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Apêndice:

NOÇÕES DE noções
LÓGICAde Lógica
O estudo da Lógica teve início em Estagira, na Macedônia, com Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), cujos trabalhos
estão reunidos nos 6 volumes da obra intitulada Organon. O moderno desenvolvimento da Lógica inicia-se com a
obra de George Boole (1815-1864) e de Augustus De Morgan (1806-1871). Em 1880, Giuseppe Peano (1858-1932)
introduziu quase toda a simbologia atual da Matemática, permitindo uma visão mais perfeita e exata do mecanismo
lógico das diversas teorias matemáticas. Como remate das investigações anteriores, Bertrand Russell (1872-1970)
apresentou suas teses na obra Principia Mathematica (três volumes: 1910, 1912 e 1913).
Por definição, Lógica é a ciência da teoria do raciocínio, que tem como principal objetivo formular critérios que
permitam analisar a legitimidade de um conjunto de proposições.
Chama-se proposição ou sentença todo conjunto de palavras que exprimem um pensamento de sentido completo.
Assim, uma proposição deve ser uma expressão de uma linguagem, e pode ser classificada como verdadeira ou
falsa. Se aquilo que ela expressa corresponde à realidade, diremos que ela é verdadeira; caso contrário, ela é falsa.

Cambridge University Press, 1910/WMO

A obra de Russell – Principia Mathematica – sintetiza as contribuições anteriores


ao estudo da Lógica.

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Observações
- As proposições são expressas por orações declarativas.
Exemplos: A Terra é redonda.
Godofredo não é estudioso.
- Orações interrogativas e imperativas não são proposições, pois nada afirmam acerca da realidade, não
podendo, portanto, ser classificadas em verdadeiras ou falsas.
Assim, não são proposições as expressões:
Quem comeu o bolo?
Que horas são?
Saia já daqui!
Amai-vos uns aos outros.
- Toda proposição deve obedecer aos dois princípios seguintes:
1o.) Princípio do terceiro excluído: toda proposição deve ser verdadeira ou falsa, não havendo outra
alternativa.
2o.) Princípio de não contradição: uma proposição não pode ser ao mesmo tempo verdadeira e falsa.

Exemplo 1:
Vamos identificar quais das seguintes sentenças são proposições:
a) Maceió é a capital de Alagoas. c) x – 1 = 4 e) Qual é o seu nome?
b) 5 · 3 = 12 d) 5 < 12 f) x + 2y
São proposições as sentenças dos itens a, b e d, sendo a e d verdadeiras e b falsa.
Não podem ser consideradas proposições:
- x – 1 = 4, pois não pode ser considerada verdadeira ou falsa;
- Qual é o seu nome?, pois é uma oração interrogativa;
- x + 2y, pois falta predicado.

CONECTIVOS
Podemos combinar as proposições de uma maneira definida, a fim de formar novas proposições.
Assim, por exemplo, dadas as proposições “Gosto de Matemática” e “Estudo no Liceu Tiradentes”, podemos
formar as seguintes proposições:
(1) Não gosto de Matemática.
(2) Estudo no Liceu Tiradentes e gosto de Matemática.
(3) Gosto de Matemática ou estudo no Liceu Tiradentes.
(4) Se estudo no Liceu Tiradentes, então gosto de Matemática.
(5) Gosto de Matemática se, e somente se, estudo no Liceu Tiradentes.
Dizemos que as duas primeiras proposições dadas são simples, enquanto as demais ((1), (2), (3), (4) e
(5)) são chamadas compostas.
Conectivos da nossa
Vamos introduzir uma linguagem simbó- Conectivos lógicos
linguagem cotidiana
lica, em que:
∼ (negação)
- as proposições simples serão representadas não
por letras latinas (p, q, r, ...); e ∧ (conjunção)
- os conectivos da nossa linguagem cotidiana ou ∨ (disjunção)
serão representados por símbolos chamados
se ..., então → (implicação)
conectivos lógicos (veja o quadro).
se, e somente se, ↔ (bi-implicação)

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Assim, chamando p e q as proposições simples do exemplo anterior, ou seja,
p: Gosto de Matemática e q: Estudo no Liceu Tiradentes
podemos escrever simbolicamente as proposições compostas formadas:
(1) ∼p (2) q ∧ p (3) p ∨ q (4) q → p (5) p ↔ q

Exemplo 2:
Dadas as proposições “A neve é preta” e “4 é menor do que 5”, vamos representar simbolicamente as
sentenças:
a) A neve não é preta e 4 é menor do que 5.
b) Se 4 não é menor do que 5, então a neve é preta.
c) Não é verdade que a neve é preta se, e somente se, 4 é menor do que 5.
Considerando p: A neve é preta e q: 4 é menor do que 5, temos as negações:
∼p: A neve não é preta.
∼q: 4 não é menor do que 5 (ou 4 é maior ou igual a 5).

Logo: a) ∼p ∧ q; b) ∼q → p; c) ∼(p ↔ q).

Exemplo 3:
Considerando as proposições p: Amílcar é loiro e q: Amílcar é inteligente, podemos traduzir cada uma das
sentenças seguintes para a linguagem do cotidiano:
∼p ∨ q: Amílcar não é loiro ou é inteligente.
∼(p → ∼q): Não é verdade que, se Amílcar é loiro, então ele não é inteligente.
∼∼q: Não é verdade que Amílcar não é inteligente, ou seja, Amílcar é inteligente.

TABELA-VERDADE
Sabemos que uma proposição simples pode ser verdadeira (V) ou falsa (F).
O valor-verdade (V ou F) de uma proposição composta depende dos valores-verdade das proposições simples
que a compõem. Ele pode ser determinado por meio de um dispositivo denominado tabela-verdade, no qual
figuram as possíveis combinações dos valores-verdade das proposições componentes.
Assim, por exemplo, se uma proposição é composta de duas proposições, p e q, as únicas combinações
possíveis dos valores-verdade de p e q são:

- p: V e q: V - p: V e q: F - p: F e q: V - p: F e q: F
Para determinarmos o valor-verdade de uma proposição qualquer, construímos uma tabela-verdade a partir
dos valores-verdade das proposições simples que a compõem, obedecendo às seguintes definições:

NEgAçãO p ∼p

V F
F V

Exemplo 4:
p: Pelé é brasileiro (V); ∼p: Pelé não é brasileiro (F)
p: Caracas é capital do Equador (F); ∼p: Caracas não é capital do Equador (V)

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CONjuNçãO p q p∧q

V V V
V F F
F V F
F F F

Note que a conjunção p ∧ q só é verdadeira se p e q são ambas verdadeiras.

Exemplo 5:
a) p: Pelé é brasileiro (V); q: Pelé jogou futebol no Santos (V)
p ∧ q: Pelé é brasileiro e jogou futebol no Santos (V)
b) p: 2 + 5 = 7 (V); q: 42 é divisível por 4 (F)
p ∧ q: 2 + 5 = 7 e 42 é divisível por 4 (F)
c) p: Teresina é a capital do Paraná (F); q: Paraná é um estado do Sul do Brasil (V)
p ∧ q: Teresina é a capital do Paraná e Paraná é um estado do Sul do Brasil (F)
d) p: Teresina é a capital do Paraná (F); q: Paraná é um estado do Sudeste brasileiro (F)
p ∧ q: Teresina é a capital do Paraná e Paraná é um estado do Sudeste brasileiro (F)

DISjuNçãO p q p∨q
V V V
V F V
F V V
F F F

Note que a disjunção p ∨ q só é falsa se p e q são ambas falsas.

Exemplo 6:
a) p: 5 < 12 (V); q: 2 é um número primo (V)
p ∨ q: 5 < 12 ou 2 é um número primo (V)
b) p: 5 < 12 (V); q: 5 > 20 (F)
p ∨ q: 5 < 12 ou 5 > 20 (V)
c) p: O gato é bípede (F); q: A cobra é um réptil (V)
p ∨ q: O gato é bípede ou a cobra é um réptil (V)
d) p: O cachorro é um felino (F); q: O cavalo é um réptil (F)
p ∨ q: O cachorro é um felino ou o cavalo é um réptil (F)

ImPLICAçãO p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

Note que a implicação p → q só é falsa se p é verdadeira e q é falsa.


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Exemplo 7:
a) p: Pelé é brasileiro (V); q: Pelé jogou futebol no Santos (V)
p → q: Se Pelé é brasileiro, então ele jogou futebol no Santos (V)
b) p: Pelé jogou futebol no Santos (V); q: Santos é a capital do estado de São Paulo (F)
p → q: Se Pelé jogou futebol no Santos, então Santos é a capital do estado de São Paulo (F)
c) p: Santos é a capital do estado de São Paulo (F); q: Pelé jogou futebol no Santos (V)
p → q: Se Santos é a capital do estado de São Paulo, então Pelé jogou futebol no Santos (V)
d) p: 5 = 12 (F); q: 12 < 8 (F)
p → q: Se 5 = 12, então 12 < 8 (V)

BI-ImPLICAçãO p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V

Note que a bi-implicação p ↔ q só é verdadeira quando os valores-verdade de p e q são iguais.

Exemplo 8:
a) p: Quito é a capital do Equador (V); q: O Acre é um estado brasileiro (V)
p ↔ q: Quito é a capital do Equador se, e somente se, o Acre é um estado brasileiro (V)
b) p: Roma é a capital da Itália (V); q: Paris é a capital da Espanha (F)
p ↔ q: Roma é a capital da Itália se, e somente se, Paris é a capital da Espanha (F)
c) p: O cachorro é um felino (F); q: O cavalo é um equino (V)
p ↔ q: O cachorro é um felino se, e somente se, o cavalo é um equino (F)
d) p: –2 > –1 (F); q: 6 < 2 (F)
p ↔ q: –2 > –1 se, e somente se, 6 < 2 (V)

QuANTIFICADORES
Certas orações que contêm variáveis não podem ser classificadas como verdadeiras ou falsas e são, por esse
motivo, chamadas sentenças abertas.
Como exemplos, consideremos as orações: x é um avarento. (variável: x) 1
x + y = 2 (variáveis: x e y) 2
Entretanto, antepondo-se às sentenças 1 e 2 expressões tais como “Para todo x”, “Existe um x” ou
“Qualquer que seja y”, podemos torná-las verdadeiras ou falsas:

1 Existe um x tal que x é avarento. (Verdadeira, pois significa dizer que “há avarentos”.)
Qualquer que seja x, x é avarento. (Falsa, pois significa dizer que “todos são avarentos”.)

2 Existe um x e existe um y tais que x + y = 2. (Verdadeira, pois, por exemplo, se x = 0 e y = 2, temos


0 + 2 = 2.)
Para todos x e y, x + y = 2. (Falsa, pois, por exemplo, se x = 1 e y = 3, tem-se x + y ≠ 2.)

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É importante lembrar que, pelo fato de não poderem ser classificadas em verdadeira ou falsa, sentenças
abertas não podem ser consideradas proposições. Assim, há dois modos de transformar sentenças abertas em
proposições:

- atribuindo-se valores à variável, como foi feito para a oração 2 :

x+y=2 e 0+2=2
sentença aberta proposição (V)

- ou utilizando-se quantificadores, como foi feito para a oração 1 :

x é avarento e Qualquer que seja x, x é avarento


sentença aberta proposição (F)

Cada expressão do tipo “Para todo” ou “Qualquer que seja” é chamada quantificador universal e indicada
pelo símbolo ∀.
Cada expressão do tipo “Existe”, “Existe um” ou “Existe pelo menos um” é chamada quantificador exis-
tencial e indicada pelo símbolo ∃. Em particular, o símbolo ∃| significa “Existe um único”, “Existe um só” ou
“Existe um e um só”.

Exemplo 9:
Considerando x um número inteiro, vamos classificar as proposições seguintes em verdadeiras (V) ou
falsas (F):

a) ∀x, x + 0 = x (Qualquer que seja x, x + 0 = x.) (V)

b) ∃x | x2 < 0 (Existe x, tal que x2 < 0.) (F)

c) ∀x, x = x (Para todo x, x = x.) (V)

d) ∃x | x3 = 1 (Existe um x, tal que x3 = 1.) (V)

e) ∀x, x – 1 < 0 (Qualquer que seja x, x – 1 < 0.) (F)

f) ∃|x | x + 3 = 1 (Existe um único x, tal que x + 3 = 1.) (V)

NEgAçãO DE PROPOSIçõES QuANTIFICADAS


Quando uma proposição é a negação lógica de outra, se uma delas é verdadeira, a outra é falsa.
Assim, por exemplo, temos:
p: Pelé é brasileiro (V) e ∼p: Pelé não é brasileiro (F)
q: Cuiabá é a capital do Piauí (F) e ∼q: Cuiabá não é a capital do Piauí (V)
No caso de proposições quantificadas, por exemplo, quando afirmamos “Alice não é maldosa”, queremos dizer
que existem pessoas que não são maldosas, ou seja, estamos negando a proposição “Todo indivíduo é maldoso”.
Assim, a negação da proposição quantificada “∀x, p(x)” é ∃x | ∼p(x):

∼∀x, p(x) ⇔ ∃x | ∼p(x)

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Observação
A negação de proposições quantificadas pode ser interpretada por meio da relação de inclusão, estudada
anteriormente (página 11 do livro). Simbolizando as sentenças:
1 A ⊂ B quando todo elemento de A pertence a B.

e
2 A ⊄ B quando existe um elemento de A que não pertence a B.

Temos:

1 A ⊂ B significa que ∀x, (x ∈ A ⇒ x ∈ B) e 2 A ⊄ B significa que ∃x | (x ∈ A ∧ x ∉ B)


p(x) ∼p(x)

Como A ⊄ B é a negação de A ⊂ B, então 2 é a negação de 1 .


A⊂B A⊄B

implica a
A B
A negação:
B

∀x, p(x) ∃x | ∼p(x)

Exemplo 10:
Vamos negar as seguintes proposições:
a) ∀x, p(x)
Considerando x: um indivíduo qualquer e p(x): x é maldoso, temos:
∀x, p(x): Todo indivíduo é maldoso.
negação: ∃x | ~p(x): Existe um indivíduo que não é maldoso.
b) ∀x, x2 < 0
negação: ∃x | x2 ⩾ 0
c) ∀x, x + 3 = 1
negação: ∃x | x + 3 ≠ 1

Consideremos o exemplo a seguir:


Sejam os conjuntos A: de todos os paraenses e B: de todas as pessoas que tocam piano. Considerando que
“existem paraenses que não tocam piano”, vamos usar diagramas de Venn para representar as sentenças:
(i) Existem paraenses que tocam piano, paraenses que não tocam piano e pessoas que tocam piano e não
são paraenses.
(ii) Nenhum paraense toca piano.
Note que, se x é uma pessoa qualquer:

A B

(i)

A B

(ii)

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- a sentença (i) equivale a dizer que x ∈ A ∩ B (x é paraense e toca piano) ou x ∈ A – B (x é paraense e não
toca piano) ou x ∈ B – A (x toca piano e não é paraense). Assim, pode-se concluir que x ∈ A ∪ B;
- a sentença (ii) equivale a dizer que “não existe pessoa que seja paraense e que toque piano”, ou seja, que
∼∃x | x ∈ A ∩ B (ou ∃/x | x ∈ A ∩ B). Assim, devemos ter A ∩ B = ∅.
A negação da proposição “Existe um indivíduo que gosta de música” é “Não é verdade que existe um
indivíduo que goste de música”, ou seja, “Todo indivíduo não gosta de música”.
Assim, a negação da proposição quantificada “∃x | p(x)” é ∀x, ∼p(x):

∼∃x | p(x) equivale a ∀x, ∼p(x)

Exemplo 11:
Vamos negar as seguintes proposições:
a) Considerando x: um animal qualquer e p(x): x é quadrúpede, temos:
∃x | p(x): Existe um animal que é quadrúpede (ou, existem animais quadrúpedes).
negação: ∀x, ∼p(x): Todo animal não é quadrúpede.
b) ∃x | x – 3 = 4
negação: ∀x, x – 3 ≠ 4
c) ∃x | x ⩾ 5
negação: ∀x, x < 5

ImPLICAçãO E EQuIVALÊNCIA
Considerando que as proposições p: “Todo brasileiro é inteligente” e q: “Todo acriano gosta de estudar” são
ambas verdadeiras, podemos afirmar que as implicações p → q e q → p são verdadeiras. Assim:

- quando p → q, dizemos que de p podemos concluir q.


Nesse caso, indica-se p ⇒ q, que se lê: “p implica q” ou “se p, então q”.

Observações
- Outras maneiras de se ler p ⇒ q são:
“p tem por consequência q”, ou
“p é condição suficiente para q”, ou
“q é condição necessária decorrente de p”

- Considerando que “p implica q” ocorre somente quando o condicional p → q (se p, então q) é verdadeiro,
então todo teorema é uma implicação da forma hipótese ⇒ tese. Assim, na demonstração de um teorema
não ocorre o caso de a hipótese ser verdadeira e a tese, falsa.
Tomando como exemplo o teorema: “Se dois números a e b são ímpares, então sua soma é par”, temos:
• a hipótese do teorema é p: “a e b são números ímpares quaisquer”;
• a tese do teorema é q: “a soma a + b é par”.

- A implicação está relacionada com a inclusão de conjuntos. Como exemplo, consideremos o con-
junto U, de todos os brasileiros, e duas propriedades p : x é baiano e q : x é nordestino, referentes
a um dado elemento x ∈ U. Essas propriedades definem os conjuntos A = {x ∈ U | x é baiano} e
B = {x ∈ U | x é nordestino}. Assim, como p implica q e A está contido em B, escrevemos p ⇒ q
para designar que A ⊂ B.

- A implicação q ⇒ p é chamada recíproca de p ⇒ q.


O fato de uma implicação ser verdadeira nem sempre significa que sua recíproca é verdadeira, como
mostra o exemplo a seguir.

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Exemplo 12:
Sejam as proposições p: x é um retângulo e q: x é um paralelogramo, em que x ∈ U (conjunto dos qua-
driláteros convexos de um plano), temos:
- p ⇒ q, pois a sentença p → q (se x é um retângulo, então x é um paralelogramo) é verdadeira.
- q não implica p, pois a sentença q → p (se x é um paralelogramo, então x é um retângulo) é falsa.

Exemplo 13:
Como a implicação “Se a · b = 0, então a = 0 ou b = 0” é verdadeira para quaisquer números reais
p q
a e b, podemos dizer que:
- a · b = 0 é condição suficiente para a = 0 ou b = 0.
- a = 0 ou b = 0 é condição necessária decorrente de a · b = 0.

Quando p ⇒ q e q ⇒ p, ou seja, de p podemos concluir q e de q podemos concluir p, dizemos que p e q


são equivalentes.
Nesse caso, indica-se p ⇔ q, que se lê: “p é equivalente a q” ou “p se, e somente se, q”.

Observações
se p, então q
p⇒q p é condição suficiente para q
q é condição necessária decorrente de p
- p ⇔ q quando
se q, então p
q⇒p q é condição suficiente para p
p é condição necessária decorrente de q
Assim, a equivalência p ⇔ q também pode ser lida como: “p é condição necessária e suficiente para q”
ou “q é condição necessária e suficiente para p”.

- Note que p equivale a q quando a bi-implicação p ↔ q é verdadeira.

- Todo teorema em que o recíproco também é verdadeiro é uma equivalência, ou seja,


hipótese ⇔ tese

Exemplo 14:
Sabe-se que, na disputa de uma corrida de 100 metros, será considerado vencedor o atleta que completar
o percurso no menor tempo possível. Assim sendo, consideremos as proposições:
p: Samuel é vencedor de uma corrida de 100 metros; e
q: Samuel faz o menor tempo.
Então, temos:
- p ⇒ q: Se Samuel é vencedor de uma corrida de 100 metros, então ele faz o menor tempo;
- q ⇒ p: Se Samuel faz o menor tempo, então ele é vencedor de uma corrida de 100 metros;
- p ⇔ q: “Samuel é vencedor de uma corrida de 100 metros se, e somente se, ele faz o menor tempo”
ou “Samuel fazer o menor tempo é condição necessária e suficiente para ele ser vencedor de uma
corrida de 100 metros”.

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