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CEDERJ – CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO


DISCIPLINA: SEGURANÇA DO TRABALHO
CONTEUDISTA: PAULO ROBERTO DE CAMPOS MERSCHMANN

AULA 5

PROTEÇÃO CONTRA RISCOS FÍSICOS

META

Apresentar os tipos de riscos físicos normalmente encontrados no ambiente


produtivo,bem como as técnicas de proteção contra estes riscos.

OBJETIVOS

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

1. Identificar os principais riscos físicos presentes nos ambientes de


produção.
2. Selecionar técnicas adequadas à mitigação de cada risco físico
apresentado.

INTRODUÇÃO
A aula 01 mostrou que os riscos físicos se propagam através do meio, em geral
o ar, e não dependem do contato entre o trabalhador e a fonte de risco.
Ruídos, calor e radiações são exemplos típicos de possíveis fontes de riscos
físicos.
Temperaturas muito elevadas ou muito baixas, por exemplo, podem afetar a
capacidade de concentração e a saúde do trabalhador.

Mas, antes de estudarmos as formas de prevenção aos riscos associados à


exposição a temperaturas muito elevadas ou muito baixas, é interessante
revisar alguns conceitos relacionados à transmissão de calor e apresentar
alguns instrumentos relacionados à medição de temperatura, o que é realizado,
respectivamente, nas seções 1 e 2 desse material.

O ruído é interpretado como qualquer som indesejável. Dependendo do nível, o


ruído pode se tornar agressivo, repercutindo, em última estância, em prejuízo à
saúde do trabalhador.
Previamente ao estudo dos malefícios que os ruídos podem gerar à saúde e
aos meios de previní-los, discutiremos brevemente na seção 5, o fenômeno
acústico e a função auditiva.
Tais discussões contribuem para a melhor compreensão das técnicas de
prevenção aos ruídos.

A seção 9 descreve algumas atividades associadas à exposição à ondas


eletromagnéticas. Além disso, apresenta resultados de pesquisas sobre os
prejuízos à saúde derivados da exposição à ondas eletromagnéticas e
finalizaremos com as medidas normalmente utilizadas na prevenção deste tipo
de risco.

1. Formas de transferência de calor

O calor é transmitido do ambiente para o corpo humano e vice-versa por:


 condução
 convecção
 radiação

A condução é a transferência de calor através de um meio no estado sólido.


O fluxo de calor será tão maior quanto maior for a diferença de temperatura
entre as partículas, maior for a área de transferência e maior for a
condutividade térmica do(s) material(is) em contato.
Por outro lado, tal fluxo é inversamente proporcional à distância entre os pontos
pelos quais o fluxo de calor acontece.

A equação a seguir esclarece estas relações.

Equação 1:

Onde:

INÍCIO DO VERBETE
condutividade térmica – Capacidade de um material em transmitir calor. A
condutividade térmica depende do tipo de material. Metais apresentam elevada
condutividade térmica (condutor térmico), enquanto fibras vegetais e minerais
apresentam baixa condutividade, sendo conhecidas como isolantes térmicos.
Esta grandeza pode ser medida em W/mºC.
FIM DO VERBETE

Convecção é o processo de transferência de calor através de um meio fluido,


como o ar ou um líquido qualquer. A pele transfere calor para o ar quando o
corpo está mais quente que o ar e vice-versa. A transferência de calor por
convecção é expressa pela equação:
Equação 2:

O coeficiente de convecção ( varia diretamente com a velocidade do ar. Por


isso, quando ligamos o ventilador e a temperatura do ar é menor do que a do
corpo, o vento ajuda a substituir o ar quente que se encontra próximo à
superfície do corpo por um ar mais frio, aumentando a perda de calor do corpo
para o ambiente e, portanto, o conforto térmico.

A transpiração é um mecanismo de resfriamento do corpo que se baseia na


transferência de calor por convecção. A evaporação do suor só ocorre devido à
transferência de energia térmica do corpo para o suor.
Tal energia perdida pelo corpo faz com que ele resfrie, ou seja, é calor
sensível, já que o corpo muda de temperatura mas não de fase.
Do ponto de vista do suor, a energia por ele consumida é classificada como
calor latente de evaporação. Quanto maior a umidade do ar, mais dificuldade
o corpo encontra para transpirar. A analogia para explicar esta dificuldade é a
adição de sal numa solução com determinada concentração de sal. Quanto
maior a concentração deste elemento, mais difícil é dissolver mais sal. Por isso,
dois ambientes à mesma temperatura não apresentam a mesma sensação
térmica, já que o ambiente mais úmido dificulta a perda de calor pela
transpiração e, portanto, produz a sensação de ambiente mais quente. A
evaporação do suor também é influenciada pelo tipo de roupa e pela
velocidade do ar.
INÍCIO DO VERBETE
calor sensível e calor latente – Calor latente é aquele necessário à mudança
de fase de uma substância. Quando a substância é pura, a mudança de fase
ocorre à temperatura constante.
Já o calor sensível é aquele necessário para mudar a temperatura de um
material.
FIM DO VERBETE

Radiação é um processo de transferência de calor que não depende de um


meio de transmissão, ou seja, ocorre através de ondas eletromagnéticas. Boa
parte do calor que recebemos do Sol é transmitido por radiação. O fluxo de
calor por radiação é dado pela equação:

Equação 3:

A temperatura radiante média é definida como a temperatura de um corpo


negro que emite a mesma quantidade de energia por radiação do que o corpo
real considerado na análise. Quanto mais escura a cor de um material e mais
enrugada (menos polida) for sua superfície, maior será a absorção de calor
transmitido por radiação.

Para avaliar a influência climática do ambiente sobre os trabalhadores é


utilizado um conjunto de instrumentos que medem valores de parâmetros que
devem ser substituídos nas equações 1, 2 a 3.
A seguir são apresentados tais instrumentos e os termos técnicos utilizados
para descrever os parâmetros que medem.

2. Instrumentos e parâmetros de medidas de temperatura

A temperatura de globo (tg; ºC) mede o nível de radiação de um ambiente.


Utiliza-se um termômetro de globo, cujo bulbo fica inserido no centro de uma
esfera oca de cobre pintada de preto fosco. Este termômetro mede a
temperatura radiante média ( ) e é apresentado na figura 5.1.

Figura 5.1: Termômetro de globo


Fonte: Pixabay, 2016
https://pixabay.com/p-146554/?no_redirect

A temperatura de bulbo seco (t; ºC) é a temperatura do ar quando se exclui


eventuais influências da radiação. Por isto, termômetros de bulbo seco
costumam apresentar o bulbo espelhado ou da cor de alumínio, que
apresentam a maior reflexão possível para a radiação, conforme apresentado
na figura 5.2.
A temperatura de bulbo úmido (tu; ºC) é medida através do uso de um
termômetro de bulbo úmido, que consiste num equipamento cujo bulbo é
envolto numa mecha de algodão, estando a outra extremidade da mecha
mergulhada em água destilada ou filtrada.
Quanto menor a umidade do ar, maior a tendência à evaporação da água
contida na mecha. A evaporação desta água consome energia na forma de
calor latente de evaporação, reduzindo a temperatura medida pelo termômetro.
O termômetro de bulbo úmido costuma ser montado numa estrutura onde
também é instalado o termômetro de bulbo seco. Tal estrutura contendo os
dois termômetros é conhecida como psicrômetro. Quanto menor a umidade do
ar, menor será a temperatura medida no termômetro de bulbo úmido em
relação à medida no termômetro de bulbo seco. Portanto, as medidas lidas no
psicrômetro também permitem calcular a umidade do ar.

Figura 5.2 Psicrômetro


Fonte: Wikipedia, 2016

Outro instrumento relacionado à medida de temperatura é o anemômetro. Ele é


usado para medir a velocidade do ar e pode ser de dois tipos:
 Ventoinha, que é mais indicado para medir a velocidade do ar em
ambientes externos e é composto de uma ventoinha que se move com a
passagem do ar. Quanto maior a velocidade do ar, maior a velocidade
de movimentação da ventoinha, que é lida no mostrador do instrumento.
 Eletrônico, usado em ambientes internos, é sensível à variações da
velocidade do ar da ordem de 0,1 m/s.

3. Sistema termorregulador humano e as consequências do calor para a


saúde

O ser humano é um ser vivo homeotermo, ou seja, o funcionamento adequado


do seu organismo depende da manutenção da sua temperatura na faixa dos 36
a 37ºC.
No entanto, no ambiente de trabalho, ele está sujeito à fatores que variam a
sua temperatura corporal. Tais fatores podem ser classificados em carga
térmica e carga mecânica.
A carga térmica está relacionada à temperatura dos processos com os quais
ele tem contato. Um padeiro, por exemplo, está sujeito à elevada carga
térmica, em função da elevada temperatura dos fornos que opera. O mesmo
vale para um operário que separa a escória do ferro-gusa na saída de um Alto-
Forno numa indústria siderúrgica.

Exemplos opostos são os dos operários que trabalham numa câmera frigorífica
ou na área externa de um local com inverno rigoroso. Nestes casos, eles estão
expostos à carga térmica muito baixa.
A carga mecânica está relacionada ao esforço físico necessário à realização de
uma tarefa. Quanto maior o esforço físico, maior a carga mecânica. A energia
necessária à realização de esforço físico é oriunda da conversão da energia
química de reações que ocorrem no corpo humano. A conversão da energia
química em energia mecânica representa o processo conhecido como
metabolismo.

O metabolismo produz a energia mecânica necessária à realização do esforço,


mas apresenta eficiência limitada, ou seja, parte da energia gerada é térmica.
Por isso, quando realizamos uma atividade física sentimos calor.
Como dissemos, o corpo humano possui um sistema de termorregulação, ou
seja, um sistema que buscará manter a temperatura interna do corpo
constante.
Assim, quando a carga térmica e/ou mecânica de determinado trabalho for
muito elevada, este sistema promoverá a vasodilatação das veias próximas à
superfície do corpo. Tal vasodilatação permite o aumento da perda de calor por
convecção da pele para o ar. Se a vasodilatação não for suficiente, o corpo
suará, fazendo com que a temperatura interna abaixe devido a transferência de
calor do corpo para a água do suor, que é calculado através do produto entre o
calor latente de evaporação da água e a massa de água evaporada.

Por outro lado, se a carga térmica for muito baixa (frio), o sistema
termorregulador promoverá a vasoconstrição, evitando a perda de calor por
convecção do corpo para o ar. Se a vasoconstrição não for suficiente para
manter a temperatura do corpo constante, o sistema termorregulador
promoverá o tremor dos músculos do corpo. Tal tremor está associado à
aceleração do metabolismo, ou seja, ao mesmo tempo em que a energia
química é convertida em energia mecânica para a movimentação dos
músculos, parte da energia química também é convertida em energia térmica,
que é utilizada para tentar manter a temperatura do corpo entre 36 e 37ºC num
ambiente de baixa temperatura.

Quando o sistema de termorregulação não consegue manter a temperatura do


corpo constante ou quando o esforço para mantê-la é demasiado, há diversos
malefícios à saúde do indivíduo.
O excesso de calor pode levar a hipertermia, que é o aumento da temperatura
interna acima da faixa entre 40ºC. Os sintomas nesta situação são tontura ou
desmaio por déficit de sódio, evaporação deficiente, desidratação, doenças de
pele, distúrbios psiconeuróticos e catarata.
Segundo Tarini et al. (2006), os sinais mais frequentes de hipertermia são:
ansiedade, confusão mental, perda de coordenação, alucinações, agitação,
apreensão e muitas vezes coma. Estes sinais costumam derivar ou vir
acompanhados de insuficiência renal aguda, insuficiência hepática, lesão
cerebral, insuficiência respiratória, lesão intestinal isquêmica, pancreatite,
hemorragia gastrointestinal, entre outros.
O excesso de frio pode causar hipotermia, que é a diminuição da temperatura
interna abaixo da faixa entre 35ºC. Ele também pode causar pé de trincheira,
ulcerações, doenças reumáticas e respiratórias.
Se a permanência no ambiente frio for prolongada, os tremores cessam,
surgem alterações mentais, reduz a coordenação motora, colapso no sistema
termorregulador, podendo ocorrer vasodilatação na pele e perda de calor. Na
sequência, o nível de consciência do indivíduo é reduzido, ficando o mesmo
sonolento, há alterações na frequência cardíaca, respiratória e na pressão
arterial até a morte (PPEF, 2016).

INÍCIO DO VERBETE
Pé de trincheira – Também conhecido como pé de imersão é uma lesão
provocada pelo frio e umidade. Os pés tornam-se pálidos e a circulação
sanguínea diminui. Se não for tratado pode evoluir para infecção. O tratamento
consiste em aquecer, secar e limpar suavemente os pés.
FIM DO VERBETE

Tanto o ambiente quente quanto o frio podem gerar estresse nos


trabalhadores. Já o ambiente classificado como moderado não apresenta risco
de estresse, embora possa gerar desconforto. A zona de conforto térmico é
uma faixa estreita de temperatura situada no intervalo que compreende um
ambiente classificado como de temperatura moderada.
Há uma série de parâmetros que permitem classificar o ambiente em quente,
frio ou moderado. A seguir são apresentados os mais comuns.

A temperatura efetiva reflete o grau de conforto térmico de um ambiente. Ela


resulta da interação entre a temperatura de bulbo seco, a temperatura de bulbo
úmido e a velocidade do ar. Ou seja, dois ambientes podem ser classificados
como apresentando conforto térmico equivalente mesmo que estejam sujeitos
à valores diferentes das temperaturas de bulbo seco ou úmido ou da
velocidade do ar. A figura 5.3 apresenta um ábaco para determinação da
temperatura efetiva.
Figura 5.3 Ábaco para determinação da temperatura efetiva
Fonte: Trabalho Seguro, 2016

Através do uso de um anemômetro mede-se a velocidade do ar. Traça-se um


segmento de reta que representa a velocidade do ar sobre a superfície
apresentada na figura 5.3. Medem-se as temperaturas de bulbo seco e de
bulbo úmido. A temperatura de bulbo seco é registrada no eixo da esquerda e a
de bulbo úmido no eixo da direita. Traça-se um segmento de reta ligando as
temperaturas registradas nestes eixos. Este segmento irá cruzar o segmento
que representa a velocidade. Este cruzamento ocorrerá sobre um segmento
que representa o registro da temperatura efetiva que se deseja medir.

Por exemplo, na figura 5.3, um ambiente com t=76ºF; tU=62ºF e velocidade do


ar igual a 200 pés por minuto apresenta uma temperatura efetiva igual a 68ºF.
INÍCIO DO BOXE DE CURIOSIDADE

Para se transformar ºF em ºC, faz-se:

1 pé = 0,3048 m

FIM DO BOXE DE CURIOSIDADE

É importante saber medir a temperatura efetiva. A norma regulamentadora


(NR) 17 recomenda que locais onde são executadas atividades que exijam
atenção permanente apresentem temperatura efetiva entre 20 e 23ºC.
O "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" (IBUTG) é um parâmetro
utilizado para avaliar o conforto térmico em ambientes quentes como cozinhas
industriais, fundições etc. A seguir são apresentadas as equações 4 e 5
utilizadas, respectivamente, no cálculo deste índice em ambiente sem radiação
solar direta e com radiação solar direta.

Equação 4:

Equação 5:

t .. temperatura de bulbo seco (ºC)


tU.. temperatura de bulbo úmido (ºC)
tg.. temperatura de globo (ºC)

A saúde do trabalhador é garantida quando o aumento do IBUTG máximo é


compensado pela redução da sua taxa de metabolismo, ou seja, quanto maior
a carga mecânica associada à execução de determinada atividade, menor
deverá ser o IBUTG máximo a que o trabalhador deverá estar exposto,
conforme apresentado na tabela 5.1.
O IBUTG máximo é calculado no momento em que o trabalhador está exposto
à carga térmica máxima.

A tabela 5.1 associa o IBUTG máximo à taxa de metabolismo necessáriaà


alguma atividade realizada pelo trabalhador.

Tabela 5.1 Relação IBUTG máximo e a taxa de metabolismo

Fonte: Swell, 2016


A tabela 5.2 apresenta a relação entre a taxa de metabolismo e o tipo de
atividade executada pelo trabalhador.

Tabela 5.2 Relação entre a taxa de metabolismo e o tipo de atividade

Fonte: Swell, 2016

Quando o trabalhador realizar mais de um tipo de tarefa e/ou gozar de


descanso entre as tarefas realizadas, o cálculo do metabolismo (M) (tabela 5.1)
será realizado através da equação 6.
Equação 6:

Onde:

..taxa de metabolismo associada à atividade i ou ao repouso i (vide tabela

5.2)

..percentual do tempo de uma jornada de trabalho em que a atividade i ou o

repouso i ocorre

Quando o IBUTG calculado na equação 4 ou 5 supera o IBUTG máximo,


aumenta-se o tempo de descanso do trabalhador. Como o descanso está
associado à uma taxa de metabolismo baixa (tabela 5.2), o valor do
metabolismo (M, eq. 6) é reduzido, tornando o IBUTG calculado compatível
com a carga mecânica atribuída ao trabalhador.

A norma regulamentadora (NR) 29 regulamenta o tempo de trabalho em


ambiente frio como as câmaras frigoríficas. Tal regulamentação é apresentada
na tabela 5.3.

Tabela 5.3 Regime de trabalho em baixas temperaturas


Notas: *Clima quente;
**clima subquente;
***mesotérmico,
(de acordo com o mapa oficial do IBGE)
Fonte: Parapinsi, 2016

4. Métodos de prevenção aos riscos relacionados ao calor ou ao frio

A prevenção ao excesso de calor ou de frio está ligada aos princípios de


transferência de calor.
Em ambientes quentes em que a temperatura é inferior à temperatura corporal,
a ventilação forçada pode contribuir para aumentar a transferência de calor por
convecção do corpo para o ambiente. Se, ao contrário, a temperatura do
ambiente for superior à do corpo, a ventilação não deve ser utilizada, pois,
neste caso, a transferência por convecção ocorreria do ambiente para o corpo,
aquecendo-o ainda mais.
Por exemplo, se a temperatura ambiente é de 30°C, o vento facilitará a
substituição do ar que está próximo a pele por uma corrente de ar ambiente (a
30º C). Como o corpo está a 36,5ºC, o calor fluirá do corpo para a camada de
ar que está próxima a ele. Esta camada de ar, que logo após se aproximar do
corpo estava a 30ºC, receberá calor desse corpo, aumentado sua temperatura
acima dos 30ºC. Neste caso, a função do vento é facilitar a reposição desta
camada de ar aquecida por outra a temperatura mais a temperatura ambiente
(30ºC).
Caso a temperatura ambiente seja superior à 36,5ºC, que é a temperatura
corporal normal, o vento substituirá uma camada de ar próxima ao corpo com
temperatura próxima à do corpo humano (36,5ºC) por outra camada de ar com
a temperatura ambiente (acima dos 36,5ºC). Isto facilitará a transferência de
calor do ambiente para o corpo, já que o calor flui do corpo de maior
temperatura para o de menor temperatura.

Como vimos, em ambientes quentes a inserção de períodos de descanso pode


ajudar a compatibilizar a carga mecânica (taxa de metabolismo) ao IBUTG
máximo.
Em ambientes frios, devem-se usar roupas de proteção adequadas. Além
disso, também devem-se respeitar os períodos de descanso estabelecidos na
NR-29 (tabela 5.3).
É importante que a organização que exponha os trabalhadores a ambientes
quentes ou frios realizem exames admissionais e periódicos que incluam o
monitoramento dos parâmetros de saúde que podem ser afetados pela
exposição ao calor ou ao frio excessivo.

INÍCIO DA ATIVIDADE 1

Atividade 1 (Atende aos Objetivos 1 e 2)

Suponha que você gerencie um departamento de produção de ferro-gusa numa


indústria siderúrgica.
O processo de produção desta matéria-prima do aço (ferro-gusa) ocorre a
elevada temperatura num equipamento conhecido como Alto-Forno. Há sempre
funcionários perfurando o Alto-Forno e separando a escória que vaza com o
minério derretido.
É necessário operar um equipamento de perfuração da base do Alto-Forno para
abrir passagem para o minério derretido. Este tipo de atividade está associado a
exposição à alta temperatura.
Supondo que você realocou um funcionário que trabalhava 8h por dia num
escritório (tU = 24ºC; tg=32ºC) para trabalhar na função de operador de Alto-
Forno.
Suponha que das 8h de trabalho diário, ao operador seja recomendado três
períodos de descanso com duração de 15 minutos cada um.. O descanso
Suponha que, no ambiente de trabalho no Alto-Forno, tU= 25ºC; tg= 41ºC e que
não haja transmissão de calor por radiação.
Suponha que as atividades no Alto-Forno consumam cerca de 250 kcal/h de
energia e os períodos de descanso 100 kcal/h , conforme tabela 5.2. Para o
trabalho em escritório assuma M=125 kcal/h.

O trabalho em ambos os ambientes (escritório e Alto-Forno) respeita as


recomendações que evitam prejuízos à saúde em decorrência da exposição do
trabalhador à elevada temperatura?
Em caso negativo, sugira um regime de trabalho que minimize os riscos de
prejuízos a saúde devido a exposição à temperatura elevada, ou seja, que
respeite o IBUTG máximo.

RESPOSTA COMENTADA:

Quanto maior o IBUTG do ambiente de trabalho menor deve ser a taxa de


metabolismo associada às atividades executadas pelo trabalhador,
conforme a tabela 5.1.
Para o trabalho em escritório:

A taxa de metabolismo de atividades de escritório é de 125 kcal/h, ou


seja, permitem um IBUTG máximo maior do que 31 (tabela 5.1), ou seja, o
regime de trabalho no escritório está adequado quanto aos riscos
associados a exposição ao calor.

Para o trabalho no Alto-Forno:


A taxa de metabolismo neste caso é calculada como a média ponderada
pelo tempo do metabolismo associado às atividades executadas durante
a jornada de trabalho. Ou seja, o trabalhador trabalha 435 minutos (7h 15
min, 91%) em frente ao forno e 45 minutos (9%) ele descansa. A taxa de
metabolismo ponderada é dada pela solução da equação 6:

Observando a tabela 5.1, o IBUTG máximo para 250 kcal/h de


metabolismo é de 28,5. Ou seja, para que a exposição ao calor não
prejudique a saúde do trabalhador é necessário aumentar os intervalos de
descanso ou reduzir a temperatura no ambiente em torno do forno
através, por exemplo, da melhoria do isolamento térmico. O isolamento
térmico consiste em revestir as paredes do forno com algum material que
isole a passagem de calor de dentro para fora do forno, como as mantas
de fibra cerâmica, as lãs de poliéster etc.

Como medida de segurança podemos testar, por exemplo, o aumento do


tempo de cada intervalo para 48 minutos cada. Ou seja, num dia de 8
horas de trabalho, 5,6 horas são trabalhadas em frente ao forno. Isto
equivale a 336 minutos de trabalho (70%) em frente ao forno e 144 (30%)
minutos de descanso. Assim, o novo valor do metabolismo será:
Comparando com os dados da tabela 5.1, desejamos que o IBUTG
máximo seja menor que 30,0, o que mostra que as condições de trabalho
no forno (IBUTGmax=29,8) combinada com a nova organização do
trabalho gera condições de trabalho seguras do ponto de vista do risco
físico associado ao calor.

FIM DA ATIVIDADE1

5. O fenômeno acústico e as funções auditivas

O som é uma onda mecânica que é produzida pela alteração da pressão do ar


a nossa volta (Souza, 2016). Quando falamos, por exemplo, as cordas vocais
vibram. Tais vibrações geram variações na pressão do ar que se propagam até
nossos ouvidos, causando vibrações na membrana do tímpano. As vibrações
no tímpano são transformadas em sinais elétricos transmitidos ao cérebro. No
cérebro, tais sinais são interpretados, ou seja, transformados em informações
com significado.
Para a produção de som é mais importante a velocidade com que a pressão
varia do que a magnitude de tal variação (Souza, 2016).

Por exemplo, um balão cheio que se esvazia lentamente quase não produz
som. Entretanto, se ele estourar (variação rápida de pressão) é gerado um
ruído considerável.
O som é caracterizado por sua intensidade, altura e timbre. A intensidade está
ligada à amplitude das ondas sonoras, ou seja, à distância entre o ponto médio
e a crista ou o vale da onda, conforme mostrado pela letra A0 da figura 5.4.
Figura 5.4 Caracterização de uma onda
Fonte: Wikimedia, 2017a

A altura está relacionada com a frequência da onda sonora, ou seja, o número


de vezes que a onda oscila por unidade de tempo. Uma oscilação corresponde
ao percurso de um comprimento de onda completo. Quanto maior a frequência,
mais agudo é o som. Quanto menor, mais grave ele é.

O timbre corresponde à interação do conjunto de ondas sonoras que formam o


som. Através do timbre é possível, por exemplo, diferenciar o som de uma
guitarra do som de um órgão.

O sistema humano para a percepção do som é composto por orelha e ouvido.


A orelha apresenta um formato que favorece a captação e transmissão do ar
sob variadas pressões ao ouvido, que é o órgão que transmite e converte os
estímulos que, em última instância, serão interpretados pelo cérebro como
sons com significado.
O ouvido é dividido em: ouvido interno, médio e externo, conforme indicado na
figura 5.5.
O ouvido externo é um canal que permite a passagem do ar da orelha ao
ouvido médio.
O ouvido médio é composto de uma membrana, conhecida como tímpano, que
vibra ao receber o ar sob pressões variadas. Tal vibração é transmitida a três
ossos que compõem o ouvido médio, conhecidos como martelo, bigorna e
estribo. Estes ossos transmitem as vibrações até a cóclea, que é um órgão do
ouvido interno que contém um líquido, conhecido como líquido coclear. Ao
receber a pressão exercida pelos ossos, o líquido se comprime, ou seja, a
vibração é convertida em pressão hidráulica. Tal pressão hidráulica é
convertida em estímulos elétricos, que são transmitidos por meio de nervos
auditivos à região cerebral responsável por interpretar tais estímulos em sons
com significado para as pessoas.

Figura 5.5 Estrutura do aparelho auditivo humano


Fonte: Wikimedia, 2017b

6. Os prejuízos do ruído à saúde humana

O ser humano é capaz de escutar sons com frequências entre 20 e 20000 Hz.
Sons abaixo de 20 Hz são conhecidos como infrassons e acima de 20000 Hz
como ultrassons.

Apesar de infrassons e ultrassons serem utilizados de forma controlada em


procedimentos clínicos, eles não fazem bem à saúde. Uma pessoa exposta a
infrassom ou a ultrassom pode vir a sentir dor de cabeça e enjôos e a vomitar.
Se o infrassom apresentar elevada intensidade ele pode atingir a musculatura
de forma profunda, sendo a recuperação lenta. Se o ultrassom for de alta
intensidade, pode provocar sensação de queimadura na pele.

Sons na faixa de frequência audível (20 a 20000Hz) também podem provocar


danos, sendo que os mais comuns são o estresse auditivo e a surdez. O
estresse auditivo decorre da exposição prolongada a um ambiente ruidoso.
A audiometria é um exame que permite medir a perda de sensibilidade auditiva
de uma pessoa exposta durante um longo período a um ambiente ruidoso.

A figura 5.6 mostra que esta perda é temporária já que, conforme o tempo
passa, a pessoa recupera gradualmente a capacidade auditiva.

Figura 5.6 Perda auditiva temporária derivada da exposição prolongada à ruído


Fonte: Vidal, 2011

Além da perda temporária de capacidade auditiva, a exposição prolongada à


ambientes ruidosos pode levar ao aumento de ansiedade, agressividade,
perturbações do sono, hipertensão arterial, vertigens, problemas digestivos,
tensão muscular e à perda da imunidade das células auditivas (Vidal, 2011).

Assim como com os outros sentidos, há perda permanente e paulatina da


capacidade auditiva de acordo com a idade. Tal perda permanente derivada do
envelhecimento pode ser agravada pela natureza ruidosa do trabalho
executado. A perda permanente da capacidade auditiva prejudica a
comunicação, provoca perda de atenção, de memória, leva ao isolamento
profissional e familiar.

7. Mensuração acústica e limite de tolerância à ruídos

Como a variação da pressão que dá origem ao som é muito elevada, criou-se


uma unidade logarítmica para representar a medida da intensidade sonora.
Esta unidade é o bel, em homenagem a Graham Bell. Na prática utiliza-se o
decibel (db), ou seja, a décima parte do bel.

A equação 7 apresenta a definição do decibel. Observe:

Eq. (7)

Onde:
..Intensidade do som mensurado (W/m2)
.. Intensidade padrão, ou seja, a da pressão do ar ambiente (10 -12W/m2 a
1000 Hz)

Note que a intensidade padrão seria equivalente à mínima intensidade sonora


capaz de ser percebida. Observe que um som com esta intensidade mínima
seria um som de 0db, já que, neste caso, = .
Cabe salientar que pequenas mudanças da intensidade sonora medida em
decibéis dependem de enormes modificações da intensidade sonora medida
em W/m2. Um som de 60 db, por exemplo, precisa ser 1000000 mais intenso
do que o som correspondente à intensidade padrão.
A tabela 5.3 exemplifica a intensidade sonora em dB de alguns sons típicos do
nosso cotidiano.

Tabela 5.3 Intensidade sonora de sons do nosso cotidiano


Descrição Valor em dB
Turbina da decolagem a menos de
130
5m de distância
Metrô passando em velocidade 110
Ao lado da britadeira 100
Rua barulhenta de grande cidade 90
Pessoas falando a 1m 70
Restaurante tranquilo 50
Respiração 10

Fonte: Bistafa, 2006 apud Vidal, 2011

O som que chega ao ouvido do trabalhador costuma derivar da interação de


ruídos de diferentes fontes resultando, portanto, da composição de sons com
frequências e intensidades variadas.
O decibelímetro é o aparelho usado para mensurar o perfil sonoro no ambiente
de trabalho. Tal aparelho mensura como a intensidade sonora varia com a
frequência do som, conforme mostrado na figura 5.7.
Figura 5.7. Variação da intensidade sonora com a frequência do som
Fonte: Vidal, 2011

A regulamentação em Segurança do Trabalho costuma considerar a frequência


de 500 Hz para avaliar se a intensidade sonora é muito intensa ou não. A
escolha desta frequência busca prevenir a perda auditiva de sons com a
frequência dos sons emitidos pela fala. Entende-se que a perda de percepção
de sons nesta frequência seria mais prejudicial do ponto de vista social e
laboral.
A Norma Regulamentadora (NR) 15 estabelece limites de tolerância à ruídos,
isto é, para cada intensidade de ruído esta norma limita o tempo de exposição,
conforme apresentado na tabela 5.4.
Salienta-se que, as medidas devem ser realizadas na altura do ouvido do
trabalhador. Além disso, não é permitida a exposição a ruído contínuo ou
intermitente acima de 115 dB sem a devida proteção (Guia trabalhista, 2016).

Tabela 5.4.Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente


Nível de ruído Máxima exposição diária
dB (A) permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

Fonte: Guia trabalhista, 2016

8. Métodos de prevenção contra ruídos

Segundo Ayres & Corrêa (2011), os métodos para prevenir que ruídos causem
danos aos trabalhadores costumam ser classificados em:
 Métodos de controle na fonte, que buscam a eliminação do ruído na
fonte geradora;
 Métodos de controle no meio, que buscam reduzir a intensidade do ruído
que atinge o trabalhador através da instalação de barreiras de
isolamento acústico no meio de propagação
 Medidas de controle individual, que envolvem o uso de EPI, a limitação
do tempo de exposição ao ruído, o treinamento dos trabalhadores e a
realização de exames periódicos.

A eliminação na fonte consiste num conjunto de medidas que visam reduzir a


intensidade do ruído gerado. Vidal (2011) e Ayres & Corrêa (2011) sugerem
algumas destas medidas, como:
 Reduzir as vibrações e os atritos das partes que compõem os
equipamentos, através da manutenção preventiva de equipamentos
(regulagens de motores, lubrificações, reaperto de estruturas) e da
instalação de amortecedores para reduzir vibrações;
 Alterar o processo de produção substituindo operações ruidosas por
outras mais silenciosas. Um exemplo seria a substituição da rebitagem
(operação ruidosa) pela soldagem;
 Programar a produção de modo que permaneçam poucas máquinas,
especialmente as mais ruidosas, funcionando ao mesmo tempo no
mesmo ambiente.

O isolamento acústico pode ser realizado de 2 formas:


 Enclausuramento do equipamento ruidoso
 Isolamento arquitetônico de ambientes.

Exemplos de enclausuramento de equipamentos são as superfícies envoltórias


dos compressores em clínicas dentárias, as utilizadas antigamente em torno
das impressoras matriciais ou as que envolvem motogeradores, conforme
ilustrado na figura 5.8.

Figura 5.8.Enclausuramento de motogeradores


Fonte: Wikimedia, 2017c
O isolamento arquitetônico de ambientes envolve o isolamento das áreas onde
estão instaladas fontes ruidosas de forma que as áreas onde o silêncio é
importante para a execução eficaz e eficiente das tarefas recebam a menor
intensidade sonora possível. Isto depende de um bom planejamento das
instalações.
Exemplos de locais onde o silêncio é essencial são: as salas de controle,
laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos.

A tabela 5.5 apresenta níveis máximos de ruído (NBR 10152) para algumas
atividades que exigem relativo silêncio.

Tabela 5.5. Níveis máximos de ruído definidos pela NBR 10152


Local dB (A)
Apartamentos de hospitais 35 – 45
Bibliotecas, salas de desenho 35 – 45
Salas de aula, laboratórios 40 - 50
Apartamentos de hotéis 35 - 45
Dormitórios de residências 35 - 45
Teatros 30 - 40
Restaurantes 40 - 50
Fonte: ABNT, 2016

INÍCIO DO VERBETE
dB(A)- A letra A que acompanha a unidade de medida decibéis (dB) representa o filtro
configurado no decibelímetro. Normalmente, há 2 filtros: A e C. A configuração do
decibelímetro para um desses filtros permite medir com mais eficácia a intensidade de
ondas sonoras de determinadas frequências. Enquanto o filtro A mede mais
eficazmente a intensidade de sons de média frequência (2 a 5 kHz), o filtro C é mais
apropriado para medir a intensidade de sons de baixa frequência (Candido, 2008). Por
isso, se fizermos duas medidas de intensidade sonora, cada vez com um dos filtros
ativados, isso significa que grande parte do ruído se encontra na faixa de baixas
frequências. As normas de segurança do trabalho se referem normalmente às
medidas que têm o filtro A ativado, já que a faixa de frequência que este filtro prioriza é
a que o ouvido humano é mais capaz de perceber.
FIM DO VERBETE

O isolamento arquitetônico de ambientes pode ser alcançado mediante a


instalação de materiais absorventes nas superfícies internas do local onde está
instalada a fonte de ruído, como cortiça e lã de vidro, e o uso de materiais
isolantes nas superfícies externas que separam o local onde está instalada a
fonte de ruído do exterior, como a alvenaria.

A tabela 5.6 apresenta a atenuação de ruído que pode ser alcançada quando
se utilizam dos materiais isolantes apresentados.

Tabela 5.6 Isolamento acústico para sons com frequência de 500 Hz (NBR
12179)
Material Isolamento em dB
Alvenaria de tijolo maciço com 20 cm
50
de espessura
Alvenaria de tijolo furado com 25 cm
10
de espessura
Chapas ocas de gesso com 10 cm de
24
espessura
Compensado de madeira com 6 cm de
20
espessura
Concreto – laje entre pavimentos 68
Vidro de janela com espessura entre 2
20 a 24
e 4 mm
Vidro de janela com espessura entre 4
26 a 32
e 6 mm

Fonte: Vidal, 2011

O terceiro conjunto de medidas para se prevenir dos efeitos maléficos do ruído


corresponde ao uso de protetores auriculares e a limitar o tempo de exposição
do indivíduo ao ruído quando ele é superior à 85 db(A) (Ayres & Corrêa, 2011).
Tais medidas se tornam mais eficazes quando o trabalhador é devidamente
treinado, tornando-se consciente da importância do uso destes equipamentos e
do respeito às normas que visam prevenir efeitos maléficos que ruídos
excessivos podem trazer à sua saúde.
A realização de exames periódicos também é muito importante para avaliar se
as atividades laborais têm levado à perda de capacidade auditiva, visto que isto
ocorre de forma lenta, gradual e, muitas vezes, não é percebida pelo
trabalhador. No caso de se constatar perda na capacidade auditiva, uma
análise do ambiente e das tarefas realizadas pelo trabalhador permitirá detectar
a(s) fonte(s) de ruído a(s) qual(is) ele está exposto e tomar as medidas
preventivas mais adequadas.

Início da Atividade 2
Atividade 2 (Atende as objetivos 1 e 2)

A execução de certas atividades laborais ruidosas pode afetar a saúde do


trabalhador.
a) Caracterize as principais prováveis consequências de prejuízo à saúde que
podem derivar da exposição frequente e prolongada à ambientes ruidosos.
b) Utiliza-se um instrumento para monitorar se a intensidade do ruído poderia
causar prejuízo à saúde do trabalhador. Qual o nome deste instrumento? O
que ele mede?
c) A comparação do valor medido com o valor referência que não deve ser
ultrapassado se refere a qual faixa de frequência? Por que esta é a faixa de
frequência em que a lei se baseia para definir o valor referência?
d) Considere que um operador de moinhos de farinha seja exposto a ruído de
90 dB(A) durante sua jornada de trabalho. Suponha que a produtividade de
cada trabalhador seja de 100 kg de farinha por hora trabalhada. Suponha
ainda que não haja estoque de farinha e que a fábrica tenha prometido
entregar 5000 kg de farinha ao fim do dia. Considere que o regime de
trabalho seja de 8 horas por dia. Quantos trabalhadores serão necessários
para que não se desrespeite a regulamentação de segurança do trabalho e
não se atrase a entrega do produto ao cliente?
e) Quais medidas poderiam ser adotadas para reduzir o número de
empregados da fábrica hipotética apresentada na letra d?

RESPOSTA COMENTADA:

a) Perda temporária de audição que, quando somada à perda natural devido à


idade, pode resultar em perda definitiva em idade avançada. Efeitos indiretos
são: aumento de ansiedade, agressividade, perturbações do sono, hipertensão
arterial, vertigens, problemas digestivos, tensão muscular e à perda da
imunidade das células auditivas.

b) Decibelímetro. Ele mede o nível de intensidade sonora, dada na unidade


decibel (dB). Um decibel é um décimo de Bel, em homenagem ao nome do
cientista que inventou esta unidade de medida, Graham Bell. Observando-se a
equação 5.7, nota-se que este parâmetro mede o nível de intensidade sonora,
em W/m2, em relação ao nível de intensidade do som do limiar da audição
humana. Cabe enfatizar que a variação do nível de pressão sonora depende da
frequência da onda sonora, ou seja, ondas com frequências diferentes
costumam apresentar valores diferentes de intensidade sonora (vide Fig. 5.7)

c) 500 Hz. A escolha desta frequência visa evitar a perda auditiva de sons com a
frequência dos sons emitidos pela fala, já que entende-se que a perda de
percepção de sons nesta frequência seria mais prejudicial do ponto de vista
social e laboral.

d) Com esta exposição (90 dB) a NR-15, Anexo 1 (Tabela 5.4) estabelece que o
tempo máximo de exposição diário deve ser de 4 horas. Portanto o número de
trabalhadores necessários é dado por:
e) Caso se utilize uma das medidas preventivas que reduzam a intensidade
do ruído a qual o trabalhador é exposto, é possível solicitar que ele
execute o trabalho dele por mais de 4 horas por dia (Tabela xx),
aumentando a produtividade por hora e por trabalhador. Desta forma, é
possível reduzir o número de trabalhadores dedicados a esta atividade.
As medidas preventivas disponíveis são:
 Redução do ruído na fonte, através de manutenção que lubrifique
as partes em atrito, que calce ou aparte os parafusos das peças
ou partes que não deveriam se movimentar, ou da substituição da
tecnologia por outra menos ruidosa;
 Isolamento da fonte. Seja através do enclausuramento do moinho
ou do isolamento deste equipamento numa sala cujas paredes
internas são revestidas por material absorvente e as paredes
externas por material isolante;
 Uso de EPIs: Protetores auriculares devem ser a última
alternativa. Podem e devem ser utilizadas para atenuar ainda
mais o ruído, mas não devem ser a única e nem a medida mais
relevante. Possuem menor eficácia do que as outras medidas, já
que o uso depende da conscientização de cada funcionário, é
sempre desconfortável (em algum nível), costuma atrapalhar a
execução do trabalho, já que a transmissão da informação verbal
fica comprometida, estimulando o uso intermitente ou o abandono
etc.

9. Radiações eletromagnéticas

Antes de definirmos os possíveis impactos de determinadas radiações


eletromagnéticas no ser humano revisaremos o conceito de ondas
eletromagnéticas.
Um campo elétrico é um campo de força provocado por cargas elétricas que,
neste campo, sofrem a ação da força elétrica. Um campo magnético é um
campo de força provocado pela ação de um imã ou pela movimentação de
cargas elétricas. Em materiais ferromagnéticos o campo magnético é
provocado pelo spin de partículas subatômicas.
Ondas eletromagnéticas compõem-se de dois campos: um elétrico e outro
magnético, que oscilam perpendicularmente um ao outro e se propagam na
direção de variação dos campos elétrico e magnético. Ou seja, elas são uma
combinação de um campo elétrico e de um campo magnético que variam e se
propagam simultaneamente no espaço transportando energia, conforme
apresentado na figura 5.9. Na figura 5.9 E representa um campo elétrico e B
um campo magnético.

Figura 5.9. Representação de onda eletromagnética


Fonte: Pixabay, 2017

INÍCIO DO VERBETE
Oscilam perpendicularmente–A oscilação perpendicular, ou seja, formando
um ângulo de 90º, é da natureza de formação dessas ondas (elétricas e
magnéticas). A variação de um campo elétrico gera um campo magnético, cuja
variação dá origem a um campo elétrico.
FIM DO VERBETE
O espectro eletromagnético classifica as ondas eletromagnéticas de acordo
com suas faixas de comprimento de onda. Na faixa de comprimento entre 450
e 620 nm encontram-se as ondas do espectro eletromagnético percebidas pelo
olho humano (luz visível). Afigura 5.10 apresenta exemplos de ondas
eletromagnéticas do nosso dia-a-dia.

Figura 5.10. Exemplos de ondas eletromagnéticas do nosso dia-a-dia


Fonte: Wikipedia, 2017.

Podemos citar alguns exemplos da fonte e de usos de algumas ondas


eletromagnéticas típicas (identificadas na figura 5.10)

 A radiação gama é emitida pelos elementos radiativos, possui elevada


energia e penetra profundamente na matéria. Devido à elevada energia
podem causar danos aos núcleos celulares. Por isso, são usadas em
esterilização de equipamentos médicos, em exames de tomografia;
 A radiação ultravioleta é classificada em UV-A, UV-B e UV-C de acordo
com o comprimento da onda, ou seja, UV-A (400-320 nm), UV-B (320-
280 nm) e UV-C (280-100 nm). A parcela da radiação UV-B que chega a
Terra, ou seja, que não é absorvida na atmosfera, é responsável pelos
danos à pele. A totalidade da radiação UV-C emitida pelo Sol é
absorvida na atmosfera.
 A radiação infravermelha não é percebida na forma de luz pelos
vertebrados, mas na forma de calor. Uma utilização atual é para verificar
se as pessoas estão com temperatura elevada nos aeroportos, visando
restringir a entrada de indivíduos contaminados com alguma doença
cujo um dos sintomas é febre.

10. Efeitos biológicos das radiações eletromagnéticas

Um dos efeitos é o das radiações que compõem o espectro da luz visível que
impressionam as células do fundo da nossa retina, causando sensação visual.
Ondas eletromagnéticas de determinadas frequências são capazes de interagir
por ressonância com moléculas presentes nos organismos vivos. Isto é, ondas
com a mesma frequência que a frequência de oscilação da molécula, entram
em ressonância.
O efeito sobre a molécula depende da intensidade (amplitude) da onda e pode
apenas aquecê-la ou modificar sua estrutura. O microondas é um exemplo de
aparelho que emite ondas com frequência igual a frequência de oscilação das
moléculas de água, aquecendo-as.
Estudos que analisam a alteração da estrutura da molécula buscam responder,
por exemplo, se:
 a proximidade de linhas de tensão teria relação com casos de câncer
infantil, devido à supostas alterações no DNA das células;
 o uso excessivo de celular causaria câncer no cérebro etc;
 há prejuízo à saúde quando há exposição à ondas de elevada
frequência, como as presentes na operação de radares, equipamentos
de diatermia médica e seladores de radio frequência

Dois destes casos podem ser usados para discutir os efeitos biológicos à
exposição de ondas eletromagnéticas:
 O primeiro caso (linhas de transmissão) está associado às ondas de
baixíssima frequência (até 100kHz);
 O terceiro caso está associadoà exposiçãoa ondas de elevada
frequência (100 kHz – 300GHz).
Com relação ao primeiro caso, pesquisas realizadas pela ANATEL visando
estabelecer os limites à exposição à radiação eletromagnética definem como
limiar de exposição “seguro” uma densidade de corrente menor que 10mA/m 2,
em frequências de até 1 kHz. Exposições entre 10 – 100 mA/m2 podem resultar
em mudanças funcionais no sistema nervoso (Tenforde, 1996 apud Masculo,
2011).
Segundo Másculo (2011), não há até hoje evidência convincente de efeitos
carcinogênicos de radiação de baixa frequência (transmissão de energia), pois
ainda não há resultados científicos suficientes para provar ou reprovar tal
teoria.
Sob determinadas condições, radiações eletromagnéticas de elevada
frequência podem produzir aquecimento dos tecidos dos seres vivos.
Resultados de laboratório apontam deterioração de tecidos quando o aumento
de temperatura é maior do que 1 ou 2°C. Estudos sobre a exposição à radiação
eletromagnética em níveis típicos aos sofridos pelos trabalhadores das
empresas de radares não mostraram, até agora, evidências de efeito
significativo à saúde.

“O aquecimento Dieléctrico pode causar queimaduras se uma pessoa


está perto de uma antena quando um transmissor está sendo operado,
por exemplo” (Mandal, 2016).

De acordo com reportagem do jornal El Pais em 23 de setembro de 2014,


calcula-se que entre 5 e 10% da população mundial seja eletrossensível. Estes
indivíduos apresentam sintomas como dores de cabeça, insônia, irritabilidade,
depressão e maior risco de câncer, segundo reconhece a Organização Mundial
da Saúde (OMS) (El Pais, 2014).
Na realidade, nota-se que não há comprovação científica sobre algumas
suspeitas de relação entre doenças, especialmente câncer, e a ação da
radiação eletromagnética produzida artificialmente. Certas pesquisas
comprovam determinados efeitos, enquanto outras os refutam.
No entanto, organizações como a Universidade de Lakehead, em Ontário, no
Canadá e prefeituras de diversos países têm limitado a emissão destas
radiações invocando o princípio da precaução (Portal 247, 2012).
Conforme apresentado numa reportagem da EBC, os perigos do uso do
tabaco, amianto, chumbo na gasolina, dentre outros só foram comprovados
após longo período de uso comercial destes produtos (Portal 247, 2012).

11. Medidas de proteção contra radiações eletromagnéticas

As medidas de proteção envolvem:


 os controles técnicos como, por exemplo: uso de dispositivo capaz de
acionar chaves de bloqueio quando a exposição se tornar prejudicial à
saúde;
 os controles administrativos como: as limitações de acesso, o uso de
alarmes;
 os controles de caráter pessoal como: o uso de roupas protetoras.

Os controles de caráter pessoal devem ser a última opção na seleção de


métodos de proteção. Cabe salientar ainda que, o uso de recursos para a
proteção contra o choque e a queimadura de alta frequência não deve permitir
exceder as restrições básicas, visto que os métodos pessoais protegem
apenas contra os efeitos indiretos da radiação.

Conclusão

Nesta aula, nós focamos em apresentar as maneiras como os riscos físicos se


estabelecem, as consequências destes riscos e nos mecanismos de proteção
contra eles.
Há uma série de riscos físicos cujas intensidades podem ser prejudiciais à
saúde e que são regulamentadas pela norma regulamentadora (NR) 15. Esta
norma limita o tempo de exposição do trabalhador ao calor, ruído e radiações.
Nota-se que para cada tipo de risco existe um conjunto mais adequado de
medidas preventivas. Em termos de riscos físicos, as medidas se concentram
em tentar reduzir a intensidade da emissão da fonte, construir barreiras entre a
fonte e o receptor, já que agentes deste tipo de risco são transmitidos pelo ar e
usar EPIs.
Conhecer as consequências dos diferentes riscos permite estabelecer
prioridades nas ações que visam manter a segurança no trabalho. Além disso,
conhecer como os parâmetros de avaliação das condições físicas são
determinados contribui para planejar medidas que aumentem a produtividade
direta ou indiretamente.

Início ATIVIDADE FINAL


Atividade Final (Atende aos Objetivos 1 e 2)

a) Quais são os principais sintomas vivenciados pelas pessoas


eletrossensíveis quando estas são expostas à radiações
eletromagnéticas?
b) Quando discutimos os riscos químicos na aula 4 apresentamos duas
abordagens em relação às ações que visam prevenir os perigos
associados ao uso de substâncias químicas: prevenção e precaução.
Qual das duas abordagens você selecionaria para planejar as medidas
de prevenção aos riscos da exposição a radiações eletromagnéticas?
Explique sua escolha.
c) Cite as principais medidas de prevenção aos riscos eletromagnéticos?

RESPOSTA COMENTADA

a) Dores de cabeça, insônia, irritabilidade e depressão.


b) Precaução. Porque a abordagem prevencionista se baseia na
adoção de medidas de prevenção legalmente estabelecidas. Por
sua vez, medidas legais, só costumam ser estabelecidas diante de
comprovação científica de relação entre o uso de determinada
substância (ou de exposição a determinado agente) e o surgimento
ou agravamento de alguma doença. Como no caso das radiações
eletromagnéticas, pesquisas associando tais radiações a doenças
permanecem inconclusivas, não há medidas preventivas
legalmente estabelecidas. Desta forma, buscando evitar a
exposição à radiações que podem, no futuro, serem comprovadas
como prejudiciais à saúde, deve-se adotar uma abordagem de
precaução.
c) Usar dispositivo capaz de acionar chaves de bloqueio quando a
exposição se tornar prejudicial à saúde; controlar o tempo de
exposição às radiações e limitar de acesso de pessoas não
treinadas a lidar com este tipo de exposição; usar roupas
protetoras.
Fim ATIVIDADE FINAL

RESUMO

Esta Aula iniciou descreveu as maneiras como os riscos físicos se


estabelecem, dividindo-os em calor, ruído e radiações.
O primeiro núcleo conceitual mostrou como o excesso de calor pode prejudicar
a saúde e, consequentemente, a produtividade no trabalho, bem como,
apresentou os limites legais à exposição e algumas técnicas de prevenção aos
riscos associados à exposição ao calor.
O segundo núcleo conceitual mostrou como o ruído pode interferir na saúde do
trabalhador, apresentando os limites legais de tempo e intensidade de
exposição aos ruídos, bem como abordou técnicas de prevenção aos riscos
associados à exposição ao ruído.
O terceiro núcleo conceitual discutiu as controvérsias das pesquisas que
tentam comprovar os riscos à saúde da exposição às radiações
eletromagnéticas, bem como abordou técnicas de prevenção à estes riscos.

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