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No entanto, cabe ao Arquiteto ao elaborar o projeto da edificação – como esclarece a NBR 13.532 –
definir qual será o sistema construtivo adotado em seu projeto. O sistema construtivo pode ir do
tradicional concreto(moldado in loco, pré-fabricado, protendido, lajes nervuradas, etc.), aço (steel
deck, vigotas pré-fabricadas, treliças para grandes vãos – planas ou espaciais, etc.), madeira,
, alvenarias auto-portantes, bambu, etc.
Além disso, a escolha por um determinado sistema estrutural envolve questões de viabilidade
econômica e técnicas disponíveis no mercado. Deve-se tirar o máximo da estrutura como elemento
integrante do projeto de arquitetura, inclusive – por que não – como elemento estético.
Os espaçamentos entre pilares (de forma a garantir estabilidade estrutural e viabilidade econômica)
adotado fica entre 4,50m a 9,00m (CHING et al, 2010, p. 111) – para garantir alturas de vigas não
muito exageradas. Usualmente utilizamos entre 4,50 a 7,50m
A altura da viga é dada pela razão: vão/16 (já considerando a espessura da laje). Assim, por
exemplo, para um vão de 5,00m, teríamos que a altura da viga seria (5,00/16) de cerca de 32cm.
Foto 1: Exemplo de edifício residencial utilizando sistema construtivo tradicional de concreto
armado moldado in loco (Foto do Autor)
Para as dimensões dos pilares, podemos adotar os ábacos de dimensionamento constantes do livro do
Prof. Yopanan Rebello (REBELLO, 2003)
No caso de lajes nervuradas – utilizadas para subsolos, por exemplo – podemos adotar o mesmo
método. As lajes nervuradas possibilitam a adoção de vãos maiores e suportam cargas maiores,
graças a geometria de sua composição (as chamadas “cubetas”).
A NBR 6120 diz que a carga a ser considerada para garagens é de 300 kgf/m2 – portanto o dobro da
carga adotada nos pavimentos tipo – por isso um sistema estrutural diferente tem que ser adotado.
Os espaçamentos entre pilares para lajes nervuradas usualmente adotado fica entre 7,50m e
12,00m,podendo chegar a 18,00m (CHING et al, 2010, p. 113).
É fundamental ter em mente que os pilares devem seguir na mesma posição, ao longo de toda a
edificação – propor desvios de pilares para solucionar subsolos/estacionamentos, por exemplo, não é
economicamente viável e é evitado a todo custo na vida profissional, salvo exceções em que a
adoção de tal estratégia é provada ser a única possível para viabilizar o empreendimento.
Assim, pensar o lançamento estrutural do pavimento tipo ao mesmo tempo em que se pensa a
solução dos demais pavimentos (principalmente posições de vagas de estacionamento e rampas) é a
estratégia projetual mais eficiente, de forma a evitar re-trabalhos.
A utilização da composição concreto armado moldado in loco (para pavimentos tipo) com lajes
nervuradas (para os subsolos/estacionamentos) resolve praticamente todos os casos de edifícios
residenciais produzidos atualmente no mercado imobiliário. Edifícios comerciais costumam adotar
as lajes nervuradas nos pavimentos tipo, de forma a permitir plantas mais livres (devido ao
espaçamento maior entre pilares).
Foto 2: Exemplo de laje nervurada, utilizada em edificação institucional (Foto do Autor)
Referências:
Observação importante: estas informações são direcionadas a projetos acadêmicos – para projetos
“da vida real” é indispensável a contratação de um Arquiteto para a verificação das necessidades de
seu projeto e adequações a legislação de sua municipalidade e de um Engenheiro Civil, responsável
pelo dimensionamento e cálculo estrutural.