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SAUTCHUK, Carlos Emanuel.

Os antropólogos e a domesticação: derivações e


ressurgências de um conceito. In: Políticas etnográficas no campo da ciência e das
tecnologias da vida, orgs. Rifiotis e Segata. Porto Alegre: ABA Publicações, 2018.

- Descola: a natureza é domesticada a partir do momento que o imaginário humano a


socializa, ampliando justamente os limites do que é social e até onde a natureza
adentra a vida humana. Segue a ideia de Haudricourt, isto é, a natureza é tratada como
é tratado o Outro. Nos anos 90 ele trata domesticação como o controle da reprodução,
algo que o opor o amansamento ameríndio da criação animal europeia.
- Ingold: ver Sautchuk e Stoeckli, 2012. Faz questionar o que é ser animal e o que é ser
humano.
- O valor do termo na antropologia é justamente sua maleabilidade e sua maleabilidade
é reflexo justamente da variação de processos que são registrados etnograficamente
(poder heurístico)
- Controle (assimetria de domínio) x Relação recíproca
- Mas afinal, o que é benefício e como se mede?
- Mesmo que haja um direcionamento atual à simetria e reciprocidade a definição
“domesticação” permanece, afinal o amplo leque de experiências entre humanos e
não-humanos excede a dualidade domesticado/selvagem
- Atacar justamente a assimetria dessa dualidade acima. O selvagem parece se figurar
como o não-elaborado, mesmo em seu próprio conceito. Qua a aproximação entre
“selvagem” e “anti-domesticado”? Faz sentido pensar esse segundo justamente no
particípio? Pensamos que não, de modo que o particípio em si instaura um polo ativo
(geralmente humano) e outro passivo (não-humano). A ideia de questionar a
domesticação com a anti-domesticação é pensar nas relações gerais, nos “fatos sociais
totais”, de modo que devemos extrapolar os termos e focar as variadas interações (o
que pode levar ao ethos).
- Digard: Continuum de relações possíveis, isto é, ações domesticatórias (processos em
sistemas domesticatórios). Sincronia e “cadeia comportamental”; diacronia e
domesticações e feralizações (economia dos fluxos relacionais). Situações híbridas,
casos-limite (entre os supostos pólos, e.g. caçar e criar; gestão de território e caça).
Relevância dos subtipos (cativo, amansado, solto etc.) e das formas de agrupamento, o
que remete a buscar qual a peça de análise efetiva nos casos de animais gregários
(como é bem o caso dos cardumes de tainhas)
- Sigaut: Sentidos e usos do animal não tem a ver diretamente com sua unidade
zoológica, senão com os produtos (emergentes da prática e não preexistentes como se
poderia pensar com a perspectiva de mercado de futuros) da relação interespecífica.
As categorias de povos por meio das formas domesticatórias clássicas acaba unindo
práticas e usos distintos, como no exemplo de criar boi para comer e criar boi para
tomar leite.
- Haudricourt: As relações que existem com a natureza e com a sociedade são do
mesmo tipo sem que haja uma derivadora e outra derivada. Há padrões de relações
(seria, mais uma vez o ethos?). Interações como diálogos diretos com o potencial de
ação de animais e plantas.
- Em sua tese Ingold aponta que não há vínculo direto necessário entre expansão
capitalista e reforço da domesticação de domínio, sendo que no caso das renas o que
aconteceu foi uma transformação do pastoralismo à prática similar à caça.
- Em Hunters, pastoralists and racnhers Ingold distingue três formas de relação
produtiva (não utilitárias apenas): amansamento (familiarização sem implicar
propriedade), arrebanhamento (propriedade sem implicar controle reprodutivo ou
amansamento) e controle de reprodução (domesticação morfológica, sem implicar
propriedade e/ou amansamento). O que existe são articulações complexas dessas
formas.
- Descola diz que o animismo faz com que não faça sentido dominar domesticamente
os animais amazônicos, ao passo que Willerslev diz que justamente o animismo
justifica a domesticação dos animais sibérios.
- Contra o reforço das distinções entre forrageio e criação, evitando o cunho
evolucionista

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