LA REVOLUCIÓN E N EL PAPEL

EL P A T R O N A T O DE L A H I S T O R I A de S o n o r a , b a j o los auspicios
d e l g o b i e r n o de S o n o r a y de l a U n i v e r s i d a d d e l E s t a d o , y b a j o
la dirección del licenciado M a n u e l González Ramírez, ha
l o g r a d o l a p u b l i c a c i ó n de u n v o l u m e n q u e es e l p r i m e r o de
l o s que v a n a f o r m a r las F u e n t e s p a r a la historia d e la Revo-
lución mexicana. Ese primer tomo, titulado P l a n e s políticos
y o t r o s d o c u m e n t o s , c o n t i e n e los planes m e d u l a r e s d e l m o v i -
m i e n t o r e v o l u c i o n a r i o , precedidos de u n interesante estudio
del licenciado González R a m í r e z i n t i t u l a d o " L a Revolución
y e l sentido de los p l a n e s " . *
La p u b l i c a c i ó n d e tales d o c u m e n t o s h a t e n i d o p o r base
u n a investigación l o más e x h a u s t i v a q u e p e r m i t í a n las p o s i b i -
lidades. Q u i z á se h a y a escapado a l g ú n d o c u m e n t o o c u l t o e n
u n a r c h i v o p a r t i c u l a r o en a l g u n a b i b l i o t e c a desconocida, p e r o
estamos ciertos de q u e l o p r i n c i p a l h a q u e d a d o i n c l u i d o e n e l
volumen. La selección se h a hecho s i n e l m e n o r espíritu
de sectarismo; se h a g u i a d o sólo p o r e l a n h e l o de q u e los
interesados e n l a h i s t o r i a de l a R e v o l u c i ó n m e x i c a n a tengan
e n sus m a n o s las fuentes necesarias p a r a su t r a b a j o . Algunos
d o c u m e n t o s y a e r a n c o n o c i d o s ; otros, e n c a m b i o , p u e d e n c o n -
siderarse c o m o u n v e r d a d e r o h a l l a z g o , p o r e j e m p l o e l P l a n
de T a c u b a y a , d e l c u a l sólo se t e n í a n extractos o alusiones, o
e l Pacto de X o c h i m i l c o , v e r s i ó n t a q u i g r á f i c a de l a e n t r e v i s t a
preliminar que c e l e b r a r o n los generales V i l l a y Z a p a t a en
X o c h i m i l c o e l 4 de d i c i e m b r e de 1914.
Un a t i n a d o e s t u d i o h a m o s t r a d o q u e entre los m u c h o s p l a -
nes políticos de l a R e v o l u c i ó n h a y c i n c o de m a y o r i m p o r t a n -
c i a , en t o r n o a los cuales se a g r u p a n g r a n n ú m e r o de planes
secundarios. Esos c i n c o p l a n e s s o n : 1) e l P r o g r a m a d e l P a r -
tido Liberal (1906) ; 2) e l P l a n de S a n L u i s Potosí (1910),

* F u e n t e s p a r a l a h i s t o r i a d e l a Revolución m e x i c a n a . Tomo 1: P l a -
n e s políticos y o t r o s d o c u m e n t o s . Prólogo de Manuel González Ramírez.
Fondo de Cultura Económica, México, 1954; lxxiii + 353 pp. + 51
ilustraciones.
100 .•I.Y.-l MARÍA M A Y O R A L

t o q u e decisivo e n l a iniciación de l a l u c h a a r m a d a c o n t r a
P o r f i r i o D í a z ; 3) e l P l a n de A y a l a (1911) ; 4 ) e l P l a n de G u a -
d a l u p e (1913), y 5 ) e l P l a n de A g u a P r i e t a (1920). T o d o s
ellos o r i g i n a r o n luchas sangrientas y sectarismos, y d i e r o n l u -
g a r a b u e n n ú m e r o de planes políticos q u e a f i r m a b a n , refor-
m a b a n , a d i c i o n a b a n o r a t i f i c a b a n sus ideas y e n n o pocas
ocasiones las atacaban. C o n e l P l a n de S a n L u i s Potosí se
r e l a c i o n a , p o r e j e m p l o , u n a interesante p r o c l a m a de M a d e r o
d i r i g i d a a l E j é r c i t o L i b e r t a d o r , d o n d e se e x h o r t a a los m i l i -
tares a secundar e l m o v i m i e n t o r e v o l u c i o n a r i o y apartarse d e l
g o b i e r n o t i r á n i c o , e m p e ñ a d o e n sostener e n l a vicepresidencia
a R a m ó n C o r r a l . C o n e l m i s m o P l a n se r e l a c i o n a n i g u a l -
m e n t e u n a serie de planes r e v o l u c i o n a r i o s q u e defienden p r i n -
c i p i o s análogos (como e l redactado e n C a b o r c a e l 10 de a b r i l
de .1911) y otros que p r e c o n i z a n ideas c o n t r a r r e v o l u c i o n a r i a s
o q u e se m u e s t r a n impacientes p o r v e r realizados los ofreci-
m i e n t o s d e los c a u d i l l o s aníi-porfiristas, c o m o l a carta q u e
u n g r u p o d e defensores de l a R e v o l u c i ó n d i r i g i ó a l doctor
F r a n c i s c o V á z q u e z G ó m e z , o e l " P l a n de T a c u b a y a " (31 de
o c t u b r e de 1911), o b i e n e l p l a n l a n z a d o p o r B e r n a r d o R e -
yes (16 de n o v i e m b r e de 1911) e n S o l e d a d de T a m a u l i p a s .
E s m u y i m p o r t a n t e e l P l a n político y social p r o c l a m a d o
p o r los Estados de G u e r r e r o , M i c h o a c á n , T l a x c a l a , C a m p e -
che, P u e b l a y e l D i s t r i t o F e d e r a l . E n é l , c o m o e n casi todos
los surgidos a l c a l o r d e l d e r r u m b e de l a d i c t a d u r a p o r f i r i s t a ,
l o m e d u l a r es e l d e s c o n o c i m i e n t o d e l g e n e r a l Díaz y de su ga-
b i n e t e y e l r e c o n o c i m i e n t o de M a d e r o c o m o presidente pro-
v i s i o n a l y jefe s u p r e m o de l a R e v o l u c i ó n . Se p r o c l a m a como
ley s u p r e m a l a C o n s t i t u c i ó n de 1857 y se aboga p o r e l voto
l i b r e y l a n o reelección; además, se establecen b u e n n ú m e r o
de p r i n c i p i o s e n beneficio de los i n d i o s . U n a vez más se ha-
b l a d e l a u m e n t o de jornales, d e l d í a de ocho horas, de l a
d i g n i f i c a c i ó n d e l o b r e r o , de l a d e v o l u c i ó n de tierras a sus anti-
guos p r o p i e t a r i o s , d e l r e p a r t o de tierras p a r a que sean trabaja-
das, cíe l a a b o l i c i ó n de los m o n o p o l i o s .
E n l o referente a l a cuestión a g r a r i a , e l l i b r o reseñado con-
tiene, a d e m á s d e l P l a n de A y a l a , las reformas y ratificaciones
q u e a él se h i c i e r o n . L o s editores h a n e n c o n t r a d o l a versión o r i -
 LA REVOLUCIÓN E N E L PAPEL IOI

g i n a l de ese p l a n , fechada e l 25 de n o v i e m b r e de 1911 y p u -

b l i c a d a el 15 de d i c i e m b r e d e l m i s m o año en el D i a r i o d e l
H o g a r . C o m p a r a n d o c o n este texto l a versión o f i c i a l d e l za-
patismo reproducida por G i l d a r d o Magaña en su o b r a E m i -
liano Zapata y el agrarismo en México (t. 2, p . 83), resulta
evidente que M a g a ñ a retocó e l d o c u m e n t o a su antojo.
E l P l a n de Santa R o s a sostiene e l l e m a " T i e r r a y j u s t i c i a " .
E l l i c e n c i a d o G o n z á l e z R a m í r e z nos dice de él, c o n m u c h o
t i n o (p. x x x i i i d e l estudio i n t r o d u c t o r i o ) : " C o n u n a breve-
d a d i m p r e s i o n a n t e se p r o n u n c i ó e n favor d e l c o m u n i s m o , de
u n c o m u n i s m o que g u a r d a b a cierta a n a l o g í a c o n el que siete
años más tarde c o m e n z a r í a a caracterizar el r é g i m e n de pro-
p i e d a d s o v i é t i c o . . . S e g ú n este p l a n , todos los mexicanos sólo
p o d í a m o s ser arrendatarios d e l E s t a d o , y éste u n p r o p i e t a r i o -
tan u n i v e r s a l q u e p r á c t i c a m e n t e sería d u e ñ o de t o d o . . . L a
d i f e r e n c i a sustancial entre E s t a d o y N a c i ó n e x p l i c a el a b i s m o
q u e f o r m a r o n los c o n j u r a d o s de Santa R o s a entre l o q u e se
p r o p u s i e r o n y l o q u e se estaba c o n s t i t u y e n d o p a t r i m o n i o ideo-
lógico de l a R e v o l u c i ó n . D e d o n d e ese abismo puede e x p l i c a r
l a n i n g u n a p r o m i n e n c i a d e l d o c u m e n t o en c u e s t i ó n . "
P a r a conocer l a l u c h a q u e los antiguos amigos de M a d e r o
e n t a b l a r o n c o n t r a él a l p o c o t i e m p o de s u b i r a l a p r e s i d e n c i a ,
el l i b r o nos ofrece, entre otros documentos, e l P a c t o de l a
E m p a c a d o r a y P l a n o r o z q u i s t a , escrito c o n todo a r d o r e n con-
tra de M a d e r o , los oficios d i r i g i d o s a l a C á m a r a de D i p u t a d o s
p o r G o n z a l o C . E n t i l e , jefe o r o z q u i s t a que p i d e el desconoci-
m i e n t o d e l g o b i e r n o de M a d e r o , y e l redactado p o r l a legis-
l a t i n a de C h i h u a h u a c o n l a m i s m a petición.
E n c u a n t o a l d e s c o n o c i m i e n t o de V i c t o r i a n o H u e r t a , a
m á s d e l P l a n de G u a d a l u p e , b a n d e r a que l l e v ó a l d e r r u m b e
del h u e r t i s m o , e l l i b r o c o n t i e n e las adiciones que e n diferen-
tes lugares de l a R e p ú b l i c a se le h i c i e r o n , c o n j u n t o de de-
cretos, referentes unos a l r e p a r t o de t i e r r a , otros a los terrenos
petrolíferos, c o m o e l e x p e d i d o en V e r a c r u z p o r el g o b e r n a d o r
y c o m a n d a n t e m i l i t a r g e n e r a l C á n d i d o A g u i l a r , el 3 de agosto
de 1914. E l 10 de agosto d e l m i s m o a ñ o e l g o b e r n a d o r de
Aguascalientes l a n z ó u n decreto r e l a t i v o a l descanso s e m a n a l
o b l i g a t o r i o y a l a d u r a c i ó n de l a j o r n a d a de trabajo. O t r o s
102 ANA MARÍA M A Y O R A L

decretos se r e l a c i o n a n c o n l a a b o l i c i ó n de las deudas de los

peones, las mejoras de l a situación d e l p r o l e t a r i a d o r u r a l , e l
s a l a r i o m í n i m o y el p a t r i m o n i o f a m i l i a r ; todos ellos nos de-
m u e s t r a n e l l u g a r p r i m o r d i a l q u e se concedía a l h o m b r e y a
l a c o n q u i s t a de sus derechos.
E n V e r a c r u z , e l 7 de d i c i e m b r e de 1923, d o n A d o l f o de l a
H u e r t a l a n z a u n manifiesto en q u e ataca a l general A l v a r o
O b r e g ó n y sostiene p r i n c i p i o s referentes a l respeto absoluto
a l a v i d a , l a l i b e r t a d y l a p r o p i e d a d de todos los habitantes
n a c i o n a l e s y extranjeros, y u n a vez m á s h a b l a d e l sufragio
c o m o de algo i n d i s p e n s a b l e p a r a g a r a n t i z a r p o r siempre l a
s o b e r a n í a d e l p u e b l o . A d e l a n t á n d o s e a l g u n o s años, p r o p o n e
q u e se o t o r g u e e l sufragio a l a m u j e r . L o fundamental del
P l a n es e l d e s c o n o c i m i e n t o d e l P o d e r E j e c u t i v o de l a U n i ó n
y de los gobernadores de los Estados y representantes d e l
C o n g r e s o de l a U n i ó n q u e secunden l a l a b o r i m p o s i c i o n i s t a
d e l presidente de l a R e p ú b l i c a .
N o s ó l o l a l u c h a de facciones políticas e n a r d e c í a los áni-
mos d u r a n t e esta época (1920-1926), sino t a m b i é n l a secular
x e n o f o b i a , q u e p r o v o c ó ataques directos c o n t r a los españoles
residentes en México; el Plan del Veladero (6 de mayo
de 1926) p r o p u g n a b a la reintegración económica mexicana
h a c i e n d o a l u s i ó n a planes y decretos de 1821.
E n c o n t r a d e l general P l u t a r c o E l i a s C a l l e s , y como conse-
c u e n c i a d e l r o m p i m i e n t o entre l a Iglesia y e l poder c i v i l , apa-
r e c i ó e n los A l t o s de J a l i s c o u n m a n i f i e s t o suscrito p o r e l
g e n e r a l de d i v i s i ó n E n r i q u e G o r o s t i e t a , i m p o r t a n t e d o c u m e n -
to p a r a conocer ese c o n f l i c t o r e l i g i o s o q u e d u r a n t e cerca de
tres años m a n t u v o a l país e n constante zozobra.
Se i b a h a c i e n d o costumbre en n u e s t r a h i s t o r i a q u e un
p l a n p o l í t i c o i n i c i a r a el d e r r o c a m i e n t o de a l g ú n g o b e r n a n t e ;
así, e n el a ñ o de 1929 e l P l a n de H e r m o s i l l o p r o p o n e e l des-
c o n o c i m i e n t o d e l presidente E m i l i o Portes G i l y de los go-
b e r n a d o r e s , d i p u t a d o s y magistrados de las distintas entidades
federativas, y reconoce c o m o jefe s u p r e m o d e l m o v i m i e n t o a l
g e n e r a l de d i v i s i ó n J o s é G o n z a l o Escobar. C o n posterioridad
apareció el documento que reclamaba para el licenciado José
 LA REVOLUCIÓN E N E L PAPEL 103

V a s c o n c e l o s l a p r e s i d e n c i a de l a R e p ú b l i c a y l o declaraba úni-
c a a u t o r i d a d legítima.
P a r a e l a ñ o de 1938 s u r g i ó u n m o v i m i e n t o q u e desconocía
a l a administración del general Lázaro Cárdenas y n o m b r a b a
jefe a l general S a t u r n i n o C e d i l l o . Desde luego, e l a l z a m i e n t o
se d i o a conocer p o r m e d i o de u n m a n i f i e s t o , lanzado p o r e l
gobernador d e l E s t a d o de S a n Luis Potosí, c o r o n e l M a t e o
Hernández Netro. S i n e m b a r g o , e n esa é p o c a ya los planes
p o l í t i c o s h a b í a n p e r d i d o fuerza c o m o medios p a r a derrocar
gobiernos; e l país estaba cansado de tantos levantamientos.
A d e m á s , los c a u d i l l o s y en g e n e r a l los grandes personajes ha-
b í a n pasado a o c u p a r u n l u g a r s e c u n d a r i o , m i e n t r a s las refor-
m a s político-sociales se e n c o n t r a b a n en e l p r i m e r p l a n o d e l
e s p í r i t u y e l esfuerzo de l a n a c i ó n . Esto no quiere decir que
el plan político desaparezca totalmente de la historia del
p u e b l o m e x i c a n o , sino q u e a través de los años v a p e r d i e n d o
fuerza, v a d e j a n d o de ser u n e l e m e n t o p r i m o r d i a l e n l a l u c h a
d e las facciones. T o d a v í a en 1940 a p a r e c i ó u n p l a n , q u e se
c o n o c e c o n e l n o m b r e de P l a n A l m a z a n i s t a , en e l c u a l se ha-
b l a de l a situación existente e n M é x i c o y de las resonancias
q u e ios p r o b l e m a s de carácter m u n d i a l t i e n e n e n nuestro p a í s ;
p e r o , a l i g u a l q u e sus i n m e d i a t o s antecesores, n o p u d o derro-
car a l g o b i e r n o q u e c o m b a t í a .
G r a n m é r i t o h a sido p u b l i c a r todos esos planes políticos,
"literatura fundamental" en la historia del México indepen-
diente. U n a c o n c i e n z u d a l a b o r de i n v e s t i g a c i ó n , u n a a t i n a d a
selección de d o c u m e n t o s , u n certero estudio de esos d o c u m e n -
tos y u n a esmerada p r e s e n t a c i ó n h a c e n de este p r i m e r t o m o
de las F u e n t e s p a r a l a h i s t o r i a d e l a Revolución mexicana una
o b r a de e n o r m e interés p a r a e l a f i c i o n a d o a estos temas y u n
l i b r o de c o n s u l t a ya i m p r e s c i n d i b l e p a r a todos los estudios
u l t e r i o r e s sobre n u e s t r a R e v o l u c i ó n .

Ana María MAYORAL

E L P R I M E R T O M O de las F u e n t e s para la historia d e la Revolu-

ción c o m p r e n d e desde e l P r o g r a m a d e l P a r t i d o L i b e r a l M e -
104 JOSÉ M A N C I S I D O R

x i c a n o , d a d o a i a l u z en San L u i s M i s s o u r i e n 1906, hasta el

P l a n A l m a z a n i s t a , fechado en Y a u t e p e c e n 1940, s i n o l v i d a r
a q u e l l o s otros planes que, de 1906 a" 1940, i n f l u y e r o n , o tra-
t a r o n de i n f l u i r , en los acontecimientos nacionales, como e l
P l a n de V a l l a d o l i d , el de San L u i s , e l de T a c u b a y a , e l de
T e x c o c o , e l de A y a l a y e l de G u a d a l u p e , entre los más cono-
cidos, así c o m o otros, menos d i v u l g a d o s , entre los cuales se
h a l l a n e l P l a n r e v o l u c i o n a r i o de C a b o r c a , e l P l a n de M i l p a
A l t a , e l P l a n de B e r n a r d o Reyes y e l P l a n de C a r á c u a r o , sin
i g n o r a r e l d e l V e l a d e r o , e l de H e r m o s i l l o , e l de A g u a P r i e t a
y e l Vasconcelista, y algunos de m e n o r significación histórica,
c o m o d e l P l a n F e l i x i s t a de T i e r r a C o l o r a d a .
Se r e p r o d u c e n , además, d o c u m e n t o s t a n i m p o r t a n t e s c o m o
e l P r o g r a m a de R e f o r m a s Políticas y Sociales de l a R e v o l u -
c i ó n , a p r o b a d o p o r l a Soberana C o n v e n c i ó n R e v o l u c i o n a r i a ,
e l D e c r e t o de l a legislatura d e l E s t a d o de C o a h u i l a e n que se
desconoce e l r é g i m e n de V i c t o r i a n o H u e r t a , e l Pacto de l a
C i u d a d e l a , e l P a c t o de T o r r e ó n , e l D e c r e t o sobre terrenos
petrolíferos, e l d e l general O b r e g ó n r e l a t i v o a l salario míni-
m o , e l d e l p a t r i m o n i o f a m i l i a r , e l q u e se refiere a l a cuestión
a g r a r i a y e l que r e f o r m a e l P l a n de G u a d a l u p e .
N o todos estos d o c u m e n t o s c o n s t i t u y e n m a t e r i a v i r g e n
p a r a e l especialista; p o r el c o n t r a r i o , l a m a y o r parte de ellos,
h a s i d o bastante d i v u l g a d a ya, l o que e l c o m p i l a d o r hace
constar s e ñ a l a n d o , c o n l a c i t a respectiva, l a fuente de su pro-
c e d e n c i a . P e r o todos, s i n e x c e p c i ó n , poseen u n v i t a l interés
p a r a e l c o n o c i m i e n t o y l a i n t e r p r e t a c i ó n de l a R e v o l u c i ó n
m e x i c a n a . D e a q u í e l m é r i t o d e l t r a b a j o de M a n u e l González
R a m í r e z , q u i e n h a i n i c i a d o , m u y seriamente p o r cierto, esta
o b r a de i n v e s t i g a c i ó n y de d i v u l g a c i ó n , t a n merecedora de es¬
t í m u l o . N o obstante, b i e n h u b i e r a v a l i d o l a p e n a que e l edi-
t o r se esforzara p o r l o c a l i z a r ciertos planes q u e , c o m o e l de
S a n D i e g o (véase a Spienger e n los Años d e decisión), apenas
s o n conocidos p o r unos cuantos.
Se n o t a , desde luego, que G o n z á l e z R a m í r e z h a seguido,
p a r a l a p u b l i c a c i ó n de los d o c u m e n t o s citados, u n o r d e n sim-
p l e m e n t e c r o n o l ó g i c o . A s í , planes y decretos, nacidos en el
seno de c a d a u n a de las facciones e n q u e se e s c i n d i ó l a Revo-
 LA REVOLUCIÓN E N E L PAPEL 105

i l i c i ó n , aparecen a q u í caprichosamente entremezclados. Y , en

o t r o s casos, l a d o c u m e n t a c i ó n sobre t a l o c u a l suceso histórico
es s u p e r f i c i a l y fragmentada. T a l l a d e l M a n i f i e s t o F e l i x i s t a
a l p u e b l o m e x i c a n o y a los gobiernos de las naciones aliadas
en l a G u e r r a M u n d i a l c o n t r a los i m p e r i o s centrales, c u a n d o ,
r e l a c i o n a d a c o n estos acontecimientos, l a d o c u m e n t a c i ó n q u e
a m p a r a l a a c t i t u d de C a r r a n z a es de s u p r e m a i m p o r t a n c i a .
P o c o c o n o c i d o es e l m a t e r i a l c o n t e n i d o e n e l L i b r o r o j o p u -
b l i c a d o p o r l a Secretaría de R e l a c i o n e s , d u r a n t e e l g o b i e r n o
c o n s t i t u c i o n a l i s t a , sobre l a p o l í t i c a i n t e r n a c i o n a l de l a R e v o -
l u c i ó n : t e s t i m o n i o r e t i r a d o de l a c i r c u l a c i ó n p o r el régimen
o b r e g o n i s t a , s e g ú n se h a c o m p r o b a d o .
L e j o s de m i á n i m o e l deseo de e x t r e m a r l a n o t a p o r las
o m i s i o n e s de que n a t u r a l m e n t e adolece esta o b r a , ya q u e e l l o
es i n e v i t a b l e ; p e r o sí me interesa s u b r a y a r l a necesidad de
q u e , p a r a e l o r d e n a m i e n t o de los tomos futuros, se adopte
u n p r o c e d i m i e n t o técnico más consecuente, q u e b i e n p o d r í a
ser el d e l a l i n e a m i e n t o de d o c u m e n t o s p o r materias, o b i e n
por materias y facciones, o, l o q u e q u i z á sería m e j o r , e l ali-
n e a m i e n t o de materias p o r épocas.
P u b l i c a e l e d i t o r l a s o l i c i t u d de algunos jefes r e v o l u c i o n a -
r i o s d i r i g i d a a l d o c t o r V á z q u e z G ó m e z , a f i n de que h i c i e r a
l l e g a r a l señor M a d e r o los términos de su entrevista c o n e l
presidente D e l a B a r r a . P e r o c o m o a ú n n o se h a hecho l u z
p l e n a m e n t e sobre las dificultades entre maderistas y vazquis-
tas, c o n v e n í a h a b e r p u b l i c a d o las cartas d e l d o c t o r Vázquez
G ó m e z e n q u e se niega a i n c o r p o r a r s e a l a R e v o l u c i ó n e n
los días e n q u e M a d e r o empezaba l a l u c h a a r m a d a , así c o m o
la c o r r e s p o n d e n c i a de G u s t a v o M a d e r o , pues ésta refleja, evi-
d e n t e m e n t e , e l o r i g e n de u n a p u g n a a l a q u e M a d e r o sucum-
b i r í a d e j á n d o s e arrastrar a u n a p o s t u r a p e r j u d i c i a l a los inte-
reses de l a R e v o l u c i ó n , c o m o e n e l caso de l a r e n u n c i a de E m i -
lio V á z q u e z G ó m e z e n e l g o b i e r n o de D e l a B a r r a , q u e t a n
t o r p e m e n t e a u t o r i z ó e l c a u d i l l o de l a R e v o l u c i ó n .
Por o t r a p a r t e , b i e n c o n o c i d o es q u e , tras l a fricción pro-
d u c i d a entre las fuerzas políticas y m i l i t a r e s de l a R e v o l u c i ó n
(villistas, carrancistas, zapatistas y c o n v e n c i o n i s t a s ) , se i m p u -
so l a u r g e n c i a de d a r a las d i s t i n t a s facciones e n p u g n a u n
io6 JOSÉ M A N C I S I D O R

p r o g r a m a social que j u s t i f i c a r a , a los ojos d e l p u e b l o m e x i -

cano, l a n u e v a l u c h a que i b a a emprenderse. ¿Por q u é n o re-
c u r r i r a l p e r i ó d i c o de l a C o n v e n c i ó n , a los órganos de p u b l i -
c i d a d d e l c o n s t i t u c i o n a l i s m o y a los de l a facción v i l l i s t a , a f i n
de o r d e n a r u n t o m o que i n c l u y a l a legislación social de aque-
l l a época? Esto e x p l i c a r í a e l p a p e l histórico que j u g a r o n , n o
C a r r a n z a , n i V i l l a , n i E u l a l i o G u t i é r r e z , n i Z a p a t a , sino el ca-
r r a n c i s m o , el v i l l i s m o , el c o n v e n c i o n i s m o y e l zapatismo, c o m o
corrientes históricas q u e s u p e r a r o n , e n repetidas ocasiones, l a
m e n t a l i d a d de sus p r o p i o s c a u d i l l o s .
Se m e ocurre pensar en l o q u e nos e n s e ñ a r í a , p o r e j e m p l o ,
l a d o c u m e n t a c i ó n r e v e l a d o r a de l a p o l í t i c a seguida p o r cada
u n a de las citadas facciones, frente a los hechos i n t e r n a c i o n a -
les e n q u e se v i e r o n c o m p r o m e t i d a s . ¿ P o r q u é l a g e n e r a l i d a d
de los historiadores c a l l a l a a n t i p a t r i ó t i c a a c t i t u d de Francisco
V i l l a sobre l a o c u p a c i ó n de V e r a c r u z p o r los soldados norte-
americanos en a b r i l de 1914, a p l a u d i é n d o l a s i n rubor? ¿Por
o c u l t a r l a agresión e x t r a n j e r a o p o r o c u l t a r , de acuerdo c o n
sus pasiones, t a n c o n d e n a b l e f a l l a d e l v i l l i s m o ? Merece l a p e n a
agotar l a investigación sobre tales sucesos y, así, p o n e r a l al-
cance d e l estudioso todos los elementos q u e le p e r m i t a n d e d u -
c i r , acertadamente, u n j u i c i o crítico acerca de l o que hay que
juzgar.
D i g n o de atención es, i g u a l m e n t e , l o r e l a t i v o a las m a q u i -
naciones i n t e r n a c i o n a l e s c o n e l p r o p ó s i t o de o b l i g a r a M é x i c o
a p a r t i c i p a r , c o m o beligerante, e n l a P r i m e r a G u e r r a M u n -
d i a l . R e c u é r d e s e que, a este respecto, v o n R i n t e l e n (véase
E l o s c u r o i n v a s o r ) h a r e v e l a d o y a las pretensiones alemanas
p a r a r e s t i t u i r e n el p o d e r a V i c t o r i a n o H u e r t a . E l m i s m o
a u t o r refiere, c o n p r o f u s i ó n de detalles, l a h a b i l i d a d d e l ca-
r r a n c i s m o y, en este caso, de C a r r a n z a p a r a b u r l a r las m a q u i -
naciones de l a e m b a j a d a a l e m a n a e n M é x i c o .
¿ P o r q u é n o agotar, hasta d o n d e las p o s i b i l i d a d e s l o per-
m i t a n , l o tocante a l a cuestión a g r a r i a , desde e l P l a n de A y a -
l a , c o n sus antecedentes e n e l P r o g r a m a d e l P a r t i d o L i b e r a l
M e x i c a n o , hasta l a L e y d e l 6 de enero de 1915? ¿ Y p o r q u é
n o hacer l o m i s m o sobre l a l u c h a o b r e r a , desde l a f i r m a d e l
P a c t o entre e l g o b i e r n o carrancista y l a C a s a d e l O b r e r o M u n -
 LA REVOLUCIÓN E N E L PAPEL 107

d i a l , c o n sus antecedentes t a m b i é n en e l P r o g r a m a d e l P a r t i d o
L i b e r a l M e x i c a n o , hasta e l artículo 123 de l a C o n s t i t u c i ó n
de 1917?
C l a r o que n o p r e t e n d o agotar los ejemplos; sólo p r o p o n g o
l a a d o p c i ó n de u n p r o c e d i m i e n t o técnico ajustado a las e x i -
gencias de u n a o b r a de tal n a t u r a l e z a .
L a selección de d o c u m e n t o s c o n t e n i d a a q u í v a antecedida
de u n a i n t r o d u c c i ó n de M a n u e l González R a m í r e z . N o se
t r a t a de u n j u i c i o histórico, sino de u n s u b j e t i v o relato de los
a c o n t e c i m i e n t o s de l a R e v o l u c i ó n m e x i c a n a , según l a i m p o r -
t a n c i a q u e e l h i s t o r i a d o r les concede. P o r q u e , vivas a ú n las
pasiones faccionales, c l a r o se ve que el i n v e s t i g a d o r i n t e n t a
e l u d i r toda discusión que l o c o m p r o m e t a e n actitudes capaces
de a l e j a r l o de su m i s i ó n . C o n todo, u n análisis más pro-
f u n d o de las causas de l a R e v o l u c i ó n y de su necesidad histó-
r i c a a n a d a c o m p r o m e t e y, en c a m b i o , a y u d a a su caracteri-
zación. H a b í a , p o r t a n t o , q u e remontarse hasta l a R e f o r m a
y e x p l i c a r el tránsito, p o r e l l a p r o p i c i a d o , de u n a sociedad de
t i p o feudal a u n a sociedad de fisonomía burguesa. Y subrayar
e l p a p e l q u e e l P o r f i r i a t o d e s e m p e ñ ó , i n t e r r u m p i e n d o este
proceso h i s t ó r i c o , puesto q u e , c o n v e r t i d o e n celoso g u a r d i á n
de los intereses capitalistas extranjeros, i m p i d i ó t o d a p o s i b i -
l i d a d p a r a e l d e s a r r o l l o histórico de l a b u r g u e s í a n a c i o n a l .
Y o sé que n o es fácil r e a l i z a r l o que he i n d i c a d o . P e r o
ante u n a o b r a de t a n reales méritos c o m o l a q u e González
R a m í r e z nos ofrece, debemos ser exigentes. U n estudio m á s
c o n c i e n z u d o d e l h i s t o r i a d o r a y u d a r í a a d e s e n t r a ñ a r e l carác-
ter de l a R e v o l u c i ó n m e x i c a n a , sus causas, sus objetivos i n -
m e d i a t o s y sus fines.
M a o T s e - t u n g , e n su e s t u d i o sobre l a R e v o l u c i ó n c h i n a ,
a h o n d a e n l a caracterización de los distintos tipos de r e v o l u -
ciones p r o d u c i d a s hasta l a fecha; u t i l i z a r su m é t o d o de i n -
t e r p r e t a c i ó n ( h a b l o sólo d e l m é t o d o de i n t e r p r e t a c i ó n ) es n o
sólo c o n v e n i e n t e , s i n o hasta i n d i s p e n s a b l e .
Se a n u n c i a e n este p r i m e r t o m o u n o p r ó x i m o (el segun-
do) d e d i c a d o a l a c a r i c a t u r a , y o t r o más (el tercero) concer-
n i e n t e a l a G u e r r a d e l Y a q u i . ¿Por q u é esta a n á r q u i c a selec-
ción? M a n u e l G o n z á l e z R a m í r e z , t a n responsable c o m o histo-
108 JOSÉ M A N C I S I D O R

r i a d o r , debe v i g i l a r sus d i s c i p l i n a s de investigador. C o n e l l o

g a n a r á l a o b r a q u e t a n desinteresada y a d m i r a b l e m e n t e h a
i n i c i a d o ; g a n a r á el r e n d i m i e n t o de su trabajo; g a n a r á l a his-
t o r i a de l a R e v o l u c i ó n m e x i c a n a y g a n a r á n , asimismo, todos
aquellos que se sientan i n q u i e t a d o s p o r e l estudio de u n hecho
de tanto relieve p a r a nuestra p a t r i a .

José MANCISWOR