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Manuel Meireles
Cap. 2
Entradas e saídas de Caixa
2.1- Objetivos de aprendizagem
São objetivos do presente capítulo capacitar o leitor a:
1. Entender a diferença entre maximizar lucro e maximizar riqueza;
2. Determinar o lote econômico de compra que maximiza a rentabilidade;
3. Fazer uma introdução ao Fluxo de Caixa.
2.2-Conceito de maximizar a riqueza
Retomamos aqui o Caso da Adega do Miro que ilustra o conceito de maximização da
riqueza que é o objetivo de Finanças.
No exemplo dado no capítulo anterior Miro e Portuga vendiam 1000 cervejas em
garrafa, cada um. Ambos compravam as cervejas em Osasco a $0,95 e as revendiam a
$1,15. O curioso da história é que o Portuga ia 4 vezes a Osasco, trazendo de cada vez 250
garrafas enquanto que o Miro comprava logo 1000 de uma vez. Para ambos o custo de ir
buscar as garrafas em Osasco era o mesmo: $3,80 de pedágio, $3,60 de combustível,
$12,50 de mão de obra e encargos e $3,10 de outras coisas: óleo, seguro, pneus, etc. No
total, cada viagem para buscar 250 ou 1000 cervejas custava o mesmo: $23,00.
Vendendo cada um 1000 garrafas por mês, cada um lucra $200,00.
O Miro tem de descontar destes $200,00 o custo de uma viagem a Osasco: $200,00
$23,00= $177,00. O lucro líquido do Miro é de $177,00 com as cervejas.
Já o Portuga vai a Osasco 4 vezes durante o mês. O lucro bruto do Portuga é,
portanto: $200,00 (4 x $23) = $108,00.
Uma síntese é feita na tabela abaixo
Miro Portuga
Venda de cervejas / mês 1000 1000
Lucro em cada cerveja $0.20 $0.20
Lucro bruto c/ a venda das 1000 cervejas $200.00 $200.00
Quantidade de viagens para "ir buscar" 1 4
Custo "pedir" as cervejas (custo das viagens) $23.00 $92.00
Lucro líquido c/ a venda das 1000 cervejas $177.00 $108.00
A política de compras do Miro maximiza o lucro.
Entretanto a função de Finanças não é maximizar o lucro, mas sim a riqueza: e isto
quer dizer aumentar o valor de cada cota ou de cada ação.
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1000
t
250
t
A figura acima mostra o nível de estoques: no caso superior, a política de Miro, que
compra 1000 garrafas de uma vez; no caso inferior a política do Portuga que compra 250
garrafas por vez.
Para comprar as 1000 garrafas, cada uma a $0,95 ele necessita de um capital social
de $950; já o portuga, para comprar 250 garrafas a $0.95 cada uma necessita apenas de
$237,50.
Admitase que cada um constitui uma empresa, sendo o capital social dividido em 10
cotas. A tabela abaixo mostra a evolução de cada cota no caso do Miro e no caso do
Portuga.
Miro Portuga
Capital inicial $950.00 $237.50
Valor de cada uma das 10 cotas $95.00 $23.75
Lucro líquido ao fim do primeiro mês $177.00 $108.00
Capital inicial + lucros acumulados $1,127.00 $345.50
Valor de cada uma das 10 cotas $112.70 $34.55
Variação patrimonial de cada cota 18.63% 45.47%
Ao final do primeiro mês a variação das cotas do Portuga foi de 45,47% contra
18,63% do Miro.
Podese afirmar que o Portuga cumpre o papel de Finanças que é maximizar a
riqueza.
A fórmula para calcular o lote econômico que maximiza a riqueza é a seguinte:
2 * Cp
L max im =
V - C
onde Cp é o custo de pedir.
No caso acima o Portuga calculou o lote de compra que maximiza a rentabilidade:
2 * Cp 2 * 23 46
L max im = = = = 230
V - C 1 . 15 - 0 . 95 0 . 20
Observar que o Portuga fez um arredondamento.
2.3-I ntrodução ao fluxo de caixa
O fluxo de caixa é imprescindível para o bom desenvolvimento de uma empresa,
Gitman (2004, p.82) afirmou o seguinte: “O fluxo de caixa, o sangue da empresa”. Com
esta afirmação Gitman quer demonstrar a grande importância do Fluxo de Caixa, pois este
fornece aos profissionais as ferramentas para tomada de decisões.
Gitman (2004, p. 87) ilustra “os fluxos de caixa da empresa” conforme mostrado na
figura 2.1. Vamos estudar essa figura que ajudará a entender por que motivo o fluxo de
caixa é o fluxo de sangue da empresa.
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Fonte: Gitman (2004, p. 87)
Concentremonos na parte central da figura, que é designada por Caixa e títulos
negociáveis. Caixa compreende o dinheiro em caixa e os depósitos à ordem (depósitos em
Banco) além dos investimentos a curto prazo. Os investimentos a curto prazo são
altamente líquidos, isdto é, são facilmente convertidos em dinheito. Chamamse
equivalentes de caixa os investimentos que sejam prontamente conversíveis para
quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de
alterações de valor.
Quais as entradas de Caixa? Olhando a figura 2.1 e o núcleo de Caixa no sentido
horário, vamos que as entradas de caixa são:
1.Vendas de A tivo fixoÔ: Ativo Fixo possui como sinônimo a expressão Ativo
Imobilizado. São iItens que dificilmente se transformarão em dinheiro. Ativo Imobilizado é
representado pelos direitos que tenham por objeto os bens destinados à manutenção das
atividades da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade
industrial ou comercial. Exemplo: Computadores, Imóveis, Moveis e Utensílios, Veículos,
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4.Venda de ações própriasÔ: neste caso entra dinheito em Caixa oriundo dos
próprios acionaistas que compram ações da empresa. Observar que só entra dinheiro em
caixa nos casos de subscrição de ações pelos acionistas.
5.Cobrança de vendas a créditoÔ: é o valor que entra em Caixa decorrente de
vendas parceladas. Por exemplo, a empresa pode adotar uma Política de Vendas: 10% a
vista, 40% para 30 dias e 50% para 60 dias. Quer isto dizer que uma venda efetuada em
janeiro, será recebida parte no ato, parte 30 dias depois e o restante 60 dias depois. O
quadro mostrado abaixo ilustra a escrituração de um caso de venda segundo esta política
de vendas.
Ativo
Caixa Duplicatas a Receber
50 450
Mercadorias
500
6.Vendas à vistaÔ dependendo da política de vendas pode expressar um valor
significativo. As entradas em Caixa decorrentes de vendas (à vista ou parceladas) são as
mais expressivas para a maioria das empresas.
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7.Restituição de impostosÔ também pode representar uma entrada esporádica de
valores em caixa.
Quais as saídas de Caixa? Olhando a figura 2.1 e o núcleo de Caixa no sentido
horário, vamos que as saídas de caixa são:
8.Compras de ativo fixo#: Neste caso sai de dinheiro de Caixa, de Bancos ou de
Investimentos a Curto Prazo para pagamento de bens necessários à operação da empresa
tais como Imóveis, Moveis e Utensílios, Veículos, Instalações, etc.
9.Compras de participação#: Referese à saída de caixa devido à realização de
investimentos em outras empresas. Por exemplo, a Gazeta Mercantil de 06/07/2009
noticiava que a Vale está discutindo a compra de participação adicional na Thyssenkrupp
CSA Siderúrgica do Atlântico (CSA), onde é acionista minoritária. A CSA está construindo
uma unidade integrada para produção de placas de aço no Estado do Rio de Janeiro. "A
discussão se dá em função da necessidade de garantir a conclusão do projeto e sua entrada
em operação sem mais atrasos, bem como assegurar a plena utilização dos ativos de
acordo com as oportunidades de mercado", informou a Vale em comunicado. No
documento, a mineradora não informa de quanto seria esse aumento de participação. De
acordo com o executivochefe da Thyssenkrupp, Ekkehard Schulz, a Vale quer aumentar de
10% para 30% sua participação no projeto, orçado em US$ 6,3 bilhões. O executivo disse
que as empresas estão perto de um acordo sobre o valor da participação da Vale e a
negociação deve ser finalizada em setembro. A produção da usina siderúrgica tem início
previsto para o começo do ano que vem.
10.Restituição de empréstimos ou de financiamentos# realizados. Neste caso o
valor é sempre maior do que o tomado pois inclui juros.
11.Recompra de ações#: A recompra de ações é uma operação na qual a própria
empresa compra as próprias ações, isto é, compra os próprios papéis. É um tema abordado
de forma mais ampla no item 2.6.
12.P agamento de dividendos em dinheiro#: O pagamento de dividendos
representa uma distribuição proporcional dos lucros. O dividendo é a fração dos lucros da
empresa que é distribuída aos seus accionistas. Normalmente, sempre que uma empresa
obtém lucros num determinado exercício, decide distribuir, no ano seguinte, uma parte
destes aos detentores de acções. O montante distribuído é proposto pelo Conselho de
Administração e aprovado pela Assembleia Geral, sendo pago habitualmente numa base
anual. Para os accionistas, o dividendo constitui uma importante fonte de rentabilidade,
para além da valorização do preço do título. O dividendo líquido corresponde à remuneração
já descontando o imposto a pagar pelo investidor.
13.P agamento de imposto de renda#: No Brasil as empresas, Pessoas Jurídicas,
pagam Imposto sobre o lucro auferido. O responsável pela empresa deve estudar se deve
pagar o imposto de renda sobre o lucro real ou sobre o lucro presumido. Ver item 2.9.
A tributação do lucro real, no Brasil remonta ao Império: Segundo Marque (1995 p.
58) no segundo Império em 1843, aconteceu à primeira tentativa de tributarse a renda no
Brasil, através da edição da Lei 317 de 21 de outubro de 1843, dentro do orçamento do
Império. Em seu artigo 31, a Lei 4625/22 estabelecia: “ Fica instituído imposto sobre a
renda, que será devido anualmente, por toda pessoa, física ou jurídica, residente do
território do país, e incidirá em cada caso, sobre o conjunto líquido dos rendimentos de
qualquer origem”.
Segundo Camargo (1997 p. 105) “O Imposto de Renda tem sua origem na Lei 4625
de 31 de dezembro de 1922, que orçou a receita geral da República para o exercício de
1923, é o tributo de maior importância não só no tocante ao volume de arrecadação, mas
também, como um poderoso instrumento do qual o Governo procura promover a melhor
distribuição de renda no país, bem como o desenvolvimento econômico de determinadas
regiões geográficas e de determinadas atividades econômicas, através de programas de
incentivos fiscais”.
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O Lucro P resumido surgiu em 1943 através do Decreto Lei 5844 de 23 de
setembro de 1943 (era presidente Getúlio Vargas) que facultava às pessoas jurídicas, salvo
as sociedades por ações e as por quotas de responsabilidade limitada, optar pela tributação
do Imposto de Renda baseada no Lucro Presumido;
Para efeito do imposto sobre o Lucro Real, as pessoas jurídicas ficam obrigadas a
escriturar seus livros na forma estabelecida pela legislação comercial, em idioma do país e
de modo que demonstre, anualmente o resultado de suas atividades no território nacional.
14.P agamento de despesas operacionais # . Saídas de Caixa servem para fazer o
pagamento de despesas operacionais. São operacionais as despesas não computadas nos
custos, necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora.
As despesas operacionais admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações,
operações ou atividades da empresa, entendendose como necessárias as pagas ou
incorridas para a realização das transações ou operações exigidas pela atividade da
empresa (RIR/1999, art. 299 e seus §§ e PN CST no 32, de 1981) 1 . No Brasil, as despesas
financeiras também estão incluídas entre as despesas operacionais, o que não ocorre na
maioria dos demais países, onde elas estão abaixo da linha de resultado operacional.
Embora o esquema da figura 2.1 indique saída de Caixa para pagamento de
depreciação, isso na verdade não ocorre. Por depreciação podemos entender como sendo
o custo ou a despesa decorrentes do desgaste ou da obsolescência dos ativos imobilizados
(máquinas, veículos, móveis, imóveis e instalações) da empresa. Ao longo do tempo, com a
obsolescência natural ou desgaste com uso na produção, os ativos vão perdendo valor, essa
perda de valor é apropriada pela contabilidade periodicamente até que esse ativo tenha
valor reduzido a zero. A depreciação do ativo imobilizado diretamente empregado na
produção, será alocada como custo, por sua vez, os ativos que não forem usados
diretamente na produção, terão suas depreciações contabilizadas como despesa.Em termos
contábeis, o cálculo da depreciação deverá obedecer aos critérios determinados pelo
governo, através da Secretaria da Receita Federal, art. 305 do RIR/99, que estipula o prazo
de 10 anos para depreciarmos as máquinas, 5 anos para veículos, 10 anos para móveis e
25 anos para os imóveis.
15.P agamento de despesas gerais # : São saídas de caixa aquelas destinadas a
pagar despesas gerais. Muitas empresas, na hora de efetivar sua contabilidade mensal têm
uma dificuldade em diferenciar o que foi custo e o que foi despesa no seu processo
produtivo. Esses dois conceitos fazem parte de um conceito mais amplo que é os dos gastos
de uma empresa. Segundo Martins(1990) gasto é “o sacrifício financeiro com que a
entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse
representado por entrega ou promessa de entregas de ativos (normalmente dinheiro).”
Portanto, são gastos: compras de matérias primas para a realização de um produto ou
serviço; pagamento de mãodeobra; compras de mobílias para a empresa, entre outros.
Mas entre tantos gastos que uma empresa possui quais podem ser considerados custos e
quais podem ser considerados despesas?
Martins (1990) 2 afirma: Custo pode ser compreendido como o gasto relativo a bem
ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. O custo é também um gasto,
só que reconhecido como tal, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e
serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço (Martins, E, 1990).
Por exemplo, folha de testes psicológicos para uma avaliação psicológica é considerada um
custo deste serviço. Despesa é o bem ou serviço consumidos direta ou indiretamente para
a obtenção de receitas. São os gastos necessários para obtenção de um lucro. Geralmente,
são os gastos administrativos de um empresa. Em uma empresa de consultoria os gastos
com energia elétrica, por exemplo, podem ser considerados como uma despesa.
1
Disponível no site da Receita Federal: http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2005/PergResp2005/pr335a347.htm
2
MARTINS,E. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1990.
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16.P agamento de compras a crédito # : são saídas para pagar geralmente
matérias primas adquiridas a prazo.
17.P agamento de salários # referente à mãodeobra direta e mãodeobra
indireta. Os gastos com mãodeobra direta (MOD) referemse aos gastos com funcionários
que estão diretamente relacionados com as atividades de produção da empresa. São
excluídos da MOD os salários referentes a funcionários da área administrativa, de vendas,
etc. Mãodeobra indireta: é representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares nas
indústrias ou prestadores de serviços e que não são mensuráveis em nenhum produto ou
serviço executado, como a mão de obra de supervisores, controle de qualidade, etc.
2.4-Equivalentes de caixa
No mercado, existem várias opções para a empresa que podem ser considerados
“equivalentes de caixa”. CDB, fundo Curto Prazo e o fundo DI.
Os CDBs têm a vantagem de que o Governo assegura, através do Fundo Garantidor
de Crédito (FGC), a restituição de até R$ 20 mil, por CPF, em caso de falência da instituição.
Em conta conjunta, o valor é dobrado por estar ligado a dois CPFs. Se a empresa precisar
investir mais do que isso, deve dividir suas aplicações em diversas instituições.
A segurança dos fundos DI está em sua carteira composta, na maioria, por títulos de
renda fixa considerados de baixo risco e com rentabilidade pósfixada que acompanham a
variação do CDI (Certificado de Depósito Interbancário, que reflete o custo do dinheiro
transacionado entre os bancos), e conseqüentemente a Selic. Por isso, eles são
considerados seguros.
Já os fundos de Curto Prazo têm esse nome porque a carteira tem prazo médio de 60
dias. Por isso, tendem a oscilar menos. A carteira é composta por títulos públicos pós
fixados ou privados com pequena possibilidade de não serem honrados.
Todas as aplicações que aqui consideramos seguras são influenciadas pelos juros da
economia (taxa Selic), pois uma alteração neles faz com que se altere o custo do dinheiro
nas transações interbancárias. Assim, todas as aplicações de alguma forma têm como base
o CDI. Por exemplo os fundos DI têm 95% da sua carteira vinculados ao CDI; a
remuneração dos CDBs sempre segue algum percentual do CDI.
Como o CDB é uma aplicação com remuneração negociável, é possível ter uma
remuneração mais elevada quanto maior for o montante aplicado. Logo, sempre tente
negociar. O CDB prefixado define no momento da aplicação o percentual de remuneração de
seu investimento.
Nos fundos DI, o segredo da rentabilidade está em prever de forma precisa a
movimentação dos juros. No caso dos fundos Curto Prazo, nossa análise mostra que a sua
remuneração é inferior à dos DI, ainda que próxima.
2.5-Atividades práticas
P rática 01
O lote econômico de compra que maximiza a rentabilidade é dado pela fórmula
2 * Cp
L max im = .
V - C
O lote econômico de compra que maximiza o lucro é dado por
2 * Cp * D
LEC =
Ce
Onde Cp é o custo de pedir; D é a demanda anual; e Ce é o custo de manter uma unidade
estocada durante o ano.
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Admitase que uma empresa compra um determinado produto por $2,00 e o vende por
$3,00. A empresa tem uma procura anual de 120.000 itens. Admitase que o custo total de
estocar uma unidade/ano é de $0,20. O custo de pedir é de $500.
P rática 02
Considerando o resultado do exercício anterior, calcule o lucro e a variação de riqueza de
cada alternativa.
Qual a opção mais lucrativa?
Qual a opção que maximizou a riqueza?
Qual é o objetivo de Finanças?
Qual delas está coerente com tal objetivo?
Respostas
Prática 01:
Lote que maximiza a riqueza:
2 * Cp 2 * 500 1000
L max im = = = = 1000 . Se a empresa demanda 120000 itens/ano então
V - C 3 - 2 1
deve fazer 120 compras/ano ou 10 compras por mês.
Lote que maximiza o lucro:
2 * Cp * D 2 * 500 * 120000 120000000
LEC = = = = 600000000 = 244974 @ 25000
Ce 0 . 2 0 , 2
Se a empresa demanda 120000 unidades/ano e de cada vez compra 25000, então ela deve
fazer 4.8 pedidos/ano.
Prática 2:
Lmax LEC
1 Capital inicial
2 Alternativa (max Riqeza) 1000 itens cada um a $2 2000.00
3 Alternativa (max lucro) 25000 itens cada um a $2 50000.00
4 Valor de cada uma das 10 cotas 200.00 5000.00
5 Lucro bruto (venda de 120000 unidades/ano) 120000.00 120000.00
6 Custo de pedir
7 Alternativa (max Riqeza) 12 pedidos a $500 $ 60000.00
8 Alternativa (max lucro) 4,8 pedidos/ano $ 2400.00
9 Custo de manter em estoque
10 Alt. Max. Riqueza: estoque médio = 500 (custo =$0,20) 100.00
11 Alt. Max. Lucro: estoque médio = 12500 (custo =$0,20) 2500.00
12 Lucro líquido 180100.00 124900.00
13 Capital inicial + lucros acumulados 182100.00 174900.00
14 Valor de cada uma das 10 cotas $ 18210.00 17490.00
15 Variação patrimonial de cada cota % 9005.00 249.80
Temos duas alternativas. Utilizar a fórmula que maximiza a riqueza (coluna Lmax) ou a
fórmula que maximiza o lucro e que compra com base no Lote Econômico de Compra
(coluna LEC).
A alternativa Lmax faz 120 compras/ano e compra de cada vez 1000 unidades
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A alternativa LEC faz 4,8 compras por ano e compra de cada vez 25000 unidades
Vamos analisar as conseqüências destas alternativas tendo em mente a planilha
acima.
Capital inicial: linhas 1, 2 e 3
Para quem opera Lmax precisa comprar apenas 1000 unidades e necessita de $2000
Para quem opera LEC precisa comprar 25000 unidades e necessita de $50000
Valor de cada cota: linha 4. Supõese que o capital está dividido em 10 cotas
Lucro bruto: linha 5. Cada unidade gera um lucro bruto de $1,00. Para qualquer uma das
alternativas o lucro bruto é de $120.000,00 pela venda de 120.000 unidades no anão.
Custo de pedir: linhas 6,7 e 8.
Para a alternativa Lmax são 120 pedidos, cada um a um custo de $500. O custo total
é de $60.000,00.
Para a alternativa LEC em média são 4,8 pedidos/ano a $500, cada um, o que dá um
custo total de $2400,00
Custo de manter em estoque: linhas 9,10, 11
Na alternativa Lmax a compra é de 1000 unidades. Quando o estoque acaba é feita
nova compra de 1000 unidades. Podese dizer que neste caso o estoque médio é de 500
unidades. Se cada unidade custa $0,20 para ser mantida em estoque, o custo de estocar é
de $100,00
Na alternativa LEC se compra de cada vez 25.000 unidades. Quando o estoque acaba
é feita nova compra de 25000 unidades. Podese dizer que neste caso o estoque médio é de
12500 unidades. Se cada unidade custa $0,20 para ser mantida em estoque, o custo de
estocar é de 12500 x $0,20= $2.500,00
Lucro líquido: Linha 12. É igual ao lucro bruto menos o custo de pedir e menos o custo de
estocar.
Capital inicial mais lucros acumulados equivale ao capital inicial mais o lucro líquido
Valor de cada uma 10 cotas é o valor de cada cota ao término do exercício.
Valor de cada uma das 10 cotas Lmax 200.00 5000.00
Valor de cada uma das 10 cotas LEC 18210.00 17490.00
O patrimônio da alternativa Lmax variou 9005% enquanto a da alternativa LEC variou cerca
de 250%.
Respondendo às questões:
Qual a opção mais lucrativa? A LEC
Qual a opção que maximizou a riqueza? A Lmax
Qual é o objetivo de Finanças? Maximizar a riqueza
Qual delas está coerente com tal objetivo? A Lmax.