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Finanças – Comentário ao texto: "Défice excessivo e a alegoria da


caverna"-Elisabeth Real de Oliveira
Introdução ao texto:
Já foram feitas referências históricas quanto àquilo que é o PEC bem como o percurso
de Portugal na sua vertente correctiva e como tal não consideramos necessário voltar a
frisar esses pontos .
Quanto ao texto que decidimos comentar :
A autora faz uma critica na qual compara a conjuntura portuguesa à alegoria da caverna
e alerta para uma eventual realidade distorcida .
Considera que o dito mundo das “sombras “ seria representado pela redução do défice
orçamental que é considerado pela autora como sendo apenas reflexo de uma conjuntura
favorável ( como menciona :“Sendo as imagens projetadas na caverna sombras da
redução do défice orçamental, do crescimento de 2,8% registado no primeiro trimestre,
do aumento das exportações e do turismo (fruto, sem dúvida, dos talentos de muitos,
mas, sobretudo, de fatores conjunturais extremamente favoráveis)
Efectivamente existiu uma redução do défice que contribuiu significativamente para a
saída de Portugal da vertente correctiva do PEC por exemplo o défice de Portugal em
2016 era menos que 2,5 % do pib ,comparativamente a 2015 que apresentava um valor
de défice de 4,4 do pib e segundo uma noticia do diário de noticias com base no
orçamento de estado de 2018 prevê se que o défice irá ficar no 1%.
Será a redução do défice sustentável ? Como foi afinal conseguida ?
Teodora Cardoso (presidente do conselho de finanças )duvida da sustentabilidade das
medidas que o Governo usou para conseguir reduzir o défice de 2016.
A economista diz mesmo que a incerteza em relação à sustentabilidade da redução do
défice, aliado a um passado de saída e posterior reentrada em défice excessivo, leva os
mercados a não valorizar os resultados alcançados .
Para esta redução teve elevada importância um receita extraordinária de impostos
E houve cortes da despesa muito profundos, nomeadamente no investimento público,
que no início do ano iria ser um dos motores do crescimento e que na realidade foi o
motor da quebra das despesas e também de compressão de despesas. Para o futuro, será
importante aumentar o investimento público.
Teodora Cardoso considera que este tipo de medidas não são sustentáveis.
O que resolve o problema da despesa pública é uma reforma que tenha efeitos a médio
prazo de melhor gestão das despesas, de qualidade das despesas e de ganhos de
eficiência.
Talvez seja necessário repensar quanto às politicas tomadas pelo menos do ponto de
vista do futuro.
De qualquer forma a autora não nega que a passagem do braço correctivo para o braço
preventivo seja favorável já que passamos a ser perspetivados como um país cumpridor
das regras orçamentais no espaço europeu no entanto a decisão não significa
necessariamente um alívio ou um alívio para Portugal.
Longe disso.
A passagem ao braço preventivo do PEC, faz com que subsista uma obrigação a
apresentar ajustamentos estruturais todos os anos e a baixar a dívida pública a um ritmo
mais acelerado.
Além do mais ainda que tenhamos apresentado valores de défice mais reduzidos os
mercados tedem a não os valorizar pela incerteza quanto ao grau em que são
sustentáveis.
Como será para Portugal estar sujeito à vertente preventiva?
Entre as regras da vertente preventiva é alcançar o Objetivo de Médio Prazo (OMP)
que é fixado para cada país e em termos estruturais - ou seja, sem considerar a variação
do ciclo económico e o impacto das medidas temporárias - e é atualizado normalmente
a cada três anos.
O OMP fixado para Portugal é de um saldo estrutural positivo de 0,25% do PIB e, até
ser alcançado, terá de haver um ajustamento estrutural de pelo menos 0,5 pontos
percentuais do PIB, sendo que tem sido entendimento da Comissão Europeia que
corresponde a um ajustamento mínimo de 0,6 pontos.
Também a dívida terá de obedecer a uma trajetória descendente e a um ritmo mais
acelerado, uma vez que os países que não estão em PDE e que têm uma dívida pública
superior a 60% do PIB devem reduzir o excesso de dívida (a diferença entre o nível
total e o valor de referência de 60% do PIB) em um vigésimo por ano, uma regra que
Portugal estava dispensado de cumprir por estar sob aquele procedimento.
No entanto, antes de ficar sujeito a esta regra geral, Portugal terá ainda um período
transitório de três anos (que deverá ser entre 2017 e 2019), durante o qual tem de
apresentar uma redução satisfatória da dívida que será avaliada anualmente, sendo esta
correção menos exigente do que a que está implícita na regra geral de redução da
dívida, que se deverá aplicar a partir de 2020.
Apesar disto esta mudança faz com que o país possa recorrer às regras de flexibilidade
aprovadas no início de 2015 pela Comissão Europeia, que permitem que os Estados-
membros possam falhar algumas destas regras do PEC, caso avancem com investimento
público ou reformas estruturais.
A aplicação flexível das regras atuais autoriza os países a “desviarem-se
temporariamente” do OMP ou da trajetória de ajustamento a esse objetivo se estiverem
a implementar reformas estruturais que tenham “efeitos orçamentais positivos” e
verificáveis a longo prazo e se forem plenamente implementadas (ou se os países
tiverem “planos detalhados com medidas concretas e prazos credíveis para a respetiva
implementação”).
O desvio temporário autorizado em caso de reformas estruturais “não pode exceder
0,5% do PIB” e o Estado-Membro deve obrigatoriamente atingir o seu OMP no “prazo
de quatro anos”, sendo que deve manter, obrigatoriamente, “uma margem de segurança”
para assegurar que o desvio não conduza a uma situação em que o défice orçamental do
país ultrapasse o valor de referência de 3% do PIB.
No caso do investimento público, a flexibilidade permite também um desvio temporário
ao respetivo OMP ou à trajetória de ajustamento, nas mesmas condições das reformas
estruturais importantes (desde que não se ultrapasse o valor de referência do défice e se
mantenha uma margem de segurança adequada), mas acrescenta outras condições de
acesso.
Assim, o país também pode 'furar' as regras caso apresente uma contração do PIB (ou se
o respetivo PIB ficar aquém do seu potencial), se se verificar um aumento dos níveis de
investimento em resultado do desvio autorizado, se o desvio estiver associado ao facto
de um Estado-Membro cofinanciar projetos que são também financiados pelos
programas da União Europeia e pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos
(FEIE) ou se o Estado-Membro compensar os desvios temporários dentro do prazo
estabelecido no respetivo Programa de Estabilidade.
Já quanto aos investimentos relacionados com o FEIE, a ‘cláusula de flexibilidade’
prevê também que não seja aberto um PDE nos Estados-Membros que ultrapassem o
valor de referência do défice, caso o incumprimento seja devido a um investimento num
projeto cofinanciado pelo FEIE, desde que este desvio em relação à meta seja “reduzido
e temporário”.
Estas cláusulas permitem também que, se o Estado comparticipar investimentos do
FEIE que gerem pequenos incumprimentos quanto à redução da dívida, estes podem
igualmente não ser considerados.
Conclusao :
Como tal Portugal como já referido vai ter de provar que apresenta valores
suficientemente sustentáveis para que mantenha neste braço do PEC.
A autora critica ainda a forma como foi transmitida a informação de redução do défice ,
talvez de forma demasiado optimista quando ainda existem desafios a superar para que
Portugal possa na realidade apresentar uma economia estável e sustentável.
A par do optimismo, contudo, são feitos vários alertas.
Os responsáveis do Conselho das finanças temem essencialmente aquilo a que
classificam "riscos políticos", isto é, que perante a melhoria da conjuntura se adoptem
políticas menos prudentes. "É necessário desviar para os problemas de fundo o esforço e
a determinação habitualmente aplicados na solução de crises de curto prazo".
"Em Portugal, quando as coisas correm bem, e a Comissão Europeia está satisfeita,
começamos a pensar que temos muito espaço para aumentar a despesa.
Temos algum espaço, mas não muito".
A pergunta que importa fazer é :Como atingir uma economia sustentável ? Para esta
pergunta são apresentadas várias respostas consoante as convicções politicas já que a
politica e a economia andam de mãos dadas.
O texto que analisamos escrito em Junho de 2017 como já foi mencionado alerta –nos
para “o apertar de cintos “ que terá de decorrer com a passagem para a vertente
preventiva do PEC em 2017 Portugal tinha ainda de reduzir o seu défice estrutural de
um valor em torno de -2% do PIB para um superavit de 0.25%(saldo estrutural positivo
do pib ), nos 3-4 anos seguintes.
O que implica medidas de aumento de impostos e redução da despesa em torno dos 4
mil M€.
Além do problema do défice existem outros tais como :como o elevado valor da divida
pública bem como a ainda elevada taxa de desemprego.
Actualmente a divida publica ronda os 127 % e a taxa de desemprego os 8% que
comparativamente a países( como a Alemanha em que a divida publica ronda 68%os
e a taxa de desemprego 3,4%)são valores muito elevados .
O receio que existe é que Portugal volte a estar sujeito ao PDE.
Portugal esteve toda a década de 2000 a entrar e a sair do PDE.
Entrámos em 2002, saímos em 2004 e reentramos em 2005; saímos em 2008,
reentramos em 2009.
E é aí que está o problema: é que se o esforço é todo feito no sentido destas medidas
pontuais não sustentáveis, dirigidas a um determinado ano, conseguirmos controlar o
défice, mas, se logo a seguir já estamos livres do PDE e voltamos a fazer despesas,
caímos outra vez.
Resta-nos a esperança de não ser possível destruir os progressos alcançados, por causa
da dimensão ainda muito elevada da dívida pública.

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