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1.

INTRODUÇÃO

1.1 - Histórico

A Geologia é uma ciência relativamente nova. Desde quando podemos


falar em Geologia? Há cerca de dois séculos. A palavra geologia deriva do
grego Geo = terra + Logos = Estudo. Ao longo dos tempos, o estudo do
planeta Terra evoluiu a partir de três eixos básicos, interligados: o tempo, a
composição material e a estrutura.

A importância da geologia se deve principalmente à necessidade de


sobrevivência do homem. Não é por acaso que na evolução da humanidade
tivemos Idade da Pedra Lascada (Paleolítico), Idade da Pedra Polida
(Neolítico), Idade dos Metais, etc.

Possivelmente a ideia de estudar a Terra iniciou-se na Antiguidade


Clássica. Para Aristóteles (384 a.C. a 322 a.C.), por exemplo, a Terra era o
centro do universo e era constituída de quatro elementos: a terra, a água, o
fogo e o ar. Para ele os terremotos e os vulcões eram comparados com trovões
e relâmpagos terrestres. Plínio, o Velho (23 d.C. a 79 d.C.), oficial da marinha
romana, deixou vasta obra sobre História Natural, abordando fósseis e minerais
e seus usos.

George Agricola (1494 – 1555) deu importante contribuição à Geologia


quando escreveu “De Re Metallica abordando mineração e metalurgia.

Cientificamente pode-se dizer que Nicolau Steno (1638 – 1686) deu


importante contribuição à Mineralogia e Cristalografia, propondo a lei da
constância dos ângulos (os ângulos de minerais de mesma espécie mineral
formados entre faces correspondentes são iguais). Também contribuiu com a
estratigrafia, estudando o princípio da superposição.

James Hutton (1726 – 1797) é considerado o geológico pioneiro. Em


1785 submeteu à Real Sociedade de Edinburgo a teoria denominada “A Teoria
da Terra” (Theory of the Earth), propondo que a Terra era muito mais antiga
que se supunha na época e que a erosão das montanhas formavam novas
rochas no fundo dos mares e que posteriormente foram erguidas para
constituírem os continentes. Ele publicou esta teoria sob a forma de livro (dois
volumes) em 1795.

José Bonifácio de Andrada e Silva (1765 – 1838), famoso naturalista,


estadista e poeta brasileiro, estudou mineralogia e química na Europa.
Escreveu uma memória sobre o diamante no Brasil. Escreveu também
“Viagem Mineralógica na Província de São Paulo”, onde trabalha temas como
mineralogia, solos e vegetação. O mineral “Andradita” teve seu nome em
homenagem a José Bonifácio de Andrada e Silva.

No século XX, tivemos vários estudiosos da geologia que se destacaram


nas éreas de geologia, mineralogia, geoquímica. Dentre eles podemos citar:
Alfred Wegener (A origem dos continentes e oceanos, a conhecida Teoria da
Deriva Continental), Goldschmidt (Classificação geoquímica dos elementos
químicos), Fersman (Geoquímica e mineralogia; existem dois minerais em sua
homenagem: fersmita e fersmanita).

1.2 – Geologia - Conceito

Geologia é a ciência que estuda a origem, a história, a composição e as


características do planeta Terra. A geologia é responsável pelo estudo dos
oceanos, continentes, relevo e os diferentes processos de interação entre
essas áreas de conhecimento. A geologia interage com a mineralogia, biologia,
química, física, topografia, paleontologia, entre outras ciências. O termo
geologia provém do grego geo, que significa terra e logos que significa estudo,
ou seja, “estudo da Terra”.
Alguns ramos da geologia são: petrologia, paleontologia, tectônica de
placas, geoquímica, geologia histórica, geologia estrutural, geologia ambiental,
geologia econômica, hidrogeologia, sismologia, oceanografia, geomorfologia,
entre outros.

1.3 – Mineralogia – Conceito

Mineralogia é o ramo das ciências geológicas que estuda os minerais,


através de suas propriedades físicas, químicas e ópticas e gênese dos
minerais. A mineralogia no seu sentido mais amplo se subdivide em
cristalografia, cristaloquímica, mineralogia descritiva, paragêneses minerais e
ocorrências geológicas.

1.4 – Rochas - Conceito

Rocha pode ser definida como um agregado de minerais (ou


mineralóides), de origem natural. A camada mais externa da Terra, conhecida
como litosfera é constituída de rochas. O estudo das rochas é conhecido por
petrologia. As rochas, segundo sua origem, são classificadas em ígneas (ou
magmáticas), sedimentares e metamórficas. As rochas segundo aus
composição podem ser classificadas em monominerálicas (constituídas de um
único mineral – calcário, por exemplo) e poliminerálicas (constituídas de vários
minerais – granito, por exemplo).

1.5 – Composição Química da Terra

Os elementos mais comuns na Crosta da Terra são mostrados na


Tabela a seguir:

Elementos Peso (%) Volume (%)


Químicos
O 46,6 92,0
Si 27,7 0,8
Al 8,1 0,8
Fe 5,0 0,7
Mg 2,1 0,6
Ca 3,6 1,5
Na 2,8 1,6
K 2,6 2,1

Tabela 1 – Composição química da Crosta Terrestre

1.6 – Escala Geológica do Tempo

O conceito de tempo geológico tem mudado com o passar dos tempos.


Antes do desenvolvimento de técnicas de datação radiométrica, os geólogos
não dispunham de dados confiáveis de datação absoluta. Os princípios de
datação baseavam-se em superposição de camadas, inclusões e sucessão
fóssil. A seguir a escala de Escala do Tempo Geológico.
Tabela 2 – Escala do Tempo Geológico
2. ROCHAS E MINERAIS

2.1 - Mineral e Mineralóide

Mineral é um elemento ou composto químico, sólido, vias de regra,


resultante de processos inorgânicos naturais, de composição química definida
(dentro de certos limites) e estrutura interna ordenada e periódica, de origem
terrestre ou extraterrestre. Exemplos: quartzo, muscovita, berilo, etc.

Mineralóide é uma substância de ocorrência natural, tal como os


minerais, mas que se distingue destes, pois não apresenta uma estrutura
cristalina ordenada (não-cristalina). Têm uma estrutura não cristalina desde a
sua cristalização. São conhecidos como mineralóides. Alguns deles são
usados como gema: obsidiana (vidro vulcânico), opala, vidro, etc. Algumas
vezes o termo mineralóide é empregado para substâncias de origem orgânica,
como o âmbar (resinas de árvores fossilizadas – C10H16O).

Figura 1 – (a) Mineral (substância cristalina); (b) Mineralóide (substância


amorfa).

2.2 – Propriedades físicas dos minerais

a) Dureza

A dureza (D) é a resistência que uma superfície lisa do mineral oferece


ao ser riscada. Não deve ser confundida com tenacidade. O grau de dureza de
um mineral é determinado observando-se a facilidade com que um mineral
risca o outro. A escala usual na avaliação da dureza relativa dos minerais é a
Escala de Dureza de Mohs. O mineralogista vienense Friederich Mohs (1773-
1839) foi o inventor do ensaio de dureza pelo risco. Ele escolheu uma série de
dez minerais relativamente comuns na natureza para servir de parâmetro
comparativo para dureza, conforme mostrado na Tabela 5. Também podem ser
utilizados lápis de dureza. Neste caso, basta pressionar a ponta da caneta na
superfície (não alterada) do mineral e depois limpar a região e examinar com
uma lupa de mão.

Mineral Dureza Dureza Propriedades


Relativa Absoluta
(Mohs)
Talco 1 1 Pode ser riscado facilmente com a
unha
Gipsita 2 2 Pode ser riscado com dificuldade pela
unha
Calcita 3 9 Pode ser riscado por uma moeda de
cobre
Fluorita 4 21 Pode ser riscado por uma faca de
cozinha
Apatita 5 48 Pode ser riscado com dificuldade por
uma faca de cozinha
Ortoclásio 6 72 Pode ser riscado por uma lima de aço
Quartzo 7 100 Capaz de riscar o vidro
Topázio 8 200 Risca o quartzo
Corindon 9 400 Risca o topázio
Diamante 10 1600 Não é riscado por nenhum outro
mineral

Tabela 3 – Escalas de dureza relativa e absoluta

Alguns minerais possuem durezas intermediárias entre essas durezas


da escala de Mohs: crisoberilo (8,5), epidoto (6 a 7), berilo (7,5 a 8). A dureza
dos minerais é uma propriedade vetorial, ou seja varia de acordo com a direção
tomada. A diferença de dureza em relação à direção é muito sutil e somente
podendo ser detectada por instrumentos sofisticados. Uma exceção é a cianita,
que tem dureza de 5,5 paralela ao comprimento e dureza 7 na transversal.

A dureza de um mineral cesta intimamente relacionada com sua


estrutura interna.

b) Tenacidade

A tenacidade é a resistência que um mineral oferece ao ser rompido,


esmagado, curvado ou rasgado. Em outras palavras, sua coesão. Alguns
termos são utilizados para expressar a tenacidade:

 Quebradiço – mineral que se rompe ou pulveriza facilmente.

 Maleável – mineral que pode ser transformado em lâminas delgadas.

 Séctil – mineral que pode ser cortado em aparas delgadas com um canivete.

 Dúctil – mineral que pode ser estirado para formar fios.

 Flexível – mineral que se encurva, mas não retorna a sua forma primitiva,
quando a pressão cessar.

 Elástico – mineral que depois de ser encurvado retorna a sua posição


original, quando a pressão cessar.

c) Clivagem

Modo como um mineral se rompe segundo uma ou mais planos, bem


definidos, que geralmente correspondem às faces cristalinas. Alguns minerais
têm clivagem perfeita, como as micas, indistintas, como o berilo ou apatita.
Podem também ser desprovidos de clivagem, como o quartzo. A qualidade de
uma clivagem deve ser expressa como perfeita, boa regular, indistinta, etc.,
acompanhada dos índices das faces, como por exemplo: topázio – clivagem
perfeita segundo {001}. A clivagem, tal como a dureza, é uma propriedade
escalar e depende da estrutura interna do mineral, estando associada a
determinados planos cristalográficos.
A clivagem pode ser caracterizada como cúbica (como na galena –
PbS), octaédrica (como no diamante – C), dodecaédrica (como na esfalerita –
ZnS), romboédrica (como na calcita – CaCO3), prismática (como nos piroxênios
e anfibólios) e pinacoidal (como a clivagem basal das micas)

d) Partição

Assim como a clivagem a partição está associada a planos


cristalográficos, mas normalmente não é bem definida. Pode estar relacionada
à presença de planos de geminação, ou ocorrer como resposta à aplicação de
pressão. Ao contrário do que ocorre com a clivagem, alguns indivíduos de um
mesma espécie mineral podem não apresentar partição.

e) Fratura

Fratura é a maneira pela qual um mineral se rompe, quando isto não


ocorre ao longo de superfícies de clivagem ou partição. Ao estudar as fraturas
em um mineral, o estilo de fraturamento é uma observação importante a ser
feita. Isto porque alguns minerais apresentam estilos de fraturamentos
característicos, o que pode auxiliar na sua identificação. Utilizam-se os
seguintes termos para designar os tipos de fratura:

 Conchoidal – fratura com as superfícies lisas e curvas, semelhante à


superfície interna de uma concha. É observada principalmente em quartzo e
vidro vulcânico (obsidiana). Ocorre também em muitos minerais não metálicos
(berilo, turmalina, etc).

 Serrilhada – quando o mineral se rompe segundo uma superfície denteada,


irregular, com bordas cortantes.

 Fibrosa ou estilhaçada – quando o mineral se rompe formando estilhaços ou


fibras.

 Desigual ou Irregular – quando o mineral se rompe formando superfícies


rugosas e irregulares.
f) Densidade

Densidade relativa (d), também conhecida como peso específico, é um


número que exprime a relação entre a massa e um volume igual de água a
4ºC, ou simplesmente a relação entre massa e volume de um mineral,
normalmente expressa em g/cm3. Se um mineral que tem uma densidade de
3,5g/cm3, significa que ele é 3,5 vezes mais pesado que o mesmo volume de
água. A densidade é uma propriedade muito útil na identificação de minerais.
Normalmente a densidade dos minerais metálicos é maior que a densidade dos
minerais não metálicos.

Mineral/Composição Metálico – d (g/cm3) Não metálico – d


(g/cm3)
Calaverita/AuTe2 9,10 a 9,40 -----
Ferberita/FeWO4 7,51 -----
Scheelita/CaWO4 6,0 -----
Calcita/CaCO3 ----- 2,72
Quartzo /SiO2 ----- 2,60

Tabela 4 – Comparação entre densidades de minerais metálicos e não metálicos

A densidade relativa de uma substância - d (relação entre massa e


volume) depende basicamente dos seguintes fatores:
 Da espécie de átomos de que é constituída. A presença de certos cátions
pode alterar a densidade de minerais.
Mineral Fórmula Peso Atômico do Densidade
Química Cátion Relativa
do Mineral
Aragonita CaCO3 40,08 2,95
Estroncianita SrCO3 87,63 3,70
Witherita BaCO3 137,36 4,30
Cerussita PbCO3 207,21 6,55

Tabela 5 - Mudança na densidade de minerais causadas pela mudança de


cátions
 Da maneira pela qual os átomos estão arranjados.

 Pressão.

 Temperatura.

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