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CURSO DE ALQUIMIA
OLAVO DE CARVALHO

PRIMEIRA AULA (09/01/96)

A questão deste curso é a delimitação do que é alquimia. Não se trata portanto de um


curso de alquimia. Pode a!er um curso so"re alquimia# a respeito de alquimia# etc...#
mas aprendi$ado alqu%mico é demasiado pessoal para poder ser o"&eto comprim%!el
nas dimens'es de um curso. (udo o que poderei )a$er aqui ser* transmitir um
conceito# uma idéia do que é a alquimia le!ando em conta toda a dist+ncia que !ai
entre ter uma idéia do que é equitação e sa"er montar. No entanto# mesmo dentro
deste limite estreito# este curso ir* muito além do que pode ser uma e,posição apenas
te-rica e in)ormati!o. O moti!o disto é que em alquimia não e,iste uma distinção
r%ida entre teoria e pr*tica/ ela &* é uma disciplina pr*tica desde seu começo. Desde o
momento em que !oc0 apreende as primeiras noç'es de alquimia# &* est* metido nela
até o pescoço. Em astroloia e em outras ci0ncias esotéricas essa distinção e,iste# mas
aqui não. Na alquimia# a partir do momento que !oc0 começa a )ormar os primeiros
conceitos# &* est* penetrando num certo mundo sim"-lico# num certo modo de pensar
e de !er que &* é o terreno propriamente dito da pr*tica alqu%mica. E a alquimia é# pela
sua pr-pria autode)inição# uma ci0ncia pr*tica1 ela não !isa 2 descrição ou 2
e,plicação de um ser ou de uma *rea do ser# mas !isa a uma mutação# a uma
alteração a ser
modi)icaç'es do reali$ada no su&eito
mundo )%sico que em"ora
em torno# a pratica#
nãoe necessariamente.
que pode se ampliar
3ma em
das
di)erenças entre ci0ncia teorética e ci0ncia pr*tica é precisamente esta. A ci0ncia
te-rica esota sua )inalidade ao di$er o que é uma coisa ou por que a coisa é como é.
Por e,emplo# a 4%sica te-rica. Ela nos di$ como é a constituição )%sica do cosmos# e a%
termina sua )unção. 3ma ci0ncia pr*tica s- encerra a sua )unção no momento em que
completa a alteração ou trans)ormação que se prop'e reali$ar. A ci0ncia pr*tica pode
estar !oltada para uma alteração do mundo e,terior# de um o"&eto qualquer# ou para
uma alteração do pr-prio su&eito. Por e,emplo# quando )a$emos in*stica# não
estamos alterando em nada o mundo e,terno/ somente a n-s mesmos. A alquimia
tam"ém é uma ci0ncia deste tipo. Com uma di)erença1 enquanto em in*stica * um
a"ismo de di)erença entre estudar teoricamente um mo!imento e pratic*5lo# a
a"sorção dos conceitos de Alquimia &* é o e,erc%cio de uma modalidade de
pensamento
potencialmente#alqu%mica/ que detem
uma série por e)eito
alteraç'es quenecess*rio
constituemdesencadear#
o processo ao menos
alqu%mico
propriamente dito.
A alquimia é uma trans)ormação# uma mudança de estado. Não propriamente
uma mudança de nature$a. 6uando o di!ulador da alquimia di$ que ela trans)orma
uma espécie em outra# a% &* * um enano. Na trans)ormação de um metal em outro
não e,iste uma mudança de espécie. A transmutação desses metais não seria poss%!el
se não ou!esse alo de ouro no cum"o e !ice5!ersa# isto é/ se não ou!esse uma
interpenetração que )a$ com que cum"o e ouro não se&am propriamente espécies
di)erentes. 7sto é uma noção )undamental1 !oc0 não pode trans)ormar uma alina
num porco ou um porco em camelo. Do mesmo modo# não se trans)orma
propriamente o cum"o em ouro1 !oc0 trans)orma um metal em ouro. O que no
cum"o se trans)orma em ouro é o que ele tem de metal# não o que tem de cum"o/
dito de outro modo# a transmutação se apoia nas caracter%sticas comuns e enéricas
dos dois metais# não na sua di)erença espec%)ica. A di)erente constituição e apar0ncia
do cum"o e do ouro são di)erentes modalidades da mesma coisa# e não de coisas
essencialmente di)erentes.
3m dos pressupostos da alquimia é precisamente este1 que entre as di)erentes
espécies de metais * menos di)erenças do que entre espécies animais/ que o cum"o
é mais parecido com o ouro do que uma alina é parecida com um pato. Do ponto de
2
!ista meramente )ormal# o termo espécie tem o mesmo sentido quando aplicado ao par
pato5alina ou ao par ouro5cum"o. 8as# materialmente# * uma di)erença de
nuance que não é preciso e,plicar aora# porque !oc0s podem capt*5la intuiti!amente/
mas essa nuance nos re!ela um princ%pio essencial da nature$a1 que quanto mais
comple,o é um ente# mais di)erenças * entre sua espécie e as demais espécies do
mesmo 0nero. Entre dois metais * um parentesco mais pro)undo que entre duas
espécies de animais.
Para entender alo da Alquimia# temos que compreender primeiro o que é uma
trans)ormação# o que é uma coisa mudar de estado. Para isto !amos recorrer 2quele
que todos os alquimistas considera!am o seu mestre supremo1 Arist-teles. A "ase de
toda a Alquimia ocidental e isl+mica é a 4%sica de Arist-teles. Não por coincid0ncia# o
li!ro da 4%sica sai da -r"ita de interesses dos cientistas mais ou menos na época em
que a Alquimia !ai perdendo prest%io nas camadas uni!ersit*rias 9por !olta de l:;; a
l<;;=.
A sa%da da 4%sica de Arist-teles e da Alquimia acontece pelo )ato da )ormação de uma
no!a camada letrada mais ou menos impro!isada. Esta camada era constitu%da não
mais de estudiosos uni!ersit*rios# mas de mem"ros da corte . Esta intelectualidade
palaciana esta!a mais interessada nos aspectos liter*rios# pol%ticos e na recuperação
da "ela linuaem dos autores antios# do que no apro)undamento da ci0ncia
constitu%da na 7dade 8édia. Claro que e,istiu alum ano nisso/ mas#
concomitantemente ou!e uma perda irrepar*!el. Dessa perda# os itens mais
lament*!eis
pouquino o)oi &ustamente
assunto a Astroloia
da Alquimia e aques
e !oc0 Alquimia. 6uando
tiona1 !ale !oc0
a pena apro)unda
perd um
er isto para
anar aquilo que a outra camada deu> A resposta é ta,ati!amente# não? 6uer di$er
que# para a ente adquirir os conecimentos de @alileu Por e,.. )osse preciso perder os
conecimentos alqu%micos# era pre)er%!el não ter @alileu. e )or para acrescentar# sim.
8as o )ato é que# que quando uma dessas coisas entram em cena# aca"am Por
e,.pulsar outras. A ente sa"e que a 4%sica de Arist-teles )oi contestada por @alileu
pela questão do 8o!imento Retil%neo 3ni)orme. A 4%sica antia di$ia que um o"&eto ao
qual não se imprime nenuma )orça interna# )ica parado. Por e,.1 esta cadeira est*
parada porque ninuém a est* empurrando/ não * nenuma )orça e,terna que a
mo!a. A capacidade de se mo!er sem nenum impulso e,terno era a caracter%stica
que Arist-teles identi)ica!a num ser !i!o . Portanto# tudo o mais s- se mo!e se
estimulado de )ora. @alileu di$ia o seuinte1 o o"&eto no qual não é impelido nenuma
)orça e,terna# ele )ica parado ou em mo!imento retil%neo uni)orme. Porém# o 8.R.3.
como descre!e @alileu numa nota de rodapé ele não e,is te. Ele é apen as uma
suposição. Não e,iste 8.R.3. porque tudo o que se mo!e neste mundo encontra alum
atrito e é des!iado de seu curso pelo atrito. Então# 8.R.3.# é um conceito ideal# uma
coisa que de )ato não e,iste. Então# o que @alileu )e$> Ele contestou a 4%sica antia>
Não# ele in!entou um método mais certo de pro!ar que a 4%sica antia tina ra$ão.
Ele não contesta que o o"&eto )ique parado. Ele apenas )ica parado em )unção da
multiplicidade de )orças que o atraem ou que se op'em 2 seu mo!imento. 8as# a rior
ele não desmentiu a 4%sica antia. Essa simples di)erença de modo de di$er é
apresentado como se )osse uma contestação. E# como resultado# a 4%sica antia sai da
*rea de interesse da comunidade letrada &unto com a Astroloia e a Alquimia. Ora# o
simples estudo apro)undado da 4%sica de Arist-teles não tem alquimia. Porque# toda a
Alquimia# é a aplicação de determinada teoria que Arist-teles )oi tal!e$ o primeiro a
)ormular1 a teoria da Pot0ncia e do Ato. O que é Pot0ncia e Ato> Ato é tudo aquilo que
determinado o"&eto &* é em determinado momento. Pot0ncia é tudo aquilo que ele
pode !ir a ser. Ora# a capacidade de passar da Pot0ncia ao Ato por iniciati!a pr-pria é
caracter%stica do ser !i!o. 3m cacorro que camina o )a$ pela pot0ncia# porque ele
pode )a$er. Não quer di$er que ele )aça isso B oras por dia. E se n-s !%ssemos um
cacorro andando e um cacorro parado# o que mo!eu o cacorro andando> 4oi ele
mesmo? Não e,istiu nenuma causa e,terna# muito menos uma causa !iolenta que o
3
)i$esse se mo!er. 8esmo quando ele é mo!ido por um est%mulo e,terno# este est%mulo
aiu internamente nele. E ele poderia# em princ%pio não ter reaid o. Por e,.1 se ele
sente o ceiro# o alimento o atrai e ele se mo!e. Não é o alimento que o )e$ se mo!er.
Ao contr*rio# é um dese&o que est* nele. Ou se&a# o est%mulo e,terno ae no ser !i!o
pro!ocando dese&o. E isto é o m*,imo. Aora# no ser não5!i!o# o est%mulo e,terno tem
que tomar a )orma de um impulso. Então# uma "ola que é empurrada# não é que ela
sentiu um dese&o. é o pr-prio mo!imento do pé que se trans)ere 2 ela. Ora# se n-s
e,amin*ssemos 2 lu$ desta e,plicação# o que seria a passaem do Cum"o ao Ouro#
ela s- pode ser e,plicada por uma passaem de uma pot0ncia ao ato. Porque> Não
e,iste ato onde não e,iste pot0ncia. Ou se&a# nada se trans)orma naquilo que ela não
tena poder de se trans)ormar. Como Por e,.1 um o!o de alina s- pode nascer de
uma alina/ não pode nascer de laartos# a"-"oras# pedras# seres umanos etc.. 3m
o!o cocado tem a pot0ncia de dali nascer um pinto. E é &ustamente o )ato de !er
num metal a pot0ncia de mudar sua apar0ncia quando su"metido 2 certas operaç'es
e,teriores que caracteri$a precisamente a Alquimia. O metal tem que ser entendido
em toda a e,tensão da pala!ra. (anto a pala!ra metal# quanto os !*rios nomes dos
metais# quanto os nomes dos planetas# quanto os nomes dos !eetais# quantos
quaisquer outros nomes que se&am usados em Astroloia# são todos usados em toda a
e,tensão da pala!ra. (oda a e,tensão da pala!ra sini)ica toda a cadeia de
sini)icados anal-icos que possa ser leitimamente associados 2 um deles.  por isso
mesmo que estas pala!ras não t0m# em alquimia# apenas o sini)icado do dicion*rio
nem o sini)icado
sim"-lico do seu uso corrente
de um determinado mas
termo# de umo determinado
sini)icado sim"-lico. N-s )a$emos
o"&eto quando o uso
n-s olamos
este termo ou o"&eto# não apenas por um dos seus aspec tos# mas por todos os seu s
aspectos que ele pode !ir a sini)icar para qualquer ente que entre em relação com ele.
Então# se n-s peamos no dicion*rio a pala!ra1 Leão. Voc0 !ai encontrar por de)inição#
que é um animal que !i!e em determinada reião# e!identemente o leão é tudo isto.
Porém# no instante em que o leão ataca uma pessoa# toda a consideração de ordem
"iol-ica é completamente e,tempor+nea. Voc0 não !ai pensar na anatomia do leão#
na "ioloia# na sua )isioloia nesta ora. Voc0 !ai !er no leão apenas um perio
tem%!el. Ora# a capacidade de ser um perio tem%!el não )a$ parte da descrição
"iol-ica do leão/ e no entanto# ela é tão real quanto as suas caracter%sticas
anatmicas# )isiol-icas etc.. Do mesmo modo# se n-s olarmos o leão# n-s !eremos
que ele se destaca dos outros animais por a!er nele um certo equil%"rio entre a "ele$a
e a pose. E tam"ém pelo )ato dele ser #entre os )elinos# aquele que é o menos )ero$
9em"ora se&a o mais !alente=. Para quem &* )oi no im" a a)*ri em ão. Paulo#
pro!a!elmente o"ser!ou os le'es e os tires. Os le'es !i!em em "andos# paci)icamente
durante anos. Ao passo que os tires !oc0 não pode sequer &untar a )0mea com o
maco1 porque um !ai matar o outro. Então# o tire é um "ico solit*rio# ner!oso1 o
tire nunca )ica parado. Voc0 s- !ai !05lo parado se ele esti!er muito cansado. e ele
não esti!er cansado# ele estar* andando de um lado para o outro# e 2 menor
pro!ocação# ele atacar*. Voc0 !er* o mesmo comportamento em todos os )elinos
malados com e,ceção do uepardo. E,iste inclusi!e uma ci0ncia que estuda isso1 a
Etoloia# que é o estudo dos costumes dos animais. 8as# essas o"ser!aç'es etol-icas#
elas por muito tempo )icaram )ora da de)inição $ool-ica destes animais. ão traços
sociol-icos do comportamento animal. 6ue )a$em parte da nature$a deles# em"ora
por muito tempo não esti!esse dentro da *rea de interesse da $ooloia. Então# todos
estes traços psicol-icos# sociol-icos que se associa ao "ico estão nele. 4a$em parte
da consist0ncia o"&eti!a dele/ tanto quanto a sua "ele$a. Ora# na medida em que esse
"ico !i!e num planeta em que !i!e outro "ico camado omem# este omem
o"ser!a este "ico. E como o omem tem uma mem-ria e,traordin*ria e muito rica
9na qual ele é capa$ de com"inar aquelas imaens=.a imaem do leão que ele uardou
na sua mem-ria se misturar* com outras imaens# e terminar* por ser!ir ao omem#
por re)er0ncia# para ele e,pressar suas pr-prias emoç'es# dese&os# pensamentos etc..
4
Poderia5se o"&etar1 A# mas isto é apenas su"&e ti!o e )a$ parte apenas do omem.
Como isso é su"&eti!o e )a$ parte apenas do omem# se de )ato# estes B "icos 9leão e
omem= !i!em no mesmo planeta e &amais !i!eram em outro> N-s estamos
acostumados a pensar que uma coisa é a constituição o"&eti!a daquilo que e,iste )ora.
Outra coisa é aquilo que imainamos# sentimos a respeito. 8as# n-s &* penetramos
imediatamente num modo alqu%mico de pensar na ora que n-s entendemos que estas
duas coisas não são tão distintas assim1 porque aquilo que o omem imaina a
respeito do leão em mitos# s%m"olos# lendas etc.# )a$em parte da constituição deste
"ico camado omem que sempre !i!eu no mesmo planeta onde !i!em os le'es. Nem
ele nem o leão poderiam !i!er numa atmos)era di)erente. 7sto quer di$er que a
presença do leão e do omem no mesmo planeta# não é uma mera coincid0ncia. Do
mesmo modo que o leão tem um modo de se relacionar com as a$elas# $e"ras etc. e
um modo de se relacionar com o omem. então )a$ parte da pr-pria nature$a do leão
poder constituir um personaem dos sonos e imainaç'es# dese&os e temores de um
outro "ico camado omem. Por e,.1 uma a$ela quando atacada por um leão# ela
simplesmente sai correndo. O omem corre mas ele conta para os outros omens o
que se pass ou. Aquilo se propaa e )ica reistrado em pedras# li!ros# desenos..
Entendemos que tudo isto é uma propriedade do leão? Ora# ser atacado por uma
tartarua ou uma laarti,a# isso nunca acontece. 6uer di$er que toda esta mitoloia
que o omem conce"e a respeito do leão# ela !em de onde> Do leão mesmo? Portanto#
a distinção que n-s )a$emos entre o mundo e,terior e o mundo interior# n-s temos que
!05la por um
alqu%mica. Vououtro
dar en)oque paramais
um e,emplo que possamos penetrar
claro1 e n-s no uni!erso
peamos dentre osda!*rios
linuaem
metais#
n-s !emos que eles t0m não apenas apar0ncias sens%!eis# consist0ncias di)erentes#
mas tam"ém t0m na imainação umana papéis di)erentes. Por e,.1 se !oc0 tem um
metal "rilante e opaco. é natural que !oc0 procure )a$er adornos com o metal
"rilante. Portanto# na ora em que damos pre)er0ncia 2 adornos de ouro em !e$ de
cum"o# n-s sa"emos per)eitamente o que estamos )a$endo. N-s não estamos
delirando# não é uma pro&eção su"&eti!a. A nossa imainação# ela sempre se "aseia
naquilo que ela !iu. Arist-teles não acredita em imainação. Para ele e,iste 4antasia.
E a 4antasia não é a capacidade de in!entar imaens# de criar do nada. E sim a
capacidade de com"inar di)erentemente as imaens plotadas na mem-ria. De modo
que tudo# tudo que a nossa imainação cria# é )eito com elementos tirados da
e,peri0ncia sens%!el e montados de uma maneira di)erente. e eu )aço um omem com
ca"eça de leão como a es)ine# eu não in!entei aquilo do nada1 eu compus. Arist-teles
cr0 que imainação e mem-ria são a mesma )unção operando di)erentemente. e ela
se limita a repetir os dados mais ou menos na )orma em que eles entraram# como as
relaç'es que tinam no momento da e,peri0ncia real# isso cama5se mem-ria. e elas
com"inam elementos destas recordaç'es de uma maneira di)erente daquela pela qual
ela rece"eu# isto cama5se imainação. 8as# o papel que os !*rios entes do mundo
mineral# !eetal# animal e,ercem na imainação umana não é in!entado apenas pelo
omem# mas depende das caracter%sticas que estes seres nos apresentaram no
momento da nossa e,peri0ncia sens%!el com eles. Ou se&a# eu posso alterar os dados
"astante/ mas eu !ou )a$er esta alteração a partir de elementos da mem-ria. Portanto#
a di!isão que n-s )a$emos entre constituição )%sica do uni!erso e o mundo da nossa
su"&eti!idade# da nossa imainação# é uma distinção que s- tem !alor peda-ico.
8as que na realidade não )unciona. N-s estamos tão acostumados com a tradição de
ensino de aluns séculos. 3ma coisa são as leis )%sicas1 a constituição do cosmos etc..
e outra coisa são as )antasias poéticas que os artistas# os escritores puderam in!entar
a respeito. Ninuém ousaria tirar de uma descrição poética de uma paisaem uma
conclusão de ordem )%sica. No entanto# o mundo o"&eti!o# real a respeito do qual o
poeta )antasia# é o mesm%ssimo mundo real a respeito do qual o )%sico )a$ as suas
o"ser!aç'es# comparaç'es etc.. 7sso quer di$e r que a distinção da es)era do
imain*rio umano e a es)era da realidade )%sica# é uma es)era que não é totalmente
5
real. Ela é )uncional# con!eniente# mas não quer di$er que elas e,istam
separadamente. Essa é a t%pica distinção que Arist-teles cama!a de real5mental. Não
é uma distinção totalmente real porque são coisas e)eti!amente distintas. 8as são
coisas que não e,istem sep aradamente. Não é assim# diamos# a distinção entre a
realidade do tipo eométrico e a do tipo "iol-ico. Por e,.1 se n-s quiséssemos
esta"elecer uma relação qualquer entre o teorema de Pit*oras e a estação da espécie
"o!ina# n-s não %amos conseuir de maneira aluma. Ou se&a# estas coisas são
e)eti!amente distintas. Porém# a distinção entre o mundo )%sico o"&eti!o e o mundo
imain*rio não é descriti!o. Porque atra!és da nossa pr-pria mente# do e,erc%cio da
nossa pr-pria mente é que n-s desen!ol!emos uma ci0ncia camada 4%sica. E esta
mesm%ssima mente é que !ai criar as imainaç'es etc.. Portanto# a distinção entre
constituição )%sica do uni!erso e o mundo imain*rio# é uma distinção apenas de
en)oque de atenção. 8as não se trata de coisas que e,istam separadamente. e
entenderam isso aqui# &* entenderam o principal da Alquimia. 6uando )alamos de
metal# estamos )alando da constituição )%sico5qu%mica deste metal# do que n-s !emos
nele com os nossos sentidos# do que n-s podemos apalpar da sua consist0ncia# de
todos os usos estéticos5econmicos5sociais etc. que podemos )a$er dele# e de todo o
sim"olismo que n-s podemos in!entar a respeito dele. (udo isto# est* )ormando um
todo orani$ado. A orani$ação das ci0ncias se preocupa cuidadosamente em separar
todos aqueles aspectos 9estéticos# econmicos# sociais etc.=. A Alquimia )a$
precisamente o contr*rio1 ela reFne tudo. Não para empastelar tudo mas sim para que
!oc0 nãodo
qu%mico perca
ourodeé um#
!istaoestes
conce!*rios aspectos
ito )%sico da orealidade.
é outro# conceito 6uer di$er# éooutro.
econmico conceito
3ma
pessoa pode ser a maior conecedora do !alor do ouro no mercado e não ter a menor
idéia do que ele é constitu%do quimicamente. E !ice5!ersa. 3m &oaleiro tam"ém não
precisa entender muito da qu%mica do ouro. Estes aspectos na cultura# são totalmente
distintos e separados. Alquimicamente# não. ão todos a mesma coisa. 7sso quer di$er
que# a propriedade de um metal derreter 2 uma certa temperatura# )a$ parte da
nature$a alqu%mica deste metal# tanto quanto a propriedade que este metal tena para
ser usado como adorno ou até para aparecer no sono de determinadas pessoas. ora
isso mesmo que o racioc%nio alqu%mico de!e ser muito lento. Porque ele não permite
atropelaç'es e simpli)icaç'es que n-s usamos no racioc%nio utilit*rio e cient%)ico. Em
qualquer ci0ncia !oc0 redu$ o o"&eto de estudo a certos aspectos# cria para estes
aspectos um conceito mais ou menos con!encional e s- opera com aquele# e esquece o
resto. Por e,.1 dada as caracter%sticas )%sico5qu%micas do ouro# !oc0 pode continuar
estudando estes aspectos sem !oc0 ter que ser re)erir ao aspecto econmico# estético
etc.. Voc0 esquece tudo isso e continua a )a$er. Portanto# !oc0 seue o racioc%nio linear
a partir de conceitos simpli)icados e especiali$ados1 s- e!oca um aspecto.
Alquimicamente# todos os aspectos que o o"&eto o)ereça em qualquer circunst+ncia#
para qualquer pessoa de!e ser le!ado em consideração até a m*,ima e,tensão
poss%!el1 porque todos eles )a$em parte da constituição o"&eti!a# concreta. Concreto
!em de cum G crescior  crescer &unto. 7sso quer di$er que todos estes aspectos em
que se su"di!ide o o"&eto# do ponto de !ista das !*rias ci0ncias que o estudam# todos
eles crescem &untos no mesmo o"&eto real e concreto. Portanto# do ponto de !ista das
!*rias ci0ncias# é a"strati!o1 separa um aspecto e ola para os outros simplesmente
por uma questão de )acilidade. 8as não quer di$er que este aspecto se&a e)eti!amente
separado dos outros na constituição o"&eti!a daquele ente# daquele o"&eto. Estamos
tão acostumados a pensar nos !*rios aspectos do o"&eto separadamente que )ica di)%cil
mesmo para ente entender isso aqui. - e,iste um momento de nossas !idas no qual
!emos estes aspectos todos &untos de no!o1 quando n-s sonamos?  por isso que n-s
di$emos que a linuaem dos sonos é sim"-lica. im"-lico quer di$er precisamente1
os B lados da "ola. Dois é# por sua !e$# o s%m"olo de muitos. Além disso o sono é
ar"itr*rio1 porque não somos n-s que )a$emos. e estamos acostumados a raciocinar
o o"&eto separadamente quanto 2 seus !*rios aspectos# podemos di$er que
6
raciocinamos num mundo a"strato# irreal. De noite nos sonos# n-s recuperamos a
concretude1 im# para compensar. Os sonos somos n-s mesmos quem in!entamos.
Então é como se n-s ti!éssemos B linuaens de)icientes1 uma linuaem consciente
de tipo a"strati!o e uma outra linuaem inconsciente de tipo concreto. Esta Fltima
então é meramente pro&eti!a porque sai tudo de dentro de n-s. 6uem est* sonando
com uma !aca# não est* perce"endo uma !aca. Voc0 est* usando da !aca somente os
aspectos su"&eti!os. Então# o sono é a"strati!o tam"ém. Porque1 se a !aca do sono
der leite e !oc0 mamar# !oc0 estar* alimentado> Não# !oc0 apenas sonou. Portanto# o
sono s- lida com o que os o"&etos sini)icam para !oc0# e não o que eles são
e)eti!amente. O racioc%nio cient%)ico# por sua !e$# s- se ocupa com o que os o"&etos são
so" determinados aspectos que le interessa e não pelo o que eles são em si mesmo.
6uer di$er1 quando estamos acordados# sa"emos as coisas por pedaços. 6uando n-s
estamos dormindo# n-s !emos tudo &unto mas é tudo su"&eti!o nosso. Então são duas
!is'es inorantes. Iuntar e complet*5las.. e tendo em !ista uma linuaem que ao
mesmo tempo se&a de tipo concreto# sintética# não separati!a# mas que# por outro lado
respeite a constituição da matéria 5e não se limite a pro&etar so"re ele a nossa pr-pria
su"&eti!idade isto é Alquimia.
Resumindo1 no sono n-s temos um conecimento lo"al5su"&eti!o. E na
realidade# n-s conecemos o"&eti!amente# mas é um o"&eti!o a"strato. Os dois tipo de
conecimentos são de)icientes.  por isso mesmo que é uma "alela !oc0 acreditar que
a linuaem dos sonos é mais pro)unda. não# ela é simplesmente di)erente. Porque
senão# para
aparecem todo conecimentos
certos o mundo# "astaria dormirde
a respeito para !irar
!oc0 um s*"io.
mesmo Claro
que !oc0 nãoque
temnos
nasonos
!i%lia.
8as# para compensar# desaparecem uma série de coisas que !oc0 sa"ia na !i%lia e
que no sono não aparece mais. Então# o que é misterioso e pro)undo é !oc0
peruntar1 o que são as coisas# os entes do mundo real# quando considerados
concretamente e não a"stratamente. E quando considerados o"&eti!amente i.é/ no que
eles são mesmo# não apenas naquilo que eu penso deles.
A% é que n-s entramos num outro tipo de 4%sica "aseada em Arist-teles. Eu
estudo isso * !*rios anos e posso arantir que a Alquimia é totalmente )idedina.
Primeiro1 a Alquimia é coisa para !elo. Porem# de!e5se começar a estudar quando é
&o!em. Porque é demorado. A di!isa# o lema da Alquimia é1 Lee# lee# relee et
in!enies. 6uer di$er1 Ler# ler# reler e encontrar*s. 7sso sini)ica o seuinte1 todo o
ensino alqu%mico est* escrito. 6uer di$er# não * necessidade de nenuma
adi!inação# não e,iste nenum conecimento que este&a oculto# est* tudo escrito. Na
!erdade# nos B.;;; anos desde a morte de Arist-teles até o dia de o&e 9* mais ou
menos B.;; anos=# a Alquimia é o assunto so"re o qual mais se escre!eu. Não é como
certos con ecimentos de ordem espiritual que são muito raros# !oc0 s- tem
re)er0ncias lon%nquas. 8ais ainda# de tudo o que est* pu"licado so"re Alquimia# tudo
est* repetido. - que# a leitura alqu%mica# é uma leitura que tem que ser )eita em
sentido alqu%mico. Ou se&a# a pala!ra ler tam"ém de!e ser interpretada como n-s
interpretamos a pala!ra leão 9num sentido pleno da coisa=. O que seria isso> Voc0
pea l* um te,to alqu%mico. pea a )amosa (*"ua da Esmeralda. O que é um te,to>
(e,to é uma série de ra)ismos escritos em cima de um papel. 8ais# se !oc0 não
sou"er a que sons se re)erem esses ra)ismos# !oc0 não !ai ler nada. Jom# mas se
sou"er somente o som# tam"ém não est* sa"endo nada. Por e,.1 se !oc0 me der uma
p*ina escrita em russo# eu sou capa$ de l05la em !o$ alta sem muito erro de
pronFncia. - que eu não estou entendendo nenuma pala!ra do que estou di$endo.
Então o som não "asta. (em uma outra re)er0ncia. Essa re)er0ncia é aqui.  um
o"&eto> Não# essa re)er0ncia é um pensamento. Então# !oc0 pea uma pala!ra
estraneira1 ela se re)ere a um som# que por sua !e$ se re)ere 2 um pensamento
poss%!el que eu posso ter. Este pensamento# por sua !e$# se acoplado com outros
pensamentos poder* se re)erir a um determinado o"&eto. Ou se&a# uma liação direta#
entre a pala!ra# o ra)ismo e o o"&eto/ mas é uma di)erença )eita atra!és do
7
pensamento. Essa é a di)erença entre a linuaem umana e a linuaem animal. O
animal# quando !oc0 )ala o nome do dono# ele sai procurando o dono. 8as# se eu )alo
para !oc0 o nome de sua mãe# !oc0 não sai procurando por ela. Jom# mas !oc0 !ai
procurar# no arqui!o de sua mem-ria# alo so"re a sua mãe. Ou se&a# !oc0 não precisa
da presença )%sica dela. Então# a capacidade de re)erir o som# não 2 coisas ou 2
est%mulos presentes# mas 2 meras idéias# é isso mesmo que distinue a linuaem
umana da linuaem animal. O arqui!o animal tem um monte de pala!ras e sinos.
8as sinos de coisas presentes. E s- ocorrer* ao animal lem"rar estes sinos na
presença do o"&eto. Por e,.1 o macaco é capa$ de )a$e r um racioc%nio do tipo assim.
Voc0 coloca uma "anana a B metros de altura/ e coloca B pedaços de pau1 um com ;#:
metros e o outro com B metros. Ele &* !ai loo e pea o pau de B metros para alcançar
a "anana. 7sso quer di$er que ele c ompletou o racioc%nio. 8as ele s- co mpletou
porque a "anana esta!a l* e o pedaço de pau tam"ém. Ele não !ai poder )a$er
ip-tese1 A# se eu ti!esse um pedaço de pau com B metros para colocar aquela
"anana que tal!e$ eles coloquem amanã. Ou se&a# ele raciocina com s%m"olos
presentes. N-s como ausentes. Então1 ra)ismo# som# idéia. Ora# esta idéia é uma idéia
sens%!el# !is%!el> Diamos1 toda !e$ que eu )alo da sua mãe# !oc0 precisa lem"rar da
imaem dela> Não. Ou se&a# "asta a idéia mais ou menos des!inculada da imaem
sens%!el. Não1 é um retrato da sua mãe que aparece. @ra)ismo# som# idéia. Da idéia
!amos para a imaem. 8as esta imaem é imaem sens%!el diretamente sa%da da
e,peri0ncia> Não# é a imaem simplesmente uardada na mem-ria. Então# temos toda
a cadeia1 ra)ismo#
e,peri0ncia sens%!el.som#
Ve&aidéia#
toda amem-riaKimaem. e isto
cadeia de saltos que remete
!oc0 te!e por
que sua
dar. !e$ 2 uma
Aora# na
ordem da e,peri0ncia real é ao contr*rio1 primeiro a e,peri0ncia sens%!el# depois
mem-ria# depois idéia# som e ra)ismo. 8as na ora de ler é o contr*rio. Voc0 l0
primeiro o ra)ismo# o ra)ismo te e!oca o som# o som e!oca a idéia# a idéia e!o ca a
imaem. Por e,emplo# !oc0 est* lendo o seuinte te,to1 r. 4ulano de tal# )oi assaltado
no Laro da Carioca# le!ou um tiro# )oi condu$ido ao Hospital 8iuel Couto/ morreu e
)oi sepultado no cemitério tal. Ora# para !oc0 entender isso é necess*rio que !oc0
reprodu$a a imaem do Laro da Carioca# a imaem do ospital# a imaem do
cemitério> Não# !oc0 se contenta com a idéia que é uma re)er 0ncia mais ou menos
remota 2 poss%!el imaem. Ora# se !oc0 não cea até a imaem# muito menos !oc0
cea até o est%mulo sens%!el. Ou se&a# para eu sa"er o que é o Hospital 8iuel Couto#
eu não preciso estar tendo presentemente a sensação )%sica do Hospital. 7sso quer
di$er que a leitura e!oca normalmente apenas a idéia a"strata e no m*,imo a imaem
da mem-ria. Ora a leitura alqu%mica não é assim. A leitura alqu%mica tem que
percorrer toda a lina. Voc0 entender* o te,to alqu%mico na ora em que !oc0 ti!er a
e,peri0ncia sens%!el# )%sica das coisas que l* estão ditas.  uma leitura muito lenta. e
!oc0 ler a pala!ra metal# eu !ou apenas lem"rar o conceito a"strato dele ou então !ou
lem"rar apenas um aspecto da apar0ncia sens%!el. 8as# este metal não est*# por
assim di$er# totalmente presente 2 !oc0. Enquanto não est* presente# ainda não é
leitura alqu%mica.  leitura a"strati!a. Então essa di!isa1 Lege, lege, relege et invenies#
sini)ica o seuinte1 e todas as !e$es que !oc0 l0 um te,to alqu%mico !oc0 lem"rar de
pensar que !oc0 ainda não o est* compreendendo porque as coisas 2 que ele se re)ere
s- estão presentes em idéia e que portanto !oc0 !ai ter que ler de no!o. !oc0 terminar*
apro)undando esta leitura de tal maneira que os o"&etos re)eridos que são
metaisK!eetaisKminerais etc.# de!erão estar )isicamente presentes. 8as onde> e o
te,to )ala em minerais# !eetais# planetas# eu não posso reunir tudo isso e )icar
olando para eles. Portanto não é esse tipo de presença )%sica. Aonde !oc0 !ai
encontrar todos esses o"&etos de que )ala o te,to alqu%mico> Voc0 !ai encontr*5los
naquele pedaço do mundo material que o acompana onde quer que !oc0 !*1 que é o
seu corpo. Então )alou5se em prata# perce"a a prata porque tem alo de prata aqui
neste corpo 9não na imainação# no corpo mesmo=.
aluno1 Voc0 pode )a$er uma leitura sem o som>
8
Pro)..1 Pode# mas não seria alqu%mica. Porque todos estes aspectos tem uma
ra$ão alqu%mica# uma ra$ão de ser. Em Alquimia nada é a"strato. Voc0 )a$er uma
leitura disso aqui indo direto do ra)ismo para a idéia# sem passar pelo som# !oc0
estaria soltando um dos aspectos )%sicos liados 2 presença daquele o"&eto. O som que
desina o o"&eto est* presente em mim tanto quanto o corpo do o"&eto. 7sso quer di$er
que uma leitura alqu%mica de um te,to# pode le!ar a !ida inteira. Até que estas coisas
este&am e)eti!amente presentes/ não em imainação# mas nos seus equi!alentes )%sicos
reais. A Alquimia é uma ci0ncia de ordem espiritual mas ela s- lida com elementos
materiais porque# se querem sa"er# tudo aquilo que não é material não é espiritual
tam"ém. e !oc0 peruntar assim1 O que é a alma umana> (odos n-s imainamos
que a alma umana é uma parte distinta nossa que quando o nosso corpo morre#
continua a e,istir1 6uem acredita em alma pensa que é assim. Jom# mas é claro que
isso a% não e,iste. A alma não e,iste sem o corpo durante um Fnico minuto. E isto
não est* lone do que di$ o Cristianismo. O Cristianismo di$ o seuinte1 não é que a
sua alma continua a e,istir. Voc0 morre# e o su"strato )%sico da sua e,ist0ncia não
e,iste mais. Como a alma não tem &eito de e,istir sem corpo# !oc0 s- e,iste num
determinado departamento da realidade. 6ue é o que> A mente de Deus. Voc0 s-
e,iste como recordação de Deus. 8ais ainda# o doma cristão não di$ que !oc0 !ai
continuar e,istindo depois de morrer1 di$ que !oc0 !ai renascer/ !oc0 estar* re)eito em
corpo e l-ria. Ora# a partir da ora que !oc0 mor reu# !oc0 não tem mais mem-ria
porque a mem-ria é uma )unção corporal# depende dos nossos sentidos. Então# sem
corpo#
momento nãoque
tem!oc0
mem-ria.
morreuDepois que !oc0 morrer#
até o momento que !oc0para !oc0# quanto
)oi re)eito tempo
em corpo passou
e l-ria> do
Nem
um minuto? N-s aqui sa"emos que !oc0 não )oi para o Iu%$o 4inal. 8as para !oc0# não
importa# porque em todo este tempo !oc0 s- e,iste em Deus1 nele !i!emos# morremos
e somos. Arist-teles di$ia que a alma era a )orma do corpo. E o que ele entende como
)orma> Não é corpo# não é per)il. Ele di$ que1 uma mão cortada do corpo# ela tem
)iura de mão/ mas não tem )orma de mão. Porque )orma é )unção.  aquilo para a
qual a mão ser!e.  o e,erc%cio pleno da )unção de mão. 4orma para Arist-teles é a
ess0ncia mesma do que a coisa é.  a )inalidade/ A alma é a mani)estação per)eita e
plena do que é o corpo umano. Voc0 pea um !iolino que tem cara# corpo etc. de
!iolino/ mas que não soa como !iolino.  imitação. Da% !oc0 pea uma coisa que não
se parece com !iolino mas que so a como !iolino. 6ual dos dois é !iolino> O Fltimo#
claro. Porque toda aquela )orma# aquele corpo# ele s- e,iste em )unção do som que ele
!ai produ$ir. O som do !iolino est* para o !iolino como a alma est* para o corpo. A
alma é a per)eição do e,erc%cio do con&unto das )unç'es a que se destina o corpo
umano. Alma e corpo não e,istem separadas1 podemos pens*5la separadamente.
Como o compositor conseue a melodia que !ai ser tocada pelo !iolino sem pensar em
qual !iolino !ai materialmente !ai cear a tocar a melodia. 8as pensar é uma coisa#
e,istir é outra. Do mesmo modo# Deus est* relacionado 2 !oc0. Deus pode pensar esta
alma indi!idual independentemente da matéria# do pedaço de car"ono que ele !ai usar
para )a$er !oc0. 8as neste instante !oc0 e,iste apenas como pensamento de Deus.
Aquelas pessoas que di$em1 con!ersei com um morto. Esse cara est* é doido.
Con!ersou com alum "loco de eneria )%sica que ap-s a dissolução daquele corpo
)alou com ele. Esses )enmenos e,istem. O que est* errado é a interpretação que se
)a$ deles. Assim# como se pode so"rar pedaços do corpo !is%!el# pode so"rar "locos de
um corpo que é in!is%!el# mas )%sic o. Voc0 ima ina o seuinte1 em !olta de cada
)io$ino elétrico# !oc0 tem um campo. e !oc0 pear todos os ner!os do nosso corpo e
emendar# d* o )io mais comprido que !oc0 &* !iu. Voc0 imaina o tamano do campo
manético que tem em !olta disso. Esse campo# ele pode se rudar acidentalmente em
outros )ios. E pode se reprodu$ir imaens# sons# pala!ras etc.. que são pedaços do seu
campo enerético em decomposição. Então# o cara não con!ersou com morto nenum
e sim com um pedaço dele. ão res%duos. 7sso não quer di$er que o indi!%duo se
tornou irreal. Ele é real na medida em que !oc0 tem a crença em que Deus sustenta as
9
suas promessas. então !oc0 acredita que ele !ai re)a$er. (odo mundo tem a idéia do
que se&a ir para o céu. Voc0 tem uma série de coisas que !oc0 dese&aria para este céu1
que seu )ilo# seus pais etc. esti!essem l*. (al!e$ não se&a e,atamente assim. e não
)or assim# )ormule assim para que se&a melor/ pior não. O que quer di$ er melor>
8elor não quer di$er di)erente. Então# tem um poeta que disse ao !er uma paisaem1
Eu não conce"o que no céu possa a!er uma paisaem melor do que estas. O que
pode ser melor é o seuinte1 L* eu teno um olo melor do que este. Então# o que
eu quero do céu> 6uero que se&a e, atamente como é aqui em "ai,o# mas que eu
tena um olo melor# mais limpo.  uma maneira de escre!er1 a capacidade de
en,erar para melor não quer di$er di)erente. e )or totalmente di)erente então é
outra coisa# a% não ser!e. H* muito tempo atr*s eu ti!e um sono muito elucidati!o1
sonei que )ui para o céu e l* a!ia um parque de di!ers'es e mina muler esta!a l*
s- que criança "rincando de "oneca. A% eu disse1 Aqui não é o céu não# !oc0 me
enanou# !ou em"ora? 7sso mostra uma desarmonia entre a necessidade das
aspiraç'es umanas e os s%m"olos de )elicidade. Esses s%m"olos tam"ém são
a"strati!os. Porque uma coisa que representa a )elicidade para !oc0# em certo
momento no caso da mina muler e em outro momento pode se um tormento>
Então# o céu não se comp'e destas coisas. De!e a!er uma certa adequação entre
su&eito e o"&eto para pode r ser um céu. Este tema é uma das medit aç'es mais
essenciais1 o que seria o melor> O que queremos di$er com melor> Esse nosso
melor não é a"strato> e ele é a"strato# é sinal de que !oc0 não !ai o"ter. Pensar
neste
melormelor e tentar
considerado reali$*5lo é precisamente
concretamente> uma leitura
7sso é/ no con&unto alqu%mica.
que o OA
torne real> que éo
di)erença
entre real e irreal é apenas concretude. Eu posso di$er que !oc0 aqui são reais porque
eu os estou !endo por inteiro# não em pedaços. Então# toda a sua !ida# sua "iora)ia#
não est* ali> Ou ela dei,a de e,istir e s- e,iste !oc0 aqui so" o aspecto a"strato de
!oc0s serem alunos> Claro que não. Aora# se !oc0s se ausentam e eu penso apenas
em !oc0s como alunos# eu não estou me re)erindo a um ser real1 mas 2 um aspecto
a"strati!amente separado do ser real. Para certos tipos de pensamento e tam"ém para
a in!estiação cient%)ica# "asta o pensamento a"strato. 8as para o pensamento
alqu%mico# não? Então# o que e o melor considerado concretamente> Por e,.1 eu
imaino uma casa de campo. A% eu penso. 6uanto !ai custar esta casa> e me custar
aluma coisa# &* não est* muito "om. u"entende5se que não podemos o"t0 5la sem
es)orço. e !oc0 est* pensando no melor do melor su"entende5se que aquilo não !ai
custar so)rimento. Continue neste racioc%nio e !oc0 !er* que não pode ser assim.
Porque o mundo teria a insta"ilidade dos seus pensamentos. Por e,.1 quero uma
su%te presidencial no eraton e depois um castelo na Pro!ence. Eu imaino as duas
coisas "oas e passo de uma para a outra. E se a casa melor que !oc0 )or ter no céu é
assim# ser* uma "ela porcaria. Porque !oc0 aca"ou de pensar numa su%te# depois
pensou num castelo# &* mudou. Não pode ser assim. Então se !oc0 tentar imainar
um mundo melor concretamente meditando é com Deus. (udo o que )or melor do
melor é com Deus. (entar imainar o melor do melor é a pr*tica mais importante
que e,iste.  melor do que !oc0 )icar re$ando. Re$a5se quando !oc0 não conseue
meditar. 6uanto de es)orço !oc0 &* )e$ para tentar imainar# conce"er um melor>
Então !oc0 nunca pensou em Deus# na sua !ida. e !oc0 nem )e$ esta meditação que
se destina ao prop-sito Fltimo da operação alqu%mica não tem Alquimia. Eis a%# &* a
primeira pr*tica alqu%mica1 meditação so"re o "em. O "em o que é > O melor. O Jem
não e,pressa "em a idéia que ela con tém. Porque o Jem é uma coisa "oa / mas n-s
estamos )alando de uma coisa que é melor do que "oa/ é o melor do melor.  o
ma,imamente "om# o "em in)inito # ilimitado. Porém# um Jem in)inito# ilimitado# que
não é acess%!el 2 !oc0# dei,a de ser "om na mesma ora1 se não podemos pear o
in)inito# então escapou da mina mão. Então# um "em in)inito# mas que este&a na
escala umana# este me ser!e. eria o sapatino da Cinderela que não encai,a no pé1
não resol!e. O "em in)inito na escala do umanamente poss%!el# reali$*!el# e,ecut*!el#
10
isso é precisamente a es)era do Cristo. O Cristo é o di!ino umano. Da% as duas
meditaç'es1 O supremo Jem e o supremo Jem na escala umana. 7sto se e,empli)ica
na seuinte )rase de Cristo1 ninuém !ai ao Pai senão por mim? Ou se&a# quanto mais
!oc0 tentar pensar no supremo "em em si mesmo# mas não na escala umana# mais
ele te escapa. A% !oc0 est* em d%!ida# a% !ai para o in)erno. Por isso Cristo usa a
imaem do su&eito que entra pela porta e é rece"ido. E aquele que entra pela &anela é
espancado pelo dono da casa. Esse ne-cio do camino que !ai para o !éu no
7slamismo eles le!a!am per)eitamente a sério. 3ma !e$ peruntaram a 8aomé porque
morriam criancinas> Ele respondeu que as crianças quando cea!am na porta do
céu se recusa!am a entrar sem os pais. A% Deus era o"riado a sal!ar o pai e a mãe
dele. Então# muitas !e$es isso a% é um recurso usado pela pro!id0ncia. Os pais )oram
sal!os pela teimosia da criança e Deus atendeu. Então# muitas idéias in)antis a
respeito de céu são le!adas muito a sério em doutrinas reliiosas. 8uito "em# o Cristo
sim"oli$a o *pice da condição umana. O Cristo é ao mesmo tempo que é di!ini$ado#
ele não perde a condição umana. 8as é transcendente e imanente ao mesmo tempo.
Por isso mesmo que est* na cru$# no limite. 7sso é um dos sim"olismo do ouro1 O
estado umano per)eito. Na escala umana é equi!alente ao sini)icado essencial do
ouro e ser* a etapa )inal das trans)ormaç'es alqu%micas. 8as o metal !ai passar por
um série de est*ios1 partindo do cum"o !ai passar a ser estano# )erro# etc. para
cear ao Ouro. O ouro é este est*io )inal que seria o metal per)eito. No mundo dos
metais# o ouro corresponde aquilo que o Cristo é no mundo umano. Como é que n-s
!amos
nFmero)a$er
um éisso se não
pensar. conseuimos
Pensar o que> Onem pensar.
imainar Então a 7mainar
concreto. operação aalqu%mica
m*,ima
per)eição do ser umano# não seundo um estere-tipo mas seundo aquilo que te
satis)a$ e)eti!amente. E# ao mesmo tempo imainar a suprema )elicidade# a "em
a!enturança umana. 3ma das de)ici0ncias da doutrina cristã desses B.;;; anos )oi
que ela nunca descre!eu o céu. A imaem do céu cristão é uma catice1 s- tem
an&ino tocando arpa. 7sso é uma caricatura. Deus não nos mandou o Cristo que
so)reu 2 "eça para nos arantir um luar que s- tem an&o tocando arpa. Porém não
)a$ parte muito do ensino da doutrina cristã imainar o céu/ o que é um rande erro.
Na tradição isl+mica pelo menos KM de todo o Corão# é a descrição de como é o céu. 
um céu co5proporcionado 2 mentalidade do po!o *ra"e do século V77 a quem aquela
mensaem )oi diriida inicialmente. Então# prometia ao su&eito que ele ia ter ;;
muleres# um castelo com paredes de diamantes. (udo aquilo era o m*,imo# mas para
aquele indi!%duo umano concreto. Então# o céu é su"&eti!o1 s- pode e,istir o céu 2
medida da indi!idualidade umana.  um céu para aquele cara l*/ não um céu
enérico. 3m céu enérico não é céu para ninuém1 é como )a$er sapato M para todo
mundo. Então# tem que ser um céu proporcionado não s- 2 condição umana# mas 2
!oc0 tam"ém. Então# no Corão# tem aque las descriç'es de céu 9como tran sar com
uma !irem depois ela !olta!a a ser !irem de no!o= que pode parecer 2 indi!%duos de
outra cultura uma enorme catice. Para os *ra"es era uma imaem ipertr-)ica# mas
umanamente conce"%!el/ tanto que é di$%!el1 se )osse inconce"%!el não da!a para
di$er. Jom# podemos imainar um monte de maneira mas uma imaem tem que ter.
E !oc0 tem que imainar e criticar ao mesmo tempo esta imaem de céu. e !oc0 não
tem imaem# da "eatitude# da "em a!enturança# como é que !oc0 !ai querer cear
l*> Voc0s !e&am quantos anos !oc0s tem e nunca nem um padre# nenum pro)essor
de )iloso)ia# te )alou isso. Por isso que aente !i!e numa época "astante idiota. Platão
!i!ia )alando isso1 tem que pensar no supremo Jem?
Aluno1 Voc0 esta!a )alando que para aente imainar um Jem como a compra
de uma casa !ina sempre acompanado de um es)orço.
Pro).1  que este céu que estou )alando teria que ser completamente destitu%do
de es)orço. 8as no meu entender# não. Porque se não ti!esse es)orço não teria tensão
aluma. E não aconteceria a"solutamente nada# porque o céu não é Deus. O tipo de
11
e,ist0ncia eterna e imut*!el é do pr-prio Deus. Não )oi isso que ele disse para n-s. Ele
não disse1 !oc0 ser* Eu? Ele disse1 !oc0 ter* um pouco de l-ria# !oc0 ter* uma
e,ist0ncia que não ser* eterna# mas ser* perene. Eterno não pode ser porque o que é
eterno não tem começo. A perenidade não sini)ica uma coisa est*tica. 8as * um
mo!imento de tipo c%clico1 acontece um monte de coisas# !oc0 cea no )im e depois
passa para outra. 7ual$ino ou um pouco di)erente. E,atamente como num &oo.
(ermina o &oo# !oc0 !ai &oar o mesmo &oo. Não !ai ser e,atamente o mesmo &oo# !ai
ser um pouco di)erente. Então# eu supono que o céu se&a uma e,ist0ncia c%clica
inde)inidamente !ariada con)orme a )elicidade de cada qual. Ora# neste &oo e,iste um
es)orço. 8as# se !oc0 quiser parar de &oar# não acontece nada de mal. O &oo# o
"rinquedo a "rincadeira é um dos aspectos da )elicidade. Certamente este elemento
lFdico não pode estar ausente no céu. 8oti!o pelo qual no meu sono apenas aquele
&oo não me interessa!a1 era um &oo de criança/ não era aquilo que eu queria. Esta é
a principal ocupação umana1 !oc0 tentar pensar no melor mesmo sem pensar em
Deus. Como é que eu !ou pensar em Deus sem pensar na mina pr-pria satis)ação>
e eu tento imainar Deus )a$endo a"straç'es da mina pr-pria satis)ação# eu estou
tentando imainar um Deus que est* )ora# que est* oposto 2 mim. 8as se ele est*
oposto 2 mim# não est* me atendendo por dentro# então eu e Deus estamos separados/
estou pensando na mina separação de Deus# estou indo para o in)erno. 6ualquer
pessoa que te mande pensar em Deus# e não te a!isa que é para pensar na tua pr-pria
)elicidade# ele est* te mandando para o in)erno. Voc0 tem que pensar numa coisa que
te contente1
somente no no contentamento.
personaem nas 7sto
suasé o!irtude
pr-priomorais#
Cristo. Aora# se !oc0 pensar
"om !irtudes moraisem
doCristo
tipo
ascéticas# elas não são em si mesmo um a )elicidade. O asceta que )a$ &e&um não )ica
)eli$ em passar )ome. Ele o )a$ por uma )inalidade. enão ele seria um idiota per)eito.
O Asceta renuncia 2 aluns "ens que acidentalmente estão le )a$endo mal. E isso se
re)ere 2 qualquer procedimento moral que !oc0 )aça. e !oc0 se recusa a comer a
muler do seu amio# não é porque não seria "om ou dese&*!el. Ruim seria a triste$a
do seu amio. Voc0 renuncia 2 isso porque é um "em mas que !eio contaminado por
um mal. e s- d* para ter este "em 2 custa de um mal# eu não quero. O ascetismo é a
ação re)le,a da meditação so"re o Jem upremo. Q medida que !oc0 pensa no melor
do melor# !oc0 !0 que ele é um "em di)erente dos "ens desta !ida. Os "ens daqui são
relati!os1 eles dependem de uma circunst+ncia# de um luar# de um tempo etc.. e
!oc0 )or transar uma semana sem parar# este "em &* não )ica "om. Porque este "em é
relati!o1 depende a relação com o !i$ino. Esta con&unção de "ens e males# de "ens
relati!os e males relati!os# essa é a !ida que n-s !i!emos. 7sso quer di$er que1 a
medida que !oc0 raciocina# medita so"re o "em supremo# !oc0 aprende a medida dos
"ens daqui. Claro que esses "ens nunca são a"solutos/ são sempre relati!os. Como
di$ . Paulo Ap-stolo1 tudo é "om mas nem sempre con!eniente. Con!eniente é aquilo
que pode !ir &unto. Essas todas aqui não podem !ir &untas porque pedem de n-s uma
ierarqui$ação racional dos "ens e isto mesmo é que se cama moral. 8oral é pre)erir
umas coisas e preterir outras. O "em supremo seria aquele1 nada é preterido# tudo é
pre)er%!el/ tudo seria "om. E d* para ter a con&unção de "ens de di)erentes espécies
que na condição terrestre são impratic*!eis.  &ustamente por causa desta consci0ncia
do "em supremo que se )a$ 2s !e$es uma renFnc ia 2 determinados "ens positi!os
terrestres.
Aluna11 O supremo "em é de ordem moral>
Pro).1 Não. Porque o céu não tem moral. A moral implica so)rimento# renFncia.
7sso não é o que aente quer ter no céu# não é> Então# de!e ter uma maneira de !oc0
air sempre certo sem precisar renunciar. No céu de!e ser assim porque aqui não d*.
Aqui# a ente tem que ierarqui$ar. E essa ierarqui$ação é )eita não somen te pelo
indi!%duo como pela coleti!idade inteira. Na coleti!idade# sempre tem um certo
nFmero de pessoas que renunciam a quase tudo. Os ascetas Por e,emplo1 eles
renunciam em primeiro luar para não incomodar os outros. (odos aqueles "ens que
12
!oc0 renunciou# !oc0 não !ai disputar eles com ninuém. 7sso )a$ parte do ascetismo
terrestre. O ascetismo celeste não )aria o menor sentido. A meditação do Jem supremo
pode le!ar 2 !oc0 a renunciar certos "ens terrestres. 8as isto é a acidental. Pode
acontecer# pode não acontecer. Pode ser importante para alumas pessoas# para
outras# não? 6uando um mone "udista se recusa a pisar numa "arata ele pensa1
pode ser que eu renasça como "arata. Est* tentando não incomodar o Cosmos.
(am"ém tem a est-ria de 8aomé. Ele esta!a )a$endo uma preação e apareceu um
ato e )icou rudado ali na roupa dele. Ele terminou a preação# )icou ali sentado
oras esperando o ato acordar.
13
SEGUNDA AULA (10/01/96)

As l%nuas sacras# elas dão uma idéia precisa do que é essa coisa do sim"olismo. Ho&e
em dia o pessoal distinue entre o que é o uso utilit*rio# literal da linuaem# do que
seria um uso sim"-lico. E o uso sim"-lico# no entender da doutrina acad0mica
!iente# é um uso que acrescenta 2 pala!ra as intenç'es su"&eti!as do )alante.
Em"ora o conceito de sim"olismo não se&a nada disso. O sim"olismo é apenas o
sini)icado tomado em toda a sua plena e,tensão. e !oc0 pear qualquer manual de
teoria da literatura# ele !ai te )alar da di)erença entre a linuaem utilit*ria e
linuaem liter*ria e poética 9ou sim"-lica=. Aente pode di$er que poético ou
sim"-lico é aquela linuaem na qual# ao sini)icado literal ou utilit*rio# se acrescenta
uma intenção su"&eti!a. Nesse caso# todos os sini)icados sim"-licos são apenas
pro&eti!os i.e./ a alma do indi!%duo que ele pro&etou em cima de pala!ras que
realmente não sini)icam nada mais além de certos o"&etos )%sicos do mundo e,terior.
Então# este conceito de sim"olismo# eu aco totalmente errado. im"olismo não é
acrescentado. O sim"olismo s- conseue captar certas relaç'es o"&eti!as que e,istem.
E um e,emplo m*,imo disso a% é o sim"olismo da lu$.
A Lu$ sim"oli$a a inteli0ncia# a consci0ncia. Voc0 não est* utili$ando uma
)iura de linuaem/ !oc0 est* di$endo uma coisa quase literal. Voc0 imaina o omem
no tempo das ca!ernas# aonde não a!ia lu$ elétrica. Alum dia# um indi!%duo
perce"eu que a!ia ol. Na mesma ora em que ele pre stou atenção na lu$ do ol#
ele# ao mesmo
perce"er tempo#
lu$ senão perce"eu
!oc0 a lu$
perce"er queeoaseu
consci0ncia
olo est*que ele tina
sendo depor
a)etado lu$.ela>.
O que é !oc0
Então#
não é poss%!el !oc0 perce"er que e,iste uma lu$ sem que# no mesm%ssimo ato#
indissolu!elmente# !oc0 perce"er a sua consci0ncia da lu$. Então# neste caso# o
o"&eto que !oc0 est* conecendo e o ato su"&eti!o de conecer# )ormam uma unidade
insepar*!el. Esta relação# ela não aparece tão n%tida nos outros o"&etos além da lu$.
Porque> Porque os outros o"&etos !oc0 não os !0 diretamente/ somente atra!és da lu$.
Portanto o o"&eto dos o"&etos i.e./ o modelo das percepç'es# é a lu$. E na percepção da
lu$# não e,iste inter!alo entre o su"&eti!o e o o"&eti!o1 consci0ncia de lu$ é a mesma
coisa que percepção da lu$. Perce"er uma lu$ é perce"e r que a perce"e. Então# na
percepção da lu$# não e,iste inter!alo para entrar aquela cuna da dF!ida cética a
respeito do conecimento. Eu posso du!idar que estou !endo esta cadeira. Eu posso
acar que ela é uma pro&eção su"&eti!a. mas eu não posso )a$er esta operação com a
lu$. Voc0 !e&a que se !oc0 imaina uma lu$# instantaneamente o seu olo começa a ter
todas as reaç'es# como se ti!esse a!ido uma lu$ mesmo. 6uer di$# a reação
)isiol-ica é a mesma se !oc0 imaina a lu$ ou se !oc0 a !0. 6uer di$er que o seu olo#
de certo modo# est* produ$indo uma luminosidade interna. Então# partindo do
e,emplo da lu$ representando a consci0ncia# isto é um sim"olismo/ e ao mesmo tempo
isso não é nada que este&a sendo acrescentado literariamente ao o"&eto lu$.  quase
uma transcrição literal. Essas propriedades# os outros s%m"olos tam"ém t0m# mas não
de uma maneira tão e!idente. Então# linuaem sim"-lica é aquela que# apenas não
separa aluns sini)icados como )a$ a linuaem corrente mas os enlo"a. Por e,.1 na
ora em que !oc0 est* lendo um li!ro de $ooloia so"re o comportamento dos
ipop-tamos# !oc0 est* usando a pala!ra ipop-tamo como termo que desina um
conceito $ool-ico preciso de uma espécie animal. Portanto# !oc0 s- est* interessado
em que todos os ipop-tamos poss%!eis tenam em comum# e que est* e,atamente
enlo"ado neste conceito. Portanto# !oc0 não est* interessado num ipop-tamo em
particular que possa ser perce"ido pelos sentidos. 7sso quer di$er que este uso# ele é
seleti!o1 ele s- se interessa por certos aspectos do ser desinado. O uso sim"-lico# ele
)a$ ao contr*rio1 ele se interessa por todos. Ou se&a# o con&unto do sini)icado
$ool-ico da pala!ra ipop-tamo# est* enlo"ado tam"ém. - que ele não se separa#
Por e,..# da impressão sens%!el que te d* o ipop-tamo. Por e,.1 é imposs%!el !oc0 !er
um ipop-tamo sem !oc0 )icar muito impressionado com o tamano do "ico ? 8as
14
isto não é su"&eti!o# ele é rande mesmo? E isto# do ponto de !ista $ool-ico# é
irrele!ante. Ou se&a# as relaç'es que e,istem entre essa espécie animal e a espécie
umana no sentido da percepção de um pelo outro não )a$em parte do estudo
$ool-ico do ipop-tamo# mas são uma realidade. 4a$em parte do s%m"olo. Nem todas
as pro&eç'es su"&eti!as são tão su"&eti!as assim. A maioria delas !0em de traços
perce"idos no o"&eto# não são pro&eti!os. Por e,.1 O leão é o rei dos animais? Parece
uma coisa pro&eti!a porque de )ato# o leão não tem autoridade nenuma so"re os
outros animais. Porque atri"u%mos isto 2 ele> Porque o leão tem uma série de
qualidades que !oc0 !0 distri"u%das em !*rios animais separadamente# mas que nele
estão &untas. E )ormam um certo equil%"rio# uma certa centralidade no reino animal.
Por e,.1 pelo )ato dele ser o mais )orte e ao mesmo tempo o mais manso.  um "ico
re*rio# tem um comportamento do tipo paternal. e portanto onde se instalar uma
tri"o de le'es# um leão so$ino não !ai mandar nada# mas a tri"o certamente domina.
E,atamente como um rei# que não domina so$ino# mas atra!és da tri"o. 7sso tudo
são realidades# não é um modo de di$er. o leão e,erce so"re sua tri"o uma )unção
real# não é uma pro&eção# uma )iura de linuaem. Pro!a!elmente e,istiam Reis Le'es
antes de e,istirem Reis umanos?. E não é imposs%!el que uma certa estrutura da
sociedade umana tena sido copiada do reino animal. (odo sim"olismo# se !oc0
ca!ar )undo# !oc0 !er* que ele nada acrescentou ao o"&eto. Por e,.# no sim"olismo do
cum"o# !eremos que ele !ai desinar a melancolia. aturno sim"oli$a a melancolia.
Porque> porque é aquele planeta )rio# com uma roda de elo em !olta etc.. Aora#
peque um indi!%duo
descon)iado. Então issoque
não se into,ique
é tão sim"-licocom cum"o.
no sentido Ele !aida)icar
pe&orati!o melanc-lico#
pala!ra.  uma
transcrição de propriedades que estão o"&eti!amente naquele ser. 8et*)ora é o uso
poético que !oc0 )a$ de uma pala!ra acrescentado 2 ela emoç'es su"&eti!as que não
são de nature$a uni!ersal/ mas que estão liadas a uma determinada e,peri0ncia.
Como Por e,.# um luar onde ti!e o  encontro com a mina namorada. Este mesmo
luar pode sini)icar uma coisa completamente di)erente para uma outra pessoa1 ela
pode ter sido assaltada l*. Aora# quando se trata de um sim"olismo aut0ntico# "asta
!oc0 ca!ar um pouquino# que !oc0 !ai !er que aquilo e,pressa a uni!ersalidade da
e,peri0ncia umana com relação 2queles entes. Por e,.1 o )ato do céu ser ele!ado. E
tam"ém o )ato do céu ser camado de )irmamento. Porque que isto acontece> porque
as estrelas estão sempre nos mesmos luares.  a Fnica coisa que permanece num
mundo que est* em cont%nua mudança. e o omem antio# das ca!ernas# associou 2
(erra como um mundo em perpétua mudança e associou o céu com a idéia de
perman0ncia e esta"ilidade# ele não esta!a )a$endo uma descrição su"&eti!a# ele esta!a
)a$endo uma descrição -"!ia da realidade das apar0ncias. Por e,.1 a paisaem que
muda ao lono do ano. mas# em qualquer época do ano# este&a no céu aonde esti!er#
!oc0 pode tomar as mesmas estrelas como orientação. O )ato de que as estrelas
tam"ém se mo!am# não modi)ica nada/ porque elas se mo!em num tempo que#
comparado com a muta"ilidade terrestre# torna5se despre$%!el. Jom# então isso é um
sim"olismo no sentido estrito do termo e não no sentido liter*rio da coisa/ é s%m"olo e
não met*)ora. O que !ai caracteri$ar estes randes poemas sacros é que eles são
constitu%dos inteiramente de s%m"olos. E a poesia# a literatura é um arremedo disto. A
literatura todina é apenas um coment*rio dos poemas sacros. Portanto# se !oc0
pear toda a literatura uni!ersal# não e,iste um tema narrati!o que &* não este&a
contido nas J%"lia# nos Vedas# etc.. As situaç'es arquet%picas que são colocadas
nestes li!ros# elas podem ser inde)inidamente copiadas. E,iste até um li!ro so"re isto1
The Great Code / onde o autor pea a literatura do ocidente e a "%"lia e ele !ai
mostrando que a literatura ocidental inteira é apenas um coment*rio da J%"lia. Da
mesma )orma# a literatura oriental inteira é apenas um coment*rio dos Vedas.
@oete o"ser!a!a que de toda a imensidão de poetas *ra"es que a!iam# ele s- le!a!a
a sério uns oito. Oito que# conseuiram )alar aluma coisa do Corão que !oc0 não
desco"riria so$ino apenas lendo5o. 4oi para isto que estes oito ser!iram# apenas isto.
15
3m estudo apro)undado dos randes te,tos sacros# ter* pelo menos esta !irtude de
diminuir o seu interesse liter*rio. a coisa ter* menos raça do que parece. Voc0
precisa tam"ém conecer um pouco da l%nua para !oc0 poder entender a rique$a que
se tem por detr*s do te,to. Por a% d* para ter uma idéia das propriedades inusitadas#
da imensa pro)undidade que t0m estes te,tos. Por e,.1 no *ra"e !oc0 tem todo aquele
ne-cio da permutação de letras. pela numeração das letras .!oc0 tina uma )rase#
!oc0 pea por nome e o"tina outra )rase. e todas elas interliadas. Não tem te,to
umano capa$ de )a$er um treco desse. Jom# a% se !oc0 não acredita em Deus.se !oc0
pea um te,to sacro !oc0 que não tem umano capa$ de )a$er isso/ é a"solutamente
imposs%!el. Esta é a maior pro!a de Deus. Os cap%tulos# as uras que quer di$er )orma
são considerados seres !i!os. Cada ura é um ser di)erente. ura ae# anda# !ai de um
lado para o outro# toma decis'es. As suras são indi!idualidades# )ormas !i!entes/ é
um ser auto5consciente# como se )osse um an&o.  um con&unto de ra)ismos/ s- que
não são ra)ismos umanos# e sim di!inos. Voc0 quando escre!e# !oc0 usa pala!ras
que sini)icam coisas. Aora# quem )oi que escre!eu as coisas> 4oi o pr-prio Deus?
7sso quer di$er que estes te,tos sacros t0m uma estrutura semelante 2 realidade
mesmo. Por tr*s da escrita# !oc0 !0 uma outra escrita constitu%da de coisas. Não é
que !oc0 !* interpretar um te,to/ ao contr*rio1 !oc0 !ai usar aquele te,to para
interpretar a realidade. O te,to é como se )osse um mundo a"re!iado. Para se ler um
te,to sacro é preciso ter uma série de a!isos# senão !oc0 não !ai entender nada.
Jom# mas o "*sico aqui# aora é entender estes conceitos )undamentais como
esse da Pot0ncia
Alquimia e Ato. e
seria a ci0ncia da não ti!er pot0ncia
trans)ormação# da emutação.
ato# não Como
!ai teré alquimia
que mudanenuma.
uma coisa
em outra. Ora# essa mudança de uma coisa em outra pode tomar um sentido
psicol-ico ou moral. Então# se !oc0 ti!er um !%cio# como é que !oc0 o trans)orma
numa !irtude> Então é claro que !oc0 não pode trans)ormar um !%cio em !irtude se
alo da !irtude não esti!er nem em pot0ncia contido no mesmo !%cio. Por e,.1 os
preuiçosos não são intriantes. Para )a$er uma intria# d* tra"alo# não é> O )ato de
!oc0 ter determinado !%cio te de)ende contra um outro. Num procedimento alqu%mico#
a coisa seria !oc0 com"ater determinados !%cios não )a$endo )ace 2 eles com uma
!irtude/ mas com um outro !%cio. e !oc0 estudar todos os c-dios morais# !oc0 ter*
uma coleção de e,i0ncias. Então o que seria um omem !irtuoso> e ele cumpre os
; mandamentos. O que são os ; mandamentos>  a conduta ideal/ E a conduta
ideal não e,iste? Então ninuém os cumpre. Então# partindo do estado atual# como
cear até l*> eria atra!é s de uma alquimia psicol-ica# moral etc.. Note "em que
não é uma disciplina. Disciplina sini)ica !oc0 se a"ster de )a$er certas coisas. Por e,.1
parar de )umar. Voc0 corta este !%cio não se importando com as co nseq0ncias
psicol-icas que isso !ai ter. O procedimento alqu%mico não é este. Alquimia é
trans)ormar aluma coisa/ não é su"stituir. e !oc0 su"stitu%# o processo é inor+nico/
é por uma &ustaposição mec+nica# de )ora. O processo alqu%mico é trans)ormar uma
coisa para que ela !ire a outra. Voc0 não !ai )a$er uma contra5posição entre um !%cio
e uma !irtude. Voc0 !ai procurar sim# a rai$ da !irtude no pr-prio !%cio.  di)%cil/ mas
é por isso que poucas pessoas a praticam. 8uito poucas pessoas t0m capacidade
para isso. A% tem que ser por &ustaposição mec+nica# tem que cortar uma coisa e
colocar outra no luar. 7sto a% é um procedimento disciplinar/ !oc0 pro%"e o indi!%duo
de certos comportamentos. E ele# então# mo!ido pelo medo !ai internali$ar este medo e
corta o !%cio. 8as não ou!e trans)ormação. Este tipo de educação disciplinar# ela não
di$ respeito 2 alma do indi!%duo interiormente/ ela di$ respeito 2s relaç'es entre o
indi!%duo. Por e,.1 3m indi!%duo que rou"a e p*ra de rou"ar. Ele parou de incomodar
os outros/ ele não melorou internamente. Então# a disciplina !isa a manter uma
ordem social/ em cortar dos indi!%duos aqueles !%cios que se&am a"solutamente
intoler*!eis. 8as ela não muda os indi!%duo/ eles continuam tão ruins quanto antes.
O processo alqu%mico muda o indi!%duo mesmo ainda que isto não se tradu$a em
mudanças muito !is%!eis 5. O estado interior dele não !ai se e,pressar
16
necessariamente em qualidades umanas tão "rilantes assim como se poderia
esperar. 8as um outro indi!%duo que tena as mesmas qualidades# o reconecer*? Por
e,.1 e !oc0 l0 Iean5Iacques Rousseau e depois l0 Lei"ni$. Claro# os dois t0m idéias
di)erentes. Porém# e,iste uma di)erença a mais1 As idéias que )oram escritas por
Lei"ni$# são o pr-prio Lei"ni$/ aquilo é o interior dele# ele não est* escondendo nada.
Iean5Iacques Rousseau# não. Aquilo são apenas o"ras escritas de Iean5Iacques
Rousseau1 ele não est* comprometido com aquilo que escre!eu. 8as !oc0 precisa ter
uma pr*tica e uma certa reali$ação interior para poder pear esta di)erença. Eu não
!ou le!ar a sério as idéias de Iean5Iacques se nem ele mesmo le!a. é apenas aluma
"oa idéia que ele te!e num determinado momento/ mas que pode não sini)icar rande
coisa para ele mesmo. Então# a alma de Lei"ni$# é mais per)eita. As idéias dele pode
não ser nem tão "oas quanto a do outro# consideradas isoladamente. 8as# no
con&unto# !ai ter uma solide$# uma centralidade que o outro não tem. Aente s- pode
perce"er aquilo que est* no nosso plano. 6uanto mais !oc0 !ai se aper)eiçoando# mais
!oc0 !ai desco"rindo outras !irtudes e qualidades que !oc0 não !ia. Aora# !oc0 pode
tam"ém ser um indi!%duo culto# instru%do mas não ter a cultura da alma. Então# est*
no estado mais "ai,o/ est* no estado cum"o1 é um rosso? 6uanto mais "ai,o !oc0
esti!er# mais !oc0 !ai tender a !er mais de)eitos do que qualidades. Porque as
qualidades são in!is%!eis# ao passo que de)eito qualquer um !0. Aente perce"e loo
se o cara é )eio# ordo# de)eito aparece loo. Aora# as qualidades são pot0ncias que
não aparecem o tempo todo. Por e,.1 o car*ter er-ico. Ora# o car*ter er-ico s- se
mostrar*
de enormequando
perio1as circunst+ncias
uma assimdeo medo
delas !ai morrer e,iir.e Duas pessoas
correr/ postas
e a outra em situaç'es
mostrar* seu
ero%smo. 8as acontece que n-s não !i!emos em situaç'es de enorme perio. E como
é que !oc0 )a$ para sa"er se este indi!%duo tem isto e o outro não te m> - se !oc0
ti!er. Para quem não tem# os dois são iuais.
3m dos moti!os para ente se dedicar a este estudo é porque ele nos torna mais
)eli$es/ porque !oc0 começa a !er mais qualidades do que de)eitos. Por e,.1 os de)eitos
que os teus inimios t0m. Em primeiro luar !oc0 !ai aprender a distinuir o que é
um de)eito# o que é o"&eti!amente mal# e o que é simplesmente um *"ito que te
incomoda. 6ualquer coisa que nos incomode# aente condena moralmente quando na
maioria das !e$es não tem sini)icação moral aluma. Então# !oc0 !ai a)inando o seu
senso moral até o ponto de !oc0 &ular moralmente somente aquilo que tena aluma
sini)icação moral. Por outro lado# para perce"er as qualidades dos indi!%duos !oc0
não !ai precisar esperar que elas se mani)estem. ini)ica ter uma certa sutile$a de
perce"er aquilo que est* em pot0ncia# em sementes. E porque !oc0 conseue
perce"er> Porque !oc0 coneceu estas qualidades em !oc0 quando elas eram
sementes/ e !oc0 as !iu crescer? A% !oc0 reconece. E,atamente como um "ot+nico#
um arnomo sa"e distinuir uma palmeira de uma manueira. 8as se !oc0 pear as
sementes. e !oc0 s- sa"e distinuir a *r!ore depois que ela cresceu. é di)erente de
!oc0 distinuir &* a semente? Do mesmo modo# o ero%smo# a enerosidade# a
inteli0ncia# a lealdade. tudo isso t0m sementes. E se !oc0 &* desen!ol!eu uma delas#
quando !oc0 a !0# !oc0 a reconece. Este tipo de pr*tica# de disciplina# de arte#
quando praticada por um certo tempo.!oc0 !0 tudo aquilo que est* em semente
naquela pessoa. E se )or dada a de!ida condição# ela se desen!ol!er*. 8as temos que
sa"er que esse primor e "ele$a não estão prontos/ são apenas sementes. E por outro
lado# se aparecer de)eitos# !%cios# mal comportamentos etc.# !oc0 tam"ém sa"er* se é
uma coisa muito pro)unda# estruturada no car*ter ou se é acidental. E )ique sa"endo
que S é acidental. Os de)eitos que as pessoas se atri"uem umas 2s outras# S é
acidental/ e mais ainda# é pro&eti!o? 6uer di$er# o indi!%duo não en,era nem direito o
de)eito do outro. (eno B amios# o Jruno (olentino e o Antnio Paulo @raça. 3m )oi
l* e acou que de!eria aumentar o pre)*cio do li!ro do outro. O outro tomou aquilo
por m* )é. ão pessoas que aem completamente di)erente. A mina an*lise da coisa
é totalmente di)erente. Porque um acrescentou coisas no pre)*cio do outro>
17
implesmente porque ele é um su&eito e,tremamente !aidoso# e acou que o outro iria
apro!ar seus eloios# não ou!e m* )é# )oi um auto5enano/ moti!ado pela !aidade
apenas. E quanto ao outro em"ora o pre)*cio não tena sido pu"licado do &eito dele5
porque protestou> Porque é um su&eito riorista# um Tantiano. Tant di$ia que !oc0
não pode mentir nem para o ladrão que perunta aonde est* escondido o seu dineiro.
Verdadeira m* )é é mais rar o do que as pes soas pensam/ precisa de mui ta
enenosidade para air de m* )é. e o su&eito aiu por !aida de. ora# o !aidoso
enana a si mesmo. e ele enana a si mesmo# ele não sa"e o que est* )a$endo. e
ele não sa"e o que est* )a$endo# como ele pode estar aindo com mal%cia> 8al%cia é
!oc0 estar !endo a situação direito/ tem que ser meio estrateista. Então# este
discernimento de qualidades e de)eitos )a$ parte da pr*tica do pr-prio processo de
trans)ormação.
No processo alqu%mico# não e,iste separação da alma e do corpo.
Alquimicamente# d* na mesma !oc0 trans)ormar um metal em outro no la"orat-rio
com um )oo material que !oc0 acende/ Ou !oc0 trans)ormar uma pai,ão em outra
pai,ão dentro da sua alma. Portanto# a di)erença entre alquimia espiritual e alquimia
material# não e,iste. Ontem n-s !imos que1 a leitura alqu%mica consistia em dar a
cada termo a plenitude da sua e,tensão até que os elementos que estão mencionados
ali se presenti)iquem para !oc0. Então# quando !oc0 l0 cum"o# !oc0 não est* lendo a
pala!ra cum"o1 !oc0 tem diante de si este o"&eto camado cum"o na plenitude de
tudo que ele sini)ica 9o metal em si# o planeta# os sentimentos associados/ en)im#
tudo o que
que !oc0 !aiele sini)ica
)a$er isso> numa s%ntese
Voc0 não podesim"-lica
ter todoscamada cum"o=.
os materiais# A# mas
!oc0 não comouma
!ai )a$er é
coleção de minerais# metais# plantas# animais etc. para "otar na sua cara para toda
!e$ que !oc0 ler# !oc0 consultar. Jom# então aonde !oc0 !ai encontrar as re)er0ncias
de todas essas pala!ras> Vai encontr*5las no seu pr-prio corp o? E aonde estão os
seus !%cios e !irtudes> Estão no seu corpo mesmo. Estão l* mesmo tam"ém so" a
)orma de determinadas emoç'es# determinadas su"st+ncias. A omeopatia tem uma
inspiração alqu%mica. E o princ%pio "*sico dela que é um princ%pio que &amais )oi
declarado pelos te-ricos da omeopatia é a identidade de certas su"st+ncias materiais
com certos estados interiores do ser umano. O cum"o não s- est* liado a
determinadas emoç'es mas a di)erentes percepç'es do tempo. !amos di$er# todo o
con&unto numa constelaç'es de reaç'es do ser umano. E# esse con&unto de reaç'es
que estão no nosso corpo# ele é o que n-s camamos de O Nosso Cum"o. Então# n-s
temos O Nosso 8ercFrio# O Nosso Estano# etc.. Então se !oc0 ler um te,to alqu%mico
não !* acar que Nosso é uma espécie de c-dio. A coisa é literal mesmo? E esse
Cum"o sini)ica1 Primeiro# a parcela do elemento met*lico cum"o que tem no seu
corpo. eundo# ele sini)ica todas as )unç'es corporais que dependem deste metal.
(erceiro# todas as )unç'es coniti!as que dependem deste metal. 6uarto# todas as
emoç'es de estados interiores que estão relacionadas 2 presença e as trans)ormaç'es
deste metal no seu corpo. O Alquimista )a$ o contr*rio de um te,to ci)rado. 7sso quer
di$er que o te,to alqu%mico tem que ser lido com uma certa inoc0ncia# sem esperte$as/
E a conquista desta inoc0ncia que tornar* !oc0 apto a ler um te,to alqu%mico# é o
começo. Por isso que eu dio1 não tem inter!alo entre a teoria e a pr*tica. Não d* para
!oc0 sa"er a teoria primeiro para praticar depois. E na ora que !oc0 esti!er tentando
entender a teoria# isso a% &* é a pr*tica.
Ontem eu esta!a )alando que esta operação inteira é imposs%!el se !oc0 não tem
a menor imainação a respeito do est*io )inal da coisa. e !oc0 não sa"e para onde
!oc0 quer ir# então !oc0 não !ai para parte aluma. Voc0 precisa ter aluma idéia#
mesmo que se&a errada# do est* io )inal. Estou )alando da tentati!a de !oc0 tentar
imainar o estado de contentamento umano. Contentamento seria aquilo que
atendesse !oc0 na plenitude. A di)iculdade de !oc0 imainar um contentamento é
porque cada contentamento que !oc0 imainar sempre ser* parcial/ e entrar* em
con)lito com alum outro dese&o que !oc0 tena. Porém# tentar conce"er o
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contentamento umano# é tentar articular esses aspectos con)litantes num todo
armnico. 6uer di$er que se os con)litos se resol!essem# como seria o resultado
)inal> e n-s conseu%ssemos um status de contentamento onde cada um de seus
componentes# em !e$ de atrapalarem os outros a&udasse# como seria esse estado
)inal> Nesse caso# !oc0 eliminaria todo o con)lito entre )ins e meios. Qs !e$es n-s
queremos uma coisa "oa. 8as# para cear nessa coisa "oa n-s temos que passar por
uma série de di)iculdades ou uma série de aspectos maus da realidade. E se esse
camino# essa intermediação# tam"ém )osse ela "oa> Como é que seria> Então# essa
tend0ncia de imainar o melor dos melores# isso a% é que se cama (%mese
Para"-lica. (imos# em reo# quer di$er a!aliação# !alores das coisas. E para"-lico# é
porque descre!e alo como se )osse uma cur!a. Ass%ntota é uma cur!a que se
apro,ima inde)inidamente de um o"&eti!o sem alcanç*5lo. Então# é uma cur!a que !*
se tornando cada !e$ mais reta # mas não ce a. Então# o mo!imento da t%mese é
tentar imainar um "em supremo do qual !oc0 se apro,ima como uma ass%ntota. Ora#
esta (%mese Para"-lica é a principal capacidade coniti!a umana. Porque tudo# tudo
que conecemos# depende da nossa capacidade de imainar um conecimento mais
per)eito que aquilo. Então# se !oc0 "uscar a di)erença entre um omem e um animal
na "ase do uso da ra$ão# !oc0 !ai !er que o animal tem o mesmo procedimento
racional que n-s. A Fnica coisa que o animal não cons eue )a$er é raciocinar uma
ip-tese in)initamente superior. (entar imainar as coisas in)initamente melores do
que são é isso que !ai dar a lina central do conecimento. (am"ém !ai ter o conceito
do
!oc0"em supremo#
retirar que édaa ca"eça#
esta idéia realidade suprema#
então quepoder
ele s- !ai é o pr-prio
&ular in)inito#
e pensarque é Deus.
dentro do e
esquema relati!o onde ele &* est*. Voc0 !ai comparar uma coisa com a outra apenas/
mas não !ai ter um critério a"ranente. 6uando !oc0 di$ que uma coisa é ruim# é
ruim em relação a o que> e ela )osse a Fnica alternati!a poss%!el. e um su&eito te
assalta# te "ate etc.. todo mundo aca ruim. Ruim porque> Por que !oc0 queria que
isso não acontecesse. Elimine esta ip-tese. 7maine que )osse imposs%!el !oc0 dese&ar
que isso não acontecesse. Da% )ica apenas o )ato consumado# !oc0 não tem mais como
&ul*5lo. e !oc0 acou que uma coisa é ruim# é porque !oc0 queria que acontecesse
outra. Apaue esta outra. Voc0 não tem mais como re&eitar a primeira. 8esmo que
este&a doendo# imaine que !oc0 não tena nenuma recordação de quando era
quando não do%a. Como é que )a$> Coneci uma pessoa que tina todas as doenças
poss%!eis/ passa!a sua !ida no ospital. Essa pessoa di$ia que a melor coisa poss%!el
era a sensação do )im da dor. Ora# quando n-s ceamos a identi)icar o pra$er com o
mero )im da dor# é porque estamos &oando muito "ai,o. A nossa escala diminuiu.
6uer di$er# a nossa t%mese para"-lica não su"iu muito. 8as# Por e,.1 se além do )im
da dor ti!esse tam"ém um atendimento de um dese&o. E se ti!essem muitos dese&os>
A cur!a aumentaria. 6uando eu era criança a e,pectati!a que eu tina de anar
presentes era tão pra$eirosa# eu sa"ia que eu ia anar. Porém este pra$er nada tem a
!er com o )im da dor. Portanto# !oc0 tem a% um e,emplo elementar de um
contentamento inteiramente positi!o sem estar !inculado 2 dor. A pessoa que associa
pra$er e dor como e,tremos opostos# ela não sa"e o que est* )alando. ão 0neros
di!ersos. O contr*rio da dor cama5se serenidade. Em reo cama5se atara,ia1 não
sentir nada. erenidade não dei,a de ser ostosa# mas não é um contentamento. E o
contr*rio de pra$er seria anFstia# ansiedade# insatis)ação. 7nsatis)ação não é dor. Ela
pode se tradu$ir por alum descon)orto )%sico# mas não * anFstia neste mundo que
doa mais que uma dor de dente. E !oc0 pode ter uma dor de dente num momento de
e,trema )elicidade1 aca"ou de anar na loteria e est* com dor de dente?  comum
)a$ermos esta con)usão de denominação de sentimentos. Então# esta clare$a de
sentimentos umanos# s- é poss%!el o"ter quando !oc0 os trans)ormou e,atamente
como su"st+ncias qu%micas. e !oc0 peasse todos os sentimentos e emoç'es
umanas e encontrasse os seus equi!alentes met*licos ou minerais. e se !oc0
sou"esse todas as com"inaç'es que eles podem entrar. a% !oc0 teria um dicion*rio das
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emoç'es umanas. Portanto# se !oc0 est* ansioso# !oc0 sa"e que !oc0 não est*
en)raquecido. e !oc0 est* com in! e&a# !oc0 sa"e que !oc0 não est* com ciFme. Qs
!e$es# não é que não sai"amos os nomes# é que não sa"emos reconecer os estados#
os sentimentos. Então# aquele "olo de sentimentos# )ica uma coisa compressi!a# toda
amarradina# aonde !oc0 não tem clare$a. Este amarradino# este em"olado# é
precisamente a estrutura do cum"o. O cum"o é o metal que tem a estrutura mais
con)usa. Ele é constitu%do de n-s. E o ouro# ao contr*rio# é aquele que tem a estrutura
mais l%mpida. Então# !oc0 !ai cear ao ouro aper)eiçoando o cum"o. Como é que
)a$> Voc0 !ai separar suas partes e !ai mont*5las numa ordem l%mpida. Por e,emplo#
no campo das emoç'es# !oc0 continuar* tendo todas as emoç'es que os indi!%duos
t0m/ s- que elas estarão no seu de!idos luares. Então# !oc0 pode cear a !er claro o
seu pr-prio coração. e aluém !ier )alar mal ou "em de !oc0 # !oc0 sa"er* direitino
o que tem de !erdade e o que tem de )also. a"e o que representa isso em termos de
sosseo umano> Voc0 não ter que se preocupar mais com o que os outros )alaram> A
sua *rea de con)litos umanos diminu% assom"rosamente. Essa limpe$a se o"tém
pelas sucess'es de trans)ormaç'es alqu%micas. Essas trans)ormaç'es alqu%micas
consistem em pear todos os metais e limp*5los com 8ercFrio que é um sol!ente
uni!ersal. e usa 8ercFrio em &oaleria para se limpar a su&eira do ouro e dos outros
metais. E o 8ercFrio# !ai sim"oli$ar# ao mesmo tempo# o 8ercFrio material e o
racioc%nio. A% !oc0 !ai limpando estas di)erentes emoç'es# moti!aç'es# até que elas
apareçam do &eito que elas são. Ora# se é para limp*5las# !oc0 não !ai &oar nenuma
)ora. Portanto#
Portanto# se eu !oc0 não !ai tentar
sou mentiroso# se que
toda !e$ corriir moralmente
eu mentir# eu !oudurante esteeuper%
sa"er que odo.
estou
mentindo# !ou di$er para mim mesmo que estou mentindo. 7sto é uma operação do
entendimento. Jom# os metais !ão sini)icar uma condensação de todo o mundo
mineral. Os metais são aqueles minerais no qual as propriedades de todos os outros
aparecem de uma maneira mais n%tida. Por isso mesmo são usados como resumo do
pr-prio ser umano. Por outro lado# todo mundo conece a equi!al0ncia entre os
planetas e os metais. 8as isto ser* !isto em uma orde m eoc0ntrica 9ol# Lua#
8ercFrio etc.=. Esta escala dos planetas representa um con&unto de uma série de
e,peri0ncias interiores# uma série de trans)ormaç'es pelas quais a alma do
alquimista passa ao mesmo tempo onde ele est */ no seu material%ssimo )orno. A
alquimia natural acompana a alquimia interior. Do mesmo modo# se ele esti!er
)a$endo apenas as alteraç'es em esp%rito# outras tantas trans)ormaç'es materiais
concomitantes estarão acontecendo no seu corpo. N-s temos tam"ém um )orno
alqu%mico1 o nosso a"dmen/ é a% que acumulamos calor.  sempre a parte mais
quente# e aonde !oc0 !ai trans)ormar os alimentos ineridos em eneria para !oc0
despender. Portanto# !oc0 &* tem# não apenas um )orno alqu%mico# como um
comp0ndio de alquimia na sua pr-pr ia "arria. E,istem !*rias maneiras de !oc0
condu$ir as operaç'es alqu%micas/ a mais -"!ia é a que se )a$ num la"orat-rio onde
!oc0 !ai trans)ormar os metais. e o alquimista no seu la"orat-rio !ai tratando os
metais assim# a sua alma !ai passando ao mesmo tempo pelas mesm%ssimas
alteraç'es. E# se a pessoa se dedica 2 alquimia espiritual# a sua corpo !ai passar
tam"ém por estas alteraç'es do mesmo modo que os metais no )orno alqu%mico. 3m
método muito interessante é usado no (ai5Ci onde tudo ira!a em torno de um
acFmulo de eneria consciente no a"dome. Então# primeiro !oc0 tina que respirar#
sentir o calor# o ar entrando# "ai,ando. Então# ao mesmo tempo que !oc0 tina uma
concentração térmica no a"dome# !oc0 ia tendo tam"ém uma concentração
ra!itacional. Então# aos poucos !oc0 ia perce"endo o centro de ra!idade do seu
corpo5 que est* no a"dome# que é a parte mais pesada. No (ai5Ci# aos poucos# !oc0
adquire uma estrutura que é uma "olina. Voc0 !ira esta "olina/ porque todo os seus
estos iram em torno do centro do a"dome. Então !oc0 ia acumulando o )oo
alqu%mico/ mas a medida que !oc0 acumula!a# acontecia um outro processo. 8as#
antes de !oc0 ter o )oo# !oc0 precisa ter o )orno# materialmente. Para isso !oc0 precisa
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permitir que o "arro do ti&ol o seque. Como ele seca> A *ua e!apora ou cai. Então
!oc0 tem aqui um )orno de ti&olos# a *ua pina l* até que )ique seco. Como é que )a$
isso> A técnica é simples/ é desen!ol!er a sensação de peso. (odos n-s ostamos de
sentir o nosso corpo le!e. e !oc0 tenta sentir que o seu corpo est* le!e# ele !ai pesar
contra sua !ontade. E se !oc0 )i$er o contr*rio1 sentir e )icar consciente do peso do seu
corpo cada !e$ mais. sentir o peso do corpo sini)ica em primeiro luar# !oc0 se
instalar so"re a (erra. Em seundo luar# sini)ica o"ter o pleno dom%nio de todo o
seu corpo. Então# a sensação de peso do seu corpo é muito importante. 8as
importante quer di$er pesado. Por e,.1 )a$er os estos todos usando o m%nimo de uso e
o m*,imo de peso. Por e,.U se !oc0 quer "ater em aluma coisa. Voc0 p'e um certo
!olume de impulso muscular. E se !oc0 em !e$ de )a$er um impulso muscular# !oc0
simplesmente dei,ar a mão cair so"re sua perna. e eu der esta mesma pancada
usando impulso muscular# eu posso que"rar mina mão/ ou mina perna. Desse
modo# estarei &oando o peso de um mem"ro contra o outro. Então esse treino de &oar
o peso para c*# &oar o peso para l*# !oc0 aca"a reali$ando um nFmero de estos
muito comple,os que !oc0 pode )a$er com muito pouca )orça. Jom# isso a% é dei,ar
cair a *ua. A *ua desce e o )oo so"e. A simple s disciplina de ir dei,ando cair a
parte pesada e m-!el que é a *ua# primeiro !oc0 consolida a parte pesada e im-!el
que é a (erra. Em seundo luar# permite que o ar circule e o )oo su"a. 7sso acontece
e)eti!amente/ !oc0 tem alteraç'es de temperatura. - de aumentar a temperatura#
!oc0 &* se li!rou de um monte de doenças# pro"lemas# etc..
Ve&am#
outra tipo o (ai5Ci#
ou método# é s-o uma
seria das !ias
Processo poss%!eis que
das Citaç'es paraé alcançar
um li!ro tal reali$ação.
usado 3m
nas ire&as
ortodo,as. (em um li!ro que se cama Relatos de um pererino Russo. O pererino
russo é um su&eito que esta!a com pro"lemas e recomendaram que )osse 2 ire&a. E o
padre esta!a naquela parte da J%" lia onde o Cristo di$ para orar sem ce ssar. O
pererino procurou um mone que e,plicou que se trata!a do método da prece
perpétua. Consistia em !oc0 repetir um determinada )rase# uma oração1 r. Iesus
Cristo# tende piedade de mim? Repetir isso B oras por dia sem parar. 7sso é um
outro processo alqu%mico onde !oc0 não !ai usar )orno# e nem mesmo uma re)er0ncia
direta 2 estrutura do seu corpo se "em que este método recomenda estritamente que
!oc0 pense isso dentro do seu corpo/ e que não a)aste a atenção do seu corpo nem por
um minuto que se&a 5. A atenção não pode !oar. Porque> porque é necess*rio que toda
a parte aqu*tica da alma umana desça. A parte aqu*tica que seriam as imainaç'es#
emoç'es etc.. t0m que descer e estar instalada no seu corpo. As *uas descem e as
nu!ens so"em. E !oc0 &* perce"e que as emoç'es estão no seu corpo e)eti!amente. e
estão no seu corpo# !oc0 tem todo o mo!imento para "ai,o que te instala na realidade
da (erra. A% !oc0 te m uma limpide$ de olar para cim a. Voc0 con tinua tendo as
mesmas emoç'es de antes# s- que aora !oc0 sa"e que elas estão no seu pr-prio
corpo# não so"e para ca"eça/ se&a pelo método de (ai5Ci# de la"orat-rio ou da prece
perpétua. A% é que !ai começar o processo alqu%mico propriamente dito. (udo isto era
preparação1 esta descida# ela toma tam"ém# so" o aspecto coniti!o# um
reconecimento da realidade.  !er as coisas como elas são. 6uando a *ua toda caiu#
não * mais mo!imento na *ua. Na ora em que a *ua p*ra# a su&eira que est* l*
deposita no )undo. Primeiro# !oc0 tem que separar a *ua do ar/ depois !oc0 !ai
separar a terra da *ua. Ela !ai toda depositar e a *ua !ai )icar lim pa. 7sso quer
di$er que atra!és da *ua# !oc0 !ai !er a terra. 7sto# psicoloicamente# quer di$er que
as suas emoç'es são a tradução e,ata do que est* acontecendo. E não mais por um
simples mo!imento seu# uma aitação interna sua. Porque# !oc0 !e&a# o omem tem
sentimentos e emoç'es para ele captar os !alores das coisas. 8as# acontece que não
são somente as percepç'es que produ$em sentimentos e imainaç'es. 8as# ao
contr*rio# a nossa pr-pria imainação tam"ém produ$ emoç'es. 8as# se !oc0 dei,a a
imainação quietina e se permite !er o que est* acontecendo# !oc0 sente as coisas
como elas são.  nesse momento que !oc0 !0 o )undo da alma.
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O cap%tulo um da operação alqu%mica é alcançar o )undo da alma. 7sto a% é que
é representado na escala dos planetas pela Lua. A Lua é a )ace l%mpida da alma. A
Lua# de certo modo# é o s%m"olo do pr-prio omem. O omem# a mente e a Lua são
alquimicamente a mesma coisa. A pala!ra omem tem ra%$es em 8oon. Enquanto a
Lua sim"oli$a a alma umana# o ol representa o esp%rito. Aora# para re)letir# é
preciso que o céu este&a l%mpido. Como é que )a$> Primeiro# !ai ter que dei,ar cair as
emoç'es/ Ou se&a# !oc0 não !ai pro&etar suas emoç'es no que !oc0 est* pensando e
!endo. 8as suas emoç'es# aora !ão )icar aonde elas sempre esti!eram que é no seu
corpo. Emoção !em de E G moção  mo!imento para dentro. Aonde est* acontecendo
este mo!imento> No seu corpo. Então# as emoç'es# os sentimentos# dei,am de ser
aquele céu nu"lado# con)uso# e começam a ser uma e,pressão# uma !isão
transparente do que se passa na terra. A terra é o mundo material onde as coisas
realmente acontecem. Então# lone das emoç'es pertur"arem# ao contr*rio# elas
a&udam. E aquela est-ria de que para !oc0 alcançar uma !isão o"&eti!a das coisas#
!oc0 precisa apaar a emoção e o sentimento# é a mesma coisa que di$er que para !er#
!oc0 precisa arrancar o olo. e eu não teno emoç'es e sentimentos# se eu não sinto
nada# eu não rece"i est%mulo alum# então eu estou ceo# estou dormindo. Então# não
se trata de !oc0 reprimir ou domar emoç'es/ mas sim de limp*5las para que elas
se&am o que são/ e para que !oc0 as perce"a aonde realmente estão5 elas não estão na
situação e sim no seu corpo5. ão reaç'es do seu corpo. O nosso corpo é um
instrumento de medir o que passa. Ele mede de duas man eiras. Primeiro# pelas
sensaç'es. ensaç'es
que são reaç'es são comple,as
corporais reaç'es 2 est%mulos )%sicos
2 situaç'es do e,terior.
perce"idas no seuE con&unto.
tem as emoç'es
Então# a
emoção é um &ulamento que !oc0 )a$ a respeito da situação. 6uando !oc0 tem medo#
sini)ica que !oc0 est* &ulando a situação tem%!el. e !oc0 tem triste$a# sini)ica que
!oc0 &ula a situação deprimente. Então# as emoç'es são como se )ossem um
termmetro das situaç'es. 8as# para que as emoç'es consiam )a$er isso direito é
necess*rio que primeiro !oc0 consia distinui5las1 não misturar uma coisa com a
outra. Para que não a&a mais aquele comple,o de emoç'es in!is%!eis# onde !oc0 não
sa"e di$er mais o que est* sentindo. e !oc0 sou"esse o nome de todas essas coisas
que !oc0 est* sentindo ao mesmo tempo# elas não seriam tão con)usas assim. 7sso
sini)ica que não * estado que por mais comple,o que se&a# não tena nome.
O esoterismo isl+mico se associa 2 cada planeta# nesta ordem que eu dei 9(erra#
Lua# 8ercFrio# V0nus# etc.= 2 uma sucessão de pro)etas que Deus en!iou para ensinar
a umanidade. O primeiro pro)eta é Adão. A mensaem ad+mica consiste no seuinte1
Adão é o su&eito que sa"e os nomes das coisas. Deus cria os animais e pede a Adão
que d0 os nomes. Então# sa"er os !erdadeiros nomes do que e,iste# é &ustamente este
primeiro est*io que se alcança quando est* no )undo da alma/ que é a *ua l%mpida
no qual a terra aparece como ela é? 8as que# ao mesmo tempo# sendo l%mpida# aparece
a imaem do céu. Então aparece a terra em "ai,o# o céu em cima e a *ua no meio.
Este é o est*io lunar. As es)eras planet*rias# cada uma dela s representa uma
mensaem pro)ética tra$ida ao mundo/ e representa tam"ém uma etapa da
trans)iuração alqu%mica da alma.
Voltando 2 questão das emoç'es. Pelas sensaç'es# o corpo mede as situaç'es.
Con)orme a trans)ormação da intensidade luminosa# o seu olo reistra. Pela
trans)ormação da temperatura# sua pele reae. e o seu corpo est* mais ou menos
armnico# ele !ai reair de acordo com as trans)ormaç'es reais. Da% !oc0 sente )rio
quando est* )rio/ o termm etro !ai indicar que est* )rio mesmo. Aora# se quando
est* calor# !oc0 sente )rio# da% !oc0 est* com )e"re. A alma con)usa# é como se a alma
esti!esse com )e"re e mede errado as coisas. Então# a medição é )eita de B maneiras.
Primeiro# pelas simples sensaç'es. E seundo# as emoç'es que são um con&unto
comple,o de sensaç'es. Comple,o discern%!el# porque ele )orma uma unidade. Por
e,.1 a triste$a é um con&unto de sensaç'es. 7sto re!ela que a situação é deprimente.
8as# se a situação real não )or deprimente de maneira aluma# e !oc0 é que est*
22
in!entando coisa> Por e,.1 !oc0 pode estar &ulando uma situação presente por
analoias )ortuitas que ela tena com situaç'es do passado. 3m su&eito )ala uma
pala!ra que te remete 2 uma situação desarad*!el do passado e !oc0 )ica triste. Voc0
o )a$# sem raciocinar/ quer di$er# !oc0 est* ipnoti$ado. 6uer di$er que as tuas
emoç'es não estão respondendo 2 situação presente# real# mas 2 analoias )ortuitas.
porque para !oc0 reair da mesm%ssima maneira# s- seria l%cito# correto# se a situação
)osse realmente a mesma. 7sso sini)ica que a relação de passado# presente# )uturo# ela
tam"ém depende do sentimento. A percepção da qualidade do tempo contém esse
aparato emocional# umano. Então# se !oc0 ti!er uma anFstia por recordação de uma
situação passada# !oc0 ter* que di$er para !oc0 mesmo que é uma anFstia
imain*ria. Então# precisamos !er as coisas como elas são na terra e no céu/
distinuir estes B planos1 o mundo da alma é a *ua e o mundo do céu é a !isão que
!oc0 tem de cim a. que !oc0 tem atra!és do ar. Voc0 não !0 o ar. O ar é o nosso
pensamento# racioc%nio# a mente. O pensamento l%mpido é o pensamento que permite
!er a realidade meta)%sicas etc.# sem dF!idas. 6uer di$er1 as dF!idas estão para o ar
como a su&eira est* para a *ua. e !oc0 pear uma arra)a com pedras no )undo1
Enca de *ua e pona um ser !i!o como um pei,e Por e,.. Deste modo# est*
representado os  reinos da nature$a1 a litos)era# idros)era# atmos)era e a "ios)era.
Então# se !oc0 tem isso representado numa arra)a# como !oc0 não !ai ter isso no seu
corpo> A pedra est* em "ai,o# a *ua mais para cima# o ar est* realmente em cima. E
o pei,e# o ser !i!o# est* no meio. e o ar est* limpo# o pei,e !0 aqui em cima. e a
*ua est* os
terrestre# limpa#
)atos.ele !0 aqui
E pela em "ai,o.
linuaem Pelas emoç'es
e racioc%nio# ele !ailimpas# !oc0O!0
!er o céu. a realidade
céu representa o
)irmamento# a estrutura )irme da realidade como um todo. 8as temos que começar
por limpar as emoç'es. Como é que )a$> Em primeiro luar# !oc0 !ai su&*5las/ para
su&ar !oc0 tem que )a$er co!er para dissipar as nu!ens. A medida que !ai su&ando as
nu!ens# !oc0 !ai aindo so"re o pensamento. Na ora que ae so"re o pensamento#
!ai limpando. mas na ora que limpa# su&a em "ai,o. e co!eu# su&a a *ua. 7sso
quer di$er que a ati!idade da inteli0ncia# o estudo# o racioc%nio etc.# !ai limpando a
parte do elemento mental e !ai su&ando as emoç'es.  por isso que se !oc0 estudar
muito# !oc0 !ai )icando deprimido# com rai!a etc.. Arist-teles di$ia que a inteli0ncia
se desen!ol!e se ela )or e,ercida moderadamente. Estudo "om é B a M oras por dia e
ole l*. Então# !oc0 não pode tentar espremer todas as nu!ens de uma !e$. alcançar a
total lucide$ intelectual de uma !e$. porque senão !ai su&ar a *ua. Então# !oc0 tem
que me,er um pouco aqui na nu!ens# e esperar co!er. o aprendi$ado intelectual# ele
tem que ser alternado com uma espécie de sosseo da alma. Então# tanto )a$ !oc0
)a$er alquimia por (ai5Ci# no )orno# ou s- na mente# pela linuaem. e !oc0 esti!er
)a$endo no )orno# isto est* a)etando seu corpo e outras tantas mudanças estarão
acontecendo em torno de !oc0. Porque o seu corpo e,iste !i!o e me,e em outros
corpos. Por e,.1 ato cura dor de ca"eça? Como )a$> Voc0 ola o ato colocando o olo
nele de tal maneira contra a lu$ de modo que !oc0 !e&a o )undo 9que parece uma lua=.
A ora que a lu$ "ater l* e !oc0 olar# a dor de ca"eça p*ra. E o ato dorme quin$e
oras seuidas. 7sto é maia. A de)inição de maia é !oc0 operar de)eitos )%sicos
atra!és de imaens# atra!és do olar. E,istem remédios para isso por !ia cut+nea#
su"linual# anal etc.. Eu estou dando um remédio por !ia !isu al? No "udis mo#
e,istem certos ritos de iniciação que consistia em pear mandalas e )icar desenando5
as por anos a )io. e pronto a pessoa &* esta!a iniciada. Ora# se pode se )a$er iniciação
por mandala# porque não pode se curar uma dor de ca"eça. Voc0 sa"e que !oc0 pode
mudar o estado de esp%rito de uma pessoa atra!és do olar> Voc0 pode mudar uma
!ida com um olar. Dr. 8ller )a$ia muito isso.
aluno1 ainda não entendi direito como que !oc0 me,endo no corpo !oc0 pode
mudar o que est* em redor.
Pro).1 N-s s- podemos captar as coisas no e,terior atra!és do nosso corpo. N-s
não podemos entender um o"&eto a não ser por analoia com nossas )unç'es
23
corporais. Como é que !oc0 sa"e que essa cadeira é cadeira> Esse o"&eto é inteli%!el
para !oc0 porque ele corresponde 2 uma )unçã o corporal id0ntica no seu corpo.
6ualquer coisa que !oc0 a&a no mundo e,terior est* )alando do seu pr-prio corpo ao
mesmo tempo. A cadeira é apenas uma "unda ao contr*rio.
6uando o su&eito )ica louco# o ar est* totalmente nu"lado e a *ua )ica su&a. Ele
não en,era em cima nem para "ai,o. Ele est* totalmente comprimido na sua
situação indi!idual umana.
24
TERCEIRA AULA (16/01/96)

A leitura alqu%mica# como !imos na aula anterior é di)erente da leitura em seu


processo normal. Nesta Fltima# !oc0 e!oca no m*,imo uma representação sens%!el/ na
melor das ip-teses# uma imaem. Vamos di$er que esta imaem &* seria o
su)iciente para !oc0 criar uma emoção/ que pode dar 2 !oc0 uma ilusão de
participação enquanto !oc0 est* lendo. Num relato de )icção !oc0 pode até )a$er um
)ilmino para !oc0 acompanar. Eu# Por e,emplo# quando leio um romance# )aço
muito isso1 !ou )a$endo a adaptação cinemator*)ica. Claro que isso a&uda e cria uma
emoção. 8as tudo isso a%# sou eu que est ou in!entando1 eu estou reescre!endo o
romance de Dostoié!si# de (olst-i# a meu modo. Pode ser que se eles ti!essem que
)a$er a adaptação cinemator*)ica iriam )a$er completamente di)erente. Então# !oc0
não !ai passar nunca dessa es)era imain*ria e emocional.
8as aqui n-s estamos )alando de uma coisa mais pro)unda1 é !oc0 identi)icar
os seres mesmos que estão desinados pelas pala!ras não atra!és de suas imaens#
mas pela sua presença real. Vou dar um e,emplo1 E,iste uma outra di!isa alqu%mica
que di$1 Visita os interiores da (erra# reti)icando encontrar*s a pedra oculta. O que é
esta pedra>  a camada pedra )iloso)al1 aquela que tem o poder de# tocando o metal#
li"erar trans)ormação ou transmutação. Como seria uma leitura alqu%mica deste
ne-cio> Ela s- estar* reali$ada na ora em que cada um dos seres e situaç'es que
)orem desinados para isso se&a real/ ou se&a# na ora em que !oc0 esti!er )a$endo
isso# seuindo
(udo oesta
queseq0ncia.
é real é )%sico. Na Fltima aula eu )alei que s- o que é corpo é que
e,iste espacial e temporalmente. Não é a"solutamente conce"%!el uma )orma de
e,ist0ncia an%mica em que se&a totalmente independente um do outro. Jom# e se !oc0
me peruntar aonde !ou colocar Deus> Vou colocar no corpo> Deus# !ai ter muito
mais do que um simples corpo. Porque !oc0 tem a possi"ilidade de produ$ir corpos.
Então# o corpo est* nele. A% )ica neutrali$ada a o"&eção. Então# para n-s que temos
uma e,ist0ncia corporal# é s- o que é corporal que é real. Então !amos ter que reali$ar
isso aqui corporalmente# tornar isso coisas. Então# em que sentido !oc0 pode !isitar o
interior da (erra> Voc0 !ai )a$er um "uraco e entrar>  claro que é materialmente
imposs%!el. Então# não é este o sini)icado da sentença/ porque ela não é para ser
interpretada em sentido meta)-rico mas em sentido sim"-lico. im"-lico quer di$er
)orte1 com plenitude de sini)icado. O sim"-lico é uma espécie de iper5literal1 é mais
literal do que o literal. Então# de!e a!er uma outra maneira de !oc0 !isitar o interior
da terra. Vamos supor uma outra ip-tese1 !oc0 pea um pedaço de terra mineral
qualquer e o a"re para !er o que tem dentro. Voc0 o est* !isitando por alum acaso>
Não# !oc0 est* apenas !endo. Visita quer di$er que !oc0 tem que estar l*. (em que ser
alum aspecto da terra em que !oc0 este &a corporalmente presente/ o qual# não
podendo ser nem o planeta (erra nem um pedaço de terra# qual pedaço da terra que
pode ser> Em que pedaço da terra é poss%!el !oc0 estar no seu interior
materialmente> - tem um1 6ual é>
aluna1 No corpo.
Pro).1 7sto mesmo.  a Fnica parte da terra no qual !oc0 pode estar no interior
dela. De )ato# !oc0 est*. Porém# !oc0 não est* plenamente. E se é para )a$er uma
leitura alqu%mica# tudo tem que ser interpretado em seu sentido pleno. Repito que o
sim"-lico não é meta)-rico nem ale-rico/ e sim uma espécie de iper5literal. Ora# se
por (erra entendemos o planeta (erra ou um pedaço de terra# ela s- tem estes
sini)icados de maneira prec*ria# parcial# a"strata. Concretamente# ela sini)icar* isso
tudo ao mesmo tempo. (erra é tudo aquilo que este&a na terra e se&a composto de
terra. 8as tudo# tudo. e e,cluir um# &* não é. Jom# então aente poderia di$er1 se é
o meu corpo não é o planeta te rra. Então# de!e ser ale-rico1 parece uma coisa mas
quer di$er outra. Não? O que ele est* querendo di$er é que se !oc0 !isitar e)eti!amente
o interior do seu corpo# isto é e,atamente como !isitar o centro da (erra como planeta/
25
E tam"ém a constituição %ntima da part%cula de qualquer matéria. Ou se&a# de!e a!er
um ponto no seu corpo que se&a su)icientemente central para que conecendo5o por
dentro# !oc0 o coneça o centro do planeta (erra e a constituição interna da matéria.
Por isso que eu dio que a coisa de!e ser tomada em sentido )orte1 de!e a!er alum
modo de conscienti$ar o seu pr-prio corpo# um certo +nulo de !isão# no qual o centro
de seu corpo coincida estruturalmente com o centro da estrutura da matéria mesmo.
E tam"ém com o centro do planeta (erra. Voc0 !ai ao interior do seu corpo# e l* !oc0
!ai encontrar não somente o nFcleo central do )uncionamento do seu corpo# mas
tam"ém a constituição mais %ntima da matéria em eral. E do pr-prio planeta (erra.
Enquanto não )i$er isso# a coisa não est* reali$ada.
e !oc0 )or até o centro da (erra !oc0 !ai encontrar )oo não é>  mais quente l*
dentro do que na super)%c ie. 7sso quer di$er que quan do !oc0 alcançar a reião do
)oo# !oc0 ainda não est* no centro. Voc0 ainda não alcançou o )im da operação.
Então# reti)icando# corriindo a operação deste )oo# !oc0 encontrar* a pedra oculta.
7sso quer di$er que# por "ai,o do )oo# de!e a!er uma pedra1 um ponto )i,o. Na aula
passada# !imos um diarama do (ai5Ci que representa!a esquematicamente o corpo
umano em )orma de "olina. 8uito "em# a nossa atenção# ela circula peri)ericamente
nos estos que n-s )a$emos. Nos estos# nos o"&etos que n-s olamos etc.. No
m*,imo a atenção recua até uma super)%cie# até uma epiderme aonde !oc0 se sente
mal. Então# as sensaç'es que !oc0 tem na super)%cie do seu corpo se tornam um
pouco mais con scientes. Porém# o que est* dito a% na di!isa é que !oc0 teria que
recuar muito mais
a ser reti)icado/ ou do que
se&a isso. Ereta1
tornado que onuma certatorto
que est* reião central#
ser* posto !oc0
reto. encontraria
E que este alo
reto
aqui# ser* a pedra )iloso)al.
aluna1 8as# cada um tem o seu centro ou ele é iual para todo mundo>
Pro).1 As duas coisas são !erdadeiras. Porque senão não atenderia 2 esse
requisito que eu )alei da leitura alqu%mica. e !oc0 encontrar apenas o centro
su"&eti!o# no sentido &unuiano da coisa# !oc0 estar* reali$ando apenas uma
indi!iduação/ e a% não se completou uma operação alqu%mica1 !oc0 est* reti)icando
apenas !oc0. E o essencial na operação alqu%mica é compreender que a transmutação
acontecida no interior do corpo do indi!%duo# ela aconteceu no uni!erso inteiro. H*
uma certa simultaneidade e identidade das operaç'es ocorridas no n%!el do nosso
corpo# no n%!el da nossa psi que e no uni!erso em torno. Então# aqui não se trata
somente de uma operação ps%quica como pensa Iun# porém * uma dimensão
espiritual mesmo/ que a)eta de certo modo o uni!ers o inteiro. Não precisa entender
esse pedaço direito/ eu tam"ém não o entendo direito# mas que acontece# acontece.
outra aluna1 Jasta acreditar.
Pro).1 Não precisa nem acreditar. Precisa supor s-. Porque se !oc0 acredita ou
não acredita# não !ai )a$er a m%nima di)erença. O que é !oc0 acreditar> Admitir uma
possi"ilidade te-rica não é acreditar. Admitir uma possi"ilidade é alo menos que
acreditar. 6uando o su&eito te d* um ceq ue !oc0 admite a possi"ilidade que ele
tena )undos> e !oc0 admite a possi"ilidade de ter )undos# !oc0 admite a
possi"ilidade de ele não ter tam"ém. Então# acreditar é alo mais do que isso.
Acreditar é dar crédito 2 possi"ilidade/ não é s- admiti5la como teoricamente poss%!el.
Acreditar é !oc0 air em )unção de uma possi"ilidade e)eti!a/ ou se&a# o acreditar é
uma decisão da !ontade. Acreditar é como !oc0 apostar num ca!alo1 !oc0 não apenas
admite a possi"ilidade te-rica que aquele ca!alo !ença# como !oc0 tam"ém arrisca o
seu dineiro l*. a"e que as operaç'es alqu%micas eralmente dão errado> E nem por
isso as pessoas dei,am de tentar. Ora# o acreditar s- interessa na medida em que !oc0
!ai prosseuir. Aora# prosseuir sem acreditar é imposs%!el. Então# se a pessoa
acredita é porque ela &* est* )a$endo. Aora# se ela quer )a$er sem acreditar# então ela
não cumpre a condição psicol-ica necess*ria para aquilo que é1 a sua plena
responsa"ilidade pessoal. O que quer di$er apostar num ca!alo sem acreditar>  &oar
dineiro )ora. O dineiro !oc0 pode arriscar porque é um "em destac*!el da sua
26
pessoa. 8as !oc0 não pode arriscar a sua pr-pria pessoa numa coisa que !oc0 não
acredita. Porque arriscar é acreditar. Então !oc0 tem um en!ol!imento total do
indi!%duo com isto aqui. Aora# se ele não tem en!ol!imento total# ele &* )racassou de
antemão? Aca"amos de )alar1 !isitar o interior da terra. 8as como é que o cara !ai
)a$er isso sem acreditar> e ele !ai )a$er s- como operação mental sem e)eti!a
presença# então ele !ai imain ar o corpo. Então não !ai a!er nen uma di)erença
entre isto aqui e uma espécie de terapia do Dr. Lair Ri"eiro onde !oc0 imaina seu
corpo etc.. 8as eu não estou )alando em imainar# estou )alando em perce"er. Por
e,.1 !oc0 pode imainar o )uncionamento de determinados -rãos 1 !oc0 imaina#
pro&eta uma imaem do )%ado# mas o que tem que )a$er é perce"er.
Perce"er sini)ica o seuinte1 Em qualquer parte do seu corpo de!e a!er
células sens%!eis 2 lu$. Então# de uma certa maneira# de!e ser poss%!el !oc0 !er o seu
corpo por dentro. 6uando o su&eito )ica ceo# ele se torna insens%!el 2 lu$>
(otalmente# não. Porque ele tem células sens%!eis 2 lu$ no corpo inteiro# então# aluma
sensação luminosa ele rece"e. 7sso quer di$er que nosso corpo inteirino é sens%!el 2
est%mulos luminosos. 7sso quer di$er que de alum modo# que o corpo inteiro !0. A%
são sensaç'es tão t0nues que ninuém presta atenção nelas. Do mesmo modo# as
sensaç'es internas1 tudo o que se passa l* dent ro é !is%!el de alum mod o. Por e,.1
um -rão do seu corpo pode se tornar con sciente de si mesmo? Não é o mesmo que
imain*5lo.  imainar o seu estmao e perce"05lo/ estar consciente dele. 6uando
!oc0 respira# e entra uma certa quantidade de ar# até aonde !oc0 acompana o
mo!imento do ar>
um )rio$ino. Até Aonde
aonde !oc0
!oc0 osente
sente>)rio>
O are
est* aqui.
!oc0 De !e$
começa em quando
a prestar !oc0 sente
atenção# !oc0
começa a perce"er esse )rio mais para dia nte da sua derm e. 8as !oc0 não est*
imainando isto/ !oc0 est* perce"endo mesmo. - que é uma sensação tão t0nue que
!oc0 a despre$a. Ela não é necess*ria para a consecução das tare)as di*rias. e !oc0
)icar mais atento# daqui a pouco !oc0 começa a perce"er o ar respirando pelo seu
corpo por dentro. Perce"er# neste caso# sini)ica apenas ter uma sensação térmica1
!oc0 apenas sentiu o )rio do ar que entra. 8as isto ainda não é estar consciente.
Porque o ar que entra# não a)eta o corpo apenas termicamente. Ele produ$ outras
sensaç'es que não térmicas1 contraç'es# dilataç'es etc.. 7sto tam"ém é
conscienti$*!el. Na medida em que !oc0 !ai conecendo isto e o seu corpo !ai se
tornando um li!ro a"erto# !oc0 est* reali$ando isso aqui. A coisa é muito simples/ o
seredo do ne-cio é ser iper5literal nas interpretaç'es. A di)iculdade aqui é aquela
contr*ria de quando !oc0 est* lendo um te,to complicado. Para ler um te,to
complicado# !oc0 tem que reconstruir mentalmente concatenaç'es inteiras de
pensamento que o autor est* dei,ando su"entendido. 7sso é um tra"alo construti!o.
e eu estou lendo uma tese de ão (om*s de Aquino1 para eu sa"er se aquilo é
!erdadeiro ou não# eu teno que encai,ar aquela tese dentro de um corpo total da
)iloso)ia de . (om*s de Aquino para entender a coisa dentro do seu de!ido conte,to.
6uer di$er1 !oc0 reconstr-i a coisa mentalmente. Esse conte,to não e,iste1 !oc0 é que
tem que reconstru%5lo. Aora# aqui neste caso# !oc0 não tem que recons truir nada
nem imainar nada. (em que pear o que &* est* na sua )rente. A di)iculdade no caso
do te,to de . (om*s é !oc0 construir um esquema ideal na sua ca"eça e mant05lo na
sua mem-ria. Aqui# não# !oc0 não tem que manter nada. Voc0 !ai ter no corp o. A
di)iculdade aqui# é que# quando n-s lemos# n-s tendemos a passar para )rente. A
mente )ica inquieta e começa a )a$er associaç'es de idéias. Dito de outro modo1 ela
começa a pensar. E aqui não se trata de pensar mas de reparar.  a mesma
di)iculdade que !oc0 tem de !er um o"&eto na sua )ren te. Por e,.1 se eu olo uma
)iura qualquer. Para que eu !e&a melor# eu começo a reparar melor. 8as# se cada
coisa que eu !e&o em !oc0 começa a me e!ocar associaç'es de idéias# eu em distraio.
A% eu dio para mina mente parar com as associaç'es e s- acumular o que eu estou
peando aqui. Não air como um poeta# e sim como um desenista. 8enos que um
desenista# porque este ainda !ai redesenando !oc0 mentalmente. Não se trata de
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pear os equi!alentes da )iura de uma pessoa e os equi!alentes do deseno1 "asta
pear o que &* est* desenado aqui nela.  uma operação puramente contemplati!a.
E a di)iculdade dela est* na sua e,trema simplicidade. A mente tem que )a$er muito
pouco# quando ela est* acostumada a )a$er muito. Vou )a$er uma e,peri0ncia com
!oc0s de atenção emissi!a e recepti!a1 )ecem os olos e comecem a perce"er todos os
"arulos que tem em !olta. Ve&a quantos ru%dos di)erentes !oc0s !ão perce"endo.
Voc0s perce"eram uns M a  não )oi> e !oc0s continuassem a prestar atenção# !oc0s
perce"eriam até um mosquito andando. Esses elementos# eles !ieram para !oc0/ eles
&* esta!am a%. Aora )açamos uma outra operação1 )ecem os olos e imainem um
)undo preto# coloque um ponto "ranco neste )undo e )aça5o deslocar de modo que se
produ$a um semento de reta. 4oi mais di)%cil# não>  di)%cil porque não tem reta
nenuma# !oc0 é que est* )a$endo. 7sso é que é atenção recepti!a e emissi!a. e !oc0
)i$er alternadamente este e,erc%cio aqui# )a$ um "em danado para ca"eça. Porque#
primeiro a"itua !oc0 a distinuir o que !oc0 est* perce"endo e o que !oc0 est*
in!entando. A% a capacidade que !oc0 te m de se enanar a si mesmo começa a
diminuir. E a% toda !e$ que !oc0 pensar um ne-cio# !oc0 sa"er* que )oi !oc0 mesmo
que pensou/ e que não !eio do mundo e,terior. S do nosso enano consiste em
misturar uma coisa com a outra. E se !oc0 mistura as B coisas# !oc0 nunca sa"e qual
)oi a parte que !oc0 desempenou e qual )oi a parte que os outros )i$eram. E esse é o
pro"lema principal da ética# da moral1 eu s- posso assumir a responsa"ilidade por
aquilo que eu )i$. 8as# se eu não sei o que eu )i$# eu misturo as minas )alas# os
meus
nem seiatos com )oi
quem o dos
queoutros. Como e
)e$ o ato> é que
eu eu
sou!ou sa"er
autor ouo!%tima
que é certo ou l*.
daquilo errado se eu
6ualquer
in!estiação de ordem ético5moral pressup'e que !oc0 sai"a )a$er esta in!estiação.
(odos os atos umanos t0m um su&eito1 quem )oi que )e$>  a est-ria dos 7rmãos
Tarama$-!. O su&eito mata o pai e depois ele di$ p ara o irmão1 4ui eu quem matei#
mas )oi !oc0 quem pensou? E de )ato# o su&eito quem pensou# aca"a se sentindo mais
culpado do que aquele que matou.  um enano uma ilusão# de!ido ao su&eito não
conseuir perce"er a di)erença entre o ati!o e o passi!o. 7sto é similar daquilo que eu
)alei da contração e do rela,amento1 !oc0 perce"er a di)erença da atenção emissi!a e
recepti!a é a mesma coisa que !oc0 perce"er a di)erença entre contração e
rela,amento. Porque a contração é !oc0 mesmo que est* )a$endo. E o rela,amento#
!oc0 não pode )a$05lo1 !oc0 tem que esperar que !ena. Ele é um a&uste passi!o entre
o corpo e a ra!idade terrestre. Por isso que !oc0 pode )a$er )orça !olu ntariamente/
mas 2s !e$es é di)%cil alcançar um estado de rela,amento !oluntariamente. De certo
modo# não é !oc0 quem rela,a. O rela,ar é o dei,ar air# é começar a ser aido. Aora#
quando a pessoa )a$ massaem# a pessoa rela,a mais )acilmente. Porque> Porque a
ação é e,terna/ é mais intensa e mais not*!el. Aora# !oc0 sentar e rela,ar# é s- a ação
da ra!idade. Essa ação é mais sutil que a ação do massaista. Então como a ação
do meio é mais sutil# a sua ação tende a predominar so"re ela. Aora# se tem aquele
pu,a para l*# pu,a para c* da massaem# a% !oc0 tende a )icar passi!o. Então# tanto
)a$ )a$er isso mentalmente ou corporalmente que é a mesm%ssima coisa. Aora# o
pro"lema da leitura alqu%mica# é um pro"lema de rela,amento de certa maneira. 6uer
di$er# não se trata de !oc0 montar o sini)icado/ mas !oc0 dei,ar que aquele s%m"olo
!* aos poucos se preencendo de sini)icado por si mesmo. E,istem !*rias acepç'es
para a pala!ra terra1 tudo isso são coisas que !oc0 est* montando na sua ca"eça.
Voc0 est* selecionando. mas não é para )a$er nada disso.  para pear a coisa tal
como ela se apresentou. Na !erdade a pr-pria pala!ra terra# ela não quer di$er
nenuma destas coisas e nem e,clui nenuma delas. A pala!ra terra tem muitos
sini)icados1 como é que !oc0 !ai sa"er se ela sini)ica uma coisa ou outra> Depende
do conte,to. 8uito "em# mas aqui não depende do conte,to não1 é para ser tomado em
toda a e,tensão dos sini)icados. Então# o que quer que este&a ileitimamente
sini)icado pela terra pode ser a"ranido dentro do conceito que !oc0 est* )a$endo/
e,ceto pelo imposs%!el i.e../ tem um conte,to que é dado pela pr-pria situação. 6uer
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di$er# !isitar o interior da terra não sini)ica que !oc0 !* )a$er um "uraco. 8esmo
porque# !oc0 se deslocar corporalmente# e,teriormente para dentro da terra tam"ém
não sini)ica !isitar o interior da terra. Voc0 precisa# ademais# prestar atenção. Voc0
s- !ai e,cluir os sini)icados a"surdos# o resto !ai !aler. Então# em que pedaço de
matéria n-s podemos estar não s- corporalmente# mas tam"ém em consci0ncia# em
atenção> Nesse meu corpo# que eu estou deslocando para l* e para c*.  o Fnico
luar que eu posso conecer na sua inteire$a/ o resto# não1 s- posso conecer
parcialmente. Eu não poss o me identi)icar com uma ped ra a ponto de me sentir
pedra/ porque a% eu teria consci0ncia de pedra e não de um ser !i!o. Aora# o
importante é sa"er que não se trata de uma operação puramente psicol-ica no
sentido imainati!o como se )a$ nessas terapias de sono acordado e diriido ou na
proramação neurolin%stica. a"e esse li!ro1 7maens que Curam do 7saac Epstein>
O li!ro é muito "om1 tudo aquilo tem uma pro)undidade psicol-ica# s- que não é
nada disto que n-s estamos )alando. Porque aquilo é imainar e aqui é perce"er. O
imainar é emissi!o. 6uem é que cria as imaens1 é !oc0 mesmo.
Jom# como é que aente )aria para entrar num estado de tamano
despreocupação que d* para !oc0 perce"er não somente este ou aquele aspecto do
)uncionamento do seu corpo# mas o centro dele mesmo> 3sei a pala!ra
despreocupação em !e$ de rela,amento porque a primeira est* carreada de
conotaç'es reicianas que não interessam aqui. Então# se a sua Fnica preocupação é
cear a perce"er de onde que !em a )orça do seu corpo i.é/ qual é o centro !i!o do
qual emana
impacto quetodos
!em os
de mo!imentos daquientão#
)ora para dentro para )ora e que
muito ao mesmo tempo
pro!a!elmente# !oc0rece"e todo o
!ai aca"ar
perce"endo mesmo. Claro que e,istem técnica que )acilitam isto# mas não são
in)al%!eis. (ai5Ci e 7oa são uma delas. 7oa )a$ a coisa pela respiração 9e,atamente
como mostrei antes=. 8as eles não estão especi)icamente preocupados com isto. Eles
!ão di$er que nem tudo o que ent ra no ar le interessa. Para eles é somente uma
parte que interessa que eles camam de Prana. 6uer di$er que para eles e,iste um
elemento aliment%cio no ar/ que é o que !ai )icar no corpo quando o ar )or em"ora.
Então se n-s pe*ssemos o ar e retir*ssemos todos os elementos poluentes e tam"ém
os elementos qu%micos do ar. o"rou aluma coisa> e so"rou# isso a% é que se cama
Prana. e ele )osse totalmente in-cuo. a% !oc0 diria1 A# mas esse Prana é muito
a"strato. Dito assim# ele parece a"strato mesmo. Porém# se !oc0 olar por outro lado
!oc0 !0 que ele é concreto.  s- !oc0 pensar1 Do ar que entra e sai# não )ica nada> Ele
não dei,ou nenuma trans)ormação no seu corpo> O que camamos Prana é
&ustamente a alteração dei,ada no seu corpo do ar que entra e sai.  essa )orça aente
que !em com o ar. Então# o es)orço de !oc0 perce"er a entrada e sa%da do Prana# é
e,atamente isso aqui1 é uma outra maneira de !oc0 )a$er isso aqui. O Prana# que é o
elemento mais sutil da nature$a# ele &* é de certo modo o centro da nature$a. e ele
per!ade tudo# ele não é limitado por nada# então ele est* no centro de tudo. 8as essa
não é a Fnica maneira de !oc0 reali$ar isso1 pode ser aquela do (ai5Ci. Aonde !oc0
concentra num peso# !oc0 presta atenção em tudo o que no seu corpo !ai para "ai,o#
que tende a ir para "ai,o i.é/ atra%do para a terra. !oc0 !er* que tem uma parte que
irreduti!elmente !ai para cima. 3ma parte que se recusa a ir para "ai,o ou se&a/ que
se recusa a parar.  um elem ento sutil que nunca pode parar. 6uer di$er# tem alo
que mesmo num estado de rela,amento m*,imo do seu corpo# este alo não est*
rela,ado de maneira aluma. Então !oc0 encontra um limite do que !ai para "ai,o e
do que !ai par a cima1 ent re o )i,o e o m-!el 9ou mut* !el=. A% !oc0 est* no cent ro.
Lem"ra a imaem do !idrin o onde t%namos umas pedrinas> Jom# as pedras# a
poeira# tudo isto pode encostar no )undo e parar. A *ua tam"ém pode parar. E os
elementos !i!os> e eles pararem completamente eles morreram. Então# e,iste uma
espécie de limite que poderia ser sim"oli$ado pela super)%cie da *ua. 6ue é o limite
entre tudo aquilo que pode )icar em repouso 9porque tende ao repouso= e tudo aquilo
que tende ao mo!imento 9porque é mo!imento=. E,iste uma terceira maneira# ali*s
29
e,istem centenas# é s- !oc0 olar as disciplinas espirituais1 )oi o assunto so"re o qual
mais se escre!eu no mundo. 8as# rera eral# é que para o su&eito )a$er isso a% ele
precisa estar despreocupado. 8as como é que )a$ para )ic ar despreocupado> Vai
tentar resol!er todos os pro"lemas primeiro> Esta é uma santa ilusão. 6uanto mais
!oc0 tentar resol!er os pro"lemas# mais pro"lemas !ai ter e mais preocupação se ter*.
8esmo quando !oc0 )ica rico# !oc0 começa a ter as preocupaç'es de rico. A Fnica
maneira de !oc0 )icar despreocupado# é !oc0 ser totalmente c%nico. 6uer di$er# o resto
não interessa# somente uma coisa é necess*ria. A# eu estou po"re# "om isso a% pode
esperar mais um tempo . e !oc0 dis ser1 aora# tudo !ai esp erar l* )ora# porq ue
somente uma coisa é necess*ria. A% !oc0 alcançou o rau de cinismo su)iciente para
poder perce"er que de )ato tem coisas que são mais importantes. 6uer di$er# não
e,iste nenum estado no qual o ser umano possa alcançar na pr*tica que &usti)ique
ele estar despreocupado. Portanto# aente !ai )icar despreocupado por decreto? Por um
ato ar"itr*rio mesmo. Ora# n-s )a$emos este ato ar"itr*rio todos os dias1 quando n-s
dormimos. Dormir é decretar que todos os assuntos !ão )icar para amanã. Aente )a$
isso todo o dia/ se não )i$er# não dorme. Então# qualquer pro"lema# qualquer
preocupação# qualquer demanda# por importante que se&a# pode )icar para amanã.
Ve&a a uni!ersalidade deste ne-cio1 (odo mundo dorme. e todo o mundo dorme#
quer di$er que todo o mundo dei,a aluma coisa para amanã. Ora# se !oc0 pode
)a$er isso pela simples recuperação das suas enerias or+nicas# porque !oc0 não
pode )a$er a mesma coisa para alcançar alo muito melor> 7sso aqui é uma
!erdadeira "om"a
amanã. L-ico moral.
que isso 3ma
não édas
umreras da alquimia
conselo de ordem é1 pr*tica.
Não se preocupe com
7sso é um o dia de
conselo
alqu%mico5espiritual1 se !oc0s quiser alcançar alo na espiritualidade# !oc0 ter* que
seuir esta norma. 6uando o Cristo di$ 1 Não !os preocup eis com o dia de amanã.
Ele não quis di$er que se !oc0 ti!er um d%!ida# !oc0 não precisa de preocupar5se em
pa*5la. Como conselo de ordem pr*tica# isto seria uma coisa insana. Então# isto não
est* se re)erindo 2 es)era pram*tica da e,ist0ncia mas sim ao aspecto espiritual.
Então# como pr*tica espiritual a condição sine qua non é essa1 não se preocupar com
cois%ssima nenuma# e,ceto a Fnica coisa necess*ria. 6ual é a Fnica coisa
necess*ria> Aente tem a resposta naquele epis-dio de 8arta e 8aria. Cristo )oi 2 casa
delas. 8aria )ica!a sentada ou!indo o Cristo e 8arta )ica!a tra"alando. 8arta
reclamou e Cristo respondeu1 Ola 8arta# 8aria escoleu a melor parte? 6ual é a
Fnica coisa necess*ria>  escutar a !o$ do esp%rito. Ou se&a1 não e,iste medida em
comum das tare)as do cotidiano e as tare)as do esp%rito. A di)erença é incomensur*!el.
6ualquer tare)a do cotidiano pode )icar para amanã1 tanto que todo o dia n-s
dei,amos todas para amanã. a"e porque as tare)as do esp%rito são urentes>
Porque !oc0 morre/ e depois que morrer não d* mais. E !oc0 não sa"e quando !ai
morrer. Ao passo que as tare)as do corpo# da matéria# elas s- tem sentido enquanto
!oc0 não morre. (udo o que !oc0 )a$ na !ida pr*tica# !oc0 )a$ "aseado na suposição
de que amanã !oc0 !ai estar !i!o. E no esp%rito# ao contr*rio1 )aço tudo "aseada na
suposição de que !ou morrer aora mesmo. O que é muito mais realista. Porque se
!oc0 não sa"e quando !ai morrer# é melor !oc0 se considerar )alecido desde &*. No
mundo espiritual as reras são contr*rias 2 da !ida pr*tica. Na es)era pr*tica# se !oc0
)icar pensando em morte# !oc0 !ai )icar aterrori$ado e não !ai conseuir air. E na
es)era espiritual# ao contr*rio1 se !oc0 não lem"rar que !ai morrer# !oc0 !ai errar em
aluma coisa. 6uer di$er# a morte é um elemento constante/ tem5se que lem"rar dela
B oras por dia. Acontece que no ensino reliioso popular# as pessoas tomam tudo
isso como um conselo de ordem pr*tica/ porque eles somente estão interessados na
pr*tica. Então# se não temos a perspecti!a da morte e do sini)icado total da sua
e,ist0ncia em )ace da morte# então aca"ou o mundo espiritual# aca"ou tudo. Então#
essa é a maior no!idade1 é que aente morre. Então# se n-s temos o *"ito de adiar o
sono em )unção dos pro"lemas da !ida pr*tica# porque não podemos adiar as coisas
para tratar dos pro"lemas espirituais que são muito mais importantes> @anaremos
30
muito mais? Como &* disse# a di)erença da import+ncia das tare)as pr*tica e espirituais
é incomensur*!el1 é di)erença que e,iste entre o tempo por mais lono que se&a e a
eternidade? Ademais# as tare)as pr*ticas são di)erentes con)orme as pessoas/ e a tare)a
espiritual é a mesma coisa para todos.
aluno1 Essa tare)a cumprida determina a !ida ap-s a morte> E se ela não )or
cumprida>
Pro).1 Não determina# mas isso não pode ser )eito ap-s a morte. Ele é alo que
se re)ere 2 um estado umano que é independente de morte mas que s- pode ser )eito
em !ida/ e que ali*s é a Fnica ra$ão su)iciente de e,istir !ida.
7maina assim a eternidade como se )osse uma lina 9deseno=. E a !ida
umana como uma "re!e interrupção desta lina. Essa operação alqu%mica# ela se
re)ere 2 tudo isto aqui1 alina por inteiro. Voc0 s- pode )a$er quando est* aqui. Ali*s#
as escrituras saradas de todas as relii'es di$em que a !ida umana s- e,iste para
isso.
aluno1 E quanto 2s pessoas que não estão muito liadas nisso a%.
Pro).1 aluém !ai ter que )a$er para ele. I* t%namos dito anteriormente# que
quando !oc0 reti)ica# !oc0 est* reti)icando o uni!erso inteiro. Nessa mesma ora que
n-s estamos aqui con! ersando# o mundo est* ce io de mones etc. med itando#
encontrando a pedra oculta. E,iste di!isão de tra"alo/ aluém !ai )a$er isso a%1 se um
não )a$# o outro )a$. E se parar>  imposs%!el parar. 7sso é o pr-prio uni !erso
)uncionando.
Aora#em
pequeno. Pense !e&atodas
que as
a direção da qual
coisas na nossa atenção
!oc0 a"rane
prestou umnoterrit-rio
atenção muito
Fltimo m0s. Elas
não ceam a compor nenum "airro# nenuma cidade# nenuma casa. e !oc0 pear
tudo que a população inteira prestou atenção# tam"ém não comp'e rande coisa. 7sso
quer di$er que a umanidade inteira# ela !i!e )ora do uni!erso. Vi!e )ecada em certos
assuntos que são de e,clusi!o interesse daqueles indi!%duos. 8as tem ente que
pensa na umanidade inteira e isto nunca !ai parar# nunca parou. Espiritualmente# a
maioria de n-s somos idiotas per)eitos/ porque quanto mais o indi!%duo est* preso
dentro do c%rculo do interesse dele# mais ele acredita que est* dentro da realidade. E
ele não est* dentro da realidade nada/ est* num mundo totalmente su"&eti!o que ele
mesmo in!entou. Ele est* l* dentro de uma )irma que ele in!entou# para dar dineiro
para ele mesmo/ est* dentro de um circuito que ele mesmo )e$. E quando ele morre# o
que ele !iu de tudo isso a%> Ele !iu o mesmo. Cama5se idiota !em de idios que quer
di$er o mesmo. 7diota é o su&eito que s- conece ele mesmo. Então# !isto 2 lu$ do &oo
que ele mesmo est* &oando# idiota é quem não &oa o &oo. Dentro da partidina dele#
quem quer que não participe ou que perca o &oo dele é um idiota. 8as !isto do ponto
de !ista uni!ersal# idiota é ele mesmo.  aquela est-ria do sapo1 O que é o céu> Céu é
um "uraquino no teto da mina casa. 8as e,iste um outro ponto de !ista que
a"rane o do sapo# e que ele não !ai conecer nunca. Então# este ensinamento todo
!isa instalar o indi!%duo no mundo real. O mundo real é rande mas o que é incr%!el é
que a inteli0ncia umana pode e tem o direito de a"arcar isso a%. (oda a reliião
distinue entre o que é de!er de estado e de!er espiritual. O de!er espiritual é iual
para todos. Aora# o de!er de estado é di)erente con)orme a situação social aonde ele
est*. O de!er de estado é o de!er do pai# da mãe# do )ilo# de!er pro)issional etc. i.é/
depende do luar aonde ele est*/ portanto é relati!o. Depende da relação que ele tem
com os outros# da posição que ele ocupa. Então# é e!idente que o de!er de estado s-
)a$ sentido em )unção do de!er eral. Por isso que a 8arta )e$ a Fnica coisa que é
permanentemente necess*ria. O que a 8aria esta!a )a$endo era incidentalmente
necess*ria.  necess*rio que aluém )aça a comida supondo5se que a&a quem coma e
supondo5se que !oc0 quer comer. E se não quer comer> a% !ai )a$er a comida para
quem> Então depende da situação# depende do momento# depende da ordem# depende
de mil'es de coisas. Depende de tantas coisas# que 2s !e$es é di)%cil sa"ermos qual o
nosso de!er no momento. Por e,.1 o su&eito pode ter um de!er de !ocação e um outro
31
de!er para com a )am%lia. ão de!eres reais# condicionados 2 uma posição que ele tem.
(em uma ist-ria cinesa da moça que entra num concurso de "ordado. Ela "orda!a
um pouquino. Da% a pouco dormia e as )adas !inam e completa!am o "ordado para
ela. Então# se aente )a$ isso# as )adinas# de alum modo# )a$em o resto. De alum
modo )a$em. E se não )i$erem> e não )i$erem# elas sa"em porque não )a$em. Aora#
acontece que 2s !e$es certos de!eres de estado# são necess*rios para isto.  por este
moti!o que as ordens reliiosas não aceitam qualquer um l* dentro. Porque> Porque
!oc0 pode ter um outro de!er que se&a mais importante no con&unto das coisas
naquele momento. Ve&a# a !ida pr*tica é um começo de trans)ormação# é o começo da
operação alqu%mica. E !oc0 pode estar entalado na !ida espiritual por causa de tare)as
não cumpridas na !ida pr*tica. 6uantas !e$es !oc0 !ai l* para a !ida espiritual e Deus
te manda de !olta. No E!anelo tem um ne-cio do su&eito que !ai para re$ar e Deus
manda ele de !olta . Ele di$1 Voc0 "riou com se u irmão. Primeiro# !oc0 !ai l*# se
reconcilia com seu irmão# depois !oc0 !olta. Então# de certo modo# estamos presos 2s
o"riaç'es da !ida pr*tica. (em alumas coisas que são reais# o"&eti!as. 8as# nem
sempre estamos presos 2 o"riaç'es que a ente pensa que est*. 6uem entendia
muito disto era o )il-so)o Ortea W @asset. Ele di$ia1 cada momento da sua !ida e,ie
de !oc0 uma determinada coisa. 3ma e uma s-. E não adianta querer )a$er outra
coisa. (am"ém# o Dr. 8ller di$ia o seuinte1 6uando !oc0 não sa"e o que )a$er# )aça
o que é do teu de!er. E se !oc0 ainda não entendeu. é aquele ne-cio do Vitor 4ranl.
6ual é o sentido da !ida> O sentido da !ida é aquilo que s- eu posso )a$er# e mais
ninuém no meu
su&eito quando luar.
)ala1 Vou (udo
&oar isso
tudosão critérios
para e simpli)icaç'es
o ar e !ou da !idaespera
tratar da alquimia. pr*tica.
l*# O
!oc0
pode estar queimando etapas. Porque !oc0 começar a )a$er a leitura alqu%mica# !oc0 o
)ar* quando isto )or certo dentro da ordem das coisas. Pode ser que !oc0 tena outros
de!eres atrasados a%. Claro que estes de!eres de!em ser redu$idos ao m%nimo. Pois se
!oc0 esti!er se enrolando# complicando# arrumando encrenca na !ida pr*tica para
)uir dos de!eres espirituais. Nem !ice5!ersa. Na idade média tina muito disso1 o
su&eito tina d%!ida# tina matado aluém# ele )uia para o mosteiro e ninuém me,ia
com ele nunca mais. Então# ele !ira!a mone por con!eni0ncia. Podia ser que
aca"asse !irando uma coisa "oa mesmo e !ira!a mone. Em todo caso# não ca"e
aente )icar &ulando as pessoas neste aspecto. Cada um tem que sa"er qual é sua
parte# em"ora eralmente aente não sai"a.
e aente )ala em !isitar o interior da terra# estamos nos re)erindo 2 uma
caminada de um proressi!o reconecimento de uma realidade que &* est* a%. Jom#
mas se eu não sou capa$ de reconecer nem mesmo as press'es -"!ias de uma !ida
pr*tica# como é que !ou reconecer uma coisa sutil como essa da%>  por isso que
e,istem uma série de requisitos de ordem moral. em eral# as pessoas começam a se
preocupar com isso quando elas estão realmente li"eradas para pensar so"re isso.
Li"eradas quer di$er o seuinte1 moralmente no seu de!er pr*tico. Não praticamente.
A !ida pr*tica tem essa caracter%stica1 ela &amais est* satis)eita nem resol!ida. Estar
resol!ido não )a$ parte da nature$a da pr*tica. 8as# moralmente# !oc0 pode ter
esotado o seu de!er. A%# automaticamente li"era para !oc0 uma outra dimensão. 8as
se é o pr-prio Deus que !ai mandar de !olta !oc0 para a !ida pr*tica# ele !ai mandar.
Aente tem que dançar con)orme a mFsica. O pr-prio estudo# ele !ai te re!elar o que
!oc0 tem que )a$er.
Ontem# eu descre!i esta primeira etapa como alcançar o )undo da alma1 a *ua
l%mpida na qual se !oc0 olar para "ai,o !0 as pedras. E se olar para cima# !0 o céu.
O nosso prop-sito é alcançar plena lucide$ com relação 2s coisas deste mundo.
(am"ém isso é representado pelo (ai5Ci/ onde tem aquela coisa do quadrado e da
"ola. O quadrado é este mundo aqui. A "ola é o céu. E !oc0 est* no meio. Voc0 s-
precisa reparar que !oc0 est* l* no meio. e !oc0 )or camado para !ir para a terra#
!oc0 !ai. E se )or camado para cima# !oc0 tam"ém !ai.  um enano pensar que
e,ista uma transição da !ida terrestre para a celeste# da !ida pr*tica para a !ida
32
contemplati!a. Não se trata disso. 6uer di$er# !oc0 começa a pensar um pouquino
nisso/ e a sua consci0ncia moral se torna mais alerta/ e !oc0 começa a distinuir
melor o que é para )a$er do que não precisa )a$er. O sentido Fltimo da !ida pr*tica é
a e,trema simpli)icação. Ou se&a# é a lei da e)ici0ncia1 !oc0 resol!er pro"lemas com o
menor in!estimento de eneria# não o maior. 6uer di$er# in!e stimento e,cessi!o na
!ida pr*tica &* é impr*tico. Cria aquele ne-cio da iper5re)le,ão1 é quando !oc0
pensa tanto num pro"lema que !oc0 não conseue resol!er. 6uantas !e$es eu esqueço
nomes de pessoas. se eu )icar aoniado não !ou lem"rar mesmo. O ne-cio é acalmar
as *uas e a% o ne-cio !em. Ho&e em dia# e,iste um apelo alucinante para que todo
mundo )aça re)le,ão dos pro"lemas pr*ticos. Por e,.1 o su&eito tem uma d%!ida.
O"!iamente ele não tem meios de paar aquilo. e ele s- )or ter aquele dineiro daqui
a M a  anos# o que ele tem que )a$er> Não é para )a$er nada. Não é para pensar. Ele
tem que )icar despreocupado# )a$endo o que tem que )a$er o&e# sem tentar resol!er
o&e o pro"lema que ele s- !ai resol!er daqui a M anos. Pior é ele acreditar que isso é
realidade/ isto é um pesadelo. O espiritual não é pensar/ é contemplação.
Contemplação é não )a$er nada. A )unção da mente neste ne-cio é )icar calma e
pensar menos. e !oc0 esti!er pensando o"sessi!amente em assuntos espirituais# !oc0
&* não est* pensando espiritualmente1 !oc0 est* pensando assuntos espirituais de
maneira pr*tica.
aluno1 Eu não entendi "em aonde entra o elemento )oo no processo alqu%mico.
Pro).1 E,iste um centro do corpo umano que é o erador dos mo!imentos que é
representado
é representadocomo
pelo)oo.  l*Não
)orno. queétem
"emque cear.A Alquimicamente#
eneria. pala!ra eneria énoum
la"orat-rio#
pro"lemaisto
ra!%ssimo porque tem muitas conotaç'es. No nosso caso# seria melor di$er !ida.
Voc0 pode começar por locali$ar o centro de ra!idade. O centro de ra!idade pode
não ser e,atamente o centro !ital/ mas ele !ai estar por ali por perto. Locali$ar o
centro de ra!idade como se )a$ no (ai5Ci5 &* é um rande passo. eundo# !oc0
começar a )a$er todos os seus estos como pro!eniente do centro de ra!idade e não
de centros secund*rios. No (ai5Ci a coisa !em de dentro. O limite do (ai5Ci é s- o
corpo. I* na 7oa# !oc0 tem toda uma coisa atmos)érica# que não interessa muito aqui.
A coisa !em de )ora1 porque lida com circulação do Prana. A respiração não é um
elemento tão importante aqui. O su&eito encontrar o centro de ra!idade é mais
importante. Por e,.1 o"ser!e quando !oc0 anda de metr e !oc0 de pé tenta se
equili"rar. E,iste# claro uma posição na qual !oc0 est* mais )irme. e !oc0 não
encontrar esta posição !oc0 )a$ o seuinte1 !oc0 tra!a as pernas# uma lieiramente
mais para )rente do que a outra e pressiona o &oelo. Voc0 aca"a locali$ando.
@eralmente o centro )ica a"ai,o do um"io. A partir do seu centro# !oc0 !ai começar a
produ$ir todos os seus mo!imentos. Voc0 !ai )a$er praticamente o mesmo es)orço do
que antes s- que aora ele estar* "em distri"u%do. Voc0 est* )a$endo uma economia.
mas economia não sini)ica astar menos# mas sim centrali$*5la. A% então# é quase
imposs%!el que na es)era ps%quica a tua atenção tam"ém não se torne mais econmica.
Assim !oc0 !ai li"erando eneria# !italidade# tempo. Então# a medida que !oc0 !ai se
concentrando nisso a%# o tempo tam"ém !ai esticando. isso quer di$er que# num pra$o
menor de tempo# !oc0 !ai perce"endo mais coisas1 a realidade se torna mais densa# de
certo modo# para !oc0. 7sso tam"ém quer di$er que num dia !oc0 pode !er a est-ria
inteira/ porque !oc0 !iu a est-ria inteira? Voc0 começa a tomar posse de uma espécie
de temporalidade dilatada.
Esse ne-cio de ser 0nio# é relati!o. er 0nio é um pro"lema de atenção e de
o"&eti!o# de !oc0 querer. Dante escre!eu a Di!ina Comédia# não porque era 0nio# mas
porque quis escre!05la. (em a!er com dese&o. 6uer di$er que e,iste um tempo para
que aparecesse 2 ele todo aquele mundo interior e se trans)ormasse em pala!ras. ão
(om*s de Aquino parou de escre!er nos seus Fltimos anos de !ida. Peruntaram 2
ele porque e ele respondeu que era tudo porcaria. 6uer di$er# o indi!%duo !ai
apro)undando tanto este mundo espiritual até que cea um ponto onde a capacidade
33
e,pressi!a dele !ai )alar# as pala!ras não a"arcam mais este tipo de conecimento
espiritual. O omem espiritual é camado Ação de Presença. Ele não precisa )a$er
nada# a ação dele consiste em e,istir. Note que tudo isto aqui que eu estou )alando se
re)ere ao começo do processo alqu%mico. O começo até o ponto em que eu possa
entender. O omem imaina que a "usca umana do conecimento é na "ase de criar
uma coisa e perder outra1 !oc0 s- encontra uma !erdade 2 custa de um erro. Não?
E,iste um ponto de con!ersão aonde não acontece mais isso. A coisa não é mais por
apro,imação.  por acréscimo# por soma. Heel di$ que quando a ente contempla a
ist-ria a ente s- !0 ru%nas. Jom# mas e,iste uma outra maneira de proresso que
não é mais temporal. A o"ra de to. (om*s de Aquino é uma sucessão de intuiç'es
espirituais )ulurantes1 uma atr*s da outra. O pessoal não entende# aca que é uma
o"ra de )iloso)ia# de pensamento. 6ue nada? Aquilo l* é o"ra de tra"alo interior. e
!oc0 não tem este su"s%dio da Alquimia# !oc0 não !ai entender nada. Até <;;# estes
assuntos alqu%micos não eram rande no!idade/ todo mundo tina uma certa !isão
astro5alqu%mica. . (om*s de Aquino não perce"eu tudo aquilo por )orça de racioc%nio.
é s- )a$er as contas e !er que não d* tempo de pensar tudo isso. Ele não pensou# ele
!iu? Ao lono do tempo aen te !0 que * um certo desint eresse por estes assuntos.
Esse corte começa com a ci0ncia matemati$ante que em"urrece a mente. (oda a
ci0ncia dessa época se desinteressa pela )enomenalidade sens%!el. O ponto de in)le,ão
disso aconteceu com @alileu/ onde a ci0ncia passa ser a mãe da técnica. Na Alquimia
temos o contr*rio do modelo simpli)icado.  uma penetração na nature$a tal como ela
se apresenta.
simpli)ica (oda ci0ncia
um esquema/ moderna
e !0 tomacomo
a nature$a umauma
espécie de dom%nio
m*quina mental#
que !oc0 podeaonde !oc0
apertar o
"otão para )uncionar assim ou assado. Aqui é contr*rio1 !oc0 não !ai trans)ormar a
nature$a para !irar outra coisa. Voc0 !ai pe*5la tal como est*/ portanto !oc0 não tem
o dom%nio de coisa nenuma/ !oc0 est* como uma ota no mar/ !o c0 é o na!eante.
No séc. XV777 a Alquimia era considerada a"surda. Ho&e em dia * um pouco mais de
interesse/ mas como é que !oc0 !ai adaptar este conecimento nas uni!ersidades> e
!ai dar certo ou não. Dar certo é cear 2 reali$ação da per)eição/ e claro# da
transmutação de cum"o em outro. E que s- ser* plenamente reali$ada se implicar
uma certa reeneração da pr-pria nature$a em torno. Não é uma coisa su"&eti!a. A% é
que entra o pro"lema do Iun/ porque o Iun con)unde o processo alqu%mico como o
seu equi!alente psicol-ico. 6ue s- a)eta o indi!%duo. Ele s- )ala da imaem da
Alquimia na Psique# não no processo como tal.  mais ou menos como !oc0 descre!er
uma coisa no espelo. Ele )a$ um corte. Este assunto# não tem &eito de a"ord*5lo
desde )ora i.é/ !oc0 pro&et*5lo numa tela e )a$er disso uma ci0ncia te-rica. Da% porque
Iun cai )reqentemente numa in!ersão total do processo. Ele !ai di$er que tudo# tudo
é ps%quico/ ele uni!ersali$a o conceito de Psique. 7n!erteu tudo. N-s estamos aqui
neste tra"alo alqu%mico para cear no limite da Psique# para ir além dela. 8as a
Psique termina onde termina a *ua. Dali para cima não é ps%quico/ nem dali para
"ai,o. A posição alqu%mica é que a psique tena uma posição muito modesta no
processo. O pro"lema do Iun é est a1 ele tem um conecimento monstro deste
ne-cio mas é tudo e,terior. Esse con&unto não pode ser olado de )ora senão se
distorce.  mais ou menos como o mito ao tentarmos interpret*5lo. 7nterpretar
sini)ica e,plic*5lo seundo a cla!e de uma outra disciplina que pode ser a )iloloia#
)iloso)ia# ist-ria etc.. 7sso são todas ci0ncias especiali$adas. Acontece que o mito é
uma produção de realidades meta)%sicas# uni!ersais que s- pode ser e,plicada atra!és
do ponto de !ista desta mesma realidade. Então o mito não é para ser interpretado/
aente tem que interpretar a realidade atra!és de mito. Ele é um instrumento de
interpretação. O crente da ire&a "atista# que ola a !ida atra!és de sua crença# ele
est* entendendo mais que o mit-loo# o )il-loo# que !ai estudar a crença como se
)osse um o"&eto. Porque estas ci0ncias especiali$adas não tem uni!ersalidade
su)iciente para ela a"raner o o"&et o. E na Alquimia é a mesma coisa1 não tem &eit o
de e,plic*5la. Ela é um instrumento de e,pli cação. O mito é para !oc 0 escutar#
34
decorar e quando )or a acontecendo coisas que )oram se parecendo com o mito# !oc0
!ai montando de acordo com o mito.  uma rera de &oo.
aluno1 8as o Iun não )e$ e,atamente isso>
Pro).1 4e$ o contr*rio. Ele re)eriu os mitos 2 conceitos psicol-icos que não tem
a"ran0ncia su)iciente para e,plic*5lo. O certo é )a$er o contr*rio1 interpretar a
Psicoloia atra!és do mito. O que é um psic-loo nas lentes de um mito> O psic-loo
)ica olando a Psique entanto tal. Ele ola um pedaço da Psique e !0 o outro lado da
Psique.  um su&eito que ol a um espelo atra!és de um outro espelo e assim por
diante.  um omem que !i!e de sonos. 6uem ola muito seus sonos )ica
semelante 2 suas som"ras. O que é um psic-loo>  uma som"ra de um Alquimista.
 um ser )ict%cio.  um so)ista do mundo espiritual. A psicoloia é uma pseudo5ci0ncia
miser*!el/ Jasta !er a di!ersidade de escolas umas discutindo com as outras. Dr.
8ller sa"ia que a Psique não pode ser manipulada como tal/ que ela é somente uma
super)%cie de transição. A pr-pria pala!ra Psicoterapia# &* é um a"surdo. Não se cura
a Psique/ se cura o Eo. O que é o Eo>  a ist-ria sua que !oc0 conta para !oc0
mesmo. 7sso d* para me, er. 8as a psiqu e não é nada# é somente uma série de
imaens. Então# !oc0 pode curar o corpo# o rumo espiritual ou o Eo. 7nconsciente
tam"ém não é doente nem são. O mundo ps%quico é inde)inidamente !ariado pela sua
pr-pria nature$a. Ele como tal não pode ser o"&eto de ci0ncia. 8as isso a% Arist-teles
&* di$ia em Da Psique. A Psicoloia tende sempre a se dissol!er ou em neuroloia ou
em Alquimia. 6ualquer ci0ncia onde !oc0 tem mais teoria do que ca"eças é claro que é
pseudo5ci0ncia. 8asé apelas
pode sa"er que ela Psicoloia é uma ci0ncia
suas !i$inas. intermedi*ria
A Psique é como se por
)ossenature$a/
um estudoe !oc0
da s-
super)%cie da *ua. A super)%cie sem espessura.  estudo de impress'es# de som"ras.
Aora se !oc0 encai,*5la dentro da perspecti!a alqu%mica# ele se torna um estudo
muito no"re. 8as Iun )e$ ao contr*rio1 colocou a alquimia dentro da Psicoloia. No
)inal das contas Iun te!e seu !alor porque de certa )orma ele recolocou o estudo da
Alquimia em !oa. Espiritualmente# no entanto# a o"ra de 4reud é mais !erdadeira
que a de Iun. Os primeiros dep-sitos de conecimento não são coleti!os# são do
pr-prio indi !%duo. (em indi!%duo que sa"e isso aqui. 4ramentos disso são
transmitidos de eração em eração pela !er"orréia# pela linuaem# pela atro$
con)usão# pelo li,o espiritual.. Então porque !ou catar aluma coisa no li,o se posso
cat*5la na )onte> Então eu não teno que proc urar inconsciente coleti!o e sim
procurar um consci0ncia ele!ada indi!idual.
aluno1 E quando o cara sona e aparece l* um mito>
Pro).1 Aparece tudo# mito misturado com meras reaç'es corporais dele# com
)ramentos de con!ersa. E eu !ou "uscar isso l*> Ou !ou "usc ar a consci0ncia
indi!idual esclarecida# iluminada que tem tudo isso para me dar> Voc0 sa"e o que o
(ao%smo )ala do sono> onou# esqueça. O praticante do tao%smo que ainda sona
não é considerado como pessoa que atiniu o est*io ideal. Porque não é para sonar.
aluno1 8as Iun di$ia que os sonos são mensaens do inconsciente.
Pro).1 Não# são mensaens do inconsciente. Os sonos são mensaens que
podem !ir de qualquer parte do seu corpo# do corpo de !i$ino# da nature$a em torno#
de criaturas da nature$a elementais# pode !ir de an&os# pode !ir de Deus. Esses
sonos são completamente di)erentes. 8ais ainda1 e,iste uma ci0ncia dos sonos a
respeito destas imaens que cama5se Discernimento dos Esp%ritos. Ela discerne de
onde !em estas mensaem e analisa se !ale a pena ou não. Em S dos casos# não
!ale a pena pensar neles. Porq ue os sonos que t0m uma re!elação# eles são
clar%ssimos e auto5interpretados. e ti!er que interpretar é porque &* não prest a.
Então na pr*tica a maioria das pessoas não sa"em o que é um sono de re!elação e
um sono de indiestão.
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QUARTA AULA (17/01/96)

.O "em supremo# trata5se de !oc0 imainar uma !ida melor do que essa. No entanto#
se !oc0 não tem uma no corpo o melor do melor do melor# !oc0 perde a !isão por
escala do que est* se passando aqui e aora. A% é um pro"lema da (%mese Para"-lica.
(%mese é a!aliação. Para"-lica é aquilo que descre!e uma par*"ola. Então# !oc0 tem
que a!aliar pelo melor que se possa conce"er.
A t%mese é uma )aculdade coniti!a especi)icamente umana1 s- o omem pode
)a$er isso. Nenum "ico pode imainar ou conce"er para ele mesmo uma situação
muito melor que a que ele te m. Note "em que ist o não é ra$ão. (odo animal
participa da ra$ão. 8as# a t%mese não é raciocinar a partir dos dados mas da pura
concepção de alo supremamente melor. 6uer di$er que toda nossa cultura#
conecimento# especulaç'es# elas !alem muito pouco se )orem amputadas desta
re)er0ncia a este melor que n-s s- conecemos idealmente. 8as que n-s sa"emos
que é uma possi"ilidade e)eti!a/ pelo simples )ato de que n-s podemos pens*5la. Da% a
necessidade de pensarmos continuamente no melor do melor do melor. Porque
somente isso que !ai dar para ela a escala e,ata do que est* acontecendo. Porque se
!oc0 s- comparar um acontecimento com outro acontecimento i.é/ um mundo real
com outro real# !oc0 nunca tem a medida/ a não ser pro!is-ria1 !oc0 e)eti!amente não
sa"e o que quer# os seus &ulamentos estão todos errados. 7sso quer di$er que a t%mese
para"-lica é a pr-pria pedra anular da ra$ão. A ra$ão sem a t%mese não !aleria
a"solutamente nada/com
compara uma coisa porque a ra$ão
a outra. 8as#pode
qual ser como umaa"alança.
é e,atamente A "alança
medida que s-
!oc0 est*
usando para !er este peso> 6uer di$er é uma "alança de quilos ou de tonel adas>
Então# !oc0 pode pesar uma coisa com outra mas dentro de uma escala que se&a co5
proporcional 2s duas. Porque 2s !e$es# para !oc0 a!aliar certas coisas# !oc0 precisa de
uma "alança de maior capacidade. E é e,atamente isso que é a t%mese. Então# se não
tem a t%mese# a ra$ão )ica que como uma )aculdade solta. A t%mese é mais ou menos
uma coisa que a)erisse a ra$ão. Ali*s# ela é um critério supremo da ra$ão. D* idéia de
li"erdade. Como é que !oc0 !ai ter o critério da li"erdade a não ser por uma !erdade
ideal. para !oc0 di$er que uma coisa é !erdadeira ou )alsa# !oc0 est* di$endo que uma
atende e outra não atende um certo ideal que !oc0 !0 na !erdade. 6uer di$er# n-s não
conecemos a !erdade somente pelo aspecto emp%rico# pela e,peri0ncia que temos da
!erdade/ mas tam"ém por uma e,pectati!a que n-s temos e que 2s !e$es não se
cumpre. Voc0 s- !ai entender o que é !erdade se entender que ela é um ideal# e não
uma realidade. A !erdade é uma coisa que !oc0 espera que os seus pensamentos
tenam/ e quando não t0m# !oc0 se sente )rustrado. No que consiste precisamente
esta e,pectati!a>  !oc0 acreditar na !erdade como um ideal# como um !alor. e o
cara não pensa continuamente so"re isso# o senso da !erdade dele )oi para as cucuias.
Ele não conece propriamente a noção de li"erdade# ele conece !erdades. mas a
noção de li"erdade )oi para as cucuias mesmo? Então# a e,clusão da consideração de
!alor nas ci0ncias é uma monstruosidade# isso impede o )uncionamento da ra$ão.
Ho&e em dia todo mundo di$1 as ci0ncias não de!em se "asear nos !alores. Claro que
de!e? 7sso é a principal coisa? Porque a ci0ncia toda se "aseia num !alor que se cama
!eracidade. Como a !eracidade é um !alor que !oc0 pretende alcançar# então !oc0 s-
pode conecer as !erdades que !oc0 &* tem. Então# a ci0ncia não pode a&udar. A
ci0ncia se dirie idealmente em uma direção 2 uma cone,ão comple,a de todas as
!erdades que ela coneça/ )ormando uma !erdade maior do que aquela em particular.
Por e,.1 os )atos que uma ci0ncia conece# eles não são !erdadeiros no mesmo sentido
que ser* a teoria )inal e,plicati!a que !ai a"raner todos estes dados. 6uando !oc0
pea !*rios )enmenos1 o tro!ão# a )a%sca que sai quando !oc0 es)rea uma planta. e
!oc0 cama isso de eletricidade# !oc0 est* querendo di$er que esse conceito de
eletricidade é mais !erdadeiro do que essas !*rias denominaç'es que !oc0 d* 2s
di)erentes apariç'es do )enmeno. 6uer di$er# por tr*s deste )enmeno e,iste uma
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!erdade camada eletricidade. (oda a ci0ncia raciocina assim. Então# ela não é s- a
!erdade dos )atos mas sim um ideal de !eracidade maior que a dos )atos que ela
pretende alcançar. Ora# se !oc0 e,cluir como é que se !ai )a$er ci0ncia>  "alela esta
est-ria de e,cluir pro"lemas de !alor. Não s- é )also como incon!eniente. Porém# no
nosso caso que é uma ci0ncia pr*tica de trans)ormação da matéria para a alma
umana# é somente a t%mese para"-lica que nos !ai dar a idéia de alo que n-s temos#
%ntimo. Por e,.1 nos &ulamentos di*rios que n-s )a$em os so" as pessoas# est*
su"entendido que n-s sa"emos alo do "em e do mal. 8as# raramente n-s pensamos
a respeito disso. Então# se !oc0 peruntar1 é mal porque> !oc0 !ai !er que a maioria
das pessoas não sa"em. a"em apenas que é uma con!enção. 8as# se o &ulamento
do "em e do mal é uma con!enção# porque que !oc0 passa por uma emoção tão
intensa ao condenar o mal> 6uer di$er# no )undo !oc0 tem uma e,plicação do "em s-
que est* inconsciente# !oc0 nunca pensa nela. Condenar o mal é menos importante
que sa"er o que !oc0 mesmo pensa do "em. Por e,emplo1 o que seria para o indi!%duo
o omem per)eito> e !oc0 nunca pensa nisto# a sua !isão do "em é completamente
ne"ulosa. E os &ulamentos que !oc0 )a$ dos indi!%duos são completamente aleat-rios.
Voc0 est* a"ituado a rece"er um modelo pré5determinado do "em atra!és de aluma
)iura ist-rica ou mitol-ica1 Iesus Cristo# Juda etc.. Voc0 rece"e isso pronto. 8as
rece"er pronto não adianta se !oc0 não pensar nestas )iuras. 3ma coisa é !oc0
conecer estas )iuras nas escrituras e outra é t05las na ca"eça. Então# meditar
continuamente o "em particularmente na )orma de !irtude umana i.e./ sa"er o que
!oc0
Porquerealmente pensa disto#
estes modelos é até maisseimportante
são inteli%!eis que rece"er
!oc0 não pensar neles.os modelos
Então prontos.
pensar no que
!oc0 conce"e como o supremo "em na escala do umano# &* é uma condição
indispens*!el para poder entrar no destino de. Aora# cada um !ai pensar de um
&eito/ mas não importa porque todas essas coisas que estas pessoas !ão imainar
di)erentemente# elas se re)erirão 2 um mesmo ideal. Claro que cada um !ai en)ati$ar
mais uma lado que outro# con)orme as di)erenças pessoais. 8as# como di$ia (eilard
de Cardin# tudo o que# con!ere. e !oc0 est* pensando no supremamente "om# as
di)erenças entre os que as !*rias pessoas pensam# !ão se neutrali$ando aos poucos.
Na !erdade# o "em# a !irtude são simples. Os !%cios é que são complicados e muitos.
3ma conta de B G B  # s- tem um resultado certo. O resultado errado são todos os
outros nFmeros. Então esta )aculdade da t%mese# ela é até mais importante do que o
pr-prio e,erc%cio da ra$ão.
No caso da nossa ci0ncia de transmutação e como essa trans)ormação em
rande parte é interior5 de )ato !oc0 tem que sa"er para onde !oc0 est* indo e aonde
!ai cear. Cear no termo )inal que é sim"oli$ado pelo ouro. Essa cur!a para"-lica é
ut-pica# ideal porque é uma cur!a que tende a ser reta mas nunca cea a )icar
totalmente reta.  assint-tica.
4alamos tam"ém em s%m"olo na aula passada. Aqui# como se trata de uma
ci0ncia pr*tica# não e,iste propriamente a teoria alqu%mica. Não e,iste nenum li!ro
de alquimia que se&a te-rico1 na medida que !oc0 est* lendo aquilo ali &* é a pr*tica de
alum modo. E então é importante entender o que quer di$er a linuaem sim"-lica.
im"-lico costuma ter uma sini)icação de uma coisa oposta ao ideal ou ao utilit*rio.
E n-s não usamos neste sentido a%. e us*ssemos neste sentido# nos a)astar%amos
muito da o"ras alqu%micas. O sim"-lico tem que ser entendido como uma espécie de
coisa iper5literal. Hiper5literal quer di$er que cada pala!ra quer di$er e,atamente
aquilo que est* dito nela . 8as# sem nenuma restrição ou nenuma separação
a"strati!a. Por e,.1 (erra não quer di$er e,clusi!amente o planeta (erra nem
e,clusi!amente um pedaço de terra nem e,clusi!amente o elemento terra da )%sica
antia. 6uer di$er tudo isso &unto. Não é uma leitura a"strati!a e sim concreti!a. 
isso mesmo é que é o sim"-lico. A linuaem a"strata !ai num sentido de separar um
sini)icado e lidar e,clusi!amente com aquele / até para não ter con)usão e !oc0 poder
pensar em lina reta.  uma dedução l-ica que !oc0 )a$1 !oc0 esta"elece o sentido e
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!ai raciocinando dentro daquele mesmo sentido. 8as aqui# não d* para ir em lina
reta. Aqui !oc0 anda um passo e d* um outro para tr*s. Porque !oc0 !ai sempre
esquecer alum sini)icado l* para tr*s. E este cont%nuo retorno para recoler os
sini)icados que )oram esquecidos# isto mesmo é que é a leitura alqu%mica. Porque a
mente umana tende a ir o"sessi!amente no sentido da a"stração por uma questão
de economia de tempo. E tam"ém para !oc0 pensar mais# !oc0 redu$ o sini)icado.
Porém a leitura sim"-lica requer o contr*rio1 que !oc0 recola todos os sini)icados.
e !oc0 leu errado# !oc0 !olta para tr*s porque !oc0 esqueceu uma acepção poss%!el
da coisa.
Neste momento# aente tem que distinuir o que é leitura sim"-lica do que é
leitura alqu%mica. A leitura sim"-lica é s- uma etapa# uma condição pré!ia. 8as
passando da sim"-lica para a alqu%mica# n-s não s- recolemos todos os sentidos
mas n-s conseuimos presenti)ic*5los ou se&a# conseuimos reconecer aqueles
sini)icados não em imainação# mas concretamente. 6uer di$er que quando eu
esti!er lendo (erra# o que !ai ser e!ocado por isso não é a imaem# nem o conceito de
(erra# mas a terra mesma# a terra tal como est* no seu corpo. Cada um dos s%m"olos
alqu%micos 9a terra# o cum"o# o ouro etc.= primeiro t0m que ser lidos sim"olicamente
com plenitude de sini)icado. eundo t0m que ser lidos alquimicamente com
plenitude de presença )%sica das coisas sim"oli$adas e não apenas mental. Então#
quando se )ala em 8ercFrio# temos que diriir a atenção não s- para o s%m"olo# ou o
conceito# mas tam"ém para o 8ercFrio que este&a e)eti!amente presente em !oc0
naquele momento. alo
leitura alqu%mica# Por e,.1 8ercFrio
em !oc0 est* é)a$endo
uma su"st+ncia
a operaçãodissol!ente. No momento
naquele mesmo da
momento.
Alo est* dissol!endo crostas de su&eira de esquec imento# etc.. A leitura alqu%mica#
ela tende a ser de certo modo cada !e$ mais lenta.  como se para cada ente re)erido
ali no te,to# !oc0 ti!esse que tra$er alo. 8as a leitura alqu%mica tem um nFmero
)inito de s%m"olos. Por e,.1 a operação puramente mental que !oc0 )a$ de remo! er
uma crosta que tem em torno de seu entendimento# uma crosta a que o impede de !er
alo. isto a% tem um concomitante )%sico naquele mesmo momento. Outro e,.1 eu
esta!a assistindo uma aula do Dr. 8ller so"re o tema Lua# e eu não esta!a
entendendo nada. A% Dr. 8ller me deu umas otinas de Argentum metallicum. De$
minutos depois eu tina entendido tudo. Nessa ora eu entendi qual era a relação que
podia a!er entre mente e corpo. Para mim# todos n-s somos cartesianos incur*!eis.
6uatro séculos de pensamento cartesiano nos le!ou a pensar em corpo e mente como
coisas separadas. 8as tudo isso é e!identemente uma coisa s-.  uma di)erença de
+nulo.  como cara e cora. e !oc0 o"tém a cara# !oc0 trou,e a coroa &unto. 8ente e
corpo são a"straç'es. O que e,iste e)eti!amente é o camado composto umano
indissolF!el como di$ia Arist-teles. Recapitulando# se um metal podia produ$ir
repentinamente uma s%ntese sim"-lica na mina ca"eça é porque era o corpo que
esta!a pensando. 6uem é que pensa>  o pr-prio corpo?  que quando !oc0 !ai saindo
da es)era das percepç'es sens%!eis e indo para o pensamento a"strato# !oc0 tem a
impressão que aquilo não é corporal. 8as é sim? Por e,.1 se eu )alo para !oc0 imainar
um indi!%duo umano. !oc0 est* me !endo corporalmente. Aora# se eu )alo para
!oc01 uma multidão. Aora !oc0 &* não !0 com tanta precisão. E se eu dio para !oc01
a umanidade. A% &* !ira um conceito enérico# aparentemente incorp-reo. 8as# na
realidade a umanidade e,iste corporeamente tanto quanto o indi!%duo? Então#
quando !amos su"indo na direção dos conceitos a"stratos# aente tem a impressão de
que se a)astou da corporalidade. 8as# ao contr*rio1 a umanidade tem muito mais
corporalidade que um indi!%duo so$ino.  s- somarmos pesos. Então# quando
pensamos enericamente# cria5se um e)eito ilus-rio. Eu posso conce"er uma *r!ore
sem pensar em terra. 8as# quando )aço isso# eu estou )a$endo uma separação# uma
a"stração. Aora# quando eu penso a *r!ore não isoladamente# como se ele esti!esse
"oiando no ar mas# como uma *r!ore que "rota da terra# me apro,imei mais da
realidade. Estou tendo um conceito mais real. Por isso mesmo que CONCE7(O !em de
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CON G CEP(7O  Ceptio !em Cepire# que quer di$er aarrar# captar. 6uando n-s
pensamos numa coisa estamos tendo apenas uma idéia. 8as# se esta idéia aarra
aluma realidade n-s camamos conceito. Lamenta!elmente em inl0s# Concept
sini)ica qualquer coisa que !oc0 pensou mesmo que não e,ista. O Conceito é uma
idéia que aarra uma realidade e di$ o que ela é e)eti!amente. Aora# uma idéia é
apenas uma atenção que permite reconecer a coisa. No conceito eu me apro,imo do
real. Ora# para eu me apro,imar do real# eu teno que en,ertar um ente indi!idual Por
e,.# dentro do con&unto dos seres. 7sso quer di$er que eu !ou ter que )alar de mais
seres e aumentar a escala do que eu estou )alando. Ora# na medida que eu aumento a
escala# eu me a)asto da percepção sens%!el. E da%# eu teno a impressão que eu estou
indo para o ar# estou )icando cada !e$ mais a"strato e é e,atamente a% que eu estou
indo para o concreto. A ca!alidade Por e,.. não é um conceito/ é apenas uma idéia. A
espécie ca!alo é que é um conceito? Aora# se !oc0 )alar a qualidade que distinue a
espécie ca!alo# ela s- e,iste a"stratamente. Aora# a espécie e,iste materialmente. O
que é a espécie ca!alo>  todos os ca!alos que e,istiram# mais todos os
espermato$-ides em nFmero )inito que estão dentro de todos os test%culos de todos os
ca!alos e,istentes e mais os espermato$-ides de ca!alos que poderão "rotar destes.
Até completar todos os ca!alos que e,istam. 7sto é material? 8uito rande mas é
material.  limitado# )inito. Aora# a ca!alidade é a qualidade separati!amente
considerada que !oc0 !er* em todos estes ca!alos. Aora# nossa mente tem uma
di)iculdade de perse!erar no concreto usando instrumentos a"stratos. 6uando ela se
deslia da percepção
com sens%!el. sens%!el#
O sens%!el tam"ém ela éperde o concreto.
a"strato. Não podemos
Pro!a disto é que !oc0con)undir concreto
s- pode perce"er
)isicamente uns quantos aspectos da realidade. Por e,.1 neste momento eu s-
perce"o esta sala# mas eu sei que esta sala não est* "oiando no ar/ que ela est* dentro
desta casa. Eu não o sei sensi!elmente# mas eu sei disto. Este é que é o concreto.
Então temos que distinuir o que é o concreto da realidade e o que é o concreto do
conecimento. 3ma coisa é a realidade concreta. Outra é o pensamento. E a realidade
concreta# por incr%!el que pareça# aente s- pea por pensamento a"strato. E é a% que
est* a di)iculdade. Por e,.1 !oc0 não !0 uma *r!or e se alimentando do sol. 8as !oc0
sa"e que ela est* )a$endo isso. O conceito !erdadeiro de *r!ore é uma )orma de !ida
que "rota do solo se alimenta dos minerais dela. Então eu s- consio !er a )orma
e,terior dela. 7sso é a"s trato. Esta )orma e,terior não e,i ste em si. Ao ra# o
pensamento concreto seria aquele que lidasse apenas com os dados perce"idos1 não
iria muito lone.  um pensamento que não se a)astaria muito da realidade sens%!el.
Em outras pala!ras1 o pensamento concreto é aquele que se ati!esse 2quilo que )oi
perce"ido de imediato.  um pensamento que se uia pelas apar0ncias. Então todo o
pensamento é de )ato a"strato. 8as esse a"strato é um instrumento para !oc0
perce"er a realidade da sua concreção. O concreto é o que as coisas são e)eti!amente
dentro da sua concreção. CON G CRE(7O  é aquilo que cresce &unto. Ou se&a/ é o
con&unto das condiç'es reais que permitem que aquele ente e,ista. Então *r!ore sem
terra não e,iste1 n-s sa"emos disto mas n-s não perce"emos isso. Portanto s-
podemos captar esta noção atra!és do pensamento a"strato. Porém# é este
pensamento a"strato que permite que aente aarre a concreção real daquele ente.
6uando !oc0 pensa em conceitos a"stratos# isto não quer di$er que !oc0 este&a lidando
com realidades a"stratas. Para !oc0 captar a realidade concreta# é s- atra!és do
pensamento a"strato.

aluno1 Porque esse ne-cio de realidade concreta e a"strata> A realidade não é uma
s->
Pro).1 A realidade é a"strata apenas no seu modo de conec05la.

Voltando 2 questão da leitura sim"-lica e alqu%mica. A leitura alqu%mica então# é um


cont%nuo retorno e por isso assume &* o sini)icado de uma meditação. E por isso
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mesmo que a leitura alqu%m ica &* é uma pr*tica . Então# cada !e$ que !oc0 ler um
te,to alqu%mico# a tend0ncia é ler e continuar lendo. Para )a$er isso aente redu$ a
es)era de sini)icados de cada pala!ra# pea5o e passa adiante. 6uando !oc0 terminar
a )rase# !oc0 !olta l* lem"re os outros sini)icados# !olta de no!o e de no!o. 7sto é que
é o Lege, relege. Ler# ler# reler e encontrar*s que é a rera m*,ima do alquimista. Voc0
!ai ler .;;; !e$es a mesma coisa até que !oc0 !e&a com os olos da cara# não com os
olos da imainação. Ela !ai ter que passar por uma )ase conceitual# imainati!a e
depois percepti!a. Então# quando !oc0 l0 um romance qualquer. Este romance se
re)ere 2 emoç'es que !oc0 nunca te!e# em situaç'es que !oc0 nunca !i!eu. !oc0 não
!ai entender# ou !ai entender de uma maneira morna# sem !ida. Jom# teria um &eito
de produ$ir um an*loo desta emoção de modo que !oc0 !ena a entender> (em1 pela
inestão de uma su"st+ncia correspondente 2quela emoção 9e,atamente como no caso
da mina aula da Lua com o Dr. 8ller=. No )undo toda a omeopatia se "aseia nisso.
e !oc0 pear toda a matéria médico5omeop*tica# o con&unto daquelas su"st+ncias
minerais# !eetais# animais que !oc0 usa ali# aquilo ali é um dicion*rio de sensaç'es.
(udo o que o ser umano pode sentir# imainar# aente tem o equi!alente material. Na
omeopatia e,iste um remédio camado ilicea. O su&eito que precisa de ilicea tem
uma di)iculdade em concreti$ar as idéias. Por isso é um indi!%duo esitante1 ele não
sa"e o que quer porque ele não sa"e direito o que pensa. Ele é inseuro porque as
idéias dele são de "orraca. (omando ilicea parece que as coisas conelam# se
esclarecem/ a% aca"a a indecisão? E como é que !oc0 )aria para o"ter a mesma coisa
por
!oc0meios
mesmo puramente
)ar* isso1!er"ais> Ele le!aria
!oc0 pu,ar* no seuBcorpo
anos? as
8uito "em# na leitura
recordaç'es# emoç'es alqu%mica#
etc. que
estão liadas 2queles elementos alqu%micos de que )ala o te,to.  por isso que os
te,tos alqu%micos )reqentemente introdu$em a seuinte noção de1 O Nosso 8ercFrio.
Ontem# n-s !imos que !isitar o interior da terra sini)ica!a estar l* e)eti!amente.
E que o interior da terra sini)ica!a o pr-prio corpo. Então# é para entrar com atenção
no interior do seu corpo. Esse iper5literal é que é o sim"-lico. Ele é iper5literal
porque ele não é a"strato# ele é concreto1 não pri!ileia um sini)icado em especial
mas usa todos os sini)icados compactados. 7sso quer di$er que se sua atenção re)lui
para o interior do seu corpo# ela est* entrando no interior da matéria# na terra mesmo.
Esse corpo aqui é terra e não outra coisa. O pessoal aqui da astroloia &* sa"e que o
aturno astrol-ico é alo a mais que o aturno astronmico. - que na alquimia tem
mais ainda/ porque ele se re)ere a tudo isto tal como acontece tam"ém dentro do
nosso corpo. 6uer di$er que l* dentro tam"ém tem um saturno. Este aturno pode ser
determinados -rãos que a astroloia associa 2 aturno/ mas não s- isto# tem mais e
mais e mais. 8as tam"ém tem certas )unç'es e relaç'es associadas 2 aturno. Então
aturno alqu%mico é tudo isto indissolu!elmente. O Jaço no corpo umano est*
associado 2 aturno1 é o -rão que d* o e,tremo limit e do seu corpo. 6uando !oc0
corre não é o "aço que d-i>  porque ele não est* aentando )a$er as
trans)ormaç'es que ele tem que )a$er. Então ele p*ra o corpo inteiro. 8as# aente !i!e
"em sem "aço. 8as isso não quer di$er que podemos !i!er sem limites. Aente !ai ter
que )a$er isso atra!és de outros -rãos# outros meios/ não é s- o "aço que est*
associado 2 aturno. Nos tratados de astroloia# o )%ado 2s !e$es est* associado 2
aturno# 2s !e$es 2 IFpiter e 2s !e$es aos dois &untos. Considerando# então que temos
que &untar todos os sini)icados na leitura alqu%mica# conclu%mos que a pr*tica da
alquimia trata da instalação do indi!%duo na realidade.  um es)orço da pessoa se
situar dentro do tecido de relaç'es reais no qual ele est* naquele momento. E o e)eito
que isto tem na personalidade como um todo é um ne-cio "rutal. Primeiro que as
distinç'es entre perce"er e imainar# são na !ida di*ria um dos temas. Por e,.1 "asta
!oc0 imainar que o indi!%duo te o)endeu para !oc0 se sentir o)endido. Jasta !oc0
imainar o perio que !oc0 &* sente medo. Esta con)usão entre sentir e imainar é
constante. Com um pouco de pr*tica alqu%mica aente &* elimina isso para sempre.
Voc0 sa"er* sempre se é imainado ou se é sentido. e est* presente ou se é
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ipotético. A alquimia !ai a&ud ar a distinuir o real do imain*r io.  porque o corpo
umano não distinue entre o perio imain*rio e o perio sentido que é poss%!el a
ipnose. 6uando !oc0 ipnoti$a o su&eito# ele !ai ter todas as reaç'es corporais que o
ipnoti$ador suerir. 6uer di$er# o cara !ai imainar que est* passando por certas
situaç'es e o corpo dele !ai reair na e,ata medida. Ora# o su&eito que est*
ipnoti$ado ele pensa# ele raciocina# ele sente# ele recorda# ele tem todas as )unç'es/
s- não tem uma1 ele não &ula. E é s- este &ulamento5 que tem o seu *pice na t%mese
para"-lica5 é que nos permite discernir entre o imain*rio e o real. Da% !oc0 pode
sa"er se o su&eito te o)endeu ou )oi !oc0 que se sentiu o)endido. Porque
neuroloicamente é a mesma coisa. 7mainati!amente é a mesma coisa. No plano das
emoç'es é a mesma coisa. Por a% !oc0 !0 que a )alta de culti!o do *"ito de
&ulamento# im"ecili$a as pessoas. A )aculdade coniti!a que mais se apro,ima da
t%mese para"-lica seria a &upiterina.
A imainação de!e produ$ir uma reação neurol-ica semelante ao dos
est%mulos reais mas s- que diminu%da. De!e porque esta é a )unção dela. e !oc0
puder "alancear as reaç'es de maneira que# ante o perio real# !oc0 tena uma
emoção equi!alente 2 ,. e no caso an* loo 5 porém ima in*rio !oc0 ter a mesma
reação# mas muito diminu%da e atenuada# !oc0 estar* com o pé no cão. 7sso não
aca"a em a"soluto com os artistas. e !oc0 pea @oete# aespeare# todo mundo
sa"e disso a%. Aora# o&e em dia aente tem um su"&eti!ismo atro$. O indi!%duo s-
)ala daquelas coisas que a)etaram a sua alquimia numa determinada circunst+ncia
que s- aconteceu
cultura. 2 ele/ e casualmente
- que# passam aluns anos aconteceu 2 outros
e aquilo ali indi!%duos
não sini)ica maisdanada
mesmapara
ninuém.  por isso que !oc0 !0 que a arte o&e em dia# ela en!elece muito r*pido.
Porque é su"&eti!o1 s- quem compartila daquela re)er0ncia é que pode ter emoção
an*loa. Aora# se !oc0 penetrar na es)era do sim"olismo uni!ersal. a% !oc0 não tem
muito como escapar.  isso que !ai di)erenciar emoção real da emoção art%stica. Por
e,.1 se !oc0 !0 o quadro da Cruci)icação# onde aparece o Cristo todo ensanentado. A
reação que !oc0 tem ao !er o quadro é di)erente do que se !oc0 !isse realmente o
Cristo ensanentado? 6ual é a di)erença> A di)erença é que no quadro# o Cristo é
imain*rio# interpretado. E aquele impacto não de!e se diriir aos seus sentidos/ mas
sim 2 sua capacidade de &ulamento.  isso que é emoção art%stica. Caso contr*rio#
seria emoção real. A emoção real# ela tem um impacto )%sico direto1 não tem mediação.
A emoção art%stica# se dirie 2 sua imainação1 ela d* um inter!alo# um sosseo para
!oc0 poder pensar e &ular. Então# ela se torna um eleme nto de !alor intelectual5
espiritual coisa que a emoção direta não tem. Ali*s# a emoção direta te impede de
&ular. Portanto a arte# ela a&usta o que é o imainar# o sentir e o &ular/ coisas que na
!ida di*ria estão separadas. Por isso que a arte a&uda a entender o mundo. O e!ento
art%stico# se !oc0 não entende# !oc0 não sente nada. E os acontecimentos da !ida
di*ria> Jom# se !oc0 não os entender# !oc0 sente do mesmo modo. A arte transmite
e,peri0ncias e emoç'es inteli%!eis e que estão ali montadas e,atamente para isso.
Aora# para ela )a$er isso é preciso que a emoção imainati!a este&a muito atenuada.
Histeria é e,atamente a total con)usão entre a emoção imainada e emoção real. O
istérico )ine que est* sendo ameaçado e )ica apa!orado/ )ine que est* sendo
o)endido e )ica mortalmente o)endido. E não tem meio de !oc0 e,plicar para ele que
aquilo não aconteceu. A emoção imain*ria toma o seu corpo e !oc0 não entende/ quer
di$er e,iste uma diminuição da inteli0ncia. 8as na emoção art%stica atenuada# a
inteli0ncia continua )uncionando/ então !oc0 entende aquela emoção. Por isso que a
emoção art%stica não é !iolenta/ mas no )undo ela é mais como!ente1 ela tem
sini)icado. E numa o"ra de arte que !oc0 não atine o sini)icado# !oc0 não entender*
e# portanto não sentir*. E portanto# é na arte que !oc0 !0 essa &unção do sentir e do
entender5 que na !ida di*ria não acontece. Na !ida di*ria quanto mais !oc0 sente#
menos !oc0 entende1 quanto mais !iolenta a emoção# menos !oc0 entende.
Concluindo1 esta ida do omem do seu interior su"&eti!o para o !asto mundo real# isto
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é a Iornada do 7m"ecil até o Entendimento. 6uando somos pequenos# somos idiotas1
s- acreditamos naquilo que n-s mesmos imainamos. Depois acordamos para o
mundo real e constatamos que ele é maior do que imainamos/ e aca"amos ostando
dele. A criança se protee no mundo su"&eti!o1 o que )aria mal a ela# ela )a$ de conta
que não !0/ e esquece. da% que sure os traumas# as neuroses.  a mentira esquecida
na qual !oc0 ainda acredita. Essa idiotice é como a casca de o!o na qual !oc0 pode se
proteer durante alum tempo/ mas não adianta# depois !oc0 tem que que"rar a casca
do o!o. E aente passa o resto da !ida que "rando a casca. Então# este tipo de
meditação que !ai tentar presenti)icar as coisas até que !oc0 !e&a umas que estão de
)ato presentes e outras que !oc0 s- imainou isso aqui tem um impacto tremendo
so"re a personalidade. 7sto aqui é como se )osse uma cur!a que !ai no sentido de uma
per)eita con)ormação com o real1 uma reconciliação com o real. O su&eito !ai desde
uma re!olta su"&eti!a até um sim que ele di$ 2 tudo que acontece.  a% que ele est*
com o pé no cão. A% cea5se na condição umana. A condição umana é quando
!oc0 pode !er um cen*rio imenso# que !oc0 não escoleu# que !oc0 não conece de
antemão# e que praticamente !oc0 não pode mudar/ e,ceto por uma pequena es)era
de ação pessoal que na melor das ip-teses# se !oc0 )or um omem muito poderoso5
a"raner* a !ida de uns quantos outros seres umanos. Então# !oc0 não !ai mudar a
estrutura da terra# a -r"ita dos planetas# o )lu,o dos tempos# o curso da ist-ria# !oc0
não pode mudar nada disso. Então# n-s não !iemos aqui para mudar# n-s !iemos
aqui para sa"er o que é. A% !oc0 !0 que a !erdadeira missão do omem é conecer e
não mudar/ émas
trans)ormar estapara
a trans)ormação# a sua
ser trans)ormado. trans)ormação.
E quando Voc0aca"a
!oc0 morrer# não !eio aqui
o seu para
ciclo de
trans)ormaç'es/ e pior# pode ser que !oc0 passe pela !ida e nem entenda# nem perce"a
o real# a operação alqu%mica. Esse mundo é um )orno alqu%mico onde todos estamos
sendo trans)ormados. A onipot0ncia é até certo ponto necess*ria# como as ilus'es
in)antis/ porque senão !oc0 não aenta1 a casca de o!o que"ra de repente e !oc0 )ica
um pouco assustado/ porém temos que lentamente que"r*5la e !er que n-s aqui não
estamos )a$endo a"solutamente nada/ estamos sendo )eitos. Voc0 pea um omem
e,tremamente poderoso como Napoleão Jonaparte1 6uanto so"rou da o"ra de
Napoleão> (odos os seus reinos )oram des)eitos# 2 e,ceção da uécia. 7sso Napoleão#
aora imaina !oc0? A nossa ilusão do air# do )a$er# é enorme. A nossa ação e,iste
mas é tão pequeninina# que ela s- começa a )a$er sentido na ora que !oc0 a encai,a
dentro do processo do mundo mesmo/ !oc0 est* sendo )eito1 o melor que !oc0 tem
que )a$er é cola"orar com isso mesmo. Rela,e e apro!eite. 7sto cama5se o"edecer 2
Deus. Voc0 !ai ser trans)ormado naquilo que Deus quer te trans)ormar. Porque tem
esta marem1 !oc0 pode cola"orar ou não. e !oc0 não cola"orar a o"ra não sai "em
)eita. Cea5se 2 per)eição. Per)eição quer di$er completo# inteiro# por iual em todos
os sentidos.  o sentido do cai,ão do de)unto. O cai,ão de de)unto é uma )orma
se,ta!ada que sini)ica as < direç'es do espaço 1 o indi!%duo )oi nas < direç'es e est*
completo nelas. Qs !e$es )ica )altando aluma coisa# não completamos o tra"alo.
8as# idealmente# todos nos )ormamos uma )orma se,ta!ada1 e!olu%mos no sentido
para )rente# para tr*s# para esquerda# para direita# para cima e para "ai,o. Esta
Contemplação é e,atamente o o"&eti!o da o"ra alqu%mica. Her*clito di$ia1 os omens
que dormem# estão cada um no seu mundo/ os omens acordados estão todos no
mesmo mundo. 6uer di$er que esse ne-cio de )icar no seu mundo su"&eti!o. - na
ca"eça do su&eito é que ele est* no su"&eti!o1 Ele pode pensar que est* no Pal*cio de
Versales# mas ele est* é no osp% cio. (odo mundo en,era# s- ele que não. eria
"om que ele sou"esse para depois ele ter a cance de sair. N-s !i!emos cada um no
nosso osp%cio pri!ado# no nosso o!o. O o"&eti!o desta coisa é tornar5se umano. O
cara tem que sa"er que ele é s- mais um1 tem uma in)inidade de ente que !eio a%#
passou pela mesma coisa# nasceu# passou por todas estas trans)ormaç'es# estes
dramas# te!e que um dia romper sua casca e en,erar a realidade. est* todo mundo
no mesmo "arco * muito tempo. Porque que aturno é o Fltimo> Veremos isso com
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mais detales na pr-,ima aula1 e,iste uma seq0ncia eoc0ntrica 9(erra# Lua#
8ercFrio#V0nus# ol.# 8arte# IFpiter e aturno=. A tra!essia da Fltima es)era 9aturno=
!ai representar a completação da )orma# da per)eição umana. 7sso no esoterismo
isl+mico é associado 2 sucessão dos pro)etas que )oram sendo en!iados 2
umanidade. O Corão tem .;;; pro)etas. Aora# para n-s estes  pro)etas
representam não s- uma sucessão de mensaens que marcam a e!olução da ist-ria/
mas tam"ém a tra!essia da alma indi!idual neste processo da trans)ormação
alqu%mica. 8as# note "em# tudo isso a% é o que se cama de Os Pequ enos 8istérios.
Os pequenos mistérios são os mistérios da condição umana aonde o omem !ai
conecer a si mesmo. Depois que ele ceou na culminação da condição umana# a%
começa os mistérios di!inos1 a% que !oc0 !ai conecer os an&os etc..
Vamos !er aora a es)era lunar. A Lua representa o primeiro e o Fltimo pro)eta.
O primeiro pro)eta é Adão. E o Fltimo pro)eta é 8aomé.  ali que começa a ist-ria
umana/ e é ali que ela se per)a$ ao uso da mensaem do Corão. A es)era da Lua
representa a mensaem no )undo da alma1 a *ua.
Neste recipiente !emos as pedras no )undo# a *ua acima e mais acima o ar. E no
meio# temos as )ormas !i!entes. 6uando assentou toda a su&eira limpando a
atmos)era# a *ua calm a )orma um esp elo1 do qual !oc 0 !0 o céu ou !0 o )undo.
Então# isto aqui é que é o estado de per)eita con)ormidade1 é o começo da o"ra
alqu%mica. 6uando !oc0 cea no )undo da alma# !oc0 !0 as coisas como elas são. 7sso
é representado por Adão# que é o primeiro omem a quem Deus re!elou o !erdadeiro
nomes
tam"ém# dasrepresentado
coisas. Então# a mensaem
pelo Ad+mica
Fltimo pro)eta é1 o que
que per)a$ a as coisasem/
mensa realmente são.uma
Ele tina 
prece que ele re$a!a todo dia que era1 Deus# mostrai5me as coisas como são? Este
est*io é representado pela Lua . Alcançar o )undo da alma é alcançar esta *ua
pl*cida na qual !oc0 pode# olando por um certo +nulo !er o )undo1 o mundo
material etc.. Olando de um outro &eito !oc0 !0 o re)le,o do céu l%mpido. Adão quer
di$er1 omem são.
A pr-,ima es)era é de Iesus Cristo. Iesus# é o loos# a linuaem# a inteli0ncia.
Essa inteli0ncia é aquela que cria# a ação e a restauração das criaturas. A mensaem
do Cristo é essencialmente a mensaem da criação e da sal!ação.  "asicamente a
mensaem da cura# a restauração da )orma perdida# a medicina# o resate dos
pecadores.  a es)era de 8ercFrio.
Depois !oc0 tem V0nus que é a es)era de 8oisés. A mensaem de 8oisés é o
mundo da imainação# dos s%m"olos# onde as coisas umas se trans)ormam nas
outras1 a serpente que se trans)orma!a em ca&ado# os milares etc.. Então é o tecido
sim"-lico do mundo.
Depois ceamos na es)era do ol. A es)era do ol é dada pelo pro)eta Enoc ou
7dris.  o correspondente ao que seria Hermes (rimeisto que é o portador de todas as
ci0ncias cosmol-icas/ entre as quais a astroloia. Depois retornaremos 2s demais
es)eras.
Para cearmos ao )undo da alma se de!eria# em princ%pio# concorrer todas as
disciplinas reliiosas. A remoção e limpe$a constituem5se de duas es)eras di)erentes1
seria a es)era das nossas emoç'es etc./ e tam"ém das idéias# dos pensamentos. Então
!oc0 teria a doutrina real que correspondem aos !alores# aos sentimentos reais. O que
não quer di$er que a )uncione neste sentido. 8as# uma coisa que !oc0 !0 muito no
meio isl+mico é um certo realismo terra a terra e uma certa incapacidade de se dei,ar
enanar pela imainação1 um certo desinteresse pelo que é puramente imainado. Qs
!e$es parece um para quem !0 de )ora. 6uer di$er# * um certo apeo 2 realidade
imediato1 * uma certa )alta de mal%cia. Por e,.1 no meio isl+mico# se !oc0 )or )alar mal
de uma pessoa# di)icilmente !oc0 encontrar* quem o escute. Para !oc0 )alar mal de
uma pessoa# ela tem que ser notoriamente ruim. Eles não tem interesse primeiro
porque eles não !ão poder )a$er nada/ e seundo porque ele não tem como sa"er se é
daquele &eito ou não. 6uer di$er# e,iste uma certa recusa em pensar so"re aquilo que
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não !ai ter resultado !is%!el.  uma certa recusa em con&eturar. 7sso não precisa ir
muito lone não. Voc0 pea qualquer crente a% e ele !ai air de maneira iual. E 2s
!e$es# aente toma isto como uma certa po" re$a de imainação. Claro que 2s !e$es
isso implica numa certa limitação intelectual tam"ém. Porém# se pearmos a média
dos seres umanos# n-s !eremos que a possi"ilidade de desen!ol!imento intelectual
deles é muito pequena. Eles )alam muito so"re centralidade# um realismo "rutal.
6uer di$er# para o su&eito )alar e,atamente aquilo que pensou# e não maliciado. Voc0s
se lem"ram do tremendo impacto que te!e o Cacique Iuruna quando desco"riu que os
"rancos mentiam a"itualmente> 8as# o realismo terra a terra !ai produ$indo
tam"ém uma série de soluç'es pr*ticas para pro"lemas umanos# que 2s !e$es nos
parecem até c%nicas. E,iste uma tri"o de %ndios na qual est* mais ou menos
institucionali$ado o seuinte1 !oc0 quer comer a muler do !i$ino. Então# !oc0
espera que todos saiam para ir pescar. le!a ela para um matino# transa com a
muler e !olta. 6uando a população retorna e cea o marido# todas as muleres da
cidade !ão l* contar para ele. Da% ele pea a muler# le!a para dentro da oca# )ine que
"ate nela e ela rita. Da% est* sal!a a onra. E sempre tem dado certo.  o"!io# tem
que ter uma solução pr*tica. Outra est-ria do mesmo 0nero é de 8aomé. quando o
e,ército sa%a e !olta!a para a cidade ele não dei,a !a o e,ército entrar na cidade na
mesma ora. Eles )ica!am ali tocando tam"or para todo mundo sa"er que eles a!iam
!oltado. Porque> porque a% os caras iam pear suas muleres na cama e iam se matar.
8as o ne-cio )unciona.  esta espécie de sa"edoria simpl-ria que !oc0 !0 muito nos
meios
medidareliiosos
do ser arcaicos.
umano.ão soluç'es
7sso não épr*ticas para pro"lemas
santidade# pr*ticosespiritual/
não é ele!ação que estão na
é
simplesmente o )undo da alma de !er as coisas como são. em acrescentar a emoção
moral# a repun+ncia# a condenação# que seriam o aitar das *uas. Deus apro!a o
ser umano pelo simples )ato dele ser uma no. Então# "asta alcançar a condição
umana# que &* est* mais do que "om. Lem"ra aquele ne-cio daquela tri"o de um
)ilme que se cama!a Os eres Humanos> Aquilo ira em torno desse ne-cio aqui1
pão# pão# quei&o5quei&o. Vi!er num mundo imain*rio# o cara !ira uma "esta5)era/
porque ele não tem mais limites. N-s é que temos limites. 6ual é o limite> A realidade
terrestre de um lado e o céu do outro. Aora# o cara que !i!e no imai n*rio não tem
limites# ele pode )a$er qualquer coisa# não d* para con)iar# é uma )orça malina.
camar eles de seres umanos. Então# Por e,.# todas aquelas reras de uerra. O
%ndio americano tina uma norma que di$ assim1 se !oc0 ceou perto do seu inimio
o su)iciente para toc*5lo# então !oc0 &* anou. !oc0 est* l* no meio do e,ército do
inimio e o cutuca. "om !oc0 &* anou? I* pro!ou sua coraem# aca"ou? Para o %ndio
é incompreens%!el porque o "ranco mata!a a dist+ncia# com tiro1 porque em princ%pio#
um ser umano não quer matar um ser umano. 7nteressa !encer e não matar. Neste
sentido o %ndio est* muito mais centrado na realidade1 esta que é a idéia do ser
umano# tal como Deus o criou.  a es)era ad+mica. 7mainar é uma ponte de acesso
ao que !oc0 não pode !er. Aora# se o imain*rio em !e$ de ele entrar no in!is%!el# ele
começa a entrar aqui no !is%!el# &* começou a )alsear as )unç'es. A% começa a ter uma
ação entr-pica# de destruição. Aora# a umanidade# ela !i!e numa imai nação
desen)reada/ não tem mais a menor idéia do mundo )%sico. A 4%sica que se ensina no
in*sio. aquilo é uma destruição total do respeito que se tem pela apar0ncia em si. 
aquele ne-cio de di$er que uma pedra não é uma pedra# é um alomerado de *tomos.
Ora# isso é uma pedra mesmo# quem é que não est* !endo> 8as# essa pedra so"re
certos aspectos# ela se comp'e de part%culas que se mo!em de uma certa maneira isso
é que de!eria ser dito? 8as isso não quer di$er que estas part%culas são mais reais
que a pedra s-lida. Por e,.1 todo o sistema do cosmos é relati!o. Esse ne-cio de di$er
que é eoc0ntrico# elioc0ntrico etc.# !ai depender do ponto de re)er0ncia. e !oc0
esti!er na estrela Vea# ele não é eoc0ntrico nem elioc0ntrico. 6ual é o mais
le%timo> e ti!esse que escoler um seria até o eoc0ntrico porque é aonde n-s
estamos.  claro que se !oc0 entrar na es)era do espaço e do tempo# !oc0 não tem a
44
re)er0ncia a"soluta# é a"surdo. A"soluto s- pode ter num in)erno puramente
meta)%sico que a"rane a totalidade dos seres na eternidade.
Aquela musiquina de X atan*s# não tem nada de sat+nico# é apenas uma
aleria maluca de carna!al/ é simples# é apenas um direito umano de )icar maluco.
7sto a% se apro,ima muito de !er as coisas como elas são. 6ual ser* a reação do
indi!%duo perante o carna!al> A tend0ncia dos Fltimos anos era de tornar o carna!al
em uma coisa aressi!a e depressi!a. De repente !irou para uma aleria inocente#
uma aleria de maluco# isso é o carna!al de )ato/ a coisa !olta a ter a proporção que
ela tem. O maluco não quer )a$er mal para ninuém/ ali*s ele nem sa"e que e,iste os
outros. O maluco é inocente/ então piada de maluco tem que ser inocente# não pode
ser uma premeditação. A ess0ncia da coisa sat+nica é querer que as coisas não se&am
como são. A pala!ra sat+nica# Por e,cel0ncia# é o NYO. O Não é a recusa. Voc0 pode
não querer o satã. 8as a neação da neação é a a)irmação. A dupla neação é a
ess0ncia da dialética. A mentira é o não. E,iste a dialética para !oc0 restaurar a
!erdade. 7sso é propriamente o destino umano1 )a$er um tra"alo contra a neação.
Deus não )a$ isso# Deus s- tem o sim. Near a neação# que é o pensamento# a
dialética# isso é pr-pr io do omem . Deus di$ sim e o Dia"o di$ não. 8as estas B
entidades não estão na mesma cateoria. 6uer di$er# em relação aos seres umanos# o
poder de cada um é tão descomunal que n-s não !emos a di)erença/ n-s equali$amos.
8as isso é um erro. 8eta)isicamente )alando# em termos de eternidade# atan*s nem
e,iste. O Dia"o s- e,iste em relação a n-s. A oriem do dia"o é a reação que um
determinado an&o te!e em
da% ele se trans)orma 2 criação
dia"o.do omem/
Voc0 não ostou
!0 a partir da s-
da% que criação
e,istedocapeta
omem1 a partir
para o
omem1 ele é inimio nosso# ele não é inimio de Deus. Ele não se re!olta contra
Deus# ele se re!olta contra um ato de Deus. Ele pensou assim1 Como é que essa
criatura carnal# temporal# !ai sa"er aquilo que n-s criaturas eternas sa"emos> 
como se )osse um ciFme .  tam"ém mais ou meno s como se !oc0 pe asse a sua
muler compartilando seredos com um ato. Deus se entende com o dia"o. 8as
esta"elece limites para o dia"o1 tem luares em que o dia"o não pode perseuir o
omem# com o a casa do senor Por e,emplo. Então# a atuação do dia "o é
condicional. Então# tudo aquilo que se&a a es)era da necessidade natural# da nature$a#
o dia"o não entra/ s- entra onde e,iste a li"erdade umana i.e./ quando !oc0 tem uma
opção de air de uma maneira ou de outra# ali o dia"o pode entrar naquilo que não
est* predeterminado. O que est* predeterminado> Jom# tem a necessidade natural 9de
"ai,o= e tem a ordem celeste l* em cima. Então o dia"o entra aonde> Ele entra aqui na
*ua e no ar. A *ua é o mundo das emoç'es# da psique umana/ e o ar é o
pensamento a"strato# as idéias. 8as e,iste aqui uma es)era in)ra5natural aonde ele
entra1 e,iste uma es)era de )enmenos preternaturais. Preternaturais é aquilo que não
est* pre!isto na ordem da nature$a mas que pode acontecer. Preter quer di$er quase.
ão e)eitos que acontecem que não tem causa natural nem sentido so"renatural1 tipo
assim# !oc0 )ica res)riado e morre no dia seuinte.é uma piada demon%aca.ão coisas
sem sa%da# que não dão mais marem para ação umana. Essas situaç'es sempre
acontecem arti)icialmente# são montadas# tem uma !ontade malina. (em um )ilme
que cama O 8ao.  a est-ria do e,ército na$ista que in!adiu uma cidade rea e
prendem  pessoas da Resist0ncia amarrando5as num poste. (am"ém prendem a
população inteira num est*dio de )ute"ol. D* para o pre)eito uma metraladora e di$1
Ou !oc0 )u$ila esses  na )rente do po!o ou n-s !amos )u$ilar o po!o. (em sa%da isso
a%> 4aça !oc0 o que )i$er# é mal. Então# uma situação em que todas as alternati!as são
m*s# elas nunca e,iste naturalmente e nunca no desenrolar normal das aç'es
umanas. Ela s- acontece quando aluém monta com este prop-sito1 7sto é
caracteristicamente demon%aco. e e,iste um intenção# tem uma inteli0ncia atr*s e
portanto não é um processo natural. Voc0 aca"a )icando preso entre a comicidade e a
anFstia. Não é como a anFstia natural da !ida. Porque na !ida# o que é triste é
triste/ o que é alere é alere/ ou !oc0 ri ou !oc0 cora. Nesta situação não d* para rir
45
nem para corar nem para não )a$er nada. Este descon)orto sem sa%da# cria uma
aitação da alma e derru"a !oc0.
A ire&a cat-lica 9!ide . (om*s de Aquino= nunca )alou em se,o s- por
procriação/ se,o é !oc0 )a$er uma deleitação no corpo do outro. E . (om*s de Aquino
di$ que a )inalidade é essa/ é um direito umano1 deleitação no corpo amado. (em
po!os inteiros como na Austr*lia que ainda acreditam em se,o por procriação.
46
QUINTA AULA

3ma coisa importante para ente !er é o paralelismo entre as operaç'es alqu%micas
reali$adas no metal e aquelas reali$adas na alma umana. Enraçado que as coisas
não dão certo se romper este paralelismo. Na !erdade é mais do que paralelismo1 é
uma identidade. 6uer di$er# a operação alqu%mica não !isa nem ao metal )%sico nem ao
metal da alma. Visa 2 uma coisa que é uma s%ntese sim"-lica de am"os. 6uer di$er
que o con&unto das operaç'es alqu%micas ae num a es)era que não é nem ps%quica#
nem material# mas que é propriamente o ponto de con!er0ncia destas coisas. Não
e,iste a distinção entre alquimia material e espiritual1 ela é a"surda em 0nero#
nFmero e rau. 6uer di$er# se é alqu%mico# o alqu%mico se caracteri$a precisamente
pela ine,ist0ncia destas distinç'es/ que em outros setores pode não ser tão
importante. 6uer di$er# tanto )a$ !oc0 )alar da alma dos metais quanto do metal da
alma1 é e,atamente a mesma coisa. E é por isso que a linuaem sim"-lica é
entendida como um iper5 literalismo. Claro que tudo isso se "aseia numa idéia que é
mais do que uma analoia/ é uma omoloia para a estrutura do ser umano e a do
cosmos. Pro!ando assim# o princ%pio do1 Assim como é em cima é em "ai,o. Voc0 tem
um macrocosmo orani$ado 2 sua imaem do microcosmo e !ice5!ersa. 7sto é1 por um
princ%pio de simpatia que# qua ndo se me,e em um# se me, e no outro. Este é o
princ%pio de toda a operação dita !*lida. E o&e em dia# !oc0 encontra o equi!alente
parcial disto a% na idéia de8anética
A Resson+ncia Resson+ncia 8anética.
se usa para e,plicar certos e)eitos ocorridos 2
dist+ncia e aparentemente sem a intermediação de nenum instrumento. Eles
colocam um ratino num la"irinto e o ensinam a sair deste la"irinto. 7mediatamente
todos os ratinos de outros la"orat-rios começam a aprender aquilo mais depressa.
7sso quer di$er que# entre mem"ros da mesma espécie e,iste uma liação qualquer.
Não muito "em e,plicada e que os caras camam de Resson+ncia 8anética.  mais
ou menos como o sincronismo do mundo . Então# a teori a da R. 8.# é menos uma
teoria do que um simples )ato.  mais ou menos como o sincronismo de Iun. - que
a soma de o"ser!aç'es con!erentes )oi tamana que não tem mais como near. Essa
resson+ncia acontece não s- na es)era animal como na mineral. E se !oc0 entrar mais
na decomposição da matéria até as su"st+ncias qu%micas elementares# parece que
tem isso. quer di$er# quando !oc0 num la"orat-rio est* tentando uma certa reação
qu%mica# a partir da ora que se conseue esta reação# o tempo dela )ica acelerado em
outros la"orat-rios que não tem nada a !er com aquilo.  como se aquela su"st+ncia
ti!esse aprendido# intro&etado uma in)ormação. 8as# na !erdade# esse ne-cio de
teoria da in)ormação# o&e permite e,plicar coisas que até M; anos atr*s era
considerado totalmente ine,plic*!el. Aora# aente não pode con)undir o que é real do
que é e,plic*!el. A ci0ncia é a tentati!a de uma e,plicação racional dos )atos. Ou se&a#
uma ordenação racional e,plicati!a dos )atos. Aora# se não temos )ato# não temos
ci0ncia. Claro que os )atos so$inos não comp'em a ci0ncia# mas é o começo da
ci0ncia. e !oc0 re&eitar os )atos porque !oc0 não tem e,plicação para eles# a ci0ncia
não pode começar. Porque a ci0ncia começa precisamente na ora em que !oc0 tem
uma )ato não e,plic*!el. A ci0ncia começa por um espanto. Então# por um e)eito até
compreens%!el# na medida em que o esta"elecimento cient%)ico proride e se consolida#
ele tenta ter uma certa ilusão e um certo dom%nio no campo dos )atos. Então# o que
quer que !ena de )ora que pareça contrariar o esquema te-rico &* montado# eles
neam os )atos. Então# !oc0 cria uma espécie de proi"ição de )atos que &* não este&am
dentro da teoria pronta. 8as isso a% aca"a com a ci0ncia. e !oc0 s- aceita )atos que &*
tenam e,plicação# aca"ou. 7sso contraria todo o conceito de ci0ncia. e todos os )atos
que !oc0 o"ser!a &* tem um arca"ouço te-rico e pronto e s- resta encai,ar os )atos
su"seqentes# aca"ou a in!estiação. Voc0 s- tem a aplicação da ci0ncia. 7sso tam"ém
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é compreens%!el. O princ%pio de ci0ncia aplicada aca"a predominado so"re o princ%pio
de ci0ncia te-rica que são mais )*ceis# por uma espécie de acomodação.
Então# esses )atos de ordem alqu%mica# "asta estud*5los para !er que eles são
amplamente compro!ados/ o que eles não t0m é a menor e,plicação nos termos da
ci0ncia atual. Voc0 precisaria encontrar outros esquemas te-ricos. Ou então# )icar sem
nenum1 ou !oc0 aceita as e,plicaç'es "aseadas nestes princ%pios de correspond0ncia#
simpatia# analoia e toda aquela cosmo!isão medie!al# ou !oc0 !ai ter que aceitar o
)ato "ruto# colocar um ponto de interroação e continuar in!estiando. Na realidade# o
que as ci0ncias modernas )a$em é sempre# sempre "uscar uma e,plicação antia e dar
um nome mod erno. Não tem nenu ma di)erença entre o que o&e camamos de
Resson+ncia e o que os medie!ais cama!am de simpatia/ e que as nossas a!-s
cama!am de simpatia. - que elas não usa!am simpatia no sentido te-rico. omente
no sentido da operação1 se !oc0 coloca um pote de mel e coloca o nome da arota que
!oc0 ama e no dia seuinte !oc0 conquista a arota. a semelança entre esta simpatia
e o comportamento dos ratos é a seuinte1 é a possi"ilidade de !oc0# aindo num
o"&eto pequeno# !oc0 desencadear um e)eito rande sem a mediação de um
instrumento racionalmente conce"%!el.  um e)eito m*ico. 7sso sini)ica que para
di)erentes partes do Cosmo que estão separadas no espaço# e,iste um elo de simpatia
con)orme a )orma dos entes. 6uer di$er# entes que tenam a mesma )orma respondem
2 mesma in)lu0ncia ainda que este&am separados pela dist+ncia. 7sso quer di$er que o
princ%pio da )orma# da di!isão das espécies em 0neros etc.. predomina so"re a
dist+ncia.
uma liação6uer di$er1
mais o )ato
)orte de um
do que ente
se os pertencer
dois 2 mesma
esti!e ssem &untosespécie de um
no espaço.  outro cria
a )amosa
questão da ação 2 dist+ncia1 e,iste ou não e,iste ação 2 dist+ncia> Por este princ%pio#
toda a ação é a dist+ncia. E quando não ou!er reação pr-,ima tam"ém não a!er*
ação 2 dist+ncia. A% !oc0 ae não so"re o ente )%sico considerado na sua sinularidade
na ora em que !oc0 est* aindo so"re o esquema da espécie. 6uer di$er# espécie
de)inida como uma )orma. Essa )orma é como se )osse um prorama de computador.
O que quer que tena um prorama e )unciona de acordo com este prorama# ser*
alterado quando !oc0 me,e num dos seus e,emplares. Não !e&o outra maneira de
e,plicar isso a%. Então# todo racioc%nio alqu%mico se "aseia nisso a%. Na ora em que
!oc0 me,e em certos componentes internos seus# !oc0 est* me,endo nos equi!alentes
e,terno dele. Os alquimistas sempre di$iam que a operação que eles )a$em não é para
reeneração nem do omem nem do metal/ mas para a reeneração da nature$a
inteira. Ora isto pressup'e que# se não e,iste nenum alquimista umano )a$endo a
operação# ela est* se )a$endo de alum modo na pr-pria nature$a. e ela parar# a
coisa !em a"ai,o. Então# para o alquimista# a transmutação do metal não é um caso
e,cepcional1 não é uma e,ceção# é &ustamente a rera. 6uer di$er# os metais que n-s
conecemos# com todas as suas distinç'es# &* são um e)eito de uma cont%nua
transmutação que est* sendo operada na nature$a. E que num determinado campo do
cosmos# camado (erra# ela se esta"ili$a nestas )ormas. Este tipo de racioc%nio é que
permite em épocas remotas# os caras tem )eito desco"ertas assom"rosas. 6uando !oc0
!0 que * quase ; mil0nios que se associa ao planeta 8arte ao 4erro. Então# quando
mandam sondas espaciais e desco"rem que 8arte é )eito todino de minério de )erro.
Ve&a# na escala do cute# seria a maior loteria esporti!a do uni!erso? Como é que o
su&eito capta uma coisa dessas? 8arte poderia ser composto de milares de coisas.
E,istem outros e,emplos deste tipo como quando !oc0 !0 certas proporç'es
correspondentes do corpo umano. !oc0 !0 que esse pessoal não esta!a lone da
!erdade. e !oc0 )i$er uma proporção entre a !elocidade da -r"ita de 8arte e de
8ercFrio# !oc0 !ai !er que esta proporção é a mesma entre a !elocidade da circulação
da corrente san%nea e a da respiração. 7sto seue uma proporção não e,ata mas
"astante apro,imada. e quiserem !er este nFmero e,atamente# consultem um li!ro
de astroloia muito "om do 8estre 8urilo emento!si. 4oi editado em tradução
italiana 9na "i"lioteca da Astro de!er ter=. Então# tudo isso nos le!a a compreender que
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as distinç'es esta"elecida pela 4%sica# cl*ssica não são para serem le!adas muito a
sério. Por outro lado# !oc0 !0 que toda a concep ção cient%)ica moderna se "aseia na
separação radical )eita entre o su&eito e o o"&eto . Essa é a )amosa pensamento de
Descartes1 aqui e,iste uma coisa que pensa cu&o principal atri"uto é pensar# e e,iste
uma outra su"st+ncia cu&o principal atri"uto é ter e,tensão. Então# é muito enraçado
pois desse &eito pensar e medir não são coisas do mesmo 0nero. Como é que !oc0 !ai
distinuir duas espécies de su"st+ncia por atri"utos que# por sua !e$ não são da
mesma espécie> 6uando !oc0 separa# distinue# entre os le'es e os tires. ão
espécies do mesmo 0nero. 8as todas as di)erenças em que eles se distinuem são
tam"ém do mesmo 0nero. Portanto# a cor da pele. 3m tem a pele malada# o outro
não tem a pele malada# um tem &u"a# o outro não tem &u"a. Aora# se !oc0 dissesse1
um tem &u"a e o outro não d* leite. Ou o outro não# )ala. 7sso a%# é uma coisa
totalmente il-ica. e !oc0 pea o 0nero su"st+ncia e di$1 aora !ou disti nuir B
tipos de su"st+ncia# B espécies de su"st+ncia. Jom# !oc0 !ai ter que distinuir pela
aus0ncia ou posse dos mesmo traços. 6uando Descarte )a$ a di!isão de su"st+ncia
e,istente e su"st+ncia pensante# ele &* est* supondo que pensar e ter e,tensão são
di)erenças da mesma espécie# o que é uma "o"aem. 8as essa coisa# entrou na época
na ca"eça de todo mundo. Até o&e n-s acreditamos que e,iste no omem um mundo
interior que é de nature$a totalmente distinta daquela que ele est* !endo l* )ora. 
como se !oc0 )osse um ser que esta colocado )ora da realidade# da pr-pria nature$a.
Na !erdade# tudo indica que não * esta separação de 0nero. Pode a!er uma
separação de modo.
coisas. Porque  s- entrando
Arist-teles muito
!ai mostrar no estudo
as )unç'es de Arist-teles
coniti!as para apenas
umanas# diminuir estas
como o
aper)eiçoamento das pr-pria )unç'es corporais. 6uer di$er# !oc0 não tem mais esse
iato entre o ser# e,istir )isicamente o e o conecer. (am"ém não é uma dualidade. 
toda uma escala# um série de transiç'es que !oc0 !ai passando. Então se )ormos por
Descartes# todas essa operaç'es alqu%micas# são todas um non sense1 Em que uma
mudança ps%quica do indi!%duo poderia a)etar o mundo e,terno> De )ato parece que
não. e !oc0 sup'e que as B coisas são espécies di)erentes. Vi um )ilme uma !e$ que
era so"re a que"ra da Jolsa de No!a Wor. A% os caras saem de manã para retirar o
dineiro do "anco/ e o "anco esta!a )ecado. A% eles )icam esmurrando a porta do
"anco como se esmurrando a porta )osse "otar dineiro l* dentro.  o tipo da ação
desesperada onde a causa &amais produ$ir* o e)eito1 !oc0 est* tentando !encer uma
crise econmica na "ase do es)orço muscular. Então# se a !isão cartesiana
)uncionasse# os es)orço alqu%mico seria mais ou menos do mesmo tipo. Voc0 est* indo
numa es)era aonde !oc0 !ai alcançar o o"&eto da ação. 8as# e se a coisa )or realmente
assim> E se o uni!erso não ti!er como principal caracter%stica a e,tensão como
pretende Descartes> 6uem estudou Lei"ni$# sa"e que a e,tensão não "asta para
con)iurar o o"&eto real/ que além de e,tensão o o"&eto precisa ter uma
su"stancialidade indi!idual/ precisa ser aluma coisa por ele mesmo. Ou se&a# precisa
ter )orma su"stancial como di$ia o !elo Arist-teles. Então# se o mundo real não é
constitu%do somente de e,tens'es# mas constitu%do de )ormas su"stanciais# então o
uni!erso não se orani$a realmente como uma série de o"&etos colocados uns ao lado
dos outros no espaço/ mas ele se orani$a e,atamente como se )osse uma ca!e de
0neros e espécies. 6uer di$er# est* todino articulado do mais uni!ersal ao mais
particular. Jem# se o uni!erso não é s- uma e,posiç ão plana de o"&etos colocados
uns ao lado dos outros# no mesmo plano de tudo# tendo a mesma modalidade de
e,ist0ncia que n-s camamos )%sica/ e sendo portanto distintas uns dos outros e,ceto
no espaço. mas# ao contr*rio# o uni!erso !ai ser composto de seres ierarqui$ados por
0neros e espécies# então todos eles estão liados entre si. Não estão separados. E da%
é que entra a Resson+ncia 8anética 5 que não ae s- no ser corporalmente separado
no tempo e no espaço5 mas ao air so"re um# ae so"re a espécie 2 que ele pertence.
Dentro da operação alqu%mica# !imos que uma etapa important%ssima era aquela
representada pelo )undo da alma. O )undo da alma é representada pela super)%cie da
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*ua pela qual !oc0 !0 por um lado o )undo# as pedras# o cão. E# por outro lado por
re)le,o# !oc0 !0 o céu. O céu representa o con&unto dos princ%pios de ordem meta)%sica
que não são !is%!eis# sens%!eis/ 8as são tão riorosos e necess*rios quanto 2
realidade )%sica. O )undo do lao !ai representar a pr-pria nature$a da psique como
um espelo. 6uer di$er# por um lado é um !idro e# por outro lado# é um espelo como
qualquer !idro. Pelo !idro# !oc0 pod e olar pelo que est* atr*s de le. Ou mudando o
+nulo de !isão !oc0 !0 o que est* atr*s de !oc0. O !idro é ao mesmo tempo um
espelo. A super)%cie do lao tam"ém é !idro para !oc0 !er o solo/ e é espelo para
!oc0 !er o céu. Então# esta é a !erdadeira nature$a da psique1 ser !idro 9atra!és do
qual !oc0 !0 o mundo )%sico. E preste atenção que n-s não captamos nada# nada# nada
do mundo )%sico a não ser por meio ps%quico. Não e,iste sensação puramente )%sica.
Ali*s# sensação puramente )%sica não é nem sentida. n-s sa"emos que de!e e,istir.
8as toda a sensação que n-s peamos nunca é sensação isolada.  sensação dentro
do quadro que n-s camamos percepção. Ora# se a sensação est* dentro da
percepção# ela &amais é puramente )%sic a# mas e,iste o elemento ps%quico que a
orani$a. Neste sentido# a psique é o !idro atra!és do qual !emos o mundo )%sico. Não
o !emos diretamente porque ele nem e,iste diretamente. Por outro lado# é no pr-prio
)uncionamento da psique que !oc0 !er* as Leis supra5ps%quicas que ordenam a
realidade. Como )unciona isto> Por e,.1 para eu sa"er que B G B  # eu teno que
pensar nisto. Então# como é que eu )ico sa"endo que e,iste nFmeros e estes nFmeros
estão conectados uns aos outros por leis que presidem as suas relaç'es riorosamente
de acordo que
nFmeros# que e,istem
B G B nunca !ai dar iual
estas relaç'es a :.
se não Como euneles>
pensando !ou sa"
7stoerquer
que di$er
e,istem
queestes
eu
não capto# propriamente o nFmeros# mas a mina idéia de nFmeros. 8as# quando eu
)aço a conta eu não pe nso nos nFmeros# mas estou pensando aquilo que eu penso
so"re os nFmeros. Pensando sinos que representam os nFmeros. Porém# eu sei que
para além destes sinos e,iste# o"&eti!amente# estes nFmeros e estas relaç'es. Eu s-
ceo a perce"er que B G B   atra!és daquilo que eu penso a respeito. 8as eu sei
que B G B   independentemente de eu pensar nele ou não. Então# é por a% que !oc0
!0 que a psique !ai# além de si mesmo. Ali*s# a psique s- ser!e para isto. Para que
ser!iria um !idro se não )osse para !oc0 !er atra!és dele ou !er o re)le,o> Então !oc0
imaina um !idro sem espessura# ideal. Ele em si mesmo# não é nada. Ele é apenas
uma super)%cie de transpar0ncia ou de espelo. Então# a !erdadeira nature$a da
psique é esta. Ela ser uma transpar0ncia atra!és do qual se aparece a realidade do
mundo )%sico e ser o espelo atra!és do qual se perce"e dentro de si alo que
transcende !oc0 mesmo.  um !e%culo.  menos que um !e%culo. A idéia que a psique
é um espelo é uma das idéias mais !elas do mundo. Na mitoloia !oc0 tem o
espelo de Netuno que tem no )undo do mar onde aparece o mundo inteiro. E
e,atamente o mesmo sim"olismo do )undo da alma. 6uando !oc0 encontra este
espelo# !oc0 )inalmente ceou na realidade. A conquista desta etapa# ela é pré!ia 2
operação alqu%mica.  a% que tudo começa. 8as &* é uma conquista alqu%mica.
Podemos di$er in)ormalmente que a ceada neste )undo da alma é Alquimia.
4ormalmente não é. 4ormalmente a transmutação começa a partir da%. A Psique
sempre este!e nos mostrando o mundo )%sico e o mundo espiritual/ o mundo supra5
)%sico. Ela não é nem )%sica nem supra5)%sica. 8as# ela é apenas o espelo pelo qual
n-s !emos um lado e ou outro. 7sso quer di$er que o es)orço total da disciplina que
!ai caracteri$ar o processo alqu%mico é e,atamente a diminuição da ati!idade
ps%quica/ diminuição e simpli)icação. Por isso que !oc0 !0 que uma !erdadeira
psicoloia a alqu%mica iria a contra corrente de praticamente toda a psicoloia do
século XX. 6uanto mais !oc0 reme,er naquele ne-cio# mais !oc0 !ai aitar a *ua# e
menos a psique !ai aparecer com aquela translucide$ que ela de!e ter.  e,atamente
que quer )a$er as doutrinas antias/ que é para parar o pensamento# a"dicar do eo
etc..  um modo de desinar esta necessidade de encontrar o )undo da alma. 6uanto
mais !oc0 reme,e nos sonos# pior. Porque o sono o que é> Atra!és do sono !oc0 !0
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B coisas1 ou !oc0 !0 a realidade espiritual ou !oc0 !0 a realidade )%sica. Aora# se !oc0
)icar !endo a pr-pria psique# !oc0 não est* !endo nada.  o espelo do espelo do
espelo do espelo.  o espelo que espela a si mesmo de mil'es de maneiras e
não sai disso.  uma mastur"ação mental em toda a e,tensão da pala!ra. Este
espelo# a nature$a dele é ser translFcido e re)le,i!o. 7sso é tudo1 não * mais nada o
que sa"er dele. Então# se n-s seuimos o camino contr*rio i.é/ )ormos in)lando a
psique# acando que ela é a Fnica coisa interessante. a psique é tanto mais
importante quanto mais modesta ela )or. Por isso que a super)%cie da *ua não é *ua
nem não5*ua. Ela é uma pel%cula sem espessura.  e,atamente essa pel%cula que é
um nada mas no qual aparece tudo. é isso que quer di$er o cin0s com o tal do Win.
O Win é tanto mais randioso quanto mais ele consente em não ser nada.  por isso
que é sincroni$ado com a !aca# por ser um "ico paciente# o"ediente. A psique est* l*
para o"edecer# não para ter !ontade pr-pria. O Win é e,atamente esta Psique em )ace
do esp%rito. Porém na medida que o ps%quico re)lete o espiritual# ele est* re)letindo
alo que a"arca o mundo )%sico. A"arca e transcende. Então ele tem um poder so"re o
mundo )%sico. Então# est* )eita a ierarquia do ne-cio. 6ue é o )amoso Zon1 O céu#
o omem e a (erra. (erra é o mundo )%sico. O céu# o mundo meta)%sico e o omem é
a psique. E a psique aonde ela est*> Esta no encontro de céu e da (erra. E !oc0 !er*
que todas as disciplinas espirituais do mundo !ão e,istir sempre numa espécie de
indi!idualidade ps%quica. Na simplicidade desta psique e não na complicação. e
aente presta muita atenção na Psique# é como querer aarrar uma )umaça. não tem
nada ali1 6uem
Passaem ola muito
para [ndia seususa
de 4orster so nos
este )ica semelante
ditado 2s suas
indu como som"ras.
ep%ra)e do li!ro.No4orster
li!ro1
era sem dF!ida um s*"io1 um omem que en,e ra!a as cois as como ela s são. A
pro"lem*tica toda daquela moça do )ilme )oi um )os)oresc0ncia. A mensaem é que
!oc0 de!e esquecer os seus sonos. e !oc0 nem mesmo tem certe$a da coisa# então
não importa. A mensaem é clar%ssima1 é aquela ca!erna ceia de coisas que não são
nada. E no )im# a realidade era muito melor/ era um omem indiano "om# simp*tico
e que s- esta !a querendo a&udar. 7sso não quer di$er que o mundo ps%quico se&a
ine,istente# mas ele s- e,is te se !oc0 quer. Aora# a (erra e o Céu# a su&eição do
nosso corpo material e,istem/ e por outro lado o mundo meta5)%sico tam"ém e,iste
porque as leis do princ%pio de identidade. tudo isso presida a realidade com mão de
)erro. O mundo meta5)%sico é mais duro que o mundo )%si co. 8ais implac*!el que o
mundo )%sico. 8uito dos conselos de ascetismo de!er ser entendido neste sentido.
Não adianta nada !oc0 )icar sem comer. e !oc0 não comer# !oc0 )ica delirando. 
melor !oc0 comer e parar de in!entar coisa.  na !erdade mais um ascetismo da
alma do que do pr-prio corpo. A psique não podendo atuar so$ina# ela pea aluma
coisa no concreto. Então !ai partir de necessidades corporais e !ai ampliar
)ormida!elmente. 6ualquer necessidade corporal que !oc0 comece a pensar muito nela
a psique amplia de tal maneira a que não * o mais o que te sati s)aça. 6ualquer
coisa que !oc0 se acostuma a querer. corpo tem um limite do que ele precisa. A psique
não? 6uantas !e$es !oc0 precisa comer# quantas !e$es !oc0 precisa de se,o. A% a
psique se !olta contra o corpo. As pr*ticas ascéticas tentam cortar o prete,to de que a
alma se ser!e para ampliar as necessidades. Eu não acredito muito nisso1 o que eu
acredito é nesse ne-cio aristotélico do meio5termo. E eu aco que quase todo mundo
acredita nisso sem sa"er. Como di$ Arist-teles. A !irtude é o meio termo entre B !%cios.
Voc0 est* com um !%cio aqui# pea o !icio contr*rio e aca o ponto de equil%"rio. Por
e,.1 a am"ição e a preuiça. A am"ição é recompensada pela preuiça e !ice5!ersa.
Então não precisa ter !irtude nenuma/ "asta ter todos os !%cios e &oar um contra o
outro.
Esse )undo da alma# uma !e$ alcançado# por um lado ele é o começo da o"ra
alqu%mica. Por outro lado ele é um coroamento# uma conquista. Esta conquista
representa o estado ad+mico alcançado. Voc0 !irou ente. Assumir que !oc0 é ente
sini)ica o que> Ola# o&e em dia o omem pensa muito em direitos etc.. 8as# o
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omem !erdadeiro não tem nada disso. 6ue direitos tina Adão> Ele nunca pensou
nisso. Não é o respeito que os outro t0m por !oc0 que !ai te dar um estado umano.
Ao contr*rio# ninuém pode te dar o estado umano.. A conquista do estado umano
é a conquista de uma centralidade. E neste sentido que se de!e entender o simplismo
do eocentrismo. 6uer di$er1 o que est* no centro do uni!erso não é a (erra.  o
omem> E essa centralidade. primeiro temos que entender o sentido !ertical para
entender depois o ori$ontal. E o sentido !ertical sini)ica que o omem é e,atamente
o mediador entr e o mundo )%sico e o mundo espiritual. 6uer di$er que entre o
con&unto de leis que ree este mundo espiritual e este mundo )%sico s- tem um ser no
meio que capta os B lados por eqidist+ncia e compreende a relação entre um e outro.
E,plicarei melor "aseado no princ%pio de identidade1 !amos supor que no deseno o
mundo )%sico é o mundo dos Porcos. Por e,.1 entre um mundo e outro s- tem uma
Fnico ser capa$ de conect*5los. Porque# como n-s 9seres umanos= temos um corpo#
n-s tam"ém padecemos das mesmas contin0ncias que aqui estão su&eitas os porcos#
as alinas etc.. - que n-s podemos além de perce"er o que se passa conosco#
podemos perce"er o que se passa com eles. E eles não. O porco s- entende de porco.
Os animais para não )alar das plantas5 se desconecem uns aos outros. Em primeiro
luar# e,istem espécies animais que nunca se !iram a não ser quando do omem
&untou5os no $ool-ico. Perunto eu1 quando o primeiro urso polar )icou sa"endo que
e,istia uma ira)a> Além de estarem separados eora)icamente# os animais ainda
estão separados pelas suas respecti!as es)eras de percepção que um não a"arca o
outro Por e,.1 as
pro!a!elmente as )ormias
)ormias sa"em
sa"em que
que e,iste
e,istemmorte.
tamandu*s que as
8as# quem as comem>
mata s- Não#
n-s
sa"emos. O Fnico ponto de &unção de toda a nature$a terrestre é o omem.  o Fnico
que est* in)ormado de tudo. Por isso que o omem é a Fnica espécie que não tem um
habitat espec%)ico. (odos os "ico precisam de um certo clima# de certas condiç'es. O
omem praticamente se adapta 2 tudo. Ele tem essa mo"ilidade ori$ontal que os
outros "ico os !eetais e mineiras não t0m. 8ais ainda o omem é o Fnico "ico que
pode mudar as coisas de luar. Por e,.1 o&e em dia a super)%cie da (erra est* ceia
de minerais que )oram retirados de dentro da (erra e postos em outro luar. E isto
pode ter conseq0ncias terr%!eis/ mas mostra o poder que ele tem. Esta es)era das leis
meta)%sicas# ela determina o que se passa em "ai,o mas não é a)etado por nada. Esta
de "ai,o s- so)re determinação e não apita nada. O Fnico que so)re e ae é o omem?
Não e,iste nenum outro ser que )aça estas B coisas. 8esmo se !oc0 )alar da an&os.
An&o é um modo de !oc 0 di$er uma ação celeste. Então# o an&o tam"ém não padece
ação aluma. Ele não pode padecer a ação de Deus porque ele é a ação de Deus. 
como o raio do ol est* para o ol1 o raio do sol não so)re ação do sol/ ele é ação do
ol. O an&o# a mesma coisa1 Ele é uma aspecto da inteli0ncia di!ina. Aente pode
colocar a coisa como aente e ação1 o aente é Deus e ação é a do an&o. Então !oc0
tem uma es)era da ação e uma es)era da pai,ão. O omem tem uma !ida corporal# um
ser "iol-ico !i!ente e ao mesmo tempo ele tem uma inteli0ncia capa$ de a"arcar o
con&unto dos seres que o rodeia e air so"re eles. ao mesmo tempo que ele so)re a ação
do Cosmos. Então o que ele é> Ele é ente. Este&a onde esti!er# tena nascido aonde
)or. Ao mesmo tempo# ele tem um corpo que se mo!e. 8as ele não se limita a se mo!er
e so)rer o impacto do mundo. Ao contr*rio# ele conseue a"arcar de certo modo a sua
inteli0ncia no con&unto dos seres !i!entes e air so"re eles. O Fnico "ico que )a$
isso cama5se omem. Com todas as suas di)erenças. A não ser que !oc0 !* )a$er de
di)erenças acidentais# di)erenças espec%)icas1 A# mas tem #B; m. eu não acredito que
eu !* )icar mais assustado quando eu !er um E,traterrestre do que o primeiro
pretino da \)rica )icou quando !iu o primeiro portuu0s. 7maina um pimeu preto
!endo um omem "ranco# parecido com um )antasma# de #; m de altura. E me dia
aonde que est* escrito na de)inição de omem que ele tem que nascer na (erra. O
omem é um animal racional !ena de onde !ier. Então# essa con&uação da
animalidade que o su&eita 2 e,ist0ncia material e da racionalidade que le permite ao
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contr*rio air so"re a condição material/ é e,atamente isso a% que de)ine o omem. O
que sini)ica alcançar apenas condição umana> ini)ica air so"re aquilo que est*
su&eito 2 sua ação. E padecer a ação so"re aquilo que est* acima de !oc0. Portanto#
in!ertendo# seria não padecer a ação so"re o que est* a"ai,o de !oc0 nem tentar air
so"re o que est* acima.  simples. Na J%"lia no @0nesis# quando Deus cria o omem
tem1 !oc0 !ai mandar nesse ne-cio todo e !ai me o"edecer completamente. 6uer
di$er1 não adianta !oc0 tentar air nesta es)er a espiritual porque !oc0 não alcanç a.
Então# o omem tem que o"edecer 2 Deus querendo ou não# sa"endo ou não. E l* em
"ai,o> Jom# com relação ao mundo material# o certo é !oc0 mandar l*. E se !oc0 não
mandar> Ninuém !ai te o"riar. Nem o pr-prio Deus. Alcançar esta centralidade de
cear no )undo da alma sini)ica se tornar inteiramente so"erano dos )atores que são
!eetais# minerais# animais# )atores de ordem natural. E# inteiramente su"misso 2
)atores de ordem espiritual.  esse e,atamente o ponto de equil%"rio desta pel%cula que
qualquer sopro# qualquer aitação da alma "alança e ser perde. A alma aitada se
torna presa ao mundo )%sico em !e$ de domin*5la. Então é mais ou menos )atal que o
omem nunca permaneça neste mundo da alma. Assim como a *ua nunca
permaneça calma. Ela )ica calma por aluns instantes depois !olta. 8as uma !e$ que
!oc0 desco"riu que isto e,iste# !oc0 não quer mais sair de l*. 8as &ustamente para se
instalar neste )undo da alma# nesta pel%cula# este ponto de equil%"rio é que e,istem
todas as disciplinas de concentração. Essa concentração é sim"oli$ada e,atamente
pelo )orno do alquimista. Voc0 !ai acumulando um calor interno. Este )oo sini)ica de
certa
ponto maneira o coração.
de encontro O coração#
na !ertical# é o meio do
na ori$ontal# esteomem
)unda em cu&o meio
da alma. est*
Neste este o o
sentido#
!erdadeiro s%m"olo astro5alqu%mico do coração é a Lua.# não o ol. O ol por !e$es é
considerado tam"ém o s%m"olo do coração e tam"ém )a$ sentido. Este )undo da alma
que é o centro do omem é que ao mesmo tempo desina a poluição intermedi*ria do
omem no cosmo é um sim"olismo de ordem lun ar. A% tem uma das coi sas mais
lindas do sim"olismo uni!ersal que é &ustamente a relação entre o sol e a Lua. e !oc0
pear o planeta (erra# a Lua e o ol. Eles estão colocados e,atamente assim nesta
relação. A lua est* no meio. Aonde est* o omem> O omem não est* na (erra# est*
no meio1 o omem est* s- como o pé na terra.. A Lua tem o mesmo mecanismo de
incar e desincar que tem o nosso coração1 s%stole e di*stole. O que o coração )a$
em  minuto# ela )a$ todo o m0s. Ao mesmo tempo# !oc0 !0 que tudo aquilo que inca
e desinca na super)%cie da (erra# acompana os mo!imentos lunares1 marés#
diestão# processo de enordar e emarecer. 8as o que d* a medida do tempo desta
coisa>  &ustamente a relação entre a (erra e o ol. ão os mo!imentos rec%procos
entre (erra e ol. O mo!imento da (erra em torno do ol é que determina para n-s as
direç'es do espaço. Est* em sentido a"soluto# para a (erra/ e cria uma moldura
dentro do qual !oc0 pode !er e medir os demais mo!imentos. Então# aente tem aqui
um dos sim"oli$amos mais -"!ios e mais sutis1 o esp%rito# a mente e a psique #.. O
esp%rito é aquilo que "ali$a a mente. Ele demarca o territ-rio por onde a mente pode
ser mo!er. O esp%rito demarca o quadrante para que o ponteiro 9a mente= possa se
mo!er ali. O esp%rito é e,atamente a lu$# o sol em particular. Então é e!idente que o
ol não é o coração. O coração é a Lua. Porém tão loo !oc0 cea no centro do
omem # !oc0 !er* o re)le,o do esp%rito. Então !oc0 !er* a lu$ do ol. O sol representa
aquele conteFdo espiritual ideal que se re)lete no coração/ e que preence o coração.
e o coração )osse o ol# o coração &amais poderia estar na escuridão. e ele pode
)icar escuro# e se o"edece 2 um mo!imento c%clico# então ele não é o sol# pois este est*
sempre iluminado. ão os corpo !is%!eis que estão ora iluminados# ora escuros
con)orme os seus mo!imentos rec%procos. 8as o ol tem que estar iluminado B oras
por dia. ão os mo!imentos do ol que demarcam este espaço dentro do qual se
poder* o"ser!ar a (erra o con&unto dos mo!imentos celestes/ particularmente o
mo!imento da Lua. Da% que !em o $od%aco. ]od%aco é a demarcação do espaço em
terno do mo!imento do ol. 3m dos randes )il-so)os do in%cio da uman idade que
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)oi. Ele capta a relação entre o intelecto puro# o loos e a ra$ão que é a pr-pria mente
umana. O esp%rito demarca os mo!imentos poss%!eis da ra$ão e a ra$ão se mo!e ali
dentro. A ra$ão sini)ica o pr-prio coração. A ra$ão é o pensamento umano. 7sso quer
di$er claramente que os princ%pios que determinam a ra$ão não são uiados por ele
pr-pria. O principio de identidade não é uma criação da ra$ão/ ao contr *rio1 ele
determina e escra!i$a a ra$ão. A ra$ão pode me,er dentro dele.
Deseno
Aqui !oc0 tem a determinação# o c%rculo todo das possi"ilidades# as leis eternas. Aqui
!oc0 tem o corpos# dos seres criados so"re os quais estas determinaç'es incidem. E
aqui !oc0 tem o conecimento da relação entre uma coisa e outra. O que ser* essa
in!enção do omem camada ci0ncia> Ci0ncia é o estudo dos )atos 9aqui em "ai,o= 2
lu$ dos princ%pio 9aqui em cima=. E a ci0ncia est* aqui no meio. Ora# isto nunca
termina e nunca d* completamente certo. Porque a nature$a do coração umano se
mo!e ciclicamente. 7sso istoricamente )alando. 8as o indi!%duo pode de certo modo
alcançar uma centralidade permanente. Ou se&a# uma consci0ncia permanente de
centralidade. E é &ustamente a% que tem todas as disciplinas espirituais que e,istem
no mundo. Na !erdade este é o Fnico assunto que interessa no mundo. O resto é
con!ersa mole. Não é "em con!ersa mole porque sem este resto tam"ém não se cea
a este assunto que interessa. Lem"ra que eu )alei que o manual "*sico de Alquimia
era a 4%sica de Arist -teles> Como é que !ai )a$er para cear a enten der a 4%sica de
Arist-teles> Precisa de toda uma cultura# aquisição de conecimentos# para cear l*.
8as se cear
adianta. até a%
Ci0ncia seme não !er queé tem
sa"edora para
como umcima das ci0ncia
esporte uma
qualquer porsa"edoria não
mais utili dade
pr*tica que tena.. (udo aquilo que não di$ respeito ao destino eterno do omem s-
tem import+ncia ocasional. 8esmo um acidente que )osse curar durante toda a sua
!ida# mas que s- curasse no )inal da sua !ida não ter* import+ncia aluma.. 3ma !ida
umana que dura ; anos# ela s- !ai importar durante ; anos. e é uma coisa que
não !ai importar para a eternidade# ; anos é iual a ; seundos. Aora# e aquilo
que durasse apenas ; seundos e ti!esse um conecimento da eternidade> Jom a%
começou a )icar importante.
Alcançada esta centralidade isso a% sini)ica uma certa li"erdade do omem com
relação 2s determinaç'es do mundo )%sico/ não pode ser uma li"erdade completa por
causa de sua pr-pria nature$a. eria mais auto5contradit-rio que o omem se
tornasse totalmente li!re das determinaç'es )%sicas. Porque para isso ele precisaria
não ter corpo nenum. A% seria um esp%rito dei,aria de ser omem# !iraria um an&o.
7sto quer di$er que mesmo o su&eito que tena alcançado a mais alta reali$ação
espiritual ele est* inteiramente su"metido 2 todas as determinaç'es que tem aqui em
"ai,o. Elas s- não terão poder so"re a sua psique. Ve&a como é a"surdo certas
pretens'es de disciplinas espirituais que acreditam que !oc0 se li"erta do seu destino#
da ressurreição )%sica. No Corão# o pro)eta 8aomé por B !e$es so)reu atos de "ru,aria
que o atiniram. Então# nenum pro)eta est* )ora da "ru,aria. Ele pode se li!rar de
coisas. Porque> Porque esta ser* uma ação que ser* desencadeada por meios
ps%quicos na ação )%sica. Então ele !ai acertar. Vai acertar tanto quanto o outro
acertaria uma "ala na ca"eça. 6ue# pode se li"ertar é a psique. O corpo não pode se
li"ertar da usa pr-pria condição. 7sso sini)ica que o es)orço umano não é para ser
an&o# é para ser ente. E ser ente sini)ica assumir a condição corporal na sua
inteire$a para que a alma se li"erte dela# não para que o corpo se li"erte. O que
sini)ica a alma se li"ertar> ini)ica não que !oc0 não !* sentir dor# triste$a. !oc0 !ai
sentir tudo s- que isto não mudar* a sua con!icção# porque ele sa"e isso. Por e,.1 se
uma pessoa )ica "ra!a# ela )ala tanta "esteira/ ou ela simplesmente !ai )alar aquilo
que ela não )alou calma> 7sso é uma di)erença "rutal.  a di)erença entre o im"ecil e o
s*"io. Então o que )alou o que pensou mesmo estando "ra!o# ele não é um su&eito que
est* possu%do pela rai!a1 ao contr*rio ele é um su&eito que tem rai! a. Ele tem tanta
rai!a como qualquer outro. - que a rai!a é dele. Ele tem a so"e rania na es)era
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coniti!a. Não sini)ica que não ter* acesso de c-lera. Ve&a o quanto é errada esta
idéia de que o omem s*"io é aquele cara que nunca se altera. A li"eração é um
li"eração da consci0ncia. A consci0ncia não est* não est* su&eita 2 )lutuaç'es1 aquilo
que !oc0 sa"e !oc0 sa"e. A sua mudança de estado não muda o que !oc0 sa"e. 8as
!oc0 muda de estado do mesmo modo. 6uer di$er que !oc0 enquanto indi!%duo
!i!ente# est* su&eito 2 todas as )lutuaç'es emocionais como qualquer outro. - que
estas )lutuaç'es emocionais a)etaram somente os aspectos in)eriores das psique não
as superiores/ mais precisamente não a)etou a parte coniti!a. 6uer di$er que !oc0
não !ai !er as coisas di)erentes porque !oc0 est* "ra!o. 7sto quer di$er que a rande
mutação que e,iste a partir da% é que as pr-prias emoç'es dos indi!%duos começam a
ser -rãos coniti!os. 6uando Cristo di$ assim1 na !erdade * mais do que de!ia se
odiar. ele est* querendo di$er1 !oc0 de!e odiar aquilo que é odioso. E amar aquilo que
é am*!el. Não conseuimos )a$er isso porque a *ua me,e e !oc0 con)unde tudo. e o
omem cear a este ponto# e ele odiar uma coisa é porque esta coisa é odiosa
mesmo. Não é mias su"&eti!o.  isto que é a !erdadeira imparcialidade. 7mparcialidade
não é pairar acima das coisas )eito um passarino e )icar num nir!ana idiota.  !oc0
não !ai !er um Fnico s*"io que !i!eu neste estado de Nir!ana que seria uma
!erdadeira anestesia. Pode até alcançar um estado de )rie$a que seria demon%aco. Para
que ser!e as emoç'es e os sentimentos> Eles são repercuss'es )%sicas de
conecimentos que !oc0 tem. Representa sua resposta personali$ada. Por e,emplo1 se
uma pessoa te d* um presente. E!identemente isto aumenta o seu patrimnio. 8as eu
dio# isto !oc0
isqueiro# é tudo> e !oc0
tam"ém d* um oisqueiro
aumento 2 umdele.
patrimnio retardado mental
e !oc0 d* umque não sa"e
presente o que
para um é
morto tam"ém aumentou o patrimnio dele. 8as acontece que o omem reae
personali$adamente. Ele )ica contente. Ele )ica a)etado. Por isso que a emoção se
cama a)eição ou a)eto. A emoção é a média da alteração que !oc0 so)re pelas coisas
que acontecem. Voc0 sempre ser* a)etado e alterado. E se parou de ser alterado
sini)ica que !oc0 não reae mais personali$adamente. Ora# seria isto uma per)eição>
Não a per)eição é e,atamente o contr*rio. A per)eição é quando a sua alteração re)lete
e,atamente o que est* acontecendo. Ele se tornou a media correta1 Porque se esse
omem odeia o que é para odiar e ama o que é para amar. Ele não é indi)erente. Os
!alores das coisas aparecerão na alma deste indi!%duo. Por isso mesmo que eu aco
um a"surdo esse ne-cio de que a ci0ncia não pode entrar em pro"lema de !alores.
Ora# se não entrar não é ci0ncia. Porque a ci0ncia mesma se "aseia numa !alo r que
se cama !eracidade/ e num outro que se cama conecimento. (irar estes B !alores
aca"a com a ci0ncia. O que o cientista não de!e )a$er é pro&etar !alores so"re as
coisas. 8as se ele puder perce"er os !alores que estão l*# melor. Da% pode parecer
alum enraçadino1 8as Tant demonstrou que os !alores estão na nossa mente e
não nas coisas. Jom não é nada disso1 Tant não entendia nada so"re este assunto.
Aora# tem um seundo sentido em que Tant era muito pro)undo. e !oc0 ler toda a
o"ra de Tant# não como teoria# mas como o"ra de ascese que era o que Tant queria
mesmo porque ele era um carola !oc0 !er* que ele concorda com tudo isto aqui. 8as
isso é outro assunto. Eu não !ou demonstrar isso aqui mas é claro que os !alores
estão o"&eti!amente nas coisas1 o Jem e o 8al e,istem o"&eti!amente. Eles são
enormemente con)usas. E é precisamente esta con)usão que de)ine a nossa condição
e,istencial. e o "em e o 8al esti!essem de!idamente separados# aente estaria num
ou estar%amos no outro. 7sso quer di$er que se eu estou no "em# eu não !ou nem !er
o 8al. E se eu estou no 8al# eu não !ou !er o "em. Ou sou an&o ou sou capeta. 7sso
não seria uma maneira de resol!er o pro"lema/ mas seria uma mentira de eliminar o
su&eito que tem o pro"lema1 !oc0 cortou o omem# )icou s- os an&inos. 8as# se e,iste
esta mistura do Jem e do 8al e se o omem est* no meio desta mistura tal como ele
est* no ponto de interseção entre o céu e a (erra> (am"ém é e!idente que a distinção
do Jem e do 8al não coincide com esta aqui. Porque aqui 9na (erra= não tem o mal# e
em cima 9no céu= não tem mal. - tem aqui1 o Jem e o 8al estão nesta dimensão
55
ori$ontal. O 8al est* para um lado e o Jem est* para o outro. 8as note "em que isso
s- e,iste para n-s. Do ponto de !ista de Deus não tem mal nenum. Nem o capeta é
mal/. se ele )a$ o que Deus quer. 7sso quer di$er que o Jem est* em"ai,o# est* em
cima# est* no meio. E o mal est* s- no meio e s- para um dos lados. O 8al est* na
condição e,istencial do omem. O 8al e,iste o"&eti!amente par o omem. 6uer di$er#
na condição !ital que ele est* colocado. 8as não é s- na ca"eça dele.
Os melores interpretaç'es de I- )ormam )eitas por Zilliam Jlae. I- tina
alcançado a centralidade mas não a sa"edoria. I- passaria do omem !erdadeiro para
o omem transcendental 9nos termos cineses=. (ranscendental quer di$er1 o omem
não somente est* no meio mas ele en,era "em em cima. 3ma coisa de estar aqui no
meio é alcançar a pot0ncia disto. 8as não é t05la reali$ado. Então entre o começo do
li!ro de I- e o )im# !oc0 tem toda a operação alqu%mica. 8as s- que quando começa#
I- &* est* no centro. Ele !0 aquilo que ele pode !er. Ver como é em "ai,o e em cima.
Ao mesmo tempo ele !ai !er o Deus e !ai !er a pro)unde$a do in)erno. Ele !ai !er tudo.
Como Dante/ Dante !ai !er a escala inteirina. 6uer di$er# !oc0 alcançou isto
equil%"rio# essa ori$ontalidade da *ua# aora !oc0 !ai merular para depois su"ir.
Voc0 !ai !er o que est* a"ai,o da nature$a umana e o que est* acima do pr-prio céu.
Este céu não é "em Deus. (am"ém não é "em o esp%rito santo.  a ação do Esp%rito
anto.  a asa do an&o. Jom# mas atr*s da asa tem o an&o# atar*s do an&o tem quem
mandou no an&o. Então# é a%# que aente tem a passaem dos pequenos mistérios
para os randes mistérios 9 !oc0 alcançou a centralidade e aora n-s !amos te mostrar
tudino=. Os pequenos
das leis meta)%sicas quemistérios é o conecimento
as determinam. damistérios
E os randes realidadesini)icam
sens%!el da (erra e
conecer
Deus. Não é um teste que Deus est* )a$endo. (rata5se sim# do que Platão cama!a de
A eunda Na!eação1 !oc0 completou uma !iaem# aora !amos conecer outra maio
ainda. Essa outra não é o"riat-ria. Pode cear como não cear. Então em toda a
ist-ria ou !oc0 est* )alando de uma iniciação de pequenos mistérios que é o mundo
da alquimia propriamente dito Ou !oc0 est* )alando de uma seunda Alquimia mais
ele!ada que !ai le!ar ao conecimento do que é o esp%rito mesmo. A% &* entre a no
mundo do inimain*!el.
O mundo )%sico não tem mal porque ele é s- o"ediente. e ele não ae# ele não
tem mal. e tem um terremoto o que a terra pode di$er> Não )i$ por m* intenção. Este
é o mundo da inoc0ncia. L* em cima tam"ém1 é a inoc0ncia da sa"edoria e a inoc0ncia
da inor+ncia. 8as tem um ne-cio aqui no meio que é a nossa parte1 a parte que nos
ca"e neste lati)Fndio.  o papel que o omem est* desempenando neste con&unto. E
é um papel que por de)inição não pode estar totalmente determinado de antemão. Por
ter uma condição intermedi*ria# o omem não pode ser nem escra!o# nem inocente
por inor+ncia nem inocente por sa"edoria. Então# ele tem Por e,cel0ncia um papel
ati!o. 8as ati!o em relação 2 (erra e passi!o em relação ao mundo celeste. Essas
di!is'es# elas não são r%idas. Porque tudo o que se re)ere 2 sim"olismos de mundos#
!oc0 tem sini)icado sucessi!o1 a coisa prosseue. Não é um a pluralidade no sentido
contradit-rio.  tudo coerente. 8as a coisa pode ser !ista em !*rias dimens'es 9é
como uma ce"ola=. Então# !oc0 conseue en,erar até um certo nFmeros de etapas.
Da% para diante !oc0 não en,era mais1 daqui para diante tudo p* mim é céu. Então
na parte dos mistérios dos céus a% a coisa se complica mais ainda. (em mais andares
que o omem não tem nenuma o"riação de imainar. (em uma ist-ria do Dante
que é a do Papa que escre!eu um tratado das ierarquias e!anélicas. 8orreu# )oi pr-
céu e l* )icou sa"endo que não era tudo aqu ilo que a!ia escrito esta!a errado. No
Para%so do Dante tem isso. 7sso quer di$er que em !ida ele não tina alcançado os
randes mistérios.. Então# o que tem que tratar é aqui1 é a )inalidade da condição
umana1 (orna5te aquilo que és. A conquista dos "ens terrestres se&am eles de
nature$a material# se&am de nature$a espiritual é muito relati!o. Por e,.1 !oc0 !ai
conecer as artes. e !oc0 )or capa$ de con!erir este conecimento para a sua
)inalidade# -timo. (udo# qualquer "em ou conecimento# aleria ou triste$a# tudo é
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am"%uo. Porque pode contri"uir para te le!ar para l* ou para te tirar de l*. - uma
coisa determina1 que é !oc0 mesmo . Não importa muito o que aconteça. 6ualquer
coisa que aconteça o ne-cio é !oc0 tent ar !irar a coisa para res ultar neste tipo de
"ene)%cio. Este é o camino reto# camino do meio1 tem que cear l*. Voc0 estudando
a !ida dos randes pro)etas# !oc0 !0 uma conquista de uma tamana o"&eti!idade ante
o real que não precisa nem antecipar o que !ai acontecer. 8uitas das capacidade
pro)éticas não implicam nem mesmo uma mensaem celeste especi)ica que tena
ensinado 2 essas pessoas isso aqui. 8as 2s !e$es o simples e,erc%cio normal das
)aculdades umanas# !oc0 cea l*. O Fnico pro)eta so"re o qual temos uma
documentação e,tensa é 8aomé. A ente se "aseia nesse mais ou menos para sa"er o
dos outros.  di)%cil !oc0 distinuir nele o que é uma coisa que )oi mandado pelo céu e
o que é uma simples consenso dele. 3ma coisa que est* meio lim%tro)e 2 outra. A !ida
de qualquer modo se&a umana se&a di!ina é sa"edoria. O limite é que !oc0 não sa"e.
Aora# ele o pro)e ta# sa"e.  por isso que eu aco in)a me esse pessoal que )ica
tentando )a$er psicoloia de santo# de m%stico tentando e,plicar por comple,o de
dipo assunto de nature$a completamente di)erente.  o su&eito que tem a psique
tosca e )ica tentando e,plicar# analisar os outros.  claro que )icar* pro&eti!o. Aente
s- pode e,plicar o que est* para "ai,o de n-s1 aquilo que !oc0 &* !iu# &* !i!eu# uma
e,peri0ncia &* a"sor!ida. 8as# se tem uma e,peri0ncia que est* além aquilo tudo que
!oc0 &* passou# !oc0 !ai imainar o que>  as mesma coisa que !oc0 perunta para
um aroto de M anos o que ele aca da !ida se,ual do papai. Até se !oc0 )alar em
suru"a
sa"em opara
que éumas adulto# a maior
implicaç'es parte dosque
psicol-icas adultos nunca passaram por isso e nem
isso tena.
3m dos principais dados que nos alcança no senso de eternidade. (oda a
tend0ncia da cultura moderna é o contr*rio1 é prender o su&eito numa espécie de
temporalidade imediatista tal que ele não conseue imainar o dia de amanã. 6uer
di$er que coisas que aconteceram para ela * < meses# um ano tem para ele uma
dist+ncia incompreens%!el# uma nu!em nera de esquecimento/ ele &* não entende
mais nada# muito menos o )uturo.  isso que o René @uen-n cama!a de contra5
iniciação1 ele !ai )icar cada !e$ mais "urro mas ele tem a impressão que est* )icando
mais pro)undo. Nenum s*"io tem a impressão de ser s*"io.  o senso de o"!iedade
!ersus o senso de o"scuridade1 ele imaina que na sua o"scuridade est* )icando mais
pro)undo. 8as toda a nossa luta é para alcançar o -"!io. (udo que a ente sa"e
mesmo# tudo o que aente conquistou e)eti!amente# !oc0 entende que não poderia ser
de outro modo/ então passa a ser -"!io. Ele reconece que aquilo que ele aprendeu
todo mundo sa"ia menos ele# que ele é s- mais um.
O senso de eternidade é nosso assunto de amanã/ é a mesma e,plicação de
o&e mas so" o ponto de !ista de consci0ncia de tempo.
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SEXTA AULA (24/01/96)

I* perce"emos que alquimia enquanto 0nero# não se distinue de modo eral da


m%stica ou do esoterismo. E enquanto espécie ela se distinue da 0n)ase que ela !ai
dar no corpo umano como centro das operaç'es.  uma pr*tica espiritual que toma
como centro o corpo umano 9não incidentalmente como outras disciplinas podem
)a$er mas# essencialmente?=. 8esmo que !oc0 este&a reali$ando e,peri0ncias
alqu%micas no )orno# a operação essencial não est* acontecendo l*# mas no seu corpo
mesmo. O que é corpo> Corpo é a cristali$ação e,istencial do tempo e no espaço. 
uma espécie de cru$amento no tempo e no espaço1 tudo aquilo que e,iste de uma
maneira espacial e temporal é precisamente o que n-s camamos de corpo 9espacial e
temporal simultaneamente=.
e !oc0 quiser ter uma idéia entre as operaç'es internas e e,ternas do corpo#
tem um li!ro muito "om do Armando Jar"ault# O O3RO DO AL63787(A. H* na
"i"lioteca da Astroscientia um resumo deste li!ro 9que são !*rios !olumes=. E,iste
uma )ase alqu%mica que se cama Ouro Pot*!el. Para o"t05lo é necess*rio !*rios litros
de mas da% !oc0 tira !*rios su"5produtos os quais dão oriem 2 Espairia que é uma
medicina alqu%mica 9e,atamente como em outras disciplinas espirituais=. Est* claro
que no curso do processo alqu%mico 9tanto na matéria e,terior quanto no seu pr-prio
corpo= se passar* por  série de mudanças corporais "astante pro)undas/ que poderão
resultar em uma decad0ncia )%sica e depois uma restauração completa/ 8as tudo isso
a% é o )olclore
O tra"alo da coisa/então
alqu%mico não tem muita import+ncia/
é restaurar o que
uma parte da importaé éde!ol!er
nature$a/ o aspecto interior.
2 certos
materiais da nature$a a no"re$a do seu estado oriin*rio e portanto a plenitude das
suas possi"ilidades. 7sso quer di$er que na perspecti!a alqu%mica a queda não se
re)ere apenas ao aspecto moral do omem mas tam"ém ao aspecto ontol-ico. Não
tem a queda de Adão> 7sso não quer di$er que maldade por de castio. 6uer di$er que
o ser umano tem uma )orma de e,ist0ncia que é mais consistente e mais plena de
alum modo/ isso a% permite então a queda. E todas as operaç'es alqu%micas !isam a
restaurar este estado oriin*rio.  )*cil perce"er que !i!emos a maior parte do tempo
num estado de dispersão espiritual/ que é o da a"sorção completa de aluma )antasia
que nos ocupa naquele momento e# que para n-s nos parece o supra5sumo da
realidade. 6ualquer coisa que este&a le acontecendo ou# o que !oc0 imaina que est*
acontecendo# ocupa a tela inteira da sua mente e !oc0 não pensa em mais nada. 
como se !oc0 esti!esse desliado de todo o uni!erso. Este estado é ilus-rio pois# !oc0
não pode se desliar da realidade nenum minuto. Essas pessoas não estão usando
suas )aculdades coniti!as para perce"er o real e sim para in!entar certos
esqueminas que as prende e as ipnoti$a 9como a est-ria da cenoura e do "urro ou
a est-ria do cacorro perseuindo o seu pr-prio ra"o=. (emos outra ist-ria da
cacorrina que esta!a amarrada a um poste pelo laço e ia para tr*s a toda ora para
alcançar o laço. Ela tina que ir para )rente. 8as a sensação de estar presa a"sor!ia
completamente o c%rculo de atenção dela e ela não conseuia !er de onde !ina aquele
ne-cio. e ela conseuisse parar para analisar a situação# tal!e$ conseuisse. 8as#
nenum animal tem este recuo re)le,i!o. Os seres umanos em eral estão !i!endo
deste modo i.é/ a"ai,o de suas capacidades. Por que não )a$> 7sto a% é uma que"ra no
estatuto e,istencial do omem. 7sso pode acontecer indi!idual e coleti!amente. O que
2s !e$es camamos de realidade é a )antasia mais "o"a que e,iste. Por isso que eu
não acredito em re!olução# o!erno melor etc.. 7sso 2s !e$es d* certo ou d* errado
por pura sorte. Voc0 !ai !er que as propostas mais a"surdas dão certo por sorte1 A
ist-ria é o con&unto dos resultados impremeditados das nossas aç'es. E essa est-ria
de tentar diriir o desen!ol!imento social para uma certa direção é a idéia mais
maluca que &* !i. Qs !e$es as coisas dão certo não por aquilo que !oc0 esta!a
pensando/ d* certo por causa de outro )ator. Voc0 !e&a1 qual é o pa%s que no mundo
inteiro representa a )orma de o!erno mais democr*tica do mundo>  os E3A# não é>
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Jom# mas nos E3A# ;S da população não l0 &ornal# não participa da pol%tica# não
!ota. E a coisa d* certo &ustamente por causa da não participação? Então# quando a
coisa d* certo é por moti!os que ninuém pre!iu e# quando d* errado é pelos
mesm%ssimos moti!os. A capacidade que o omem tem de pre!er aluma coisa
antecipadamente é muito limitada. Voc0 pea qualquer istoriador que tentou )a$er
qualquer pro&eção de cultura e !oc0 !ai !er que raramente deu certo. 7sso nos d* uma
idéia de impot0ncia umana. E esta impot0ncia umana é uma das caracter%sticas
ad!indas da queda. Por um lado !oc0 !0 que o omem est* assim. Por outro lado# 2s
!e$es# ele não est* assim i.é/ 2s !e$es ele tem a capacidade de en,erar as coisas como
são e condu$ir as suas aç'es de maneira muito correta. e deu certo uma Fnica !e$
sini)ica que pode dar certo e que não é imposs%!el. ini)ica que o omem tem a
possi"ilidade real de alcançar um estatuto melor. 8as se ele tem porque que ele não
alcança> Este alo que impede é que se cama A Condição do omem depois da
6ueda. Ou se&a# não é que ele perca as capacidades intelectuais etc.. é que ele passa
a ser um ser mais despre$%!el/ na escala ontol-ica ele não é tão importante. Na maior
parte dos indi!%duos !eri)icamos que o ser umano ainda é um "ico !i!endo a"ai,o
de suas capa cidades. 7sso não acontece totalmente com os outros animais. e
dissermos que S das !acas não estão dando leite# diremos que é uma espécie em
e,tinção. 6uando um animal não cumpre a capacidade para a qual )oi destinado# é
porque tem alo errado com ele. Aora# se o omem tem a tal da capacidade de ser o
centro da criação# de ter consci0ncia# ter retidão# air consistentemente etc.# porque
ele
tiponão
de conseue>
di)iculdadePorque ele não conseue
5 de mani)estar semprecapacidades
suas pr-prias ou quase sempre> Não e,iste
5 na espécie este
animal.
8as para o omem e,iste. Por isso mesmo que cada !ida umana quando começa# é
um con&unto de esperanças# e quando termina é um con&unto de )rustraç'es. Heel
di$ que quando contemplamos a ist-ria# a primeira coisa que !emos é um
amontoado de ru%nas1 tudo o que )oi )eito )oi destru%do e temos que continuamente
re)a$05lo. (anto indi!idual quanto coleti!amente o omem est* sempre a"ai,o do que
ele pode. Porém# nem todos os omens. 3ma !ida "onita é quando o omem )e$ tudo o
que ele queria )a$er e se tornou quem ele queria ser. Então o que )a$ o omem não
reali$ar aquilo que ele !islum"rou>  um )ator de dispersão qualquer que )a$ com que
em !e$ de ele estar consciente do luar onde est*# do seu encai,e no meio# ele não
en,erue mais onde est*. Ele est* o"cecado# ipnoti$ado naquela coisa como a
cacorra esta!a presa na corda. Aora não é s- o omem que "ai,a. O omem
"ai,ando# começa a tal da deradação am"iental. A deradação am"iental não começa
com re!olução industrial. Eu )alei que o animal não )ica a"ai,o de suas capacidades.
8as# se !oc0 )i$er a conta do nFmero de espécies animais que )oram e,tintas 5 não
aora na re!olução industrial5 é um ne-cio assom"roso? 6uem so)reu a queda não )oi
apenas um omem camado Adão# mas o modelo da espécie umana. Podemos
depreender da% que a narrati!a "%"lica não se passa aqui na (erra/ se passa no pr-prio
Iardim do den o que é este Iardim> Não é a terra planeta. 6uer di$er# todo este
drama relatado pelo @0nesis é um drama de ordem espiritual. De certo modo tem a
!er com o uni!erso material1 na ora em que o modelo da espécie umana cai# o
uni!erso inteiro se ressente daquela coisa. A o"ra alqu%mica !isa colocar o omem
dentro de um estatuto onde ele possa leitimamente se considerar centro da criação
umana. Voc0 !e&a1 porque a cultura de  séculos para c* parece se compra$er em
near a import+ncia do omem no cosmos> Ela diminu% o omem. Atualmente parece
mais !eross%mil que ele se&a um amontoado de *tomos de car"ono do que ele ser um
modelo do cosmos? 7sso parece ser adequado 2 condição presente do omem# mas não
2 sua condição essencial.
8oisés )oi um cara que le!ou ; anos para que aluém acreditasse no que ele
)ala!a. Como é que ele )e$ para manter suas opini'es durante todo este tempo> 7sso
quer di$er que as quest'es de )rustraç'es e )elicidade para ele &* esta!a muito aquém
dele. O isolamento moral é muito ruim para n-s. Colocar um su&eito numa situação
59
desta é o que se cama numa indFstria de Operação alame1 !oc0 !ai cortando os
canais de comunicação do indi!%duo com o seu meio. e ninuém entende ou acredita
no que ele )ala# ele não pode air. Cannon anou um pr0mio No"el por um tra"alo
que )e$ so"re reaç'es corporais no p+nico e na rai!a. 6ualquer su&eito colocado numa
situação desta# em S dos casos ele morre. 8orre porque isso cria um desequil%"rio
na circulação capilar# paralisa todos os -rãos do corpo isso é estudado num li!ro do
Lé!^5trauss 5 Antropoloia Estrutural5  assim que se mata o su&eito por "ru,aria1
total isolamento moral# a% ele não aenta e morre.  claro que isso s- )unciona numa
comunidade omo0nea aonde todo mundo trata o su&eito do mesmo modo. 8oisés
aentou isso ; anos e saiu inteiro/ é claro que com isso ele adquire um poder maior
que de toda a comunidade &unta? O ser umano na sua plenitude é um "ico capa$ de
)a$er isso. O ser umano não precisa de ninuém1 ele não precisa que a mãe dele
oste dele# que a muler ou o cacorro ostem dele etc.. Por que ele tem uma
comunicação direta com a !erdade# ele sa"e o que é. Então ele não se preocupa mais
com essas coisas. 7sto ele pode )a$er. (anto pode que &* )e$. Aora# o ser umano em
eral# ele não resiste a nada# nada# nada. e sente o tempo todo ameaçado. Então
quando !oc0 !0 a impot0ncia# a incapacidade de air# o ipnotismo# o limite# !oc0
!eri)ica que alo est* errado.  a perda da condição ontol-ica. Não é s- a perda de
uma capacidade.  que ele se torna um "ico desimportante# um "ico que se pode
su"stituir# que se &oa )ora e p'e outro no luar. Ele é su"stitu%!el. 8oisés se torna
então insu"stitu%!el perante a comunidade e aos olos de Deus. O ser umano )oi
)eito para ter o"ra
(oda esta import+ncia
alqu%mica )oiespiritual.
)eita para restaurar isto a%. 7sto a% é que introdu$ir* o
conceito de senso de eternidade. Este )enmeno da prisão do indi!%duo é uma
restrição do tempo ao momento presente. 6uer di$er que o su&eito não conseue !er
nem o o&e nem o amanã. Ele perde o )io de sua istoricidade1 ele não sa"e de onde
!em nem para onde !ai. Aquela situação de prisão é tão en!ol!ente que cria uma
situação de compressão do antes e do depois1 o cara não presta atenção em mais
nada.  assim com qualq uer situação de perio ou de anFstia. Ela parece que
naquele momento ela é toda a sua ist-ria. 8as como di$ o ditado1 A situação é
periosa demais para !oc0 se dar ao lu,o de )icar com medo.  &ustamente na ora do
perio que !oc0 tem que en,erar? O medo é assim1 é uma criancina que tem quem a
socorra. 8as se ela esti!er so$ina# ela tem que perde r o medo# porque senão é um
lu,o.  da mais alta con!eni0ncia que !oc0 mantena um estado de consci0ncia# que o
perio e,panda sua consci0ncia. Porque a tua sal!ação tanto )%sica quanto ipn-tica
depende disto. Essa reação de corte de consci0ncia# de compressão não se &usti)ica
nem mesmo numa situação de perio real. Ela se e,plica mas não se &usti)ica. Ela é
sempre in&usta# m* e inFtil# não !ai )a$er "em a ninuém1 se um indi!%duo numa
situação de perio entra em p+nico# isso não !ai )a$er "em para ele nem para os
outros. Não )a$ "em para ele porque ele não pode escapar da situação. Não )a$ "em
para os outros porque os outros ainda !ão ter que socorr05lo. Os outros não t0m
o"riação nenuma de te carrear. e !oc0 tem medo# trate de )icar com mais medo
porque da% !oc0 !ai air. e !oc0 pear um cacorro !ira5lata e um com pediree# a
di)erença entre am"os não !ai ser tão rande quanto se !oc0 comparar um cidadão
comum com 8oisés. A di)erença é incomensur*!el/ então como pode pertencer 2
mesma espécie> O omem tem direito a conseuir um estatuto ontol-ico melor. -
que ele não est* colocado nesta condição melor naturalmente/ ele !ai ter que cear
l* arti)icialmente# por sua pr-pria iniciati!a. E é &ustamente isso que quer di$er o
ditado1 @anar*s o teu pão com o suor do teu rosto. O pão é o s%m"olo das aç'es
corretas. O pão é a es)era da moral. O !ino representa os conecimentos espirituais.
O omem para air corretamente ele !ai ter que passar medo 9é isso que quer di$er o
ditado acima=. Voc0 não conseuir o seu estado anterior de no"re$a de raça.  essa a
condenação do omem passado. 8as !e&a# é uma condenação que não é eterna# é
tempor*ria. e !oc0 quiser retornar ao estado Ad+mico# &* !imos que o omem pode.
60
Aora se !oc0 não quiser nada# !oc0 !ai cair cada !e$ mais e mais e mais. Aora é
claro que !oc0 !ai ter paar aluma coisa por isso# pode perder "ens materiais Por e,..
8as# qual é a di)erença de !oc0 a)undar num na!io em  classe ou em M classe> E,iste
aluma di)erença mas é irrele!ante.
A sociedade que incute na ca"eça das pessoas o dese&o de uma Condição
econmica melor é monstruosa. 7sso é pior do que a pr-pria miséria. Pior do que a
miséria é o dese&o de sair dela. Porque se !oc0 não liasse muito para ela# a coisa
tal!e$ até se resol!esse melor/ porque !oc0 teria miséria sem umilação# !oc0
so)reria menos. 8as o pensamento de o&e é1 se !oc0 est* duro# !oc0 não presta. 8as#
&* não "asta !oc0 estar duro e ainda ter uma condenação moral em cima de !oc0>
Aquela ideoloia que di$ que quer que todos tena m "ens iuais est* pro!ando
e,atamente que s- !ale quem tem. 6uer di$er que tanto )a$ aquela sociedade que
aprecia estes "ens quanto aquela que a condena1 são iualmente ruins. Porque am"as
são "aseadas em !alores )alsos. O certo é di$er para o indi!%duo que essas coisas são
muito relati!as1 se !oc0 conseuir &untar "ens materiais# -timo. e não conseuir#
dane5se? (em coisa mais importante.
Este c%rculo do momento presente é que tem que ser rompido. E ele é rompido
não pela re!olta contra ele1 porque quanto mais !oc0 se en!ol!e com a situação
presente# mais ela cerca tua atenção. Então isto ser* rompido pela concentração na
interioridade# no que é importante. E,istem no mundo mil'es destas técnicas
9isl+micas# "udistas etc.= e que !ão representar e,atamente este tra"alo do )orno.
Esta concentração
su"seqentes estãoéde
que )ar*modo
certo !oc0no
perce"er
momentoquepresente.
todos osPormomentos
e,.1 !oc0 anteriores e
pode prolonar
a sua mem-ria tornando5a mais rica e mais e,ata. Os seus momentos passados estão
no momento presentes )isicamente. Do mesmo modo os momentos )uturos. 7sso a%
pode se prolonar para antes da tua e,ist0ncia )%sica# cria uma espécie de consci0ncia
de momentos antecedentes# momentos ist-ricos/ O que se passou na @récia ou na
Roma Antia est* presente de alum modo. Aos poucos# todas essas )ai,as do
momento passado# !oc0 começa a perce"er a presença delas. Os momentos antios#
su"sistem e determinar atos presentes. Não )oram apaados. 6uer di$er# tudo aquilo
que ainda tem o poder de air é porque su"siste. 3ma e,peri0ncia interessante é !oc0
pear aluma idéia corrente que as pessoas )alam e !oc0 rastrear a oriem ist-rica
dela.  uma espécie de ampliação de consci0ncia do tempo que !ai a"arcar toda s sua
!ida e a !ida da espécie umana inteira. 6uando se cea na m*,ima e,tensão
poss%!el# a% começa5se a ter uma espécie de consci0ncia da eternidade. O que é o
conceito de eternidade>  que em cada um destes momentos este&a colocados em )ace
de uma outra dimensão. anto Aostino di$ que o tempo é a medida da mudança. E
no )undo esta medida é )eita com a réua da eternidade# de simultaneidade de todos
os momentos. e !oc0 pear a totalidade dos tempos passados e comparar com a
dimensão eterna# as di)erenças dos !*rios momentos do tempo é quase irrele!ante. e
!oc0 analisar sua !ida como um todo# !oc0 !er* que todos os momentos são
indispens*!eis# não pode cortar nenum. 7sso sini)ica que todos os momen tos são
iuais perante Deus. Essa consci0ncia estendida de tempo# aca"a te dando uma
consci0ncia de perman0ncia. Perman0ncia sini)ica o seuinte1 o mundo sempre )oi
real# a realidade sempre este!e a%. A e,peri0ncia que n-s temos do passado ter
desaparecido# se tornado irreal e de que o )uturo é irreal# essa e,peri0ncia é ilus-ria.
O passado é real e o )uturo tam"ém ser* real quando acontecer.  somente a sua
prisão imediata que d* uma impressão de irrealidade ao que )oi e o que ser*. 8as
esta impressão é e!identemente auto5ipn-tica. Aquele momento do tempo que !oc0
est* comprimido# aquele momento parece a"sor!er tudo. 8as este momento não
impedir* que momentos seuintes se sucedam.  a"solutamente imposs%!el que !oc0
pare este momento. Vai a!er um )uturo sim# necessariamente. E depois que !oc0
morrer as coisas !ão continuar se sucedendo. E isto é a !erdadeira realidade# não a
sua impressão su"&eti!a. Os seus atos certamente terão conseq0ncias depois que
61
!oc0 morrer# sai"a !oc0 ou não. Voc0 quer realidade ou !oc0 quer mente> Aquilo que é
produto da sua mente cama5se mentira. 8entir é uma in!enção da mente. Cea um
momento na !ida que !oc0 tem que opta r1 ou eu quero a realidade ou eu quer o a
mina mente.  por isso que di$ o Cristo1 Aquele que quiser sal!ar sua alma !ai
perder. Aquele que quiser perder# !ai anar. Então !oc0 !ai ter que sacri)icar a sua
mente e !er a realidade. Eu !ou ter que admitir que mesmo aquilo que eu não !e&o#
acontece. Aquilo que eu não sinto pode ser real. Aquilo que eu não sinto é real. Aquilo
que eu nem posso perce"er# tam"ém é real. Jom# a% !oc0 começou a )icar em pa$ com
a realidade. Voc0 entende que é !oc0 que est* dentro dela e que não é a sua mente
que est* aindo so"eranamente ali den tro não? 8as o&e em dia todo o mundo é
con!idado a )a$er o contr*rio1 tudo o que ele pensa e imaina é que é o real. 8as isso
é prisão no momento presente# é o supra5sumo do su"&eti!ismo# é a total impot0ncia?
Os omens adormecidos estão cada um no seu mundo. Os omens acordados estão
todos no mesmo mundo 9Her*clito=. Aonde quer que a&a um olpe militar no mundo#
l* estar* IFlio César porque )oi ele quem in!entou. Pois é este senso de realidade de
tudo o que )oi e de tudo que ser* é isso que se cama. O cara in!entou um modelo de
ação pol%tica e que os caras continuam copiando até o&e 9tem a !er com resson+ncia
tam"ém=. Então eu posso di$er que IFlio César a)etou a mina !ida. Claro# )oi ele que
ensinou a essa ente toda. Então# ainda que eu não sai"a quem )oi IFlio César# o )ato
é que a ação do su&eito ainda est* repercutindo. A partir da ora que !oc0 começa a
considerar estas coisas# !oc0 começa a !i!er numa realidade ceia# numa realidade
que é ceia
!a$ia# de elementos.
onde tudo Ao passo
o que acontecia s- que antes# para
acontecia esta!a5se
o seu!i!endo
um"io.numa
Antesrealidade
!oc0 !i!ia
numa ilusão de que a sua mente era o centro da realidade.  a &ornada do im"ecil até
o entendimento. Esta consci0ncia estendida do tempo ela não é ainda o centro da
eternidade# mas apenas um passo. Consci0ncia da eternidade sini)ica consci0ncia de
estar colocado dentro de uma eternidade. 7sso sini)ica# como di$ a "%"lia# caminar
diante de Deus.  sa"er que !oc0 est* sendo contemplado/ e,iste uma eternidade
consciente que sa"e de !oc0. Caminada é a sucessão de atos do ser umano.  a sua
!ida terrestre. Em qualquer e!ento de qualquer época 5 mesmo anterior 2 sua
e,ist0ncia# mesmo anterior 2 e,ist0ncia do omem5 !oc0 sa"e que aquilo l* é atual e
est* presente. 7sso é consci0ncia estendida. 6uando que os an)%"io sa%ram do mar
para !i!er na (erra> H* muito tempo. 8as isso a)eta a mina e,ist0ncia ainda o&e. O
)ato de que uma coisa sumiu da mem-ria não quer di$er que sumiu da realidade. 3ma
maneira muito )*cil de !er isso é pela ereditariedade. Voc0 nasceu com uma
determinada constituição eredit*ria contra a qual !oc0 nada pode )a$er. eu a!# seu
"isa!# toda esta ente est* aindo em !oc0. Voc0 carrea tudo isto tanto pelo aspecto
malino quanto pelo aspecto "enino. Para !oc0# este plano não est* colocado no
plano da atualidade mas sim no plano dos res%duos das causas anteriores.  mais ou
menos como a "ala perdida. 3m não sa"e de onde !eio e o outro não sa"e para onde
ela )oi. Para o atirador não e,iste !%tima e para !%tima não e,iste atirador mas#
o"&eti!amente# e,iste. Pois é este ne,o o"&eti!o que nos interessa para modelar a nossa
mente 5 por esta idéia do ne,o o"&eti!o e não somente pelo o que n-s imainamos. Ou
se&a# eu sei que eu não !i mas eu sei que e,iste. Jom# até aqui !imos a consci0ncia
estendida do tempo. 8as e,iste tam"ém a consci0ncia estendida de espaço1 todas as
coisas que estão acontecendo e,atamente neste momento. Por e,.1 se !oc0 est* !endo
um prédio com muitas &anelas# com pessoas l* dentro que t0m suas !idas. 6uantas
destas a tua imainação conseue captar ao mesmo tempo> Jom# se !oc0 )or Jal$ac.
Jal$ac comps mais de :;. ;;; personaens. 8as na !erdade# ele não in!entou. Ele
comps aquilo com pedaços que ele !iu. 7sso não quer di$er que em Paris e,iste
:;.;;; personaens# e,iste muito mais? Ora mas# todo este mundo de Jal$ac é real.
7sso de )ato é real é a rique$a do mundo. Ora então eu sou um im"ecil na mina
redoma e s- !e&o aluns palmos diante do nari$. (al!e$ o rande pecado do omem é
ele entender que o conecer é muito mais importante que o )a$er. A capacidade
62
coniti!a do omem é in)inita mas sua capacidade de )a$er é rid%cula. H* uma
desproporção entre a )orça coniti!a do omem e sua ação. Ora# se o omem )oi posto
no mundo por Deus para trans)orm*5lo como di$ Tarl 8ar,5 ele daria ao omem mais
capacidade? 7sso sini)ica que o omem não !eio ao mundo para trans)ormar o mundo
mas para ele ser trans)ormado pela realidade? (emos que sair daquele o!o que aente
nasce e começar a ser trans)ormados por este conecimento. Por isso que a !ida
contemplati!a é melor que a !ida ati!a. Por que a !ida contemplati!a pode se
estender até o )im do uni!erso/ mas air# não 9est-ria de 8arta e 8aria=. Na !ida
contemplati!a# dei,amos que a realidade molde nossa mente em !e$ de tentarmos
in!entar uma outra. 7sso aqui é um iantesco )orno alqu%mico onde n-s estamos
sendo trans)ormados. Claro que dentro destas trans)ormaç'es# alumas são )rutos da
tua ação# mas isso a% é muito pequeno. Jasta !oc0 tentar mudar sua !ida e !oc0 !ai
!er que alteraç'es m%nimas requerem es)orço de anos? Vaca )oi )eita para dar leite#
passarino para !oar. N-s que temos capacidade coniti!a muita acima da nossa
capacidade de ação# portanto o conecimento é mais importante.
Então# o primeiro passo seria a concentração e a admissão da realidade. I*
!imos a consci0ncia de tempo e espaço. O que é consci0ncia de eternidade>  a !isão
de simultaneidade de todos estes momentos. 7sso quer di$er que do ponto de !ista de
Deus# o momento que os an)%"ios começaram a andar na (erra é tão atual quanto este
momento aora. Para n-s este momento parece mais importante/ mas o"&eti!amente
este momento é s- mais um dentro da seq0ncia. 7sso quer di$er que em cada ato que
temos de!e a!er
consci0ncia nele umapela
ele é moldado consci0ncia de e
eternidade. eternidade.
cada ato éO)eita
ato que
com éesta
)eitoconsci0ncia#
com esta
cada ato é eterno tam"ém. Jasta que ele não pretenda ser o Fnico. Na eternidade
e,iste um script do seu papel que !oc0 desempena ou não. Então# o que seria o ato
melor poss%!el dentro de cada momento>  o ato que corresponde 2quilo que na
eternidade corresponde a seu modelo# 2 sua per)eição1 a idéia que Deus sempre te!e a
seu respeito antes mesmo de )a$er !oc0. Voltamos ao tema inicial do "em supremo# a
permanente concentração no "em supremo. 6ual é o melor ato poss%!el> O ato que é
plenamente sini)icati!o dentro da tua escala. O ato que eu posso )a$er.
A )uacidade não e,iste o"&eti!amente. A )uacidade é uma impressão1 todos os
momentos )icaram# nada se perdeu# estão sempre presentes. Não est* presente na
mesma modalidade porque seria auto5contradit-rio.
63
ALQUIMIA E ASTROLOGIA (30/01/96)

Leremos B te,tos o&e1 3m# não por coincid0ncia# )oi tirado de um li!ro de Alquimia. E
o outro# de um li!ro que não tem nada a !er com Alquimia.  um romance de @eores
Jernanos 9um escritor )ranc0s que morou no Jrasil por mui to tempo=. Vamos ler o
primeiro par*ra)o# depois aente !olta para comentar.

O SENTIDO ESPIRITUAL DA NATUREZA (p! "#$%#& E'$)

A relação do omem moderno com a nature$a pertence 2 tradição ermética5


alqu%mica.
Coment*rio1 Porque ele usou a pala!ra ciclo entre aspas> Porque não e,iste uma
di!isão temporal clara entre uma época pré5moderna e uma época moderna. 8esmo
porque# e,istem sociedades que ainda estão no camado ciclo pré5moderno. 7nclusi!e
se n-s peruntarmos1 como é que o su&eito que est* na época moderna pode sa"er
destas coisas que )oram escritas pelos antios> Jom# e,istem tr0s arumentos. O
primeiro é pela con!i!0ncia com sociedades primiti!as que re!elaram aluma coisa 2
esse respeito. Em seundo luar# atra!és de documentos# pela reconstituição da
ist-ria. Em terceiro luar# pela pr-pria estrutura da alma umana que é um
microcosmo 9não s- no sentido c-smico como no sentido ist-rico=. 7sso quer di$er que
qualquer e,peri0ncia que tena sido !i!ida pelo omem de qualquer época da
ci!ili$ação tem6uer
este an*loo. um an*loo dentro
di$er# n-s de n-s/
podemos e procurando
!oltar a sentir as direitino
coisas comoaente encontra
outros omens
se )or esca!ada a imainação.  claro que !oc0 !ai !i!enciar por momentos aquilo que
para eles é uma e,peri0ncia constante. (am"ém é claro que essa e,peri0ncia
puramente imainati!a# reconstituti!a não !ai ter a intensidade da e,peri0ncia real
das pessoas. 8as d* para ente sa"er do que se trata. Ora# precisamente no tra&eto
alqu%mico# o que se )a$ é uma reconstituição sistem*tica deste outro modo de !er a
coisa. Voc0 não somente tem a atitude do istoriador que e!oca imainati!amente as
e,peri0ncias anteriores deste po!o mas !oc0 !ai atuali$ar# resatar as possi"ilidades
perdidas atra!és de um es)orço sistem*tico que é &ustamente essa tra&et-ria alqu%mica.

 A *+#!,- ,&.+&, , %& #*%5,*+, p! !,$8,& +,+%5

Coment*rio1 O que se entende o&e do estudo da nature$a )%sica# alqu%mica etc.> ão
ci0ncia que procuram estudar da nature$a somente os seus aspectos diretamente
mensur*!eis# matemati$*!eis. 6uer di$er# é uma espécie recorte da nature$a 9onde
!ai pear apenas os seus aspectos quantitati!os mais )acilmente capt*!eis e
orani$*!eis no con&unto de relaç'es=. Relaç'es que quando se re!elam constantes#
c%clicas# repetiti!as# adquirem o nome de Leis. Lei cient%)ica é uma espécie de equação
matem*tica que se !eri)ica repetidamente esta"elecendo uma relação entre )atos da
nature$a. A ci0ncia o&e em dia é do tipo descriti!a eométrica da nature$a e que
"usca somente as repetiç'es. Ora# o aspecto repetiti!o e mensur*!el de um )enmeno#
é e!idente que é s- uma )ai,a# um corte uma )atia por assim di$er. e !oc0 pear antes
do ciclo camado Ciclo 8oderno que começa com a Renascença# !oc0 !er* que a
ci0ncia 4%sica se ocupa!a de muito mais coisas. E a questão do sini)icado que ele
coloca ali. O sini)icado pressup'e uma intencionalidade. Ora# em todo o ciclo
moderno praticamente toda a cultura uni!ersit*ria se "aseia na idéia de que s- e,iste
intencionalidade no reino da intencionalidade umana e nada mais. omente o ser
umano possui intenç'es e portanto que ae com um sini)icado. Ao passo que todo o
reino da nature$a ter* que ser e,plicado independentemente de sini)icados. Ou se&a#
a ci0ncia não se interessa prelo que a nature$a )ale a n-s. 8as# apenas em descre!er e
medir o seu comportamento desde )ora. H* um recuo. E!idente que esta concepção
!em diretamente da di!isão cartesiana entre a coisa pensante que é a nossa mente e a
64
coisa e,tensa que são o o"&eto da nature$a. No século XV777# Lei"ni$ !ai mostrar que
apenas o aspecto quantitati!o# a medida# não "asta!a para constituir um conceito de
um ente real/ e que portanto o mundo estudado pela 4%sica# não era propriamente
real. 8as# um esquema matem*tico que coincide em certos pontos com o mundo real.
Podemos )a$er uma analoia da seuinte maneira1 imaine uma )iura umana
qualquer. e !oc0 marcar determinados pontos nesta )iura# !oc0 pode descre!er todos
os mo!imentos desta )iura s- a partir destes pontos. Aonde essa )iura se mo!esse
estes pontos se mo!eriam &unto com ela. E a descrição dos mo!imentos destes pontos
corresponderiam riorosamente ao real. - que não se parece em nada com a )iura
como um todo. Então# toda a operação que n-s camamos ci0ncia )%sica consiste em
)a$er isso aqui1 marcar determinados pontos que são mais )*ceis# os mais
matemati$*!eis# e acompanar o desenrolar deste aspecto da realidade "uscando as
simplicidades e as repetiç'es. E a ora que !oc0 conseuir !incular este mo!imento
aos conceito "*sicos como matéria# mo!imento etc.# !oc0 di$ que esta"eleceu uma lei.
 claro que essa lei )unciona. Voc0 poderia esta"elecer neste mesma )iura# uma
equação das dist+ncias m*,imas poss%!eis entre este ponto e um outro ponto
con)orme as !*rias posiç'es do indi!%duo relacionando são mesmo tempo uma certa
dist+ncia com outra qualquer. Voc0 pode denominar ,# ^# $. !oc0 pode )a$er uma
equação di$endo que a dist+ncia m*,ima de $ a ^ !aria con)orme a dist+ncia de , a ^.
E !oc0 tem a% uma )ormula que ser* inteiramente !er%dica em todos os casos. Voc0 não
pode di$er que isto se&a irreal. 8as tam"ém não pode di$er que se&a real.  um
mundo# um Ele
sini)icação> tecido
)ica de relaç'es pelo
com"inado matem*ticas.
mundo da Elinuae
o reino da intencionalidade#
m umana. da
- o que pode
)a$er sentido para o omem da ci!ili$ação moderna é a )ala umana. 9o resto não
precisa )a$er sentido. O resto apenas se comporta de uma maneira mais ou menos
mec+nica=. (am"ém é claro que este despersonali$ação da nature$a tra$ como
conseq0ncia um e,cessi!a personali$ação do mundo da )ala umana1 porque o
omem# !i!endo num uni!erso ostil sem sini)icado# é l-ico que ele se sente mal/ e
as suas necessidades de e,pressão e comunicação se tornam e,acer"adas. Da% que ao
mesmo tempo a ci0ncia !ai descre!endo um mundo cada !e$ mias impessoal. Voc0 !ai
!endo na pr*tica o processo in!erso1 um processo de su"&eti!ação cada !e$ maior.
Por e,.1 quando aespeare no século XV777 no per%odo rom+ntico# as pessoas
começam a )alar de suas emoç'es interiores das mais su"&eti!as que nunca o omem
tina tido em toda sua e,ist0ncia. Então# mem-rias de Iean Iacques Rousseau !oc0
!ai !er o indi!%duo peando a sua !idina a almina se desdo"rando nos mais %ntimos
detales para todo mundo !er. 7sto a% é um re)le,o de uma despersonali$ação da
nature$a. Então# é um espécie de e,cesso para compensar um e,cesso contr*rio. 
&ustamente desse processo da su"&eti!i$ação da e,pressão art%stica concomitante 2
perda da comunicação com a nature$a que !oc0 !ai )alar o @eores Jernanos no
seundo par*ra)o. (al!e$ )osse con!eniente neste instante ir para o outro te,to para
depois !oltar.

A PERDA DO SENTIDO ESPIRITUAL DA NATUREZA (p! G,!.,& :,!**&)


.
 C & 5%,&; +!'<& & p,!&; &,*= p! &$+! *,$  !,>* , &#&
!*& &,*&#$%,&

Coment*rio1 Ele começa a )alar das !o$es das cidades. Cada rua que !oc0 atra!essa
tem um tumulto espec%)ico e quando !oc0 sai daquela rua este tumulto ainda
acompana !oc0. Até !oc0 encontrar um outro tumulto. Ele est* )alando de uma !o$
mas não é uma !o$ que ele de!eria mencionar/ porque somente as )lorestas. As
colinas# o )oo e a *ua t0m !o$es e,atamente no sentido que esta!a )alando Iulius
E!ola no outro te,to. Ele di$ que não compreendemos mais esta linuaem. O omem
l%rico é e,atamente o artista su"&eti!ista moderno. Onde ele )ala das suas emoç'es
65
indi!iduais. 9E,/ Iean Iacques Rousseau# Victor Huo etc..= Ele di$ que os poetas do
romantismo acredita!am ter restaurado esta linuaem da nature$a porque eles
)a$iam poemas onde a nature$a parecia acompanar as emoç'es do omem. A
paisaem !ira!a pano de )undo para as emoç'es do omem 9no Jrasil aente tem o
e,emplo de Iosé de Alencar=. Porém# seundo Jernanos# isto não é linuaem da
nature$a. 7sso é uma coisa que est* sendo colada 2 nature$a. Ele coloca este omem
l%rico no rau mais "ai,o da espécie umana. Di$ ele que é o tipo mais in)erior que
e,iste. Porque este &* não entende nada da nature$a e ainda a prostitui colando so"re
ela suas emoç'es su"&eti!as e o)erecendo para a despersonali$ação da nature$a um
remédio que ainda é pior. Porque a ci0ncia moderna não )ala a !o$ da nature$a. 8as o
poeta# o artista# ele &* não cala apenas. Ele coloca uma outra !o$ em cima. Le!a a
)alsidade mais lone ainda. Ele di$ que a poesia moderna# acreditando o ter
restaurado a linuaem da nature$a# não li"ertou a nature$a das )iuras m%ticas#
elementais 9duendes# etc.= senão para soltar l* o re"ano das mornas sensualidades
do pr-prio artista.

O %& !+, ,$,&  ,&+!*.#$ p,$ ',$%5,; ,*5% & !#& , & >&?#,& 5
 &# %*+%.',$ #p$%5%,

Coment*rio1 Ele est* di$endo que no )undo# a inspiração todina é puramente er-tica1
são as arotas que não quiseram dar para o su&eito ou que quiseram dar para ele.  o
erotismo su"&eti!o pessoal
ou!ir a mensaem pro)undamais "o"oca que
da nature$a# a élinuaem
no )undo dos
a )onte de tudo
s%m"olos isto. Em !e$
alqu%micos quede
é
uma lição inesot*!el so"re o pr-prio sentido da e,ist0ncia# ele )a$ o contr*rio1 ele não
repara a nature$a senão para )a$er dela um s%m"olo ou um elo da sua pr-pria
emoção$ina.

P! +!& ,$, .!+,&5& &$#& *+,  ',$%5, ,  !+,

Coment*rio1 No )im# é a curtição do omem 9amor quando !oc0 é &o!em= depois


quando !oc0 !ai )icando mais !elo e "roca é a melancolia 9A# estou )icando !elo
e aca"ado=. No )im# a inspiração destes caras todas não é nada mais do que isso aqui1
)alar o -"!io. Voc0 não tem nada a aprender com as descriç'es das emoç'es
amorosas# aleres ou melanc-licas dos outros. ão e,atamente iuais 2s suas. E o
pessoal adora!a isso na época. Ho&e n-s não perce"emos as nossas pr-pria
"a"aquices 2s quais serão e!identes para eraç'es )uturas. Depois que a literatura se
cansou deste des)ile de emoç'es suriu a escola parnasiana que )a$ia e,atamente o
contr*rio1 puramente cere"ral. 8as a reação 2 uma porcaria é outra porcaria. 4icam
todas no mesmo plano e não conseuem ascender. A rande o"ra liter*ria do século é
(e Zaste Land de (. . Eliot. O que Eliot !ai )a$er1 Ele !ai pear este sim"olismo das
cidades# da terra que )oi asta e onde s- so"r ou as !o$es umanas. Não tem mais
mundo. Eliot entende a ci!ili$ação como uma sucessão de camadas que !ão se
superpondo. E no )im# o ponto de partida &* não é mais !is%!el. e "em# que todo este
leado do passado continua a% s- que soterrado. E a% !oc0 !ai ter que esca!ar. E esta
esca!ação da ist-ria da ci!ili$ação 9&ustamente para tentar encontrar alo soterrado=.
 &ustamente o sentido da o"ra de Eliot. Eliot !ai tentar encontrar por tr*s da
ci!ili$ação das m*quinas# do capitalismo moderno a !o$ da nature$a que é a !o$ de
Deus. 8as ele não pode ir direto# !oc 0 tem que primeiro des cascar essa coisa toda.
Esse par*ra)o aqui# se pensarmos "em é toda a ist-ria cultural do ocidente neste
Fltimo século.

p! +!&  && & %&5@p#$& p!,5%p%+#&, 5 ?#, 5,


66
Coment*rio1 quer di$er# todo mundo a!ançou# mas simplesmente como quem como#
como quem !ai 2 um restaurante

 &$%= &.! * &* >,+ , &&5%$  &#& 5!#-,&  &# ,$*5$%;


,5,p= 5!*$

Coment*rio1 6uer di$er# cada um querendo usar a nature$a.

O 5*+.%; '** p&&  p&&; ,&+,*,#&, & *+@p& A %$ ,&,!+


!,5,>,# &,#& 5*%,*+,& , +,&+,#*# &,#& !,& .

Coment*rio1 O que quer di$er ila deserta> eria o s%m"olo mesmo da solidão sarada
da nature$a que seria uma ila deserta na qual nunca ninuém )oi. E até a% a massa
inteira dos liter*rios )a$endo aquele "arulo medono &* "otou os seus amores# seus
sentimentinos etc.. 7n!adiram tudo. Voc0 !ai !er tam "ém# loo depois de Victor
Huo# !em Jaudelaire que é e,atamente o contr*rio. Jaudelaire descre!e as cidade
com )erro# )umaça# a )eiFra da cidade. Ele aca"a se apai,onado pelo orr%!el e )a$ a
poesia do orror.  um protesto mas aca"a )ascinada pelo mal.  a impot0ncia da
cultura moderna para romper com este c%rculo# este )alat-rio que tampa a !o$ da
nature$a.

*,*# p!!%; !!* $#- , !'$ * 5*!  #!!; ,$, *= &,
p,!  &,# !%+ %*+,!%! , &# p!#* %*= .

Comentario1 O ritmo interior que precisamente )ala!a Iulius E!ola. Note "em que
@eores Jernanos nunca leu Iulius E!ola e nem o contr*rio. ão pessoas
completamente di)erentes/ não s- por cultura como por mentalidade. 8as que passam
e,atamente o mesmo )enmeno1 que e,iste um mo!imento interior da nature$a.
E,atamente este ciclos das trans)ormaç'es alqu%micas. E que é ao mesmo tempo o
mo!imento interior da nossa pr-pria alma. E é &ustamente a% que o omem que imp'e
a usa presença na nature$a não pode captar mais. e !oc0 manda a nature$a calar a
"oca e começa a )alar em cima dela# com !oc0 ela não )ala mais.

+'% &, ,&+ * , %p!  *+#!,-  &# p!,&,*; , *= !,&p*,
&,*=  ,$& &,*+,

Coment*rio1 6uer di$er que o canto da nature$a continua. E esse é todo o nosso
es)orço1 !oc0 !ai ter que sintoni$ar para sa"er o que ela est* )alando. e&a o pessoal
que est* querendo aprisionar a nature$a como relaç'es matem*ticas# se&a aqueles que
em reação contra isso# trans)ormar a nature$a no palco de suas emoç'es eles# !ão
ou!ir mais nada. 6uer di$er que as B randes correntes da cultura moderna 9que
seria a ci0ncia matem*tica e o protesto su"&eti!o do artista= essas B estão se a)astando
do que esta!a l* para tr*s.

.N= < &&% 5 & p %&.,*& ,  ,!! , , $' ,*!%; 5*&+!#@& ?#, &= *
! , * &#!B

Coment*rio1
da li"erdade. Ve&a# as cidades#
Nas cidade# a ci!ili$ação
o omem umana
se li"ertou é as !e$es
da su&eição colocadacomo
da nature$a. o reino
o reino da
democracia# do socialismo etc.. Então como que poderia ser um monumento da
li"erdade este ne-cio que )oi constru%do na "ase da e,ploração do cosmos# da
escra!idão# 6ue li"erdade tem nisso>
.
 $%>,!, &, &= !+$,-& *+,  !,>,$%= & 5%&& , & ,$,,*+& A=
',*5%B
67
Coment*rio1 Como ela poderia renunciar a li"erdade se elas são o a"rio onde Adão
!encido pela re"elião das coisas# dos elemento )oi "uscar re)Fio> Os elementos são
e,atamente a nature$a. Adão passa a ter medo da nature$a e )oe para dentro das
cidades.

 '% ,&& ! +!*&%+!%; .#!%=& , * %& ?#, *&&& &&&B
Coment*rio1 A situação ur"ana é por um lado# a e,pressão de toda est a ci0ncia
técnica. E dentro das cidad es sure um tipo de cultura que é especi)icamente
su"&eti!ista como compensação. Como as pessoas estão muito oprimidas ali# então
todas as pessoas t0m que e,primir os seus sentimento$inos para sentir que são
ente. 8as é uma e,pressão muito po"re e que !ai corromper o su&eito ainda mais. O
que quer que !ena de "om para a ci!ili$ação umana# qualquer intenção umana#
ela se superp'e 2 realidade# é dem0ncia mesmo. O empreado que tira )érias e !ai
para montana# ele acredita que est* sonando. E depois quando ele !olta para o
tra"alo# ele acredita que !oltou para a realidade. 8as é ao contr*rio1 as montanas#
o mar são realidades que &* esta!am a% * mil0nios. 7sso não que di$er que temos que
aca"ar com a ci!ili$ação# com as m*quina/ mas que temos que colocar as de!idas
proporç'es nas coisas. Os mares# as estrelas# os planetas e,istem mesmo e n-s
estamos * num mundino pequenino de ci!ili$ação colocando as nossas intenç'es.
8as este não é e)eti!amente o mundo real. E somente uma )orma de adaptação
umana 2 um mundo real que &* pree,istia. A redução matem*tica que se )a$ da
nature$a é )*cilde
uma espécie entender
re)Fioque ele é umano
intelectual reação
qualcausa da pelo aterrori$ado
o omem# mundo. 6uerdentro
di$er# ela
daé
comple,idade da nature$a# se esconde dentro de uma !ersão simpli)icada que ele
mesmo in!entou. 7sto é uma reação primiti!a. Essa simpli)icação mental que é )eita
pelo omem para não !er a realidade porque !oc0 est* como medo dela 9!em !e$ de
!oc0 esta"elecer uma espécie de di*loo para !oc0 tentar entender do que est* se
passando= esta reação não é do mundo moderno/ ela sempre e,istiu no omem. (em
um istoriador de arte que o"ser!ou isso a%1 6uanto mais !oc0 remonta!a para tr*s na
istoria da arte# as )ormas de deseno eram mais simpli)icadas# esquem*ticas e
eométricas. Porque que o omem primiti!o em !e$ de desenar o que !ia# desena!a
)iuras eométricas>  simples porque ele esta!a no meio de con)usão natural. (endo
medo daquilo# ele recua!a para um mundo in!entado# eométrico um mundo
matemati$*!el 9dentro das possi"ilidades matem*ticas que ele tina=. 6uando !oc0
caa mais ou menos na época do império reco5romano# !oc0 começa a !er que se
alcançou a% um certo dom%nio da nature$a que permite que o omem ole de no!o
para a nature$a# sem medo# e comece a ostar dela. Porém se !oc0 a!ançar mais#
quando a ci!ili$ação ur"ana cresce e tampa a nature$a# a% !oc0 começa a ideali$ar a
nature$a dada !e$ mais1 da% sure o romantismo essas coisas todas.  uma nature$a#
uma naturalidade in!entada. 6uando aente )ala em naturalidade in!entada# não é
s- a !isão do uni!erso natural onde !oc0 tem a introdução do arti)icialismo. 8as na
pr-pria e,pressão dos sentimentos umanos. Na época de Iean5Iacques Rousseau
onde era moda ser sincero# ele in!enta emoç'es que ele não tina# in!enta até pecados
que ele não )e$ em no me de ser sincero. 7sso quer di$er que até no contato consio
mesmo# não s- com a nature$a e,terior mas com a sua pr-pria nature$a %ntima=# o
omem su"stitui o in!entado ao o"ser!ado. A pesquisa ist-rica compro!ou que
muitas das sacanaens que Rousseau atri"u%a 2 si mesmo eram mais uma super5pose
de sincero. O pessoal desco"riu que ele não era tão ruim quanto ele di$ia# quer
in!entado mesmo. Essa coisa de !oc0 tentar parecer pior do que é# essa sinceridade
posada# é uma t%pica in!enção deste terceiro est*io da ci!ili$ação onde a ci!ili$ação
ur"ana &* tampou completamente a nature$a. Como !oc0 não pode cear nela# !oc0
a in!enta. Ora# na mesma medida que !oc0 in!enta a nature$a e,terior 9como &* di$ia
a di!isa alqu%mica1 como é em cima é em "ai,o= na medida em que !oc0 se a)astou
completamente da nature$a sens%!el e aora !oc0 tem que in!ent*5la !oc0 aca"a se
68
a)astando da sua pr-pria nature$a interior e tem que in!ent*5la. Então !oc0 &* não
sa"e mais o que se passa dentro de e !oc0. Voc0 pode in!entar uma )antasia lison&eira
ou deprimente. 8as tanto )a$# !oc0 pouco sa"e a respeito de si1 a imainação est*
in!entado tudo. e !oc0 !eri)icar as doutrinas modernas a respeito do inconsciente#
e,istem tantas criaç'es di)erentes do inconsciente 94reud# Iun# Reic= que estou
seriamente inclinado a acreditar que não tem nenum santo. Porque ninuém pode
o"ser!ar tudo isto. E perunto eu1 ser* que um auto conecimento aut0ntico seria tão
di)erente de pessoa para pessoa> Então eu teria um inconsciente )reudiano# !oc0 teria
um inconsciente Reiciano. 7nconsciente de!er ser mais ou menos iual para todo
mundo. 6uer di$er# estão tentando pear a nature$a interior do omem desde )ora e
com uma rade de conceitos mais ou menos in!entada1 e,atamente como da a 4%sica
com a 8atem*tica (em5se que dei,ar a alma )alar. A condição sine qua non para a
alma )alar é entender que ela não !ai )alar nada de acordo com a di!isão dos
conecimentos que n-s in!entamos. 6uer di$er# a nature$a não !ai dar o&e para
!oc0 uma aula de 4%sica# uma aula de qu%mica depois uma aula de ram*tica/ ela não
!ai )a$er isso. Então para começar a entender é preciso admitir em primeiro luar que
as nossas di!is'es uni!ersit*rias do conecimento )orma in!entadas por n-s mesmos.
E que a natu re$a é uma s- e ela s- pode )al ar de tudo &un to. Voc0 é que tem que
depois separar e classi)icar. 8as se !oc0 espera que ela )ale em qualquer das
linuaens# que n-s conce"emos# para isso# ela não !ai )alar. Ela !ai ter que ter uma
linuaem pr-pria que é pré!ia# que é anterior# que é mais "*sica do que todas estas
di!is'es. 8as precisamos
Ci0ncia Natural 9no tempoentender esta linuaem
que os )il-so)os quecapa$es
ainda eram é a linuaem sim"-lica.
de interpretar aloAda
ci0ncia natural= era simultaneamente uma ci0ncia espiritual. E os muitos sentidos dos
s%m"olos remetiam os di!ersos aspectos do conecimento mesmo. Aente s- !ai
entender a 4%sica de Arist-teles se entender isto aqui. A )%sica antia podia ser ao
mesmo tempo uma teoloia e uma psicoloia transcendental. O que é psicoloia
transcendental>  a psicoloia dos aspectos superiores# coniti!os do omem. Ora#
para o nosso conceito atual de ci0ncia )%sica qualquer consideração de ordem teol-ica
ou de psicoloia# transcendental é totalmente e,tempor+nea 9porque a )%sica s- se
ocupa de medir relaç'es matemati$*!eis1 ela entende disso como ci0ncia natural=.
Jom# por um lado tem uma ci0ncia natural por outro lado tem o estudo da nature$a
que é por um lado a )%sica# a matem*tica/ e por outro lado e,iste o estudo do omem
que é ist-ria# socioloia etc.. E os aspectos espirituais da pr-pria nature$a# aonde
)ica> Não )icam# não tem luar para eles. Eles não podem ser captados nem pela
4%sica# nem pelas ci0ncias naturais# nem pelas ci0n cia umanas> Porque é mais
"*sico do que essa di!isão do natural e do umano. Ela é intrinsecamente
insepara!elmente natural e umana.
 &ustamente essa s%ntese do natural e umano no di!ino que caracteri$a este ciclo
pré5moderno. e !oc0 pea a linuaem umana# aluns dos s%m"olos umanos então
é ci0ncia umanas 9astroloia ist-ria# lin%stica etc.= Por outro lado# !oc0 tem uma
linuaem c-smica 9que é a ci0ncia da 4%sica etc.=/ mas não é "em uma linuaem/ é
um con&unto de esquemas=. 8as quando &unta isso aqui> No mundo cartesiano porque
a mente e o corpo a coisa e,tensa não &unta. Ora# isso a% é simplesmente uma di!isão
do sa"er.
E a"surdo que essa di!isão do sa"er coincida e,atamente com a di!isão da
realidade. Porque estas B coisas não estão realmente separadas. Aonde est* o mundo
umano 9o mundo ist-rico# da l%nuas etc.= est* dentro do Cosmos cea 2 nosso
conecimento se não atra!és das estruturas dos conceitos# da linuaem que n-s
mesmos in!entamos para capt*5la> Esse é o m*,imo pro"lema do conecimento do
século XX que seria onde !oc0 capta!a a linuaem comum da nature$a e do omem>
E onde est* esta linuaem> Jom# por um lado ela est* na imensidão da nature$a
!is%!el. E acima# est* na es)era puramente meta)%sica.  em cima que n-s !amos ter
que &untar a linuaem umanas e c-smica na linuaem di!ina. e e,iste a ci0ncia
69
da interpretação da linuaem di!ina# é e,atamente estas "ases complementares da
alquimia que n-s estamos )alando. 6uer di$er que se# de cara# n-s a"ol%ssemos da
ci0ncia as consideraç'es das camadas causas )inais# as )inalidades n-s não !amos
entender coisa nenuma. e n-s acreditamos que nas ci0ncia )%sica tudo pode ser
e,plicado apenas pela causa e)iciente 9por aquilo que pro!ocou o acontecimento e não
a )inalidade pelo que acontece= não !amos entender nada. Ora# o presente nFmero 
do método cienti)ico da Renascença é a"olir estas causas )inais 9a"olir a )inalidade e
estudar somente as causas e)icientes=. Por outro lado# se e,iste uma intencionalidade
natural# ela não é uma intencionalidade no sentido umano porque senão n-s !amos
cair de no!o no Romantismo 9quer di$er# a cu!a que cai# !ai )alar da namorado que
ele larou ontem= Ou se&a# se a nature$a )ala e tem intencionalidade# o que ela )ala
de!e ser uma coisa completamente di)erente daquilo que se )ala no mundo
e,clusi!amente# na sociedade. E o que ela )ala tam"ém de!e ser muito di)erente do
que captamos na nature$a quando o"ser!amos de )ora como mero tecido de relaç'es
matemati$*!eis. Para complicar mais a coisa# aconteceu que este estudos alqu%micos#
meta)%sicos etc.. "em como as tradiç'es que ser tornaram portadoras deste
conecimento# se tornaram o"&eto de interesse das ci0ncias umanas. Então o&e
e,istem estudos ist-ricos# antropol-icos# so"re alquimia e ritos que tentam encarar
todos estes conecimentos apenas so" o ponto de !ista da linuaem umanas. A% é
que a con)usão ceou no seu m*,imo. Estudos so"re o esoterismo seria na !erdade
uma esoteroloia 9na !erdade seria um estudo so"re o que certas culturas )alaram
so"re
apenasosnoconecimentos esotéricos/ Por
seu re)le,o cultural= os quais nunca são
e,.. aente podeen)ocados
e,plicar como tais#cultura
que tal mas
acredita!a em duendes. A antropoloia pode !eri)icar isso a%. Aora a antropoloia não
pode !eri)icar se o duende e,iste ou não. Aora# se eu não sei de uma determinada
crença re)lete alo da realidade o"&eti!a ou não# como é que eu !ou entender esta
crença> Por e,.1 !oc0 acre dita que !oc0 assistiu esta aula porque !o c0 este!e aqui.
Aora# amanã ou depois o su&eito !ai estudar sua psique e !ai querer os
)undamentos da sua crença nesta aula sem le!ar em conta que a aula realmente
aconteceu. Outro e,.1 na América não a!ia ca!alos 9os espan-is que trou,eram=. Da%
depois que os %ndios !iram ca!alos eles passaram a acreditar em ca!alos. Aora
e,plique a crença dos %ndios em ca!alos sem le!ar em conta que os espan-is
trou,eram ca!alos para a América. A% !oc0 podia di$er na cultura ind%ena e,istia
aluns s%m"olos que e,plica!a# a crença neste tipo de seres. E !oc0 !ai ter que acar
uma e,plicação antropol-ica para aquele ne-cio/ 8as não tem e,plicação
antropol-ica para aquele ne-cio/ não tem e,plicação antropol-ica aluma? O
su&eito acredita em ca!alo porque ele !iu ca!alo. Por outro lado uma cultura tam"ém
pode implicar a crença em coisas que não e,istem# alumas maluquices de )ato> -
que antropoloicamente n-s não temos como distinuir as duas. 6uer di$er que uma
crença sensata ou uma crença insensata# antropoloicamente !alem a mesma coisa.
Então !oc0 não tem condição de distinuir se uma cultura est* todina louca ou se
ela est* instalada na realidade.

Aluna1 E os mitos>
Pro).1 O mito sempre te!e sua )unção na sociedade. 8as este mito é !erdadeiro
ou )also> Por e,.1 se o su&eito acredita que Iesus Cristo )oi cruci)icado e ressuscitou no
terceiro dia. Voc0 pode dar uma e,plicação ist-rica para isso1 que )oi uma ire&a que
disseminou esta crença numa reação contr*ria 2 reliião antia etc.. - que tudo isso
esquece a perunta principal1 O omem ressuscitou mesmo> 6uer di$er que em !e$
de !oc0 !eri)icar se o )ato na narrati!a é !erdadeiro ou )also# !oc0 encara apenas esta
narrati!a como criação cultural. 8as então é tudo criação natural. Os pensamentos
!erdadeiros são pensados pelo omem e os pensamentos )alsos tam"ém.
Psicoloicamente )unciona mais ou menos do mesmo modo. e !oc0 est* con!encido
de uma coisa !oc0 se comporta de acordo com esta coisa 9quer ela se&a !erdadeira ou
70
não= e com isto o seu comportamento# 2 sua !ida est* !inculado 2 realidade ou !oc0
est* )uindo da realidade não d* para sa"er s- por meios psicol-icos. Aora !amos
supor# eu peo um quadro de Paul @auuin. _Paul @auuim tem um quadro camado
Ca!alo Jranco. 6uando !oc0 !ai !er# o ca!alo é a$ul e !erde5*ua. Porque colocou o
t%tulo de Ca!alo Jranco>  simples# o ca!alo "ranco est* "e"endo *ua num reato do
meio do mato e o re)le,o da paisa em em torno a$ulam o "ranco de sua pele. Jom#
isso acontece mesmo na nature$a ou é tudo in!enção de Paul @auuin> Eu s- !ou
entender a pintura de Paul @auuin na medida onde eu consia esta"elecer a relação
entre ela e a percepção sens%!el que eu teno de um ca!alo. E,istem muitas maneiras
de !oc0 pintar um ca!alo e uma delas é essa1 em !e $ de !oc0 olar um ca!a lo como
uma )iura isolada !oc0 o desena como um re)le,o da luminosidade em torno. Eu sei
disso porque eu sei que e,iste ca!alo# sei que e,iste lu$# seu que e,iste mato. (eno
que dar uma re)er0ncia o"&eti!a com a qual eu posso comparar o quadro. e eu )aço
a"stração destes dados o"&eti!os tudo o mais que eu posso di$er so"re o quadro é
tudo maluquice. 7sso quer di$er que os produtos culturais s- )a$em sentido em )ace da
e,peri0ncia real umana. Outro e,. de maluquice1 Os %ndios me,icanos acredita!am
que seu Deu s tina pas sado por seu mundo mas que um dia iria !olta r. 6uando
ceou um espanol maluco e começou a matar todo mundo# como é que os %ndios
interpretaram> 6uando desem"arcou o seu inimio de uma tri"o estrana # de uma
outra raça# de uma outra cultura que !eio para l* para aca"ar com eles# eles
entendem que é o seu Deus que est* desem"arcando ali. E e,iste o"!iamente uma
conduta
espan-istão
queinsensata
não eramque B;;.;;;
capa$es de se%ndios
de)enderme,icanos
porque não)oram di$imados
esta!am por <;
entendendo o
que esta!a acontecendo=. Esses %ndios esta!am totalmente idioti$ados# acreditando em
ist-ria de Carocina. Do mesmo modo# quando os olandeses cearam aqui em
antos e começaram a matar todo mundo# os portuueses )oram todos para ire&a
re$ar para N.. do 8onte errat em !e$ de se de)enderem. Porque eles acredita!am
que Deus s- poderia estar do lado deles# porque eles eram cat-licos/ não les ocorreu
a ip-tese que Deus poderia estar do lado dos protestantes. Esta!am com a ca"eça no
mundo da Lua. E !oc0 pode !er isso pela adequação da resposta. 6uer di$er que se o
mito no qual o su&eito acredita le permite se instalar na realidade e ter uma reação
adequada# então este mito est* )uncionando# é a tradução da realidade. Aora# se o
mito aplicado tem o resultado oposto a% o mito não )unciona. Outra est-ria1 Duas
crianças se meteram no meio do mato no Alto Xinu. Voc0 sa"e que %ndio não se
mete muito dentro do mato apenas aluns %ndios o )a$em. Então# todos )oram
procurar as crianças de depois de um tempo resol!eram consultar o Pa&é que
locali$a!a qualquer pessoa ou coisa desaparecida. O Pa&é entrou numa oca reunindo
toda a tri"o e disse1 !amos )icar por aqui# quando terminar a reunião# as crianças
estarão aqui na porta. Parece maluquice mas aconteceu e,atamente assim e as
crianças apareceram. 7sto a% é um mito. O rito é "aseado em mitos tanto quanto o
comportamento dos %ndios me,icanos. - que um o mito )unciona. outro não. (em
m*ica que )unciona e tem outras que não. Aora# antropoloicamente não *
di)erença. A Antropoloia me parece assim como uma ci0ncia que )osse estudar o
casamento )a$endo a"stração das di)erenças se,uais. 4aça a a"stração das di)erenças
reais entre os se,os e e,plique o casamento. Então se !oc0 )a$ a a"olição de um dado
o"&eti!o# as instituiç'es culturais que !oc0 est* estudando )icam "oiando no ar
a"solutamente ine,plic*!eis. E é tudo uma in!encionice terr%!el. A di)erença de se,o é
uma dado natural 9não antropol-ico# mas "iol-ico= e as instituiç'es todas que o
omem criou em cima deste dado pressup'e a e,ist0ncia dele. E não pode ser
e,plicada sem eles. 7sso quer di$er que do ponto de !ista e,clusi!amente antropol-ico
e sociol-ico que )a$ a"stração de um dado real s- !ai produ$ir maluquice. Porque os
%ndios do Xinu acredita!am no rito do Pa&é que tra$ as crianças de !olta> Porque de
)ato ele tra$ as crianças de !olta? Então a crença a% pode ser e,plicada simplesmente
pela e,peri0ncia. Porque os %ndios do 8é,ico acredita!am naquela maluquice> Jom# a%
71
!oc0 tem acar outra e,plicação. Voc0 não pode di$er que era simples e,peri0ncia que
os a!ia persuadido. Pod%amos e,plicar que era um po!o tão carreado de anFstias e
de culpas que s- podia conce"er um Deus so" )orma de um ser terr%!el que !ina para
matar todo mundo. E de certo modo# eles esta!am pedindo para !ir um Deus e aca"ar
com eles. 6uanto mais eu re$o# mais assom"ração me aparece. 7sso cama!a5se auto5
en)eitiçamento= Jom isso a% nos permitir* esta"elecer uma certa di)erença qualitati!a
entre culturas. A# mas di)erenças qualitati!as em antropoloia não e,iste. Então# o
mundo de s%m"olos e mitos é um modo de instalação na realidade num cosmo )%sico.
E,istem modalidades que )uncionam e que não )uncionam. Ou se&a# Alquimias reais e
e,istem )alsa alquimias# mitos reais e mitos )alsos. 3ma coisa que me espanta muito é
a popularidade que atiniu a Epopéia de @ilames. (odo mundo est* lendo isso e não
perce"e que é a Epopéia do )racasso espiritual. @ilamesc se d* muito mal. Ele é
uma espécie de anti58oisés. Ele !ai l* atra!essar o mar !ermelo e morre a)oado.
Para eles a Epopéia de @ilamesc é mitoloia primiti!a como qualquer outra. E o
)ator qualitati!o1 ora tem imaem que )uncionam e outras não. Essa di)erença para a
ci0ncias umanas não e,iste.  a mesma coisa que se !oc0 )osse estudar a 4%sica dos
séculos passados em distinuir as leis )%sicas que )uncionam e as que não )uncionam.
Como Por e,.1 a eração espont+nea. Então é como se o&e pe*ssemos um li!ro de
"ioloia e estudar%amos a teoria da eração espont+nea e as contestaç'es como se
)osse am"as !erdadeiras. 7sso é dem0ncia. Historicamente do ponto de !ista ist-rico
das ci0ncias umanas# tanto a doutrina da eração espont+nea quanto 2 sua
re)utação por Pasteur#
antropoloicamente# são am"os produtos
socioloicamente# culturais detem
istoricamente# uma mesma !alor.
o mesmo era. - quepara
7sso
mim é a maior pro!a de que estas ci0ncias são curada na "ase. 6uando !oc0 )ala
ci0ncia umanas# "om mas isso é ci0ncia do omem desliado da realidade# do mundo
da linuaem umana como se ti!esse "oiando no !a$io. O li!ro mais interessante de
antropoloia do século é de Edar 8orim Le Nature de La Nature/ aonde ele )a$ esse
apelo1 ola se aente não encontrar um ponto comum aqui# n-s !amos )icar tudo
louco. 6uer di$er# se não se encontrar um elo entre o omem e o Cosmos# a ci0ncia !ai
tudo para o li,o. - tem esse elo se !oc0 desco"re o que * de umano na nature$a
que é o pr-prio omem. Ou se&a de!e a!er alo na nature$a que de )ato nos )ala e ao
mesmo tempo de!er a!er dentro de n-s certos processos naturais que permitem que
se esta"eleça este di*loo. E é e,atamente este ponto de con)lu0ncia onde a alma
umana passa por processos naturais 9que repetem tais e quais os processos da
nature$a= é &ustamente disso que )ala a alquimia. E a rior# é disso mesmo que )ala a
Astroloia. 6uer di$er que a astroloia é um pedacino da doutrina alqu%mica. E se a
astroloia )or separada do sentido alqu%mico# ela não )a$ o menor sentido. 6uer di$er#
se !oc0 )or estudar s%m"olo planet*rios )a$endo de conta que ele não tem nada a !er
com sim"olismo terrestres correspondente> A começar pela liação dos planetas com
os metais. 6uer di$er que estes metais seriam sim"oli$ados pelos planetas. E onde
estão> Estão no seu co rpo mesmo. Voltemos para o prim eiro te,to# seundo
par*ra)o.

E&+& p&&%>%$%,& !,5,*+,& 5#*%5= %., $# ,  ,& +,p #


,&p,5%$ , p,!& + ,+%' .
Coment*rio1 Donde !em este sini)icado e este tom emoti!o> De acordo
com esta e,pectati!a dual%stica moderna# qualquer sini)icado s- pode ter sido
acrescentado pelo omem. Ou se&a# a nature$a seria uma m*quina neutra no qual
!oc0 pro&eta ar"itrariamente o que !oc0 quiser. Então entendemos que toda a cultura
p-s5renascentista é "aseada no pressuposto não declarado da ine,ist0ncia do
sim"olismo natural. Jaseado na idéia de que a nature$a nada nos )ala/ n-s é que
atri"u%amos 2 ela intenç'es que ela não tem.  claro que o omem de )ato )a$ isso1
in!enta e atri"ui. 8as ser* que todas são in!entadas por n-s> er* que não tem um
&eito da ente escapar deste duplo enano> Por um lado esta nature$a nua e crua
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constitu%das de relaç'es matem*ticas. E opor outro lado este )alat-rio umano
pro&etado> A esperança de encontrar isso é se a"rir para possi"ilidades de uma
linuaem natural di)erente/ e so"retudo que tena como principal caracter%stica esta
a"ran0ncia e mFltiplos sini)icados ao mesmo tempo.  isto que di$ a leitura
alqu%mica. 7sto quer di$er que um )ato natural# ele )ala aluma coisa. 8as ele não )ala
em nenuma linuaem espec%)ica. Ele não )ala para um indi!%duo em particular. E
nem para aluma classe particular. Ela est* )alando ao mesmo tempo para todos os
omens# qualquer que se&a o tipo de interesse que este omem este&a olando. Cada
um ola para um lado# mas a nature$a est* )alando para todos ao mesmo tempo.
Portanto é necess*rio que o sino do indi!%duo tena a possi"ilidade de ter todas esta
sini)icaç'es ao mesmo tempo e orani$adamente. Por isso que a leitura alqu%mica
consiste em !oc0 tomar os s%m"olos não como uma aleoria ou in!enção umana mas
como uma espécie de plenitude da literalidade. Ou se&a# cada s%m"olo sini)icar* tudo
aquilo que ele pode sini)icar para todos os omens que "uscarem para qualquer
+nulo que se&a incl uindo nisto até as sini)i caç'es em"utidas pro&etadas. 7sso que
di$er que para o poeta rom+ntico# a cu!a pode sini)icar a melancolia da nature$a
porque ele perdeu a namorada ontem. (al!e$ ele não este&a totalmente errado. (al!e$
sini)ica isto tam"ém mas s- sini)ica para ele. Visto de um outro +nulo pode ter um
sini)icado totalmente distinto. Pode representar Por e,emplo a )ecundação do solo#
mil'es de coisas. Iuntando todos estes sini)icados# o"tendo o nFcleo que é a ca!e
do todo sim"olismo liado 2 cu!a# a% !oc0 peou o que é o sentido alqu%mico da coisa.
O sini)icado
para qualqueressencial
omem. éOu aquilo
se&a que
sem de )ato# anão
a qual poderia dei,ar
di!ersi)icação de sini)icarsu"&eti!os
de sini)icados no )undo
não seria poss%!el. Neste sentido é que s- e,iste aluns sim"olismos que são muito
"*sicos e inequ%!ocos. Por e,.1 a lu$ que é o s%m"olo dos s%m"olos. A lu$ nunca pode
sini)icar tre!as# inor+ncia 9isso a% é a teoria da tripla intuição=.  quando o omem
primiti!o um dia perce"eu que a!ia lu$. Ora# como é que ele perce"eu que e,iste sol
sem na mesma ora ter perce"ido a distinção entre en,erar e não en,erar> Ou se&a
este é um dado e,terno da nature$a que não pode ser perce"ido sem a percepção
simult+neas de alo que est* se pas sando dentro do su&eito. Os demais dados da
nature$a não são assim. Por e,.1 eu posso perce"er que e,iste lo"o# *r!ore# urso tudo
isso eu posso perce"er de )ora mas a lu$ eu não posso. Perce"er lu$ é me perce"er. E
de maneira indissolF!el e insepar*!el. E esse s%m"olo ele !ira a liação trianular
entre su&eito# o o"&eto e o ato de conecer.
Esta liação é a "ase da nossa linuaem# do nosso racioc%nio. N-s não )alamos# não
pensamos e não ti!er este tri+nulo. No caso da lu$ a identi)icação do su&eito com o
o"&eto é insepar*!el. Nos outros o"&etos não/ n-s não !imos os outros o"&etos
diretamente mas n-s os !emos pela lu$ que toca neles e cea até l*. O que é !er um
o"&eto> é !er o re)le,o da lu$ re)letida neles. e sumir a lu$# os o"&etos somem
tam"ém. A !erdadeira presença do mundo e,terno é dada pela lu$ e não p elos
o"&etos. O sim"olismo natural do sol é incontest*!el. 8as tem outras coisas que !oc0
pode demonstrar tam"ém que são sim"olismos naturais Por e,.1 a Lua. Como é que
!oc0 )a$ par a perce"er a Lua> e cada !e$ que ela !em ela est* com uma car a
di)erente  imposs%!el !oc0 perce"er a Lua se !oc0 não perce"er que no mesmo o"&eto
pode a!er !*rias )ormas. Não tem &eito de !oc0 perce"er Lua a não ser &untando a
unidade da su"st+ncia com a di!ersidade das apar0ncias. Aora# tem aluma outra
cosia no mundo que se&a ass im> Nenuma. Nada tem um ciclo a"arcado no tempo
onde tem uma sucessão de apar0ncias que depois se repete. - Lua.
Ciclo é sucessão de mudanças que oculta uma perman0ncia da estrutura. O sol.
muda de apar0ncia mas esta apar0ncia não é c%clica 9con)orme o tempo este&a cu!oso
o sol pode estar mais ou menos "rilante.= 8as não tem o ciclicidade/ esta mudança é
irreular=. 6uando a pessoa perce"eu a di)erença entre lu$ e tre!a perce"eu
automaticamente a di)erença entre en,erar e não en,erar. Ele não o )e$ por
racioc%nio desen!ol!ido no tempo na mesma ora. E com a Lua> Não pode nem ter
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sido na mesma ora e nem por um su&eito so$ino. Precisa de um testemuno porque
é uma coisa que se desen!ol!e no tempo. Pode ser esquecida# precisa ser anotada para
que se torn e um patrimnio coleti!o. Então a desco"erta da Lua implica em
consci0ncia da temporalidade# consci0ncia da ciclicidade# da coleti!idade# consci0ncia
de causa e )eito. Então a desco"erta da Lua &* tina alo a !er com toda a armadura
l-ica desen!ol!ida. Ao passo que a desco"erta da lu$ não# ela se tema a !er coma a
estrutura "*sica que permite )undamenta o pensamento l-ico do omem. 8as é um
)undamento simult+neo. No meu li!ro Astroloia e Reliião# no cap%tulo L-ica e
Astroloia !oc0s podem ler so"re isso. O pensamento umano no mundo dos
s%m"olos não é separado da nature$a. Ao contr*rio# a nature$a est* ensinando 2 ele a
pensar loicamente. Atra!és deste luminares no céu. Platão di$ que1 atra!és do ol#
Lua e estrelas é que o omem capta a noção de nFmero# ordem e sucessão/ en)im as
cateorias l-icas "*sicas.
8arcel 8auss antrop-loo di$er que todas as cateorias l-icas são apenas e,press'es
da estrutura e social. Voc0 monta uma l-ica que imita a estrutura social. Jom# mas
se !oc0 pode ter uma l-ica é porque a coisa é l-ica. E donde !oc0 tirou essa l-ica.
E a "urrice letrada? Aora# se !oc0 articula o s%m"olo da Lua com o do sol# !oc0 !0 que
!oc0 &* tem a% toda a armadura dos sistemas das cateoria l-icas. Aonde est* a rai$
dessa linuaem umana# deste mundo do pensamento umano> )oram o ol e a Lua
que nos ensinaram. Assim como ensinou o %ndio. E é &ustamente esta o"!iedade que
aca"a se perdendo. Aora# se depois !oc0 usa o pr-prio pensamento par tampar esta
realidade
serrando oelementar
alo no que
qualé !oc0
a "ase do seu
sentou. pr-prio
8as semprepensamento "om então
e,istem omens como!oc0 est*
@eores
Jernanos que por moti!os os mais di!ersos# se empenam em desenterrar estes
conecimentos 9porque senão n-s &* estar%amos numa sociedade louca=. O pessoal
pensa que proresso sini)ica mudança. Proresso é mudança com a conser!ação do
estado anterior. enão não é proresso# é apenas su"stituição de uma coisa para
outra. E a% se !oc0 tira uma coisa para colocar outra não melorou nada.  um passo
para )rente e para tr*s. (odo lucro se "aseia numa acumulação1 se !oc0 ana B; mas
perde ; !oc0 não prorediu nada.  um mo!imento insano1 !ai e !olta sem moti!o
alum# quer di$er conser!ar o conecimento é primordial.

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