 15.000,00. Sabendo


que a taxa de juros é de 2% ao mês, determine o valor desse capital.

4) Qual o tempo necessário para que um capital, aplicado a uma taxa efetiva de 3% a.m.,
duplique seu valor?

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Taxas de juros: nominal, efetiva e
equivalente.
Uma distinção importante nas variações dos tipos de taxas de juros é aquela entre taxas
nominais e taxas efetivas. Em princípio, de modo básico, as taxas efetivas mantém
correspondência com o período de capitalização, enquanto as nominais não mantêm essa
correspondência.

As taxas nominais são expressas normalmente em termos anuais, mas as operações a que
se referem têm um período de capitalização diferente. Por exemplo, um gerente de banco
diz que determinado empréstimo tem taxa nominal de 25% ao ano, com capitalização
trimestral. Para fazermos os cálculos de juros e montantes, precisamos trabalhar com a
taxa efetiva, no caso, trimestral. Este é o ponto chave ao lidar com taxas nominais: a
conversão da taxa nominal para a taxa efetiva é feita usando proporcionalidade (como é
feito em juros simples), mas uma vez que se encontra a taxa efetiva, os cálculos de juros
e montantes são feitos em regime de juros compostos.

Seguindo com o exemplo sugerido, se a taxa nominal é 25% ao ano, com capitalização
trimestral, então a taxa efetiva é 25/4 = 6,25% ao trimestre. Essa é a taxa efetiva, a ser
usada nos cálculos de juros e montantes, em regime de juros compostos. Repare que a
conversão da taxa nominal para a taxa efetiva foi feita de modo proporcional. Vamos
supor que se tome emprestado R$ 2.500,00 e se queira saber o saldo da dívida após 9
meses. Nesse caso:

A diferença entre os resultados acima ocorre em função de arredondamento na resolução


pela fórmula. O cálculo pela calculadora é o mais preciso.

Vemos que a conversão da taxa nominal para efetiva é feita de modo linear, e então, com
a taxa efetiva, fazemos os cálculos em regime de juros compostos. Uma consequência
interessante das taxas nominais é que a taxa efetiva, quando considerada no mesmo prazo
da nominal, é maior que essa.

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Ilustrando, vimos que no exemplo dado, a taxa nominal é 25% ao ano e a taxa efetiva é
6,25% ao trimestre. Se calcularmos a taxa anual equivalente à taxa efetiva trimestral,
teremos:

Vemos que a taxa efetiva anual (27,44% ao ano) é maior que a taxa nominal (25% ao
ano). Isso acontece sempre que o período de capitalização for inferior ao prazo associado
à taxa nominal.

Uma pergunta pertinente com relação à ideia de taxa nominal é: por que usar essa taxa,
se devemos convertê-la para a efetiva, e não corresponde à realidade dos cálculos?
Os alunos devem refletir sobre essa questão.

O conceito de taxa efetiva pode ser considerado como a taxa que reflete o fluxo de caixa
líquido, do ponto de vista daquele que faz uma aplicação ou toma um empréstimo.

Por exemplo, suponha que uma pessoa vá fazer uma aplicação em um banco e o gerente
do banco informa que a taxa da aplicação é pré-fixada em 1,15% ao mês. O aplicador vai
fazer um depósito de R$ 7.500,00, esperando resgatar em 8 meses. O gerente do banco
informa que o banco cobrará uma taxa de R$ 85,00 a ser paga no início da operação (fora
o principal aplicado). Além disso, no resgate haverá cobrança de IR sobre os juros da
aplicação, com alíquota de 15%. Vamos calcular a taxa efetiva desse fluxo de caixa,
supondo que o aplicador fará o resgate daqui a 8 meses. OBS: essa operação é
totalmente fictícia. A taxa cobrada e o IR são dados apenas para ilustrar o conceito
de taxa efetiva do fluxo de caixa.

Vamos primeiramente calcular o montante da operação após 8 meses:

𝑀 = 7500 ∗ (1 + 0,0115)8 =R$ 8218,42

Com o montante, calculamos o valor dos juros da operação (montante - principal), que
servirá de base para o IR:

Se o montante da aplicação é R$ 8.218,42 e será pago IR no valor de R$ 107,76, a entrada


de caixa líquida para o aplicador será a diferença entre esses dois valores:

6
Resumindo, no início da operação o aplicador desembolsou R$ 7.500,00 (principal) + R$
85,00 (taxa) = R$ 7.585,00. Supondo que fará o resgate em 8 meses, vimos que o resgate
líquido (descontado o imposto de renda) é de R$ 8.110,66. Logo, o fluxo de caixa do
aplicador na operação pode ser expresso da seguinte forma:

A taxa associada a esse fluxo de caixa é a taxa efetiva relativa ao fluxo de caixa da
operação. Resolvendo na calculadora financeira:

8110,66 = 7585 ∗ (1 + 𝑖)8

(1 + 𝑖)8 = 1.069302571
8
𝑖 = √1.069302571 – 1 = 0.008411 =0.84% a.m

Vemos que a taxa efetiva sobre o fluxo de caixa líquido é menor que a taxa da operação.
Para o aplicador essa taxa é mais valiosa que a taxa da operação fornecida pelo gerente
do banco (1,15% ao mês), pois leva em conta a tarifa cobrada pelo banco e o imposto de
renda que deverá ser pago no resgate. Ela reflete com mais precisão o rendimento que
terá com a aplicação.

Essa aplicação da taxa efetiva sobre o fluxo de caixa líquido é importante e muito usada
na rotina de investidores e tomadores de empréstimos.

Por definição, duas taxas são ditas equivalentes quando produzem um mesmo montante,
tendo por base o mesmo principal e o mesmo prazo.

Por exemplo, considerando regime de juros simples, a taxa de 1% ao mês é equivalente à


taxa de 3% ao trimestre, pois:

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Vemos acima que aplicamos o mesmo principal (R$ 400,00) e o mesmo prazo (6 meses)
nos 2 casos, e o montante produzido (R$ 424,00) foi o mesmo.

É preciso ter em mente que o conceito de taxas equivalentes depende do regime de


capitalização. As taxas de 1% ao mês e 3% ao trimestre são equivalentes em regime de
juros simples, mas não são equivalentes em regime de juros compostos. Para tirar a prova:

Vemos acima que o montante produzido em juros compostos não é o mesmo. Utilizei
aqui o principal de R$ 400.000,00 para que as diferenças em cada caso ficassem mais
claras. Isso mostra como 2 taxas equivalentes em juros simples não são equivalentes em
juros compostos. O contrário também vale, ou seja, 2 taxas equivalentes no regime de
juros compostos não são equivalentes em juros simples.

Encontrar taxas equivalentes no regime de juros simples é fácil, pois nesse regime há
uma linearidade que permite a conversão com simples regra de 3.

Por exemplo, qual a taxa semestral equivalente à taxa de 1,5% ao mês? Segue abaixo a
resolução.

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Portanto, a taxa semestral equivalente à taxa de 1,5% ao mês é 9% ao semestre.

Outro exemplo: qual a taxa bimestral equivalente a 6% ao trimestre, em regime de juro


simples?

Portanto, a taxa bimestral equivalente à taxa de 6% ao trimestre é 4% ao bimestre.

Calcular taxas equivalentes no regime de juros compostos não é tão direto e fácil como
em juros simples, pois não há proporcionalidade nos cálculos. Vimos que, em juros
simples, 1% ao mês é equivalente a 3% ao trimestre (o prazo é 3 vezes maior, então a taxa
equivalente é 3 vezes maior). Da mesma forma, a taxa anual equivalente a 1% ao mês é
12% ao ano (12 vezes maior).

Em juros compostos, a taxa trimestral equivalente a 1% ao mês é um pouco maior que


3% ao trimestre, assim como a taxa anual equivalente é um pouco maior que 12% ao
ano.

A fórmula para taxas equivalentes pode ser escrita da seguinte forma:

Para encontrar a taxa equivalente (iquero), preciso da taxa de referência (itenho) e dos prazos
associados a essas taxas (q e t).

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EXEMPLO 1: Qual a taxa semestral equivalente a 2,5% ao mês?

Vemos facilmente que itenho = 2,5% ou 0,025 na forma decimal. Essa taxa é mensal,
portanto t = 1 (prazo associado à taxa que tenho). Queremos a taxa semestral, portanto q
= 6 (prazo associado à taxa que quero). Substituindo esses valores na fórmula:

Portanto, a taxa semestral equivalente a 2,5% ao mês é 15,97% ao semestre. Em juros


simples, teríamos 6 x 2,5 = 15% ao semestre. Vemos que, quando o prazo que quero
(q) é maior que o prazo que tenho (t), a taxa equivalente em juros compostos é sempre
superior à taxa equivalente em juros simples.

EXEMPLO 2: Qual a taxa trimestral equivalente a 22,5% ao quadrimestre?

Vemos que itenho = 22,5% ou 0,225 na forma decimal. Essa taxa é quadrimestral, portanto
t = 4 (prazo associado à taxa que tenho). Queremos a taxa trimestral, portanto q = 3 (prazo
associado à taxa que quero). Substituindo esses valores na fórmula:

Portanto, a taxa trimestral equivalente a 22,5% ao quadrimestre é 16,44% ao trimestre.


Em juros simples, teríamos 3/4 x 22,5 = 16,87% ao trimestre. Vemos que, quando o
prazo que quero (q) é menor que o prazo que tenho (t), a taxa equivalente em juros
compostos é sempre inferior à taxa equivalente em juros simples.

EXEMPLO 3: Qual a taxa diária equivalente a 4,5% ao bimestre?

Vemos que itenho = 4,5% ou 0,045 na forma decimal. Neste caso, como queremos uma
taxa diária, é melhor trabalhar com o prazo em dias. Assim, a taxa que tenho é bimestral,
portanto t = 60 (prazo associado à taxa que tenho, em dias). Queremos a taxa diária,
portanto q = 1 (prazo associado à taxa que quero, em dias). Substituindo esses valores na
fórmula:

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Portanto, a taxa diária equivalente à taxa de 4,5% ao bimestre é 0,0735% ao dia. Quando
trabalhamos com taxas diárias, é fundamental trabalhar com várias casas decimais,
preferencialmente 6, para não perder precisão nos cálculos.

1) Qual o número de meses para que uma taxa nominal de 30% a.a.c.b. dobre o
capital inicial ?

2) Qual o total de juros acumulado, ao final de 8 anos, de uma aplicação de R$


250.000,00, à taxa de juros de 5% a.a.c.s.?

3) Qual é o montante líquido de uma aplicação de R$ 5.000,00, com prazo de 4


meses, à taxa de juros compostos de 12% a.a.c.m, se for pago imposto de renda, com a
alíquota de 10% incidindo sobre os juros, no resgate da aplicação?

4) Um investidor aplicou no mercado financeiro a quantia de R$ 750.000,00 e após


160 dias resgatou R$ 1.000.000,00 brutos.

a) Qual foi a taxa anual com capitalização diária auferida pelo investidor, se não houver
tributação?
b) Qual foi a taxa nominal anual com capitalização diária, que representa a taxa líquida
da operação, se uma alíquota de 10% de imposto sobre operações financeiras for
aplicada sobre o rendimento auferido, antecipadamente (sem desembolso adicional e
com desembolso adicional para o IOF) e postecipadamente?
c) Tendo sido constatado que, por ocasião do resgate, a taxa de inflação no período foi
de 5,55%, qual a taxa líquida, em termos reais e expressa como taxa nominal anual
com capitalização mensal, que foi efetivamente auferida pelo investidor, se os juros
contábeis forem tributados à alíquota de 8%?

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Inflação: conceitos, índices, correção
monetária, taxa de juros nominal e taxa de
juros real.

A INFLAÇÃO consiste nos aumentos persistentes e generalizados dos preços dos bens
e serviços disponíveis à sociedade. O contrário, a diminuição, chama-se DEFLAÇÃO.

A inflação obriga uma quantidade cada vez maior de moeda no pagamento de um bem ou
serviço. Sem que tenha havido uma produção maior de riqueza, esse aumento da
quantidade de moeda gera perda do poder aquisitivo da própria moeda.

Muitos fenômenos podem causar a inflação. Citam-se, entre eles, taxas altas de juros,
escassez, desequilíbrio da balança de pagamentos, emissão de moeda para cobrir déficit
público, aumento de preços ou salários sem melhora de qualidade ou de produção, etc.

O processo inflacionário, quando instalado, dificilmente é controlado. Funciona como um


círculo vicioso, obrigando a reajustes periódicos de preços e salários, com o seu
conseqüente agravamento.

A CORREÇÃO MONETÁRIA tem o objetivo de minimizar (ou até neutralizar) as


distorções causadas pela inflação na economia. Com ela os valores monetários (preços
dos bens de serviços, salários, empréstimos, financiamentos, aplicações financeiras,
impostos, etc.) são reajustados com base na inflação no período anterior, medida por um
índice de preços, que procura medir a mudança que ocorre nos níveis de preços de um
período para outro. No Brasil o cálculo deste índice é feito por uma entidade credenciada
F.G.V. - RJ (Fundação Getúlio Vargas - Rio de Janeiro), cujos valores nacionais e
regionais são publicados na revista Conjuntura Econômica, e pelo I.B.G.E. - Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística. Outras instituições também têm elaborado estes
cálculos do índices de preços: a FIPE e o DIEESE em São Paulo, a FUNDARJ em Recife,
o IPEAD-UFMG em Belo Horizonte

Para comparações específicas e obtenção de taxas reais de crescimento em determinados


setores, devem ser utilizados índices de preços particulares de cada setor, por exemplo,
construção civil, produtos agropecuários, etc.

O índice mais geral disponível é o Índice Geral de Preço - disponibilidade interna da


FGV( IGP-di). É o mais indicado e mede a inflação do país.

A taxa aparente (chamada nominal nas transações financeiras e comerciais) é aquela que
vigora nas operações correntes. Aqui, usaremos a expressão “taxa aparente” para
diferenciá-la da taxa nominal (taxa com mais de uma capitalização por período

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referencial). As taxas reais diferenciam-se das taxas aparentes pela depuração desta dos
efeitos da alta geral de preços. As taxas aparente e real relacionam-se da seguinte forma:

(1 + i) = (1 + ir) (1 + I)

onde: i = taxa aparente ir = taxa real I = taxa de inflação

A taxa real é o rendimento ou custo de uma operação (segundo seja de aplicação


ou captação) calculado após serem expurgados os efeitos inflacionários.

O que difere a taxa de juros real da nominal é a taxa de inflação:

taxa de juros real = taxa de juros nominal – taxa de inflação

Assim, por exemplo, se a taxa de inflação for de 7% ao ano e a taxa de juros nominal for
igual a 12%, a taxa de juros real será 5% ao ano.Por outro exemplo, se a taxa de inflação
for maior que a taxa de juros nominal, então a taxa de juros real será negativa.
Consideremos a taxa de juros nominal de 10% ao ano e a taxa de inflação de 11,5%. Neste
caso a taxa de juros real será negativa, o que significa que não será suficiente para
compensar a desvalorização da moeda, ou seja, para cobrir a correção monetária. Esta
situação é grave aos agentes econômicos que se encontram em uma economia cujo
processo inflacionário é vivenciado. Eles não têm condições de usar a moeda como
reserva de valor, uma vez que seu valor varia menos que a taxa de juros, ou seja, a moeda
perde uma das suas funções na economia.

EXEMPLO 1

Uma aplicação de $100,00 teve um rendimento de $35,00. Se a inflação do


período for de 30%, calcular a rentabilidade aparente e real da operação.Solução

P = 100,00 I = 30% Rendimento = 35% ir = ? i=?

Rentabilidade aparente: i = Rendimento aparente/Aplicação = $35,00/$100,00 = 35%


Rentabilidade Real:

(1+𝑖) (1+0,35)
(1 + i) = (1 + ir)(1 + I) ir = (1+𝐼) − 1 = (1+0,30)
− 1 = 3,85%

ou detalhadamente ir = Rendimento real/Aplicação atualizada = (Montante - Aplicação


atualizada)/ Aplicação atualizada = [(P + rendimento) - P(1 + I)]/P(1 + I) = 3,85%

EXEMPLO 2

Até abril de um ano, a inflação atingiu a 4,4%. Mantendo-se em 1,1% a taxa mensal de
inflação até o fim do ano, calcular a inflação acumulada do período.

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1) Se a cesta básica em determinada região custava em março $ 89,67, e no mês de abril, $
91,13, qual a inflação do mês de abril?

2) A inflação medida por um órgão no ano de 1997 foi de 7,23%. Calcule a média mensal da
inflação.

3) A inflação medida por um órgão no ano de 1997 foi de 7,23%. Calcule a média mensal da
inflação.

Taxa de Desvalorização Monetária

Enquanto a inflação representa uma elevação nos níveis de preços, a taxa de


desvalorização da moeda (TDM) mede a queda no poder de compra da moeda causada
por estes aumentos de preço. (ASSAF, 2001).

Fórmula

Exemplo

1) A taxa de inflação no Brasil no ano de 2010 foi 6,3%. Qual a taxa de desvalorização
monetária correspondente?

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Taxa Aparente e Taxa Real

A taxa aparente de juros é aquela adotada normalmente nas operações correntes


mercado, incluindo os efeitos inflacionários previstos para o prazo da operação.
Constitui-se, em outras palavras, numa taxa prefixada de juros, que incorpora as
expectativas da inflação.

Em contexto inflacionário, ainda, devem ser identificadas na taxa aparente (prefixada)


uma parte devida à inflação, e outra definida como legitima, Real, que reflete “realmente”
os juros que foram pagos ou recebidos.

Em conseqüência, o tempo real para as operações de Matemática Financeira denota um


resultado apurado livre dos efeitos inflacionários. Ou seja, quanto se ganhou (ou perdeu)
verdadeiramente, sem a interferência das variações verificadas nos preços. (ASSAF,
2001).

Fórmulas

Exemplo

Um banco realiza empréstimos a uma taxa aparente de 35% a.a.. Se a taxa de inflação for
de 25% a.a., qual o ganho real auferido pelo banco?

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Séries uniformes de pagamento: cálculo da
prestação, valor atual e valor futuro.
Entende-se seqüência uniforme de capitais como sendo o conjunto de pagamentos (ou
recebimentos) de valor nominal igual, que se encontram dispostos em períodos de tempo
constantes, ao longo de um fluxo de caixa. Se a série tiver como objetivo a constituição
do capital, este será o montante da série; ao contrário, ou seja, se o objetivo for a
amortização de um capital, este será o valor atual da série. (TEIXEIRA, 1998).

Sequência Uniforme de Termos Postecipados

As séries uniformes de pagamento postecipados são aqueles em que o primeiro


pagamento ocorre no momento 1; este sistema é também chamado de sistema de
pagamento ou recebimento sem entrada. Pagamentos ou recebimentos podem ser
chamados de prestação, representada pela sigla “PMT” que vem do Inglês “Payment” e
significa pagamento ou recebimento. (BRANCO, 2002).

Fórmulas

Cálculo do valor presente de uma série postecipada

Cálculo da prestação de uma série postecipada

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Cálculo do período de uma série postecipada

Cálculo do valor futuro de uma série postecipada

Exemplos

1) Determinemos o valor de um financiamento a ser quitado através de quatro


pagamentos mensais de R$ 5.000,00, vencendo a primeira parcela a 30 dias da
liberação dos recursos, sendo de 5,5% a.m. a taxa contratual de juros.

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2) Um eletrodoméstico é vendido à vista por R$ 1.200,00. Qual deve ser o valor da
prestação na venda em três prestações mensais iguais sem entrada, se o custo
financeiro do lojista é de 4%a.m?

3) Uma pessoa realiza depósitos mensais no valor de R$ 100,00 em uma caderneta de


poupança; considerando uma taxa de 0,8% ao mês, em um prazo de trinta anos, qual
será o valor acumulado após este período?

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4) Um produto é comercializado à vista por R$ 1.750,00. Uma outra alternativa seria
financiar este produto a uma taxa de 3% ao mês, gerando uma prestação de R$
175,81; considerando que o comprador escolha a segunda alternativa, determine a
quantidade de prestações deste financiamento.

Sequência Uniforme de Termos Antecipados

As séries uniformes de pagamentos antecipadas são aquelas em que o primeiro


pagamento ocorre na data focal 0 (zero). Este tipo de sistema de pagamento é também
chamado de sistema de pagamento com entrada.

19
Fórmulas

20
Exemplos

1) Determinar o valor, à vista, de uma série de 6 prestações (títulos) de R$ 20.000,00,


vencíveis mensalmente, sendo a primeira no ato da compra, sabendo que a taxa é
de 5% a.m.

2) Qual o montante que um poupador acumula em 12 meses, se ele aplicar R$


1.500,00, à taxa de 4,5%a.m., ao final de cada mês?

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3) Um automóvel que custa R$ 17.800,00 pode ser financiado em 36 pagamentos
iguais; sabendo-se que a taxa de financiamento é de 1,99% ao mês, calcule o valor
da prestação mensal de financiamento.

PMT= R$ 683,62

4) Um produto custa à vista R$ 1.500,00, e foi adquirido a prazo, com uma prestação
mensal de R$ 170,72, sendo que a primeira será paga no ato da compra. Sabendo-
se que a taxa de juros contratada foi de 3% ao mês, qual a quantidade de prestações
deste financiamento?

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Sequência Uniforme Direta

As séries uniformes de pagamentos diferidas (diretas) são aquelas em que os períodos


ou intervalos de tempo entre as prestações ocorrem pelo menos a partir do 2º período, ou
seja, as séries uniformes diretas apresentam períodos de carência.

Fórmulas

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Exemplos

1) Uma mercadoria encontra-se em promoção e é comercializada em 5 prestações


iguais de R$ 150,00 a loja está oferecendo ainda uma carência de 5 meses para o
primeiro pagamento. Determine o valor à vista desta mercadoria, sabendo-se que
a taxa de juros praticada pela loja é de 3% ao mês.

2) A loja Barrabás vende um determinado produto à vista por R$ 850,00, em 24


parcelas mensais, sendo que a primeira prestação somente será paga após 4 meses
do fechamento da compra. Considerando um taxa de 4% ao mês, determinar o
valor de cada prestação.

24
3) Um empréstimo de R$ 50.000,00 é concedido a uma empresa em prestações
mensais e iguais de R$ 2.805,36. Sabendo-se que a taxa de financiamento
contratada foi de 2% ao mês e foi concedido um prazo de carência de 4 meses
para o primeiro pagamento, pergunta-se: Qual a quantidade de prestações do
financiamento?

25
4) Um empréstimo de R$ 50.000,00 é concedido a uma empresa gerando ao final
da operação um montante de R$ 53.060,37. Sabendo-se que a taxa de
financiamento contratada foi de 2% ao mês, determine o prazo de carência desta
operação.

5) Um poupador efetuava regularmente depósitos em uma conta de poupança. Após


12 meses este poupador teve de interromper os depósitos, mas não efetuou
nenhum saque, e gostaria de saber quanto terá após 6 meses, considerando-se que
os valores dos depósitos eram de R$ 200,00 e que a taxa média de juros para os
primeiros 12 meses era de 1% e que para os próximos 6 meses estimou-se uma
taxa de 0,8%a.m.. Pergunta-se: Quanto o nosso amigo poupador terá após todo o
período?

26
Sequência Uniforme com parcela Adicional

O assunto tratado aqui é bastante comum em relações ao mundo dos negócios,


principalmente no que tange ao mercado imobiliário, pois neste mercado, podem existir
situações em que os pagamentos (ou recebimentos) dispostos ao longo de um fluxo de
caixa preveem, além das prestações pré-estabelecidas, pagamentos intermediários
(adicionais).

Fórmula

Exemplo

1) Um terreno é vendido em 12 prestações mensais de R$ 5.000,00 casa uma,


postecipadas, mais duas prestações de reforço vencíveis em seis e 12 meses após
a compra, cada uma de R$ 20.000,00. Qual o preço à vista se a taxa de juros do
financiamento for de 3,2% a.m.?

27
Financiamento e sistemas de amortização:
Sistema Price e Sistema de Amortização
Constante. Elaboração da planilha de
amortização.
Introdução à amortização
Amortização é um processo de extinção de uma dívida através de pagamentos periódicos,
que são realizados em função de um planejamento, de modo que cada prestação
corresponde à soma do reembolso do Capital ou do pagamento dos juros do saldo
devedor, podendo ser o reembolso de ambos, sendo que Juros são sempre calculados
sobre o saldo devedor!

Os principais sistemas de amortização são:

1. Sistema de Pagamento único: Um único pagamento no final.


2. Sistema de Pagamentos variáveis: Vários pagamentos diferenciados.
3. Sistema Americano: Pagamento no final com juros calculados período a
período.
4. Sistema de Amortização Constante (SAC): A amortização da dívida é
constante e igual em cada período.
5. Sistema Price ou Francês (PRICE): Os pagamentos (prestações) são iguais.
6. Sistema de Amortização Misto (SAM): Os pagamentos são as médias dos
sistemas SAC e Price.
7. Sistema Alemão: Os juros são pagos antecipadamente com prestações iguais,
exceto o primeiro pagamento que corresponde aos juros cobrados no momento
da operação.

Em todos os sistemas de amortização, cada pagamento é a soma do valor amortizado com


os juros do saldo devedor, isto é:
Pagamento = Amortização + Juros

Em todas as nossas análises, utilizaremos um financiamento hipotético de R$300.000,00


que será pago ao final de 5 meses à taxa mensal de 4%.

Na sequência, será essencial o uso de tabelas consolidadas com os dados de cada


problema e com informações essenciais sobre o sistema de amortização. Em todas as
análises, utilizaremos a mesma tabela básica que está indicada abaixo, com os elementos
indicados:

28
Sistema de Amortização

n Juros Amortização Saldo devedor Pagamento Saldo devedor

0 300.000,00

5 0

Totais 300.000,00

Sistema de Pagamento único

O devedor paga o Montante= Capital + Juros compostos da dívida em um único


pagamento ao final de n=5 períodos. O Montante pode ser calculado pela fórmula:
M = C (1+i)n .Uso comum: Letras de câmbio, Títulos descontados em bancos, Certificados a
prazo fixo com renda final.

Sistema de Pagamento único

n Juros Amortização Saldo devedor Pagamento Saldo devedor

0 0 0 0 300.000,00

1 12.000,00 312.000,00

2 12.480,00 324.480,00

3 12.979,20 337.459,20

4 13.498,37 350.957,57

5 14.038,30 300.000,00 364.995,87 0

Totais 64.995,87 300.000,00 364.995,87

29
Sistema de Pagamentos Variáveis
O devedor paga o periodicamente valores variáveis de acordo com a sua condição e de
acordo com a combinação realizada inicialmente, sendo que os juros do Saldo devedor
são pagos sempre ao final de cada período. Uso comum: Cartões de crédito.
Dado: O devedor pagará a dívida da seguinte forma:
 No final do 1o. mês: R$ 30.000,00 + juros
 No final do 2o. mês: R$ 45.000,00 + juros
 No final do 3o. mês: R$ 60.000,00 + juros
 No final do 4o. mês: R$ 75.000,00 + juros
 No final do 5o. mês: R$ 90.000,00 + juros
Sistema de Pagamentos Variáveis

n Juros Amortização Saldo devedor Pagamento Saldo devedor

0 0 0 0 300.000,00

1 12.000,00 30.000,00 42.000,00 270.000,00

2 10.800,00 45.000,00 55.800,00 225.000,00

3 9.000,00 60.000,00 69.000,00 165.000,00

4 6.600,00 75.000,00 81.600,00 90.000,00

5 3.600,00 90.000,00 93.600,00 0

Totais 42.000,00 300.000,00 342.000,00

Sistema Americano
O devedor paga o Principal em um único pagamento no final e no final de cada período,
realiza o pagamento dos juros do Saldo devedor do período. No final dos 5 períodos, o
devedor paga também os juros do 5o. período.

Sistema Americano

n Juros Amortização Saldo devedor Pagamento Saldo devedor

0 0 0 0 300.000,00

1 12.000,00 12.000,00 300.000,00

2 12.000,00 12.000,00 300.000,00

3 12.000,00 12.000,00 300.000,00

4 12.000,00 12.000,00 300.000,00

5 12.000,00 300.000,00 312.000,00 0

Totais 60.000,00 300.000,00 360.000,00

30
Sistema de Amortização Constante (SAC)
O devedor paga o Principal em n=5 pagamentos sendo que as amortizações são sempre
constantes e iguais. Uso comum: Sistema Financeiro da Habitação

Sistema de Amortização Constante (SAC)

n Juros Amortização Saldo devedor Pagamento Saldo devedor

0 0 0 0 300.000,00

1 12.000,00 60.000,00 72.000,00 240.000,00

2 9.600,00 60.000,00 69.600,00 180.000,00

3 7.200,00 60.000,00 67.200,00 120.000,00

4 4.800,00 60.000,00 64.800,00 60.000,00

5 2.400,00 60.000,00 62.400,00 0

Totais 36.000,00 300.000,00 336.000,00

Sistema Price (Sistema Francês)


Todas as prestações (pagamentos) são iguais. Uso comum: Financiamentos em geral de
bens de consumo. Cálculo: O cálculo da prestação P é o produto do valor financiado
Vf=300.000,00 pelo coeficiente K dado pela fórmula

𝑖(1 + 𝑖)𝑛
𝐾=
(1 + 𝑖)𝑛 − 1

onde i é a taxa ao período e n é o número de períodos. Para esta tabela, o cálculo fornece:
P = K × Vf = 67.388,13

Sistema Price (ou Sistema Francês)

n Juros Amortização Saldo devedor Pagamento Saldo devedor

0 0 0 0 300.000,00

1 12.000,00 55.388,13 67.388,13 244.611,87

2 9.784,47 57.603,66 67.388,13 187.008,21

3 7.480,32 59.907,81 67.388,13 127.100,40

4 5.084,01 62.304,12 67.388,13 64.796,28

5 2.591,85 64.796,28 67.388,13 0

Totais 36.940,65 300.000,00 336.940,65

31
Sistema de Amortização Misto (SAM)

Cada prestação (pagamento) é a média aritmética das prestações respectivas no Sistemas


Price e no Sistema de Amortização Constante (SAC).

Uso: Financiamentos do Sistema Financeiro da Habitação.

Cálculo:
PSAM = (PPrice + PSAC) ÷ 2

n PSAC PPrice PSAM

1 72.000,00 67.388,13 69.694,06

2 69.600,00 67.388,13 68.494,07

3 67.200,00 67.388,13 67.294,07

4 64.800,00 67.388,13 66.094,07

5 62.400,00 67.388,13 64.894,07

Sistema de Amortização Misto (SAM)

n Juros Amortização Saldo devedor Pagamento Saldo devedor

0 0 0 0 300.000,00

1 12.000,00 57.694,06 69.694,06 242.305,94

2 9.692,24 58.801,83 68.494,07 183.504,11

3 7.340,16 59.953,91 67.294,07 123.550,20

4 4.942,01 61.152,06 66.094,17 62.398,14

5 2.495,93 62.398,14 64.894,07 0

Totais 36.470,34 300.000,00 336.470,94

32
Sistema Alemão

O sistema Alemão consiste em liquidar uma dívida onde os juros são pagos
antecipadamente com prestações iguais, exceto o primeiro pagamento que corresponde
aos juros cobrados no momento da operação financeira. É necessário conhecer o valor de
cada pagamento P e os valores das amortizações Ak, k=1,2,3,...,n.

Uso comum: Alguns financiamentos.

Fórmulas necessárias: Para k=1,2,...,n.

A prestação mensal do financiamento, pode ser calculada com as fórmulas acima.


P = (300.000×0,04)÷[1–(1–0,04)5]=64.995,80
A1 = 64.995,80 × (1–0,04)4 = 55.203,96
A2 = 55.203,96 ÷ (1–0,04) = 57.504,13
A3 = 57.504,13 ÷ (1–0,04) = 59.900,13
A4 = 59.900,13 ÷ (1–0,04) = 62.395,97
A5 = 62.395,97 ÷ (1–0,04) = 64.995,80

Sistema Alemão

n Juros Amortização Saldo devedor Pagamento Saldo devedor

0 12.000,00 0 12.000,00 300.000,00

1 9.791,84 55.203,96 64.995,80 244.796,04

2 7.491,68 57.504,13 64.995,80 187.291,91

3 5.095,67 59.900,13 64.995,80 127.391,78

4 2.599,83 62.395,97 64.995,80 64.995,80

5 64.995,80 64.995,80 0

Totais 36.979,02 300.000,00 336.979,02

33
Depreciação. Métodos: linear, da soma dos
dígitos e exponencial

De modo geral depreciação é a perda do valor inicial de um bem por uso, desgaste ou
obsolescência.

TIPOS DE DEPRECIAÇÃO

Física:Interpretada como sendo a perda de valor pelo desgaste do bem. No caso de uma
máquina ou equipamento, por exemplo, o desgaste será devido não somente à sua
utilização normal, mas também à ação do tempo e das intempéries.

Econômica:Interpretada como sendo o declínio sofrido na capacidade que o bem


apresenta em gerar receitas. Se, ao longo do tempo, diminui o valor da produção de um
equipamento, este experimentará uma correspondente redução no seu valor intrínseco. O
declínio no valor líquido de produção decorre da exausto física do equipamento, da
obsolência do equipamento e do próprio produto. As constantes inovações tecnológicas,
e mesmo as mudanças no gosto dos consumidores, podem fazer que um bem se torne de
utilização antieconômica, ou obsoleto.

Contábil:Correspondente a uma estimativa da perda de valor sofrida pelo bem, com


finalidade de efetuar um registro contábil. Visando fazer face á perda de valor sofrido
pelo bem é que surgiu a depreciação contábil: periodicidade seria efetuada uma
apropriação de recursos, num montante que traduzisse a perda de valor experimentada
pelo bem durante o período considerado, procurando-se constituir uma reserva, a qual é
chamada de fundo de depreciação, de tal modo que fosse possível a aquisição de um novo
bem quando o atual estivesse considerado como de utilização antieconômica.

CONCEITOS BÁSICOS

Valor de Compra
Valor pago na aquisição de um bem. Valor constante na nota de fatura (preço do
equipamento posto na fábrica, por exemplo), ou o montante do financiamento, quando o
bem for adquirido desta forma.

Vida Útil
Período de utilidade a que se destina o bem. É geralmente expresso em anos e algumas
vezes em meses. O estabelecimento da vida útil de um equipamento, por exemplo, poderá
ser feito através de estimativas baseadas nas condições de trabalho ou pela informação do
fabricante ou técnico especializado. Não se deve deixar de considerar os aspectos
funcionais e econômicos que poderão causar uma relativa aceleração na desvalorização
do bem.

Valor Residual
É o valor que se apuraria na venda do bem ao fim de sua vida útil. É, como podemos
perceber, um valor estimado. A menos de casos especiais é geralmente aconselhável
colocar valor residual nulo. Poderíamos, mesmo, ter situações em que o valor de venda
não cubra o custo de remoção em certos casos.

34
Quotas de Depreciação
São parcelas do valor de um bem que juntamente com o valor residual atribuído ao mesmo
somarão o valor de compra. Por exemplo, se tivéssemos um bem que custasse R$ 400,00
com vida útil de 2 anos e valor residual de R$ 100,00 poderíamos ter uma quota de
depreciação de R$ 200,00 no primeiro ano e R$ 100,00 no segundo.

CRITÉRIOS DE DEPRECIAÇÃO

É intuitivo pensar que todos os bens adquiridos por uma empresa representam um custo,
que deverão ser devidamente imputados aos produtos por ela fabricados, a fim de que se
provenha para substituição ou renovação daqueles. Tendo então este objetivo, passaremos
à análise de critérios que podem vir a ser adotados, dando no final, uma visão conceitual
do critério que julgamos mais adequado à sistemática de custo.

Valor de Compra

Considera-se, neste caso, o valor de compra cujo montante seria recuperado


gradativamente durante sua vida útil. Por exemplo, se comprássemos hoje uma máquina
que custasse R$ 1.000,00, cuja vida útil fosse de 10 anos e sem valor residual, então
poderíamos de ano em ano distribuir R$ 100,00 aos produtos por ela fabricados, tendo
assim no final recuperados os R$ 1.000,00 do investimento inicial. No entanto, caberia
perguntar: Estaria a empresa, ao fim de 10 anos, apta a comprar uma nova máquina com
estes R$ 1.000,00?

Valor Corrigido

Vários fatores fazem com que haja variação dos preços dos bens e entre eles a inflação
traz como causa precípua a elevação dos mesmos. Para corrigir então o valor de um bem
da empresa pode-se utilizar os Índices de Correção Monetária, publicados pelo Ministério
do Planejamento (*).

Exemplificando, temos:

Assim sendo, se o bem considerado tivesse uma vida útil estimada em 10 anos, as quotas
de depreciação consideradas em cada ano seriam R$ 85,20; R$ 99,68; R$ 114,17 e R$
126,10, respectivamente.

Entretanto, analisando mais detidamente este critério vemos que o seu uso pode levar a
distorções significativas. Para o exemplo acima citado, pode ser que o bem valesse em
Jan/73 R$ 1.800,00 ou mesmo R$ 1.000,00 e desta forma estaríamos atribuindo-lhe um
valor irreal.

35
Valor atual ( ou de reposição )

Uma forma de evitarmos as distorções decorrentes da correção do valor, através dos


índices, seria atualizarmos o valor do bem, isto é, considerarmos o valor de compra na
época desejada. Desta forma, um equipamento comprado em Jan/72 por R$ 50.000,00 e
com valor atual em Jan/73 R$ 58.000,00, com vida útil estimada em 10 anos, teria sido
considerada uma quota de depreciação de R$ 5.000,00 para o ano de 72 e R$ 5.800,00
para 73.

Valor Estimado

Analisando o caso anterior observamos que durante o ano de 72 o equipamento sofreu


uma elevação de R$ 8.000,00, e, então, ao se ter considerado a quota de depreciação de
R$ 5.000,00 deixou-se de imputar a variação sofrida durante o ano. A empresa estaria, de
certa forma, descapitalizando-se frente a essa circunstância.

Considerando que o aumento tenha sido gradativo durante o ano, então, a quota de
depreciação a ser considerada para 72 deveria ter sido R$ 5.400,00, ou seja, o valor médio
do equipamento durante o ano dividido por 10 anos.

Entretanto, cabe perguntar: - De que forma poderia a empresa prever essa variação
quando fosse considerar o valor em Jan/72?

Para se chegar a esse ponto, a empresa deverá contar com uma ficha, que dê o
comportamento histórico das variações de valores do equipamento em estudo. Com base
nestes dados poder-se-á estimar o comportamento do valor do equipamento durante o ano
em estudo.

Entretanto, esta sistemática já está caracterizada por um grau de sofisticação elevado e


sua aplicação se torna conveniente às empresas que possuam estrutura organizacional
adequada.

MÉTODOS PARA O CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO

Diversos métodos matemáticos se prestam para o cálculo da depreciação, e, a escolha


deste ou daquele método será uma alternativa tomada especificamente para cada caso
tratado.

Assim é que neste trabalho são apresentados alguns métodos esclarecendo que, outros
poderão ser utilizados por se adequarem mais aos casos analisados.

Método de Depreciação Linear

Admitindo o período de vida útil e conhecido seu valor, a quota de depreciação será a
relação entre o valor e a vida útil.

Assim, por exemplo, um equipamento que custe R$ 100,00 e com vida útil de 10 anos
teria uma quota de depreciação anual de R$ 10,00. Isto significa que ao fim do primeiro

36
ano de uso o equipamento estaria valendo R$ 90,00, no segundo Rr$ 80,00, e assim por
diante.

Caso seja considerado um valor residual do equipamento, a quota de depreciação será o


quociente da diferença do valor residual pela vida útil. No caso acima se o valor residual
fosse R$ 20,00 então a quota seria (100-20)/10 = 8,00 R$/ano. A equação abaixo
generaliza esse caso:

Exemplo: Calcular a quota de depreciação Anual de uma furadeira avaliada em R$ 600,00


com vida útil estimada em 4 anos. O valor residual foi considerado nulo.

600 − 0
𝑄𝐷 = = 150 𝑅$/𝑎𝑛𝑜
4

Método de Depreciação dos Coeficientes Crescentes ou Decrescentes

Os fatores que implicam na depreciação de alguns bens podem acelerar rapidamente sua
desvalorização quando ainda se apresenta novo, isto é, quando no início de sua vida útil.
Ao contrário este aceleramento pode se fazer presente no final de sua vida útil. Um dos
métodos para tratar esse comportamento é o dos coeficientes crescentes ou decrescentes.

Método dos Coeficientes Crescentes

São estabelecidos certos coeficientes ∂ i sendo 0< ∂ i < 1 e i = 1, 2, 3,...,n, onde cada
coeficiente ∂i é correspondente a um intervalo de tempo considerado da vida útil
∂ 1 < ∂ 2<∂ 3 <...<∂ n. A soma de todos os coeficientes é igual a 1 e sua determinação
não obedece obrigatoriamente a uma relação matemática.

37
Método dos Coeficientes Decrescentes
Semelhante ao dos coeficientes crescentes, apenas que ∂ 1 > ∂ 2 > ∂ 3 > .> ∂ n.

3) - Método da Soma dos Anos (Dígitos)

Somam-se os números 1, 2, 3, ..., n correspondentes aos anos de vida útil. A taxa de


depreciação de cada ano é a relação entre o número correspondente ao ano e esta soma,
ou seja, no primeiro ano será 1/∑n i, etc., no segundo 2/∑n i, etc., i = 1 i = 1

Também, pode-se considerar a ordem decrescente dos anos para a determinação da taxa.
Assim sendo, será para o primeiro ano n/1/∑n i, para o segundo n-1 / ∑n i, e assim por
diante.

38
Obs. Pode-se notar que este caso é uma particularidade do método dos coeficientes
crescentes e decrescentes.

Método da Depreciação Exponencial

Neste caso devemos estimar um valor residual e de posse da vida útil e do valor do bem
determinamos um coeficiente que multiplicado pelo valor em cada ano teremos a quota a
depreciar. O exemplo abaixo esclarece o método.

39
Análise de investimentos: conceitos e
definições, método do valor presente
líquido, método da taxa interna de retorno

Análise de Investimentos (Payback, VPL, TIR)

O mercado financeiro, que é composto por agentes financeiros de diversas naturezas,


como Bancos, Financeiras, Agentes de Fomento, Capitalistas de Riscos e Investidores,
utiliza as informações do Plano de Negócio para diversos tipos de análises, a fim de
concederem empréstimos, linhas de crédito, financiamentos etc.

Outras análises, chamadas de Indicadores Financeiros, podem ser efetuadas com os


demonstrativos contábeis (em especial com o Balanço Patrimonial, Fluxo de Caixa e
Demonstrativo de Resultados), com o objetivo de medir a situação financeira atual e sua
tendência.

Os principais métodos de análise de investimentos são os seguintes:

PAYBACK

Determina o período de tempo necessário para que a empresa recupere o valor


inicialmente investido. Este método é utilizado pelas pequenas empresas, devido a sua
facilidade de cálculo.

Sua regra básica é a seguinte: quanto mais tempo a empresa precisar esperar para
recuperar o investimento, maior a possibilidade de perda. Por outro lado, quanto menor
for o período de payback, menor será a exposição da empresa aos riscos.

Exemplo: O salário de João é 4.000,00 e sobra 10% no final do mês (400,00). Ele quer
comprar um computador que custa 1.600,00. Dividindo o preço do computador por
400,00 João pagará o computador em 4 meses (4 x 400 = 1.600). Nesse caso o payback é
4.

Sua principal desvantagem é a de não considerar o valor do dinheiro no tempo, ou seja,


não descontar os valores futuros do fluxo de caixa, sendo simplesmente um período de
tempo máximo aceitável, determinado subjetivamente, através das entradas de caixa no
momento em que ocorrem e quando o fluxo alcança o ponto de equilíbrio (as entradas se
igualam ao investimento). Outra desvantagem é que o payback não reconhece os fluxos
de caixa que ocorrem após o período de recuperação do capital, portanto, ignora todo o
retorno projetado para o projeto.

40
VPL (Valor Presente Líquido)

Esta é considerada uma sofisticada técnica de análise de orçamento de capital, exatamente


por considerar o valor do dinheiro no tempo. Utilizando-se esta técnica, tanto as entradas
como as saídas de caixa são traduzidas para valores monetários atuais. Dessa forma,
podem ser comparadas ao investimento inicial, que está automaticamente expresso em
termos monetários atuais.

Este tipo de técnica desconta os fluxos de caixa da empresa a uma taxa especificada. Esta
taxa é freqüentemente chamada de taxa de desconto, custo de oportunidade ou custo de
capital, e refere-se ao retorno mínimo que deve ser obtido por um projeto, de forma a
manter inalterado o valor de mercado da empresa.

O critério usado para a aceitação ou não de determinado projeto é a seguinte: se o VPL


for maior que zero, aceita-se o projeto; se o VPL for menor que zero, rejeita-se o projeto.

Se o VPL for maior que zero, a empresa obterá um retorno maior do que seu custo de
capital. Com isto, estaria aumentando o valor de mercado da empresa e,
conseqüentemente, a riqueza dos seus proprietários.

41
TIR (Taxa Interna de Retorno)

Determina o rendimento proporcionado pelo negócio por determinado período (mensal


ou anual). É considerada a técnica sofisticada mais usada para a avaliação de alternativas
de investimentos.

O critério usado para a definição da aceitação ou não do projeto é a seguinte: se a TIR for
maior que o custo de capital (investimento no mercado financeiro), aceita-se o projeto; se
for menor, rejeita-se o projeto. Este critério garante que a empresa esteja obtendo, pelo
menos, sua taxa requerida de retorno.

42
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43
44

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