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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA/FNDE

CURSO PNAE ALIMENTACAO ESCOLAR

Elizete Nunes de Almeida

DESAFIOS DO PNAE - PROGRAMA NACIONAL DE


ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Rosangela Carvalho de Oliveira Santos

Alto Taquari 2017


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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA


ESCOLA

Elizete Nunes de Almeida

DESAFIOS DO PNAE - PROGRAMA NACIONAL DE


ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Rosangela Carvalho de Oliveira Santos

ALTO TAQUARI 2017


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Resumo: A alimentação da população escolar é uma das mais antigas e


permanentes intervenções governamentais no âmbito das políticas social e
assistencial. De início, as ações de Alimentação Escolar figuravam no âmbito de
campanhas, passando a serem integradas, posteriormente, aos setores de
educação e saúde. Assim este trabalho justifica-se pela necessidade de se
compreender a alimentação escolar como política pública educacional,
atendendo às necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência na
escola, contribuindo para uma dieta balanceada, que quando realizada desde a
infância favorece níveis ideais de saúde, crescimento e desenvolvimento
intelectual, atuando diretamente na melhora do nível educacional reduzindo os
transtornos de aprendizado causados pelas deficiências nutricionais, tais como
anemias e desnutrição, e ainda evita manifestações da obesidade, distúrbios
alimentares e cáries dentarias. Este artigo tem como objetivo compreender os
desafios da alimentação escolar na educação atualmente, utilizando-se para isso
de uma pesquisa bibliográfica em livros e fontes digitais sobre o assunto, que
auxiliarão na resolução do problema proposto no trabalho. A baixa rentabilidade
das pequenas propriedades rurais, as escolas que não tratam da realidade do
campo em suas disciplinas, a falta de políticas e incentivos governamentais
direcionado aos jovens, a falta de conectividade com serviços (como internet e
telefonia celular de boa qualidade) são fatores apontados como dificultadores da
fixação dos jovens no meio rural. A participação da agricultura familiar é
importante, mas precisa ser eficiente e manter um padrão aceitável, para ser
revertida em uma alimentação de qualidade, assim como deve haver uma
logística eficaz em relação à coleta e distribuição, para que esses produtos
possam ser consumidos em tempo adequado. Palavras-chave: PNAE;
Alimentação Escolar; Agricultura Familiar.

SUMÁRIO
4

1 INTRODUÇAO..................................................................................................5

2 DESENVOLVIMENTO......................................................................................6

3 CONSIDERAÇOES FINAIS...........................................................................12

4 REFERENCIAS..............................................................................................13

1 Introdução
5

A alimentação escolar veio melhorar o desenvolvimento


educacional, trazendo mais benefícios à saúde e aprimorando a aprendizagem
dos alunos. Além disso, também contribuiu para o fortalecimento da agricultura
familiar, pois com a aprovação da Lei nº. 11.947, de 16 de junho de 2009, as
escolas das redes públicas devem gastar no mínimo, 30% dos recursos
repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na
compra de produtos advindos da agricultura familiar. Produtos estes a serem
oferecidos nas refeições dos educandos. Esta iniciativa interferiu diretamente
no processo de desenvolvimento rural, sobretudo no nível local, pois identificam
as possibilidades, os espaços existentes, as dificuldades e limites de viabilidade
de acesso aos agricultores familiares. Atualmente a agricultura vem
apresentando um quadro preocupante devido ao fato do envelhecimento da
população, da masculinização e dos jovens, que, em sua grande maioria, estão
preferindo ir para a cidade.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE), nos últimos dez anos 276 mil agricultores gaúchos deixaram o campo,
45 mil famílias não possuem sucessores para continuar a sua tarefa na
agricultura. O Rio Grande do Sul conta, com 379 mil famílias de agricultores
familiares e se nada for feito para incentivar os jovens do meio rural, logo teremos
um quadro desanimador para a produção de alimentos.

A agricultura familiar representa a maioria dos agricultores no Brasil. São


cerca de 4,5 milhões de estabelecimentos, dos quais 50% encontram-se no
Nordeste (IBGE, 2010).

O segmento detém 20% das terras e responde por 30% da produção


global. Em alguns produtos básicos da dieta do brasileiro como o feijão, arroz,
milho, hortaliças, mandioca e pequenos animais chegam a ser responsáveis por
60% da produção. Em geral, são agricultores com baixo nível de escolaridade e
que diversificam os produtos cultivados para diluir custos, aumentar a renda e
aproveitar as oportunidades de oferta ambiental e disponibilidade de mão de
obra (PORTUGAL, 2002).
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A Lei da Alimentação Escolar (Lei 11.947/2009) definiu que as compras


de produtos da agricultura familiar devem ser feitas priorizando alimentos
produzidos na própria comunidade e orgânicos, a fim de promover o
desenvolvimento rural sustentável regional. Quando consumimos alimentos
assim produzidos, com base no cuidado com o meio ambiente, as relações éticas
de trabalho e justiça social são mantidas e aprimoradas.

Foram criadas organizações de controle social com a finalidade de


simplificar o contato com os agricultores familiares, pois estas são grupos,
associações ou consórcio com ou sem personalidade jurídica que reúnem estas
famílias.

Analisar a contribuição do Programa Nacional de Alimentação Escolar


como política pública que potencializa a agricultura familiar é o principal objetivo
deste trabalho. Considera-se ainda a iniciativa de conhecer as finalidades do
PNAE em conformidade com a Lei 11.947/2009 e sua implantação no âmbito
municipal; a caracterização dos agricultores familiares fornecedores de produtos
ao PNAE e a verificação da contribuição desses produtos para a dinamização
econômica e social da agricultura familiar, assim como a avaliação das
condições das estruturas de suporte e os canais locais de comercialização dos
alimentos para verificar em que medida eles são capazes de suprir à demanda
de produção e abastecimento do PNAE no município.

2 Desenvolvimento

Segundo a Constituição Brasileira de 1988, materializada na Lei nº


11.326 de julho de 2006, considera-se agricultor familiar aquele que desenvolve
atividades econômicas no meio rural e que atende alguns requisitos básicos, tais
como: não possuir propriedade rural maior que 4 módulos fiscais, utilizar
predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas
de propriedade; e possuir a maior parte da renda familiar proveniente das
atividades agropecuárias desenvolvidas no estabelecimento rural.
7

Principal responsável pela comida que chega às mesas das famílias


brasileiras, a agricultura familiar responde por cerca de 70% dos alimentos
consumidos em todo o País. O pequeno agricultor ocupa hoje papel decisivo na
cadeia produtiva que abastece o mercado brasileiro: mandioca (87%), feijão
(70%), carne suína (59%), leite (58%), carne de aves (50%) e milho (46%) são
alguns grupos de alimentos com forte presença da agricultura familiar na
produção.

Com melhores condições de crédito e a ampliação de mercado por


meio de programas como o de aquisição de alimentos, a agricultura familiar
segue estruturada e com investimentos crescentes. Anunciado pela presidenta
Dilma Rousseff em junho, o Plano Safra 2015/2016 da agricultura familiar terá
investimento recorde de R$ 28,9 bilhões pelo Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os recursos representam um
aumento de 20% em relação à safra anterior. Na safra 2002/2003, o crédito
disponível foi da ordem de R$ 2,3 bilhões.

O fortalecimento da agricultura familiar, aliado à execução de


programas de inclusão social, como o Bolsa Família e o Pronatec Rural,
contribuiu, por exemplo, para que o Brasil fosse retirado do Mapa da Fome da
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Recentemente, a agência da ONU apresentou um relatório no qual


afirma que o Brasil pode se tornar o principal exportador de alimentos do mundo
na próxima década. O documento destaca o papel fundamental da agricultura
familiar na produção de alimentos e elogia as políticas públicas do governo
federal para o setor.

É possível, através de alguns trabalhos sobre as comunidades do


campo, em especial os pequenos agricultores, identificar a participação da
agricultura familiar no fornecimento de produtos para a Alimentação Escolar e
verificar algumas dificuldades quanto a esta participação.

Entre as dificuldades mais citadas estão a quantidade insuficiente de


alimentos para atender todas as refeições escolares e a falta de variedade de
alimentos diante das necessidades do cardápio. Percebe-se a existência de um
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potencial para a promoção de estratégias de melhoria da compra de alimentos


da agricultura familiar pelo PNAE, e ainda a ampla efetivação e repasse direto
de recursos no financiamento e incentivo à agricultura familiar no Brasil
(MACHADO, 2010, p. 1).

O conhecimento da realidade dos agricultores que desejam participar do


fornecimento de produtos para a alimentação escolar, também é debatido a nível
nacional, pois se sabe da possibilidade de ampliar o fornecimento de produtos.
Belik e Chaim (2009) consideram que:

[...] nem sempre a possibilidade de comprar de produtores rurais está


associada ao tamanho do município considerando o número de
habitantes), mas, possivelmente, à existência ou não de políticas
municipais que incentivem a aproximação dos produtores locais ao
mercado institucional de compra de alimentos vinculado ao PNAE (p.
2).

Os municípios devem procurar aumentar a sua capacidade de aglutinar


mais agricultores familiares para elevar o potencial de oferta de alimentos para
a alimentação escolar. Orientando-os, para efetivamente enquadrarem-se
juntamente com o órgão competente, e facilitando a entrega da produção são
formas de agilizar a distribuição dos alimentos nas escolas. Alguma das funções
de um município, o qual se integra aos programas governamentais é discutida
por Teixeira (2002), “há competências privativas de cada esfera governamental
e as comuns e concorrentes. O município tem ampla autonomia para definir suas
políticas e aplicar seus recursos, no caso das competências privativas ou
exclusivas” (TEIXEIRA, 2002, p. 7).

O agricultor familiar é reconhecido pelo Ministério do Desenvolvimento


Agrário por meio da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). É o primeiro e mais
importante passo para o agricultor familiar acessar as políticas públicas criadas
a seu favor (BRASIL, 2016, p. 17).

O Ministério da Agricultura editou em junho de 2010, uma nota técnica


NT/COAGRE n° 22/2010, de 2 de junho de 201 para esclarecer a Lei dos
Orgânicos e seu Decreto. A nota afirma: “É importante deixar bem claro que
respeitado o que estabelece a legislação, os agricultores familiares que façam
parte de uma Organização de Controle Social cadastrada no Ministério da
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Agricultura, Pecuária e Abastecimento e tenham sido inscritos no Cadastro


Nacional de Produtores Orgânicos estão legalmente habilitados a comercializar
seus produtos, como orgânicos, em venda direta, para mercados institucionais
em que o produto não venha a ser revendido. Nessa situação se incluem as
aquisições realizadas pela CONAB, por meio do Programa de Aquisição de
Alimentos (PAA), quando para doações de alimentos e por escolas e prefeituras
para o atendimento da alimentação escolar no âmbito do PNAE (BRASIL, 2016
p. 20). A aquisição de gêneros alimentícios será realizada nesta ordem de
prioridades: município da escola entre agricultores da região, do território rural,
estado e país. Em julho de 2012, na Resolução nº. 25, houve uma alteração do
limite de venda ao PNAE passando de R$ 9.000,00 para R$ 20.000,00 por
DAP/ano.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), segundo o
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), teve a sua origem
na década de 1940 com suas ideias iniciais, mas só veio a se concretizar em 31
de março de 1955, sob Decreto nº. 37.106. Este decreto instituiu a Campanha
de Merenda Escolar (CME), subordinada ao Ministério da Educação, passando
a ter atendimento em âmbito nacional através do Decreto nº. 39.007 de 11 de
abril de 1956, sob a denominação Campanha Nacional de Merenda Escolar
(CNME). Sofreu várias mudanças em sua denominação e estrutura funcional e,
somente em 1979, passou a chamar-se Programa Nacional de Alimentação
Escolar (BRASIL, 2009).

Este programa garante, por meio de transferência de recursos


financeiros, a alimentação escolar dos alunos de toda a educação básica
(educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e
adultos) matriculados em escolas públicas e filantrópicas (BRASIL, 2009).

Um ponto considerado muito positivo é que neste programa 70% dos


recursos transferidos devem ser aplicados em produtos alimentícios básicos
(semi-elaborados e in natura) e devem ser levados em consideração os hábitos
alimentares regionais e a produção agrícola do município (BRASIL ,2009).

Estes recursos são fiscalizados por meio dos Conselhos de Alimentação


Escolar (CAEs), pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela
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Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI) e pelo Ministério Público (BRASIL,


2009).

Segundo o FNDE, as entidades executoras têm autonomia para


administrar o dinheiro e compete a elas à complementação financeira para a
melhoria do cardápio escolar, conforme estabelece a Constituição Federal
(BRASIL, 2009).

Os cardápios escolares necessitam ser elaborados por uma nutricionista


habilitada, serão acompanhados pelo Conselho de Alimentação Escolar (CAE)
e respeitarem o percentual de 30% das necessidades nutricionais diárias dos
alunos das creches, escolas indígenas e remanescentes quilombolas e o
percentual de 15% para os demais alunos (pré-escola, ensino fundamental,
ensino médio e educação de jovens e adultos) (BRASIL, 2009).

Os Estados e municípios possuem a responsabilidade da compra de itens


da alimentação escolar e devem obedecer a critérios estabelecidos na Lei nº.
8.666 de 21/06/93 e suas alterações, critérios estes que estabelecem como
devem ser feitas as licitações e contratos na administração pública. Quanto aos
itens da agricultura familiar, não é necessário o processo licitatório, desde que
os preços praticados estejam compatíveis com os do mercado local e os
alimentos estejam dentro das exigências sanitárias e de controle de qualidade
(BRASIL, 2009).

O Conselho de Alimentação Escolar (CAE) é composto por


representantes do Executivo, do Legislativo e da sociedade, professores e pais
e alunos, com mandato de 4 anos (BRASIL, 2009).

Através do PNAE consegue-se assegurar um melhor rendimento escolar,


pois se espera que um aluno bem alimentado tenha um maior equilíbrio no seu
desenvolvimento físico e psicológico e uma melhora nas defesas orgânicas de
sua saúde. O PNAE é uma política pública que veio em favorecimento
principalmente dos escolares beneficiando-os com uma boa merenda, rica em
produtos oriundos da agricultura familiar. Os quais também diretamente estão
sendo motivados a produzirem cada vez mais com um bom acompanhamento
técnico, apoio de grupos, associações, cooperativas, sindicatos, conselhos
11

locais e ONGs. O Programa Nacional de Aquisição de Alimento - PAA e mais


recentemente o Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE que em sua
mais recente legislação assegura que no mínimo 30% dos recursos repassados
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE aos estados e
municípios, deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios da
agricultura familiar, para a composição da alimentação escolar sintetizam a
intenção e o papel que o Estado pode e deve exercer na estruturação de
sistemas justos e descentralizados de produção, distribuição e consumo de
alimentos (BRASIL, 2009). O expressivo mercado institucional (da Alimentação
Escolar) que está posto em nível local e/ou regional poderá ser um fator
dinamizador das economias porque permitirá que produtos locais sejam
adquiridos e consumidos localmente e com isso contribuam com o dinamismo
socioeconômico dos municípios. Gerando renda que circula localmente, criando
postos de trabalho e gerando outras ocupações no setor rural, consolida
estruturas socioeconômicas e políticas e estimula a multifuncionalidade da
agricultura familiar (BRASIL, 2006).

Possibilitar esse tipo de desenvolvimento rural, representa uma


tentativa de ir além da modernização técnico-produtivo apresentando-se como
uma estratégia de sobrevivência das unidades familiares que buscam sua
reprodução, em um modelo onde todos os integrantes da unidade familiar tomam
decisões sobre o modo de produzir e trabalhar.

O Programa de Alimentação Escolar envolve um conjunto de pessoas


e entidades, tais como o agricultor e a agricultora que produzem os produtos, a
associação dos agricultores que beneficia, transporta e comercializa, a prefeitura
que executa os processos burocráticos (licitação, inspeção e compra), a
merendeira que prepara a alimentação entre outros. As diversas intervenções ao
longo desse processo contêm um variado conjunto de conhecimentos e de
saberes (SANDER, 2013).

Neste contexto, segundo Sander (2013), cabe destacar os ganhos em


relação à saúde, pois o fato de ser facultada ou possibilitada a aquisição de
produtos e alimentos diretamente dos agricultores da comunidade traz
benefícios importantes como o de se obter produtos frescos e com qualidade
12

evitando que produtos cheguem muitas vezes às escolas com os prazos de


validade vencidos; o de acompanhar o processo de produção e controlar a
origem dos produtos permitindo saber quais foram os procedimentos técnicos
utilizados para sua produção; utilizar produtos da época, permitindo maior
variedade na composição dos cardápios e finalmente possibilita supervisionar a
qualidade dos produtos na hora da aquisição. Ao estimular o consumo de
produtos locais busca-se valorizar e promover os produtos com origem
comprovada e controlada que por serem locais em geral são mais frescos e por
isso contribuem com a saúde e a qualidade de vida. Ao mesmo tempo estimula
o resgate dos valores dos usos e das práticas alimentares que compõem a
tradição local e reafirma-se a importância de diversificar a cesta de alimentos
que compõem a base da alimentação (SANDER, 2013).

3 Considerações finais

A participação da agricultura familiar no Programa Nacional de


Alimentação Escolar tem se mostrado bem estruturada e muito capaz de efetivar-
se como uma política pública que tem dado muito certo, pois além de favorecer
o desenvolvimento rural, através da subsistência das famílias, proporcionando
uma boa lucratividade às suas propriedades e melhoria de qualidade de vida,
gestão administrativa com melhores condições de comercialização e
manutenção das propriedades, além de manter o homem rural no campo. A
melhoria da alimentação das famílias a partir desta nova modalidade,
principalmente, de produção ecológica e orgânica, garante a segurança
alimentar e nutricional, também melhorando aos alunos da rede escolar. A
garantia das famílias de agricultores familiares que são possuidores de uma
propriedade diversificada (hortaliças, frutas, vegetais e cereais) e sustentável, a
partir desta política pública, do fornecimento ao PNAE, consegue contribuir para
o equilíbrio ecológico sustentável da natureza. Constata-se que a agricultura
familiar progrediu de maneira sensível com a venda de seus produtos para o
PNAE injetando recursos no município com isto melhorando a economia,
13

havendo uma valorização de seus produtos que a partir de agora tem uma
colocação garantida e a remuneração mais eficiente e rápida. Isto tudo também
atraiu novos agricultores para investirem em suas propriedades com suas
plantações de produtos para comercializarem com o PNAE, tendo um mercado
garantido.

Os agricultores familiares progrediram muito nas propriedades,


observando-se a qualidade de vida, com melhorias no modo de vestirem-se, um
aspecto geral mais saudável e feliz com o que estão trabalhando, pois,
conseguem sentir-se mais úteis e valorizados por estarem participando de um
processo eficiente de produção. Mas todos que foram entrevistados ainda não
conseguem manter-se com este fornecimento ao PNAE, ainda estão
dependentes de outras rendas, pensão, aposentadoria, trabalhos artesanais,
reflorestamento e outras atividades que melhoram o orçamento da propriedade
familiar.

4 Referências
BELIK, W; CHAIM, N. A. O Programa Nacional de Alimentação Escolar e a
gestão municipal: eficiência administrativa, controle social e desenvolvimento
local. IN: Rev. Nutr, n. 22, v. 5, Campinas, 2009. p. 595-607. Disponível em:
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14

<www.jusbrasil/legislação/anotada/2444415/lei-11326-06>. Acesso em: 19 mai.


2016

_______. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO


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<Http://www.mda.gov.br/portal/saf/register/?return_url=%2fportal%2fsaf%2farqu
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_______. Resolução/CD/FNDE Nº 38 de 16 de julho de 2009. Dispõe sobre o


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Programa Nacional de Alimentação
Escolar – PNAE. Disponível em:
<Http://comunidades.mda.gov.br/portal/saf/arquivos/view/alimenta-o-
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MACHADO, Patrícia Maria de Oliveira et al. Compra de alimentos


provenientes da agricultura familiar pelo programa nacional de
alimentação escolar em municípios brasileiros. 5. ed. Florianópolis: 2010.

PORTUGAL, Alberto Duque. O desafio da Agricultura Familiar. Brasília:


EMBRAPA, 2002.

SANDER, Roberta. Entrevista. São Lourenço do Sul: Nutricionista, 2013.

TEIXEIRA, Elenaldo Celso. O Papel das Políticas Públicas no


Desenvolvimento Local e na Transformação da Realidade. Salvador: AATR-
BA, 2012.

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