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CURSO DE ALQUIMIA
OLAVO DE CARVALHO
As l%nuas sacras# elas dão uma idéia precisa do que é essa coisa do sim"olismo. Ho&e
em dia o pessoal distinue entre o que é o uso utilit*rio# literal da linuaem# do que
seria um uso sim"-lico. E o uso sim"-lico# no entender da doutrina acad0mica
!iente# é um uso que acrescenta 2 pala!ra as intenç'es su"&eti!as do )alante.
Em"ora o conceito de sim"olismo não se&a nada disso. O sim"olismo é apenas o
sini)icado tomado em toda a sua plena e,tensão. e !oc0 pear qualquer manual de
teoria da literatura# ele !ai te )alar da di)erença entre a linuaem utilit*ria e
linuaem liter*ria e poética 9ou sim"-lica=. Aente pode di$er que poético ou
sim"-lico é aquela linuaem na qual# ao sini)icado literal ou utilit*rio# se acrescenta
uma intenção su"&eti!a. Nesse caso# todos os sini)icados sim"-licos são apenas
pro&eti!os i.e./ a alma do indi!%duo que ele pro&etou em cima de pala!ras que
realmente não sini)icam nada mais além de certos o"&etos )%sicos do mundo e,terior.
Então# este conceito de sim"olismo# eu aco totalmente errado. im"olismo não é
acrescentado. O sim"olismo s- conseue captar certas relaç'es o"&eti!as que e,istem.
E um e,emplo m*,imo disso a% é o sim"olismo da lu$.
A Lu$ sim"oli$a a inteli0ncia# a consci0ncia. Voc0 não est* utili$ando uma
)iura de linuaem/ !oc0 est* di$endo uma coisa quase literal. Voc0 imaina o omem
no tempo das ca!ernas# aonde não a!ia lu$ elétrica. Alum dia# um indi!%duo
perce"eu que a!ia ol. Na mesma ora em que ele pre stou atenção na lu$ do ol#
ele# ao mesmo
perce"er tempo#
lu$ senão perce"eu
!oc0 a lu$
perce"er queeoaseu
consci0ncia
olo est*que ele tina
sendo depor
a)etado lu$.ela>.
O que é !oc0
Então#
não é poss%!el !oc0 perce"er que e,iste uma lu$ sem que# no mesm%ssimo ato#
indissolu!elmente# !oc0 perce"er a sua consci0ncia da lu$. Então# neste caso# o
o"&eto que !oc0 est* conecendo e o ato su"&eti!o de conecer# )ormam uma unidade
insepar*!el. Esta relação# ela não aparece tão n%tida nos outros o"&etos além da lu$.
Porque> Porque os outros o"&etos !oc0 não os !0 diretamente/ somente atra!és da lu$.
Portanto o o"&eto dos o"&etos i.e./ o modelo das percepç'es# é a lu$. E na percepção da
lu$# não e,iste inter!alo entre o su"&eti!o e o o"&eti!o1 consci0ncia de lu$ é a mesma
coisa que percepção da lu$. Perce"er uma lu$ é perce"e r que a perce"e. Então# na
percepção da lu$# não e,iste inter!alo para entrar aquela cuna da dF!ida cética a
respeito do conecimento. Eu posso du!idar que estou !endo esta cadeira. Eu posso
acar que ela é uma pro&eção su"&eti!a. mas eu não posso )a$er esta operação com a
lu$. Voc0 !e&a que se !oc0 imaina uma lu$# instantaneamente o seu olo começa a ter
todas as reaç'es# como se ti!esse a!ido uma lu$ mesmo. 6uer di$# a reação
)isiol-ica é a mesma se !oc0 imaina a lu$ ou se !oc0 a !0. 6uer di$er que o seu olo#
de certo modo# est* produ$indo uma luminosidade interna. Então# partindo do
e,emplo da lu$ representando a consci0ncia# isto é um sim"olismo/ e ao mesmo tempo
isso não é nada que este&a sendo acrescentado literariamente ao o"&eto lu$. quase
uma transcrição literal. Essas propriedades# os outros s%m"olos tam"ém t0m# mas não
de uma maneira tão e!idente. Então# linuaem sim"-lica é aquela que# apenas não
separa aluns sini)icados como )a$ a linuaem corrente mas os enlo"a. Por e,.1 na
ora em que !oc0 est* lendo um li!ro de $ooloia so"re o comportamento dos
ipop-tamos# !oc0 est* usando a pala!ra ipop-tamo como termo que desina um
conceito $ool-ico preciso de uma espécie animal. Portanto# !oc0 s- est* interessado
em que todos os ipop-tamos poss%!eis tenam em comum# e que est* e,atamente
enlo"ado neste conceito. Portanto# !oc0 não est* interessado num ipop-tamo em
particular que possa ser perce"ido pelos sentidos. 7sso quer di$er que este uso# ele é
seleti!o1 ele s- se interessa por certos aspectos do ser desinado. O uso sim"-lico# ele
)a$ ao contr*rio1 ele se interessa por todos. Ou se&a# o con&unto do sini)icado
$ool-ico da pala!ra ipop-tamo# est* enlo"ado tam"ém. - que ele não se separa#
Por e,..# da impressão sens%!el que te d* o ipop-tamo. Por e,.1 é imposs%!el !oc0 !er
um ipop-tamo sem !oc0 )icar muito impressionado com o tamano do "ico ? 8as
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isto não é su"&eti!o# ele é rande mesmo? E isto# do ponto de !ista $ool-ico# é
irrele!ante. Ou se&a# as relaç'es que e,istem entre essa espécie animal e a espécie
umana no sentido da percepção de um pelo outro não )a$em parte do estudo
$ool-ico do ipop-tamo# mas são uma realidade. 4a$em parte do s%m"olo. Nem todas
as pro&eç'es su"&eti!as são tão su"&eti!as assim. A maioria delas !0em de traços
perce"idos no o"&eto# não são pro&eti!os. Por e,.1 O leão é o rei dos animais? Parece
uma coisa pro&eti!a porque de )ato# o leão não tem autoridade nenuma so"re os
outros animais. Porque atri"u%mos isto 2 ele> Porque o leão tem uma série de
qualidades que !oc0 !0 distri"u%das em !*rios animais separadamente# mas que nele
estão &untas. E )ormam um certo equil%"rio# uma certa centralidade no reino animal.
Por e,.1 pelo )ato dele ser o mais )orte e ao mesmo tempo o mais manso. um "ico
re*rio# tem um comportamento do tipo paternal. e portanto onde se instalar uma
tri"o de le'es# um leão so$ino não !ai mandar nada# mas a tri"o certamente domina.
E,atamente como um rei# que não domina so$ino# mas atra!és da tri"o. 7sso tudo
são realidades# não é um modo de di$er. o leão e,erce so"re sua tri"o uma )unção
real# não é uma pro&eção# uma )iura de linuaem. Pro!a!elmente e,istiam Reis Le'es
antes de e,istirem Reis umanos?. E não é imposs%!el que uma certa estrutura da
sociedade umana tena sido copiada do reino animal. (odo sim"olismo# se !oc0
ca!ar )undo# !oc0 !er* que ele nada acrescentou ao o"&eto. Por e,.# no sim"olismo do
cum"o# !eremos que ele !ai desinar a melancolia. aturno sim"oli$a a melancolia.
Porque> porque é aquele planeta )rio# com uma roda de elo em !olta etc.. Aora#
peque um indi!%duo
descon)iado. Então issoque
não se into,ique
é tão sim"-licocom cum"o.
no sentido Ele !aida)icar
pe&orati!o melanc-lico#
pala!ra. uma
transcrição de propriedades que estão o"&eti!amente naquele ser. 8et*)ora é o uso
poético que !oc0 )a$ de uma pala!ra acrescentado 2 ela emoç'es su"&eti!as que não
são de nature$a uni!ersal/ mas que estão liadas a uma determinada e,peri0ncia.
Como Por e,.# um luar onde ti!e o encontro com a mina namorada. Este mesmo
luar pode sini)icar uma coisa completamente di)erente para uma outra pessoa1 ela
pode ter sido assaltada l*. Aora# quando se trata de um sim"olismo aut0ntico# "asta
!oc0 ca!ar um pouquino# que !oc0 !ai !er que aquilo e,pressa a uni!ersalidade da
e,peri0ncia umana com relação 2queles entes. Por e,.1 o )ato do céu ser ele!ado. E
tam"ém o )ato do céu ser camado de )irmamento. Porque que isto acontece> porque
as estrelas estão sempre nos mesmos luares. a Fnica coisa que permanece num
mundo que est* em cont%nua mudança. e o omem antio# das ca!ernas# associou 2
(erra como um mundo em perpétua mudança e associou o céu com a idéia de
perman0ncia e esta"ilidade# ele não esta!a )a$endo uma descrição su"&eti!a# ele esta!a
)a$endo uma descrição -"!ia da realidade das apar0ncias. Por e,.1 a paisaem que
muda ao lono do ano. mas# em qualquer época do ano# este&a no céu aonde esti!er#
!oc0 pode tomar as mesmas estrelas como orientação. O )ato de que as estrelas
tam"ém se mo!am# não modi)ica nada/ porque elas se mo!em num tempo que#
comparado com a muta"ilidade terrestre# torna5se despre$%!el. Jom# então isso é um
sim"olismo no sentido estrito do termo e não no sentido liter*rio da coisa/ é s%m"olo e
não met*)ora. O que !ai caracteri$ar estes randes poemas sacros é que eles são
constitu%dos inteiramente de s%m"olos. E a poesia# a literatura é um arremedo disto. A
literatura todina é apenas um coment*rio dos poemas sacros. Portanto# se !oc0
pear toda a literatura uni!ersal# não e,iste um tema narrati!o que &* não este&a
contido nas J%"lia# nos Vedas# etc.. As situaç'es arquet%picas que são colocadas
nestes li!ros# elas podem ser inde)inidamente copiadas. E,iste até um li!ro so"re isto1
The Great Code / onde o autor pea a literatura do ocidente e a "%"lia e ele !ai
mostrando que a literatura ocidental inteira é apenas um coment*rio da J%"lia. Da
mesma )orma# a literatura oriental inteira é apenas um coment*rio dos Vedas.
@oete o"ser!a!a que de toda a imensidão de poetas *ra"es que a!iam# ele s- le!a!a
a sério uns oito. Oito que# conseuiram )alar aluma coisa do Corão que !oc0 não
desco"riria so$ino apenas lendo5o. 4oi para isto que estes oito ser!iram# apenas isto.
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3m estudo apro)undado dos randes te,tos sacros# ter* pelo menos esta !irtude de
diminuir o seu interesse liter*rio. a coisa ter* menos raça do que parece. Voc0
precisa tam"ém conecer um pouco da l%nua para !oc0 poder entender a rique$a que
se tem por detr*s do te,to. Por a% d* para ter uma idéia das propriedades inusitadas#
da imensa pro)undidade que t0m estes te,tos. Por e,.1 no *ra"e !oc0 tem todo aquele
ne-cio da permutação de letras. pela numeração das letras .!oc0 tina uma )rase#
!oc0 pea por nome e o"tina outra )rase. e todas elas interliadas. Não tem te,to
umano capa$ de )a$er um treco desse. Jom# a% se !oc0 não acredita em Deus.se !oc0
pea um te,to sacro !oc0 que não tem umano capa$ de )a$er isso/ é a"solutamente
imposs%!el. Esta é a maior pro!a de Deus. Os cap%tulos# as uras que quer di$er )orma
são considerados seres !i!os. Cada ura é um ser di)erente. ura ae# anda# !ai de um
lado para o outro# toma decis'es. As suras são indi!idualidades# )ormas !i!entes/ é
um ser auto5consciente# como se )osse um an&o. um con&unto de ra)ismos/ s- que
não são ra)ismos umanos# e sim di!inos. Voc0 quando escre!e# !oc0 usa pala!ras
que sini)icam coisas. Aora# quem )oi que escre!eu as coisas> 4oi o pr-prio Deus?
7sso quer di$er que estes te,tos sacros t0m uma estrutura semelante 2 realidade
mesmo. Por tr*s da escrita# !oc0 !0 uma outra escrita constitu%da de coisas. Não é
que !oc0 !* interpretar um te,to/ ao contr*rio1 !oc0 !ai usar aquele te,to para
interpretar a realidade. O te,to é como se )osse um mundo a"re!iado. Para se ler um
te,to sacro é preciso ter uma série de a!isos# senão !oc0 não !ai entender nada.
Jom# mas o "*sico aqui# aora é entender estes conceitos )undamentais como
esse da Pot0ncia
Alquimia e Ato. e
seria a ci0ncia da não ti!er pot0ncia
trans)ormação# da emutação.
ato# não Como
!ai teré alquimia
que mudanenuma.
uma coisa
em outra. Ora# essa mudança de uma coisa em outra pode tomar um sentido
psicol-ico ou moral. Então# se !oc0 ti!er um !%cio# como é que !oc0 o trans)orma
numa !irtude> Então é claro que !oc0 não pode trans)ormar um !%cio em !irtude se
alo da !irtude não esti!er nem em pot0ncia contido no mesmo !%cio. Por e,.1 os
preuiçosos não são intriantes. Para )a$er uma intria# d* tra"alo# não é> O )ato de
!oc0 ter determinado !%cio te de)ende contra um outro. Num procedimento alqu%mico#
a coisa seria !oc0 com"ater determinados !%cios não )a$endo )ace 2 eles com uma
!irtude/ mas com um outro !%cio. e !oc0 estudar todos os c-dios morais# !oc0 ter*
uma coleção de e,i0ncias. Então o que seria um omem !irtuoso> e ele cumpre os
; mandamentos. O que são os ; mandamentos> a conduta ideal/ E a conduta
ideal não e,iste? Então ninuém os cumpre. Então# partindo do estado atual# como
cear até l*> eria atra!é s de uma alquimia psicol-ica# moral etc.. Note "em que
não é uma disciplina. Disciplina sini)ica !oc0 se a"ster de )a$er certas coisas. Por e,.1
parar de )umar. Voc0 corta este !%cio não se importando com as co nseq0ncias
psicol-icas que isso !ai ter. O procedimento alqu%mico não é este. Alquimia é
trans)ormar aluma coisa/ não é su"stituir. e !oc0 su"stitu%# o processo é inor+nico/
é por uma &ustaposição mec+nica# de )ora. O processo alqu%mico é trans)ormar uma
coisa para que ela !ire a outra. Voc0 não !ai )a$er uma contra5posição entre um !%cio
e uma !irtude. Voc0 !ai procurar sim# a rai$ da !irtude no pr-prio !%cio. di)%cil/ mas
é por isso que poucas pessoas a praticam. 8uito poucas pessoas t0m capacidade
para isso. A% tem que ser por &ustaposição mec+nica# tem que cortar uma coisa e
colocar outra no luar. 7sto a% é um procedimento disciplinar/ !oc0 pro%"e o indi!%duo
de certos comportamentos. E ele# então# mo!ido pelo medo !ai internali$ar este medo e
corta o !%cio. 8as não ou!e trans)ormação. Este tipo de educação disciplinar# ela não
di$ respeito 2 alma do indi!%duo interiormente/ ela di$ respeito 2s relaç'es entre o
indi!%duo. Por e,.1 3m indi!%duo que rou"a e p*ra de rou"ar. Ele parou de incomodar
os outros/ ele não melorou internamente. Então# a disciplina !isa a manter uma
ordem social/ em cortar dos indi!%duos aqueles !%cios que se&am a"solutamente
intoler*!eis. 8as ela não muda os indi!%duo/ eles continuam tão ruins quanto antes.
O processo alqu%mico muda o indi!%duo mesmo ainda que isto não se tradu$a em
mudanças muito !is%!eis 5. O estado interior dele não !ai se e,pressar
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necessariamente em qualidades umanas tão "rilantes assim como se poderia
esperar. 8as um outro indi!%duo que tena as mesmas qualidades# o reconecer*? Por
e,.1 e !oc0 l0 Iean5Iacques Rousseau e depois l0 Lei"ni$. Claro# os dois t0m idéias
di)erentes. Porém# e,iste uma di)erença a mais1 As idéias que )oram escritas por
Lei"ni$# são o pr-prio Lei"ni$/ aquilo é o interior dele# ele não est* escondendo nada.
Iean5Iacques Rousseau# não. Aquilo são apenas o"ras escritas de Iean5Iacques
Rousseau1 ele não est* comprometido com aquilo que escre!eu. 8as !oc0 precisa ter
uma pr*tica e uma certa reali$ação interior para poder pear esta di)erença. Eu não
!ou le!ar a sério as idéias de Iean5Iacques se nem ele mesmo le!a. é apenas aluma
"oa idéia que ele te!e num determinado momento/ mas que pode não sini)icar rande
coisa para ele mesmo. Então# a alma de Lei"ni$# é mais per)eita. As idéias dele pode
não ser nem tão "oas quanto a do outro# consideradas isoladamente. 8as# no
con&unto# !ai ter uma solide$# uma centralidade que o outro não tem. Aente s- pode
perce"er aquilo que est* no nosso plano. 6uanto mais !oc0 !ai se aper)eiçoando# mais
!oc0 !ai desco"rindo outras !irtudes e qualidades que !oc0 não !ia. Aora# !oc0 pode
tam"ém ser um indi!%duo culto# instru%do mas não ter a cultura da alma. Então# est*
no estado mais "ai,o/ est* no estado cum"o1 é um rosso? 6uanto mais "ai,o !oc0
esti!er# mais !oc0 !ai tender a !er mais de)eitos do que qualidades. Porque as
qualidades são in!is%!eis# ao passo que de)eito qualquer um !0. Aente perce"e loo
se o cara é )eio# ordo# de)eito aparece loo. Aora# as qualidades são pot0ncias que
não aparecem o tempo todo. Por e,.1 o car*ter er-ico. Ora# o car*ter er-ico s- se
mostrar*
de enormequando
perio1as circunst+ncias
uma assimdeo medo
delas !ai morrer e,iir.e Duas pessoas
correr/ postas
e a outra em situaç'es
mostrar* seu
ero%smo. 8as acontece que n-s não !i!emos em situaç'es de enorme perio. E como
é que !oc0 )a$ para sa"er se este indi!%duo tem isto e o outro não te m> - se !oc0
ti!er. Para quem não tem# os dois são iuais.
3m dos moti!os para ente se dedicar a este estudo é porque ele nos torna mais
)eli$es/ porque !oc0 começa a !er mais qualidades do que de)eitos. Por e,.1 os de)eitos
que os teus inimios t0m. Em primeiro luar !oc0 !ai aprender a distinuir o que é
um de)eito# o que é o"&eti!amente mal# e o que é simplesmente um *"ito que te
incomoda. 6ualquer coisa que nos incomode# aente condena moralmente quando na
maioria das !e$es não tem sini)icação moral aluma. Então# !oc0 !ai a)inando o seu
senso moral até o ponto de !oc0 &ular moralmente somente aquilo que tena aluma
sini)icação moral. Por outro lado# para perce"er as qualidades dos indi!%duos !oc0
não !ai precisar esperar que elas se mani)estem. ini)ica ter uma certa sutile$a de
perce"er aquilo que est* em pot0ncia# em sementes. E porque !oc0 conseue
perce"er> Porque !oc0 coneceu estas qualidades em !oc0 quando elas eram
sementes/ e !oc0 as !iu crescer? A% !oc0 reconece. E,atamente como um "ot+nico#
um arnomo sa"e distinuir uma palmeira de uma manueira. 8as se !oc0 pear as
sementes. e !oc0 s- sa"e distinuir a *r!ore depois que ela cresceu. é di)erente de
!oc0 distinuir &* a semente? Do mesmo modo# o ero%smo# a enerosidade# a
inteli0ncia# a lealdade. tudo isso t0m sementes. E se !oc0 &* desen!ol!eu uma delas#
quando !oc0 a !0# !oc0 a reconece. Este tipo de pr*tica# de disciplina# de arte#
quando praticada por um certo tempo.!oc0 !0 tudo aquilo que est* em semente
naquela pessoa. E se )or dada a de!ida condição# ela se desen!ol!er*. 8as temos que
sa"er que esse primor e "ele$a não estão prontos/ são apenas sementes. E por outro
lado# se aparecer de)eitos# !%cios# mal comportamentos etc.# !oc0 tam"ém sa"er* se é
uma coisa muito pro)unda# estruturada no car*ter ou se é acidental. E )ique sa"endo
que S é acidental. Os de)eitos que as pessoas se atri"uem umas 2s outras# S é
acidental/ e mais ainda# é pro&eti!o? 6uer di$er# o indi!%duo não en,era nem direito o
de)eito do outro. (eno B amios# o Jruno (olentino e o Antnio Paulo @raça. 3m )oi
l* e acou que de!eria aumentar o pre)*cio do li!ro do outro. O outro tomou aquilo
por m* )é. ão pessoas que aem completamente di)erente. A mina an*lise da coisa
é totalmente di)erente. Porque um acrescentou coisas no pre)*cio do outro>
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implesmente porque ele é um su&eito e,tremamente !aidoso# e acou que o outro iria
apro!ar seus eloios# não ou!e m* )é# )oi um auto5enano/ moti!ado pela !aidade
apenas. E quanto ao outro em"ora o pre)*cio não tena sido pu"licado do &eito dele5
porque protestou> Porque é um su&eito riorista# um Tantiano. Tant di$ia que !oc0
não pode mentir nem para o ladrão que perunta aonde est* escondido o seu dineiro.
Verdadeira m* )é é mais rar o do que as pes soas pensam/ precisa de mui ta
enenosidade para air de m* )é. e o su&eito aiu por !aida de. ora# o !aidoso
enana a si mesmo. e ele enana a si mesmo# ele não sa"e o que est* )a$endo. e
ele não sa"e o que est* )a$endo# como ele pode estar aindo com mal%cia> 8al%cia é
!oc0 estar !endo a situação direito/ tem que ser meio estrateista. Então# este
discernimento de qualidades e de)eitos )a$ parte da pr*tica do pr-prio processo de
trans)ormação.
No processo alqu%mico# não e,iste separação da alma e do corpo.
Alquimicamente# d* na mesma !oc0 trans)ormar um metal em outro no la"orat-rio
com um )oo material que !oc0 acende/ Ou !oc0 trans)ormar uma pai,ão em outra
pai,ão dentro da sua alma. Portanto# a di)erença entre alquimia espiritual e alquimia
material# não e,iste. Ontem n-s !imos que1 a leitura alqu%mica consistia em dar a
cada termo a plenitude da sua e,tensão até que os elementos que estão mencionados
ali se presenti)iquem para !oc0. Então# quando !oc0 l0 cum"o# !oc0 não est* lendo a
pala!ra cum"o1 !oc0 tem diante de si este o"&eto camado cum"o na plenitude de
tudo que ele sini)ica 9o metal em si# o planeta# os sentimentos associados/ en)im#
tudo o que
que !oc0 !aiele sini)ica
)a$er isso> numa s%ntese
Voc0 não podesim"-lica
ter todoscamada cum"o=.
os materiais# A# mas
!oc0 não comouma
!ai )a$er é
coleção de minerais# metais# plantas# animais etc. para "otar na sua cara para toda
!e$ que !oc0 ler# !oc0 consultar. Jom# então aonde !oc0 !ai encontrar as re)er0ncias
de todas essas pala!ras> Vai encontr*5las no seu pr-prio corp o? E aonde estão os
seus !%cios e !irtudes> Estão no seu corpo mesmo. Estão l* mesmo tam"ém so" a
)orma de determinadas emoç'es# determinadas su"st+ncias. A omeopatia tem uma
inspiração alqu%mica. E o princ%pio "*sico dela que é um princ%pio que &amais )oi
declarado pelos te-ricos da omeopatia é a identidade de certas su"st+ncias materiais
com certos estados interiores do ser umano. O cum"o não s- est* liado a
determinadas emoç'es mas a di)erentes percepç'es do tempo. !amos di$er# todo o
con&unto numa constelaç'es de reaç'es do ser umano. E# esse con&unto de reaç'es
que estão no nosso corpo# ele é o que n-s camamos de O Nosso Cum"o. Então# n-s
temos O Nosso 8ercFrio# O Nosso Estano# etc.. Então se !oc0 ler um te,to alqu%mico
não !* acar que Nosso é uma espécie de c-dio. A coisa é literal mesmo? E esse
Cum"o sini)ica1 Primeiro# a parcela do elemento met*lico cum"o que tem no seu
corpo. eundo# ele sini)ica todas as )unç'es corporais que dependem deste metal.
(erceiro# todas as )unç'es coniti!as que dependem deste metal. 6uarto# todas as
emoç'es de estados interiores que estão relacionadas 2 presença e as trans)ormaç'es
deste metal no seu corpo. O Alquimista )a$ o contr*rio de um te,to ci)rado. 7sso quer
di$er que o te,to alqu%mico tem que ser lido com uma certa inoc0ncia# sem esperte$as/
E a conquista desta inoc0ncia que tornar* !oc0 apto a ler um te,to alqu%mico# é o
começo. Por isso que eu dio1 não tem inter!alo entre a teoria e a pr*tica. Não d* para
!oc0 sa"er a teoria primeiro para praticar depois. E na ora que !oc0 esti!er tentando
entender a teoria# isso a% &* é a pr*tica.
Ontem eu esta!a )alando que esta operação inteira é imposs%!el se !oc0 não tem
a menor imainação a respeito do est*io )inal da coisa. e !oc0 não sa"e para onde
!oc0 quer ir# então !oc0 não !ai para parte aluma. Voc0 precisa ter aluma idéia#
mesmo que se&a errada# do est* io )inal. Estou )alando da tentati!a de !oc0 tentar
imainar o estado de contentamento umano. Contentamento seria aquilo que
atendesse !oc0 na plenitude. A di)iculdade de !oc0 imainar um contentamento é
porque cada contentamento que !oc0 imainar sempre ser* parcial/ e entrar* em
con)lito com alum outro dese&o que !oc0 tena. Porém# tentar conce"er o
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contentamento umano# é tentar articular esses aspectos con)litantes num todo
armnico. 6uer di$er que se os con)litos se resol!essem# como seria o resultado
)inal> e n-s conseu%ssemos um status de contentamento onde cada um de seus
componentes# em !e$ de atrapalarem os outros a&udasse# como seria esse estado
)inal> Nesse caso# !oc0 eliminaria todo o con)lito entre )ins e meios. Qs !e$es n-s
queremos uma coisa "oa. 8as# para cear nessa coisa "oa n-s temos que passar por
uma série de di)iculdades ou uma série de aspectos maus da realidade. E se esse
camino# essa intermediação# tam"ém )osse ela "oa> Como é que seria> Então# essa
tend0ncia de imainar o melor dos melores# isso a% é que se cama (%mese
Para"-lica. (imos# em reo# quer di$er a!aliação# !alores das coisas. E para"-lico# é
porque descre!e alo como se )osse uma cur!a. Ass%ntota é uma cur!a que se
apro,ima inde)inidamente de um o"&eti!o sem alcanç*5lo. Então# é uma cur!a que !*
se tornando cada !e$ mais reta # mas não ce a. Então# o mo!imento da t%mese é
tentar imainar um "em supremo do qual !oc0 se apro,ima como uma ass%ntota. Ora#
esta (%mese Para"-lica é a principal capacidade coniti!a umana. Porque tudo# tudo
que conecemos# depende da nossa capacidade de imainar um conecimento mais
per)eito que aquilo. Então# se !oc0 "uscar a di)erença entre um omem e um animal
na "ase do uso da ra$ão# !oc0 !ai !er que o animal tem o mesmo procedimento
racional que n-s. A Fnica coisa que o animal não cons eue )a$er é raciocinar uma
ip-tese in)initamente superior. (entar imainar as coisas in)initamente melores do
que são é isso que !ai dar a lina central do conecimento. (am"ém !ai ter o conceito
do
!oc0"em supremo#
retirar que édaa ca"eça#
esta idéia realidade suprema#
então quepoder
ele s- !ai é o pr-prio
&ular in)inito#
e pensarque é Deus.
dentro do e
esquema relati!o onde ele &* est*. Voc0 !ai comparar uma coisa com a outra apenas/
mas não !ai ter um critério a"ranente. 6uando !oc0 di$ que uma coisa é ruim# é
ruim em relação a o que> e ela )osse a Fnica alternati!a poss%!el. e um su&eito te
assalta# te "ate etc.. todo mundo aca ruim. Ruim porque> Por que !oc0 queria que
isso não acontecesse. Elimine esta ip-tese. 7maine que )osse imposs%!el !oc0 dese&ar
que isso não acontecesse. Da% )ica apenas o )ato consumado# !oc0 não tem mais como
&ul*5lo. e !oc0 acou que uma coisa é ruim# é porque !oc0 queria que acontecesse
outra. Apaue esta outra. Voc0 não tem mais como re&eitar a primeira. 8esmo que
este&a doendo# imaine que !oc0 não tena nenuma recordação de quando era
quando não do%a. Como é que )a$> Coneci uma pessoa que tina todas as doenças
poss%!eis/ passa!a sua !ida no ospital. Essa pessoa di$ia que a melor coisa poss%!el
era a sensação do )im da dor. Ora# quando n-s ceamos a identi)icar o pra$er com o
mero )im da dor# é porque estamos &oando muito "ai,o. A nossa escala diminuiu.
6uer di$er# a nossa t%mese para"-lica não su"iu muito. 8as# Por e,.1 se além do )im
da dor ti!esse tam"ém um atendimento de um dese&o. E se ti!essem muitos dese&os>
A cur!a aumentaria. 6uando eu era criança a e,pectati!a que eu tina de anar
presentes era tão pra$eirosa# eu sa"ia que eu ia anar. Porém este pra$er nada tem a
!er com o )im da dor. Portanto# !oc0 tem a% um e,emplo elementar de um
contentamento inteiramente positi!o sem estar !inculado 2 dor. A pessoa que associa
pra$er e dor como e,tremos opostos# ela não sa"e o que est* )alando. ão 0neros
di!ersos. O contr*rio da dor cama5se serenidade. Em reo cama5se atara,ia1 não
sentir nada. erenidade não dei,a de ser ostosa# mas não é um contentamento. E o
contr*rio de pra$er seria anFstia# ansiedade# insatis)ação. 7nsatis)ação não é dor. Ela
pode se tradu$ir por alum descon)orto )%sico# mas não * anFstia neste mundo que
doa mais que uma dor de dente. E !oc0 pode ter uma dor de dente num momento de
e,trema )elicidade1 aca"ou de anar na loteria e est* com dor de dente? comum
)a$ermos esta con)usão de denominação de sentimentos. Então# esta clare$a de
sentimentos umanos# s- é poss%!el o"ter quando !oc0 os trans)ormou e,atamente
como su"st+ncias qu%micas. e !oc0 peasse todos os sentimentos e emoç'es
umanas e encontrasse os seus equi!alentes met*licos ou minerais. e se !oc0
sou"esse todas as com"inaç'es que eles podem entrar. a% !oc0 teria um dicion*rio das
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emoç'es umanas. Portanto# se !oc0 est* ansioso# !oc0 sa"e que !oc0 não est*
en)raquecido. e !oc0 est* com in! e&a# !oc0 sa"e que !oc0 não est* com ciFme. Qs
!e$es# não é que não sai"amos os nomes# é que não sa"emos reconecer os estados#
os sentimentos. Então# aquele "olo de sentimentos# )ica uma coisa compressi!a# toda
amarradina# aonde !oc0 não tem clare$a. Este amarradino# este em"olado# é
precisamente a estrutura do cum"o. O cum"o é o metal que tem a estrutura mais
con)usa. Ele é constitu%do de n-s. E o ouro# ao contr*rio# é aquele que tem a estrutura
mais l%mpida. Então# !oc0 !ai cear ao ouro aper)eiçoando o cum"o. Como é que
)a$> Voc0 !ai separar suas partes e !ai mont*5las numa ordem l%mpida. Por e,emplo#
no campo das emoç'es# !oc0 continuar* tendo todas as emoç'es que os indi!%duos
t0m/ s- que elas estarão no seu de!idos luares. Então# !oc0 pode cear a !er claro o
seu pr-prio coração. e aluém !ier )alar mal ou "em de !oc0 # !oc0 sa"er* direitino
o que tem de !erdade e o que tem de )also. a"e o que representa isso em termos de
sosseo umano> Voc0 não ter que se preocupar mais com o que os outros )alaram> A
sua *rea de con)litos umanos diminu% assom"rosamente. Essa limpe$a se o"tém
pelas sucess'es de trans)ormaç'es alqu%micas. Essas trans)ormaç'es alqu%micas
consistem em pear todos os metais e limp*5los com 8ercFrio que é um sol!ente
uni!ersal. e usa 8ercFrio em &oaleria para se limpar a su&eira do ouro e dos outros
metais. E o 8ercFrio# !ai sim"oli$ar# ao mesmo tempo# o 8ercFrio material e o
racioc%nio. A% !oc0 !ai limpando estas di)erentes emoç'es# moti!aç'es# até que elas
apareçam do &eito que elas são. Ora# se é para limp*5las# !oc0 não !ai &oar nenuma
)ora. Portanto#
Portanto# se eu !oc0 não !ai tentar
sou mentiroso# se que
toda !e$ corriir moralmente
eu mentir# eu !oudurante esteeuper%
sa"er que odo.
estou
mentindo# !ou di$er para mim mesmo que estou mentindo. 7sto é uma operação do
entendimento. Jom# os metais !ão sini)icar uma condensação de todo o mundo
mineral. Os metais são aqueles minerais no qual as propriedades de todos os outros
aparecem de uma maneira mais n%tida. Por isso mesmo são usados como resumo do
pr-prio ser umano. Por outro lado# todo mundo conece a equi!al0ncia entre os
planetas e os metais. 8as isto ser* !isto em uma orde m eoc0ntrica 9ol# Lua#
8ercFrio etc.=. Esta escala dos planetas representa um con&unto de uma série de
e,peri0ncias interiores# uma série de trans)ormaç'es pelas quais a alma do
alquimista passa ao mesmo tempo onde ele est */ no seu material%ssimo )orno. A
alquimia natural acompana a alquimia interior. Do mesmo modo# se ele esti!er
)a$endo apenas as alteraç'es em esp%rito# outras tantas trans)ormaç'es materiais
concomitantes estarão acontecendo no seu corpo. N-s temos tam"ém um )orno
alqu%mico1 o nosso a"dmen/ é a% que acumulamos calor. sempre a parte mais
quente# e aonde !oc0 !ai trans)ormar os alimentos ineridos em eneria para !oc0
despender. Portanto# !oc0 &* tem# não apenas um )orno alqu%mico# como um
comp0ndio de alquimia na sua pr-pr ia "arria. E,istem !*rias maneiras de !oc0
condu$ir as operaç'es alqu%micas/ a mais -"!ia é a que se )a$ num la"orat-rio onde
!oc0 !ai trans)ormar os metais. e o alquimista no seu la"orat-rio !ai tratando os
metais assim# a sua alma !ai passando ao mesmo tempo pelas mesm%ssimas
alteraç'es. E# se a pessoa se dedica 2 alquimia espiritual# a sua corpo !ai passar
tam"ém por estas alteraç'es do mesmo modo que os metais no )orno alqu%mico. 3m
método muito interessante é usado no (ai5Ci onde tudo ira!a em torno de um
acFmulo de eneria consciente no a"dome. Então# primeiro !oc0 tina que respirar#
sentir o calor# o ar entrando# "ai,ando. Então# ao mesmo tempo que !oc0 tina uma
concentração térmica no a"dome# !oc0 ia tendo tam"ém uma concentração
ra!itacional. Então# aos poucos !oc0 ia perce"endo o centro de ra!idade do seu
corpo5 que est* no a"dome# que é a parte mais pesada. No (ai5Ci# aos poucos# !oc0
adquire uma estrutura que é uma "olina. Voc0 !ira esta "olina/ porque todo os seus
estos iram em torno do centro do a"dome. Então !oc0 ia acumulando o )oo
alqu%mico/ mas a medida que !oc0 acumula!a# acontecia um outro processo. 8as#
antes de !oc0 ter o )oo# !oc0 precisa ter o )orno# materialmente. Para isso !oc0 precisa
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permitir que o "arro do ti&ol o seque. Como ele seca> A *ua e!apora ou cai. Então
!oc0 tem aqui um )orno de ti&olos# a *ua pina l* até que )ique seco. Como é que )a$
isso> A técnica é simples/ é desen!ol!er a sensação de peso. (odos n-s ostamos de
sentir o nosso corpo le!e. e !oc0 tenta sentir que o seu corpo est* le!e# ele !ai pesar
contra sua !ontade. E se !oc0 )i$er o contr*rio1 sentir e )icar consciente do peso do seu
corpo cada !e$ mais. sentir o peso do corpo sini)ica em primeiro luar# !oc0 se
instalar so"re a (erra. Em seundo luar# sini)ica o"ter o pleno dom%nio de todo o
seu corpo. Então# a sensação de peso do seu corpo é muito importante. 8as
importante quer di$er pesado. Por e,.1 )a$er os estos todos usando o m%nimo de uso e
o m*,imo de peso. Por e,.U se !oc0 quer "ater em aluma coisa. Voc0 p'e um certo
!olume de impulso muscular. E se !oc0 em !e$ de )a$er um impulso muscular# !oc0
simplesmente dei,ar a mão cair so"re sua perna. e eu der esta mesma pancada
usando impulso muscular# eu posso que"rar mina mão/ ou mina perna. Desse
modo# estarei &oando o peso de um mem"ro contra o outro. Então esse treino de &oar
o peso para c*# &oar o peso para l*# !oc0 aca"a reali$ando um nFmero de estos
muito comple,os que !oc0 pode )a$er com muito pouca )orça. Jom# isso a% é dei,ar
cair a *ua. A *ua desce e o )oo so"e. A simple s disciplina de ir dei,ando cair a
parte pesada e m-!el que é a *ua# primeiro !oc0 consolida a parte pesada e im-!el
que é a (erra. Em seundo luar# permite que o ar circule e o )oo su"a. 7sso acontece
e)eti!amente/ !oc0 tem alteraç'es de temperatura. - de aumentar a temperatura#
!oc0 &* se li!rou de um monte de doenças# pro"lemas# etc..
Ve&am#
outra tipo o (ai5Ci#
ou método# é s-o uma
seria das !ias
Processo poss%!eis que
das Citaç'es paraé alcançar
um li!ro tal reali$ação.
usado 3m
nas ire&as
ortodo,as. (em um li!ro que se cama Relatos de um pererino Russo. O pererino
russo é um su&eito que esta!a com pro"lemas e recomendaram que )osse 2 ire&a. E o
padre esta!a naquela parte da J%" lia onde o Cristo di$ para orar sem ce ssar. O
pererino procurou um mone que e,plicou que se trata!a do método da prece
perpétua. Consistia em !oc0 repetir um determinada )rase# uma oração1 r. Iesus
Cristo# tende piedade de mim? Repetir isso B oras por dia sem parar. 7sso é um
outro processo alqu%mico onde !oc0 não !ai usar )orno# e nem mesmo uma re)er0ncia
direta 2 estrutura do seu corpo se "em que este método recomenda estritamente que
!oc0 pense isso dentro do seu corpo/ e que não a)aste a atenção do seu corpo nem por
um minuto que se&a 5. A atenção não pode !oar. Porque> porque é necess*rio que toda
a parte aqu*tica da alma umana desça. A parte aqu*tica que seriam as imainaç'es#
emoç'es etc.. t0m que descer e estar instalada no seu corpo. As *uas descem e as
nu!ens so"em. E !oc0 &* perce"e que as emoç'es estão no seu corpo e)eti!amente. e
estão no seu corpo# !oc0 tem todo o mo!imento para "ai,o que te instala na realidade
da (erra. A% !oc0 te m uma limpide$ de olar para cim a. Voc0 con tinua tendo as
mesmas emoç'es de antes# s- que aora !oc0 sa"e que elas estão no seu pr-prio
corpo# não so"e para ca"eça/ se&a pelo método de (ai5Ci# de la"orat-rio ou da prece
perpétua. A% é que !ai começar o processo alqu%mico propriamente dito. (udo isto era
preparação1 esta descida# ela toma tam"ém# so" o aspecto coniti!o# um
reconecimento da realidade. !er as coisas como elas são. 6uando a *ua toda caiu#
não * mais mo!imento na *ua. Na ora em que a *ua p*ra# a su&eira que est* l*
deposita no )undo. Primeiro# !oc0 tem que separar a *ua do ar/ depois !oc0 !ai
separar a terra da *ua. Ela !ai toda depositar e a *ua !ai )icar lim pa. 7sso quer
di$er que atra!és da *ua# !oc0 !ai !er a terra. 7sto# psicoloicamente# quer di$er que
as suas emoç'es são a tradução e,ata do que est* acontecendo. E não mais por um
simples mo!imento seu# uma aitação interna sua. Porque# !oc0 !e&a# o omem tem
sentimentos e emoç'es para ele captar os !alores das coisas. 8as# acontece que não
são somente as percepç'es que produ$em sentimentos e imainaç'es. 8as# ao
contr*rio# a nossa pr-pria imainação tam"ém produ$ emoç'es. 8as# se !oc0 dei,a a
imainação quietina e se permite !er o que est* acontecendo# !oc0 sente as coisas
como elas são. nesse momento que !oc0 !0 o )undo da alma.
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O cap%tulo um da operação alqu%mica é alcançar o )undo da alma. 7sto a% é que
é representado na escala dos planetas pela Lua. A Lua é a )ace l%mpida da alma. A
Lua# de certo modo# é o s%m"olo do pr-prio omem. O omem# a mente e a Lua são
alquimicamente a mesma coisa. A pala!ra omem tem ra%$es em 8oon. Enquanto a
Lua sim"oli$a a alma umana# o ol representa o esp%rito. Aora# para re)letir# é
preciso que o céu este&a l%mpido. Como é que )a$> Primeiro# !ai ter que dei,ar cair as
emoç'es/ Ou se&a# !oc0 não !ai pro&etar suas emoç'es no que !oc0 est* pensando e
!endo. 8as suas emoç'es# aora !ão )icar aonde elas sempre esti!eram que é no seu
corpo. Emoção !em de E G moção mo!imento para dentro. Aonde est* acontecendo
este mo!imento> No seu corpo. Então# as emoç'es# os sentimentos# dei,am de ser
aquele céu nu"lado# con)uso# e começam a ser uma e,pressão# uma !isão
transparente do que se passa na terra. A terra é o mundo material onde as coisas
realmente acontecem. Então# lone das emoç'es pertur"arem# ao contr*rio# elas
a&udam. E aquela est-ria de que para !oc0 alcançar uma !isão o"&eti!a das coisas#
!oc0 precisa apaar a emoção e o sentimento# é a mesma coisa que di$er que para !er#
!oc0 precisa arrancar o olo. e eu não teno emoç'es e sentimentos# se eu não sinto
nada# eu não rece"i est%mulo alum# então eu estou ceo# estou dormindo. Então# não
se trata de !oc0 reprimir ou domar emoç'es/ mas sim de limp*5las para que elas
se&am o que são/ e para que !oc0 as perce"a aonde realmente estão5 elas não estão na
situação e sim no seu corpo5. ão reaç'es do seu corpo. O nosso corpo é um
instrumento de medir o que passa. Ele mede de duas man eiras. Primeiro# pelas
sensaç'es. ensaç'es
que são reaç'es são comple,as
corporais reaç'es 2 est%mulos )%sicos
2 situaç'es do e,terior.
perce"idas no seuE con&unto.
tem as emoç'es
Então# a
emoção é um &ulamento que !oc0 )a$ a respeito da situação. 6uando !oc0 tem medo#
sini)ica que !oc0 est* &ulando a situação tem%!el. e !oc0 tem triste$a# sini)ica que
!oc0 &ula a situação deprimente. Então# as emoç'es são como se )ossem um
termmetro das situaç'es. 8as# para que as emoç'es consiam )a$er isso direito é
necess*rio que primeiro !oc0 consia distinui5las1 não misturar uma coisa com a
outra. Para que não a&a mais aquele comple,o de emoç'es in!is%!eis# onde !oc0 não
sa"e di$er mais o que est* sentindo. e !oc0 sou"esse o nome de todas essas coisas
que !oc0 est* sentindo ao mesmo tempo# elas não seriam tão con)usas assim. 7sso
sini)ica que não * estado que por mais comple,o que se&a# não tena nome.
O esoterismo isl+mico se associa 2 cada planeta# nesta ordem que eu dei 9(erra#
Lua# 8ercFrio# V0nus# etc.= 2 uma sucessão de pro)etas que Deus en!iou para ensinar
a umanidade. O primeiro pro)eta é Adão. A mensaem ad+mica consiste no seuinte1
Adão é o su&eito que sa"e os nomes das coisas. Deus cria os animais e pede a Adão
que d0 os nomes. Então# sa"er os !erdadeiros nomes do que e,iste# é &ustamente este
primeiro est*io que se alcança quando est* no )undo da alma/ que é a *ua l%mpida
no qual a terra aparece como ela é? 8as que# ao mesmo tempo# sendo l%mpida# aparece
a imaem do céu. Então aparece a terra em "ai,o# o céu em cima e a *ua no meio.
Este é o est*io lunar. As es)eras planet*rias# cada uma dela s representa uma
mensaem pro)ética tra$ida ao mundo/ e representa tam"ém uma etapa da
trans)iuração alqu%mica da alma.
Voltando 2 questão das emoç'es. Pelas sensaç'es# o corpo mede as situaç'es.
Con)orme a trans)ormação da intensidade luminosa# o seu olo reistra. Pela
trans)ormação da temperatura# sua pele reae. e o seu corpo est* mais ou menos
armnico# ele !ai reair de acordo com as trans)ormaç'es reais. Da% !oc0 sente )rio
quando est* )rio/ o termm etro !ai indicar que est* )rio mesmo. Aora# se quando
est* calor# !oc0 sente )rio# da% !oc0 est* com )e"re. A alma con)usa# é como se a alma
esti!esse com )e"re e mede errado as coisas. Então# a medição é )eita de B maneiras.
Primeiro# pelas simples sensaç'es. E seundo# as emoç'es que são um con&unto
comple,o de sensaç'es. Comple,o discern%!el# porque ele )orma uma unidade. Por
e,.1 a triste$a é um con&unto de sensaç'es. 7sto re!ela que a situação é deprimente.
8as# se a situação real não )or deprimente de maneira aluma# e !oc0 é que est*
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in!entando coisa> Por e,.1 !oc0 pode estar &ulando uma situação presente por
analoias )ortuitas que ela tena com situaç'es do passado. 3m su&eito )ala uma
pala!ra que te remete 2 uma situação desarad*!el do passado e !oc0 )ica triste. Voc0
o )a$# sem raciocinar/ quer di$er# !oc0 est* ipnoti$ado. 6uer di$er que as tuas
emoç'es não estão respondendo 2 situação presente# real# mas 2 analoias )ortuitas.
porque para !oc0 reair da mesm%ssima maneira# s- seria l%cito# correto# se a situação
)osse realmente a mesma. 7sso sini)ica que a relação de passado# presente# )uturo# ela
tam"ém depende do sentimento. A percepção da qualidade do tempo contém esse
aparato emocional# umano. Então# se !oc0 ti!er uma anFstia por recordação de uma
situação passada# !oc0 ter* que di$er para !oc0 mesmo que é uma anFstia
imain*ria. Então# precisamos !er as coisas como elas são na terra e no céu/
distinuir estes B planos1 o mundo da alma é a *ua e o mundo do céu é a !isão que
!oc0 tem de cim a. que !oc0 tem atra!és do ar. Voc0 não !0 o ar. O ar é o nosso
pensamento# racioc%nio# a mente. O pensamento l%mpido é o pensamento que permite
!er a realidade meta)%sicas etc.# sem dF!idas. 6uer di$er1 as dF!idas estão para o ar
como a su&eira est* para a *ua. e !oc0 pear uma arra)a com pedras no )undo1
Enca de *ua e pona um ser !i!o como um pei,e Por e,.. Deste modo# est*
representado os reinos da nature$a1 a litos)era# idros)era# atmos)era e a "ios)era.
Então# se !oc0 tem isso representado numa arra)a# como !oc0 não !ai ter isso no seu
corpo> A pedra est* em "ai,o# a *ua mais para cima# o ar est* realmente em cima. E
o pei,e# o ser !i!o# est* no meio. e o ar est* limpo# o pei,e !0 aqui em cima. e a
*ua est* os
terrestre# limpa#
)atos.ele !0 aqui
E pela em "ai,o.
linuaem Pelas emoç'es
e racioc%nio# ele !ailimpas# !oc0O!0
!er o céu. a realidade
céu representa o
)irmamento# a estrutura )irme da realidade como um todo. 8as temos que começar
por limpar as emoç'es. Como é que )a$> Em primeiro luar# !oc0 !ai su&*5las/ para
su&ar !oc0 tem que )a$er co!er para dissipar as nu!ens. A medida que !ai su&ando as
nu!ens# !oc0 !ai aindo so"re o pensamento. Na ora que ae so"re o pensamento#
!ai limpando. mas na ora que limpa# su&a em "ai,o. e co!eu# su&a a *ua. 7sso
quer di$er que a ati!idade da inteli0ncia# o estudo# o racioc%nio etc.# !ai limpando a
parte do elemento mental e !ai su&ando as emoç'es. por isso que se !oc0 estudar
muito# !oc0 !ai )icando deprimido# com rai!a etc.. Arist-teles di$ia que a inteli0ncia
se desen!ol!e se ela )or e,ercida moderadamente. Estudo "om é B a M oras por dia e
ole l*. Então# !oc0 não pode tentar espremer todas as nu!ens de uma !e$. alcançar a
total lucide$ intelectual de uma !e$. porque senão !ai su&ar a *ua. Então# !oc0 tem
que me,er um pouco aqui na nu!ens# e esperar co!er. o aprendi$ado intelectual# ele
tem que ser alternado com uma espécie de sosseo da alma. Então# tanto )a$ !oc0
)a$er alquimia por (ai5Ci# no )orno# ou s- na mente# pela linuaem. e !oc0 esti!er
)a$endo no )orno# isto est* a)etando seu corpo e outras tantas mudanças estarão
acontecendo em torno de !oc0. Porque o seu corpo e,iste !i!o e me,e em outros
corpos. Por e,.1 ato cura dor de ca"eça? Como )a$> Voc0 ola o ato colocando o olo
nele de tal maneira contra a lu$ de modo que !oc0 !e&a o )undo 9que parece uma lua=.
A ora que a lu$ "ater l* e !oc0 olar# a dor de ca"eça p*ra. E o ato dorme quin$e
oras seuidas. 7sto é maia. A de)inição de maia é !oc0 operar de)eitos )%sicos
atra!és de imaens# atra!és do olar. E,istem remédios para isso por !ia cut+nea#
su"linual# anal etc.. Eu estou dando um remédio por !ia !isu al? No "udis mo#
e,istem certos ritos de iniciação que consistia em pear mandalas e )icar desenando5
as por anos a )io. e pronto a pessoa &* esta!a iniciada. Ora# se pode se )a$er iniciação
por mandala# porque não pode se curar uma dor de ca"eça. Voc0 sa"e que !oc0 pode
mudar o estado de esp%rito de uma pessoa atra!és do olar> Voc0 pode mudar uma
!ida com um olar. Dr. 8ller )a$ia muito isso.
aluno1 ainda não entendi direito como que !oc0 me,endo no corpo !oc0 pode
mudar o que est* em redor.
Pro).1 N-s s- podemos captar as coisas no e,terior atra!és do nosso corpo. N-s
não podemos entender um o"&eto a não ser por analoia com nossas )unç'es
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corporais. Como é que !oc0 sa"e que essa cadeira é cadeira> Esse o"&eto é inteli%!el
para !oc0 porque ele corresponde 2 uma )unçã o corporal id0ntica no seu corpo.
6ualquer coisa que !oc0 a&a no mundo e,terior est* )alando do seu pr-prio corpo ao
mesmo tempo. A cadeira é apenas uma "unda ao contr*rio.
6uando o su&eito )ica louco# o ar est* totalmente nu"lado e a *ua )ica su&a. Ele
não en,era em cima nem para "ai,o. Ele est* totalmente comprimido na sua
situação indi!idual umana.
24
TERCEIRA AULA (16/01/96)
.O "em supremo# trata5se de !oc0 imainar uma !ida melor do que essa. No entanto#
se !oc0 não tem uma no corpo o melor do melor do melor# !oc0 perde a !isão por
escala do que est* se passando aqui e aora. A% é um pro"lema da (%mese Para"-lica.
(%mese é a!aliação. Para"-lica é aquilo que descre!e uma par*"ola. Então# !oc0 tem
que a!aliar pelo melor que se possa conce"er.
A t%mese é uma )aculdade coniti!a especi)icamente umana1 s- o omem pode
)a$er isso. Nenum "ico pode imainar ou conce"er para ele mesmo uma situação
muito melor que a que ele te m. Note "em que ist o não é ra$ão. (odo animal
participa da ra$ão. 8as# a t%mese não é raciocinar a partir dos dados mas da pura
concepção de alo supremamente melor. 6uer di$er que toda nossa cultura#
conecimento# especulaç'es# elas !alem muito pouco se )orem amputadas desta
re)er0ncia a este melor que n-s s- conecemos idealmente. 8as que n-s sa"emos
que é uma possi"ilidade e)eti!a/ pelo simples )ato de que n-s podemos pens*5la. Da% a
necessidade de pensarmos continuamente no melor do melor do melor. Porque
somente isso que !ai dar para ela a escala e,ata do que est* acontecendo. Porque se
!oc0 s- comparar um acontecimento com outro acontecimento i.é/ um mundo real
com outro real# !oc0 nunca tem a medida/ a não ser pro!is-ria1 !oc0 e)eti!amente não
sa"e o que quer# os seus &ulamentos estão todos errados. 7sso quer di$er que a t%mese
para"-lica é a pr-pria pedra anular da ra$ão. A ra$ão sem a t%mese não !aleria
a"solutamente nada/com
compara uma coisa porque a ra$ão
a outra. 8as#pode
qual ser como umaa"alança.
é e,atamente A "alança
medida que s-
!oc0 est*
usando para !er este peso> 6uer di$er é uma "alança de quilos ou de tonel adas>
Então# !oc0 pode pesar uma coisa com outra mas dentro de uma escala que se&a co5
proporcional 2s duas. Porque 2s !e$es# para !oc0 a!aliar certas coisas# !oc0 precisa de
uma "alança de maior capacidade. E é e,atamente isso que é a t%mese. Então# se não
tem a t%mese# a ra$ão )ica que como uma )aculdade solta. A t%mese é mais ou menos
uma coisa que a)erisse a ra$ão. Ali*s# ela é um critério supremo da ra$ão. D* idéia de
li"erdade. Como é que !oc0 !ai ter o critério da li"erdade a não ser por uma !erdade
ideal. para !oc0 di$er que uma coisa é !erdadeira ou )alsa# !oc0 est* di$endo que uma
atende e outra não atende um certo ideal que !oc0 !0 na !erdade. 6uer di$er# n-s não
conecemos a !erdade somente pelo aspecto emp%rico# pela e,peri0ncia que temos da
!erdade/ mas tam"ém por uma e,pectati!a que n-s temos e que 2s !e$es não se
cumpre. Voc0 s- !ai entender o que é !erdade se entender que ela é um ideal# e não
uma realidade. A !erdade é uma coisa que !oc0 espera que os seus pensamentos
tenam/ e quando não t0m# !oc0 se sente )rustrado. No que consiste precisamente
esta e,pectati!a> !oc0 acreditar na !erdade como um ideal# como um !alor. e o
cara não pensa continuamente so"re isso# o senso da !erdade dele )oi para as cucuias.
Ele não conece propriamente a noção de li"erdade# ele conece !erdades. mas a
noção de li"erdade )oi para as cucuias mesmo? Então# a e,clusão da consideração de
!alor nas ci0ncias é uma monstruosidade# isso impede o )uncionamento da ra$ão.
Ho&e em dia todo mundo di$1 as ci0ncias não de!em se "asear nos !alores. Claro que
de!e? 7sso é a principal coisa? Porque a ci0ncia toda se "aseia num !alor que se cama
!eracidade. Como a !eracidade é um !alor que !oc0 pretende alcançar# então !oc0 s-
pode conecer as !erdades que !oc0 &* tem. Então# a ci0ncia não pode a&udar. A
ci0ncia se dirie idealmente em uma direção 2 uma cone,ão comple,a de todas as
!erdades que ela coneça/ )ormando uma !erdade maior do que aquela em particular.
Por e,.1 os )atos que uma ci0ncia conece# eles não são !erdadeiros no mesmo sentido
que ser* a teoria )inal e,plicati!a que !ai a"raner todos estes dados. 6uando !oc0
pea !*rios )enmenos1 o tro!ão# a )a%sca que sai quando !oc0 es)rea uma planta. e
!oc0 cama isso de eletricidade# !oc0 est* querendo di$er que esse conceito de
eletricidade é mais !erdadeiro do que essas !*rias denominaç'es que !oc0 d* 2s
di)erentes apariç'es do )enmeno. 6uer di$er# por tr*s deste )enmeno e,iste uma
36
!erdade camada eletricidade. (oda a ci0ncia raciocina assim. Então# ela não é s- a
!erdade dos )atos mas sim um ideal de !eracidade maior que a dos )atos que ela
pretende alcançar. Ora# se !oc0 e,cluir como é que se !ai )a$er ci0ncia> "alela esta
est-ria de e,cluir pro"lemas de !alor. Não s- é )also como incon!eniente. Porém# no
nosso caso que é uma ci0ncia pr*tica de trans)ormação da matéria para a alma
umana# é somente a t%mese para"-lica que nos !ai dar a idéia de alo que n-s temos#
%ntimo. Por e,.1 nos &ulamentos di*rios que n-s )a$em os so" as pessoas# est*
su"entendido que n-s sa"emos alo do "em e do mal. 8as# raramente n-s pensamos
a respeito disso. Então# se !oc0 peruntar1 é mal porque> !oc0 !ai !er que a maioria
das pessoas não sa"em. a"em apenas que é uma con!enção. 8as# se o &ulamento
do "em e do mal é uma con!enção# porque que !oc0 passa por uma emoção tão
intensa ao condenar o mal> 6uer di$er# no )undo !oc0 tem uma e,plicação do "em s-
que est* inconsciente# !oc0 nunca pensa nela. Condenar o mal é menos importante
que sa"er o que !oc0 mesmo pensa do "em. Por e,emplo1 o que seria para o indi!%duo
o omem per)eito> e !oc0 nunca pensa nisto# a sua !isão do "em é completamente
ne"ulosa. E os &ulamentos que !oc0 )a$ dos indi!%duos são completamente aleat-rios.
Voc0 est* a"ituado a rece"er um modelo pré5determinado do "em atra!és de aluma
)iura ist-rica ou mitol-ica1 Iesus Cristo# Juda etc.. Voc0 rece"e isso pronto. 8as
rece"er pronto não adianta se !oc0 não pensar nestas )iuras. 3ma coisa é !oc0
conecer estas )iuras nas escrituras e outra é t05las na ca"eça. Então# meditar
continuamente o "em particularmente na )orma de !irtude umana i.e./ sa"er o que
!oc0
Porquerealmente pensa disto#
estes modelos é até maisseimportante
são inteli%!eis que rece"er
!oc0 não pensar neles.os modelos
Então prontos.
pensar no que
!oc0 conce"e como o supremo "em na escala do umano# &* é uma condição
indispens*!el para poder entrar no destino de. Aora# cada um !ai pensar de um
&eito/ mas não importa porque todas essas coisas que estas pessoas !ão imainar
di)erentemente# elas se re)erirão 2 um mesmo ideal. Claro que cada um !ai en)ati$ar
mais uma lado que outro# con)orme as di)erenças pessoais. 8as# como di$ia (eilard
de Cardin# tudo o que# con!ere. e !oc0 est* pensando no supremamente "om# as
di)erenças entre os que as !*rias pessoas pensam# !ão se neutrali$ando aos poucos.
Na !erdade# o "em# a !irtude são simples. Os !%cios é que são complicados e muitos.
3ma conta de B G B # s- tem um resultado certo. O resultado errado são todos os
outros nFmeros. Então esta )aculdade da t%mese# ela é até mais importante do que o
pr-prio e,erc%cio da ra$ão.
No caso da nossa ci0ncia de transmutação e como essa trans)ormação em
rande parte é interior5 de )ato !oc0 tem que sa"er para onde !oc0 est* indo e aonde
!ai cear. Cear no termo )inal que é sim"oli$ado pelo ouro. Essa cur!a para"-lica é
ut-pica# ideal porque é uma cur!a que tende a ser reta mas nunca cea a )icar
totalmente reta. assint-tica.
4alamos tam"ém em s%m"olo na aula passada. Aqui# como se trata de uma
ci0ncia pr*tica# não e,iste propriamente a teoria alqu%mica. Não e,iste nenum li!ro
de alquimia que se&a te-rico1 na medida que !oc0 est* lendo aquilo ali &* é a pr*tica de
alum modo. E então é importante entender o que quer di$er a linuaem sim"-lica.
im"-lico costuma ter uma sini)icação de uma coisa oposta ao ideal ou ao utilit*rio.
E n-s não usamos neste sentido a%. e us*ssemos neste sentido# nos a)astar%amos
muito da o"ras alqu%micas. O sim"-lico tem que ser entendido como uma espécie de
coisa iper5literal. Hiper5literal quer di$er que cada pala!ra quer di$er e,atamente
aquilo que est* dito nela . 8as# sem nenuma restrição ou nenuma separação
a"strati!a. Por e,.1 (erra não quer di$er e,clusi!amente o planeta (erra nem
e,clusi!amente um pedaço de terra nem e,clusi!amente o elemento terra da )%sica
antia. 6uer di$er tudo isso &unto. Não é uma leitura a"strati!a e sim concreti!a.
isso mesmo é que é o sim"-lico. A linuaem a"strata !ai num sentido de separar um
sini)icado e lidar e,clusi!amente com aquele / até para não ter con)usão e !oc0 poder
pensar em lina reta. uma dedução l-ica que !oc0 )a$1 !oc0 esta"elece o sentido e
37
!ai raciocinando dentro daquele mesmo sentido. 8as aqui# não d* para ir em lina
reta. Aqui !oc0 anda um passo e d* um outro para tr*s. Porque !oc0 !ai sempre
esquecer alum sini)icado l* para tr*s. E este cont%nuo retorno para recoler os
sini)icados que )oram esquecidos# isto mesmo é que é a leitura alqu%mica. Porque a
mente umana tende a ir o"sessi!amente no sentido da a"stração por uma questão
de economia de tempo. E tam"ém para !oc0 pensar mais# !oc0 redu$ o sini)icado.
Porém a leitura sim"-lica requer o contr*rio1 que !oc0 recola todos os sini)icados.
e !oc0 leu errado# !oc0 !olta para tr*s porque !oc0 esqueceu uma acepção poss%!el
da coisa.
Neste momento# aente tem que distinuir o que é leitura sim"-lica do que é
leitura alqu%mica. A leitura sim"-lica é s- uma etapa# uma condição pré!ia. 8as
passando da sim"-lica para a alqu%mica# n-s não s- recolemos todos os sentidos
mas n-s conseuimos presenti)ic*5los ou se&a# conseuimos reconecer aqueles
sini)icados não em imainação# mas concretamente. 6uer di$er que quando eu
esti!er lendo (erra# o que !ai ser e!ocado por isso não é a imaem# nem o conceito de
(erra# mas a terra mesma# a terra tal como est* no seu corpo. Cada um dos s%m"olos
alqu%micos 9a terra# o cum"o# o ouro etc.= primeiro t0m que ser lidos sim"olicamente
com plenitude de sini)icado. eundo t0m que ser lidos alquimicamente com
plenitude de presença )%sica das coisas sim"oli$adas e não apenas mental. Então#
quando se )ala em 8ercFrio# temos que diriir a atenção não s- para o s%m"olo# ou o
conceito# mas tam"ém para o 8ercFrio que este&a e)eti!amente presente em !oc0
naquele momento. alo
leitura alqu%mica# Por e,.1 8ercFrio
em !oc0 est* é)a$endo
uma su"st+ncia
a operaçãodissol!ente. No momento
naquele mesmo da
momento.
Alo est* dissol!endo crostas de su&eira de esquec imento# etc.. A leitura alqu%mica#
ela tende a ser de certo modo cada !e$ mais lenta. como se para cada ente re)erido
ali no te,to# !oc0 ti!esse que tra$er alo. 8as a leitura alqu%mica tem um nFmero
)inito de s%m"olos. Por e,.1 a operação puramente mental que !oc0 )a$ de remo! er
uma crosta que tem em torno de seu entendimento# uma crosta a que o impede de !er
alo. isto a% tem um concomitante )%sico naquele mesmo momento. Outro e,.1 eu
esta!a assistindo uma aula do Dr. 8ller so"re o tema Lua# e eu não esta!a
entendendo nada. A% Dr. 8ller me deu umas otinas de Argentum metallicum. De$
minutos depois eu tina entendido tudo. Nessa ora eu entendi qual era a relação que
podia a!er entre mente e corpo. Para mim# todos n-s somos cartesianos incur*!eis.
6uatro séculos de pensamento cartesiano nos le!ou a pensar em corpo e mente como
coisas separadas. 8as tudo isso é e!identemente uma coisa s-. uma di)erença de
+nulo. como cara e cora. e !oc0 o"tém a cara# !oc0 trou,e a coroa &unto. 8ente e
corpo são a"straç'es. O que e,iste e)eti!amente é o camado composto umano
indissolF!el como di$ia Arist-teles. Recapitulando# se um metal podia produ$ir
repentinamente uma s%ntese sim"-lica na mina ca"eça é porque era o corpo que
esta!a pensando. 6uem é que pensa> o pr-prio corpo? que quando !oc0 !ai saindo
da es)era das percepç'es sens%!eis e indo para o pensamento a"strato# !oc0 tem a
impressão que aquilo não é corporal. 8as é sim? Por e,.1 se eu )alo para !oc0 imainar
um indi!%duo umano. !oc0 est* me !endo corporalmente. Aora# se eu )alo para
!oc01 uma multidão. Aora !oc0 &* não !0 com tanta precisão. E se eu dio para !oc01
a umanidade. A% &* !ira um conceito enérico# aparentemente incorp-reo. 8as# na
realidade a umanidade e,iste corporeamente tanto quanto o indi!%duo? Então#
quando !amos su"indo na direção dos conceitos a"stratos# aente tem a impressão de
que se a)astou da corporalidade. 8as# ao contr*rio1 a umanidade tem muito mais
corporalidade que um indi!%duo so$ino. s- somarmos pesos. Então# quando
pensamos enericamente# cria5se um e)eito ilus-rio. Eu posso conce"er uma *r!ore
sem pensar em terra. 8as# quando )aço isso# eu estou )a$endo uma separação# uma
a"stração. Aora# quando eu penso a *r!ore não isoladamente# como se ele esti!esse
"oiando no ar mas# como uma *r!ore que "rota da terra# me apro,imei mais da
realidade. Estou tendo um conceito mais real. Por isso mesmo que CONCE7(O !em de
38
CON G CEP(7O Ceptio !em Cepire# que quer di$er aarrar# captar. 6uando n-s
pensamos numa coisa estamos tendo apenas uma idéia. 8as# se esta idéia aarra
aluma realidade n-s camamos conceito. Lamenta!elmente em inl0s# Concept
sini)ica qualquer coisa que !oc0 pensou mesmo que não e,ista. O Conceito é uma
idéia que aarra uma realidade e di$ o que ela é e)eti!amente. Aora# uma idéia é
apenas uma atenção que permite reconecer a coisa. No conceito eu me apro,imo do
real. Ora# para eu me apro,imar do real# eu teno que en,ertar um ente indi!idual Por
e,.# dentro do con&unto dos seres. 7sso quer di$er que eu !ou ter que )alar de mais
seres e aumentar a escala do que eu estou )alando. Ora# na medida que eu aumento a
escala# eu me a)asto da percepção sens%!el. E da%# eu teno a impressão que eu estou
indo para o ar# estou )icando cada !e$ mais a"strato e é e,atamente a% que eu estou
indo para o concreto. A ca!alidade Por e,.. não é um conceito/ é apenas uma idéia. A
espécie ca!alo é que é um conceito? Aora# se !oc0 )alar a qualidade que distinue a
espécie ca!alo# ela s- e,iste a"stratamente. Aora# a espécie e,iste materialmente. O
que é a espécie ca!alo> todos os ca!alos que e,istiram# mais todos os
espermato$-ides em nFmero )inito que estão dentro de todos os test%culos de todos os
ca!alos e,istentes e mais os espermato$-ides de ca!alos que poderão "rotar destes.
Até completar todos os ca!alos que e,istam. 7sto é material? 8uito rande mas é
material. limitado# )inito. Aora# a ca!alidade é a qualidade separati!amente
considerada que !oc0 !er* em todos estes ca!alos. Aora# nossa mente tem uma
di)iculdade de perse!erar no concreto usando instrumentos a"stratos. 6uando ela se
deslia da percepção
com sens%!el. sens%!el#
O sens%!el tam"ém ela éperde o concreto.
a"strato. Não podemos
Pro!a disto é que !oc0con)undir concreto
s- pode perce"er
)isicamente uns quantos aspectos da realidade. Por e,.1 neste momento eu s-
perce"o esta sala# mas eu sei que esta sala não est* "oiando no ar/ que ela est* dentro
desta casa. Eu não o sei sensi!elmente# mas eu sei disto. Este é que é o concreto.
Então temos que distinuir o que é o concreto da realidade e o que é o concreto do
conecimento. 3ma coisa é a realidade concreta. Outra é o pensamento. E a realidade
concreta# por incr%!el que pareça# aente s- pea por pensamento a"strato. E é a% que
est* a di)iculdade. Por e,.1 !oc0 não !0 uma *r!or e se alimentando do sol. 8as !oc0
sa"e que ela est* )a$endo isso. O conceito !erdadeiro de *r!ore é uma )orma de !ida
que "rota do solo se alimenta dos minerais dela. Então eu s- consio !er a )orma
e,terior dela. 7sso é a"s trato. Esta )orma e,terior não e,i ste em si. Ao ra# o
pensamento concreto seria aquele que lidasse apenas com os dados perce"idos1 não
iria muito lone. um pensamento que não se a)astaria muito da realidade sens%!el.
Em outras pala!ras1 o pensamento concreto é aquele que se ati!esse 2quilo que )oi
perce"ido de imediato. um pensamento que se uia pelas apar0ncias. Então todo o
pensamento é de )ato a"strato. 8as esse a"strato é um instrumento para !oc0
perce"er a realidade da sua concreção. O concreto é o que as coisas são e)eti!amente
dentro da sua concreção. CON G CRE(7O é aquilo que cresce &unto. Ou se&a/ é o
con&unto das condiç'es reais que permitem que aquele ente e,ista. Então *r!ore sem
terra não e,iste1 n-s sa"emos disto mas n-s não perce"emos isso. Portanto s-
podemos captar esta noção atra!és do pensamento a"strato. Porém# é este
pensamento a"strato que permite que aente aarre a concreção real daquele ente.
6uando !oc0 pensa em conceitos a"stratos# isto não quer di$er que !oc0 este&a lidando
com realidades a"stratas. Para !oc0 captar a realidade concreta# é s- atra!és do
pensamento a"strato.
aluno1 Porque esse ne-cio de realidade concreta e a"strata> A realidade não é uma
s->
Pro).1 A realidade é a"strata apenas no seu modo de conec05la.
3ma coisa importante para ente !er é o paralelismo entre as operaç'es alqu%micas
reali$adas no metal e aquelas reali$adas na alma umana. Enraçado que as coisas
não dão certo se romper este paralelismo. Na !erdade é mais do que paralelismo1 é
uma identidade. 6uer di$er# a operação alqu%mica não !isa nem ao metal )%sico nem ao
metal da alma. Visa 2 uma coisa que é uma s%ntese sim"-lica de am"os. 6uer di$er
que o con&unto das operaç'es alqu%micas ae num a es)era que não é nem ps%quica#
nem material# mas que é propriamente o ponto de con!er0ncia destas coisas. Não
e,iste a distinção entre alquimia material e espiritual1 ela é a"surda em 0nero#
nFmero e rau. 6uer di$er# se é alqu%mico# o alqu%mico se caracteri$a precisamente
pela ine,ist0ncia destas distinç'es/ que em outros setores pode não ser tão
importante. 6uer di$er# tanto )a$ !oc0 )alar da alma dos metais quanto do metal da
alma1 é e,atamente a mesma coisa. E é por isso que a linuaem sim"-lica é
entendida como um iper5 literalismo. Claro que tudo isso se "aseia numa idéia que é
mais do que uma analoia/ é uma omoloia para a estrutura do ser umano e a do
cosmos. Pro!ando assim# o princ%pio do1 Assim como é em cima é em "ai,o. Voc0 tem
um macrocosmo orani$ado 2 sua imaem do microcosmo e !ice5!ersa. 7sto é1 por um
princ%pio de simpatia que# qua ndo se me,e em um# se me, e no outro. Este é o
princ%pio de toda a operação dita !*lida. E o&e em dia# !oc0 encontra o equi!alente
parcial disto a% na idéia de8anética
A Resson+ncia Resson+ncia 8anética.
se usa para e,plicar certos e)eitos ocorridos 2
dist+ncia e aparentemente sem a intermediação de nenum instrumento. Eles
colocam um ratino num la"irinto e o ensinam a sair deste la"irinto. 7mediatamente
todos os ratinos de outros la"orat-rios começam a aprender aquilo mais depressa.
7sso quer di$er que# entre mem"ros da mesma espécie e,iste uma liação qualquer.
Não muito "em e,plicada e que os caras camam de Resson+ncia 8anética. mais
ou menos como o sincronismo do mundo . Então# a teori a da R. 8.# é menos uma
teoria do que um simples )ato. mais ou menos como o sincronismo de Iun. - que
a soma de o"ser!aç'es con!erentes )oi tamana que não tem mais como near. Essa
resson+ncia acontece não s- na es)era animal como na mineral. E se !oc0 entrar mais
na decomposição da matéria até as su"st+ncias qu%micas elementares# parece que
tem isso. quer di$er# quando !oc0 num la"orat-rio est* tentando uma certa reação
qu%mica# a partir da ora que se conseue esta reação# o tempo dela )ica acelerado em
outros la"orat-rios que não tem nada a !er com aquilo. como se aquela su"st+ncia
ti!esse aprendido# intro&etado uma in)ormação. 8as# na !erdade# esse ne-cio de
teoria da in)ormação# o&e permite e,plicar coisas que até M; anos atr*s era
considerado totalmente ine,plic*!el. Aora# aente não pode con)undir o que é real do
que é e,plic*!el. A ci0ncia é a tentati!a de uma e,plicação racional dos )atos. Ou se&a#
uma ordenação racional e,plicati!a dos )atos. Aora# se não temos )ato# não temos
ci0ncia. Claro que os )atos so$inos não comp'em a ci0ncia# mas é o começo da
ci0ncia. e !oc0 re&eitar os )atos porque !oc0 não tem e,plicação para eles# a ci0ncia
não pode começar. Porque a ci0ncia começa precisamente na ora em que !oc0 tem
uma )ato não e,plic*!el. A ci0ncia começa por um espanto. Então# por um e)eito até
compreens%!el# na medida em que o esta"elecimento cient%)ico proride e se consolida#
ele tenta ter uma certa ilusão e um certo dom%nio no campo dos )atos. Então# o que
quer que !ena de )ora que pareça contrariar o esquema te-rico &* montado# eles
neam os )atos. Então# !oc0 cria uma espécie de proi"ição de )atos que &* não este&am
dentro da teoria pronta. 8as isso a% aca"a com a ci0ncia. e !oc0 s- aceita )atos que &*
tenam e,plicação# aca"ou. 7sso contraria todo o conceito de ci0ncia. e todos os )atos
que !oc0 o"ser!a &* tem um arca"ouço te-rico e pronto e s- resta encai,ar os )atos
su"seqentes# aca"ou a in!estiação. Voc0 s- tem a aplicação da ci0ncia. 7sso tam"ém
47
é compreens%!el. O princ%pio de ci0ncia aplicada aca"a predominado so"re o princ%pio
de ci0ncia te-rica que são mais )*ceis# por uma espécie de acomodação.
Então# esses )atos de ordem alqu%mica# "asta estud*5los para !er que eles são
amplamente compro!ados/ o que eles não t0m é a menor e,plicação nos termos da
ci0ncia atual. Voc0 precisaria encontrar outros esquemas te-ricos. Ou então# )icar sem
nenum1 ou !oc0 aceita as e,plicaç'es "aseadas nestes princ%pios de correspond0ncia#
simpatia# analoia e toda aquela cosmo!isão medie!al# ou !oc0 !ai ter que aceitar o
)ato "ruto# colocar um ponto de interroação e continuar in!estiando. Na realidade# o
que as ci0ncias modernas )a$em é sempre# sempre "uscar uma e,plicação antia e dar
um nome mod erno. Não tem nenu ma di)erença entre o que o&e camamos de
Resson+ncia e o que os medie!ais cama!am de simpatia/ e que as nossas a!-s
cama!am de simpatia. - que elas não usa!am simpatia no sentido te-rico. omente
no sentido da operação1 se !oc0 coloca um pote de mel e coloca o nome da arota que
!oc0 ama e no dia seuinte !oc0 conquista a arota. a semelança entre esta simpatia
e o comportamento dos ratos é a seuinte1 é a possi"ilidade de !oc0# aindo num
o"&eto pequeno# !oc0 desencadear um e)eito rande sem a mediação de um
instrumento racionalmente conce"%!el. um e)eito m*ico. 7sso sini)ica que para
di)erentes partes do Cosmo que estão separadas no espaço# e,iste um elo de simpatia
con)orme a )orma dos entes. 6uer di$er# entes que tenam a mesma )orma respondem
2 mesma in)lu0ncia ainda que este&am separados pela dist+ncia. 7sso quer di$er que o
princ%pio da )orma# da di!isão das espécies em 0neros etc.. predomina so"re a
dist+ncia.
uma liação6uer di$er1
mais o )ato
)orte de um
do que ente
se os pertencer
dois 2 mesma
esti!e ssem &untosespécie de um
no espaço. outro cria
a )amosa
questão da ação 2 dist+ncia1 e,iste ou não e,iste ação 2 dist+ncia> Por este princ%pio#
toda a ação é a dist+ncia. E quando não ou!er reação pr-,ima tam"ém não a!er*
ação 2 dist+ncia. A% !oc0 ae não so"re o ente )%sico considerado na sua sinularidade
na ora em que !oc0 est* aindo so"re o esquema da espécie. 6uer di$er# espécie
de)inida como uma )orma. Essa )orma é como se )osse um prorama de computador.
O que quer que tena um prorama e )unciona de acordo com este prorama# ser*
alterado quando !oc0 me,e num dos seus e,emplares. Não !e&o outra maneira de
e,plicar isso a%. Então# todo racioc%nio alqu%mico se "aseia nisso a%. Na ora em que
!oc0 me,e em certos componentes internos seus# !oc0 est* me,endo nos equi!alentes
e,terno dele. Os alquimistas sempre di$iam que a operação que eles )a$em não é para
reeneração nem do omem nem do metal/ mas para a reeneração da nature$a
inteira. Ora isto pressup'e que# se não e,iste nenum alquimista umano )a$endo a
operação# ela est* se )a$endo de alum modo na pr-pria nature$a. e ela parar# a
coisa !em a"ai,o. Então# para o alquimista# a transmutação do metal não é um caso
e,cepcional1 não é uma e,ceção# é &ustamente a rera. 6uer di$er# os metais que n-s
conecemos# com todas as suas distinç'es# &* são um e)eito de uma cont%nua
transmutação que est* sendo operada na nature$a. E que num determinado campo do
cosmos# camado (erra# ela se esta"ili$a nestas )ormas. Este tipo de racioc%nio é que
permite em épocas remotas# os caras tem )eito desco"ertas assom"rosas. 6uando !oc0
!0 que * quase ; mil0nios que se associa ao planeta 8arte ao 4erro. Então# quando
mandam sondas espaciais e desco"rem que 8arte é )eito todino de minério de )erro.
Ve&a# na escala do cute# seria a maior loteria esporti!a do uni!erso? Como é que o
su&eito capta uma coisa dessas? 8arte poderia ser composto de milares de coisas.
E,istem outros e,emplos deste tipo como quando !oc0 !0 certas proporç'es
correspondentes do corpo umano. !oc0 !0 que esse pessoal não esta!a lone da
!erdade. e !oc0 )i$er uma proporção entre a !elocidade da -r"ita de 8arte e de
8ercFrio# !oc0 !ai !er que esta proporção é a mesma entre a !elocidade da circulação
da corrente san%nea e a da respiração. 7sto seue uma proporção não e,ata mas
"astante apro,imada. e quiserem !er este nFmero e,atamente# consultem um li!ro
de astroloia muito "om do 8estre 8urilo emento!si. 4oi editado em tradução
italiana 9na "i"lioteca da Astro de!er ter=. Então# tudo isso nos le!a a compreender que
48
as distinç'es esta"elecida pela 4%sica# cl*ssica não são para serem le!adas muito a
sério. Por outro lado# !oc0 !0 que toda a concep ção cient%)ica moderna se "aseia na
separação radical )eita entre o su&eito e o o"&eto . Essa é a )amosa pensamento de
Descartes1 aqui e,iste uma coisa que pensa cu&o principal atri"uto é pensar# e e,iste
uma outra su"st+ncia cu&o principal atri"uto é ter e,tensão. Então# é muito enraçado
pois desse &eito pensar e medir não são coisas do mesmo 0nero. Como é que !oc0 !ai
distinuir duas espécies de su"st+ncia por atri"utos que# por sua !e$ não são da
mesma espécie> 6uando !oc0 separa# distinue# entre os le'es e os tires. ão
espécies do mesmo 0nero. 8as todas as di)erenças em que eles se distinuem são
tam"ém do mesmo 0nero. Portanto# a cor da pele. 3m tem a pele malada# o outro
não tem a pele malada# um tem &u"a# o outro não tem &u"a. Aora# se !oc0 dissesse1
um tem &u"a e o outro não d* leite. Ou o outro não# )ala. 7sso a%# é uma coisa
totalmente il-ica. e !oc0 pea o 0nero su"st+ncia e di$1 aora !ou disti nuir B
tipos de su"st+ncia# B espécies de su"st+ncia. Jom# !oc0 !ai ter que distinuir pela
aus0ncia ou posse dos mesmo traços. 6uando Descarte )a$ a di!isão de su"st+ncia
e,istente e su"st+ncia pensante# ele &* est* supondo que pensar e ter e,tensão são
di)erenças da mesma espécie# o que é uma "o"aem. 8as essa coisa# entrou na época
na ca"eça de todo mundo. Até o&e n-s acreditamos que e,iste no omem um mundo
interior que é de nature$a totalmente distinta daquela que ele est* !endo l* )ora.
como se !oc0 )osse um ser que esta colocado )ora da realidade# da pr-pria nature$a.
Na !erdade# tudo indica que não * esta separação de 0nero. Pode a!er uma
separação de modo.
coisas. Porque s- entrando
Arist-teles muito
!ai mostrar no estudo
as )unç'es de Arist-teles
coniti!as para apenas
umanas# diminuir estas
como o
aper)eiçoamento das pr-pria )unç'es corporais. 6uer di$er# !oc0 não tem mais esse
iato entre o ser# e,istir )isicamente o e o conecer. (am"ém não é uma dualidade.
toda uma escala# um série de transiç'es que !oc0 !ai passando. Então se )ormos por
Descartes# todas essa operaç'es alqu%micas# são todas um non sense1 Em que uma
mudança ps%quica do indi!%duo poderia a)etar o mundo e,terno> De )ato parece que
não. e !oc0 sup'e que as B coisas são espécies di)erentes. Vi um )ilme uma !e$ que
era so"re a que"ra da Jolsa de No!a Wor. A% os caras saem de manã para retirar o
dineiro do "anco/ e o "anco esta!a )ecado. A% eles )icam esmurrando a porta do
"anco como se esmurrando a porta )osse "otar dineiro l* dentro. o tipo da ação
desesperada onde a causa &amais produ$ir* o e)eito1 !oc0 est* tentando !encer uma
crise econmica na "ase do es)orço muscular. Então# se a !isão cartesiana
)uncionasse# os es)orço alqu%mico seria mais ou menos do mesmo tipo. Voc0 est* indo
numa es)era aonde !oc0 !ai alcançar o o"&eto da ação. 8as# e se a coisa )or realmente
assim> E se o uni!erso não ti!er como principal caracter%stica a e,tensão como
pretende Descartes> 6uem estudou Lei"ni$# sa"e que a e,tensão não "asta para
con)iurar o o"&eto real/ que além de e,tensão o o"&eto precisa ter uma
su"stancialidade indi!idual/ precisa ser aluma coisa por ele mesmo. Ou se&a# precisa
ter )orma su"stancial como di$ia o !elo Arist-teles. Então# se o mundo real não é
constitu%do somente de e,tens'es# mas constitu%do de )ormas su"stanciais# então o
uni!erso não se orani$a realmente como uma série de o"&etos colocados uns ao lado
dos outros no espaço/ mas ele se orani$a e,atamente como se )osse uma ca!e de
0neros e espécies. 6uer di$er# est* todino articulado do mais uni!ersal ao mais
particular. Jem# se o uni!erso não é s- uma e,posiç ão plana de o"&etos colocados
uns ao lado dos outros# no mesmo plano de tudo# tendo a mesma modalidade de
e,ist0ncia que n-s camamos )%sica/ e sendo portanto distintas uns dos outros e,ceto
no espaço. mas# ao contr*rio# o uni!erso !ai ser composto de seres ierarqui$ados por
0neros e espécies# então todos eles estão liados entre si. Não estão separados. E da%
é que entra a Resson+ncia 8anética 5 que não ae s- no ser corporalmente separado
no tempo e no espaço5 mas ao air so"re um# ae so"re a espécie 2 que ele pertence.
Dentro da operação alqu%mica# !imos que uma etapa important%ssima era aquela
representada pelo )undo da alma. O )undo da alma é representada pela super)%cie da
49
*ua pela qual !oc0 !0 por um lado o )undo# as pedras# o cão. E# por outro lado por
re)le,o# !oc0 !0 o céu. O céu representa o con&unto dos princ%pios de ordem meta)%sica
que não são !is%!eis# sens%!eis/ 8as são tão riorosos e necess*rios quanto 2
realidade )%sica. O )undo do lao !ai representar a pr-pria nature$a da psique como
um espelo. 6uer di$er# por um lado é um !idro e# por outro lado# é um espelo como
qualquer !idro. Pelo !idro# !oc0 pod e olar pelo que est* atr*s de le. Ou mudando o
+nulo de !isão !oc0 !0 o que est* atr*s de !oc0. O !idro é ao mesmo tempo um
espelo. A super)%cie do lao tam"ém é !idro para !oc0 !er o solo/ e é espelo para
!oc0 !er o céu. Então# esta é a !erdadeira nature$a da psique1 ser !idro 9atra!és do
qual !oc0 !0 o mundo )%sico. E preste atenção que n-s não captamos nada# nada# nada
do mundo )%sico a não ser por meio ps%quico. Não e,iste sensação puramente )%sica.
Ali*s# sensação puramente )%sica não é nem sentida. n-s sa"emos que de!e e,istir.
8as toda a sensação que n-s peamos nunca é sensação isolada. sensação dentro
do quadro que n-s camamos percepção. Ora# se a sensação est* dentro da
percepção# ela &amais é puramente )%sic a# mas e,iste o elemento ps%quico que a
orani$a. Neste sentido# a psique é o !idro atra!és do qual !emos o mundo )%sico. Não
o !emos diretamente porque ele nem e,iste diretamente. Por outro lado# é no pr-prio
)uncionamento da psique que !oc0 !er* as Leis supra5ps%quicas que ordenam a
realidade. Como )unciona isto> Por e,.1 para eu sa"er que B G B # eu teno que
pensar nisto. Então# como é que eu )ico sa"endo que e,iste nFmeros e estes nFmeros
estão conectados uns aos outros por leis que presidem as suas relaç'es riorosamente
de acordo que
nFmeros# que e,istem
B G B nunca !ai dar iual
estas relaç'es a :.
se não Como euneles>
pensando !ou sa"
7stoerquer
que di$er
e,istem
queestes
eu
não capto# propriamente o nFmeros# mas a mina idéia de nFmeros. 8as# quando eu
)aço a conta eu não pe nso nos nFmeros# mas estou pensando aquilo que eu penso
so"re os nFmeros. Pensando sinos que representam os nFmeros. Porém# eu sei que
para além destes sinos e,iste# o"&eti!amente# estes nFmeros e estas relaç'es. Eu s-
ceo a perce"er que B G B atra!és daquilo que eu penso a respeito. 8as eu sei
que B G B independentemente de eu pensar nele ou não. Então# é por a% que !oc0
!0 que a psique !ai# além de si mesmo. Ali*s# a psique s- ser!e para isto. Para que
ser!iria um !idro se não )osse para !oc0 !er atra!és dele ou !er o re)le,o> Então !oc0
imaina um !idro sem espessura# ideal. Ele em si mesmo# não é nada. Ele é apenas
uma super)%cie de transpar0ncia ou de espelo. Então# a !erdadeira nature$a da
psique é esta. Ela ser uma transpar0ncia atra!és do qual se aparece a realidade do
mundo )%sico e ser o espelo atra!és do qual se perce"e dentro de si alo que
transcende !oc0 mesmo. um !e%culo. menos que um !e%culo. A idéia que a psique
é um espelo é uma das idéias mais !elas do mundo. Na mitoloia !oc0 tem o
espelo de Netuno que tem no )undo do mar onde aparece o mundo inteiro. E
e,atamente o mesmo sim"olismo do )undo da alma. 6uando !oc0 encontra este
espelo# !oc0 )inalmente ceou na realidade. A conquista desta etapa# ela é pré!ia 2
operação alqu%mica. a% que tudo começa. 8as &* é uma conquista alqu%mica.
Podemos di$er in)ormalmente que a ceada neste )undo da alma é Alquimia.
4ormalmente não é. 4ormalmente a transmutação começa a partir da%. A Psique
sempre este!e nos mostrando o mundo )%sico e o mundo espiritual/ o mundo supra5
)%sico. Ela não é nem )%sica nem supra5)%sica. 8as# ela é apenas o espelo pelo qual
n-s !emos um lado e ou outro. 7sso quer di$er que o es)orço total da disciplina que
!ai caracteri$ar o processo alqu%mico é e,atamente a diminuição da ati!idade
ps%quica/ diminuição e simpli)icação. Por isso que !oc0 !0 que uma !erdadeira
psicoloia a alqu%mica iria a contra corrente de praticamente toda a psicoloia do
século XX. 6uanto mais !oc0 reme,er naquele ne-cio# mais !oc0 !ai aitar a *ua# e
menos a psique !ai aparecer com aquela translucide$ que ela de!e ter. e,atamente
que quer )a$er as doutrinas antias/ que é para parar o pensamento# a"dicar do eo
etc.. um modo de desinar esta necessidade de encontrar o )undo da alma. 6uanto
mais !oc0 reme,e nos sonos# pior. Porque o sono o que é> Atra!és do sono !oc0 !0
50
B coisas1 ou !oc0 !0 a realidade espiritual ou !oc0 !0 a realidade )%sica. Aora# se !oc0
)icar !endo a pr-pria psique# !oc0 não est* !endo nada. o espelo do espelo do
espelo do espelo. o espelo que espela a si mesmo de mil'es de maneiras e
não sai disso. uma mastur"ação mental em toda a e,tensão da pala!ra. Este
espelo# a nature$a dele é ser translFcido e re)le,i!o. 7sso é tudo1 não * mais nada o
que sa"er dele. Então# se n-s seuimos o camino contr*rio i.é/ )ormos in)lando a
psique# acando que ela é a Fnica coisa interessante. a psique é tanto mais
importante quanto mais modesta ela )or. Por isso que a super)%cie da *ua não é *ua
nem não5*ua. Ela é uma pel%cula sem espessura. e,atamente essa pel%cula que é
um nada mas no qual aparece tudo. é isso que quer di$er o cin0s com o tal do Win.
O Win é tanto mais randioso quanto mais ele consente em não ser nada. por isso
que é sincroni$ado com a !aca# por ser um "ico paciente# o"ediente. A psique est* l*
para o"edecer# não para ter !ontade pr-pria. O Win é e,atamente esta Psique em )ace
do esp%rito. Porém na medida que o ps%quico re)lete o espiritual# ele est* re)letindo
alo que a"arca o mundo )%sico. A"arca e transcende. Então ele tem um poder so"re o
mundo )%sico. Então# est* )eita a ierarquia do ne-cio. 6ue é o )amoso Zon1 O céu#
o omem e a (erra. (erra é o mundo )%sico. O céu# o mundo meta)%sico e o omem é
a psique. E a psique aonde ela est*> Esta no encontro de céu e da (erra. E !oc0 !er*
que todas as disciplinas espirituais do mundo !ão e,istir sempre numa espécie de
indi!idualidade ps%quica. Na simplicidade desta psique e não na complicação. e
aente presta muita atenção na Psique# é como querer aarrar uma )umaça. não tem
nada ali1 6uem
Passaem ola muito
para [ndia seususa
de 4orster so nos
este )ica semelante
ditado 2s suas
indu como som"ras.
ep%ra)e do li!ro.No4orster
li!ro1
era sem dF!ida um s*"io1 um omem que en,e ra!a as cois as como ela s são. A
pro"lem*tica toda daquela moça do )ilme )oi um )os)oresc0ncia. A mensaem é que
!oc0 de!e esquecer os seus sonos. e !oc0 nem mesmo tem certe$a da coisa# então
não importa. A mensaem é clar%ssima1 é aquela ca!erna ceia de coisas que não são
nada. E no )im# a realidade era muito melor/ era um omem indiano "om# simp*tico
e que s- esta !a querendo a&udar. 7sso não quer di$er que o mundo ps%quico se&a
ine,istente# mas ele s- e,is te se !oc0 quer. Aora# a (erra e o Céu# a su&eição do
nosso corpo material e,istem/ e por outro lado o mundo meta5)%sico tam"ém e,iste
porque as leis do princ%pio de identidade. tudo isso presida a realidade com mão de
)erro. O mundo meta5)%sico é mais duro que o mundo )%si co. 8ais implac*!el que o
mundo )%sico. 8uito dos conselos de ascetismo de!er ser entendido neste sentido.
Não adianta nada !oc0 )icar sem comer. e !oc0 não comer# !oc0 )ica delirando.
melor !oc0 comer e parar de in!entar coisa. na !erdade mais um ascetismo da
alma do que do pr-prio corpo. A psique não podendo atuar so$ina# ela pea aluma
coisa no concreto. Então !ai partir de necessidades corporais e !ai ampliar
)ormida!elmente. 6ualquer necessidade corporal que !oc0 comece a pensar muito nela
a psique amplia de tal maneira a que não * o mais o que te sati s)aça. 6ualquer
coisa que !oc0 se acostuma a querer. corpo tem um limite do que ele precisa. A psique
não? 6uantas !e$es !oc0 precisa comer# quantas !e$es !oc0 precisa de se,o. A% a
psique se !olta contra o corpo. As pr*ticas ascéticas tentam cortar o prete,to de que a
alma se ser!e para ampliar as necessidades. Eu não acredito muito nisso1 o que eu
acredito é nesse ne-cio aristotélico do meio5termo. E eu aco que quase todo mundo
acredita nisso sem sa"er. Como di$ Arist-teles. A !irtude é o meio termo entre B !%cios.
Voc0 est* com um !%cio aqui# pea o !icio contr*rio e aca o ponto de equil%"rio. Por
e,.1 a am"ição e a preuiça. A am"ição é recompensada pela preuiça e !ice5!ersa.
Então não precisa ter !irtude nenuma/ "asta ter todos os !%cios e &oar um contra o
outro.
Esse )undo da alma# uma !e$ alcançado# por um lado ele é o começo da o"ra
alqu%mica. Por outro lado ele é um coroamento# uma conquista. Esta conquista
representa o estado ad+mico alcançado. Voc0 !irou ente. Assumir que !oc0 é ente
sini)ica o que> Ola# o&e em dia o omem pensa muito em direitos etc.. 8as# o
51
omem !erdadeiro não tem nada disso. 6ue direitos tina Adão> Ele nunca pensou
nisso. Não é o respeito que os outro t0m por !oc0 que !ai te dar um estado umano.
Ao contr*rio# ninuém pode te dar o estado umano.. A conquista do estado umano
é a conquista de uma centralidade. E neste sentido que se de!e entender o simplismo
do eocentrismo. 6uer di$er1 o que est* no centro do uni!erso não é a (erra. o
omem> E essa centralidade. primeiro temos que entender o sentido !ertical para
entender depois o ori$ontal. E o sentido !ertical sini)ica que o omem é e,atamente
o mediador entr e o mundo )%sico e o mundo espiritual. 6uer di$er que entre o
con&unto de leis que ree este mundo espiritual e este mundo )%sico s- tem um ser no
meio que capta os B lados por eqidist+ncia e compreende a relação entre um e outro.
E,plicarei melor "aseado no princ%pio de identidade1 !amos supor que no deseno o
mundo )%sico é o mundo dos Porcos. Por e,.1 entre um mundo e outro s- tem uma
Fnico ser capa$ de conect*5los. Porque# como n-s 9seres umanos= temos um corpo#
n-s tam"ém padecemos das mesmas contin0ncias que aqui estão su&eitas os porcos#
as alinas etc.. - que n-s podemos além de perce"er o que se passa conosco#
podemos perce"er o que se passa com eles. E eles não. O porco s- entende de porco.
Os animais para não )alar das plantas5 se desconecem uns aos outros. Em primeiro
luar# e,istem espécies animais que nunca se !iram a não ser quando do omem
&untou5os no $ool-ico. Perunto eu1 quando o primeiro urso polar )icou sa"endo que
e,istia uma ira)a> Além de estarem separados eora)icamente# os animais ainda
estão separados pelas suas respecti!as es)eras de percepção que um não a"arca o
outro Por e,.1 as
pro!a!elmente as )ormias
)ormias sa"em
sa"em que
que e,iste
e,istemmorte.
tamandu*s que as
8as# quem as comem>
mata s- Não#
n-s
sa"emos. O Fnico ponto de &unção de toda a nature$a terrestre é o omem. o Fnico
que est* in)ormado de tudo. Por isso que o omem é a Fnica espécie que não tem um
habitat espec%)ico. (odos os "ico precisam de um certo clima# de certas condiç'es. O
omem praticamente se adapta 2 tudo. Ele tem essa mo"ilidade ori$ontal que os
outros "ico os !eetais e mineiras não t0m. 8ais ainda o omem é o Fnico "ico que
pode mudar as coisas de luar. Por e,.1 o&e em dia a super)%cie da (erra est* ceia
de minerais que )oram retirados de dentro da (erra e postos em outro luar. E isto
pode ter conseq0ncias terr%!eis/ mas mostra o poder que ele tem. Esta es)era das leis
meta)%sicas# ela determina o que se passa em "ai,o mas não é a)etado por nada. Esta
de "ai,o s- so)re determinação e não apita nada. O Fnico que so)re e ae é o omem?
Não e,iste nenum outro ser que )aça estas B coisas. 8esmo se !oc0 )alar da an&os.
An&o é um modo de !oc 0 di$er uma ação celeste. Então# o an&o tam"ém não padece
ação aluma. Ele não pode padecer a ação de Deus porque ele é a ação de Deus.
como o raio do ol est* para o ol1 o raio do sol não so)re ação do sol/ ele é ação do
ol. O an&o# a mesma coisa1 Ele é uma aspecto da inteli0ncia di!ina. Aente pode
colocar a coisa como aente e ação1 o aente é Deus e ação é a do an&o. Então !oc0
tem uma es)era da ação e uma es)era da pai,ão. O omem tem uma !ida corporal# um
ser "iol-ico !i!ente e ao mesmo tempo ele tem uma inteli0ncia capa$ de a"arcar o
con&unto dos seres que o rodeia e air so"re eles. ao mesmo tempo que ele so)re a ação
do Cosmos. Então o que ele é> Ele é ente. Este&a onde esti!er# tena nascido aonde
)or. Ao mesmo tempo# ele tem um corpo que se mo!e. 8as ele não se limita a se mo!er
e so)rer o impacto do mundo. Ao contr*rio# ele conseue a"arcar de certo modo a sua
inteli0ncia no con&unto dos seres !i!entes e air so"re eles. O Fnico "ico que )a$
isso cama5se omem. Com todas as suas di)erenças. A não ser que !oc0 !* )a$er de
di)erenças acidentais# di)erenças espec%)icas1 A# mas tem #B; m. eu não acredito que
eu !* )icar mais assustado quando eu !er um E,traterrestre do que o primeiro
pretino da \)rica )icou quando !iu o primeiro portuu0s. 7maina um pimeu preto
!endo um omem "ranco# parecido com um )antasma# de #; m de altura. E me dia
aonde que est* escrito na de)inição de omem que ele tem que nascer na (erra. O
omem é um animal racional !ena de onde !ier. Então# essa con&uação da
animalidade que o su&eita 2 e,ist0ncia material e da racionalidade que le permite ao
52
contr*rio air so"re a condição material/ é e,atamente isso a% que de)ine o omem. O
que sini)ica alcançar apenas condição umana> ini)ica air so"re aquilo que est*
su&eito 2 sua ação. E padecer a ação so"re aquilo que est* acima de !oc0. Portanto#
in!ertendo# seria não padecer a ação so"re o que est* a"ai,o de !oc0 nem tentar air
so"re o que est* acima. simples. Na J%"lia no @0nesis# quando Deus cria o omem
tem1 !oc0 !ai mandar nesse ne-cio todo e !ai me o"edecer completamente. 6uer
di$er1 não adianta !oc0 tentar air nesta es)er a espiritual porque !oc0 não alcanç a.
Então# o omem tem que o"edecer 2 Deus querendo ou não# sa"endo ou não. E l* em
"ai,o> Jom# com relação ao mundo material# o certo é !oc0 mandar l*. E se !oc0 não
mandar> Ninuém !ai te o"riar. Nem o pr-prio Deus. Alcançar esta centralidade de
cear no )undo da alma sini)ica se tornar inteiramente so"erano dos )atores que são
!eetais# minerais# animais# )atores de ordem natural. E# inteiramente su"misso 2
)atores de ordem espiritual. esse e,atamente o ponto de equil%"rio desta pel%cula que
qualquer sopro# qualquer aitação da alma "alança e ser perde. A alma aitada se
torna presa ao mundo )%sico em !e$ de domin*5la. Então é mais ou menos )atal que o
omem nunca permaneça neste mundo da alma. Assim como a *ua nunca
permaneça calma. Ela )ica calma por aluns instantes depois !olta. 8as uma !e$ que
!oc0 desco"riu que isto e,iste# !oc0 não quer mais sair de l*. 8as &ustamente para se
instalar neste )undo da alma# nesta pel%cula# este ponto de equil%"rio é que e,istem
todas as disciplinas de concentração. Essa concentração é sim"oli$ada e,atamente
pelo )orno do alquimista. Voc0 !ai acumulando um calor interno. Este )oo sini)ica de
certa
ponto maneira o coração.
de encontro O coração#
na !ertical# é o meio do
na ori$ontal# esteomem
)unda em cu&o meio
da alma. est*
Neste este o o
sentido#
!erdadeiro s%m"olo astro5alqu%mico do coração é a Lua.# não o ol. O ol por !e$es é
considerado tam"ém o s%m"olo do coração e tam"ém )a$ sentido. Este )undo da alma
que é o centro do omem é que ao mesmo tempo desina a poluição intermedi*ria do
omem no cosmo é um sim"olismo de ordem lun ar. A% tem uma das coi sas mais
lindas do sim"olismo uni!ersal que é &ustamente a relação entre o sol e a Lua. e !oc0
pear o planeta (erra# a Lua e o ol. Eles estão colocados e,atamente assim nesta
relação. A lua est* no meio. Aonde est* o omem> O omem não est* na (erra# est*
no meio1 o omem est* s- como o pé na terra.. A Lua tem o mesmo mecanismo de
incar e desincar que tem o nosso coração1 s%stole e di*stole. O que o coração )a$
em minuto# ela )a$ todo o m0s. Ao mesmo tempo# !oc0 !0 que tudo aquilo que inca
e desinca na super)%cie da (erra# acompana os mo!imentos lunares1 marés#
diestão# processo de enordar e emarecer. 8as o que d* a medida do tempo desta
coisa> &ustamente a relação entre a (erra e o ol. ão os mo!imentos rec%procos
entre (erra e ol. O mo!imento da (erra em torno do ol é que determina para n-s as
direç'es do espaço. Est* em sentido a"soluto# para a (erra/ e cria uma moldura
dentro do qual !oc0 pode !er e medir os demais mo!imentos. Então# aente tem aqui
um dos sim"oli$amos mais -"!ios e mais sutis1 o esp%rito# a mente e a psique #.. O
esp%rito é aquilo que "ali$a a mente. Ele demarca o territ-rio por onde a mente pode
ser mo!er. O esp%rito demarca o quadrante para que o ponteiro 9a mente= possa se
mo!er ali. O esp%rito é e,atamente a lu$# o sol em particular. Então é e!idente que o
ol não é o coração. O coração é a Lua. Porém tão loo !oc0 cea no centro do
omem # !oc0 !er* o re)le,o do esp%rito. Então !oc0 !er* a lu$ do ol. O sol representa
aquele conteFdo espiritual ideal que se re)lete no coração/ e que preence o coração.
e o coração )osse o ol# o coração &amais poderia estar na escuridão. e ele pode
)icar escuro# e se o"edece 2 um mo!imento c%clico# então ele não é o sol# pois este est*
sempre iluminado. ão os corpo !is%!eis que estão ora iluminados# ora escuros
con)orme os seus mo!imentos rec%procos. 8as o ol tem que estar iluminado B oras
por dia. ão os mo!imentos do ol que demarcam este espaço dentro do qual se
poder* o"ser!ar a (erra o con&unto dos mo!imentos celestes/ particularmente o
mo!imento da Lua. Da% que !em o $od%aco. ]od%aco é a demarcação do espaço em
terno do mo!imento do ol. 3m dos randes )il-so)os do in%cio da uman idade que
53
)oi. Ele capta a relação entre o intelecto puro# o loos e a ra$ão que é a pr-pria mente
umana. O esp%rito demarca os mo!imentos poss%!eis da ra$ão e a ra$ão se mo!e ali
dentro. A ra$ão sini)ica o pr-prio coração. A ra$ão é o pensamento umano. 7sso quer
di$er claramente que os princ%pios que determinam a ra$ão não são uiados por ele
pr-pria. O principio de identidade não é uma criação da ra$ão/ ao contr *rio1 ele
determina e escra!i$a a ra$ão. A ra$ão pode me,er dentro dele.
Deseno
Aqui !oc0 tem a determinação# o c%rculo todo das possi"ilidades# as leis eternas. Aqui
!oc0 tem o corpos# dos seres criados so"re os quais estas determinaç'es incidem. E
aqui !oc0 tem o conecimento da relação entre uma coisa e outra. O que ser* essa
in!enção do omem camada ci0ncia> Ci0ncia é o estudo dos )atos 9aqui em "ai,o= 2
lu$ dos princ%pio 9aqui em cima=. E a ci0ncia est* aqui no meio. Ora# isto nunca
termina e nunca d* completamente certo. Porque a nature$a do coração umano se
mo!e ciclicamente. 7sso istoricamente )alando. 8as o indi!%duo pode de certo modo
alcançar uma centralidade permanente. Ou se&a# uma consci0ncia permanente de
centralidade. E é &ustamente a% que tem todas as disciplinas espirituais que e,istem
no mundo. Na !erdade este é o Fnico assunto que interessa no mundo. O resto é
con!ersa mole. Não é "em con!ersa mole porque sem este resto tam"ém não se cea
a este assunto que interessa. Lem"ra que eu )alei que o manual "*sico de Alquimia
era a 4%sica de Arist -teles> Como é que !ai )a$er para cear a enten der a 4%sica de
Arist-teles> Precisa de toda uma cultura# aquisição de conecimentos# para cear l*.
8as se cear
adianta. até a%
Ci0ncia seme não !er queé tem
sa"edora para
como umcima das ci0ncia
esporte uma
qualquer porsa"edoria não
mais utili dade
pr*tica que tena.. (udo aquilo que não di$ respeito ao destino eterno do omem s-
tem import+ncia ocasional. 8esmo um acidente que )osse curar durante toda a sua
!ida# mas que s- curasse no )inal da sua !ida não ter* import+ncia aluma.. 3ma !ida
umana que dura ; anos# ela s- !ai importar durante ; anos. e é uma coisa que
não !ai importar para a eternidade# ; anos é iual a ; seundos. Aora# e aquilo
que durasse apenas ; seundos e ti!esse um conecimento da eternidade> Jom a%
começou a )icar importante.
Alcançada esta centralidade isso a% sini)ica uma certa li"erdade do omem com
relação 2s determinaç'es do mundo )%sico/ não pode ser uma li"erdade completa por
causa de sua pr-pria nature$a. eria mais auto5contradit-rio que o omem se
tornasse totalmente li!re das determinaç'es )%sicas. Porque para isso ele precisaria
não ter corpo nenum. A% seria um esp%rito dei,aria de ser omem# !iraria um an&o.
7sto quer di$er que mesmo o su&eito que tena alcançado a mais alta reali$ação
espiritual ele est* inteiramente su"metido 2 todas as determinaç'es que tem aqui em
"ai,o. Elas s- não terão poder so"re a sua psique. Ve&a como é a"surdo certas
pretens'es de disciplinas espirituais que acreditam que !oc0 se li"erta do seu destino#
da ressurreição )%sica. No Corão# o pro)eta 8aomé por B !e$es so)reu atos de "ru,aria
que o atiniram. Então# nenum pro)eta est* )ora da "ru,aria. Ele pode se li!rar de
coisas. Porque> Porque esta ser* uma ação que ser* desencadeada por meios
ps%quicos na ação )%sica. Então ele !ai acertar. Vai acertar tanto quanto o outro
acertaria uma "ala na ca"eça. 6ue# pode se li"ertar é a psique. O corpo não pode se
li"ertar da usa pr-pria condição. 7sso sini)ica que o es)orço umano não é para ser
an&o# é para ser ente. E ser ente sini)ica assumir a condição corporal na sua
inteire$a para que a alma se li"erte dela# não para que o corpo se li"erte. O que
sini)ica a alma se li"ertar> ini)ica não que !oc0 não !* sentir dor# triste$a. !oc0 !ai
sentir tudo s- que isto não mudar* a sua con!icção# porque ele sa"e isso. Por e,.1 se
uma pessoa )ica "ra!a# ela )ala tanta "esteira/ ou ela simplesmente !ai )alar aquilo
que ela não )alou calma> 7sso é uma di)erença "rutal. a di)erença entre o im"ecil e o
s*"io. Então o que )alou o que pensou mesmo estando "ra!o# ele não é um su&eito que
est* possu%do pela rai!a1 ao contr*rio ele é um su&eito que tem rai! a. Ele tem tanta
rai!a como qualquer outro. - que a rai!a é dele. Ele tem a so"e rania na es)era
54
coniti!a. Não sini)ica que não ter* acesso de c-lera. Ve&a o quanto é errada esta
idéia de que o omem s*"io é aquele cara que nunca se altera. A li"eração é um
li"eração da consci0ncia. A consci0ncia não est* não est* su&eita 2 )lutuaç'es1 aquilo
que !oc0 sa"e !oc0 sa"e. A sua mudança de estado não muda o que !oc0 sa"e. 8as
!oc0 muda de estado do mesmo modo. 6uer di$er que !oc0 enquanto indi!%duo
!i!ente# est* su&eito 2 todas as )lutuaç'es emocionais como qualquer outro. - que
estas )lutuaç'es emocionais a)etaram somente os aspectos in)eriores das psique não
as superiores/ mais precisamente não a)etou a parte coniti!a. 6uer di$er que !oc0
não !ai !er as coisas di)erentes porque !oc0 est* "ra!o. 7sto quer di$er que a rande
mutação que e,iste a partir da% é que as pr-prias emoç'es dos indi!%duos começam a
ser -rãos coniti!os. 6uando Cristo di$ assim1 na !erdade * mais do que de!ia se
odiar. ele est* querendo di$er1 !oc0 de!e odiar aquilo que é odioso. E amar aquilo que
é am*!el. Não conseuimos )a$er isso porque a *ua me,e e !oc0 con)unde tudo. e o
omem cear a este ponto# e ele odiar uma coisa é porque esta coisa é odiosa
mesmo. Não é mias su"&eti!o. isto que é a !erdadeira imparcialidade. 7mparcialidade
não é pairar acima das coisas )eito um passarino e )icar num nir!ana idiota. !oc0
não !ai !er um Fnico s*"io que !i!eu neste estado de Nir!ana que seria uma
!erdadeira anestesia. Pode até alcançar um estado de )rie$a que seria demon%aco. Para
que ser!e as emoç'es e os sentimentos> Eles são repercuss'es )%sicas de
conecimentos que !oc0 tem. Representa sua resposta personali$ada. Por e,emplo1 se
uma pessoa te d* um presente. E!identemente isto aumenta o seu patrimnio. 8as eu
dio# isto !oc0
isqueiro# é tudo> e !oc0
tam"ém d* um oisqueiro
aumento 2 umdele.
patrimnio retardado mental
e !oc0 d* umque não sa"e
presente o que
para um é
morto tam"ém aumentou o patrimnio dele. 8as acontece que o omem reae
personali$adamente. Ele )ica contente. Ele )ica a)etado. Por isso que a emoção se
cama a)eição ou a)eto. A emoção é a média da alteração que !oc0 so)re pelas coisas
que acontecem. Voc0 sempre ser* a)etado e alterado. E se parou de ser alterado
sini)ica que !oc0 não reae mais personali$adamente. Ora# seria isto uma per)eição>
Não a per)eição é e,atamente o contr*rio. A per)eição é quando a sua alteração re)lete
e,atamente o que est* acontecendo. Ele se tornou a media correta1 Porque se esse
omem odeia o que é para odiar e ama o que é para amar. Ele não é indi)erente. Os
!alores das coisas aparecerão na alma deste indi!%duo. Por isso mesmo que eu aco
um a"surdo esse ne-cio de que a ci0ncia não pode entrar em pro"lema de !alores.
Ora# se não entrar não é ci0ncia. Porque a ci0ncia mesma se "aseia numa !alo r que
se cama !eracidade/ e num outro que se cama conecimento. (irar estes B !alores
aca"a com a ci0ncia. O que o cientista não de!e )a$er é pro&etar !alores so"re as
coisas. 8as se ele puder perce"er os !alores que estão l*# melor. Da% pode parecer
alum enraçadino1 8as Tant demonstrou que os !alores estão na nossa mente e
não nas coisas. Jom não é nada disso1 Tant não entendia nada so"re este assunto.
Aora# tem um seundo sentido em que Tant era muito pro)undo. e !oc0 ler toda a
o"ra de Tant# não como teoria# mas como o"ra de ascese que era o que Tant queria
mesmo porque ele era um carola !oc0 !er* que ele concorda com tudo isto aqui. 8as
isso é outro assunto. Eu não !ou demonstrar isso aqui mas é claro que os !alores
estão o"&eti!amente nas coisas1 o Jem e o 8al e,istem o"&eti!amente. Eles são
enormemente con)usas. E é precisamente esta con)usão que de)ine a nossa condição
e,istencial. e o "em e o 8al esti!essem de!idamente separados# aente estaria num
ou estar%amos no outro. 7sso quer di$er que se eu estou no "em# eu não !ou nem !er
o 8al. E se eu estou no 8al# eu não !ou !er o "em. Ou sou an&o ou sou capeta. 7sso
não seria uma maneira de resol!er o pro"lema/ mas seria uma mentira de eliminar o
su&eito que tem o pro"lema1 !oc0 cortou o omem# )icou s- os an&inos. 8as# se e,iste
esta mistura do Jem e do 8al e se o omem est* no meio desta mistura tal como ele
est* no ponto de interseção entre o céu e a (erra> (am"ém é e!idente que a distinção
do Jem e do 8al não coincide com esta aqui. Porque aqui 9na (erra= não tem o mal# e
em cima 9no céu= não tem mal. - tem aqui1 o Jem e o 8al estão nesta dimensão
55
ori$ontal. O 8al est* para um lado e o Jem est* para o outro. 8as note "em que isso
s- e,iste para n-s. Do ponto de !ista de Deus não tem mal nenum. Nem o capeta é
mal/. se ele )a$ o que Deus quer. 7sso quer di$er que o Jem est* em"ai,o# est* em
cima# est* no meio. E o mal est* s- no meio e s- para um dos lados. O 8al est* na
condição e,istencial do omem. O 8al e,iste o"&eti!amente par o omem. 6uer di$er#
na condição !ital que ele est* colocado. 8as não é s- na ca"eça dele.
Os melores interpretaç'es de I- )ormam )eitas por Zilliam Jlae. I- tina
alcançado a centralidade mas não a sa"edoria. I- passaria do omem !erdadeiro para
o omem transcendental 9nos termos cineses=. (ranscendental quer di$er1 o omem
não somente est* no meio mas ele en,era "em em cima. 3ma coisa de estar aqui no
meio é alcançar a pot0ncia disto. 8as não é t05la reali$ado. Então entre o começo do
li!ro de I- e o )im# !oc0 tem toda a operação alqu%mica. 8as s- que quando começa#
I- &* est* no centro. Ele !0 aquilo que ele pode !er. Ver como é em "ai,o e em cima.
Ao mesmo tempo ele !ai !er o Deus e !ai !er a pro)unde$a do in)erno. Ele !ai !er tudo.
Como Dante/ Dante !ai !er a escala inteirina. 6uer di$er# !oc0 alcançou isto
equil%"rio# essa ori$ontalidade da *ua# aora !oc0 !ai merular para depois su"ir.
Voc0 !ai !er o que est* a"ai,o da nature$a umana e o que est* acima do pr-prio céu.
Este céu não é "em Deus. (am"ém não é "em o esp%rito santo. a ação do Esp%rito
anto. a asa do an&o. Jom# mas atr*s da asa tem o an&o# atar*s do an&o tem quem
mandou no an&o. Então# é a%# que aente tem a passaem dos pequenos mistérios
para os randes mistérios 9 !oc0 alcançou a centralidade e aora n-s !amos te mostrar
tudino=. Os pequenos
das leis meta)%sicas quemistérios é o conecimento
as determinam. damistérios
E os randes realidadesini)icam
sens%!el da (erra e
conecer
Deus. Não é um teste que Deus est* )a$endo. (rata5se sim# do que Platão cama!a de
A eunda Na!eação1 !oc0 completou uma !iaem# aora !amos conecer outra maio
ainda. Essa outra não é o"riat-ria. Pode cear como não cear. Então em toda a
ist-ria ou !oc0 est* )alando de uma iniciação de pequenos mistérios que é o mundo
da alquimia propriamente dito Ou !oc0 est* )alando de uma seunda Alquimia mais
ele!ada que !ai le!ar ao conecimento do que é o esp%rito mesmo. A% &* entre a no
mundo do inimain*!el.
O mundo )%sico não tem mal porque ele é s- o"ediente. e ele não ae# ele não
tem mal. e tem um terremoto o que a terra pode di$er> Não )i$ por m* intenção. Este
é o mundo da inoc0ncia. L* em cima tam"ém1 é a inoc0ncia da sa"edoria e a inoc0ncia
da inor+ncia. 8as tem um ne-cio aqui no meio que é a nossa parte1 a parte que nos
ca"e neste lati)Fndio. o papel que o omem est* desempenando neste con&unto. E
é um papel que por de)inição não pode estar totalmente determinado de antemão. Por
ter uma condição intermedi*ria# o omem não pode ser nem escra!o# nem inocente
por inor+ncia nem inocente por sa"edoria. Então# ele tem Por e,cel0ncia um papel
ati!o. 8as ati!o em relação 2 (erra e passi!o em relação ao mundo celeste. Essas
di!is'es# elas não são r%idas. Porque tudo o que se re)ere 2 sim"olismos de mundos#
!oc0 tem sini)icado sucessi!o1 a coisa prosseue. Não é um a pluralidade no sentido
contradit-rio. tudo coerente. 8as a coisa pode ser !ista em !*rias dimens'es 9é
como uma ce"ola=. Então# !oc0 conseue en,erar até um certo nFmeros de etapas.
Da% para diante !oc0 não en,era mais1 daqui para diante tudo p* mim é céu. Então
na parte dos mistérios dos céus a% a coisa se complica mais ainda. (em mais andares
que o omem não tem nenuma o"riação de imainar. (em uma ist-ria do Dante
que é a do Papa que escre!eu um tratado das ierarquias e!anélicas. 8orreu# )oi pr-
céu e l* )icou sa"endo que não era tudo aqu ilo que a!ia escrito esta!a errado. No
Para%so do Dante tem isso. 7sso quer di$er que em !ida ele não tina alcançado os
randes mistérios.. Então# o que tem que tratar é aqui1 é a )inalidade da condição
umana1 (orna5te aquilo que és. A conquista dos "ens terrestres se&am eles de
nature$a material# se&am de nature$a espiritual é muito relati!o. Por e,.1 !oc0 !ai
conecer as artes. e !oc0 )or capa$ de con!erir este conecimento para a sua
)inalidade# -timo. (udo# qualquer "em ou conecimento# aleria ou triste$a# tudo é
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am"%uo. Porque pode contri"uir para te le!ar para l* ou para te tirar de l*. - uma
coisa determina1 que é !oc0 mesmo . Não importa muito o que aconteça. 6ualquer
coisa que aconteça o ne-cio é !oc0 tent ar !irar a coisa para res ultar neste tipo de
"ene)%cio. Este é o camino reto# camino do meio1 tem que cear l*. Voc0 estudando
a !ida dos randes pro)etas# !oc0 !0 uma conquista de uma tamana o"&eti!idade ante
o real que não precisa nem antecipar o que !ai acontecer. 8uitas das capacidade
pro)éticas não implicam nem mesmo uma mensaem celeste especi)ica que tena
ensinado 2 essas pessoas isso aqui. 8as 2s !e$es o simples e,erc%cio normal das
)aculdades umanas# !oc0 cea l*. O Fnico pro)eta so"re o qual temos uma
documentação e,tensa é 8aomé. A ente se "aseia nesse mais ou menos para sa"er o
dos outros. di)%cil !oc0 distinuir nele o que é uma coisa que )oi mandado pelo céu e
o que é uma simples consenso dele. 3ma coisa que est* meio lim%tro)e 2 outra. A !ida
de qualquer modo se&a umana se&a di!ina é sa"edoria. O limite é que !oc0 não sa"e.
Aora# ele o pro)e ta# sa"e. por isso que eu aco in)a me esse pessoal que )ica
tentando )a$er psicoloia de santo# de m%stico tentando e,plicar por comple,o de
dipo assunto de nature$a completamente di)erente. o su&eito que tem a psique
tosca e )ica tentando e,plicar# analisar os outros. claro que )icar* pro&eti!o. Aente
s- pode e,plicar o que est* para "ai,o de n-s1 aquilo que !oc0 &* !iu# &* !i!eu# uma
e,peri0ncia &* a"sor!ida. 8as# se tem uma e,peri0ncia que est* além aquilo tudo que
!oc0 &* passou# !oc0 !ai imainar o que> as mesma coisa que !oc0 perunta para
um aroto de M anos o que ele aca da !ida se,ual do papai. Até se !oc0 )alar em
suru"a
sa"em opara
que éumas adulto# a maior
implicaç'es parte dosque
psicol-icas adultos nunca passaram por isso e nem
isso tena.
3m dos principais dados que nos alcança no senso de eternidade. (oda a
tend0ncia da cultura moderna é o contr*rio1 é prender o su&eito numa espécie de
temporalidade imediatista tal que ele não conseue imainar o dia de amanã. 6uer
di$er que coisas que aconteceram para ela * < meses# um ano tem para ele uma
dist+ncia incompreens%!el# uma nu!em nera de esquecimento/ ele &* não entende
mais nada# muito menos o )uturo. isso que o René @uen-n cama!a de contra5
iniciação1 ele !ai )icar cada !e$ mais "urro mas ele tem a impressão que est* )icando
mais pro)undo. Nenum s*"io tem a impressão de ser s*"io. o senso de o"!iedade
!ersus o senso de o"scuridade1 ele imaina que na sua o"scuridade est* )icando mais
pro)undo. 8as toda a nossa luta é para alcançar o -"!io. (udo que a ente sa"e
mesmo# tudo o que aente conquistou e)eti!amente# !oc0 entende que não poderia ser
de outro modo/ então passa a ser -"!io. Ele reconece que aquilo que ele aprendeu
todo mundo sa"ia menos ele# que ele é s- mais um.
O senso de eternidade é nosso assunto de amanã/ é a mesma e,plicação de
o&e mas so" o ponto de !ista de consci0ncia de tempo.
57
SEXTA AULA (24/01/96)
Leremos B te,tos o&e1 3m# não por coincid0ncia# )oi tirado de um li!ro de Alquimia. E
o outro# de um li!ro que não tem nada a !er com Alquimia. um romance de @eores
Jernanos 9um escritor )ranc0s que morou no Jrasil por mui to tempo=. Vamos ler o
primeiro par*ra)o# depois aente !olta para comentar.
Coment*rio1 O que se entende o&e do estudo da nature$a )%sica# alqu%mica etc.> ão
ci0ncia que procuram estudar da nature$a somente os seus aspectos diretamente
mensur*!eis# matemati$*!eis. 6uer di$er# é uma espécie recorte da nature$a 9onde
!ai pear apenas os seus aspectos quantitati!os mais )acilmente capt*!eis e
orani$*!eis no con&unto de relaç'es=. Relaç'es que quando se re!elam constantes#
c%clicas# repetiti!as# adquirem o nome de Leis. Lei cient%)ica é uma espécie de equação
matem*tica que se !eri)ica repetidamente esta"elecendo uma relação entre )atos da
nature$a. A ci0ncia o&e em dia é do tipo descriti!a eométrica da nature$a e que
"usca somente as repetiç'es. Ora# o aspecto repetiti!o e mensur*!el de um )enmeno#
é e!idente que é s- uma )ai,a# um corte uma )atia por assim di$er. e !oc0 pear antes
do ciclo camado Ciclo 8oderno que começa com a Renascença# !oc0 !er* que a
ci0ncia 4%sica se ocupa!a de muito mais coisas. E a questão do sini)icado que ele
coloca ali. O sini)icado pressup'e uma intencionalidade. Ora# em todo o ciclo
moderno praticamente toda a cultura uni!ersit*ria se "aseia na idéia de que s- e,iste
intencionalidade no reino da intencionalidade umana e nada mais. omente o ser
umano possui intenç'es e portanto que ae com um sini)icado. Ao passo que todo o
reino da nature$a ter* que ser e,plicado independentemente de sini)icados. Ou se&a#
a ci0ncia não se interessa prelo que a nature$a )ale a n-s. 8as# apenas em descre!er e
medir o seu comportamento desde )ora. H* um recuo. E!idente que esta concepção
!em diretamente da di!isão cartesiana entre a coisa pensante que é a nossa mente e a
64
coisa e,tensa que são o o"&eto da nature$a. No século XV777# Lei"ni$ !ai mostrar que
apenas o aspecto quantitati!o# a medida# não "asta!a para constituir um conceito de
um ente real/ e que portanto o mundo estudado pela 4%sica# não era propriamente
real. 8as# um esquema matem*tico que coincide em certos pontos com o mundo real.
Podemos )a$er uma analoia da seuinte maneira1 imaine uma )iura umana
qualquer. e !oc0 marcar determinados pontos nesta )iura# !oc0 pode descre!er todos
os mo!imentos desta )iura s- a partir destes pontos. Aonde essa )iura se mo!esse
estes pontos se mo!eriam &unto com ela. E a descrição dos mo!imentos destes pontos
corresponderiam riorosamente ao real. - que não se parece em nada com a )iura
como um todo. Então# toda a operação que n-s camamos ci0ncia )%sica consiste em
)a$er isso aqui1 marcar determinados pontos que são mais )*ceis# os mais
matemati$*!eis# e acompanar o desenrolar deste aspecto da realidade "uscando as
simplicidades e as repetiç'es. E a ora que !oc0 conseuir !incular este mo!imento
aos conceito "*sicos como matéria# mo!imento etc.# !oc0 di$ que esta"eleceu uma lei.
claro que essa lei )unciona. Voc0 poderia esta"elecer neste mesma )iura# uma
equação das dist+ncias m*,imas poss%!eis entre este ponto e um outro ponto
con)orme as !*rias posiç'es do indi!%duo relacionando são mesmo tempo uma certa
dist+ncia com outra qualquer. Voc0 pode denominar ,# ^# $. !oc0 pode )a$er uma
equação di$endo que a dist+ncia m*,ima de $ a ^ !aria con)orme a dist+ncia de , a ^.
E !oc0 tem a% uma )ormula que ser* inteiramente !er%dica em todos os casos. Voc0 não
pode di$er que isto se&a irreal. 8as tam"ém não pode di$er que se&a real. um
mundo# um Ele
sini)icação> tecido
)ica de relaç'es pelo
com"inado matem*ticas.
mundo da Elinuae
o reino da intencionalidade#
m umana. da
- o que pode
)a$er sentido para o omem da ci!ili$ação moderna é a )ala umana. 9o resto não
precisa )a$er sentido. O resto apenas se comporta de uma maneira mais ou menos
mec+nica=. (am"ém é claro que este despersonali$ação da nature$a tra$ como
conseq0ncia um e,cessi!a personali$ação do mundo da )ala umana1 porque o
omem# !i!endo num uni!erso ostil sem sini)icado# é l-ico que ele se sente mal/ e
as suas necessidades de e,pressão e comunicação se tornam e,acer"adas. Da% que ao
mesmo tempo a ci0ncia !ai descre!endo um mundo cada !e$ mias impessoal. Voc0 !ai
!endo na pr*tica o processo in!erso1 um processo de su"&eti!ação cada !e$ maior.
Por e,.1 quando aespeare no século XV777 no per%odo rom+ntico# as pessoas
começam a )alar de suas emoç'es interiores das mais su"&eti!as que nunca o omem
tina tido em toda sua e,ist0ncia. Então# mem-rias de Iean Iacques Rousseau !oc0
!ai !er o indi!%duo peando a sua !idina a almina se desdo"rando nos mais %ntimos
detales para todo mundo !er. 7sto a% é um re)le,o de uma despersonali$ação da
nature$a. Então# é um espécie de e,cesso para compensar um e,cesso contr*rio.
&ustamente desse processo da su"&eti!i$ação da e,pressão art%stica concomitante 2
perda da comunicação com a nature$a que !oc0 !ai )alar o @eores Jernanos no
seundo par*ra)o. (al!e$ )osse con!eniente neste instante ir para o outro te,to para
depois !oltar.
Coment*rio1 Ele começa a )alar das !o$es das cidades. Cada rua que !oc0 atra!essa
tem um tumulto espec%)ico e quando !oc0 sai daquela rua este tumulto ainda
acompana !oc0. Até !oc0 encontrar um outro tumulto. Ele est* )alando de uma !o$
mas não é uma !o$ que ele de!eria mencionar/ porque somente as )lorestas. As
colinas# o )oo e a *ua t0m !o$es e,atamente no sentido que esta!a )alando Iulius
E!ola no outro te,to. Ele di$ que não compreendemos mais esta linuaem. O omem
l%rico é e,atamente o artista su"&eti!ista moderno. Onde ele )ala das suas emoç'es
65
indi!iduais. 9E,/ Iean Iacques Rousseau# Victor Huo etc..= Ele di$ que os poetas do
romantismo acredita!am ter restaurado esta linuaem da nature$a porque eles
)a$iam poemas onde a nature$a parecia acompanar as emoç'es do omem. A
paisaem !ira!a pano de )undo para as emoç'es do omem 9no Jrasil aente tem o
e,emplo de Iosé de Alencar=. Porém# seundo Jernanos# isto não é linuaem da
nature$a. 7sso é uma coisa que est* sendo colada 2 nature$a. Ele coloca este omem
l%rico no rau mais "ai,o da espécie umana. Di$ ele que é o tipo mais in)erior que
e,iste. Porque este &* não entende nada da nature$a e ainda a prostitui colando so"re
ela suas emoç'es su"&eti!as e o)erecendo para a despersonali$ação da nature$a um
remédio que ainda é pior. Porque a ci0ncia moderna não )ala a !o$ da nature$a. 8as o
poeta# o artista# ele &* não cala apenas. Ele coloca uma outra !o$ em cima. Le!a a
)alsidade mais lone ainda. Ele di$ que a poesia moderna# acreditando o ter
restaurado a linuaem da nature$a# não li"ertou a nature$a das )iuras m%ticas#
elementais 9duendes# etc.= senão para soltar l* o re"ano das mornas sensualidades
do pr-prio artista.
O %& !+, ,$,& ,&+!*.#$ p,$ ',$%5,; ,*5% & !#& , & >&?#,& 5
&# %*+%.',$ #p$%5%,
Coment*rio1 Ele est* di$endo que no )undo# a inspiração todina é puramente er-tica1
são as arotas que não quiseram dar para o su&eito ou que quiseram dar para ele. o
erotismo su"&eti!o pessoal
ou!ir a mensaem pro)undamais "o"oca que
da nature$a# a élinuaem
no )undo dos
a )onte de tudo
s%m"olos isto. Em !e$
alqu%micos quede
é
uma lição inesot*!el so"re o pr-prio sentido da e,ist0ncia# ele )a$ o contr*rio1 ele não
repara a nature$a senão para )a$er dela um s%m"olo ou um elo da sua pr-pria
emoção$ina.
Coment*rio1 O que quer di$er ila deserta> eria o s%m"olo mesmo da solidão sarada
da nature$a que seria uma ila deserta na qual nunca ninuém )oi. E até a% a massa
inteira dos liter*rios )a$endo aquele "arulo medono &* "otou os seus amores# seus
sentimentinos etc.. 7n!adiram tudo. Voc0 !ai !er tam "ém# loo depois de Victor
Huo# !em Jaudelaire que é e,atamente o contr*rio. Jaudelaire descre!e as cidade
com )erro# )umaça# a )eiFra da cidade. Ele aca"a se apai,onado pelo orr%!el e )a$ a
poesia do orror. um protesto mas aca"a )ascinada pelo mal. a impot0ncia da
cultura moderna para romper com este c%rculo# este )alat-rio que tampa a !o$ da
nature$a.
*,*# p!!%; !!* $#- , !'$ * 5*! #!!; ,$, *= &,
p,! &,# !%+ %*+,!%! , &# p!#* %*= .
Comentario1 O ritmo interior que precisamente )ala!a Iulius E!ola. Note "em que
@eores Jernanos nunca leu Iulius E!ola e nem o contr*rio. ão pessoas
completamente di)erentes/ não s- por cultura como por mentalidade. 8as que passam
e,atamente o mesmo )enmeno1 que e,iste um mo!imento interior da nature$a.
E,atamente este ciclos das trans)ormaç'es alqu%micas. E que é ao mesmo tempo o
mo!imento interior da nossa pr-pria alma. E é &ustamente a% que o omem que imp'e
a usa presença na nature$a não pode captar mais. e !oc0 manda a nature$a calar a
"oca e começa a )alar em cima dela# com !oc0 ela não )ala mais.
+'% &, ,&+ * , %p! *+#!,- &# p!,&,*; , *= !,&p*,
&,*= ,$& &,*+,
Coment*rio1 6uer di$er que o canto da nature$a continua. E esse é todo o nosso
es)orço1 !oc0 !ai ter que sintoni$ar para sa"er o que ela est* )alando. e&a o pessoal
que est* querendo aprisionar a nature$a como relaç'es matem*ticas# se&a aqueles que
em reação contra isso# trans)ormar a nature$a no palco de suas emoç'es eles# !ão
ou!ir mais nada. 6uer di$er que as B randes correntes da cultura moderna 9que
seria a ci0ncia matem*tica e o protesto su"&eti!o do artista= essas B estão se a)astando
do que esta!a l* para tr*s.
.N= < &&% 5 & p %&.,*& , ,!! , , $' ,*!%; 5*&+!#@& ?#, &= *
! , * &#!B
Coment*rio1
da li"erdade. Ve&a# as cidades#
Nas cidade# a ci!ili$ação
o omem umana
se li"ertou é as !e$es
da su&eição colocadacomo
da nature$a. o reino
o reino da
democracia# do socialismo etc.. Então como que poderia ser um monumento da
li"erdade este ne-cio que )oi constru%do na "ase da e,ploração do cosmos# da
escra!idão# 6ue li"erdade tem nisso>
.
$%>,!, &, &= !+$,-& *+, !,>,$%= & 5%&& , & ,$,,*+& A=
',*5%B
67
Coment*rio1 Como ela poderia renunciar a li"erdade se elas são o a"rio onde Adão
!encido pela re"elião das coisas# dos elemento )oi "uscar re)Fio> Os elementos são
e,atamente a nature$a. Adão passa a ter medo da nature$a e )oe para dentro das
cidades.
'% ,&& ! +!*&%+!%; .#!%=& , * %& ?#, *&&& &&&B
Coment*rio1 A situação ur"ana é por um lado# a e,pressão de toda est a ci0ncia
técnica. E dentro das cidad es sure um tipo de cultura que é especi)icamente
su"&eti!ista como compensação. Como as pessoas estão muito oprimidas ali# então
todas as pessoas t0m que e,primir os seus sentimento$inos para sentir que são
ente. 8as é uma e,pressão muito po"re e que !ai corromper o su&eito ainda mais. O
que quer que !ena de "om para a ci!ili$ação umana# qualquer intenção umana#
ela se superp'e 2 realidade# é dem0ncia mesmo. O empreado que tira )érias e !ai
para montana# ele acredita que est* sonando. E depois quando ele !olta para o
tra"alo# ele acredita que !oltou para a realidade. 8as é ao contr*rio1 as montanas#
o mar são realidades que &* esta!am a% * mil0nios. 7sso não que di$er que temos que
aca"ar com a ci!ili$ação# com as m*quina/ mas que temos que colocar as de!idas
proporç'es nas coisas. Os mares# as estrelas# os planetas e,istem mesmo e n-s
estamos * num mundino pequenino de ci!ili$ação colocando as nossas intenç'es.
8as este não é e)eti!amente o mundo real. E somente uma )orma de adaptação
umana 2 um mundo real que &* pree,istia. A redução matem*tica que se )a$ da
nature$a é )*cilde
uma espécie entender
re)Fioque ele é umano
intelectual reação
qualcausa da pelo aterrori$ado
o omem# mundo. 6uerdentro
di$er# ela
daé
comple,idade da nature$a# se esconde dentro de uma !ersão simpli)icada que ele
mesmo in!entou. 7sto é uma reação primiti!a. Essa simpli)icação mental que é )eita
pelo omem para não !er a realidade porque !oc0 est* como medo dela 9!em !e$ de
!oc0 esta"elecer uma espécie de di*loo para !oc0 tentar entender do que est* se
passando= esta reação não é do mundo moderno/ ela sempre e,istiu no omem. (em
um istoriador de arte que o"ser!ou isso a%1 6uanto mais !oc0 remonta!a para tr*s na
istoria da arte# as )ormas de deseno eram mais simpli)icadas# esquem*ticas e
eométricas. Porque que o omem primiti!o em !e$ de desenar o que !ia# desena!a
)iuras eométricas> simples porque ele esta!a no meio de con)usão natural. (endo
medo daquilo# ele recua!a para um mundo in!entado# eométrico um mundo
matemati$*!el 9dentro das possi"ilidades matem*ticas que ele tina=. 6uando !oc0
caa mais ou menos na época do império reco5romano# !oc0 começa a !er que se
alcançou a% um certo dom%nio da nature$a que permite que o omem ole de no!o
para a nature$a# sem medo# e comece a ostar dela. Porém se !oc0 a!ançar mais#
quando a ci!ili$ação ur"ana cresce e tampa a nature$a# a% !oc0 começa a ideali$ar a
nature$a dada !e$ mais1 da% sure o romantismo essas coisas todas. uma nature$a#
uma naturalidade in!entada. 6uando aente )ala em naturalidade in!entada# não é
s- a !isão do uni!erso natural onde !oc0 tem a introdução do arti)icialismo. 8as na
pr-pria e,pressão dos sentimentos umanos. Na época de Iean5Iacques Rousseau
onde era moda ser sincero# ele in!enta emoç'es que ele não tina# in!enta até pecados
que ele não )e$ em no me de ser sincero. 7sso quer di$er que até no contato consio
mesmo# não s- com a nature$a e,terior mas com a sua pr-pria nature$a %ntima=# o
omem su"stitui o in!entado ao o"ser!ado. A pesquisa ist-rica compro!ou que
muitas das sacanaens que Rousseau atri"u%a 2 si mesmo eram mais uma super5pose
de sincero. O pessoal desco"riu que ele não era tão ruim quanto ele di$ia# quer
in!entado mesmo. Essa coisa de !oc0 tentar parecer pior do que é# essa sinceridade
posada# é uma t%pica in!enção deste terceiro est*io da ci!ili$ação onde a ci!ili$ação
ur"ana &* tampou completamente a nature$a. Como !oc0 não pode cear nela# !oc0
a in!enta. Ora# na mesma medida que !oc0 in!enta a nature$a e,terior 9como &* di$ia
a di!isa alqu%mica1 como é em cima é em "ai,o= na medida em que !oc0 se a)astou
completamente da nature$a sens%!el e aora !oc0 tem que in!ent*5la !oc0 aca"a se
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a)astando da sua pr-pria nature$a interior e tem que in!ent*5la. Então !oc0 &* não
sa"e mais o que se passa dentro de e !oc0. Voc0 pode in!entar uma )antasia lison&eira
ou deprimente. 8as tanto )a$# !oc0 pouco sa"e a respeito de si1 a imainação est*
in!entado tudo. e !oc0 !eri)icar as doutrinas modernas a respeito do inconsciente#
e,istem tantas criaç'es di)erentes do inconsciente 94reud# Iun# Reic= que estou
seriamente inclinado a acreditar que não tem nenum santo. Porque ninuém pode
o"ser!ar tudo isto. E perunto eu1 ser* que um auto conecimento aut0ntico seria tão
di)erente de pessoa para pessoa> Então eu teria um inconsciente )reudiano# !oc0 teria
um inconsciente Reiciano. 7nconsciente de!er ser mais ou menos iual para todo
mundo. 6uer di$er# estão tentando pear a nature$a interior do omem desde )ora e
com uma rade de conceitos mais ou menos in!entada1 e,atamente como da a 4%sica
com a 8atem*tica (em5se que dei,ar a alma )alar. A condição sine qua non para a
alma )alar é entender que ela não !ai )alar nada de acordo com a di!isão dos
conecimentos que n-s in!entamos. 6uer di$er# a nature$a não !ai dar o&e para
!oc0 uma aula de 4%sica# uma aula de qu%mica depois uma aula de ram*tica/ ela não
!ai )a$er isso. Então para começar a entender é preciso admitir em primeiro luar que
as nossas di!is'es uni!ersit*rias do conecimento )orma in!entadas por n-s mesmos.
E que a natu re$a é uma s- e ela s- pode )al ar de tudo &un to. Voc0 é que tem que
depois separar e classi)icar. 8as se !oc0 espera que ela )ale em qualquer das
linuaens# que n-s conce"emos# para isso# ela não !ai )alar. Ela !ai ter que ter uma
linuaem pr-pria que é pré!ia# que é anterior# que é mais "*sica do que todas estas
di!is'es. 8as precisamos
Ci0ncia Natural 9no tempoentender esta linuaem
que os )il-so)os quecapa$es
ainda eram é a linuaem sim"-lica.
de interpretar aloAda
ci0ncia natural= era simultaneamente uma ci0ncia espiritual. E os muitos sentidos dos
s%m"olos remetiam os di!ersos aspectos do conecimento mesmo. Aente s- !ai
entender a 4%sica de Arist-teles se entender isto aqui. A )%sica antia podia ser ao
mesmo tempo uma teoloia e uma psicoloia transcendental. O que é psicoloia
transcendental> a psicoloia dos aspectos superiores# coniti!os do omem. Ora#
para o nosso conceito atual de ci0ncia )%sica qualquer consideração de ordem teol-ica
ou de psicoloia# transcendental é totalmente e,tempor+nea 9porque a )%sica s- se
ocupa de medir relaç'es matemati$*!eis1 ela entende disso como ci0ncia natural=.
Jom# por um lado tem uma ci0ncia natural por outro lado tem o estudo da nature$a
que é por um lado a )%sica# a matem*tica/ e por outro lado e,iste o estudo do omem
que é ist-ria# socioloia etc.. E os aspectos espirituais da pr-pria nature$a# aonde
)ica> Não )icam# não tem luar para eles. Eles não podem ser captados nem pela
4%sica# nem pelas ci0ncias naturais# nem pelas ci0n cia umanas> Porque é mais
"*sico do que essa di!isão do natural e do umano. Ela é intrinsecamente
insepara!elmente natural e umana.
&ustamente essa s%ntese do natural e umano no di!ino que caracteri$a este ciclo
pré5moderno. e !oc0 pea a linuaem umana# aluns dos s%m"olos umanos então
é ci0ncia umanas 9astroloia ist-ria# lin%stica etc.= Por outro lado# !oc0 tem uma
linuaem c-smica 9que é a ci0ncia da 4%sica etc.=/ mas não é "em uma linuaem/ é
um con&unto de esquemas=. 8as quando &unta isso aqui> No mundo cartesiano porque
a mente e o corpo a coisa e,tensa não &unta. Ora# isso a% é simplesmente uma di!isão
do sa"er.
E a"surdo que essa di!isão do sa"er coincida e,atamente com a di!isão da
realidade. Porque estas B coisas não estão realmente separadas. Aonde est* o mundo
umano 9o mundo ist-rico# da l%nuas etc.= est* dentro do Cosmos cea 2 nosso
conecimento se não atra!és das estruturas dos conceitos# da linuaem que n-s
mesmos in!entamos para capt*5la> Esse é o m*,imo pro"lema do conecimento do
século XX que seria onde !oc0 capta!a a linuaem comum da nature$a e do omem>
E onde est* esta linuaem> Jom# por um lado ela est* na imensidão da nature$a
!is%!el. E acima# est* na es)era puramente meta)%sica. em cima que n-s !amos ter
que &untar a linuaem umanas e c-smica na linuaem di!ina. e e,iste a ci0ncia
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da interpretação da linuaem di!ina# é e,atamente estas "ases complementares da
alquimia que n-s estamos )alando. 6uer di$er que se# de cara# n-s a"ol%ssemos da
ci0ncia as consideraç'es das camadas causas )inais# as )inalidades n-s não !amos
entender coisa nenuma. e n-s acreditamos que nas ci0ncia )%sica tudo pode ser
e,plicado apenas pela causa e)iciente 9por aquilo que pro!ocou o acontecimento e não
a )inalidade pelo que acontece= não !amos entender nada. Ora# o presente nFmero
do método cienti)ico da Renascença é a"olir estas causas )inais 9a"olir a )inalidade e
estudar somente as causas e)icientes=. Por outro lado# se e,iste uma intencionalidade
natural# ela não é uma intencionalidade no sentido umano porque senão n-s !amos
cair de no!o no Romantismo 9quer di$er# a cu!a que cai# !ai )alar da namorado que
ele larou ontem= Ou se&a# se a nature$a )ala e tem intencionalidade# o que ela )ala
de!e ser uma coisa completamente di)erente daquilo que se )ala no mundo
e,clusi!amente# na sociedade. E o que ela )ala tam"ém de!e ser muito di)erente do
que captamos na nature$a quando o"ser!amos de )ora como mero tecido de relaç'es
matemati$*!eis. Para complicar mais a coisa# aconteceu que este estudos alqu%micos#
meta)%sicos etc.. "em como as tradiç'es que ser tornaram portadoras deste
conecimento# se tornaram o"&eto de interesse das ci0ncias umanas. Então o&e
e,istem estudos ist-ricos# antropol-icos# so"re alquimia e ritos que tentam encarar
todos estes conecimentos apenas so" o ponto de !ista da linuaem umanas. A% é
que a con)usão ceou no seu m*,imo. Estudos so"re o esoterismo seria na !erdade
uma esoteroloia 9na !erdade seria um estudo so"re o que certas culturas )alaram
so"re
apenasosnoconecimentos esotéricos/ Por
seu re)le,o cultural= os quais nunca são
e,.. aente podeen)ocados
e,plicar como tais#cultura
que tal mas
acredita!a em duendes. A antropoloia pode !eri)icar isso a%. Aora a antropoloia não
pode !eri)icar se o duende e,iste ou não. Aora# se eu não sei de uma determinada
crença re)lete alo da realidade o"&eti!a ou não# como é que eu !ou entender esta
crença> Por e,.1 !oc0 acre dita que !oc0 assistiu esta aula porque !o c0 este!e aqui.
Aora# amanã ou depois o su&eito !ai estudar sua psique e !ai querer os
)undamentos da sua crença nesta aula sem le!ar em conta que a aula realmente
aconteceu. Outro e,.1 na América não a!ia ca!alos 9os espan-is que trou,eram=. Da%
depois que os %ndios !iram ca!alos eles passaram a acreditar em ca!alos. Aora
e,plique a crença dos %ndios em ca!alos sem le!ar em conta que os espan-is
trou,eram ca!alos para a América. A% !oc0 podia di$er na cultura ind%ena e,istia
aluns s%m"olos que e,plica!a# a crença neste tipo de seres. E !oc0 !ai ter que acar
uma e,plicação antropol-ica para aquele ne-cio/ 8as não tem e,plicação
antropol-ica para aquele ne-cio/ não tem e,plicação antropol-ica aluma? O
su&eito acredita em ca!alo porque ele !iu ca!alo. Por outro lado uma cultura tam"ém
pode implicar a crença em coisas que não e,istem# alumas maluquices de )ato> -
que antropoloicamente n-s não temos como distinuir as duas. 6uer di$er que uma
crença sensata ou uma crença insensata# antropoloicamente !alem a mesma coisa.
Então !oc0 não tem condição de distinuir se uma cultura est* todina louca ou se
ela est* instalada na realidade.
Aluna1 E os mitos>
Pro).1 O mito sempre te!e sua )unção na sociedade. 8as este mito é !erdadeiro
ou )also> Por e,.1 se o su&eito acredita que Iesus Cristo )oi cruci)icado e ressuscitou no
terceiro dia. Voc0 pode dar uma e,plicação ist-rica para isso1 que )oi uma ire&a que
disseminou esta crença numa reação contr*ria 2 reliião antia etc.. - que tudo isso
esquece a perunta principal1 O omem ressuscitou mesmo> 6uer di$er que em !e$
de !oc0 !eri)icar se o )ato na narrati!a é !erdadeiro ou )also# !oc0 encara apenas esta
narrati!a como criação cultural. 8as então é tudo criação natural. Os pensamentos
!erdadeiros são pensados pelo omem e os pensamentos )alsos tam"ém.
Psicoloicamente )unciona mais ou menos do mesmo modo. e !oc0 est* con!encido
de uma coisa !oc0 se comporta de acordo com esta coisa 9quer ela se&a !erdadeira ou
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não= e com isto o seu comportamento# 2 sua !ida est* !inculado 2 realidade ou !oc0
est* )uindo da realidade não d* para sa"er s- por meios psicol-icos. Aora !amos
supor# eu peo um quadro de Paul @auuin. _Paul @auuim tem um quadro camado
Ca!alo Jranco. 6uando !oc0 !ai !er# o ca!alo é a$ul e !erde5*ua. Porque colocou o
t%tulo de Ca!alo Jranco> simples# o ca!alo "ranco est* "e"endo *ua num reato do
meio do mato e o re)le,o da paisa em em torno a$ulam o "ranco de sua pele. Jom#
isso acontece mesmo na nature$a ou é tudo in!enção de Paul @auuin> Eu s- !ou
entender a pintura de Paul @auuin na medida onde eu consia esta"elecer a relação
entre ela e a percepção sens%!el que eu teno de um ca!alo. E,istem muitas maneiras
de !oc0 pintar um ca!alo e uma delas é essa1 em !e $ de !oc0 olar um ca!a lo como
uma )iura isolada !oc0 o desena como um re)le,o da luminosidade em torno. Eu sei
disso porque eu sei que e,iste ca!alo# sei que e,iste lu$# seu que e,iste mato. (eno
que dar uma re)er0ncia o"&eti!a com a qual eu posso comparar o quadro. e eu )aço
a"stração destes dados o"&eti!os tudo o mais que eu posso di$er so"re o quadro é
tudo maluquice. 7sso quer di$er que os produtos culturais s- )a$em sentido em )ace da
e,peri0ncia real umana. Outro e,. de maluquice1 Os %ndios me,icanos acredita!am
que seu Deu s tina pas sado por seu mundo mas que um dia iria !olta r. 6uando
ceou um espanol maluco e começou a matar todo mundo# como é que os %ndios
interpretaram> 6uando desem"arcou o seu inimio de uma tri"o estrana # de uma
outra raça# de uma outra cultura que !eio para l* para aca"ar com eles# eles
entendem que é o seu Deus que est* desem"arcando ali. E e,iste o"!iamente uma
conduta
espan-istão
queinsensata
não eramque B;;.;;;
capa$es de se%ndios
de)enderme,icanos
porque não)oram di$imados
esta!am por <;
entendendo o
que esta!a acontecendo=. Esses %ndios esta!am totalmente idioti$ados# acreditando em
ist-ria de Carocina. Do mesmo modo# quando os olandeses cearam aqui em
antos e começaram a matar todo mundo# os portuueses )oram todos para ire&a
re$ar para N.. do 8onte errat em !e$ de se de)enderem. Porque eles acredita!am
que Deus s- poderia estar do lado deles# porque eles eram cat-licos/ não les ocorreu
a ip-tese que Deus poderia estar do lado dos protestantes. Esta!am com a ca"eça no
mundo da Lua. E !oc0 pode !er isso pela adequação da resposta. 6uer di$er que se o
mito no qual o su&eito acredita le permite se instalar na realidade e ter uma reação
adequada# então este mito est* )uncionando# é a tradução da realidade. Aora# se o
mito aplicado tem o resultado oposto a% o mito não )unciona. Outra est-ria1 Duas
crianças se meteram no meio do mato no Alto Xinu. Voc0 sa"e que %ndio não se
mete muito dentro do mato apenas aluns %ndios o )a$em. Então# todos )oram
procurar as crianças de depois de um tempo resol!eram consultar o Pa&é que
locali$a!a qualquer pessoa ou coisa desaparecida. O Pa&é entrou numa oca reunindo
toda a tri"o e disse1 !amos )icar por aqui# quando terminar a reunião# as crianças
estarão aqui na porta. Parece maluquice mas aconteceu e,atamente assim e as
crianças apareceram. 7sto a% é um mito. O rito é "aseado em mitos tanto quanto o
comportamento dos %ndios me,icanos. - que um o mito )unciona. outro não. (em
m*ica que )unciona e tem outras que não. Aora# antropoloicamente não *
di)erença. A Antropoloia me parece assim como uma ci0ncia que )osse estudar o
casamento )a$endo a"stração das di)erenças se,uais. 4aça a a"stração das di)erenças
reais entre os se,os e e,plique o casamento. Então se !oc0 )a$ a a"olição de um dado
o"&eti!o# as instituiç'es culturais que !oc0 est* estudando )icam "oiando no ar
a"solutamente ine,plic*!eis. E é tudo uma in!encionice terr%!el. A di)erença de se,o é
uma dado natural 9não antropol-ico# mas "iol-ico= e as instituiç'es todas que o
omem criou em cima deste dado pressup'e a e,ist0ncia dele. E não pode ser
e,plicada sem eles. 7sso quer di$er que do ponto de !ista e,clusi!amente antropol-ico
e sociol-ico que )a$ a"stração de um dado real s- !ai produ$ir maluquice. Porque os
%ndios do Xinu acredita!am no rito do Pa&é que tra$ as crianças de !olta> Porque de
)ato ele tra$ as crianças de !olta? Então a crença a% pode ser e,plicada simplesmente
pela e,peri0ncia. Porque os %ndios do 8é,ico acredita!am naquela maluquice> Jom# a%
71
!oc0 tem acar outra e,plicação. Voc0 não pode di$er que era simples e,peri0ncia que
os a!ia persuadido. Pod%amos e,plicar que era um po!o tão carreado de anFstias e
de culpas que s- podia conce"er um Deus so" )orma de um ser terr%!el que !ina para
matar todo mundo. E de certo modo# eles esta!am pedindo para !ir um Deus e aca"ar
com eles. 6uanto mais eu re$o# mais assom"ração me aparece. 7sso cama!a5se auto5
en)eitiçamento= Jom isso a% nos permitir* esta"elecer uma certa di)erença qualitati!a
entre culturas. A# mas di)erenças qualitati!as em antropoloia não e,iste. Então# o
mundo de s%m"olos e mitos é um modo de instalação na realidade num cosmo )%sico.
E,istem modalidades que )uncionam e que não )uncionam. Ou se&a# Alquimias reais e
e,istem )alsa alquimias# mitos reais e mitos )alsos. 3ma coisa que me espanta muito é
a popularidade que atiniu a Epopéia de @ilames. (odo mundo est* lendo isso e não
perce"e que é a Epopéia do )racasso espiritual. @ilamesc se d* muito mal. Ele é
uma espécie de anti58oisés. Ele !ai l* atra!essar o mar !ermelo e morre a)oado.
Para eles a Epopéia de @ilamesc é mitoloia primiti!a como qualquer outra. E o
)ator qualitati!o1 ora tem imaem que )uncionam e outras não. Essa di)erença para a
ci0ncias umanas não e,iste. a mesma coisa que se !oc0 )osse estudar a 4%sica dos
séculos passados em distinuir as leis )%sicas que )uncionam e as que não )uncionam.
Como Por e,.1 a eração espont+nea. Então é como se o&e pe*ssemos um li!ro de
"ioloia e estudar%amos a teoria da eração espont+nea e as contestaç'es como se
)osse am"as !erdadeiras. 7sso é dem0ncia. Historicamente do ponto de !ista ist-rico
das ci0ncias umanas# tanto a doutrina da eração espont+nea quanto 2 sua
re)utação por Pasteur#
antropoloicamente# são am"os produtos
socioloicamente# culturais detem
istoricamente# uma mesma !alor.
o mesmo era. - quepara
7sso
mim é a maior pro!a de que estas ci0ncias são curada na "ase. 6uando !oc0 )ala
ci0ncia umanas# "om mas isso é ci0ncia do omem desliado da realidade# do mundo
da linuaem umana como se ti!esse "oiando no !a$io. O li!ro mais interessante de
antropoloia do século é de Edar 8orim Le Nature de La Nature/ aonde ele )a$ esse
apelo1 ola se aente não encontrar um ponto comum aqui# n-s !amos )icar tudo
louco. 6uer di$er# se não se encontrar um elo entre o omem e o Cosmos# a ci0ncia !ai
tudo para o li,o. - tem esse elo se !oc0 desco"re o que * de umano na nature$a
que é o pr-prio omem. Ou se&a de!e a!er alo na nature$a que de )ato nos )ala e ao
mesmo tempo de!er a!er dentro de n-s certos processos naturais que permitem que
se esta"eleça este di*loo. E é e,atamente este ponto de con)lu0ncia onde a alma
umana passa por processos naturais 9que repetem tais e quais os processos da
nature$a= é &ustamente disso que )ala a alquimia. E a rior# é disso mesmo que )ala a
Astroloia. 6uer di$er que a astroloia é um pedacino da doutrina alqu%mica. E se a
astroloia )or separada do sentido alqu%mico# ela não )a$ o menor sentido. 6uer di$er#
se !oc0 )or estudar s%m"olo planet*rios )a$endo de conta que ele não tem nada a !er
com sim"olismo terrestres correspondente> A começar pela liação dos planetas com
os metais. 6uer di$er que estes metais seriam sim"oli$ados pelos planetas. E onde
estão> Estão no seu co rpo mesmo. Voltemos para o prim eiro te,to# seundo
par*ra)o.