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Aula 02

Auditoria p/ TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo (com videoaulas) - Todos os


Cargos

Professor: Rodrigo Fontenelle


Curso de Auditoria para TCE-SC - 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Fontenelle Aula 02

AULA 02: Normas do TCE-SC. NAG


SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação 01
1. Portaria 670/2015 02
2. NAG 13
Lista das questões comentadas durante a aula 54
Referências bibliográficas 60

Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos
termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
autorais e dá outras providências.

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Olá, Pessoal!

Nossa aula de hoje vai tratar do estudo de legislação referente aos


trabalhos de auditoria, particularmente em relação ao Manual de Auditoria
de Regularidade do TCE-SC e às normas de Auditoria Governamental -
NAG.

O estudo da lei seca normalmente é cansativo, tendo em vista que não é


um texto voltado para o concurso público, mas para a definição de diversas
condutas profissionais. Assim, em regra, os normativos são pouco claros e,
por vezes, repetitivos. O desafio é selecionar os principais tópicos da
legislação, colocando-os como uma probabilidade real de serem cobrados
na prova.

Outra dificuldade a ser vencida é a inexistência de exercícios anteriores.


Para sanar esse problema, proponho diversos exercícios, além de resolver
vários do Cespe e alguns bem recentes da FCC.

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Principais normas abordadas na aula de hoje:

Portaria TCE-SC nº 670/2015 e NAG

1. Portaria 670/2015

A Portaria nº TC 0670/2015, que consta no edital, aprovou o novo Manual


de Procedimentos de Auditoria de Regularidade, contemplando os
procedimentos metodológicos e operacionais a serem observados na
fiscalização dos órgãos e entidades jurisdicionadas ao Tribunal de Contas
do Estado de Santa Catarina. Segundo essa portaria, o manual deve ser
aplicado a partir do exercício de 2016.

O Manual disciplina as atividades a serem desenvolvidas pelos profissionais


na realização deste tipo de auditoria pelo TCE/SC. Seu escopo contempla
as atividades compreendidas desde a proposição de auditoria até a
elaboração do relatório.

O Manual adota as diretrizes e conceitos das Normas de Auditoria


Governamental (NAG) aplicáveis ao nível operacional das auditorias. As
NAG, por sua vez, baseiam-se na prática internacional e nas normas e
diretrizes de auditoria da Organização Internacional de Entidades
Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI). Assim, recomenda-se que o
profissional tenha conhecimento do conjunto completo das NAG como base
para sua atuação, razão pela qual estudaremos também as NAG nesta aula,
pois fica claro que ela pode ser objeto de cobrança na prova.

1.1 Proposta de Fiscalização e Programação Anual

A Resolução nº TC-122/2015 dispõe sobre a programação de fiscalização


do Tribunal de Contas e define que a mesma será composta pelos seguintes
instrumentos:

a) Levantamento: é o instrumento de fiscalização utilizado para conhecer


a organização e o funcionamento dos órgãos e entidades da
administração pública, avaliar a viabilidade e a utilidade da realização de
fiscalizações, identificar pessoas e objetos de fiscalização e subsidiar a
programação de fiscalização.

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b) Inspeção: é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para
suprir omissões e lacunas de informações, esclarecer dúvidas,
subsidiar a análise de prestação de contas, de processos de
monitoramento e apurar denúncias e representações, quanto à
legalidade, à legitimidade e à economicidade dos atos de gestão praticados
por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição, se a natureza e a
extensão dos fatos não exigirem a realização de auditoria.

c) Auditoria: a auditoria de regularidade é o exame e avaliação dos


registros, das demonstrações contábeis, das contas governamentais, das
operações e dos sistemas financeiros, do cumprimento das disposições
legais e regulamentares, dos sistemas de controle interno, da probidade e
da correção das decisões administrativas, e da legalidade, economicidade
e legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos à sua
jurisdição.

A auditoria de regularidade tem como finalidade:

a) obter dados e informações de natureza contábil, financeira,


orçamentária e patrimonial relativos à gestão dos responsáveis pelo
órgão, entidade, projeto, atividade ou programa auditado, com vistas
a verificar a consistência da respectiva prestação de contas
apresentada ao Tribunal, apurar danos e esclarecer quaisquer
aspectos atinentes a atos, fatos, documentos e processos em exame;
b) analisar atos e despesas relativos à pessoal da unidade auditada;
c) analisar atos relativos a licitações, contratos, convênios e
instrumentos jurídicos análogos;
d) atender solicitação da Assembleia Legislativa, de suas comissões
técnicas ou de inquérito;
e) subsidiar a análise das contas prestadas anualmente pelo
Governador do Estado e pelos Prefeitos Municipais.

Segundo as Normas de Auditoria Governamental (NAG), a auditoria


governamental pode ser classificada em auditoria operacional e auditoria
de regularidade, esta última podendo ser do tipo contábil/financeira ou de
cumprimento legal.

d) Monitoramento: é o instrumento de fiscalização utilizado pelo TCE/SC


para verificar o cumprimento das suas deliberações e os resultados
delas advindos.

Para aqueles que já estudaram para o TCU, cuidado, pois para aquele
Tribunal há ainda o Instrumento do Acompanhamento, não previsto no
Manual do TCE-SC, que é o que nos interessa neste momento.

1.1.1 Elaboração da proposta de fiscalização


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A necessidade de fiscalização verificada pelo profissional de auditoria deve


constituir proposta de fiscalização. A proposta de fiscalização consiste
em documento eletrônico padronizado pelo qual será solicitada a inclusão
da auditoria na programação de fiscalização.

Cuidado! Esta proposta deve ser elaborada pelo Chefe de Divisão ou


Coordenador de Controle utilizando o Sistema de Programação de
Auditorias. Após preenchimento, deve ser encaminhada eletronicamente
por meio do mesmo sistema ao Coordenador de Controle e ao Diretor de
Controle para aprovação. Após aprovadas pelos Diretores de Controle, as
propostas serão encaminhadas à Diretoria Geral de Controle Externo para
aprovação e consolidação até o último dia útil do mês de fevereiro. Até esta
data, o conjunto de propostas deve ser remetido à Presidência para
posterior apreciação e aprovação pelo Tribunal Pleno. Esta aprovação
deve ocorrer em sessão administrativa até 15 de março. Uma vez
aprovadas, as propostas serão encaminhadas eletronicamente aos
responsáveis pela elaboração das mesmas.

1.2 Planejamento de Auditoria

O planejamento de auditoria é a etapa que se inicia na data fixada na


proposta que integra a programação de fiscalização. Até esta data,
deve ser definida a equipe de auditoria que ficará responsável pelos
trabalhos de planejamento, execução e relatório.

Inicialmente, o Chefe de Divisão ou Coordenador de Controle deverá definir


a equipe e seu coordenador da equipe no Sistema de Programação de
Auditorias e encaminhar a proposta de fiscalização por meio do mesmo
sistema para aprovação da execução da fiscalização.

Na hipótese de ausência de informação disponível sobre o órgão/entidade


ou sobre o objeto a ser auditado, pode-se fazer diligências para
complemento de informações ou a realização de levantamentos. As novas
informações obtidas podem demandar a revisão de aspectos da auditoria
como escopo, objetivo, prazos, procedimentos, dentre outros.

O resultado dos trabalhos realizados durante a etapa de planejamento é o


programa de auditoria (matriz de planejamento), que nada mais é que
um plano detalhado de ação, voltado para orientar e controlar a
execução dos procedimentos de auditoria. Descreve os procedimentos de
exames a serem aplicados, com a finalidade de permitir a obtenção de
evidências adequadas que possibilitem formar uma opinião.

Deve ser considerado pelo profissional de auditoria governamental apenas


como um guia mínimo a ser utilizado no transcurso dos exames, não
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devendo, em qualquer hipótese, limitar a aplicação de outros
procedimentos julgados necessários.

O programa de auditoria é uma matriz padrão que deve ser preenchida


pela equipe de auditoria na etapa de planejamento, antes da execução da
auditoria, e contempla as seguintes informações:

a) Órgão/Entidade: identificação do órgão ou entidade a ser auditado,


devendo ser preferencialmente órgão/entidade gestora.

b) Objetivo geral: a definição do objetivo pode iniciar com o


enquadramento da auditoria em um ou mais dos objetivos, seguido da
delimitação precisa daquilo que a auditoria pretende realizar e/ou da
questão fundamental que deverá ser esclarecida.

c) Questões de auditoria: apresentar, em forma de perguntas, os diferentes


aspectos que compõem o escopo da auditoria e que devem ser investigados
com vistas à satisfação do objetivo. As respostas às questões de
auditoria devem fornecer subsídios para se chegar às conclusões
sobre o objetivo geral da auditoria, portanto, as questões devem ser
elaboradas de forma a estabelecer com clareza o foco da investigação e os
limites e dimensões que devem ser observados.

d) Possíveis achados: os possíveis achados devem ser coerentes com as


questões de auditoria. Indicar os possíveis resultados que a análise do
conjunto de informações requeridas, por meio da aplicação dos
procedimentos propostos, pode concluir.

e) Informações requeridas e fontes de informação: identificar as


informações necessárias para responder à questão de auditoria com
a identificação das fontes de cada informação requerida. A fonte pode ser
uma pessoa, local e/ou documento em que se obterá a informação (Ata,

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Departamento X, Sr. Fulano). A fonte pode ser interna (própria entidade
auditada) ou externa (fora da entidade auditada). Geralmente a informação
é algo intangível (objeto do contrato, data da liquidação, valor da
gratificação, etc.) e a fonte é tangível (contrato nº xxx, nota de empenho
xxx ou nota fiscal xxx, folha de pagamento do servidor xxx, etc.).

f) Procedimentos e técnicas: são as ações que devem ser empreendidas


pela equipe de auditoria a fim de responder as questões de auditoria
durante a fase de execução. Os procedimentos são ações, atos e técnicas
sistematicamente ordenados, em sequência racional e lógica, a serem
executados durante a execução da auditoria, indicando o que e como fazer
para realizar os seus exames.

1.3 Execução de Auditoria

Após aprovada a proposta de fiscalização e o programa de auditoria (matriz


de planejamento), o coordenador da equipe de auditoria deve providenciar
o ofício de apresentação, que deve conter o nome dos auditores fiscais,
identificando o coordenador da equipe, o objetivo e a deliberação que
originou a auditoria, bem como a solicitação de disponibilização de local
para a realização das atividades, se necessário.

O ofício de apresentação de equipe deve ser impresso em duas vias,


sendo que uma será entregue ao auditado e a outra juntada ao processo,
após visto do auditado.

A apresentação da equipe de auditoria ao dirigente do órgão/entidade


auditado, ou representante por ele designado, faz-se necessário se não foi
realizada na fase de planejamento ou decorrido muito tempo do início
desta. Na reunião de apresentação será entregue o ofício de
apresentação e informado o objetivo do trabalho.

Na reunião inicial deve ser definido quais agentes da unidade auditada


serão responsáveis pelo atendimento da equipe de auditoria e de que forma
será feita a comunicação entre estes agentes e a equipe de auditoria. Neste
momento pode-se solicitar documentos, informações ou auxílio necessário
para a realização da auditoria, através de requisição por escrito.

O ofício de requisição deve ser entregue mediante atestado de


recebimento na segunda via, a qual será juntada aos autos. Recomenda-
se que a requisição seja encaminhada via fax, email ou pessoalmente com
antecedência, de forma a tornar o trabalho ágil e garantir a disponibilização
dos documentos necessários.

Na fase de execução, a equipe de auditoria deve tomar as técnicas e


procedimentos previstos no programa de auditoria (matriz de
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planejamento) como roteiro de trabalho, porém, sem limitar a adoção de
outros procedimentos que sejam considerados pela equipe necessários ao
longo da execução.

Os documentos fornecidos pelo auditado devem identificar quem os


elaborou ou forneceu e a fonte da informação, além de estarem
legíveis, datados e assinados. Com as evidências deve o auditor buscar as
normas que definem as competências e a qualificação do agente para a sua
responsabilização, ex.: atos nomeação e exoneração, lei ou regimento
interno que define as atribuições dos cargos, endereço e CPF.

Ainda no órgão/entidade auditado, a equipe deve verificar se os


documentos recebidos são suficientes para fundamentar a infração. Para
facilitar esta avaliação, os documentos devem ser separados por achado,
se necessário.

Solicitar esclarecimentos acerca de indícios de achados ao longo da fase de


execução evita mal-entendido e retrabalho, possibilitando ao auditado a
elucidação de possíveis apontamentos. Além disso, se a desconformidade
for contínua, possibilita ao gestor a tomada de providências para corrigir o
erro, antes mesmo do recebimento do relatório de auditoria. Ao final da
fase de execução, se o auditado se dispuser, deve ser realizada a
reunião de encerramento, na qual a equipe apresenta sinteticamente os
achados de auditoria ao responsável pelo órgão/entidade auditado ou
representante por ele designado.

Os achados de auditoria devem ser apresentados indicando-se no mínimo


a situação encontrada, o critério de auditoria e as evidências. O gestor deve
ser informado que os achados são preliminares, podendo ser corroborados,
acrescidos ou excluídos em decorrência da análise. O coordenador da
equipe de auditoria pode dispensar a proposição da apresentação dos
achados em reunião de encerramento quando represente risco à equipe ou
à consecução do objetivo da auditoria.

1.3.1. Elementos do achado e matriz de achados

Este item foi retirado praticamente de forma literal do item 4100 das NAG,
que veremos no item 2.4 desta aula, razão pela qual não vou repeti-lo aqui.

1.3.2. Matriz de Responsabilização

Constituído o achado e confirmado após a análise da opinião do auditado,


torna-se necessária a identificação dos agentes responsáveis pelos
mesmos. O agente público pode ser responsabilizado cumulativamente nas
esferas administrativa, civil e penal. Contudo, é imprescindível a apuração
de todos os elementos para que ocorra a responsabilização.
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A instrução do processo deve conter provas irrefutáveis que identifiquem


que o agente foi o autor da conduta danosa e que existe nexo entre a
conduta e o resultado indesejado (condição). Nesta fase identifica-se o
responsável pelo achado, o período de sua competência, qual a sua
conduta, o nexo de causalidade entre a conduta e o resultado indesejado
e, por fim, a culpabilidade do indivíduo.

Além da identificação do nome do agente, especificando o seu cargo e CPF,


é fundamental identificar o período de exercício que ocorreu o fato,
pois não é possível responsabilizar o agente durante as suas férias ou
licença, bem como a necessidade de verificação sobre a existência de ato
de delegação.

A responsabilidade do agente público pode ser configurada pela omissão


de um dever ou pela ação realizada em desconformidade com a lei.
A responsabilização deve ser estendida também para os responsáveis
solidários, pessoas jurídicas de direito privado e público que derem causa
a dano ao erário, que devem sempre ser arrolados desde o início do
processo, inclusive para fins de citação.

Os dados para o preenchimento da matriz de responsabilização também


devem ser coletados in loco, evitando-se a necessidade de diligências para
dirimir dúvidas e fundamentar as evidências, observando-se o seguinte
modelo:

a) Responsáveis: caracterizar os responsáveis pelo achado com nome,


cargo, período de exercício no cargo ou função e CPF.

b) Conduta: não se trata do relato do fato ocorrido, mas da identificação


da ação corpórea ou da omissão praticada pelo responsável.
Utilizam-se verbos no infinitivo para descrever a ação, mencionando os
respectivos documentos que suportam a conclusão. Para cada conduta
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irregular deve-se preencher uma linha da matriz, sendo suficiente somente
uma linha no caso de vários responsáveis com idêntica conduta. No caso
de conduta omissiva, deve-se identificar o dispositivo legal ou
regulamentar que atribuía ao responsável a competência que o mesmo
deixou de exercer ou foi realizada erroneamente pelo seu subordinado sem
a devida supervisão.

c) Nexo de Causalidade: evidencia a relação de causa e efeito entre a


conduta do responsável e o achado, ou seja, se a conduta do responsável
contribuiu significativamente para o resultado ilícito. Para facilitar o
preenchimento do campo "nexo de causalidade", a equipe pode,
hipoteticamente, retirar do mundo a conduta do responsável e se perguntar
se ainda assim o resultado teria ocorrido e, caso positivo, se teria ocorrido
com a mesma gravidade. A inexistência de nexo de causalidade significa
que o agente não pode ser responsabilizado pelo resultado.

d) Culpabilidade: é a reprovabilidade da conduta adotada pelo agente


público, na qual se faz necessário o preenchimento dos seguintes
elementos:
1 – Imputabilidade: é a capacidade de entender que pratica ato
contrário a norma legal ou infralegal, em vigor à época dos fatos;
2 - Potencial consciência da ilicitude: significa avaliar se o agente ao
praticar a infração administrativa tinha possibilidade de identificar
que estava realizando algo contrário a norma legal ou infralegal;
3 – Exigência de conduta diversa: corresponde a expectativa da
adoção de atos administrativos diferentes daqueles adotados pelo
agente, uma vez que no âmbito administrativo só é possível realizar
o que está previsto em lei.

1.3.3. Outros Fatos Relevantes

Outros fatos relevantes são todos aqueles não previstos nas questões de
auditoria e, portanto, não vinculados ao escopo da auditoria, mas que, em
função de relevância, materialidade ou risco, mereçam a atenção da equipe
de auditoria. A equipe de auditoria deve relatar os indícios ao Diretor de
Controle para as providências que entender necessárias, que vão desde a
inclusão dos fatos na análise da prestação de contas até a proposição de
nova auditoria.

Este relato deve ser formalizado documentalmente (relatório do tipo


“informação”) sendo desnecessária sua juntada ao processo de auditoria.
Desta forma, somente deve compor o relatório de auditoria os
indícios de irregularidades devidamente apurados, com evidências
fáticas, responsáveis identificados e com vinculação ao escopo da
auditoria.

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1.3.4. Análise de documentos

A análise dos documentos coletados serve para consolidar se os achados


estão devidamente fundamentados. Apesar de estar separado da realização
da auditoria, este é um passo que pode ser realizado a qualquer tempo,
contribuindo para a qualidade do trabalho.

O preenchimento das matrizes de achados e de responsabilização


está previsto para ser realizado na fase de execução da auditoria.

Na análise de documentos é importante separá-los por achado, conforme


a matriz de achados, desde que não haja a necessidade de pedir mais
documentos, deve-se numerá-los conforme o processo. Esta prática
ajudará na confecção do relatório, pois os documentos de suporte citados
no relatório devem ser referenciados conforme as folhas do processo.

Ocorrendo a necessidade de mais informações ou documentos, o


coordenador da equipe de auditoria deve decidir sobre a forma de
solicitação com a orientação do Coordenador de Controle ou do Diretor de
Controle.

A forma regimental de solicitar ao titular da unidade auditada


documentos e informações indispensáveis à instrução do processo
é a diligência. Entretanto, se o coordenador da equipe de auditoria julgar
que existe uma forma mais célere e eficaz, poderá utilizá-la, ciente que a
possibilidade de aplicação de penalidade pelo não fornecimento só é cabível
se obedecidos aos termos legais/regimentais.

Quando a equipe optar pela utilização do e-mail institucional do TCE/SC


para solicitar documentos ou informações, a mensagem deverá ser enviada
com cópia para o Coordenador de Controle e para o Diretor de Controle,
bem como a habilitação da “confirmação de leitura”.

Caso o auditado não responda no tempo estipulado, deve ser realizada a


diligência no modelo normal da respectiva diretoria, sendo que o e-mail
deve ser impresso e juntado aos autos, antes da diligência, com os dizeres
que “não foi atendido”.

Presume-se que a solicitação por e-mail seja um procedimento mais célere


e informal, mas recomenda-se o contato telefônico com o
destinatário para confirmar o cumprimento dentro do prazo estipulado e
o entendimento das informações solicitadas.

Após o atendimento da solicitação de informações ou documentos, o


auditor fiscal deve verificar se o órgão/entidade remeteu todas as
informações solicitadas.
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Em caso de descumprimento do prazo da diligência, o auditor fiscal


deve primeiramente entrar em contato com o órgão/entidade para apurar
o motivo do não atendimento. Desde que não apresentado nenhum fato
relevante para o descumprimento da diligência, o auditor fiscal deve
informar ao superior imediato para avaliar a possibilidade de aplicação de
penalidade ou reiteração da diligência

1.4. Elaborar Relatório de Auditoria (relatório de instrução)

O relatório de auditoria é o documento pelo qual os trabalhos de auditoria


e as conclusões da equipe são relatados a fim de comunicar os usuários e
subsidiar a tomada de decisões.

1.4.1. Estrutura do relatório

A estrutura do relatório será composta pelos seguintes tópicos:

INTRODUÇÃO

Considerações Iniciais

A parte textual do relatório é iniciada pela introdução e deve


contemplar informações necessárias para situar o tema da auditoria.
Deverá ser transcrito, no mínimo, os seguintes elementos:
a) Número da proposta de auditoria na programação de
fiscalização aprovada e ofício de apresentação com a
identificação do período e equipe;
b) Descrição da unidade auditada;
c) Objeto, objetivo e questões;
d) Valor auditado (quando mensurável).

Metodologia

Compreende os procedimentos e as técnicas utilizados para


coleta e análise de dados, com vistas à obtenção de diferentes
tipos de evidências ou ao tratamento de informações. Caso os
achados e as conclusões tenham como base um exame de amostra a
equipe deve informar a técnica de amostragem utilizada e justificar
a sua escolha.

As técnicas são ferramentas utilizadas para operacionalizar o


trabalho dos auditores. As mais usualmente utilizadas são: exame
documental, inspeção física, conferência de cálculos, observação,
entrevista, circularização, conciliações.

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É necessário também descrever eventuais limitações existentes no
período da realização da auditoria, como ausência ou dificuldades de
obtenção de dados.

ANÁLISE DOS RESULTADOS

A análise dos resultados expõe de forma fundamentada os


procedimentos realizados, os achados, pontos relevantes
identificados durante a auditoria e demais considerações. O
desenvolvimento desta seção é composto por:

Achados de Auditoria

Esta seção detalha os achados de auditoria encontrados durante os


exames, mediante análise de critérios, causas e efeitos. É necessário
tratar cada achado em uma subseção específica.

Ao término da redação de cada assunto tratado, compete à equipe


de auditoria expressar sua conclusão e a depender de cada
situação formular recomendação para eliminar as falhas encontradas.

Procedimentos realizados que não resultaram em achados

Compreende relatar os procedimentos realizados pela equipe de


auditoria que não resultaram em achados.

CONCLUSÃO

A conclusão deve apresentar, resumidamente, as respostas das


questões de auditoria e o posicionamento da equipe acerca do
objetivo geral, bem como a proposta de encaminhamento.
Além das críticas pertinentes, deve-se, sempre que possível,
mencionar as constatações de regularidade ou de adequado
desempenho institucional, observado o escopo dos trabalhos. A
conclusão deve estar em consonância com os fatos e evidências
levantadas e as discussões desenvolvidas na fundamentação do
Relatório.

1.4.2. Apêndices e anexos ao relatório

O apêndice é um texto ou documento elaborado pela equipe, a fim de


complementar sua argumentação. Para não prejudicar o desenvolvimento
do conteúdo do relatório, este texto ou informação complementar pode ser
apensado ao final de relatório, como fonte de consulta.

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O apêndice é identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e
pelo respectivo título. Exemplo: APÊNDICE A – Retenção de tributos.

O anexo trata-se de um texto, norma ou documento não elaborado pela


equipe. Antes do documento apensado deve ser colocada uma folha de
rosto identificando o anexo. O Anexo é identificado por letras maiúsculas
consecutivas, travessão e pelo respectivo título. Exemplo: ANEXO A – Lei
Complementar xxx.

O material passível de constituir anexos deve, preferencialmente, ser


juntado ao processo antes do relatório.

1.4.3. Classificação dos relatórios de auditoria

Este ponto também foi retirado quase que literalmente das NAG, razão pela
qual deixarei para apresentar no item 2.4 desta aula.

2. Normas de auditoria governamental (NAG)

As NAG, também conhecidas como "o livro verde" da auditoria


governamental brasileira, em função da cor de sua capa, tornam-se um
instrumento de orientação e de aprimoramento da atividade de
auditoria dos Tribunais de Contas (TC) no exercício da sua missão
constitucional do controle externo, além de esclarecerem sobre o papel, as
responsabilidades, a forma de atuação, a abrangência dos trabalhos e a
capacitação mínima requerida para o desempenho dessa importante
atividade.

Podem ser encontradas no seguinte link:


http://www.irbcontas.org.br/upload/arquivos/182_normas-de-auditoria-governamental-arquivo-
pdf.pdf

As NAG, que incluem diretrizes fundamentais para a realização de


auditorias, estão divididas em quatro grupos de normas, a saber:

NAG 1000 - Normas Gerais;


NAG 2000 - Relativas aos Tribunais de Contas;
NAG 3000 - Relativas aos Profissionais de Auditoria Governamental;
NAG 4000 - Relativas aos Trabalhos de Auditoria Governamental.

As Normas Gerais (Série 1000) tratam dos conceitos, objetivos gerais


e específicos, da aplicabilidade e da amplitude e atualização das políticas e
diretrizes.

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As Normas Relativas aos Tribunais de Contas (Série 2000) padronizam
as atividades desenvolvidas no exercício da auditoria governamental,
orientam a estruturação organizacional e a qualificação dos profissionais,
bem como apresentam critérios para a avaliação de desempenho
institucional e profissional.

As Normas Relativas aos Profissionais de Auditoria Governamental


(Série 3000) estabelecem os requisitos de competência técnica, zelo,
responsabilidade, independência, ética e sigilo profissional, bem como
orientam os profissionais para a obtenção de evidências que permitam
fundamentar suas conclusões e atingir os objetivos do controle externo,
assim como a forma de relacionar-se e se comunicar e ao aprimoramento
de conhecimentos e capacidade técnica.

As Normas Relativas aos Trabalhos de Auditoria Governamental


(Série 4000), além de fixarem critérios para se estabelecer o escopo dos
exames, também orientam, de forma detalhada, os trabalhos de
auditoria em todas as suas fases – planejamento, execução, relatório e
monitoramento.

As NAG, que incluem diretrizes fundamentais para a realização de


auditorias, estão divididas em quatro grupos de normas, a saber:
NAG 1000 - Normas Gerais;
NAG 2000 - Relativas aos Tribunais de Contas;
NAG 3000 - Relativas aos Profissionais de Auditoria Governamental;
NAG 4000 - Relativas aos Trabalhos de Auditoria Governamental.

Segundo a norma, a auditoria governamental é:

O exame efetuado em entidades da administração direta e


indireta, em funções, subfunções, programas, ações (projetos,
atividades e operações especiais), áreas, processos, ciclos
operacionais, serviços, sistemas e sobre a guarda e aplicação de
recursos públicos por outros responsáveis, em relação aos
aspectos contábeis, orçamentários, financeiros, econômicos,
patrimoniais e operacionais, assim como acerca da confiabilidade
do sistema de controle interno (SCI). (Grifei)

O objetivo da adoção de um conjunto de normas de auditoria


governamental é estabelecer um padrão nacional de atuação das
diversas equipes de trabalho de cada Tribunal de Contas.
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Estas normas se baseiam na prática internacional e nas normas e diretrizes


de auditoria da Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras
Superiores (INTOSAI), do Comitê Internacional de Práticas de Auditoria da
International Federation of Accountants (IFAC), pelo Government
Accountability Office (GAO), do Institute of Internal Auditors (IIA) e do seu
congênere brasileiro, Instituto dos Auditores Internos do Brasil (AUDIBRA),
do Tribunal de Contas da Comunidade Europeia (TCCE) e nas Normas
Brasileiras de Contabilidade (NBCs) para o exercício de auditoria, do
Conselho Federal de Contabilidade (CFC), tudo, obviamente, adaptado à
prática do setor público, às obrigações constitucionais e legais, bem
como às responsabilidades específicas dos TC brasileiros.

As NAG definem os princípios básicos que devem reger as atividades


de auditoria governamental dos TC brasileiros, fornecendo subsídios que
permitam determinar os procedimentos e práticas a serem utilizados
no planejamento, na execução das auditorias, na elaboração dos relatórios,
sendo aplicáveis tanto às auditorias de regularidade, incluindo as
auditorias contábil, orçamentária, financeira, patrimonial e de cumprimento
legal das contas públicas, quanto às de natureza operacional, em todos
os seus enfoques, ou seja, economicidade, eficácia, eficiência, efetividade
e equidade e relação ao meio ambiente.

O propósito das normas é:

1. Estabelecer os princípios básicos para a boa prática da auditoria


governamental.
2. Assegurar padrão mínimo de qualidade aos trabalhos de
auditoria governamental desenvolvidos pelos TC.
3. Oferecer um modelo adequado para a execução das atividades
de auditoria governamental de competência dos TC.
4. Servir de referência para que os profissionais de auditoria
governamental tenham uma atuação pautada na observância dos
valores da competência, integridade, objetividade e independência.
5. Oferecer critérios para a avaliação de desempenho desses
profissionais.
6. Contribuir para a melhoria dos processos e resultados da
Administração Pública.

As NAG estabelecem um guia mínimo para o profissional de auditoria


governamental, ajudando-o e orientando-o no exercício de suas atividades,
além de critérios ou indicadores de desempenho para a supervisão das
auditorias e a avaliação da qualidade dos resultados dos trabalhos.

2.1 NAG 1000 – NORMAS GERAIS

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Na NAG 1000 estão definidos os conceitos básicos de termos e
expressões relacionados à auditoria governamental e são apresentados os
objetivos gerais e específicos das normas, a aplicabilidade, a
amplitude e a atualização de suas políticas e diretrizes.

Para fins de aplicação das NAG, são adotados os seguintes conceitos


básicos:

ACCOUNTABILITY: obrigação das pessoas ou entidades, as quais foram


confiados recursos públicos, de prestar contas a quem lhes delegou essa
responsabilidade.

AUDITORIA: é o exame independente, objetivo e sistemático de dada


matéria, baseado em normas técnicas e profissionais, no qual se confronta
uma condição com determinado critério com o fim de emitir uma opinião
ou comentários.

AUDITORIA GOVERNAMENTAL: exame efetuado em entidades da


administração direta e indireta, realizada por profissionais de auditoria
governamental.

AUDITORIA DE REGULARIDADE: exame e avaliação dos registros;


das demonstrações contábeis; das contas governamentais; das
operações e dos sistemas financeiros; do cumprimento das
disposições legais e regulamentares; dos sistemas de controle
interno.

AUDITORIA CONTÁBIL: exame das demonstrações contábeis e


outros relatórios financeiros com o objetivo de expressar uma
opinião – materializada em um documento denominado
relatório de auditoria – sobre a adequação desses
demonstrativos em relação aos Princípios de Contabilidade
(PC), às Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) e a estas
NAG, e à legislação pertinente.

AUDITORIA DE CUMPRIMENTO LEGAL: exame da observância


das disposições legais e regulamentares aplicáveis.

AUDITORIA OPERACIONAL: exame sobre o desempenho dos


órgãos e entidades da Administração Pública e o resultado das
políticas, programas e projetos públicos, pautado em critérios de
economicidade, eficiência, eficácia, efetividade, equidade, ética e
proteção ao meio ambiente, além dos aspectos de legalidade.

Ou seja, segundo as NAG, as auditorias podem ser classificadas da


seguinte forma:
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CONTÁBIL

DE REGULARIDADE
DE
AUDITORIA
CUMPRIMENTO
GOVERNAMENTAL
LEGAL
OPERACIONAL

ECONOMICIDADE: refere-se à alternativa mais racional (binômio preço x


qualidade) para a solução de um determinado problema. Quando
relacionado às aquisições, refere-se à oportunidade de redução de custos
na compra de bens ou serviços, mantendo-se um nível adequado de
qualidade.

EFETIVIDADE: refere-se ao resultado real obtido pelos destinatários das


políticas, programas e projetos públicos. É o impacto proporcionado pela
ação governamental.

EFICÁCIA: diz respeito ao grau de realização de objetivos e de alcance


das metas.

EFICIÊNCIA: é a racionalidade com que os recursos alocados a


determinados programas governamentais são aplicados. Refere-se à
extensão em que a unidade econômica maximiza seus benefícios com um
mínimo de utilização de tempo e recursos. Preocupa-se com os meios, com
os métodos e procedimentos planejados e organizados, a fim de assegurar
a otimização da utilização dos recursos disponíveis.

EQUIDADE: princípio pelo qual os responsáveis pela Administração Pública


utilizam de forma imparcial os recursos que lhe são colocados à disposição
pela própria comunidade, a fim de garantir da melhor maneira a justiça
social, satisfazendo ao interesse público.

ERRO: ato involuntário, não intencional, resultante de omissão,


desconhecimento, imperícia, imprudência, desatenção ou má interpretação
de fatos na elaboração de documentos, registros ou demonstrações. Existe
apenas culpa, pois não há intenção de causar dano.

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FRAUDE: ato voluntário intencional de omissão ou manipulação de
transações, adulteração de documentos, informações, registros e
demonstrações. Existe dolo, pois há intenção de causar algum tipo de dano.

A diferença entre fraude e erro é a vontade do responsável. Enquanto a


fraude resulta de um ato intencional, o erro resulta de um ato não
intencional.

EVIDÊNCIAS DE AUDITORIA: são elementos de convicção dos trabalhos


efetuados pelo profissional de auditoria governamental, devidamente
documentados, e que devem ser adequadas, relevantes e razoáveis para
fundamentar a opinião e as conclusões.

MATERIALIDADE: critério de avaliação de elementos quantitativos,


representativos em determinado contexto, pertinentes ao objeto da
auditoria governamental ou que se tenha deles provável influência nos
resultados das auditorias.

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: ações e técnicas a serem


executados durante os trabalhos, indicando o que e como fazer para
realizar os exames, e como obter as evidências comprobatórias necessárias
para a consecução dos objetivos dos trabalhos e para suportar a opinião
emitida ao final dos trabalhos.

PROGRAMA DE AUDITORIA: plano detalhado de ação, voltado para


orientar e controlar a execução dos procedimentos da auditoria. Descreve
uma série de procedimentos de exames a serem aplicados, com a finalidade
de permitir a obtenção de evidências adequadas que possibilitem formar
uma opinião.

RELATÓRIO DE AUDITORIA: documento elaborado para relatar as


constatações, análises, opiniões, conclusões e recomendações sobre o
objeto da auditoria, e que deve obedecer a normas específicas quanto à
forma de apresentação e objetivos.

RELEVÂNCIA: critério de avaliação que busca revelar a importância


qualitativa das ações em estudo, quanto à sua natureza, contexto de
inserção, fidelidade, integridade e integralidade das informações,
independentemente de sua materialidade.

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RISCO DE AUDITORIA: é a probabilidade de o profissional de auditoria
deixar de emitir apropriadamente sua opinião e comentários sobre o objeto
da auditoria, em face da carência ou deficiência dos elementos
comprobatórios ou pela ocorrência de eventos futuros incertos que
possuam potencial para influenciar os objetos da auditoria.

Em relação aos objetivos gerais das Normas de Auditoria


Governamental, podemos relacionar:

 Estabelecer os princípios para a definição de procedimentos e práticas


de auditoria governamental.
 Criar diretrizes de auditoria governamental, servindo de referência
de qualidade para os trabalhos de auditoria governamental.
 Classificar e caracterizar os tipos de auditoria governamental,
estabelecer seus objetivos, orientar sua metodologia e definir os
requisitos essenciais às suas diversas etapas.
 Orientar o profissional de auditoria governamental no exercício de
suas funções e responsabilidades.
 Fomentar a melhoria dos processos e operações dos TC.
 Oferecer subsídios para o processo de avaliação de desempenho
institucional dos TC.
 Garantir padrão de qualidade e a comparabilidade de auditorias
governamentais.

Os objetivos específicos das NAG são os seguintes:

 Disseminar nos TC, nos diversos órgãos e entidades da Administração


Pública, assim como na sociedade, a missão dos órgãos de controle
externo brasileiros.
 Subsidiar os projetos de modernização dos TC brasileiros e de
alterações na legislação pertinente ao controle externo.
 Padronizar a metodologia e esclarecer a terminologia utilizada pelos
TC, nas várias áreas de atuação, modalidades e enfoques técnicos.
 Estabelecer os requisitos de qualidade do trabalho de auditoria
governamental.
 Contribuir para a elaboração de manuais e guias de trabalho.
 Servir de instrumento de ensino, desenvolvimento, aperfeiçoamento
e capacitação.
 Melhorar a comunicação entre os profissionais de auditoria
governamental e destes com os auditores internos, auditores
externos, consultores, especialistas, com os gestores e servidores
dos entes auditados, com o Poder Legislativo e com a sociedade.
 Estimular a qualidade dos trabalhos de auditoria governamental.
 Oferecer referências para fixação de critérios de avaliação da
qualidade do trabalho, dos profissionais e do próprio TRIBUNAL DE
CONTAS.
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2.2 NAG 2000 – RELATIVAS AOS TRIBUNAIS DE CONTAS

A NAG 2000, relacionada aos TC, contém disposições sobre:

2100 – Objetivos
2200 – Responsabilidade e Zelo
2300 – Competências
2400 – Independência e Autonomia
2500 – Estrutura, Organização e Funcionamento
2600 – Administração e Desenvolvimento de Pessoal
2700 – Avaliação de Desempenho Institucional e Profissional

2100 – Objetivos

Ao realizar auditorias governamentais o TRIBUNAL DE CONTAS tem os


seguintes objetivos específicos:

(a) Verificar o cumprimento da legislação pelos órgãos e entidades


da Administração Pública;
(b) Verificar se as demonstrações contábeis representam uma visão
fiel e justa das questões orçamentárias, financeiras, econômicas e
patrimoniais.
(c) Analisar objetivos, natureza e forma de operação dos entes
auditados.
(d) Avaliar o desempenho da gestão dos recursos públicos sob os
aspectos de economicidade, eficiência e eficácia;
(e) Avaliar resultados dos programas de governo ou, ainda, de
atividades, projetos e ações, sob os aspectos de efetividade e de
equidade.
(f) Recomendar, em decorrência de procedimentos de auditoria,
ações de caráter gerencial visando à promoção da melhoria nas
operações.

2200 – Responsabilidades e Zelo

O TRIBUNAL DE CONTAS tem a responsabilidade de assegurar que:

 Seja cumprido o dever de prestar contas por parte de quem utilize,


arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores
públicos ou pelos quais a Administração responda, ou que, em
nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
 Se mantenham a independência e a objetividade em todas as
fases do trabalho de auditoria governamental.

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 O trabalho de auditoria governamental seja feito em conformidade
com estas NAG, com as normas da INTOSAI e demais normas
técnicas e profissionais aplicáveis.
 Se realize, periodicamente, uma avaliação do sistema de controle
de qualidade dos trabalhos de auditoria governamental, com
vistas a avaliar sua aderência às normas profissionais e técnicas.

Sempre que necessário, caso não disponha em seus quadros profissionais,


o TRIBUNAL DE CONTAS poderá utilizar-se nos seus trabalhos de
auditoria governamental dos serviços de consultores e especialistas
externos pertencentes a organizações públicas ou privadas, profissionais
ou acadêmicas.

Quando isso ocorrer, deve fazê-lo com o devido zelo profissional,


verificando se eles têm competência e capacidade para realizar o
respectivo trabalho, ficando a definição do planejamento, do escopo, da
execução e do relatório da respectiva auditoria a cargo do TRIBUNAL DE
CONTAS.

O trabalho dos consultores e especialistas será limitado ao escopo


delineado pelo profissional do quadro do TRIBUNAL DE CONTAS, e suas
conclusões serão reproduzidas no relatório de auditoria, juntamente com a
opinião e comentários dos profissionais de auditoria governamental.

Mas atenção: o auxílio dos consultores ou especialistas externos não


exime o TRIBUNAL DE CONTAS da responsabilidade pelas opiniões
formadas ou conclusões emitidas no trabalho de auditoria
governamental.

2300 – Competências

O TRIBUNAL DE CONTAS possui competência para o exercício da auditoria


governamental, abrangendo todos os entes da Administração Pública, e os
que dela participem indiretamente, ou que sejam submetidos a seu
controle, inclusive os de natureza privada.

No exercício dessa competência, não está sujeito a qualquer tipo de


sigilo, quanto ao acesso, obtenção e manuseio de informações,
documentos ou locais, independentemente da natureza das transações e
operações examinadas.

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O TRIBUNAL DE CONTAS deve aplicar seus próprios critérios de


julgamento às diversas situações que surjam no curso da auditoria
governamental.

2400 – Independência e Autonomia

O TC deverá exercer suas atividades de auditoria governamental de forma


autônoma e independente dos entes auditados, livre de interferências
política, financeira ou administrativa.

A Administração Pública não deve ter nenhum poder de ingerência


sobre o desempenho das funções do TRIBUNAL DE CONTAS, excetuando
a possibilidade de se solicitar a realização de auditorias, na forma
preconizada na legislação aplicável.

O TRIBUNAL DE CONTAS não deve ser obrigado a executar, modificar


ou abster-se de realizar determinados trabalhos de auditoria, nem
tampouco retirar ou alterar constatações, conclusões, determinações e
recomendações. Além disso, deve possuir liberdade para estabelecer
prioridades e programar seu trabalho de acordo com sua competência legal.

As decisões relativas à programação das auditorias solicitadas devem


caber, exclusivamente, ao próprio TRIBUNAL DE CONTAS, que, no exercício
de sua independência, recusará a realização de auditorias em assuntos que
julgue incompatível com suas atribuições e responsabilidades legais.

Entretanto, o TRIBUNAL DE CONTAS deve levar em consideração as


opiniões dos administradores e outros responsáveis públicos ao formular
seus pareceres, comentários, relatórios, conclusões e recomendações de
auditoria governamental.

2500 – Estrutura, Organização e Funcionamento;

O TRIBUNAL DE CONTAS deve designar para executar trabalhos de


auditoria governamental os profissionais que possuam, em conjunto, a
formação, a experiência, as habilidades e os conhecimentos técnicos
necessários para realizar as tarefas com eficiência e eficácia.

As qualificações que devem ser exigidas dos profissionais de auditoria


governamental pertencentes aos quadros do TC são: formação adequada
e experiência compatíveis com o exercício da função.

Pessoal, quando as normas especificam que as competências devem ser


observadas em conjunto, referem-se às equipes de auditoria que, em
regra, são compostas por profissionais de diversas áreas, o que elimina a
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necessidade de que um auditor conheça de todas as áreas possíveis de
serem auditadas.

2600 – Administração e Desenvolvimento de Pessoal

O TRIBUNAL DE CONTAS deve adotar diretrizes e procedimentos próprios,


consoante às normas legais, para recrutar, selecionar, capacitar,
desenvolver e administrar pessoas com a adequada qualificação e eficiência
para desempenhar as atividades de auditoria governamental.

Seu pessoal deve possuir perfil adequado para o exercício da auditoria


governamental, envolvendo maturidade, objetividade, capacidade de
relacionamento e comunicação, julgamento profissional, cuidado, zelo e
liderança.

2700 – Avaliação de Desempenho Institucional e Profissional

O TRIBUNAL DE CONTAS deverá desenvolver e regulamentar sistemática


para a avaliação do seu desempenho institucional, bem como do
desempenho de seus profissionais, estabelecendo critérios justos, objetivos
e claros.

O processo de avaliação de desempenho dos profissionais de auditoria


governamental deverá estar associado à garantia de realização dos
objetivos da auditoria governamental, considerando metas quantitativas e
temporais, bem como a aspectos qualitativos e identificáveis.

2.3 NAG 3000 – RELATIVAS AOS PROFISSIONAIS DE AUDITORIA


GOVERNAMENTAL

A NAG 3000 diz respeito às qualificações e obrigações inerentes ao próprio


profissional de auditoria governamental, dispondo sobre:

3100 – Competência Técnico-Profissional


3200 – Zelo e Responsabilidade Profissional
3300 – Independência Profissional
3400 – Ética Profissional
3500 – Sigilo Profissional
3600 – Relações Humanas e Comunicação
3700 – Educação Continuada

3100 – Competência Técnico-Profissional

Todo profissional de auditoria governamental deve possuir competências


para cumprir suas funções, sendo requisitos mínimos as seguintes
capacidades, dentre outras:
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 Conhecer e aplicar as normas, procedimentos e técnicas de auditoria


governamental.
 Conhecer e utilizar os fundamentos, princípios, normas e técnicas da
Administração Pública.
 Identificar boas práticas da Administração Pública.
 Reconhecer e avaliar a relevância e significação dos eventuais desvios
em relação às boas práticas da Administração Pública, efetuando as
pesquisas necessárias para chegar a soluções viáveis.
 Utilizar ferramentas e tecnologias que tornem os exames mais ágeis
e seguros.
 Efetuar análise profissional, imparcial e isenta.
 Relacionar-se, participando de equipes inter-multidisciplinares.
 Elaborar seus relatórios de forma analítica, descritiva e fidedigna ao
objeto da auditoria governamental.

Antes de iniciar o trabalho, o profissional de auditoria governamental


deverá obter conhecimento preliminar das atividades a serem
auditadas, mediante avaliação da complexidade das operações e das
exigências para a sua realização, de modo a avaliar se está capacitado
para assumir a responsabilidade pelos exames a serem realizados.

O profissional de auditoria governamental poderá, motivadamente,


recusar os serviços sempre que reconhecer não estar adequadamente
capacitado para desenvolvê-los, contemplada a possibilidade da utilização
de especialistas em outras áreas, em face da especialização requerida e
dos objetivos da auditoria.

Uma observação importante: como as equipes são multidisciplinares e


a avaliação da competência é feita sobre o conjunto de auditores, não é
comum que o auditor recuse os serviços, como se mostrou possível, no
parágrafo anterior.

3200 – Zelo e Responsabilidade Profissional

Zelo

É a precaução e o nível de cuidado que uma pessoa prudente emprega


na execução de seu trabalho e o seu comprometimento com as
qualificações e obrigações necessárias para a execução desse trabalho.

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Responsabilidade

O profissional de auditoria governamental terá sempre presente que os atos


da Administração Pública devem pautar-se pelos princípios da legalidade,
legitimidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade,
eficiência, eficácia, efetividade, equidade, ética e respeito ao meio
ambiente, compatíveis com a lisura das transações e operações e a
proteção da coisa pública.

O profissional de auditoria governamental pode ser responsabilizado


administrativa, penal e civilmente pela não descoberta de fraude em
consequência de negligência, imperícia e imprudência na execução dos
trabalhos de auditoria governamental.

Atenção: para que se responsabilize o auditor, é imprescindível que sejam


observadas as condicionantes do parágrafo anterior, ou seja, não é só
porque o auditor não identificou determinada distorção ou irregularidade
que será responsabilizado. Lembre-se de que, devido às limitações
inerentes aos trabalhos de auditoria, se espera do auditor que forneça
apenas uma garantia razoável, e não absoluta, da regularidade do objeto
de auditoria.

3300 – Independência Profissional

O profissional de auditoria governamental deve ser e demonstrar que é


independente em relação aos seus trabalhos e atividades, conforme
determinam estas NAG.

Em auditoria, não basta ser independente, é preciso parecer ser


independente.

A independência profissional se caracteriza por uma atitude autônoma, sem


preconceitos e interesses de qualquer natureza, isenta e imparcial, a ser
mantida pelos profissionais de auditoria governamental, durante a
realização do seu trabalho.

Está impedido de executar trabalho de auditoria o profissional de


auditoria governamental que tenha tido, em relação ao ente auditado:

 Vínculo conjugal ou de parentesco consangüíneo em linha reta,


sem limites de grau, em linha colateral até o 4º grau e por
afinidade até o 3º grau, com administradores, gestores, membros
de conselho, assessores, consultores, procuradores, acionistas,
diretores, sócios ou com empregados que tenham ingerência na

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administração ou sejam responsáveis pela contabilidade, finanças ou
demais áreas de decisão.
 Relação de trabalho como servidor estatutário, contratado,
empregado, administrador, diretor, membro de conselho,
comissionado, função temporária, consultor ou colaborador
assalariado, ainda que esta relação seja indireta, nos cinco últimos
anos.
 Participação direta ou indireta como acionista ou sócio, inclusive
como investidor em fundos cujo ente público seja majoritário na
composição da respectiva carteira.
 Interesse financeiro ou operacional direto, imediato ou mediato,
ou substancial interesse financeiro ou operacional indireto,
compreendida a intermediação de negócios de qualquer tipo e a
realização de empreendimentos conjuntos, inclusive gestão de coisa
pública.
 Litígio contra a entidade auditada.
 Função ou cargo incompatível com a atividade de auditoria
governamental.

Deve ser adotada a prática de rodízio periódico dos profissionais de


auditoria em relação aos órgãos, áreas, fluxos operacionais, sistemas,
programas, projetos, ações, atividades e metas a serem examinados, de
modo a assegurar a sua independência.

3400 – Ética Profissional

São princípios éticos básicos que devem ser observados pelos


profissionais de controle externo:

 O profissional de auditoria governamental, no exercício da auditoria,


não poderá, direta ou indiretamente, receber remunerações,
proventos ou recompensas de qualquer natureza de pessoas físicas
ou jurídicas, públicas ou privadas, direta ou indiretamente
interessadas em seu trabalho, exceto seus vencimentos e demais
vantagens legais concedidas pelo TRIBUNAL DE CONTAS.
 No exercício da auditoria governamental, o profissional de auditoria
agirá em seu nome pessoal, assumindo inteira responsabilidade
técnica pelos serviços de auditoria por ele executados.
 Assegurar-se de que seu trabalho reúne condições de satisfatório
desempenho técnico.
 Balizar sua opinião e comentários à evidência da verdade.
 O exercício da auditoria governamental não deve ser utilizado para
promoção pessoal ou comercial.
 Não se inclui no impedimento a prestação de serviços em caráter
eventual de capacitação e aperfeiçoamento, bem como a participação
em comissões de concurso, no âmbito da Administração Pública.
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3500 – Sigilo Profissional

O profissional de auditoria governamental deve manter, respeitar e


assegurar o sigilo relativo às informações obtidas em razão do seu
trabalho, não divulgando para terceiros, salvo quando houver obrigação
legal ou judicial de fazê-lo. Esse sigilo deve ser mantido ainda que
terminados os trabalhos.

Obrigação legal ou judicial é exceção ao sigilo das informações obtidas


pelo auditor durante a realização de seus trabalhos.

3600 – Relações Humanas e Comunicação

A cooperação recíproca e as habilidades e atitudes apropriadas no trato


com as pessoas e em comunicar-se de maneira eficaz constituem atributos
essenciais do profissional de auditoria governamental.

3700 – Educação Continuada

Os profissionais de auditoria governamental devem aprimorar seu


conhecimento e sua capacidade técnica mediante adequado programa de
educação contínua, tendo a responsabilidade primária de continuar seu
desenvolvimento técnico, a fim de se manterem devidamente atualizados
e capacitados.

O profissional de auditoria governamental, no exercício de sua atividade,


deverá comprovar a participação em programa de educação continuada, na
forma a ser promovida pelo TRIBUNAL DE CONTAS, que abarque, no
mínimo, 80 horas anuais de capacitação.

2.4 NAG 4000 – RELATIVAS AOS TRABALHOS DE AUDITORIA


GOVERNAMENTAL

O trabalho de auditoria governamental é realizado em quatro etapas


principais – planejamento, execução, relatório e monitoramento. Em
cada uma dessas etapas o auditor, assim como aqueles que exercem
funções de gerência e direção no TRIBUNAL DE CONTAS, tem
responsabilidades e atribuições específicas a cumprir.

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Além de definir as formas de realização da auditoria governamental em
todas as suas etapas, esta norma traça diretrizes quanto à
metodologia e ao escopo dos diversos tipos de auditoria, e trata,
também, da supervisão e do controle de qualidade das atividades de
auditoria, e dos requisitos para a elaboração dos relatórios.

A NAG 4000 compreende disposições acerca de:

4100 – Metodologia
4200 – Escopo
4300 – Planejamento
4400 – Execução
4500 – Supervisão e Revisão
4600 – Controle de Qualidade
4700 – Comunicação de Resultados e Relatório
4800 – Monitoramento das Recomendações

4100 – Metodologia

O objetivo de um exame de auditoria governamental é expressar uma


opinião ou emitir comentários sobre a adequação da matéria
examinada e, portanto, não é destinado especificamente a detectar
erros, fraudes e outras irregularidades.

Entretanto, deve estar alerta à possibilidade da existência daqueles, que


em alguns casos podem ser de tal grandeza que afetem a posição
patrimonial, econômica e financeira, assim como as questões operacionais
do ente público em exame.

A metodologia deve dispor de mecanismos para a seleção do objeto da


auditoria, segundo critérios de relevância, risco e materialidade.

A relevância refere-se à importância relativa para o interesse público


ou para o segmento da sociedade beneficiada.

O risco é a possibilidade de ocorrência de eventos indesejáveis, tais


como erros, falhas, fraudes, desperdícios ou descumprimento de metas ou
de objetivos estabelecidos.

A materialidade refere-se à representatividade dos valores ou do


volume de recursos envolvidos.

A proposta para realização dos trabalhos deve indicar claramente os


objetivos da auditoria e seu escopo, os recursos aplicáveis, tanto em
qualidade quanto em quantidade, os procedimentos de revisão do seu

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andamento em ocasiões oportunas e as datas para a conclusão dos
trabalhos e para a entrega do respectivo relatório.

A metodologia ao estabelecer o fluxo de informações para orientar as


etapas da auditoria governamental, deve fazê-lo de acordo com a definição
dos seguintes elementos:

 Critério: consiste na situação ideal ou esperada, constituindo-se


em padrões normativos ou operacionais usados para determinar se
um ente, programa, projeto, atividade, operação ou ação atende aos
objetivos fixados.
 Condição: situação encontrada e documentada, constituindo-se
no fato ocorrido ou na própria existência do achado. Os achados
ocorrem quando a condição verificada não se encontra aderente
ao critério preestabelecido.
 Causa: consiste nas razões e nos motivos que levaram ao
descumprimento da norma legal ou à ocorrência da condição de
desempenho, representando a origem da divergência entre a
condição e o critério. A identificação das causas com precisão,
permite a elaboração de recomendações adequadas e
construtivas.
 Efeito: os efeitos são as reais consequências dos achados,
expressos, sempre que possível, em unidades monetárias ou em
outras unidades de medida que demonstrem a necessidade de ações
corretivas.
 Opinião do auditado: o profissional de auditoria governamental
deve considerar, também, na análise das informações obtidas, a
opinião do auditado acerca dos achados constatados e das
recomendações propostas pela auditoria, para, então, proceder à
conclusão sobre o assunto.
 Conclusão: corresponde ao desfecho do Relatório, quando os
auditores emitirão suas opiniões finais, de forma resumida, sobre o
objeto auditado, com base no conteúdo exposto ao longo do relatório.
 Recomendação: sugestão proposta pelo auditor para a
regularização da situação encontrada, se aplicável.

4200 – Escopo

O escopo da auditoria governamental abrange as auditorias de


regularidade e as operacionais.

A auditoria de regularidade tem como objetivos principais:

 Certificar que as entidades responsáveis cumpriram sua obrigação de


prestar contas, o que inclui o exame e a avaliação dos registros

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orçamentários, financeiros, contábeis e patrimoniais e a emissão de
relatório sobre as demonstrações contábeis.
 Emitir parecer sobre as contas do governo.
 Auditar os sistemas e as operações financeiras.
 Auditar o sistema de controle interno (SCI) e as funções da auditoria
interna.
 Verificar a probidade e a adequação das decisões administrativas
adotadas pelos órgãos e entidades da Administração Pública.
 Informar sobre quaisquer outros assuntos, decorrentes ou
relacionados com a auditoria, que o TRIBUNAL DE CONTAS considere
necessário revelar.
 Foram adotadas pelos entes auditados as providências para sanar as
deficiências detectadas em auditorias anteriores, nos termos da
decisão dos órgãos colegiados.

A auditoria operacional preocupa-se em verificar a eficiência, eficácia,


efetividade, economicidade e equidade de organizações, políticas,
programas e projetos públicos, e tem como principais objetivos avaliar
se a Administração desempenhou suas atividades com economicidade, de
acordo com princípios, práticas e políticas administrativas corretas.

Os dois tipos de auditoria – a de regularidade ou a operacional –


podem, na prática, ser realizados concomitantemente, porquanto
são mutuamente reforçadoras: a auditoria de regularidade sendo
preparatória para a operacional, e esta última levando à correção de
situações causadoras de não conformidades.

No âmbito da auditoria governamental devem estar considerados os


trabalhos de avaliação do sistema de controles internos (SCI) dos entes e
responsáveis pela coisa pública.

Os controles internos compreendem todas as atividades da organização


estruturadas e implantadas com a finalidade de demonstrar e documentar
que uma determinada obrigação legal, ou um objetivo, uma meta ou um
indicador específico foram cumpridos de acordo com os requisitos legais ou
operacionais previamente estabelecidos.

Os administradores públicos são responsáveis pela implantação,


manutenção, atualização, aperfeiçoamento, gerenciamento e
monitoramento dos sistemas de controles internos no âmbito de todos
os Poderes, de todas as esferas de governo.
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A responsabilidade primária pela identificação de erros, fragilidades,


desvios, irregularidades e ilegalidades, ou mesmo fraudes, compete aos
administradores públicos.

É comum que as bancas de concursos tentem confundir os candidatos,


afirmando que cabe ao auditor implementar melhorias nos sistemas de
controles internos ou a responsabilidade primária pela identificação de
fraudes e erros (que são, como vimos, atribuições da administração da
entidade auditada).

Os auditores são responsáveis pela avaliação da adequação dos


controles internos, apontando as deficiências, falhas e inconsistências
existentes, identificando suas causas e seus efeitos potenciais ou reais, e
apresentando as recomendações para o seu aprimoramento.

4300 – Planejamento

Entende-se por planejamento de auditoria governamental a etapa na qual


é definida a estratégia e a programação dos trabalhos de auditoria,
estabelecendo a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames
(procedimentos), determinando os prazos, as equipes de profissionais e
outros recursos necessários para que os trabalhos sejam eficientes,
eficazes e efetivos, e realizados com qualidade, no menor tempo e com o
menor custo possível.

Todos os trabalhos de auditoria governamental devem ser devidamente


planejados, com o objetivo de garantir que a sua execução seja de alta
qualidade e que sejam realizados de forma econômica, eficiente, eficaz,
efetiva e oportuna.

O planejamento deve ser dinâmico, contínuo e flexível. O


planejamento da auditoria governamental e os programas de trabalho
devem ser revisados e atualizados sempre que novos fatos
recomendarem, antes ou durante o desenvolvimento dos trabalhos.

O planejamento da auditoria governamental pressupõe adequado nível de


conhecimento sobre as atividades, os fatores econômicos e ambientes
internos e externos, legislação aplicável, indicadores financeiros, estrutura
organizacional, práticas orçamentárias, contábeis e operacionais do ente
público, e o nível geral de competência de seus gestores ou
administradores, e envolve a análise preliminar das operações do
auditado, com o objetivo de levantar as seguintes informações:

 Aspectos da atuação do ente auditado, seus objetivos e metas.

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 Responsabilidade que o cumprimento da accountability pública
envolve.
 Principais normas, planos e programas.
 Os principais sistemas, processos, fluxos e controles do auditado.
 As práticas contábeis, financeiras, orçamentárias, patrimoniais,
administrativas e operacionais adotadas pelo auditado.
 A existência de outros trabalhos de auditoria do setor público, de
auditoria independente privada, especialistas e consultores.
 O programa de trabalho da auditoria interna.
 As recomendações e decisões decorrentes das auditorias anteriores.

O planejamento da auditoria governamental deve buscar a


identificação de operações que envolvam maior relevância, risco e
materialidade.

Risco de auditoria é classificado em:

 Risco Inerente: é a possibilidade de o erro acontecer em face de não


existir controle.
 Risco de Controle: é a possibilidade de o erro acontecer, mas não
ser detectado pelos controles existentes, em face das limitações
desses controles.
 Risco de Detecção: é a possibilidade de o erro acontecer, mas não
ser detectado pelo profissional de auditoria governamental.

Os profissionais de auditoria governamental devem documentar o


planejamento geral e preparar por escrito programas de trabalho
específicos para cada área a ser auditada, detalhando o que for necessário
ao entendimento dos procedimentos que serão aplicados, em termos de
natureza, oportunidade e extensão, de forma a servir como guia e meio
de controle de sua execução.

Programas de auditoria são planos detalhados de ação, voltados para


orientar e controlar a execução dos procedimentos da auditoria, e
descrevem uma série de procedimentos de exames a serem aplicados, com
a finalidade de permitir a obtenção de evidências adequadas que
possibilitem formar uma opinião, e não devem limitar a aplicação de outros
procedimentos julgados necessários nas circunstâncias.

4400 – Execução

A execução é a fase do processo de auditoria governamental na qual as


evidências são coletadas e examinadas, de modo a fundamentar os
comentários e opiniões.

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Procedimentos de auditoria governamental, são as tarefas que serão
desempenhadas pelo auditor para examinar registros e documentos, assim
como avaliar processos e sistemas contábeis, administrativos e
operacionais do ente auditado; reunir a evidência de auditoria para
respaldar sua opinião; e apresentar o resultado dos trabalhos à
Administração Pública.

Procedimentos Padrões: são aqueles que podem ser empregados para


realizar trabalhos sobre assuntos, temas e processos comuns a muitos
entes, programas, projetos, atividades, ações, sistemas e processos.

Procedimentos Especializados ou Específicos: são aplicados de acordo


com as necessidades de cada trabalho e respaldam um objetivo de auditoria
específico ou apoiam uma avaliação especializada de um ente, programa,
projeto, atividade, ação, sistema ou processo em particular.

No processo de execução dos trabalhos de auditoria governamental,


especialmente em situações onde os sistemas de informações e os
controles apresentam deficiências, o profissional de auditoria
governamental deve, além de aplicar os testes de controle, adotar os testes
substantivos para auxiliar e determinar a extensão dos trabalhos.

Nesse sentido, os testes estão assim classificados:

 Teste de controle: aquele que se destina a verificar e comprovar


a regularidade na aplicação das normas e certificar a confiabilidade e
adequação do sistema de controles internos (SCI).
 Teste substantivo: o exame praticado pelo profissional de auditoria
governamental com a preocupação de obter competente e
razoável evidência comprobatória da validade e propriedade
material do tratamento de eventos e transações pelo ente público.
A ênfase é na obtenção de evidências detalhadas.

Enquanto os testes de controle se destinam a verificar a adequação


do sistema de controles internos, os testes substantivos tem por
objetivo comprovar a validade dos eventos e transações realizadas pelo
ente público.

A documentação de auditoria é a base de sustentação do relatório de


auditoria. Os objetivos da documentação de auditoria são:

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 Registrar os procedimentos de trabalho realizados pelo auditor e
seus resultados.
 Dar suporte necessário à opinião do auditor e respaldar o relatório
de auditoria.
 Indicar os níveis de confiança depositado no SCI.
 Assegurar a qualidade dos exames.
 Facilitar a revisão e supervisão dos trabalhos executados.
 Servir de fonte de informações para outros profissionais de
controle externo que não participaram dos trabalhos.
 Servir como base para a avaliação de desempenho dos auditores.
 Servir de provas por ocasião de processos administrativos e
judiciais.

A documentação de auditoria deve registrar apenas as informações úteis,


relevantes, materiais, fidedignas e suficientes.

A documentação de auditoria é de propriedade exclusiva do TRIBUNAL DE


CONTAS, responsável por sua guarda e sigilo. Ela deve ser arquivada pelo
prazo de cinco anos, contado a partir da data de julgamento ou
apreciação das auditorias relacionadas.

Após esse período, pode ser transferida para o arquivo permanente ou


eliminada, conforme decisão do colegiado do TRIBUNAL DE CONTAS.

Independentemente do meio de sua elaboração, a documentação de


auditoria deve ser organizada e agrupada segundo sua finalidade. A forma
mais prática é a de mantê-la em pastas ou arquivos magnéticos
apropriados, conforme a natureza do conteúdo nela arquivado:

 Conteúdo permanente: abrange importantes informações de


caráter contínuo, utilizados por um longo período de tempo, como,
por exemplo, legislação e negócios do ente; planos e metas de longo
prazo; contratos e ajustes importantes. Devem ser constantemente
atualizadas para servirem de subsídios para os próximos trabalhos.
 Conteúdo corrente: envolve documentação de auditoria de uso
corrente, relativa à execução de cada auditoria governamental
especificamente. No caso de auditorias de regularidade, em geral,
atinge apenas um exercício. Nos casos de auditorias operacionais,
podem atingir mais de um exercício. No seu conteúdo encontram-
se, por exemplo: registros do planejamento e da execução dos
trabalhos; programas de auditoria e documentos detalhados para
cada área auditada; documentos de análises, entrevistas,
questionários.
 Correspondências: toda a correspondência enviada ou recebida,
inclusive a eletrônica, relacionada com os trabalhos. No seu conteúdo
encontram-se: ofícios de apresentação, ofícios do auditado, etc.
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 Administrativos: todas as informações administrativas, inclusive as
eletrônicas, relacionadas com os trabalhos. No seu conteúdo
encontram-se: pedidos e comprovações de diárias, pedidos de
licenças, etc.

Alguns atributos básicos devem ser observados na elaboração da


documentação de auditoria:

 Devem evidenciar os procedimentos de auditoria governamental


adotados, na sua extensão e profundidade.
 Não devem incluir dados e informações desnecessários à
emissão da opinião ou de comentários do auditor.
 Devem conter todos os dados e elementos que amparem as
informações apresentadas nos relatórios de auditoria
governamental.
 Devem ser suficientemente completos e detalhados para
permitir a um profissional de auditoria governamental experiente,
sem prévio envolvimento nos exames, verificar, posteriormente, por
meio deles, o trabalho realizado para fundamentar as conclusões.

4500 – Supervisão e Revisão

É o envolvimento dos profissionais de auditoria governamental mais


experientes no direcionamento dos trabalhos, na motivação da equipe, no
fornecimento das instruções adequadas aos profissionais menos
experientes, de forma que o processo de avaliação seja contínuo, que os
problemas sejam detectados e analisados com antecedência e a
comunicação seja imediata.

O elemento final da supervisão é o trabalho de auditoria governamental


revisado em todas as suas etapas, garantindo que os exames foram
realizados em consonância com as normas.

Os trabalhos de auditoria governamental devem ser supervisionados em


todas as suas fases para garantir que os objetivos sejam atingidos, a
qualidade seja assegurada e as equipes se desenvolvam. Deve ser um
processo contínuo, realizado à medida em que vai se cumprindo cada fase
da auditoria.

O profissional responsável pela supervisão deve:

 Orientar a etapa do planejamento da auditoria governamental.


 Promover esforços para que a equipe de trabalho possua todos os
profissionais necessários e disponha tempestivamente dos recursos
necessários ao cumprimento do programa de auditoria.
 Avaliar o cumprimento do planejamento e do programa de auditoria.
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 Orientar a equipe de auditoria em questões relevantes quanto à
aplicação da legislação e dos princípios da Administração Pública.
 Avaliar se os trabalhos foram adequadamente documentados, os
objetivos dos procedimentos técnicos de auditoria alcançados e se as
informações coletadas são íntegras, fidedignas e completas.
 Avaliar se as conclusões obtidas permitem ao auditor fundamentar
sua opinião sobre o objeto da auditoria realizada.
 A revisão dos trabalhos deve contribuir para a uniformidade de
critérios e de avaliações entre as diversas unidades do TC.

As etapas planejadas e não cumpridas do respectivo programa de


auditoria devem ser justificadas nos documentos de auditoria relativos
à supervisão dos exames.

Como regra geral, todos os trabalhos de auditoria governamental,


independentemente de quem os executou, serão considerados como de
responsabilidade do administrador da área de auditoria conforme as
estruturas específicas de cada TC.

4600 – Controle de Qualidade

O TRIBUNAL DE CONTAS deve estabelecer e manter programa de garantia


de qualidade para as atividades de auditoria governamental, objetivando
avaliar periodicamente se os serviços executados são efetuados de acordo
com as competências do Tribunal, as normas da INTOSAI e as NAG.

Nesse programa devem constar as seguintes fases de controle de


qualidade:

 Supervisão: os trabalhos dos profissionais de auditoria


governamental devem ser supervisionados de forma contínua, para
assegurar sua conformidade com as NAG e os seus respectivos
métodos e programas de auditoria.
 Revisões internas: os trabalhos de auditoria governamental devem
ser analisados periodicamente, por comissões compostas de
membros escolhidos dentre o pessoal mais experiente na área de
auditoria, capaz de avaliar a qualidade global das atividades de
controle externo.
 Revisões externas: efetuadas periodicamente, por comissões
compostas de profissionais experientes em auditoria, pertencentes
ao sistema de controle externo, alheios aos quadros do TRIBUNAL DE
CONTAS.

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As fases do controle de qualidade em auditoria, segundo as NAG, são a


supervisão, as revisões internas e as revisões externas.

4700 – Comunicação de Resultados e Relatório

Os trabalhos de auditoria governamental, quando concluídos, devem ser


comunicados e divulgados formalmente aos usuários por meio de um
relatório de auditoria governamental.

O relatório é o elemento final após a execução dos trabalhos de campo e


apresenta uma série de ritos formais, que vão desde o tratamento dado ao
destinatário até a forma final da edição do texto.

Durante a execução de seus trabalhos, o profissional de auditoria


governamental pode, também, comunicar-se oralmente ou por escrito com
o auditado, para tentar solucionar pendências não significativas para a
formação de sua opinião, quanto às operações e transações examinadas.

Entende-se por relatório de auditoria governamental o documento


técnico obrigatório de que se serve o profissional de auditoria
governamental para relatar suas constatações, análises, opiniões,
conclusões e recomendações sobre o objeto da auditoria.

O relatório de auditoria tem duas funções básicas: comunicar as


constatações do auditor governamental e subsidiar as tomadas de
decisões.

A redação do relatório de auditoria deve ser:

 Clara: a informação deve ser revelada de forma lógica, bem


ordenada, possibilitando a qualquer pessoa entendê-la.
 Precisa: a informação deve ser isenta de incertezas ou
ambiguidades.
 Oportuna: a informação deve ser divulgada em tempo hábil para
que a adoção de medidas ou seus efeitos possam ser efetivos.
 Imparcial: a informação deve ser fiel aos fatos, conforme as provas
evidenciadas e sem a emissão de juízo de valor.
 Objetiva: a informação deve ser direta, útil, sem distorções, de fácil
entendimento e correspondente ao exame ou avaliação realizada.
 Concisa: a informação deve ser breve, escrita sem detalhes
desnecessários, mas de forma precisa e de fácil entendimento.
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 Completa: a informação, embora concisa, deve ser descrita de
forma inteira, sem omissões ou supressões.
 Conclusiva: a informação revelada deve permitir a formação de
opinião sobre os trabalhos realizados.
 Construtiva: a informação deve expressar formas de auxílio, quanto
às medidas corretivas e as providências que se fizerem necessárias.
 Simples: a informação deve ser descrita de forma natural, em
linguagem de fácil compreensão e interpretação. Quando for
necessária a utilização de termos técnicos, utilizar notas de rodapé.
 Impessoal: linguagem impessoal e razões pessoais não devem
influir na apresentação de quaisquer fatos.

Os resultados dos exames devem ser segregados em constatações ou


achados de auditoria, que devem possuir os seguintes elementos:
critérios, descrição do fato ou condição encontrada; causas; efeitos;
opinião do auditado; conclusão; e recomendação.

Os relatórios de auditoria governamental podem ser classificados:

Quanto à forma:

 Relatório curto ou parecer: relato estruturado de forma


padronizada, normalmente com os seguintes principais parágrafos:
introdutório, responsabilidade do profissional de auditoria
governamental e da administração; descrição da auditoria incluindo
o escopo, procedimentos e técnicas aplicadas e condições de
trabalho; e opinião do profissional de auditoria governamental e
outras responsabilidades relativas à emissão de relatório.
 Relatório longo ou detalhado: relato de trabalhos que
necessitam que o auditor pormenorize suas observações, incluindo
nelas, além dos elementos contidos no relatório curto, também
análises e avaliações complementares. Deve conter, no mínimo:
responsabilidade do profissional de auditoria governamental; escopo
da auditoria, procedimentos, técnicas aplicadas e condições de
trabalho; descrição das condições encontradas ou achados de
auditoria; critérios; causas; efeitos; exemplos práticos; opiniões e
comentários; conclusões; e recomendações.
 Sumário Executivo: relato com o resumo dos principais tópicos,
pontos mais relevantes, materiais ou críticos do relatório detalhado,
devendo conter informações sobre o objetivo, o alcance e o resultado
da auditoria governamental, com as principais recomendações. Tem
a finalidade de informar sucintamente o leitor e motivar a
continuidade da leitura das seções do relatório detalhado. A redação
deve ser do tipo manchete, porém sem perder de vista a
objetividade e clareza.

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Quanto ao escopo:

 Relatório de exame da formalidade processual: relatório ou


parecer preparado pelo auditor, com base no exame das peças que
integram o processo sob exame, não envolve análise de mérito.
 Relatório de avaliação do SCI: relato preparado pelo auditor, com
base nas suas análises para avaliação do sistema de controle interno,
onde são descritos os problemas de controle e apresentadas
recomendações para saná-los.
 Relatório de auditoria contábil: resultado de uma auditoria
governamental de natureza contábil, que contém as constatações,
análises, opiniões, conclusões e recomendações do auditor acerca do
exame dos registros financeiros e das demonstrações contábeis.
 Relatório de auditoria de cumprimento das disposições legais
e regulamentares: resultado de uma auditoria governamental que
contém as constatações, análises, opiniões, conclusões e
recomendações do auditor acerca do exame do cumprimento dos
dispositivos legais e regulamentares.
 Relatório de auditoria operacional: resultado de uma auditoria
operacional, onde o auditor apresenta a sua avaliação acerca da
economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e equidade dos entes
auditados.

Quanto à abrangência:

 Relatório progressivo ou parcial: relato normalmente utilizado


quando as soluções para as ocorrências identificadas não podem
esperar e precisam ser saneadas de imediato, sob pena de perder a
eficácia e a efetividade da auditoria governamental.
 Relatório de revisão limitada: relato que descreve
analiticamente os trabalhos elaborados pelo auditor, sem
aplicação de todas as normas e procedimentos de auditoria. Nesse
tipo de relatório o auditor não expressa uma opinião sobre os
trabalhos efetuados, apenas os descrevem, e declara se foi
observado ou não algum desvio significativo na aplicação de normas
e princípios fundamentais, quando da elaboração das peças e
transações examinadas.
 Relatório de auditoria especial: relato de trabalhos relativos a
denúncias, apuração de fraudes e desvios, reavaliações de ativos,
levantamentos e avaliações patrimoniais para efeito de
desestatização, fusão, incorporação, cisão ou extinção de empresas
estatais, dentre outros.

Quanto à natureza da opinião do profissional de auditoria


governamental:

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 Relatório sem ressalvas, limpo ou pleno: relato indicando que o
auditor está convencido de que os eventos, as transações e demais
atos de gestão pública examinados foram realizados consoante
legislação e as normas específicas, e que o desempenho da gestão e
os resultados produzidos pelas ações governamentais estão
compatíveis com as metas e indicadores planejados.
 Relatório com ressalvas: relato emitido quando o auditor conclui
que o efeito de qualquer discordância ou dúvida quanto a um ou
mais elementos específicos que sejam relevantes, assim como
a restrição na extensão ou limitação ao escopo de um
trabalho, não é de tal magnitude que requeira parecer adverso
ou abstenção de opinião. Deve obedecer ao modelo sem ressalva,
com a utilização das expressões: “exceto por”; “exceto quanto” ou
“com exceção de”, referindo-se aos efeitos do assunto objeto da
ressalva, apresentados durante os trabalhos, não sendo aceitável
nenhuma outra expressão na redação desse tipo de parecer. No caso
de limitação na extensão do trabalho, o parágrafo referente à
extensão também deverá refletir tal circunstância.
 Relatório adverso: relato emitido quando o auditor conclui que os
eventos, as transações e demais atos de gestão pública examinados
não estão em conformidade com a legislação ou que o
desempenho da gestão ou os resultados não estão compatíveis
com as metas e indicadores planejados, ou, ainda, quando julgar
que as informações colhidas estão incorretas ou incompletas,
impossibilitando a emissão do parecer com ressalva. Quando o
profissional de auditoria governamental emitir um relatório adverso,
deve revelar em parágrafo intermediário, ou em vários, se
necessário, imediatamente anteriores ao parágrafo de opinião, todas
as razões fundamentais para a sua emissão.
 Relatório com abstenção ou negativa de opinião: relato em que
o auditor deixa de emitir uma opinião sobre os eventos ou sobre
o desempenho da gestão ou os resultados produzidos, por não ter
obtido comprovação suficiente para fundamentá-la, havendo
incertezas ou restrições tão fundamentais que tornem inadequado o
parecer com ressalvas.
 Relatório com parágrafo de ênfase ou incertezas: relato no qual
o auditor inclui um parágrafo especial após o parágrafo da opinião,
contendo:
o Ênfase: chamada de atenção a um item suficientemente
importante, com o fim único de divulgá-lo.
o Incertezas: ocorrências que podem influenciar a gestão, mas
de difícil estimativa.

Os relatórios sumarizados são mais recomendados para os níveis mais altos


da hierarquia do TRIBUNAL DE CONTAS e da Administração Pública. Devem

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ser emitidos também para distribuição à sociedade. Esses relatórios podem
ser emitidos simultaneamente ou não ao relatório detalhado.

4800 – Monitoramento das Recomendações

Após concluída a auditoria governamental, o TRIBUNAL DE CONTAS deve


informar, a quem de direito, em que consistiram os exames e as avaliações
realizados. A avaliação de uma situação reportada pelo auditor, por si só,
é ineficaz se não for devidamente acompanhada de uma ação corretiva.

Por essa razão, é necessário que o TRIBUNAL DE CONTAS monitore as


ações determinadas e recomendadas nos relatórios de auditoria e que
podem ser descritas em um plano de ação a ser acordado com o auditado.

Para que os trabalhos de auditoria governamental obtenham resultados


práticos, é necessário que os entes envolvidos sejam acionados e se
disponham a estudar e eliminar as deficiências apontadas pelo profissional
de auditoria governamental. Cabe, portanto, ao ente auditado esclarecer e
justificar as falhas e irregularidades observadas e implementar as
determinações e recomendações da auditoria governamental, e ao
TRIBUNAL DE CONTAS promover o monitoramento do cumprimento de
suas decisões.

O monitoramento das recomendações e providências decorrentes do


relatório de auditoria completa o ciclo dos trabalhos de uma auditoria
governamental.

O auditor deve monitorar o andamento das ações dos jurisdicionados, para


se certificar de que foram tomadas todas as providências necessárias para
a implementação das deliberações do TRIBUNAL DE CONTAS.

O monitoramento pode ser realizado mediante designação específica


ou no planejamento da auditoria governamental subsequente.

Se o monitoramento decorrer de uma designação específica, deve ser


elaborado um relatório de monitoramento, que informará sobre a
extensão e adequação das ações adotadas pelo ente auditado.

O monitoramento das recomendações pelos profissionais de auditoria


governamental poderá se processar mediante visitas aos entes auditados,
devendo as constatações ser comunicadas aos respectivos titulares.

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QUESTÕES COMENTADAS

Com relação às normas relativas aos profissionais de auditoria


governamental, julgue os itens a seguir.

1 - (CESPE/TCDF/2012) - A responsabilidade do auditor


governamental inclui avaliar a eficácia, a eficiência, a equidade e a
proteção ambiental na aplicação dos recursos públicos, por parte
do gestor público, na sua gestão orçamentária, financeira,
econômica, patrimonial e operacional. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
Questão retirada de forma quase literal das Normas de Auditoria
Governamental – NAG Segundo esse documento, “a responsabilidade do
profissional de auditoria governamental está relacionada com a
constatação da legitimidade, impessoalidade, moralidade e publicidade dos
atos praticados pelos administradores de recursos públicos, observando-se
o ordenamento jurídico vigente, bem como com a avaliação da
economicidade, eficiência, eficácia, efetividade, equidade e proteção
ambiental na aplicação desses recursos, por ocasião da sua gestão
orçamentária, financeira, econômica, patrimonial e operacional.”
(Grifei)
Resposta: C

2 - (CESPE/TCDF/2012) - Um dos objetivos específicos do tribunal


de contas, ao efetuar suas auditorias governamentais, é
recomendar, quando necessário, ações de caráter gerencial visando
a promoção da melhoria das operações. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
Mais uma questão retirada em sua literalidade das NAG. Segundo
esse documento, em uma auditoria governamental, é objetivo do Tribunal
de Contas “recomendar, em decorrência de procedimentos de auditoria,
quando necessário, ações de caráter gerencial visando à promoção da
melhoria nas operações”.
Resposta: C

3 - (TCE-RO/2013/CESPE) - O profissional de auditoria


governamental deve aplicar todos os procedimentos recomendados
para cada tipo de auditoria especificamente e não se desviar deles,
nem reduzir a extensão ou profundidade dos exames, exceto por
questões de tempo e programação definidas pelas circunstâncias
internas ou externas. Julgue CERTO ou ERRADO.

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Comentários:
O planejamento de auditoria é um trabalho flexível, e os
procedimentos previstos devem ser adaptados constantemente, não
devendo, em qualquer hipótese, ser limitada a aplicação de outros
procedimentos julgados necessários nas circunstâncias específicas.
Resposta: Errado

4 - (TCE-RO/2013/CESPE) - O profissional de auditoria


governamental designado para a realização de um trabalho em
órgão ou entidade da administração não poderá recusá-lo,
devendo-se considerar que a seleção para o cargo exige formação
multidisciplinar e as equipes são interdisciplinares, sem prejuízo da
requisição de especialistas em outras áreas. Julgue CERTO ou
ERRADO.

Comentários:
Como vimos “em sala”, o profissional de auditoria governamental
poderá, motivadamente, recusar os serviços sempre que reconhecer
não estar adequadamente capacitado para desenvolvê-los, contemplada a
possibilidade da utilização de especialistas em outras áreas, em face da
especialização requerida e dos objetivos da auditoria.
Resposta: Errado

5 - (TCE-RO/2013/CESPE) - A responsabilidade do profissional de


auditoria governamental alcança as áreas administrativa, civil e
penal, podendo atingi-lo mesmo em casos caracterizados apenas
por negligência, imperícia ou imprudência. As responsabilidades
éticas perante os usuários internos e externos devem constar no
Código de Ética Profissional, sendo definidas em normas legais e
regulamentares. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
Ao auditor cabe a observância das normas e procedimentos de
auditoria governamental na condução dos exames, atentando também para
os princípios gerais que norteiam a Administração Pública, sob pena de
responder administrativa, civil e penalmente por seus atos que resultem ou
possam resultar em prejuízos ou danos ao erário público. Como qualquer
outro profissional.
Resposta: Certo

Com relação às normas relativas aos trabalhos de auditoria


governamental, julgue os itens seguintes.

6 - (TCE-RO/2013/CESPE) - Uma das propriedades que deve


apresentar um relatório de auditoria é seu caráter conclusivo,
mesmo que não haja certeza absoluta com base nas evidências
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apuradas, a informação revelada deverá possibilitar a formação de
uma opinião categórica acerca dos trabalhos realizados. Julgue
CERTO ou ERRADO.

Comentários:
Sim, o relatório de auditoria deve ser conclusivo. Mas as evidências
apuradas devem dar certeza ao auditor das conclusões apresentadas, sob
pena de ser leviano em seus apontamentos, com a consequente perda de
credibilidade.
Resposta: Errado

7 - (TCE-RO/2013/CESPE) - Na realização da auditoria operacional,


os profissionais responsáveis, ao constatarem incoerências ou
imprecisões em programa governamental, mesmo sem questionar
a orientação política e as diretrizes governamentais, deverão
apontar as situações passíveis de desperdícios ou desvirtuamentos,
recomendando as apropriadas mudanças de rumo na execução dos
referidos programas. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
É exatamente esse um dos principais objetivos de uma auditoria
operacional: apontar situações passíveis de melhoria e recomendar as
correções adequadas.
Resposta: Certo

8 - (TCE-RO/2013/CESPE) - O rodízio obrigatório dos profissionais


de auditoria governamental responsáveis pela execução dos
serviços é considerado um dos requisitos necessários à garantia de
qualidade. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
A independência do profissional de auditoria governamental poderá
ficar comprometida com a repetição dos trabalhos realizados, pois pode
criar um vínculo inadequado entre auditor e auditado. Isso não é a regra,
depende do nível de profissionalismo de cada lado.
De qualquer forma, deve ser adotada a prática de rodízio periódico
dos profissionais de auditoria em relação aos órgãos, áreas, fluxos
operacionais, sistemas, programas, projetos, ações, atividades e metas a
serem examinados, de modo a assegurar a sua independência.

Resposta: Certo

Com base nas Normas de Auditoria Governamental, julgue os itens


a seguir.

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9 - (TCE-ES/2012/CESPE) - A documentação de conteúdo corrente
das auditorias de regularidade abrange, em geral, apenas um
exercício. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
Como vimos nos comentários referentes ao tema papéis de trabalho,
a afirmativa contida na questão está correta.
Resposta: Certo

10 - (TCE-ES/2012/CESPE) - A natureza do conteúdo da


documentação de auditoria caracteriza-se como corrente ou
permanente, sendo o plano de contas um exemplo de documento
de natureza permanente. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
Da mesma forma, a afirmativa contida nesta questão também está
correta.
Resposta: Certo

11 - (TCE-ES/2012/CESPE) - O ciclo de trabalhos de uma auditoria


governamental é finalizado com a produção do relatório da
auditoria. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
A atividade que completa o ciclo dos trabalhos de uma auditoria
governamental é o acompanhamento das recomendações e providências
decorrentes do relatório de auditoria e não a produção do relatório em si.
Resposta: Errado

12 - (TCE-ES/2012/CESPE) - A documentação de auditoria é um


registro que pode ser utilizado na avaliação do desempenho dos
profissionais de auditoria e de provas, caso haja processos
administrativos e judiciais contra esses profissionais. Julgue CERTO
ou ERRADO.

Comentários:
Um dos objetivos dos papéis de trabalho é servir como base para a
avaliação de desempenho dos auditores, pois demonstra com que
qualidade os trabalhos foram conduzidos.
Resposta: Certo

13 - (FCC/TCE-CE/2015) - Os elementos de convicção dos trabalhos


efetuados pelo profissional de auditoria governamental,
devidamente documentados, e que devem ser adequados,
relevantes e razoáveis para fundamentar a opinião e as conclusões,

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segundo as Normas de Auditoria − aplicáveis ao controle externo,
são denominados de:
(A) certificados de auditoria.
(B) relatórios de auditoria.
(C) achados de auditoria.
(D) procedimentos de auditoria.
(E) evidências de auditoria.

Comentários:
Segundo as NAG, Evidências de Auditoria são elementos de
convicção dos trabalhos efetuados pelo profissional de auditoria
governamental, devidamente documentados, e que devem ser adequadas,
relevantes e razoáveis para fundamentar a opinião e as conclusões.
Resposta: E

14 - (FCC/TCE-CE/2015) - Determinado servidor do Tribunal de


Contas foi designado para realizar trabalhos de auditoria
governamental em determinada entidade do setor público.
Segundo as Normas de Auditoria Governamental − NAG, a execução
destes trabalhos NÃO inclui:
(A) a identificação dos responsáveis pelos prejuízos apurados, quando
houver.
(B) a avaliação de controles, eventos, operações e transações.
(C) o exame de registro e documentos.
(D) a obtenção da opinião do ente auditado.
(E) a documentação das informações em meio eletrônico ou físico.

Comentários:
Segundo as NAG, a execução dos trabalhos de auditoria
governamental deve incluir:
– A avaliação de controles, eventos, operações e transações; o exame
de registro e documentos; a realização de provas e a documentação
das informações em meio eletrônico ou físico.
– O desenvolvimento das constatações ou achados de auditoria
encontrados durante os exames, mediante análise de critérios,
causas e efeitos.
– A obtenção da opinião do ente auditado.
– O desenvolvimento de conclusões e recomendações.
Dessa forma, não se inclui a identificação dos responsáveis pelos
prejuízos apurados, quando houver.
Resposta: A

15 - (FCC/TCM-GO/2015) - Segundo as Normas de Auditoria


Governamental − NAG, aplicáveis ao controle externo, a fase do
processo de auditoria governamental na qual as evidências são
coletadas e examinadas, de modo a fundamentar os comentários e
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opiniões, e que envolve o exame de registros e documentos, a
avaliação de processos e sistemas orçamentários, financeiros,
patrimoniais e operacionais, com vistas a informar sobre a
confiabilidade do Sistema de Controles Internos − SCI, a
legalidade, legitimidade, impessoalidade, moralidade e publicidade
dos atos, regularidade das contas, o desempenho da gestão e os
resultados das políticas, programas e projetos públicos,
corresponde à etapa de:
(A) Estabelecimento do escopo.
(B) Planejamento.
(C) Acompanhamento das recomendações.
(D) Seleção da metodologia.
(E) Execução.

Comentários:
Segundo as NAG, o trabalho de auditoria governamental é realizado
em quatro etapas principais – planejamento, execução, relatório e
monitoramento.
O item 4400 dessa norma estabelece que a execução é a fase do
processo de auditoria governamental na qual as evidências são
coletadas e examinadas, de modo a fundamentar os comentários e
opiniões.
Resposta: E

16 - (XXX) - As Normas de Auditoria Governamental em utilização


pelo TRIBUNAL DE CONTAS incluem diretrizes fundamentais para a
realização de auditorias, e estão divididas nos seguintes grupos de
normas: Normas Gerais, Normas Relativas aos Tribunais de Contas,
Normas Relativas aos Profissionais de Auditoria Governamental e
Normas Relativas aos Trabalhos de Auditoria Governamental.
Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
Questão simples. Como vimos, é exatamente essa a divisão
encontrada nas Normas de Auditoria Governamental:
NAG 1000 - Normas Gerais;
NAG 2000 - Relativas aos Tribunais de Contas;
NAG 3000 - Relativas aos Profissionais de Auditoria
Governamental;
NAG 4000 - Relativas aos Trabalhos de Auditoria Governamental.
Resposta: Certo

17 - (XXX) - As Normas de Auditoria Governamental definem os


princípios básicos que devem reger as atividades de auditoria
governamental do TRIBUNAL DE CONTAS, fornecendo subsídios
que permitam determinar os procedimentos e práticas a serem
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utilizados no planejamento, na execução das auditorias, na
elaboração dos relatórios aplicáveis às auditorias de regularidade,
incluindo as auditorias contábil, orçamentária, financeira,
patrimonial e de cumprimento legal das contas públicas, e
excluindo as de natureza operacional. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
A afirmação está quase toda correta, exceto pelo fato de afirmar a
exclusão das auditorias de natureza operacional do contexto das NAG, o
que vimos ser incorreto, no decorrer da aula.
As questões mais longas devem ser divididas em afirmações
estanques, e devem ser resolvidas até o fim, com a mesma atenção do
início.
Resposta: Errado

18 - (XXX) - Segundo as NAG em uso pelo TRIBUNAL DE CONTAS, a


Auditoria Governamental pode ser classificada em auditoria de
regularidade e auditoria operacional, sendo que esta última se
divide em auditoria contábil e auditoria de cumprimento legal.
Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
É a auditoria de regularidade que se divide em auditoria contábil e
auditoria de cumprimento legal, e não a auditoria operacional.
Resposta: Errado

19 - (XXX) - Caso o TRIBUNAL DE CONTAS decida realizar uma


auditoria com a finalidade de verificar a efetividade de um
programa de governo, ou seja, o impacto que esse programa no
público alvo avaliado, deverá realizar uma auditoria de natureza
operacional. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
Como vimos, Auditoria Operacional é o exame sobre o desempenho
dos órgãos e entidades da Administração Pública e o resultado das políticas,
programas e projetos públicos, pautado em critérios de economicidade,
eficiência, eficácia, efetividade, equidade, ética e proteção ao meio
ambiente, além dos aspectos de legalidade.
No caso da questão – avaliação da efetividade de um programa de
governo – o TRIBUNAL DE CONTAS deveria realizar uma auditoria
operacional.
Resposta: Certo

20 - (XXX) - De acordo com a NAG em uso pelo TRIBUNAL DE


CONTAS, sempre que necessário, caso não disponha em seus
quadros profissionais, o TRIBUNAL DE CONTAS poderá utilizar-se
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nos seus trabalhos de auditoria governamental dos serviços de
consultores e especialistas externos pertencentes a organizações
públicas ou privadas, profissionais ou acadêmicas, sendo que os
consultores e especialistas definirão o escopo de sua atuação
conforme orientação do Tribunal, emitindo um relatório específico
com suas conclusões, que será anexado ao relatório do auditor do
TRIBUNAL DE CONTAS. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
Como vimos na aula, o trabalho dos consultores e especialistas será
limitado ao escopo delineado pelo profissional do quadro do TRIBUNAL DE
CONTAS, e suas conclusões serão reproduzidas no relatório de auditoria,
juntamente com a opinião e comentários dos profissionais de auditoria
governamental.
Resposta: Errado

21 - (XXX) - De acordo com as NAG, o profissional de auditoria


governamental deverá obter conhecimento preliminar das
atividades a serem auditadas, mediante avaliação da complexidade
das operações e das exigências para a sua realização, de modo a
avaliar se está capacitado para assumir a responsabilidade pelos
exames a serem realizados, não podendo, entretanto, recusar os
serviços determinados, ainda que não seja adequadamente
capacitado, tendo em vista o caráter público dos trabalhos de
auditoria desenvolvidos no TRIBUNAL DE CONTAS. Julgue CERTO
ou ERRADO.

Comentários:
De acordo com as NAG, o profissional de auditoria governamental
poderá, motivadamente, recusar os serviços sempre que reconhecer
não estar adequadamente capacitado para desenvolvê-los, contemplada a
possibilidade da utilização de especialistas em outras áreas, em face da
especialização requerida e dos objetivos da auditoria.
Resposta: Errado

22 - (XXX) - Segundo as Normas de Auditoria Governamental, o


profissional de auditoria governamental pode ser responsabilizado
administrativa, penal e civilmente pela não descoberta de fraude
em consequência de negligência, imperícia e imprudência na
execução dos trabalhos de auditoria governamental. Julgue CERTO
ou ERRADO.

Comentários:
A questão apresenta exatamente as condições para a
responsabilização do auditor governamental, segundo as NAG.
Resposta: Certo
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23 - (XXX) - Caso um auditor do TRIBUNAL DE CONTAS tenha sido


empregado de um ente auditado antes de tomar posse no cargo,
não haveria problemas na sua participação nos trabalhos de
auditoria naquele órgão, desde que já tivessem transcorridos três
anos de seu desligamento. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
Segundo as NAG, está impedido de executar trabalho de auditoria o
profissional de auditoria governamental que tenha tido, em relação ao ente
auditado relação de trabalho como servidor estatutário, contratado,
empregado, administrador, diretor, membro de conselho, comissionado,
função temporária, consultor ou colaborador assalariado, ainda que esta
relação seja indireta, nos cinco últimos anos.
Ou seja, para poder auditar o antigo empregador, já deveriam ter
transcorrido cinco anos do desligamento do antigo empregado, o que torna
a afirmação incorreta.
Resposta: Errado

24 - (XXX) - O profissional de auditoria governamental deve


manter, respeitar e assegurar o sigilo relativo às informações
obtidas em razão do seu trabalho. Entretanto, em caso de
determinação judicial, as informações devem ser apresentadas.
Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
Como vimos, o profissional de auditoria governamental deve manter,
respeitar e assegurar o sigilo relativo às informações obtidas em razão do
seu trabalho, não divulgando para terceiros, salvo quando houver
obrigação legal ou judicial de fazê-lo.
Resposta: Certo

De acordo com as NAG, o profissional de auditoria governamental


poderá, motivadamente, recusar os serviços sempre que reconhecer
não estar adequadamente capacitado para desenvolvê-los, contemplada
a possibilidade da utilização de especialistas em outras áreas, em face da
especialização requerida e dos objetivos da auditoria.

25 - (XXX) - O objetivo de um exame de auditoria governamental é


expressar uma opinião ou emitir comentários sobre a adequação da
matéria examinada e, portanto, não é destinado especificamente a

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detectar erros, fraudes e outras irregularidades. Julgue CERTO ou
ERRADO.

Comentários:
Não é objetivo de um trabalho de auditoria a detecção de erros e
fraudes. Estes são identificados como consequência dos trabalhos
realizados, fruto da atenção e habilidade do auditor.
Resposta: Certo

26 - (XXX) - A metodologia deve dispor de mecanismos para a


seleção do objeto da auditoria, segundo critérios de relevância,
risco e materialidade. Enquanto a materialidade refere-se à
importância relativa para o interesse público ou para o segmento
da sociedade beneficiada, a relevância refere-se à
representatividade dos valores ou do volume de recursos
envolvidos. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
A questão trocou os conceitos de materialidade e relevância, o que
torna a afirmação incorreta.
Resposta: Errado

27 - (XXX) - A responsabilidade primária pela identificação de


erros, fragilidades, desvios, irregularidades e ilegalidades, ou
mesmo fraudes, compete aos auditores do Tribunal de Contas,
assim como a avaliação da adequação dos controles internos,
apontando as deficiências, falhas e inconsistências existentes,
identificando suas causas e seus efeitos potenciais ou reais, e
apresentando as recomendações para o seu aprimoramento. Julgue
CERTO ou ERRADO.

Comentários:
Como vimos, a responsabilidade primária pela identificação de erros,
fragilidades, desvios, irregularidades e ilegalidades, ou mesmo fraudes,
compete aos administradores públicos, e não aos auditores. A segunda
parte da questão está correta.
Resposta: Errado

28 - (XXX) - As Normas de Auditoria Governamental aplicadas pelo


TRIBUNAL DE CONTAS classificam o risco de auditoria em risco
inerente, risco de controle e risco de detecção. Risco de detecção é
quando ocorre um erro na entidade auditada, mas não é detectado
pelos controles existentes. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:

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A questão apresenta a definição de risco de controle como sendo risco
de detecção. Atenção para não errar uma questão simples como essa por
falta de atenção.
Resposta: Errado

29 - (XXX) - A documentação de auditoria é de propriedade


exclusiva do TRIBUNAL DE CONTAS, responsável por sua guarda e
sigilo. Ela deve ser arquivada pelo prazo de cinco anos, contado a
partir da data de julgamento ou apreciação das auditorias
relacionadas. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
Como vimos na aula, a afirmação está correta. Duas informações
merecem destaque: a propriedade da documentação de auditoria e o prazo
de arquivo.
Resposta: Certo

30 - (XXX) - Segundo as Normas de Auditoria Governamental,


quanto à natureza da opinião do auditor, os relatórios podem ser
classificados em “sem ressalvas, limpo ou pleno”, “com ressalvas”,
“adverso” ou “com abstenção ou negativa de opinião”, Nesse
último caso, o auditor deixa de emitir uma opinião sobre os eventos
ou sobre o desempenho da gestão ou os resultados produzidos, por
não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la,
havendo incertezas ou restrições tão fundamentais que tornem
inadequado o parecer com ressalvas. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
A questão apresenta corretamente os tipos de relatório segundo a
opinião do auditor e a definição de relatório com abstenção de opinião.
Resposta: Certo

31 - (XXX) - O relatório com parágrafo de ênfase ou incertezas é


aquele no qual o auditor inclui um parágrafo especial após o
parágrafo da opinião, contendo uma incerteza - chamada de
atenção a um item suficientemente importante, com o fim único de
divulgá-lo - ou uma ênfase - ocorrência que podem influenciar a
gestão, mas de difícil estimativa. Julgue CERTO ou ERRADO.

Comentários:
A questão trocou os conceitos de ênfase e incerteza. Questão
bastante simples, que deve ser lida com atenção.
Resposta: Errado

32 - (XXX) - Segundo as NAG, o monitoramento das recomendações


e providências decorrentes do relatório de auditoria completa o
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ciclo dos trabalhos de uma auditoria governamental, podendo ser
realizado mediante designação específica ou no planejamento da
auditoria governamental subsequente. Se o monitoramento
decorrer de uma designação específica, deve ser elaborado um
relatório de monitoramento, que informará sobre a extensão e
adequação das ações adotadas pelo ente auditado. Julgue CERTO
ou ERRADO.

Comentários:
A questão apresenta corretamente conceitos importantes sobre
monitoramento, principalmente a informação de que, se o monitoramento
decorrer de uma designação específica, deve ser elaborado um relatório de
monitoramento.
Resposta: Certo

Bom pessoal, por hoje é isso.

Vejo vocês na aula 03 e no fórum de dúvidas.

Segue, a partir de agora, a relação de questões comentadas durante


a aula, a fim de que possam resolver como um simulado. O gabarito
está ao final.

Até a próxima aula e bons estudos!

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Com relação às normas relativas aos profissionais de auditoria


governamental, julgue os itens a seguir.

1 - (CESPE/TCDF/2012) - A responsabilidade do auditor


governamental inclui avaliar a eficácia, a eficiência, a equidade e a
proteção ambiental na aplicação dos recursos públicos, por parte
do gestor público, na sua gestão orçamentária, financeira,
econômica, patrimonial e operacional. Julgue CERTO ou ERRADO.

2 - (CESPE/TCDF/2012) - Um dos objetivos específicos do tribunal


de contas, ao efetuar suas auditorias governamentais, é
recomendar, quando necessário, ações de caráter gerencial visando
a promoção da melhoria das operações. Julgue CERTO ou ERRADO.

3 - (TCE-RO/2013/CESPE) - O profissional de auditoria


governamental deve aplicar todos os procedimentos recomendados
para cada tipo de auditoria especificamente e não se desviar deles,
nem reduzir a extensão ou profundidade dos exames, exceto por
questões de tempo e programação definidas pelas circunstâncias
internas ou externas. Julgue CERTO ou ERRADO.

4 - (TCE-RO/2013/CESPE) - O profissional de auditoria


governamental designado para a realização de um trabalho em
órgão ou entidade da administração não poderá recusá-lo,
devendo-se considerar que a seleção para o cargo exige formação
multidisciplinar e as equipes são interdisciplinares, sem prejuízo da
requisição de especialistas em outras áreas. Julgue CERTO ou
ERRADO.

5 - (TCE-RO/2013/CESPE) - A responsabilidade do profissional de


auditoria governamental alcança as áreas administrativa, civil e
penal, podendo atingi-lo mesmo em casos caracterizados apenas
por negligência, imperícia ou imprudência. As responsabilidades
éticas perante os usuários internos e externos devem constar no
Código de Ética Profissional, sendo definidas em normas legais e
regulamentares. Julgue CERTO ou ERRADO.
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Com relação às normas relativas aos trabalhos de auditoria


governamental, julgue os itens seguintes.

6 - (TCE-RO/2013/CESPE) - Uma das propriedades que deve


apresentar um relatório de auditoria é seu caráter conclusivo,
mesmo que não haja certeza absoluta com base nas evidências
apuradas, a informação revelada deverá possibilitar a formação de
uma opinião categórica acerca dos trabalhos realizados. Julgue
CERTO ou ERRADO.

7 - (TCE-RO/2013/CESPE) - Na realização da auditoria operacional,


os profissionais responsáveis, ao constatarem incoerências ou
imprecisões em programa governamental, mesmo sem questionar
a orientação política e as diretrizes governamentais, deverão
apontar as situações passíveis de desperdícios ou desvirtuamentos,
recomendando as apropriadas mudanças de rumo na execução dos
referidos programas. Julgue CERTO ou ERRADO.

8 - (TCE-RO/2013/CESPE) - O rodízio obrigatório dos profissionais


de auditoria governamental responsáveis pela execução dos
serviços é considerado um dos requisitos necessários à garantia de
qualidade. Julgue CERTO ou ERRADO.

Com base nas Normas de Auditoria Governamental, julgue os itens


a seguir.

9 - (TCE-ES/2012/CESPE) - A documentação de conteúdo corrente


das auditorias de regularidade abrange, em geral, apenas um
exercício. Julgue CERTO ou ERRADO.

10 - (TCE-ES/2012/CESPE) - A natureza do conteúdo da


documentação de auditoria caracteriza-se como corrente ou
permanente, sendo o plano de contas um exemplo de documento
de natureza permanente. Julgue CERTO ou ERRADO.

11 - (TCE-ES/2012/CESPE) - O ciclo de trabalhos de uma auditoria


governamental é finalizado com a produção do relatório da
auditoria. Julgue CERTO ou ERRADO.

12 - (TCE-ES/2012/CESPE) - A documentação de auditoria é um


registro que pode ser utilizado na avaliação do desempenho dos
profissionais de auditoria e de provas, caso haja processos
administrativos e judiciais contra esses profissionais. Julgue CERTO
ou ERRADO.

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13 - (FCC/TCE-CE/2015) - Os elementos de convicção dos trabalhos
efetuados pelo profissional de auditoria governamental,
devidamente documentados, e que devem ser adequados,
relevantes e razoáveis para fundamentar a opinião e as conclusões,
segundo as Normas de Auditoria − aplicáveis ao controle externo,
são denominados de:
(A) certificados de auditoria.
(B) relatórios de auditoria.
(C) achados de auditoria.
(D) procedimentos de auditoria.
(E) evidências de auditoria.

14 - (FCC/TCE-CE/2015) - Determinado servidor do Tribunal de


Contas foi designado para realizar trabalhos de auditoria
governamental em determinada entidade do setor público.
Segundo as Normas de Auditoria Governamental − NAG, a execução
destes trabalhos NÃO inclui:
(A) a identificação dos responsáveis pelos prejuízos apurados, quando
houver.
(B) a avaliação de controles, eventos, operações e transações.
(C) o exame de registro e documentos.
(D) a obtenção da opinião do ente auditado.
(E) a documentação das informações em meio eletrônico ou físico.

15 - (FCC/TCM-GO/2015) - Segundo as Normas de Auditoria


Governamental − NAG, aplicáveis ao controle externo, a fase do
processo de auditoria governamental na qual as evidências são
coletadas e examinadas, de modo a fundamentar os comentários e
opiniões, e que envolve o exame de registros e documentos, a
avaliação de processos e sistemas orçamentários, financeiros,
patrimoniais e operacionais, com vistas a informar sobre a
confiabilidade do Sistema de Controles Internos − SCI, a
legalidade, legitimidade, impessoalidade, moralidade e publicidade
dos atos, regularidade das contas, o desempenho da gestão e os
resultados das políticas, programas e projetos públicos,
corresponde à etapa de:
(A) Estabelecimento do escopo.
(B) Planejamento.
(C) Acompanhamento das recomendações.
(D) Seleção da metodologia.
(E) Execução.

16 - (XXX) - As Normas de Auditoria Governamental em utilização


pelo TRIBUNAL DE CONTAS incluem diretrizes fundamentais para a
realização de auditorias, e estão divididas nos seguintes grupos de
normas: Normas Gerais, Normas Relativas aos Tribunais de Contas,
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Normas Relativas aos Profissionais de Auditoria Governamental e
Normas Relativas aos Trabalhos de Auditoria Governamental.
Julgue CERTO ou ERRADO.

17 - (XXX) - As Normas de Auditoria Governamental definem os


princípios básicos que devem reger as atividades de auditoria
governamental do TRIBUNAL DE CONTAS, fornecendo subsídios
que permitam determinar os procedimentos e práticas a serem
utilizados no planejamento, na execução das auditorias, na
elaboração dos relatórios aplicáveis às auditorias de regularidade,
incluindo as auditorias contábil, orçamentária, financeira,
patrimonial e de cumprimento legal das contas públicas, e
excluindo as de natureza operacional. Julgue CERTO ou ERRADO.

18 - (XXX) - Segundo as NAG em uso pelo TRIBUNAL DE CONTAS, a


Auditoria Governamental pode ser classificada em auditoria de
regularidade e auditoria operacional, sendo que esta última se
divide em auditoria contábil e auditoria de cumprimento legal.
Julgue CERTO ou ERRADO.

19 - (XXX) - Caso o TRIBUNAL DE CONTAS decida realizar uma


auditoria com a finalidade de verificar a efetividade de um
programa de governo, ou seja, o impacto que esse programa no
público alvo avaliado, deverá realizar uma auditoria de natureza
operacional. Julgue CERTO ou ERRADO.

20 - (XXX) - De acordo com a NAG em uso pelo TRIBUNAL DE


CONTAS, sempre que necessário, caso não disponha em seus
quadros profissionais, o TRIBUNAL DE CONTAS poderá utilizar-se
nos seus trabalhos de auditoria governamental dos serviços de
consultores e especialistas externos pertencentes a organizações
públicas ou privadas, profissionais ou acadêmicas, sendo que os
consultores e especialistas definirão o escopo de sua atuação
conforme orientação do Tribunal, emitindo um relatório específico
com suas conclusões, que será anexado ao relatório do auditor do
TRIBUNAL DE CONTAS. Julgue CERTO ou ERRADO.

21 - (XXX) - De acordo com as NAG, o profissional de auditoria


governamental deverá obter conhecimento preliminar das
atividades a serem auditadas, mediante avaliação da complexidade
das operações e das exigências para a sua realização, de modo a
avaliar se está capacitado para assumir a responsabilidade pelos
exames a serem realizados, não podendo, entretanto, recusar os
serviços determinados, ainda que não seja adequadamente
capacitado, tendo em vista o caráter público dos trabalhos de

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auditoria desenvolvidos no TRIBUNAL DE CONTAS. Julgue CERTO
ou ERRADO.

22 - (XXX) - Segundo as Normas de Auditoria Governamental, o


profissional de auditoria governamental pode ser responsabilizado
administrativa, penal e civilmente pela não descoberta de fraude
em consequência de negligência, imperícia e imprudência na
execução dos trabalhos de auditoria governamental. Julgue CERTO
ou ERRADO.

23 - (XXX) - Caso um auditor do TRIBUNAL DE CONTAS tenha sido


empregado de um ente auditado antes de tomar posse no cargo,
não haveria problemas na sua participação nos trabalhos de
auditoria naquele órgão, desde que já tivessem transcorridos três
anos de seu desligamento. Julgue CERTO ou ERRADO.

24 - (XXX) - O profissional de auditoria governamental deve


manter, respeitar e assegurar o sigilo relativo às informações
obtidas em razão do seu trabalho. Entretanto, em caso de
determinação judicial, as informações devem ser apresentadas.
Julgue CERTO ou ERRADO.

25 - (XXX) - O objetivo de um exame de auditoria governamental é


expressar uma opinião ou emitir comentários sobre a adequação da
matéria examinada e, portanto, não é destinado especificamente a
detectar erros, fraudes e outras irregularidades. Julgue CERTO ou
ERRADO.

26 - (XXX) - A metodologia deve dispor de mecanismos para a


seleção do objeto da auditoria, segundo critérios de relevância,
risco e materialidade. Enquanto a materialidade refere-se à
importância relativa para o interesse público ou para o segmento
da sociedade beneficiada, a relevância refere-se à
representatividade dos valores ou do volume de recursos
envolvidos. Julgue CERTO ou ERRADO.

27 - (XXX) - A responsabilidade primária pela identificação de


erros, fragilidades, desvios, irregularidades e ilegalidades, ou
mesmo fraudes, compete aos auditores do Tribunal de Contas,
assim como a avaliação da adequação dos controles internos,
apontando as deficiências, falhas e inconsistências existentes,
identificando suas causas e seus efeitos potenciais ou reais, e
apresentando as recomendações para o seu aprimoramento. Julgue
CERTO ou ERRADO.

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28 - (XXX) - As Normas de Auditoria Governamental aplicadas pelo
TRIBUNAL DE CONTAS classificam o risco de auditoria em risco
inerente, risco de controle e risco de detecção. Risco de detecção é
quando ocorre um erro na entidade auditada, mas não é detectado
pelos controles existentes. Julgue CERTO ou ERRADO.

29 - (XXX) - A documentação de auditoria é de propriedade


exclusiva do TRIBUNAL DE CONTAS, responsável por sua guarda e
sigilo. Ela deve ser arquivada pelo prazo de cinco anos, contado a
partir da data de julgamento ou apreciação das auditorias
relacionadas. Julgue CERTO ou ERRADO.

30 - (XXX) - Segundo as Normas de Auditoria Governamental,


quanto à natureza da opinião do auditor, os relatórios podem ser
classificados em “sem ressalvas, limpo ou pleno”, “com ressalvas”,
“adverso” ou “com abstenção ou negativa de opinião”, Nesse
último caso, o auditor deixa de emitir uma opinião sobre os eventos
ou sobre o desempenho da gestão ou os resultados produzidos, por
não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la,
havendo incertezas ou restrições tão fundamentais que tornem
inadequado o parecer com ressalvas. Julgue CERTO ou ERRADO.

31 - (XXX) - O relatório com parágrafo de ênfase ou incertezas é


aquele no qual o auditor inclui um parágrafo especial após o
parágrafo da opinião, contendo uma incerteza - chamada de
atenção a um item suficientemente importante, com o fim único de
divulgá-lo - ou uma ênfase - ocorrência que podem influenciar a
gestão, mas de difícil estimativa. Julgue CERTO ou ERRADO.

32 - (XXX) - Segundo as NAG, o monitoramento das recomendações


e providências decorrentes do relatório de auditoria completa o
ciclo dos trabalhos de uma auditoria governamental, podendo ser
realizado mediante designação específica ou no planejamento da
auditoria governamental subsequente. Se o monitoramento
decorrer de uma designação específica, deve ser elaborado um
relatório de monitoramento, que informará sobre a extensão e
adequação das ações adotadas pelo ente auditado. Julgue CERTO
ou ERRADO.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C C E E C E C C C C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E C E A E C E E C E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E C E C C E E E C C
31 32
E C

Referências utilizadas na elaboração das aulas

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 8.


ed. São Paulo: Atlas, 2012.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas,


2010.

________. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

BRITO, Claudenir; FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria privada e


governamental: Teoria de forma objetiva e mais de 400 questões
comentadas. Niterói: Impetus. 2. ed. 2015.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de


Contabilidade.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 8. ed. São


Paulo: Atlas, 2012.

FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria: mais de 219 questões de


concursos com gabarito comentado. Rio de Janeiro: Elsevier. 1. ed.
2012.

FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo:


Atlas, 2011.

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