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BNB

Banco do Nordeste do Brasil S.A

Analista Bancário 1
EDITAL Nº 1 – BNB, DE 14 DE SETEMBRO DE 2018
ST061-2018
DADOS DA OBRA

Título da obra: Banco do Nordeste do Brasil S.A (BNB)

Cargo: Analista Bancário 1

(Baseado no EDITAL Nº 1 – BNB, DE 14 DE SETEMBRO DE 2018)

• Língua Portuguesa
• Conhecimentos gerais
• Conhecimentos bancários
• Matemática

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Diagramação/ Editoração Eletrônica


Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Ana Luiza Cesário
Thais Regis

Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Leandro Filho

Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. ......................................................................................................... 83


2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. ......................................................................................................................................... 85
3 Domínio da ortografia oficial. ......................................................................................................................................................................... 44
4 Domínio dos mecanismos de coesão textual. .......................................................................................................................................... 86
4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de se-
quenciação textual. ........................................................................................................................................................................................... 88
4.2 Emprego de tempos e modos verbais. .............................................................................................................................................. 04
5 Domínio da estrutura morfossintática do período. ................................................................................................................................ 07
5.1 Emprego das classes de palavras. .............................................................................................................................................................. 07
5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. ..................................................................................... 63
5.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. .................................................................................... 63
5.4 Emprego dos sinais de pontuação. ..................................................................................................................................................... 50
5.5 Concordância verbal e nominal. ........................................................................................................................................................... 52
5.6 Regência verbal e nominal. ..................................................................................................................................................................... 58
5.7 Emprego do sinal indicativo de crase. ................................................................................................................................................ 71
5.8 Colocação dos pronomes átonos. ....................................................................................................................................................... 07
6 Reescrita de frases e parágrafos do texto. ................................................................................................................................................. 88
6.1 Significação das palavras. ........................................................................................................................................................................ 76
6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto. .......................................................................................................................... 88
6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. ............................................................................................ 88
6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade........................................................................................ 88

Conhecimentos gerais

1 Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, sociedade, educa-
ção, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia, suas inter‐re-
lações e suas vinculações históricas. ................................................................................................................................................................ 01
2 O nordeste brasileiro: geografia, atividades econômicas, contrastes intra-regionais, o polígono das secas e as carac-
terísticas das regiões naturais do nordeste; o nordeste no contexto nacional. ............................................................................. 08
3 O Banco do Nordeste do Brasil S.A.: legislação básica, programas e informações gerais de sua atuação como agente
impulsionador do desenvolvimento sustentável da região nordeste. ............................................................................................... 15
4 Informática: conceitos de informática, hardware e software; sistemas operacionais (Windows e Linux);......................... 19
Editor de texto e edição e formatação de textos, processador de texto (Word e BrOffice.org Writer);........................... 30
Planilhas eletrônicas (Excel e BrOffice.org Calc);................................................................................................................................... 39
Editor de apresentações (PowerPoint e BrOffice.org Impress);......................................................................................................... 52
Conceitos de tecnologias relacionadas à Internet e Intranet, protocolos web, navegador (Internet Explorer, Google
Chorme e Mozilla Firefox), pesquisa na Web;.......................................................................................................................................... 59
Conceitos de proteção lógica e segurança da informação, realização de cópias de segurança (backup), vírus e ata-
ques a computadores e antivírus; ............................................................................................................................................................... 71
Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas....................................... 78

Conhecimentos bancários

1 Sistema Financeiro Nacional. .......................................................................................................................................................................... 01


1.1 Instituições do Sistema Financeiro Nacional — tipos, finalidades e atuação. .................................................................... 01
1.2 Banco Central do Brasil e Conselho Monetário Nacional — funções e atividades. ......................................................... 01
1.3 Instituições Financeiras Oficiais Federais — papel e atuação. .................................................................................................. 01
2 Operações de Crédito Bancário. .................................................................................................................................................................... 27
SUMÁRIO

2.1 Cadastro de pessoas físicas. ................................................................................................................................................................... 27


2.2 Cadastro de pessoas jurídicas. .............................................................................................................................................................. 27
2.2.1 Tipos e constituição das pessoas. ..................................................................................................................................................... 27
2.2.2 Composição societária/acionária. ..................................................................................................................................................... 27
2.2.3 Forma de tributação. .............................................................................................................................................................................. 27
2.2.4 Mandatos e procurações. ..................................................................................................................................................................... 27
2.3 Fundamentos do crédito........................................................................................................................................................................... 27
2.3.1 Conceito de crédito. ............................................................................................................................................................................... 27
2.3.2 Elementos do crédito. ........................................................................................................................................................................... 27
2.3.3 Requisitos do crédito. ............................................................................................................................................................................ 27
2.4 Riscos da atividade bancária. ................................................................................................................................................................. 27
2.4.1 De crédito. .................................................................................................................................................................................................. 27
2.4.2 De mercado. .............................................................................................................................................................................................. 27
2.4.3 Operacional. .............................................................................................................................................................................................. 27
2.4.4 Sistêmico. ................................................................................................................................................................................................... 27
2.4.5 De liquidez. ................................................................................................................................................................................................ 27
2.5 Principais variáveis relacionadas ao risco de crédito. ................................................................................................................... 27
2.5.1 Clientes. ....................................................................................................................................................................................................... 27
2.5.2 Operação..................................................................................................................................................................................................... 27
2.6 Tipos de operações de crédito bancário (empréstimos, descontos, financiamentos e adiantamentos). ................ 27
2.7 Operações de Crédito Geral. .................................................................................................................................................................. 27
2.7.1 Crédito pessoal e Crédito Direto ao Consumidor. ..................................................................................................................... 27
2.7.2 Desconto de duplicatas, notas promissórias e cheques pré-datados. ............................................................................... 27
2.7.3 Contas garantidas. .................................................................................................................................................................................. 27
2.7.4 Capital de giro........................................................................................................................................................................................... 27
2.7.5 Cartão de crédito. .................................................................................................................................................................................. 27
2.7.6 Microcrédito urbano. ............................................................................................................................................................................. 27
2.8 Operações de Crédito Especializado. ................................................................................................................................................. 27
2.8.1 Crédito Rural.............................................................................................................................................................................................. 27
2. 8.1.1 Conceito, beneficiários, preceitos e funções básicas; .......................................................................................................... 27
2.8.1.2 Finalidades: operações de investimento, custeio e comercialização. ............................................................................. 27
2.8.1.3 Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF): base legal, finalidades, beneficiários,
destinação, condições. ..................................................................................................................................................................................... 27
2.8.2 Crédito industrial, agroindustrial, para o comércio e para a prestação de serviços: conceito, finalidades (investi-
mento fixo e capital de giro associado), beneficiários. ....................................................................................................................... 27
2.9 Recursos utilizados na contratação de financiamentos................................................................................................................ 27
2.9.1 Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE): base legal, finalidades, regras, administração..... 27
2.9.2 BNDES/FINAME: base legal, finalidade, regras, forma de atuação....................................................................................... 27
2.9.3 Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT): base legal, finalidades, regras, forma de atuação. ................................... 27
2.10 Microfinanças: base legal, finalidade, forma de atuação. ......................................................................................................... 27
3 Serviços bancários e financeiros. ................................................................................................................................................................... 56
3.1 Conta corrente: abertura, manutenção, encerramento, pagamento, devolução de cheques e cadastro de emiten-
tes de cheques sem fundos (CCF). .............................................................................................................................................................. 56
3.2 Depósitos à vista. ........................................................................................................................................................................................ 56
3.3 Depósitos a prazo (CDB e RDB). ........................................................................................................................................................... 56
3.4 Fundos de Investimentos. ....................................................................................................................................................................... 56
3.5 Caderneta de poupança. .......................................................................................................................................................................... 56
3.6 Títulos de capitalização............................................................................................................................................................................. 56
3.7 Planos de aposentadoria e de previdência privados. ................................................................................................................... 56
3.8 Seguros. .......................................................................................................................................................................................................... 56
3.9 Convênios de arrecadação/pagamentos (concessionárias de serviços públicos, tributos, INSS e folha de paga-
mento de clientes). ............................................................................................................................................................................................ 56
3.10 Serviço de Compensação de Cheque e Outros Papéis. ............................................................................................................ 56
3.11 Cobrança. .................................................................................................................................................................................................... 56
SUMÁRIO

3.12 Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). ........................................................................................................................................ 56


4 Aspectos jurídicos................................................................................................................................................................................................. 56
4.1 Noções de direito aplicadas às operações de crédito. ................................................................................................................ 56
4.1.1 Sujeito e Objeto do Direito. ................................................................................................................................................................ 56
4.1.2 Fato e ato jurídico. .................................................................................................................................................................................. 56
4.1.3 Contratos: conceito de contrato, requisitos dos contratos, classificação dos contratos; contratos nominados,
contratos de compra e venda, empréstimo, sociedade, fiança, contratos formais e informais. ......................................... 56
4.2 Instrumentos de formalização das operações de crédito. ......................................................................................................... 56
4.2.1 Contratos por instrumento público e particular.......................................................................................................................... 56
4.2.2 Cédulas e notas de crédito. ................................................................................................................................................................. 56
4.3 Garantias......................................................................................................................................................................................................... 56
4.3.1 Fidejussórias: fiança e aval. .................................................................................................................................................................. 56
4.3.2 Reais: hipoteca e penhor. ..................................................................................................................................................................... 56
4.3.3 Alienação fiduciária de bens móveis. .............................................................................................................................................. 56
4.4 Títulos de Crédito — nota promissória, duplicata, cheque......................................................................................................... 56

Matemática

1 Números reais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, radiciação e potenciação); expressões numéricas;
múltiplos e divisores; máximo divisor comum e mínimo múltiplo comum; problemas. ............................................................ 01
2 Proporcionalidade: razões e proporções; divisão em partes diretamente e inversamente proporcionais; médias arit-
mética, geométrica e ponderada; regras de três simples e composta; porcentagem; e problemas. ..................................... 11
3 Funções, equações e inequações de 1º e de 2º graus, exponenciais e logarítmicas: conceito, representação gráfica,
problemas. ................................................................................................................................................................................................................. 23
4 Sistemas lineares. ................................................................................................................................................................................................. 62
5 Análise combinatória e probabilidade: princípios fundamentais de contagem, arranjos, permutações, combinações,
binômio de Newton, cálculo de probabilidades. ........................................................................................................................................ 93
6 Matemática financeira. ...................................................................................................................................................................................... 77
6.1 Juros simples e compostos: capitalização e descontos. .............................................................................................................. 77
6.2 Taxas de juros: nominal, efetiva, equivalentes, proporcionais, real e aparente. ................................................................. 81
6.3 Planos ou sistemas de amortização de empréstimos e financiamentos. ............................................................................. 81
6.4 Cálculo financeiro: custo real efetivo de operações de financiamento, empréstimo e investimento. ...................... 81
6.5 Taxas de retorno........................................................................................................................................................................................... 81
LÍNGUA PORTUGUESA

Letra e Fonema.......................................................................................................................................................................................................... 01
Estrutura das Palavras............................................................................................................................................................................................. 04
Classes de Palavras e suas Flexões..................................................................................................................................................................... 07
Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 44
Acentuação................................................................................................................................................................................................................. 47
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 50
Concordância Verbal e Nominal......................................................................................................................................................................... 52
Regência Verbal e Nominal................................................................................................................................................................................... 58
Frase, oração e período.......................................................................................................................................................................................... 63
Sintaxe da Oração e do Período......................................................................................................................................................................... 63
Termos da Oração.................................................................................................................................................................................................... 63
Coordenação e Subordinação............................................................................................................................................................................. 63
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 71
Colocação Pronominal............................................................................................................................................................................................ 74
Significado das Palavras......................................................................................................................................................................................... 76
Interpretação Textual............................................................................................................................................................................................... 83
Tipologia Textual....................................................................................................................................................................................................... 85
Gêneros Textuais....................................................................................................................................................................................................... 86
Coesão e Coerência................................................................................................................................................................................................. 86
Reescrita de textos/Equivalência de Estruturas............................................................................................................................................. 88
Estrutura Textual........................................................................................................................................................................................................ 90
Redação Oficial.......................................................................................................................................................................................................... 91
Funções do “que” e do “se”................................................................................................................................................................................100
Variação Linguística...............................................................................................................................................................................................101
O processo de comunicação e as funções da linguagem......................................................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA

PROF. ZENAIDE AUXILIADORA PACHEGAS BRANCO

Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista
– Unesp

LETRA E FONEMA

A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa
literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-
gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também,
de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas
palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na
pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de
símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção
entre os pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento

Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma
os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.

Fonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.

- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zê/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi

- O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.


Tóxico = fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o
1 2 3 4 5 6 7 12 3 45 6

Galho = fonemas: /g/a/lh/o/ letras: ga lho


1 2 3 4 12345

- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o
“n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.

- A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema.


Hoje = fonemas: ho / j / e / letras: h o j e
1 2 3 1234

Classificação dos Fonemas


Os fonemas da língua portuguesa são classificados em:

1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.

1
LÍNGUA PORTUGUESA

Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entrea- 1) Ditongo


berta. As vogais podem ser:
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-
- Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
/o/, /u/. - Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal:
sé-rie (i = semivogal, e = vogal)
- Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na- - Decrescente: quando a vogal vem antes da semivo-
sais. gal: pai (a = vogal, i = semivogal)
/ã/: fã, canto, tampa - Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai
/ ẽ /: dente, tempero - Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na-
/ ĩ/: lindo, mim sais: mãe
/õ/: bonde, tombo
/ ũ /: nunca, algum 2) Tritongo

- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-
bola. gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri-
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, tongo nasal.
bola.
3) Hiato
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- Abertas: pé, lata, pó É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que
- Fechadas: mês, luta, amor pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia
lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). (po-e-si-a).

2) Semivogais Encontros Consonantais

Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas Existem basicamente dois tipos:
são chamados de semivogais. A diferença fundamental en- 1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de- e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
sempenham o papel de núcleo silábico. a-tle-ta, cri-se.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: 2-) os que resultam do contato de duas consoantes
pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão Há ainda grupos consonantais que surgem no início
forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,
história, série. psi-có-lo-go.

3) Consoantes Dígrafos

Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi- De maneira geral, cada fonema é representado, na es-
rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda- quatro letras.
deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu- Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-
guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. letras.

Encontros Vocálicos Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ fo-


ram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”.
Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas
semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante para representar um único fonema (di = dois + grafo = le-
reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em tra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos
sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o triton- que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos:
go e o hiato. consonantais e vocálicos.

2
LÍNGUA PORTUGUESA

Dígrafos Consonantais

Letras Fonemas Exemplos


lh /lhe/ telhado
nh /nhe/ marinheiro
ch /xe/ chave
rr /re/ (no interior da palavra) carro
ss /se/ (no interior da palavra) passo
qu /k/ (qu seguido de e e i) queijo, quiabo
gu /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guia
sc /se/ crescer
sç /se/ desço
xc /se/ exceção

Dígrafos Vocálicos

Registram-se na representação das vogais nasais:

Fonemas Letras Exemplos


/ã/ am tampa
an canto
/ẽ/ em templo
en lenda
/ĩ/ im limpo
in lindo
õ/ om tombo
on tonto
/ũ/ um chumbo
un corcunda

* Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/:
guitarra, aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” repre-
senta um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também não há
dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo) .
** Dica: Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ nós
pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - não
pronunciamos o “u”, então temos dígrafo [aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”]. Portanto: 8 letras e 6 fonemas).

Dífonos

Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam dois
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são exemplos
de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono.

Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.

3
LÍNGUA PORTUGUESA

Questões
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
1-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-
BRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir há um
dígrafo, EXCETO em
(A) prazo. As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista
(B) cantor. de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos
(C) trabalho. em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-
(D) professor. tido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída por
três elementos significativos:
1-)
(A) prazo – “pr” é encontro consonantal In = elemento indicador de negação
(B) cantor – “an” é dígrafo Explic – elemento que contém o significado básico da
(C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafo palavra
(D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí- Ável = elemento indicador de possibilidade
grafo
RESPOSTA: “A”. Estes elementos formadores da palavra recebem o
nome de morfemas. Através da união das informações
2-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI- contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se en-
BRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que os itens tender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que não
destacados possuem o mesmo fonema consonantal em to- tem possibilidade de ser explicado, que não é possível tornar
das as palavras da sequência. claro”.
(A) Externo – precisa – som – usuário.
MORFEMAS = são as menores unidades significativas
(B) Gente – segurança – adjunto – Japão.
que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.
(C) Chefe – caixas – deixo – exatamente.
(D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo.
Classificação dos morfemas:
2-) Coloquei entre barras ( / / ) o fonema representado
Radical, lexema ou semantema – é o elemento por-
pela letra destacada:
tador de significado. É através do radical que podemos for-
(A) Externo /s/ – precisa /s/ – som /s/ – usuário /z/
mar outras palavras comuns a um grupo de palavras da
(B) Gente /j/ – segurança /g/ – adjunto /j/ – Japão /j/ mesma família. Exemplo: pequeno, pequenininho, pequenez.
(C) Chefe /x/ – caixas /x/ – deixo /x/ – exatamente O conjunto de palavras que se agrupam em torno de um
/z/ mesmo radical denomina-se família de palavras.
(D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/
RESPOSTA: “D”. Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os
prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: beleza (sufi-
3-) (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE xo), prever (prefixo), infiel.
FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja Sangue
Bom!” Na sílaba final da palavra “sangue”, encontramos Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, ob-
duas letras representando um único fonema. Esse fenôme- têm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
no também está presente em: amáveis, amavam. Estas modificações ocorrem à medida
A) cartola. que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e
B) problema. plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também
C) guaraná. ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo
D) água. (amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, podemos
E) nascimento. concluir que existem morfemas que indicam as flexões das
palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das pala-
3-) Duas letras representando um único fonema = dí- vras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desi-
grafo nências nominais e desinências verbais.
A) cartola = não há dígrafo
B) problema = não há dígrafo • Desinências nominais: indicam o gênero e o número
C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos-
D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) tuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/
E) nascimento = dígrafo: sc menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar
RESPOSTA: “E”. o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência
de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/
garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos
nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assu-
me a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.

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LÍNGUA PORTUGUESA

• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências Palavras primitivas: aquelas que, na língua portugue-
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinências sa, não provêm de outra palavra: pedra, flor.
que indicam o modo e o tempo (desinências modo-tem-
porais) e outras que indicam o número e a pessoa dos ver- Palavras derivadas: aquelas que, na língua portugue-
bos (desinência número-pessoais): sa, provêm de outra palavra: pedreiro, floricultura.

cant-á-va-mos: Palavras simples: aquelas que possuem um só radical:


cant: radical / -á-: vogal temática / -va-: desinência mo- azeite, cavalo.
do-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indicati-
vo) / -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primei- Palavras compostas: aquelas que possuem mais de
ra pessoa do plural) um radical: couve-flor, planalto.
* As palavras compostas podem ou não ter seus ele-
cant-á-sse-is: mentos ligados por hífen.
cant: radical / -á-: vogal temática / -sse-:desinência mo-
do-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do subjunti- Processos de Formação de Palavras
vo) / -is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda
pessoa do plural) Na Língua Portuguesa há muitos processos de forma-
ção de palavras. Entre eles, os mais comuns são a derivação,
Vogal temática a composição, a onomatopeia, a abreviação e o hibridismo.
Entre o radical cant- e as desinências verbais, surge Derivação por Acréscimo de Afixos
sempre o morfema –a. Este morfema, que liga o radical
às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (deri-
é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao vadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A deri-
tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as de- vação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética.
sinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vo-
gais temáticas. No caso dos verbos, a vogal temática indica
Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por
as conjugações: -a (da 1.ª conjugação = cantar), -e (da 2.ª
acréscimo de prefixo.
conjugação = escrever) e –i (3.ªconjugação = partir).
In feliz des leal
• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando
Prefixo radical prefixo radical
átonas finais, como em mesa, artista, perda, escola, base,
combate. Nestes casos, não poderíamos pensar que essas
terminações são desinências indicadoras de gênero, pois Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por
mesa e escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. acréscimo de sufixo.
A estas vogais temáticas se liga a desinência indicadora
de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados Feliz mente leal dade
em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não Radical sufixo radical sufixo
apresentam vogal temática.
Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo
• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que ca- simultâneo de prefixo e sufixo. Por parassíntese formam-
racterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de se principalmente verbos.
conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a per-
tencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática En trist ecer
é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal Prefixo radical sufixo
temática -i pertencem à terceira conjugação.
Em tard ecer
Interfixos prefixo radical sufixo

São os elementos (vogais ou consoantes) que se in- Outros Tipos de Derivação


tercalam entre o radical e o sufixo, para facilitar ou mes-
mo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Por Há dois casos em que a palavra derivada é formada
exemplo: sem que haja a presença de afixos. São eles: a derivação
Vogais: frutífero, gasômetro, carnívoro. regressiva e a derivação imprópria.
Consoantes: cafezal, sonolento, friorento.
Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por re-
Formação das Palavras dução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação
de substantivos derivados de verbos.
Há em Português palavras primitivas, palavras deriva- janta (substantivo) - deriva de jantar (verbo) / pesca
das, palavras simples, palavras compostas. (substantivo) – deriva de pescar (verbo)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é ob- Fontes de pesquisa:


tida pela mudança de categoria gramatical da palavra pri-
mitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas somente http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-
na classe gramatical. formacao-de-palavras-i.htm
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo “porquê” SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
deriva da conjunção porque) coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Seu olhar me fascina! (olhar aqui é substantivo, deriva Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
do verbo olhar). ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
** Dica: A derivação regressiva “mexe” na estrutura da Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
palavra e geralmente transforma verbos em substantivos: ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
caça = deriva de caçar, saque = deriva de sacar.
A derivação imprópria não “mexe” com a palavra,
apenas faz com que ela pertença a uma classe gramatical Questões sobre Estrutura das Palavras
“imprópria” da qual ela realmente, ou melhor, costumeira-
mente faz parte. A alteração acontece devido à presença de 1-) (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊN-
outros termos, como artigos, por exemplo: CIA SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “infraestrutura” é for-
O verde das matas! (o adjetivo “verde” passou a fun- mada pelo seguinte processo:
cionar como substantivo devido à presença do artigo “o”) A) sufixação
Composição B) prefixação
C) parassíntese
Haverá composição quando se juntarem dois ou mais D) justaposição
radicais para formar uma nova palavra. Há dois tipos de E) aglutinação
composição: justaposição e aglutinação.
1-) Infra = prefixo + estrutura – temos a junção de um
Justaposição: ocorre quando os elementos que for- prefixo com um radical, portanto: derivação prefixal (ou
mam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapos-
prefixação).
tos: para-raios, corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira,
girassol.
RESPOSTA: “B”.
Composição por aglutinação: ocorre quando os ele-
mentos que formam o composto aglutinam-se e pelo me-
2-) (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG –
nos um deles perde sua integridade sonora: aguardente
AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014)
(água + ardente), planalto (plano + alto), pernalta (perna +
alta), vinagre (vinho + acre). O vocábulo “entristecido”, presente na terceira estrofe, é
um exemplo de:
Outros processos de formação de palavras: a) palavra composta
b) palavra primitiva
Onomatopeia – é a palavra que procura reproduzir c) palavra derivada
certos sons ou ruídos: reco-reco, tique-taque, fom-fom. d) neologismo

Abreviação – é a redução de palavras até o limite per- 2-) en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) =
mitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneu- ao radical “triste” foram acrescidos o prefixo “en” e o sufixo
mático), metrô (metropolitano), foto (fotografia). “ido”, ou seja, “entristecido” é palavra derivada do processo
de formação de palavras chamado de: prefixação e sufixa-
* Observação: ção. Para o exercício, basta “derivada”!
- Abreviatura: é a redução na grafia de certas palavras,
limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras ini- RESPOSTA: “C”.
ciais: p. ou pág. (para página), sr. (para senhor).
- Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual se
reduzem locuções substantivas próprias às suas letras ini-
ciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas impuras),
que se grafam de duas formas: IBGE, MEC (siglas puras);
DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras (siglas impu-
ras).
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)

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LÍNGUA PORTUGUESA

de lago lacustre
CLASSES DE PALAVRAS E SUAS FLEXÕES
de leão leonino
de lebre leporino
de lua lunar ou selênico
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo, con- de madeira lígneo
cordando com este em gênero e número. de mestre magistral
de ouro áureo
As praias brasileiras estão poluídas.
de paixão passional
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos de pâncreas pancreático
(plural e feminino, pois concordam com “praias”).
de porco suíno ou porcino
Locução adjetiva dos quadris ciático
de rio fluvial
Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-
cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma de sonho onírico
coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição + de velho senil
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu- de vento eólico
ção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por
exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio de vidro vítreo ou hialino
(paixão desenfreada). de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico
Observe outros exemplos:
* Observação: nem toda locução adjetiva possui um
de águia aquilino adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por
de aluno discente exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.
de anjo angelical Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):
de ano anual
de aranha aracnídeo O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
de boi bovino como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
de cabelo capilar ou do objeto).
de cabra caprino
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
de campo campestre ou rural
de chuva pluvial Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:
de criança pueril
de dedo digital Estados e cidades brasileiras:
de estômago estomacal ou gástrico
de falcão falconídeo Alagoas alagoano
de farinha farináceo Amapá amapaense
de fera ferino Aracaju aracajuano ou aracajuense
de ferro férreo Amazonas amazonense ou baré
de fogo ígneo Belo Horizonte belo-horizontino
de garganta gutural Brasília brasiliense
de gelo glacial Cabo Frio cabo-friense
de guerra bélico Campinas campineiro ou campinense
de homem viril ou humano
de ilha insular
de inverno hibernal ou invernal

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LÍNGUA PORTUGUESA

Adjetivo Pátrio Composto

Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:

África afro- / Cultura afro-americana


Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
China sino- / Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
Europa euro- / Negociações euro-americanas
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
Grécia greco- / Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros

Flexão dos adjetivos

O adjetivo varia em gênero, número e grau.

Gênero dos Adjetivos

Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-
tantivos, classificam-se em:

Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano, a
moça norte-americana.

* Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.

Número dos Adjetivos

Plural dos adjetivos simples

Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substan-
tivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra
cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, en-
tão, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.

Veja outros exemplos:


Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Adjetivo Composto Observe que:


a) As formas menor e pior são comparativos de supe-
É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor- rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res-
malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas pectivamente.
o último elemento concorda com o substantivo a que se b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei-
um dos elementos que formam o adjetivo composto seja tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se
um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grande
invariável. Por exemplo: a palavra “rosa” é, originalmente, e mais pequeno. Por exemplo:
um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen- Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele-
to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala- mentos.
vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará duas qualidades de um mesmo elemento.
invariável. Veja:
Camisas rosa-claro. Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Infe-
Ternos rosa-claro.
rioridade
Olhos verde-claros.
Sou menos passivo (do) que tolerante.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Superlativo
* Observação:
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer O superlativo expressa qualidades num grau muito ele-
adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre in- vado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou relativo e
variáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, vestidos apresenta as seguintes modalidades:
cor-de-rosa. Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
- O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois ele- um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
mentos flexionados: crianças surdas-mudas. senta-se nas formas:
1-) Analítica: a intensificação é feita com o auxílio
Grau do Adjetivo de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por
exemplo: O concurseiro é muito esforçado.
Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a inten- 2-) Sintética: nesta, há o acréscimo de sufixos. Por
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo.
o comparativo e o superlativo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
Comparativo
benéfico - beneficentíssimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri-
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais características bom - boníssimo ou ótimo
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igual- comum - comuníssimo
dade, de superioridade ou de inferioridade.
cruel - crudelíssimo
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade difícil - dificílimo
No comparativo de igualdade, o segundo termo da doce - dulcíssimo
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
quão. fácil - facílimo
fiel - fidelíssimo
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe-
rioridade Analítico Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de
No comparativo de superioridade analítico, entre os um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres.
dois substantivos comparados, um tem qualidade supe- Essa relação pode ser:
rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do 1-) De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de
que” ou “mais...que”.
todas.
2-) De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe-
todas.
rioridade Sintético

Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de * Note bem:


superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, an-
grande/maior, baixo/inferior. tepostos ao adjetivo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob - de inferioridade: menos + advérbio + que (do que):
duas formas: uma erudita - de origem latina - outra po- Renato fala menos alto do que João.
pular - de origem vernácula. A forma erudita é constituída - de superioridade:
pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, 1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
-imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma fala mais alto do que João.
popular é constituída do radical do adjetivo português + o 2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala
sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. melhor que João.
3-) Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- Grau Superlativo
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio
– cheíssimo. O superlativo pode ser analítico ou sintético:
- Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato
Fontes de pesquisa: fala muito alto.
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32. muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de
php modo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: - Sintético: formado com sufixos: Renato fala altíssimo.
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- * Observação: as formas diminutivas (cedinho, perti-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. nho, etc.) são comuns na língua popular.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. A criança levantou cedinho. (muito cedo)

Advérbio Classificação dos Advérbios

Compare estes exemplos: De acordo com a circunstância que exprime, o advér-


bio pode ser de:
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,
O ônibus chegou.
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo,
O ônibus chegou ontem.
aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro,
afora, alhures, aquém, embaixo, externamente, a distância,
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sen-
à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à es-
tido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de tempo,
querda, ao lado, em volta.
de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e do próprio Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora,
advérbio. amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
Estudei bastante. = modificando o verbo estudei doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en-
Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio fim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes,
(bem) imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessiva-
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um adje- mente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de
tivo (claros) vez em quando, de quando em quando, a qualquer momen-
to, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescen- Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa,
tar ideia de: acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à
Tempo: Ela chegou tarde. toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse
Lugar: Ele mora aqui. modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado,
Modo: Eles agiram mal. a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em
Negação: Ela não saiu de casa. “-mente”: calmamente, tristemente, propositadamente, pa-
Dúvida: Talvez ele volte. cientemente, amorosamente, docemente, escandalosamen-
te, bondosamente, generosamente.
Flexão do Advérbio Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efeti-
vamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente.
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apre- Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de
sentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
porém, admitem a variação em grau. Observe: Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavel-
mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.
Grau Comparativo Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso,
bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, as-
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo saz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo,
que o comparativo do adjetivo: de muito, por completo, extremamente, intensamente, gran-
- de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): Re- demente, bem (quando aplicado a propriedades graduá-
nato fala tão alto quanto João. veis).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somen- Locução Adverbial


te, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo: Brando, o
vento apenas move a copa das árvores. Quando há duas ou mais palavras que exercem função
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. de advérbio, temos a locução adverbial, que pode expres-
Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a sar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinaria-
adolescência. mente por uma preposição. Veja:
Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para
exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus dentro, por aqui, etc.
amigos por comparecerem à festa. afirmação: por certo, sem dúvida, etc.
modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em
* Saiba que: geral, frente a frente, etc.
- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje
ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei em dia, nunca mais, etc.
o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos
tarde possível. * Observações:
- Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, - tanto a locução adverbial como o advérbio modifi-
em geral sufixamos apenas o último: Por exemplo: O aluno cam o verbo, o adjetivo e outro advérbio:
respondeu calma e respeitosamente. Chegou muito cedo. (advérbio)
Joana é muito bela. (adjetivo)
Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido De repente correram para a rua. (verbo)

Há palavras como muito, bastante, que podem apare- - Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais
cer como advérbio e como pronome indefinido. mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro Essa matéria é mais bem interessante que aquela.
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e - O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér-
sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros. bio: Cheguei primeiro.

* Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio - Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia, adverbial desempenham na oração a função de adjunto
sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante” adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân-
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio.
substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: Exemplo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
pois “muitos” não dá!). = advérbio Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
dade e de tempo, respectivamente.
2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estudei
muitos capítulos) = pronome indefinido Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.
Advérbios Interrogativos php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes Saraiva, 2010.
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Interrogação Direta Interrogação Indireta SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
Onde mora? Indaguei onde morava. Artigo
Por que choras? Não sei por que choras.
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
Aonde vai? Perguntei aonde ia. se como o termo variável que serve para individualizar ou
Donde vens? Pergunto donde vens. generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero
Quando voltas? Pergunto quando voltas. (masculino/feminino) e o número (singular/plural).
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va-
riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
“uma”[s] e “uns”).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Artigos definidos – São aqueles usados para indicar Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre-
seres determinados, expressos de forma individual: sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a bela
O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam Roma.
muito.
- antes de pronomes de tratamento:
Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar Vossa Senhoria sairá agora?
seres de modo vago, impreciso: Exceção: O senhor vai à festa?
Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram
aprovadas! - após o pronome relativo “cujo” e suas variações:
Esse é o concurso cujas provas foram anuladas?
Circunstâncias em que os artigos se manifestam: Este é o candidato cuja nota foi a mais alta.

* Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do Fontes de pesquisa:


numeral “ambos”: http://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm
Ambos os concursos cobrarão tal conteúdo. Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
* Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso Saraiva, 2010.
do artigo, outros não: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.SACCO-
NI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed.
* Quando indicado no singular, o artigo definido pode Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
indicar toda uma espécie: Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
O trabalho dignifica o homem. ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
* No caso de nomes próprios personativos, denotando
a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso Conjunção
do artigo:
Marcela é a mais extrovertida das irmãs. Além da preposição, há outra palavra também invariá-
O Pedro é o xodó da família. vel que, na frase, é usada como elemento de ligação: a con-
junção. Ela serve para ligar duas orações ou duas palavras
* No caso de os nomes próprios personativos estarem de mesma função em uma oração:
no plural, são determinados pelo uso do artigo: O concurso será realizado nas cidades de Campinas e
Os Maias, os Incas, Os Astecas... São Paulo.
A prova não será fácil, por isso estou estudando muito.
* Usa-se o artigo depois do pronome indefinido to-
do(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele Morfossintaxe da Conjunção
(o artigo), o pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
Toda classe possui alunos interessados e desinteressa- cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
dos. (qualquer classe)
Classificação da Conjunção
* Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é
facultativo: De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as
Preparei o meu curso. Preparei meu curso. conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados
* A utilização do artigo indefinido pode indicar uma pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse iso-
ideia de aproximação numérica: lamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo
caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção de-
* O artigo também é usado para substantivar palavras pende da existência do outro. Veja:
pertencentes a outras classes gramaticais:
Não sei o porquê de tudo isso. Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo.
Podemos separá-las por ponto:
* Há casos em que o artigo definido não pode ser Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.
usado:
- antes de nomes de cidade e de pessoas conhecidas: Temos acima um exemplo de conjunção (e, conse-
O professor visitará Roma. quentemente, orações coordenadas) coordenativa – “mas”.
Já em:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Espero que eu seja aprovada no concurso! As conjunções subordinativas subdividem-se em inte-


Não conseguimos separar uma oração da outra, pois a grantes e adverbiais:
segunda “completa” o sentido da primeira (da oração prin-
cipal): 1. Integrantes - Indicam que a oração subordinada por
Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período temos uma elas introduzida completa ou integra o sentido da principal.
oração subordinada substantiva objetiva direta (ela exerce Introduzem orações que equivalem a substantivos, ou seja,
a função de objeto direto do verbo da oração principal). as orações subordinadas substantivas. São elas: que, se.
Quero que você volte. (Quero sua volta)
Conjunções Coordenativas
2. Adverbiais - Indicam que a oração subordinada
São aquelas que ligam orações de sentido completo exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acor-
e independente ou termos da oração que têm a mesma do com a circunstância que expressam, classificam-se em:
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da
função gramatical. Subdividem-se em:
ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando
(= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez
ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e não),
que, porquanto, já que, desde que, etc.
não só... mas também, não só... como também, bem como, Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
não só... mas ainda.
A sua pesquisa é clara e objetiva. b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa
Não só dança, mas também canta. ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua
realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, ex- bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto,
pressando ideia de contraste ou compensação. São elas: etc.
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
obstante.
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a
hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressan- elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde
do ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se que, a menos que, sem que, etc.
realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
** Dica: você deve ter percebido que a conjunção con-
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
dicional “se” também é conjunção integrante. A diferença é
clara ao ler as orações que são introduzidas por ela. Acima,
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração
ela nos dá a ideia da condição para que recebamos um
que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração:
logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por Não sei se farei o concurso...
isso, assim. Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: o
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não verbo da oração principal (sei) pede complemento (objeto
ficou nervosa. direto, já que “quem não sabe, não sabe algo”). Portanto,
Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. a oração em destaque exerce a função de objeto direto da
oração principal, sendo classificada como oração subordi-
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração nada substantiva objetiva direta.
que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: d) Conformativas: introduzem uma oração que expri-
que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. me a conformidade de um fato com outro. São elas: confor-
Não demore, que o filme já vai começar. me, como (= conforme), segundo, consoante, etc.
Falei muito, pois não gosto do silêncio! O passeio ocorreu como havíamos planejado.

Conjunções Subordinativas e) Finais: introduzem uma oração que expressa a fina-


lidade ou o objetivo com que se realiza a oração principal.
São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que),
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas
que, etc.
dependente da outra. A oração dependente, introduzida
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de ora-
ção subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começado f) Proporcionais: introduzem uma oração que expres-
quando ela chegou. sa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência do
O baile já tinha começado: oração principal expresso na principal. São elas: à medida que, à proporção
quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal) que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais),
ela chegou: oração subordinada quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto
menos... (menos), etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O preço fica mais caro à medida que os produtos escas- Fontes de pesquisa:
seiam. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.
php
* Observação: são incorretas as locuções proporcio- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
nais à medida em que, na medida que e na medida em que. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração Saraiva, 2010.
principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
que, agora que, mal (= assim que), etc. Interjeição
A briga começou assim que saímos da festa.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo-
h) Comparativas: introduzem uma oração que expres- ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin-
sa ideia de comparação com referência à oração principal. guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de
São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim
a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor-
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual,
rente de uma situação particular, um momento ou um con-
que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.
texto específico. Exemplos:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo hum: expressão de um pensamento súbito = interjei-
que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que ção
(tendo como antecedente na oração principal uma palavra
como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. O significado das interjeições está vinculado à maneira
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o senti-
exame. do que a expressão vai adquirir em cada contexto em que
for utilizada. Exemplos:
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação úni- Psiu!
ca, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acor- contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua
do com o sentido que apresentam no contexto (grifo ; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando!
da Zê!). Ei, espere!”

O bom relacionamento entre as conjunções de um Psiu!


texto garante a perfeita estruturação de suas frases e pa- contexto: alguém pronunciando em um hospital; sig-
rágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteú- nificado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silêncio!”
do. Interagindo com palavras de outras classes gramaticais
essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases e Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
textos - como os pronomes, preposições, alguns advérbios puxa: interjeição; tom da fala: euforia
e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se
pode chamar de “a arquitetura textual”, isto é, o con- Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
junto das relações que garantem a coesão do enunciado. puxa: interjeição; tom da fala: decepção
O sucesso desse conjunto de relações depende do conhe-
cimento do valor relacional das conjunções, uma vez que As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria,
estas interferem semanticamente no enunciado.
tristeza, dor, etc.
Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às con-
Ah, deve ser muito interessante!
junções tanto na leitura como na produção de textos. Nos
textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expres-
b) Sintetizar uma frase apelativa.
são de circunstâncias fundamentais à condução da história, Cuidado! Saia da minha frente.
como as noções de tempo, finalidade, causa e consequên-
cia. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a li- As interjeições podem ser formadas por:
nha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso das a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô
exposições e argumentações construídas por meio de con- b) palavras: Oba! Olá! Claro!
trastes e oposições, que implicam o uso das adversativas e c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!
concessivas. Ora bolas!

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LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação das Interjeições 3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-


frase” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Por
Comumente, as interjeições expressam sentido de: exemplo:
Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Aten- Socorro! Ajudem-me! Silêncio! Fique quieto!
ção! Olha! Alerta!
Afugentamento: Fora! Passa! Rua! 4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imi-
Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva! tativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo: Miau!
Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-
Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem! Âni- quá!, etc.
mo! Adiante!
Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva! 5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com
Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá! a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria,
Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamente! tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do “oh!” exclamativo
Essa não! Chega! Basta! e não a fazemos depois do “ó” vocativo. Por exemplo:
Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Queira “Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
Deus! Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
Desculpa: Perdão!
Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena! Fontes de pesquisa:
Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê! http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.
Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus! Quê! php
Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz! SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios! Puxa! Pô! coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Ora! Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática
Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade! – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa
Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve! Viva! Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
Adeus! Olá! Alô! Ei! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me, Deus! Numeral
Silêncio: Psiu! Silêncio!
Numeral é a palavra variável que indica quantidade
Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa!
numérica ou ordem; expressa a quantidade exata de pes-
soas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa determi-
* Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis,
nada sequência.
isto é, não sofrem variação em gênero, número e grau
como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo,
* Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que
aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso espe-
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando
cífico, algumas interjeições sofrem variação em grau. Não
se trata de um processo natural desta classe de palavra, a expressão é colocada em números (1, 1.º, 1/3, etc.) não se
mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. trata de numerais, mas sim de algarismos.
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho. Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a
ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala-
Locução Interjetiva vras consideradas numerais porque denotam quantidade,
proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década,
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma dúzia, par, ambos(as), novena.
expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, Virgem
Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus! Classificação dos Numerais
Toda frase mais ou menos breve dita em tom exclama-
tivo torna-se uma locução interjetiva, dispensando análise - Cardinais: indicam quantidade exata ou determina-
dos termos que a compõem: Macacos me mordam!, Valha- da de seres: um, dois, cem mil, etc. Alguns cardinais têm
me Deus!, Quem me dera! sentido coletivo, como por exemplo: século, par, dúzia, dé-
cada, bimestre.
* Observações:
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. - Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém ou
Por exemplo: alguma coisa ocupa numa determinada sequência: primei-
Ué! (= Eu não esperava por essa!) ro, segundo, centésimo, etc.
Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe.)
* Observação importante:
2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é As palavras anterior, posterior, último, antepenúltimo,
o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes final e penúltimo também indicam posição dos seres, mas
gramaticais podem aparecer como interjeições. Por exem- são classificadas como adjetivos, não ordinais.
plo:
Viva! Basta! (Verbos) - Fracionários: indicam parte de uma quantidade, ou
Fora! Francamente! (Advérbios) seja, uma divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação - Para designar papas, reis, imperadores, séculos e par-
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au- tes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
mentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc. décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral
venha depois do substantivo;
Flexão dos numerais
Ordinais Cardinais
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du- João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro- D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
são invariáveis. Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
- Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido
primeiro segundo milésimo como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)
primeira segunda milésima
** Dica: Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por
primeiros segundos milésimos associação. Ficará mais fácil!
primeiras segundas milésimas - Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o
ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
e conseguiram o triplo de produção. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri- - Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se
plas do medicamento. refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados
número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/ para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
duas terças partes. Sua utilização exige a presença do artigo posposto: Ambos
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O arti-
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. go só é dispensado caso haja um pronome demonstrativo:
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau Ambos esses ministros falarão à imprensa.
nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
sentido. É o que ocorre em frases como: Função sintática do Numeral
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade! O numeral tem mais de uma função sintática:
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= - se na oração analisada seu papel é de adjetivo, o
segunda divisão de futebol) numeral assumirá a função de adjunto adnominal; se fizer
papel de substantivo, pode ter a função de sujeito, objeto
Emprego e Leitura dos Numerais direto ou indireto.
- Os numerais são escritos em conjunto de três alga- Visitamos cinco casas, mas só gostamos de duas.
rismos, contados da direita para a esquerda, em forma de Objeto direto = cinco casas
centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma Núcleo do objeto direto = casas
separação através de ponto ou espaço correspondente a Adjunto adnominal = cinco
um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456. Objeto indireto = de duas
- Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar
Núcleo do objeto indireto = duas
exagero intencional, constituindo a figura de linguagem
conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
- No português contemporâneo, não se usa a conjun-
ção “e” após “mil”, seguido de centena:
Nasci em mil novecentos e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.

* Mas, se a centena começa por “zero” ou termina por


dois zeros, usa-se o “e”:
Seu salário será de mil e quinhentos reais. (R$1.500,00)
Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quadro de alguns numerais

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo
ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

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LÍNGUA PORTUGUESA

fontes de pesquisa: Dicas sobre preposição


http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf40.
php - O “a” pode funcionar como preposição, pronome
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a”
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. seja um artigo, virá precedendo um substantivo, servindo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- para determiná-lo como um substantivo singular e femi-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: nino.
Saraiva, 2010. A matéria que estudei é fácil!
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. - Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
Preposição termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Preposição é uma palavra invariável que serve para Irei à festa sozinha.
ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, Entregamos a flor à professora!
normalmente há uma subordinação do segundo termo em *o primeiro “a” é artigo; o segundo, preposição.
relação ao primeiro. As preposições são muito importantes
na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual - Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
e possuem valores semânticos indispensáveis para a com- lugar e/ou a função de um substantivo.
preensão do texto. Nós trouxemos a apostila. = Nós a trouxemos.

Tipos de Preposição Relações semânticas (= de sentido) estabelecidas


por meio das preposições:
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusi-
vamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, Destino = Irei a Salvador.
contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, Modo = Saiu aos prantos.
Lugar = Sempre a seu lado.
atrás de, dentro de, para com.
Assunto = Falemos sobre futebol.
Tempo = Chegarei em instantes.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes
Causa = Chorei de saudade.
gramaticais que podem atuar como preposições, ou seja,
Fim ou finalidade = Vim para ficar.
formadas por uma derivação imprópria: como, durante, ex-
Instrumento = Escreveu a lápis.
ceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
Posse = Vi as roupas da mamãe.
Autoria = livro de Machado de Assis
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras va-
Companhia = Estarei com ele amanhã.
lendo como uma preposição, sendo que a última palavra é Matéria = copo de cristal.
uma (preposição): abaixo de, acerca de, acima de, ao lado Meio = passeio de barco.
de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, Origem = Nós somos do Nordeste.
em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por Conteúdo = frascos de perfume.
causa de, por cima de, por trás de. Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais.
A preposição é invariável, no entanto pode unir-se a
outras palavras e, assim, estabelecer concordância em gê- * Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas lo-
nero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela. cuções adverbiais (para trás ou por trás) e na locução pre-
positiva por trás de.
* Essa concordância não é característica da preposição,
mas das palavras às quais ela se une. Fontes de pesquisa:
Esse processo de junção de uma preposição com outra http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
palavra pode se dar a partir dos processos de: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
1. Combinação: união da preposição “a” com o artigo Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
“o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, aos. Os vocá- ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
bulos não sofrem alteração. Saraiva, 2010.
2. Contração: união de uma preposição com outra pa- Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
lavra, ocorrendo perda ou transformação de fonema: de + ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
o = do, em + a = na, per + os = pelos, de + aquele = da- Pronome
quele, em + isso = nisso. Pronome é a palavra variável que substitui ou acom-
3. Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” prepo- panha um substantivo (nome), qualificando-o de alguma
sição + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal do forma.
pronome “aquilo”). O homem julga que é superior à natureza, por isso o
homem destrói a natureza...

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LÍNGUA PORTUGUESA

Utilizando pronomes, teremos: Pronome Reto


O homem julga que é superior à natureza, por isso ele
a destrói... Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na senten-
Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de termos ça, exerce a função de sujeito: Nós lhe ofertamos flores.
(homem e natureza).
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
Grande parte dos pronomes não possuem significados nero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên- Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi-
cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos gurado:
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro-
nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes - 1.ª pessoa do singular: eu
têm por função principal apontar para as pessoas do dis- - 2.ª pessoa do singular: tu
curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação - 3.ª pessoa do singular: ele, ela
no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, - 1.ª pessoa do plural: nós
- 2.ª pessoa do plural: vós
os pronomes apresentam uma forma específica para cada
- 3.ª pessoa do plural: eles, elas
pessoa do discurso.
* Atenção: esses pronomes não costumam ser usa-
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. dos como complementos verbais na língua-padrão. Frases
[minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala] como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser
[tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for-
fala] mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon-
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-
[dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem me até aqui”.
se fala]
* Observação: frequentemente observamos a omissão
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme- as próprias formas verbais marcam, através de suas desi-
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência nências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto:
através do pronome seja coerente em termos de gênero Fizemos boa viagem. (Nós)
e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. Pronome Oblíquo

Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen-
sa escola neste ano. tença, exerce a função de complemento verbal (objeto
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância * Observação: o pronome oblíquo é uma forma va-
adequada] riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação in-
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- dica a função diversa que eles desempenham na oração:
dância inadequada] pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
tônicos.
Pronomes Pessoais Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pronomes fraca: Ele me deu um presente.
“tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se di- Tabela dos pronomes oblíquos átonos
rige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à - 1.ª pessoa do singular (eu): me
pessoa ou às pessoas de quem se fala. - 2.ª pessoa do singular (tu): te
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- - 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto - 1.ª pessoa do plural (nós): nos
ou do caso oblíquo. - 2.ª pessoa do plural (vós): vos
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes

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LÍNGUA PORTUGUESA

* Observações: - As preposições essenciais introduzem sempre prono-


- O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en- reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por língua formal, os pronomes costumam ser usados desta
acompanhar diretamente uma preposição, o pronome forma:
“lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração. Não há mais nada entre mim e ti.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
diretos como objetos indiretos. Não há nenhuma acusação contra mim.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como Não vá sem mim.
objetos diretos.
* Atenção: Há construções em que a preposição, ape-
- Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem com- sar de surgir anteposta a um pronome, serve para introdu-
binar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a for- zir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos,
mas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. pronome, deverá ser do caso reto.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem: Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Trouxeste o pacote? Não vá sem eu mandar.
Sim, entreguei-to ainda há pouco.
Não contaram a novidade a vocês? * A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!”
Não, no-la contaram. está correta, já que “para mim” é complemento de “fácil”.
A ordem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil para
No Brasil, essas combinações não são usadas; até mes- mim!
mo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.
- A combinação da preposição “com” e alguns prono-
* Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas mes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
especiais depois de certas terminações verbais.
conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos fre-
- Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome
quentemente exercem a função de adjunto adverbial de
assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a
companhia.
terminação verbal é suprimida. Por exemplo:
Ele carregava o documento consigo.
fiz + o = fi-lo
fazeis + o = fazei-lo
- A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas:
dizer + a = dizê-la
Ela veio até mim, mas nada falou.
Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de)
- Quando o verbo termina em som nasal, o pronome
assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo: inclusão, usaremos as formas retas:
viram + o: viram-no Todos foram bem na prova, até eu! (=inclusive eu)
repõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-na - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
tem + as = tem-nas por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais
são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios,
Pronome Oblíquo Tônico todos, ambos ou algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos Estávamos com vós outros quando chegaram as más
por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. notícias.
Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função Ele disse que iria com nós três.
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica
forte. Pronome Reflexivo
Quadro dos pronomes oblíquos tônicos:
- 1.ª pessoa do singular (eu): mim, comigo São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio-
- 2.ª pessoa do singular (tu): ti, contigo nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito
- 3.ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
- 1.ª pessoa do plural (nós): nós, conosco expressa pelo verbo.
- 2.ª pessoa do plural (vós): vós, convosco Quadro dos pronomes reflexivos:
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas - 1.ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me lembro disso.
Observe que as únicas formas próprias do pronome tô-
nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As - 2.ª pessoa do singular (tu): te, ti.
demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. Conhece a ti mesmo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- 3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo. * Observações:


Guilherme já se preparou. * Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
Ela deu a si um presente. tratamento que possuem “Vossa(s)” são empregados em
Antônio conversou consigo mesmo. relação à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Se-
nhor Ministro, compareça a este encontro.
- 1.ª pessoa do plural (nós): nos.
Lavamo-nos no rio. ** Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito
da pessoa: Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua
- 2.ª pessoa do plural (vós): vos. Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com pro-
Vós vos beneficiastes com esta conquista. priedade.

- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. - Os pronomes de tratamento representam uma for-
Eles se conheceram. ma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
Elas deram a si um dia de folga. tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
* O pronome é reflexivo quando se refere à mesma supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e saí.
** É pronome recíproco quando indica reciprocidade - 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-
de ação: jam-se à 2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita
Nós nos amamos. com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessi-
Olhamo-nos calados. vos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles
devem ficar na 3.ª pessoa.
Pronomes de Tratamento Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro-
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portan-
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo
to, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pes-
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.
soa. Alguns exemplos:
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio-
sos em geral
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
teus cabelos. (errado)
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes-
sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais, Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
governadores, secretários de Estado, presidente da Repú- seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
blica (sempre por extenso) ou
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
dades Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de Pronomes Possessivos
igual categoria São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Vossa Meritíssima (sempre por extenso) = para juízes (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
de direito (coisa possuída).
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do
cerimonioso singular)
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
NÚMERO PESSOA PRONOME
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empre- singular primeira meu(s), minha(s)
gados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tra- singular segunda teu(s), tua(s)
tamento familiar. Você e vocês são largamente empregados
singular terceira seu(s), sua(s)
no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma plural primeira nosso(s), nossa(s)
vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou plural segunda vosso(s), vossa(s)
literária.
plural terceira seu(s), sua(s)

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LÍNGUA PORTUGUESA

* Note que: A forma do possessivo depende da pessoa *Em relação ao tempo:


gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam - Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em
com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribui- relação à pessoa que fala:
ção naquele momento difícil. Esta manhã farei a prova do concurso!

* Observações: - Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, po-


- A forma “seu” não é um possessivo quando resultar rém relativamente próximo à época em que se situa a pes-
da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, soa que fala:
seu José. Essa noite dormi mal; só pensava no concurso!

- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afasta-


- Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos-
mento no tempo, referido de modo vago ou como tempo
se. Podem ter outros empregos, como:
remoto:
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha. Naquele tempo, os professores eram valorizados.
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 *Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se fala-
anos. rá ou escreverá):
- Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se falará:
lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, or-
tografia, concordância.
- Em frases onde se usam pronomes de tratamento,
o pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa Excelência - Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se pretende
trouxe sua mensagem? fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou:
Sua aprovação no concurso, isso é o que mais deseja-
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi- mos!
vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e
anotações. - Este e aquele são empregados quando se quer fa-
zer referência a termos já mencionados; aquele se refere
ao termo referido em primeiro lugar e este para o referido
- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblí-
por último:
quos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe
os passos. (= Vou seguir seus passos) Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
este está mais bem colocado que aquele. (= este [São Paulo],
- O adjetivo “respectivo” equivale a “devido, seu, pró- aquele [Palmeiras])
prio”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-lo, para ou
que não ocorra redundância: Coloque tudo nos respectivos
lugares. Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
aquele está mais bem colocado que este. (= este [São Paulo],
Pronomes Demonstrativos aquele [Palmeiras])

São utilizados para explicitar a posição de certa palavra - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ser invariáveis, observe:
de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s).
*Em relação ao espaço: Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
* Também aparecem como pronomes demonstrativos:
pessoa que fala:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
Este material é meu.
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
pessoa com quem se fala: indiquei.)
Esse material em sua carteira é seu?
- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam em
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está dis- gênero quando têm caráter reforçativo:
tante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
se fala: Eu mesma refiz os exercícios.
Aquele material não é nosso. Elas mesmas fizeram isso.
Vejam aquele prédio! Eles próprios cozinharam.
Os próprios alunos resolveram o problema.

22
LÍNGUA PORTUGUESA

- semelhante(s): Não tenha semelhante atitude. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
riáveis e invariáveis. Observe:
- tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria.
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
* Note que: tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
- Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, alguns, ne-
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en- nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em outras, quantas.
primeiro lugar.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação algo, cada.
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
*
Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo plu-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, ral é feito em seu interior).
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
= naquilo) - Todo e toda no singular e junto de artigo significa
inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
Pronomes Indefinidos Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso, Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quan- Trabalho todo dia. (= todos os dias)
tidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
-plantadas. cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que),
seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
Cada um escolheu o vinho desejado.
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-
Indefinidos Sistemáticos
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu-
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
guém, outrem, quem, tudo. sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
Algo o incomoda? afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
Quem avisa amigo é. negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser e qualquer, que generaliza.
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade Essas oposições de sentido são muito importantes na
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
Cada povo tem seus costumes. tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
Certas pessoas exercem várias profissões. pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
de que fazem parte:
* Note que: Ora são pronomes indefinidos substanti- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
vos, ora pronomes indefinidos adjetivos: prático.
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, pessoas quaisquer.
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), *Nenhum é contração de nem um, forma mais enfática,
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. que se refere à unidade. Repare:
Nenhum candidato foi aprovado.
Menos palavras e mais ações. Nem um candidato foi aprovado. (um, nesse caso, é nu-
Alguns se contentam pouco. meral)

23
LÍNGUA PORTUGUESA

Pronomes Relativos - O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda com


o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o conse-
São aqueles que representam nomes já mencionados quente (o ser possuído, com o qual concorda em gênero
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem e número); não se usa artigo depois deste pronome; “cujo”
as orações subordinadas adjetivas. equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de Existem pessoas cujas ações são nobres.
um grupo racial sobre outros. (antecedente) (consequente)
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros
= oração subordinada adjetiva). *interpretação do pronome “cujo” na frase acima: ações
das pessoas. É como se lêssemos “de trás para frente”. Ou-
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” tro exemplo:
e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra Comprei o livro cujo autor é famoso. (= autor do livro)
“sistema” é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o prono- ** se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pro-
me demonstrativo o, a, os, as. nome:
Não sei o que você está querendo dizer. O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (referiu-
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem se a)
expresso.
Quem casa, quer casa. - “Quanto” é pronome relativo quando tem por an-
tecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e
Observe: tudo:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os Emprestei tantos quantos foram necessários.
quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, (antecedente)
quantas. Ele fez tudo quanto havia falado.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde. (antecedente)

Note que: - O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sem-


- O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, pre precedido de preposição.
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser subs- É um professor a quem muito devemos.
tituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu (preposição)
antecedente for um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) - “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an-
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A
qual) casa onde morava foi assaltada.
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os
quais) - Na indicação de tempo, deve-se empregar quando
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as ou em que.
quais) Sinto saudades da época em que (quando) morávamos
no exterior.
- O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamente - Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa-
para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que lavras:
podem ter várias classificações) são pronomes relativos. To- - como (= pelo qual) – desde que precedida das pala-
dos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por vras modo, maneira ou forma:
motivo de clareza ou depois de determinadas preposições: Não me parece correto o modo como você agiu semana
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual passada.
me deixou encantado. O uso de “que”, neste caso, geraria
ambiguidade. Veja: Regressando de São Paulo, visitei o sítio - quando (= em que) – desde que tenha como antece-
de minha tia, que me deixou encantado (quem me deixou dente um nome que dê ideia de tempo:
encantado: o sítio ou minha tia?). Bons eram os tempos quando podíamos jogar videoga-
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas me.
dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas utiliza-
se o qual / a qual) - Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
numa só frase.
- O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste es-
se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou porte.
de ser poeta, que era a sua vocação natural. = O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode -lugares: Alemanha, Portugal


ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de -sentimentos: amor, saudade
gente que conversava, (que) ria, observava. -estados: alegria, tristeza
-qualidades: honestidade, sinceridade...
Pronomes Interrogativos -ações: corrida, pescaria...

São usados na formulação de perguntas, sejam elas di- Morfossintaxe do substantivo


retas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo impreciso. Nas orações, geralmente o substantivo exerce funções
São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo
quanto (e variações). do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou
Com quem andas?
indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda, funcio-
Qual seu nome?
nar como núcleo do complemento nominal ou do aposto,
Diz-me com quem andas, que te direi quem és.
como núcleo do predicativo do sujeito, do objeto ou como
Sobre os pronomes: núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos
como núcleos de adjuntos adnominais e de adjuntos ad-
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função verbiais - quando essas funções são desempenhadas por
de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo grupos de palavras.
quando desempenha função de complemento.
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. Classificação dos Substantivos
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia
lhe ajudar. Substantivos Comuns e Próprios

Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” Observe a definição:


exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce função Cidade: s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas ca-
de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo. sas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso. sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em
O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para oposição aos bairros).
a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se
devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe).
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo
diferentemente dos segundos, que são sempre precedidos comum.
de preposição. Substantivo Comum é aquele que designa os seres de
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
eu estava fazendo. homem, mulher, país, cachorro.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim Estamos voando para Barcelona.
o que eu estava fazendo.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es-
Fontes de pesquisa: pécie cidade. Barcelona é um substantivo próprio – aquele
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42. que designa os seres de uma mesma espécie de forma par-
php ticular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Substantivos Concretos e Abstratos
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que
Saraiva, 2010. existe, independentemente de outros seres.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Observação: os substantivos concretos designam se-
res do mundo real e do mundo imaginário.
Substantivo
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,
Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, Brasília.
as quais denominam todos os seres que existem, sejam Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas-
reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e fenôme- ma.
nos, os substantivos também nomeiam:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que enxoval roupas


dependem de outros para se manifestarem ou existirem.
Por exemplo: a beleza não existe por si só, não pode falange soldados, anjos
ser observada. Só podemos observar a beleza numa pes- fauna animais de uma região
soa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser
feixe lenha, capim
para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um subs-
tantivo abstrato. flora vegetais de uma região
Os substantivos abstratos designam estados, qualida- frota navios mercantes, ônibus
des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser
girândola fogos de artifício
abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (estado),
rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). horda bandidos, invasores
médicos, bois, credores,
Substantivos Coletivos junta
examinadores

Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou- júri jurados
tra abelha, mais outra abelha. legião soldados, anjos, demônios
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. leva presos, recrutas
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
malta malfeitores ou desordeiros
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- manada búfalos, bois, elefantes,
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, matilha cães de raça
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan- molho chaves, verduras
tivo no singular (enxame) para designar um conjunto de multidão pessoas em geral
seres da mesma espécie (abelhas).
insetos (gafanhotos,
nuvem
mosquitos, etc.)
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
penca bananas, chaves
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, pinacoteca pinturas, quadros
mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres
quadrilha ladrões, bandidos
da mesma espécie.
ramalhete flores
Substantivo coletivo Conjunto de: rebanho ovelhas
assembleia pessoas reunidas repertório peças teatrais, obras musicais
alcateia lobos réstia alhos ou cebolas
acervo livros romanceiro poesias narrativas
antologia trechos literários selecionados revoada pássaros
arquipélago ilhas sínodo párocos
banda músicos talha lenha
bando desordeiros ou malfeitores tropa muares, soldados
banca examinadores turma estudantes, trabalhadores
batalhão soldados vara porcos
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas
concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra

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LÍNGUA PORTUGUESA

Formação dos Substantivos Substantivos Uniformes: apresentam uma única forma,


Substantivos Simples e Compostos que serve tanto para o masculino quanto para o feminino.
Classificam-se em:
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a
terra. - Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo se
O substantivo chuva é formado por um único elemento faz mediante a utilização das palavras “macho” e “fêmea”: a
ou radical. É um substantivo simples. cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.
- Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes a
Substantivo Simples: é aquele formado por um único pessoas de ambos os sexos: a criança, a testemunha, a víti-
elemento. ma, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja - Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros: in-
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois ele- dicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o colega e a
colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
mentos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou
Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
em ema ou oma são masculinos: o fonema, o poema, o sis-
tema, o sintoma, o teorema.
Substantivos Primitivos e Derivados
- Existem certos substantivos que, variando de gênero,
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de ne- variam em seu significado:
nhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O subs- o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz)
tantivo limoeiro, por exemplo, é derivado, pois se originou o cabeça (líder) e a cabeça (parte do corpo)
a partir da palavra limão. o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de ou- o coma (sono mórbido) e a coma (cabeleira, juba)
tra palavra. o lente (professor) e a lente (vidro de aumento)
o moral (estado de espírito) e a moral (ética; conclusão)
Flexão dos substantivos o praça (soldado raso) e a praça (área pública)
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora)
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá-
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
exemplo, pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo: - Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno
meninão / Diminutivo: menininho - aluna.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
Flexão de Gênero masculino: freguês - freguesa
- Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino
Gênero é um princípio puramente linguístico, não de- de três formas:
vendo ser confundido com “sexo”. O gênero diz respeito 1- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
a todos os substantivos de nossa língua, quer se refiram 2- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
a seres animais providos de sexo, quer designem apenas 3- troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
“coisas”: o gato/a gata; o banco, a casa.
* Exceções: barão – baronesa, ladrão- ladra, sultão -
Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e
sultana
feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos
que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja - Substantivos terminados em -or:
estes títulos de filmes: acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
O velho e o mar troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
Um Natal inesquecível
Os reis da praia - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: côn-
sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que - duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
A história sem fim - Substantivos que formam o feminino trocando o -e
Uma cidade sem passado final por -a: elefante - elefanta
As tartarugas ninjas
- Substantivos que têm radicais diferentes no masculi-
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes no e no feminino: bode – cabra / boi - vaca

Substantivos Biformes (= duas formas): apresentam - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
uma forma para cada gênero: gato – gata, homem – mulher, pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
poeta – poetisa, prefeito - prefeita czar – czarina, réu - ré

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LÍNGUA PORTUGUESA

Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
Epicenos: a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
- São geralmente masculinos os substantivos de ori-
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
para indicar o masculino e o feminino. telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
ma, o hematoma.
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea. * Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Gênero dos Nomes de Cidades: Com raras exceções,
nomes de cidades são femininos.
Sobrecomuns: A histórica Ouro Preto.
Entregue as crianças à natureza. A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo mas- Uma Londres imensa e triste.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: Gênero e Significação
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
no e outra no feminino. Observe:
Outros substantivos sobrecomuns: o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
criatura.
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
Marcela faleceu baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibi-
ção de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do cor-
Comuns de Dois Gêneros: po), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza
(resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (ci-
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? dade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na administração
A distinção de gênero pode ser feita através da análise da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar), o
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vege-
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- tação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento,
cês - repórter francesa pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso),
a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (re-
- A palavra personagem é usada indistintamente nos cipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
dois gêneros. (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
os personagens dos contos de carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
aceitam a personagem. ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga
(remador), a voga (moda).
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte. Flexão de Número do Substantivo

Observe o gênero dos substantivos seguintes: Em português, há dois números gramaticais: o singular,
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o do plural é o “s” final.
proclama, o pernoite, o púbis.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Plural dos Substantivos Simples - Flexionam-se os dois elementos, quando formados


de:
- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
“n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per-
ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon feitos
- cânones. adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho-
mens
- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
em “ns”: homem - homens.
- Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plu- formados de:
ral pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes. verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e al-
to-falantes
* Atenção: O plural de caráter é caracteres.
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-re-
cos
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara-
- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul formados de:
e cônsules. substantivo + preposição clara + substantivo = água-
de-colônia e águas-de-colônia
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-
duas maneiras: lo-vapor e cavalos-vapor
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis substantivo + substantivo que funciona como determi-
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis. nante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do
termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba-re-
Observação: a palavra réptil pode formar seu plural de lógio - bombas-relógio, homem-rã - homens-rã, peixe-espa-
duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). da - peixes-espada.

- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de - Permanecem invariáveis, quando formados de:
duas maneiras: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
1- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses ca-rolhas
2- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. * Casos Especiais

- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural o louva-a-deus e os louva-a-deus


de três maneiras.
o bem-te-vi e os bem-te-vis
1- substituindo o -ão por -ões: ação - ações
2- substituindo o -ão por -ães: cão - cães o bem-me-quer e os bem-me-queres
3- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos o joão-ninguém e os joões-ninguém.

- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: Plural das Palavras Substantivadas


o látex - os látex.
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
Plural dos Substantivos Compostos classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
no plural, as flexões próprias dos substantivos.
- A formação do plural dos substantivos compostos Pese bem os prós e os contras.
depende da forma como são grafados, do tipo de palavras O aluno errou na prova dos noves.
que formam o composto e da relação que estabelecem en- Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se
como os substantivos simples: aguardente/aguardentes, gi- * Observação: numerais substantivados terminados
rassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/malmeque- em “s” ou “z” não variam no plural: Nas provas mensais con-
res. segui muitos seis e alguns dez.
O plural dos substantivos compostos cujos elementos
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Plural dos Diminutivos Singular Plural


Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final Corpo (ô) corpos (ó)
e acrescenta-se o sufixo diminutivo. esforço esforços
fogo fogos
pãe(s) + zinhos = pãezinhos forno fornos
animai(s) + zinhos = animaizinhos fosso fossos
botõe(s) + zinhos = botõezinhos imposto impostos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos olho olhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos osso (ô) ossos (ó)
tren(s) + zinhos = trenzinhos ovo ovos
colhere(s) + zinhas = colherezinhas poço poços
flore(s) + zinhas = florezinhas porto portos
mão(s) + zinhas = mãozinhas posto postos
papéi(s) + zinhos = papeizinhos tijolo tijolos
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhos Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol-
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
pai(s) + zinhos = paizinhos * Observação: distinga-se molho (ô) = caldo (molho
pé(s) + zinhos = pezinhos de carne), de molho (ó) = feixe (molho de lenha).
pé(s) + zitos = pezitos
Particularidades sobre o Número dos Substantivos
Plural dos Nomes Próprios Personativos
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
sempre que a terminação preste-se à flexão. - Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames,
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
Os Napoleões também são derrotados. - Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do
As Raquéis e Esteres. singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade,
bom nome) e honras (homenagem, títulos).
Plural dos Substantivos Estrangeiros - Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas
com sentido de plural:
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es- Aqui morreu muito negro.
critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exceto Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz. improvisadas.

Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor- Flexão de Grau do Substantivo


do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os
jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, os ré- Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
quiens. as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:

Observe o exemplo: - Grau Normal - Indica um ser de tamanho considera-


Este jogador faz gols toda vez que joga. do normal. Por exemplo: casa
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho
Plural com Mudança de Timbre
do ser. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje-
Certos substantivos formam o plural com mudança de
tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
fonético chamado metafonia (plural metafônico). Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
cador de aumento. Por exemplo: casarão.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho Classificação dos Verbos


do ser. Pode ser:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo Classificam-se em:
que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi- - Regulares: são aqueles que apresentam o radical
cador de diminuição. Por exemplo: casinha. inalterado durante a conjugação e desinências idênticas às
de todos os verbos regulares da mesma conjugação. Por
Fontes de pesquisa: exemplo: comparemos os verbos “cantar” e “falar”, conju-
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php gados no presente do Modo Indicativo:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- canto falo
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: cantas falas
Saraiva, 2010.
canta falas
Verbo cantamos falamos
cantais falais
Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, núme-
ro, tempo e modo. A estes tipos de flexão verbal dá-se o cantam falam
nome de conjugação (por isso também se diz que verbo
é a palavra que pode ser conjugada). Pode indicar, entre * Dica: Observe que, retirando os radicais, as desi-
outros processos: ação (amarrar), estado (sou), fenômeno nências modo-temporal e número-pessoal mantiveram-se
(choverá); ocorrência (nascer); desejo (querer). idênticas. Tente fazer com outro verbo e perceberá que se
repetirá o fato (desde que o verbo seja da primeira conju-
Estrutura das Formas Verbais gação e regular!). Faça com o verbo “andar”, por exemplo.
Substitua o radical “cant” e coloque o “and” (radical do ver-
Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar bo andar). Viu? Fácil!
os seguintes elementos:
- Radical: é a parte invariável, que expressa o significa- - Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera-
do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. ções no radical ou nas desinências: faço, fiz, farei, fizesse.
(radical fal-) * Observação: alguns verbos sofrem alteração no ra-
- Tema: é o radical seguido da vogal temática que in- dical apenas para que seja mantida a sonoridade. É o caso
dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: de: corrigir/corrijo, fingir/finjo, tocar/toquei, por exemplo.
fala-r. São três as conjugações: Tais alterações não caracterizam irregularidade, porque o
1.ª - Vogal Temática - A - (falar), 2.ª - Vogal Temática - fonema permanece inalterado.
E - (vender), 3.ª - Vogal Temática - I - (partir).
- Desinência modo-temporal: é o elemento que de-
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conju-
signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
gação completa. Os principais são adequar, precaver, com-
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo)
/ falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo) putar, reaver, abolir, falir.
- Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
signa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o número (sin- - Impessoais: são os verbos que não têm sujeito e, nor-
gular ou plural): malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
falamos (indica a 1.ª pessoa do plural.) / falavam (in- principais verbos impessoais são:
dica a 3.ª pessoa do plural.)
* haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-
* Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados se ou fazer (em orações temporais).
(compor, repor, depor), pertencem à 2.ª conjugação, pois a Havia muitos candidatos no dia da prova. (Havia = Exis-
forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar tiam)
de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
formas do verbo: põe, pões, põem, etc. Haverá debates hoje. (Haverá = Realizar-se-ão)
Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz)
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
* fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura Faz invernos rigorosos na Europa.
dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce- Era primavera quando o conheci.
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento Estava frio naquele dia.
tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, amo, por
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
no radical, mas sim na terminação verbal (fora do radical):
opinei, aprenderão, amaríamos.

31
LÍNGUA PORTUGUESA

* Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado. Qual-
quer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá conjugação
completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)

* São impessoais, ainda:


- o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo: Já passa das seis.

- os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição “de”, indicando suficiência:


Basta de tolices.
Chega de promessas.

- os verbos estar e ficar em orações como “Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem referência a
sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético,
tornando-se, tais verbos, pessoais.

- o verbo dar + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?

- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. São
unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar,
miar, latir, piar).

* Observação: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?

Principais verbos unipessoais:

1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário):


Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos bastante)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova)

2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)

* Observação: todos os sujeitos apontados são oracionais.

- Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é em-
pregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:

Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular


Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Anexar Anexado Anexo
Benzer Benzido Bento
Corrigir Corrigido Correto
Dispersar Dispersado Disperso

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LÍNGUA PORTUGUESA

Eleger Elegido Eleito


Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Inserir Inserido Inserto
Limpar Limpado Limpo
Matar Matado Morto
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Murchar Murchado Murcho
Pegar Pegado Pego
Romper Rompido Roto
Soltar Soltado Solto
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago

* Importante:
- estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito, escrever/
escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui) e
ir (fui, ia, vades).

- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal
(aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das
formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar todos!


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora!


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

* Observação: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pret. Imp. Pret.mais-que-perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

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LÍNGUA PORTUGUESA

SER - Modo Subjuntivo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro
que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo


Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo



Presente Pret. perf. Pret. Imp. Pret.mais-q-perf. Fut.doPres. Fut.doPreté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

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LÍNGUA PORTUGUESA

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Pret.Mais-Q-Perf. Fut.do Pres. Fut.doPreté.


hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
ja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

HAVER - Formas Nominais


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
haver haver havendo havido
haveres

haver

havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo


Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Preté.mais-q-perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

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LÍNGUA PORTUGUESA

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:

1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já
está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia refle-
xiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem

2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: A garota
penteou-me.

* Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais - são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do
sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular

Modos Verbais

Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. Existem
três modos:

Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu estudo para o concurso.


Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estude, colega!

Formas Nominais

Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:

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LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Infinitivo
1.1-) Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substan-
tivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)

O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.

1.2-) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.

2-) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)

Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.

* Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1- Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.
2 – Sim, senhora! Vou estar verificando!

Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou “vou verificar”.

3-) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o resul-
tado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos
saíram.

Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.

(Ziraldo)

Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1. Tempos do Modo Indicativo


- Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele
estudou as lições ontem à noite.
- Pretérito-mais-que-perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já estudara as lições
quando os amigos chegaram. (forma simples).
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.
- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se ele
pudesse, estudaria um pouco mais.

2. Tempos do Modo Subjuntivo


- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o jogo.

Observação: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou de-
sejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.

Observação: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se
ele vier à loja, levará as encomendas.
** Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)

No próximo final de semana, faço a prova!


faço = forma do presente indicando futuro ( = farei)

Modo Indicativo

Presente do Indicativo
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo


1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito mais-que-perfeito

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3ª. conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

Futuro do Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

39
LÍNGUA PORTUGUESA

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).

1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de nú-
mero e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM

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LÍNGUA PORTUGUESA

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

Que eu cante ---


Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3.ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

* Observações:
- o verbo parecer admite duas construções:
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).

- o verbo pegar possui dois particípios (regular e irregular):


Elvis tinha pegado minhas apostilas.
Minhas apostilas foram pegas.

41
LÍNGUA PORTUGUESA

fontes de pesquisa: 3-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO


http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54. – VUNESP/2014) Considere o trecho a seguir.
php Já __________ alguns anos que estudos a respeito da
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- utilização abusiva dos smartphones estão sendo desen-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. volvidos. Os especialistas acreditam _________ motivos para
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- associar alguns comportamentos dos adolescentes ao uso
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: prolongado desses aparelhos, e _________ alertado os pais
Saraiva, 2010. para que avaliem a necessidade de estabelecer limites aos
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- seus filhos.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res-
pectivamente, com:
Questões sobre Verbo (A) faz … haver … têm
(B) fazem … haver … tem
1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – (C) faz … haverem … têm
2014) A assertiva correta quanto à conjugação verbal é: (D) fazem … haverem … têm
A) Houveram eleições em outros países este ano. (E) faz … haverem … tem
B) Se eu vir você por aí, acabou.
C) Tinha chego atrasado vinte minutos. 3-) Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns
D) Fazem três anos que não tiro férias. anos que estudos a respeito da utilização abusiva dos
E) Esse homem possue muitos bens. smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especialistas
acreditam HAVER (sentido de existir: não varia) motivos
1-) Correções à frente: para associar alguns comportamentos dos adolescentes ao
A) Houveram eleições em outros países este ano = uso prolongado desses aparelhos, e TÊM (concorda com o
houve termo “os especialistas”) alertado os pais para que avaliem
C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado a necessidade de estabelecer limites aos seus filhos.
D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos Temos: faz, haver, têm.
RESPOSTA: “A”.
E) Esse homem possue muitos bens = possui
RESPOSTA: “B”.
Vozes do Verbo
2-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a
FE/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos e
ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando
modos indicados entre parênteses, fazendo a devida con-
se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar
cordância.
que voz verbal não é flexão, mas aspecto verbal. São três
• O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque
as vozes verbais:
surgiram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - preté-
rito perfeito do indicativo) - Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a
• Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos ação expressa pelo verbo:
postados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do
indicativo) Ele fez o tra-
• Representantes do PCRT somente serão aceitos na balho.
composição da chapa quando se _________ de criticar a sujeito agente ação objeto
atual diretoria do clube, (abster-se - futuro do subjuntivo) (paciente)
A sequência correta, de cima para baixo, é:
A-) interveio - entretinham - abstiverem - Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo a
B-) interviu - entretiveram - absterem ação expressa pelo verbo:
C-) intervém - entreteram - abstêm
D-) interviera - entretêm - abstiverem O trabalho foi feito p o r
E-) intervirá - entretenham - abstiveram ele.
sujeito paciente ação agente
da passiva
2-) O verbo “intervir” deve ser conjugado como o ver-
bo “vir”. Este, no pretérito perfeito do Indicativo fica “veio”, - Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo,
portanto, “interveio” (não existe “interviu”, já que ele não agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
deriva do verbo “ver”). Descartemos a alternativa B. Como
não há outro item com a mesma opção, chegamos à res-
posta rapidamente!
RESPOSTA: “A”.

42
LÍNGUA PORTUGUESA

O menino feriu-se. Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva

* Observação: não confundir o emprego reflexivo do Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
verbo com a noção de reciprocidade: tancialmente o sentido da frase.
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro) O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
Formação da Voz Passiva
A apostila foi comprada pelo concurseiro.
A voz passiva pode ser formada por dois processos: (Voz Passiva)
analítico e sintético. Sujeito da Passiva Agente da Passi-
va
1- Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte ma-
neira: Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o
sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os Observe:
alunos pintarão a escola) - Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho) nos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
* Observação: o agente da passiva geralmente é acom- mestres.
panhado da preposição por, mas pode ocorrer a constru-
ção com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada - Eu o acompanharei.
de soldados. Ele será acompanhado por mim.
- Pode acontecer de o agente da passiva não estar ex- * Observação: quando o sujeito da voz ativa for inde-
plícito na frase: A exposição será aberta amanhã. terminado, não haverá complemento agente na passiva.
Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
** Saiba que:
ção das frases seguintes:
- com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir,
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva,
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)
porque o sujeito não pode ser visto como agente, paciente
O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito per-
ou agente-paciente.
feito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz
ativa)
Fontes de pesquisa:
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indica- php
tivo) SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) Questões

2- Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁ-
pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, segui- RIO – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo
do do pronome apassivador “se”. Por exemplo: instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
Abriram-se as inscrições para o concurso. (A) que o instituto Endeavor traz;
Destruiu-se o velho prédio da escola. (B) que o instituto Endeavor trouxe;
(C) trazida pelo instituto Endeavor;
* Observação: o agente não costuma vir expresso na (D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
voz passiva sintética. (E) que traz o instituto Endeavor.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa tere- Regras ortográficas
mos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o tem-
po verbal no pretérito – assim como na passiva). O fonema s
RESPOSTA: “B”.
S e não C/Ç

2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - palavras substantivadas derivadas de verbos com radi-
adaptada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por cais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão /
muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver-
voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal: são / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir
A) consideravam. - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /
B) consideram. repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
C) considerem. sentir - sensível / consentir – consensual.
D) considerarão.
E) considerariam.
SS e não C e Ç
2-) É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem
de todos os tempos = dois verbos na voz passiva, então na
em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou
ativa teremos UM: muitos o consideram o maior marato-
nista de todos os tempos. -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir
RESPOSTA: “B”. - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir -
percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / com-
prometer - compromisso / submeter – submissão.
3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014) *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal re- trico / re + surgir – ressurgir.
sultante deverá ser *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
(A) terei glosado plos: ficasse, falasse.
(B) seria glosada
(C) haverá de ser glosada C ou Ç e não S e SS
(D) será glosada
(E) terá sido glosada vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-
3-) “vou glosar uma observação de Machado de Assis” çara, caçula, cachaça, cacique.
– “vou glosar” expressa “glosarei”, então teremos na pas- sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
siva: uma observação de Machado de Assis será glosada uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
por mim. esperança, carapuça, dentuço.
RESPOSTA: “D”. nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / de-
ter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
após ditongos: foice, coice, traição.
palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
ORTOGRAFIA marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.

O fonema z
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta
S e não Z
grafia das palavras. É ela quem ordena qual som devem
ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são
grafados segundo acordos ortográficos. sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren- freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.
der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamor-
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é fose.
necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, qui-
em alguns casos, há necessidade de conhecimento de eti- seste.
mologia (origem da palavra). nomes derivados de verbos com radicais terminados
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
empresa / difundir – difusão.

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LÍNGUA PORTUGUESA

diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Lui- CH e não X


sinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.
após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa. palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi,
verbos derivados de nomes cujo radical termina com mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
“s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar – pesquisar.
As letras “e” e “i”
Z e não S
Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com
sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo: “i”, só o ditongo interno cãibra.
macio - maciez / rico – riqueza / belo – beleza. verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são
sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de ori- escritos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. Escrevemos com
gem não termine com s): final - finalizar / concreto – con- “i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói,
cretizar. possui, contribui.
consoante de ligação se o radical não terminar com “s”:
pé + inho - pezinho / café + al - cafezal * Atenção para as palavras que mudam de sentido
quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (super-
Exceção: lápis + inho – lapisinho. fície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir)
/ emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estân-
O fonema j cia, que anda a pé), pião (brinquedo).

G e não J * Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à orto-
palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, ges- grafia de uma palavra, há a possibilidade de consultar o
so. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), ela-
estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. borado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de
terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com pou- referência até mesmo para a criação de dicionários, pois
cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na
Internet, o endereço é www.academia.org.br.
Exceção: pajem.
Informações importantes
terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, - Formas variantes são formas duplas ou múltiplas,
litígio, relógio, refúgio. equivalentes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/re-
verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, lampar/relampadar.
mugir. - Os símbolos das unidades de medida são escritos
depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur- sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plu-
gir. ral, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km,
depois da letra “a”, desde que não seja radical termina- 120km/h.
do com j: ágil, agente. Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve
J e não G haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min,
14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e
palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. quatro segundos).
palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, - O símbolo do real antecede o número sem espaço:
manjerona. R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra
palavras terminadas com aje: ultraje. vertical ($).

O fonema ch Fontes de pesquisa:


http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
X e não CH tografia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi, coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
xucro. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, lagar- ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
tixa. Saraiva, 2010.
depois de ditongo: frouxo, feixe. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

Exceção: quando a palavra de origem não derive de


outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Hífen ** O hífen é suprimido quando para formar outros ter-


mos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para
ligar os elementos de palavras compostas (como ex-presi- Lembrete da Zê!
dente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a verbos Ao separar palavras na translineação (mudança de li-
(ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para fazer a nha), caso a última palavra a ser escrita seja formada por
translineação de palavras, isto é, no fim de uma linha, se- hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escreverei anti
parar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro). -inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na próxima
linha escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas as linhas).
Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
tográfica: Não se emprega o hífen:

1. Em palavras compostas por justaposição que formam 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou
para formarem um novo significado: tio-avô, porto-ale- “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir-
grense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda- -fei- religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,
ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, microrradiografia, etc.
azul-escuro.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora- vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes-
-menina, erva-doce, feijão-verde. trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém- 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
-casado. “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: de-
sumano, inábil, desabilitar, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o
uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de- segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobriga-
meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará. ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.

5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis-
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, ta, etc.
etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- to, benquerer, benquerido, etc.
per- quando associados com outro termo que é iniciado
por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. - Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas corres-
pondentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado,
ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio-
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. -humano, super-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma,
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
10. Nas formações em que o prefixo tem como se-
gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, Fontes de pesquisa:
geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
super-homem. tografia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro
-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Questões Armandinho, personagem do cartunista Alexandre


Beck, sabe perfeitamente empregar os parônimos “cestas”
1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) “sestas” e “sextas”. Quanto ao emprego de parônimos, da-
De acordo com a nova ortografia, assinale o item em que das as frases abaixo,
todas as palavras estão corretas: I. O cidadão se dirigia para sua _____________ eleitoral.
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial. II. A zona eleitoral ficava ___________ 200 metros de um
B) supracitado – semi-novo – telesserviço. posto policial.
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som. III. O condutor do automóvel __________ a lei seca.
D) contrarregra – autopista – semi-aberto. IV. Foi encontrada uma __________ soma de dinheiro no
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor. carro.
V. O policial anunciou o __________ delito.
1-) Correção:
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta Assinale a alternativa cujos vocábulos preenchem cor-
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo retamente as lacunas das frases.
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hi- A) seção, acerca de, infligiu, vultosa, fragrante.
droelétrica, ultrassom B) seção, acerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto C) sessão, a cerca de, infringiu, vultosa, fragrante.
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraes- D) seção, a cerca de, infringiu, vultosa, flagrante.
trutura E) sessão, a cerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.
RESPOSTA: “A”.
3-) Questão que envolve ortografia.
I. O cidadão se dirigia para sua SEÇÃO eleitoral. (setor)
2-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) II. A zona eleitoral ficava A CERCA DE 200 metros de um
De acordo com a nova ortografia, assinale o item em que
posto policial. (= aproximadamente)
todas as palavras estão corretas:
III. O condutor do automóvel INFRINGIU a lei seca. (re-
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.
lacione com infrator)
B) supracitado – semi-novo – telesserviço.
IV. Foi encontrada uma VULTOSA soma de dinheiro no
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.
carro. (de grande vulto, volumoso)
D) contrarregra – autopista – semi-aberto.
V. O policial anunciou o FLAGRANTE delito. (relacione
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor.
com “pego no flagra”)
2-) Correção: Seção / a cerca de / infringiu / vultosa / flagrante
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta RESPOSTA: “D”.
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hi-
droelétrica, ultrassom
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto ACENTUAÇÃO
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraes-
trutura
RESPOSTA: “A”.
Quanto à acentuação, observamos que algumas pala-
vras têm acento gráfico e outras não; na pronúncia, ora se
3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. Por
UFAL/2014) isso, vamos às regras!

Regras básicas – Acentuação tônica

A acentuação tônica está relacionada à intensidade


com que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela
que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sí-
laba tônica. As demais, como são pronunciadas com menos
intensidade, são denominadas de átonas.
De acordo com a tonicidade, as palavras são classifica-
das como:
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre
a última sílaba. Ex.: café – coração – Belém – atum – caju –
papel

Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai


na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – sapato
– passível

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LÍNGUA PORTUGUESA

Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está ** Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos abertos esti-
na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano verem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu)
– médico – ônibus ainda são acentuados: dói, escarcéu.

Há vocábulos que possuem mais de uma sílaba, mas Antes Agora


em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente:
são os chamados monossílabos. assembléia assembleia
idéia ideia
Os acentos
geléia geleia
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” e “i”, jibóia jiboia
“u” e “e” do grupo “em” - indica que estas letras represen- apóia (verbo apoiar) apoia
tam as vogais tônicas de palavras como pá, caí, público.
paranóico paranoico
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre
aberto: herói – médico – céu (ditongos abertos).
Acento Diferencial
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”,
“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: tâma-
Representam os acentos gráficos que, pelas regras de
ra – Atlântico – pêsames – supôs .
acentuação, não se justificariam, mas são utilizados para
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a”
diferenciar classes gramaticais entre determinadas palavras
com artigos e pronomes: à – às – àquelas – àqueles
e/ou tempos verbais. Por exemplo:
trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmen-
Pôr (verbo) X por (preposição) / pôde (pretérito perfeito
te abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em
de Indicativo do verbo “poder”) X pode (presente do Indica-
palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: mülle-
tivo do mesmo verbo).
riano (de Müller)
Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas:
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo-
terminada em “o” seguida de “r” não deve ser acentuada,
gais nasais: oração – melão – órgão – ímã
mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se,
para que saibamos se se trata de um verbo ou preposição.
Regras fundamentais
Os demais casos de acento diferencial não são mais
utilizados: para (verbo), para (preposição), pelo (substanti-
Palavras oxítonas:
vo), pelo (preposição). Seus significados e classes gramati-
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”,
cais são definidos pelo contexto.
“o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – ci-
Polícia para o trânsito para realizar blitz. = o primeiro
pó(s) – Belém.
“para” é verbo; o segundo, preposição (com relação de fi-
Esta regra também é aplicada aos seguintes casos:
nalidade).
- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
** Quando, na frase, der para substituir o “por” por
guidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há
“colocar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto:
- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,
“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: Faço isso por
seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lo
você. / Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
Paroxítonas:
Regra do Hiato:
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is: táxi – lápis – júri
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, for a se-
- us, um, uns: vírus – álbuns – fórum
gunda vogal do hiato, acompanhado ou não de “s”, haverá
- l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax –
acento. Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
fórceps
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan-
- ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos
do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, Lu-iz,
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou
sa-ir, ju-iz
não de “s”: água – pônei – mágoa – memória
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-
verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
** Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Re-
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
pare que esta palavra apresenta as terminações das paro-
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
xítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =
fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização!
Observação importante:
Regras especiais:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos
hiato quando vierem depois de ditongo (nas paroxítonas):
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em
palavras paroxítonas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Antes Agora Questões

bocaiúva bocaiuva 1-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL


feiúra feiura TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO/2014 - adaptada) Assi-
nale a alternativa que contém duas palavras acentuadas
Sauípe Sauipe
conforme a mesma regra.
(A) “Hambúrgueres” e “repórter”.
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi
(B) “Inacreditáveis” e “repórter”.
abolido:
(C) “Índice” e “dólares”.
(D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”.
Antes Agora (E) “Atribuídos” e “índice”.
crêem creem
1-)
lêem leem
(A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = pa-
vôo voo roxítona
enjôo enjoo (B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paro-
xítona
** Dica: Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos (C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxí-
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais tona
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. (D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra
Repare: do hiato
1-) O menino crê em você. / Os meninos creem em você. (E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparo-
2-) Elza lê bem! / Todas leem bem! xítona
3-) Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos que RESPOSTA: “B”.
os garotos deem o recado!
4-) Rubens vê tudo! / Eles veem tudo! 2-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL
Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / Eles vêm à – FUNDATEC/2014 - adaptada)
tarde! Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação
As formas verbais que possuíam o acento tônico na gráfica.
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’
“e” ou “i” não serão mais acentuadas: seja retirado, essas continuam sendo palavras da língua
portuguesa.
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá-
Antes Depois rios’ e ‘país’ não é a mesma.
apazigúe (apaziguar) apazigue III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente.
averigúe (averiguar) averigue IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em si-
tuação de uso, quanto à flexão de número.
argúi (arguir) argui Quais estão corretas?
A) Apenas I e III.
Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoa B) Apenas II e IV.
do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo C) Apenas I, II e IV.
vir) D) Apenas II, III e IV.
E) I, II, III e IV.
A regra prevalece também para os verbos conter, obter,
reter, deter, abster: ele contém – eles contêm, ele obtém – eles 2-)
obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém – eles convêm. I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’
seja retirado, essas continuam sendo palavras da língua
Fontes de pesquisa: portuguesa = teremos “transito” e “especifico” – serão ver-
http://www.brasilescola.com/gramatica/acentuacao. bos (correta)
htm II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- rios’ e ‘país’ não é a mesma = vários é paroxítona terminada
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. em ditongo; país é a regra do hiato (correta)
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: hiato, por isso a acentuação (da - í) = incorreta.
Saraiva, 2010. IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em
situação de uso, quanto à flexão de número = “vêm” é uti-
lizado para a terceira pessoa do plural (correta)
RESPOSTA: “C”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Dois pontos (:)


PONTUAÇÃO
1- Antes de uma citação
Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:

Os sinais de pontuação são marcações gráficas que 2- Antes de um aposto


servem para compor a coesão e a coerência textual, além Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à
de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. tarde e calor à noite.
Um texto escrito adquire diferentes significados quando
pontuado de formas diversificadas. O uso da pontuação 3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
depende, em certos momentos, da intenção do autor do Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo
discurso. Assim, os sinais de pontuação estão diretamente a rotina de sempre.
relacionados ao contexto e ao interlocutor.
4- Em frases de estilo direto
Principais funções dos sinais de pontuação
Maria perguntou:
- Por que você não toma uma decisão?
Ponto (.)

1- Indica o término do discurso ou de parte dele, en- Ponto de Exclamação (!)


cerrando o período.
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera,
2- Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Com- susto, súplica, etc.
panhia). Se a palavra abreviada aparecer em final de pe- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
ríodo, este não receberá outro ponto; neste caso, o ponto
de abreviatura marca, também, o fim de período. Exemplo: 2- Depois de interjeições ou vocativos
Estudei português, matemática, constitucional, etc. (e não Ai! Que susto!
“etc..”) João! Há quanto tempo!

3- Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do Ponto de Interrogação (?)


ponto, assim como após o nome do autor de uma citação:
Haverá eleições em outubro Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze-
Mendes de Almeida) (ou: Almeida.) vedo)

4- Os números que identificam o ano não utilizam pon- Reticências (...)


to nem devem ter espaço a separá-los, bem como os nú-
meros de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250. 1- Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lápis,
canetas, cadernos...
Ponto e Vírgula ( ; )
2- Indica interrupção violenta da frase.
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma “- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
importância: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos
dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida: Este
pão a vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...”
mal... pega doutor?
(VIEIRA)

2- Separa partes de frases que já estão separadas por 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa,
vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, mon- depois, o coração falar...
tanhas, frio e cobertor.
Vírgula (,)
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
tivos, decreto de lei, etc. Não se usa vírgula
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola; * separando termos que, do ponto de vista sintático,
Caminhada na praia; ligam-se diretamente entre si:
Reunião com amigos. - entre sujeito e predicado:
Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado

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LÍNGUA PORTUGUESA

- entre o verbo e seus objetos: Fontes de pesquisa:


O trabalho custou sacrifício aos http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/
realizadores. http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu-
V.T.D.I. O.D. O.I. la.htm
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere-
Usa-se a vírgula: ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
- Para marcar intercalação: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun- coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
dância, vem caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão Questões
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indús- 1-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)
trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não
querem abrir mão dos lucros altos.

- Para marcar inversão:


a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe-
chadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
maio de 1982.

- Para separar entre si elementos coordenados (dis-


postos em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.

- Para marcar elipse (omissão) do verbo:


Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

- Para isolar: (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) Se-


- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasilei- gundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontuação
ra, possui um trânsito caótico. está correta em:
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. A) Hagar disse, que não iria.
B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir, bi-
Observações: fes e lagostas, aos vizinhos.
- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expres- C) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas:
são latina et cetera, que significa “e outras coisas”, seria dis- para Hagar e Helga
pensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o acordo D) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse, Ha-
ortográfico em vigor no Brasil exige que empreguemos etc. gar à Helga.
precedido de vírgula: Falamos de política, futebol, lazer, etc. E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pe-
los Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
- As perguntas que denotam surpresa podem ter com-
binados o ponto de interrogação e o de exclamação: Você 1-) Correções realizadas:
falou isso para ela?! A) Hagar disse que não iria. = não há vírgula entre ver-
bo e seu complemento (objeto)
- Temos, ainda, sinais distintivos: B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir bi-
1-) a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), sepa- fes e lagostas aos vizinhos. = não há vírgula entre verbo e
ração de siglas (IOF/UPC); seu complemento (objeto)
2-) os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas C) Chegou o convite dos Stevensens: bife e lagostas
pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira opção para Hagar e Helga.
aos parênteses, principalmente na matemática; D) “Eles são chatos e nunca param de falar”, disse Ha-
3-) o asterisco ( * ) = usado para remeter o leitor a gar à Helga.
uma nota de rodapé ou no fim do livro, para substituir um E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pe-
nome que não se quer mencionar. los Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
RESPOSTA: “E”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRA- Concordância Verbal


BALHO – CESPE/2014 - adaptada)
A correção gramatical do trecho “Entre as bebidas al- É a flexão que se faz para que o verbo concorde com
coólicas, cervejas e vinhos são as mais comuns em todo seu sujeito.
o mundo” seria prejudicada, caso se inserisse uma vírgula
logo após a palavra “vinhos”. a) Sujeito Simples - Regra Geral
( ) CERTO ( ) ERRADO O sujeito, sendo simples, com ele concordará o verbo
em número e pessoa. Veja os exemplos:
2-) Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predi- A prova para ambos os cargos será aplicada
cado, a não ser que se trate de um aposto (1), predicativo às 13h.
do sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separado 3.ª p. Singular 3.ª p. Singular
entre pontuações. Exemplos:
O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa! Os candidatos à vaga chegarão às 12h.
Os meninos, ansiosos (2), chegaram! 3.ª p. Plural 3.ª p. Plural
RESPOSTA: “CERTO”.
Casos Particulares
3-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) Em
apenas uma das opções a vírgula foi corretamente empre- 1) Quando o sujeito é formado por uma expressão par-
gada. Assinale-a. titiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas. um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas per- no singular ou no plural.
plexas. A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram
fundamental. proposta.
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em peque-
na parte do território. Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos
dos coletivos, quando especificados: Um bando de vânda-
3-) los destruiu / destruíram o monumento.
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. = correta
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas = não se Observação: nesses casos, o uso do verbo no singular
separa sujeito do predicado (o sujeito está no final). enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas per- destaque aos elementos que formam esse conjunto.
plexas = não se separa sujeito do predicado.
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fun- 2) Quando o sujeito é formado por expressão que in-
damental = não se separa sujeito do predicado. dica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de,
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em peque- perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo con-
na parte do território. = não se separa sujeito do predicado corda com o substantivo.
RESPOSTA: “A”. Cerca de mil pessoas participaram do concurso.
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas
Olimpíadas.
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
Observação: quando a expressão “mais de um” asso-
ciar-se a verbos que exprimem reciprocidade, o plural é
obrigatório: Mais de um colega se ofenderam na discussão.
Os concurseiros estão apreensivos. (ofenderam um ao outro)
Concurseiros apreensivos.
3) Quando se trata de nomes que só existem no plu-
No primeiro exemplo, o verbo estar encontra-se na ral, a concordância deve ser feita levando-se em conta a
terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve
os concurseiros. No segundo exemplo, o adjetivo “apreen- ficar no singular; com artigo no plural, o verbo deve ficar
sivos” está concordando em gênero (masculino) e núme- o plural.
ro (plural) com o substantivo a que se refere: concurseiros. Os Estados Unidos possuem grandes universidades.
Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gê- Estados Unidos possui grandes universidades.
nero correspondem-se. Alagoas impressiona pela beleza das praias.
A correspondência de flexão entre dois termos é a con- As Minas Gerais são inesquecíveis.
cordância, que pode ser verbal ou nominal. Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.

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LÍNGUA PORTUGUESA

4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou *Quando “um dos que” vem entremeada de substanti-
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, vo, o verbo pode:
quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o verbo a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa
pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pes- o Estado de São Paulo. ( já que não há outro rio que faça o
soa do plural) ou com o pronome pessoal. mesmo).
Quais de nós são / somos capazes? b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? poluídos (noção de que existem outros rios na mesma con-
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- dição).
vadoras.
8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
Observação: veja que a opção por uma ou outra forma verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém Vossa Excelência está cansado?
diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fize- Vossas Excelências renunciarão?
mos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não
ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de tudo e 9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se de
nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. acordo com o numeral.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver Deu uma hora no relógio da sala.
no singular, o verbo ficará no singular. Deram cinco horas no relógio da sala.
Qual de nós é capaz? Soam dezenove horas no relógio da praça.
Algum de vós fez isso. Baterão doze horas daqui a pouco.

5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra re-
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve lógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
concordar com o substantivo. O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
25% do orçamento do país será destinado à Educação. Soa quinze horas o relógio da matriz.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do
prefeito. 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
1% do eleitorado aceita a mudança. sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São
1% dos alunos faltaram à prova. verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indi-
cando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da nature-
Quando a expressão que indica porcentagem não é za. Exemplos:
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o nú- Havia muitas garotas na festa.
mero. Faz dois meses que não vejo meu pai.
25% querem a mudança. Chovia ontem à tarde.
1% conhece o assunto.
b) Sujeito Composto
Se o número percentual estiver determinado por artigo
ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com eles: 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo,
Os 30% da produção de soja serão exportados. a concordância se faz no plural:
Esses 2% da prova serão questionados. Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
6) O pronome “que” não interfere na concordância; já o
“quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular. Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fui eu que paguei a conta. Sujeito
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gra-
Sou eu quem faz a prova. maticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte ma-
Não serão eles quem será aprovado. neira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece sobre a
segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece sobre a
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assu- terceira (eles). Veja:
mir a forma plural. Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan- Primeira Pessoa do Plural (Nós)
taram os poetas.
Este candidato é um dos que mais estudaram! Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos
que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular: Pais e filhos precisam respeitar-se.
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga. Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Nem uma das que me escreveram mora aqui.

53
LÍNGUA PORTUGUESA

Observação: quando o sujeito é composto, formado 5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”,
por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um
(ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do mesmo grau de importância e a palavra “com” tem sentido
plural (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no muito próximo ao de “e”.
lugar de “tomaríeis”. O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, para o próximo semestre.
passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em O professor com o aluno questionaram as regras.
vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o
verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do su- Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a
jeito mais próximo. ideia é enfatizar o primeiro elemento.
Faltaram coragem e competência. O pai com o filho montou o brinquedo.
Faltou coragem e competência. O governador com o secretariado traçou os planos para
o próximo semestre.
Compareceram todos os candidatos e o banca.
O professor com o aluno questionou as regras.
Compareceu o banca e todos os candidatos.
Observação: com o verbo no singular, não se pode
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concordân-
falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez
cia é feita no plural. Observe: que as expressões “com o filho” e “com o secretariado” são
Abraçaram-se vencedor e vencido. adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. houvesse uma inversão da ordem. Veja:
“O pai montou o brinquedo com o filho.”
Casos Particulares “O governador traçou os planos para o próximo semes-
tre com o secretariado.”
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos “O professor questionou as regras com o aluno.”
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular.
Descaso e desprezo marca seu comportamento. *Casos em que se usa o verbo no singular:
A coragem e o destemor fez dele um herói. Café com leite é uma delícia!
O frango com quiabo foi receita da vovó.
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos
dispostos em gradação, verbo no singular: 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segun- pressões correlativas como: “não só...mas ainda”, “não so-
do me satisfaz. mente”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o
verbo ficará no plural.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de acor- Nordeste.
do com o valor semântico das conjunções: Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a no-
Drummond ou Bandeira representam a essência da poe- tícia.
sia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de “adi- feita com esse termo resumidor.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
ção”. Já em:
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
Juca ou Pedro será contratado.
na vida das pessoas.
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
píada.
Outros Casos
* Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam no 1) O Verbo e a Palavra “SE”
singular. Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas
de particular interesse para a concordância verbal:
4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
outro”, a concordância costuma ser feita no singular. b) quando é partícula apassivadora.
Um ou outro compareceu à festa. Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
Nem um nem outro saiu do colégio. acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e
de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na ter-
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no ceira pessoa do singular:
singular: Um e outro farão/fará a prova. Precisa-se de funcionários.
Confia-se em teses absurdas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver- c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e
bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito,
(VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular:
verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Construiu-se um posto de saúde. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
Construíram-se novos postos de saúde. Duas semanas de férias é muito para mim.
Aqui não se cometem equívocos
Alugam-se casas. d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo)
for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o
** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivadora verbo.
ou índice de indeterminação do sujeito, tente transformar No meu setor, eu sou a única mulher.
a frase para a voz passiva. Se a frase construída for “com- Aqui os adultos somos nós.
preensível”, estaremos diante de uma partícula apassivado-
ra; se não, o “se” será índice de indeterminação. Veja: Observação: sendo ambos os termos (sujeito e pre-
Precisa-se de funcionários qualificados. dicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo
Tentemos a voz passiva: concorda com o pronome sujeito.
Funcionários qualificados são precisados (ou precisos)? Eu não sou ela.
Não há lógica. Portanto, o “se” destacado é índice de inde- Ela não é eu.
terminação do sujeito.
Agora: e) Quando o sujeito for uma expressão de sentido par-
Vendem-se casas. titivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta! SER concordará com o predicativo.
Então, aqui, o “se” é partícula apassivadora. (Dá para eu A grande maioria no protesto eram jovens.
passar para a voz passiva. Repare em meu destaque. Per- O resto foram atitudes imaturas.
cebeu semelhança? Agora é só memorizar!).
2) O Verbo “Ser” 3) O Verbo “Parecer”
O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordâncias:
sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân- a) Ocorre variação do verbo PARECER e não se flexiona
cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho.
sujeito.
b) A variação do verbo parecer não ocorre e o infinitivo
Quando o sujeito ou o predicativo for: sofre flexão:
As crianças parece gostarem do desenho.
a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho as
concorda com a pessoa gramatical: crianças)
Ele é forte, mas não é dois.
Fernando Pessoa era vários poetas. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo PARE-
A esperança dos pais são eles, os filhos. CER fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos = oração
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no subordinada substantiva subjetiva).
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, com o
que estiver no plural: Concordância Nominal
Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros! A concordância nominal se baseia na relação entre
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se
Quando o verbo SER indicar ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
a) horas e distâncias, concordará com a expressão normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
numérica: termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
É uma hora. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
São quatro horas. seguintes regras gerais:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilôme- 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando
tros. se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas denun-
ciavam o que sentia.
b) datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
estar expressa ou subentendida: 2) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a
Hoje é dia 26 de agosto. concordância pode variar. Podemos sistematizar essa fle-
Hoje são 26 de agosto. xão nos seguintes casos:

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LÍNGUA PORTUGUESA

a) Adjetivo anteposto aos substantivos: ** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se
- O adjetivo concorda em gênero e número com o a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se de advérbio,
substantivo mais próximo. portanto, invariável; se houver coerência com o segundo,
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. função de adjetivo, então varia:
Encontramos caída a roupa e os prendedores. Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
Encontramos caído o prendedor e a roupa. Ele está só descansando. (apenas descansando) - ad-
vérbio
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de pa-
rentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. ** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. “só”, haverá, novamente, um adjetivo:
Encontrei os divertidos primos e primas na festa. Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descansan-
do)
b) Adjetivo posposto aos substantivos: 7) Quando um único substantivo é modificado por dois
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as cons-
ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural se truções:
houver substantivo feminino e masculino). a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o
A indústria oferece localização e atendimento perfeito. artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espanhola
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. e a portuguesa.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e portu-
Observação: os dois últimos exemplos apresentam guesa.
maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se
refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi Casos Particulares
flexionado no plural masculino, que é o gênero predomi-
nante quando há substantivos de gêneros diferentes. É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É per-
mitido
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad-
jetivo fica no singular ou plural. a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um
A beleza e a inteligência feminina(s). adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem
O carro e o iate novo(s). possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
É proibido entrada de crianças.
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: Em certos momentos, é necessário atenção.
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substan- No verão, melancia é bom.
tivo não for acompanhado de nenhum modificador: Água É preciso cidadania.
é bom para saúde. Não é permitido saída pelas portas laterais.

b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for b) Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
modificado por um artigo ou qualquer outro determinati- minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo
vo: Esta água é boa para saúde. como o adjetivo concordam com ele.
É proibida a entrada de crianças.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os Esta salada é ótima.
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as A educação é necessária.
muito felizes. São precisas várias medidas na educação.

5) Nas expressões formadas por pronome indefinido Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Qui-
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + te
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino sin-
gular: Os jovens tinham algo de misterioso. Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem fun- Seguem anexas as documentações requeridas.
ção adjetiva e concorda normalmente com o nome a que A menina agradeceu: - Muito obrigada.
se refere: Muito obrigadas, disseram as senhoras.
Cristina saiu só. Seguem inclusos os papéis solicitados.
Cristina e Débora saíram sós. Estamos quites com nossos credores.

Observação: quando a palavra “só” equivale a “somen-


te” ou “apenas”, tem função adverbial, ficando, portanto,
invariável: Eles só desejam ganhar presentes.

56
LÍNGUA PORTUGUESA

Bastante - Caro - Barato - Longe Questões

Estas palavras são invariáveis quando funcionam como 1-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA
advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan- E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINIS-
do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu- TRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar
merais. satisfeita com os resultados das negociações”, o adjetivo
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) estará corretamente empregado se dirigido a ministro de
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pro- Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve
nome adjetivo) concordar com a locução pronominal de tratamento “Vossa
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) Excelência”.
As casas estão caras. (adjetivo) ( ) CERTO ( ) ERRADO
Achei barato este casaco. (advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) 1-) Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo femi-
nino (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
Meio - Meia masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O
pronome de tratamento é apenas a maneira de como tratar
a) A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo, a autoridade, não concordando com o gênero (o pronome
concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi de tratamento, apenas).
meia porção de polentas. RESPOSTA: “ERRADO”.
b) Quando empregada como advérbio permanece in- 2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO
variável: A candidata está meio nervosa. RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IA-
DES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados
** Dica! Dá para eu substituir por “um pouco”, assim no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”,
saberei que se trata de um advérbio, não de adjetivo: “A
fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a
candidata está um pouco nervosa”.
nova redação, de acordo com as regras sobre regência ver-
bal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
Alerta - Menos
deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
sempre invariáveis.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no eleva-
Os concurseiros estão sempre alerta.
dor.
Não queira menos matéria!
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no eleva-
* Tome nota! dor.
Não variam os substantivos que funcionam como ad- (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
jetivos:
Bomba – notícias bomba 2-) O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, in-
Chave – elementos chave direto (com preposição): Esqueço os filmes dos quais não
Monstro – construções monstro gosto.
Padrão – escola padrão RESPOSTA: “E”.

Fontes de pesquisa: 3-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) Considerada a


http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint49. substituição do segmento grifado pelo que está entre pa-
php rênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá perma-
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere- necer no singular está em:
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: (A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pes-
Saraiva, 2010. quisadores)
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima)
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- (C) No sistema havia também uma estação... (várias es-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. tações)
(D) ... a civilização maia da América Central tinha um
método sustentável de gerenciamento da água. (os povos
que habitavam a América Central)
(E) Um estudo publicado recentemente mostra que a
civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser pu-
blicado).

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LÍNGUA PORTUGUESA

3-) 1-) Verbos Intransitivos


(A) ... disse (disseram) (os pesquisadores)
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu (con- Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
tribuíram) (as mudanças do clima) importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
(C) No sistema havia (várias estações) = permanecerá aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
no singular - Chegar, Ir
(D) ... a civilização maia da América Central tinha (ti- Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver-
nham) (os povos que habitavam a América Central) biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
(E) Um estudo publicado recentemente mostra (mos- indicar destino ou direção são: a, para.
tram) (Estudos como o que acabou de ser publicado). Fui ao teatro.
RESPOSTA: “C”. Adjunto Adverbial de Lugar

Ricardo foi para a Espanha.


Adjunto Adverbial de Lugar
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
- Comparecer
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por
em ou a.
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o
que ocorre entre um verbo (regência verbal) ou um nome último jogo.
(regência nominal) e seus complementos.
2-) Verbos Transitivos Diretos
Regência Verbal = Termo Regente: VERBO
Os verbos transitivos diretos são complementados por
A regência verbal estuda a relação que se estabelece objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
entre os verbos e os termos que os complementam (obje- para o estabelecimento da relação de regência. Ao empre-
tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos gar esses verbos, lembre-se de que os pronomes oblíquos
adverbiais). Há verbos que admitem mais de uma regência, o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes
o que corresponde à diversidade de significados que estes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas ver-
verbos podem adquirir dependendo do contexto em que bais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após
forem empregados. formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e
A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, con- lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
tentar. São verbos transitivos diretos, dentre outros: aban-
A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar agra- donar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar,
do ou prazer”, satisfazer. admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar,
Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agra- castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, defender,
dar a alguém”. eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar,
proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
Saiba que: Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
O conhecimento do uso adequado das preposições é como o verbo amar:
um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver- Amo aquele rapaz. / Amo-o.
bal (e também nominal). As preposições são capazes de Amo aquela moça. / Amo-a.
modificar completamente o sentido daquilo que está sen- Amam aquele rapaz. / Amam-no.
do dito. Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô. Observação: os pronomes lhe, lhes só acompanham
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se- esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como
gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. adjuntos adnominais):
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
A voluntária distribuía leite às crianças. Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua car-
A voluntária distribuía leite com as crianças. reira)
Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu-
como transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto (obje- mor)
to indireto: às crianças); na segunda, como transitivo direto
(objeto direto: crianças; com as crianças: adjunto adverbial). 3-) Verbos Transitivos Indiretos

Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos Os verbos transitivos indiretos são complementados
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
formas em frases distintas. regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-

58
LÍNGUA PORTUGUESA

ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são Informar
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- Informe os novos preços aos clientes.
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos preços)
lhe, lhes.
- Na utilização de pronomes como complementos, veja
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: as construções:
- Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo- Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
iguais para todos.
bre eles)
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complemen-
Observação: a mesma regência do verbo informar é
tos introduzidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientifi-
Eles desobedeceram às leis do trânsito. car, prevenir.

- Responder - Tem complemento introduzido pela pre- Comparar


posição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
quem” ou “ao que” se responde. preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento
Respondi ao meu patrão. indireto: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de
Respondemos às perguntas. uma criança.
Respondeu-lhe à altura.
Pedir
Observação: o verbo responder, apesar de transitivo Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na
indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite forma de oração subordinada substantiva) e indireto de
voz passiva analítica: pessoa.
O questionário foi respondido corretamente.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamen- Pedi-lhe favores.
te.
Objeto Indireto Objeto Direto
- Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complemen-
Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio.
tos introduzidos pela preposição “com”.
Antipatizo com aquela apresentadora. Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
Simpatizo com os que condenam os políticos que gover- tantiva Objetiva Direta
nam para uma minoria privilegiada.
Saiba que:
4-) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos - A construção “pedir para”, muito comum na lingua-
gem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompa- culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra
nhados de um objeto direto e um indireto. Merecem desta- licença estiver subentendida.
que, nesse grupo: agradecer, perdoar e pagar. São verbos Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto
indireto relacionado a pessoas. Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz
uma oração subordinada adverbial final reduzida de infiniti-
Agradeço aos ouvintes a audiência. vo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
Objeto Indireto Objeto Direto
Preferir
Paguei o débito ao cobrador.
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto in-
Objeto Direto Objeto Indireto
direto introduzido pela preposição “a”:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito
com particular cuidado: Prefiro trem a ônibus.
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. Observação: na língua culta, o verbo “preferir” deve
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. ser usado sem termos intensificadores, tais como: muito,
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é
Paguei minhas contas. / Paguei-as. dada pelo prefixo existente no próprio verbo (pre).
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Mudança de Transitividade - Mudança de Signifi- CHAMAR


cado - Chamar é transitivo direto no sentido de convocar,
solicitar a atenção ou a presença de.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitivi- Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá cha-
dade, apresentam mudança de significado. O conhecimen- má-la.
to das diferentes regências desses verbos é um recurso lin- Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
guístico muito importante, pois além de permitir a correta
interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades - Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predi-
estão: cativo preposicionado ou não.
A torcida chamou o jogador mercenário.
AGRADAR A torcida chamou ao jogador mercenário.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari-
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
nhos, acariciar, fazer as vontades de.
Sempre agrada o filho quando.
- Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal:
Aquele comerciante agrada os clientes.
Como você se chama? Eu me chamo Zenaide.
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar CUSTAR
agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento in- - Custar é intransitivo no sentido de ter determinado
troduzido pela preposição “a”. valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial:
O cantor não agradou aos presentes. Frutas e verduras não deveriam custar muito.
O cantor não lhes agradou.
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo
*O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto: ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração re-
O cantor desagradou à plateia. duzida de infinitivo.

ASPIRAR Muito custa viver tão longe da família.


- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspi- Verbo Intransitivo Oração Subordinada
rar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo

- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter Custou-me (a mim) crer nisso.
como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi- Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
rávamos a ele) tantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo

* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes- *A Gramática Normativa condena as construções que
soa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por
utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. pessoa: Custei para entender o problema. = Forma
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= As- correta: Custou-me entender o problema.
piravam a ela)
IMPLICAR
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
ASSISTIR
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
implicavam um firme propósito.
tar assistência a, auxiliar.
b) ter como consequência, trazer como consequência,
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
ciar, estar presente, caber, pertencer. econômicas.
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões. * No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
Essa lei assiste ao inquilino. indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem
não trabalhasse arduamente.
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in-
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de NAMORAR
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa - Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
conturbada cidade. anos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

OBEDECER - DESOBEDECER Há uma construção em que a coisa esquecida ou lem-


- Sempre transitivo indireto: brada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve
Todos obedeceram às regras. alteração de sentido. É uma construção muito rara na lín-
Ninguém desobedece às leis. gua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos
clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de
*Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
“lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas. Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
PROCEDER Não lhe lembram os bons momentos da infância? (=
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter momentos é sujeito)
cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa
segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto SIMPATIZAR - ANTIPATIZAR
adverbial de modo. - São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:
As afirmações da testemunha procediam, não havia Não simpatizei com os jurados.
como refutá-las. Simpatizei com os alunos.
Você procede muito mal.
Importante: A norma culta exige que os verbos e ex-
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo- pressões que dão ideia de movimento sejam usados com
sição “de”) e fazer, executar (rege complemento introduzido a preposição “a”:
pela preposição “a”) é transitivo indireto. Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
O avião procede de Maceió. Cláudia desceu ao segundo andar.
Procedeu-se aos exames. Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.
O delegado procederá ao inquérito.
Regência Nominal
QUERER
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter É o nome da relação existente entre um nome (subs-
vontade de, cobiçar. tantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse
Querem melhor atendimento. nome. Essa relação é sempre intermediada por uma prepo-
Queremos um país melhor. sição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em
conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de
estimar, amar: Quero muito aos meus amigos. um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos
nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os
VISAR nomes correspondentes: todos regem complementos in-
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi- troduzidos pela preposição a. Veja:
rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
O homem visou o alvo. Obedecer a algo/ a alguém.
O gerente não quis visar o cheque. Obediente a algo/ a alguém.

- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Se uma oração completar o sentido de um nome, ou
objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”. seja, exercer a função de complemento nominal, ela será
O ensino deve sempre visar ao progresso social. completiva nominal (subordinada substantiva).
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
público.

ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronomi-
nal)

No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja,


exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e
exigem complemento com a preposição “de”. São, portan-
to, transitivos indiretos:
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Regência de Alguns Nomes

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Observação: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: para-
lela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.

Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

Questões

1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a norma culta da
língua quanto à regência verbal.
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
B) Eu esqueci do seu nome.
C) Você assistiu à cena toda?
D) Ele chegou na oficina pela manhã.
E) Sempre obedeço as leis de trânsito.

62
LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Quanto à estrutura da frase, as que possuem verbo


A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir. = prefiro viajar (oração) são estruturadas por dois elementos essenciais:
de ônibus a dirigir sujeito e predicado.
B) Eu esqueci do seu nome. = Eu me esqueci do seu O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo
nome em número e pessoa. É o “ser de quem se declara algo”, “o
C) Você assistiu à cena toda? = correta tema do que se vai comunicar”; o predicado é a parte da
D) Ele chegou na oficina pela manhã. = Ele chegou à frase que contém “a informação nova para o ouvinte”, é o
oficina pela manhã que “se fala do sujeito”. Ele se refere ao tema, constituindo
E) Sempre obedeço as leis de trânsito. = Sempre obe- a declaração do que se atribui ao sujeito.
deço às leis de trânsito Quando o núcleo da declaração está no verbo (que in-
RESPOSTA: “C”. dique ação ou fenômeno da natureza, seja um verbo signi-
ficativo), temos o predicado verbal. Mas, se o núcleo estiver
2-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – em um nome (geralmente um adjetivo), teremos um predi-
MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014 - adaptada) Leia o se- cado nominal (os verbos deste tipo de predicado são os
guinte trecho para responder à questão. que indicam estado, conhecidos como verbos de ligação):
A pesquisa encontrou um dado curioso: homens com O menino limpou a sala. = “limpou” é verbo de ação
baixos níveis de testosterona tiveram uma resposta imuno- (predicado verbal)
lógica melhor a essa medida, similar _______________ . A prova foi fácil. – “foi” é verbo de ligação (ser); o nú-
A alternativa que completa, corretamente, o texto é: cleo é “fácil” (predicado nominal)
(A) das mulheres
(B) às mulheres Quanto ao período, ele denomina a frase constituída
(C) com das mulheres por uma ou mais orações, formando um todo, com sentido
(D) à das mulheres completo. O período pode ser simples ou composto.
(E) ao das mulheres
Período simples é aquele constituído por apenas uma
oração, que recebe o nome de oração absoluta.
2-) Similar significa igual; sua regência equivale à da
Chove.
palavra “igual”: igual a quê? Similar a quem? Similar à (su-
A existência é frágil.
bentendido: resposta imunológica) das mulheres.
Amanhã, à tarde, faremos a prova do concurso.
RESPOSTA: “D”.
Período composto é aquele constituído por duas ou
mais orações:
Cantei, dancei e depois dormi.
Quero que você estude mais.
FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO Termos essenciais da oração
TERMOS DA ORAÇÃO
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO O sujeito e o predicado são considerados termos
essenciais da oração, ou seja, são termos indispensáveis
para a formação das orações. No entanto, existem orações
formadas exclusivamente pelo predicado. O que define a
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para oração é a presença do verbo. O sujeito é o termo que es-
estabelecer comunicação. Normalmente é composta por tabelece concordância com o verbo.
dois termos – o sujeito e o predicado – mas não obrigato- O candidato está preparado.
riamente, pois há orações ou frases sem sujeito: Trovejou Os candidatos estão preparados.
muito ontem à noite.
Na primeira frase, o sujeito é “o candidato”. “Candida-
Quanto aos tipos de frases, além da classificação em to” é a principal palavra do sujeito, sendo, por isso, deno-
verbais (possuem verbos, ou seja, são orações) e nominais minada núcleo do sujeito. Este se relaciona com o verbo,
(sem a presença de verbos), feita a partir de seus elementos estabelecendo a concordância (núcleo no singular, verbo
constituintes, elas podem ser classificadas a partir de seu no singular: candidato = está).
sentido global: A função do sujeito é basicamente desempenhada por
- frases interrogativas = o emissor da mensagem for- substantivos, o que a torna uma função substantiva da ora-
mula uma pergunta: Que dia é hoje? ção. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer outras
- frases imperativas = o emissor dá uma ordem ou faz palavras substantivadas (derivação imprópria) também po-
um pedido: Dê-me uma luz! dem exercer a função de sujeito.
- frases exclamativas = o emissor exterioriza um estado Os dois sumiram. (dois é numeral; no exemplo, subs-
afetivo: Que dia abençoado! tantivo)
- frases declarativas = o emissor constata um fato: A Um sim é suave e sugestivo. (sim é advérbio; no exem-
prova será amanhã. plo: substantivo)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: 1-) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do o sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
sujeito. Bateram à porta;
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden- Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi-
tificado pela concordância verbal. O sujeito determinado nistro.
pode ser simples ou composto.
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é * Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples
possível identificar claramente a que se refere a concor- ou composto:
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não inte- Os meninos bateram à porta. (simples)
ressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
Estão gritando seu nome lá fora.
Trabalha-se demais neste lugar. 2-) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres-
cido do pronome “se”. Esta é uma construção típica dos
O sujeito simples é o sujeito determinado que apre- verbos que não apresentam complemento direto:
senta um único núcleo, que pode estar no singular ou no Precisa-se de mentes criativas.
plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, Vivia-se bem naqueles tempos.
sublinhei os núcleos dos sujeitos: Trata-se de casos delicados.
Nós estudaremos juntos. Sempre se está sujeito a erros.
A humanidade é frágil.
Ninguém se move. O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice de
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma indeterminação do sujeito.
derivação imprópria, transformando-o em substantivo)
As crianças precisam de alimentos saudáveis. As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
O sujeito composto é o sujeito determinado que apre- sagem está centrada no processo verbal. Os principais ca-
sos de orações sem sujeito com:
senta mais de um núcleo.
Alimentos e roupas custam caro.
1-) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
Ela e eu sabemos o conteúdo.
Amanheceu.
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.
Está trovejando.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a
2-) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o
fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
“antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do
geral:
sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela Está tarde.
desinência verbal ou pelo contexto. Já são dez horas.
Abolimos todas as regras. = (nós) Faz frio nesta época do ano.
Falaste o recado à sala? = (tu) Há muitos concursos com inscrições abertas.
* Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri- Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na segun- informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
da do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os prono- orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
mes não estejam explícitos. um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado é
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com exceção
na desinência verbal “-mos” do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que difere
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na desi- do sujeito numa oração é o seu predicado.
nência verbal “-ais” Chove muito nesta época do ano.
Houve problemas na reunião.
Mas:
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós * Em ambas as orações não há sujeito, apenas predi-
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós cado.

O sujeito indeterminado surge quando não se quer - As questões estavam fáceis!


ou não se pode - identificar a que o predicado da oração Sujeito simples = as questões
refere-se. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso Predicado = estavam fáceis
contrário, teríamos uma oração sem sujeito.
Na língua portuguesa, o sujeito pode ser indetermina- Passou-me uma ideia estranha pelo pensamento.
do de duas maneiras: Sujeito = uma ideia estranha
Predicado = passou-me pelo pensamento

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LÍNGUA PORTUGUESA

Para o estudo do predicado, é necessário verificar se No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta
seu núcleo é um nome (então teremos um predicado no- duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga-
minal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se considerar ção. Este predicado poderia ser desdobrado em dois: um
também se as palavras que formam o predicado referem- verbal e outro nominal.
se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.

Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona
de opinião. o complemento homens com o predicativo “inconstantes”.
Predicado
Termos integrantes da oração
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o
direta ou indiretamente ao verbo. complemento nominal são chamados termos integrantes da
A cidade está deserta. oração.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver-
O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-se bos transitivos, com eles formando unidades significativas.
ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como elemento Estes verbos podem se relacionar com seus complementos
de ligação (por isso verbo de ligação) entre o sujeito e a diretamente, sem a presença de preposição, ou indireta-
palavra a ele relacionada (no caso: deserta = predicativo mente, por intermédio de preposição.
do sujeito).
O objeto direto é o complemento que se liga direta-
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo mente ao verbo.
significativo um verbo: Houve muita confusão na partida final.
Chove muito nesta época do ano. Queremos sua ajuda.
Estudei muito hoje!
O objeto direto preposicionado ocorre principalmen-
Compraste a apostila?
te:
- com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
referentes a pessoas:
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro-
Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.
cessos.
(o objeto é direto, mas como há preposição, denomi-
na-se: objeto direto preposicionado)
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo
significativo um nome; este atribui uma qualidade ou esta- - com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes
do ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujei- de tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero cansar a
to. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da Vossa Senhoria.
oração por meio de um verbo (o verbo de ligação).
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, - para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise.
isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao pre- (sem preposição, o sentido seria outro: O povo prejudica
dicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do a crise)
sujeito: Os dados parecem corretos.
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, an- O objeto indireto é o complemento que se liga indi-
dar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como ele- retamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
mento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele rela- Gosto de música popular brasileira.
cionadas. Necessito de ajuda.
* A função de predicativo é exercida, normalmente, por
um adjetivo ou substantivo. O termo que integra o sentido de um nome chama-se
complemento nominal, que se liga ao nome que comple-
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen- ta por intermédio de preposição:
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a palavra
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao “necessária”
sujeito ou ao complemento verbal (objeto). Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig-
nificativo, indicando processos. É também sempre por in- Termos acessórios da oração e vocativo
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
termo a que se refere. Os termos acessórios recebem este nome por serem
1- O dia amanheceu ensolarado; explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o ad-
2- As mulheres julgam os homens inconstantes. junto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo
– este, sem relação sintática com outros temos da oração.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O adjunto adverbial é o termo da oração que indi- O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va-
ca uma circunstância do processo verbal ou intensifica o lor na oração, em:
sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma-
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o
exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei a mundo.
pé àquela velha praça. b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas
coisas: amor, arte, ação.
As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho,
adverbial são: tudo forma o carnaval.
- assunto: Falavam sobre futebol. d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixa-
- causa: As folhas caíram com o vento. ram-se por muito tempo na baía anoitecida.
- companhia: Ficarei com meus pais.
- concessão: Apesar de você, serei feliz. O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar
- conformidade: Fez tudo conforme o combinado. ou interpelar um ouvinte real ou hipotético, não mantendo
- dúvida: Talvez ainda chova. relação sintática com outro termo da oração. A função de
- fim: Estudou para o exame. vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes
- instrumento: Fez o corte com a faca. substantivos, numerais e palavras substantivadas esse pa-
- intensidade: Falava bastante.
pel na linguagem.
- lugar: Vou à cidade.
João, venha comigo!
- matéria: Este prato é feito de porcelana.
Traga-me doces, minha menina!
- meio: Viajarei de trem.
- modo: Foram recrutados a dedo.
- negação: Não há ninguém que mereça.
- tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo. Questões

O adjunto adnominal é o termo acessório que deter- 1-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função UFAL/2014 - adaptada)
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também
atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais
e os pronomes adjetivos.
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu
amigo de infância.

O adjunto adnominal se liga diretamente ao substan-


tivo a que se refere, sem participação do verbo. Já o predi-
cativo do objeto se liga ao objeto por meio de um verbo.
O poeta português deixou uma obra originalíssima.
O poeta deixou-a.
(originalíssima não precisou ser repetida, portanto: ad-
junto adnominal)

O poeta português deixou uma obra inacabada. O cartaz acima divulga a peça de teatro “Quem tem
O poeta deixou-a inacabada. medo de Virginia Woolf?” escrita pelo norte-americano
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do Edward Albee. O termo “de Virginia Woolf”, do título em
objeto)
português da peça, funciona como:
A) objeto indireto.
Enquanto o complemento nominal se relaciona a um
B) complemento nominal.
substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto adnominal se
relaciona apenas ao substantivo. C) adjunto adnominal.
D) adjunto adverbial.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, E) agente da passiva.
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um ter-
mo que exerça qualquer função sintática: Ontem, segunda- 1-) O termo complementa a palavra “medo”, que é
feira, passei o dia mal-humorado. substantivo (nome – nominal). Portanto é um complemen-
to nominal. O verbo “ter” tem como complemento verbal
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo (objeto) a palavra “medo”, que exerce a função sintática de
“ontem”. O aposto é sintaticamente equivalente ao termo objeto direto.
que se relaciona porque poderia substituí-lo: Segunda-feira RESPOSTA: “B”.
passei o dia mal-humorado.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) Coordenadas Assindéticas


... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de com- São orações coordenadas entre si e que não são liga-
plemento que o da frase acima está em: das através de nenhum conectivo. Estão apenas justapos-
(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... tas.
(B) Esses caminhos floresceram durante os primórdios Entrei na sala, deitei-me no sofá, adormeci.
da Idade Média.
(C) ... viajavam por cordilheiras... Coordenadas Sindéticas
(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.
(E) O maquinista empurra a manopla do acelerador. Ao contrário da anterior, são orações coordenadas en-
tre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coor-
2-) Acompanhar é transitivo direto (acompanhar quem denativa, que dará à oração uma classificação. As orações
ou o quê - não há preposição): coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos:
A = foi = verbo de ligação (ser) – não há complemento, aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicati-
mas sim, predicativo do sujeito (rota única); vas.
B = floresceram = intransitivo (durante os primórdios =
adjunto adverbial); ** Dica: Memorize SINdética = SIM, tem conjunção!
C = viajavam = intransitivo (por cordilheiras = adjunto Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas prin-
adverbial); cipais conjunções são: e, nem, não só... mas também, não
D = cair = intransitivo; só... como, assim... como.
E = empurra = transitivo direto (empurrar quem ou o Nem comprei o protetor solar nem fui à praia.
quê?) Comprei o protetor solar e fui à praia.
RESPOSTA: “E”.
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas
Período Composto por Coordenação principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretan-
to, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
O período composto se caracteriza por possuir mais de Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
uma oração em sua composição. Sendo assim: Li tudo, porém não entendi!
- Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma
oração) Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer;
praia. (Período Composto =locução verbal + verbo, duas seja...seja.
orações) Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
- Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar
um protetor solar. (Período Composto = três verbos, três Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas
orações). principais conjunções são: logo, portanto, por fim, por con-
seguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo).
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer Passei no concurso, portanto comemorarei!
entre as orações de um período composto: uma relação de A situação é delicada; devemos, pois, agir.
coordenação ou uma relação de subordinação.
Duas orações são coordenadas quando estão juntas Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas
em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verda-
informações, marcado pela pontuação final), mas têm, am- de, pois (anteposto ao verbo).
bas, estruturas individuais, como é o exemplo de: Não fui à praia, pois queria descansar durante o Do-
Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. mingo.
(Período Composto) Maria chorou porque seus olhos estão vermelhos.
Podemos dizer:
1. Estou comprando um protetor solar. Período Composto Por Subordinação
2. Irei à praia.
Separando as duas, vemos que elas são independen- Quero que você seja aprovado!
tes. Tal período é classificado como Período Composto Oração principal oração subordinada
por Coordenação.
Quanto à classificação das orações coordenadas, te- Observe que na oração subordinada temos o verbo
mos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas “seja”, que está conjugado na terceira pessoa do singular
Sindéticas. do presente do subjuntivo, além de ser introduzida por
conjunção. As orações subordinadas que apresentam ver-
bo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do
indicativo, subjuntivo e imperativo) e são iniciadas por con-
junção, chamam-se orações desenvolvidas ou explícitas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Podemos modificar o período acima. Veja: * Atenção: Observe que a oração subordinada subs-
tantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”. Assim,
Quero ser aprovado. temos um período simples:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Desta forma, a oração correspondente a “isso” exercerá
A análise das orações continua sendo a mesma: “Que- a função de sujeito.
ro” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su- Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordi- principal:
nada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso,
a conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações, - Verbos de ligação + predicativo, em construções do
desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É
numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particí- claro - Está evidente - Está comprovado
pio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. É bom que você compareça à minha festa.
* Observação: as orações reduzidas não são introdu-
- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-se,
zidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser,
Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anunciado, Ficou
eventualmente, introduzidas por preposição.
provado.
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
1-) Orações Subordinadas Substantivas

A oração subordinada substantiva tem valor de subs- - Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte- importar - ocorrer - acontecer
grante (que, se). Convém que não se atrase na entrevista.

Não sei se sairemos hoje. Observação: quando a oração subordinada substanti-


Oração Subordinada Substantiva va é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na
3.ª pessoa do singular.
Temos medo de que não sejamos aprovados.
Oração Subordinada Substantiva b) Objetiva Direta = exerce função de objeto direto
do verbo da oração principal:
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também
introduzem as orações subordinadas substantivas, bem Todos querem sua aprovação no concurso.
como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, Objeto Direto
como).
Todos querem que você seja aprovado. (Todos
O garoto perguntou qual seu nome. querem isso)
Oração Subordinada Subs- Oração Principal oração Subordinada Substantiva
tantiva Objetiva Direta

Não sabemos quando ele virá. As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Oração Subordinada Substan- (desenvolvidas) são iniciadas por:
tiva - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
“se”: A professora verificou se os alunos estavam presentes.
Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
vas
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: O
Conforme a função que exerce no período, a oração
pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do
verbo da oração principal: - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Eu
É fundamental o seu comparecimento à reu- não sei por que ela fez isso.
nião.
Sujeito c) Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
É fundamental que você compareça à
reunião. Meu pai insiste em meu estudo.
Oração Principal Oração Subordinada Substan- Objeto Indireto
tiva Subjetiva

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LÍNGUA PORTUGUESA

Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste 2-) Orações Subordinadas Adjetivas
nisso)
Oração Subordinada Substantiva Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
Objetiva Indireta valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
Observação: em alguns casos, a preposição pode estar a função de adjunto adnominal do antecedente.
elíptica na oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Esta foi uma redação bem-sucedida.
Oração Subordinada Substantiva Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno-
Objetiva Indireta minal)

d) Completiva Nominal = completa um nome que O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo
pertence à oração principal e também vem marcada por “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos outra
preposição. construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:

Sentimos orgulho de seu comportamento. Esta foi uma redação que fez sucesso.
Complemento Nominal Oração Principal Oração Subordinada
Adjetiva
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sen-
timos orgulho disso.) Perceba que a conexão entre a oração subordinada
Oração Subordinada Substantiva adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é
Completiva Nominal feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou
relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob- uma função sintática na oração subordinada: ocupa o pa-
jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto pel que seria exercido pelo termo que o antecede (no caso,
que orações subordinadas substantivas completivas nomi- “redação” é sujeito, então o “que” também funciona como
nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma sujeito).
da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
tado. Esta é a diferença entre o objeto indireto e o com-
Observação: para que dois períodos se unam num
plemento nominal: o primeiro complementa um verbo; o
período composto, altera-se o modo verbal da segunda
segundo, um nome.
oração.
e) Predicativa = exerce papel de predicativo do sujei-
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re-
to do verbo da oração principal e vem sempre depois do
conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser
verbo ser.
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
Nosso desejo era sua desistência. Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta oração é
Predicativo do Sujeito equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.

Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
era isso)
Oração Subordinada Substantiva Quando são introduzidas por um pronome relativo e
Predicativa apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
Observação: em certos casos, usa-se a preposição ex- das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas
pletiva “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
que não fui bem na prova. (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
f) Apositiva = exerce função de aposto de algum ter- particípio).
mo da oração principal.
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade! Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Aposto
No primeiro período, há uma oração subordinada ad-
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz! jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome re-
Oração subordinada lativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito per-
substantiva apositiva reduzida de infinitivo feito do indicativo. No segundo, há uma oração subordina-
(Fernanda tinha um grande sonho: isso) da adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo
e seu verbo está no infinitivo.
* Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! (:)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
minha vida.
Na relação que estabelecem com o termo que caracteri- Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
zam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas minha vida.
maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especifi-
cam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. No primeiro período, “naquele momento” é um adjun-
Nestas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas to adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “sen-
subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações ti”. No segundo período, este papel é exercido pela oração
que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o ante-
“Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração subordi-
cedente, que já se encontra suficientemente definido. Estas
nada adverbial temporal. Esta oração é desenvolvida, pois
orações denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1: é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando)
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (“vi”, do
passava naquele momento. pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la,
Oração obtendo-se:
Subordinada Adjetiva Restritiva Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha
vida.
No período acima, observe que a oração em destaque
restringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: tra- A oração em destaque é reduzida, apresentando uma
ta-se de um homem específico, único. A oração limita o uni- das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é
verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens, introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma
mas sim àquele que estava passando naquele momento. preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).

Exemplo 2: Observação: a classificação das orações subordinadas


O homem, que se considera racional, muitas vezes age adverbiais é feita do mesmo modo que a classificação dos
animalescamente. adjuntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa pela oração.
Agora, a oração em destaque não tem sentido restritivo
Orações Subordinadas Adverbiais
em relação à palavra “homem”; na verdade, apenas explici-
ta uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de
“homem”. a) Causal = A ideia de causa está diretamente ligada
àquilo que provoca um determinado fato, ao motivo do
** Saiba que: A oração subordinada adjetiva explicati- que se declara na oração principal. Principal conjunção su-
va é separada da oração principal por uma pausa que, na bordinativa causal: porque. Outras conjunções e locuções
escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que causais: como (sempre introduzido na oração anteposta à
a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as ora- oração principal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto
ções explicativas das restritivas; de fato, as explicativas vêm que.
sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não. As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.
Já que você não vai, eu também não vou.
3-) Orações Subordinadas Adverbiais
A diferença entre a subordinada adverbial causal e a
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce sindética explicativa é que esta “explica” o fato que aconte-
a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal. ceu na oração com a qual ela se relaciona; aquela apresenta
Assim, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, a “causa” do acontecimento expresso na oração à qual ela
causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem se subordina. Repare:
introduzida por uma das conjunções subordinativas (com
1-) Faltei à aula porque estava doente.
exclusão das integrantes, que introduzem orações subor-
2-) Melissa chorou, porque seus olhos estão vermelhos.
dinadas substantivas). Classifica-se de acordo com a con-
junção ou locução conjuntiva que a introduz (assim como Em 1, a oração destacada aconteceu primeiro que o
acontece com as coordenadas sindéticas). fato expresso na oração anterior, ou seja, o fato de estar
doente impediu-me de ir à aula. No exemplo 2, a oração
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo. sublinhada relata um fato que aconteceu depois, já que
Oração Subordinada Adverbial primeiro ela chorou, depois seus olhos ficaram vermelhos.
b) Consecutiva = exprime um fato que é consequên-
A oração em destaque agrega uma circunstância de cia, é efeito do que se declara na oração principal. São in-
tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada adver- troduzidas pelas conjunções e locuções: que, de forma que,
bial temporal. Os adjuntos adverbiais são termos acessórios de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas tão...que, tan-
que indicam uma circunstância referente, via de regra, a to...que, tamanho...que.
um verbo. A classificação do adjunto adverbial depende da Principal conjunção subordinativa consecutiva: que
exata compreensão da circunstância que exprime. (precedido de tal, tanto, tão, tamanho)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con- g) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que
cretizando-os. se declara na oração principal. Principal conjunção subordi-
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzi- nativa final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque
da de Infinitivo) (= para que) e a locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
c) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o h) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
que deve ou não ocorrer para que se realize - ou deixe de seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
se realizar - o fato expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à
Principal conjunção subordinativa condicional: se. Ou- proporção que. Outras locuções conjuntivas proporcio-
tras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, nais: à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas:
salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto me-
uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). nor...(maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais),
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, quanto mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto me-
certamente o melhor time será campeão. nos...(menos).
Caso você saia, convide-me. À proporção que estudávamos mais questões acertáva-
mos.
d) Concessiva = indica concessão às ações do verbo À medida que lia mais culto ficava.
da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente i) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato
ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal con- expresso na oração principal, podendo exprimir noções de
junção subordinativa concessiva: embora. Utiliza-se tam- simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal
bém a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda conjunção subordinativa temporal: quando. Outras con-
quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. junções subordinativas temporais: enquanto, mal e locu-
Só irei se ele for. ções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que,
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu”
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita.
Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
Compare agora com:
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
Irei mesmo que ele não vá.
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:
Fontes de pesquisa:
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/fra-
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
se-periodo-e-oracao
cessiva.
Observe outros exemplos: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Embora fizesse calor, levei agasalho. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo)

e) Comparativa= As orações subordinadas adverbiais CRASE


comparativas estabelecem uma comparação com a ação
indicada pelo verbo da oração principal. Principal conjun-
ção subordinativa comparativa: como.
Ele dorme como um urso. (como um urso dorme) A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais
Você age como criança. (age como uma criança age) idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a” com
o artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente aos pro-
*geralmente há omissão do verbo. nomes demonstrativos – aquela(s), aquele(s), aquilo e com
o “a” pertencente ao pronome relativo a qual (as quais).
f) Conformativa = indica ideia de conformidade, ou Casos estes em que tal fusão encontra-se demarcada pelo
seja, apresenta uma regra, um modelo adotado para a acento grave ( ` ): à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às
execução do que se declara na oração principal. Principal quais.
conjunção subordinativa conformativa: conforme. Outras O uso do acento indicativo de crase está condicionado
conjunções conformativas: como, consoante e segundo (to- aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal e no-
das com o mesmo valor de conforme). minal, mais precisamente ao termo regente e termo regido.
Fiz o bolo conforme ensina a receita. Ou seja, o termo regente é o verbo - ou nome - que exige
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm complemento regido pela preposição “a”, e o termo regido
direitos iguais. é aquele que completa o sentido do termo regente, admi-
tindo a anteposição do artigo a(s).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela con- * A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
tratada recentemente. verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o acento grave:
Após a junção da preposição com o artigo (destacados - locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às pres-
entre parênteses), temos: sas, à vontade...
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada - locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura
recentemente. de...
- locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, clas-
sifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos referi- * Cuidado: quando as expressões acima não exerce-
mos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição a + o rem a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome Eu adoro a noite!
demonstrativo aquela (àquela). Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer
objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não
Observação importante: Alguns recursos servem de preposição.
ajuda para que possamos confirmar a ocorrência ou não da
crase. Eis alguns: Casos passíveis de nota:
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase *a crase é facultativa diante de nomes próprios femini-
está confirmada. nos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
Os dados foram solicitados à diretora.
Os dados foram solicitados ao diretor. *também é facultativa diante de pronomes possessivos
femininos: O diretor fez referência a (à) sua empresa.
b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se
o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na expres- *facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja ficará
são “voltar da”, há a confirmação da crase. aberta até as (às) dezoito horas.
Faremos uma visita à Bahia.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada) * Constata-se o uso da crase se as locuções preposi-
tivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas,
Não me esqueço da viagem a Roma.
mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão por
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)
mais vividos.
* Não se efetiva o uso da crase diante da locução ad-
Atenção: Nas situações em que o nome geográfico se
verbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observamos
apresentar modificado por um adjunto adnominal, a crase
a queima de fogos a distância.
está confirmada.
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas
praias. Entretanto, se o termo vier determinado, teremos uma
locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre foi
** Dica: Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou arremessado à distância de cem metros.
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a Campinas. =
Volto de Campinas. (crase pra quê?) - De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade -,
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) faz-se necessário o emprego da crase.
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifica- Ensino à distância.
do, ocorrerá crase. Veja: Ensino a distância.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” * Em locuções adverbiais formadas por palavras repeti-
Irei à Salvador de Jorge Amado. das, não há ocorrência da crase.
Ela ficou frente a frente com o agressor.
* A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), Eu o seguirei passo a passo.
aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo re-
gente exigir complemento regido da preposição “a”. Casos em que não se admite o emprego da crase:
Entregamos a encomenda àquela menina.
(preposição + pronome demonstrativo) * Antes de vocábulos masculinos.
As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
Iremos àquela reunião. Esta caneta pertence a Pedro.
(preposição + pronome demonstrativo)
* Antes de verbos no infinitivo.
Sua história é semelhante às que eu ouvia quando crian- Ele estava a cantar.
ça. (àquelas que eu ouvia quando criança) Começou a chover.
(preposição + pronome demonstrativo)

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LÍNGUA PORTUGUESA

* Antes de numeral. Questões


O número de aprovados chegou a cem.
Faremos uma visita a dez países. 1-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
FE/2014) Assinale a alternativa que preenche corretamente
Observação: as lacunas da frase a seguir.
- Nos casos em que o numeral indicar horas – funcio- Quando________ três meses disse-me que iria _________
nando como uma locução adverbial feminina – ocorrerá Grécia para visitar ___ sua tia, vi-me na obrigação de ajudá
crase: Os passageiros partirão às dezenove horas. -la _______ resgatar as milhas _________ quais tinha direito.
A-) a - há - à - à - às
- Diante de numerais ordinais femininos a crase está B-) há - à - a - a – às
confirmada, visto que estes não podem ser empregados C-) há - a - há - à - as
sem o artigo: As saudações foram direcionadas à primeira D-) a - à - a - à - às
aluna da classe. E-) a - a - à - há – as
- Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quan- 1-) Quando HÁ (sentido de tempo) três meses disse-
do essa não se apresentar determinada: Chegamos todos
me que iria À (“vou a, volto da, crase há!”) Grécia para vi-
exaustos a casa.
sitar A (artigo) sua tia, vi-me na obrigação de ajudá-la A
Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto ad-
(ajudar “ela” a fazer algo) resgatar as milhas ÀS quais tinha
nominal, a crase estará confirmada: Chegamos todos exaus-
direito (tinha direito a quê? às milhas – regência nominal).
tos à casa de Marcela.
Teremos: há, à, a, a, às.
- não há crase antes da palavra “terra”, quando essa RESPOSTA: “B”.
indicar chão firme: Quando os navegantes regressaram a
terra, já era noite. 2-) (EMPLASA/SP – ANALISTA JURÍDICO – DIREITO –
Contudo, se o termo estiver precedido por um deter- VUNESP/2014)
minante ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá crase. A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de tra-
Paulo viajou rumo à sua terra natal. balho para proceder _____ medidas necessárias _____ exu-
O astronauta voltou à Terra. mação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart,
sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exumação de
- não ocorre crase antes de pronomes que requerem o Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presidente morreu
uso do artigo. de causas naturais, ou seja, devido ____ uma parada cardía-
Os livros foram entregues a mim. ca – que tem sido a versão considerada oficial até hoje –, ou
Dei a ela a merecida recompensa. se sua morte se deve ______ envenenamento.
(http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,-
Observação: Pelo fato de os pronomes de tratamento governo-cria-grupo-exumar--restos-mortais-de- jan-
relativos à senhora, senhorita e madame admitirem artigo, go,1094178,0.htm 07. 11.2013. Adaptado)
o uso da crase está confirmado no “a” que os antecede, no
caso de o termo regente exigir a preposição. Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as la-
Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia. cunas da frase devem ser completadas, correta e respecti-
vamente, por
*não ocorre crase antes de nome feminino utilizado em (A) a ... à ... a ... a
sentido genérico ou indeterminado: (B) as ... à ... a ... à
Estamos sujeitos a críticas. (C) às ... a ... à ... a
Refiro-me a conversas paralelas. (D) à ... à ... à ... a
(E) a ... a ... a ... à
Fontes de pesquisa:
http://www.portugues.com.br/gramatica/o-uso-crase-.
2-) A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de
html
trabalho para proceder a medidas (palavra no plural, ge-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. neralizando) necessárias à (regência nominal pede prepo-
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere- sição) exumação dos restos mortais do ex-presidente João
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Goulart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exu-
Saraiva, 2010. mação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presi-
dente morreu de causas naturais, ou seja, devido a uma
(artigo indefinido) parada cardíaca – que tem sido a versão
considerada oficial até hoje –, ou se sua morte se deve a
(regência verbal) envenenamento. A / à / a / a
RESPOSTA: “A”.

73
LÍNGUA PORTUGUESA

3-) (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram lhe disse isso?
uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade
de Tikal, na Guatemala. 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto
O a empregado na frase acima, imediatamente depois se ofendem!
de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o
segmento grifado seja substituído por: 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas):
(A) Uma tal ilação. Que Deus o ajude.
(B) Afirmações como essa.
(C) Comprovação dessa assertiva. 5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome
(D) Emitir uma opinião desse tipo. reto ou sujeito expresso:
(E) Semelhante resultado. Eu lhe entregarei o material amanhã.
Tu sabes cantar?
3-)
(A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento grave Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
antes de artigo) verbo. A mesóclise é usada:
(B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (antes
de palavra no plural e o “a” no singular) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
(C) Comprovação dessa assertiva – chegar à compro- turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
vação precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
(D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento
(verbo no infinitivo) em prol da paz no mundo.
(E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (pala- Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
vra masculina) lizará”:
RESPOSTA: “C”. realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma palavra
que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria. Veja:
Não se realizará...
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompanha-
ria nessa viagem).
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A
pronomes oblíquos átonos na frase. ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem
possíveis:
* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a função
de complemento verbal (objeto). Por isso, memorize: 1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
OBlíquo = OBjeto! Quando eu avisar, silenciem-se todos.
Embora na linguagem falada a colocação dos prono- 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas de- era minha intenção machucá-la.
vem ser observadas na linguagem escrita.
3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. A inicia período com pronome oblíquo).
próclise é usada: Vou-me embora agora mesmo.
Levanto-me às 6h.
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que
atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, no concurso, mudo-me hoje mesmo!
jamais, etc.: Não se desespere!
b) Advérbios: Agora se negam a depor. 5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a pro-
c) Conjunções subordinativas: Espero que me expliquem posta fazendo-se de desentendida.
tudo!
d) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se es- Colocação pronominal nas locuções verbais
forçou. - após verbo no particípio = pronome depois do verbo
e) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportuni- auxiliar (e não depois do particípio):
dade. Tenho me deliciado com a leitura!
Eu tenho me deliciado com a leitura!
f) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. Eu me tenho deliciado com a leitura!

74
LÍNGUA PORTUGUESA

- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas 1-) Primeiramente identifiquemos se temos objeto di-
locuções verbais: reto ou indireto. Reconhece o quê? Resposta: a informali-
Vamos nos unir! dade. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto
Iremos nos manifestar. direto. Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indireto.
Como temos a presença do “que” – independente de sua
- quando há um fator para próclise nos tempos com- função no período (pronome relativo, no caso!) – a regra
postos ou locuções verbais: opção pelo uso do pronome pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a re-
oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar conhecem.
(e não: “não nos vamos preocupar”). RESPOSTA: “A”.

Observações importantes: 2-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substitui-


ção do elemento grifado pelo pronome correspondente foi
Emprego de o, a, os, as realizada de modo INCORRETO em:
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
pronomes: o, a, os, as não se alteram. (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os
Chame-o agora. (C) para fazer a dragagem = para fazê-la
Deixei-a mais tranquila. (D) que desviava a água = que lhe desviava
(E) supriam a necessidade = supriam-na
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes
finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos: 2-)
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = cor-
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. reta
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, (C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta
ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, (D) que desviava a água = que lhe desviava = que a
nos, nas. desviava
Chamem-no agora. (E) supriam a necessidade = supriam-na = correta
Põe-na sobre a mesa. RESPOSTA: “D”.

* Dica: 3-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014)


Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que significa cruzando os desertos do oeste da China − que con-
“antes”! Pronome antes do verbo! tornam a Índia − adotam complexas providências
Ênclise – “en”... lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end, em In- Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
glês – que significa “fim, final!). Pronome depois do verbo! grifados acima foram corretamente substituídos por um
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do verbo pronome, respectivamente, em:
Pronome Oblíquo – função de objeto (A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as
(B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam
Fontes de pesquisa: (C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes
http://www.portugues.com.br/gramatica/colocacao (D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas
-pronominal-.html (E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 3-) Não podemos utilizar “lhes”, que corresponde ao
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere- objeto indireto (verbo “cruzar” pede objeto direto: cruzar
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: o quê?), portanto já desconsideramos as alternativas “B”
Saraiva, 2010. e “D”. Ao iniciarmos um parágrafo ( já que no enunciado
temos uma oração assim) devemos usar ênclise: (cruzan-
Questões do-os); na segunda oração temos um pronome relativo (dá
para substituirmos por “o qual”), o que nos obriga a usar
1-) (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINIS- a próclise (que a contorna); “adotam” exige objeto direto
TRAÇÃO - CESGRANRIO/2014) Em “Há políticas que reco- (adotam quem ou o quê?), chegando à resposta: adotam-
nhecem a informalidade”, ao substituir o termo destacado nas (quando o verbo terminar em “m” e usarmos um pro-
por um pronome, de acordo com a norma-padrão da lín- nome oblíquo direto, lembre-se do alfabeto: jklM – N!).
gua, o trecho assume a formulação apresentada em: RESPOSTA: “D”.
A) Há políticas que a reconhecem.
B) Há políticas que reconhecem-a.
C) Há políticas que reconhecem-na.
D) Há políticas que reconhecem ela.
E) Há políticas que lhe reconhecem.

75
LÍNGUA PORTUGUESA

c) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou


SIGNIFICADO DAS PALAVRAS perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia:
caminho (subst.) e caminho (verbo);
cedo (verbo) e cedo (adv.);
livre (adj.) e livre (verbo).
Semântica é o estudo da significação das palavras e
das suas mudanças de significação através do tempo ou - Parônimos = palavras com sentidos diferentes, po-
em determinada época. A maior importância está em dis- rém de formas relativamente próximas. São palavras pa-
tinguir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e recidas na escrita e na pronúncia: cesta (receptáculo de
homônimos e parônimos (homonímia / paronímia). vime; cesta de basquete/esporte) e sesta (descanso após o
almoço), eminente (ilustre) e iminente (que está para ocor-
Sinônimos rer), osso (substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/
ou verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo), comprimento
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto (medida) e cumprimento (saudação), autuar (processar) e
- abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir. atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), deferir
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são (atender a) e diferir (divergir), suar (transpirar) e soar (emi-
substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara tir som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar; apro-
e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quando, priar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo a
ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela outra, movimento, trânsito), mandato (procuração) e mandado
em determinado enunciado (aguardar e esperar). (ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar,
afundar).
Observação: A contribuição greco-latina é responsá-
vel pela existência de numerosos pares de sinônimos: ad- Hiperonímia e Hiponímia
versário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e
Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem
hemiciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e
a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo o hipô-
diálogo; transformação e metamorfose; oposição e antítese.
nimo uma palavra de sentido mais específico; o hiperôni-
mo, mais abrangente.
Antônimos
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipôni-
mo, criando, assim, uma relação de dependência semânti-
São palavras que se opõem através de seu significado:
ca. Por exemplo: Veículos está numa relação de hiperoní-
ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar; mia com carros, já que veículos é uma palavra de significa-
mal - bem. do genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões. Veículos é
um hiperônimo de carros.
Observação: A antonímia pode se originar de um pre- Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em
fixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili-
simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e dis- zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita a
córdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e an- repetição desnecessária de termos.
ticomunista; simétrico e assimétrico.
Fontes de pesquisa:
Homônimos e Parônimos http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-an-
tonimos,-homonimos-e-paronimos
- Homônimos = palavras que possuem a mesma grafia SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
ou a mesma pronúncia, mas significados diferentes. Podem coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
ser Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
a) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e dife- Saraiva, 2010.
rentes na pronúncia: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
rego (subst.) e rego (verbo); ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
colher (verbo) e colher (subst.); XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua Por-
jogo (subst.) e jogo (verbo); tuguesa – 2ªed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000.
denúncia (subst.) e denuncia (verbo);
providência (subst.) e providencia (verbo). Denotação e Conotação

b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di- Exemplos de variação no significado das palavras:
ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir); Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido li-
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); teral)
cela (compartimento) e sela (arreio); Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido
censo (recenseamento) e senso ( juízo); figurado)
paço (palácio) e passo (andar). Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)

76
LÍNGUA PORTUGUESA

As variações nos significados das palavras ocasionam Polissemia


o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo
(conotação) das palavras. Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir
multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de
Denotação um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra,
mas que abarca um grande número de significados dentro
Uma palavra é usada no sentido denotativo quando de seu próprio campo semântico.
apresenta seu significado original, independentemente Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
do contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconheci- algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em
do e muitas vezes associado ao primeiro significado que consideração as situações de aplicabilidade. Há uma infini-
aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da dade de exemplos em que podemos verificar a ocorrência
palavra. da polissemia:
A denotação tem como finalidade informar o receptor O rapaz é um tremendo gato.
da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um ca- O gato do vizinho é peralta.
ráter prático. É utilizada em textos informativos, como jor- Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
nais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de medi- Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
camentos, textos científicos, entre outros. A palavra “pau”, sobrevivência
por exemplo, em seu sentido denotativo é apenas um pe- O passarinho foi atingido no bico.
daço de madeira. Outros exemplos:
O elefante é um mamífero. Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de
As estrelas deixam o céu mais bonito! computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em
comum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido
Conotação de “entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”,
que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou
Uma palavra é usada no sentido conotativo quando “jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o
apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes in- formato quadriculado que têm.
terpretações, dependendo do contexto em que esteja inse-
rida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que vão Polissemia e homonímia
além do sentido original da palavra, ampliando sua signifi-
cação mediante a circunstância em que a mesma é utiliza- A confusão entre polissemia e homonímia é bastante
da, assumindo um sentido figurado e simbólico. Como no comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signifi-
exemplo da palavra “pau”: em seu sentido conotativo ela cados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado,
pode significar castigo (dar-lhe um pau), reprovação (tomei quando duas ou mais palavras com origens e significados
pau no concurso). distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho-
A conotação tem como finalidade provocar sentimen- monímia.
tos no receptor da mensagem, através da expressividade e A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é
linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em polissemia porque os diferentes significados para a pala-
conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios pu- vra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma palavra
blicitários, entre outros. Exemplos: polissêmica: pode significar o elemento básico do alfabeto,
Você é o meu sol! o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado
Minha vida é um mar de tristezas. indivíduo. Neste caso, os diferentes significados estão in-
Você tem um coração de pedra! terligados porque remetem para o mesmo conceito, o da
escrita.
* Dica: Procure associar Denotação com Dicionário:
trata-se de definição literal, quando o termo é utilizado Polissemia e ambiguidade
com o sentido que consta no dicionário.
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na
Fontes de pesquisa: interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode
http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denota- ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpreta-
cao/ ção. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à colocação
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. uma frase. Vejamos a seguinte frase:
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequen-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: temente são felizes.
Saraiva, 2010. Neste caso podem existir duas interpretações diferen-
tes:

77
LÍNGUA PORTUGUESA

As pessoas têm alimentação equilibrada porque são feli- Observação: toda metáfora é uma espécie de compa-
zes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. ração implícita, em que o elemento comparativo não apa-
rece.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela Seus olhos são como luzes brilhantes.
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpre- O exemplo acima mostra uma comparação evidente,
tação. Para fazer a interpretação correta é muito importan- através do emprego da palavra como.
te saber qual o contexto em que a frase é proferida. Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção Neste exemplo não há mais uma comparação (note a
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, co- ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja,
micidade. Repare na figura abaixo: qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta
é a verdadeira metáfora.

Observe outros exemplos:


1) “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando
Pessoa)
Neste caso, a metáfora é possível na medida em que
o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio
subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a
fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.).

2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar


(http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto- algum.
cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014). Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase
Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão que
indica uma alma rústica e abandonada (e angustiadamente
mas duas seriam:
inútil), há uma comparação subentendida: Minha alma é
Corte e coloração capilar
tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma estrada de
ou
terra que leva a lugar algum.
Faço corte e pintura capilar
A Amazônia é o pulmão do mundo.
Fontes de pesquisa:
Em sua mente povoa só inveja.
http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia.
htm Metonímia
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: É a substituição de um nome por outro, em virtude de
Saraiva, 2010. existir entre eles algum relacionamento. Tal substituição
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- pode acontecer dos seguintes modos:
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (=
Figura de Linguagem, Pensamento e Construção Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis).
2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (=
Figura de Palavra As lâmpadas iluminam o mundo).
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes
A figura de palavra consiste na substituição de uma da cruz. (= Não te afastes da religião).
palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico, 4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso
seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja Havana. (= Fumei um saboroso charuto).
por uma associação, uma comparação, uma similaridade. 5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Só-
Estes dois conceitos básicos - contiguidade e similaridade - crates tomou veneno).
permitem-nos reconhecer dois tipos de figuras de palavras: 6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu
a metáfora e a metonímia. trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que pro-
duzo).
Metáfora 7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (=
Bebeu todo o líquido que estava no cálice).
Consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em 8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfo-
lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em vir- nes foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram atrás
tude da circunstância de que o nosso espírito as associa dos jogadores).
e percebe entre elas certas semelhanças. É o emprego da 9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apres-
palavra fora de seu sentido normal. sadamente. (= Várias pessoas passavam apressadamente).

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LÍNGUA PORTUGUESA

10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e so- Fontes de pesquisa:


frem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil2.
mundo). php
11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheres foram coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
chamadas, não apenas uma mulher). Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
(= Minha filha adora o iogurte que é da marca Danone). Saraiva, 2010.
13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (=
Alguns astronautas foram à Lua). Antítese
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança pen-
derá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado). Consiste no emprego de palavras que se opõem quan-
to ao sentido. O contraste que se estabelece serve, essen-
Saiba que: Sinédoque se relaciona com o conceito de cialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos
extensão (como nos exemplos 9, 10 e 11, acima), enquanto que não se conseguiria com a exposição isolada dos mes-
que a metonímia abrange apenas os casos de analogia ou mos. Observe os exemplos:
de relação. Não há necessidade, atualmente, de se fazer “O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa)
distinção entre ambas as figuras. O corpo é grande e a alma é pequena.
“Quando um muro separa, uma ponte une.”
Catacrese Não há gosto sem desgosto.

Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, Paradoxo ou oximoro
cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por
falta de um termo específico para designar um conceito, É a associação de ideias, além de contrastantes, contra-
toma-se outro “emprestado”. Assim, passamos a empregar ditórias. Seria a antítese ao extremo.
algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: Era dor, sim, mas uma dor deliciosa.
“asa da xícara”, “batata da perna”, “maçã do rosto”, “pé da Ouvimos as vozes do silêncio.
mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do abacaxi”.
Eufemismo
Perífrase ou Antonomásia
É o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre
ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera,
Trata-se de uma expressão que designa um ser através
desagradável ou chocante.
de alguma de suas características ou atributos, ou de um
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor.
fato que o celebrizou. É a substituição de um nome por
(= morreu)
outro ou por uma expressão que facilmente o identifique: O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
atraindo visitantes do mundo todo. Faltar à verdade. (= mentir)
A Cidade-Luz (=Paris)
O rei das selvas (=o leão) Ironia
Observação: quando a perífrase indica uma pessoa, É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que
recebe o nome de antonomásia. Exemplos: as palavras ou frases expressam, geralmente apresentando
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida pratican- intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem construí-
do o bem. da para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jo- passar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emis-
vem. sor.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota mí-
nima.
Sinestesia Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que
estão por perto.
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sen- O governador foi sutil como um elefante.
sações percebidas por diferentes órgãos do sentido. É o
cruzamento de sensações distintas. Hipérbole
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = au-
ditivo; áspero = tátil) É a expressão intencionalmente exagerada com o intui-
No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os aconte- to de realçar uma ideia.
cimentos. (silêncio = auditivo; escuro = visual) Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil) “Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac)
O concurseiro quase morre de tanto estudar!

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LÍNGUA PORTUGUESA

Prosopopeia ou Personificação Elipse

É a atribuição de ações ou qualidades de seres anima- Consiste na omissão de um ou mais termos numa ora-
dos a seres inanimados, ou características humanas a seres ção e que podem ser facilmente identificados, tanto por
não humanos. Observe os exemplos: elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto
As pedras andam vagarosamente. pelo contexto.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um A catedral da Sé. (a igreja catedral)
cego que guia. Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao está-
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra. dio)
Chora, violão.
Zeugma
Apóstrofe
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coisa a omissão de um termo já mencionado anteriormente.
personificada, de acordo com o objetivo do discurso, que Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de
pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo português)
chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginá- Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só mo-
rio ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de dernos. (só havia móveis)
pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)
a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidên-
cia com tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Silepse
Exemplos:
Moça, que fazes aí parada? A silepse é a concordância que se faz com o termo que
“Pai Nosso, que estais no céu” não está expresso no texto, mas, sim, subentendido. É uma
Deus, ó Deus! Onde estás? concordância anormal, psicológica, porque se faz com um
termo oculto, facilmente identificado. Há três tipos de si-
Gradação lepse: de gênero, número e pessoa.

Silepse de Gênero - Os gêneros são masculino e femi-


Apresentação de ideias por meio de palavras, sinôni-
nino. Ocorre a silepse de gênero quando a concordância se
mas ou não, em ordem ascendente (clímax) ou descenden-
faz com a ideia que o termo comporta. Exemplos:
te (anticlímax). Observe este exemplo:
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana
1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o calor
com seus olhos claros e brincalhões...
intenso.
Neste caso, o adjetivo bonita não está concordando
O objetivo do narrador é mostrar a expressividade dos
com o termo Porto Velho, que gramaticalmente pertence
olhos de Joana. Para chegar a este detalhe, ele se refere ao
ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo (a
céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e seus olhos. cidade de Porto Velho).
Nota-se que o pensamento foi expresso em ordem decres-
cente de intensidade. Outros exemplos: 2) Vossa Excelência está preocupado.
“Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu O adjetivo preocupado concorda com o sexo da pes-
amor”. (Olavo Bilac) soa, que nesse caso é masculino, e não com o termo Vossa
“O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu- Excelência.
se.” (Padre Antônio Vieira)
Silepse de Número - Os números são singular e plural.
Fontes de pesquisa: A silepse de número ocorre quando o verbo da oração não
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil5. concorda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas
php com a ideia que nele está contida. Exemplos:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. de Salvador.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- O povo corria por todos os lados e gritavam muito alto.
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010. Note que nos exemplos acima, os verbos andaram e
gritavam não concordam gramaticalmente com os sujei-
As figuras de construção (ou sintática, de sintaxe) tos das orações (que se encontram no singular, procissão
ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade e povo, respectivamente), mas com a ideia que neles está
ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela contida. Procissão e povo dão a ideia de muita gente, por
maior expressividade que se dá ao sentido. isso que os verbos estão no plural.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais: Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quan-
eu, tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles (as do confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um
três do plural). A silepse de pessoa ocorre quando há um pleonasmo vicioso:
desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não con- Vi aquela cena com meus próprios olhos.
corda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que Vamos subir para cima.
está inscrita no sujeito. Exemplos: Ele desceu pra baixo.
O que não compreendo é como os brasileiros persista-
mos em aceitar essa situação. Anáfora
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins É a repetição de uma ou mais palavras no início de vá-
públicos.” (Machado de Assis) rias frases, criando, assim, um efeito de reforço e de coe-
rência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não posta em destaque, permitindo ao escritor valorizar de-
concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasilei- terminado elemento textual. Os termos anafóricos podem
ros, agricultores e cariocas, que estão na terceira pessoa), muitas vezes ser substituídos por pronomes.
mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te conhe-
os agricultores e os cariocas). cia.
“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo aca-
Polissíndeto / Assíndeto ba.” (Padre Vieira)
Para estudarmos as duas figuras de construção é ne- Anacoluto
cessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre
período composto. No período composto por coordena- Consiste na mudança da construção sintática no meio
ção, podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A da frase, ficando alguns termos desligados do resto do pe-
oração coordenada ligada por uma conjunção (conectivo)
ríodo. É a quebra da estrutura normal da frase para a intro-
é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assin-
dução de uma palavra ou expressão sem nenhuma ligação
dética. Recordado esse conceito, podemos definir as duas
sintática com as demais.
figuras de construção:
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
Morrer, todo haveremos de morrer.
1) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela repe-
Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?
tição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: O meni-
no resmunga, e chora, e grita, e ninguém faz nada.
A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo,
2) Assíndeto - É uma figura caracterizada pela ausên- deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma
cia, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando interrupção da frase e esta expressão fica à parte, não exer-
no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos: cendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família. chamado de “frase quebrada”, pois corresponde a uma in-
“Vim, vi, venci.” (Júlio César) terrupção na sequência lógica do pensamento.

Pleonasmo Observação: o anacoluto deve ser usado com finalida-


de expressiva em casos muito especiais. Em geral, evite-o.
Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as
mesmas palavras ou não. A finalidade do pleonasmo é real- Hipérbato / Inversão
çar a ideia, torná-la mais expressiva.
O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo. É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da
ordem direta dos termos da oração, fazendo com que o
Nesta oração, os termos “o problema da violência” e sujeito venha depois do predicado:
“lo” exercem a mesma função sintática: objeto direto. As- Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O amor
sim, temos um pleonasmo do objeto direto, sendo o pro- venceu ao ódio)
nome “lo” classificado como objeto direto pleonástico. Ou- Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria:
tro exemplo: Eu cuido dos meus problemas)
Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas.
Aos funcionários, lhes = Objeto Indireto * Observação da Zê!
O nosso Hino Nacional é um exemplo de hipérbato, já
que, na ordem direta, teríamos:
Neste caso, há um pleonasmo do objeto indireto, e o “As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado re-
pronome “lhes” exerce a função de objeto indireto pleo- tumbante de um povo heroico”.
nástico.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Figuras de Som

Aliteração - Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro
significativo.
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)
Quem com ferro fere com ferro será ferido.

Assonância - Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos:


“Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral.”

Onomatopéia - Ocorre quando se tentam reproduzir na forma de palavras os sons da realidade:


Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.

Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil8.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.

Questões
1-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECO-
NOMIA – FGV/2014 - adaptada) Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem
figurada denominada
(A) metonímia.
(B) eufemismo.
(C) hipérbole.
(D) metáfora.
(E) catacrese.

1-) A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo
campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas.
(Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/metafora-figura-de-palavra-variacoes-e-exemplos.htm)
RESPOSTA: “D”.

2-) (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) Identifique a


figura de linguagem presente na tira seguinte:

A) metonímia
B) prosopopeia
C) hipérbole
D) eufemismo
E) onomatopeia

82
LÍNGUA PORTUGUESA

2-) “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais Normalmente, numa prova, o candidato deve:
suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar al-
guma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da 1- Identificar os elementos fundamentais de uma ar-
tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” gumentação, de um processo, de uma época (neste caso,
no lugar de “que morreram por nós”. procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o
RESPOSTA: “D”. tempo).
2- Comparar as relações de semelhança ou de diferen-
3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ ças entre as situações do texto.
UFAL/2014) 3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com
Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto. uma realidade.
O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de 4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias.
linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira, 5- Parafrasear = reescrever o texto com outras pala-
horário do dia em que o calor é mais intenso, a tempera- vras.
tura do asfalto, medida com um termômetro de contato,
chegou a 65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local Condições básicas para interpretar
alcançasse aproximadamente 90ºC.
Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso Fazem-se necessários:
em: 22 jan. 2014. - Conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
O texto cita que o dito popular “está tão quente que - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
dá para fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de texto) e semântico;
linguagem. O autor do texto refere-se a qual figura de lin-
guagem? Observação – na semântica (significado das palavras)
A) Eufemismo. incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conota-
B) Hipérbole. ção, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
C) Paradoxo. gem, entre outros.
D) Metonímia.
E) Hipérbato. - Capacidade de observação e de síntese;
- Capacidade de raciocínio.
3-) A expressão é um exagero! Ela serve apenas para
representar o calor excessivo que está fazendo. A figura
Interpretar / Compreender
que é utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a
hipérbole.
Interpretar significa:
RESPOSTA: “B”.
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...

Compreender significa
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - o texto diz que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - é sugerido pelo autor que...
e decodificar). - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. ção...
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com - o narrador afirma...
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli- Erros de interpretação
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
contexto original e analisada separadamente, poderá ter contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
um significado diferente daquele inicial. quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- nação.
rências diretas ou indiretas a outros autores através de cita- - Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o en-
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir tendimento do tema desenvolvido.
daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamenta- - Contradição = às vezes o texto apresenta ideias con-
ções -, as argumentações - ou explicações -, que levam ao trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
esclarecimento das questões apresentadas na prova. cadas e, consequentemente, errar a questão.

83
LÍNGUA PORTUGUESA

Observação - Muitos pensam que existem a ótica do - Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo
escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa geralmente mantém com outro uma relação de continua-
prova de concurso, o que deve ser levado em consideração ção, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem
é o que o autor diz e nada mais. essas relações.
- Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja,
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que a ideia mais importante.
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. - Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono- resposta – o que vale não somente para Interpretação de
me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se Texto, mas para todas as demais questões!
vai dizer e o que já foi dito. - Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia princi-
pal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.
Observação – São muitos os erros de coesão no dia - Olhe com especial atenção os pronomes relativos,
a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., cha-
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do mados vocábulos relatores, porque remetem a outros vo-
verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer cábulos do texto.
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- Fontes de pesquisa:
cedente. http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
Os pronomes relativos são muito importantes na in- gues/como-interpretar-textos
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me-
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-pa-
a saber: ra-voce-interpretar-melhor-um.html
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques-
te, mas depende das condições da frase. tao-117-portugues.htm
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa) Questões
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído. 1-) (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-
- como (modo) BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔ-
- onde (lugar) NICA – IADES/2014)
- quando (tempo)
- quanto (montante) Gratuidades
Exemplo: Crianças com até cinco anos de idade e adultos com
Falou tudo QUANTO queria (correto) mais de 65 anos de idade têm acesso livre ao Metrô-DF.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria Para os menores, é exigida a certidão de nascimento e, para
aparecer o demonstrativo O). os idosos, a carteira de identidade. Basta apresentar um
documento de identificação aos funcionários posicionados
Dicas para melhorar a interpretação de textos no bloqueio de acesso.
Disponível em: <http://www.metro.df.gov.br/estacoes/
- Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do gratuidades.html> Acesso em: 3/3/2014, com adaptações.
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos
na disputa, portanto, quanto mais informação você absorver Conforme a mensagem do primeiro período do texto,
com a leitura, mais chances terá de resolver as questões. assinale a alternativa correta.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa (A) Apenas as crianças com até cinco anos de idade
a leitura. e os adultos com 65 anos em diante têm acesso livre ao
- Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o tex- Metrô-DF.
to, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. (B) Apenas as crianças de cinco anos de idade e os
- Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma adultos com mais de 65 anos têm acesso livre ao Metrô-DF.
conclusão). (C) Somente crianças com, no máximo, cinco anos de
- Volte ao texto quantas vezes precisar. idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre
- Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as ao Metrô-DF.
do autor. (D) Somente crianças e adultos, respectivamente, com
- Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor cinco anos de idade e com 66 anos em diante, têm acesso
compreensão. livre ao Metrô-DF.
- Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de (E) Apenas crianças e adultos, respectivamente, com
cada questão. até cinco anos de idade e com 65 anos em diante, têm
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. acesso livre ao Metrô-DF.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Dentre as alternativas apresentadas, a única que 3-) Recorramos ao texto: “Localizada às margens do
condiz com as informações expostas no texto é “Somente Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao
crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha
com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao Metrô-DF”. Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer”. As infor-
RESPOSTA: “C”. mações contidas nas demais alternativas são incoerentes
com o texto.
2-) (SUSAM/AM – TÉCNICO (DIREITO) – FGV/2014 - RESPOSTA: “A”.
adaptada) “Se alguém que é gay procura Deus e tem boa
vontade, quem sou eu para julgá‐lo?” a declaração do
Papa Francisco, pronunciada durante uma entrevista à im-
prensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou como um TIPOLOGIA TEXTUAL
trovão mundo afora. Nela existe mais forma que substância
– mas a forma conta”. (...)
(Axé Silva, O Mundo, setembro 2013)
A todo o momento nos deparamos com vários textos,
O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença
um trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mes- do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo
ma dois sentidos, que são que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes
(A) o barulho e a propagação. interlocutores são as peças principais em um diálogo ou
(B) a propagação e o perigo. em um texto escrito.
(C) o perigo e o poder. É de fundamental importância sabermos classificar os
(D) o poder e a energia.  textos com os quais travamos convivência no nosso dia a
(E)  a energia e o barulho.   dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais
e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um
2-) Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opi-
trovão, provavelmente a intenção do autor foi a de mostrar
nião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar
o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo afora.
que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém
Você pode responder à questão por eliminação: a segun-
que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas
da opção das alternativas relaciona-se a “mundo afora”, ou
situações corriqueiras que classificamos os nossos textos
seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria apenas a al- naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dis-
ternativa A! sertação.
RESPOSTA: “A”.
As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspec-
3-) (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚ- tos de ordem linguística
BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABI-
LIDADE – IADES/2014 - adaptada) Os tipos textuais designam uma sequência definida
Concha Acústica pela natureza linguística de sua composição. São observa-
Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de dos aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações
Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de lógicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argu-
Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada mentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969
e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje - Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação
Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. demarcados no tempo do universo narrado, como também
Foi o primeiro grande palco da cidade. de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre
Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossa- outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. De-
cultura/concha- acustica.html>. Acesso em: 21/3/2014, pois de muita conversa, resolveram...
com adaptações.
- Textos descritivos – como o próprio nome indica,
Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem descrevem características tanto físicas quanto psicológicas
compatível com o texto. acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos
(A) A Concha Acústica do DF, que foi projetada por Os- verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito
car Niemeyer, está localizada às margens do Lago Paranoá, imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da
no Setor de Clubes Esportivos Norte. graúna...”
(B) Oscar Niemeyer projetou a Concha Acústica do DF
em 1969. - Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um
(C) Oscar Niemeyer doou a Concha Acústica ao que assunto ou uma determinada situação que se almeje de-
hoje é a Secretaria de Cultura do DF. senvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela aconte-
(D) A Terracap transformou-se na Secretaria de Cultura cer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02
do DF. de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena
(E) A Concha Acústica foi o primeiro palco de Brasília. de perder o benefício.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma


modalidade na qual as ações são prescritas de forma se- COESÃO E COERÊNCIA
quencial, utilizando-se de verbos expressos no imperativo,
infinitivo ou futuro do presente: Misture todos os ingredien-
te e bata no liquidificador até criar uma massa homogênea.
Na construção de um texto, assim como na fala, usamos
- Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam- mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão
se pelo predomínio de operadores argumentativos, revela- do que é dito, ou lido. Estes mecanismos linguísticos que
dos por uma carga ideológica constituída de argumentos estabelecem a coesão e retomada do que foi escrito - ou
e contra-argumentos que justificam a posição assumida falado - são os referentes textuais, que buscam garantir
acerca de um determinado assunto: A mulher do mundo a coesão textual para que haja coerência, não só entre os
contemporâneo luta cada vez mais para conquistar seu es- elementos que compõem a oração, como também entre a
paço no mercado de trabalho, o que significa que os gêneros sequência de orações dentro do texto. Essa coesão tam-
estão em complementação, não em disputa. bém pode muitas vezes se dar de modo implícito, baseado
em conhecimentos anteriores que os participantes do pro-
cesso têm com o tema.
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha ima-
ginária - composta de termos e expressões - que une os
diversos elementos do texto e busca estabelecer relações
GÊNEROS TEXTUAIS de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego de di-
ferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substi-
tuição, associação), sejam gramaticais (emprego de prono-
mes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases,
São os textos materializados que encontramos em orações, períodos, que irão apresentar o contexto – decor-
nosso cotidiano; tais textos apresentam características só- re daí a coerência textual.
cio-comunicativas definidas por seu estilo, função, com- Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o
posição, conteúdo e canal. Como exemplos, temos: receita apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa incoe-
culinária, e-mail, reportagem, monografia, poema, editorial, rência é resultado do mau uso dos elementos de coesão
piada, debate, agenda, inquérito policial, fórum, blog, etc. textual. Na organização de períodos e de parágrafos, um
erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais
A escolha de um determinado gênero discursivo de- prejudica o entendimento do texto. Construído com os ele-
pende, em grande parte, da situação de produção, ou seja, mentos corretos, confere-se a ele uma unidade formal.
a finalidade do texto a ser produzido, quem são os locu- Nas palavras do mestre Evanildo Bechara, “o enunciado
tores e os interlocutores, o meio disponível para veicular o não se constrói com um amontoado de palavras e orações.
texto, etc. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência
e independência sintática e semântica, recobertos por unida-
Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a es- des melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”.
feras de circulação. Assim, na esfera jornalística, por exem- Não se deve escrever frases ou textos desconexos – é
plo, são comuns gêneros como notícias, reportagens, edito- imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que as frases
riais, entrevistas e outros; na esfera de divulgação científica estejam coesas e coerentes formando o texto. Relembre-se
são comuns gêneros como verbete de dicionário ou de enci- de que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre
clopédia, artigo ou ensaio científico, seminário, conferência. os elementos que compõem a estrutura textual.

Fontes de pesquisa: Formas de se garantir a coesão entre os elementos


de uma frase ou de um texto:
http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia-tex-
tual.htm
1. Substituição de palavras com o emprego de sinôni-
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
mos - palavras ou expressões do mesmo campo associa-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: tivo.
Saraiva, 2010. 2. Nominalização – emprego alternativo entre um ver-
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática bo, o substantivo ou o adjetivo correspondente (desgastar
– volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa / desgaste / desgastante).
Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. 3. Emprego adequado de tempos e modos verbais:
Embora não gostassem de estudar, participaram da aula.
4. Emprego adequado de pronomes, conjunções, pre-
posições, artigos:
O papa Francisco visitou o Brasil. Na capital brasileira,
Sua Santidade participou de uma reunião com a Presiden-
te Dilma. Ao passar pelas ruas, o papa cumprimentava as
pessoas. Estas tiveram a certeza de que ele guarda respeito
por elas.

86
LÍNGUA PORTUGUESA

5. Uso de hipônimos – relação que se estabelece com Questões


base na maior especificidade do significado de um deles.
Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais gené- * As questões abaixo também envolvem o conteúdo
rico). “Conjunção”. Eu as coloquei neste tópico porque abordam
6. Emprego de hiperônimos - relações de um termo de - inclusive - coesão e coerência.
sentido mais amplo com outros de sentido mais específico.
Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia com 1-) (SEDUC/AM – ASSISTENTE SOCIAL – FGV/2014) As-
gato. sinale a opção que indica o segmento em que a conjunção
7. Substitutos universais, como os verbos vicários.
e tem valor adversativo e não aditivo.
* Ajuda da Zê: verbo vicário é aquele que substitui (A) “Em termos de escala, assiduidade e participação
outro já utilizado no período, evitando repetições. Geral- da população na escolha dos governantes,...”.
mente é o verbo fazer e ser. Exemplo: Não gosto de estudar. (B) “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, mo-
Faço porque preciso. O “faço” foi empregado no lugar de derno e dinâmico, no cotejo com a restrita experiência elei-
“estudo”, evitando repetição desnecessária. toral anterior”.
(C) “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece
A coesão apoiada na gramática se dá no uso de conec- quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distri-
tivos, como pronomes, advérbios e expressões adverbiais, buição de oportunidades e de mitigação de desigualdades
conjunções, elipses, entre outros. A elipse justifica-se quan- de hoje”.
do, ao remeter a um enunciado anterior, a palavra elidida (D) “A democracia brasileira contemporânea, e apenas
é facilmente identificável (Exemplo.: O jovem recolheu-se ela na história nacional, inventou o que mais perto se pode
cedo. Sabia que ia necessitar de todas as suas forças. O ter- chegar de um Estado de Bem-Estar num país de renda mé-
mo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a
dia”.
relação entre as duas orações).
(E) “A baixa qualidade dos serviços governamentais
Dêiticos são elementos linguísticos que têm a pro- está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta de
priedade de fazer referência ao contexto situacional ou ao políticas públicas social-democratas”.
próprio discurso. Exercem, por excelência, essa função de
progressão textual, dada sua característica: são elementos 1-)
que não significam, apenas indicam, remetem aos compo- (A) “Em termos de escala, assiduidade e participação
nentes da situação comunicativa. = adição
Já os componentes concentram em si a significação. (B) “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, mo-
Elisa Guimarães ensina-nos a esse respeito: derno e dinâmico”. = adição
“Os pronomes pessoais e as desinências verbais indi- (C) “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece
cam os participantes do ato do discurso. Os pronomes de- quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distri-
monstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais, bem buição de oportunidades e de mitigação de desigualdades
como os advérbios de tempo, referenciam o momento da de hoje”. = adição
enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterioridade
(D) “A democracia brasileira contemporânea, e apenas
ou posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste momento
(presente); ultimamente, recentemente, ontem, há alguns ela na história nacional”. = adição
dias, antes de (pretérito); de agora em diante, no próximo (E) “A baixa qualidade dos serviços governamentais
ano, depois de (futuro).” está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta =
adversativa (dá para substituirmos por “mas”)
A coerência de um texto está ligada: RESPOSTA: “E”.
- à sua organização como um todo, em que devem es-
tar assegurados o início, o meio e o fim;
- à adequação da linguagem ao tipo de texto. Um texto 2-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/
técnico, por exemplo, tem a sua coerência fundamentada DF – ANALISTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA JURÍDICA –
em comprovações, apresentação de estatísticas, relato de FGV/2014) A alternativa em que os elementos unidos pela
experiências; um texto informativo apresenta coerência se conjunção E não estão em adição, mas sim em oposição, é:
trabalhar com linguagem objetiva, denotativa; textos poé- (A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e
ticos, por outro lado, trabalham com a linguagem figurada,
fazer justiça com as próprias mãos...”
livre associação de ideias, palavras conotativas.
(B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas
Fontes de pesquisa: instituições:...”
http://www.mundovestibular.com.br/articles/2586/1/ (C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos
COESAO-E-COERENCIA-TEXTUAL/Paacutegina1.html anarquistas e mais nos fascistas italianos...”
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática (D) “...desprezando o passado e a tradição...”
– volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa (E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da
Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. velocidade e do progresso...”

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) A Ordem dos Termos na Frase


(A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e
fazer justiça com as próprias mãos”. = adição Leia novamente a frase contida no item 2. Note que
(B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas ela é organizada de maneira clara para produzir sentido.
instituições”. = adição Todavia, há diferentes maneiras de se organizar gramatical-
(C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos mente tal frase, tudo depende da necessidade ou da von-
anarquistas e mais nos fascistas italianos”. = ideia de opo- tade do redator em manter o sentido, ou mantê-lo, porém,
sição acrescentado ênfase a algum dos seus termos. Significa di-
(D) “...desprezando o passado e a tradição”. = adição zer que, ao escrever, podemos fazer uma série de inversões
(E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da e intercalações em nossas frases, conforme a nossa von-
velocidade e do progresso”. = adição tade e estilo. Tudo depende da maneira como queremos
RESPOSTA: “C”. transmitir uma ideia, do nosso estilo. Por exemplo, pode-
mos expressar a mensagem da frase 2 da seguinte maneira:

No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-


sando desemprego.
REESCRITA DE TEXTOS/EQUIVALÊNCIA DE
ESTRUTURAS Neste caso, a mensagem é praticamente a mesma,
apenas mudamos a ordem das palavras para dar ênfase a
alguns termos (neste caso: No Brasil e na A. L.). Repare que,
para obter a clareza tivemos que fazer o uso de vírgulas.
“Ideias confusas geram redações confusas”. Esta frase Entre os sinais de pontuação, a vírgula é o mais usado e
leva-nos a refletir sobre a organização das ideias em um o que mais nos auxilia na organização de um período, pois
texto. Significa dizer que, antes da redação, naturalmen- facilita as boas “sintaxes”, boas misturas, ou seja, a vírgula
te devemos dominar o assunto sobre o qual iremos tratar ajuda-nos a não “embolar” o sentido quando produzimos
e, posteriormente, planejar o modo como iremos expô-lo, frases complexas. Com isto, “entregamos” frases bem orga-
do contrário haverá dificuldade em transmitir ideias bem nizadas aos nossos leitores.
acabadas. Portanto, a leitura, a interpretação de textos e a
experiência de vida antecedem o ato de escrever. O básico para a organização sintática das frases é a or-
Obtido um razoável conhecimento sobre o que iremos dem direta dos termos da oração. Os gramáticos estrutu-
escrever, feito o esquema de exposição da matéria, é ne- ram tal ordem da seguinte maneira:
cessário saber ordenar as ideias em frases bem estrutura-
das. Logo, não basta conhecer bem um determinado as- SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO VERBAL + CIR-
sunto, temos que o transmitir de maneira clara aos leitores. CUNSTÂNCIAS
O estudo da pontuação pode se tornar um valioso alia- A globalização + está causando + desemprego + no
do para organizarmos as ideias de maneira clara em frases. Brasil nos dias de hoje.
Para tanto, é necessário ter alguma noção de sintaxe. “Sin-
taxe”, conforme o dicionário Aurélio, é a “parte da gramá- Nem todas as orações mantêm esta ordem e nem to-
tica que estuda a disposição das palavras na frase e a das das contêm todos estes elementos, portanto cabem algu-
frases no discurso, bem como a relação lógica das frases mas observações:
entre si”; ou em outras palavras, sintaxe quer dizer “mistu-
ra”, isto é, saber misturar as palavras de maneira a produ- 1) As circunstâncias (de tempo, espaço, modo, etc.)
zirem um sentido evidente para os receptores das nossas normalmente são representadas por adjuntos adverbiais
mensagens. Observe: de tempo, lugar, etc. Note que, no mais das vezes, quan-
do queremos recordar algo ou narrar uma história, existe
1)A desemprego globalização no Brasil e no na está La- a tendência a colocar os adjuntos nos começos das frases:
tina América causando.
2) A globalização está causando desemprego no Brasil e “No Brasil e na América…” “Nos dias de hoje…” “Nas mi-
na América Latina. nhas férias…”, “No Brasil…”. e logo depois os verbos e ou-
tros elementos: “Nas minhas férias fui…”; “No Brasil existe…”
Ora, no item 1 não temos uma ideia, pois não há uma
frase, as palavras estão amontoadas sem a realização de Observações:
“uma sintaxe”, não há um contexto linguístico nem relação a) tais construções não estão erradas, mas rompem
inteligível com a realidade; no caso 2, a sintaxe ocorreu de com a ordem direta;
maneira perfeita e o sentido está claro para receptores de b) é preciso notar que em Língua Portuguesa, há mui-
língua portuguesa inteirados da situação econômica e cul- tas frases que não têm sujeito, somente predicado. Por
tural do mundo atual. exemplo: Está chovendo em Porto Alegre. Faz frio em Fri-
burgo. São quatro horas agora;

88
LÍNGUA PORTUGUESA

c) Outras frases são construídas com verbos intransiti- Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada.
vos, que não têm complemento: As orações adjetivas explicativas desempenham fre-
O menino morreu na Alemanha. (sujeito + verbo + ad- quentemente um papel semelhante ao do aposto explicati-
junto adverbial) vo, por isto são também isoladas por vírgula.
A globalização nasceu no século XX. (idem)
d) Há ainda frases nominais que não possuem verbos: A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil…
cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu
direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos complemento.
existentes nelas.
A globalização causa desemprego, e isto é lamentável,
Levando em consideração a ordem direta, podemos no Brasil…
estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula: Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não per-
1)Se os termos estão colocados na ordem direta não tence ao assunto: globalização, da frase principal, tal ora-
haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo ção é apenas um comentário à parte entre o complemento
disto: verbal e os adjuntos).
A globalização está causando desemprego no Brasil e na
América Latina. Observação: a simples negação em uma frase não exi-
ge vírgula: A globalização não causou desemprego no Brasil
Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração e na América Latina.
por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula,
mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a re- 3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a,
gra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja: tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da
A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira” colocação da vírgula.
causam desemprego…
(três núcleos do sujeito) No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-
sando desemprego…
A globalização causa desemprego no Brasil, na América No fim do século XX, a globalização causou desemprego
Latina e na África. no Brasil…
(três adjuntos adverbiais)
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente
A globalização está causando desemprego, insatisfação se dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito.
e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. Trata-se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramá-
(três complementos verbais) tica, são representadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas
vezes, elas são colocadas em orações chamadas adverbiais
2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, sepa- que têm uma função semelhante a dos adjuntos adverbiais,
rar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos:
complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou
seja, não devemos separar com vírgula os termos da ora- Quando o século XX estava terminando, a globalização
ção. Veja exemplos de tal incorreção: começou a causar desemprego.
Enquanto os países portadores de alta tecnologia de-
O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. senvolvem-se, a globalização causa desemprego nos países
pobres.
Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre Durante o século XX, a Globalização causou desempre-
os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, go no Brasil.
assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é
a regra básica nº 2 para a colocação da vírgula. Dito em Observação: quanto à equivalência e transformação de
outras palavras: quando intercalamos expressões e frases estruturas, um exemplo muito comum cobrado em provas
entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com é o enunciado trazer uma frase no singular e pedir a passa-
vírgulas. Vejamos: gem para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é a
A globalização, fenômeno econômico deste fim de sécu- mudança de tempos verbais.
lo XX, causa desemprego no Brasil.
Fonte de pesquisa:
Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o http://ricardovigna.wordpress.com/2009/02/02/estu-
sujeito e o verbo. dos-de-linguagem-1-estrutura-frasal-e-pontuacao/

Outros exemplos:
A globalização, que é um fenômeno econômico e cultu-
ral, está causando desemprego no Brasil e na América Lati-
na.

89
LÍNGUA PORTUGUESA

Questões
ESTRUTURA TEXTUAL
1-) (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014
- adaptada)
Reunir-se para ouvir alguém ler tornou-se uma prática
necessária e comum no mundo laico da Idade Média. Até Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
a invenção da imprensa, a alfabetização era rara e os livros, pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
propriedade dos ricos, privilégio de um pequeno punhado elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
de leitores. tamos as ações que interferem na realidade e organização
Embora alguns desses senhores afortunados ocasional- de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
mente emprestassem seus livros, eles o faziam para um nú- mento transformado em texto.
mero limitado de pessoas da própria classe ou família. Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.) sar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira
organizada do leitor compreender as nossas ideias. A fina-
Mantêm-se a correção e as relações de sentido estabe- lidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer
lecidas no texto, substituindo-se Embora (2.º parágrafo) por dizer, por meio da comunicação.
(A) Contudo. Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
(B) Desde que. dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. To-
(C) Porquanto. dos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.
(D) Uma vez que.
(E) Conquanto. Introdução

1-) “Embora” é uma conjunção concessiva (apresenta Caracterizada pela entrada no assunto e a argumenta-
uma exceção à regra). A outra conjunção concessiva é “con- ção inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa eta-
quanto”. pa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu
RESPOSTA: “E”. tamanho raramente excede a 1/5 de todo o texto. Porém,
em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente.
2-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – Neles, a introdução pode ser o próprio título. Já nos textos
VUNESP/2014 - adaptada) Considere o trecho: “Se o senhor mais longos, em que o assunto é exposto em várias pági-
não se importa, vou levar minha sobrinha ao dentista, mas nas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma par-
posso quebrar o galho e fazer sua corrida”. Esse trecho está te precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter vários
corretamente reescrito e mantém o sentido em: parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm
(A) Uma vez que o senhor não se importe, vou levar mi- de 25 a 80 linhas, a introdução será o primeiro parágrafo.
nha sobrinha ao dentista, assim que possa quebrar o galho
e fazer sua corrida. Desenvolvimento
(B) Já que o senhor não se importa, vou levar minha so-
brinha ao dentista, porque posso quebrar o galho e fazer A maior parte do texto está inserida no desenvol-
sua corrida. vimento, que é responsável por estabelecer uma ligação
(C) À medida que o senhor não se importe, vou levar entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são
minha sobrinha ao dentista, logo que possa quebrar o galho elaboradas as ideias, os dados e os argumentos que sus-
e fazer sua corrida. tentam e dão base às explicações e posições do autor. É ca-
(D) Caso o senhor não se importe, vou levar minha so- racterizado por uma “ponte” formada pela organização das
brinha ao dentista, no entanto posso quebrar o galho e fazer ideias em uma sequência que permite formar uma relação
sua corrida. equilibrada entre os dois lados.
(E) Para que o senhor não se importe, vou levar minha O autor do texto revela sua capacidade de discutir um
sobrinha ao dentista, todavia posso quebrar o galho e fazer determinado tema no desenvolvimento, e é através desse
sua corrida. que o autor mostra sua capacidade de defender seus pon-
tos de vista, além de dirigir a atenção do leitor para a con-
2-) “Se o senhor não se importa, vou levar minha so- clusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui.
brinha ao dentista, mas posso quebrar o galho e fazer sua Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o es-
corrida” critor já deve ter uma ideia clara de como será a conclusão.
O primeiro período é introduzido por uma conjunção Daí a importância em planejar o texto.
condicional (“se”); o segundo, conjunção adversativa. As Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no
conjunções apresentadas que têm a mesma classificação, mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar inserido em
respectivamente, e que, por isso, poderiam substituir ade- capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apresentar-
quadamente as destacadas no enunciado são “caso” e “no se-á no formato de parágrafos medianos e curtos.
entanto”. Acredito que, mesmo que você não saiba a clas- Os principais erros cometidos no desenvolvimento são
sificação das conjunções, conseguiria responder à questão o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está
apenas utilizando a coerência: as demais alternativas não relacionado ao autor tomar um argumento secundário que
a têm. se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra
RESPOSTA: “D”. em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O

90
LÍNGUA PORTUGUESA

segundo caso acontece quando quem redige tem muitas


ideias ou informações sobre o que está sendo discutido, REDAÇÃO OFICIAL
não conseguindo estruturá-las. Surge também a dificul-
dade de organizar seus pensamentos e definir uma linha
lógica de raciocínio.
Pronomes de tratamento na redação oficial
Conclusão
A redação oficial é a maneira utilizada pelo poder públi-
Considerada como a parte mais importante do texto, co para redigir atos normativos. Para redigi-los, muitas regras
é o ponto de chegada de todas as argumentações elabo- fazem-se necessárias. Entre elas, escrever de forma clara, con-
radas. As ideias e os dados utilizados convergem para essa cisa, sem muito comprometimento, bem como um uso ade-
parte, em que a exposição ou discussão se fecha. quado das formas de tratamento. Tais regras, acompanhadas
Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma de uma boa redação, com um bom uso da linguagem, asse-
brecha para uma possível continuidade do assunto; ou seja, guram que os atos normativos sejam bem executados.
possui atributos de síntese. A discussão não deve ser en- No Poder Público, nós nos deparamos com situações em
cerrada com argumentos repetitivos, como por exemplo: que precisamos escrever – ou falar – com pessoas com as
“Portanto, como já dissemos antes...”, “Concluindo...”, “Em quais não temos familiaridade. Nestes casos, os pronomes de
conclusão...”. tratamento assumem uma condição e precisam estar adequa-
Sua proporção em relação à totalidade do texto deve dos à categoria hierárquica da pessoa a quem nos dirigimos.
ser equivalente ao da introdução: de 1/5. Essa é uma das E mais, exige-se, em discurso falado ou escrito, uma homoge-
características de textos bem redigidos. neidade na forma de tratamento, não só nos pronomes como
Os seguintes erros aparecem quando as conclusões fi- também nos verbos. No entanto, as formas de tratamento
cam muito longas: não são do conhecimento de todos.
Abaixo, seguem as discriminações de usos dos pronomes
- O problema aparece quando não ocorre uma explo- de tratamento, com base no Manual da Presidência da Repú-
ração devida do desenvolvimento, o que gera uma invasão blica.
das ideias de desenvolvimento na conclusão.
- Outro fator consequente da insuficiência de funda- São de uso consagrado:
mentação do desenvolvimento está na conclusão precisar
de maiores explicações, ficando bastante vazia. Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
- Enrolar e “encher linguiça” são muito comuns no tex- a) do Poder Executivo
to em que o autor fica girando em torno de ideias redun- Presidente da República, Vice-Presidente da República, Mi-
dantes ou paralelas. nistro de Estado, Secretário-Geral da Presidência da República,
- Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeitamen- Consultor-Geral da República, Chefe do Estado-Maior das For-
te dispensáveis. ças Armadas, Chefe do Gabinete Militar da Presidência da Re-
- Quando não tem clareza de qual é a melhor conclu- pública, Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República,
são, o autor acaba se perdendo na argumentação final. Secretários da Presidência da República, Procurador – Geral da
República, Governadores e Vice-Governadores de Estado e do
Em relação à abertura para novas discussões, a con- Distrito Federal, Chefes de Estado – Maior das Três Armas, Ofi-
clusão não pode ter esse formato, exceto pelos seguintes ciais Generais das Forças Armadas, Embaixadores, Secretário
fatores: Executivo e Secretário Nacional de Ministérios, Secretários de
- Para não influenciar a conclusão do leitor sobre temas Estado dos Governos Estaduais, Prefeitos Municipais.
polêmicos, o autor deixa a conclusão em aberto.
- Para estimular o leitor a ler uma possível continuidade b) do Poder Legislativo:
do texto, o autor não fecha a discussão de propósito. Presidente, Vice–Presidente e Membros da Câmara dos
- Por apenas apresentar dados e informações sobre o Deputados e do Senado Federal, Presidente e Membros do Tri-
tema a ser desenvolvido, o autor não deseja concluir o as- bunal de Contas da União, Presidente e Membros dos Tribunais
sunto. de Contas Estaduais, Presidente e Membros das Assembleias
- Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o autor Legislativas Estaduais, Presidente das Câmaras Municipais.
enumera algumas perguntas no final do texto.
c) do Poder Judiciário:
A maioria dessas falhas pode ser evitada se antes o au- Presidente e Membros do Supremo Tribunal Federal, Presi-
tor fizer um esboço de todas as suas ideias. Essa técnica dente e Membros do Superior Tribunal de Justiça, Presidente e
é um roteiro, em que estão presentes os planejamentos. Membros do Superior Tribunal Militar, Presidente e Membros do
Naquele devem estar indicadas as melhores sequências a Tribunal Superior Eleitoral, Presidente e Membros do Tribunal
serem utilizadas na redação; ele deve ser o mais enxuto Superior do Trabalho, Presidente e Membros dos Tribunais de
possível. Justiça, Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Fede-
rais, Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais,
Fonte de pesquisa: Presidente e Membros dos Tribunais Regionais do Trabalho,
http://producao-de-textos.info/mos/view/Caracter%- Juízes e Desembargadores, Auditores da Justiça Militar.
C3%ADsticas_e_Estruturas_do_Texto/

91
LÍNGUA PORTUGUESA

O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas A Impessoalidade


aos Chefes do Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do car- A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer
go respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República; pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a)
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional; Ex- alguém que comunique; b) algo a ser comunicado; c) alguém
celentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. que receba essa comunicação. No caso da redação oficial,
E mais: As demais autoridades serão tratadas com o vo- quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele
cativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção);
Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador. o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atri-
O Manual ainda preceitua que a forma de tratamento buições do órgão que comunica; o destinatário dessa comu-
“Digníssimo” fica abolida para as autoridades descritas acima, nicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro
afinal, a dignidade é condição primordial para que tais cargos órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União.
públicos sejam ocupados. Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve
Fica ainda dito que doutor não é forma de tratamento, ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais
mas titulação acadêmica de quem defende tese de douto- decorre:
rado. Portanto, é aconselhável que não se use discriminada- a) da ausência de impressões individuais de quem comu-
mente tal termo. nica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assina-
do por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do
As Comunicações Oficiais Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim,
uma desejável padronização, que permite que comunicações
1. Aspectos Gerais da Redação Oficial elaboradas em diferentes setores da Administração guardem
entre si certa uniformidade;
O que é Redação Oficial b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação,
com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão,
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a ma- sempre concebido como público, ou a outro órgão público.
neira pela qual o Poder Público redige atos normativos Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma
e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do homogênea e impessoal;
Poder Executivo. c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalida- universo temático das comunicações oficiais restringe-se a
de, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, for- questões que dizem respeito ao interesse público, é natural
malidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos que não caiba qualquer tom particular ou pessoal.
decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A admi- Desta forma, não há lugar na redação oficial para impres-
nistração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer sões pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoali- mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser isenta
dade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publi- da interferência da individualidade que a elabora.
cidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de
administração pública, claro que devem igualmente nortear a que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais con-
elaboração dos atos e comunicações oficiais. tribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impes-
Não se concebe que um ato normativo de qualquer na- soalidade.
tureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou im-
possibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos A necessidade de empregar determinado nível de lingua-
do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto le- gem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do
gal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro,
pois, necessariamente, clareza e concisão. de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos
Fica claro também que as comunicações oficiais são ne- de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta
cessariamente uniformes, pois há sempre um único comuni- dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públi-
cador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações cos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empre-
ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigi- gada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expe-
dos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ou dientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com
instituições tratados de forma homogênea (o público). clareza e objetividade.
A redação oficial não é necessariamente árida e infensa à As comunicações que partem dos órgãos públicos fede-
evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar rais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão
com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâ- brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de
metros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa da- uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dú-
quele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência vida de que um texto marcado por expressões de circulação
particular, etc. restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jar-
Apresentadas essas características fundamentais da re- gão técnico, tem sua compreensão dificultada.
dação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada Ressalte-se que há necessariamente uma distância en-
uma delas. tre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâ-
mica, reflete de forma imediata qualquer alteração de cos-

92
LÍNGUA PORTUGUESA

tumes, e pode eventualmente contar com outros elementos Concisão e Clareza


que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, A concisão é antes uma qualidade do que uma caracte-
etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis rística do texto oficial. Conciso é o texto que consegue trans-
por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lenta- mitir o máximo de informações com um mínimo de palavras.
mente as transformações, tem maior vocação para a perma- Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se
nência e vale-se apenas de si mesma para comunicar. tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se es-
Os textos oficiais, devido ao seu caráter impessoal e sua creve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pron-
finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, to. É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais
requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de redundâncias ou repetições desnecessárias de ideias.
que o padrão culto é aquele em que se observam as regras O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao
da gramática formal e se emprega um vocabulário comum princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de
ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não
que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação se deve, de forma alguma, entendê-la como economia de
oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens subs-
lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos tanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se
vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, pas-
essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos sagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
os cidadãos. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto ofi-
Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a sim- cial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita
plicidade de expressão, desde que não seja confundida com imediata compreensão pelo leitor. No entanto, a clareza não
pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das
culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos demais características da redação oficial. Para ela concorrem:
contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios - a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpre-
da língua literária. tações que poderia decorrer de um tratamento personalista
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um dado ao texto;
“padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão - o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de
culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá pre- entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de
ferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obe- circulação restrita, como a gíria e o jargão;
decida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas - a formalidade e a padronização, que possibilitam a im-
isso não implica, necessariamente, que se consagre a utiliza- prescindível uniformidade dos textos;
ção de uma forma de linguagem burocrática. O jargão buro- - a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos
crático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre linguísticos que nada lhe acrescentam.
sua compreensão limitada. É pela correta observação dessas características que se
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável relei-
situações que a exijam, evitando o seu uso indiscriminado. tura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais,
Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário de trechos obscuros e de erros gramaticais provém, principal-
próprio à determinada área, são de difícil entendimento por mente, da falta da releitura que torna possível sua correção.
quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cui- A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa
dado, portanto, de explicitá-los em comunicações encami- com que são elaboradas certas comunicações quase sempre
nhadas a outros órgãos da administração e em expedientes compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de
dirigidos aos cidadãos. um texto que não seja seguida por sua revisão. “Não há as-
suntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se,
Formalidade e Padronização pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir.
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto
é, obedecem a certas regras de forma: além das já mencio- Pronomes de Tratamento
nadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto Concordância com os Pronomes de Tratamento
de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tra- Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indi-
tamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao reta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordân-
correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento cia verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segun-
para uma autoridade de certo nível; mais do que isso, a for- da pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem
malidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfo- se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira
que dado ao assunto do qual cuida a comunicação. pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que in-
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à ne- tegra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria
cessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administra- nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”.
ção federal é una, é natural que as comunicações que expede Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a
sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa:
exige que se atente para todas as características da redação “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa... vos-
oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos. so...”).
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o
o texto definitivo e a correta diagramação do texto são in- gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que
dispensáveis para a padronização. se refere, e não com o substantivo que compõe a locução.

93
LÍNGUA PORTUGUESA

Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa - deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de
Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satis- corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
feito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa de rodapé;
Senhoria deve estar satisfeita”. - para símbolos não existentes na fonte Times New Ro-
No envelope, o endereçamento das comunicações diri- man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
gidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a se- - é obrigatório constar a partir da segunda página o
guinte forma: número da página;
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
A Sua Excelência o Senhor impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
Fulano de Tal gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas
Ministro de Estado da Justiça páginas pares (“margem espelho”);
70.064-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral esquerda terá,
no mínimo, 3,0 cm de largura;
A Sua Excelência o Senhor
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
Senador Fulano de Tal
distância da margem esquerda;
Senado Federal
70.165-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5
cm;
Senhor Ministro, - deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-
Submeto a Vossa Excelência projeto (...) nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha
Fechos para Comunicações em branco;
O fecho das comunicações oficiais possui, além da fina- - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sub-
lidade de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os linhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor-
modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram re- das ou qualquer outra forma de formatação que afete a
gulados pela Portaria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937, elegância e a sobriedade do documento;
que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
e uniformiza-los, este Manual estabelece o emprego de so- papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
mente dois fechos diferentes para todas as modalidades de para gráficos e ilustrações;
comunicação oficial: - todos os tipos de documentos do Padrão Ofício de-
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente vem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7
da República: Respeitosamente, x 21,0 cm;
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hie- - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
rarquia inferior: Atenciosamente, arquivo Rich Text nos documentos de texto;
- dentro do possível, todos os documentos elabora-
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição pró- posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo-
prios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do gos;
Ministério das Relações Exteriores. - para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
vem ser formados da seguinte maneira:
Identificação do Signatário
tipo do documento + número do documento + pala-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da
vras-chaves do conteúdo
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local
de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
Aviso e Ofício
(espaço para assinatura)
Nome Definição e Finalidade
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial
praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que
(espaço para assinatura) o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado,
Nome para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofí-
Ministro de Estado da Justiça cio é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór-
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assi- gãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício,
natura em página isolada do expediente. Transfira para essa também com particulares.
página ao menos a última frase anterior ao fecho.
Forma e Estrutura
Forma de diagramação Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
seguinte forma de apresentação: destinatário, seguido de vírgula.

94
LÍNGUA PORTUGUESA

Exemplos: Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente


Excelentíssimo Senhor Presidente da República da República por um Ministro de Estado.
Senhora Ministra Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um
Senhor Chefe de Gabinete Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada por to-
dos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as de interministerial.
seguintes informações do remetente:
– nome do órgão ou setor; Forma e Estrutura - Formalmente, a exposição de mo-
– endereço postal; tivos tem a apresentação do padrão ofício. A exposição de
– telefone e e-mail. motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas for-
mas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter
Observação: Estas informações estão ausentes no exclusivamente informativo e outra para a que proponha al-
guma medida ou submeta projeto de ato normativo.
memorando, pois se trata de comunicação interna - des-
No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim-
tinatário e remetente possuem o mesmo endereço. Se o
plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presiden-
Aviso é de um Ministério para outro Ministério, também
te da República, sua estrutura segue o modelo antes referido
não precisa especificar o endereço. O Ofício é enviado para para o padrão ofício.
outras instituições, logo, são necessárias as informações do
remetente e o endereço do destinatário para que o ofício Mensagem
possa ser entregue e o remetente possa receber resposta.
Definição e Finalidade - É o instrumento de comunica-
Memorando ção oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente
as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder
Definição e Finalidade Legislativo para informar sobre fato da Administração Pública,
O memorando é a modalidade de comunicação entre expor o plano de governo por ocasião da abertura de sessão
unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem legislativa, submeter ao Congresso Nacional matérias que de-
estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível dife- pendem de deliberação de suas Casas, apresentar veto, enfim,
rente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja de inte-
eminentemente interna. resse dos poderes públicos e da Nação.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser em- Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Mi-
pregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, nistérios à Presidência da República, a cujas assessorias caberá
etc. a serem adotados por determinado setor do serviço a redação final.
público. As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Con-
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação gresso Nacional têm as seguintes finalidades:
do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela ra- - encaminhamento de projeto de lei ordinária, comple-
pidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. mentar ou financeira;
Para evitar desnecessário aumento do número de comu- - encaminhamento de medida provisória;
nicações, os despachos ao memorando devem ser dados - indicação de autoridades;
no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em - pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Pre-
folha de continuação. Este procedimento permite formar sidente da República ausentarem-se do País por mais de 15
dias;
uma espécie de processo simplificado, assegurando maior
- encaminhamento de atos de concessão e renovação de
transparência à tomada de decisões e permitindo que se
concessão de emissoras de rádio e TV;
historie o andamento da matéria tratada no memorando.
- encaminhamento das contas referentes ao exercício an-
terior;
Forma e Estrutura - mensagem de abertura da sessão legislativa;
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do - comunicação de sanção (com restituição de autógrafos);
padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário - comunicação de veto;
deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Ex: - outras mensagens.

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Forma e Estrutura - As mensagens contêm:


Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos a) a indicação do tipo de expediente e de seu número,
horizontalmente, no início da margem esquerda;
Exposição de Motivos b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o
cargo do destinatário, horizontalmente, no início da margem
Definição e Finalidade - Exposição de motivos é o ex- esquerda (Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Fede-
pediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Pre- ral);
sidente para: c) o texto, iniciando a 2,0 cm do vocativo;
a) informá-lo de determinado assunto; b) propor algu- d) o local e a data, verticalmente a 2,0 cm do final do
ma medida; ou c) submeter a sua consideração projeto de texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a
ato normativo. margem direita.

95
LÍNGUA PORTUGUESA

A mensagem, como os demais atos assinados pelo Pre- Forma e Estrutura - Um dos atrativos de comunica-
sidente da República, não traz identificação de seu signa- ção por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
tário. interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto,
deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma
Telegrama comunicação oficial.
O campo “assunto” do formulário de correio eletrôni-
Definição e Finalidade - Com o fito de uniformizar a co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a
terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, organização documental tanto do destinatário quanto do
passa a receber o título de telegrama toda comunicação remetente.
oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utili-
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir- que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí-
se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja nimas sobre seu conteúdo.
possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con-
justifique sua utilização. Em razão de seu custo elevado, esta firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
forma de comunicação deve pautar-se pela concisão. na mensagem o pedido de confirmação de recebimento.
Forma e Estrutura - Não há padrão rígido, devendo- Valor documental - Nos termos da legislação em vi-
se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis gor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. documental, e para que possa ser aceito como documento
original, é necessário existir certificação digital que ateste
Fax a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

Definição e Finalidade - O fax (forma abreviada já Elementos de Ortografia e Gramática


consagrada de fac-símile) é uma forma de comunicação
que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento Problemas de Construção de Frases
da Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens
urgentes e para o envio antecipado de documentos, de A clareza e a concisão na forma escrita são alcançadas,
cujo conhecimento há premência, quando não há condi- principalmente, pela construção adequada da frase, “a me-
ções de envio do documento por meio eletrônico. Quando nor unidade autônoma da comunicação”, na definição de
necessário o original, ele segue posteriormente pela via e Celso Pedro Luft.
na forma de praxe. A função essencial da frase é desempenhada pelo pre-
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com có-
dicado, que, para Adriano da Gama Kury, pode ser entendi-
pia do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos
do como “a enunciação pura de um fato qualquer”. Sempre
modelos, deteriora-se rapidamente.
que a frase possuir pelo menos um verbo, recebe o nome
de período, que terá tantas orações quantos forem os ver-
Forma e Estrutura - Os documentos enviados por fax
bos não auxiliares que o constituem.
mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes.
Outra função relevante é a do sujeito – mas não indis-
É conveniente o envio, juntamente com o documento
pensável, pois há orações sem sujeito, ditas impessoais –,
principal, de folha de rosto e de pequeno formulário com
os dados de identificação da mensagem a ser enviada, con- de quem se diz algo, cujo núcleo é sempre um substantivo.
forme exemplo a seguir: Sempre que o verbo o exigir, teremos nas orações substan-
tivos (nomes ou pronomes) que desempenham a função
[Órgão Expedidor] de complementos (objetos direto e indireto, predicativo e
[setor do órgão expedidor] complemento adverbial). Função acessória desempenham
[endereço do órgão expedidor] os adjuntos adverbiais, que vêm geralmente ao final da
Destinatário:____________________________________ oração, mas que podem ser ou intercalados aos elementos
No do fax de destino:_______________ Data:___/___/___ que desempenham as outras funções, ou deslocados para
Remetente: ____________________________________ o início da oração.
Tel. p/ contato:____________ Fax/correio eletrônico:____ Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos ele-
No de páginas: ________ No do documento:____________ mentos que compõem uma oração (Observação: os parên-
teses indicam os elementos que podem não ocorrer):
Observações:___________________________________
(sujeito) - verbo - (complementos) - (adjunto adverbial).
Correio Eletrônico
Podem ser identificados seis padrões básicos para as
Definição e finalidade - O correio eletrônico (“e-mail”), orações pessoais (isto é, com sujeito) na língua portuguesa
por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na princi- (a função que vem entre parênteses é facultativa e pode
pal forma de comunicação para transmissão de documen- ocorrer em ordem diversa):
tos.
1. Sujeito - verbo intransitivo - (Adjunto Adverbial)

96
LÍNGUA PORTUGUESA

O Presidente - regressou - (ontem). Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim.

2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad- Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).
junto adverbial) Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).
O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na
manhã de terça-feira). Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo, (...).
Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo, (...).
3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto -
(adjunto adverbial). Frases Fragmentadas
O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os se- A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma
tores). oração subordinada ou uma simples locução como se fosse
uma frase completa”. Decorre da pontuação errada de uma
frase simples. Embora seja usada como recurso estilístico na
4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. dire-
literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos
to - obj. indireto - (adj. Adv.)
textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão.
Os desempregados - entregaram - suas reivindicações -
Exemplo:
ao Deputado - (no Congresso). Errado: O programa recebeu a aprovação do Congresso
5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento ad- Nacional. Depois de ser longamente debatido.
verbial - (adjunto adverbial) Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Nacional, depois de ser longamente debatido.
Aires - (na próxima semana). Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa re-
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira) cebeu a aprovação do Congresso Nacional.

6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto ad- Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
verbial) metido ao Presidente da República, que o aprovou. Consultadas
O problema - será - resolvido - prontamente. as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente subme-
Estes seriam os padrões básicos para as orações, ou seja, tido ao Presidente da República, que o aprovou, consultadas as
as frases que possuem apenas um verbo conjugado. Na cons- áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
trução de períodos, as várias funções podem ocorrer em or-
dem inversa à mencionada, misturando-se e confundindo-se. Erros de Paralelismo
Não interessa aqui análise exaustiva de todos os padrões exis- Uma das convenções estabelecidas na linguagem escrita
tentes na língua portuguesa. O que importa é fixar a ordem “consiste em apresentar ideias similares numa forma gramati-
normal dos elementos nesses seis padrões básicos. Acrescen- cal idêntica”, o que se chama de paralelismo. Assim, incorre-se
te-se que períodos mais complexos, compostos por duas ou em erro ao conferir forma não paralela a elementos paralelos.
mais orações, em geral podem ser reduzidos aos padrões bá- Vejamos alguns exemplos:
sicos (de que derivam).
Os problemas mais frequentemente encontrados na Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Ministérios eco-
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à am- nomizar energia e que elaborassem planos de redução de despesas.
biguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos paralelis-
Na frase temos, nas duas orações subordinadas que com-
mos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral, do des-
pletam o sentido da principal, duas estruturas diferentes para
conhecimento da ordem das palavras na frase. Indicam-se, a
ideias equivalentes: a primeira oração (economizar energia) é
seguir, alguns desses defeitos mais comuns e recorrentes na
reduzida de infinitivo, enquanto a segunda (que elaborassem
construção de frases, registrados em documentos oficiais. planos de redução de despesas) é uma oração desenvolvida
introduzida pela conjunção integrante que. Há mais de uma
Sujeito possibilidade de escrevê-la com clareza e correção; uma seria
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que exe- a de apresentar as duas orações subordinadas como desen-
cuta a ação enunciada na oração. Ele pode ter complemen- volvidas, introduzidas pela conjunção integrante que:
to, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, portanto,
construções como: Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
que economizassem energia e (que) elaborassem planos para
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. redução de despesas.
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.
Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas
Errado: Apesar das relações entre os países estarem cor- como reduzidas de infinitivo:
tadas, (...). Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
Certo: Apesar de as relações entre os países estarem cor- economizar energia e elaborar planos para redução de despesas.
tadas, (...).
Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na
Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim. coordenação de orações subordinadas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Mais um exemplo de frase inaceitável na língua escrita culta: Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o de
Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não um médico.
ser inseguro, inteligência e ter ambição.
Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria.
O problema aqui decorre de coordenar palavras (subs- Novamente, a não repetição dos termos comparados
tantivos) com orações (reduzidas de infinitivo). confunde. Alternativas para correção:
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou por Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da Por-
transformá-la em frase simples, substituindo as orações redu- taria.
zidas por substantivos: Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.
Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, segu- Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
rança, inteligência e ambição. do que os Ministérios do Governo.
No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou
Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso pa- “demais”) acarretou imprecisão:
ralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalente) Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apresentar, que os outros Ministérios do Governo.
de forma paralela, estruturas sintáticas distintas: Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o Papa. que os demais Ministérios do Governo.
Ambiguidade
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cidades (Pa-
ris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibilidade Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em
de correção é transformá-la em duas frases simples, com o mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de
cuidado de não repetir o verbo da primeira (visitar): todo texto oficial, deve-se atentar para as construções que
Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma. Nesta últi- possam gerar equívocos de compreensão.
ma capital, encontrou-se com o Papa. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
identificar a qual palavra se refere um pronome que possui
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode ocorrer
pelo uso inadequado da expressão “e que” num período que com:
não contém nenhum “que” anterior.
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que tem - pronomes pessoais:
sólida formação acadêmica. Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado que
ele seria exonerado.
Para corrigir a frase, suprimimos o pronome relativo: Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu se-
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem sólida cretariado.
formação acadêmica. Ou então, caso o entendimento seja outro:
Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exo-
Outro exemplo de falso paralelismo com “e que”: neração deste.
Errado: Neste momento, não se devem adotar medidas
precipitadas, e que comprometam o andamento de todo o pro- - pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
grama. Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da Repúbli-
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo anterior, ca, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu Esta-
aqui podemos suprimir a conjunção: do, mas isso não o surpreendeu.
Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas pre- Observe a multiplicidade de ambiguidade no exemplo
cipitadas, que comprometam o andamento de todo o progra- acima, a qual torna incompreensível o sentido da frase.
ma. Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presidente
da República. No pronunciamento, solicitou a intervenção
Erros de Comparação
federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente
da República.
A omissão de certos termos ao fazermos uma compara-
ção, omissão própria da língua falada, deve ser evitada na lín-
- pronome relativo:
gua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem sempre
Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu
é possível identificar, pelo contexto, qual o termo omitido. A
costumava trabalhar.
ausência indevida de um termo pode impossibilitar o enten-
dimento do sentido que se quer dar a uma frase: Não fica claro se o pronome relativo da segunda ora-
ção faz referência “à mesa” ou “a gabinete”. Esta ambigui-
Errado: O salário de um professor é mais baixo do que um dade se deve ao pronome relativo “que”, sem marca de gê-
médico. nero. A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os quais,
A omissão de termos provocou uma comparação indevi- as quais, que marcam gênero e número.
da: “o salário de um professor” com “um médico”. Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costu-
Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o mava trabalhar.
salário de um médico. Se o entendimento é outro, então:

98
LÍNGUA PORTUGUESA

Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costu- dos pronomes de tratamento apresentados nas alternati-
mava trabalhar. vas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos, en-
tão, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome ade-
Há, ainda, outro tipo de ambiguidade, que decorre da quado a ser utilizado para deputados. Segundo o Manual
dúvida sobre a que se refere a oração reduzida: de Redação Oficial, temos:
Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
funcionário. b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida. (...).
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este RESPOSTA: “D”.
indisciplinado.
2-) (ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SER-
Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senhora VIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014)
chamou o médico. Considerando aspectos estruturais e linguísticos das cor-
Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi respondências oficiais, julgue os itens que se seguem, de
chamado por uma senhora. acordo com o Manual de Redação da Presidência da Re-
pública.
O tratamento Digníssimo deve ser empregado para to-
Fontes de pesquisa:
das as autoridades do poder público, uma vez que a dig-
http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_pu-
nidade é tida como qualidade inerente aos ocupantes de
blicacoes_ver.php?id=2
cargos públicos.
http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/reda-
( ) CERTO ( ) ERRADO
cao-oficial-para-concursos.html
2-) Vamos ao Manual: O Manual ainda preceitua que a
Questões forma de tratamento “Digníssimo” fica abolida (...) afinal, a
dignidade é condição primordial para que tais cargos públi-
1-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) cos sejam ocupados.
Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_ofi-
de Redação da Presidência da República, no qual expres- cial_publicacoes_ver.php?id=2
sões foram substituídas por lacunas. RESPOSTA: “ERRADO”.

Senhor Deputado 3-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/SE – TÉCNICO JUDICIÁRIO


Em complemento às informações transmitidas pelo te- – CESPE/2014) Em toda comunicação oficial, exceto nas di-
legrama n.º 154, de 24 de abril último, informo _____ de que recionadas a autoridades estrangeiras, deve-se fazer uso
as medidas mencionadas em ______ carta n.º 6708, dirigida dos fechos Respeitosamente ou Atenciosamente, de acor-
ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo do com as hierarquias do destinatário e do remetente.
procedimento administrativo de demarcação de terras in- ( ) CERTO (
dígenas instituído pelo Decreto n.º 22, de 4 de fevereiro de ) ERRADO
1991 (cópia anexa).
(http://www.planalto.gov.br. Adaptado) 3-) Segundo o Manual de Redação Oficial: (...) Manual
estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes
A alternativa que completa, correta e respectivamen- para todas as modalidades de comunicação oficial:
te, as lacunas do texto, de acordo com a norma-padrão a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente
da língua portuguesa e atendendo às orientações oficiais da República: Respeitosamente,
a respeito do uso de formas de tratamento em correspon- b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierar-
quia inferior: Atenciosamente,
dências públicas, é:
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigi-
A) Vossa Senhoria … tua.
das a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tra-
B) Vossa Magnificência … sua.
dição próprios, devidamente disciplinados no Manual de
C) Vossa Eminência … vossa.
Redação do Ministério das Relações Exteriores.
D) Vossa Excelência … sua. RESPOSTA: “CERTO”.
E) Sua Senhoria … vossa.

1-) Podemos começar pelo pronome demonstrativo.


Mesmo utilizando pronomes de tratamento “Vossa” (mui-
tas vezes confundido com “vós” e seu respectivo “vosso”),
os pronomes que os acompanham deverão ficar sempre na
terceira pessoa (do plural ou do singular, de acordo com o
número do pronome de tratamento). Então, em quaisquer

99
LÍNGUA PORTUGUESA

Não encontramos as pessoas que saíram.


FUNÇÕES DO “QUE” E DO “SE” • pronome indefinido: nesse caso, pode funcionar
como pronome substantivo ou pronome adjetivo.
• pronome substantivo: equivale a que coisa. Quando
for pronome substantivo, a palavra que exercerá as fun-
A palavra que em português pode ser: ções próprias do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto
Interjeição: exprime espanto, admiração, surpresa. indireto, etc.)
Nesse caso, será acentuada e seguida de ponto de Que aconteceu com você?
exclamação. Usa-se também a variação  o quê! A pala-
vra que não exerce função sintática quando funciona como • pronome adjetivo: determina um substantivo. Nesse
interjeição. caso, exerce a função sintática de adjunto adnominal.

Quê! Você ainda não está pronto? Que vida é essa?


O quê! Quem sumiu?
Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse
Substantivo: equivale a alguma coisa. caso, não exerce função sintática. Como conjunção, a pala-
Nesse caso, virá sempre antecedida de artigo ou outro vra que pode relacionar tanto orações coordenadas quan-
determinante, e receberá acento por ser monossílabo tô- to subordinadas, daí classificar-se como conjunção coorde-
nativa ou conjunção subordinativa. Quando funciona como
nico terminado em e. Como substantivo, designa também
conjunção coordenativa ou subordinativa, a palavra que
a 16ª letra de nosso alfabeto. Quando a palavra que for
recebe o nome da oração que introduz. Por exemplo:
substantivo, exercerá as funções sintáticas próprias dessa
Venha logo, que é tarde. (conjunção coordenativa ex-
classe de palavra (sujeito, objeto direto, objeto indireto,
plicativa)
predicativo, etc.) Falou tanto que ficou rouco. (conjunção subordinativa
consecutiva)
Ele tem certo quê misterioso. (substantivo na função
de núcleo do objeto direto) Quando inicia uma oração subordinada substantiva, a
palavra que recebe o nome de conjunção subordinativa
Preposição: liga dois verbos de uma locução verbal integrante.
em que o auxiliar é o verboter.
Equivale a de. Quando é preposição, a palavra que não Desejo que você venha logo.
exerce função sintática.

Tenho que sair agora. A palavra se 


Ele tem que dar o dinheiro hoje.
A palavra se, em português, pode ser:
Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da
frase, sem prejuízo algum para o sentido. Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse
Nesse caso, a palavra que  não exerce função sintáti- caso, não exerce função sintática. Como conjunção, a pala-
ca; como o próprio nome indica, é usada apenas para dar vra se pode ser:
realce. Como partícula expletiva, aparece também na ex- * conjunção subordinativa integrante: inicia uma ora-
pressão é que. ção subordinada substantiva.
Perguntei se ele estava feliz.
Quase que não consigo chegar a tempo. * conjunção subordinativa condicional: inicia uma ora-
Elas é que conseguiram chegar. ção adverbial condicional (equivale a caso).
Advérbio:  modifica um adjetivo ou um advérbio. Se todos tivessem estudado, as notas seriam boas.
Equivale a quão. Quando funciona como advérbio, a pala-
Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da
vra que exerce a função sintática de adjunto adverbial; no
frase sem prejuízo algum para o sentido. Nesse caso, a pa-
caso, de intensidade.
lavra se não exerce função sintática. Como o próprio nome
indica, é usada apenas para dar realce.
Que lindas flores!
Passavam-se os dias e nada acontecia.
Que barato!
Parte integrante do verbo: faz parte integrante dos
Pronome: como pronome, a palavra que pode ser: verbos pronominais. Nesse caso, o se não exerce função
• pronome relativo: retoma um termo da oração an- sintática.
tecedente, projetando-o na oração consequente. Equivale Ele arrependeu-se do que fez.
a o qual e flexões.

100
LÍNGUA PORTUGUESA

Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede ob- Quanto ao nível informal, por sua vez, representa o es-
jeto direto, caracteriza as orações que estão na voz passi- tilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado
va sintética. É também chamada de pronome apassivador. controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que, para
Nesse caso, não exerce função sintática, seu papel é apenas a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira
apassivar o verbo. errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma
um estigma.
Vendem-se casas. Compondo o quadro do padrão informal da lingua-
Aluga-se carro. gem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais
Compram-se joias. representam as variações de acordo com as condições so-
Índice de indeterminação do sujeito: vem ligando a ciais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
um verbo que não é transitivo direto, tornando o sujeito Dentre elas destacam-se:
indeterminado. Não exerce propriamente uma função sin-
tática, seu papel é o de indeterminar o sujeito. Lembre-se Variações históricas: Dado o dinamismo que a lín-
de que, nesse caso, o verbo deverá estar na terceira pessoa gua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do
do singular. tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão
da ortografia, se levarmos em consideração a palavra far-
Trabalha-se de dia. mácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, con-
Precisa-se de vendedores. trapondo-se à linguagem dos internautas, a qual se fun-
damenta pela supressão do vocábulos. Analisemos, pois, o
Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome fragmento exposto:
pessoal, ela deverá estar sempre na mesma pessoa do su-
jeito da oração de que faz parte. Por isso o pronome oblí-
quo se sempre será reflexivo (equivalendo a a si mesmo), Antigamente
podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
* objeto direto
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
Ele cortou-se com o facão.
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arras-
* objeto indireto
tando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.”
Ele se atribui muito valor.
Carlos Drummond de Andrade
* sujeito de um infinitivo
Comparando-o à modernidade, percebemos um voca-
“Sofia deixou-se estar à janela.”
bulário antiquado.
* Texto adaptado por Por Marina Cabral Variações regionais: São os chamados dialetos, que
são as marcas determinantes referentes a diferentes re-
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/classi- giões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que,
ficacao-das-palavras-que-e-se.htm em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como:
macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade es-
tão os sotaques, ligados às características orais da lingua-
gem.

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA. Variações sociais ou culturais: Estão diretamente li-


gadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também
ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como
exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
A linguagem é a característica que nos difere dos de- As gírias pertencem ao vocabulário específico de cer-
mais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar tos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores,
sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião entre outros. Os jargões estão relacionados ao profissiona-
frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano e, so- lismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando
bretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social. a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissio-
Dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os nais da área de informática, dentre outros.
níveis da fala, que são basicamente dois: o nível de formali-
dade e o de informalidade. Vejamos um poema sobre o assunto:
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem
escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo Vício na fala
geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma ma- Para dizerem milho dizem mio
neira que falamos. Este fator foi determinante para a que Para melhor dizem mió
a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais. Para pior pió

101
LÍNGUA PORTUGUESA

Para telha dizem teia Releva considerar, assim, o momento do discurso, que
Para telhado dizem teiado pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o
E vão fazendo telhados. das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre ami-
Oswald de Andrade gos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas
perfeitamente normais construções do tipo:
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/varia- Eu não vi ela hoje.
coes-linguisticas.htm Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Níveis de linguagem Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
A língua é um código de que se serve o homem para
elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basica- Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a
mente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas norma culta, deixando mais livres os interlocutores.
funcionais: O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se
ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou
por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se
segmento mais culto e influente de uma sociedade. Cons- alteram:
titui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comu- Eu não a vi hoje.
nicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, Ninguém o deixou falar.
revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem Deixe-me ver isso!
aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colabo- Eu te amo, sim, mas não abuses!
rando na educação; Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
2) a língua funcional de modalidade popular; língua po-
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
pular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais
diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos
Norma culta:
de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista,
etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgres-
A norma culta, forma linguística que todo povo civiliza-
sões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas,
do possui, é a que assegura a unidade da língua nacional.
quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço
E justamente em nome dessa unidade, tão importante do
à causa do ensino.
ponto de vista político--cultural, que é ensinada nas esco-
las e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e O momento solene, acessível a poucos, é o da arte
criativa, a língua popular afigura-se mais expressiva e dinâ- poética, caracterizado por construções de rara beleza.
mica. Temos, assim, à guisa de exemplificação: Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume.
Estou preocupado. (norma culta) Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa
Tô preocupado. (língua popular) de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o co-
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) mete, passando, assim, a constituir fato linguístico registro
de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda
Não basta conhecer apenas uma modalidade de lín- que não tenha amparo gramatical. Exemplos:
gua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a es- Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
pontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das nor- dispersar e Não vamos dispersar-nos.)
mas da língua culta. Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de
sair daqui bem depressa.)
O conceito de erro em língua: O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no
seu posto.)
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos
casos de ortografia. O que normalmente se comete são As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos im-
transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num pedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos
momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele fa- também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos
lar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride linguísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu
a norma culta. tais verbos como derivados de pedir, que tem início, na sua
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as
transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um formas então legítimas impido, despido e desimpido, que
banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de
praia, vestido de fraque e cartola. usar.

102
LÍNGUA PORTUGUESA

Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário


escolar palavras como corrigir e correto, quando nos refe- O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO E AS
rimos a frases. “Corrija estas frases” é uma expressão que FUNÇÕES DA LINGUAGEM.
deve dar lugar a esta, por exemplo: “Converta estas frases
da língua popular para a língua culta”.
Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a
uma frase “errada”; é, na verdade, uma frase elaborada con- Comunicação
forme as normas gramaticais; em suma, conforme a norma
culta. A comunicação constitui uma das ferramentas mais im-
portantes que os líderes têm à sua disposição para desem-
Língua escrita e língua falada. Nível de linguagem: penhar as suas funções de influência. A sua importância é
tal que alguns autores a consideram mesmo como o “san-
A língua escrita, estática, mais elaborada e menos eco- gue” que dá vida à organização. Esta importância deve-se
nômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada. essencialmente ao fato de apenas através de uma comuni-
A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação cação efetiva ser possível:
(melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no
decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, - Estabelecer e dar a conhecer, com a participação de
olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade membros de todos os níveis hierárquicos da organização,
mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, os objetivos organizacionais por forma a que contemplem,
estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e não apenas os interesses da organização, mas também os
a evoluções. interesses de todos os seus membros.
Nenhuma, porém, sobrepõe-se a outra em importân-
cia. Nas escolas, principalmente, costuma se ensinar a lín- - Definir e dar a conhecer, com a participação de mem-
gua falada com base na língua escrita, considerada supe- bros de todos os níveis hierárquicos da organização, a es-
rior. Decorrem daí as correções, as retificações, as emendas, trutura organizacional, quer ao nível do desenho organiza-
a que os professores sempre estão atentos. cional, quer ao nível da distribuição de autoridade, respon-
Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mos- sabilidade e tarefas.
trando as características e as vantagens de uma e outra,
sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade - Definir e dar a conhecer, com a participação de mem-
ou inferioridade, que em verdade inexiste. bros de todos os níveis hierárquicos da organização, de-
Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na lín- cisões, planos, políticas, procedimentos e regras aceites e
gua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de respeitadas por todos os membros da organização.
línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de diale-
tos, consequência natural do enorme distanciamento entre - Coordenar, dar apoio e controlar as atividades de to-
uma modalidade e outra. dos os membros da organização.
A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-ela-
borada que a língua falada, porque é a modalidade que - Efetuar a integração dos diferentes departamentos e
mantém a unidade linguística de um povo, além de ser a permitir a ajuda e cooperação interdepartamental.
que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Ne-
nhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível - Desempenhar eficazmente o papel de influência atra-
sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, vés da compreensão e atuação em conformidade satisfa-
processam-se lentamente e em número consideravelmente ção das necessidades e sentimentos das pessoas por forma
menor, quando cotejada com a modalidade falada. a aumentar a sua motivação.
Importante é fazer o educando perceber que o nível da
linguagem, a norma linguística, deve variar de acordo com Elementos do Processo de Comunicação
a situação em que se desenvolve o discurso.
O ambiente sociocultural determina o nível da lingua- Para perceber desenvolver políticas de comunicação
gem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia eficazes é necessário analisar antes cada um dos elemen-
e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não tos que fazem parte do processo de comunicação. Assim,
fala com uma criança como se estivesse em uma missa, as- fazem parte do processo de comunicação o emissor, um
sim como uma criança não fala como um adulto. Um enge- canal de transmissão, geralmente influenciado por ruídos,
nheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível um receptor e ainda o feedback do receptor.
de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum
professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e - Emissor (ou fonte da mensagem da comunicação):
na sala de aula. representa quem pensa, codifica e envia a mensagem, ou
Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre seja, quem inicia o processo de comunicação. A codificação
esses níveis, destacam-se em importância o culto e o coti- da mensagem pode ser feita transformando o pensamento
diano, a que já fizemos referência. que se pretende transmitir em palavras, gestos ou símbolos
que sejam compreensíveis por quem recebe a mensagem.

103
LÍNGUA PORTUGUESA

- Canal de transmissão da mensagem: faz a ligação parte do emissor, nomeadamente com o fato de se tor-
entre o emissor e o receptor e representa o meio através narem impossíveis ou pelo menos difíceis as retificações e
do qual é transmitida a mensagem. Existe uma grande as novas explicações para melhor compreensão após a sua
variedade de canais de transmissão, cada um deles com transmissão. Assim, os principais cuidados a ter para que
vantagens e inconvenientes: destacam-se o ar (no caso do a mensagem seja perfeitamente recebida e compreendida
emissor e receptor estarem frente a frente), o telefone, os pelo(s) receptor(es) são o uso de caligrafia legível e unifor-
meios eletrônicos e informáticos, os memorandos, a rádio, me (se manuscrita), a apresentação cuidada, a pontuação
a televisão, entre outros. e ortografia corretas, a organização lógica das ideias, a ri-
queza vocabular e a correção frásica. O emissor deve ainda
- Receptor da mensagem: representa quem recebe e possuir um perfeito conhecimento dos temas e deve tentar
descodifica a mensagem. Aqui é necessário ter em atenção prever as reações/feedback à sua mensagem.
que a descodificação da mensagem resulta naquilo que Como principais vantagens da comunicação escrita,
efetivamente o emissor pretendia enviar (por exemplo, em podemos destacar o fato de ser duradoura e permitir um
diferentes culturas, um mesmo gesto pode ter significados registro e de permitir uma maior atenção à organização
diferentes). Podem existir apenas um ou numerosos recep- da mensagem sendo, por isso, adequada para a transmitir
tores para a mesma mensagem. políticas, procedimentos, normas e regras. Adequa-se tam-
bém a mensagens longas e que requeiram uma maior aten-
- Ruídos: representam obstruções mais ou menos in- ção e tempo por parte do receptor tais como relatórios e
tensas ao processo de comunicação e podem ocorrer em análises diversas. Como principais desvantagens destacam-
qualquer uma das suas fases. Denominam-se ruídos inter- se a já referida ausência do receptor o que impossibilita o
nos se ocorrem durante as fases de codificação ou desco- feedback imediato, não permite correções ou explicações
dificação e externos se ocorrerem no canal de transmissão. adicionais e obriga ao uso exclusivo da linguagem verbal.
Obviamente estes ruídos variam consoante o tipo de canal
de transmissão utilizado e consoante as características do Comunicação Oral
emissor e do(s) receptor(es), sendo, por isso, um dos crité-
rios utilizados na escolha do canal de transmissão quer do No caso da comunicação oral, a sua principal caracte-
tipo de codificação. rística é a presença do receptor (exclui-se, obviamente, a
comunicação oral que utilize a televisão, a rádio, ou as gra-
- Retro-informação (feedback): representa a resposta vações). Esta característica explica diversas das suas prin-
do(s) receptor(es) ao emissor da mensagem e pode ser cipais vantagens, nomeadamente o fato de permitir o fee-
utilizada como uma medida do resultado da comunicação. dback imediato, permitir a passagem imediata do receptor
Pode ou não ser transmitida pelo mesmo canal de trans- a emissor e vice-versa, permitir a utilização de comunica-
missão. ção não verbal como os gestos a mímica e a entoação, por
  exemplo, facilitar as retificações e explicações adicionais,
Embora os tipos de comunicação sejam inúmeros, po- permitir observar as reações do receptor, e ainda a grande
dem ser agrupados em comunicação verbal e comunica- rapidez de transmissão. Contudo, e para que estas vanta-
ção não verbal. Como comunicação não verbal podemos gens sejam aproveitadas é necessário o conhecimento dos
considerar os gestos, os sons, a mímica, a expressão facial, temas, a clareza, a presença e naturalidade, a voz agradável
as imagens, entre outros. É frequentemente utilizada em e a boa dicção, a linguagem adaptada, a segurança e auto-
locais onde o ruído ou a situação impede a comunicação domínio, e ainda a disponibilidade para ouvir.
oral ou escrita como por exemplo as comunicações entre Como principais desvantagens da comunicação oral
“dealers” nas bolsas de valores. É também muito utilizada destacam-se o fato de ser efêmera, não permitindo qual-
como suporte e apoio à comunicação oral. quer registro e, consequentemente, não se adequando a
Quanto à comunicação verbal, que inclui a comunica- mensagens longas e que exijam análise cuidada por parte
ção escrita e a comunicação oral, por ser a mais utilizada na do receptor.
sociedade em geral e nas organizações em particular, por
ser a única que permite a transmissão de ideias complexas Gêneros Escritos e Orais
e por ser um exclusivo da espécie humana, é aquela que
mais atenção tem merecido dos investigadores, caracteri- Gêneros textuais são tipos específicos de textos de
zando-a e estudando quando e como deve ser utilizada. qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discur-
sivas constituem as estruturas e as funções sociais (narra-
Comunicação Escrita tivas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas
de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser consi-
A comunicação escrita teve o seu auge, e ainda hoje derados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites,
predomina, nas organizações burocráticas que seguem atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comé-
os princípios da Teoria da Burocracia enunciados por Max dias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevis-
Weber. A principal característica é o fato do receptor estar tas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, ins-
ausente tornando-a, por isso, num monólogo permanente truções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias.
do emissor. Esta característica obriga a alguns cuidados por São textos que circulam no mundo, que têm uma função

104
LÍNGUA PORTUGUESA

específica, para um público específico e com características Exemplo de gêneros orais e escritos: Texto expositivo,
próprias. Aliás, essas características peculiares de um gêne- exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral,
ro discursivo nos permitem abordar aspectos da textualida- palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclo-
de, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, pédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de tex-
técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes tos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico,
ao gênero em questão. relatório oral de experiência.
Gênero de texto então, refere-se às diferentes formas
de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por Domínios sociais de comunicação: Instruções e prescri-
exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc. ções.
Para a linguística, os gêneros textuais englobam estes Aspectos tipológicos: Descrever ações.
e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Capacidade de linguagem dominante: Regulação mú-
Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também iden- tua de comportamentos.
tificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tan- Exemplo de gêneros orais e escritos: Instruções de mon-
tos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa tagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de
sociedade. uso, comandos diversos, textos prescritivos.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguís-
ticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los
dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e esti-
los composicionais. Funções da Linguagem
Domínios sociais de comunicação: Cultura Literária Fic-
cional. Quando se pergunta a alguém para que serve a lingua-
Aspectos tipológicos: Narrar. gem, a resposta mais comum é que ela serve para comuni-
Capacidade de linguagem dominante: Mimeses de ação car. Isso está correto. No entanto, comunicar não é apenas
através da criação da intriga no domínio do verossímil. transmitir informações. É também exprimir emoções, dar
Exemplo de gêneros orais e escritos: Conto de Fadas, fá- ordens, falar apenas para não haver silêncio. Para que serve
bula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cien- a linguagem?
tífica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou his- - A linguagem serve para informar: Função Referencial.
tória engraçada, biografia romanceada, romance, romance
histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivi- “Estados Unidos invadem o Iraque”
nha, piada.
Domínios sociais de comunicação: Documentação e Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos so-
memorização das ações humana. bre um acontecimento do mundo.
Aspectos tipológicos: Relatar. Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na
Capacidade de linguagem dominante: Representação memória, transmitimos esses conhecimentos a outras pes-
pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. soas, ficamos sabendo de experiências bem-sucedidas, so-
Exemplo de gêneros orais e escritos: Relato de expe- mos prevenidos contra as tentativas mal sucedidas de fazer
riência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, alguma coisa. Graças à linguagem, um ser humano recebe
anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, de outro conhecimentos, aperfeiçoa-os e transmite-os.
reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, re- Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender
lato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia. ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria
língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como apren-
Domínios sociais de comunicação: Discussão de proble- demos desde as mais banais informações do dia a dia até
mas sociais controversos. as teorias científicas, as expressões artísticas e os sistemas
Aspectos tipológicos: Argumentar. filosóficos mais avançados.
Capacidade de linguagem dominante: Sustentação, re- A função informativa da linguagem tem importância
futação e negociação de tomadas de posição. central na vida das pessoas, consideradas individualmente
Exemplo de gêneros orais e escritos: Textos de opinião, ou como grupo social. Para cada indivíduo, ela permite co-
diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, nhecer o mundo; para o grupo social, possibilita o acúmulo
deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de conhecimentos e a transferência de experiências. Por
de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), meio dessa função, a linguagem modela o intelecto.
resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, É a função informativa que permite a realização do
ensaio. trabalho coletivo. Operar bem essa função da linguagem
possibilita que cada indivíduo continue sempre a aprender.
Domínios sociais de comunicação: Transmissão e cons- A função informativa costuma ser chamada também de
trução de saberes. função referencial, pois seu principal propósito é fazer com
Aspectos tipológicos: Expor. que as palavras revelem da maneira mais clara possível as
Capacidade de linguagem dominante: Apresentação coisas ou os eventos a que fazem referência.
textual de diferentes formas dos saberes.

105
LÍNGUA PORTUGUESA

- A linguagem serve para influenciar e ser influenciado: insinuarem intimidade com ele e, portanto, de exprimirem
Função Conativa. a importância que lhes seria atribuída pela proximidade
com o poder. Inúmeras vezes, contamos coisas que fizemos
“Vem pra Caixa você também.” para afirmarmo-nos perante o grupo, para mostrar nossa
valentia ou nossa erudição, nossa capacidade intelectual ou
Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a nossa competência na conquista amorosa.
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom
Federal. Para persuadir o público alvo da propaganda a de voz que empregamos, etc., transmitimos uma imagem
adotar esse comportamento, formulou-se um convite com nossa, não raro inconscientemente.
uma linguagem bastante coloquial, usando, por exemplo, a Emprega-se a expressão função emotiva para designar
forma vem, de segunda pessoa do imperativo, em lugar de a utilização da linguagem para a manifestação do enuncia-
venha, forma de terceira pessoa prescrita pela norma culta dor, isto é, daquele que fala.
quando se usa você.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer de- - A linguagem serve para criar e manter laços sociais:
terminadas coisas, a crer em determinadas ideias, a sen- Função Fática.
tir determinadas emoções, a ter determinados estados de
alma (amor, desprezo, desdém, raiva, etc.). Por isso, pode- __Que calorão, hein?
se dizer que ela modela atitudes, convicções, sentimentos, __Também, tem chovido tão pouco.
emoções, paixões. Quem ouve desavisada e reiteradamente __Acho que este ano tem feito mais calor do que nos
a palavra negro pronunciada em tom desdenhoso aprende outros.
a ter sentimentos racistas; se a todo momento nos dizem, __Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor.
num tom pejorativo, “Isso é coisa de mulher”, aprendemos
os preconceitos contra a mulher. Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram
Não se interfere no comportamento das pessoas ape- num elevador e devem manter uma conversa nos poucos
nas com a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos instantes em que estão juntas. Falam para nada dizer, ape-
influenciam de maneira bastante sutil, com tentações e nas porque o silêncio poderia ser constrangedor ou pare-
seduções, como os anúncios publicitários que nos dizem cer hostil.
como seremos bem sucedidos, atraentes e charmosos se Quando estamos num grupo, numa festa, não pode-
usarmos determinadas marcas, se consumirmos certos mos manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros.
produtos. Por outro lado, a provocação e a ameaça expres- Nessas ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso,
sas pela linguagem também servem para fazer fazer. quando não se tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se
Com essa função, a linguagem modela tanto bons ci- histórias que todos conhecem, contam-se anedotas velhas.
dadãos, que colocam o respeito ao outro acima de tudo, A linguagem, nesse caso, não tem nenhuma função que
quanto espertalhões, que só pensam em levar vantagem, não seja manter os laços sociais. Quando encontramos al-
e indivíduos atemorizados, que se deixam conduzir sem guém e lhe perguntamos “Tudo bem?”, em geral não que-
questionar. remos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem, se
Emprega-se a expressão função conativa da linguagem está doente, se está com problemas.
quando esta é usada para interferir no comportamento A fórmula é uma maneira de estabelecer um vínculo
das pessoas por meio de uma ordem, um pedido ou uma social.
sugestão. A palavra conativo é proveniente de um verbo Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja
latino (conari) que significa “esforçar-se” (para obter algo). entre alunos de uma escola, entre torcedores de um time
de futebol ou entre os habitantes de um país. Não importa
- A linguagem serve para expressar a subjetividade: que as pessoas não entendam bem o significado da letra
Função Emotiva. do Hino Nacional, pois ele não tem função informativa: o
importante é que, ao cantá-lo, sentimo-nos participantes
“Eu fico possesso com isso!” da comunidade de brasileiros.
Na nomenclatura da linguística, usa-se a expressão
Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação função fática para indicar a utilização da linguagem para
com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetiva- estabelecer ou manter aberta a comunicação entre um fa-
mos e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. lante e seu interlocutor.
Exprimimos a revolta e a alegria, sussurramos palavras de
amor e explodimos de raiva, manifestamos desespero, - A linguagem serve para falar sobre a própria lingua-
desdém, desprezo, admiração, dor, tristeza. Muitas ve- gem: Função Metalinguística.
zes, falamos para exprimir poder ou para afirmarmo-nos
socialmente. Durante o governo do presidente Fernando Quando dizemos frases como “A palavra ‘cão’ é um
Henrique Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem “A substantivo”; “É errado dizer ‘a gente viemos’”; “Estou usan-
intenção do Fernando é levar o país à prosperidade” ou “O do o termo ‘direção’ em dois sentidos”; “Não é muito elegan-
Fernando tem mudado o país”. Essa maneira informal de se te usar palavrões”, não estamos falando de acontecimen-
referirem ao presidente era, na verdade, uma maneira de tos do mundo, mas estamos tecendo comentários sobre a

106
LÍNGUA PORTUGUESA

própria linguagem. É o que chama função metalinguística. Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitaria-
A atividade metalinguística é inseparável da fala. Falamos mente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada
sobre o mundo exterior e o mundo interior e ao mesmo para informar, para influenciar, para manter os laços sociais,
tempo, fazemos comentários sobre a nossa fala e a dos etc. No segundo, para produzir um efeito prazeroso de des-
outros. Quando afirmamos como diz o outro, estamos co- coberta de sentidos. Em função estética, o mais importante
mentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que é como se diz, pois o sentido também é criado pelo ritmo,
não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a pelo arranjo dos sons, pela disposição das palavras, etc.
que estamos enunciando; inversamente, podemos usar a Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, de
metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/,
de dizer. É o que se dá quando dizemos, por exemplo, Paro-
/k/, /b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:
diando o padre Vieira ou Para usar uma expressão clássica,
vou dizer que “peixes se pescam, homens é que se não
E o bosque estala, move-se, estremece...
podem pescar”.
Da cavalgada o estrépito que aumenta
- A linguagem serve para criar outros universos. Perde-se após no centro da montanha...

A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed.
também do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássi-
mundos, outras realidades. Essa é a grande função da arte: cos.
mostrar que outros modos de ser são possíveis, que outros
universos podem existir. O filme de Woody Allen “A rosa Observe-se que a maior concentração de sons oclu-
púrpura do Cairo” (1985) mostra isso de maneira bem ex- sivos ocorre no segundo verso, quando se afirma que o
pressiva. Nele, conta-se a história de uma mulher que, para barulho dos cavalos aumenta.
consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-tratos infligi- Quando se usam recursos da própria língua para acres-
dos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo inúmeras centar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se
vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, e o que estamos usando a linguagem em sua função poética.
galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e am-
bos vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra Para melhor compreensão das funções de linguagem,
realidade, os homens são gentis, a vida não é monótona, o torna-se necessário o estudo dos elementos da comuni-
amor nunca diminui e assim por diante.
cação.
Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era de-
- A linguagem serve como fonte de prazer: Função
Poética. senvolvido de maneira “sistematizada” (alguém pergunta
- alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido outro escuta em silêncio, etc).
e os sons são formas de tornar a linguagem um lugar de Exemplo:
prazer. Divertimo-nos com eles. Manipulamos as palavras
para delas extrairmos satisfação. Elementos da comunicação
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”,
diz “Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase sha- - Emissor - emite, codifica a mensagem;
kespeariana “To be or not to be”. Conta-se que o poeta Emí- - Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
lio de Menezes, quando soube que uma mulher muito gor- - Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
da se sentara no banco de um ônibus e este quebrara, fez - Código - conjunto de signos usado na transmissão e
o seguinte trocadilho: “É a primeira vez que vejo um banco recepção da mensagem;
quebrar por excesso de fundos”. - Referente - contexto relacionado a emissor e recep-
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel tor;
comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está - Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa
“capital”, “dinheiro”.
teoria sofreu uma modificação, pois, chegou-se a conclu-
são que quando se trata da parole, entende-se que é um
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diver-
veículo democrático (observe a função fática), assim, admi-
sas, com significados diferentes, nesta frase do deputado
Virgílio Guimarães: te-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diá-
logo interativo):
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e - locutor - quem fala (e responde);
quer bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata - locutário - quem ouve e responde;
uma dor de consciência e bata em retirada.” - interlocução - diálogo
(Folha de S. Paulo)

107
LÍNGUA PORTUGUESA

As respostas, dos “interlocutores” podem ser gestuais, EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES


faciais etc. por isso a mudança (aprimoração) na teoria. SOBRE: LÍNGUA PORTUGUESA
As atitudes e reações dos comunicantes são também
referentes e exercem influência sobre a comunicação 1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/
SP – ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a al-
Lembramo-nos: ternativa correta quanto à concordância, de acordo
com a norma-padrão da língua portuguesa.
- Emotiva (ou expressiva): a mensagem centra-se no (A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade
“eu” do emissor, é carregada de subjetividade. Ligada a esta social está no centro dos debates atuais.
função está, por norma, a poesia lírica. (B) Políticos, economistas e teóricos diverge em re-
- Função apelativa (imperativa): com este tipo de men- lação aos efeitos da desigualdade social.
sagem, o emissor atua sobre o receptor, afim de que este (C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
assuma determinado comportamento; há frequente uso mais pobres é um fenômeno crescente.
do vocativo e do imperativo. Esta função da linguagem é (D) A má distribuição de riquezas tem sido muito
frequentemente usada por oradores e agentes de publici- criticado por alguns teóricos.
dade. (E) Os debates relacionado à distribuição de rique-
- Função metalinguística: função usada quando a lín- zas não são de exclusividade dos economistas.
gua explica a própria linguagem (exemplo: quando, na aná-
Realizei a correção nos itens:
lise de um texto, investigamos os seus aspectos morfossin-
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so-
táticos e/ou semânticos).
cial está = estão
- Função informativa (ou referencial): função usada
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge = diver-
quando o emissor informa objetivamente o receptor de
gem
uma realidade, ou acontecimento.
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
- Função fática: pretende conseguir e manter a atenção
mais pobres é um fenômeno crescente.
dos interlocutores, muito usada em discursos políticos e
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti-
textos publicitários (centra-se no canal de comunicação). cado = criticada
- Função poética: embeleza, enriquecendo a mensa- (E) Os debates relacionado = relacionados
gem com figuras de estilo, palavras belas, expressivas, rit-
mos agradáveis, etc. RESPOSTA: “C”.
Também podemos pensar que as primeiras falas cons- 2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Se-
cientes da raça humana ocorreu quando os sons emitidos guindo a norma-padrão da língua portuguesa, a frase
evoluíram para o que podemos reconhecer como “interjei- – Um levantamento mostrou que os adolescentes ame-
ções”. As primeiras ferramentas da fala humana. ricanos consomem em média 357 calorias diárias dessa
fonte. – recebe o acréscimo correto das vírgulas em:
A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo (A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes
que mais profundamente distingue o homem dos outros americanos consomem em média 357 calorias, diárias
animais. dessa fonte.
(B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes
Podemos considerar que o desenvolvimento desta fun- americanos consomem, em média 357 calorias diárias
ção cerebral ocorre em estreita ligação com a bipedia e a dessa fonte.
libertação da mão, que permitiram o aumento do volume (C) Um levantamento mostrou que os adolescentes
do cérebro, a par do desenvolvimento de órgãos fonadores americanos consomem, em média, 357 calorias diárias
e da mímica facial dessa fonte.
(D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes
Devido a estas capacidades, para além da linguagem americanos, consomem em média 357 calorias diárias
falada e escrita, o homem, aprendendo pela observação de dessa fonte.
animais, desenvolveu a língua de sinais adaptada pelos sur- (E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
dos em diferentes países, não só para melhorar a comuni- americanos, consomem em média 357 calorias diárias,
cação entre surdos, mas também para utilizar em situações dessa fonte.
especiais, como no teatro e entre navios ou pessoas e não
animais que se encontram fora do alcance do ouvido, mas Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada
que se podem observar entre si. ou faltante:
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes
americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X)
diárias dessa fonte.
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes
americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias
dessa fonte.

108
LÍNGUA PORTUGUESA

(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes Distribuímos = regra do hiato


americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des- (A) sócio = paroxítona terminada em ditongo
sa fonte. (B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome
(D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes oblíquo. Nunca!)
americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias (C) lúcidos = proparoxítona
diárias dessa fonte. (D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui”
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes – oxítona: cons-ti-tui)
americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias (E) órfãos = paroxítona terminada em “ão”
diárias, (X) dessa fonte.
RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “C”.
5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012)
3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – A concordância verbal está plenamente observada na
FCC/2011) Estão plenamente observadas as normas de frase:
concordância verbal na frase: (A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e
a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível materialistas, o posicionamento de alguns religiosos e
nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a parlamentares acerca da educação religiosa nas escolas
visibilidade social. públicas.
b) As duas tábuas em que se comprimem o famige- (B) Sempre deverão haver bons motivos, junto
rado homem-placa carregam ditos que soam irônicos, àqueles que são contra a obrigatoriedade do ensino
como “compro ouro”. religioso, para se reservar essa prática a setores da ini-
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa ciativa privada.
a exposição pública a que se submetem os guardadores (C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do tex-
de carros. to, contra os que votam a favor do ensino religioso na
d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na escola pública, consistem nos altos custos econômicos
propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma de- que acarretarão tal medida.
monstração de mau gosto. (D) O número de templos em atividade na cidade
e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados de São Paulo vêm gradativamente aumentando, em
em apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles ve- proporção maior do que ocorrem com o número de es-
lhos carros-placa. colas públicas.
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Fiz as correções entre parênteses: como a regulação natural do mercado sinalizam para
a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lu- as inconveniências que adviriam da adoção do ensino
gar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é supri- religioso nas escolas públicas.
mida a visibilidade social.
b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime) (A) Provocam = provoca (o posicionamento)
o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irô- (B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá haver
nicos, como “compro ouro”. (C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto,
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a contra os que votam a favor do ensino religioso na escola
exposição pública a que se submetem os guardadores de pública, consistem = consiste.
carros. (D) O número de templos em atividade na cidade de
d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros- São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor-
-placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma ção maior do que ocorrem = ocorre
demonstração de mau gosto. (E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como
e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in- a regulação natural do mercado sinalizam para as inconve-
teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da- niências que adviriam da adoção do ensino religioso nas
queles velhos carros-placa. escolas públicas.

RESPOSTA: “C”. RESPOSTA: “E”.

4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repú-
mesma regra que distribuídos. blica, NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(A) sócio (A) embaixadores.
(B) sofrê-lo (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) lúcidos (C) prefeitos municipais.
(D) constituí (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(E) órfãos (E) vereadores.

109
LÍNGUA PORTUGUESA

(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
(abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o seu das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
presidente, de acordo com o Manual de Redação da Presi- (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
dência da República (1991). tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece- põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
-detail.php?id=393)
RESPOSTA: “A”.
RESPOSTA: “E”.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa-
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
grado.
ciedade como tais. (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo grande diversidade de fenômenos.
passará a ser, corretamente, (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so-
(A) perceba. ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
(B) foi percebido. ficação.
(C) tenham percebido. (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
(D) devam perceber. da vida (...).
(E) estava percebendo. (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu-
dido e da falsa consciência.
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te- (A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra-
remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e do.
princípios... (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos.
RESPOSTA: “A” - Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
concordância verbal e nominal está inteiramente corre-
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
ta na frase: vida (...).
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
valores que determinam as escolhas dos governantes, e da falsa consciência.
para conferir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes RESPOSTA: “B”.
devem ser embasados na percepção dos valores e prin-
cípios que regem a prática política. 10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda- TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
deiro regime democrático, em que se respeita tanto as vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
liberdades individuais quanto as coletivas. ambiental Geraldo Motta.
(D) As instituições fundamentais de um regime de- Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli-
mocrático não pode estar subordinado às ordens indis- nhados devem sofrer as seguintes alterações:
criminadas de um único poder central. (A) entrar − vira
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados (B) entrava − tinha visto
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes (C) entrasse − veria
opiniões existentes na sociedade. (D) entraria − veria
(E) entrava − teria visto
Fiz os acertos entre parênteses:
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve-
que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
ria = entrasse / veria.
rir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de- RESPOSTA: “C”.
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
valores e princípios que regem a prática política.
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.

110
CONHECIMENTOS GERAIS

1 Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, sociedade, educa‐
ção, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia, suas inter‐re‐
lações e suas vinculações históricas. ................................................................................................................................................................ 01
2 O nordeste brasileiro: geografia, atividades econômicas, contrastes intra-regionais, o polígono das secas e as carac‐
terísticas das regiões naturais do nordeste; o nordeste no contexto nacional. ............................................................................. 08
3 O Banco do Nordeste do Brasil S.A.: legislação básica, programas e informações gerais de sua atuação como agente
impulsionador do desenvolvimento sustentável da região nordeste. ............................................................................................... 15
4 Informática: conceitos de informática, hardware e software; sistemas operacionais (Windows e Linux);......................... 19
Editor de texto e edição e formatação de textos, processador de texto (Word e BrOffice.org Writer);........................... 30
Planilhas eletrônicas (Excel e BrOffice.org Calc);................................................................................................................................... 39
Editor de apresentações (PowerPoint e BrOffice.org Impress);......................................................................................................... 52
Conceitos de tecnologias relacionadas à Internet e Intranet, protocolos web, navegador (Internet Explorer, Google
Chorme e Mozilla Firefox), pesquisa na Web;.......................................................................................................................................... 59
Conceitos de proteção lógica e segurança da informação, realização de cópias de segurança (backup), vírus e ata‐
ques a computadores e antivírus; ............................................................................................................................................................... 71
Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas....................................... 78
CONHECIMENTOS GERAIS

2 - Questão das armas nos EUA


1. TÓPICOS RELEVANTES E ATUAIS DE Historicamente, os Estados Unidos têm políticas mais
DIVERSAS ÁREAS, TAIS COMO: POLÍTICA flexíveis de porte armas para os cidadãos, uma questão
(NACIONAL E INTERNACIONAL); ECONOMIA bastante inserida na cultura do país, diferentemente de
(NACIONAL E INTERNACIONAL); EDUCAÇÃO, nações como o Brasil.
Contudo, com os altos índices de ataques e tiroteios
TECNOLOGIA, ENERGIA, RELAÇÕES
em escolas e outros locais publicados, na maioria das
INTERNACIONAIS, ECOLOGIA, ÉTICA E vezes crimes causados por civis com porte de armas, tem
RESPONSABILIDADE SOCIAL. suscitado a discussão sobre endurecer o acesso às armas,
com políticas menos flexíveis.
No governo de Barack Obama (2009-2017), essas
Atualidades – Temas mensais discussões foram intensificadas. O então presidente
demonstrava ser favorável à implantação de medidas
1 - Febre amarela mais rígidas, mas encontrou grande resistência de seus
Desde 2016, algumas regiões do Brasil têm enfrentado oponentes no Partido Republicano.
um surto de febre amarela, mas foi em 2018 que a crise No atual governo de Donald Trump, que assumiu em
se intensificou, com aumento de casos da doença. A 2017, essa discussão é tida pela Casa Branca como um
febre amarela é transmitida por mosquitos silvestres, que assunto que pode esperar, por não se tratar de prioridade
ocorre em áreas de florestas e matas. Na área urbana, o para o atual governo. A camada da sociedade norte-
mosquito transmissor é o Aedes aegypti. americana inclinada a leis mais rígidas, defende que haja
A única forma de se prevenir é recorrer à vacinação, restrição na venda de armas.
disponível nos postos de saúde, por meio do Sistema
Único de Saúde (SUS). Segundo dados do Ministério da
Saúde, entre de 1º julho de 2017 a 28 de fevereiro, foram #FicaDica
723 casos e 237 óbitos. Em 2017, houve 576 casos e 184
óbitos. Por isso, uma das indicações segundo especialistas É importante ressaltar que a questão das
na área da saúde, é evitar áreas rurais, caso a pessoa ainda armas é um tema que divide a sociedade dos
não esteja vacinado. A vacina dura cerca de 10 anos. Estados Unidos. Camadas da sociedade, desde
As áreas mais atingidas pela febre amarela são os ONGs e pessoas da esfera política, defendem o
Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e São Paulo. controle das armas como forma de minimizar
De acordo com os especialistas, os índices atuais apontam os ataques recentes. Porém quem é contra a
que a atual situação supera o surto dos anos 80. Os ideia, acredita que o momento é propício para
principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça, armar ainda mais a população.
dores musculares, fadiga, náuseas, vômitos, entre outros.

#FicaDica FIQUE ATENTO!


Não é difícil de imaginar que algumas questões
Um dos pontos de mais destaque na mídia, previstas em concursos relacionem o tema a
quando se trata de febre amarela, é a falta Donald Trump, que claramente se mostrou
de vacinas nos postos de saúde, devido à alta favorável a ao direito de armar a população.
procura pela vacina, em janeiro de 2018. Na Além disso, é possível que seja relacionado
ocasião, as vacinas foram fracionadas para ainda a polêmica de envolve a indústria de
conter a alta demanda pelo serviço, por parte armas, ou seja, para os críticos da flexibilidade
da população. de armamento, manter as atuais leis interessa
esse mercado milionário, que vive um bom
momento em 2018.
FIQUE ATENTO!
As provas em concursos públicos podem tratar 3 - Guerra comercial - China e EUA
sobre a alta procura pela vacina, motivada pela De um lado os gigantes norte-americanos, de outro
escassez, em meio à euforia popular em se a poderosa China. O embate comercial entre as duas
vacinar, por conta dos índices de mortes. Vale potências tem influenciado o mercado de outros países.
também manter atenção quanto às formas Em resumo, ambas as nações implementaram no final
de transmissão e de que a vacina, de fato, é do primeiro semestre de 2018 políticas mais rígidas
melhor forma de se prevenir. e restrições de produtos dos dois países no mercado
interno do oponente.
A primeira polêmica começou com imposição
de tarifas dos EUA sobre cerca de US$ 34 bilhões em
produtos da China, em julho de 2018. A justificativa da

1
CONHECIMENTOS GERAIS

Casa Branca é que a medida fortalece o mercado interno.


A nação ainda acusou a China de roubo de propriedade #FicaDica
intelectual de produtos norte-americanos. A crise venezuelana é complexa e traz muitas
O governo chinês retaliou e aplicou taxas compatíveis narrativas, mas é preciso considerar um tema
em relação a centenas de produtos dos Estados Unidos, de muito destaque em 2018: a imigração. A
o que representa também cerca de US$ 34 bilhões. Esse chegada maciça de venezuelanos ao Brasil
cenário trouxe a maior guerra comercial de todos os enfatiza mais um cenário de xenofobia
tempos. em território nacional, em meio à rejeição
As medidas afetam a exportações de diversos produtos da população de Roraima à chegada dos
no mundo, desde petróleo, gás e outros produtos imigrantes.
refinados. Numa economia globalizada, embates como
esse causam turbulência no mercado.

#FicaDica FIQUE ATENTO!


Pode haver questões de atualidades com
Antes das medidas, o presidente dos Estados enunciados que requerem atenção e
Unidos, Donald Trump, já havia anunciado a interpretação de texto. Uma boa compreensão
necessidade de rever as políticas comerciais do enunciado pode ser fundamental para
com a China dando sinais de que seria rígido chegar à resposta correta.
quanto às taxas. Nesse mesmo cenário, os
chineses defenderam políticas mais favoráveis
à integração, em um mundo o qual vigora
5 - Fake news nas eleições presidenciais
economias globalizadas.
Em tempos de novas tecnologias e redes sociais, o
fenômeno fake news ganha espaço e torna-se um desafio
para o mundo, à medida que a propagação de notícias
falsas se espalha facilmente. A circulação desse tipo de
FIQUE ATENTO!
informação não é algo novo, esteve sempre presente na
É importante manter atenção quanto à história da humanidade, e no passado não havia como
influência desse tema em relação ao Brasil. checar dados facilmente.
Há quem defenda que a situação favorece Nos dias atuais, conviver com as notícias falsas tende
a comercialização de commodities para o a ser danoso, por promover alienação e desinformação
mercado chinês. entre a população. Muitos são os casos de mensagens
falsas que circulam no WhatsApp sobre supostos ações
ou medidas polêmicas diversas que geram desconforto
4 - Crise na Venezuela às pessoas.
Pelo menos há quatro ou cinco anos, a Venezuela tem E em ano eleitoral, vigora a demanda por minimizar os
enfrentado instabilidade econômica, principalmente pelo efeitos da fake news, para que não haja comprometimento
desabastecimento de produtos básicos para consumo quanto aos processos democráticos. Em 2017, em plena
diário e crescente pobreza populacional. Também é eleição dos Estados Unidos, onde culminou na eleição
preciso considerar que a queda no valor do preço do de Donald Trump, circulou informações falsas que
petróleo contribuiu para o empobrecimento do país, favoreceram a campanha do republicano, diante da
levando em conta de que se trata da principal economia oponente, Hillay Clinton, do Partido Republicano.
da nação. No Brasil, a situação não é diferente. Em tempos
Os conflitos políticos também ganharam espaço, de pleito, sempre circula nas redes sociais notícias
em meio a protestos violentos entre manifestantes falsas reforçadas em correntes e posts que priorizam a
contrários e favoráveis ao governo de Nicolás Maduro, o propagação de inverdades.
atual presidente do país. A rivalidade entre os grupos se
intensificou após a morte de Hugo Chávez e chegada de
Maduro ao poder. #FicaDica
Em 2018, a situação econômica se agravou trazendo
mais miséria à população e busca por melhores condições Nos últimos anos, gigantes como Google e
de vida em outros países, especialmente o Brasil. A Facebook são acusados de não criarem limites
quantidade diária de venezuelanos que chegaram ao país, para bloquearem a onda de fake news. Porém
a partir de Roraima, tem suscitado conflitos na região, em 2018, o Facebook anunciou a compra de
com crescimento de hostilidade da população em relação uma startup empenhada em combater as
aos vizinhos sul-americanos. notícias falsas na rede.

2
CONHECIMENTOS GERAIS

7 - EUA e questão imigratória


FIQUE ATENTO! Historicamente, os Estados Unidos têm mantido
E na batalha contra as notícias falsas surgem políticas rígidas quando se trata de imigração, num
diversas agências de notícias no mundo combate à entrada ilegal de estrangeiros no país, em
especializadas em checar a procedência das busca de uma vida melhor. Com a eleição do republicano
informações (fact-checking). No Brasil, um dos Donald Trump, em 2017, a política imigratória tem sido
nomes mais conhecidos é a Agência Lupa, a endurecida, o que trouxe críticas por parte da comunidade
primeira empresa do gênero. internacional em relação às medidas adotadas.
Um dos momentos mais tensos quanto às políticas
de imigração no país ocorreu quando o governo Trump
6 - Lula na prisão, mas líder nas pesquisas decidiu separar crianças pequenas de seus pais, na
Em 7 de abril de 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula situação em que ocorre detenção de adultos ao atravessar
da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), se entregou à a fronteira de forma ilegal. A medida faz parte do
Polícia Federal, após ser condenado em segunda estância programa “Tolerância Zero”, que busca reduzir o índice de
a 12 anos de prisão, por corrupção e lavagem de direito, imigrações ilegais no país.
de acordo com a Operação Lava Jato. E mesmo na prisão, Essa prática que separa pais e crianças foi duramente
Lula tem liderados as pesquisas eleitorais (a informação criticada por entidades e organizações internacionais. A
foi atualizada em 31/08/18). justificativa do governo quanto à ação era de que não
A prisão de um dos principais nomes da política seria possível abrigar as crianças junto aos pais, nos
nacional teve repercussão internacional. E a militância centros de detenção federal reservados aos adultos. Por
petista buscou mobilização de vários segmentos da isso, os menores foram encaminhados a abrigos.
sociedade em defesa da candidatura de Lula à Presidência Além disso, as instalações foram consideradas
do Brasil. precárias para receber as crianças, na opinião de críticos
Ao longo dos meses, o julgamento que culminou na da medida. Após a repercussão negativa desse caso, a
condenação e prisão de Lula tem dividido a sociedade, Casa Branca voltou atrás quanto à separação das famílias,
sendo considerado um processo jurídico duvidoso por mas críticas prevalecem quanto à tolerância zero.
alguns, e absolutamente plausível para outros. Contudo
mesmo nesse cenário, o ex-presidente obteve nos últimos #FicaDica
meses posição confortável nas pesquisas de intenção de
voto, em torno de 40%, contra 18% do segundo colocado, A política de imigração nos Estados Unidos
Jair Bolsonaro, do PSL. demonstra uma tendência por parte de
Em 1º de setembro de 2018, o TSE (Tribunal Superior nações ricas quanto aos imigrantes, em meio à
Eleitoral) barrou a candidatura de Lula à Presidência do intolerância que pode culminar em xenofobia.
Brasil. A candidatura do ex-presidente foi cassada com Na Europa, por exemplo, destino de milhões
base na lei Ficha Limpa. de imigrantes de várias partes do planeta,
a aversão ao estrangeiro, sobretudo em
relação a países pobres e marginalizados, tem
#FicaDica aumentado significativamente.
O Comitê de Direitos Humanos da ONU
solicitou ao judiciário que o ex-presidente
pudesse participar das eleições presidenciais FIQUE ATENTO!
como candidato, incluindo participação nos Quando se fala de imigração e xenofobia, é
debates e gravação de programa eleitoral. importante ressaltar que mesmo mantendo
historicamente uma cultura que recebe todos,
o Brasil tem registrado casos dessa natureza
FIQUE ATENTO! nos últimos anos, como hostilização e
Um episódio marcante ocorreu 8 de julho preconceitos em relação a haitianos, bolivianos
de 2018, quando o desembargador federal e venezuelanos.
Rogério Favreto concedeu habeas corpus a
Lula. Tempos depois, o presidente do TRF
(Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, 8 - Facebook: crise e perda de popularidade
desembargador federal Carlos Eduardo A rede social mais popular do mundo sempre foi
Thompson Flores Lenz, decidiu que o petista vista como um dos maiores fenômenos dos últimos anos,
permanecesse preso. capaz de faturar como nenhuma empresa e atrair uma
multidão para navegar em suas páginas. E essa reputação
imbatível enfrentou pela primeira vez momentos tensos
que culminaram no comprometimento da credibilidade
da plataforma.

3
CONHECIMENTOS GERAIS

Tudo começou quando a rede social de Mark Uma das questões mais complexas quando se fala
Zuckerberg foi acusada de ter facilitado o vazamento de nessa tecnologia, é a perda de profissões que passam a
dados de usuários sem autorização. Na prática, a empresa ser exercidas por máquinas. Num futuro nem tão distante
britânica Cambridge Analytica coletou informações de assim a tendência é essa. E de certa forma, as carreiras
perfis na rede social em 2014. E por meio disso, as pessoas profissionais vão se adaptando à tecnologia e passam
receberam mensagens e posts de caráter eleitoral, durante por transformações intensas para saber lidar com essas
o pleito em 2016, nos Estados Unidos. mudanças.
A situação trouxe crise ao Facebook com perda de
valores das ações da empresa no mercado financeiro. #FicaDica
E além disso, a rede social teve de enfrentar perda de
popularidade e comprometimento de sua reputação. Em julho de 2018, uma equipe de cientistas
Zuckerberg prestou depoimento no congresso dos estrangeiros assinou um acordo em que se
Estados Unidos e Parlamento Europeu em 2018. Em comprometiam a não criar máquinas e robôs
ambas as situações, ele foi duramente criticado pelo que possam ameaçar a vida e inteagridade da
caso e acusado de ter negligenciado a situação, o que raça humana.
comprometeu e expôs a privacidade de milhões de
usuários em todo mundo. O co-fundador da rede social
se desculpou pela situação e prometeu investir e priorizar
medidas para proteger os dados dos usuários. FIQUE ATENTO!
Inteligência artificial é um tema bem
contemporâneo e está ligado à realidade das
#FicaDica pessoas, à medida que interfere nas atividades
profissionais e formas de se relacionar. Por
O caso do Facebook põe em discussão a isso, é um assunto bem relevante.
segurança dos usuários e garantia de que seus
dados e privacidade sejam resguardados. E o
desafio para as empresas e a sociedade é criar
mecanismos que minimizam acessos indevidos 10 - Cuba aprova projeto reforma constitucional
e sem autorização na internet. A aprovação do projeto da reforma constitucional em
Cuba, em 22 de julho de 2018, representa um processo de
mudança significativa na ilha depois de décadas. Um dos
pontos destaque é a substituição do termo comunismo
FIQUE ATENTO! por construção do socialismo, a ser citado na Constituição
Pode haver questões com abordagem da do país. Além disso, fica estabelecido o reconhecimento
crise enfrentada pelo Facebook, que minou da propriedade privada e medidas que podem viabilizar a
sua reputação diante da opinião pública, mas união entre homossexuais.
também é preciso se atentar a questões sobre O país hoje é governado por Miguel Díaz- Canel. Raul
privacidade, vazamentos e violações nas redes. Castro ficou no poder entre 2008 a 2018, sucedendo Fidel
Castro, seu irmão que esteve no poder entre 1976 e 2008.
O conteúdo aprovado passará por consulta popular
até novembro de 2018, depois o projeto será discutido
9 - Inteligência artificial cada vez mais presente na novamente com atualizações impostas pela consulta
sociedade popular. Em seguida, o objetivo é levar a medida para
Num mundo cada vez mais conectado e imerso nas aprovação e referendo com participação dos cidadãos,
redes sociais, as inovações tecnológicas estabelecem por meio de voto.
novas configurações nas relações sociais e de trabalho.
A inteligência artificial se constitui num mecanismo que
traz mudanças nas formas como as pessoas se relacionam #FicaDica
e nas funções que exercem.
No campo profissional, por exemplo, a inteligência No governo de Barack Obama, Cuba e Estados
artificial – por meio de máquinas ou robôs –, já realiza Unidos vivenciaram uma aproximação histórica
de forma automatizada funções anteriormente exercidas depois de décadas de afastamento e hostilidade
por pessoas. Hoje, por exemplo, softwares e máquinas entre as nações. O presidente estadunidense
realizam relatórios e análises que eram feitas por prometeu melhorar a relação entre os países
profissionais preparados para essa função. e encerrar o embargo econômico sofrido por
Outro exemplo é o uso de atendentes virtuais em Havana.
chats de relacionamento com clientes. A GOL Linhas
Aéreas mantém uma atendente- robô em sua página para
esclarecer dúvidas mais freqüentes do usuários.

4
CONHECIMENTOS GERAIS

é centralizar a regulamentação dos agrotóxicos no


FIQUE ATENTO! Ministério da Agricultura. Atualmente, o Ministério da
A reaproximação dos países aconteceu Saúde e Meio Ambiente também dividem a função de
por mediação do Papa Francisco, que teria liberar os produtos.
articulado internamente para promover um Além disso, um dos pontos mais marcantes do
encontro entre Obama e Raul Castro, que projeto de lei busca eliminar o termo “agrotóxico” por
estava no poder na época, em 2016. “pesticida”. No texto original apresentado, o termo usado
era “fitossanitário”.
Outras mudanças discutidas é reduzir o prazo de
liberação de agrotóxicos, que atualmente é de cerca de
11 - Intervenção na Segurança no Rio de Janeiro dois anos, mas pode chegar a mais de cinco anos. A ideia,
Uma das medidas mais celebradas pelo governo então, seria estabelecer o prazo de 30 dias a 24 meses,
de Michel Temer, a intervenção na segurança pública em média. Quem defende a mudança diz que se trata
no Rio de Janeiro tem provocado polêmicas desde sua de reduzir o preconceito e depreciação da prática, além
implantação, decretada em fevereiro de 2018. disso, para a bancada ruralista na Câmara, a mudança do
Na prática, o governo federal e as Forças Armadas nome segue a tendência internacional.
assumem o comando das polícias no Estado. A justificativa
do Planalto é de que o Rio de Janeiro vive intensa crise
na segurança, em meio à guerra contra o tráfico, sendo #FicaDica
urgente adotar tal medida. Entidades e ONGs de meio ambiente
A ação foi criticada por setores da sociedade que apelidaram o projeto de lei de “Pacote do
consideraram a prática mal planejada e que não trará Veneno”. Na opinião dessas organizações,
os resultados esperados. Os críticos também apontam o flexibilizar as regras quanto aos agrotóxicos
risco de haver aumento de repressão em comunidades representa ignorar os efeitos nocivos do uso
carentes por conta de ações arbitrárias e truculentas. desses produtos para saúde das pessoas e
Em 2018, o governo federal ainda criou o ministério meio ambiente.
da Segurança Pública, com Raul Jungmann no posto. Os
departamentos das Polícias Federal e Federal Rodoviária
passaram a compor a pasta, assim como outros órgãos
que faziam parte do Ministério da Justiça. FIQUE ATENTO!
Hoje, é a lei 7.802, de 1989 que regulamenta
o uso desses produtos. Para os órgãos que
#FicaDica
defendem a manutenção das atuais práticas,
Saiba que uma intervenção federal está prevista é preciso realizar pequenos ajustes, mas a lei
na Constituição brasileira. E essa ação não havia atual é considerada adequada.
sido usada anteriormente desde 1988.

13 - Morte de Jonh McCain e saia-justa para Trump


Antes de falecer, o senador norte-americano Jonh
FIQUE ATENTO! McCain, que morreu aos 81 anos no dia 25 de agosto,
Lembrando que essa intervenção não implica deixou bem claro que não queria a presença do colega de
em adoção de um regime militar no governo partido e presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
fluminense. No caso, ocorre atuação do Estado O senador era um crítico ferrenho às políticas implantadas
direcionado à segurança pública. pelo presidente estadunidense. Na época das eleições
em 2016, disse que não votaria em Trump.
McCain enfrentava um câncer e decidiu suspender o
tratamento dias antes de morrer. Em carta de despedida
12 – Agrotóxicos
póstuma, afirmou aos norte-americanos que era uma
Como um dos maiores exportadores de produtos
pessoa de sorte, mesmo se preparando para se despedir
como soja, açúcar e laranja, o Brasil é ainda considerado
da vida que tanto amava.
um dos países que mais utilizam agrotóxicos no cultivo
Após a morte do senador, a Casa Branca emitiu
agrícola. Os setores do agronegócio há algum tempo
nota oficial que evitou citar McCain como “herói”, o que
reivindicam a flexibilização na regulamentação. E em
teria sido um pedido de Trump, segundo a imprensa
contrapartida, movimentos sociais e ONGs nutrem apoio
internacional. Durante a Guerra do Vietnã (1955 – 1975), o
a políticas mais rígidas quanto ao uso desses produtos.
senador foi preso e torturado.
Em 25 de junho de 2018, foi aprovado um projeto de
Em seu Twitter, Trump apenas publicou uma
lei por uma comissão especial da Câmara dos Deputados
mensagem simples e curta, a qual presta solidariedade à
que flexibiliza as regras. Um dos pontos discutidos
família de McCain.

5
CONHECIMENTOS GERAIS

15 - Nova versão do vírus ebola


#FicaDica Em agosto de 2018, cientistas dos Estados Unidos
anunciaram a descoberta de uma nova versão do vírus
Em 2008, o senador perdeu as eleições ebola, chamada de Bombali. A descoberta foi feita
presidenciais para Barack Obama, mas ambos em Serra Leoa, por pesquisadores da Universidade da
mantiveram boas relações. Ao contrário de Califórnia (EUA).
Trump, Obama esteve no funeral de McCain. O vírus foi encontrado em morcegos e tem força para
George W. Bush, ex-presidente dos Estados atingir seres humanos. A descoberta possibilitará à ciência
Unidos, também compareceu. estudar e compreender a dinâmica de vírus desenvolvidos
em animais e mensurar a capacidade para atingir as
pessoas.
Com a novidade, os cientistas acreditam que, de
FIQUE ATENTO! fato, os morcegos são os hospedeiros do ebola. Para
Obama e Bush discursaram durante o funeral os pesquisadores, compreender sobre quais são os
e prestaram tributo à família de McCain em hospedeiros é fundamental para combater a doença.
clima de cordialidade.

#FicaDica
14 - Acordo para reconstrução da Síria
Desde 2011, a Síria enfrenta uma intensa guerra civil O ebola é transmitido por meio de secreção
que já deixou milhões de mortos e refugiados. O país hoje ou sangue. A doença é de alto risco e de difícil
vive um cenário de miséria em meio à devastação. Dados cura. Um dos principais sintomas é a febre
da Organização das Nações Unidas (ONU) citam que o hemorrágica.
conflito custou mais de US$ 380 bilhões de dólares.
Em 2018, a sociedade mundial tem discutido a
implantação de um plano para a reconstrução da Síria.
FIQUE ATENTO!
Mas a atrair investimentos externos tem sido desafiante
para a nação, tendo em vista as sanções impostas pelos Com a descoberta atual, pela primeira vez, a
Estados Unidos, por conta de denúncias de violações doença é identificada em hospedeiro antes
de direitos humanos sob a gestão de Bashar al-Assad, que ocorra um surto.
o presidente do país. Atualmente, Rússia, China e Irã
investiram na nação nos últimos e são os países aliados 16  - Frio e neve no Sul do Brasil
do governo. Nos meses mais frios do ano, entre outono e inverno,
Com as sanções, a Síria fica impedida de exportar e habitualmente o Sul do país registra baixas temperaturas
até receber investimentos estadunidenses. Na opinião e pode haver até registro de neve em alguns pontos,
de especialistas em relações internacionais, executar um como na serra catarinense. Em agosto de 2018, nevou na
plano de reconstrução depende da exclusão das sanções e cidade de Urubici (SC), em meio a geadas e chuviscos.
participações de mais nações que possam investir no país. Em alguns pontos houve, inclusive, flocos de neves
espalhados por estradas, campos agrícolas e outros
pontos. As temperaturas ficaram negativas em alguns
#FicaDica
momentos.
Em mais de sete anos de guerra civil, mais de A neve é um fenômeno pouco habitual em território
5,6 milhões de pessoas foram forçadas a deixar brasileiro, mas tem atingido nos últimos anos regiões
suas casas em busca de uma vida melhor em em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em pontos de
outros países. Além disso, mais de 500 mil grande altitude e com temperatura na faixa de zero graus.
pessoas vivem deslocadas dentro país. Mesmo sendo um país tropical, a ocorrência de neve no
Brasil não é um fato inédito, o fenômeno tem surgido ao
longo dos anos.
FIQUE ATENTO!
#FicaDica
De acordo com a ONU, a maioria dos refugiados
que vive nos países vizinhos se encontra abaixo Para que haja neve uma das principais
da linha da pobreza em situação de miséria. condições é contar com baixa temperatura
e muita umidade do ar. Frente fria e grandes
altitude nas serras do Sul do país também são
fatores que podem favorecer a ocorrência de
neve.

6
CONHECIMENTOS GERAIS

FIQUE ATENTO! #FicaDica


As cidades catarinenses São Joaquim e Outras pesquisas já indicaram que a Lua teria
Urupema são as mais frias do país. Durante o tido condições de ser habitada há bilhões de
inverno, as temperaturas podem ficar abaixo anos.
de zero.

17 - Recorde de calor na Europa FIQUE ATENTO!


Não é de hoje que a Europa tem registrado altas Porém pesquisadores admitem que para
temperaturas no verão, com índices em torno de 45ºC. conhecer a fundo se realmente o satélite
A onda de calor deixou mortos em países como Espanha, abrigou vidas ou desenvolveu organismos,
onde cerca de seis pessoas não resistiram às altas será preciso investimento maciço em pesquisas
temperaturas. e exploração por lá.
Em algumas cidades, os termômetros superaram
45ºC. Além desses recordes registrados, em países como
Portugal houve incêndio de grandes proporções na região 19 - Feminicídios no Brasil
de Algarve e deixou feridos. O Brasil é um dos países como mais casos de
Em 2003, na França, milhares de pessoas morreram feminicídio do mundo. Segundo informações da “Agência
por conta da onda de calor que atingiu o país. Em 2018, Brasil”, nos primeiros sete meses de 2018, o serviço 180
os franceses enfrentaram um dos dias mais quentes, (Central de Atendimento à Mulher) registrou mais de 740
levando temor à população quanto ao risco de se repetir ocorrências do crime ou tentativas de homicídio.
o cenário de 15 anos atrás. Desse índice, houve 78 casos de feminicídio e 665
tentativas. Além disso, o serviço de atendimento recebeu
mais de 80 mil relatos de violência contra as mulheres,
sendo que 80% está relacionado a denúncias de violência
#FicaDica
doméstica.
Portugal registrou em 2018 as maiores O crime de femicídio é previsto em lei desde 2015 e seu
temperaturas de toda a sua história, com mais conceito está ligado a desigualdade ou crime hediondo
46ºC. com base no gênero. Em 10 anos, houve aumento de mais
6,4% nos casos de assassinatos contra as mulheres.

#FicaDica
FIQUE ATENTO!
Parte da comunidade científica internacional A mídia retratou em junho de 2018 um caso
relaciona o aquecimento global como um dos marcante dessa natureza, onde o biólogo Luiz
fatores que influenciam a onda de calor na Felipe Manvaile foi acusado de matar a mulher,
Europa. Tatiana Spitzner. A vítima caiu do quarto andar
do apartamento do casal, em Guarapuava, no
interior do Paraná.
18 - Depósitos de gelo na Lua
De acordo com a Agência Espacial dos Estados Unidos
(Nasa, na sigla em inglês), os dois polos e algumas partes
mais escuras e geladas da Lua contam com depósitos FIQUE ATENTO!
gelo. A descoberta ainda não explica com exatidão a
presença das camadas de gelo, mas algumas hipóteses O canal 180 foi criado em 2005 pela então
apontam que um choque com meteoritos e cometas no Secretaria de Políticas para as Mulheres
satélite pode ter influenciado esse cenário. da Presidência da República (SPM-PR), no
A novidade é fruto de um estudo da Universidade do governo Lula, com intuito de orientar as
Havaí, Brown University e do Centro de Pesquisas da Nasa, mulheres quanto a direitos e serviços. E em
que utilizou o equipamento Moon Mineralogy Mapper 2014, o canal se transformou em um dique-
(M3). As análises da Nasa ainda atestam que boa parte denúncia.
das camadas de gelo se encontra nas crateras da Lua.
Em julho deste ano também foram descobertas 12
novas Luas ao redor de Júpiter, totalizando mais de 79
Luas. Um dos destaques entre os satélites descobertos
é uma pequena Lua com somente um quilômetro de
diâmetro.

7
CONHECIMENTOS GERAIS

20 - Cristiane Brasil é denunciada


A deputada Cristiane Brasil (PT-RJ) foi um dos nomes denunciados pela Procuradoria- Geral da República (PGU) por
crime de organização criminosa na Operação Registro Espúrio, no final de julho de 2018. A ação investiga suspeitas de
irregularidades nas concessões de registros sindicais.
A operação investiga o pagamento de propina aos denunciados em troca de obtenção de registros sindicais no
Ministério do Trabalho. Entre os denunciados também está ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB
e pai de Cristiane.

#FicaDica
No início do ano, Cristiane Brasil foi nomeada pelo presidente Michel Temer para ocupar o cargo de
ministra do Trabalho, mas sua posse foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Um dos motivos
é o fato da deputada ter sido condenada pela Justiça do Trabalho a pagar R$ 60 mil em dívidas.

FIQUE ATENTO!
Em resposta à ação, a deputada emitiu uma nota em que cita ter sido “vítima de machismo e sem a
chance de se defender” do caso.

2. O NORDESTE BRASILEIRO: GEOGRAFIA,


ATIVIDADES ECONÔMICAS, CONTRASTES
INTRA-REGIONAIS, O POLÍGONO DAS
SECAS E AS CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES
NATURAIS DO NORDESTE; O NORDESTE NO
CONTEXTO NACIONAL.

A Região Nordeste é formada por nove estados litorâneos e ocupa uma área de 1.554.291.607 km2, o equivalente
a 18,27% do território brasileiro.
A região era formada por grande extensão de Mata Atlântica. Foi a primeira a ser explorada economicamente pelo
colonizador português, que plantava além de outras culturas, a cana-de-açúcar e o cacau, o que contribuiu para o desma‐
tamento da região.
Na Região Nordeste inclui a Reserva Biológica do Atol das Rocas, que pertence ao estado do Rio Grande do Norte.
Está presente também o arquipélago de Fernando de Noronha, paraíso ecológico e turístico que pertence ao estado
de Pernambuco.
Essa região ocupa a maior costa litorânea do país. A cidade de Teresina, capital do Piauí, é a única capital da região que
não está situada no litoral.

8
CONHECIMENTOS GERAIS

Os nove estados da Região Nordeste e suas capitais são:


• Maranhão (MA) - São Luís
• Piauí (PI) - Teresina
• Ceará (CE) - Fortaleza
• Rio Grande do Norte (RN) - Natal
• Paraíba (PB) - João Pessoa
• Pernambuco (PE) - Recife
• Alagoas (AL) - Maceió
• Sergipe (SE) - Aracaju
• Bahia (BA) - Salvador

As cidades históricas da região Nordeste, com seus monumentos e edifícios que remontam da época colonial, favore‐
cem o turismo.
São Luís é a única cidade brasileira fundada pelos franceses, foi dominada pelos holandeses, mas tem prédios com
características portuguesa.
João Pessoa foi considerada a segunda cidade mais arborizada do mundo. Recife guarda particularidades por ter sido
a sede do governo holandês no Brasil, e da colonização portuguesa.
Salvador, com suas construções coloniais, é destacada como o centro da cultura africana no Brasil.
O Nordeste se destaca também pelo rico artesanato, pelas festas folclóricas e pela comida típica.
Sub-regiões Nordestinas
A Região Nordeste foi demarcada em quatro sub-regiões, observando-se aspectos característicos de cada área: Zona
da Mata, Agreste, Sertão e o Meio Norte.

9
CONHECIMENTOS GERAIS

Zona do Agreste
O Agreste nordestino se estende numa faixa estreita e
paralela à zona da mata, que vai do Rio Grande do Norte
até grande parte da Bahia.
Apresenta um clima de transição entre o tropical úmido
do litoral e o semiárido do sertão, com temperaturas que
variam entre 18 e 30 graus.
O relevo da Zona do Agreste é acidentado, com planal‐
tos que fazem barreira, evitando que o ar que vem do litoral
leve a brisa úmida para a região. Em áreas que formam vales
entre o planaltos, o ar consegue passar e surgem brejos,
favorecendo à agricultura nessa região.
O cultivo de milho, feijão, frutas tropicais, mandioca e
verduras, como também a criação de gado e caprinos, abas‐
tecem os mercados da região do Agreste e também a Zona
da Mata.
A Zona do Agreste também fornece mão de obra para a
zona da mata, no período do corte da cana-de-açúcar.
As cidades que mais se destacam nessa região são: Ca‐
ruaru e Garanhuns em Pernambuco; Feira de Santana na
Bahia e Campina Grande na Paraíba.
Características das regiões naturais do Nordeste
Sertão
Zona da Mata O Sertão nordestino corre paralelo à Zona do Agreste,
A  Zona da Mata do nordeste brasileiro compreende se alargando ao sul, por quase todo o estado da Bahia. É a
uma faixa litorânea, que se estende do Rio Grande do Nor‐ maior das quatro zonas nordestinas.
te até o sul da Bahia. Com o clima semiárido, e com poucas chuvas, chegan‐
O clima é o tropical úmido, com temperaturas entre 25 do a mais de 40 graus no verão, sofre períodos longos de
e 31 graus ao longo do ano. Na Zona da Mata, as chuvas seca, como a que ocorreu entre 1979 a 1984. Com as fre‐
são irregulares, tendo maior ocorrência nos meses de abril quentes estiagens, uma grande parte de sertão, recebeu o
a julho. O relevo é formado por planaltos, planícies e de‐ nome de “Polígono das Secas”, área que corresponde a 10%
pressões em diferentes altitudes. do território brasileiro. O solo do sertão é seco e pedregoso.
Pouco restou da Mata Atlântica que cobria a região. Há A vegetação predominante é a caatinga, onde se des‐
hoje pequenas áreas isoladas, considerando que a agroin‐ tacam o umbuzeiro, o xique-xique, o mandacaru e a palma,
dústria canavieira cobre grande extensão de terra. plantas resistentes ao solo seco.
A Zona da Mata tornou-se um polo industrial de gran‐ No sertão dos estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do
de importância para o País. Norte, encontram-se grandes áreas de lavoura de algodão
O sul da Bahia, que já foi um grande produtor e exporta‐ arbóreo, de fibra longa e muito resistente que abastece as
dor de cacau, teve seu declínio com o ataque da praga vas‐ indústrias têxteis.
soura de bruxa, que gerou uma crise econômica na região. A área de sertão, que vem se alargando, ao longo dos
Com a descoberta de petróleo no Recôncavo Baiano, anos, quase atinge o litoral do Ceará e Rio Grande do Norte.
região próxima a capital Salvador, com a instalação de uma No vale do rio Açu, no Rio Grande do Norte, se destaca
refinaria na cidade de Mataripe e a criação do polo pe‐ a fruticultura irrigada, mudando a paisagem e a economia
troquímico de Camaçari, no município de mesmo nome, a local..
economia voltou a crescer. No vale do rio São Francisco, nas cidades de Petrolina
A partir da década de 60, a região recebeu várias in‐ em Pernambuco e Juazeiro na Bahia, onde se desenvolvem
dústrias nos setores de cimento, borracha, papel, calçados, a agricultura de irrigação, o cultivo de manga, melão, ma‐
produtos alimentares entre outros. mão e uva, abastecem o mercado interno e grande parte é
Em 1973, com o início das obras do porto de Suape, na exportada.
cidade de Ipojuca, a Zona da Mata pernambucana surge O cultivo de uvas, de excelente qualidade, fez surgir a
como grande polo industrial, com a instalação de mais de indústria do vinho, que abastece o mercado interno e já é
90 empresas, entre elas uma refinaria e um estaleiro. Suape exportado para vários países.
tornou-se também, pela sua localização, um grande expor‐
tador da região. Meio-Norte
A Zona da Mata, com grande extensão litorânea, tem A sub-região nordestina denominada Meio-Norte,
praias, com águas quentes, que estão entre as mais bonitas compreende os estados do Maranhão e Piauí. É um espaço
do país, exibem paisagens diversificadas, entre coqueirais, de transição entre o sertão semiárido e a Amazônia, é corta‐
dunas, falésias, piscinas naturais, manguezais, recifes, co‐ da por vários rios, entre eles o Pindaré, o Grajaú, o Mearim,
rais etc., que permitem a prática de esportes náuticos. o Itapecuru e o Parnaíba.

10
CONHECIMENTOS GERAIS

Com clima tropical, apresenta elevadas temperaturas, - Turismo:  as cidades litorâneas possuem uma óti‐
chegando no verão a atingir mais de 40 graus. ma  infraestrutura turística (aeroportos, hotéis, pousadas,
Nas grandes planícies fluviais do Maranhão, formadas parques, etc). As praias se destacam pelas belezas naturais.
pelos rios Parnaíba, Mearim, Pindaré, Itapecuru e Grajaú, Há também o turismo histórico-cultural, com cidades de ar‐
predomina a cultura do arroz. quitetura da época  colonial (Recife, Olinda, Salvador, entre
Durante muito tempo, a economia da região sobrevi‐ outras).
veu da extração do babaçu, da cera de carnaúba, da cultura - Cultura Nordestina:  a cultura é bem diversificada e
e beneficiamento do arroz e da criação de gado. representa a união cultural de brancos (principalmente por‐
O extrativismo mineral, na região da Serra dos Carajás, tugueses), índios e negros africanos. Na culinária, podemos
no sul do Pará no município de Parauapebas, na Região destacar pratos típicos como, por exemplo, acarajé, vatapá,
Norte, tornou o Porto de Itaqui, no Maranhão, o escoadou‐ sarapatel, sururu e carne-de-sol. No campo da música, exis‐
ro das jazidas de ferro, manganês, cobre e níquel. tem vários ritmos populares (axé, samba, xote, forró, xaxado,
O Meio-Norte se modernizou, a agropecuária se ex‐ samba-de-roda, frevo e baião). Não podemos deixar de men‐
pandiu, o solo do cerrado foi corrigido e grandes planta‐ cionar também a beleza da literatura de cordel nordestina,
ções de soja fazem parte da economia da região. tendo como principal representante Patativa de Assaré. Nas
festas típicas nordestinas, destaca-se o bumba-meu-boi e as
Principais Informações e dados da região Nordeste micaretas.
do Brasil 
- Área: 1.554.291,6 km² (corresponde a 18,2% do ter‐ Problemas Sociais: o principal é a seca do Nordeste que
ritório brasileiro) atinge extensas áreas do sertão (região do polígono das se‐
- População: 57,36 milhões de habitantes (estimativa
cas), levando pobreza e fome para os habitantes.
2017 - IBGE)
- Densidade demográfica (estimativa 2017): 36,90
Principais Cidades da Região Nordeste:
hab./km² 
-  Estado de Alagoas: Maceió (capital), Arapiraca, Pal‐
-  Mortalidade infantil (por mil): 19,4 (estimativa
2013) meira dos Índios, Rio Largo, Penedo, União dos Palmares e
- Analfabetismo: 14,5% (Pnad Contínua 2017 - IBGE) Santana do Ipanema.
- Número de municípios: 1794 (em 2014) - Estado da Bahia: Salvador (capital), Feira de Santana,
-  Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Vitória da Conquista, Ilhéus, Itabuna, Juazeiro, Porto Seguro,
Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Camaçari e Jequié.
-  Vegetação: Mata Atlântica (em pequenas áreas da - Estado do Ceará: Fortaleza (capital), Juazeiro do Norte,
região próxima ao litoral); Cerrado (oeste da Bahia e sul do Canindé, Crato, Sobral, Barbalha.
Maranhão), Caatinga (no sertão nordestino, interior), Mata -  Estado do Maranhão: São Luís (capital), Açailândia,
dos Cocais (em áreas do Maranhão, Piauí, Rio Grande do Imperatriz, Timon, Caxias, Bacabal, Balsas, Codó e Santa Inês.
Norte e Ceará). -  Estado da Paraíba:  João Pessoa (capital), Campina
-  Clima: semiárido (interior); tropical (sul da Bahia e Grande, Santa Rita, Patos, Souza, Cajazeiras e Cabedelo.
centro do Maranhão); litorâneo úmido (região litorânea) e - Estado do Piauí: Teresina (capital), São Raimundo No‐
equatorial úmido (oeste do Maranhão). nato, Picos, Canindé.
-  Rios Principais: rio São Francisco, rio Parnaíba, rio - Estado de Pernambuco: Recife (capital), Jaboatão dos
Jaguaribe, rio Capibaribe, rio Piranhas-Açu e rio Una. Guararapes, Olinda, Paulista e Caruaru.
- Usinas Hidrelétricas: Sobradinho, Paulo Afonso, Três - Estado do Rio Grande do Norte: Natal (capital), Mos‐
Marias e Xingó. soró, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim, Ceará-Mirim,
- Agricultura (principais produtos agrícolas): cana-de‐ Macaíba e Caicó.
-açúcar (principal produto), tabaco, algodão, caju, manga, - Estado de Sergipe: Aracaju (capital), Lagarto, Estância
uva, acerola e cacau. A cana-de-açúcar é cultivada, princi‐ e Itabaiana.
palmente, na região litorânea, onde encontramos o massa‐
pé, solo escuro, argiloso e muito fértil. Contra intra-regional O Nordeste no contexto nacional
Antes do descobrimento, o indígena americano, nômade
- Economia: bem diversificada. Nas cidades litorâneas
e errante, vagava pelo litoral e florestas do Brasil. Ele perten‐
destacam-se os serviços voltados para o turismo. Na pe‐
cia às grande nações dos Tupis, Gês, Nu-Aruaks e Caraíbas.
cuária, existe uma importante criação de bovinos nos es‐
Em 1500, com a chegada de Pedro Álvares Cabral tra‐
tados do Maranhão, Piauí, Bahia e Pernambuco. Presença
zendo os primeiros colonizadores, o Nordeste foi a primeira
de indústrias, nas grandes cidades, de calçados, produtos
elétricos e eletrônicos, petroquímica (Polo Petroquímico de região do País a ser ocupada pelos portugueses, assim como 
Camaçari) e tecelagem. Destaque para o Distrito Industrial sua costa foi também a primeira área a ser explorada. Os in‐
de Ilhéus (Bahia), Complexo Industrial de Suape (Pernam‐ teresses de Portugal, no sentido de explorar os recursos na‐
buco), Distrito Industrial de Maracanaú (Ceará). Na área turais brasileiros, fizeram com que o território fosse dividido,
de tecnologia, podemos destacar o Porto Digital do Recife então, em capitanias e sesmarias. O povoamento se iniciou
(maior polo tecnológico do país), com ênfase na produção no século XVI, com a colonização do litoral e as “entradas”
de softwares. e migrações pastorís para os sertões.

11
CONHECIMENTOS GERAIS

A riqueza e a abundância dos recursos naturais da colônia atraíram, ainda, piratas e aventureiros de outros países da
Europa, tais como franceses, holandeses e ingleses.
Com o estabelecimento do Governo Geral do Brasil na Bahia, em 1549, a colonização irradiou-se, através de expedições
armadas, para o norte do País. No final do século XVI, então, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba já tinham
sido incorporados ao território conquistado. A chegada a Sergipe, por sua vez, abriu o caminho para o sertão e, dele, os
portugueses chegaram até o Parnaíba. No Maranhão, em expedições contra os franceses, os primeiros colonizadores des‐
bravaram o litoral e parte do sertão.
No ano de 1610, os portugueses chegaram ao Ceará e, avançando sempre para o norte, conquistaram o Pará. De 1624 a
1654, os holandeses formaram colônias, passando a dominar todo o litoral entre o rio São Francisco, Pernambuco (sede do
Governo holandês), e o Rio Grande do Norte, estendendo-se até o Ceará e o Maranhão, local onde expulsaram os invasores
franceses. Na luta contra os holandeses, o colono português, o negro e o indígena - os três elementos da formação histórica
nordestina - recuaram para o interior, através das “entradas” pelos sertões do Nordeste.
Cabe registrar que as bandeiras paulistas concorreram, ainda, para o povoamento da região, deixando núcleos pastorís
por todo o vale do São Francisco.
O Nordeste, uma das cinco regiões em que se divide hoje o território nacional, abrange nove Estados (ver quadro a
seguir). A região tem uma área total de 1.553.917,1 km2. 
Houve mudanças na divisão territorial do Brasil. Em 1940, o Brasil era dividido nas seguintes regiões: Norte, Nordeste,
Este, Sul e Centro-Oeste. Hoje, são assim denominadas: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste A partir de 1950, os
Estados do Maranhão e Piauí passaram a fazer parte da Região Nordeste (antes pertenciam ao Norte) e, na década de 1970,
também o Estado da Bahia foi incorporado à Região.
 O antigo território de Fernando de Noronha - um arquipélago de formação vulcânica (com vinte ilhotas) localizado no
Oceano Atlântico, a 350 quilômetros do litoral - pertence atualmente ao Estado de Pernambuco. Possui cerca de 26 quilô‐
metros quadrados, mas apenas a ilha principal é habitada. O referido arquipélago,habitat de inúmeros tipos de pássaros e
de peixes, é considerado uma área de preservação ambiental. Além de uma incrível beleza natural, Fernando de Noronha
possui um enorme potencial turístico.

ÁREA TOTAL
ESTADO CAPITAL POPULAÇÃO
(em km2)
Maranhão (MA) São Luís 331.935,507 6.574.789

Piauí (PI) Teresina 251.576,644 3.118.360

Ceará (CE) Fortaleza 148.920,538 8. 452.381

Rio Grande do Norte (RN) Natal 52.810,699 3.168.027

Paraíba (PB) João Pessoa 56.469,466 3.766.528

Pernambuco (PE) Recife 98.146,315 8.796.448

Alagoas (AL) Maceió 27.779,343 3.120.494

Sergipe (SE) Aracaju 21.918,354 2.068.017

Bahia (BA) Salvador 564.830,859 14.016.906

Com exceção do São Francisco e do Parnaíba, os rios nordestinos não possuem grande destaque. A maior parte dos rios
da região permanece seca. E em algumas regiões imensas, como a do Ceará, não existe um único rio perene.
O meio-norte abrange uma grande parte dos Estados do Piauí e do Maranhão, onde predominam os cerrados e as
florestas de cocais. É uma área de pecuária extensiva em campo aberto. Pode ser considerada como uma região de transi‐
ção entre o Nordeste, o Norte e o Centro-Oeste do Brasil. No meio-norte, a agricultura é pobre, destacando-se apenas a
produção de arroz, nos vales dos rios perenes, e a pecuária de bovinos, na área do cerrado. A atividade mais característica
da região é o extrativismo vegetal, baseado na coleta do babaçu e da carnaúba. A agropecuária é a principal atividade eco‐
nômica do Nordeste, tanto pelo valor de sua produção como pela quantidade de mão-de-obra empregada.
Na área da mineração destacam-se a produção de scheelita, tantalita, berilo, e a extração de calcários para a produção
de cimento e fosfato, que são utilizados como adubos. Na Bahia, encontra-se a principal zona produtiva de petróleo da
região Nordeste, mas foram descobertos outros campos, também, em Alagoas, no Rio Grande do Norte e em Sergipe. Na
costa do Rio Grande do Norte, e no Ceará, existe a mais importante área de cristalização de sal marinho do País.

12
CONHECIMENTOS GERAIS

Como pode ser observado no Quadro 1, os Estados tou muito bem no Nordeste; manga, graviola, jaca (indús‐
mais populosos do Nordeste são Bahia, Pernambuco e tria do suco e doces); cacau (indústria alimentícia); tabaco
Ceará, que, juntos, representam 60% do total de habitantes (indústria de charuto, hoje em decadência); cera de car‐
de toda a região. Por sua vez, os Estados mais densamente naúba; óleos de babaçu e de oiticica; fibras vegetais (como
povoados são Alagoas, Pernambuco e Sergipe, todos eles o caroá, a piaçava e o sisal); cobre e chumbo (na Bahia);
com mais de 70 habitantes por quilômetro quadrado. tungstênio (no Rio Grande do Norte); sal (no Rio Grande
A análise da qualidade de vida da maioria de sua po‐ do Norte e Ceará). Ressalta-se ainda o petróleo e o gás
pulação evidencia que a região Nordeste apresenta o mais natural, que são explorados sobretudo nos litorais do Rio
grave quadro social do Brasil. O número de analfabetos e a Grande do Norte, Sergipe, Alagoas e Recôncavo Baiano.
taxa de mortalidade infantil (considerada como a morte de A produção salineira nordestina corresponde à cerca
crianças com menos de um ano de idade) são as mais al‐ de 80% do total nacional. E a extração de petróleo e gás a,
tas do País. Nos últimos anos, tem havido uma diminuição aproximadamente, 35% da produção do País.
desses problemas, o que significa uma certa melhoria nas O potencial hidrelétrico do rio São Francisco é de
condições sociais da população nordestina. grande importância para o desenvolvimento regional. As
Outra característica marcante da referida população suas principais usinas são Sobradinho, Itaparica, Complexo
é o seu intenso movimento migratório, tanto intra quan‐ de Paulo Afonso e Xingó. No tocante ao rio Parnaíba, des‐
to extra-regional. No primeiro caso, a migração ocorre em taca-se a usina Castello Branco.
função da seca. Uma parcela da população afetada pela es‐ Os principais centros industriais estão localizados nas
tiagem - principalmente os pequenos proprietários rurais, regiões metropolitanas, sendo as indústrias alimentícias
bem como os posseiros que não têm acesso aos açudes e e têxteis as mais tradicionais, seguidas das metalúrgicas,
nem têm recursos para “comprar água” dos grandes fazen‐ químicas e de produtos eletroeletrônicos. A região metro‐
deiros -, migra do sertão árido para o litoral úmido. politana do Recife, por sua vez, é a mais influente área de
Nos locais de destino, esse contingente populacional concentração da indústria nordestina, destacando-se os
busca trabalhos sazonais, esperando, tão logo a seca ter‐ três centros industriais: Cabo, Jaboatão e Paulista.
mine, retornar aos seus lugares de origem. Esse tipo de mi‐ A segunda região metropolitana em importância, e a
gração é considerada pelos demógrafos como temporária que tem apresentado um maior crescimento industrial, nos
e reversível, e o trabalhador que a realiza é conhecido na últimos anos, é a de Salvador. Entre os fatores que contri‐
região como corumba. Freqüentemente, no entanto, mui‐ buem para esse crescimento estão: a exploração de petró‐
tos migrantes resolvem não mais voltar para o sertão, fi‐ leo no Recôncavo; o pólo petroquímico de Camaçari; a refi‐
xando-se nas cidades de médio porte da região nordestina. naria Landulfo Alves da Petrobrás, em Mataripe; e o Centro
Neste sentido, tais migrantes acabam por sobreviver me‐ Industrial de Aratu, próximo a Salvador, que possui desde
diante trabalhos esporádicos, que aceitando subempregos, fábricas de cimento até metalúrgicas. A região metropoli‐
indo morar em favelas, incrementando bastante a popula‐ tana menos desenvolvida é a de Fortaleza, cujas indústrias
ção periférica e todos os problemas de ordem social. de maior expressão são as têxteis, alimentícias e químicas.
Quanto à migração extra-regional, o Nordeste trans‐ Culturalmente, o Nordeste é uma região muito rica e
formou-se, nas últimas décadas, em uma área repulsora diversificada. Seu folclore e artesanato são o resultado de
de população. De 1940 até 1995, a região perdeu mais de uma criatividade popular que se manifesta sob as mais va‐
15 milhões de habitantes, principalmente para as áreas do riadas formas. A culinária é também muito criativa e sabo‐
Sudeste e para a Amazônia, onde são formadas as frentes rosa, tendo sofrido a influência dos portugueses, africanos
pioneiras. e indígenas, como se pode constatar, por exemplo, nas co‐
A saída em massa de nordestinos está relacionada, pre‐ zinhas baiana e pernambucana.
dominantemente, às precárias condições de vida de grande A música nordestina é tocada na viola, no realejo, no
parte da população, e ao agravamento das disparidades violão e nas sanfonas. O grande nome da região é Luiz
socioeconômicas entre as regiões brasileiras. Cabe salien‐ Gonzaga. O baião foi feito para os nordestinos, mas já inva‐
tar que os aspectos políticos, econômicos e sociais são diu o resto do Brasil, sendo conhecido, também, em várias
muito mais determinantes, da significativa migração nor‐ partes do mundo.
destina para outras partes do Brasil, do que propriamente No Nordeste, não existe precisamente um traje, uma
os aspectos climáticos. moda, uma maneira própria de vestir, como é o caso do
O desenvolvimento industrial da região ocorreu a par‐ gaúcho, com suas bombachas, seus ponchos, suas botas.
tir da criação da Superintendência do Desenvolvimento do Há o vaqueiro nordestino, com seu chapéu, gibão, guarda‐
Nordeste (Sudene), em 1959, quando foi instaurada uma -peito e sapatos, tudo feito de couro, para agüentar os es‐
política de incentivos fiscais, que atraiu capitais e empresas pinhos da caatinga, mas não se trata de um traje comum a
do Centro-Sul e do exterior do País, dando margem à im‐ muitos, como ocorre com os gaúchos, mesmo sendo carac‐
plantação de mais de 1.000 projetos. terístico da região Nordeste, como também são típicas as
Entre as bases da industrialização, destaca-se a rique‐ vestimentas que foram utilizadas pelos cangaceiros  Lam‐
za das seguintes matérias-primas: cana-de-açúcar (açúcar pião e Maria Bonita.
e álcool); algodão (indústria têxtil); frutas nativas (como o São ainda nordestinas algumas figuras das mais ex‐
cajú, a mangaba, a pitanga, o araçá, o cajá); frutas não na‐ pressivas tais como Joaquim Nabuco,  Rui Barbosa,  Gil‐
tivas como o coco (árvore símbolo da região) que se adap‐ berto Freyre,  Manuel Bandeira,  Manoel Bandeira,  José

13
CONHECIMENTOS GERAIS

Lins do Rego,  Graciliano Ramos,  José de Alencar,  Jorge Assim, um município pertence ao Polígono das Secas
Amado, Ariano Suassuna, Luís da Câmara Cascudo, Mário se apresenta índice de até 0,50 de aridez. A definição de
Souto Maior, Manoel Correia de Andrade, Francisco Bren‐ aridez tem origem no trabalho do climatologista Charles
nand, Abelardo da Hora, Cícero Dias, entre muitos outros Warren Thornthwaite de 1941.
expoentes que enriqueceram o cenário brasileiro e, até, in‐ c) Deficit hídrico – refere-se aos períodos em que as
ternacional.  taxas de precipitação são menores que as taxas de evapo‐
ração do solo e evapotranspiração, na ordem de 60%.
Polígono das secas
O Polígono das Secas é uma área de 1.108.434,82 km², Questão política do Polígono das Secas
correspondentes a 1.348 municípios, e que está inserida A questão da seca no Nordeste é bastante conhecida.
nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Diversos segmentos da sociedade demonstram ciência da
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. Esse necessidade de enfrentar esse desafio e até indicam solu‐
termo designa uma região concentrada no Nordeste e em ções para resolvê-lo ou miniminizá-los. Países como Esta‐
parte do Sudeste que sofre com a falta de água ou sua bai‐ dos Unidos ou Israel mostram que é possível enfrentar esse
xa oferta por longos períodos. Seus limites são divergentes desafio urbanizando e desenvolvendo as regiões, ainda
entre os distintos órgãos de gestão, controle e combate à que haja uma baixa disponibilidade hídrica.
seca no Nordeste. Observa-se que, no caso do polígono das secas, esse
Para além de uma definição, a instituição de uma área é um tema recorrente e “aparentemente sem solução”. To‐
onde o Estado reconhece os efeitos da natureza na organi‐ davia, deve-se considerar que essa mesma região abriga
zação socioespacial do território e de sua população per‐ grande população, que historicamente se constituiu como
mite que sejam definidas ações específicas e mais efetivas uma reserva para o exercício de poder de grandes latifun‐
que enfrentem as demandas da região, que, nesse caso, diários e, mais recentemente, para o exercício de poder
incluem ações que viabilizem a ampliação da oferta hídrica, eleitoreiro. Essa falta de interesse em resolver ou enfrentar
desenvolvimento de pesquisas que compreendam melhor verdadeiramente a questão da seca no semiárido ficou co‐
as dinâmicas do clima e, sobretudo, o financiamento des‐ nhecida como a Indústria da Seca, onde se criam deman‐
sas ações. das para maiores investimentos sem efetivamente enfren‐
tar a questão.
Qual a importância / vantagem de uma lei que de- Assim, pode-se afirmar que o  polígono das secas,
marca o Polígono das Secas? além de uma questão natural, é, necessariamente, uma
Ao estabelecer legislação aplicável que reconhece a questão política.
existência do Polígono das Secas, essa região, a partir de
seus gestores municipais e estaduais, passa a ser liberada Fontes: https://www.todamateria.com.br/regiao-nor‐
de algumas exigências para ações emergenciais de atenção deste/ // https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geo‐
à população que sente a falta de água, bem como recebe grafia/o-que-e-poligono-das-secas.htm // https://www.
verba específica destinada ao enfrentamento da seca via suapesquisa.com/geografia/regiao_nordeste.htm // http://
Fundo Nacional de Financiamento do Nordeste. Assim, um basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=‐
efeito natural passa também a ser uma questão de Estado. com_content&view=article&id=197

Como se define o Polígono das Secas?


A lei 1348, de 1951, estabeleceu os critérios e limites
para configurar a delimitação da região do “Polígono das
secas”, que foi revista e ampliada recentemente pela Por‐
taria Interministerial nº 01 de 09/03/2015. Com base em
um trabalhado colaborativo do Ministério da Integração
Nacional, foram adotados os seguintes critérios como prin‐
cipais para defini-lo:
a) Isoieta de 800 mm – ou seja, a quantidade mínima
de pluviosidade que se afere para uma determinada região;
b) Índice de aridez – é uma referência matemática uti‐
lizada para medir o grau de aridez do solo com base nos
seguintes condicionantes:
• Potencial hídrico (P);
• Quantidade de água da chuva e a taxa de evapo‐
ração e transpiração potencial (ETP);
• Quantidade máxima de perda de água pela acidez
(poluição), evaporação e transpiração.

14
CONHECIMENTOS GERAIS

c) depósitos nas condições que forem fixadas nos Es‐


3. O BANCO DO NORDESTE DO BRASIL tatutos;
S/A: LEGISLAÇÃO BÁSICA, PROGRAMAS E d) lucros verificados nas operações;
INFORMAÇÕES GERAIS DE SUA ATUAÇÃO e) produto do lançamento de títulos de sua responsa‐
COMO AGENTE IMPULSIONADOR DO bilidade, nas condições permitidas pela lei.
Art 5º O capital inicial do Banco será de cem milhões
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA
de cruzeiros (Cr$ 100.000.000,00) dividido em ações co‐
REGIÃO NORDESTE. muns, nominativas, de mil cruzeiros (Cr$ 1.000,00) cada
uma, das quais o Tesouro Nacional subscreverá, no míni‐
mo, setenta por cento (70%), no valor de setenta milhões
Criação do Banco do Nordeste de cruzeiros (Cr$ 70.000.000,00), ficando os restantes trinta
por cento (30%), no montante de trinta milhões de cruzei‐
LEI No 1.649, DE 19 DE JULHO DE 1952. ros (Cr$ 30.000.000,00), destinados à abertura de subscri‐
ção pública.
Cria o Banco do Nordeste do Brasil e dá outras provi‐ § 1º Caberá ao Tesouro Nacional, se necessário, com‐
dências. pletar a quota reservada à subscrição particular e não subs‐
crita.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o
§ 2º É o Tesouro Nacional autorizado a subscrever a sua
CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte
quota inicial de capital com parte do Fundo constituído em
Lei:
obediência ao disposto no art. 198, § 1º, da Constituição
Federal.
CAPÍTULO I 
§ 3º É o Poder Executivo autorizado a baixar os atos
CONSTITUIÇÃO DO BANCO
necessários ao reajustamento periódico do capital social,
conforme a conveniência das operações do Banco, incor‐
Art 1º É o Poder Executivo autorizado a promover to‐
porando parte dos depósitos previstos no artigo seguinte
dos os atos necessários à constituição do Banco do Nor‐
e levando em conta o disposto no art. 17.
deste do Brasil, como um dos órgãos de execução do pro‐
grama assistencial previsto no art. 198 da Constituição. Art 6º O Tesouro Nacional depositará cada ano, em
Art 2º O Banco do Nordeste do Brasil será organizado conta especial no Banco do Nordeste, entre 50% e 80% da
sob a forma de sociedade por ações e os seus estatutos, incorporação anual do Fundo a que se refere o art. 198, §
que dependerão de prévia aprovação do Presidente da Re‐ 1º, da Constituição, para as operações referidas no mesmo
pública, obedecerão às linhas gerais consubstanciadas na dispositivo constitucional, in fine , observado sempre o dis‐
presente Lei, e aos dispositivos, por esta não derrogados, posto no § 3º do art. 1º da Lei nº 1.004, de 24 de dezembro
da legislação bancária e do Decreto-lei nº 2.627, de 26 de de 1949.
setembro de 1940.
Art 3º O Banco do Nordeste do Brasil terá sede na ci‐ CAPÍTULO III 
dade de Fortaleza. ADMINISTRAÇÃO
§ 1º O Banco terá uma filial em cada um dos Estados
compreendidos no Polígono das Sêcas. Art. 7º - O Banco será administrado por uma Diretoria
§ 2º As filiais de que trata o parágrafo anterior terão, composta de 7 (sete) membros, sendo 1 (um) Presidente e
conforme dispuserem os Estados, e guardadas as normas 6 (seis) Diretores, a saber: (Redação dada pela Lei nº 7.336,
gerais do Banco, autonomia na aplicação dos recursos que, de 1985)
na conformidade do art. 14, couberem aos respectivos Es‐ I - Diretor de Crédito Geral; (Incluído pela Lei nº 7.336,
tados. de 1985)
§ 3º As agências irão sendo instaladas na área do Po‐ II - Diretor de Crédito Industrial;  (Incluído pela Lei nº
lígono, de modo que haja, em cada Estado, pelo menos 7.336, de 1985)
uma agência por 400.000 (quatrocentos mil) habitantes da III - Diretor de Crédito Rural;  (Incluído pela Lei nº
respectiva área sêca e um mínimo de duas agências por 7.336, de 1985)
Estado. IV - Diretor de Câmbio;  (Incluído pela Lei nº 7.336, de
1985)
CAPÍTULO II  V - Diretor de Crédito à infra-estrutura; e (Incluído
RECURSOS pela Lei nº 7.336, de 1985)
VI Diretor de Recursos Humanos e Patrimoniais.  (In‐
Art 4º Serão os seguintes os recursos do Banco do Nor‐ cluído pela Lei nº 7.336, de 1985)
deste do Brasil: Parágrafo único - 1 (um) Diretor será escolhido den‐
a) capital social; tre os funcionários do Banco, de carreira, em exercício ou
b) parte do fundo a que se refere o  art. 1º da Lei nº aposentado.  (Incluído pela Lei nº 7.336, de 1985)
1.004, de 24 de dezembro de 1949;

15
CONHECIMENTOS GERAIS

CAPÍTULO IV  a) estudar empreendimentos econômicos e oferecê‐


ATRIBUIÇÕES -los ao capital privado ou lançá-los a subscrição pública, na
área de sua operação;
Art 8º O Banco do Nordeste do Brasil prestará assistên‐ b) garantir a tomada de determinada quota do capital
cia, mediante empréstimo, a empreendimentos de caráter e o adquirir, para revenda posterior;
reprodutivo, na área do Polígono das Sêcas, especialmente c) financiar mediante hipoteca;
para: d) adquirir ou construir e ceder em locação, com opção
a) despesas que couberem ao tomador de emprestímo de compra os imóveis convenientes à instalação de fábri‐
para construção de açude por cooperação com o Govêrno cas, uma vez possam êles ser facilmente utilizáveis por ou‐
Federal ou com govêrno estadual, até o limite de setenta tras emprêsas ou para outros fins;
por cento (70%) do prêmio concedido; e) colaborar com bancos e sociedades de investimen‐
b) construção de pequenos açudes e de barragens tos para a realização de empreendimentos que correspon‐
submersas, às expensas do interessado; dam às suas finalidades.
c) perfuração e instalação de poços; Parágrafo único. Para os fins das letras b a e dêste ar‐
d) obras de irrigação; tigo, o Banco poderá emitir títulos de rendimento fixo ou
e) aquisição ou construção de silos e construção de ar‐ variável, conforme fôr permitido pela lei.
mazéns e fenis nas fazendas;
f) aquisição ou reforma de equipamentos e máquinas
CAPÍTULO V 
agrícolas ou industriais e aquisição de reprodutores e ani‐
CONDIÇÕES DAS OPERAÇÕES
mais de trabalho;
g) produção de energia elétrica;
h) plantação técnica e intensiva de árvores próprias à Art 11. Os prazos, juros e outras condições dos em‐
ecologia regional, especialmente as xerófilas de reconheci‐ préstimos serão fixados, atendendo aos aspectos econô‐
do valor econômico; micos dos empreendimentos e projetos, à existência dos
i) serviços e obras de saneamento e desobstrução e recursos e à finalidade assistencial do Banco.
limpeza de rios e canais; Art 12. Na regulamentação desta lei, ou nos atos cons‐
j) financiamento de safras agrícolas em geral, de prefe‐ titutivos a que se refere o art. 1º, o Poder Executivo deter‐
rência por intermédio de cooperativas agrícolas; minará a prioridade e as condições, nela não previstas, das
k) financiamento, mediante penhor mercantil, dos pro‐ operações do Banco.
dutos da região até o limite máximo de oitenta por cento Art 13. Os recursos da conta especial a que se refere o
(80%) de seu valor comercial, ou do preço mínimo, oficial‐ art. 6º, sòmente poderão ser aplicados, para qualquer dos
mente fixado; fins previstos no art. 8º desta lei, em empréstimos a agri‐
l) construção e instalação de armazéns, nos centros cultores e industriais estabelecidos na área do Polígono das
de coleta e distribuição, e de usinas de beneficiamento e Sêcas, inclusive emprêsas agrícolas, emprêsas industriais e
industrialização de produtos da região, e que concorram cooperativas.
para o desenvolvimento e estabilidade da produção agro‐ § 1º Vetado.
pecuária; § 2º Nos casos das letras j a n , os prazos, juros e de‐
m) desenvolvimento e criação de indústrias, inclusive mais condições serão estabelecidos na conformidade do
artesanais e domésticas, que aproveitem matérias-primas que dispõem os arts. 11 e 12.
locais, que ocupem com maior produtividade as popula‐ § 3º Vetado.
ções ou que sejam essenciais à elevação dos seus níveis de § 4º Vetado.
consumo essencial, no Polígono das Sêcas; Art 14. Vetado.
n) aquisições, preparo e loteamento de terras para ven‐
da de pequenas propriedades rurais, a prazo longo, bem CAPÍTULO VI 
como despesas de transporte e sustento de colono duran‐
DISPOSIÇÕES GERAIS
te o período inicial; atendidas, porém, as exigências da lei
bancária comum ou dos estatutos quanto à manutenção
Art 15. A parte do capital subscrito pelo Govêrno da
de reservas em propriedades imobiliárias.
Art 9º O Banco do Nordeste do Brasil poderá fazer em‐ União, de acôrdo com os §§ 2º e 3º do art. 5º, não terá
préstimos a Prefeituras Municipais no Polígono das Sêcas, direito a dividendos, se às ações subscritas por outras pes‐
para qualquer um dos fins previstos nas letras a a i do ar‐ soas físicas e jurídicas não couber um dividendo mínimo
tigo anterior, e bem assim para a realização de serviços de de 10%. Os dividendos que tocarem à União não poderão
água e esgotos, mediante a utilização dos recursos a que se ser retirados.
referem as letras c , d e e , do art. 4º. Parágrafo único. Não serão abonados juros aos depó‐
Art 10. Poderá ainda o Banco do Nordeste do Brasil sitos previstos no art. 6º.
realizar, em benefício de empreendimentos que promovam Art 16. O Banco do Nordeste do Brasil operará, sem‐
o desenvolvimento econômico da região compreendida no pre que possível, em colaboração com outros bancos e de
Polígono das Sêcas, todas as operações habituais dos cor‐ preferência através de agências locais de bancos nacionais,
retores e bancos ou sociedades de investimento, permiti‐ particularmente os de caráter cooperativo ou de contrôle
das pela lei, como sejam: da União e dos Estados e Municípios.

16
CONHECIMENTOS GERAIS

Parágrafo único. O Banco do Nordeste do Brasil dará «§ 3º Em nenhuma hipótese, a reserva especial, sem
preferência, igualmente, às operações por intermédio de aplicação, destinada ao socorro às populações durante as
cooperativas, e a financiamentos diretos a essas entida‐ calamidades, poderá ser inferior à quantia correspondente
des, para as quais serão estabelecidas condições mais fa‐ a 1% (um por cento) da renda tributária prevista.”
voráveis. Art 24. É vedado ao Banco do Nordeste do Brasil con‐
Art 17. O Poder Executivo, ao adotar as providências ceder empréstimos a pessoas físicas ou jurídicas que não
autorizadas no § 3º do art. 5º, e ao regulamentar as opera‐ sejam estabelecidas no Polígono das Sêcas ou que não te‐
ções do Banco, levará em conta a necessidade de um nível nham atividades na referida área.
mínimo de liquidez, a fim de reforçar a reserva líquida cons‐ Art 25. Os servidores do Banco do Nordeste do Brasil,
tituída para socorro às populações atingidas pelas sêcas. excetuados os Diretores e os ocupantes de cargos técni‐
Parágrafo único. O regulamento estabelecerá os favo‐ cos, definidos no Regulamento, serão admitidos mediante
res especiais que devam ter os tomadores de empréstimo concurso.
nos anos de sêca, sob a forma de redução, isenção ou adia‐ Art 26. São revogados os arts. 3º a 10 da Lei nº 1.004,
mento de pagamento de juros e amortizações, conforme a de 24 de dezembro de 1949, e as disposições em contrário.
natureza das operações e a gravidade local do flagelo. Art 27. Esta Lei entrará em vigor na data da sua publi‐
Art 18. O Departamento Nacional de Obras Contra as cação.
Sêcas e outros órgãos públicos prestarão ao Banco a assis‐ Rio de Janeiro, 19 de julho de 1952; 131º da Indepen‐
tência técnica que estiver a seu alcance. dência e 64º da República.
Parágrafo único. O Banco, por sua vez, colaborará,
através do Escritório Técnico de estudos econômicos, que Programas e informações gerais
manterá, no exame dos problemas da região a cargo do O Banco do Nordeste foi criado para atuar no chamado
Departamento Nacional de Obras Contra as Sêcas. Polígono das Secas, designação dada a perímetro do ter‐
Art 19. O Banco apresentará anualmente ao Poder Exe‐ ritório brasileiro atingido periodicamente por prolongados
cutivo, até 31 de janeiro, relatório sôbre suas atividades, o períodos de estiagem. A empresa assumia então a atribui‐
qual será remetido ao Congresso juntamente com a conta
ção de prestação de assistência às populações dessa área,
de movimento, a que se refere o art. 11 da Lei nº 1.004.
por meio da oferta de crédito.
Art 20. É o Poder Executivo autorizado a dar a garantia
Em 65 anos, o Banco teve sua atuação ampliada: está
do Tesouro para os depósitos e os títulos emitidos pelo
presente em cerca de 2 mil municípios, abrangendo toda
Banco do Nordeste, bem como para os empréstimos que
a área dos nove estados da Região Nordeste (Maranhão,
faça no estrangeiro, destinados a empreendimentos eco‐
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,
nômicos e que sejam prèviamente submetidos ao exame
Alagoas, Sergipe e Bahia), além do  norte de Minas Gerais
e aprovação dos órgãos próprios da administração federal.
(incluindo os Vales do Mucuri e do Jequitinhonha) e o norte
Art 21. A parte da reserva a que se refere o § 1º do art.
198 da Constituição, e que não seja depositada no Banco do Espírito Santo. Atualmente, mantém a liderança na apli‐
do Nordeste ou integrada no seu capital, na forma desta cação de recursos de longo prazo e de crédito rural em sua
Lei, poderá constituir depósito especial no Banco do Brasil, área de atuação.
para atender à finalidade do § 1º do art. 1º da Lei nº 1.004, Hoje, o BNB orienta-se pela missão de agir como o
conforme as condições que forem contratadas entre êste e banco de desenvolvimento do Nordeste, com o propósi‐
o Govêrno. to de ser reconhecido por sua capacidade de promover o
Art 22. O Poder Executivo, ouvido o Conselho da Su‐ bem-estar das famílias e a competitividade das empresas
perintendência da Moeda e do Crédito, poderá autorizar a da Região.
que no Banco do Nordeste possam ser realizados, em con‐ O Banco do Nordeste do Brasil S.A. é uma instituição
dições equiparadas às do Banco do Brasil, depósitos do Te‐ financeira múltipla, organizada sob a forma de sociedade
souro e de órgãos e entidades públicas, depósitos judiciais de economia mista, de capital aberto e tem mais de 90%
e outros depósitos ou tomada de títulos, determinados de seu capital 0no Ceará.
pela Lei a instituições públicas ou subordinadas a contrôle São clientes do Banco agentes econômicos, institucio‐
público em suas aplicações financeiras. nais e pessoas físicas. Os agentes econômicos compreen‐
Parágrafo único. Os órgãos e entidades públicas cuja dem as empresas (micro, pequena, média e grande empre‐
atuação, no todo ou em parte, se faça na área do Polígono sa), as associações e cooperativas. Os agentes institucionais
das Sêcas, utilizarão sempre que isso não prejudique suas englobam as entidades governamentais (federal, estadual e
atividades, quanto aos recursos financeiros mobilizados na municipal) e não-governamentais. As pessoas físicas com‐
região, os serviços bancários do Banco do Nordeste. preendem os produtores rurais (agricultor familiar, mini,
Art 23. O art. 1º e seu § 3º da Lei nº 1.004, de 24 de pequeno, médio e grande produtor) e os empreendedores
dezembro de 1949, passam a ter a seguinte redação: informais.
«Art. 1º A Lei orçamentária consignará, anualmente, Reconhecida como a maior instituição da América La‐
uma dotação global correspondente a 1% (um por cento) tina voltada para o desenvolvimento regional, a empresa
da renda tributária prevista da União, para constituir o de‐ opera como órgão executor de políticas públicas, especial‐
pósito especial de que trata o § 1º do art. 198 da Constitui‐ mente com a operacionalização do Fundo Constitucional
ção Federal.» de Financiamento do Nordeste (FNE).

17
CONHECIMENTOS GERAIS

O FNE é a principal fonte de recursos utilizada pelo


Banco do Nordeste desde a criação dos fundos constitu‐ EXERCÍCIOS
cionais federais, em 1989. Sua aplicação volta-se à redução 1- Sobre a população nordestina, julgue os itens a
da pobreza e das desigualdades inter e intrarregionais, por seguir, assinalando V para verdadeiro e F para falso.
meio do financiamento de setores produtivos, em conso‐ (   )      A região Nordeste é etnicamente homogênea,
nância com o plano regional de desenvolvimento, instru‐ assinalando uma identidade única entre os seus habitantes.
mento elaborado de forma conjunta por órgãos federais (   )      A sub-região da Zona da Mata é aquela que
e estaduais. apresenta o menor número de habitantes.
Para isso, dos recursos totais do FNE aplicados anual‐ (   )      Em razão do elevado grau de industrialização,
mente pelo BNB na Região, pelo menos metade destina-se a maior parte da população brasileira encontra-se, atual‐
ao Semiárido. Mini, micro e pequenos empreendedores mente, na região Nordeste.
são clientes preferenciais e há conjugação do crédito com (   )      Apesar de apresentar um elevado índice popula‐
a assistência técnica. cional, algumas regiões do Nordeste apresentam verdadei‐
Em sua estratégia de apoio ao pequeno empreende‐ ros “vazios demográficos”.
dor, o BNB criou, em 1998, o programa de microcrédito
produtivo e orientado urbano que é hoje o maior do tipo 2- Assinale a alternativa que apresenta as quatro prin‐
na América do Sul: o Crediamigo. Ao final de 2016, o pro‐ cipais sub-regiões do Nordeste brasileiro:
grama alcançou a marca de 2 milhões de clientes ativos. Em a) Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio Norte.
2005, o microcrédito orientado chegou à zona rural com a b) Zona da Mata, Recôncavo Baiano, Planalto da Bor‐
criação do programa Agroamigo, que já ultrapassa a marca borema e Sertão Maranhense.
de 1 milhão de clientes. c) Agreste, Polígono das Secas, Zona açucareira, Litoral norte.
Além dos recursos federais, o Banco tem acesso a ou‐ d) Sertão, Região da Caatinga, Cangaço e Norte Úmido.
tras fontes de financiamento nos mercados interno e ex‐ e) Litoral, Meio Norte, Noroeste e Oeste.
terno, por meio de parcerias e alianças com instituições
nacionais e internacionais, incluindo instituições multilate‐ 3- Leia o texto a seguir:
rais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de O fenômeno das secas só recebeu a atenção do po-
Desenvolvimento (BID). der central quando os “coronéis” sertanejos do algodão e
O BNB também exerce trabalho de atração de inves‐ do gado completaram sua ascensão econômica. Durante a
timentos, apoia a realização de estudos e pesquisas com grande seca de 1877-79, que dizimou cerca de 500 mil nor-
recursos não-reembolsáveis e estrutura o desenvolvimen‐ destinos, entre os quais a metade dos 120 mil habitantes de
to por meio de projetos de grande impacto. Mais que um Fortaleza, D. Pedro II chegou a afirmar que “empenharia até
agente de intermediação financeira, a empresa se propõe a as joias da Coroa, mas não permitiria que os sertanejos pas-
prestar atendimento integrado a quem decide investir em sassem fome”. O imperador não vendeu as joias, mas iniciou
sua área de atuação, disponibiliza base de conhecimentos em 1881 a construção do primeiro grande açude no Nordes-
sobre o Nordeste e aponta as melhores oportunidades de te, em Quixadá, no Ceará.
investimento na Região. As secas passaram a ter significado político na época
Para isso, o Banco mantém, desde 1954, o Escritório da consolidação da oligarquia algodoeira [...]. A “política
Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), res‐ hidráulica” que tomava corpo, focalizada na construção de
ponsável pela elaboração e difusão de conhecimentos téc‐ barragens, açudes, poços e estradas, constituiu um veículo
nicos e científicos sobre o Nordeste, bem como pelo plane‐ de transferência de recursos públicos para o patrimônio pri-
jamento, formulação, coordenação e avaliação de políticas vado da elite sertaneja.
e programas, com vistas à promoção do desenvolvimento MAGNOLI, D.  Geografia para o Ensino Médio.  São
sustentável. Paulo: Atual, 2008.p.327-328.
O Banco do Nordeste reconhece a importância da ino‐ Diante das considerações expostas pelo texto, assinale
vação para o desenvolvimento de políticas, estratégias e a alternativa correta:
ações que impactem diretamente na dinamização da eco‐ a) O problema da seca do Nordeste limita-se à não
nomia, com sustentabilidade. Com essa visão, criou, em funcionalidade do açude de Quixadá, no Ceará.
2016, o Hub Inovação Nordeste (Hubine), equipamento b) Ao afirmar que a “política hidráulica” foi responsá‐
que tem oferecido apoio para empreendedores que de‐ vel por transferir recursos públicos para o setor privado,
senvolvam ideias inventivas para superar os desafios da o autor quis dizer que a esperança do governo era o em‐
Região. preendedorismo dos pequenos agricultores regionais para
resolver o problema da seca.
Fonte: https://www.bnb.gov.br/web/guest/historico c) Com a leitura do texto, percebemos que o proble‐
ma da seca continuou no Nordeste em razão de D. Pedro
II não ter empenhado as joias da Coroa, conforme havia
prometido.
d) O autor do texto revela que o problema da seca do
Nordeste é histórico e está relacionado a eventos políticos
e interesses econômicos oligárquicos.

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CONHECIMENTOS GERAIS

RESPOSTAS Quando montamos um computador e o ligamos pela


primeira vez, em sua tela serão mostradas apenas algumas
1(F) – Em virtude da colonização, que foi responsável rotinas presentes nos chipsets da máquina. Para utilizarmos
pela inter-relação sociocultural de povos ameríndios, africa‐ todos os recursos do computador, com toda a qualidade
nos e europeus, a região Nordeste é extremamente diver‐ das placas de som, vídeo, rede, acessarmos a Internet e
sificada sob o ponto de vista étnico, apresentando, assim, usufruirmos de toda a potencialidade do hardware, temos
múltiplas identidades. que instalar o SO.
(F) – Na verdade, a Zona da Mata, por ser a região mais Após sua instalação é possível configurar as placas para
desenvolvida do Nordeste, é a sub-região mais densamente que alcancem seu melhor desempenho e instalar os de‐
povoada. mais programas, como os softwares aplicativos e utilitários.
(F) – A maior parte da população brasileira encontra-se, O SO gerencia o uso do hardware pelo software e ge‐
na verdade, na região Sudeste do país. rencia os demais programas.
(V) – Algumas regiões, como o Sertão, apresentam va‐ A diferença entre os Sistemas Operacionais de 32 bits e
zios demográficos em função das condições naturais des‐ 64 bits está na forma em que o processador do computa‐
favoráveis e, principalmente, do pouco desenvolvimento dor trabalha as informações. O Sistema Operacional de 32
econômico local. bits tem que ser instalado em um computador que tenha
o processador de 32 bits, assim como o de 64 bits tem que
2 - As quatro sub-regiões do Nordeste são: Zona da
Mata, Agreste, Sertão e Meio Norte. ser instalado em um computador de 64 bits.
Os Sistemas Operacionais de 64 bits do Windows, se‐
3a) Falso – segundo o texto, o açude de Quixadá foi a gundo o site oficial da Microsoft, podem utilizar mais me‐
primeira medida tomada por D. Pedro II para tentar resolver mória que as versões de 32 bits do Windows. “Isso ajuda
o problema da seca no Nordeste. a reduzir o tempo despendi- do na permuta de processos
b) Falso – na verdade, quando o autor afirma que a “po‐ para dentro e para fora da memória, pelo armazenamen‐
lítica hidráulica” foi responsável por transferir recursos públi‐ to de um número maior desses processos na memória de
cos para o setor privado, ele insinua que as ações públicas acesso aleatório (RAM) em vez de fazê-lo no disco rígido.
favoreceram apenas os grandes coronéis da época na região. Por outro lado, isso pode aumentar o desempenho geral
c) Falso – “empenhar as joias da coroa” foi uma expres‐ do programa”.
são utilizada pelo imperador para dizer que não deixaria, em
hipótese alguma, a população sertaneja sofrer com as con‐ Windows 7
dições de miséria.
Para saber se o Windows é de 32 ou 64 bits, basta:
d) Verdadeira – conforme podemos perceber com a lei‐
1. Clicar no botão Iniciar , clicar com o botão direito
tura do texto, o problema da seca no Nordeste existe desde
os tempos de D. Pedro II (ou até antes), estando mais relacio‐ em computador e clique em Propriedades.
nado aos poderes oligárquicos locais do que propriamente 2. Em sistema, é possível exibir o tipo de sistema.
às condições climáticas. “Para instalar uma versão de 64 bits do Windows 7,
você precisará de um processador capaz de executar uma
versão de 64 bits do Windows. Os benefícios de um sistema
INFORMÁTICA: CONCEITOS DE operacional de 64 bits ficam mais claros quando você tem
INFORMÁTICA, HARDWARE E SOFTWARE; uma grande quantidade de RAM (memória de acesso alea‐
SISTEMAS OPERACIONAIS (WINDOWS E tório) no computador, normalmente 4 GB ou mais. Nesses
LINUX); casos, como um sistema operacional de 64 bits pode pro‐
cessar grandes quantidades de memória com mais eficácia
do que um de 32 bits, o sistema de 64 bits poderá respon‐
Windows der melhor ao executar vários programas ao mesmo tempo
e alternar entre eles com frequência”.
O Windows assim como tudo que envolve a informática
passa por uma atualização constante, os concursos públicos Uma maneira prática de usar o Windows 7 (Win 7) é
em seus editais acabam variando em suas versões, por isso reinstalá-lo sobre um SO já utilizado na máquina. Nesse
vamos abordar de uma maneira geral tanto as versões do caso, é possível instalar:
Windows quanto do Linux. - Sobre o Windows XP;
O Windows é um Sistema Operacional, ou seja, é um - Uma versão Win 7 32 bits, sobre Windows Vista (Win
software, um programa de computador desenvolvido por Vista), também 32 bits;
programadores através de códigos de programação. Os - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 32 bits;
Sistemas Operacionais, assim como os demais softwares, - Win 7 de 32 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
são considerados como a parte lógica do computador, uma - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
parte não palpável, desenvolvida para ser utilizada apenas - Win 7 em um computador e formatar o HD durante
quando o computador está em funcionamento. O Sistema a insta- lação;
Operacional (SO) é um programa especial, pois é o primei‐ - Win 7 em um computador sem SO;
ro a ser instalado na máquina.

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CONHECIMENTOS GERAIS

Antes de iniciar a instalação, devemos verificar qual tipo de instalação será feita, encontrar e ter em mãos a chave do
produto, que é um código que será solicitado durante a instalação.
Vamos adotar a opção de instalação com formatação de disco rígido, segundo o site oficial da Microsoft Corporation:
- Ligue o seu computador, de forma que o Windows seja inicia- lizado normalmente, insira do disco de instalação do
Windows 7 ou a unidade flash USB e desligue o seu computador.
- Reinicie o computador.
- Pressione qualquer tecla, quando solicitado a fazer isso, e siga as instruções exibidas.
- Na página de Instalação Windows, insira seu idioma ou outras preferências e clique em avançar.
- Se a página de Instalação Windows não aparecer e o programa não solicitar que você pressione alguma tecla, talvez
seja necessário alterar algumas configurações do sistema. Para obter mais informações sobre como fazer isso, consulte
Inicie o seu computador usando um disco de instalação do Windows 7 ou um pen drive USB.
- Na página Leia os termos de licença, se você aceitar os termos de licença, clique em aceito os termos de licença e em
avançar.
- Na página que tipo de instalação você deseja? clique em Personalizada.
- Na página onde deseja instalar Windows? clique em opções da unidade (avançada).
- Clique na partição que você quiser alterar, clique na opção de formatação desejada e siga as instruções.
- Quando a formatação terminar, clique em avançar.
- Siga as instruções para concluir a instalação do Windows 7, inclusive a nomenclatura do computador e a configuração
de uma conta do usuário inicial.

Conceitos de organização e de gerenciamento de informações; arquivos, pastas e programas.


Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar arquivos, ícones ou outras pastas.
Arquivos– são registros digitais criados e salvos através de programas aplicativos. Por exemplo, quando abrimos o
Microsoft Word, digitamos uma carta e a salvamos no computador, estamos criando um arquivo.
Ícones– são imagens representativas associadas a programas, arquivos, pastas ou atalhos.
Atalhos–são ícones que indicam um caminho mais curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo.

Criação de pastas (diretórios)

Figura 64: Criação de pastas

#FicaDica
Clicando com o botão direito do mouse em um espaço vazio da área de trabalho ou outro apropriado,
podemos encontrar a opção pasta.
Clicando nesta opção com o botão esquerdo do mouse, temos então uma forma prática de criar
uma pasta.

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CONHECIMENTOS GERAIS

Figura 65: Criamos aqui uma pasta chamada “Trabalho”.

Figura 66: Tela da pasta criada

Clicamos duas vezes na pasta “Trabalho” para abrí-la e agora criaremos mais duas pastas dentro dela:
Para criarmos as outras duas pastas, basta repetir o procedimento botão direito, Novo, Pasta.

Área de trabalho:

Figura 67: Área de Trabalho

A figura acima mostra a primeira tela que vemos quando o Windows 7 é iniciado. A ela damos o nome de área de
trabalho, pois a ideia original é que ela sirva como uma prancheta, onde abriremos nossos livros e documentos para dar
início ou continuidade ao trabalho.
Em especial, na área de trabalho, encontramos a barra de tarefas, que traz uma série de particularidades, como:

Figura 68: Barra de tarefas

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CONHECIMENTOS GERAIS

1) Botão Iniciar: é por ele que entramos em contato com todos os outros programas instalados, programas que fazem
parte do sistema operacional e ambientes de configuração e trabalho. Com um clique nesse botão, abrimos uma lista, cha‐
mada Menu Iniciar, que contém opções que nos permitem ver os programas mais acessados, todos os outros programas
instalados e os recursos do próprio Windows. Ele funciona como uma via de acesso para todas as opções disponíveis no
computador.
Através do botão Iniciar, também podemos:
-desligar o computador, procedimento que encerra o Sistema Operacional corretamente, e desliga efetivamente a
máquina;
-colocar o computador em modo de espera, que reduz o consumo de energia enquanto a máquina estiver ociosa, ou
seja, sem uso. Muito usado nos casos em que vamos nos ausentar por um breve período de tempo da frente do compu‐
tador;
-reiniciar o computador, que desliga e liga automaticamente o sistema. Usado após a instalação de alguns programas
que precisam da reinicialização do sistema para efetivarem sua insta- lação, durante congelamento de telas ou travamentos
da máquina.
-realizar o logoff, acessando o mesmo sistema com nome e senha de outro usuário, tendo assim um ambiente com
características diferentes para cada usuário do mesmo computador.

Figura 69: Menu Iniciar – Windows 7

Na figura a cima temos o menu Iniciar, acessado com um clique no botão Iniciar.
2) Ícones de inicialização rápida: São ícones colocados como atalhos na barra de tarefas para serem acessados com
facilidade.
3) Barra de idiomas: Mostra qual a configuração de idioma que está sendo usada pelo teclado.
4) Ícones de inicialização/execução: Esses ícones são configurados para entrar em ação quando o computador é
iniciado. Muitos deles ficam em execução o tempo todo no sistema, como é o caso de ícones de programas antivírus que
monitoram constante- mente o sistema para verificar se não há invasões ou vírus tentando ser executados.
5) Propriedades de data e hora: Além de mostra o relógio constantemente na sua tela, clicando duas vezes, com o
botão esquerdo do mouse nesse ícone, acessamos as Propriedades de data e hora.

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CONHECIMENTOS GERAIS

A restauração de objetos enviados para a lixeira pode


ser feita com um clique com o botão direito do mouse so‐
bre o item desejado e depois, outro clique com o esquerdo
em “Restaurar”. Isso devolverá, automaticamente o arquivo
para seu local de origem.

#FicaDica
Outra forma de restaurar é usar a opção
“Restaurar este item”, após selecionar o objeto.

Alguns arquivos e pastas, por terem um tamanho mui‐


to grande, são excluídos sem irem antes para a Lixeira.
Sempre que algo for ser excluído, aparecerá uma mensa‐
gem, ou perguntando se realmente deseja enviar aquele
Figura 70: Propriedades de data e hora item para a Lixeira, ou avisando que o que foi selecionado
será permanentemente excluído. Outra forma de excluir
Nessa janela, é possível configurarmos a data e a hora, documentos ou pastas sem que eles fiquem armazenados
deter- minarmos qual é o fuso horário da nossa região e na Lixeira é usar as teclas de atalho Shift+Delete.
especificar se o relógio do computador está sincronizado A barra de tarefas pode ser posicionada nos quatro
automaticamente com um servidor de horário na Internet. cantos da tela para proporcionar melhor visualização de
Este relógio é atualizado pela bateria da placa mãe, que vi‐ outras janelas abertas. Para isso, basta pressionar o botão
mos na figura 26. Quando ele começa a mostrar um horário esquerdo do mouse em um espaço vazio dessa barra e com
diferente do que realmente deveria mostrar, na maioria das ele pressionado, arrastar a barra até o local desejado (canto
vezes, indica que a bateria da placa mãe deve precisar ser direito, superior, esquerdo ou inferior da tela).
trocada. Esse horário também é sincronizado com o mesmo Para alterar o local da Barra de Tarefas na tela, temos
horário do SETUP. que verificar se a opção “Bloquear a barra de tarefas” não
está marcada.
Lixeira: Contém os arquivos e pastas excluídos pelo
usuário. Para excluirmos arquivos, atalhos e pastas, pode‐
mos clicar com o botão direito do mouse sobre eles e de‐
pois usar a opção “Excluir”. Outra forma é clicar uma vez
sobre o objeto desejado e depois pressionar o botão delete,
no teclado. Esses dois procedimentos enviarão para lixeira
o que foi excluído, sendo possível a restauração, caso haja
necessidade. Para restaurar, por exemplo, um arquivo en‐
viado para a lixeira, podemos, após abri-la, restaurar o que
desejarmos.

Figura 72: Bloqueio da Barra de Tarefas

Figura 71: Restauração de arquivos enviados para a lixeira

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CONHECIMENTOS GERAIS

Propriedades da barra de tarefas e do menu iniciar:


Através do clique com o botão direito do mouse na bar‐
ra de tarefas e do esquerdo em “Propriedades”, podemos
acessar a janela “Propriedades da barra de tarefas e do
menu iniciar”.

Figura 21: Barra de Ferramentas

Painel de controle
O Painel de Controle é o local onde podemos alte‐
rar configurações do Windows, como aparência, idioma,
configurações de mouse e teclado, entre outras. Com ele
é possível personalizar o computador às necessidades do
usuário.
Para acessar o Painel de Controle, basta clicar no Botão
Iniciar e depois em Painel de Controle. Nele encontramos
as seguintes opções:
- Sistema e Segurança: “Exibe e altera o status do sis‐
tema e da segurança”, permite a realização de backups e
restauração das configurações do sistema e de arquivos.
Possui ferramentas que permitem a atualização do Sistema
Figura 73: Propriedades da barra de tarefas e do menu Operacional, que exibem a quantidade de memória RAM
iniciar instalada no computador e a velocidade do processador.
Oferece ainda, possibilidades de configuração de Firewall
Na guia “Barra de Tarefas”, temos, entre outros: para tornar o computador mais protegido.
- Rede e Internet: mostra o status da rede e possibi‐
-Bloquear a barra de tarefas – que impede que ela seja lita configurações de rede e Internet. É possível também
posicionada em outros cantos da tela que não seja o infe‐ definir preferências para compartilhamento de arquivos e
rior, ou seja, impede que seja arrastada com o botão es‐ computadores.
querdo do mouse pressionado. - Hardware e Sons: é possível adicionar ou remover har-
-Ocultar automaticamente a barra de tarefas – oculta dwares como impressoras, por exemplo. Também permite
(esconde) a barra de tarefas para proporcionar maior apro‐ alterar sons do sistema, reproduzir CDs automaticamente,
veitamento da área da tela pelos programas abertos, e a configurar modo de economia de energia e atualizar drives
exibe quando o mouse é posicionado no canto inferior do de dispositivos instalados.
monitor. - Programas: através desta opção, podemos realizar a
desinstalação de programas ou recursos do Windows.
- Contas de Usuários e Segurança Familiar: aqui alte‐
ramos senhas, criamos contas de usuários, determinamos
configurações de acesso.
- Aparência: permite a configuração da aparência da
área de trabalho, plano de fundo, proteção de tela, menu
iniciar e barra de tarefas.
- Relógio, Idioma e Região: usamos esta opção para
alterar data, hora, fuso horário, idioma, formatação de nú‐
meros e moedas.
- Facilidade de Acesso: permite adaptarmos o compu‐
tador às necessidades visuais, auditivas e motoras do usuá‐
rio.

Figura 74: Guia Menu Iniciar e Personalizar Menu Iniciar

Pela figura acima podemos notar que é possível a apa‐


rência e comportamento de links e menus do menu Iniciar.

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CONHECIMENTOS GERAIS

Computador de trabalho, que representam aplicativos de versões ante‐


riores, ficam com o nome na parte de cima e um pequeno
#FicaDica ícone na parte inferior. Novos mosaicos possuem tama‐
nhos diferentes, cores diferentes e são atualizados auto‐
Através do “Computador” podemos consultar e maticamente.
acessar unidades de disco e outros dispositivos A tela pode ser customizada conforme a conveniên‐
conectados ao nosso computador. cia do usuário. Alguns utilitários não aparecem nessa tela,
mas podem ser encontrados clicando com o botão direito
do mouse em um espaço vazio da tela. Se deseja que um
Para acessá-lo, basta clicar no Botão Iniciar e em Com‐ desses aplicativos apareça na sua tela inicial, clique com o
putador. A janela a seguir será aberta: botão direito sobre o ícone e vá para a opção Fixar na Tela
Inicial.

Charms Bar
O objetivo do Windows 8 é ter uma tela mais limpa e
esse recurso possibilita “esconder” algumas configurações
e aplicações. É uma barra localizada na lateral que pode ser
acessada colocando o mouse no canto direito e inferior da
tela ou clicando no atalho Tecla do Windows + C. Essa fun‐
ção substitui a barra de ferramentas presente no sistema
e configurada de acordo com a página em que você está.
Com a Charm Bar ativada, digite Personalizar na bus‐
ca em configurações. Depois escolha a opção tela inicial e
em seguida escolha a cor da tela. O usuário também pode
selecionar desenhos durante a personalização do papel de
parede.

Redimensionar as tiles
Figura 76: Computador
Na tela esses mosaicos ficam uns maiores que os ou‐
tros, mas isso pode ser alterado clicando com o botão di‐
Observe que é possível visualizarmos as unidades de
reito na divisão entre eles e optando pela opção menor.
disco, sua capacidade de armazenamento livre e usada. Ve‐
Você pode deixar maior os aplicativos que você quiser des‐
mos também informações como o nome do computador, a
tacar no computador.
quantidade de memória e o processador instalado na má‐
quina.
Grupos de Aplicativos
Pode-se criar divisões e grupos para unir programas
Windows 8
parecidos. Isso pode ser feito várias vezes e os grupos po‐
É o sistema operacional da Microsoft que substituiu o
dem ser renomeados.
Windows 7 em tablets, computadores, notebooks, celula‐
res, etc. Ele trouxe diversas mudanças, principalmente no
Visualizar as pastas
layout, que acabou surpreendendo milhares de usuários
A interface do programas no computador podem ser
acostumados com o antigo visual desse sistema.
vistos de maneira horizontal com painéis dispostos lado a
A tela inicial completamente alterada foi a mudança
lado. Para passar de um painel para outro é necessário usar
que mais impactou os usuários. Nela encontra-se todas as
a barra de rolagem que fica no rodapé.
aplicações do computador que ficavam no Menu Iniciar e
também é possível visualizar previsão do tempo, cotação
Compartilhar e Receber
da bolsa, etc. O usuário tem que organizar as pequenas
Comando utilizado para compartilhar conteúdo, enviar
miniaturas que aparecem em sua tela inicial para ter acesso
uma foto, etc. Tecle Windows + C, clique na opção Com‐
aos programas que mais utiliza.
partilhar e depois escolha qual meio vai usar. Há também a
Caso você fique perdido no novo sistema ou dentro de
opção Dispositivo que é usada para receber e enviar con‐
uma pasta, clique com o botão direito e irá aparecer um
teúdos de aparelhos conectados ao computador.
painel no rodapé da tela. Caso você esteja utilizando uma
das pastas e não encontre algum comando, clique com o
Alternar Tarefas
botão direito do mouse para que esse painel apareça.
Com o atalho Alt + Tab, é possível mudar entre os pro‐
A organização de tela do Windows 8 funciona como o
gramas abertos no desktop e os aplicativos novos do SO.
antigo Menu Iniciar e consiste em um mosaico com ima‐
Com o atalho Windows + Tab é possível abrir uma lista na
gens animadas. Cada mosaico representa um aplicativo lateral esquerda que mostra os aplicativos modernos.
que está instalado no computador. Os atalhos dessa área

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CONHECIMENTOS GERAIS

Telas Lado a Lado O Windows 10 é disponibilizado nas seguintes versões


Esse sistema operacional não trabalha com o concei‐ (com destaque para as duas primeiras):
to de janelas, mas o usuário pode usar dois programas ao Windows 10 – É a versão de “entrada” do Windows 10,
mesmo tempo. É indicado para quem precisa acompanhar que possui a maioria dos recursos do sistema. É voltada
o Facebook e o Twitter, pois ocupa ¼ da tela do computa‐ para Desktops e Laptops, incluindo o tablete Microsoft Sur‐
dor. face 3.
Windows 10 Pro – Além dos recursos da versão de en‐
Visualizar Imagens trada, fornece proteção de dados avançada e criptografa‐
O sistema operacional agora faz com que cada vez que da  com o BitLocker, permite a hospedagem de uma  Co‐
você clica em uma figura, um programa específico abre e nexão de Área de Trabalho Remota em um computador,
isso pode deixar seu sistema lento. Para alterar isso é preci‐ trabalhar com máquinas virtuais, e permite o ingresso em
so ir em Programas – Programas Default – Selecionar Win‐ um domínio para realizar conexões a uma rede corporativa.
dows Photo Viewer e marcar a caixa Set this Program as Windows 10 Enterprise – Baseada na versão 10 Pro, é
Default. disponibilizada por meio do Licenciamento por Volume,
voltado a empresas.
Imagem e Senha Windows 10 Education – Baseada na versão Enterpri‐
O usuário pode utilizar uma imagem como senha ao se, é destinada a atender as necessidades do meio educa‐
invés de escolher uma senha digitada. Para fazer isso, aces‐ cional. Também tem seu método de distribuição baseado
se a Charm Bar, selecione a opção Settings e logo em se‐ através da versão acadêmica de licenciamento de volume.
guida clique em More PC settings. Acesse a opção Usuários Windows 10 Mobile  – Embora o Windows 10 tente
e depois clique na opção “Criar uma senha com imagem”. vender seu nome fantasia como um sistema operacional
Em seguida, o computador pedirá para você colocar sua único, os smartphones com o Windows 10 possuem uma
senha e redirecionará para uma tela com um pequeno tex‐ versão específica do sistema operacional compatível com
to e dando a opção para escolher uma foto. Escolha uma tais dispositivos.
imagem no seu computador e verifique se a imagem está Windows 10 Mobile Enterprise – Projetado para smart‐
correta clicando em “Use this Picture”. Você terá que dese‐ phones e tablets do setor corporativo. Também estará dis‐
nhar três formas em touch ou com o mouse: uma linha reta, ponível através do Licenciamento por Volume, oferecendo
um círculo e um ponto. Depois, finalize o processo e sua as mesmas vantagens do Windows 10 Mobile com funcio‐
senha estará pronta. Na próxima vez, repita os movimentos nalidades direcionadas para o mercado corporativo.
para acessar seu computador. Windows 10 IoT Core – IoT vem da expressão “Internet
das Coisas” (Internet ofThings). A Microsoft anunciou que
Internet Explorer no Windows 8 haverá edições do Windows 10 baseadas no Enterprise e
Se você clicar no quadrinho Internet Explorer da página Mobile Enterprise destinados a dispositivos como caixas
inicial, você terá acesso ao software sem a barra de ferra‐ eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de
mentas e menus. atendimento para o varejo e robôs industriais. Essa versão
IoT Core será destinada para dispositivos pequenos e de
Windows 10 baixo custo.
O Windows 10 é uma atualização do Windows 8 que Para as versões mais populares (10 e 10 Pro), a Micro‐
veio para tentar manter o monopólio da Microsoft no mun‐ soft indica como requisitos básicos dos computadores:
do dos Sistemas Operacionais, uma das suas missões é fi‐ • Processador de 1 Ghz ou superior;
car com um visual mais de smart e touch. • 1 GB de RAM (para 32bits); 2GB de RAM (para
64bits);
• Até 20GB de espaço disponível em disco rígido;
• Placa de vídeo com resolução de tela de 800×600
ou maior.

Linux

O Linux é um sistema operacional inicialmente basea‐


do em comandos, mas que vem desenvolvendo ambientes
gráficos de estruturas e uso similares ao do Windows. Ape‐
sar desses ambientes gráficos serem cada vez mais adota‐
dos, os comandos do Linux ainda são largamente emprega‐
dos, sendo importante seu conhecimento e estudo.
Outro termo muito usado quando tratamos do Linux é
Figura 77: Tela do Windows 10 o kernel, que é uma parte do sistema operacional que faz a
ligação entre software e máquina, é a camada de software
mais próxima do hardware, considerado o núcleo do sis‐
tema. O Linux teve início com o desenvolvimento de um

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CONHECIMENTOS GERAIS

pequeno kernel, desenvolvido por Linus Torvalds, em 1991, cd <pasta> – vai para a pasta especificada. exemplo: cd
quando era apenas um estudante finlandês. Ao kernel que /usr/bin/
Linus desenvolveu, deu o nome de Linux. Como o kernel é ca‐ -chfn - altera informação relativa a um utilizador
paz de fazer gerenciamentos primários básicos e essenciais -chmod - altera as permissões de arquivos ou diretórios.
para o funcionamento da máquina, foi necessário desenvol‐ É um comando para manipulação de arquivos e diretórios
ver módulos específicos para atender várias necessidades, que muda as permissões para acesso àqueles. por exemplo,
como por exemplo um módulo capaz de utilizar uma placa um diretório que poderia ser de escrita e leitura, pode pas‐
de rede ou de vídeo lançada no mercado ou até uma in‐ sar a ser apenas leitura, impedindo que seu conteúdo seja
terface gráfica como a que usamos no Windows. alterado.
Uma forma de atender a necessidade de comunicação -chown - altera a propriedade de arquivos e pastas
entre ker- nel e aplicativo é a chamada do sistema (System (dono)
Call), que é uma interface entre um aplicativo de espaço de -clear – limpa a tela do terminal
usuário e um serviço que o kernel fornece. -cmd>>txt - adiciona o resultado do comando (cmd) ao
Como o serviço é fornecido no kernel, uma chamada di‐ fim do arquivo (txt)
reta não pode ser executada; em vez disso, você deve utilizar -cp - copia diretórios ‘cp -r’ copia recursivamente
um processo de cruzamento do limite de espaço do usuário/ -df - reporta o uso do espaço em disco do sistema de
kernel. arquivos
No Linux também existem diferentes run levels de ope‐ -dig - testa a configuração do servidor DNs
ração. O run level de uma inicialização padrão é o de nú‐ -dmesg - exibe as mensagens da inicialização (log)
mero 2. -du - exibe estado de ocupação dos discos/partições
Como o Linux também é conhecido por ser um sistema -du -msh - mostra o tamanho do diretório em mega‐
operacional que ainda usa muitos comandos digitados, não bytes
poderíamos deixar de falar sobre o Shell, que é justamente -env - mostra variáveis do sistema
o programa que permite ao usuário digitar comandos que -exit – sair do terminal ou de uma sessão de root.
sejam inteligíveis pelo sistema operacional e executem fun‐ -/etc – É o diretório onde ficam os arquivos de configu‐
ções. ração do sistema
No MS DOS, por exemplo, o Shell era o command.com, -/etc/skel – É o diretório onde fica o padrão de arquivos
através do qual podíamos usar comandos como o dir, cd para o diretório Home de novos usuários.
e outros. No Linux, o Shell mais usado é o Bash, que, para -fdisk -l – mostra a lista de partições.
usuários comuns, aparece com o símbolo $, e para o root, -find - comando de busca ex: find ~/ -cmin -3
aparece como símbolo #. -find – busca arquivos no disco rígido.
Temos também os termos usuário e superusuário. En‐ -halt -p – desligar o computador.
quanto ao usuário é dada a permissão de utilização de -head - mostra as primeiras 10 linhas de um arquivo
comandos simples, ao superusuário é permitido configurar -history – mostra o histórico de comandos dados no
quais comandos os usuários po- dem usar, se eles podem terminal.
apenas ver ou também alterar e gravar dire- tórios, ou seja, -ifconfig - mostra as interfaces de redes ativas e as infor-
ele atua como o administrador do sistema. O diretório pa‐ mações relacionadas a cada uma delas
drão que contém os programas utilizados pelo superusuário -iptraf - analisador de tráfego da rede com interface
para o gerenciamento e a manutenção do sistema é o /sbin. gráfica baseada em diálogos
/bin - Comandos utilizados durante o boot e por usuá‐ -kill - manda um sinal para um processo. Os sinais sIG-
rios comuns. TErm e sIGKILL encerram o processo.
/sbin - Como os comandos do /bin, só que não são -kill -9 xxx – mata o processo de número xxx.
utilizados pelos usuários comuns. -killall - manda um sinal para todos os processos.
Por esse motivo, o diretório sbin é chamado de superu‐ -less - mostra o conteúdo de um arquivo de texto com
suário, pois existem comandos que só podem ser utilizados controle
nesse diretório. É como se quem estivesse no diretório sbin -ls - listar o conteúdo do diretório
fosse o administrador do sistema, com permissões especiais -ls -alh - mostra o conteúdo detalhado do diretório
de inclusões, exclusões e alterações. -ls –ltr - mostra os arquivos no formado longo (l) em or‐
dem inversa (r) de data (t)
Comandos básicos -man - mostra informações sobre um comando
Iniciaremos agora o estudo sobre vários comandos que -mkdir - cria um diretório. É um comando utilizado na raiz
podemos usar no Shell do Linux: do Linux para a criação de novos diretórios.
-addgroup - adiciona grupos
-adduser - adiciona usuários
-apropos - realiza pesquisa por palavra ou string
-cat - mostra o conteúdo de um arquivo binário ou texto
-cd - entra num diretório (exemplo: cd docs) ou retorna
para home

27
CONHECIMENTOS GERAIS

Na imagem a seguir, no prompt ftp, foi criado o diretório -su - troca para o superusuário root (é exigida a senha)
chamado “myfolder”. -su user - troca para o usuário especificado em ‘user’ (é
exigida a senha)
-tac - semelhante ao cat, mas inverte a ordem
-tail - o comando tail mostra as últimas linhas de um ar‐
quivo texto, tendo como padrão as 10 últimas linhas. Sua sin‐
taxe é: tail nome_do_arquivo. Ele pode ser acrescentado de al‐
guns parâmetros como o -n que mostra o [numero] de linhas
do final do arquivo; o – c [numero] que mostra o [numero] de
bytes do final do arquivo e o – f que exibe continuamente os
dados do final do arquivo à medida que são acrescentados.
-tcpdump sniffer - sniffer é uma ferramenta que “ouve”
os pacotes
-top – mostra os processos do sistema e dados do pro‐
cessador.
-touch touch foo.txt - cria um arquivo foo.txt vazio; tam‐
bém altera data e hora de modificação para agora
Figura 22: Prompt “ftp” -traceroute - traça uma rota do host local até o destino
mostrando os roteadores intermediários
-mount – montar partições em algum lugar do sistema. -umount – desmontar partições.
-mtr - mostra rota até determinado IP -uname -a – informações sobre o sistema operacional
-mv - move ou renomeia arquivos e diretórios -userdel - remove usuários
-nano – editor de textos básico. -vi - editor de ficheiros de texto
-nfs - sistema de arquivos nativo do sistema operacional -vim - versão melhorada do editor supracitado
Linux, para o compartilhamento de recursos pela rede -which - mostra qual arquivo binário está sendo chama‐
-netstat - exibe as portas e protocolos abertos no sistema. do pelo shell quando chamado via linha de comando
-nmap - lista as portas de sistemas remotos/locais atrás -who - informa quem está logado no sistema
de portas abertas.
-nslookup - consultas a serviços DNs Não são só comandos digitados via teclado que pode‐
-ntsysv - exibe e configura os processos de inicialização mos executar no Linux. Várias versões foram desenvolvidas
-passwd - modifica senha (password) de usuários e o kernel evoluiu muito. Sobre ele rodam as mais diversas
-ps - mostra os processos correntes interfaces gráficas, baseadas principalmente no servidor de
-ps –aux - mostra todos os processos correntes no siste‐ janelas XFree. Entre as mais de vinte interfaces gráficas criadas
ma para o Linux, vamos citar o KDE.
-ps -e – lista os processos abertos no sistema.
-pwd - exibe o local do diretório atual. o prompt padrão
do Linux exibe apenas o último nome do caminho do diretório
atual. para exibir o caminho completo do diretório atual digite
o comando pwd. Linux@fedora11 – é a versão do Linux que
está sendo usada. help pwd – é o comando que nos mostrará
o conteúdo da ajuda sobre o pwd. A informação do help nos
mostra-nos que pwd imprime o nome do diretório atual.
-reboot – reiniciar o computador.
-recode - recodifica um arquivo ex: recode iso-8859-15..
utf8 file_to_change.txt
-rm - remoção de arquivos (também remove diretórios)
-rm -rf - exclui um diretório e todo o seu conteúdo
-rmdir - exclui um diretório (se estiver vazio)
-route - mostra as informações referentes às rotas Figura 23: Menu K, na versão Suse – imagem obtida de
-shutdown -r now – reiniciar o computador http://pt.wikibooks. org/wiki/Linux_para_iniciantes/A_inter‐
-split - divide um arquivo face_gr%C3%A1fica_KDE
-smbpasswd - No sistema operacional Linux, na ver‐
são samba, smbpasswd permite ao usuário alterar sua senha Um dos motivos que ainda desestimula várias pessoas a
criptografada smb que é armazenada no arquivo smbpasswd adotarem o Linux como seu sistema operacional é a quanti‐
(normalmente no diretório privado sob a hierarquia de dire‐ dade de programas compatíveis com ele, o que vem sendo
tórios do samba). os usuários comuns só podem executar o solucionado com o passar do tempo. Sua interface familiar,
comando sem opções. Ele os levará para que sua senha velha semelhante ao do Windows, tem ajudado a aumentar os
smb seja digitada e, em seguida, pedir-lhes sua nova senha adeptos ao Linux.
duas vezes, para garantir que a senha foi digitada correta‐ Distribuição Linux é um sistema operacional que utiliza
mente. Nenhuma senha será mostrada na tela enquanto está o núcleo (kernel) do Linux e outros softwares. Existem várias
sendo digitada.

28
CONHECIMENTOS GERAIS

versões do Linux (comerciais ou não): Ubuntu, Debian, Fe‐ O gerenciamento de arquivos e diretórios, ou seja, co‐
dora, etc. Cada uma com suas vantagens e desvantagens. O piar, mover, recortar e colar pode ser feito, julgando que esta‐
que torna a escolha de uma distribuição bem pessoal. mos usando o Nautilus, da seguinte forma:
Distribuições são criadas, normalmente, para atender - Copiar: clique com o botão direito do mouse sobre o
razões específicas. Por exemplo, existem distribuições para arquivo ou diretório. O conteúdo será movido para a área de
rodar em servidores, redes - onde a segurança é prioridade transferência, mas o original permanecerá no local.
- e, também, computadores pessoais. - Recortar: clique com o botão direito do mouse sobre o
Assim, não é possível dizer qual é a melhor distribuição. arquivo ou diretório. O conteúdo será movido para a área de
Pois, depende da finalidade do seu computador. transferência, sendo removido do seu local de origem.
- Colar: clique com o botão direito do mouse no local de‐
Sistema de arquivos: organização e gerenciamento sejado e depois em colar. O conteúdo da área de transferência
de arquivos, diretórios e permissões no Linux será colado.
Outra forma é deixar a janela do local de origem do ar‐
quivo aberta e abrir outra com o local de destino. Pressionar o
Dependendo da versão do Linux é possível encontrar
botão esquerdo do mouse sobre o arquivo desejado e movê-lo
gerencia- dores de arquivos diferentes. Por exemplo, no Li‐
para o destino.
nux Ubuntu, encontramos o Nautilus, que permite a cópia,
recorte, colagem, movimentação e organização dos arqui‐ Instalar, remover e atualizar programas
vos e pastas. No Linux, vale lembrar que os dispositivos de
armazenamento não são nomeados por letras. Para instalar ou remover um programa, considerando o Li‐
Por exemplo, no Windows, se você possui um HD na nux Ubuntu, podemos utilizar a ferramenta Adicionar/Remover
máquina, ele recebe o nome de C. Se possui dois HDs, um Aplicações, que possibilita a busca de drives pela Internet. Esta fer‐
será o C e o outro o E. Já no Linux, tudo fará parte de um ramenta é encontrada no menu Aplicações, Adicionar/Remover.
mesmo sistema da mesma estrutura de pastas. Na parte superior da janela encontramos uma linha de
busca, na qual podemos digitar o termo do aplicativo desejado.
Ao lado da linha de pesquisa temos a configuração de mostrar
apenas os itens suportados pelo Ubuntu.
O lado esquerdo lista todas as categorias de programas.
Quando uma categoria é selecionada sua descrição é mostrada
na parte de baixo da janela. Como exemplos de categorias po‐
demos citar: Acessórios, Educacionais, Jogos, Gráficos, Internet,
entre outros.

Manipulação de hardware e dispositivos

A manipulação de hardware e dispositivos pode ser feita


no menu Locais, Computador, através do qual acessamos a
Figura 24: Linux – Fonte: O Livro Oficial do Ubuntu lista de dispositivos em execução. A maioria dos dispositivos
de hardware instalados no Linux Ubuntu são simplesmente
As principais pastas do Linux são: instalados. Quando se trata de um pen drive, após sua co‐
nexão física, aparecerá uma janela do gerenciador de arquivos
/etc - possui os arquivos gerais de configuração do sis‐
exibindo o conteúdo do dispositivo. É importante, porém, lem‐
tema e dos
brar-se de desmontar corretamente os dispositivos de armaze‐
programas instalados.
namento e outros antes de encerrar seu uso. No caso do pen
/home – cada conta de usuário possui um diretório salvo drive, podemos clicar com o botão direito do mouse sobre o
na pasta home. ícone localizado na área de trabalho e depois em Desmontar.
/boot – arquivos de carregamento do sistema, incluin‐
do configuração do gerenciador de boot e o kernel. Agendamento de tarefas
/dev – onde ficam as entradas das placas de dispositi‐
vos como rede, som, impressoras. O agendamento de tarefas no Linux Ubuntu é realizado
/lib – bibliotecas do sistema. pelo agendador de tarefas chamado cron, que permite estipu‐
/media – possui a instalação de dispositivos como drive lar horários e intervalos para que tarefas sejam executadas. Ele
de CD, pen drives e outros. permite detalhar comandos, data e hora que ficam em um
/opt – usado por desenvolvedores de programas. arquivo chamado crontab, arquivo de texto que armazena
/proc – armazena informações sobre o estado atual do a lista de comandos a serem aciona- dos no horário e data
sistema. estipulados.
/root – diretório do superusuário.

29
CONHECIMENTOS GERAIS

Administração de usuários e grupos no Linux Backup

Antes de iniciarmos, entendamos dois termos: Comandos básicos para backups


- superusuário: é o administrador do sistema. Ele tem tar agrupa vários arquivos em somente um.
acesso e permissão para executar todos os comandos. compress faz a compressão de arquivos padrão do
- usuário comum: tem as permissões configuradas pelo Unix.
superusuário para o grupo em que se encontra. uncompress descomprime arquivos compactados
Um usuário pode fazer parte de vários grupos e um grupo pelo com- press.
pode ter vários usuários. Dessa forma, podemos atribuir per‐ zcat permite visualizar arquivos compactados pelo
missões aos grupos e colocar o usuário que desejamos que compress.
tenha determinada permissão no grupo correspondente.

Comandos básicos para grupos

- Para criar grupos: sudo groupadd nomegrupo


- Para criar um usuário no grupo: sudo useradd –g no‐
megrupo nomeusuario
- Definir senha para o usuário: sudo password nomeu‐
suario
- Remover usuário do sistema: sudo userdel nomeusua‐
rio

Permissões no Linux

Vale lembrar que apenas o superusuário (root) tem


acesso irrestrito aos conteúdos do sistema. Os outros de‐
pendem de sua permissão para executar comandos. As
permissões podem ser sobre tipo do arquivo, permissões Figura 25: Centro de controle do KDE imagem obtida
do proprietário, permissões do grupo e permissões para os de http://
outros usuários. pt.wikibooks.org/wiki/Linux_para_iniciantes/A_interfa‐
Diretórios são designados com a letra ‘d’ e arquivos co‐ ce_
muns com o ‘-‘. gr%C3%A1fica_KDE
Alguns dos comandos utilizados em permissões são:
ls – l Lista diretórios e suas permissões rw- permissões Como no Painel de controle do Windows, temos o cen‐
do proprietário do grupo tro de controle do KDE, que nos permite personalizar toda
r- permissões do grupo ao qual o usuário pertence r- a parte gráfica, fontes, temas, ícones, estilos, área de traba‐
-permissão para os outros usuários lho e ainda Internet, periféricos, acessibilidade, segurança
As permissões do Linux são: leitura, escrita e execução. e privacidade, som e configurações para o administrador
- Leitura: (r, de Read) permite que o usuário apenas veja, do sistema.
ou seja, leia o arquivo.
- Gravação, ou escrita: (w, de Write) o usuário pode criar
e alterar arquivos. EDITOR DE TEXTO E EDIÇÃO E FORMATAÇÃO
- Execução: (x, de eXecution) o usuário pode executar DE TEXTOS, PROCESSADOR DE TEXTO
arquivos. (WORD E BROFFICE.ORG WRITER);
Quando a permissão é acompanhada com o ‘-‘, significa
que ela não é atribuída ao usuário.
O Microsoft Word é um processador de texto que cria
Compactação e descompactação de arquivos textos de diversos tipos e estilos, como por exemplo, ofí‐
Comandos básicos para compactação e descompacta‐ cios, relatórios, cartas, enfim, todo conteúdo de texto que
ção de arquivos: atende às necessidades de um usuário doméstico ou de
gunzip [opções] [arquivos] descompacta arquivos uma empresa.
compacta- dos com gzip. O Microsoft Word é o processador de texto integrante
gzexe [opções] [arquivos] compacta executáveis. dos programas Microsoft Office: um conjunto de softwares
gunzip [opções] [arquivos] descompacta arquivos. zcat aplicativos destinados a uso de escritório e usuários do‐
[opções] [arquivos] descompacta arquivos. mésticos, desenvolvidos pela empresa Microsoft.
Os softwares da Microsoft Office são proprietários e
compatíveis com o sistema operacional Windows.

30
CONHECIMENTOS GERAIS

Word 2007
O Word 2007 certamente é um marco nas atualizações, pois ele trouxe a grande novidade das abas, e consequente‐
mente o fim dos menus, e ao clicar em cada aba, abre uma barra de ferramenta pertinente a aquela aba, a figura 29 mostra
a guia início e suas respectivas ferramentas, diferente de antes que tínhamos uma barra de ferramentas fixa. Devido ao cos‐
tume das outras versões no início a versão 2007 foi muito criticada, outra mudança significativa foi a mudança da extensão
do arquivo que passou de DOC para DOCX.

Figura 29: Guia Início do Microsoft Word 2007

Na guia início é onde se encontra a maioria das funções da antiga interface do Microsoft Word. Ou seja, aqui você pode
mudar a fonte, o tamanho dela, modificar o texto selecionado (com negrito, itálico, sublinhado, riscado, sobreposto etc.),
deixar com outra cor, criar tópicos, alterar o espaçamento, mudar o alinhamento e dar estilo. Tudo isso agora é dividido em
grandes painéis.
Definitivamente, a versão do Microsoft Word 2007 trouxe muito mais organização e padrões em relação as ver‐
sões anteriores. Todas as ficaram categorizadas e mais fáceis de encontrar, bastando se acostumar com a interface. 
A melhor parte é que não fica tudo bagunçado, e que as ferramentas mudam conforme as escolhas das abas.

10.3. Word 2010, 2013 e detalhes gerais

Figura 30: Tela do Microsoft Word 2010

31
CONHECIMENTOS GERAIS

As guias foram criadas para serem orientadas por tarefas, já os grupos dentro de cada guia criam subtarefas para as
tarefas, e os botões de comando em cada grupo possui um comando.
As extensões são fundamentais, desde a versão 2007 passou a ser DOCX, mas vamos analisar outras extensões que
podem ser abordadas em questões de concursos na Figura 27.

Figura 31: Extensões de Arquivos ligados ao Word

As guias envolvem grupos e botões de comando, e são organizadas por tarefa. Os Grupos dentro de cada guia que‐
bram uma tarefa em subtarefas. Os Botões de comando em cada grupo possuem um comando ou exibem um menu de
comandos.
Existem guias que vão aparecer apenas quando um determinado objeto aparecer para ser formatado. No exemplo da
imagem, foi selecionada uma figura que pode ser editada com as opções que estiverem nessa guia.

Figura 32: Indicadores de caixa de diálogo

Indicadores de caixa de diálogo – aparecem em alguns grupos para oferecer a abertura rápida da caixa de diálogo do
grupo, contendo mais opções de formatação.

As réguas orientam na criação de tabulações e no ajuste de parágrafos, por exemplo.


Determinam o recuo da primeira linha, o recuo de deslocamento, recuo à esquerda e permitem tabulações esquerda,
direita, centralizada, decimal e barra.
Para ajustar o recuo da primeira linha, após posicionar o cursor do mouse no parágrafo desejado, basta pressionar o
botão esquerdo do mouse sobre o “Recuo da primeira linha” e arrastá-lo pela régua .
Para ajustar o recuo à direita do documento, basta selecionar o parágrafo ou posicionar o cursor após a linha desejada,
pressionar o botão esquerdo do mouse no “Recuo à direita” e arrastá-lo na régua .
Para ajustar o recuo, deslocando o parágrafo da esquerda para a direita, basta selecioná-lo e mover, na régua, como
explicado anteriormente, o “Recuo deslocado” .
Podemos também usar o recurso “Recuo à esquerda”, que move para a esquerda, tanto a primeira linha quanto o res‐
tante do parágrafo selecionado .
Com a régua, podemos criar tabulações, ou seja, determinar onde o cursor do mouse vai parar quando pressionarmos
a tecla Tab.

Figura 33: Réguas

32
CONHECIMENTOS GERAIS

Grupo edição:

Permite localizar palavras em um documento, substituir palavras localizadas por outras ou aplicar formatações e sele‐
cionar textos e objetos no documento.
Para localizar uma palavra no texto, basta clicar no ícone Localizar , digitar a palavra na linha do localizar e clicar no
botão Localizar Próxima.
A cada clique será localizada a próxima palavra digitada no texto. Temos também como realçar a palavra que deseja‐
mos localizar para facilitar a visualizar da palavra localizada.
Na janela também temos o botão “Mais”. Neste botão, temos, entre outras, as opções:
- Diferenciar maiúscula e minúscula: procura a palavra digitada na forma que foi digitada, ou seja, se foi digitada em
minúscula, será localizada apenas a palavra minúscula e, se foi digitada em maiúscula, será localizada apenas e palavra
maiúscula.
- Localizar palavras inteiras: localiza apenas a palavra exatamente como foi digitada. Por exemplo, se tentarmos localizar
a palavra casa e no texto tiver a palavra casaco, a parte “casa” da palavra casaco será localizada, se essa opção não estiver
marcada. Marcando essa opção, apenas a palavra casa, completa, será localizada.
- Usar caracteres curinga: com esta opção marcada, usamos caracteres especiais. Por exemplo, é possível usar o carac‐
tere curinga asterisco (*) para procurar uma sequência de caracteres (por exemplo, “t*o” localiza “tristonho” e “término”).

Veja a lista de caracteres que são considerados curinga, retirada do site do Microsoft Office:

Para localizar digite exemplo


Qualquer caractere único s?o localiza salvo e sonho.
?
Qualquer sequência de caracteres * t*o localiza tristonho e término.
O início de uma palavra < <(org) localiza
organizar e organização,
mas não localiza desorganizado.
O final de uma palavra > (do)> localiza medo e cedo, mas não localiza
domínio.
Um dos caracteres [] v[ie]r localiza vir e ver
especificados
Qualquer caractere único neste intervalo [-] [r-t]ã localiza rã e sã.
Os intervalos devem estar em ordem crescente.
Qualquer caractere único, exceto os [!x-z] F[!a-m]rro localiza forro, mas não localiza ferro.
caracteres no intervalo entre colchetes
Exatamente n ocorrências do caractere {n} ca{2}tinga localiza caatinga, mas não catinga.
ou expressão anterior
Pelo menos n ocorrências do caractere {n,} ca{1,}tinga localiza catinga e caatinga.
ou expressão anterior
De n a m ocorrências do {n,m} 10{1,3} localiza 10,
caractere ou expressão anterior 100 e 1000.
Uma ou mais ocorrências do caractere @ ca@tinga localiza
ou expressão anterior catinga e caatinga.

O grupo tabela é muito utilizado em editores de texto, como por exemplo a definição de estilos da tabela.

Figura 34: Estilos de Tabela

33
CONHECIMENTOS GERAIS

Fornece estilos predefinidos de tabela, com formata‐ Grupo Ilustrações:


ções de cores de células, linhas, colunas, bordas, fontes e
demais itens presentes na mesma. Além de escolher um es‐
tilo predefinido, podemos alterar a formatação do sombrea‐
mento e das bordas da tabela.
Com essa opção, podemos alterar o estilo da borda, a
sua espessura, desenhar uma tabela ou apagar partes de
uma tabela criada e alterar a cor da caneta e ainda, clican‐
do no “Escolher entre várias opções de borda”, para exibir a
seguinte tela:

Figura 36: Grupo Ilustrações

1 – Inserir imagem do arquivo: permite inserir no teto


uma imagem que esteja salva no computador ou em outra
mídia, como pendrive ou CD.
2 – Clip-art: insere no arquivo imagens e figuras
que se encontram na galeria de imagens do Word.
3 – Formas: insere formas básicas como setas, cubos,
elipses e outras.
4 – SmartArt: insere elementos gráficos para comu‐
nicar informações visualmente.
5 – Gráfico: insere gráficos para ilustrar e comparar dados.

Figura 35: Bordas e sombreamento Grupo Links:


Inserir hyperlink: cria um link para uma página da Web,
Na janela Bordas e sombreamento, no campo “Defini‐ uma imagem, um e – mail. Indicador: cria um indicador
ção”, escolhemos como será a borda da nossa tabela: para atribuir um nome a um ponto do texto. Esse indicador
- Nenhuma: retira a borda; pode se tornar um link dentro do próprio documento.
- Caixa: contorna a tabela com uma borda tipo caixa; Referência cruzada: referência tabelas.
- Todas: aplica bordas externas e internas na tabela
iguais, conforme a seleção que fizermos nos demais campos Grupo cabeçalho e rodapé:
de opção; Insere cabeçalhos, rodapés e números de páginas.
- Grade: aplica a borda escolhida nas demais opções da
janela (como estilo, por exemplo) ao redor da tabela e as Grupo texto:
bordas internas permanecem iguais.
- Estilo: permite escolher um estilo para as bordas da
tabela, uma cor e uma largura.
- Visualização: através desse recurso, podemos definir
bordas diferentes para uma mesma tabela. Por exemplo, po‐
demos escolher um estilo e, em visualização, clicar na borda
superior; escolher outro estilo e clicar na borda inferior; e as‐
sim colocar em cada borda um tipo diferente de estilo, com
cores e espessuras diferentes, se assim desejarmos.
A guia “Borda da Página”, desta janela, nos traz recursos
semelhantes aos que vimos na Guia Bordas. A diferença é
que se trata de criar bordas na página de um documento e Figura 37: Grupo Texto
não em uma tabela.
Outra opção diferente nesta guia, é o item Arte. Com 1 – Caixa de texto: insere caixas de texto pré-formata‐
ele, podemos decorar nossa página com uma borda que en‐ das. As caixas de texto são espaços próprios para inserção
volve vários tipos de desenhos. de textos que podem ser direcionados exatamente onde
Alguns desses desenhos podem ser formatados precisamos. Por exemplo, na figura “Grupo Texto”, os nú‐
com cores de linhas diferentes, outros, porém não permitem meros ao redor da figura, do 1 até o 7, foram adicionados
outras formatações a não ser o ajuste da largura. através de caixas de texto.
Podemos aplicar as formatações de bordas da página 2 – Partes rápidas: insere trechos de conteúdos reutilizá‐
no documento todo ou apenas nas sessões que desejarmos, veis, incluindo campos, propriedades de documentos como
tendo assim um mesmo documento com bordas em uma autor ou quaisquer fragmentos de texto pré-formado.
página, sem bordas em outras ou até mesmo bordas de pá‐ 3 – Linha de assinatura: insere uma linha que serve
gina diferentes em um mesmo documento. como base para a assinatura de um documento.

34
CONHECIMENTOS GERAIS

4 – Data e hora: insere a data e a hora atuais no docu‐


mento.
5 – Insere objeto: insere um objeto incorporado.
6 – Capitular: insere uma letra maiúscula grande no iní‐
cio de cada parágrafo. É uma opção de formatação decora‐
tiva, muito usada principalmente, em livros e revistas. Para
inserir a letra capitular, basta clicar no parágrafo desejado e
depois na opção “Letra Capitular”. Veja o exemplo:

Neste parágrafo foi inserida a letra capitular

Guia revisão:

Grupo revisão de texto:

Figura 39: Verificar ortografia e gramática

Figura 38: Grupo revisão de texto A verificação ortográfica e gramatical do Word, já bus‐
ca trechos do texto ou palavras que não se enquadrem
1 – Pesquisar: abre o painel de tarefas viabilizando pes‐ no perfil de seus dicionários ou regras gramaticais e or‐
quisas em materiais de referência como jornais, enciclopé‐ tográficas. Na parte de cima da janela “Verificar ortografia
dias e serviços de tradução. e gramática”, aparecerá o trecho do texto ou palavra con‐
2 – Dica de tela de tradução: pausando o cursor sobre siderada inadequada. Em baixo, aparecerão as sugestões.
algumas palavras é possível realizar sua tradução para ou‐ Caso esteja correto e a sugestão do Word não se aplique,
tro idioma. podemos clicar em “Ignorar uma vez”; caso a regra apre‐
3 – Definir idioma: define o idioma usado para realizar sentada esteja incorreta ou não se aplique ao trecho do
a correção de ortografia e gramática. texto selecionado, podemos clicar em “Ignorar regra”; caso
4 – Contar palavras: possibilita contar as palavras, os a sugestão do Word seja adequada, clicamos em “Alterar” e
caracteres, parágrafos e linhas de um documento. podemos continuar a verificação de ortografia e gramática
5 – Dicionário de sinônimos: oferece a opção de alte‐ clicando no botão “Próxima sentença”.
rar a palavra selecionada por outra de significado igual ou Se tivermos uma palavra sublinhada em vermelho, indi‐
semelhante. cando que o Word a considera incorreta, podemos apenas
6 – Traduzir: faz a tradução do texto selecionado para clicar com o botão direito do mouse sobre ela e verificar se
outro idioma. uma das sugestões propostas se enquadra.
7 – Ortografia e gramática: faz a correção ortográfica Por exemplo, a palavra informática. Se clicarmos com
e gramatical do documento. Assim que clicamos na opção o botão direito do mouse sobre ela, um menu suspenso
“Ortografia e gramática”, a seguinte tela será aberta: nos será mostrado, nos dando a opção de escolher a pala‐
vra informática. Clicando sobre ela, a palavra do texto será
substituída e o texto ficará correto.

Grupo comentário:

Novo comentário: adiciona um pequeno texto que ser‐


ve como comentário do texto selecionado, onde é possível
realizar exclusão e navegação entre os comentários.

35
CONHECIMENTOS GERAIS

Grupo controle:

Figura 40: Grupo controle

1 – Controlar alterações: controla todas as alterações


feitas no documento como formatações, inclusões, exclu‐
sões e alterações.
2 – Balões: permite escolher a forma de visualizar as
alterações feitas no documento com balões no próprio do‐
cumento ou na margem.
3 – Exibir para revisão: permite escolher a forma de exi‐
bir as alterações aplicadas no documento.
4 – Mostrar marcações: permite escolher o tipo de mar‐
cação a ser exibido ou ocultado no documento.
5 – Painel de revisão: mostra as revisões em uma tela
separada.

Grupo alterações:

Figura 42: Imprimir

As opções que temos antes de imprimir um arquivo es‐


tão exibidas na imagem acima. Podemos escolher a impres‐
sora, caso haja mais de uma instalada no computador ou
na rede, configurar as propriedades da impressora, podendo
estipular se a impressão será em alta qualidade, econômica,
Figura 41: Grupo alterações tom de cinza, preto e branca, entre outras opções.
Escolhemos também o intervalo de páginas, ou seja,
1 – Rejeitar: rejeita a alteração atual e passa para a pró‐ se desejamos imprimir todo o documento, apenas a pá‐
xima alteração proposta. gina atual (página em que está o ponto de inserção), ou
2 – Anterior: navega até a revisão anterior para que seja um intervalo de páginas. Podemos determinar o número
aceita ou rejeitada. de cópias e a forma como as páginas sairão na impressão.
3 – Próximo: navega até a próxima revisão para que Por exemplo, se forem duas cópias, determinamos se sai‐
possa ser rejeitada ou aceita. rão primeiro todas as páginas de número 1, depois as de
4 – Aceitar: aceita a alteração atual e continua a nave‐ número 2, assim por diante, ou se desejamos que a segun‐
gação para aceitação ou rejeição. da cópia só saia depois que todas as páginas da primeira
forem impressas.
Para imprimir nosso documento, basta clicar no botão
do Office e posicionar o mouse sobre o ícone “Imprimir”. Word 2013
Este procedimento nos dará as seguintes opções: Vejamos abaixo alguns novos itens implementados na
- Imprimir – onde podemos selecionar uma impresso‐ plataforma Word 2013:
ra, o número de cópias e outras opções de configuração Modo de leitura: o usuário que utiliza o software para
antes de imprimir. a leitura de documentos perceberá rapidamente a diferen‐
- Impressão Rápida – envia o documento diretamente ça, pois seu novo Modo de Leitura conta com um método
para a impressora configurada como padrão e não abre que abre o arquivo automaticamente no formato de tela
opções de configuração. cheia, ocultando as barras de ferramentas, edição e forma‐
- Visualização da Impressão – promove a exibição do tação. Além de utilizar a setas do teclado (ou o toque do
documento na forma como ficará impresso, para que pos‐ dedo nas telas sensíveis ao toque) para a troca e rolagem
samos realizar alterações, caso necessário. da página durante a leitura, basta o usuário dar um duplo

36
CONHECIMENTOS GERAIS

clique sobre uma imagem, tabela ou gráfico e o mesmo será ampliado, facilitando sua visualização. Como se não bastasse,
clicando com o botão direito do mouse sobre uma palavra desconhecida, é possível ver sua definição através do dicionário
integrado do Word.
Documentos em PDF: agora é possível editar um documento PDF no Word, sem necessitar recorrer ao Adobe Acro‐
bat. Em seu novo formato, o Word é capaz de converter o arquivo em uma extensão padrão e, depois de editado, salvá-lo
novamente no formato original. Esta façanha, contudo, passou a ser de extensa utilização, pois o uso de arquivos PDF está
sendo cada vez mais corriqueiro no ambiente virtual.
Interação de maneira simplificada: o Word trata normalmente a colaboração de outras pessoas na criação de um do‐
cumento, ou seja, os comentários realizados neste, como se cada um fosse um novo tópico. Com o Word 2013 é possível
responder diretamente o comentário de outra pessoa clicando no ícone de uma folha, presente no campo de leitura do
mesmo. Esta interação de usuários, realizada através dos comentários, aparece em forma de pequenos balões à margem
documento.
Compartilhamento Online:  compartilhar seus documentos com diversos usuários e até mesmo enviá-lo por e-mail
tornou-se um grande diferencial da nova plataforma Office 2013. O responsável por esta apresentação online é o Office
Presentation Service, porém, para isso, você precisa estar logado em uma Conta Microsoft para acessá-lo. Ao terminar o
arquivo, basta clicar em Arquivo / Compartilhar / Apresentar Online / Apresentar Online e o mesmo será enviado para a
nuvem e, com isso, você irá receber um link onde poderá compartilhá-lo também por e-mail, permitindo aos demais usuá‐
rios baixá-lo em formato PDF.
Ocultar títulos em um documento: apontado como uma dificuldade por grande parte dos usuários, a rolagem e edi‐
ção de determinadas partes de um arquivo muito extenso, com vários títulos, acabou de se tornar uma tarefa mais fácil e
menos desconfortável. O Word 2013 permite ocultar as seções e/ou títulos do documento, bastando os mesmos estarem
formatados no estilo Títulos (pré-definidos pelo Office). Ao posicionar o mouse sobre o título, é exibida uma espécie de
triângulo a sua esquerda, onde, ao ser clicado, o conteúdo referente a ele será ocultado, bastando repetir a ação para o
mesmo reaparecer.
Enfim, além destas novidades apresentadas existem outras tantas, como um layout totalmente modificado, focado
para a utilização do software em tablets e aparelhos com telas sensíveis ao toque. Esta nova plataforma, também, abre um
amplo leque para a adição de vídeos online e imagens ao documento. Contudo, como forma de assegurar toda esta relação
online de compartilhamento e boas novidades, a Microsoft adotou novos mecanismos de segurança para seus aplicativos,
retornando mais tranquilidade para seus usuários.
O grande trunfo do Office 2013 é sua integração com a nuvem. Do armazenamento de arquivos a redes sociais, os
softwares dessa versão são todos conectados. O ponto de encontro deles é o SkyDrive, o HD na internet da Microsoft. 
A tela de apresentação dos principais programas é ligada ao serviço, oferecendo opções de login, upload e download
de arquivos. Isso permite que um arquivo do Word, por exemplo, seja acessado em vários dispositivos com seu conteúdo
sincronizado. Até a página em que o documento foi fechado pode ser registrada. 
Da mesma maneira, é possível realizar trabalhos em conjunto entre vários usuários. Quem não tem o Office instalado
pode fazer edições na versão online do sistema. Esses e outros contatos podem ser reunidos no Outlook.
As redes sociais também estão disponíveis nos outros programas. É possível fazer buscas de imagens no Bing ou baixar
fotografias do Flickr, por exemplo. Outro serviço de conectividade é o SharePoint, que indica arquivos a serem acessados e
contatos a seguir baseado na atividade do usuário no Office.
O Office 365 é um novo jeito de usar os tão conhecidos softwares do pacote Office da Microsoft. Em vez de comprar
programas como Word, Excel ou PowerPoint, você agora pode fazer uma assinatura e desfrutar desses aplicativos e de
muitos outros no seu computador ou smartphone.
A assinatura ainda traz diversas outras vantagens, como 1 TB de armazenamento na nuvem com o OneDrive, minutos
Skype para fazer ligações para telefones fixos e acesso ao suporte técnico especialista da Microsoft. Tudo isso pagando
uma taxa mensal, o que você já faz para serviços essenciais para o seu dia a dia, como Netflix e Spotify. Porém, aqui estamos
falando da suíte de escritório indispensável para qualquer computador.

Veja abaixo as versões do Office 365

Figura 43: Versões Office 365

37
CONHECIMENTOS GERAIS

10.4. LibreOffice Writer


O LibreOffice (que se chamava BrOffice) é um software livre e de código aberto que foi desenvolvido tendo como base
o OpenOffice. Pode ser instalado em vários sistemas operacionais (Windows, Linux, Solaris, Unix e Mac OS X), ou seja, é
multiplataforma. Os aplicativos dessa suíte são:
• Writer - editor de texto;
• Calc - planilha eletrônica;
• Impress - editor de apresentações;
• Draw - ferramenta de desenho vetorial;
• Base - gerenciador de banco de dados;
• Math - editor de equações matemáticas.

- O LibreOffice trabalha com um formato de padrão aberto chamado Open Document Format for Office Applications
(ODF), que é um formato de arquivo baseado na linguagem XML. Os formatos para Writer, Calc e Impress utilizam o mesmo
“prefixo”, que é “od” de “Open Document”. Dessa forma, o que os diferencia é a última letra. Writer → .odt (Open Docu‐
ment Text); Calc → .ods (Open Document Spreadsheet); e Impress → .odp (Open Document Presentations).
 
Em relação a interface com o usuário, o LibreOffice utiliza o conceito de menus para agrupar as funcionalidades do
aplicativo. Além disso, todos os aplicativos utilizam uma interface semelhante. Veja no exemplo abaixo o aplicativo Writer.
 

Figura 44: Tela do Libreoffice Writer

O LibreOffice permite que o usuário crie tarefas automatizadas que são conhecidas como macros (utilizando a lingua‐
gem LibreOffice Basic). 
O Writer é o editor de texto do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odt (Open Document Text). As prin‐
cipais teclas de atalho do Writer são:
 

38
CONHECIMENTOS GERAIS

Figura 45: Atalhos Word x Writer

PLANILHAS ELETRÔNICAS (EXCEL E


BROFFICE.ORG CALC);

11. Utilização dos editores de planilhas (Microsoft Excel e LibreOffice Calc)


O Excel é uma poderosa planilha eletrônica para gerir e avaliar dados, realizar cálculos simples ou complexos e rastrear
informações. Ao abri-lo, é possível escolher entre iniciar a partir de documento em branco ou permitir que um modelo faça
a maior parte do trabalho por você.
Na tela inicial do Excel, são listados os últimos documentos editados (à esquerda), opção para criar novo documento
em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novos documentos (ao centro).
Ao selecionar a opção de Pasta de Trabalho em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos
elementos básicos apontados na figura 106, e descritos nos tópicos a seguir.

11.2. Excel 2007


Poder utilizar um formato XML padrão para o Office Excel 2007 foi uma das principais mudanças do Excel 2007, além
das mudanças visuais em relações as abas e os grupos de trabalho já citados na versão 2003 do Word
Esse novo formato é o novo formato de arquivo padrão do Office Excel 2007. O Office Excel 2007 usa as seguintes
extensões de nome de arquivo: *.xlsx, *.xlsm *.xlsb, *.xltx, *.xltm e *.xlam. A extensão de nome de arquivo padrão do Office
Excel 2007 é *.xlsx.
Essa alteração permite consideráveis melhoras em: interoperabilidade de dados, montagem de documentos, consulta
de documentos, acesso a dados em documentos, robustez, tamanho do arquivo, transparência e recursos de segurança.

39
CONHECIMENTOS GERAIS

O Excel 2007 permite que os usuários abram pastas de trabalho criadas em versões anteriores do Excel e trabalhem
com elas. Para converter essas pastas de trabalho para o novo formato XML, basta clicar no Botão do Microsoft Office e
clique em Converter Você pode também converter a pasta de trabalho clicando no Botão do Microsoft Office e em Salvar
Como – Pasta de Trabalho do Excel. Observe que o recurso Converter remove a versão anterior do arquivo, enquanto o
recurso Salvar Como deixa a versão anterior do arquivo e cria um arquivo separado para a nova versão.
As melhoras de interface que podem ser destacadas são:
• Economia de tempo, selecionando células, tabelas, gráficos e tabelas dinâmicas em galerias de estilos predefinidos.
• Visualização e alterações de formatação no documento antes de confirmar uma alteração ao usar as galerias de
formatação.
• Uso da formatação condicional para anotar visualmente os dados para fins analíticos e de apresentação.
• Alteração da aparência de tabelas e gráficos em toda a pasta de trabalho para coincidir com o esquema de estilo
ou a cor preferencial usando novos Estilos Rápidos e Temas de Documento.
• Criação de um tema próprio para aplicar de forma consistente as fontes e cores que refletem a marca da empresa
que atua.
• Novos recursos de gráfico que incluem formas tridimensionais, transparência, sombras projetadas e outros efeitos.

Em relação a usabilidade as fórmulas passaram a ser redimensionáveis, sendo possível escrever mais fórmulas com mais
níveis de aninhamento do que nas versões anteriores.
Passou a existir o preenchimento automático de fórmula, auxiliando muito com as sintaxes, as referências estruturadas:
além de referências de célula, como A1 e L1C1, o Office Excel 2007 fornece referências estruturadas que fazem referência a
intervalos nomeados e tabelas em uma fórmula.
Acesso fácil aos intervalos nomeados: usando o gerenciador de nomes do Office Excel 2007, podendo organizar, atua‐
lizar e gerenciar vários intervalos nomeados em um local central, as tabelas dinâmicas são muito mais fáceis de usar do que
nas versões anteriores.
Além do modo de exibição normal e do modo de visualização de quebra de página, o Office Excel 2007 oferece uma
exibição de layout de página para uma melhor experiência de impressão.
A classificação e a filtragem aprimoradas que permitem filtrar dados por cores ou datas, exibir mais de 1.000 itens na
lista suspensa Filtro Automático, selecionar vários itens a filtrar e filtrar dados em tabelas dinâmicas.
O Excel 2007 tem um tamanho maior que permite mais de 16.000 colunas e 1 milhão de linhas por planilha, o número
de referências de célula aumentou de 8.000 para o que a memória suportar, isso ocorre porque o gerenciamento de memó‐
ria foi aumentado de 1 GB de memória no Microsoft Excel 2003 para 2 GB no Excel 2007, permitindo cálculos em planilhas
grandes e com muitas fórmulas, oferecendo inclusive o suporte a vários processadores e chipsets multithread.

11.3. Excel 2010, 2013 e detalhes gerais

 Figura 47: Tela Principal do Excel 2013

40
CONHECIMENTOS GERAIS

Barra de Títulos:
A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da pasta de trabalho na janela. Ao iniciar o programa
aparece Pasta 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.

Faixa de Opções:
Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções. Os coman‐
dos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade e, para
melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

 Figura 48: Faixa de Opções

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido:


A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela e pode ser configurada com os botões de
sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.

 Figura 49: Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Adicionando e Removendo Componentes:


Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de acesso rápido podemos clicar com o botão
direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida uma janela com a opção de Adicionar à
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
mos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. Na janela apre‐
sentada temos várias opções para personalizar a barra, além da opção Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os
comandos do Excel.

 Figura 50: Adicionando componentes à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Para remoção do componente, selecione-o, clique com o botão direito do mouse e escolha Remover da Barra de Fer‐
ramentas de Acesso Rápido.

41
CONHECIMENTOS GERAIS

Barra de Status:
Localizada na parte inferior da tela, a barra de status exibe mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas.
Nela encontramos o recurso de Zoom e os botões de “Modos de Exibição”.

 Figura 51: Barra de Status

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.

 Figura 52: Personalizar Barra de Status

Barras de Rolagem: Nos lados direito e inferior da região de texto estão as barras de rolagem. Clique nas setas para
cima ou para baixo para mover a tela verticalmente, ou para a direita e para a esquerda para mover a tela horizontalmente,
e assim poder visualizar toda a sua planilha.

Planilha de Cálculo: A área quadriculada representa uma planilha de cálculos, onde você fará a inserção de dados e
fórmulas para colher os resultados desejados.
Uma planilha é formada por linhas, colunas e células. As linhas são numeradas (1, 2, 3, etc.) e as colunas nomeadas com
letras (A, B, C, etc.).

 Figura 53: Planilha de Cálculo

42
CONHECIMENTOS GERAIS

Cabeçalho de Coluna: Cada coluna tem um cabeça‐ Cabeçalho de Linha: Cada linha tem também um ca‐
lho, que contém a letra que a identifica. Ao clicar na letra, beçalho, que contém o número que a identifica. Clicando
toda a coluna é selecionada. no cabeçalho de uma linha, esta ficará selecionada.

 Figura 55: Cabeçalho de linha

Célula: As células, são as combinações entre linha e


colunas. Por exemplo, na coluna A, linha 1, temos a célula
A1. Na Caixa de Nome, aparecerá a célula onde se encontra
o cursor.

Sendo assim, as células são representadas como mos‐


 Figura 54: Seleção de Coluna tra a tabela:

Ao dar um clique com o botão direito do mouse so‐


bre o cabeçalho de uma coluna, aparecerá o menu pop-up,
onde as opções deste menu são as seguintes:

-Formatação rápida: a caixa de formatação rápida per‐


mite escolher a formatação de fonte e formato de dados,
bem como mesclagem das células (será abordado mais de‐
talhadamente adiante).
-Recortar: copia toda a coluna para a área de trans‐
ferência, para que possa ser colada em outro local deter‐  Figura 56: Representação das Células
minado e, após colada, essa coluna é excluída do local de
origem. Caixa de Nome: Você pode visualizar a célula na qual
-Copiar: copia toda a coluna para a área de transferên‐ o cursor está posicionado através da Caixa de Nome, ou,
cia, para que possa ser colada em outro local determinado. ao contrário, pode clicar com o mouse nesta caixa e digitar
-Opções de Colagem: mostra as diversas opções de o endereço da célula em que deseja posicionar o cursor.
itens que estão na área de transferência e que tenham sido Após dar um “Enter”, o cursor será automaticamente posi‐
recortadas ou copiadas. cionado na célula desejada.
-Colar especial: permite definir formatos específicos na
colagem de dados, sobretudo copiados de outros aplica‐ Guias de Planilhas: Em versões anteriores do Excel, ao
tivos. abrir uma nova pasta de trabalho no Excel, três planilhas já
-Inserir: insere uma coluna em branco, exatamente an‐
tes da coluna selecionada. eram criadas: Plan1, Plan2 e Plan3. Nesta versão, somente
-Excluir: exclui toda a coluna selecionada, inclusive os uma planilha é criada, e você poderá criar outras, se necessi‐
dados nela contidos e sua formatação.
tar. Para criar nova planilha dentro da pasta de trabalho, clique
-Limpar conteúdo: apenas limpa os dados de toda a
coluna, mantendo a formatação das células. no sinal + ( ). Para alternar entre as planilhas,
-Formatar células: permite escolher entre diversas op‐ basta clicar sobre a guia, na planilha que deseja trabalhar.
ções para fazer a formatar as células (será visto detalhada‐ Você verá, no decorrer desta lição, como podemos cru‐
mente adiante). zar dados entre planilhas e até mesmo entre pastas de tra‐
-Largura da coluna: permite definir o tamanho da co‐ balho diferentes, utilizando as guias de planilhas.
luna selecionada. Ao posicionar o mouse sobre qualquer uma das plani‐
-Ocultar: oculta a coluna selecionada. Muitas vezes lhas existentes e clicar com o botão direito aparecerá um
uma coluna é utilizada para fazer determinados cálculos, menu pop up.
necessários para a totalização geral, mas desnecessários na
visualização. Neste caso, utiliza-se esse recurso.
-Re-exibir: reexibe colunas ocultas.

43
CONHECIMENTOS GERAIS

Selecionar Tudo: Clicando-se na caixa Selecionar tudo,


todas as células da planilha ativa serão selecionadas.

 Figura 58: Caixa Selecionar Tudo

Barra de Fórmulas: Na barra de fórmulas são digita‐


das as fórmulas que efetuarão os cálculos.
A principal função do Excel é facilitar os cálculos com o
uso de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos várias
de suas fórmulas. Para iniciar, vamos ter em mente que,
para qualquer fórmula que será inserida em uma célula, te‐
mos que ter sinal de “=” no seu início. Esse sinal, oferece
 Figura 57: Menu Planilhas uma entrada no Excel que o faz diferenciar textos ou núme‐
ros comuns de uma fórmula.
As funções deste menu são as seguintes:
-Inserir: insere uma nova planilha exatamente antes da Somar: Se tivermos uma sequência de dados numé‐
planilha selecionada. ricos e quisermos realizar a sua soma, temos as seguintes
-Excluir: exclui a planilha selecionada e os dados que formas de fazê-lo:
ela contém.
-Renomear: renomeia a planilha selecionada.
-Mover ou copiar: você pode mover a planilha para
outra posição, ou mesmo criar uma cópia da planilha com
todos os dados nela contidos.
-Proteger Planilha: para impedir que, por acidente ou
deliberadamente, um usuário altere, mova ou exclua dados
importantes de planilhas ou pastas de trabalho, você pode
proteger determinados elementos da planilha (planilha: o  Figura 59: Soma simples
principal documento usado no Excel para armazenar e tra‐
balhar com dados, também chamado planilha eletrônica. Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4.
Uma planilha consiste em células organizadas em colunas Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células,
e linhas; ela é sempre armazenada em uma pasta de tra‐ digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência até
balho.)ou da pasta de trabalho, com ou sem senha (senha: o último valor.
uma forma de restringir o acesso a uma pasta de traba‐ Após a sequência de células a serem somadas, clicar no
lho, planilha ou parte de uma planilha. As senhas do Excel ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=.
podem ter até 255 letras, números, espaços e símbolos. É A última forma que veremos é a função soma digitada.
necessário digitar as letras maiúsculas e minúsculas corre‐ Vale ressaltar que, para toda função, um início é fundamental:
tamente ao definir e digitar senhas.). É possível remover a
proteção da planilha, quando necessário. = nome da função (
-Exibir código: pode-se criar códigos de programação
em VBA (Visual Basic for Aplications) e vincular às guias
de planilhas (trata-se de tópico de programação avançada,
que não é o objetivo desta lição, portanto, não será abor‐
dado).
-Cor da guia: muda a cor das guias de planilhas. 1 - Sinal de igual.
-Ocultar/Re-exibir: oculta/reexibe uma planilha. 2 – Nome da função.
-Selecionar todas as planilhas: cria uma seleção em to‐ 3 – Abrir parênteses.
das as planilhas para que possam ser configuradas e im‐
pressas juntamente. Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno
lembrete sobre a função que iremos usar, onde é possível
clicar e obter ajuda, também. Usaremos, no exemplo a se‐
guir, a função = soma(B2:B4).

44
CONHECIMENTOS GERAIS

Lembre-se, basta colocar o a célula que contém o pri‐ Data: Esta fórmula insere a data automática em uma
meiro valor, em seguida o dois pontos (:) e por último a planilha.
célula que contém o último valor.
Subtrair: A subtração será feita sempre entre dois va‐
lores, por isso não precisamos de uma função específica.
Tendo dois valores em células diferentes, podemos
apenas clicar na primeira, digitar o sinal de “-” (menos) e
depois clicar na segunda célula. Usamos na figura a seguir
a fórmula = B2-B3.
Multiplicar: Para realizarmos a multiplicação, proce‐
demos de forma semelhante à subtração. Clicamos no pri‐ Figura 60: Exemplo função hoje
meiro número, digitamos o sinal de multiplicação que, para
o Excel é o “*” asterisco, e depois, clicamos no último valor. Na célula C1 está sendo mostrado o resultado da fun‐
No próximo exemplo, usaremos a fórmula =B2*B3. ção =hoje(), que aparece na barra de fórmulas.
Outra forma de realizar a multiplicação é através da se‐
guinte função: Inteiro: Com essa função podemos obter o valor intei‐
=mult(B2;c2) multiplica o valor da célula B2 pelo valor ro de uma fração. A função a ser digitada é =int(A2). Lem‐
da célula C2. bramos que A2 é a célula escolhida e varia de acordo com
a célula a ser selecionada na planilha trabalhada.
Dividir: Para realizarmos a divisão, procedemos de for‐
ma semelhante à subtração e multiplicação. Clicamos no Arredondar para cima: Com essa função, é possível
primeiro número, digitamos o sinal de divisão que, para o arredondar um número com casas decimais para o número
Excel é a “/” barra, e depois, clicamos no último valor. No mais distante de zero.
próximo exemplo, usaremos a fórmula =B3/B2. Sua sintaxe é: = ARREDONDAR.PARA.CIMA(núm;núm_
dígitos)
Máximo: Mostra o maior valor em um intervalo de Onde:
células selecionadas. Na figura a seguir, iremos calcular a Núm: é qualquer número real que se deseja arredon‐
maior idade digitada no intervalo de células de A2 até A5. dar.
A função digitada será = máximo(A2:A5). Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se
Onde: “= máximo” – é o início da função; (A2:A5) – re‐ deseja arredondar núm.
fere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual
é o maior valor. No caso a resposta seria 10.

Mínimo: Mostra o menor valor existente em um inter‐


valo de células selecionadas.
Na figura a seguir, calcularemos o menor salário digi‐
tado no intervalo de A2 até A5. A função digitada será =
mínimo (A2:A5). Figura 61: Início da função arredondar para cima
Onde: “= mínimo” – é o início da função; (A2:A5) – refe‐
re-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual é Veja na figura, que quando digitamos a parte inicial
o maior valor. No caso a resposta seria R$ 622,00. da função, o Excel nos mostra que temos que selecionar o
num, ou seja, a célula que desejamos arredondar e, depois
Média: A função da média soma os valores de uma do “;” (ponto e vírgula), digitar a quantidade de dígitos para
sequência selecionada e divide pela quantidade de valores a qual queremos arredondar.
dessa sequência. Na próxima figura, para efeito de entendimento, dei‐
Na figura a seguir, foi calculada a média das alturas de xaremos as funções aparentes, e os resultados dispostos
quatro pessoas, usando a função = média (A2:A4) na coluna C:
Foi digitado “= média (”, depois, foram selecionados os A função Arredondar.para.Baixo segue exatamente o
valores das células de A2 até A5. Quando a tecla Enter for mesmo conceito.
pressionada, o resultado será automaticamente colocado
na célula A6. Resto: Com essa função podemos obter o resto de
Todas as funções, quando um de seus itens for uma divisão. Sua sintaxe é a seguinte:
alterado, recalculam o valor final. = mod (núm;divisor)
Onde:
Núm: é o número para o qual desejamos encontrar o
resto.
divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o
número.

45
CONHECIMENTOS GERAIS

Figura 62: Exemplo de digitação da função MOD

Os valores do exemplo a cima serão, respectivamente: 1,5 e 1.

Valor Absoluto: Com essa função podemos obter o valor absoluto de um número. O valor absoluto, é o número sem
o sinal. A sintaxe da função é a seguinte:
=abs(núm)

Onde: aBs(núm)
Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.

Figura 63: Exemplo função abs

Dias 360: Retorna o número de dias entre duas datas com base em um ano de 360 dias (doze meses de 30 dias). Sua
sintaxe é:
= DIAS360(data_inicial;data_final)
Onde:
data_inicial = a data de início de contagem.
Data_final = a data a qual quer se chegar.
No exemplo a seguir, vamos ver quantos dias faltam para chegar até a data de 14/06/2018, tendo como data inicial o
dia 05/03/2018. A função utilizada será =dias360(A2;B2)

Figura 64: Exemplo função dias360

46
CONHECIMENTOS GERAIS

Vamos usar a Figura abaixo para explicar as próximas funções (Se, SomaSe, Cont.Se)

Figura 65: Exemplo (Se, SomaSe, Cont.se)

Função SE: O SE é uma função condicional, ou seja, verifica SE uma condição é verdadeira ou falsa.

A sintaxe desra função é a seguinte:


=SE(teste_lógico;“valor_se_verdadeiro”;“valor_se_falso”)
=: Significa a chamada para uma fórmula/função
SE: função SE
teste_lógico: a pergunta a qual se deseja ter resposta
“valor_se_verdadeiro”: se a resposta da pergunta for verdadeira, define o resultado “valor_se_falso” se a resposta da
pergunta for falsa, define o resultado
Usando a planilha acima como exemplo, na coluna ‘E’ queremos colocar uma mensagem se o funcionário recebe um
salário igual ou acima do valor mínimo R$ 724,00 ou abaixo do valor mínimo determinado em R$724,00.

Assim, temos a condição:


SE VALOR DE C3 FOR MAIOR OU IGUAL a 724, então ESCREVA “ACIMA”, senão ESCREVA “ABAIXO” MOSTRA O RE‐
SULTADO NA CÉLULA E3

Traduzindo a condição em variáveis teremos:


Resultado: será mostrado na célula C3, portanto é onde devemos digitar a fórmula
Teste lógico: C3>=724
Valor_se_verdadeiro: “Acima”
Valor_se_falso: “Abaixo”

Assim, com o cursor na célula E3, digitamos:


=SE(C3>=724;”Acima”;”Abaixo”)
Para cada uma das linhas, podemos copiar e colar as fórmulas, e o Excel, inteligentemente, acertará as linhas e colunas
nas células. Nossas fórmulas ficarão assim:
E4 → =SE(C4>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E5 → =SE(C5>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E6 → =SE(C6>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E7 → =SE(C7>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E8 → =SE(C8>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E9 → =SE(C9>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E10 → =SE(C10>=724;”Acima”;”Abaixo”)

47
CONHECIMENTOS GERAIS

Função SomaSE: A SomaSE é uma função de soma =CONT.SE(intervalo;“critérios”)


condicionada, ou seja, SOMA os valores, SE determinada = : significa a chamada para uma fórmula/função
condição for verdadeira. A sintaxe desta função é a seguinte:
=SomaSe(intervalo;“critérios”;intervalo_soma) CONT.SE: chamada para a função CONT.SE
=Significa a chamada para uma fórmula/função intervalo: intervalo de células onde será feita a análise
SomaSe: função SOMASE dos dados
intervalo: Intervalo de células onde será feita a análise “critérios”: critérios a serem avaliados nas células do
dos dados “intervalo”
“critérios”: critérios (sempre entre aspas) a serem ava‐
liados a fim de chegar à condição verdadeira Usando a planilha acima como exemplo, queremos
intervalo_soma: Intervalo de células onde será verifica‐ saber quantas pessoas ganham R$ 1200,00 ou mais, e
da a condição para soma dos valores mostrar o resultado na célula D14, e quantas ganham
abaixo de R$1.200,00 e mostrar o resultado na célula D15.
Exemplo: usando a planilha acima, queremos somar Para isso precisamos criar a seguinte condição:
os salários de todos os funcionários HOMENS e mostrar R$ 1200,00 ou MAIS:
o resultado na célula D16. E também queremos somar os SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MAIOR
salários das funcionárias mulheres e mostrar o resultado na OU IGUAL A 1200, ENTÃO
célula D17. Para isso precisamos criar a seguinte condição: CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D14
HOMENS:
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MASCULI‐ Traduzindo a condição em variáveis teremos:
NO, ENTÃO
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN‐ Resultado: será mostrado na célula D14, portanto é
TERVALO D3 ATÉ D10 onde devemos digitar a fórmula
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D16 Intervalo para análise: C3:C10
Critério: >=1200
Traduzindo a condição em variáveis teremos:
Assim, com o cursor na célula D14, digitamos:
Resultado: será mostrado na célula D16, portanto é =CONT.SE(C3:C10;”>=1200”)
onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10 MENOS DE R$ 1200,00:
Critério: “MASCULINO” SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR ME‐
Intervalo para soma: D3:D10 NOR QUE 1200, ENTÃO
Assim, com o cursor na célula D16, digitamos: CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
=SOMASE(D3:D10;”masculino”;C3:C10) MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D15
MULHERES:
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR FEMININO, Traduzindo a condição em variáveis teremos:
ENTÃO
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN‐ Resultado: será mostrado na célula D15, portanto é
TERVALO D3 ATÉ D10 onde devemos digitar a fórmula
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D17 Intervalo para análise: C3:C10
Critério: <1200
Traduzindo a condição em variáveis teremos:
Assim, com o cursor na célula D15, digitamos:
Resultado: será mostrado na célula D17, portanto é =CONT.SE(C3:C10;”<1200”)
onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10 Observações: fique atento com o > (maior) e < (me‐
Critério: “FEMININO” nor), >= (maior ou igual) e <=(menor ou igual). Se tivés‐
Intervalo para soma: D3:D10 semos determinado a contagem de valores >1200 (maior
que 1200) e <1200 (menor que 1200), o valor =1200 (igual
Assim, com o cursor na célula D17, digitamos: a 1200) não entraria na contagem.

=SomaSE(D3:D10;”feminino”;C3:C10) Formatação de Células: Ao observar a planilha abai‐


xo, fica claro que não é uma planilha bem formatada, va‐
Função CONT.SE: O CONT.SE é uma função de con‐ mos deixar ela de uma maneira mais agradável.
tagem condicionada, ou seja, CONTA a quantidade de re‐
gistros, SE determinada condição for verdadeira. A sintaxe
desta função é a seguinte:

48
CONHECIMENTOS GERAIS

Figura 66: Planilha sem Formatação

Vamos utilizar os 3(três) passos apontados na Figura abaixo:

Figura 67: Formatando a planilha

O primeiro passo é mesclar e centralizar o título, para isso utilizamos o botão Mesclar e Centralizar , entre outras opções
de alinhamento, como centralizar, direção do texto, entre outras.

Figura 68: Formatando a planilha (Passo 1)

49
CONHECIMENTOS GERAIS

Em seguida, vamos colocar uma borda no texto digi‐ Para ordenar seus dados, basta clicar em uma célula
tado, vamos escolher a opção “Todas as bordas”, podemos da coluna que deseja ordenar, e selecionar a classificação
mudar o título para negrito, mudar a cor do fundo e/ou crescente ou decrescente. Mas cuidado! Se você selecio‐
de uma fonte, basta selecionar a(s) célula(s) e escolher as nar uma coluna inteira, nas versões mais antigas do Excel,
formatações. você irá classificar os dados dessa coluna, mas vai manter
os dados das outras colunas onde estão. Ou seja, seus da‐
dos ficarão alterados. Nas versões mais novas, ele fará a
pergunta, se deseja expandir a seleção e dessa forma, fazer
a classificação dos dados junto com a coluna de origem, ou
se deseja manter a seleção e classificar somente a coluna
selecionada.

Filtrando os dados: Ainda no botão temos a opção


FILTRO. Ao selecionar esse botão, cada uma das colunas
Figura 69: Formatando a planilha (Passo 2) da nossa planilha irá abrir uma seta para fazer a seleção
dos dados que desejamos visualizar. Assim, podemos fil‐
Para finalizar essa etapa vamos formatar a coluna C trar e visualizar somente os dados do mês de Janeiro ou
para moeda, que é o caso desse exemplo, porém pode ser então somente os gastos com contas de consumo, por
realizado vários outros tipos de formatação, como, porcen‐ exemplo.
tagem, data, hora, científico, basta clicar no dropbox onde Grupo ferramentas de dados:
está escrito geral e escolher.
- Texto para colunas: separa o conteúdo de uma célula
do Excel em colunas separadas.
- Remover duplicatas: exclui linhas duplicadas de uma
planilha - Validação de dados: permite especificar valores
inválidos para uma planilha. Por exemplo, podemos espe‐
cificar que a planilha não aceitará receber valores menores
que 10.
- Consolidar: combina valores de vários intervalos em
um novo intervalo.
Figura 70: Formatando a planilha (Passo 3) - Teste de hipóteses: testa diversos valores para a fór‐
mula na planilha.
O resultado final nos traz uma planilha muito mais
agradável e de fácil entendimento: Gráficos: Outra forma interessante de analisar os
dados é utilizando gráficos. O Excel monta os gráficos
rapidamente e é muito fácil. Na Guia Inserir da Faixa de
Opções, temos diversas opções de gráficos que podem
ser utilizados.

Figura 71: Planilha Formatada

Ordenando os dados: Você pode digitar os dados em


qualquer ordem, pois o Excel possui uma ferramenta mui‐
to útil para ordenar os dados.
Ao clicar neste botão, você tem as opções para classifi‐
car de A a Z (ordem crescente), de Z a A (ordem decrescen‐
te) ou classificação personalizada.

50
CONHECIMENTOS GERAIS

Figura 72: Gráficos

Utilizando a planilha da Concessionária Grupo Nova, teremos o seguinte gráfico escolhido:

Figura 73: Gráfico de Colunas – 3D

Redimensione o gráfico clicando com o mouse nas bordas para aumentar de tamanho. Reposicione o gráfico na pá‐
gina, clicando nas linhas e arrastando até o local desejado.
Importante mencionar que o conceito do Excel 365 é o mesmo apontado no Word, ou seja, fazem parte do Office
365, que podem ser comprados conforme figura 39.
11.4. LibreOffice Calc
O Calc é o software de planilha eletrônica do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .ods (Open Document
Spreadsheet). 
O Calc trabalha de modo semelhante ao Excel no que se refere ao uso de fórmulas. Ou seja, uma fórmula é iniciada pelo
sinal de igual (=) e seguido por uma sequência de valores, referências a células, operadores e funções.
Algumas diferenças entre o Calc e o Excel:
Para fazer referência a uma interseção no Calc, utiliza-se o sinal de exclamação (!). Por exemplo, “B2:C4!C3:C6” retornará
a C3 e C4 (interseção entre os dois intervalos). No Excel, isso é feito usando um espaço em branco (B2:C4 C3:C6).

51
CONHECIMENTOS GERAIS

O PowerPoint 2007 trouxe uma importante opção que


se encarrega de compactar imagens automaticamente a
fim de reduzir o tamanho total do documento. Para tal,
abra a aba Formatar do programa e clique na opção Com‐
pactar Imagens.
Neste momento o usuário escolhe se deseja compactar
uma única imagem da apresentação ou se pretende aplicar
o efeito a todas as figuras. Clique em Opções para acessar
escolher o nível de qualidade e compactação das imagens
de seu arquivo, além disso foi possível começar a tratar
imagens.
O PowerPoint 2007 passou a oferecer mais gráficos
Figura 74: Exemplo de Operação no Calc tridimensionais, permitindo apresentações com melhor vi‐
sual, diferentemente do seu antecessor 2003, PowerPoint
 Para fazer referência a uma célula que esteja em outra 2007 utiliza o Microsoft Office Fluent interface de usuário
planilha, na mesma pasta de trabalho, digite “nome_da_ (UI). Esta UI categoriza grupos e guias relacionados, tor‐
planilha + . + célula. Por exemplo, “Plan2.A1” faz referência nando mais fácil para os usuários a encontrar os comandos
a célula A1 da planilha chamada Plan2. No Excel, isso é feito e recursos do PowerPoint . Além disso, a Fluent UI inclui
usando o sinal de exclamação ! (Plan2!A1). uma função de visualização ao vivo , para rever alterações
de formatação antes de finalizá-los , bem como galerias de
 Menus do Calc efeitos pré- definidos, layouts , temas e “Estilos Rápidos”. 
Arquivo - contém comandos que se aplicam ao docu‐ Os temas do PowerPoint 2007 possuem características
mento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF. de “Estilos Rápidos”, estilos esses que não existem no Po‐
Editar - contém comandos para editar o conteúdo do‐ werPoint 2003, com o PowerPoint 2003, a formatação de
cumento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substi‐ um documento exige a escolha de estilo e opções de cores
tuir, Cortar, Copiar e Colar. para gráficos, textos, fundos e até mesmo tabelas.
Exibir - contém comandos para controlar a exibição de A versão 2007 do PowerPoint 2007 possuem opções de
um documento tais como Zoom, Tela Inteira e Navegador. compartilhamentos mais flexíveis do que as de seu anteces‐
Inserir - contém comandos para inserção de novos ele‐ sor de 2003. Um exemplo claro disso é que na versão 2007
mentos no documento como células, linhas, colunas, pla‐ os usuários podem acessar o Microsoft Office SharePoint
nilhas, gráficos. Server 2007 para integrar as apresentações com o Outlook
Formatar  - contém comandos para formatar células 2007, bem como o compartilhamento de apresentações
selecionadas, objetos e o conteúdo das células no docu‐ utilizando o que chamamos de “Bibliotecas de Slides”.
mento. Em relação as tabelas e gráficos, ao contrário do Po‐
Ferramentas  - contém ferramentas como Ortografia, werPoint 2003, a versão 2007 armazena as informações dos
Atingir meta, Rastrear erro, etc. gráficos no Excel 2007, ao invés de armazenar esses dados
Dados - contém comandos para editar os dados de em folhas de dados do gráfico.
uma planilha. É possível classificar, utilizar filtros, validar,
etc. 12.3. PowerPoint 2010, 2013 e detalhes gerais
Janela - contém comandos para manipular e exibir ja‐ Na tela inicial do PowerPoint, são listadas as últimas
nelas no documento. apresentações editadas (à esquerda), opção para criar nova
Ajuda - permite acessar o sistema de ajuda do LibreOf‐ apresentação em branco e ainda, são sugeridos modelos
fice. para criação de novas apresentações (ao centro).
Ao selecionar a opção de Apresentação em Branco
você será direcionado para a tela principal, composta pelos
elementos básicos apontados na figura abaixo, e descritos
EDITOR DE APRESENTAÇÕES (POWERPOINT nos tópicos a seguir.
E BROFFICE.ORG IMPRESS);

12. Utilização do Microsoft PowerPoint.

12.2. PowerPoint 2007


A versão 2007 passa a ter o formato PPTX, diferente
das anteriores que eram PPT, essa nova versão lida muito
melhor com vídeos e imagens. Um documento em branco
do PowerPoint 2003 (formato PPT) apenas com uma ima‐
gem de 1 MB chega a ocupar 5 MB, já no formato PPTX,
este mesmo arquivo ocupa cerca de 1,1 MB.

52
CONHECIMENTOS GERAIS

Figura 76: Tela Principal do PowerPoint 2013

Barra de Títulos: A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da apresentação na janela. Ao iniciar
o programa aparece Apresentação 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.

Faixa de Opções:Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de
Opções. Os comandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de
atividade e, para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

Figura 77: Faixa de Opções

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela
e pode ser configurada com os botões de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.

Adicionando e Removendo Componentes: Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de
acesso rápido podemos clicar com o botão direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibi‐
da uma janela com a opção de Adicionar à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.

53
CONHECIMENTOS GERAIS

Figura 78: Adicionando itens à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. É aberto o menu
Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, que apresenta várias opções para personalizar a barra, além da opção
Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do PowerPoint.
Para remoção do componente, no mesmo menu selecione-o. Se preferir, clique com o botão direito do mouse sobre o
ícone que deseja remover e escolha Remover da Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.

Barra de Status: Localizada na parte inferior da tela, a barra de status permite incluir anotações e comentários na sua
apresentação, mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom e os
botões de ‘Modos de Exibição’.

Figura 79: Barra de Status

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Durante uma apresentação, os slides do PowerPoint vão sendo projetados no monitor do computador, lembrando os
antigos slides fotográficos.
O apresentador pode inserir anotações, observações importantes, que deverão ser abordadas durante a apresentação.
Estas anotações serão visualizadas somente pelo apresentador quando, durante a apresentação, for selecionado o Modo
de Exibição do Apresentador (basta clicar com o botão direito do mouse e selecionar esta opção durante a apresentação).

Modelos e Temas Online: Algumas vezes parece impossível iniciar uma apresentação. Você nem mesmo sabe como
começar. Nestas situações pode-se usar os modelos prontos, que fornecem sugestões para que você possa iniciar a criação
de sua apresentação. A versão PowerPoint 2013 traz vários modelos disponíveis online divididos por temas (é necessário
estar conectado à internet).

Figura 80: Modelos e temas online

54
CONHECIMENTOS GERAIS

Para utilizar um modelo pronto, selecione um tema. Em nosso exemplo, vamos selecionar ‘Negócios’. Aparecerão vários
modelos prontos que podem ser utilizados para a criação de sua apresentação, conforme mostra a figura abaixo.

Figura 81: Apresentações Modelo ‘Negócios’

Procure conhecer os modelos, clicando sobre eles. Utilize as barras de rolagem para rolar a tela, visualizar as possi‐
bilidades, e possivelmente escolher um modelo, dentre as inúmeras possibilidades fornecidas, para criar apresentações
profissionais com muita agilidade.
Ao escolher um modelo, clique no botão ‘Criar’ e aguarde o download do arquivo. Será criado um novo arquivo em
seu computador, que você poderá salvar onde quiser. A partir daí, basta customizar os dados e utilizá-lo como SUA APRE‐
SENTAÇÃO.
Tanto o layout como o padrão de formatação de fontes, poderão ser alterados em qualquer momento, para atender
às suas necessidades.

Apresentação de Slides:
Antes de começarmos a trabalhar em um novo slide, ou nova apresentação, vamos entender um pouco melhor como
funciona uma apresentação. Escolha um modelo pronto qualquer, faça o download, e inicie a apresentação, assim:
Na barra ‘Modos de exibição de slides’, localizada na barra de status, clique no botão ‘Modo de Apresentação de Slides’.
Dê cliques com o mouse para seguir ao próximo slide. Ao clicar na apresentação, são exibidos botões de navegação,
que permitem que você siga para o próximo slide ou volte ao anterior, conforme mostrado abaixo. Além dos botões de
navegação você também conta com outras ferramentas durante sua apresentação.

Figura 82: Botões de Navegação e Outras Ferramentas

Exibição de Slides:Vamos agora começar a personalizar nossa apresentação, tendo como base o modelo criado. Se
ainda estiver com uma apresentação aberta, termine a apresentação, retornando à estrutura. Clique, na faixa de opções, no
menu ‘EXIBIÇÃO’.

Alternando entre os Modos de Exibição

Modo Normal: No modo de exibição ‘Normal’, você trabalha em um slide de cada vez e pode organizar a estrutura
de todos os slides da apresentação.

55
CONHECIMENTOS GERAIS

Figura 83: Modo de Exibição ‘Normal’.

Para mover de um slide para outro clique sobre o slide (do lado esquerdo) que deseja visualizar na tela, ou utilize as
teclas ‘PageUp’ e ‘PageDown’.

Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: Este modo de visualização é interessante principalmente durante a cons‐
trução do texto da apresentação. Você pode ir digitando o texto do lado esquerdo e o PowerPoint monta os slides pra você.

Classificação de Slides: Este modo permite ver seus slides em miniatura, para auxiliar na organização e estruturação
de sua apresentação. No modo de classificação de slides, você pode reordenar slides, adicionar transições e efeitos de ani‐
mação e definir intervalos de tempo para apresentações eletrônicas de slides.

Figura 84: Classificação de Slides

Para alterar a sequência de exibição de slides, clique no slide e arraste até a posição desejada. Você também pode ocul‐
tar um slide dando um clique com o botão direito do mouse sobre ele e selecionando ‘Ocultar Slide’.

Alterando o Design:

O design de um slide é a apresentação visual do mesmo, ou seja, as cores nele utilizadas, tipos de fontes, etc. O Power‐
Point disponibiliza vários temas prontos para aplicar ao design de sua apresentação.

56
CONHECIMENTOS GERAIS

Para inserir um Tema de design pronto nos slides aces‐ Salve a apresentação atual como ‘Ensino a Distância’
se a guia ‘Design’ na Faixa de Opções. Clique na seta lateral e, sem fechá-la, abra uma nova apresentação. Vamos ver a
para visualizar todos os temas existentes. utilização dos recursos de Conteúdo.
Clique no tema desejado, para aplicar ao slide selecio‐ Na guia ‘Início’ da Faixa de Opções, clique na seta la‐
nado. O tema será aplicado em todos os slides. teral da caixa Layout. Será exibida uma janela com várias
Variantes->Cores e Variantes->Fontes: ainda na guia opções. Selecione o layout ‘Título e conteúdo’.
‘Design’ podemos aplicar variações dos temas, alterando Aparecerá a caixa de conteúdo no slide como mostra‐
cores e fontes, criando novos temas de cores. Clique na do na figura a seguir. A caixa de conteúdos ao centro do
seta da caixa ‘Variantes’ para abrir as opções. Passe o mou‐ slide possui diversas opções de tipo de conteúdo que se
se sobre cada tema para visualizar o efeito na apresenta‐ pode utilizar.
ção. Após encontrar a variação desejada, dê um clique com As demais ferramentas da ‘Caixa de Conteúdo’ são:
o mouse para aplicá-la à apresentação.
• Escolher Elemento Gráfico SmartArt
• Inserir Imagem
• Inserir Imagens Online
• Inserir Vídeo

Explore as opções, utilize os recursos oferecidos para


enriquecer seus conhecimentos e, em consequência, criar
apresentações muito mais interessantes. O funcionamento
de cada item é semelhante aos já abordados.

Agora é com você!


Exercite: crie diversos slides de conteúdo, procurando
Figura 85: Variantes de Temas de Design
utilizar todas as opções oferecidas para cada tipo de con‐
teúdo. Desta forma, você estará aprendendo ainda mais
Variantes->Efeitos: os efeitos de tema especificam
utilizar os recursos do PowerPoint e do Office.
como os efeitos são aplicados a gráficos SmartArt, formas
e imagens. Clique na seta do botão ‘Efeitos’ para acessar a
Animação dos Slides: A animação dos slides é um
galeria de Efeitos. Aplicando o efeito alteramos rapidamen‐
dos últimos passos da criação de uma apresentação. Essa é
te a aparência dos objetos.
uma etapa importante, pois, apesar dos inúmeros recursos
Layout de Texto: oferecidos pelo programa, não é aconselhável exagerar na
O primeiro slide criado em nossa apresentação é um utilização dos mesmos, pois além de tornar a apresentação
‘Slide de título’. Nele não deve ser inserido o conteúdo da cansativa, tira a atenção das pessoas que estão assistindo,
palestra ou reunião, mas apenas o título e um subtítulo ao invés de dar foco ao conteúdo da apresentação, passam
pois trata-se do slide inicial. a dar fico para as animações.
Clique no quadro onde está indicado ‘Clique aqui para
adicionar um título’, e escreva o título de sua apresentação. Transições: A transição dos slides nada mais é que a
A apresentação que criaremos será sobre ‘Grupo Nova”. mudança entre um slide e outro. Você pode escolher en‐
No quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adi‐ tre diversas transições prontas, através da faixa de opções
cionar um subtítulo’ coloque seu nome ou o nome da em‐ ‘TRANSIÇÕES’. Selecione o primeiro slide da nossa apre‐
presa em que trabalha, ou mesmo um subtítulo ligado ao sentação e clique nesta opção.
tema da apresentação.
Formate o texto da forma como desejar, selecionando Escolha uma das transições prontas e veja o que acon‐
o tipo da fonte, tamanho, alinhamento, etc., clicando sobre tece. Explore os diversos tipos de transições, apenas clican‐
a ‘Caixa de Texto’ para fazer as formatações. do sobre elas e assistindo os efeitos que elas produzem.
Clique no botão novo slide da guia ‘PÁGINA INICIAL’. Isso pode ser bastante divertido, mas dependendo do in‐
Será criado um novo slide com layout diferente do anterior. tuito da apresentação, o exagero pode tornar sua apresen‐
Isso acontece porque o programa entende que o próximo tação pouco profissional.
slide não é mais de título, e sim de conteúdo, e assim su‐
cessivamente pra a criação da sua apresentação. Ainda em ‘TRANSIÇÕES’ escolha como será feito o
avanço do slide, se após um tempo pré-definido ou ‘Ao
Layouts de Conteúdo: Clicar com o Mouse’, dentro da faixa ‘INTERVALO’. Você
Utilizando os layouts de conteúdo é possível inserir fi‐ também pode aplicar som durante a transição.
gura ou cliparts, tabelas, gráficos, diagramas ou clipe de
mídia (que podem ser animações, imagens, sons, etc.). Animações: As animações podem ser definidas para
A utilização destes recursos é muito simples, bastando cada caixa de texto dos slides. Ou seja, durante sua apre‐
clicar, no próprio slide, sobre o recurso que deseja utilizar. sentação você pode optar em ir abrindo o texto conforme
trabalha os assuntos.

57
CONHECIMENTOS GERAIS

Neste exemplo, selecionaremos o Slide 3 de nossa apresentação para enriquecer as explicações. Clique um uma das
caixas de texto do slide, e na opção ‘ANIMAÇÕES’ abra o ‘PAINEL DE ANIMAÇÃO’.

Figura 86: Animações

Escolheremos a opção ‘Flutuar para Dentro’, mas você pode explorar as diversas opções e escolher a que mais te agra‐
dar. Clique na opção escolhida. No Painel de Animação, abra todas as animações clicando na seta para baixo.

Figura 87: Abrindo a lista do Painel de Animações

Cada parágrafo de texto pode ser configurado, bastando que você clique no parágrafo desejado e faça a opção de
animação desejada. O parágrafo pode aparecer somente quando você clicar com o mouse, ou juntamente com o anterior.
Pode mantê-lo aberto na tela enquanto outros estão fechados, etc.

Em nosso exemplo, vamos animar da seguinte forma: os textos da caixa de texto do lado esquerdo vão aparecer juntos
após clicar. Os textos da caixa do lado direito permanecem fechados. Ao clicar novamente, os dois parágrafos aparecerão
ao mesmo tempo na tela.

Passo a passo:
Com a caixa de texto do lado esquerdo selecionada, clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo, mostrado no Painel
de Animações;
selecione o 2º parágrafo e selecione ‘Iniciar com anterior’;
selecione a caixa de texto do lado direito e aplique uma animação;
no Painel de Animações clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo da caixa de texto
selecione o 2º parágrafo da caixa de texto e selecione ‘Iniciar com anterior’.

12.4. Impress
É o editor de apresentações do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odp (Open Document Presentations).
 
- O usuário pode iniciar uma apresentação no Impress de duas formas:
• do primeiro slide (F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do primeiro slide
• do slide atual (Shift + F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do slide atual.
 
- Menu do Impress:
• Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF;
• Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar;
• Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Apresentação de Slides,
Estrutura de tópicos e Navegador;
• Inserir  - contém comandos para inserção de novos slides e elementos no documento como figuras, tabelas e
hiperlinks;
• Formatar - contém comandos para formatar o layout e o conteúdo dos slides, tais como Modelos de slides, Layout
de slide, Estilos e Formatação, Parágrafo e Caractere;
• Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Compactar apresentação e Player de mídia;

58
CONHECIMENTOS GERAIS

• Apresentação de Slides - contém comandos para Redes Locais (Local Area Networks – LAN) – redes em
controlar a apresentação de slides e adicionar efeitos em que a distância varia de 10m a 1km. Pode ser uma sala,
objetos e na transição de slides. um prédio ou um campus de universidade;
Redes Metropolitanas (Metropolitan Area Network –
MAN) – quando a distância dos equipamentos conec-
tados à uma rede atinge áreas metropolitanas, cerca de
CONCEITOS DE TECNOLOGIAS
10km. Ex.: TV à cabo;
RELACIONADAS À INTERNET E INTRANET,
Redes a Longas Distâncias (Wide Area Network – WAN)
PROTOCOLOS WEB, NAVEGADOR (INTERNET – rede que faz a cobertura de uma grande área geográ-
EXPLORER, GOOGLE CHORME E MOZILLA fica, geralmente, um país, cerca de 100 km;
FIREFOX), PESQUISA NA WEB; Redes Interligadas (Interconexão de WANs) – são
redes espalhadas pelo mundo podendo ser interconec-
tadas a outras redes, capazes de atingirem distâncias
bem maiores, como um continente ou o planeta. Ex.:
Redes de Computadores refere-se à interligação por
Internet;
meio de um sistema de comunicação baseado em trans‐
missões e protocolos de vários computadores com o ob‐
Rede sem Fio ou Internet sem Fio (Wireless Local Area
jetivo de trocar informações, entre outros recursos. Essa
Network – WLAN) – rede capaz de conectar dispositivos
ligação é chamada de estações de trabalho (nós, pontos
ou dispositivos de rede). eletrônicos próximos, sem a utilização de cabeamento.
Atualmente, existe uma interligação entre computado‐ Além dessa, existe também a WMAN, uma rede sem fio
res espalhados pelo mundo que permite a comunicação para área metropolitana e WWAN, rede sem fio para
entre os indivíduos, quer seja quando eles navegam pela grandes distâncias.
internet ou assiste televisão. Diariamente, é necessário utili‐
zar recursos como impressoras para imprimir documentos, Topologia de Redes
reuniões através de videoconferência, trocar e-mails, aces‐ Astopologias das redes de computadores são as estru-
sar às redes sociais ou se entreter por meio de jogos, etc. turas físicas dos cabos, computadores e componentes.
Hoje, não é preciso estar em casa para enviar e-mails, Existem as topologias físicas, que são mapas que mos-
basta ter um tablet ou smartphone com acesso à internet tram a localização de cada componente da rede que
nos dispositivos móveis. Apesar de tantas vantagens, o serão tratadas a seguir. e as lógicas, representada pelo
crescimento das redes de computadores também tem seu modo que os dados trafegam na rede:
lado negativo. A cada dia surgem problemas que preju‐ Topologia Ponto-a-ponto – quando as máquinas es-
dicam as relações entre os indivíduos, como pirataria, es‐ tão interconectadas por pares através de um roteamen-
pionagem, phishing - roubos de identidade, assuntos polê‐ to de dados;
micos como racismo, sexo, pornografia, sendo destacados Topologia de Estrela – modelo em que existe um
com mais exaltação, entre outros problemas. ponto central (concentrador) para a conexão, geral-
Há muito tempo, o ser homem sentiu a necessidade mente um hub ou switch;
de compartilhar conhecimento e estabelecer relações com Topologia de Anel – modelo atualmente utilizado em
pessoas a distância. Na década de 1960, durante a Guerra automação industrial e na década de 1980 pelas redes
Fria, as redes de computadores surgiram com objetivos mi‐ Token Ring da IBM. Nesse caso, todos os computadores
litares: interconectar os centros de comando dos EUA para são entreligados formando um anel e os dados são pro‐
com objetivo de proteger e enviar de dados. pagados de computador a computador até a máquina de
origem;
Alguns tipos de Redes de Computadores Topologia de Barramento – modelo utilizado nas pri-
Antigamente, os computadores eram conectados em meiras conexões feitas pelas redes Ethernet.Refere- se a
distâncias curtas, sendo conhecidas como  redes locais. computadores conectados em formato linear, cujo cabea‐
Mas, com a evolução das redes de computadores, foi ne‐ mento é feito em sequencialmente;
cessário aumentar a distância da troca de informações en‐ Redes de Difusão (Broadcast) – quando as máquinas
tre as pessoas. As redes podem ser classificadas de acordo estão interligadas por um mesmo canal através de pacotes
com sua arquitetura (Arcnet, Ethernet, DSL, Token ring, endereçados (unicast, broadcast e multicast).
etc.), a extensão geográfica (LAN, PAN, MAN, WLAN,
etc.), a topologia (anel, barramento, estrela, ponto-a- Cabos
-ponto, etc.) e o meio de transmissão (redes por cabo de Os cabos ou cabeamentos fazem parte da estrutura fí‐
fibra óptica, trançado, via rádio, etc.). sica utilizada para conectar computadores em rede, estan‐
Veja alguns tipos de redes: do relacionados a largura de banda, a taxa de transmissão,
Redes Pessoais (Personal Area Networks – PAN) – se padrões internacionais, etc. Há vantagens e desvantagens
comunicam a 1 metro de distância. Ex.: Redes Blue- para a conexão feita por meio de cabeamento. Os mais uti‐
tooth; lizados são:

59
CONHECIMENTOS GERAIS

Cabos de Par Trançado – cabos caracterizados por dados sejam distribuídos completamente. Eles são utiliza‐
sua velocidade, pode ser feito sob medida, comprados dos em redes domésticas e podem ter 8, 16, 24 e 32 por‐
em lojas de informática ou produzidos pelo usuário; tas, variando de acordo com o fabricante. Existem os Hubs
Cabos Coaxiais – cabos que permitem uma distância Passivos, Ativos, Inteligentes e Empilháveis.
maior na transmissão de dados, apesar de serem flexí- Bridges: É um repetidor inteligente que funciona
veis, são caros e frágeis. Eles necessitam de barramento como uma ponte. Ele lê e analisa os dados da rede,
ISA, suporte não encontrado em computadores mais além de relacionar diferentes arquiteturas.
novos; Switches: Tipo de aparelho semelhante a um hub, mas
Cabos de Fibra Óptica – cabos complexos, caros e de que funciona como uma ponte: ele envia os dados apenas
difícil instalação. São velozes e imunes a interferências para a máquina que o solicitou. Ele possui muitas portas
eletromagnéticas. de entrada e melhor performance, podendo ser utilizado
para redes maiores.
Roteadores: Dispositivo utilizado para conectar redes
#FicaDica e arquiteturas diferentes e de grande porte. Ele funciona
como um tipo de ponte na camada de rede do modelo
Após montar o cabeamento de rede é necessário OSI (Open Systens Interconnection - protocolo de inter-
realizar um teste através dos  testadores de conexão de sistemas abertos para conectar máquinas de
cabos, adquirido em lojas especializadas. diferentes fabricantes), identificando e determinando um
Apesar de testar o funcionamento, ele não IP para cada computador que se conecta com a rede.
detecta se existem ligações incorretas. É preciso Sua principal atribuição é ordenar o tráfego de dados
que um técnico veja se os fios dos cabos estão na rede e selecionar o melhor caminho. Existem os ro‐
na posição certa. teadores estáticos, capaz de encontrar o menor caminho
para tráfego de dados, mesmo se a rede estiver conges‐
tionada; e os  roteadores dinâmicos que encontram ca-
Sistema de Cabeamento Estruturado minhos mais rápidos e menos congestionados para o
Para que essa conexão não prejudique o ambiente de tráfego.
trabalho, em uma grande empresa, são necessárias várias Modem: Dispositivo responsável por transformar a
conexões e muitos cabos, sendo necessário o cabeamento onda analógica que será transmitida por meio da linha te‐
estruturado. lefônica, transformando-a em sinal digital original.
Através dele, um técnico irá poupar trabalho e tempo, Servidor: Sistema que oferece serviço para as redes
tanto para fazer a instalação, quanto para a remoção da de computadores, como por exemplo, envio de arquivos
rede. Ele é feito através das tomadas RJ-45 que possibili- ou e-mail. Os computadores que acessam determinado
tam que vários conectores possam ser inseridos em um servidor são conhecidos como clientes.
único local, sem a necessidade de serem conectados dire‐ Placa de Rede: Dispositivo que garante a comunicação
tamente no hub. entre os computadores da rede. Cada arquitetura de rede
Além disso, o sistema de cabeamento estruturado depende de um tipo de placa específica. As mais utilizadas
possui um painel de conexões, o Patch Panel, onde os ca‐ são as do tipo Ethernet e Token Ring (rede em anel).
bos das tomadas RJ-45 são conectados, sendo um con‐
centrador de tomadas, favorecendo a manutenção das Programas de navegação (Microsoft Internet Ex-
redes. Eles são adaptados e construídos para serem inse‐ plorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares).
ridos em um rack. Navegadores: Navegadores de internet ou browsers
Todo esse planejamento deve fazer parte do projeto são programas de computador especializados em visuali‐
zar e dar acesso às informações disponibilizadas na web,
do cabeamento de rede, em que a conexão da rede é pen‐
até pouco tempo atrás tínhamos apenas o Internet Explorer
sada de forma a realizar a sua expansão.
e o Netscape, hoje temos uma série de navegadores no
Repetidores: Dispositivo capaz de expandir o cabea‐
mercado, iremos fazer uma breve descrição de cada um
mento de rede. Ele poderá transformar os sinais recebi‐ deles, e depois faremos toda a exemplificação utilizando o
dos e enviá-los para outros pontos da rede. Apesar de Internet Explorer por ser o mais utilizado em todo o mun‐
serem transmissores de informações para outros pontos, do, porém o conceito e usabilidade dos outros navegado‐
eles também diminuem o desempenho da rede, podendo res seguem os mesmos princípios lógicos.
haver colisões entre os dados à medida que são anexas Chrome: O Chrome é o navegador do Google e con‐
outras máquinas. Esse equipamento, normalmente, en‐ sequentemente um dos melhores navegadores existentes.
contra-se dentro do hub. Outra vantagem devido ser o navegador da Google é o
Hubs: Dispositivos capazes de receber e concentrar mais utilizado no meio, tem uma interface simples muito
todos os dados da rede e compartilhá-los entre as outras fácil de utilizar.
estações (máquinas). Nesse momento nenhuma outra má‐
quina consegue enviar um determinado sinal até que os

60
CONHECIMENTOS GERAIS

Figura 82: Símbolo do Google Chrome Figura 86: Símbolo do Internet Explorer

Mozila Firefox: O Mozila Firefox é outro excelente na‐ Programas de correio eletrônico (Outlook Express,
vegador ele é gratuito e fácil de utilizar apesar de não ter Mozilla Thunderbird e similares)
uma interface tão amigável, porém é um dos navegadores Um e-mail hoje é um dos principais meios de comuni‐
mais rápidas e com maior segurança contra hackers. cação, por exemplo:
canaldoovidio@gmail.com
Onde, canaldoovidio é o usuário o arroba quer dizer
na, o gmail é o servidor e o .com é a tipagem.
Para editarmos e lermos nossas mensagens eletrônicas
em um único computador, sem necessariamente estarmos
conectados à Internet no momento da criação ou leitura
do e-mail, podemos usar um programa de correio eletrôni‐
co. Existem vários deles. Alguns gratuitos, como o Mozilla
Figura 83: Símbolo do Mozilla Firefox Thunderbird, outros proprietários como o Outlook Express.
Os dois programas, assim como vários outros que servem à
Opera: Usabilidade muito agradável, possui grande mesma finalidade, têm recursos similares. Apresentaremos
desempenho, porém especialistas em segurança o consi‐ os recursos dos programas de correio eletrônico através do
dera o navegador com menos segurança. Outlook Express que também estão presentes no Mozilla
Thunderbird.
Um conhecimento básico que pode tornar o dia a dia
com o Outlook muito mais simples é sobre os atalhos de
teclado para a realização de diversas funções dentro do
Outlook. Para você começar os seus estudos, anote alguns
atalhos simples. Para criar um novo e-mail, basta apertar
Ctrl + Shift + M e para excluir uma determinada mensagem
Figura 84: Símbolo do Opera aposte no atalho Ctrl + D. Levando tudo isso em considera‐
ção inclua os atalhos de teclado na sua rotina de estudos e
Safari: O Safari é o navegador da Apple, é um ótimo vá preparado para o concurso com os principais na cabeça.
navegador considerado pelos especialistas e possui uma Uma das funcionalidades mais úteis do Outlook para
interface bem bonita, apesar de ser um navegador da profissionais que compartilham uma mesma área é o com‐
Apple existem versões para Windows. partilhamento de calendário entre membros de uma mes‐
ma equipe.
Por isso mesmo é importante que você tenha o conhe‐
cimento da técnica na hora de fazer uma prova de con‐
curso que exige os conhecimentos básicos de informática,
pois por ser uma função bastante utilizada tem maiores
chances de aparecer em uma ou mais questões.
O calendário é uma ferramenta bastante interessante
do Outlook que permite que o usuário organize de forma
Figura 85: Símbolo do Safari completa a sua rotina, conseguindo encaixar tarefas, com‐
promissos e reuniões de maneira organizada por dia, de
forma a ter um maior controle das atividades que devem
Internet Explorer: O Internet Explorer ou IE é o na‐
ser realizadas durante o seu dia a dia.
vegador padrão do Windows. Como o próprio nome diz,
Dessa forma, uma funcionalidade do Outlook permi‐
é um programa preparado para explorar a Internet dando te que você compartilhe em detalhes o seu calendário ou
acesso a suas informações. Representado pelo símbolo do parte dele com quem você desejar, de forma a permitir
“e” azul, é possível acessá-lo apenas com um duplo clique que outra pessoa também tenha acesso a sua rotina, o que
em seu símbolo. pode ser uma ótima pedida para profissionais dentro de
uma mesma equipe, principalmente quando um determi‐
nado membro entra de férias.

61
CONHECIMENTOS GERAIS

Para conseguir utilizar essa função basta que você entre em Calendário na aba indicada como Página Inicial. Feito
isso, basta que você clique em Enviar Calendário por E-mail, que vai fazer com que uma janela seja aberta no seu Outlook.
Nessa janela é que você vai poder escolher todas as informações que vão ser compartilhadas com quem você deseja,
de forma que o Outlook vai formular um calendário de forma simples e detalhada de fácil visualização para quem você
deseja enviar uma mensagem.
Nos dias de hoje, praticamente todo mundo que trabalha dentro de uma empresa tem uma assinatura própria para
deixar os comunicados enviados por e-mail com uma aparência mais profissional.
Dessa forma, é considerado um conhecimento básico saber como criar assinaturas no Outlook, de forma que este
conteúdo pode ser cobrado em alguma questão dentro de um concurso público.
Por isso mesmo vale a pena inserir o tema dentro de seus estudos do conteúdo básico de informática para a sua pre‐
paração para concurso. Ao contrário do que muita gente pensa, a verdade é que todo o processo de criar uma assinatura
é bastante simples, de forma que perder pontos por conta dessa questão em específico é perder pontos à toa.
Para conseguir criar uma assinatura no Outlook basta que você entre no menu Arquivo e busque pelo botão de Op‐
ções. Lá você vai encontrar o botão para E-mail e logo em seguida o botão de Assinaturas, que é onde você deve clicar.
Feito isso, você vai conseguir adicionar as suas assinaturas de maneira rápida e prática sem maiores problemas.
No Outlook Express podemos preparar uma mensagem através do ícone Criar e-mail, demonstrado na figura acima,
ao clicar nessa imagem aparecerá a tela a seguir:

Figura 87: Tela de Envio de E-mail

Para: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário da mensagem. Cam‐
po obrigatório.
Cc: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário que servirá para ter
ciência desse e-mail.
Cco: Igual ao Cc, porém os destinatários ficam ocultos.
Assunto: campo onde será inserida uma breve descrição, podendo reservar-se a uma palavra ou uma frase sobre o
conteúdo da mensagem. É um campo opcional, mas aconselhável, visto que a falta de seu preenchimento pode levar o
destinatário a não dar a devida importância à mensagem ou até mesmo desconsiderá-la.
Corpo da mensagem: logo abaixo da linha assunto, é equivalente à folha onde será digitada a mensagem.
A mensagem, após digitada, pode passar pelas formatações existentes na barra de formatação do Outlook:
Mozilla Thunderbird é um cliente de email e notícias open-source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma
criadora do Mozilla Firefox).
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que não necessita de instalação no computador do usuário, já que
funciona como uma página de internet, bastando o usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com seu login e
senha. Desta forma, o usuário ganha mobilidade já que não necessita estar na máquina em que um cliente de e-mail está
instalado para acessar seu e-mail.

62
CONHECIMENTOS GERAIS

Conceitos de tecnologias relacionadas à Internet e Intranet, busca e pesquisa na Web, mecanismos de busca na
Web.
O objetivo inicial da Internet era atender necessidades militares, facilitando a comunicação. A agência norte-americana
ARPA – ADVANCED RESEARCH AND PROJECTS AGENCY e o Departamento de Defesa americano, na década de 60, criaram
um projeto que pudesse conectar os computadores de departamentos de pesquisas e bases militares, para que, caso um
desses pontos sofresse algum tipo de ataque, as informações e comunicação não seriam totalmente perdidas, pois estariam
salvas em outros pontos estratégicos.
O projeto inicial, chamado ARPANET, usava uma conexão a longa distância e possibilitava que as mensagens fossem
fragmentadas e endereçadas ao seu computador de destino. O percurso entre o emissor e o receptor da informação pode‐
ria ser realizado por várias rotas, assim, caso algum ponto no trajeto fosse destruído, os dados poderiam seguir por outro
caminho garantindo a entrega da informação, é importante mencionar que a maior distância entre um ponto e outro, era
de 450 quilômetros.
No começo dos anos 80, essa tecnologia rompeu as barreiras de distância, passando a interligar e favorecer a troca de
informações de computadores de universidades dos EUA e de outros países, criando assim uma rede (NET) internacional
(INTER), consequentemente seu nome passa a ser, INTERNET.
A evolução não parava, além de atingir fronteiras continentais, os computadores pessoais evoluíam em forte escala
alcançando forte potencial comercial, a Internet deixou de conectar apenas computadores de universidades, passou a co‐
nectar empresas e, enfim, usuários domésticos.
Na década de 90, o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil trouxeram a Internet
para os centros acadêmicos e comerciais. Essa tecnologia rapidamente foi tomando conta de todos os setores sociais até
atingir a amplitude de sua difusão nos tempos atuais.
Um marco que é importante frisar é o surgimento do WWW que foi a possibilidade da criação da interface gráfica dei‐
xando a internet ainda mais interessante e vantajosa, pois até então, só era possível a existência de textos.
Para garantir a comunicação entre o remetente e o destinatário o americano Vinton Gray Cerf, conhecido como o pai
da internet criou os protocolos TCP/IP, que são protocolos de comunicação. O TCP – TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL
(Protocolo de Controe de Transmissão) e o IP – INTERNET PROTOCOL (Protocolo de Internet) são conjuntos de regras que
tornam possível tanto a conexão entre os computadores, quanto ao entendimento da informação trocada entre eles.
A internet funciona o tempo todo enviando e recebendo informações por isso o periférico que permite a conexão com
a internet chama MODEM, porque que ele MOdula e DEModula sinais, e essas informações só podem ser trocadas graças
aos protocolos TCP/IP.

Protocolos Web
Já que estamos falando em protocolos, citaremos outros que são largamente usados na Internet:
-HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo de transferência de Hipertexto, desde 1999 é utilizado para trocar
informações na Internet. Quando digitamos um site, automaticamente é colocado à frente dele o http://
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br
Onde:
http:// → Faz a solicitação de um arquivo de hipermídia para a Internet, ou seja, um arquivo que pode conter texto,
som, imagem, filmes e links.
-URL (Uniform Resource Locator): Localizador Padrão de recursos, serve para endereçar um recurso na web, é como
se fosse um apelido, uma maneira mais fácil de acessar um determinado site
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br, onde:

Faz a solicitação de um arquivo de


http://
hipermídiaparaaInternet.
Estipulaqueesse recursoestánarede mundialdecomputa
www
dores(veremosmais sobre www emumpróximotópico).
Éo endereçodedomínio.Um endereçode
novaconcursos domíniorepresentarásua empresaou seu
espaçonaInternet.
Indicaqueo servidorondeesse siteestá
.com
hospedado é de finalidadescomerciais.
.br Indicaqueo servidorestáno Brasil.

Encontramos, ainda, variações na URL de um site, que demonstram a finalidade a organização que o criou, como:
.gov - Organização governamental
.edu - Organização educacional

63
CONHECIMENTOS GERAIS

.org - Organização Provedor


.ind - Organização Industrial O provedor é uma empresa prestadora de serviços que
.net - Organização telecomunicações oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces‐
.mil - Organização militar sário conectar-se com um computador que já esteja na In‐
.pro - Organização de profissões ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per‐
.eng – Organização de engenheiros mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet.
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada
E também, do país de origem: à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros
.it – Itália computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link,
.pt – Portugal que é a conexão física que interliga o provedor de acesso
.ar – Argentina com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como
.cl – Chile
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra‐
.gr – Grécia
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave‐
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que
Quando vemos apenas a terminação .com, sabemos
estão interligadas nesta avenida.
que se trata de um site hospedado em um servidor dos
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade
Estados Unidos.
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite
-HTTPS (Hypertext transfer protocol secure): Se‐
os dados.
melhante ao HTTP, porém permite que os dados sejam
Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo).
transmitidos através de uma conexão criptografada e que
Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso, que
se verifique a autenticidade do servidor e do cliente através
fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso e um
de certificados digitais. endereço eletrônico na Internet.
-FTP (File Transfer Protocol): Protocolo de transfe‐ Home Page
rência de arquivo, é o protocolo utilizado para poder subir Pela definição técnica temos que uma Home Page é
os arquivos para um servidor de internet, seus programas um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu‐
mais conhecidos são, o Cute FTP, FileZilla e LeechFTP, ao tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o
criar um site, o profissional utiliza um desses programas acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí‐
FTP ou similares e executa a transferência dos arquivos dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações
criados, o manuseio é semelhante à utilização de gerencia‐ dentro das Home Pages.
dores de arquivo, como o Windows Explorer, por exemplo.
-POP (Post Office Protocol): Protocolo de Posto dos
Correios permite, como o seu nome o indica, recuperar o #FicaDica
seu correio num servidor distante (o servidor POP). É ne‐
cessário para as pessoas não ligadas permanentemente à O endereço de Home Pages tem o seguinte
Internet, para poderem consultar os mails recebidos of‐ formato:
fline.  Existem duas versões principais deste protocolo, o http://www.endereço.com/página.html
POP2 e o POP3, aos quais são atribuídas respectivamente Por exemplo, a página principal do meu projeto
as portas 109 e 110, funcionando com o auxílio de coman‐ de mestrado:
dos textuais radicalmente diferentes, na troca de e-mails http://www.youtube.com/canaldoovidio
ele é o protocolo de entrada.
IMAP (Internet Message Access Protocol): É um
protocolo alternativo ao protocolo POP3, que oferece PLUG-INS
muitas mais possibilidades, como, gerir vários acessos Os plug-ins são programas que expandem a capacida‐
simultâneos e várias caixas de correio, além de poder de do Browser em recursos específicos - permitindo, por
criar mais critérios de triagem. exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes
-SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): É o proto- em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft‐
colo padrão para envio de e-mails através da Internet. ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im‐
Faz a validação de destinatários de mensagens. Ele que pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu‐
verifica se o endereço de e-mail do destinatário está g-ins são encontradas na página:
corretamente digitado, se é um endereço existente, se http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft‐
a caixa de mensagens do destinatário está cheia ou se ware/ Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indices/
recebeu sua mensagem, na troca de e-mails ele é o pro- Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
tocolo de saída. temos uma relação de alguns deles:
-UDP (User Datagram Protocol): Protocolo que atua - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
na camada de transporte dos protocolos (TCP/IP). Permi‐ etc.).
te que a apli- cação escreva um datagrama encapsulado - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
num pacote IP e trans- portado ao destino. É muito comum - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
lermos que se trata de um protocolo não confiável, isso PCX, etc.).
porque ele não é implementado com regras que garantam - Negócios e Utilitários
tratamento de erros ou entrega. - Apresentações

64
CONHECIMENTOS GERAIS

INTRANET: A Intranet ou Internet Corporativa é a im‐ vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os
plantação de uma Internet restrita apenas a utilização interna diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas
de uma empresa. As intranets ou Webs corporativas, são re‐ áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
des de comunicação internas baseadas na tecnologia usada - Marketing e Vendas - Informações sobre produtos,
na Internet. Como um jornal editado internamente, e que listas de preços, promoções, planejamento de eventos;
pode ser acessado apenas pelos funcionários da empresa. - Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor‐
membros das equipes, situações de projetos;
mações particulares dentro da estrutura de comunicações
da empresa. - Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis‐
O grande sucesso da Internet, é particularmente da temas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), ma‐
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na nuais de qualidade;
evolução da informática nos últimos anos. - Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apostilas,
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos políticas da companhia, organograma, oportunidades de
interliga- dos através de vínculos, ou links) e a enorme fa‐ trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, bene‐
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos fícios.
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza‐ Para acessar as informações disponíveis na Web cor‐
ram o acesso à informação através de redes de computa‐ porativa, o funcionário praticamente não precisa ser trei‐
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de nado. Afinal, o esforço de operação desses programas se
informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi‐ resume quase somente em clicar nos links que remetem às
ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe‐ novas páginas. No entanto, a simplicidade de uma intra‐
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa, net termina aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é
sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e uma tarefa complexa e exige a presença de profissionais
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio‐ especializados. Essa dificuldade aumenta com o tamanho
nante explosão na informação disponível na Internet, que da intranet, sua diversidade de funções e a quantidade de
segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês. informações nela armazenadas.
Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
A intranet é baseada em quatro conceitos:
que tem interessado um número cada vez maior de em‐
presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes‐ - Conectividade - A base de conexão dos computa‐
sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu dores ligados através de uma rede, e que podem transferir
advento e disseminação promete operar uma revolução qualquer tipo de informação digital entre si;
tão profunda para a vida organizacional quanto o apare‐ - Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa‐
cimento das primeiras redes locais de computadores, no dores e sistemas operacionais podem ser conectados de
final da década de 80. forma transparente;
- Navegação - É possível passar de um documento a
O que é Intranet? outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de
facilitam o acesso não linear aos documentos;
1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe‐
rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias - Execução Distribuída - Determinadas tarefas de aces‐
projetadas para a comunicação por computador entre em‐ so ou manipulação na intranet só podem ocorrer graças à
presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma execução de programas aplicativos, que podem estar no
rede privativa de computadores que se baseia nos padrões servidor, ou nos microcomputadores que acessam a rede
de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na (também chamados de clientes, daí surgiu à expressão que
tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP, caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor).
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre - A vantagem da intranet é que esses programas são
as razões para este sucesso, estão o custo de implantação ativa- dos através da WWW, permitindo grande flexibilida‐
relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
programas de navegação na Web, os browsers. de. Determinadas linguagens, como Java, assumiram gran‐
de importância no desenvolvimento de softwares aplicati‐
Objetivo de construir uma Intranet vos que obedeçam aos três conceitos anteriores.
Organizações constroem uma intranet porque ela é
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente Mecanismos de Buscas
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis‐ Pesquisar por algo no Google e não ter como retorno
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital exatamente o que você queria pode trazer algumas horas
com conhecimentos das operações e produtos da empresa. de trabalho a mais, não é mesmo? Por mais que os algorit‐
mos de busca sejam sempre revisados e busquem de certa
Aplicações da Intranet
Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu‐ forma “adivinhar” o que se passa em sua cabeça, lançar
nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o mão de alguns artifícios para que sua busca seja otimizada
trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala. poupará seu tempo e fará com que você tenha acesso a
De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet resultados mais relevantes.

65
CONHECIMENTOS GERAIS

Os mecanismos de buscas contam com operadores Áudio e Vídeo


para filtro de conteúdo. A maior parte desse filtros, no A popularização da banda larga e dos serviços de
entanto, pode não interessar e você, caso não seja um e-mail com grande capacidade de armazenamento está
praticante de SEO. Contudo alguns são realmente úteis e aumentando a circulação de vídeos na Internet. O proble‐
estão listados abaixo. Realize uma busca simples e depois ma é que a profusão de formatos de arquivos pode tornar
aplique os filtros para poder ver o quanto os resultados a experiência decepcionante.
podem sem mais especializados em relação ao que você A maioria deles depende de um único programa para
procura. rodar. Por exemplo, se a extensão é MOV, você vai neces‐
sitar do QuickTime, da Apple. Outros, além de um player
-palavra_chave de vídeo, necessitam do “codec” apropriado. Acrônimo de
Retorna um busca excluindo aquelas em que a pa‐ “COder/DECoder”, codec é uma espécie de complemento
lavra chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma busca que descomprime - e comprime - o arquivo. É o caso do
por computação, provavelmente encontrarei na relação MPEG, que roda no Windows Media Player, desde que o
dos resultados informaçõe sobre “Ciência da computação“. codec esteja atualizado - em geral, a instalação é auto‐
Contudo, se eu fizer uma busca por computação -ciência , mática.
os resultados que tem a palavra chave ciência serão omi‐ Com os três players de multimídia mais populares -
tidos. Windows Media Player, Real Player e Quicktime -, você di‐
ficilmente encontrará problemas para rodar vídeos, tanto
+palavra_chave offline como por streaming (neste caso, o download e a
Retorna uma busca fazendo uma inclusão forçada de exibição do vídeo são simultâneos, como na TV Terra).
uma palavra chave nos resultados. De maneira análoga Atualmente, devido à evolução da internet com os
ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do tipo com‐ mais variados tipos de páginas pessoais e redes sociais, há
putação, terei como retorna uma gama mista de resulta‐ uma grande demanda por programas para trabalhar com
dos. Caso eu queira filtrar somente os casos em que ciên‐ imagens. E, como sempre é esperado, em resposta a isso,
cias aparece, e também no estado de SP, realizo uma busca também há no mercado uma ampla gama de ferramentas
do tipo computação + ciência SP. existentes que fazem algum tipo de tratamento ou conver‐
são de imagens.
“frase_chave” Porém, muitos destes programas não são o que se
Retorna uma busca em que existam as ocorrências dos pode chamar de simples e intuitivos, causando confusão
termos que estão entre aspas, na ordem e grafia exatas em seu uso ou na manipulação dos recursos existentes.
ao que foi inserido. Assim, se você realizar uma busca do Caso o que você precise seja apenas um programa para
tipo “como faser” – sim, com a escrita incorreta da palavra visualizar imagens e aplicar tratamentos e efeitos simples
FAZER, verá resultados em que a frase idêntica foi empre‐ ou montar apresentações de slides, é sempre bom dar uma
gada. conferida em alguns aplicativos mais leves e com recursos
mais enxutos como os visualizadores de imagens.
Abaixo, segue uma seleção de visualizadores, muitos
palavras_chave_01 OR palavra_chave_02
deles trazendo os recursos mais simples, comuns e fáceis
Mostra resultado para pelo menos uma das palavras
de se utilizar dos editores, para você que não precisa de
chave citadas. Faça uma busca por facebook OR msn, por
tantos recursos, mas ainda assim gosta de dar um trata‐
exemplo, e terá como resultado de sua busca, páginas re‐
mento especial para as suas mais variadas imagens.
levantes sobre pelo menos um dos dois temas- nesse caso,
O Picasa está com uma versão cheia de inovações que
como as duas palavras chaves são populares, os dois resul‐
faz dele um aplicativo completo para visualização de fo‐
tados são apresentados em posição de destaque.
tos e imagens. Além disso, ele possui diversas ferramentas
úteis para editar, organizar e gerenciar arquivos de imagem
filetype:tipo do computador.
Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo de As ferramentas de edição possuem os métodos mais
extensão especificada. Por exemplo, em uma busca  fi‐ avançados para automatizar o processo de correção de
letype:pdf jquery  serão exibidos os conteúdos da palavra imagens. No caso de olhos vermelhos, por exemplo, o pro‐
chave jquery que tiverem como extensão .pdf. Os tipos de grama consegue identificar e corrigir todos os olhos ver‐
extensão podem ser: PDF, HTML ou HTM, XLS, PPT, DOC melhos da foto automaticamente sem precisar selecionar
um por um. Além disso, é possível cortar, endireitar, adicio‐
palavra_chave_01 * palavra_chave_02 nar textos, inserir efeitos, e muito mais.
Retorna uma “busca combinada”, ou seja, sendo o * um Um dos grandes destaques do Picasa é sua poderosa
indicador de “qualquer conteúdo”, retorna resultados em biblioteca de imagens. Ele possui um sistema inteligente de
que os termos inicial e final aparecem, independente do armazenamento capaz de filtrar imagens que contenham
que “esteja entre eles”. Realize uma busca do tipo facebook apenas rostos. Assim você consegue visualizar apenas as
* msn e veja o resultado na prática. fotos que contém pessoas.

66
CONHECIMENTOS GERAIS

Depois de tudo organizado em seu computador, você Algumas dicas


pode escolher diversas opções para salvar e/ou compar‐ 1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o nú‐
tilhar suas fotos e imagens com amigos e parentes. Isso mero de conexões simultâneas para evitar uma sobrecar‐
pode ser feito gravando um CD/DVD ou enviando via Web. ga na máquina. Uma outra limitação possível é a faixa de
O programa possui integração com o PicasaWeb, o qual horário de acesso, que muitas vezes é considerada nobre
possibilita enviar um álbum inteiro pela internet em poucos em horário comercial, e portanto, o FTP anônimo é tempo‐
segundos. rariamente desativado.
O IrfanView é um visualizador de imagem muito leve e 2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites
com uma interface gráfica simples porém otimizada e fácil espelhos” que tenham o mesmo conteúdo do site sendo
de utilizar, mesmo para quem não tem familiaridade com acessado.
este tipo de programa. Ele também dispõe de alguns recur‐ 3. Antes de realizar a transferência de qualquer arquivo
sos simples de editor. Com ele é possível fazer operações verifique se você está usando o modo correto, isto é, no
como copiar e deletar imagens até o efeito de remoção de caso de arquivos-texto, o modo é ASCII, e no caso de arqui‐
olhos vermelhos em fotos. O programa oferece alternativas
vos binários (.exe, .com, .zip, .wav, etc.), o modo é binário.
para aplicar efeitos como texturas e alteração de cores em
sua imagem por meio de apenas um clique. Esta prevenção pode evitar perda de tempo.
Além disso sempre é possível a visualização de ima‐ 4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um servidor
gens pelo próprio gerenciador do Windows. de FTP em seu computador. Isto pode permitir que um ami‐
go seu consiga acessar o seu computador como um servidor
Transferência de arquivos pela internet remoto de FTP, bastando que ele tenha acesso ao número IP,
FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência que lhe é atribuído dinamicamente.
de Arquivos) é uma das mais antigas formas de interação
na Internet. Com ele, você pode enviar e receber arquivos Grupos de Discussão e Redes Sociais
para, ou de computadores que se caracterizam como ser‐ São espaços de convivência virtuais onde grupos de pes‐
vidores remotos. Voltaremos aqui ao conceito de arquivo soas ou empresas se relacionam através do envio de mensa‐
texto (ASCII – código 7 bits) e arquivos não texto (Binários
gens, do compartilhamento de conteúdo, entre outras ações.
– código 8 bits). Há uma diferença interessante entre en‐
viar uma mensagem de correio eletrônico e realizar trans‐ As redes sociais tiveram grande avanço devido a evolução
ferência de um arquivo. A mensagem é sempre transferida da internet, cujo boom aconteceu no início do milênio. Veja‐
como uma informação textual, enquanto a transferência de mos como esse percurso aconteceu:
um arquivo pode ser caracterizada como textual (ASCII) ou Em 1994 foi lançado o  GeoCities, a primeira comunida‐
não-textual (binário). de que se assemelha a uma rede social. O GeoCities que, no
Um servidor FTP é um computador que roda um pro‐ entanto, não existe mais, orientava as pessoas para que elas
grama que chamamos de servidor de FTP e, portanto, é ca‐ próprias criassem suas páginas na internet.
paz de se comunicar com outro computador na Rede que Em 1995 surge o The Globe, que dava aos internautas a
o esteja acessando através de um cliente FTP. oportunidade de interagir com um grupo de pessoas.
  FTP anônimo versus FTP com autenticação existem
No mesmo ano, também surge uma plataforma que per‐
dois tipos de conexão FTP, a primeira, e mais utilizada,
é a conexão anônima, na qual não é preciso possuir um mite a interação com antigos colegas da escola, o Classmates.
username ou password (senha) no servidor de FTP, bas‐ Já nos anos 2000, surge o Fotolog, uma plataforma que,
tando apenas identificar-se como anonymous (anônimo). desta vez, tinha como foco a publicação de fotografias.
Neste caso, o que acontece é que, em geral, a árvore de Em 2002 surge o que é considerada a primeira verdadeira
diretório que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do rede social, o Friendster.
sistema. Isto é muito importante, porque garante um nível No ano seguinte, é lançado o LinkedIn, a maior rede social
de segurança adequado, evitando que estranhos tenham de caráter profissional do mundo.
acesso a todas as informações da empresa. Quando se es‐ E em 2004, junto com a maior de todas as redes, o Face‐
tabelece uma conexão de “FTP anônimo”, o que acontece book, surgem o Orkut e o Flickr.
em geral é que a conexão é posicionada no diretório raiz
da árvore de diretórios. Dentre os mais comuns estão: pub,
Há vários tipos de redes sociais. A grande diferença entre
etc, outgoing e incoming. O segundo tipo de conexão en‐
volve uma autenticação, e portanto, é indispensável que o elas é o seu objetivo, os quais podem ser:
usuário possua um username e uma password que sejam • Estabelecimento de contatos pessoais (relações de
reconhecidas pelo sistema, quer dizer, ter uma conta nesse amizade ou namoro)
servidor. Neste caso, ao estabelecer uma conexão, o posi‐ • Networking: partilha e busca de conhecimentos pro‐
cionamento é no diretório criado para a conta do usuário fissionais e procura emprego ou preenchimento de vagas
– diretório home, e dali ele poderá percorrer toda a árvore • Partilha e busca de imagens e vídeos
do sistema, mas só escrever e ler arquivos nos quais ele • Partilha e busca de informações sobre temas variados
possua. • Divulgação para compra e venda de produtos e ser‐
Assim como muitas aplicações largamente utilizadas viços
hoje em dia, o FTP também teve a sua origem no sistema
• Jogos, entre outros
operacional UNIX, que foi o grande percursor e responsá‐
vel pelo sucesso e desenvolvimento da Internet. 

67
CONHECIMENTOS GERAIS

Há dezenas de redes sociais. Dentre as mais conhecidas, destacamos:


• Facebook: interação e expansão de contatos.
• Youtube: partilha de vídeos.
• Whatsapp: envio de mensagens instantâneas e chamadas de voz.
• Instagram: partilha de fotos vídeos.
• Twitter: partilha de pequenas publicações, as quais são conhecidas como “tweets”.
• Pinterest: partilha de ideias de temas variados.
• Skype: telechamada.
• LinkedIn: interação e expansão de contatos profissionais.
• Badoo: relacionamentos amorosos.
• Snapchat: envio de mensagens instantâneas.
• Messenger: envio de mensagens instantâneas.
• Flickr: partilha de imagens.
• Google+: partilha de conteúdos.
• Tumbrl: partilha de pequenas publicações, semelhante ao Twitter.

Vantagens e Desvantagens
Existem várias vantagens em fazer parte de redes sociais e é principalmente por isso que elas tiveram um crescimento
tão significativo ao longo dos anos.
Isso porque as redes sociais podem aproximar as pessoas. Afinal, elas são uma maneira fácil de manter as relações e o
contato com quem está distante, propiciando, assim, a possibilidade de interagir em tempo real.
As redes também facilitam a relação com quem está mais perto. Em decorrência da rotina corrida do dia a dia, nem
sempre há tempo para que as pessoas se encontrem fisicamente.
Além disso, as redes sociais oferecem uma forma rápida e eficaz de comunicar algo para um grande número de pessoas
ao mesmo tempo.
Podemos citar como exemplo o fato de poder avisar um acontecimento, a preparação de uma manifestação ou a mo‐
bilização de um grupo para um protesto.
No entanto, em decorrência de alguns perigos, as redes sociais apresentam as suas desvantagens. Uma delas é a falta
de privacidade.
Por esse motivo, o uso das redes sociais tem sido cada vez mais discutido, inclusive pela polícia, que alerta para algumas
precauções.

#FicaDica
Por ser algo muito atual, tem caído muitas
questões de redes sociais nos concursos
atualmente.

EXERCÍCIO COMENTADO

Com relação a redes de computadores, julgue os itens seguintes

1. Escrivão de Polícia CESPE 2013


Se uma impressora estiver compartilhada em uma intranet por meio de um endereço IP, então, para se imprimir um
arquivo nessa impressora, é necessário, por uma questão de padronização dessa tecnologia de impressão, indicar no na‐
vegador web a seguinte url:

, em que deve es‐


tar acessível via rede e deve ser do tipo PDF.

( ) CERTO ( ) ERRADO

ERRADO. Pelo comando da questão, esta afirma que somente arquivos no formato PDF, poderiam ser impressos, o que
torna o item errado, o comando para impressão não verifica o formato do arquivo, tão somente o local onde está o arquivo a
ser impresso.

68
CONHECIMENTOS GERAIS

2. Escrivão de Polícia CESPE 2013 3. Escrivão de Polícia CESPE 2013


Se, em uma intranet, for disponibilizado um portal de Se o servidor proxy responder na porta 80 e a conexão
informações acessível por meio de um navegador, será passar por um firewall de rede, então o firewall deverá per‐
possível acessar esse portal fazendo-se uso dos protocolos mitir conexões de saída da estação do usuário com a porta
HTTP ou HTTPS, ou de ambos, dependendo de como esteja 80 de destino no endereço do proxy.
configurado o servidor do portal. ( ) CERTO ( ) ERRADO

CERTO. E muitas redes LAN o servidor proxy e o fire-


wall estão no mesmo servidor físico/virtual, porém isso não
é uma regra, ou seja, os dois serviços podem aparecer even-
tualmente em servidores físicos/virtuais separados. Para que
uma estação de usuário (que utiliza proxy na porta 80) possa
“sair” da rede LAN para o mundo exterior “WAN” é necessá-
rio que o firewall permita conexões de saída na mesma porta
em que o proxy está respondendo, ou seja, a porta 80.

4. Escrivão de Polícia CESPE 2013


A opção usar um servidor proxy para a rede local faz
que o IE solicite autenticação em toda conexão de Internet
que for realizada.
( ) CERTO ( ) ERRADO

ERRADO. Somente é solicitado a autenticação se o servi-


dor assim estiver configurado, do contrário nenhuma senha
é solicitada, além de que foi definido para a rede Interna e
não para acesso à Internet.
Com base na figura acima, que ilustra as configurações
da rede local do navegador Internet Explorer (IE), versão 9, 5. Perito Criminal CESPE 2013
julgue os próximos itens. Considere que um usuário necessite utilizar diferentes
( ) CERTO ( ) ERRADO dispositivos computacionais, permanentemente conecta‐
dos à Internet, que utilizem diferentes clientes de e-mail,
CERTO. HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) é um pro- como o
tocolo, ou seja, uma determinada regra que permite ao seu Outlook Express e Mozilla Thunderbird. Nessa situa‐
computador trocar informações com um servidor que abriga ção, o usuário deverá optar pelo uso do protocolo IMAP
um site. Isso significa que, uma vez conectados sob esse pro- (Internet message access protocol), em detrimento do
tocolo, as máquinas podem receber e enviar qualquer con- POP3 (post office protocol), pois isso permitirá a ele manter
teúdo textual – os códigos que resultam na página acessada o conjunto de e-mails no servidor remoto ou, alternativa‐
pelo navegador. mente, fazer o download das mensagens para o computa‐
O problema com o HTTP é que, em redes Wi-Fi ou outras dor em uso.
conexões propícias a phishing (fraude eletrônica) e hackers, ( ) CERTO ( ) ERRADO
pessoas mal-intencionadas podem atravessar o caminho e
interceptar os dados transmitidos com relativa facilidade. CERTO. Em clientes de correios eletrônicos o padrão é
Portanto, uma conexão em HTTP é insegura. utilizar o Protocolo POP ou POP3 que tem a função de bai-
Nesse ponto entra o HTTPS (Hyper Text Transfer Protocol xar as mensagens do servidor de e-mail para o computador
Secure), que insere uma camada de proteção na transmissão que o programa foi configurado. Quando o POP é substituí-
de dados entre seu computador e o servidor. Em sites com do pelo IMAP, essas mensagens são baixadas para o compu-
endereço HTTPS, a comunicação é criptografada, aumen- tador do usuário só que apenas uma cópia delas, deixando
tando significativamente a segurança dos dados. É como se no servidor as mensagens originais; quando o acesso é feito
cliente e servidor conversassem uma língua que só as duas por outro computador essas mensagens que estão no ser-
entendessem, dificultando a interceptação das informações. vidor são baixadas para este outro computador, deixando
Para saber se está navegando em um site com criptogra- sempre a original no servidor.
fia, basta verificar a barra de endereços, na qual será possí-
vel identificar as letras HTTPS e, geralmente, um símbolo de 6. Papiloscopista CESPE 2012
cadeado que denota segurança. Além disso, o usuário deverá Twitter, Orkut, Google+ e Facebook são exemplos de
ver uma bandeira com o nome do site, já que a conexão redes sociais que utilizam o recurso scraps para propiciar
segura também identifica páginas na Internet por meio de o compartilhamento de arquivos entre seus usuários
seu certificado. ( ) CERTO ( ) ERRADO

69
CONHECIMENTOS GERAIS

ERRADO. Scrap é um recado e sua função principal é 10. Delegado de Polícia CESPE 2004
enviar mensagens e não o compartilhamento de arquivos. O armazenamento de informações em arquivos deno‐
Ainda que algumas redes permitam o compartilhamento minados cookies pode constituir uma vulnerabilidade de
de fotos e gifs animados, o objetivo não é o compartilha- um sistema de segurança instalado em um computador.
mento de arquivos e nem todas as redes citadas na questão Para reduzir essa vulnerabilidade, o IE6 disponibiliza recur‐
permitem. sos para impedir que cookies sejam armazenados no com‐
putador. Caso o delegado deseje configurar tratamentos
7. Agente Administrativo CESPE 2014 referentes a cookies, ele encontrará recursos a partir do
Nas versões recentes do Mozilla Firefox, há um recur‐ uso do menu
so que mantém o histórico de atualizações instaladas, no ( ) CERTO ( ) ERRADO
qual são mostrados detalhes como a data da instalação e o
usuário que executou a operação. CERTO. No navegador Internet Explorer 11, a seguinte
( ) CERTO ( ) ERRADO sequência de ação pode ser usada para fazer o bloqueio de
cookies: Clicar no botão Ferramentas, depois em Opções da
ERRADO. Esse recurso existe nas últimas versões do Fire- Internet, ativar guia Privacidade e, em Configurações, mo-
fox, contudo o histórico não contém o usuário que executou a ver o controle deslizante até em cima para bloquear todos
operação. Este recurso está disponível no menu Firefox– Op- os cookies e, em seguida, clicar em OK.
ções– Avançado – Atualizações –Histórico de atualizações.
8. Agente Administrativo CESPE 2014 11. Delegado de Polícia CESPE 2004
No Internet Explorer 10, por meio da opção Sites Suge‐ Caso o acesso à Internet descrito tenha sido realizado
ridos, o usuário pode registrar os sítios que considera mais mediante um provedor de Internet acessível por meio de
importantes e recomendá-los aos seus amigos. uma conexão a uma rede LAN, à qual estava conectado
( ) CERTO ( ) ERRADO o computador do delegado, é correto concluir que as in‐
formações obtidas pelo delegado transitaram na LAN de
ERRADO. O recurso Sites Sugeridos é um serviço online modo criptografado.
que o Internet Explorer usa para recomendar sítios de que ( ) CERTO ( ) ERRADO
o usuário possa gostar, com base nos sítios visitados com
frequência. Para acessá-lo, basta clicar o menu Ferramen- ERRADO. Pela barra de endereço se verifica que o pro-
tas-Arquivo- Sites Sugeridos. tocolo utilizado é o HTTP; dessa forma se conclui que não
há uma criptografia, se fosse o protocolo HTTPS, poderia se
Considere que um delegado de polícia federal, em aferir que haveria algum tipo de criptografia do tipo SSL.
uma sessão de uso do Internet Explorer 6 (IE6), obteve a ja‐
nela ilustrada acima, que mostra uma página web do sítio 12. Delegado de Polícia CESPE 2004)
do DPF, cujo endereço eletrônico está indicado no campo Por meio do botão , o delegado poderá obter, desde
.A partir dessas informações, julgue os itens de que disponíveis, informações a respeito das páginas pre‐
16 a 19. viamente acessadas na sessão de uso do IE6 descrita e de
outras sessões de uso desse aplicativo, em seu computa‐
9. Delegado de Polícia CESPE 2004 dor. Outro recurso disponibilizado ao se clicar esse botão
O conteúdo da página acessada pelo delegado, por permite ao delegado realizar pesquisa de conteúdo nas pá‐
conter dados importantes à ação do DPF, é constantemen‐ ginas contidas no diretório histórico do IE6.
te atualizado por seu webmaster. Após o acesso mencio‐ ( ) CERTO ( ) ERRADO
nado acima, o delegado desejou verificar se houve altera‐
ção desse conteúdo. CERTO. É possível através do botão descrito, o botão de
Nessa situação, ao clicar o botão , o delegado terá histórico, que se encontre informações das páginas acessa-
condições de verificar se houve ou não a alteração men‐ das anteriormente, e também permite que se pesquise a res-
cionada, independentemente da configuração do IE6, mas peito de conteúdos nas páginas contidas no diretório do IE6.
desde que haja recursos técnicos e que o IE6 esteja em
modo online.
( ) CERTO ( ) ERRADO

CERTO. O botão atualizar (F5) efetua uma nova con-


sulta ao servidor WEB, recarregando deste modo o arquivo
novamente, se houver alterações, estas serão exibidas, caso
contrário o arquivo será reexibido sem alterações.

70
CONHECIMENTOS GERAIS

- Integridade – especificidade que assegura que a in‐


CONCEITOS DE PROTEÇÃO LÓGICA E formação manipulada mantenha todas as características
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO, autênticas estabelecidas pelo proprietário da informação,
REALIZAÇÃO DE CÓPIAS DE SEGURANÇA incluindo controle de mudanças e garantia do seu ciclo de
(BACKUP), VÍRUS E ATAQUES A vida (nascimento, manutenção e destruição).
- Disponibilidade – especificidade que assegura que a
COMPUTADORES E ANTIVÍRUS;
informação esteja sempre disponível para o uso legítimo,
ou seja, por aqueles usuários que têm autorização pelo
proprietário da informação.
Segurança da informação: procedimentos de segu- - Autenticidade – especificidade que assegura que a
rança informação é proveniente da fonte anunciada e que não foi
A Segurança da Informação refere-se às proteções exis‐ alvo de mutações ao longo de um processo.
tentes em relação às informações de uma determinada em‐ - Irretratabilidade ou não repúdio – especificidade que
presa, instituição governamental ou pessoa. Ou seja, aplica‐ assegura a incapacidade de negar a autoria em relação a
-se tanto às informações corporativas quanto os pessoais. uma transação feita anteriormente.
Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo
ou dado que tenha valor para alguma corporação ou pes‐ Mecanismos de segurança
soa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta O suporte para as orientações de segurança pode ser
ao público para consulta ou aquisição. encontrado em:
Controles físicos: são barreiras que limitam o contato
ou acesso direto a informação ou a infraestrutura (que as‐
#FicaDica segura a existência da informação) que a suporta.
Controles lógicos: são bloqueios que impedem ou limi‐
Antes de proteger, devemos saber: tam o acesso à informação, que está em ambiente contro‐
- O que proteger; lado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo, ficaria
- De quem proteger; exibida a alteração não autorizada por elemento mal-in‐
- Pontos frágeis; tencionado.
- Normas a serem seguidas. Existem mecanismos de segurança que sustentam os
controles lógicos:
- Mecanismos de cifração ou encriptação: Permitem a
A Segurança da Informação se refere à proteção exis‐ modificação da informação de forma a torná-la ininteligível
a terceiros. Utiliza-se para isso, algoritmos determinados e
tente sobre as informações de uma determinada empresa
uma chave secreta para, a partir de um conjunto de dados
ou pessoa, isto é, aplica-se tanto às informações corporati‐
não criptografados, produzir uma sequência de dados crip‐
vas quanto aos pessoais. Entende-se por informação todo
tografados. A operação contrária é a decifração.
conteúdo ou dado que tenha valor para alguma organiza‐
- Assinatura digital: Um conjunto de dados criptogra‐
ção ou pessoa. Ela pode estar guardada para uso restrito
ou exibida ao público para consulta ou aquisição. fados, agregados a um documento do qual são função,
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não de garantindo a integridade e autenticidade do documento
ferramentas) para definir o nível de segurança que há e, com associado, mas não ao resguardo das informações.
isto, estabelecer as bases para análise de melhorias ou pioras - Mecanismos de garantia da integridade da informa‐
de situações reais de segurança. A segurança de certa infor‐ ção: Usando funções de “Hashing” ou de checagem, é ga‐
mação pode ser influenciada por fatores comportamentais e rantida a integridade através de comparação do resultado
de uso de quem se utiliza dela, pelo ambiente ou infraestru‐ do teste local com o divulgado pelo autor.
tura que a cerca ou por pessoas mal-intencionadas que têm - Mecanismos de controle de acesso: Palavras-chave,
o objetivo de furtar, destruir ou modificar tal informação. sistemas biométricos, firewalls, cartões inteligentes.
A tríade CIA (Confidentiality, Integrity and Availabi‐ - Mecanismos de certificação: Atesta a validade de um
lity) — Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade documento.
— representa as principais características que, atualmen‐ - Integridade: Medida em que um serviço/informação
te, orientam a análise, o planejamento e a implementação é autêntico, ou seja, está protegido contra a entrada por
da segurança para um certo grupo de informações que se intrusos.
almeja proteger. Outros fatores importantes são a irrevo‐ - Honeypot: É uma ferramenta que tem a função de
gabilidade e a autenticidade. Com a evolução do comércio proposital de simular falhas de segurança de um sistema e
eletrônico e da sociedade da informação, a privacidade é obter informações sobre o invasor enganando-o, e fazen‐
também uma grande preocupação. do-o pensar que esteja de fato explorando uma fraqueza
Portanto as características básicas, de acordo com os pa‐ daquele sistema. É uma espécie de armadilha para invaso‐
drões internacionais (ISO/IEC 17799:2005) são as seguintes: res. O HoneyPot não oferece forma alguma de proteção.
- Confidencialidade – especificidade que limita o aces‐ - Protocolos seguros: Uso de protocolos que garantem um
so a informação somente às entidades autênticas, ou seja, grau de segurança e usam alguns dos mecanismos citados.
àquelas autorizadas pelo proprietário da informação.

71
CONHECIMENTOS GERAIS

Mecanismos de encriptação - EAS (AdvancedEncryption Standard): Atualmente é um


dos melhores e mais populares algoritmos de criptogra‐
#FicaDica fia. É possível definir o tamanho da chave como sendo de
128bits, 192bits ou 256bits.
A criptografia vem, originalmente, da fusão - IDEA (International Data EncryptionAlgorithm): É um
entre duas palavras gregas: algoritmo que usa chaves de 128 bits, parecido com o DES.
• CRIPTO = ocultar, esconder. Seu ponto forte é a fácil execução de software.
• GRAFIA= escrever  As chaves simétricas não são absolutamente seguras
quando referem-se às informações extremamente valio‐
Criptografia é a ciência de escrever em cifra ou em có‐ sas, principalmente pelo emissor e o receptor precisa‐
digos. Ou seja, é um conjunto de técnicas que tornam uma rem ter o conhecimento da mesma chave. Dessa forma,
mensagem ininteligível, e permite apenas que o destinatá‐ a transmissão pode não ser segura e o conteúdo pode
rio que saiba a chave de encriptação possa decriptar e ler a chegar a terceiros.
mensagem com clareza. Chave Assimétrica utiliza duas chaves: a privada e a pú‐
Permitema transformação reversível dainformação de blica. Elas se sintetizam da seguinte forma: a chave pública
forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para isso, para codificar e a chave privada para decodificar, conside‐
algoritmos determinados e uma chave secreta para,a partir rando-se que a chave privada é secreta. Entre os algoritmos
de um conjunto de dados não encriptados,produzir uma utilizados, estão:
continuação de dados encriptados. A operação inversa é a - RSA (Rivest, ShmirandAdleman): É um dos algoritmos
desencriptação. de chave assimétrica mais usados, em que dois números
Existem dois tipos de chave: a chave pública e a chave
primos (aqueles que só podem ser divididos por 1 e por
privada.
eles mesmos) são multiplicados para a obter um terceiro
A chave pública é usada para codificar as informações,
e a chave privada é usada para decodificar.   valor. Assim, é preciso fazer fatoração, que significa desco‐
Dessa forma, na pública, todos têm acesso, mas para brir os dois primeiros números a partir do terceiro, sendo
‘abrir’ os dados da informação, que aparentemente não um cálculo difícil. Assim, se números grandes forem utili‐
tem sentido, é preciso da chave privada, que apenas o zados, será praticamente impossível descobrir o código. A
emissor e receptor original possui. chave privada do RSA são os números que são multiplica‐
  Hoje, a criptografia pode ser considerada um méto‐ dos e a chave pública é o valor que será obtido.
do 100% seguro, pois, quem a utiliza para enviar e-mails e - ElGamal: Utiliza-se do ‘logaritmo discreto’, que é um
proteger seus arquivos, estará protegido contra fraudes e problema matemático que o torna mais seguro. É muito
tentativas de invasão. usado em assinaturas digitais.
Os termos ‘chave de 64 bits’ e ‘chave de 128 bits’ são
usados para expressar o tamanho da chave, ou seja, quanto Segurança na internet; vírus de computadores; Spy-
mais bits forem utilizados, mais segura será essa criptografia. ware; Malware; Phishing; Worms e pragas virtuais e Apli-
Um exemplo disso é se um algoritmo usa um chave de cativos para segurança (antivírus, firewall e antispyware)
8 bits, apenas 256 chaves poderão ser usadas para decodi‐ Firewall é uma solução de segurança fundamentada
ficar essa informação, pois 2 elevado a 8 é igual a 256. As‐ em hardware ou software (mais comum) que, a partir de
sim, um terceiro pode tentar gerar 256 tentativas de combi‐ um conjunto de regras ou instruções, analisa o tráfego de
nações e decodificar a mensagem, que mesmo sendo uma rede para determinar quais operações de transmissão ou
tarefa difícil, não é impossível. Portanto, quanto maior o recepção de dados podem ser realizadas. “Parede de fogo”,
número de bits, maior segurança terá a criptografia. a tradução literal do nome, já deixa claro que o firewall se
Existem dois tipos de chaves criptográficas, as chaves enquadra em uma espécie de barreira de defesa. A sua mis‐
são, consiste basicamente em bloquear tráfego de dados
simétricas e as chaves assimétricas
indesejados e liberar acessos desejados.
Chave Simétrica é um tipo de chave simples, que é usa‐
Para melhor compreensão, imagine um firewall como
da para a codificação e decodificação. Entre os algoritmos sendo a portaria de um condomínio: para entrar, é necessá‐
que usam essa chave, estão: rio obedecer a determinadas regras, como se identificar, ser
- DES (Data Encryption Standard): Faz uso de chaves esperado por um morador e não portar qualquer objeto
de 56 bits, que corresponde à aproximadamente 72 qua‐ que possa trazer riscos à segurança; para sair, não se pode
trilhões de combinações. Mesmo sendo um número ex‐ levar nada que pertença aos condôminos sem a devida au‐
tremamente elevado, em 1997, quebraram esse algoritmo torização.
através do método de ‘tentativa e erro’, em um desafio na Neste sentido, um firewall pode impedir uma série de
internet. ações maliciosas: um malware que utiliza determinada por‐
- RC (Ron’sCode ou RivestCipher): É um algoritmo muito ta para se instalar em um computador sem o usuário saber,
utilizado em e-mails e usa chaves de 8 a 1024 bits. Além um programa que envia dados sigilosos para a internet,
disso, ele tem várias versões que diferenciam uma das ou‐ uma tentativa de acesso à rede a partir de computadores
tras pelo tamanho das chaves. externos não autorizados, entre outros.

72
CONHECIMENTOS GERAIS

Você já sabe que um firewall atua como uma espécie de barreira que verifica quais dados podem passar ou não. Esta
tarefa só pode ser feita mediante o estabelecimento de políticas, isto é, de regras estabelecidas pelo usuário.
Em um modo mais restritivo, um firewall pode ser configurado para bloquear todo e qualquer tráfego no computador
ou na rede. O problema é que esta condição isola este computador ou esta rede, então pode-se criar uma regra para que,
por exemplo, todo aplicativo aguarde autorização do usuário ou administrador para ter seu acesso liberado. Esta autoriza‐
ção poderá inclusive ser permanente: uma vez dada, os acessos seguintes serão automaticamente permitidos.
Em um modo mais versátil, um firewall pode ser configurado para permitir automaticamente o tráfego de determina‐
dos tipos de dados, como requisições HTTP (veja mais sobre esse protocolo no ítem 7), e bloquear outras, como conexões
a serviços de e-mail.
Perceba, como estes exemplos, que as políticas de um firewall são baseadas, inicialmente, em dois princípios: todo trá‐
fego é bloqueado, exceto o que está explicitamente autorizado; todo tráfego é permitido, exceto o que está explicitamente
bloqueado.
Firewalls mais avançados podem ir além, direcionando determinado tipo de tráfego para sistemas de segurança internos
mais específicos ou oferecendo um reforço extraem procedimentos de autenticação de usuários, por exemplo.
O trabalho de um firewall pode ser realizado de várias formas. O que define uma metodologia ou outra são fatores
como critérios do desenvolvedor, necessidades específicas do que será protegido, características do sistema operacional
que o mantém, estrutura da rede e assim por diante. É por isso que podemos encontrar mais de um tipo de firewall. A
seguir, os mais conhecidos.
Filtragem de pacotes (packetfiltering): As primeiras soluções de firewall surgiram na década de 1980 baseando-se em
filtragem de pacotes de dados (packetfiltering), uma metodologia mais simples e, por isso, mais limitada, embora ofereça
um nível de segurança significativo.
Para compreender, é importante saber que cada pacote possui um cabeçalho com diversas informações a seu respeito,
como endereço IP de origem, endereço IP do destino, tipo de serviço, tamanho, entre outros. O Firewall então analisa estas
informações de acordo com as regras estabelecidas para liberar ou não o pacote (seja para sair ou para entrar na máquina/
rede), podendo também executar alguma tarefa relacionada, como registrar o acesso (ou tentativa de) em um arquivo de log.
O firewall de aplicação, também conhecido como proxy de serviços (proxy services) ou apenas proxy é uma solução
de segurança que atua como intermediário entre um computador ou uma rede interna e outra rede, externa normalmente,
a internet. Geralmente instalados em servidores potentes por precisarem lidar com um grande número de solicitações, fire‐
walls deste tipo são opções interessantes de segurança porque não permitem a comunicação direta entre origem e destino.
A imagem a seguir ajuda na compreensão do conceito. Perceba que em vez de a rede interna se comunicar direta‐
mente com a internet, há um equipamento entre ambos que cria duas conexões: entre a rede e o proxy; e entre o proxy e
a internet. Observe:

Figura 91: Proxy

Perceba que todo o fluxo de dados necessita passar pelo proxy. Desta forma, é possível, por exemplo, estabelecer
regras que impeçam o acesso de determinados endereços externos, assim como que proíbam a comunicação entre com‐
putadores internos e determinados serviços remotos.
Este controle amplo também possibilita o uso do proxy para tarefas complementares: o equipamento pode registrar
o tráfego de dados em um arquivo de log; conteúdo muito utilizado pode ser guardado em uma espécie de cache (uma
página Web muito acessada fica guardada temporariamente no proxy, fazendo com que não seja necessário requisitá-la
no endereço original a todo instante, por exemplo); determinados recursos podem ser liberados apenas mediante auten‐
ticação do usuário; entre outros.
A implementação de um proxy não é tarefa fácil, haja visto a enorme quantidade de serviços e protocolos existentes
na internet, fazendo com que, dependendo das circunstâncias, este tipo de firewall não consiga ou exija muito trabalho de
configuração para bloquear ou autorizar determinados acessos.

73
CONHECIMENTOS GERAIS

Proxy transparente: No que diz respeito a limitações, internet em seu computador a partir de uma conexão 3G
é conveniente mencionar uma solução chamada de proxy (justamente para burlar as restrições da rede, talvez), o fi‐
transparente. O proxy “tradicional”, não raramente, exige rewall não conseguirá interferir.
que determinadas configurações sejam feitas nas ferra‐
mentas que utilizam a rede (por exemplo, um navegador SISTEMA ANTIVÍRUS.
de internet) para que a comunicação aconteça sem erros. Qualquer usuário já foi, ou ainda é vítima dos vírus,
O problema é, dependendo da aplicação, este trabalho de spywares, trojans, entre muitos outros. Quem que nunca
ajuste pode ser inviável ou custoso. precisou formatar seu computador?
O proxy transparente surge como uma alternativa para Os vírus representam um dos maiores problemas para
estes casos porque as máquinas que fazem parte da rede usuários de computador. Para poder resolver esses problemas,
as principais desenvolvedoras de softwares criaram o principal
não precisam saber de sua existência, dispensando qual‐
utilitário para o computador, os antivírus, que são programas
quer configuração específica. Todo acesso é feito normal‐
com o propósito de detectar e eliminar vírus e outros progra‐
mente do cliente para a rede externa e vice-versa, mas o mas prejudiciais antes ou depois de ingressar no sistema.
proxy transparente consegue interceptá-lo e responder Os vírus, worms, Trojans, spyware são tipos de progra‐
adequadamente, como se a comunicação, de fato, fosse mas de software que são implementados sem o consenti‐
direta. mento (e inclusive conhecimento) do usuário ou proprie‐
É válido ressaltar que o proxy transparente também tário de um computador e que cumprem diversas funções
tem lá suas desvantagens, por exemplo: um proxy «nor‐ nocivas para o sistema. Entre elas, o roubo e perda de da‐
mal» é capaz de barrar uma atividade maliciosa, como um dos, alteração de funcionamento, interrupção do sistema e
malware enviando dados de uma máquina para a internet; propagação para outros computadores.
o proxy transparente, por sua vez, pode não bloquear este Os antivírus são aplicações de software projetadas como
tráfego. Não é difícil entender: para conseguir se comu‐ medida de proteção e segurança para resguardar os dados
nicar externamente, o malware teria que ser configurado e o funcionamento de sistemas informáticos caseiros e em‐
para usar o proxy «normal» e isso geralmente não aconte‐ presariais de outras aplicações conhecidas comunmente
ce; no proxy transparente não há esta limitação, portanto, como vírus ou malware que tem a função de alterar, pertur‐
o acesso aconteceria normalmente. bar ou destruir o correto desempenho dos computadores.
Um programa de proteção de vírus tem um funciona‐
Limitações dos firewalls mento comum que com frequência compara o código de
cada arquivo que revisa com uma base de dados de códigos
de vírus já conhecidos e, desta maneira, pode determinar se
#FicaDica trata de um elemento prejudicial para o sistema. Também
pode reconhecer um comportamento ou padrão de condu‐
Firewalls têm lá suas limitações, sendo que ta típica de um vírus. Os antivírus podem registrar tanto os
estas variam conforme o tipo de solução e a arquivos encontrados dentro do sistema como aqueles que
arquitetura utilizada. De fato, firewalls são procuram ingressar ou interagir com o mesmo.
recursos de segurança bastante importantes, Como novos vírus são criados de maneira quase cons‐
mas não são perfeitos em todos os sentidos. tante, sempre é preciso manter atualizado o programa
antivírus de maneira de que possa reconhecer as novas
versões maliciosas. Assim, o antivírus pode permanecer em
Seguem abaixo algumas dessas limitações: execução durante todo tempo que o sistema informático
- Um firewall pode oferecer a segurança desejada, mas permaneça ligado, ou registrar um arquivo ou série de ar‐
comprometer o desempenho da rede (ou mesmo de um quivos cada vez que o usuário exija. Normalmente, o an‐
computador). Esta situação pode gerar mais gastos para uma tivírus também pode verificar e-mails e sites de entrada e
ampliação de infraestrutura capaz de superar o problema; saída visitados.
- A verificação de políticas tem que ser revista perio‐ Um antivírus pode ser complementado por outros apli‐
dicamente para não prejudicar o funcionamento de novos cativos de segurança, como firewalls ou anti-spywares que
serviços; cumprem funções auxiliares para evitar a entrada de vírus.
- Novos serviços ou protocolos podem não ser devida‐ Então, antivírus são os programas criados para manter
mente tratados por proxies já implementados; seu computador seguro, protegendo-o de programas ma‐
- Um firewall pode não ser capaz de impedir uma ati‐ liciosos, com o intuito de estragar, deletar ou roubar dados
vidade maliciosa que se origina e se destina à rede interna; de seu computador.
- Um firewall pode não ser capaz de identificar uma Ao pesquisar sobre antivírus para baixar, sempre es‐
atividade maliciosa que acontece por descuido do usuário - colha os mais famosos, ou conhecidos, pois hackers estão
quando este acessa um site falso de um banco ao clicar em usando este mercado para enganar pessoas com falsos
um link de uma mensagem de e-mail, por exemplo; softwares, assim, você instala um “antivírus” e deixa seu
- Firewalls precisam ser “vigiados”. Malwares ou ata‐ computador vulnerável aos ataques.
cantes experientes podem tentar descobrir ou explorar E esses falsos softwares estão por toda parte, cuidado
brechas de segurança em soluções do tipo; ao baixar programas de segurança em sites desconheci‐
- Um firewall não pode interceptar uma conexão que dos, e divulgue, para que ninguém seja vítima por falta de
não passa por ele. Se, por exemplo, um usuário acessar a informação.

74
CONHECIMENTOS GERAIS

Os vírus que se anexam a arquivos infectam também todos os arquivos que estão sendo ou e serão executados. Alguns
às vezes recontaminam o mesmo arquivo tantas vezes e ele fica tão grande que passa a ocupar um espaço considerável
(que é sempre muito precioso) em seu disco. Outros, mais inteligentes, se escondem entre os espaços do programa origi‐
nal, para não dar a menor pista de sua existência.
Cada vírus possui um critério para começar o ataque propriamente dito, onde os arquivos começam a ser apagados,
o micro começa a travar, documentos que não são salvos e várias outras tragédias. Alguns apenas mostram mensagens
chatas, outros mais elaborados fazem estragos muitos grandes.
Existe uma variedade enorme de softwares antivírus no mercado. Independente de qual você usa, mantenha-o sempre
atualizado. Isso porque surgem vírus novos todos os dias e seu antivírus precisa saber da existência deles para proteger
seu sistema operacional.
A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de atualização automática. Abaixo há uma lista com os antivírus
mais conhecidos:
Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br - Possui versão de teste.
McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui versão de teste.
AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga e outra gratuita para uso não comercial (com menos funcionali‐
dades).
Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftware.com.br - Possui versão de teste.
É importante frisar que a maioria destes desenvolvedores possuem ferramentas gratuitas destinadas a remover vírus
específicos. Geralmente, tais softwares são criados para combater vírus perigosos ou com alto grau de propagação.

Figura 92: Principais antivírus do mercado atual

Tipos de Vírus
Cavalo-de-Tróia: A denominação “Cavalo de Tróia” (Trojan Horse) foi atribuída aos programas que permitem a invasão
de um computador alheio com espantosa facilidade. Nesse caso, o termo é análogo ao famoso artefato militar fabricado
pelos gregos espartanos. Um “amigo” virtual presenteia o outro com um “presente de grego”, que seria um aplicativo qual‐
quer. Quando o leigo o executa, o pro- grama atua de forma diferente do que era esperado.
Ao contrário do que é erroneamente informado na mídia, que classifica o Cavalo de Tróia como um vírus, ele não se
reproduz e não tem nenhuma comparação com vírus de computador, sendo que seu objetivo é totalmente diverso. Deve‐
-se levar em consideração, também, que a maioria dos antivírus faz a sua detecção e os classificam como tal. A expressão
“Trojan” deve ser usada, exclusivamente, como definição para programas que capturam dados sem o conhecimento do
usuário. O Cavalo de Tróia é um programa que se aloca como um ar- quivo no computador da vítima. Ele tem o intuito de
roubar informações como passwords, logins e quaisquer dados, sigilosos ou não, mantidos no micro da vítima. Quando a
máquina contaminada por um Trojan conectar-se à Internet, poderá ter todas as informações contidas no HD visualizadas
e capturadas por um intruso qualquer. Estas visitas são feitas imperceptivelmente. Só quem já esteve dentro de um com‐
putador alheio sabe as possibilidades oferecidas.
Worms (vermes) podem ser interpretados como um tipo de vírus mais inteligente que os demais. A principal diferença
entre eles está na forma de propagação: os worms podem se propagar rapidamente para outros computadores, seja pela
Internet, seja por meio de uma rede local. Geralmente, a contaminação ocorre de maneira discreta e o usuário só nota o
problema quando o computador apresenta alguma anormalidade. O que faz destes vírus inteligentes é a gama de possi‐
bilidades de propagação. O worm pode capturar endereços de e-mail em arquivos do usuário, usar serviços de SMTP (sis‐
tema de envio de e-mails) próprios ou qualquer outro meio que permita a contaminação de computadores (normalmente
milhares) em pouco tempo.

75
CONHECIMENTOS GERAIS

Spywares, keyloggers e hijackers: Apesar de não se‐ Para se elaborar uma Política de Segurança da In‐
rem necessariamente vírus, estes três nomes também re‐ formação, deve se levar em consideração a NBR ISO/IEC
presentam perigo. Spywares são programas que ficam«es‐ 27001:2005, que é uma norma de códigos de práticas para
pionando» as atividades dos internautas ou capturam in‐ a gestão de segurança da informação, onde podem ser
formações sobre eles. Para contaminar um computador, os encontradas as melhores práticas para iniciar, implemen‐
spywares podem vir embutidos em softwares desconheci‐ tar, manter e melhorar a gestão de segurança da informa‐
dos ou serem baixa- dos automaticamente quando o inter‐ ção em uma organização.
nauta visita sites de conteúdo duvidoso. Importante mencionar que conforme a ISO/IEC
Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem 27002:2005(2005), a informação é um conjunto de dados
vir embutidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos, que representa um ponto de vista, um dado processado é
destinados a capturar tudo o que é digitado no teclado. O o que gera uma informação. Um dado não tem valor an‐
objetivo principal, nestes casos, é capturar senhas. tes de ser processado, a partir do seu processamento, ele
Hijackers são programas ou scripts que «sequestram» passa a ser considerado uma informação, que pode gerar
navegadores de Internet, principalmente o Internet Explo‐ conhecimento, logo, a informação é o conhecimento pro‐
duzido como resultado do processamento de dados.
rer. Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do
De fato, com o aumento da concorrência de mercado,
browser e impede o usuário de mudá-la, exibe propagan‐
tornou-se vital melhorar a capacidade de decisão em todos
das em pop-ups ou janelas novas, instala barras de ferra‐
os níveis.  Como resultado deste significante aumento da
mentas no navegador e podem impedir acesso a determi‐ interconectividade, a informação está agora exposta a um
nados sites (como sites de software antivírus, por exemplo). crescente número e a uma grande variedade de ameaças e
Os spywares e os keyloggers podem ser identificados vulnerabilidades.
por programas anti-spywares. Porém, algumas destas pra‐ Segundo a ABNT NBR ISO/IEC 17799:2005 (2005, p.ix),
gas são tão peri- gosas que alguns antivírus podem ser “segurança da informação é a proteção da informação de
preparados para identificá-las, como se fossem vírus. No vários tipos de ameaças para garantir a continuidade do
caso de hijackers, muitas vezes é necessário usar uma ferra‐ negócio, minimizar o risco ao negócio, maximizar o retor‐
menta desenvolvida especialmente para combater aquela no sobre os investimentos e as oportunidades de negócio,
praga. Isso porque os hijackers podem se infiltrar no sis‐ para isso é muito importante a confidencialidade, integri‐
tema operacional de uma forma que nem antivírus nem dade e a disponibilidade, onde:
anti-spywares conseguem “pegar”. A confidencialidade é a garantia de que a informação é
Hoaxes, São boatos espalhados por mensagens de acessível somente por pessoas autorizadas a terem acesso
correio eletrônico, que servem para assustar o usuário de (NBR ISO/IEC 27002:2005). Caso a informação seja acessa‐
computador. Uma mensagem no e-mail alerta para um da por uma pessoa não autorizada, intencionalmente ou
novo vírus totalmente destrutivo que está circulando na não, ocorre a quebra da confidencialidade. A quebra desse
rede e que infectará o micro do destinatário enquanto a sigilo pode acarretar danos inestimáveis para a empresa ou
mensagem estiver sendo lida ou quando o usuário clicar até mesmo para uma pessoa física. Um exemplo simples
em determinada tecla ou link. Quem cria a mensagem hoax seria o furto do número e da senha do cartão de crédito,
normalmente costuma dizer que a informação partiu de ou até mesmo, dados da conta bancária de uma pessoa.
uma empresa confiável, como IBM e Microsoft, e que tal A integridade é a garantia da exatidão e completeza da
vírus poderá danificar a máquina do usuário. Desconsidere informação e dos métodos de processamento (NBR ISO/
a mensagem. IEC 27002:2005) quando a informação é alterada, falsifica‐
da ou furtada, ocorre à quebra da integridade. A integri‐
Política de segurança da Informação dade é garantida quando se mantém a informação no seu
Hoje as informações são bens ativos da empresa, ima‐ formato original.
gine uma Universidade perdendo todos os dados dos seus A disponibilidade é a garantia de que os usuários au‐
alunos, ou até mesmo o tornar públicos, com isso pode‐ torizados obtenham acesso à informação e aos ativos
-se dizer que a informação se tornou o ativo mais valio‐ correspondentes sempre que necessário (NBR ISO/IEC
so das organizações, podendo ser alvo de uma série de 27002:2005). Quando a informação está indisponível para
ameaças com a finalidade de explorar as vulnerabilidades o acesso, ou seja, quando os servidores estão inoperantes
e causar prejuízos consideráveis. A informação é encarada,
por conta de ataques e invasões, considera-se um incidente
atualmente, como um dos recursos mais importantes de
de segurança da informação por quebra de disponibilidade.
uma organização, contribuindo decisivamente para a uma
Mesmo as interrupções involuntárias de sistemas, ou seja,
maior ou menor competitividade, por isso é necessária a
não intencionais, configuram quebra de disponibilidade.
implementação de políticas de se segurança da informação
que busquem reduzir as chances de fraudes ou perda de
informações. Procedimentos de backup
A  Política de Segurança da Informação é um do‐ O Backup ajuda a proteger os dados de exclusão aci‐
cumento que contém um conjunto de normas, métodos dentais, ou até mesmo de falhas, por exemplo se os dados
e procedimentos, que obrigatoriamente precisam ser co‐ originais do disco rígido forem apagados ou substituídos
municados a todos os funcionários, bem como analisado e acidentalmente ou se ficarem inacessíveis devido a um de‐
revisado criticamente, em intervalos regulares ou quando feito do disco rígido, você poderá restaurar facilmente os
mudanças se fizerem necessárias. dados usando a cópia arquivada.

76
CONHECIMENTOS GERAIS

Tipos de Backup encontrar o arquivo. Para restaurar um sistema de arquivo


Fazer um backup é simples. Basta copiar os arquivos completo, é necessário restaurar o último backup completo
que você usa para outro lugar e pronto, está feito o backup. e todos os backups incrementais subsequentes. Numa ten‐
Mas e se eu alterar um arquivo? E se eu excluir acidental‐ tativa de diminuir a necessidade de procurar em todos os
mente um arquivo? E se o arquivo atual corrompeu? Bem, backups incrementais, foi implementada uma tática ligeira‐
é aí que a coisa começa a ficar mais legal. É nessa hora que mente diferente. Esta é conhecida como backup diferencial.
entram as estratégias de backup. Os backups diferenciais, também só copia arquivos al‐
Se você perguntar a alguém que não é familiarizado terados desde o último backup, mas existe uma diferen‐
com backups, a maioria pensará que um backup é somen‐ ça, ele mapeia as alterações em relação ao último backup
te uma cópia idêntica de todos os dados do computador. completo, importante mencionar que essa técnica ocasio‐
Em outras palavras, se um backup foi criado na noite de na o aumento progressivo do tamanho do arquivo.
terça-feira, e nada mudou no computador durante o dia Os backups delta sempre armazena a diferença entre
todo na quarta-feira, o backup criado na noite de quarta as versões correntes e anteriores dos arquivos, começan‐
seria idêntico àquele criado na terça. Apesar de ser possí‐ do a partir de um backup completo e, a partir daí, a cada
vel configurar backups desta maneira, é mais provável que novo backup são copiados somente os arquivos que foram
você não o faça. Para entender mais sobre este assunto, alterados enquanto são criados hardlinks para os arquivos
devemos primeiro entender os tipos diferentes de backup que não foram alterados desde o último backup. Esta é a
que podem ser criados. Estes são: técnica utilizada pela Time Machine da Apple e por ferra‐
• Backups completos; mentas como o rsync.
• Backups incrementais;
• Backups diferenciais; Mídias
• Backups delta; A fita foi o primeiro meio de armazenamento de dados
removível amplamente utilizado. Tem os benefícios de custo
O backup completo é simplesmente fazer a cópia de baixo e uma capacidade razoavelmente boa de armazena‐
todos os arquivos para o diretório de destino (ou para os mento. Entretanto, a fita tem algumas desvantagens. Ela está
dispositivos de backup correspondentes), independente sujeita ao desgaste e o acesso aos dados na fita é sequencial
de versões anteriores ou de alterações nos arquivos des‐ por natureza. Estes fatores significam que é necessário man‐
de o último backup. Este tipo de backup é o tradicional ter o registro do uso das fitas (aposentá-las ao atingirem o
e a primeira ideia que vêm à mente das pessoas quando fim de suas vidas úteis) e também que a procura por um
pensam em backup: guardar TODAS as informações. Outra arquivo específico nas fitas pode ser uma tarefa longa.
característica do backup completo é que ele é o ponto de Ultimamente, os drives de disco nunca seriam usados
início dos outros métodos citados abaixo. Todos usam este como um meio de backup. No entanto, os preços de ar‐
backup para assinalar as alterações que deverão ser salvas mazenamento caíram a um ponto que, em alguns casos,
em cada um dos métodos. usar drives de disco para armazenamento de backup faz
Este tipo consiste no backup de todos os arquivos sentido. A razão principal para usar drives de disco como
para a mídia de backup. Conforme mencionado anterior‐ um meio de backup é a velocidade. Não há um meio de
mente, se os dados sendo copiados nunca mudam, cada armazenamento em massa mais rápido. A velocidade pode
backup completo será igual aos outros. Esta similaridade ser um fator crítico quando a janela de backup do seu cen‐
ocorre devido ao fato que um backup completo não veri‐ tro de dados é curta e a quantidade de dados a serem co‐
fica se o arquivo foi alterado desde o último backup; copia piados é grande.
tudo indiscriminadamente para a mídia de backup, tendo O armazenamento deve ser sempre levado em conside‐
modificações ou não. Esta é a razão pela qual os backups ração, onde o administrador desses backups deve se preo‐
completos não são feitos o tempo todo Todos os arquivos cupar em encontrar um equilíbrio que atenda adequada‐
seriam gravados na mídia de backup. Isto significa que uma mente às necessidades de todos, e também assegurar que
grande parte da mídia de backup é usada mesmo que nada os backups estejam disponíveis para a pior das situações.
tenha sido alterado. Fazer backup de 100 gigabytes de da‐ Após todas as técnicas de backups estarem efetivadas
dos todas as noites quando talvez 10 gigabytes de dados deve-se garantir os testes para que com o passar do tempo
foram alterados não é uma boa prática; por este motivo os não fiquem ilegíveis.
backups incrementais foram criados.
Já os backups incrementais primeiro verificam se o ho‐ Recomendações para proteger seus backups
rário de alteração de um arquivo é mais recente que o ho‐ Fazer backups é uma excelente prática de segurança
rário de seu último backup, por exemplo, já atuei em uma básica. Agora lhe damos conselhos simples para que você
Instituição, onde todos os backups eram programados para esteja a salvo no dia em que precisar deles:
a quarta-feira.
A  vantagem  principal em usar backups incrementais 1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escritório,
é que rodam mais rápido que os backups completos. A e, se for possível, em algum recipiente à prova de incên‐
principal desvantagem dos backups incrementais é que dios, como os cofres onde você guarda seus documentos e
para restaurar um determinado arquivo, pode ser neces‐ valores importantes.
sário procurar em um ou mais backups incrementais até 2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as man‐
tenha em lugares separados.

77
CONHECIMENTOS GERAIS

3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups, é b. blocos de disco.


melhor comprimir os arquivos que já sejam muito antigos c. navegador de internet.
(quase todos os programas de backup contam com essa d. processador de dados.
opção), assim você não desperdiça espaço útil. e. sistemaoperacional.
4. Proteja seus backups com uma senha, de maneira
que sua informação fique criptografada o suficiente para 2) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO – AD‐
que ninguém mais possa acessá-la. Se sua informação é MINISTRATIVA) As características básicas da segurança da
importante para seus entes queridos, implemente alguma informação — confidencialidade, integridade e disponibi‐
forma para que eles possam saber a senha se você não lidade — não são atributos exclusivos dos sistemas com‐
estiver presente. putacionais.
a. Certo
VPN b. Errado
É o acrônimo de (Virtual Private Network), que signifi‐
ca Rede Particular Virtual, que define-se como a conexão 3) (TRE/CE 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO – JU‐
de dois computadores utilizando uma rede pública (Inter‐ RÍDICA) São ações para manter o computador protegi‐
net), imagine uma empresa que quer ligar suas filiais, esse do, EXCETO:
é um caso clássico, ou também pensando na modalidade a. Evitar o uso de versões de sistemas operacionais
de trabalho homeoffice, onde o funcionário da casa dele
ultrapassadas, como Windows 95 ou 98.
pode acessar todos seus arquivos e softwares específicos
b. Excluir spams recebidos e não comprar nada
da empresa.
anunciado através desses spams.
A palavra tunelamento é algo normal ao se trabalhar com
c. Não utilizar firewall.
VPNs, é como se criasse um túnel para que os dados possam
d. Evitar utilizar perfil de administrador, preferindo
ser enviados sem que outros usuários tenham acesso.
sempre utilizar um perfil mais restrito.
Para criar uma rede VPN não é preciso mais do que
dois (ou mais) computadores conectados à Internet e um e. Não clicar em links não solicitados, pois links es‐
programa de VPN instalado em cada máquina. O processo tranhos muitas vezes são vírus.
para o envio dos dados é o seguinte:
• Os dados são criptografados e encapsulados. 4) (Copergás 2016 - FCC – Técnico Operacional Segu‐
• Algumas informações extras, como o número de rança do Trabalho) A ferramenta Outlook :
IP da máquina remetente, são adicionadas aos dados que a) é um serviço de e-mail gratuito para gerenciar todos
serão enviados para que o computador receptor possa os e-mails, calendários e contatos de um usuário.
identificar quem mandou o pacote de dados. b) 2016 é a versão mais recente, sendo compatível com
• O pacote contendo todos os dados é enviado o Windows 10, o Windows 8.1 e o Windows 7.
através do “túnel” criado até o computador de destino. c) permite que todas as pessoas possam ver o calen‐
• A máquina receptora irá identificar o computador re‐ dário de um usuário, mas somente aquelas com e-mail
metente através das informações anexadas ao pacote de dados. Outlook.com podem agendar reuniões e responder a con‐
• Os dados são recebidos e desencapsulados. vites.
• Finalmente os dados são descriptografados e ar‐ d) funciona apenas em dispositivos com Windows, não
mazenados no computador de destino. funcionando no iPad, no iPhone, em tablets e em telefones
com Android.
e) versão 2015 oferece acesso gratuito às ferramentas
do pacote de webmail Office 356 da Microsoft.
CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE
GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, 5) (CRM-PI 2016 - Quadrix – Médico Fiscal) Em um com‐
ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS. putador com o sistema operacional Windows instalado, um
funcionário deseja enviar 50 arquivos, que juntos totalizam
2 MB de tamanho, anexos em um  e-mail. Para facilitar o
envio, resolveu compactar esse conjunto de arquivos em
“Prezado Candidato, O Tópico Acima Foi Abordado um único arquivo utilizando um software compactador. Só
No Decorrer Da Matéria” não poderá ser utilizado nessa tarefa o software: 

EXERCÍCIOS a) 7-Zip.
b) WinZip.
1) (LIQUIGÁS 2012 - CESGRANRIO - ASSISTENTE c) CuteFTP.
ADMINISTRATIVO) Um computador é um equipamento d) jZip.
capaz de processar com rapidez e segurança grande quan‐ e) WinRAR.
tidade de informações.
Assim, além dos componentes de hardware, os computa‐ 6) (MPE-CE 2013 - FCC - Analista Ministerial - Direito)
Sobre manipulação de arquivos no Windows 7 em portu‐
dores necessitam de um conjunto de softwares denominado:
guês, é correto afirmar que,
a. arquivo de dados.

78
CONHECIMENTOS GERAIS

a) para mostrar tipos diferentes de informações sobre 11) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) Um
cada arquivo de uma janela, basta clicar no botão Classifi‐ funcionário precisa conectar um projetor multimídia a um
car na barra de ferramentas da janela e escolher o modo de computador. Qual é o padrão de conexão que ele deve usar?
exibição desejado. a) RJ11
b) quando você exclui um arquivo do disco rígido, ele é b) RGB
apagado permanentemente e não pode ser posteriormen‐ c) HDMI
te recuperado caso tenha sido excluído por engano. d) PS2
c) para excluir um arquivo de um pen drive, basta clicar e) RJ45
com o botão direito do mouse sobre ele e selecionar a op‐
ção Enviar para a lixeira. 12) (SABESP 2014 - FCC - Analista de Gestão - Admi‐
d) se um arquivo for arrastado entre duas pastas que nistração) Correspondem, respectivamente, aos elementos
estão no mesmo disco rígido, ele será compartilhado entre placa de som, editor de texto, modem, editor de planilha e
todos os usuários que possuem acesso a essas pastas. navegador de internet:
e) se um arquivo for arrastado de uma pasta do disco a) software, software, hardware, software e hardware.
rígido para uma mídia removível, como um pen drive, ele b) hardware, software, software, software e hardware.
será copiado. c) hardware, software, hardware, hardware e software.
d) software, hardware, hardware, software e software.
7) (SUDECO 2013 - FUNCAB - Contador) No sistema e) hardware, software, hardware, software e software.
operacional Linux,o comando que NÃO está relacionado a
manipulação de arquivos é: 13) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo)
a) kill Um computador à venda em um sítio de comércio eletrô‐
b) cat nico possui 3.2 GHz, 8 GB, 2 TB e 6 portas USB. Essa confi‐
c) rm guração indica que:
d) cp a) a velocidade do processador é 3.2 GHz.
e) ftp b) a capacidade do disco rígido é 8 GB.
c) a capacidade da memória RAM é 2 TB.
d) a resolução do monitor de vídeo é composta de 6
8) (IBGE 2016 - FGV - Analista - Análise de Sistemas
portas USB.
- Desenvolvimento de Aplicações - Web Mobile) Um de‐
senvolvedor Android deseja inserir a funcionalidade de
14) (IF-PA 2016 - FUNRIO - Técnico de Tecnologia da
backup em uma aplicação móvel para, de tempos em tem‐
Informação) São dispositivos ou periféricos de entrada de
pos, armazenar dados automaticamente. A classe da API de
um computador:
Backup (versão 6.0 ou superior) a ser utilizada é a:
a) Câmera, Microfone, Projetor e Scanner.
a) BkpAgent;
b) Câmera, Mesa Digitalizadora, Microfone e Scanner.
b) BkpHelper; c) Microfone, Modem, Projetor e Scanner.
c) BackupManager; d) Mesa Digitalizadora, Monitor, Microfone e Projetor.
d) BackupOutputData; e) Câmera, Microfone, Modem e Scanner.
e) BackupDataStream.
15) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO‐
9) (Prefeitura de Cristiano Otoni 2016 - INAZ do Pará GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Acerca dos ambientes Linux e
- Psicólogo) Realizar cópia de segurança é uma forma de Windows, julgue os itens seguintes.2No sistema operacio‐
prevenir perda de informações. Qual é o Backup que só nal Windows 8, há a possibilidade de integrar-se à denomi‐
efetua a cópia dos últimos arquivos que foram criados pelo nada nuvem de computadores que fazem parte da Internet.
usuário ou sistema? a)Certo
a) Backup incremental b)Errado
b) Backup diferencial
c) Backup completo 16) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTI‐
d) Backup Normal CA) Alguns programas do computador de Ana estão muito
e) Backup diário lentos e ela receia que haja um problema com o hardware
ou com a memória principal. Muitos de seus programas
10) (CRO-PR 2016 - Quadrix - Auxiliar de Departamen‐ falham subitamente e o carregamento de arquivos gran‐
to) Como é chamado o backup em que o sistema não é des de imagens e vídeos está muito demorado. Além disso,
interrompido para sua realização? aparece, com frequência, mensagens indicando conflitos
a) Backup Incremental. em drivers de dispositivos. Como ela utiliza o Windows 7,
b) Cold backup. resolveu executar algumas funções de diagnóstico, que
c) Hot backup. poderão auxiliar a detectar as causas para os problemas e
d) Backup diferencial. sugerir as soluções adequadas.
e) Backup normal Para realizar a verificação da memória e, em seguida
do hardware, Ana utilizou, respectivamente, as ferramentas:

79
CONHECIMENTOS GERAIS

a)Diagnóstico de memória do Windows e Monitor de a) certo


desempenho. b) errado
b)Monitor de recursos de memória e Diagnóstico de
conflitos do Windows. 21) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉCNI‐
c)Monitor de memória do Windows e Diagnóstico de CO ADMINISTRATIVO - RH) Paulo utiliza em seu trabalho o
desempenho de hardware. editor de texto Microsoft Word 2010 (em português) para
d)Mapeamento de Memória do Windows e Mapea‐ produzir os documentos da empresa. Certo dia Paulo digi‐
mento de hardware do Windows. tou um documento contendo 7 páginas de texto, porém,
e)Diagnóstico de memória e desempenho e Diagnósti‐ precisou imprimir apenas as páginas 1, 3, 5, 6 e 7. Para im‐
co de hardware do Windows. primir apenas essas páginas, Paulo clicou no Menu Arquivo,
na opção Imprimir e, na divisão Configurações, selecionou
17) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECU‐ a opção Imprimir Intervalo Personalizado. Em seguida, no
ÇÃO DE MANDADOS) Beatriz trabalha em um escritório de campo Páginas, digitou
advocacia e utiliza um computador com o Windows 7 Pro‐ a) 1,3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
fessional em português. Certo dia notou que o computador b) 1;3-5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
em que trabalha parou de se comunicar com a internet e com c) 1−3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
outros computadores ligados na rede local. Após consultar d) 1+3,5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
um técnico, por telefone, foi informada que sua placa de rede e) 1,3,5;7 e clicou no botão Imprimir.
poderia estar com problemas e foi orientada a checar o fun‐
cionamento do adaptador de rede. Para isso, Beatriz entrou 22) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXE‐
no Painel de Controle, clicou na opção Hardware e Sons e, CUÇÃO DE MANDADOS) João trabalha no departamento
no grupo Dispositivos e Impressoras, selecionou a opção: financeiro de uma grande empresa de vendas no varejo
e, em certa ocasião, teve a necessidade de enviar a 768
a) Central de redes e compartilhamento.
clientes inadimplentes uma carta com um texto padrão, na
b) Verificar status do computador.
qual deveria mudar apenas o nome do destinatário e a data
c) Redes e conectividade.
em que deveria comparecer à empresa para negociar suas
d) Gerenciador de dispositivos. dívidas. Por se tratar de um número expressivo de clientes,
e) Exibir o status e as tarefas de rede. João pesquisou recursos no Microsoft Office 2010, em por‐
tuguês, para que pudesse cadastrar apenas os dados dos
18) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTICA) clientes e as datas em que deveriam comparecer à empresa
No console do sistema operacional Linux, alguns coman‐ e automatizar o processo de impressão, sem ter que mudar
dos permitem executar operações com arquivos e diretó‐ os dados manualmente. Após imprimir todas as correspon‐
rios do disco. dências, João desejava ainda imprimir, também de forma
Os comandos utilizados para criar, acessar e remover automática, um conjunto de etiquetas para colar nos en‐
um diretório vazio são, respectivamente, velopes em que as correspondências seriam colocadas. Os
a) pwd, mv e rm. recursos do Microsoft Office 2010 que permitem atender
b) md, ls e rm. às necessidades de João são os recursos
c) mkdir, cd e rmdir. a) para criação de mala direta e etiquetas disponíveis
d) cdir, lsdir e erase. na guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
e) md, cd e rd. b) de automatização de impressão de correspondên‐
cias disponíveis na guia Mala Direta do Microsoft Power‐
19) (TRT 10ª 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - AD‐ Point 2010.
MINISTRATIVA) Acerca dos conceitos de sistema operacio‐ c) de banco de dados disponíveis na guia Correspon‐
nal (ambientes Linux e Windows) e de redes de compu‐ dências do Microsoft Word 2010.
tadores, julgue os itens.3Por ser um sistema operacional d) de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Inserir
aberto, o Linux, comparativamente aos demais sistemas do Microsoft Word 2010.
operacionais, proporciona maior facilidade de armazena‐ e) de banco de dados e etiquetas disponíveis na guia
mento de dados em nuvem. Correspondências do Microsoft Excel 2010.
a) certo
b) errado 23) (TCE/SP 2012 - FCC - AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO
FINANCEIRA II) No editor de textos Writer do pacote BR
Office, é possível modificar e criar estilos para utilização no
20) (TJ/RR 2012 - CESPE - AGENTE DE PROTEÇÃO)
texto. Dentre as opções de Recuo e Espaçamento para um
Acerca de organização e gerenciamento de informações, determinado estilo, é INCORRETO afirmar que é possível
arquivos, pastas e programas, de segurança da informação alterar um valor para
e de armazenamento de dados na nuvem, julgue os itens a) recuo da primeira linha.
subsequentes.1Um arquivo é organizado logicamente em b) recuo antes do texto.
uma sequência de registros, que são mapeados em blocos c) recuo antes do parágrafo.
de discos. Embora esses blocos tenham um tamanho fixo d) espaçamento acima do parágrafo.
determinado pelas propriedades físicas do disco e pelo sis‐ e) espaçamento abaixo do parágrafo.
tema operacional, o tamanho do registro pode variar.

80
CONHECIMENTOS GERAIS

24) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito do Excel, para ordenar, por
data, os registros inseridos na planilha, é suficiente selecionar a coluna data de entrada, clicar no menu Dados e, na lista
disponibilizada, clicar ordenar data.
a) certo
b) errado

25) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) A planilha abaixo foi criada utilizando-se o
Microsoft Excel 2010 (em português).

A linha 2 mostra uma dívida de R$ 1.000,00 (célula B2) com um Credor A (célula A2) que deve ser paga em 2 meses
(célula D2) com uma taxa de juros de 8% ao mês (célula C2) pelo regime de juros simples. A fórmula correta que deve ser
digitada na célula E2 para calcular o montante que será pago é
a) =(B2+B2)*C2*D2.
b) =B2+B2*C2/D2.
c) =B2*C2*D2.
d) =B2*(1+(C2*D2)).
e) =D2*(1+(B2*C2)).

26)(MINISTÉRIO DA FAZENDA 2012 - ESAF - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O BrOffice é uma suíte para
escritório gratuita e de código aberto. Um dos aplicativos da suíte é o Calc, que é um programa de planilha eletrônica e
assemelha-se ao Excel da Microsoft. O Calc é destinado à criação de planilhas e tabelas, permitindo ao usuário a inserção
de equações matemáticas e auxiliando na elaboração de gráficos de acordo com os dados presentes na planilha. O Calc
utiliza como padrão o formato:
a) XLS.
b) ODF.
c) XLSX.
d) PDF.
e) DOC.

27) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) Após ministrar uma palestra sobre Segurança
no Trabalho, Iracema comunicou aos funcionários presentes que disponibilizaria os slides referentes à palestra na intranet
da empresa para que todos pudessem ter acesso. Quando acessou a intranet e tentou fazer o upload do arquivo de slides
criado no Microsoft PowerPoint 2010 (em português), recebeu a mensagem do sistema dizendo que o formato do arquivo
era inválido e que deveria converter/salvar o arquivo para o formato PDF e tentar realizar o procedimento novamente. Para
realizar a tarefa sugerida pelo sistema, Iracema
a) clicou no botão Iniciar do Windows, selecionou a opção Todos os programas, selecionou a opção Microsoft Office
2010 e abriu o software Microsoft Office Converter Professional 2010. Em seguida, clicou na guia Arquivo e na opção Con‐
verter. Na caixa de diálogo que se abriu, selecionou o arquivo de slides e clicou no botão Converter.
b)abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint 2010, clicou na guia Ferramentas e, em seguida, clicou na opção
Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou na caixa de combinação que permite definir o tipo do arquivo e selecio‐
nou a opção PDF. Em seguida, clicou no botão Converter.
c)abriu a pasta onde o arquivo estava salvo, utilizando os recursos do Microsoft Windows 7, clicou com o botão direito
do mouse sobre o nome do arquivo e selecionou a opção Salvar como PDF.
d)abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint 2010, clicou na guia Arquivo e, em seguida, clicou na opção Salvar
Como. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou na caixa de combinação que permite definir o tipo do arquivo e selecionou
a opção PDF. Em seguida, clicou no botão Salvar.

81
CONHECIMENTOS GERAIS

e)baixou da internet um software especializado em fa‐ 32) (CEITEC 2012 - FUNRIO - ADMINISTRAÇÃO/CIÊN‐
zer a conversão de arquivos do tipo PPTX para PDF, pois CIAS CONTÁBEIS/DIREITO/PREGOEIRO PÚBLICO) Na inter‐
verificou que o PowerPoint 2010 não possui opção para net o protocolo_________ permite a transferência de men‐
fazer tal conversão. sagens eletrônicas dos servidores de _________para caixa
postais nos computadores dos usuários. As lacunas se
28) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ADMINISTRADOR) completam adequadamente com as seguintes expressões:
Em um slide em branco de uma apresentação criada uti‐ a) Ftp/ Ftp.
lizando-se o Microsoft PowerPoint 2010 (em português), b) Pop3 / Correio Eletrônico.
uma das maneiras de acessar alguns dos comandos mais c) Ping / Web.
importantes é clicando-se com o botão direito do mou‐ d) navegador / Proxy.
se sobre a área vazia do slide. Dentre as opções presentes e) Gif / de arquivos
nesse menu, estão as que permitem
33) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS‐
a) copiar o slide e salvar o slide.
TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINISTRA‐
b) salvar a apresentação e inserir um novo slide.
TIVO) Em uma rede local, cujas estações de trabalho usam
c) salvar a apresentação e abrir uma apresentação já o sistema operacional Windows XP e endereços IP fixos em
existente. suas configurações de conexão, um novo host foi instalado
d) apresentar o slide em tela cheia e animar objetos e, embora esteja normalmente conectado à rede, não con‐
presentes no slide. segue acesso à internet distribuída nessa rede.
e) mudar o layout do slide e a formatação do plano de Considerando que todas as outras estações da rede es‐
fundo do slide. tão acessando a internet sem dificuldades, um dos motivos
que pode estar ocasionando esse problema no novo host é
29) (TRT 11ª 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDI‐ a) a codificação incorreta do endereço de FTP para o
CIÁRIA) Em um slide mestre do BrOffice.org Apresentação domínio registrado na internet.
(Impress), NÃO se trata de um espaço reservado que se b) a falta de registro da assinatura digital do host nas
possa configurar a partir da janela Elementos mestres: opções da internet.
a) Número da página. c) um erro no Gateway padrão, informado nas proprie‐
b) Texto do título. dades do Protocolo TCP/IP desse host.
c) Data/hora. d) um erro no cadastramento da conta ou da senha do
d) Rodapé. próprio host.
e) Cabeçalho. e) um defeito na porta do switch onde a placa de rede
desse host está conectada.
30) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉCNI‐
CO ADMINISTRATIVO - RH) No Microsoft Internet Explorer 34) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSISTEN‐
9 é possível acessar a lista de sites visitados nos últimos TE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINISTRATIVO)
dias e até semanas, exceto aqueles visitados em modo Para conectar sua estação de trabalho a uma rede local de
de navegação privada. Para abrir a opção que permite ter computadores controlada por um servidor de domínios, o
acesso a essa lista, com o navegador aberto, clica-se na usuário dessa rede deve informar uma senha e um[a]
ferramenta cujo desenho é a) endereço de FTP válido para esse domínio.
a) uma roda dentada, posicionada no canto superior b) endereço MAC de rede registrado na máquina cliente.
direito da janela. c) porta válida para a intranet desse domínio.
b) uma casa, posicionada no canto superior direito da d) conta cadastrada e autorizada nesse domínio.
janela. e) certificação de navegação segura registrada na
c) uma estrela, posicionada no canto superior direito intranet.
da janela.
d) um cadeado, posicionado no canto inferior direito 35) (CÂMARA DOS DEPUTADOS 2012 - CESPE - ANA‐
da janela. LISTA LEGISLATIVO - TÉCNICA LEGISLATIVA) Com relação
e) um globo, posicionado à esquerda da barra de en‐ a redes de computadores, julgue os próximos itens.5Uma
dereços. rede local (LAN — local area network) é caracterizada por
abranger uma área geográfica, em teoria, ilimitada. O al‐
31) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO‐ cance físico dessa rede permite que os dados trafeguem
GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito de redes de compu‐ com taxas acima de 100 Mbps.
tadores, julgue os itens subsequentes. Lista de discussão é a) certo
uma ferramenta de comunicação limitada a uma intranet, ao b) errado
passo que grupo de discussão é uma ferramenta gerenciável
pela Internet que permite a um grupo de pessoas a troca 36) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO -
de mensagens via email entre todos os membros do grupo. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) Com relação à certifica‐
a) certo ção digital, julgue os itens que se seguem.O certificado
b) errado digital revogado deve constar da lista de certificados re‐
vogados, publicada na página de Internet da autoridade
certificadora que o emitiu.

82
CONHECIMENTOS GERAIS

a) certo b) Contém um vírus, por isso, não é possível distinguir


b) errado as ações realizadas como consequência da execução do
Cavalo de Tróia propriamente dito, daquelas relacionadas
37) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - ao comportamento de um vírus.
ADMINISTRATIVA) Acerca de segurança da informação, c) Não é necessário que o Cavalo de Tróia seja executado
julgue os itens a seguir. O vírus de computador é assim para que ele se instale em um computador. Cavalos de Tróia
denominado em virtude de diversas analogias poderem ser vem anexados a arquivos executáveis enviados por e-mail.
feitas entre esse tipo de vírus e os vírus orgânicos. d) Não instala programas no computador, pois seu úni‐
a) certo co objetivo não é obter o controle sobre o computador,
b) errado mas sim replicar arquivos de propaganda por e-mail.
e) Distingue-se de um vírus ou de um worm por não
38) (MPE/PE 2012 - FCC - TÉCNICO MINISTERIAL - AD‐ infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si mesmo
MINISTRATIVO) Existem vários tipos de vírus de computa‐ automaticamente.
dores, dentre eles um dos mais comuns são vírus de ma‐
cros, que:
a) são programas binários executáveis que são baixa‐ GABARITO
dos de sites infectados na Internet.
b) podem infectar qualquer programa executável do 1-E / 2-A / 3-C / 4-B / 5-C / 6-E / 7-A / 8-C / 9-A /
computador, permitindo que eles possam apagar arquivos 10-C / 11-C / 12-E / 13-A / 14-B / 15-A / 16-A / 17-D /
e outras ações nocivas. 18-C / 19-B / 20-A / 21-A / 22-A / 23-C / 24-B / 25-D /
c) são programas interpretados embutidos em docu‐ 26-B / 27-D / 28-E / 29-B / 30-C / 31-B / 32-B / 33-C /
mentos do MS Office que podem infectar outros docu‐ 34-D / 35-B / 36-A / 37-A / 38-C / 39-B / 40-E
mentos, apagar arquivos e outras ações nocivas.
d) são propagados apenas pela Internet, normalmente
em sites com software pirata.
e) podem ser evitados pelo uso exclusivo de software
legal, em um computador com acesso apenas a sites da
Internet com boa reputação.

39) (SABESP 2012 - FCC - ANALISTA DE GESTÃO I - SIS‐


TEMAS)Sobre vírus, considere:

I. Para que um computador seja infectado por um ví‐


rus é preciso que um programa previamente infectado seja
executado.
II. Existem vírus que procuram permanecer ocultos,
infectando arquivos do disco e executando uma série de
atividades sem o conhecimento do usuário.
III. Um vírus propagado por e-mail (e-mail borne vírus)
sempre é capaz de se propagar automaticamente, sem a
ação do usuário.
IV. Os vírus não embutem cópias de si mesmo em ou‐
tros programas ou arquivos e não necessitam serem expli‐
citamente executados para se propagarem.

Está correto o que se afirma em


a) II, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.

40) (MPE/PE 2012 - FCC - ANALISTA MINISTERIAL - IN‐


FORMÁTICA) Sobre Cavalo de Tróia, é correto afirmar:
a) Consiste em um conjunto de arquivos .bat que não
necessitam ser explicitamente executados.

83
CONHECIMENTOS GERAIS

ANOTAÇÕES

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CONHECIMENTOS GERAIS

ANOTAÇÕES

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CONHECIMENTOS GERAIS

ANOTAÇÕES

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

1 Sistema Financeiro Nacional. .......................................................................................................................................................................... 01


1.1 Instituições do Sistema Financeiro Nacional — tipos, finalidades e atuação. .................................................................... 01
1.2 Banco Central do Brasil e Conselho Monetário Nacional — funções e atividades. ......................................................... 01
1.3 Instituições Financeiras Oficiais Federais — papel e atuação. .................................................................................................. 01
2 Operações de Crédito Bancário. .................................................................................................................................................................... 35
2.1 Cadastro de pessoas físicas. ................................................................................................................................................................... 35
2.2 Cadastro de pessoas jurídicas. .............................................................................................................................................................. 35
2.2.1 Tipos e constituição das pessoas. ..................................................................................................................................................... 35
2.2.2 Composição societária/acionária. ..................................................................................................................................................... 35
2.2.3 Forma de tributação. .............................................................................................................................................................................. 35
2.2.4 Mandatos e procurações. ..................................................................................................................................................................... 35
2.3 Fundamentos do crédito........................................................................................................................................................................... 35
2.3.1 Conceito de crédito. ............................................................................................................................................................................... 35
2.3.2 Elementos do crédito. ........................................................................................................................................................................... 35
2.3.3 Requisitos do crédito. ............................................................................................................................................................................ 35
2.4 Riscos da atividade bancária. ................................................................................................................................................................. 35
2.4.1 De crédito. .................................................................................................................................................................................................. 35
2.4.2 De mercado. .............................................................................................................................................................................................. 35
2.4.3 Operacional. .............................................................................................................................................................................................. 35
2.4.4 Sistêmico. ................................................................................................................................................................................................... 35
2.4.5 De liquidez. ................................................................................................................................................................................................ 35
2.5 Principais variáveis relacionadas ao risco de crédito. ................................................................................................................... 35
2.5.1 Clientes. ....................................................................................................................................................................................................... 35
2.5.2 Operação..................................................................................................................................................................................................... 35
2.6 Tipos de operações de crédito bancário (empréstimos, descontos, financiamentos e adiantamentos). ................ 35
2.7 Operações de Crédito Geral. .................................................................................................................................................................. 35
2.7.1 Crédito pessoal e Crédito Direto ao Consumidor. ..................................................................................................................... 35
2.7.2 Desconto de duplicatas, notas promissórias e cheques pré-datados. ............................................................................... 35
2.7.3 Contas garantidas. .................................................................................................................................................................................. 35
2.7.4 Capital de giro........................................................................................................................................................................................... 35
2.7.5 Cartão de crédito. .................................................................................................................................................................................. 35
2.7.6 Microcrédito urbano. ............................................................................................................................................................................. 35
2.8 Operações de Crédito Especializado. ................................................................................................................................................. 35
2.8.1 Crédito Rural.............................................................................................................................................................................................. 35
2. 8.1.1 Conceito, beneficiários, preceitos e funções básicas; .......................................................................................................... 35
2.8.1.2 Finalidades: operações de investimento, custeio e comercialização. ............................................................................. 35
2.8.1.3 Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF): base legal, finalidades, beneficiários,
destinação, condições. ..................................................................................................................................................................................... 35
2.8.2 Crédito industrial, agroindustrial, para o comércio e para a prestação de serviços: conceito, finalidades (investi-
mento fixo e capital de giro associado), beneficiários. ....................................................................................................................... 35
2.9 Recursos utilizados na contratação de financiamentos................................................................................................................ 35
2.9.1 Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE): base legal, finalidades, regras, administração..... 35
2.9.2 BNDES/FINAME: base legal, finalidade, regras, forma de atuação....................................................................................... 35
2.9.3 Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT): base legal, finalidades, regras, forma de atuação. ................................... 35
2.10 Microfinanças: base legal, finalidade, forma de atuação. ......................................................................................................... 35
3 Serviços bancários e financeiros. ................................................................................................................................................................... 58
3.1 Conta corrente: abertura, manutenção, encerramento, pagamento, devolução de cheques e cadastro de emiten-
tes de cheques sem fundos (CCF). .............................................................................................................................................................. 58
3.2 Depósitos à vista. ........................................................................................................................................................................................ 58
3.3 Depósitos a prazo (CDB e RDB). ........................................................................................................................................................... 58
3.4 Fundos de Investimentos. ....................................................................................................................................................................... 58
3.5 Caderneta de poupança. .......................................................................................................................................................................... 58
3.6 Títulos de capitalização............................................................................................................................................................................. 58
3.7 Planos de aposentadoria e de previdência privados. ................................................................................................................... 58
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

3.8 Seguros. .......................................................................................................................................................................................................... 58


3.9 Convênios de arrecadação/pagamentos (concessionárias de serviços públicos, tributos, INSS e folha de paga-
mento de clientes). ............................................................................................................................................................................................ 58
3.10 Serviço de Compensação de Cheque e Outros Papéis. ............................................................................................................ 58
3.11 Cobrança. .................................................................................................................................................................................................... 58
3.12 Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). ........................................................................................................................................ 58
4 Aspectos jurídicos................................................................................................................................................................................................. 87
4.1 Noções de direito aplicadas às operações de crédito. ................................................................................................................ 87
4.1.1 Sujeito e Objeto do Direito. ................................................................................................................................................................ 87
4.1.2 Fato e ato jurídico. .................................................................................................................................................................................. 87
4.1.3 Contratos: conceito de contrato, requisitos dos contratos, classificação dos contratos; contratos nominados,
contratos de compra e venda, empréstimo, sociedade, fiança, contratos formais e informais. ......................................... 87
4.2 Instrumentos de formalização das operações de crédito. ......................................................................................................... 87
4.2.1 Contratos por instrumento público e particular.......................................................................................................................... 87
4.2.2 Cédulas e notas de crédito. ................................................................................................................................................................. 87
4.3 Garantias......................................................................................................................................................................................................... 87
4.3.1 Fidejussórias: fiança e aval. .................................................................................................................................................................. 87
4.3.2 Reais: hipoteca e penhor. ..................................................................................................................................................................... 87
4.3.3 Alienação fiduciária de bens móveis. .............................................................................................................................................. 87
4.4 Títulos de Crédito — nota promissória, duplicata, cheque......................................................................................................... 87
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

de serviços percebendo que você está gastando mais,


1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. elevarão seus preços, pois sabem que você pode pagar
1.1 INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO mais pelo mesmo produto, uma vez que há excesso de
NACIONAL — TIPOS, FINALIDADES E demanda pelo produto ou serviço.
ATUAÇÃO. 1.2 BANCO CENTRAL DO BRASIL
E CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL — Da mesma forma se um produto é elaborado em
FUNÇÕES E ATIVIDADES. grande quantidade e a há uma sobra deste, os seus
1.3 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS OFICIAIS preços tendem a cair, uma vez que há um excesso de
FEDERAIS — PAPEL E ATUAÇÃO. oferta de produto.

“Em resumo, a lei da oferta e procura declara que


Políticas Econômicas quando a procura é alta, os preços sobem e, quando
a oferta é alta, os preços caem. Dois exemplos de-
Dentro do contexto da nossa matéria, surgirão, ine- monstram isso. Se existe um teatro com 2 mil lugares
vitavelmente, as políticas adotadas pelo governo para (uma oferta fixa), o preço dos espetáculos dependerá
buscar o bem-estar da população. Como agente de de quantas pessoas desejam ingressos. Se uma peça
peso no sistema financeiro brasileiro, o Governo tem muito popular está sendo encenada, e 10 mil pessoas
por objetivo, estruturar políticas para alcançar a ma- querem assisti-la, o teatro pode subir os preços de for-
croeconomia brasileira, ou seja, criar mecanismos para ma que os 2 mil mais ricos possam pagar os ingres-
defender os interesses dos brasileiros, economicamen- sos. Quando a procura é muito mais alta que a oferta,
te. os preços podem subir terrivelmente. Nosso segundo
É comum você ouvir nos jornais notícias como: o exemplo é mais elaborado. Digamos que você viva
governo aumentou a taxa de juros, ou diminuiu. Essas numa ilha na qual todos amam doces. Porém, existe um
notícias estão ligadas, intrinsecamente, as políticas suprimento limitado de doces na ilha, assim, quando as
coordenadas pelo governo para estabilizar a economia pessoas trocam doces por outros itens, o preço é razoa-
e o processo inflacionário. velmente estável. Com o tempo, você economiza até
As políticas traçadas pelo governo têm um objeti- 25 quilos de doces, que você pode trocar por um carro
vo simples, que é aumentar ou reduzir a quantidade de novo. Depois, um dia, um navio se choca com algumas
dinheiro circulando no país, e com isso, controlar a in- pedras perto da ilha e sua carga de doces é perdida na
flação. costa. De repente, 30 toneladas de doces estão dispos-
Para tanto, o governo vale-se de manobras como: tas na praia, e qualquer pessoa que deseja doces sim-
aumentar ou diminuir taxas de juros, aumentarem ou plesmente caminha até a praia e pega alguns. Porque
diminuírem impostos e estimular ou desestimular a libe- a oferta de doces é muito maior que a procura, os seus
ração de crédito pelas instituições financeiras. 25 quilos de doces não tem valor algum.” (Fonte: Ed
Grabianowski)
Mas o que é esta tal inflação, ou processo infla-
cionário? Esta simples lei é um dos fatores que mais afetam a
inflação, pois por definição inflação é:
A inflação é um fenômeno econômico que ocorre
devido a vários fatores, dentre eles um bastante conhe- “Aumento generalizado e persistente dos pre-
cido por todos nos desde o ensino médio, onde os pro- ços dos produtos de uma cesta de consumo”
fessores falavam de uma tal “lei da oferta e da procura”,
lembra? Ou seja, para haver inflação deve haver um aumen-
to de preços, mas este aumento não pode ser pontual,
A lei é bem simples do ponto de vista histórico, mas deve ser generalizado. Mesmo alguns produtos não
do ponto de vista econômico há varias variáveis que aumentando de preço, se a maioria aumentar já é sufi-
levam a uma explicação do seu comportamento, por ciente. Mas este aumento deve ser persistente, ou seja,
exemplo: deve ser contínuo.
Como toda pesquisa científica, deve haver um gru-
O que faria você gastar mais dinheiro? Obviamente po de estudos, e esse grupo chamamos de cesta de
ter mais dinheiro. Correto? Então se você possuir mais consumo, isso porque ao avaliar a inflação, avaliamos
dinheiro, a tendência natural é que você gaste mais, a evolução de um grupo de produtos ou serviços, e não
com isso as empresas, os produtores e os prestadores cada um isoladamente.

1
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Desta forma, você imagina que vai ao supermerca- Neste regime a meta de inflação é constituída por
do e faz uma feira, nesta feira você terá vários produtos um Centro de meta, que seria o valor ideal entendido
em seu carrinho como: Água, arroz, feijão, carne, mi- pelo governo como uma inflação saudável.
lho, trigo, frutas, verduras, legumes, etc. E também terá
na mesma cesta produtos como: Dólar, Euro, gasolina,
álcool (combustível hein), viagens, lazer, cinema, ener-
gia, etc.

Quando você terminou a cesta e foi ao caixa a conta


totalizou R$ 500,00 no primeiro mês.
No segundo mês ao repetir os mesmos produtos a
conta totalizou R$ 620,00; no terceiro R$ 750,00 e no
quarto R$ 800,00. Note que os preços estão subindo de
forma persistente.

Quando o preço de algo sobe, o nosso dinheiro per-


de valor, uma vez que precisaremos de mais reais para
comprar o mesmo produto. A esse processo de perda
de valor do dinheiro damos o nome de INFLAÇÃO.

O processo inflacionário tem um irmão opos-


to que é chamado de DEFLAÇÃO. A Deflação ocor-
re quando os preços dos produtos começam a cair de
forma generalizada e persistente, gerando desconfor- Este centro tem uma margem de tolerância para
to econômico para os produtores que podem chegar a mais e para menos, pois como em qualquer nota te-
desistir de produzir algo em virtude do baixo preço de mos os famosos arredondamentos. É como no colégio
venda. quando você tirava 6,5 e o professor arredondava para
7, lembra?! Isso ajudava muito você na hora de fechar a
Ambos os fenômenos têm consequências desas- nota no fim do ano, e para o governo é do mesmo jeito.
trosas no nosso bem-estar econômico, pois a inflação É uma ajudinha para fechar a nota. Veja como foram e
gera desvalorização do nosso poder de compra e a como estão as principais mudanças referentes a isto no
deflação pode gerar desinteresse dos produtores em Brasil.
fabricar, o que, em ambos os casos, pode gerar desem-
prego em massa, além de tudo ambas ainda podem ATENÇÃO!
culminar na temida Recessão, que nada mais é do Até 31/12/2016 a margem de tolerância, ou seja,
que a estagnação completa ou quase total da economia de variação do Centro da meta era de 2% para mais
de um país. (teto) ou para menos (piso). Já a partir de 01/01/2017
até 31/12/2018 a nova margem de tolerância passou
Tanto a inflação como a deflação são fenômenos
a ser de 1,5% para mais (teto) ou para menos (piso).
que podem ser calculados e quantificados, para isso
Para o ano de 2019, o CENTRO DA META para a
nosso governo mantém uma autarquia a postos, pronta
inflação será de 4,25%, com intervalo de tolerância
para apurar e divulgar o valor da Inflação Oficial cha-
de menos 1,50% e de mais 1,50% ; e para o ano de
mada IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo.
2020, o CENTRO DA META para a inflação será de
Esta autarquia chama-se IBGE – Instituto Brasileiro de
4,00%, com intervalo de tolerância de menos 1,50%
geografia e Estatística. O IPCA é a inflação calculada
e de mais 1,50%.
do dia primeiro ao doa 30 de cada mês, considerando
como cesta de serviços a de famílias com renda até
40 salários mínimos, ou seja, quem ganha até quarenta
salários mínimos entra no cálculo da inflação oficial.

A fim de manter nosso bem-estar econômico o Go-


verno busca estabilizar esta inflação, uma vez que ela,
por sua vez, reduz nosso poder de compra. Para pa-
dronizar os parâmetros da inflação o governo brasileiro
instituiu o regime de Metas para Inflação.

2
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

A resposta é simples: Faz isso para controlar a infla-


ção, pois quando há muito dinheiro circulando no mer-
cado, o que acontece com os preços dos produtos?!
Sobem!
Para conter esta subida, o governo restringe o con-
sumo e os gastos para que a inflação diminua. Neste
caso você iria ao shopping não para comprar coisas,
mas apenas para ver as coisas ou dar uma voltinha.
Este representa nosso cenário atual desde 2014.

As políticas expansionistas são resultado de


ações do governo que estimulam os gastos e o con-
sumo, ou seja, em cenário de baixo crescimento o go-
verno incentiva as pessoas a gastarem e as instituições
financeiras a emprestar. Isto geral um volume maior de
recursos na economia, para que o mercado não ente
em recessão. Portanto, este resultado faria você gastar
mais, se endividar mais e investir mais; logo você não
iria ao shopping só para ver as coisas, mas sim para
Além disso, o Decreto 9.083 de junho de 2017 comprar as coisas, e comprar muito! Mas temos que ter
cuidado, pois com muitos gastos também alimentamos
alterou a periodicidade de estabelecimento da meta
um crescimento acelerado da inflação! Tivemos este
de inflação para até 30 de junho de cada terceiro ano cenário recentemente de 2008 a 2013 e hoje sofremos
imediatamente anterior. Deu um nó não foi?! a crise inflacionaria devido ao crescimento excessivo do
consumo.
É simples, o centro da meta de inflação do ano de
2021 deverá ser decidido pelo Conselho Monetário Resumindo, as políticas econômicas resultam em
Nacional até 3 anos antes, ou seja, até 30 de junho de suas coisas:
2018; e assim sucessivamente, o de 2022 deverá ser  Serem Expansionistas: quando estimulam os
decidido até 30 de junho de 2019, sem respeitado o gastos, empréstimos e endividamentos para aumentar
limite de 3 anos antes. o volume de recursos circulando no país.
 Serem Restritivas: quando desestimulam restrin-
gem os gastos, empréstimos e endividamentos para re-
Todas essas medidas adotadas pelo governo bus-
duzir o volume de recursos circulando no país.
cam estabilizar nosso poder de compra e nosso bem-es-
tar econômico. Para utilizar estas ferramentas o governo E quais são estas políticas econômicas e como
utiliza as tão famosas políticas econômicas, que nada se dividem?
mais são do que um conjunto de medidas que buscam
estabilizar o poder de compra da moeda nacional, ge-  Política Fiscal (Arrecadações menos despesas
rando bem-estar econômico para o País. Estas políticas do fluxo do orçamento do governo)
econômicas são estabelecidas pelo Governo Federal,  Política Cambial (Controle indireto das taxas de
tendo como agentes de suporte o Conselho Monetário câmbio e da balança de pagamentos)
Nacional, como normatizador, e o Banco Central, como  Política Creditícia (Influência nas taxas de juros
executor destas políticas. As ações destes agentes re- do mercado, através da taxa Selic)
sultam em apenas duas situações para o cenário eco-  Política de Rendas (Controle do salário mínimo
nacional e dos preços dos produtos em geral)
nômico, que são:
 Política Monetária (Controle do volume de meio
circulante disponível no país e controle do poder multi-
Políticas/Situações Restritivas ou Políticas/Si- plicador do dinheiro escritural)
tuações Expansionistas
Política Fiscal
As políticas restritivas são resultado de ações que
de alguma forma reduzem o volume de dinheiro cir- Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas
culando na economia e, consequentemente, os gastos quais o Governo arrecada receitas e realiza despesas
das pessoas gerando uma desaceleração da economia de modo a cumprir três funções: a estabilização ma-
e do crescimento. Mas porque o governo faria isso?! croeconômica, a redistribuição da renda e a alocação

3
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

de recursos. A função estabilizadora consiste na promo- Esta taxa de juros nada mais é do que o famoso
ção do crescimento econômico sustentado, com baixo juro da dívida pública, isso porque o governo deve
desemprego e estabilidade de preços. A função redistri- considera-lo como despesa e endividamento. Logo a
butiva visa assegurar a distribuição equitativa da renda. emissão destes títulos, bem como o aumento da taxa
Por fim, a função alocativa consiste no fornecimento SELIC, devem ser cautelosos para evitar excessos de
eficiente de bens e serviços públicos, compensando as endividamento, acarretando dificuldades em fechar o
falhas de mercado. caixa no fim do ano.
Os resultados da política fiscal podem ser avaliados Este fechamento de caixa pode resultar em duas
sob diferentes ângulos, que podem focar na mensura- situações. Uma chamamos de superávit e a outra cha-
ção da qualidade do gasto público bem como identificar mamos de déficit.
os impactos da política fiscal no bem-estar dos cida- Resultado fiscal primário é a diferença entre as
dãos. Para tanto o Governo se utiliza de estratégias receitas primárias e as despesas primárias durante
como elevar ou reduzir impostos, pois, além de sensibi- um determinado período. O resultado fiscal nominal,
lizar seus cofres públicos, buscar aumentar ou reduzir o ou resultado secundário, por sua vez, é o resultado
primário acrescido do pagamento líquido de juros.
volume de recursos no mercado quando for necessário.
Assim, fala-se que o Governo obtém superávit fiscal
A política fiscal consiste em basicamente dois obje-
quando as receitas excedem as despesas em dado
tivos: primeiro, ser uma fonte de receitas ou de gastos
período; por outro lado, há déficit quando as receitas
para o governo, na medida em que reduz seus impostos
são menores do que as despesas.
para estimular ou desestimular o consumo. Segundo,
No Brasil, a política fiscal é conduzida com alto grau
quando o governo usa a emissão de títulos públicos, de responsabilidade fiscal. O uso equilibrado dos recur-
títulos estes emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacio- sos públicos visa a redução gradual da dívida líquida
nal, para comercializa-los e arrecadar dinheiro para co- como percentual do PIB, de forma a contribuir com a
brir seus gastos e cumprir suas metas de arrecadação. estabilidade, o crescimento e o desenvolvimento eco-
Sim o governo tem metas de arrecadação, que nômico do país. Mais especificamente, a política fiscal
muitas vezes precisam de uma forcinha através da co- busca a criação de empregos, o aumento dos investi-
mercialização de títulos públicos federais no mercado mentos públicos e a ampliação da rede de seguridade
financeiro. Como, segundo a constituição federal no ar- social, com ênfase na redução da pobreza e da desi-
tigo 164 é vedado ao Banco Central financiar o tesouro gualdade.
com recursos próprios, este busca auxiliar o governo
comercializando os títulos emitidos pela Secretaria do Política Cambial
Tesouro.
Desta forma o governo consegue não só arrecadar É o conjunto de ações governamentais diretamente
recursos como, também, enxugar ou irrigar o mercado relacionadas ao comportamento do mercado de
de dinheiro, pois quando o Banco Central vende títulos câmbio, inclusive no que se refere à estabilidade
públicos federais retira dinheiro de circulação, e entre- relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço
ga títulos aos investidores. Já quando o Banco Central de pagamentos.
compra títulos de volta, devolve recursos ao sistema fi- A política cambial busca estabilizar a balança de
nanceiro, além de diminuir a dívida pública do governo. pagamentos tentando manter em equilíbrio seus com-
Mas ai você se pergunta. Como assim? ponentes, que são: a conta corrente, que registra as
Simples. O governo vive em uma quebra de braços entradas e saídas devidas ao comércio de bens e ser-
constante, onde, precisa arrecadar mais do que ganha, viços, bem como pagamentos de transferências; e a
mas não pode deixar de gastar, pois precisa estimular a conta capital e financeira. Também são componentes
economia. Então a saída é arrecadar impostos e quan- dessa conta os capitais compensatórios: empréstimos
do estes não forem suficientes o governo se endivida. oferecidos pelo FMI e contas atrasadas (débitos venci-
dos no exterior).
Isso mesmo! Quando o governo emite títulos públicos
Dentro desta balança de pagamentos há uma outra
federais ele se endivida, pois os títulos públicos são
balança chamada Balança Comercial, que busca esta-
acompanhados de uma remuneração, uma taxa de ju-
bilizar o volume de importações e exportações dentro
ros, que recebeu o nome do sistema que administra e
do Brasil. Esta política visa equilibrar o volume de moe-
registra essas operações de compra e venda. Este sis-
das estrangeiras dentro do Brasil para que seus valores
tema chama-se SELIC (Sistema Especial de Liquidação
não pesem tanto na apuração da inflação, pois como
e Custódia). Este sistema deu o nome a taxa de juros
vimos anteriormente, as moedas estrangeiras estão
dos títulos, logo a intitulamos de taxa SELIC.
muito presentes em nosso dia a dia.

4
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Como o governo não pode interferir no câmbio bra- objetivo de controlar a inflação. Ressaltamos que, atual-
sileiro de forma direta, uma vez que o câmbio brasileiro mente, o Governo brasileiro interfere tabelando o valor
é flutuante, o governo busca estimular exportações e do salário mínimo, entretanto quanto aos preços dos
desestimular importações quando o volume de moeda diversos produtos no país não há interferência direta do
estrangeira estiver menor dentro do brasil. Da mesma governo.
forma caso o volume de moeda estrangeira dentro do
Brasil aumente demais, causando sua desvalorização Política Monetária
exagerada, o governo buscar estimular importações
para reestabelecer o equilíbrio. É a atuação de autoridades monetárias sobre a
Mas porque o governo estimularia a valorização de quantidade de moeda em circulação, de crédito e das
uma moeda estrangeira no Brasil? taxas de juros controlando a liquidez global do sistema
A resposta é simples, ao estimular a valorização de econômico.
uma moeda estrangeira atraímos investidores, além de Esta é a mais importante política econômica traça-
tornar o cenário mais salutar para os exportadores, que da pelo governo. Nela estão contidas as manobras que
surtem efeitos mais eficazmente na economia.
são os que produzem riquezas e empregos dentro do
A política monetária influencia diretamente a quan-
Brasil.
tidade de dinheiro circulando no país e, consequente-
Desta forma ao se utilizar da política cambial, o go-
mente, a quantidade de dinheiro no nosso bolso.
verno busca estabilizar a balançam de pagamentos e
Existem dois principais tipos de política monetária
estimular ou desestimular exportações e importações. a serem adotados pelo governo; a política restritiva, ou
contracionista, e a política expansionista.
Política Creditícia A política monetária expansiva consiste em au-
mentar a oferta de moeda, reduzindo assim a taxa
É um conjunto de normas ou critérios que cada de juros básica e estimulando investimentos. Essa
instituição financeira utiliza para financiar ou emprestar política é adotada em épocas de recessão, ou seja,
recursos a seus clientes, mas sobre a supervisão do épocas em que a economia está parada e ninguém con-
Governo, que controla os estímulos a concessão de some, produzindo uma estagnação completa do setor
crédito. Cada instituição deve desenvolver uma política produtivo. Com esta medida o governo espera estimular
de crédito coordenada, para encontrar o equilíbrio entre o consumo e gerar mais empregos.
as necessidades de vendas e, concomitantemente, Ao contrário, a política monetária contracionista
sustentar uma carteira a receber de alta qualidade. consiste em reduzir a oferta de moeda, aumentando
assim a taxa de juros e reduzindo os investimen-
Esta política sofre constante influência do poder tos. Essa modalidade da política monetária é aplicada
governamental, pois o governo se utiliza de sua taxa quando a economia está a sofrer alta inflação, visando
básica de referência, a taxa SELIC, para conduzir as reduzir a procura por dinheiro e o consumo causando,
taxas de juros das instituições financeiras para cima ou consequentemente, uma diminuição no nível de preços
para baixo. dos produtos.
Esta política monetária é rigorosamente elaborada
É simples. Se o governo eleva suas taxas de juros, é pelas autoridades monetárias brasileiras, se utilizando
sinal de que o bancos em geral seguirão seu raciocínio dos seguintes instrumentos:
e elevarão suas taxas também, gerando uma obstrução
a contratação de credito pelos clientes tomadores Mercado Aberto
ou gastadores. Já se o governo tende a diminuir a
taxa Selic, os bancos em geral tendem a seguir esta Também conhecido como Open Market (Mercado
Aberto), as operações com títulos públicos é mais um
diminuição, recebendo estímulos a contratação de
dos instrumentos disponíveis de Política Monetária.
crédito para os tomadores ou gastadores.
Este instrumento, considerado um dos mais eficazes,
consegue equilibrar a oferta de moeda e regular a taxa
Política de Rendas de juros em curto prazo.
A compra e venda dos títulos públicos, emitidos
A política de rendas consiste na interferência do go- pela Secretaria do Tesouro Nacional, se dá pelo Ban-
verno nos preços e salários praticados pelo mercado. co Central através de Leilões Formais e Informais.
No intuito de atender a interesses sociais, o governo De acordo com a necessidade de expandir ou reter a
tem a capacidade de interferir nas forças do mercado e circulação de moedas do mercado, as autoridades mo-
impedir o seu livre funcionamento. É o que ocorre quan- netárias competentes resgatam ou vendem esses títu-
do o governo realiza um tabelamento de preços com o los.

5
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros bancos a pegá-los. Desta forma, os bancos que preci-
e aumentar a circulação de moedas, o Banco Central sam cumprir com suas necessidades imediatas, enxu-
compra (resgata) títulos públicos que estejam em cir- gam as linhas de crédito, disponibilizando menos crédi-
culação. to ao mercado, com isso a economia desacelera.
Se a necessidade for inversa, ou seja, aumentar a Vale ressaltar que o Banco Central é proibido,
taxa de juros e diminuir a circulação de moedas, o Ban- pela Constituição Brasileira, de emprestar dinheiro
co Central vende (oferta) os títulos disponíveis. a qualquer outra instituição que não seja uma insti-
Portanto, os títulos públicos são considerados ati- tuição financeira.
vos de renda fixa, tornando-se uma boa opção de inves- As operações de Redesconto do Banco Central po-
timento para a sociedade. dem ser:
Outra finalidade dos títulos públicos é a de captar I - intradia, destinadas a atender necessidades de
recursos para o financiamento da dívida pública, bem liquidez das instituições financeiras ao longo do dia. É o
como financiar atividades do Governo Federal, como chamado Redesconto a juros zero!
por exemplo, Educação, Saúde e Infraestrutura. II - de um dia útil, destinadas a satisfazer necessi-
dades de liquidez decorrentes de descasamento de cur-
ATENÇÃO! tíssimo prazo no fluxo de caixa de instituição financeira;
Os leilões dos títulos públicos são de responsa- III - de até quinze dias úteis, podendo ser recon-
bilidade do BACEN que credencia Instituições Finan- tratadas desde que o prazo total não ultrapasse qua-
ceiras chamadas de Dealers ou líderes de mercado, renta e cinco dias úteis, destinadas a satisfazer neces-
para que façam efetivamente o leilão dos títulos. Nes- sidades de liquidez provocadas pelo descasamento de
se caso temos leilão Informal ou Go Around, pois nem curto prazo no fluxo de caixa de instituição financeira e
todas as instituições são classificadas como Dealers. que não caracterizem desequilíbrio estrutural; e
Os leilões Formais são aqueles em que TODAS IV - de até noventa dias corridos, podendo ser
as instituições financeiras, credenciadas pelo BACEN, recontratadas desde que o prazo total não ultrapasse
podem participar do leilão dos títulos, mas sempre sob cento e oitenta dias corridos, destinadas a viabilizar o
o comando do deste. ajuste patrimonial de instituição financeira com desequi-
líbrio estrutural.
Além destas formas de o Governo participar do
mercado de capitais, existe o Tesouro Direto, que é
ATENÇÃO!
uma forma que o Governo encontrou que aproxima as
Entende-se por operação intradia, para efeito do
pessoas físicas e jurídicas em geral, ou não financeiras,
disposto neste regulamento, a compra com compromis-
da compra de títulos públicos. O tesouro direto é um sis-
so de revenda, em que a compra e a correspondente
tema controlado pelo BACEN para que a pessoa física
revenda ocorrem no próprio dia entre a instituição finan-
ou jurídica comum possa comprar títulos do Governo,
ceira tomadora e o Banco Central.
dentro de sua própria casa ou escritório.
Redesconto ou empréstimo de liquidez
ATENÇÃO!
Outro instrumento de controle monetário é o Re-
Todas as operações feitas elo BACEN são compro-
desconto Bancário, no qual o Banco Central concede missadas, ou seja, a outra parte que contrata com o
“empréstimos” às instituições financeiras a taxas BACEN assume compromissos com ele para desfazer
acima das praticadas no mercado. a operação assim que o BACEN solicitar. Sobre a Com-
Os chamados empréstimos de assistência à liqui- pra com Compromisso de Revenda temos algumas ob-
dez são utilizados pelos bancos somente quando exis- servações que despencam nas provas.
te uma insuficiência de caixa (fluxo de caixa), ou seja, Podem ser objeto de Redesconto do Banco Cen-
quando a demanda de recursos depositados não cobre tral, na modalidade de compra com compromisso de
suas necessidades. revenda, os seguintes ativos de titularidade de institui-
Quando a intenção do Banco Central é de injetar ção financeira, desde que não haja restrições a sua ne-
dinheiro no mercado, ele baixa a taxa de juros para es- gociação:
timular os bancos a pegar estes empréstimos. Os ban- I - títulos públicos federais registrados no Siste-
cos por sua vez, terão mais disponibilidade de crédito ma Especial de Liquidação e de Custódia -Selic, que
para oferecer ao mercado, consequentemente a econo- integrem a posição de custódia própria da instituição
mia aquece. financeira, e
E quando o Banco Central tem por necessidade re- II - outros títulos e valores mobiliários, créditos
tirar dinheiro do mercado, as taxas de juros concedidas e direitos creditórios, preferencialmente com garantia
para estes empréstimos são altas, desestimulando os real, e outros ativos.

6
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Informação de ouro! 2) Prioridades de aplicações, ou seja, necessida-


As operações intradia e de um dia útil aceitam de do Governo (Redação dada pelo Del nº 1.959, de
como garantia exclusivamente os títulos públicos 14/09/82)
federais, as demais podem ter como garantia qual- 3) Natureza das instituições financeiras; (Reda-
quer título aceito como garantia pelo BACEN. ção dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)

Recolhimento Compulsório Os valores dos Recolhimentos Compulsórios são


Recolhimento compulsório é um dos instrumentos estabelecidos pelo CMN ou pelo BACEN da seguinte
de Política Monetária utilizado pelo Governo para aque- forma:
cer a economia. É um depósito obrigatório  feito pelos
bancos junto ao Banco Central. Determinar Somente o BACEN
Parte de todos os depósitos que são efetuados à Até
compulsório sobre determina e
vista, ou seja, os depósitos das contas correntes, tanto 100%
Depósito à vista recolhe
de livre movimentação como de não livre movimenta- Determinar
ção pelo cliente, pela população junto aos bancos vão compulsório sobre CMN determina OU
para o Banco Central. O Conselho Monetário Nacional demais Títulos Até 60% BACEN determina
e/ou o Banco Central fixam esta taxa de recolhimento. Contábeis e e recolhe
Esta taxa é variável, de acordo com os interesses do Financeiros
Governo em acelerar ou não a economia.
Isso porque ao reduzir o nível do recolhimento, so- ATENÇÃO!
bram mais recursos nas mãos dos bancos para serem O CMN só determina a taxa do compulsório sobre
emprestados aos clientes, e, com isso, gerando maior os títulos contábeis, e mesmo quando determina, não
volume de recursos no mercado. Já quando os níveis recebe o recolhimento, apenas determina a taxa, e o
do recolhimento aumentam, as instituições financeiras recolhimento é feito sempre pelo Banco Central.
reduzem seu volume de recursos, liberando menos cré- Este recolhimento pode ser feito em espécie (pa-
dito e, consequentemente, reduzindo o volume de re- pel moeda), através de transferências eletrônicas para
cursos no mercado. contas mantidas pelas instituições financeiras junto ao
O recolhimento compulsório tem por finalidade BACEN ou até mesmo através de compra e venda de
aumentar ou diminuir a circulação de moeda no País. títulos públicos federais.
Quando o Governo precisa diminuir a circulação de
moedas no país, o Banco Central aumenta a taxa do EXERCÍCIOS
compulsório, pois desta forma as instituições financei-
ras terão menos crédito disponível para população, por- 1 (Banco do Brasil – Cesgranrio – 2015)
tanto, a economia acaba encolhendo. Grande parte das nações indica apenas a meta
Ocorre o inverso quando o Governo precisa aumen- na qual a autoridade monetária do país está miran-
tar a circulação de moedas no país. A taxa do compul- do ao fixar os juros básicos. Outras estabelecem um
sório diminui e com isso as instituições financeiras fa- intervalo de tolerância, [...], ao mesmo tempo em
zem um depósito menor junto ao Banco Central. Desta que sete países adotam o sistema igual ao do Brasil
maneira, os bancos comerciais ficam com mais moeda (meta central e intervalo de tolerância para cima e
disponível, consequentemente aumentam suas linhas para baixo).
de crédito. Com mais dinheiro em circulação, há o au- MARTELLO, A. Governo fixa meta central de in-
mento de consumo e a economia tende a crescer.  flação... / Globo.com/G1, Brasília, 26 jun. 2015. Dis-
As instituições financeiras podem fazer transferên- ponível em:<http://www.g1.globo.com/economia/no-
cias voluntárias, porém, o depósito compulsório é obri- ticia/20150/06/governo-fixa-meta-central-de-inflama-
gatório, isso porque os valores que são recolhidos ao cao...>. Acesso em: 13 ago. 2015. Adaptado
Banco Central são remunerados por ele para que a ins- O intervalo de tolerância da meta de inflação,
tituição financeira não tenha prejuízos com os recursos adotado pelo governo para 2017, sofreu uma altera-
parados junto ao BACEN. Para as IFs é vantajoso se ção em junho de 2015. A alteração foi no:
estiverem com sobra de recursos no fim do dia.
Além disso o Recolhimento Compulsório pode a) teto do intervalo de tolerância, de 6,5% ao ano
variar em função das seguintes situações: para 6% ao ano.
1) Regiões Geoeconômicas  (Redação dada pelo b) piso do intervalo de tolerância, de 2,5% ao ano
Del nº 1.959, de 14/09/82) para 2% ao ano.

7
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

c) valor central do intervalo de tolerância, de 4,5% a) Caixa Econômica Federal.


ao ano para 4% ao ano. b) Comissão de Valores Mobiliários.
d) valor central do intervalo de tolerância, de 4,5% c) Banco do Brasil.
ao ano para 4% ao ano. d) Banco Central do Brasil.
e) teto do intervalo de tolerância, de 6,5% ao ano e) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
para 7% ao ano. e Social.

2 (Banco do Brasil – Cesgranrio – 2015) 5 (Caixa – CESPE – 2014)


O Banco Central do Brasil tem por objetivo zelar Julgue os seguintes itens, relativos à formulação
pela liquidez da economia. A liquidez é um atributo de e execução da política monetária no Brasil.
um ativo que deve, em maior ou menor grau, conser- A redução da alíquota do recolhimento compulsó-
var valor ao longo do tempo e ser capaz de liquidar rio e a compra de títulos em operações de mercado
dívidas. aberto são exemplos da adoção de política mone-
Sendo a moeda um ativo líquido, o Banco Central tária expansionista, uma vez que ambas elevam a
do Brasil interfere na liquidez da economia quando: quantidade de moeda em circulação na economia.
Certo ( ) Errado ( )
a) as reservas monetárias estão baixas.
b) os empréstimos excedem as reservas bancárias. 6 (BACEN – CESPE – 2013)
c) a inflação está acima do esperado. No que diz respeito ao mercado monetário, julgue
d) a inflação está acima do esperado. o item.
e) os empréstimos excedem os depósitos à vista. As operações de redesconto do BACEN incluem
a intradia: operação destinada a viabilizar o ajuste
3 As previsões para o desempenho da economia patrimonial de instituição financeira com desequilíbrio
brasileira neste ano e no próximo continuam se dete- estrutural.
riorando. As cerca de cem instituições que consulta- Certo ( ) Errado ( )
das para o boletim Focus, divulgado pelo Banco Cen-
tral (BC), projetam uma queda maior para Produto 7 (Banco do Brasil – Cesgranrio – 2015) Uma des-
Interno Bruto (PIB) em 2015 [...]  valorização cambial da moeda brasileira (real) frente
Quanto à inflação, os analistas consultados pelo à moeda norte-americana (dólar), implica a(o):
BC aguardam uma alta de 9,23% para o IPCA deste a) diminuição do número de reais necessários para
calendário, acima da taxa estimada antes, de 9,15%. comprar um dólar.
CAPRIOLI, G. Mercado vê inflação de 9,23% em 2015 b) diminuição do estoque de dólares do Banco Cen-
e economia mais contraída.  Valor Econômico, São tral do Brasil.
Paulo, 27 jul. 2015. Disponível em: <http://www.valor. c) diminuição do preço em reais de um produto im-
com.br/brasil/4150608/mercado-ve-inflacao-de-923- portado dos EUA.
-em-2015-e-economia-mais-contraida>. Acesso em: d) estímulo às exportações brasileiras para os EUA.
10 ago. 2015. Adaptado. e) aumento das cotações das ações das empresas
Nesse contexto, representa uma medida efetiva importadoras na bolsa de valores.
que poderá ser adotada para conter a alta inflacio-
nária: 8 Julgue o seguinte item, relativo à formula-
a) aumentar a taxa de juros básica da economia. ção e execução da política monetária no Brasil.
b) reduzir drasticamente os principais impostos fe- O BCB está autorizado a instituir recolhimento com-
derais, estaduais e municipais. pulsório de até 100% sobre os depósitos à vista e
c) aumentar a emissão de papel moeda para honrar de até 60% sobre as demais operações passivas das
a folha de pagamento e os demais gastos do governo, instituições financeiras.
visando a diminuir os depósitos à vista nos bancos. Certo ( ) Errado ( )
d) aumentar a produção de bens na indústria.
e) aumentar o nível geral de preços da economia. 9 (Caixa – CESPE- 2014) Julgue os seguintes
itens, relativos à formulação e execução da política
4 (Banco do Brasil – Cesgranrio – 2014) No Brasil, a monetária no Brasil
condução e a operação diárias da política monetária, As operações de mercado aberto são transações,
com o objetivo de estabilizar a economia, atingindo realizadas diariamente, de compra e venda de títulos
a meta de inflação e mantendo o sistema financeiro da dívida pública emitidos pelo BCB com o objetivo
funcionando adequadamente, são uma responsabili- de controlar a liquidez do sistema bancário.
dade do(a). Certo ( ) Errado ( )

8
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

10 (Caixa – CESPE – 2014) ceiras. O Banco central é considerado o banco mais


Com relação às características e funções do mer- importante do Brasil, acima de todos os outros, uma
cado monetário e do mercado de crédito, julgue os espécie de “Banco dos Bancos”.
itens que se seguem. O Sistema Financeiro Nacional, então, é uma forma
No mercado monetário, a oferta de moeda é de- de várias entidades se organizarem, de modo a manter
finida pelo BCB e atende à seguinte relação: quanto a máquina do governo funcionando. Sua utilidade é o
maior for a taxa básica de juros da economia, maior acompanhamento e também a coordenação de todas
será a demanda por moeda. as atividades financeiras que acontecem no Brasil. Esse
Certo ( ) Errado ( ) acompanhamento acontece na forma de fiscalização.
Já a coordenação está na parte em que funcionários do
1A 2C 3A  4 D Banco Central agem segundo suas responsabilidades,
no cenário financeiro. 
5C 6E 7D 8C Esse sistema já sofreu várias mudanças ao longo
9C 10 E dos anos. O próprio Banco Central era outra entidade
com nome diferente: Superintendência da Moeda e do
O Sistema Financeiro Nacional Crédito. A mudança ocorreu por meio da lei nº 4.595/64,
Uma das engrenagens mais importantes, se não a no art.8º. As moedas do Brasil já mudaram várias vezes
mais importante, para que o mundo seja do jeito que é, ao longo da história brasileira. A modificação de uma
é o dinheiro. Ele compra: carros, casas, roupas, título moeda nacional é, em qualquer circunstância, algo que
e, segundo alguns, só não compra a felicidade. Sendo causa muitas mudanças, mas no caso da mudança para
o dinheiro carregado com toda essa importância, cada a atual moeda (real), essa transformação foi grandiosa.
país, cada estado e cidade, se organiza de forma a ter Numa época em que a inflação era um grande terror
seu próprio modo de ganhar dinheiro. Essa organiza- para economia brasileira, essa mudança, chamada de
ção, aliás, é formada de um jeito em que a maior quan- plano real, conseguiu frear a inflação e normalizar os
tidade possível de dinheiro possa ser adquirida. Há a preços do comércio interno. Isso, seguido de uma valo-
muito tempo que o mundo funciona dessa forma. Por rização da moeda nacional, resultou numa recuperação
isso todos os países já conhecem muitos caminhos e rápida da economia brasileira.
atalhos para que sua organização seja elaborada para Quem pega no dinheiro todos os dias, paga as suas
seu benefício. contas, recebe seu salário, nem pensa no grande siste-
Essa tal organização que busca o maior número ma que há por trás dessas operações. Na verdade, os
possível de riquezas é definido por uma série de im- salários são do valor que são, para que a atual quanti-
portantes órgãos do estado. No Brasil, esse órgão for- dade de dinheiro circule no país, para que a economia
mador da estratégia econômicas do país, é chamado brasileira seja como é, e o Sistema Financeiro Nacional
de  Sistema Financeiro Nacional. Tem, basicamente, toma decisões todos os dias, que são refletidas na nos-
a função de controlar todas as instituições que são liga- sa realidade.
das às atividades econômicas dentro do país. Mas esse
sistema tem ainda muitas outras funções. Tem também O Sistema Financeiro Nacional é um conjunto de
muitos componentes que o formam. instituições, órgãos e afins que controlam, fiscalizam e
Existem grupos, dentro do grupo do Sistema Fi- fazem as medidas que dizem respeito à circulação da
nanceiro Nacional. O mais importante dentro desse moeda e de crédito dentro do país. O Brasil, em sua
sistema é o Conselho Monetário Nacional. Esse con- Constituição Federal de 1988, em seu artigo 192, cita
selho é essencial por tomar as decisões mais impor- qual o intuito do sistema financeiro nacional: “O Sis-
tantes, para a que o país funcione de forma eficiente tema Financeiro Nacional, estruturado de forma a
e eficaz. O Conselho Monetário Nacional tem sob seu promover o desenvolvimento equilibrado do país e
comando muitos integrantes que são importantes, cada a servir aos interesses da coletividade, em todas as
um na sua função. No entanto, o mais importante des- partes que o compõem, abrangendo as cooperati-
ses membros é o Banco Central do Brasil. vas de crédito, será regulado por leis complemen-
O Banco Central do Brasil é o responsável pela tares que disporão, inclusive, sobre a participação
produção de papel-moeda e de moeda metálica, dinhei- do capital estrangeiro nas instituições que o inte-
ro que circula no país. Ele exerce, junto ao Conselho gram”.
Monetário Nacional, um trabalho de fiscalização nas O Sistema Financeiro Nacional pode ser divido em
instituições financeiras do país. Além disso, tem di- duas partes distintas: Subsistema de supervisão e
versas utilidades, como realizar operações de emprés- subsistema operativo. O de supervisão se responsa-
timos e cobrança de créditos junto às instituições finan- biliza por fazer regras para que se definam parâmetros

9
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

para transferência de recursos entre uma parte e outra, além de supervisionar o funcionamento de instituições
que façam atividade de intermediação monetária. Já o subsistema operativo torna possível que as regras de trans-
ferência de recursos, definidas pelo subsistema supervisão sejam possíveis.
O subsistema de supervisão é formado por: Conselho Monetário Nacional, Conselho de Recursos do
Sistema Financeiro Nacional, Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, Conselho Nacional
de Seguros Privados, Superintendência de Seguros Privados, Conselho Nacional da Previdência Complementar e
Superintendência da Previdência Complementar.
O outro subsistema, o operativo, é composto por: Instituições Financeiras Bancarias, Sistema Brasileiro
de Poupança e Empréstimo, Sistema de Pagamentos, Instituições Financeiras Não Bancárias, Agentes Especiais,
Sistema de Distribuição de TVM. As partes integrantes do subsistema operativo, citados acima, são grupo que
compreendem instituições que são facilmente achadas em nosso dia a dia. As Instituições Financeiras Bancárias,
por exemplo, representam as Caixas Econômicas, Bancos Comerciais, Cooperativas de Crédito e Bancos Coopera-
tivos. As instituições Financeiras Não Bancárias são, por exemplo, Sociedades de Crédito ao Microempreendedor,
Companhias Hipotecárias, Bancos de Desenvolvimento.
As autoridade do Sistema Financeiro Nacional também podem ser divididas em dois grupos: Autorida-
des Monetárias e Autoridades de Apoio. As autoridades monetárias são as responsáveis por normatizar e execu-
tar as operações de produção de moeda. O Banco Central do Brasil (BACEN) e o Conselho Monetário Nacional
(CMN). Já as autoridades de apoio são instituições que auxiliam as autoridades monetárias na prática da política
monetária. Um exemplo desse tipo de instituição é o Banco do Brasil. Outro tipo de autoridade de apoio são insti-
tuições que têm poderes de normatização limitada a um setor específico. O exemplo desse tipo de autoridade é a
Comissão de Valores Mobiliários.
As Instituições financeiras, termo muito usado para definir algumas empresas, são definidas como as pes-
soas jurídicas, públicas ou privadas e que tenham sua função principal ou secundária de guardar, intermediar ou
aplicar os recursos financeiros (tanto dos próprios recursos como recursos de terceiros), que sejam em moeda de
circulação nacional ou de fora do país e também a custódia de valor de propriedade de outras pessoas.
Pessoas físicas que façam atividades paralelas às características acima descritas também são conside-
radas instituições financeiras, sendo que essa atividade pode ser de maneira permanente ou não. No entanto,
exercer essa atividade sem a prévia autorização devida do estado pode acarretar em ações contra essa pessoa.
Essa autorização deve ser dada pelo Banco Central e, no caso de serem estrangeiras, a partir de um decreto
do Presidente da República.
As decisões tomadas pelo Conselho Monetário Nacional têm total ligação com o estado da economia do país.
Suas mudanças são determinantes, para o funcionamento do mercado financeiro. A chamada bolsa de valores
(mercado onde as mercadorias são ações ou outros títulos financeiros) tem empresas, produtos e ações que variam
de acordo com o que esse sistema faz. Considerando o alto valor de dinheiro investido nesse mercado, a bolsa de
valores é um espelho das grandes proporções que as decisões tomadas por esse sistema podem afetar a vida de
todas as esferas da sociedade.

Fonte: sistema-financeiro-nacional.info

10
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

O Sistema Financeiro Nacional e a Legislação

O Brasil, buscando a melhor forma de servir ao seu povo, conforme ordena a Carta Magna, tem por obrigação
criar um sistema que seja capaz de organizar, de forma eficiente, a circulação de dinheiro e suas formas derivadas,
buscando a segurança e desenvolvimento do País, com isso vem o artigo 192 da nossa Constituição Federal.

“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do
País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperati-
vas de crédito, será regulado por LEIS COMPLEMENTARES que disporão, inclusive, sobre a participação do
capital estrangeiro nas instituições que o integram. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)“.

Criado pela Lei nº 4595/64, que dispõe sobre o sistema que será operado no Brasil, e as autoridades monetárias
que serão os agentes responsáveis por garantir que estas operações aconteçam, e que sejam seguras e solidas
para os agentes financeiros e seus clientes.
Art. 1º (ADAPTADO) O sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela presente Lei, será constituído:
I - do Conselho Monetário Nacional;
II - do Banco Central do Brasil
III - do Banco do Brasil S. A.;
IV - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social;
V - demais instituições financeiras públicas e privadas.
VI – Comissão de Valores Mobiliários (Lei 6385/1976) (Adaptação do Professor!)

11
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL


CMN

É o órgão NORMATIVO máximo no SFN. Este órgão é quem dita as Normas que serão seguidas pelas institui-
ções financeiras, pois para tudo na vida existe alguém superior que controla e dita as regras do jogo.
Além disso, o CMN é responsável por formular as políticas da moeda e crédito no país, ou seja, é responsável
por coordenar todas as políticas econômicas do país, e principalmente a política monetária.

Suas REUNIÕES ORDINÁRIAS, ou seja, comuns, são MENSAIS, e ao final de cada reunião é emitida uma
RESOLUÇÃO da qual é lavrada uma ata, cujo extrato é publicado no DOU (Diário Oficial da União) e no SIS-
BACEN, excluindo-se os assuntos confidenciais discutidos na reunião.

DECRETO Nº 1.307, DE 9 DE NOVEMBRO DE 1994.


    
Art. 30. As decisões de natureza normativa serão divulgadas mediante resoluções assinadas pelo Presidente
do Banco Central do Brasil, veiculadas pelo Sistema de Informações Banco Central (Sisbacen) e publicadas no
Diário Oficial da União.

Parágrafo único. As decisões de caráter confidencial serão comunicadas somente aos interessados. (Então
existem algumas decisões ou informações que não são divulgadas publicamente).
 Art. 33º § 1° Após as atas terem sido assinadas por todos os conselheiros, extratos das atas serão publicados
no Diário Oficial da União, excluídos os assuntos de caráter confidencial.
Resumindo: Tanto as Resoluções quanto os extratos são publicados no DOU e no SISBACEN, entretanto, se
houver algum assunto confidencial, esse não será divulgado a todos publicamente, apenas aos interessados, mas
a resolução como um todo deve ser publicada, excluindo-se as partes confidenciais.

O CMN é um órgão colegiado, composto por DOIS MINISTROS e o Presidentes do Banco Central, que pos-
sui status de ministro, todos INDICADOS pelo Presidente da República e submetidos a Aprovação pelo Senado
Federal

Ministro da Fazenda
Nacional
(Presidente do
Conselho)

CMN
Ministro do
Planejamento Presidente do Banco
Desenvolvimento e Central do Brasil
Gestão - MPDG

Importante!
É interessante saber que segundo o DECRETO Nº 1.307, DE 9 DE NOVEMBRO DE 1994.

12
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 8º
O presidente do CMN poderá convidar para participar das reuniões do conselho sem direito a voto outros
Ministros de Estado, assim como representantes de entidades públicas ou privadas.
Art. 16º 
§ 1° Poderão assistir às reuniões do CMN:
a) assessores credenciados individualmente pelos conselheiros;
b) convidados do presidente do conselho.
§ 2° Somente aos conselheiros é dado o direito de voto.

Compete ao Presidente do Conselho


Deliberar ad referendum do colegiado, nos casos de urgência e de relevante interesse.
(Perceba que o Presidente não tem o famoso voto de minerva, ou seja, não possui voto de desempate, pois ele
pode tomar decisões sozinho, em casos de urgência, e depois submeter essa decisão a votação na reunião ordiná-
ria ou extraordinária do colegiado).
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc) como órgão de assessoramento
técnico na formulação da política da moeda e do crédito do País. A Comoc manifesta-se previamente sobre os
assuntos de competência do CMN. Além da Comoc, a legislação prevê o funcionamento de sete Comissões
Consultivas.

Normas do STN

Política
Monetária e Crédito Rural
Cambial

Mercado de
CMN
Valores Crédito
Mobiliários e Industrial
Futuros

Endividamento Crédito
Público Habitacional

13
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Existe uma oitava comissão, que se chama “Pro- Dos Objetivos do CMN nos descartamos 2 que são:
cessos Administrativos”, que você já dever ter notado “Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos ins-
estar faltando acima, pois não é colocada pelo Banco trumentos financeiros” e o “Estabelecer, para fins da
Central entre as comissões consultivas ao definir quais política monetária e cambial, as condições especificas
são. Mesmo assim vale salientar que esta comissão para negociação de contratos derivativos...”, pois estes
existe e que tem o mesmo papel que as demais que não são cobrados com frequência em provas, até por
citamos, mas com um enfoque nos processos adminis- não terem contexto ou conexão com assuntos dos edi-
trativos que são instaurados para apurar e punir servi- tais. Sendo assim, ficamos com 7 objetivos e as atribui-
dores infratores no exercício de cargos públicos ligados ções. Mais à frente nos faremos links entre as atribui-
ao sistema financeiro. Esta comissão é controversa, ções e os objetivos do CMN, o que nos ajudará bastan-
uma vez que nas atuais resoluções ela não figura no te a lembrar deles na hora da prova.
quadro de comissões, mas quando há necessidade de
utilizá-la, o CMN a convoca. Vejamos abaixo a sequência dos Objetivos do
Todas essas comissões têm o papel de dar apoio CMN
e consultoria ao CMN, quando este deseja tomar de-
cisões, em suas reuniões, sobre assuntos específicos ADAPTAR
de alguma área. Não temos como saber de tudo, até
porque os membros do CMN são apenas 3 seres huma-
REGULAR
nos, sim são seres humanos, e como tais não podem
saber de tudo. Então para lhes dar suporte, as comis-
sões consultivas vêm atuar em áreas especificas para REGULAR

OBEJETIVOS DO CMN
facilitar as tomadas de decisões por parte do CMN.
“Art. 11 Compete às Comissões Consultivas, dentre ORIENTAR
outras atribuições previstas em seu regimento interno:
I - por solicitação do CMN ou da Comoc, apreciar PROPICIAR
matérias atinentes às suas finalidades;
II - propor alteração em seu regimento interno, ao ZELAR
CMN;
III - convidar pessoas ou representantes de COORDENAR
entidades públicas ou privadas para participar de suas
reuniões.” ESTABELECER
O Banco Central do Brasil é a Secretaria-Execu-
tiva do CMN e da COMOC. Compete ao Banco Central
ESTABELECER
organizar e assessorar as sessões deliberativas (pre-
parar, assessorar, dar suporte durante as reuniões, e
elaborar as atas e manter seu arquivo histórico). ATENÇÃO!
Você percebeu algo estranho naquele vermelhi-
Objetivos do CMN nho?! Pois é, ele não é um verbo de MANDAR, mas
sim de FAZER, de “Colocar a Mão na Massa”. Esta é
Sim! Agora vamos saber o que o CMN faz de fato, a ÚNICA exceção do CMN a regra dos verbos, então,
qual sua missão, e para isso a Lei deu ao CMN Ob- CUIDADO com este verbo ZELAR, pois ele cai muito
jetivos, isso mesmo, objetivos que são sua missão, o em provas, por se tratar de uma exceção, mais a frente
motivo de ele existir. Os Objetivos do CMN são 9, e as falaremos dele novamente.
atribuições, que são as armas que o CMN tem para
cumprir os objetivos, são 39! Bom, agora que você viu os verbos vinculados aos
objetivos do CMN, você percebeu que este verbos indi-
ATENÇÃO! cam PODER, MANDAR, AUTORIDADE. Logo, fica fácil
Você não precisa decorar todos os Objetivos e Atri- memorizar as competências o CMN, pois estas sempre
buições do CMN, basta aprender 7 dos 9 objetivos, pois serão iniciadas por um verbo que indica MANDAR. En-
são os que mais caem nas provas, e adicionar uma re- tão vejamos na integra os objetivos.
grinha dos verbos, onde veremos que tanto os objeti-
vos, quanto as atribuições sempre serão iniciadas • Adaptar os meios de pagamentos as reais ne-
com verbos de PODER, MANDAR, AUTORIDADE. cessidades da economia e seu processo de desenvol-
vimento.

14
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Os meios de pagamento, são as formas de dinheiro • Estabelecer, para fins da política monetária e
disponíveis, tais como: Dinheiro, cheques e cartões. Es- cambial, as condições especificas para negociação de
tes últimos também são chamados de dinheiro de plás- contratos derivativos, estabelecendo limites, compulsó-
tico. Quando o CMN vê que, por exemplo, precisamos rios e definindo as próprias características dos contra-
de mais dinheiro, ele adapta a quantidade de dinheiro tos existentes, e criando novos.
ao volume saudável que a economia precisa em um
dado momento. • Coordenar as políticas monetária, creditícia,
orçamentária, fiscal e da dívida pública interna e exter-
• Regular o valor interno da moeda, corrigindo na.
ou prevenindo os surtos inflacionários ou deflacioná-
rios, de origem interna ou externa. É importante destacar que o CMN sempre será o
Neste momento o CMN busca emitir normas para responsável por formular estas políticas. Como vimos o
controlar o valor interno de nossa moeda para a inflação CMN não costuma fazer coisas, mas apenas MANDAR,
ou a deflação não atinjam a economia de forma catas- então quando o CMN formula políticas, ele as envia ao
trófica. BACEN que executa estas políticas.
• Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio
da balança de pagamentos do País. • Estabelecer a Meta de Inflação.
Agora o CMN se preocupa em manter a moeda bra- Este é um dos mais importantes objetivos do CMN
sileira em equilíbrio com as moedas estrangeiras para e que DESPENCA nas provas! O CMN passa a ser o
evitar que ao se valorizar demais o real em detrimento responsável por estabelecer um parâmetro para me-
da moeda estrangeira, acabe por desestimular as ex- tas de inflação no Brasil. Ele, com base em estudos e
portações, ou se houver uma valorização exagerada avaliações da economia, estabelece uma meta para a
de moeda estrangeira em detrimento do Real, haja um inflação oficial, que deverá ser cumprida pelo BACEN
desestimulo a importação, que também é fundamental dentro do ano indicado.
para nosso País. Hoje no Brasil, temos uma meta de inflação que é
dividida da seguinte forma até dezembro de 2016:
• Orientar a aplicação dos recursos das ins-
tituições financeiras públicas ou privadas, de forma
a garantir condições favoráveis ao desenvolvimento
equilibrado da economia nacional.
PARÂMETROS DA META DE

É muito importante que o CMN oriente a forma TETO de 6,5% a.a


como as instituições irão investir seus recursos, pois
más decisões no mercado financeiro custam muito Margem de tolerância de 2%
dinheiro e até a falência de várias instituições. Impor- para mais
INFLAÇÃO

tante destacar que ele orienta TODAS as instituições


financeiras, e quando falamos todas, são todas mesmo, CENTRO de 4,5%a.a
incluindo as públicas.
Margem de tolerância de 2%
• Zelar pela liquidez e solvência das institui- para menos
ções financeiras.
ATENÇÃO! PISO de 2,5%a.a
Este objetivo cai com muita frequência nas provas,
pois se trata de uma exceção à regra dos verbos de
mandar. Este objetivo faz com que o CMN sempre te-
nha como preocupação em buscar que as instituições O centro da meta é um ideal, no qual o CMN enten-
financeiras tenham recursos disponíveis em seu caixa, de que seria a meta ideal para o senário econômicos
mantendo-se liquidas e honrando seus compromissos do País. Entretanto, engessar um número no mercado
para com seus credores, mantendo-se solventes. financeiro não é bom, principalmente um índice que
avalia os preços do mercado, então o CMN admite uma
• Propiciar o aperfeiçoamento das instituições pequena variação para mais ou para menos. Caso o
e dos instrumentos financeiros, de forma a tornar mais índice de inflação, IPCA, inflação oficial, esteja dentro
eficiente o sistema de pagamentos e mobilização de re- desta margem de variação, ou margem de tolerância,
cursos. entende-se que o Banco Central cumpriu a Meta de in-
flação Estabelecida pelo CMN.

15
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Hoje temos como parâmetros de inflação o seguinte senário.

Note que o CMN diminuiu, a partir de 2017, a margem de tolerância de 2% para 1,5%, estabelecendo um novo
TETO e um novo PISO.
Por causa dos objetivos, o CMN recebeu da Lei 4595/64 várias atribuições, ou seja, as armas que ele tem para
poder cumprir seus objetivos, das quais destacamos algumas que mais são objetos de prova e que podemos fazer
conexões com os objetivos, para nos ajudar a memorizar mais, sem ter de utilizar, apenas, a regra dos verbos. Se-
guem abaixo os principais verbos ligados as atribuições:

AUTORIZAR

FIXAR DIRETRIZES

DISCIPLINAR
ESTABELECER
LIMITES
DETERMINAR
ATRIBUIÇÕES
PRINCIPAIS

REGULAMENTAR

OUTORGAR

ESTABELECER

REGULAR
EXPEDIR NORMAS

DISCIPLINAR

DELIMITAR

16
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Conexões entre os Objetivos e Atribuições

Objetivo: Adaptar os meios de pagamentos as reais necessidades da


economia e seu processo de desenvolvimento.
• Atribuição:Autorizar a emissão de papel moeda

Fabrica / Imprime o Emite o Papel e faz a


Autoriza a Emissão de
Papel Moeda, e envia distribuição junto as
Papel Moeda para o BACEN Instituições Financeiras

Objetivo: Regular o valor interno da moeda, corrigindo ou prevenindo os


surtos inflacionários ou deflacionários, de origem interna ou externa.
• Com isso o CMN necessita coordenar a Política Monetária

Objetivo: Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio da balança de


pagamentos do País.
• Atribuição: Outorgar ao BACEN o monopólio sobre as operações de
CÂMBIO quando o balanço de pagamentos assim o exigir.
• Atribuição: Fixar diretrizes e normas para a política cambial.

Objetivo: Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras.


• Atribuição: Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o
capital mínimo das instituições financeiras privadas, levando em
conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências
ou filiais

Objetivo: Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras


públicas ou privadas, de forma a garantir condições favoráveis ao
desenvolvimento equilibrado da economia nacional.
• Atribuição: Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização
de todas as instituições financeiras que operam no País.

17
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Existem Algumas atribuições do CMN que não temos como fazer conexões, pois são bastante independentes.
Mas nem por isso deixaremos de comentá-las, pois caem bastante em provas, logo merecem nossa atenção. São
Elas:

 Estabelecer as normas a serem seguidas pelo BC quanto às transações com títulos públicos. (Quem reali-
za as transações é o BACEN) 
 Regulamentar as operações de redesconto. (Quem realiza o redesconto é o BACEN – Banco Central) 
 Determinar a taxa do recolhimento compulsório até 60% dos títulos contábeis das instituições financeiras.
Lei 4595/64 art. 4, XIV. 
(Ainda está valendo para efeitos de banca como a CESGRANRIO, pois mesmo que haja uma revogação táci-
ta pela lei 7730/89, o mesmo não foi compilado e retirado da lei original, e já foi objeto de cobrança em prova da
CESGRANRIO, portanto torna-se imprudente de nossa parte não destacar essa informação!) 

Esquematizando...

MERCADO ABERTO -
REDESCONTO OU
COMPRA E VENDA DE RECOLHIMENTO
TÍTULOS PÚBLICOS EMPRESTIMO DE
LIQUIDEZ COMPULSÓRIO
FEDERAIS
• CMN -
REGULAMENTA
• CMN - • BACEN - DETERMINA
• CMN - REGULAMENTA A TAXA E RECEBE OS
REGULAMENTA • BACEN- REALIZA VALORES
• BACEN - REALIZA

18
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

RECOLHIMENTO
COMPULSÓRIO

BACEN CMN

ATÉ 100% SOBRE A ATÉ 60% SOBRE AS ATÉ 60% SOBRE AS


CAPTAÇÃO DE CAPTAÇÕES EM CAPTAÇÕES EM
DEPOSITOS A VISTA TÍTULOS CONTÁBEIS E TÍTULOS CONTÁBEIS E
(CONTA CORRENTE) FINANCEIROS (RESTO) FINANCEIROS (RESTO)

 Expedir normas gerais de estatística e contabilidade a serem apreciadas pelas instituições financei-
ras. (Cuidado com esta aqui, pois quando uma banca quer dificultar o item ela sempre põe essa!). 

Disciplinar as atividades das bolsas de valores. (Define o que é uma bolsa de valores e o que elas fazem).

ATENÇÃO!
Nas provas das bancas mais exigentes é comum aparecer o CMN contextualizado com Congresso Nacional,
Senado Federal e Câmara dos Deputados. 

Então temos uma regra básica que vai te ajudar em qualquer competência do CMN que possa ser perguntada
e contextualizada com o Poder Legislativo.  

Regra: O CMN só se relaciona com o Senado Federal, ou seja, Câmara dos Deputados NUNCA! 

Exceto dois casos em que aparece o Congresso Nacional na Lei 4595/64:  

XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o último dia do mês subsequente,  relatório e
mapas demonstrativos da aplicação dos recolhimentos compulsórios. 

§ 6º O Conselho Monetário Nacional encaminhará ao Congresso Nacional, até 31 de março de cada ano, rela-


tório da evolução da situação monetária e creditícia do País no ano anterior, no qual descreverá, minudentemen-
te as providências adotadas para cumprimento dos objetivos estabelecidos nesta lei, justificando destacadamen-
te os montantes das emissões de papel-moeda que tenham sido feitas para atendimento das atividades produtivas. 

EXERCÍCIOS

1 (CESGRANRIO – BB 2014)
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é a entidade máxima do sistema financeiro brasileiro, ao qual cabe.
a) intervir diretamente nas instituições financeiras ilíquidas
b) apurar e anunciar mensalmente a taxa de inflação oficial.
c) autorizar a emissão de papel-moeda.
d) fixar periodicamente a taxa de juros interbancária.
e) aprovar o orçamento do setor público federal.

19
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

2 (FUNDATEC – BRDE 2015) O Conselho Mo- BANCO CENTRAL DO BRASIL


netário Nacional (CMN) foi instituído pela Lei nº (BACEN)
4.595/1964. São integrantes do Conselho Monetário
Nacional:  O BACEN é uma autarquia, colegiada, composta
I. Presidente do Banco Central do Brasil.  por Nove DIRETORIAS, e até Nove DIRETORES, in-
II. Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão.  cluindo o PRESIDENTE. Todos indicados pelo Presi-
III. Ministro da Fazenda.  dente da República com aprovação do Senado Fe-
IV. Secretário da Receita Federal.  deral.
V. Ministro-chefe da Casa Civil.  (Este “até nove diretores” deve-se ao fato do Se-
VI. Secretário-geral da Presidência da República.  nhor Luiz Edson Feltrim estar, atualmente, ocupando
a) Apenas I, II e III.  o cargo da Dirad (Dir. Administrativa) e Direc (Dir. de
b) Apenas IV, V e VI.   Relacionamento Institucional e Cidadania). Mas, lem-
c) Apenas I, II, III e IV.  brando que isso é momentâneo, uma vez que a qual-
d) Apenas II, III, VI e V.  quer momento O/A Presente pode indicar um novo di-
e) I, II, III, IV, V e VI.  retor para uma das diretorias copadas pelo Senhor Luiz
Feltrim. Portanto, é prudente de nossa parte entender
3 (FGV – BNB 2014) O Conselho Monetário Nacio- que o número de Diretorias é FIXO, mas o número de
nal (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro. Diretores é VARIÁVEL.
A política do CMN objetiva:
a) regular o valor interno e externo da moeda; É o órgão executivo central do SFN, o braço direito
b) controlar exclusivamente o fluxo de capitais es- do CMN, portanto uma autarquia Supervisora, com a
trangeiros; missão de garantir a estabilidade do poder de com-
c) realizar operações de redesconto e empréstimos, pra da moeda nacional.
como instrumento de política monetária como auxílio a
problemas de liquidez; Realiza duas reuniões Ordinárias Semanalmente,
d) fiscalizar a interferência de outras sociedades nas quais são lavradas CIRCULARES.
nos mercados financeiros e de capitais; Sua sede fica em Brasília, e tem outras 9 repre-
e) emitir papel moeda e moeda metálica. sentações nas capitais dos Estados do Rio Grande do
Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
4 (CESPE – CAIXA 2014) Com referência às Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.
funções do BCB, julgue os itens subsequentes. 
O CMN, órgão normativo que estabelece as regras de O BACEN tem 4 objetivos:
funcionamento e fiscalização dos entes participantes • Zelar pela adequada liquidez da economia;
do SFN, é hierarquicamente subordinado ao BCB. • Zelar pela estabilidade e promover o perma-
Certo Errado nente aperfeiçoamento do sistema financeiro.
• Manter as reservas internacionais em nível
5 (CESGRANRIO – BASA 2014) Atualmente, o adequado;
Sistema Financeiro Nacional é composto por órgãos • Estimular a formação de poupança;
normativos, entidades supervisoras e por operadores. Cuidado!
Um dos órgãos normativos que compõe o Sistema Lembre-se que existe um ZELAR que é competên-
Financeiro Nacional é o(a):  cia do CMN: Zelar pela liquidez e solvência das institui-
a) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico ções financeiras. Então caso apareça um verbo ZELAR
e Social - BNDES  e não for associado a este texto acima, automaticamen-
b) Banco Comercial  te será competência do BACEN.
c) Conselho Monetário Nacional  Dentre as várias competências do BACEN, vale
d) Bolsa de Valores  ressaltar:
e) Superintendência de Seguros Privados – SU- • Emitir papel-moeda e moeda metálica;
SEP  • Executar os serviços do meio circulante;
• Determinar a Taxa de recolhimento compul-
GABARITO sório até 100% dos depósitos a vista e 60% títulos
contábeis das instituições financeiras. (Artº 10, inci-
 1C 2A 3A 4E 5C so III da Lei 4595/64, alterado pela Lei 7730/89);
• Receber recolhimentos compulsórios e vo-
luntários das instituições financeiras e bancárias;

20
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

• Realizar operações de redesconto e emprésti- Esclarecendo um nó na sua cabeça!


mo às instituições financeiras; Quem determina o valor do recolhimento com-
• Regular a execução dos serviços de compen- pulsório?
sação de cheques e outros papéis; Artº 4 inciso XIV e Artº10 inciso III
• Efetuar operações de compra e venda de títu-
los públicos federais; Compulsório sobre Títulos Contábeis e Financei-
• Exercer o controle do crédito sobre todas as ros – Limite até 60% - pode ser determinado pelo CMN
suas formas; ou pelo BACEN
• Exercer a fiscalização das instituições financei-
ras; Depósitos à Vista – limite até 100% - pode ser
• Autorizar o funcionamento das instituições determinando apenas pelo BACEN
financeiras no país;
• Estabelecer as condições para o exercício de DECOREBA CLÁSSICO
quaisquer cargos de administração/direção nas institui- Os verbos relacionados do CMN são sempre ver-
ções financeiras PRIVADAS; bos de autoridade, verbos de poder, verbos de man-
• Vigiar a interferência de outras empresas nos dar.
mercados financeiros e de capitais; São verbos como: Regular, Autorizar, Estabelecer,
• Controlar o fluxo de capitais estrangeiros no Coordenar, Fixar Normas, Disciplinar, Orientar, etc.
país. Já os verbos empregados ao BACEN são verbos
de ação, ou seja, verbos que indicam botar a mãos na
ATENÇÃO! massa ou apenas supervisionar.
Autorizar o funcionamento de Instituições Fi- São verbos como: Executar, Exercer, Realizar, Con-
nanceiras Estrangeiras no País, só por Decreto do trolar, Fiscalizar, Aplicar, etc.
Poder Executivo. Entretanto, cuidado, pois o BACEN tem 5 exce-
“Lei 4595/64 - Art. 18. As instituições  financei- ções a esta regra. Que são 3 regular, 1 Estabelecer
ras somente poderão funcionar no País mediante pré- e 1 Autorizar.
via autorização do Banco Central da República do Brasil * Regular a Compensação de Cheques e Outros
ou decreto do  Poder  Executivo, quando forem es-
Papéis.
trangeiras.”
* Regular o Mercado de Câmbio.
O BACEN regulamenta o CÂMBIO, a Compensa-
* Regular a Concorrência entre as Instituições Fi-
ção de Cheques e outros papéis e a Concorrência
nanceiras.
entre as instituições financeiras. (Não esqueça isto
* Estabelecer as condições para o exercício de car-
ok?!).
gos de administração/direção das instituições financei-
“Lei 4595/64 - Art. 18º § 2º O Banco Central da Re-
ras privadas.
publica do Brasil, no exercício da fiscalização que lhe
* Autorizar o funcionamento de instituições financei-
compete, regulará as condições de concorrência en-
ras no país.
tre instituições financeiras, coibindo-lhes os abusos
com a aplicação da pena nos termos desta lei.”
O BACEN recebe vários apelidos, devido a vá-
Não caia nas pegadinhas! rias atividades que realiza. São eles:
O CMN orienta a aplicação dos recursos das Ins- Banco dos Bancos: quando recebe os depósitos
tituições financeiras. compulsórios e voluntários das instituições financeiras.
O CMN regulamenta a constituição, funciona- Banqueiro do Governo: quando centraliza o caixa
mento e fiscalização das instituições financeiras do Governo e administra as reservas internacionais,
que operam no país. bem como as reservas em ouro do Brasil.
O BACEN autoriza o funcionamento das institui- Banco Emissor: quando emite o papel moeda
ções financeiras no país. autorizado pelo CMN e fabricado pela Casa da Moeda
O BACEN estabelece as condições para exercer do Brasil.
quaisquer cargos de direção nas instituições finan- Emprestador de última Instância: quando realiza
ceiras PRIVADAS. o empréstimo de liquidez, ou Redesconto, as institui-
ções financeiras. Vale lembrar mais uma vez que o Ba-
 Zelar pela liquidez e solvência das instituições cen é proibido pela Constituição Federal de emprestar
Financeiras é do CMN! dinheiro a qualquer criatura que não seja uma institui-
 Zelar pelo resto que aparecer é com o BACEN! ção financeira.

21
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Apenas para relembrar, este empréstimo que nós  1 dia útil – O Bacen só aceita redescontar Tí-
já conhecemos pelo nome de Redesconto do Banco tulos Públicos Federais. (Há cobrança de juros pelo
Central e que já explicamos no início da matéria, tem 2 Bacen)
modalidades como já vimos antes:
As operações de Redesconto do Banco Central po-  Até 15 dias úteis – Qualquer título serve para
dem ser: ser redescontado, desde que o Bacen entende que
I - intradia, destinadas a atender necessidades de é um título seguro e com garantia. (Há cobrança de
liquidez de instituição financeira, ao longo do dia. É o juros pelo Bacen)
chamado Redesconto a juros zero!
II - de um dia útil, destinadas a satisfazer necessi-  Até 90 dias corridos - Qualquer título serve
dades de liquidez decorrentes de descasamento de cur- para ser redescontado, desde que o Bacen entende
tíssimo prazo no fluxo de caixa de instituição financeira; que é um título seguro e com garantia. (Há cobrança
III - de até quinze dias úteis, podendo ser recon- de juros pelo Bacen)
tratadas desde que o prazo total não ultrapasse qua-
renta e cinco dias úteis, destinadas a satisfazer neces- EXERCÍCIOS
sidades de liquidez provocadas pelo descasamento de
curto prazo no fluxo de caixa de instituição financeira e
1 (FGV – BNB 2014) O Banco Central do Brasil (BC
que não caracterizem desequilíbrio estrutural; e
ou BACEN) foi criado pela lei nº 4595, de 31/12/1964,
IV - de até noventa dias corridos, podendo ser
para atuar como órgão executivo central do sistema
recontratadas desde que o prazo total não ultrapasse
financeiro, tendo como funções cumprir e fazer cum-
cento e oitenta dias corridos, destinadas a viabilizar o
ajuste patrimonial de instituição financeira com desequi- prir as disposições que regulam o funcionamento do
líbrio estrutural. sistema e as normas expedidas pelo CMN (Conselho
Monetário Nacional). Entre as atribuições do Banco
ATENÇÃO! Central estão:
Entende-se por operação intradia, para efeito do
disposto neste regulamento, a compra com compromis- a) emitir papel-moeda, exercer o controle do crédi-
so de revenda, em que a compra e a correspondente to e exercer a fiscalização das instituições financeiras,
revenda ocorrem no próprio dia. punindo-as quando necessário;
b) determinar as taxas de recolhimento compulsó-
Importantíssimo!!! rio, autorizar as emissões de papel-moeda e estabele-
Sobre a Compra com Compromisso de Revenda cer metas de inflação;
que falamos lá em cima temos algumas observações c) regulamentar as operações de redesconto de li-
que despencam nas provas. quidez, coordenar as políticas monetárias creditícia e
Podem ser objeto de Redesconto do Banco Cen- cambial e estabelecer metas de inflação;
tral, na modalidade de compra com compromisso de d) regular o valor interno da moeda, regular o valor
revenda, os seguintes ativos de titularidade de institui- externo da moeda e zelar pela liquidez e solvência das
ção financeira, desde que não haja restrições a sua ne- instituições financeiras;
gociação: e) determinar as taxas de recolhimento compulsó-
I - títulos públicos federais registrados no Siste- rio, regular o valor interno e externo da moeda e autori-
ma Especial de Liquidação e de Custódia -Selic, que zar as emissões de papel-moeda.
integrem a posição de custódia própria da instituição
financeira, e 2 (CESPE – CAIXA 2014) Nas operações de mer-
II - outros títulos e valores mobiliários, créditos cado aberto, o BCB emite títulos no mercado primá-
e direitos creditórios, preferencialmente com garantia rio com o propósito de regular a taxa básica de juros
real, e outros ativos. SELIC.
CERTO ERRADO
Informação de ouro!
As operações intradia e de um dia útil contem-
3 (IDECAN – BANESTES 2012) O Banco Central
plam exclusivamente os títulos públicos federais.
do Brasil, autarquia federal integrante do Sistema Fi-
Resumindo...
nanceiro Nacional, foi criado em 31/12/64, com a pro-
Redesconto tem 4 formas:
 Intradia – O Bacen só aceita redescontar Titu- mulgação da Lei nº 4.595. Entre as suas atribuições,
los Públicos Federais. (Juros Zero) pode- se destacar:

22
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

a) efetuar operações de compra e venda de títulos Destaca-se a adoção, pelo Decreto 3.088, em 21
públicos federais, executar os serviços do meio circu- de junho de 1999, da sistemática de metas para a in-
lante e exercer o controle de crédito. flação como diretriz de política monetária. Desde
b) exercer a fiscalização das instituições financei- então, as decisões do Copom passaram a ter como
ras, autorizar o funcionamento das instituições financei- objetivo cumprir as metas para a inflação definidas
ras e orientar a aplicação dos recursos das instituições pelo Conselho Monetário Nacional. Segundo o mes-
financeiras. mo Decreto, se as metas não forem atingidas, cabe
c) controlar e fiscalizar o mercado de valores mobi- ao presidente do Banco Central divulgar, em Carta
liários do país, estabelecer as condições para o exer- Aberta ao Ministro da Fazenda, os motivos do des-
cício de quaisquer cargos de direção nas instituições cumprimento, bem como as providências e prazo para
financeiras e autorizar o funcionamento das instituições o retorno da taxa de inflação aos limites estabelecidos.
financeiras. Formalmente, os objetivos do Copom são:
d) exercer a fiscalização das instituições financeiras  Implementar a política monetária;
e centralizar o recolhimento e posterior aplicação dos
recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de  Analisar o Relatório de Inflação divulgado
Serviço (FGTS). pelo Banco Central ao final de cada trimestre civil;
e) prescrever os critérios de constituição das So-
ciedades Seguradoras, de Capitalização e Entidades  Definir a meta para a Taxa Selic, ficando viés
de Previdência Privada Aberta e zelar pela adequada EXTINTO (circular 3868/17)
liquidez da economia. A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a
Meta para a Taxa Selic (taxa média dos financiamen-
Gabarito: tos diários, com lastro em títulos federais, apurados no
Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC), a
 1A 2E 3A qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias
do Comitê. Vale ressaltar que existe também uma taxa
Comitê de Política Monetária SELIC chamada SELIC OVER, que nada mais é do que
COPOM a taxa SELIC de um dia específico, pois o que é traça-
do pelo COPOM é uma META, mas o que acontece dia-
O Comitê de Política Monetária (Copom) foi instituí- riamente chama-se SELIC OVER, pois como qualquer
do em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabe- outro papel que vale dinheiro, os títulos públicos variam
lecer as diretrizes da política monetária e de definir de preço todo dia.
a taxa de juros básica que será seguida pelos bancos. Até dezembro de 2017 o Copom podia divulgar esta
O Copom é composto pelos membros da Direto- Meta da Taxa Selic com um viés, ou seja, com uma ten-
ria Colegiada do Banco Central do Brasil: o presi- dência de alta ou de baixa. Este artifício era utilizado
dente, que tem o voto de qualidade; e os diretores para casos extremos de variação econômica em que, o
de Administração, Assuntos Internacionais e de Gestão Presidente do Copom, poderia elevar ou abaixar a taxa
de Riscos Corporativos, Fiscalização, Organização do Selic sem, necessariamente, convocar uma reunião ex-
Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito traordinária do colegiado do comitê.
Rural, Política Econômica, Política Monetária, Regula- Entretanto em 19 de dezembro de 2017, através da
ção do Sistema Financeiro, e Relacionamento Institu- Circular 3868, o Bacen não mais autorizou ao Copom
cional e Cidadania. Também participam do primeiro dia divulgar Taxa Selic com vieses de alta ou de baixa,
da reunião os chefes dos seguintes departamentos do para evitar quaisquer tipos de especulações no merca-
Banco Central: Departamento de Operações Bancárias do.
e de Sistema de Pagamentos (Deban), Departamento As reuniões ordinárias do Copom ocorrem
de Operações do Mercado Aberto (Demab), Departa- APROXIMADAMENTE de 45 em 45 dias e dividem-
mento Econômico (Depec), Departamento de Estudos -se em dois dias/sessões: geralmente a primeira ses-
e Pesquisas (Depep), Departamento das Reservas In- são às terças-feiras e a segunda às quartas-feiras. O
ternacionais (Depin), Departamento de Assuntos Inter- número de reuniões ordinárias foi reduzido para oito
nacionais (Derin), e Departamento de Relacionamento ao ano a partir de 2006, sendo o calendário anual di-
com Investidores e Estudos Especiais (Gerin). A primei- vulgado até o fim de junho do ano anterior, admitidas
ra sessão dos trabalhos conta ainda com a presença modificações até o último dia do ano da divulgação. No
do chefe de gabinete do presidente, do assessor de im-
primeiro dia das reuniões, os chefes de departamen-
prensa e de outros servidores do Banco Central, quan-
to apresentam uma análise da conjuntura doméstica
do autorizados pelo presidente.
abrangendo inflação, nível de atividade, evolução dos

23
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

agregados monetários, finanças públicas, balanço de Meios de Pagamento


pagamentos, economia internacional, mercado de câm- Incluem-se nos Agregados Monetários - Meios de
bio, reservas internacionais, mercado monetário, ope- Pagamentos: M1, M2, M3 e M4.
rações de mercado aberto, avaliação prospectiva das São adotados conceitos/definições internacional-
tendências da inflação e expectativas gerais para va- mente aceitos e fundamentados na Teoria Econômica.
riáveis macroeconômicas. Os detentores dos meios de pagamentos no sentido
No segundo dia da reunião, do qual participam amplo compõem-se do setor não financeiro da econo-
apenas os membros do Comitê e o chefe do Depep, mia e das instituições financeiras que não emitem ins-
sem direito a voto, os diretores de Política Monetária trumentos considerados como moeda. Vale salientar a
e de Política Econômica, após análise das projeções existência de particularidades na abrangência, mensu-
atualizadas para a inflação, apresentam alternativas ração e convenções contábeis de cada uma das variá-
para a taxa de juros de curto prazo e fazem reco- veis que compõem cada tipo de agregado, as quais são
mendações acerca da política monetária. Em segui- discutidas nos itens a seguir. Sob o aspecto de ordena-
da, os demais membros do Copom fazem suas ponde- mento de seus componentes, definem-se os agregados
rações e apresentam eventuais propostas alternativas. por seus sistemas emissores.
Ao final, procede-se à votação das propostas, buscan- • O M1, ou Base Monetária RESTRITA, com-
do-se, sempre que possível, o consenso. A decisão fi- preende os passivos de liquidez imediata. É composto
nal - a meta para a Taxa Selic e o viés, se houver - é pelo Papel-moeda em Poder do Público (PMPP) e pelos
imediatamente divulgada à imprensa ao mesmo tempo Depósitos à Vista (DV). O PMPP é o resultado da dife-
em que é expedido Comunicado através do Sistema de rença entre o Papel-moeda Emitido pelo Banco Central
Informações do Banco Central (Sisbacen). do Brasil e as disponibilidades de “caixa” do sistema
As atas em português das reuniões do Copom bancário. Os DV são aqueles captados pelos bancos
são divulgadas às 8h30 da quinta-feira da semana pos- com carteira comercial e transacionáveis por cheques
terior a cada reunião, dentro do prazo regulamentar de ou meios eletrônicos. Portanto, as instituições emisso-
até seis dias úteis após o fim da segunda sessão ras incluem os bancos comerciais, os bancos múltiplos
na quarta-feira, sendo publicadas na página do Banco e as caixas econômicas. Neste segmento, não são in-
Central na internet (“Atas do Copom”) e para a impren- cluídas as cooperativas de crédito, em razão da insigni-
sa a partir das 18 horas do dia da segunda sessão, as ficância de seus depósitos, como também pela dificul-
dade de obtenção global dos dados diários e mesmo
quartas-feiras. (Em inglês deverão ser publicadas no
de balancetes mensais. Os depósitos do setor público
7º dia útil). (circular BACEN 3868/17)
estão incluídos nos depósitos à vista, com exceção dos
Ao final de cada trimestre civil, o COPOM divul-
recursos do Tesouro Nacional, depositados no Banco
ga, através do BACEN, produz o documento “Re-
do Brasil.
latório de Inflação”, que analisa detalhadamente a
Base Monetária Ampliada
conjuntura econômica e financeira do País, bem
• O M2 engloba, além do M1, os depósitos para
como apresenta suas projeções para a taxa de infla-
investimento e as emissões de alta liquidez realizadas
ção. (Circular 3868 de 19/12/2017 e Decreto 3088/99)
primariamente no mercado interno por instituições de-
positárias - as que realizam multiplicação de crédito.
ATENÇÃO!
• O M3 inclui o M2 mais as captações internas
O COPOM se reúne 8 vezes ao ano, e isso dá por intermédio dos fundos de investimento classificados
aproximadamente 45 em 45 dias, mas é aproxima- como depositários e a posição líquida de títulos regis-
damente mesmo, não exatamente. trados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia
E note que o famoso viés ou tendência de varia- (Selic), decorrente de financiamento em operações
ção da taxa Selic foi extinto, ou seja, o COPOM não compromissadas.
pode mais indicar um viés para a taxa Selic estabe- • O M4 engloba o M3 e os títulos públicos de alta
lecida nas reuniões. liquidez.
Dentro das políticas monetárias, o CMN e o BA- Observe-se que, dentre os títulos federais, apenas
CEN, buscando facilitar a confecção deste relatório de os registrados no Selic são considerados nos meios de
inflação, criaram os aglomerados monetários, e dentro pagamento. Apesar da alta liquidez dos instrumentos
deles, os meios de pagamento, que nada mais são do de captação do Tesouro Nacional, entendeu-se que o
que a forma como o dinheiro está presente na econo- reconhecimento de tais emissões como quase-moeda
mia, quer em dinheiro vivinho ou em “papel que vale nos conceitos de meios de pagamento deva ser o mais
dinheiro”. restrito possível, dado que aquele Órgão não integra o
Sistema Financeiro Nacional (SFN).

24
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Para tanto, assume-se que, entre os haveres integrantes do agregado monetário, as diferenças de velocidade potencial
de conversão em disponibilidade imediata associadas a perdas de valor nesses procedimentos não sejam significativas no
atual estágio de desenvolvimento do sistema financeiro. Caso contrário, o ordenamento teria que contemplar tais diferenças,
uma vez que, por hipótese, quanto maior aquela velocidade, maior exposição do componente à demanda por liquidez.
Desse modo, o critério adotado permite discriminar a exposição do sistema financeiro à demanda por liquidez
ao incluir no M3 somente exigibilidades das instituições depositárias e fundos de renda fixa junto ao público. Nesse
sentido, os títulos públicos, apesar de não possuírem liquidez potencial mais reduzida que os títulos privados e de-
pósitos de poupança foram alocados no conceito mais abrangente a fim de destacar, no M3, a exposição do sistema
financeiro, exclusive o Banco Central, tratado apenas como provedor de meio circulante. Cabe observar que, embo-
ra não usual na maioria dos países, a inclusão da dívida mobiliária pública em agregados monetários baseia-se nas
especificidades da economia brasileira, com o setor público mantendo participação expressiva no dispêndio total
por longo período, cujo financiamento dependia significativamente da captação de poupanças privadas por meio
da emissão de títulos. Tais circunstâncias exigiram elevada liquidez desses instrumentos, propiciando sua adoção
generalizada como “quase-moeda” até os dias atuais. Observe-se que, dentre os títulos federais, apenas os regis-
trados no Selic são considerados nos meios de pagamento. Apesar da alta liquidez dos instrumentos de captação
do Tesouro Nacional, entendeu-se que o reconhecimento de tais emissões como “quase-moeda” nos conceitos de
meios de pagamento deva ser o mais restrito possível, dado que esse Órgão não integra o Sistema Financeiro Na-
cional (SFN). O Banco Central, por sua vez, tem suas operações com títulos já concentradas no Selic.
Os fundos de renda fixa foram incluídos no M3, embora possuam personalidade jurídica própria e não multipli-
quem crédito, dado que em geral funcionam em colaboração com instituições depositárias, exercendo atividades
típicas de tais instituições, como transformar a liquidez de uma carteira de ativos e captar recursos, emitindo quotas
como alternativa de aplicação financeira aos clientes. O desempenho e a exposição dos fundos de renda fixa afetam
a instituição administradora, uma vez que a maior parte dos clientes não faz a distinção estabelecida formalmente.
As operações compromissadas do restante da economia junto ao sistema emissor – correspondentes ao financiamen-
to líquido de títulos tomado por tal sistema – funcionam como moeda para transações, sendo incluídas no conceito M3.

Resumindo os Conceitos atuais


Meios de Pagamento Restritos:
M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista
Meios de Pagamento Ampliados:
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depo-
sitárias
M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic (operações com
títulos públicos federais)
Poupança financeira: M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez

25
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

EXERCICIO independente, composta por 5 Diretores, incluindo o


presidente, todos indicados pelo Presidente da Re-
1 (CESGRANRIO – BB 2015) Periodicamente, o pública e aprovados pelo Senado Federal. Todos
Banco Central do Brasil determina, nas reuniões de com mandato fixo e estabilidade, mas cuidado, este
seu Comitê de Política Monetária (Copom), o(a): mandato é de 5 anos, proibida a recondução, ou seja,
a) valor máximo do volume de operações de com- a “reeleição”, e a cada ano se renovam em um quinto,
pra e venda de títulos públicos pelo sistema bancário ou seja, sai um dos 5 e entra um novo.
brasileiro. É só lembrar que a CVM adora o número 5! Qual-
b) quantidade de papel moeda e moeda metálica quer coisa diferente de 5 está errada!
em circulação, dentro dos limites autorizados pelo Con-  5 diretores
selho Monetário Nacional.  Mandato de 5 anos
c) valor máximo de todas as formas de crédito no país.  Renovados a cada ano e 1/5
d) valor máximo do fluxo de entrada no país de ca- Suas reuniões ordinárias são semanais, das quais
pitais financeiros vindo do exterior. são emitidas Instruções Normativas de vinculação
e) taxa de juros de referência para as operações de Nacional.
um dia com títulos públicos. Responsável por:
Regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar
2 (FCC – BB 2013) O Comitê de Política Monetária o Mercado de Valores Mobiliários do país. A CVM
(COPOM), instituído pelo Banco Central do Brasil em sempre vai ter suas atribuições ligadas ao termo Va-
1996 e composto por membros daquela instituição, lores Mobiliários ou Mercado de Capitais.
toma decisões:
a) sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). ATENÇÃO!
b) a respeito dos depósitos compulsórios dos ban-  Art. 3º Compete ao Conselho Monetário Nacional:
cos comerciais. I - definir a política a ser observada na organiza-
c) de acordo com a maioria dos participantes nas ção e no funcionamento do mercado de valores
reuniões periódicas de dois dias. mobiliários;
d) a serem ratificadas pelo Ministro da Fazenda. VI - estabelecer, para fins da política monetária e
e) conforme os votos da Diretoria Colegiada. cambial, condições específicas para negociação de
contratos derivativos, independentemente da natureza
3 (CESGRANRIO – BB 2014) O Comitê de Política do investidor (Incluído pela Lei nº 12.543, de 2011)
Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil esta- § 1o Ressalvado o disposto nesta Lei, a fiscaliza-
belece as ações que definem a política monetária do ção do mercado financeiro e de capitais continuará
governo. O Copom. a ser exercida, nos termos da legislação em vigor, pelo
a) administra as reservas em divisas internacionais Banco Central do Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.543,
do Brasil de 2011), ou seja, TUDO que não for dado como res-
b) determina periodicamente a taxa de juros inter- ponsabilidade da CVM será do BACEN.
bancários de referência, a taxa Selic. Para este fim, a CVM exerce as funções de:
c) é presidido pelo Ministro da Fazenda. Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos
d) impõe limites mínimos de capitalização aos ban- mercados de bolsa e de balcão;
cos comerciais. Proteger os titulares de valores mobiliários;
e) impede a entrada de capitais financeiros especu- Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipu-
lativos no país. lação no mercado;
Assegurar o acesso do público a informações so-
bre valores mobiliários negociados e sobre as compa-
Gabarito
nhias que os tenham emitido;
Assegurar a observância de práticas comerciais
 1E 2E 3B equitativas no mercado de valores mobiliários;
Estimular a formação de poupança e sua aplicação
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS em valores mobiliários;
(CVM)
Lei 6.385/76 ATENÇÃO!
Apenas em 1976, portanto, 12 anos após a criação Estimular a formação de poupança é do BACEN.
do SFN, é criada a CVM, uma autarquia, em regime es- Mas estimular a formação de poupança para aplicação
pecial, vinculada ao Ministério da Fazenda, colegiada, em valores mobiliários é da CVM.

26
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Promover a expansão e o funcionamento eficiente a) Conselho Administrativo de Defesa Econômica


e regular do mercado de ações e estimular as aplica- (Cade)
ções permanentes em ações do capital social das com- b) Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São
panhias abertas. Paulo (BM&F Bovespa)
São atribuições da CVM fiscalizar os seguintes va- c) Supremo Tribunal Federal (STF)
lores mobiliários: d) Supremo Tribunal de Justiça (STJ)
- AÇÕES (e suas distribuições públicas)
e) Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
- DEBÊNTURES (e suas distribuições públicas)
- BONÚS DE SUBSCRIÇÃO (e suas distribuições
públicas) 2 (CESGRANRIO – BB 2015) A Comissão de Valo-
-NOTAS PROMISSORIAS COMERCIAIS (COM- res Mobiliários (CVM) é um órgão que regula e fisca-
MERCIAL PAPERS) (e suas distribuições públicas) liza o mercado de capitais no Brasil, sendo:
- DERIVATIVOS (Derivativos são contratos que de- a) subordinada ao Banco Central do Brasil
rivam a maior parte de seu valor de um ativo subjacen- b) subordinada ao Banco do Brasil
te, taxa de referência ou índice). c) subordinada à Bolsa de Valores de São Paulo
São atribuições da CVM fiscalizar os seguintes (BOVESPA)
mercados de valores mobiliários: d) independente do poder público
- FUNDOS DE INVESTIMENTO e) vinculada ao poder executivo (Ministério da Fa-
- BOLSAS DE VALORES
zenda)
ATENÇÃO!
Cabe ao CMN disciplinar as atividades das Bolsas 3 (cesgranrio – basa 2014) A Comissão de Valores
de Valores. Mobiliários (CVM) é uma entidade que compõe o sis-
- MERCADO DE BALCÃO tema financeiro nacional, além de ser uma autarquia
vinculada ao Ministério da Fazenda. 
ATENÇÃO! Cabe ao CMN estabelecer, para fins A CVM é responsável por:
da política monetária e cambial, condições específicas a) realizar transações de compra e venda de títulos
para negociação de contratos de derivativos, indepen- e valores mobiliários, em mercado livre e aberto.
dentemente da natureza do investidor. (Incluído pela Lei b) regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar
nº 12.543, de 2011) o mercado de valores mobiliários do país
c) controlar e fiscalizar o mercado de seguro, a pre-
Não são títulos de responsabilidade da CVM
vidência privada aberta e a capitalização.
• Títulos Públicos (Federais, Estaduais e Muni-
cipais) d) negociar contratos de títulos de capitalização.
• Títulos Cambiais e) garantir o poder de compra da moeda nacional.

Pois esses são competência do Banco Central. 4 (FCC – Metrô de SP 2014) Alguns dos principais
objetivos da Comissão de Valores Mobiliários são: 
 COMPETE AO BACEN fiscalizar o Mercado de I. Estimular a aplicação de poupança no mercado
Capitais quando de títulos de valores mobiliários não acionário. 
contemplados pela Lei 6.385/76. II. Assegurar o funcionamento eficiente e regular
das bolsas de valores e instituições auxiliares. 
Logo o BACEN fiscaliza tudo o que a CVM não fis- III. Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição
calizar no Mercado de Captais.
e a negociação de títulos emitidos pelas sociedades
anônimas de capital aberto. 
EXERCICIOS IV. Fiscalizar o mercado interbancário de câmbio
e das operações com certificados de depósito inter-
1 (CESGRANRIO – BB 2015) Admita que um em- financeiro. 
presário brasileiro, acionista majoritário de uma em- É correto o que consta APENAS em:
presa em situação pré-falimentar, venha a ser acusa-
do pelos acionistas minoritários de uso de informação a) I e II
privilegiada e manipulação de preços das ações ne- b) I e IV
gociadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros c) II e III
de São Paulo (BM&F Bovespa). O órgão responsável d) II, III e IV
pelo eventual julgamento do processo administrativo
e) I, II e III
contra o empresário é o(a):

27
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

5 (cespe – caixa 2014) As bolsas de mercadorias e futuros têm autonomia financeira, patrimonial e adminis-
trativa e são fiscalizadas pela CVM.
Certo errado
Gabarito
 1E 2E 3B 4E 5C

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Ótimo, agora sabemos tudo sobre quem normatiza e quem fiscaliza as instituições financeiras, mas quem são
de fato estas instituições financeiras?

Lei 4595/64
Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas
públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação
de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de
propriedade de terceiros.
Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras
as pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma permanente ou eventual.
Art. 18. As instituições  financeiras  somente poderão funcionar  no País  mediante  prévia autorização do
Banco Central  da República do Brasil ou decreto do  Poder  Executivo, quando forem estrangeiras.
Basicamente, uma instituição financeira tem como objetivo a intermediação, dos recursos de clientes que tem
dinheiro sobrando (agentes superavitários), para os clientes que precisam de dinheiro (agentes deficitários). Ou
seja, nada mais é do que pegar de quem tem sobrando, e emprestar para quem está com falta.
Entretanto, quando a instituição busca captar dinheiro, ela oferece aos seus clientes uma recompensa para que
este cliente aceite assumir os riscos de emprestar dinheiro, essa recompensa nós chamamos de remuneração por
aplicação, e esta operação, para a instituição, é uma operação PASSIVA.

Já quando o cliente necessita de dinheiro, a instituição financeira busca emprestar o dinheiro captado, mas co-
bra do cliente uma taxa de juros, que nada mais é do que o preço do dinheiro emprestado, mais o seu lucro. Esta
operação, para a instituição financeira, é chamada ATIVA.

Estas atividades realizadas pelas Instituições Financeiras levam ao desenvolvimento dos produtos financeiros
ou bancários, que estudaremos mais à frente.

FORMAÇÃO DAS TAXAS DE JUROS


Muitas pessoas se perguntam: como um banco determina uma taxa de juros?
Para estabelecer uma taxa de juros, os bancos seguem o mesmo raciocínio de um vendedor de qualquer pro-
duto ou serviço. Para estabelecer esta taxa o banco busca saber a quantidade de demanda pelo produto financeiro,
bem como os custos para vendê-lo e a sua margem de lucro.
Para se construir esta taxa os bancos levam em consideração:
• Custo da captação do dinheiro (valor que irá ser pago ao cliente que deposita os recursos no banco).Custos
administrativos do banco como: salários, impostos, água, luz, telefone, despesas judiciais, etc.
• Custos com recolhimento compulsório, pois os valores que ficam retidos no banco central, mesmo sendo
remunerados, não tem o mesmo ganho que teriam se estivessem sendo emprestados aos clientes.
• Inadimplência do produto, uma vez que quanto maior for a inadimplência, maior será o risco de prejuízo, e
este prejuízo é repassado aos clientes com aumentos de taxas e tarifas.
• Margem de lucro desejada.
Quando os bancos avaliam as taxas de juros cobradas, levam em consideração uma equação matemática sim-
ples: Receita de Crédito – Custo da Captação.
Esta equação mostra o lucro bruto da liberação dos créditos, uma vez que apenas deduziu o custo da captação,
e como vimos ali em cima, este não é o único custo que o banco possui.
O resultado desta equação chama-se SPREAD. Este termo nada mais é do que a diferença entre a receita das
taxas de juros que o banco recebe, e as despesas que o banco tem para captar os recursos que serão emprestados.

28
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

ATENÇÃO!
Este spread não pode ser confundido com lucro do banco, pois se considerarmos que o spread é o lucro, esta-
mos afirmando que a única despesa que o banco possui é o custo de captação, o que não é verdade!
O spread bancário funciona como um lucro bruto, do qual ainda serão deduzidas as despesas administrativas,
as provisões de devedores duvidosos (inadimplência) e despesas gerais, ficando o que sobrar depois destas dedu-
ções o real lucro do banco.
Taxa de Juros do Mercado x Taxa Selic
A taxa de juros chamada SELIC, que é a taxa que remunera os títulos públicos e que falaremos bastante ainda
no decorrer da matéria, serve como balizadora das taxas de juros cobradas pelos bancos, ou seja, se a taxa de juros
Selic subir, as taxas de juros dos bancos sobrem também, e vice-versa.
Com isso temos a formação das taxas de juros, onde os bancos levam em consideração:
1. Custos administrativos (salários, inadimplência, indenizações, etc.0
2. Custo da captação (pago aos poupadores)
3. Tendência da taxa SELIC (determinada pelo governo)
Desta forma temos a taxa de juros de uma instituição financeira, que será cobrada em muitas operações de
crédito.
Mais à frente entenderemos como o governo determina esta taxa Selic e como ela influência de forma abrangen-
te a formação das taxas de juros.

PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS OFICIAIS FEDERAIS

Caixas Econômicas
A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de 1969,
como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. Trata-se de instituição assemelhada aos bancos
comerciais, podendo captar depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços. Uma
característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a programas e
projetos nas áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Pode operar
com crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo duráveis, emprestar sob garantia de pe-
nhor industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio do empréstimo sob penhor de bens pessoais e
sob consignação e tem o monopólio da venda de bilhetes de loteria federal. Além de centralizar o recolhimento
e posterior aplicação de todos os recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

BANCO DO BRASIL S/A


O BB é uma S/A, Múltipla, Pública, de capital aberto, onde o Governo Federal é o acionista majoritário, por-
tanto é uma Sociedade de Economia Mista, onde existe capital público e privado, juntos.
É o principal executor da política oficial de crédito rural.
Tem algumas funções atípicas, pois ainda é um grande parceiro do Governo Federal, são elas:
 Executar e administrar os serviços da câmara de compensação de cheques e outros papéis.
 Efetuar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral da União.

29
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

 Aquisição e financiamento dos estoques de O Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB)


produção exportável. É uma instituição financeira múltipla criada
 Agenciamento dos pagamentos e recebimen- pela Lei Federal nº 1649, de 19.07.1952, e organizada
tos fora do País. sob a forma de sociedade de economia mista, de ca-
 Operador dos fundos setoriais, como Pesca e pital aberto, tendo mais de 90% de seu capital sob
Reflorestamento. o controle do Governo Federal. É composto por 7
 Captação de depósitos de poupança, com di- Diretores, sendo um deles o Presidente, e um dos 7
recionamento para o crédito rural, e operacionalização será um funcionário do Banco, em exercício ou apo-
do FCO – Fundo Constitucional do Centro-Oeste. sentado. Com sede na cidade de Fortaleza, Estado
 Execução dos preços mínimos dos produtos do Ceará, Centro Administrativo Getulio Vargas inau-
agropastoris. gurado em 1984, o Banco atua em cerca de 2 mil muni-
 Execução dos serviços da dívida pública cípios, abrangendo os nove Estados da Região Nor-
consolidada. deste (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,
 Realizar, por conta própria, operações de Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia), o
compra e venda de moeda estrangeira e, por conta norte de Minas Gerais (incluindo os Vales do Mucuri e
do BACEN, nas condições estabelecidas pelo CMN. do Jequitinhonha) e o norte do Espírito Santo.
 Arrecadação dos tributos e rendas federais, Maior instituição da América Latina voltada para o
a critério do Tesouro Nacional. desenvolvimento regional, o BNB opera como órgão
 Executor dos serviços bancários para o Go- executor de políticas públicas, cabendo-lhe a operacio-
verno Federal, e suas autarquias, bem como de todo nalização de programas como o Programa Nacional de
os Ministérios e órgãos acessórios. Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e a ad-
ministração do Fundo Constitucional de Financiamento
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE), principal fonte de recursos ope-
Econômico e Social racionalizada pela Empresa, além do FAT (Fundo de
Amparo ao Trabalhador), fundo este introduzido em
Criado em 1952 como autarquia federal, foi enqua- 1994. Além dos recursos federais, o Banco tem aces-
drado como uma empresa pública federal, com per-
so a outras fontes de financiamento nos mercados
sonalidade jurídica de direito privado e patrimônio
interno e externo, por meio de parcerias e alianças
próprio, pela Lei 5.662, de 21 de junho de 1971. O
com instituições nacionais e internacionais, incluin-
BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do De-
do instituições multilaterais, como o Banco Mundial e o
senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). 
como objetivo:
O BNB é responsável pelo maior programa de
 Apoiar empreendimentos que contribuam para
microcrédito da América do Sul e o segundo da
o desenvolvimento do país.
América Latina, o CREDIAMIGO, por meio do qual o
Suas linhas de apoio contemplam financiamentos
Banco já emprestou mais de R$ 3,5 bilhões a microem-
de longo prazo e custos competitivos, para o desen-
volvimento de projetos de investimentos e para a co- preendedores. O BNB também opera o Programa de
mercialização de máquinas e equipamentos novos, Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur/
fabricados no país, bem como para o incremento NE), criado para estruturar o turismo da Região com
das exportações brasileiras. Contribui, também, para recursos da ordem de US$ 800 milhões.
o fortalecimento da estrutura de capital das empresas São clientes do Banco os agentes econômicos
privadas e desenvolvimento do mercado de capitais. e institucionais e as pessoas físicas. Os agentes
A BNDESPAR, subsidiária integral, investe em em- econômicos compreendem as empresas (micro, pe-
presas nacionais através da subscrição de ações e quena, média e grande empresa), as associações
debêntures conversíveis. O BNDES considera ser de e cooperativas. Os agentes institucionais englobam
fundamental importância, na execução de sua política as entidades governamentais (federal, estadual e mu-
de apoio, a observância de princípios ético-ambientais nicipal) e não governamentais. As pessoas físicas
e assume o compromisso com os princípios do desen- compreendem os produtores rurais (agricultor familiar,
volvimento sustentável. As linhas de apoio financeiro e mini, pequeno,  médio e grande produtor) e o empreen-
os programas do BNDES atendem às necessidades dedor informal.
de investimentos das empresas de qualquer porte e O BNB exerce trabalho de atração de investimen-
setor, estabelecidas no país. A parceria com institui- tos, apoia a realização de estudos e pesquisas com
ções financeiras, com agências estabelecidas em todo recursos não reembolsáveis e estrutura o desenvol-
o país, permite a disseminação do crédito, possibilitan- vimento por meio de projetos de grande impacto. Mais
do um maior acesso aos recursos do BNDES. que um agente de intermediação financeira, o BNB se

30
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

propõe a prestar atendimento integrado a quem decide Cooperativas de Crédito


investir em sua área de atuação, disponibilizando uma
base de conhecimentos sobre o Nordeste e as melho- A cooperativa de crédito é uma instituição financei-
res oportunidades de investimento na Região. ra formada por uma associação autônoma de pessoas
unidas voluntariamente, com forma e natureza jurídi-
ca próprias, de natureza civil, sem fins lucrativos,
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS MONETÁRIAS
constituída para prestar serviços a seus associados.
OU BANCÁRIAS Deve Constar a expressão “cooperativa de crédito”.
São instituições que captam basicamente depósi-  Singulares: mínimo de 20 PF (algumas PJ
tos a vista, ou seja, abrindo contas correntes e criando podem desde que sejam de atividades correlatas, pa-
moeda escritural, ou seja, apenas um número no com- recidas, e que não tenham fins lucrativos)
putador, o dinheiro de fato não existe. Resolução 4434/2015 As cooperativas de crédito
singulares passam a ser classificadas nas seguintes
Bancos Comerciais categorias:
Os bancos comerciais são instituições financeiras I.   Plenas – podem praticar todas as operações
privadas ou públicas que têm como objetivo principal autorizadas às cooperativas de crédito;
proporcionar suprimento de recursos necessários para II.   Clássicas – vedada a realização de operações
financiar, a curto e em médio prazo, o comércio, a que geram exposição vendida ou comprada em ouro,
indústria, as empresas prestadoras de serviços, as moeda estrangeira, variação cambial, variação no pre-
pessoas físicas e terceiros em geral. Deve ser cons- ço de mercadorias, ações ou em instrumentos finan-
tituído sob a forma de sociedade anônima e na sua de- ceiros derivativos, bem como a aplicação em títulos de
nominação social deve constar a expressão “Banco”, securitização, empréstimos de ativos, operações com-
vedado à palavra CENTRAL (Resolução CMN 2.099, promissadas e em cotas de fundos de investimento; e
de 1994). III.     Capital e Empréstimo – vedada a captação de
depósitos e a realização de operações que geram expo-
 Captam depósitos a vista, como atividade sição vendida ou comprada em ouro, moeda estrangei-
típica, abrindo CONTAS-CORRENTES e criando ra, variação cambial, variação no preço de mercadorias,
MOEDA ESCRITURAL, mas, também podem captar ações ou em instrumentos financeiros derivativos, bem
deposito a prazo fixo (CDB/RDB). como a aplicação em títulos de securitização, emprésti-
mos de ativos, operações compromissadas e em cotas
de fundos de investimento.
Caixas Econômicas
 Centrais: mínimo de 3 cooperativas singulares.
A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está
Características:
regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de  São equiparadas às Instituições Financeiras
1969, como empresa pública vinculada ao Ministério (Lei 7492/86)
da Fazenda. Trata-se de instituição assemelhada aos  Atuam principalmente no setor primário da
bancos comerciais, podendo captar depósitos à vis- economia (rural).
ta, realizar operações ativas e efetuar prestação de ser-
viços. Uma característica distintiva da Caixa é que ela Operações mais comuns:
prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos  Captam depósitos à vista e a prazo somente
a programas e projetos nas áreas de assistência social, de associados, sem emissão de certificado – “RDB”.
saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e es-  Obter empréstimos ou repasses de instituições
porte. Pode operar com crédito direto ao consumidor, financeiras nacionais ou estrangeiras, inclusive por meio
financiando bens de consumo duráveis, emprestar de depósitos interfinanceiros. (resolução 3.859/2010).
sob garantia de penhor industrial e caução de títu-  Receber recursos de fundos oficiais.
 Doações.
los, bem como tem o monopólio do empréstimo sob pe-
 Conceder empréstimos e financiamentos ape-
nhor de bens pessoais e sob consignação e tem o mo-
nas aos associados.
nopólio da venda de bilhetes de loteria federal. Além  Aplica no mercado financeiro.
de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de
todos os recursos oriundos do Fundo de Garantia do Banco Cooperativo
Tempo de Serviço (FGTS), integra o Sistema Brasileiro
de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Finan- Banco comercial ou banco múltiplo constituído,
ceiro da Habitação (SFH). obrigatoriamente, com carteira comercial. É uma
sociedade anônima e se diferencia dos demais por

31
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

ter como acionistas controladores as cooperativas Estas instituições não lidam com dinheiro em espé-
CENTRAIS de crédito, as quais devem deter no mí- cie, mas sim com papeis que valem dinheiro e saldos
nimo 51% das ações com direito a voto (Resolução eletrônicos representativos de valores em dinheiro.
2788/00).
Bancos de Investimento
Principais características:
Os bancos de investimento são instituições fi-
 Captam depósitos à vista e a prazo (CDB e nanceiras privadas especializadas em operações de
RDB) somente de associados. participação societária de caráter temporário, de finan-
 Captam recursos dentro do país e no exterior ciamento da atividade produtiva para suprimento de ca-
através de empréstimos. pital fixo e de giro e de administração de recursos de
 Os recursos por eles captados ficam na região terceiros. Devem ser constituídos sob a forma de so-
onde o Banco atua, e onde os recursos foram gerados. ciedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua
 Emprestam através de linhas de crédito em ge- denominação social, a expressão “Banco de Investi-
ral somente aos associados. mento”. Não possuem contas correntes e captam
 Prestam serviços também aos não cooperados. recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos
externos, internos e venda de cotas de fundos de inves-
Atenção! timento por eles administrados. As principais operações
Note que não há obrigatoriedade de a constituição ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo,
do Banco Cooperativo ser uma S/A fechada, pois a Re- subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários,
solução sita apenas uma S/A, deixando a cabo da insti- depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos
tuição essa decisão. externos (Resolução CMN 2.624, de 1999).
Bancos Múltiplos com Carteira Comercial  Podem ter Conta desde que: não remunerada
e não movimentada por cheque nem por meio eletrôni-
Os bancos múltiplos são instituições financeiras pri- cos pelo cliente.
vadas ou públicas que realizam as operações ativas,
 Administra fundos de investimento.
passivas e acessórias das diversas instituições finan-
 São Agentes Underwriters e auxiliam na
ceiras, por intermédio das seguintes carteiras: comer-
oferta pública inicial de papéis de companhias abertas.
cial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de
crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de
Bancos Múltiplos com Carteira de Investimentos
crédito, financiamento e investimento. Essas ope-
rações estão sujeitas às mesmas normas legais e re-
gulamentares aplicáveis às instituições singulares cor- Os bancos múltiplos são instituições financeiras pri-
respondentes às suas carteiras. A carteira de desen- vadas ou públicas que realizam as operações ativas,
volvimento somente poderá ser operada por banco passivas e acessórias das diversas instituições finan-
público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no ceiras, por intermédio das seguintes carteiras: comer-
mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoria- cial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de
mente, comercial ou de investimento, e ser organizado crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de
sob a forma de sociedade anônima. As instituições crédito, financiamento e investimento. Essas ope-
com carteira comercial podem captar depósitos à vista. rações estão sujeitas às mesmas normas legais e re-
Na sua denominação social deve constar a expressão gulamentares aplicáveis às instituições singulares cor-
“Banco” (Resolução CMN 2.099, de 1994). respondentes às suas carteiras. A carteira de desen-
volvimento somente poderá ser operada por banco
Como você percebe, este banco múltiplo tem tudo a público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no
ver com Banco Comercial, e mais na frente você perce- mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoria-
berá que existe o Banco de Investimentos, que é NÃO mente, comercial ou de investimento, e ser organizado
monetário, e que também forma um Banco Múltiplo, sob a forma de sociedade anônima. As instituições
mas sem carteira comercial, ou seja, não poderá captar com carteira comercial podem captar depósitos à vista.
depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão
“Banco” (Resolução CMN 2.099, de 1994).
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO MONETÁ-
RIAS OU NÃO BANCÁRIAS Bancos de Desenvolvimento

São instituições que não captam depósitos a vis- Constituídos sob a forma de sociedade anôni-
ta, ou seja, não abrem contas correntes e não criando ma, com sede na capital do Estado que detiver seu
moeda escritural. controle acionário, devendo adotar, obrigatória e

32
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

privativamente, em sua denominação social, a expres- Como sua principal atividade ativa é o Leasing ou
são “Banco de Desenvolvimento”, seguida do nome arrendamento mercantil, que nada mais é do que um
do Estado em que tenha sede (Resolução CMN 394, aluguel, passa a ser considerada uma prestadora de
de 1976). serviços, logo sobre suas operações não incide o Im-
posto sob Operações Financeiras (IOF), mas sim Im-
Empréstimos direcionados principalmente para posto Sob prestação de Serviços.
Empresas do setor Privado.
Exemplos: BDMG, BRDE. Dentro do SFN funciona um subsistema dos
captadores de poupança que direcionam estes re-
Atenção! cursos para financiamentos habitacionais, o SISTE-
Bancos de desenvolvimento são exclusivamen- MA BRASILEIRO DE POUPANÇA E EMPRESTIMOS
te bancos públicos. (SBPE). Nele operam a Caixa (CEF), as Associações
O BNDES não é um banco de desenvolvimento, de Poupança e Empréstimo (APE) e as Sociedades
é uma empresa pública. de Crédito Imobiliário (SCI) e as demais instituições
Sociedades de Crédito, Financiamento e Inves- que desejem captar poupança para emprestar em
timento financiamentos habitacionais.
Constituídas sob a forma de sociedade anônima
e na sua denominação social deve constar a expres- Associações de Poupança e Empréstimos:
são “Crédito, Financiamento e Investimento”. Tais
entidades captam recursos por meio de aceite e colo- São constituídas sob a forma de sociedade civil,
cação de Letras de Câmbio (Resolução CMN 45, de sendo de propriedade comum de seus associados. Suas
1966) e Recibos de Depósitos Bancários (Resolu- operações ativas são, basicamente, direcionadas ao
ção CMN 3454, de 2007). mercado imobiliário e ao Sistema Financeiro da Ha-
São as famosas financeiras - Geralmente liga- bitação (SFH). As operações passivas são constituídas
das a algum Banco Comercial. de emissão de letras e cédulas hipotecárias, depósitos
Tem capacidade para realizar operações até 12 ve- de cadernetas de poupança, depósitos interfinancei-
zes o seu patrimônio e pratica altas taxas de juros devi- ros e empréstimos externos. Os depositantes dessas
do à alta inadimplência de suas operações. entidades são considerados acionistas da associação
Exemplo: Fininvest, Losango. e, por isso, não recebem rendimentos, mas dividendos.
Os recursos dos depositantes são, assim, classificados
Sociedades de Arrendamento Mercantil no patrimônio líquido da associação e não no passivo
Sociedade de arrendamento mercantil (SAM) rea- exigível (Resolução CMN 52, de 1967).
liza arrendamento de bens móveis e imóveis adquiri- - Sociedade Civil sem fins Lucrativos.
dos por ela, segundo as especificações da arrendatária - Os clientes que abrem poupança tornam-se
(cliente), para fins de uso próprio desta. Assim, os con- associados e recebem dividendos (remuneração da
tratantes deste serviço podem usufruir de determinado poupança)
bem sem serem proprietários dele. -Captação:
Embora sejam fiscalizadas pelo Banco Central do
Brasil e realizem operações com características de um  Poupança
financiamento, as sociedades de arrecadamento mer-  Letra de Crédito Hipotecária
cantil não são consideradas instituições financeiras, mas  Letra Financeira
sim entidades equiparadas a instituições financeiras. Repasse da Caixa Econômica Federal e de ou-
Constituídas sob a forma de sociedade anônima, tras instituições financeiras captadoras de poupança
devendo constar obrigatoriamente na sua denomina- que não desejam operar no SFH
ção social a expressão “Arrendamento Mercantil”.
Sociedades de Crédito Imobiliário
Operam na forma Ativa:
- Leasing – Locação de bens Móveis, nacionais ou São instituições financeiras criadas pela Lei 4.380,
estrangeiros e Bens Imóveis adquiridos pela entidade de 21 de agosto de 1964, para atuar no financiamento
arrendadora para fins de uso próprio do arrendatário. habitacional. Constituem operações passivas dessas
instituições os depósitos de poupança, a emissão
Captação: de letras e cédulas hipotecárias e depósitos interfi-
Sua principal forma de captação vem da emissão nanceiros. Suas operações ativas são: financiamento
de um valor mobiliário chamado Debênture.
para construção de habitações, abertura de crédito
Também captam através de empréstimos em ou-
para compra ou construção de casa própria, financia-
tras instituições financeiras nacionais ou estrangeiras.
mento de capital de giro a empresas incorporadoras,

33
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

produtoras e distribuidoras de material de construção.  São, juntamente com os Bancos de Investimen-


Devem ser constituídas sob a forma de sociedade to, os underwriters.
anônima, adotando obrigatoriamente em sua denomi- Importante! O acordo BACEN CVM nº17 autori-
nação social a expressão “Crédito Imobiliário”. (Resolu- zou a DTVM a operar no ambiente da Bolsa de Va-
ção CMN 2.735, de 2000). lores, acabando, assim, com uma grande diferença
existente entre as CTVM e DTVM.
AS Sociedades Corretoras de Títulos e Valores
Mobiliários (CTVM) Bolsas de Valores e Bolsas de Mercadorias e de
Futuros
São constituídas sob a forma de sociedade anô-
nima ou por quotas de responsabilidade limitada. As bolsas de valores são um mercado organiza-
Dentre seus objetivos estão: operar em bolsas de va- do que pode ser constituído sob a forma de Sociedade
lores, subscrever emissões de títulos e valores mobiliá- Civil sem fins lucrativos, ou S/A Com fins lucrativos,
rios no mercado; comprar e vender títulos e valores estas bolsas têm por finalidade oferecer um ambiente
mobiliários por conta própria e de terceiros; encarre- seguro para que os investidores realizem suas ope-
gar-se da administração de carteiras e da custódia rações de compra e venda de capitais, gerando fluxo
de títulos e valores mobiliários; exercer funções de financeiro no mercado futuro.
agente fiduciário; instituir, organizar e administrar fun-
dos e clubes de investimento; emitir certificados de As bolsas de Mercadorias e de Futuros são
depósito de ações; intermediar operações de câmbio; instituições que viabilizam a negociação de contratos
praticar operações no mercado de câmbio; praticar de- futuros, opções de compra, derivativos e o mercado
terminadas operações de conta margem; realizar ope- a termo. Neste segmento operam investidores interes-
rações compromissadas; praticar operações de com- sados nas variações futuras de preços dos produtos
pra e venda de metais preciosos, no mercado físico, e ativos.
por conta própria e de terceiros; operar em bolsas de
Atualmente no Brasil, estas duas bolsas de uni-
mercadorias e de futuros por conta própria e de tercei-
ram formando a BM&F Bovespa, que é uma fusão das
ros. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil
atividades das duas bolsas anteriores, ou seja, hoje
(Resolução CMN 1.655, de 1989).
a BM&F Bovespa, opera tanto no mercado a vista de
ações ou no mercado de balcão, como no mercado a
AS Sociedades distribuidoras de Títulos e Valo-
termo ou de futuros.
res Mobiliários (DTVM)
Desta forma a atual BM&F Bovespa é uma S/A
São constituídas sob a forma de sociedade anô-
COM FINS LUCRATIVOS, visando o lucro através da
nima ou por quotas de responsabilidade limitada, prestação de serviços gerando um ambiente salutar
devendo constar na sua denominação social a expres- para as negociações do mercado de capitais, que pode
são “Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários”. ser um ambiente físico onde ocorrem as negociações,
Algumas de suas atividades: intermedeiam a oferta ou um ambiente Eletrônico onde ocorrem os Pregões.
pública e distribuição de títulos e valores mobiliários
no mercado; administram e custodiam as carteiras
de títulos e valores mobiliários; instituem, organizam
e administram fundos e clubes de investimento; ope-
ram no mercado acionário, comprando, vendendo e
distribuindo títulos e valores mobiliários, inclusive
ouro financeiro, por conta de terceiros; fazem a inter-
mediação com as bolsas de valores e de mercadorias;
efetuam lançamentos públicos de ações; operam no
mercado aberto e intermedeiam operações de câm-
bio. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil
(Resolução CMN 1.120, de 1986).

 Fiscalizadas pelo BACEN e CVM


 São intermediadores. (investidor – Bolsa)
 Intermediam operações de câmbio até o limi-
te de 100 mil dólares por operação, nas operações de
compra e venda de moeda a vista (cambio pronto).

34
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

2 OPERAÇÕES DE CRÉDITO BANCÁRIO. 2.3 FUNDAMENTOS DO CRÉDITO. 2.3.1 CONCEITO


DE CRÉDITO. 2.3.2 ELEMENTOS DO CRÉDITO. 2.3.3 REQUISITOS DO CRÉDITO. 2.4 RISCOS DA
ATIVIDADE BANCÁRIA. 2.4.1 DE CRÉDITO. 2.4.2 DE MERCADO. 2.4.3 OPERACIONAL. 2.4.4
SISTÊMICO. 2.4.5 DE LIQUIDEZ. 2.5 PRINCIPAIS VARIÁVEIS RELACIONADAS AO RISCO DE
CRÉDITO. 2.5.1 CLIENTES. 2.5.2 OPERAÇÃO. 2.6 TIPOS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO BANCÁRIO
(EMPRÉSTIMOS, DESCONTOS, FINANCIAMENTOS E ADIANTAMENTOS). 2.7 OPERAÇÕES
DE CRÉDITO GERAL. 2.7.1 CRÉDITO PESSOAL E CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR. 2.7.2
DESCONTO DE DUPLICATAS, NOTAS PROMISSÓRIAS E CHEQUES PRÉ-DATADOS. 2.7.3 CONTAS
GARANTIDAS. 2.7.4 CAPITAL DE GIRO. 2.7.5 CARTÃO DE CRÉDITO. 2.7.6 MICROCRÉDITO
URBANO. 2.8 OPERAÇÕES DE CRÉDITO ESPECIALIZADO. 2.8.1 CRÉDITO RURAL2. 8.1.1
CONCEITO, BENEFICIÁRIOS, PRECEITOS E FUNÇÕES BÁSICAS; 2.8.1.2 FINALIDADES: OPERAÇÕES
DE INVESTIMENTO, CUSTEIO E COMERCIALIZAÇÃO. 2.8.1.3 PROGRAMA NACIONAL DE
FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR (PRONAF): BASE LEGAL, FINALIDADES,
BENEFICIÁRIOS, DESTINAÇÃO, CONDIÇÕES. 2.8.2 CRÉDITO INDUSTRIAL, AGROINDUSTRIAL,
PARA O COMÉRCIO E PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: CONCEITO, FINALIDADES
(INVESTIMENTO FIXO E CAPITAL DE GIRO ASSOCIADO), BENEFICIÁRIOS. 2.9 RECURSOS
UTILIZADOS NA CONTRATAÇÃO DE FINANCIAMENTOS. 2.9.1 FUNDO CONSTITUCIONAL DE
FINANCIAMENTO DO NORDESTE (FNE): BASE LEGAL, FINALIDADES, REGRAS, ADMINISTRAÇÃO.
2.9.2 BNDES/FINAME: BASE LEGAL, FINALIDADE, REGRAS, FORMA DE ATUAÇÃO. 2.9.3 FUNDO DE
AMPARO AO TRABALHADOR (FAT): BASE LEGAL, FINALIDADES, REGRAS, FORMA DE ATUAÇÃO.
2.10 MICROFINANÇAS: BASE LEGAL, FINALIDADE, FORMA DE ATUAÇÃO.

Mercado de Crédito – OPERAÇÕES ATIVAS


Crédito é um conceito presente no dia-a-dia das pessoas e empresas, mais do que possamos imaginar a princí-
pio. Todos nós estamos continuamente às voltas com o dilema de uma equação simples: a constante combinação de
nossos recursos finitos com o conjunto de nossas imaginações e necessidades infinitas, gerando desta forma
a procura por Crédito.
Por outro lado, a Política de Crédito de um banco é um assunto de extrema importância para o concessor de
crédito, pois fornece instrumentos que auxiliam na hora da decisão de emprestar ou não, funcionando como orien-
tadores da concessão.
E como a literatura técnica define CRÉDITO?
“CRÉDITO é todo ato de vontade ou disposição de alguém de destacar ou ceder, TEMPORARIAMENTE, parte
do seu PATRIMÔNIO a um terceiro, com a EXPECTATIVA de que esta parcela volte a sua posse integralmente, após
decorrido o TEMPO ESTIPULADO.”(Wolfgang Kurt Schrickel)
Em outras palavras: “crédito é a expectativa gerada através da disponibilidade de uma quantia em dinhei-
ro para uma pessoa, dentro de um espaço de tempo limitado”.
Para uma instituição financeira, a palavra crédito é sinônima de confiança. A atividade bancária fundamenta-se
nesse princípio, que envolve a instituição propriamente dita, seu universo de clientes, empregados e o público em
geral. Afinal, confiança é um sentimento, uma convicção que se constrói ao longo do tempo, através de aconteci-
mentos e experiências reais, da lisura, probidade, pontualidade, honestidade de propósitos, cumprimento de regula-
mentos e compromissos assumidos.
O banco, no exercício da sua função principal, que é a de intermediar recursos de terceiros, promover a captação
de riquezas e poupanças, apóia-se nos princípios da segurança e confiança para consolidação de um relacionamen-
to construtivo.
São 3 os elementos fundamentais do crédito, sendo eles:
• Montante;
• Prazo;
• Prêmio ou Juros;

MONTANTE (é a “bufunfa” de fato, é o R$ que a instituição vai liberar para você).


É o capital ou dinheiro do crédito. É o valor que irá receber emprestado para a satisfação das suas necessida-
des que, posteriormente, terá que devolver à Entidade Financiadora, o banco.

35
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

No entanto, são as necessidades ou finalidades ou crédito de consumo, como os cartões de crédito ou


que determinam o montante do crédito, pois, não é crédito pessoal, possuem maiores taxas de juro que os
aceitável, solicitar um crédito de montante elevado para créditos hipotecários para compra de casa, denomina-
comprar um carro. dos créditos habitacionais.
É igualmente aceitável que o risco que a Entidade Assim sendo, o prêmio ou os juros surgem como
Financeira está disposta a correr pela concessão de as variáveis determinantes do valor do dinheiro no
determinado montante seja condicionado a um cola- tempo, pois permite atualizar e compensar as Entida-
teral ou garantia que lhe proporcionará a segurança ou des financiadoras do custo em conceder o crédito
conforto para disponibilização desse montante. em detrimento de outras opções de investimento.
Assim sendo, o montante, de grosso modo, está O prêmio ou juros está igualmente condicionado à
condicionado pela finalidade, risco e garantias as- finalidade e garantia da operação, pois este será tão
sociadas. elevado quanto menor a importância da necessidade,
menor o valor da garantia ou maior nível de risco da
PRAZO (é o tempo para devolver o dinheiro ao operação.
banco)
Período no qual o montante terá que ser restituí- FINALIZANDO
do à Entidade Financeira, este varia de acordo com É da conjugação destes três elementos que surge a
as preferências e necessidades subjacentes ao pedido prestação do crédito, pois esta é a junção do capital,
de crédito. prazo e os juros.
A título de exemplo, não é considerado correto, pro- A prestação terá maior ou menor valor a depender
porcionar um crédito para comprar carro com um prazo da taxa de juros e o tempo do empréstimo, mantendo-
demasiado alargado, pois se considera que o prazo de -se o capital constante.
4 a 6 anos é um período aceitável para este tipo de Em outras palavras, o reembolso do montante fi-
crédito. nanciado pode ser efetuado mediante o pagamento de
De igual modo, a garantia do crédito surge no- prestações que serão determinadas em função do tem-
vamente como variável determinante na definição do po e do prazo.
prazo do empréstimo, pois, se oferece como colateral o Fonte:  http://www.artigonal.com/credito-artigos/3-
penhor de um depósito a prazo, então poderá negociar -elementos-fundamentais-do-credito-3840068.html
o prazo do seu crédito permitindo maior flexibilidade.
Assim sendo, o prazo apresenta-se flexível e re- Tendo por base a confiança, a concessão de crédi-
laciona-se com a finalidade do crédito e a garantia to também é baseada em dois elementos fundamentais:
associada. a. A vontade do devedor de liquidar suas obriga-
ções dentro das normas contratuais estabelecidas;
PRÊMIO OU JUROS (é o famoso pagamento b. A habilidade do devedor de assim fazê-lo, ou
que você dá a instituição para ela te emprestar o seja, de pagar.
dinheiro) A vontade de pagar pode ser colocada sob o título
Surge como compensação pela antecipação do Caráter, enquanto que habilidade para pagar pode ser
montante necessário para a satisfação das necessida- nominada tanto como Capacidade, quanto como Capi-
des de consumo ou bem-estar. tal e Condições.
Do ponto de vista das Entidades Financiadoras Considerando que “o risco de crédito cresceu em
ou  Bancos  é considerado o lucro, ou a variável que progressão geométrica nos anos 90, em face das dra-
carrega a parte dos lucros. máticas alterações econômicas, políticas e tecnoló-
gicas em todo o mundo”, as instituições financeiras e
Regra geral, a taxa de juro pode ser fixa ou va- as empresas que praticam o crédito vêm utilizando-se
riável sendo que a primeira permite maiores níveis de dos conceitos dos “Cs” do Crédito, para desenvolverem
segurança para o consumidor, pois permite saber an- seus sistemas de análise de crédito e de gestão de ris-
tecipadamente o valor de todos os reembolsos. Já a co de crédito.
segunda reflete a evolução do mercado, sendo que, o Os “Cs” do crédito são utilizados para:
consumidor terá ganhos, se a variação for para menos 1) o estabelecimento da política de crédito
e terá gastos adicionais se a variação for para mais. 2) a organização dos departamentos de crédito
3) a estruturação dos sistemas de avaliação de riscos
De igual modo, a finalidade e garantia associada ao 4) a normatização da área de crédito.
pedido de crédito define o prêmio ou juros que terá de
suportar, pois, considera-se que o crédito ao consumo

36
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Os 6 C do Crédito

CARÁTER
É o mais importante e decisivo parâmetro na concessão de crédito, independentemente do valor da transação.
O caráter refere-se à intenção de pagar.
O que observar?
O levantamento da performance do tomador de crédito obtida em experiências anteriores com bancos, com
outras empresas, com fornecedores e clientes, nos seguintes aspectos:
• Identificação
• Pontualidade
• Existência de Restrições
• Experiências em Negócios
• Atuação na Praça
Desabono do Caráter
• Impontualidade
• Protestos
• Concordata
• Falência
• Ações judiciais de busca e apreensão
Para a análise dos desabonos, é sempre importante verificar a procedência daocorrência.
Falhas e negligências quanto da avaliação do Caráter do tomador de empréstimos conduzem, inevitavelmen-
te, a surpresas inabsorvíveis pelo emprestador. O caráter é o “C” insubstituível e nunca negligenciável. Se o
caráter for inaceitável, por certo todos os demais “C” também estarão potencialmente comprometidos por
questão de credibilidade.
O levantamento das boas ou más qualidades de uma pessoa começa na identificação de pontos fortes e fracos
obtidos em experiências anteriores com bancos, com outras empresas, com fornecedores e clientes.
Os pontos fracos do Caráter são chamados de desabonos, sendo a impontualidade, protestos, concordata,
falência e ações judiciais de busca e apreensão os pontos mais frequentes nas avaliações dos emprestadores.

37
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Deve-se ressaltar que somente a pontualidade, por COLATERAL


si só, não determina o conceito de Caráter do cliente. Há Trata-se do sexto “C” do crédito, referindo-se à ga-
empresas que pagam suas dívidas em atraso, não em rantia do empréstimo, ou seja, o que pode ser oferecido
função do caráter, mas de dificuldades financeiras. Há por um tomador como um meio de compensar as
outras situações em que a empresa não tem a intenção fraquezas com relação aos outros “Cs”.
de pagar, porém a continuidade de seu negócio depen- Deve-se ter em mente que a garantia não deve
de do cumprimento de suas obrigações para continuar justificar a concessão de um empréstimo.
recebendo crédito e subsistindo em suas atividades.
RISCOS DA ATIVIDADE BANCÁRIA
CAPACIDADE Além dos “Cs” do crédito, as instituições financeiras
O Caráter e a Capacidade são dois atributos que e demais operadores do mercado financeiro devem fi-
se misturam ou confundem a partir do momento em que car atentos aos principais riscos envolvidos na ativida-
se depara com uma situação do tipo «quero pagar, mas de, pois alguns podem ser decisivos para a realização
não posso”. No que diz respeito à caráter, é inques- ou não de uma operação. Os principais riscos da ativi-
tionável a vontade e disposição para pagar, porém, dade bancária são:
essa vontade não se concretiza quando há incapaci- Risco de mercado é o risco de que mudanças nos
dade para fazê-lo. preços e nas taxas no mercado financeiro reduzam o
Deve-se observar os itens: valor das posições de um título ou de uma carteira. Com
1 Decisões Estratégicas da Empresa; base em um índice ou carteira benchmark, de acordo,
2 Estrutura Organizacional da Empresa; os riscos de mercado de um fundo normalmente são
3 Capacitação dos Dirigentes e Tempo de Ati- medidos. É O Risco da desvalorização de um ativo ou
vidade. de uma empresa.
Por exemplo: Uma empresa vende ações, e estas
CONDIÇÕES OU CONJUNTURA ECONÔMICA ações tem um preço no mercado. Mas se de repente
O “C” Condições envolve fatores externos à em- esta empresa começa a ter problemas em sua imagem,
presa. Integra o macroambiente em que ela atua e foge as ações começam a cair de preço. Isto é risco de mer-
ao seu controle. Medidas de política econômica, fenô-
cado, pois há o risco do mercado diminuir o valor da-
menos naturais e imprevisíveis, riscos de mercado e
quela ação.
fatores de competitividade são os principais aspectos
Risco crédito  é definido como sendo “risco de
que moldam a análise deste aspecto de risco de crédito.
que uma mudança na quantidade do crédito de uma
Quatro são os quesitos avaliados para apurar os ris-
contraparte afetará o valor da posição de um banco”.
cos ligados ao “C” Condições:
Neste tipo de risco, pode-se enquadrá-lo a um fato
Ambiente macroeconômico (geral) e setorial
quando uma contraparte não quer ou não pode cum-
(especifico da empresa)
prir com suas obrigações contratuais ou quanto que
Ambiente competitivo
Dependência do Governo a contraparte sofre um rebaixamento por parte de uma
Informações sobre o mercado e os produtos agência classificadora.
O  risco de liquidez compreende tanto risco de
CAPITAL financiamento de liquidez quanto risco de liquidez re-
Refere-se à situação econômica e financeira da lacionado às negociações. Risco de financiamento de
empresa, no que diz respeito aos bens e recursos dis- liquidez se relaciona à capacidade de uma instituição
poníveis para saldar débitos. financeira de levantar o caixa necessário para rolar sua
dívida, para atender exigências de caixa, margem e ga-
CONGLOMERADO rantias das contrapartes e (no caso de fundos) de satis-
O “C” Conglomerado refere-se à análise não fazer retiradas de capital. O Risco de Liquidez relacio-
apenas de uma empresa específica que esteja nado às negociações é o risco de que uma instituição
pleiteando crédito, mas também ao exame do conjunto, não seja capaz de executar uma transação ao preço
do conglomerado de empresas no qual a pleiteante prevalecente de mercado porque não há, tempora-
de crédito esteja contida. riamente, qualquer apetite pelo negócio “do outro
Não basta conhecer a situação de uma empresa, é lado” do mercado.
preciso que se conheça também suas empresas coliga- Exemplo: Eu comprei um apartamento por 120 mil,
das ou controladoras para se formar um conceito sobre mas em 1 ano ele vale 300 mil, entretanto não tenho
a solidez do conjunto. Muitas vezes, o pedido de um em- para quem vender, pois os possíveis compradores não
préstimo de uma empresa com boa situação financeira, têm capacidade financeira para comprar à vista, ou fi-
será transferido para outras empresas em situação fi- nanciar o imóvel. Tenho um bem, mas não tem quem
nanceira precária ou até mesmo em fase falimentar. queira ou tenha dinheiro para comprar.

38
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

O  Risco Operacional, por sua vez, “se refere às Lembrando que quando uma instituição financeira está
perdas potenciais resultantes de sistemas inade- liberando recursos, ela se encontra na posição ATIVA,
quados, falha da gerência, controles defeituosos, ou seja, está liberando dinheiro para um deficitário e
fraude e erro humano”. Relacionado ao risco opera- este deficitário deverá devolver o recurso ao banco,
cional, existem vários casos de falhas operacionais acrescentando uma taxa de juros pactuada entre as
relacionadas a uso de derivativos, caracterizadas por partes. As principais operações ATIVAS são:
transações alavancadas, ao contrário das transações
à vista. Um negociante pode fazer comprometimentos  Financiamentos para Capital de Giro
muito grandes em nome da instituição financeira, ge- São linhas de crédito geralmente solicitadas por
rando exposições futuras enormes, utilizando pequeno empresas ou microempreendedores para solucionar
volume de dinheiro. problemas eventuais de fluxo de caixa ou para com-
O Risco Sistêmico é o risco do colapso do siste- pra de matéria prima e produtos acabados para revenda
ma financeiro, ou do colapso de pelo menos uma parte imediata. Vinculada a um contrato específico que fale
importante do sistema financeiro e não apenas de uma sobre os prazos, taxas, valores e garantias necessárias
ou duas instituições financeiras, com implicações e que atendem as necessidades das empresas.
negativas significativas para a economia do país. A glo- Geralmente seu prazo é de até 180 dias, ou seja,
balização aumentou a importância do risco sistêmico um empréstimo de curto prazo.
porque veio alargar o conjunto de fatores que podem Podem ser garantias as duplicatas, notas promis-
dar origem ao risco sistêmico; este risco passou a po- sórias, cheques pré-datados. Podendo admitir também
der resultar não só de problemas internos ao país mas garantias reais e até mesmo fidejussórias como aval e
também de acontecimentos vindos do exterior, como fiança. Não se preocupa em entender essas garantias
assistimos nos últimos anos com a crise do subprime agora não, a gente vai falar delas mais a frente.
ou a crise da divida soberana.
 O CDC – Crédito Direto ao Consumidor
As agências de rating têm um papel importante no
sistema financeiro porque a informação que produzem Esta modalidade de crédito é a mais comum, pois
tem um uso generalizado, influenciando as decisões de é direcionada para diversas áreas, como: Automático,
um vasto conjunto de agentes econômicos e empresas
Turismo, Salário/ Consignação (30% da renda, debi-
que atuam no sistema financeiro. A crescente prática de
desenvolver regulamentações que dependem dos ratings
tado do contracheque) e o CDC para bens de consu-
de crédito veio dar ainda mais importância às agências mo duráveis: carros, motos, etc.
de rating. Admite garantias reais ou fidejussórias, ou até mes-
mo sem garantias.
Principais variáveis em relação ao risco do crédito
I - em relação ao devedor e seus garantidores: Obs.: Existe ainda o CDC-I (Crédito Direto ao Con-
a. situação econômico-financeira; sumidor com Interveniência) que é realizado quando o
b. grau de endividamento; vendedor é o fiador ou avalista do cliente na operação,
c. capacidade de geração de resultados; ou seja, o banco fornece crédito ao cliente, pois o ven-
d. fluxo de caixa; dedor está assumindo o risco da operação junto ao ban-
e. administração e qualidade de controles; co, para que este libere o recurso parcelado ao cliente.
f. pontualidade e atrasos nos pagamentos;
g. contingências;  HOT MONEY
h. setor de atividade econômica;
i. limite de crédito. Inicialmente uma aplicação financeira de curto
II - em relação à operação: prazo, com alta rentabilidade. Trazido para o Brasil, ga-
a. natureza e finalidade da transação; nhou fama por ser uma linha de crédito destinada a
b. características das garantias, particularmente Pessoas Jurídicas.
quanto à suficiência e liquidez; Prazo de 1 até 29 dias, mas normalmente se con-
c. valor trata por até 10 dias.
Para sanar problemas momentâneos de fluxo de
Principais modalidades de Crédito caixa.
Para nossa prova consideramos mercado de cré- Adaptável às mudanças bruscas nas taxas de juros
dito TUDO relacionado a crédito, entretanto vamos sa- por ter como principal característica o curso prazo.
lientar os tipos que nossa banca mais gosta de cobrar.

39
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

 Vendor Finance  Adiantamentos ou Descontos


É uma operação de financiamento de vendas ba- Consistem basicamente em adiantar ao cliente ou
seadas no princípio da cessão de crédito, que permite credor, um valor referente a um crédito que este rece-
a uma empresa vender seu produto a prazo e rece- berá somente em uma data futura. Logo, aquele crédito
ber o pagamento à vista. já contará no caixa do cliente ou da empresa. O banco,
A operação de Vendor supõe que a empresa por não ser mãe do cliente, cobra uma taxa de juros,
compradora seja cliente tradicional da vendedora, que DIMUNUI do valor de face do título, ou valor no-
pois será esta que irá assumir o risco do negócio minal.
junto ao banco. Exemplo: Um cliente possui um título, que tem valor
A empresa vendedora transfere seu crédito ao de face, valor escrito, de R$ 1.000,00. De posse desse
banco e este, em troca de uma taxa de intermedia- título o cliente vai até o banco e solicita ao banco que
ção, paga o vendedor à vista e financia o compra- adiante a ele o valor referente àquele título. O banco
dor. cobra uma taxa de juros que diminui do valor de face
A principal vantagem para a empresa vendedora é do título um determinado valor, exemplo: o banco irá
a de que, como a venda não é financiada diretamente cobrar R$ 200,00 pela antecipação.
por ela, a base de cálculo para a cobrança de impostos, Logo, o banco faz o crédito na conta do cliente no
comissões de vendas e royalties, no caso de licença de valor de R$ 800,00. O banco fica com a custódia do
fabricação, torna-se menor. papel, e quando o devedor pagar o título, o banco fi-
É uma modalidade de financiamento de vendas cará com o valor de R$ 1.000,00. Lucrando, assim, R$
para empresas na qual quem contrata o crédito é 200,00 na operação.
o vendedor do bem, mas quem paga o crédito é o Esses títulos podem ser boleto, cartões de crédi-
comprador. Assim, as empresas vendedoras deixam to, CHEQUES PRÉ-DATADOS, DUPLICATAS E NO-
de financiar os clientes, elas próprias, e dessa forma TAS PROMISSORIAS.
param de recorrer aos empréstimos de capital de giro Quando falamos de desconto de DUPLICATAS,
nos bancos ou aos seus recursos próprios para não se CHEQUES OU NOTAS PROMISSÓRIAS, temos al-
descapitalizarem e/ou pressionarem seu caixa. guns detalhes:
Como em todas as operações de crédito, ocorre a
Caso os títulos não sejam pagos pelo devedor, o
incidência do IOF, sobre o valor do financiamento, que
banco tem direito de regresso contra o credor, ou
é calculado proporcionalmente ao período do financia-
cedente. Ou seja, se o devedor não pagar o banco vai
mento.
atrás do cliente (credor), para que este efetue o paga-
A operação é formalizada com a assinatura de um
mento ao banco.
convênio, com direito de regresso entre o banco e a
empresa vendedora (fornecedora), e de um Contrato de
 Financiamentos para Capital de Giro
Abertura de Crédito entre as três partes (empresa ven-
As linhas de crédito para capital de giro são basi-
dedora, banco e empresa compradora).
camente voltadas para problemas de fluxo de caixa
ou para compra de matéria prima e produtos acabados
 Compror Finance
Existe uma operação inversa ao Vendor, denomi- para revenda imediata. Vinculada a um contrato espe-
nada Compror, que ocorre quando pequenas indús- cífico que fale sobre os prazos, taxas, valores e garan-
trias vendem para grandes lojas comerciais. Neste tias necessárias e que atendem as necessidades das
caso, em vez de o vendedor (indústria) ser o fiador empresas.
do contrato, o próprio comprador é que funciona Geralmente seu prazo é de até 180 dias, ou seja,
como tal. um empréstimo de curto prazo.
Trata-se, na verdade, de um instrumento que di- Podem ser garantias as duplicatas, notas promis-
lata o prazo de pagamento de compra sem envolver sórias, cheques pré-datados ou aval.
o vendedor (fornecedor). O título a pagar funciona
como “lastro” para o banco financiar o cliente que irá  Leasing ou Arrendamento Mercantil – Prin-
lhe pagar em data futura pré combinada, acrescido de cipal produto das Sociedades de Arrendamento Mer-
juros e IOF, sem incidência imediata da CPMF no em- cantil (S.A.M), o leasing é um contrato denominado na
préstimo. Como o Vendor, este produto também exige legislação brasileira como “arrendamento mercantil”. As
um contrato mãe definido as condições básicas da ope- partes desse contrato são denominadas “arrendador” e
ração que será efetivada quando do envio ao banco dos “arrendatário”, conforme sejam, de um lado, um banco
contratos-filhos, com as planilhas dos dados dos paga- ou sociedade de arrendamento mercantil, o arrendador,
mentos que serão financiados. e, de outro, o cliente, o arrendatário.

40
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

O objeto do contrato é a aquisição, por parte do arrendador, de bem escolhido pelo arrendatário para sua
utilização. O arrendador é, portanto, o proprietário do bem, sendo que a posse e o usufruto, durante a vigência do
contrato, são do arrendatário. Residindo ai a principal vantagem do leasing, pois o arrendatário, ou seja o cliente que
irá usar o bem, o utilizará sem necessariamente ter sua propriedade, o que em um financiamento comum não será
possível, pois o cliente estaria comprando o bem e não apenas alugando. Desta forma o Leasing é um serviço e por
isso não incide sobre suas operações o IOF, mas sim o Imposto Sobre Serviço, o ISS.

O contrato de arrendamento mercantil pode prever ou não a opção de compra, pelo arrendatário, do bem de
propriedade do arrendador. Esta opção deve ser indicada no momento da contratação.
Caso o cliente deseje almeje ficar com o bem no final, deverá pagar ao Arrendador o Valor Residual Garantido
(VRG) que nada mais é do que um valor de mercado do bem. Este VRG pode ser diluído nas parcelas do aluguel
durante todo o contrato se assim for pactuado.

Duas das principais vantagens do Leasing são:


1) A não incidência de IOF, e sim de ISS, o que torna a operação mais barata.
2) A possibilidade, para as Pessoas Jurídicas, de deduzir do Imposto de Renda como despesa operacional as
parcelas do Leasing.
Como nos empréstimos normais é possível quitar o leasing antes do prazo definido no contrato?
Sim. Caso a quitação seja realizada após os prazos mínimos previstos na legislação e na regulamentação
(artigo 8º do Regulamento anexo à Resolução CMN 2.309, de 1996), o contrato não perde as características de
arrendamento mercantil. Entretanto, caso realizada antes dos prazos mínimos estipulados, o contrato perde sua
caracterização legal de arrendamento mercantil e a operação passa a ser classificada como de compra e venda a
prazo (artigo 10 do citado Regulamento).
Nesse caso, as partes devem arcar com as consequências legais e contratuais que essa descaracterização
pode acarretar.

41
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Quadro resumo
  Leasing financeiro Leasing operacional
Prazo mínimo de 2 anos para bens com vida útil < 5 anos 
90 dias
duração do leasing 3 anos para bens com vida útil > 5 anos
Valor residual garantido
Permitido Não permitido
- VRG*
Pactuada no início do contrato,
Opção de compra Conforme valor de mercado
normalmente igual ao VRG
Por conta do arrendatário ou da
Manutenção do bem Por conta do arrendatário (cliente)
arrendadora
Total dos pagamentos, incluindo VRG,
O somatório de todos os
deverá garantir à arrendadora o retorno
pagamentos devidos no
Pagamentos financeiro da aplicação, incluindo juros
contrato não poderá exceder
sobre o recurso empregado para a
90% do valor do bem arrendado
aquisição do bem
* Valor pré-fixado no contrato para exercer a opção de compra (Fonte: Banco Central)

OBS1: Os bens que podem ser arrendados são moveis ou imóveis, nacionais ou estrangeiros. Para os estran-
geiros é necessário que estes estejam em uma lista elaborada pelo CMN.

OBS 2: Sale and Leaseback (Apenas para bens Imóveis): tipo de Leasing em que o dono de um imóvel o
vende para uma Sociedade de Arrendamento, e no mesmo contrato a Sociedade de Arrendamento arrenda o bem
para o vendedor, entretanto esta modalidade só é possível no leasing financeiro e só para Pessoas Jurídicas.

OBS3: Os bens objetos de arrendamento mercantil – Leasing, não podem ser arrendados ao próprio fabricante
do bem, ou seja, por exemplo: A EMBRAER que fabrica aviões no Brasil, não pode arrendar seus aviões para si.

Dentro das principais operações de crédito temos os Créditos Rotativos

Os créditos rotativos nada mais são do que operações em que o devedor pode reutilizar o valor liberado pelo
banco sempre que liquidar a operação anterior.

 Conta Garantida

Crédito voltado também para PJ.


Caracteriza-se por um valor disponibilizado pelo banco ao cliente e uma conta de não livre movimentação, onde
o mesmo só pode movimentá-la por cheque.
Resumindo, é um saldo em uma conta que, caso o cliente não tenha fundos na sua conta corrente, esta conta
cobre a emissão de cheques, desde que haja aviso prévio do saque.

 Cheque Especial

Crédito de caráter rotativo que se destina a cobrir emissão de cheques de clientes PF ou PJ que não tenham
saldo disponível em sua conta. Estes valores ficam disponíveis para o cliente movimentá-los com seus cheques,
cartões, TED e DOC. Os juros são mensais e não há necessidade de amortização mensal do saldo devedor, bas-
tando o cliente pagar os juros e IOF do período.

 Cartão de Crédito

Consistem, basicamente, em uma linha de crédito rotativo, onde o cliente compra com o cartão e pode pagar de
uma só vez ou parcelado.
Conforme for pagando as faturas, o crédito vai sendo liberado novamente e pode ser reutilizado.

42
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

As atividades de emissão de cartão de crédito exercidas por instituições financeiras estão sujeitas à regu-
lamentação baixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central do Brasil, nos termos dos
artigos 4º e 10 da Lei 4.595, de 1964. Todavia, nos casos em que a emissão do cartão de crédito não tem a parti-
cipação de instituição financeira, não se aplica a regulamentação do CMN e do Banco Central.

Vale lembrar que existem as instituições de pagamento, que nada mais são do que instituições não financeiras
que operam recebendo e processando os pagamentos dos cartões dos clientes. Estas instituições se submetem a
regulamentação do CMN e do BACEN.

Tipos de instituição de pagamento

Gerencia conta de pagamento do tipo Exemplo: emissores dos cartões de vale-


Emissor de moeda
pré-paga, na qual os recursos devem ser refeição e cartões pré-pagos em moeda
eletrônica
depositados previamente. nacional.

Gerencia conta de pagamento do tipo Exemplo: instituições não financeiras


Emissor de
pós-paga, na qual os recursos são emissoras de cartão de crédito (o
instrumento de
depositados para pagamento de débitos cartão de crédito é o instrumento de
pagamento pós-pago
já assumidos. pagamento).

Não gerencia conta de pagamento, mas Exemplo: instituições que assinam


habilita estabelecimentos comerciais contrato com o estabelecimento
Credenciador
para a aceitação de instrumento de comercial para aceitação de cartão de
pagamento. pagamento.

Uma mesma instituição de pagamento pode atuar em mais de uma modalidade (Fonte: bcb.gov.br)

Tipos de Cartão de Crédito


Existem duas categorias de cartão de crédito: básico e diferenciado. O cartão básico é aquele utilizado
somente para pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos credenciados. Já o cartão diferencia-
do é aquele cartão que, além de permitir a utilização na sua função clássica de pagamentos de bens e serviços,
está associado a programas de benefício e/ou recompensas, ou seja, oferece benefícios adicionais, como
programas de milhagem, seguro de viagem, desconto na compra de bens e serviços, atendimento personalizado
no exterior, etc.
O cartão de crédito básico é de oferecimento obrigatório pelas instituições emissoras de cartão de crédito.
Esse cartão básico pode ser nacional ou internacional, mas o valor da anuidade do cartão básico deve ser me-
nor do que o valor da anuidade do cartão diferenciado, por este motivo o cartão básico não tem direito a participar
de programas de recompensas oferecidos pela instituição emissora.
Existem ainda os Retailer Cards, que são cartões de loja que só podem ser usados na rede da loja especifica,
por exemplo: Renner e Riachuelo. E os Co-Branded Cards, que são cartões de crédito que fazem parcerias com
outras empresas de grande nome no mercado, exemplo: Itaú TAM fidelidade.

Tarifas Cobradas
Os bancos só podem cobrar cinco tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de crédito: anuidade,
emissão de segunda via do cartão, tarifa para uso na função saque, para uso do cartão no pagamento de con-
tas e no pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.

Podem ser cobradas ainda tarifas pela contratação de serviços de envio de mensagem automática relativa à
movimentação ou lançamento na conta de pagamento vinculado ao cartão de crédito, pelo fornecimento de plástico
de cartão de crédito em formato personalizado, e ainda pelo fornecimento emergencial de segunda via de cartão de
crédito. Esses serviços são considerados “diferenciados” pela regulamentação.

43
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Importante!

Atualmente a valor mínimo para pagamento da fatura de cartão de credito é de 15%.

Circular 3512/2010 com alterações da 3563/2011


Art. 1º O valor mínimo da fatura de cartão de crédito a ser pago mensalmente não pode ser inferior ao corres-
pondente à aplicação, sobre o saldo total da fatura, dos seguintes percentuais:

I - 15%, a partir de 1º de junho de 2011; (o que vale hoje!).

II - Revogado. (Revogado pela Circular nº 3.563, de 11/11/2011).


(Aqui ficavam os 20% que não existem mais)

§ 1º O disposto no caput não se aplica aos cartões de crédito cujos contratos prevejam pagamento das faturas
mediante consignação em folha de pagamento. (Incluído pela Circular nº 3.549, de 18/7/2011.)

§ 2º As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco


Importante!
Vale destacar que caso o cliente não pague a fatura por completo, o saldo devedor será financiado pelo Banco
e não pela administradora do cartão. Da mesma forma, caso o cliente queira parcelar uma fatura, pois está incapaz
de efetuar o pagamento total, quem parcelará será o Banco e não a administradora do cartão, pois estas estão proi-
bidas pelo BACEN a realizarem tal operação.
“Na verdade, os financiamentos são feitos por bancos, pois administradoras de cartão de crédito são proibidas
de financiar seus clientes. Nesses casos, o detentor do cartão de crédito aparecerá no SCR como cliente do banco,
que é o real financiador da operação intermediada pela administradora de cartão de crédito.”
Fonte: FAQ Sistema de Informação de Crédito – BACEN
Com base nisto que aprendemos, é bom saber que para que o cartão funcione, é preciso uma estrutura comple-
ta de instituições financeiras, credenciadores, bandeiras e estabelecimentos. Mas quem é quem?
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ou EMISSOR: É o banco ou uma instituição não bancária que fornece o cartão
de crédito e/ou débito para o cliente (titular do cartão). É quem se relaciona com o titular do cartão, estabelecendo
os limites de crédito, enviando o cartão para utilização, emitindo as faturas e aprovando as compras realizadas nas
lojas.
CREDENCIADOR: Responsável pela filiação dos estabelecimentos comerciais para uso de cartões nas opera-
ções de venda. É responsável pelo fornecimento e manutenção dos equipamentos de captura, a transmissão dos
dados das transações eletrônicas e os créditos em conta corrente do estabelecimento comercial.
ESTABELECIMENTO CREDENCIADO: Empresa de qualquer porte, incluindo o empreendedor individual ou
profissional autônomo que aceita o sistema de cartões com suas respectivas bandeiras nas vendas de bens ou
serviços.
BANDEIRA: É quem licencia a marca para o emissor e para o credenciador e coordena o sistema de aprova-
ção, compensação e liquidação dos créditos. A Visa, Mastercard, Diners Club e American Express são exemplos de
bandeiras internacionais e a Hipercard, Elo, Sorocred, Sicred são bandeiras nacionais ou regionais

O CARTAO BNDES

O Cartão BNDES é um produto que, baseado no conceito de cartão de crédito, visa financiar os investimentos dos
Micro Empreendedores Individuais (MEI) e das micro, pequenas e médias empresas de controle nacional.

Podem obter o Cartão BNDES as MPMEs (com faturamento bruto anual de até R$ 300 milhões), (caso a empresa
pertença a grupo ou conglomerado, o faturamento bruto total de todas as participantes deve ser somado e não pode exce-
der o limite de 300 milhões), sediadas no País, de controle nacional, que exerçam atividade econômica compatíveis com
as Políticas Operacionais e de Crédito do BNDES e que estejam em dia com o INSS, FGTS, RAIS e tributos federais.

O portador do Cartão BNDES poderá comprar exclusivamente os itens expostos no Portal de Operações do Cartão
BNDES (www.cartaobndes.gov.br) por fornecedores previamente credenciados.

44
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

As 11 Instituições financeiras emissoras atuais do Cartão BNDES são:

Bandeiras de cartão de crédito: Cabal, Elo, MasterCard e Visa. 

 As condições financeiras em vigor são:

 • Limite de crédito de até R$ 2 milhões por cartão, por banco emissor.

 • Prazo de parcelamento de 3 a 48 meses. 

45
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

 • Taxa de juros pré-fixada (informada na página O tomador do crédito está sujeito à fiscalização da
inicial do Portal). Instituição Financeira.
Da origem dos Recursos
 Obs1: O limite de crédito de cada cliente será atri- Controlados: são controlados por Lei, ou seja, exi-
buído pelo banco emissor do cartão, após a respectiva aná- ge-se que sejam repassados ao crédito rural.
lise de crédito. Uma empresa pode obter um Cartão BNDES Caso os bancos descumpram esta exigência, pagam
de cada bandeira por banco emissor, podendo somar seus multa e o valor desta multa será revertida em recursos
limites numa única transação.  ao credito rural.
a) os recursos obrigatórios (decorrentes da exigibilida-
 Obs2: O cliente pode obter um Cartão BNDES de de depósito à vista);
em quantos bancos emissores ele desejar. Caso um banco b) os das Operações Oficiais de Crédito sob supervi-
emissor trabalhe com mais de uma bandeira de cartão de são do Ministério da Fazenda;
crédito, o cliente poderá ter, nesse banco, um Cartão BN- c) os de qualquer fonte destinados ao crédito rural
DES de cada bandeira, desde que a soma dos limites não na forma da regulação aplicável, quando sujeitos à sub-
ultrapasse R$ 2 milhões. venção da União, sob a forma de equalização de encar-
Tarifa de Abertura de Crédito (TAC): Os bancos estão gos financeiros, inclusive os recursos administrados pelo
autorizados a cobrar a TAC desde que esta não exceda 2% Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e So-
do limite de crédito concedido. cial (BNDES);
d) os oriundos da poupança rural, quando aplicados se-
Atenção! gundo as condições definidas para os recursos obrigatórios;
 IOF (Imposto sob Operação Financeira) no car- e) os dos fundos constitucionais de financiamen-
tão BNDES agora pode ser cobrado, devido ao Decreto to regional;
Nº8.511 de agosto de 2015. f) os do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira
(Funcafé).
Não controlados: todos os demais. O banco capta
Operações de Crédito Especializado se quiser e empresta como quiser.
 Crédito Rural
Quais são as modalidades da operação?
É uma linha de crédito barata, com taxas determinadas
por legislação que buscam ajudar aos produtores rurais e
suas cooperativas em suas atividades. Custeio: destina-se a cobrir despesas normais dos
ciclos produtivos como aquisição de bens e insumos,
Beneficiários suplemento do capital de trabalho, além de atender às
• Produtor rural (pessoa física ou jurídica); pessoas dedicadas à extração de produtos vegetais. (é
• Cooperativa de produtores rurais; comprar insumos para plantar grãos, vegetais, etc.).
• Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo
produtor rural, se dedique a uma das seguintes atividades: Investimentos: destina-se às aplicações em bens
a) pesquisa ou produção de mudas ou sementes fisca- ou serviços, cujo desfrute se estenda por vários pe-
lizadas ou certificadas; ríodos de produção. (Modernização)
b) pesquisa ou produção de sêmen para inseminação
artificial e embriões; Comercialização: destina-se a assegurar ao pro-
c) prestação de serviços mecanizados de natureza dutor ou cooperativas os recursos necessários à co-
agropecuária, em imóveis rurais, inclusive para proteção
locação de seus produtos no mercado, podendo
do solo;
compreender a pré-comercialização, os descontos de
d) prestação de serviços de inseminação artificial, em
imóveis rurais; Nota Promissória Rural, Duplicatas Rurais e o Em-
e) medição de lavouras; préstimo do Governo Federal (EGF).
f) atividades florestais.
Taxa de Juros
Cuidado! A taxa de juros máxima admitida no crédito rural é
Sindicatos rurais estão fora, ou seja, não podem ser de 8,75% a.a. (oito inteiros e setenta e cinco décimos
beneficiários do crédito rural. por cento), podendo ser reduzida a critério da institui-
ção financeira.
Atenção!
Pode ser concedido, com finalidades especiais, cré- Quais são os limites de financiamento?
dito rural a pessoa física ou jurídica que se dedique à ex- O limite de crédito de custeio rural, por beneficiá-
ploração da pesca e da aquicultura, com fins comerciais, rio, em cada safra e em todo o Sistema Nacional de
incluindo-se os armadores de pesca. (Resolução BACEN
Crédito Rural (SNCR), é de R$1.200.000,00 (um milhão
4.106/2012)

46
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

e duzentos mil reais), devendo ser considerados, na • Propiciar, pelo crédito fundiário, a aquisição
apuração desse limite, os créditos de custeio tomados e regularização de terras pelos pequenos produtores,
com recursos controlados, exceto aqueles tomados posseiros e arrendatários e trabalhadores rurais;
no âmbito dos fundos constitucionais de financia- • Desenvolver atividades florestais e pesqueiras;
mento regional. • Estimular a geração de renda e o melhor uso da
Nas operações de investimento, o limite de crédi- mão-de-obra na agricultura familiar.
to é de R$385.000,00 (trezentos e oitenta e cinco mil As garantias da operação:
reais), por beneficiário/ano safra, em todo o Sistema • Penhor agrícola, pecuário, mercantil, florestal
Nacional de Crédito Rural (SNCR), independentemen- ou cedular;
te dos créditos obtidos para outras finalidades. • Alienação fiduciária;
Para a comercialização o valor máximo será libe- • Hipoteca comum ou cedular;
rado de acordo com a garantia ofertada que poderá ser • Aval ou fiança;
uma Nota Promissória Rural ou uma Duplicata Rural. • Seguro rural ou ao amparo do Programa de Ga-
rantia da Atividade Agropecuária (Proagro); (Isento de IOF)
O que é Nota Promissória Rural? • Proteção de preço futuro da commodi-
Título de crédito, utilizado nas vendas a prazo de ty  agropecuária, inclusive por meio de penhor de
bens de natureza agrícola, extrativa ou pastoril, quan- direitos, contratual ou cedular;
do efetuadas diretamente por produtores rurais ou por • Outras que o Conselho Monetário Nacional admitir.
suas cooperativas; nos recebimentos, pelas cooperati- A que tipo de despesas está sujeito o cré-
vas, de produtos da mesma natureza entregues pelos dito rural?
seus cooperados, e nas entregas de bens de produção • Remuneração financeira (taxa de juros);
ou de consumo, feitas pelas cooperativas aos seus as- • Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e
sociados. O devedor é, geralmente, pessoa física. Seguro, e sobre Operações relativas a Títulos e Valores
Mobiliários (IOF);
O que é Duplicata Rural? • Custo de prestação de serviços;
Nas vendas a prazo de quaisquer bens de natureza
• As previstas no Programa de Garantia da Ativi-
agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas direta-
dade Agropecuária (Proagro);
mente por produtores rurais ou por suas cooperativas,
• Prêmio de seguro rural, observadas as normas
poderá ser utilizada também, como título do crédito, a
divulgadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados;
duplicata rural. Emitida a duplicata rural pelo vendedor,
• Sanções pecuniárias, as famosas MULTAS
este ficará obrigado a entregá-la ou a remetê-la ao com-
por descumprimento de normas, que acabam virando
prador, que a devolverá depois de assiná-la. O devedor
recursos para o crédito rural.
é, geralmente, pessoa jurídica.
• Prêmios em contratos de opção de venda, do
Como pode ser liberado o crédito rural? mesmo produto agropecuário objeto do financiamento
De uma só vez ou em parcelas, por caixa ou em de custeio ou comercialização, em bolsas de mercado-
conta de depósitos, de acordo com as necessidades do rias e futuros nacionais, e taxas e emolumentos referen-
empreendimento, devendo sua utilização obedecer a tes a essas operações de contratos de opção.
cronograma de aquisições e serviços. Nenhuma outra despesa pode ser exigida do
mutuário, salvo o exato valor de gastos efetuados à sua
Atenção! conta pela instituição financeira ou decorrente de ex-
Para liberação do credito rural a instituição financei- pressas disposições legais.
ra pode exigir um projeto, podendo este ser dispensa-
do caso haja garantias de Notas Promissórias Rurais ou Cuidado!
Duplicatas Rurais. A Alíquota do IOF é ZERO, mas existe um IOF
adicional de 0,38% sobre o Crédito Rural.
Os objetivos do credito rural são: Quando deve ser realizada a fiscalização do cré-
• Estimular os investimentos rurais efetuados pe- dito rural?
los produtores ou por suas cooperativas; Deve ser efetuada nos seguintes momentos:
• Favorecer o oportuno e adequado custeio da pro- • Crédito de custeio agrícola: antes da época
dução e a comercialização de produtos agropecuários; prevista para colheita;
• Fortalecer o setor rural; • Empréstimo do Governo Federal (EGF): no cur-
• Incentivar a introdução de métodos racionais so da operação;
no sistema de produção, visando ao aumento de produ- • Crédito de custeio pecuário: pelo menos uma
tividade, à melhoria do padrão de vida das populações vez no curso da operação, em época que seja possível
rurais e à adequada utilização dos recursos naturais; verificar sua correta aplicação;

47
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

• Crédito de investimento para construções, re- • Hipoteca


formas ou ampliações de benfeitorias: até a conclusão Capital de Giro Associado
do cronograma de execução, previsto no projeto; • O capital de giro pode ser financiado, de forma
• Demais financiamentos: até 60 (sessenta) dias associada ao investimento, em percentuais que variam
após cada utilização, para comprovar a realização das de acordo com o porte do mutuário.
obras, serviços ou aquisições.
Cabe ao fiscal verificar a correta aplicação dos re-  Programa Nacional de Fortalecimento da
cursos orçamentários, o desenvolvimento das ativida- Agricultura Familiar (PRONAF): base legal, finalida-
des financiadas e a situação das garantias, se houver. des, beneficiários, destinação, condições.

 Crédito industrial, agroindustrial, para o co- O que é o Pronaf?


mércio e para a prestação de serviços: conceito, O Programa Nacional de Fortalecimento da Agri-
finalidades (investimento fixo e capital de giro as- cultura Familiar (Pronaf) destina-se a estimular a ge-
sociado), beneficiários. ração de renda e melhorar o uso da mão de obra
Conceito familiar, por meio do financiamento de atividades e
Fomentar o desenvolvimento do setor industrial, serviços rurais agropecuários e não agropecuários
promovendo a modernização, o aumento da competiti- desenvolvidos em estabelecimento rural ou em áreas
vidade, ampliação da capacidade produtiva e inserção comunitárias próximas.
internacional. Quem são os beneficiários do Pronaf? São be-
O que o Programa financia? neficiárias do Pronaf as pessoas que compõem as
Implantação, expansão, modernização, reforma e unidades familiares de produção rural e que com-
realocação de empreendimentos industriais, inclusive provem seu enquadramento, mediante apresentação
do setor de mineração e indústrias vinculadas à econo- da Declaração de Aptidão ao Programa (DAP), em
mia da cultura, contemplando: um dos seguintes grupos:
• Investimentos, inclusive a aquisição de em-
preendimentos com unidades industriais já construídas I - Grupo “A”
ou em construção. Agricultores familiares assentados pelo Programa
• Capital de giro associado ao investimento. Nacional de Reforma Agrária (PNRA), ou beneficiários
• Aquisição isolada de matérias-primas e insumos. do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF)
• Aquisição de matérias-primas e insumos para que não contrataram operação de investimento sob
fabricação de bens para exportação. a égide do Programa de Crédito Especial para a Refor-
ma Agrária (Procera), ou que ainda não contrataram o
Público-alvo limite de operações ou de valor de crédito de investi-
Empresas industriais privadas (pessoas jurídicas e mento para estruturação no âmbito do Pronaf.
empresários registrados na Junta Comercial), inclusive II - Grupo “B”
de mineração e da economia da cultura, constituídas Beneficiários que possuam renda bruta fami-
sob as leis brasileiras. liar nos últimos 12 meses de produção normal, que
*Beneficiários de micro e pequeno portes e Microem- antecedem a solicitação da DAP, não superior a
preendedores Individuais (MEIs) poderão ser financia- R$20.000,00 (vinte mil reais) e que não contratem tra-
dos, exclusivamente, por meio do Programa de Finan- balho assalariado permanente.
ciamento às Micro e Pequenas Empresas - FNE-MPE. III - Grupo “A/C”
Agricultores familiares assentados pelo PNRA ou
Prazos beneficiários do PNCF que:
Fixados em função do cronograma físico-financeiro a) tenham contratado a primeira operação no
do projeto e da capacidade de pagamento do beneficiá- Grupo “A”;
rio, respeitados os prazos máximos a seguir: b) não tenham contratado financiamento de cus-
• Investimentos fixos e mistos - até 12 anos, in- teio, exceto no próprio Grupo “A/C”.
cluídos até 4 anos de carência. IV - Agricultores familiares que:
• Matérias-primas, insumos e formação de esto- a) explorem parcela de terra na condição de proprie-
ques - até 24 meses, incluídos até 6 meses de carência. tário, posseiro, arrendatário, comodatário, parceiro, conces-
sionário do PNRA ou permissionário de áreas públicas;
Garantias b) residam no estabelecimento ou em local próxi-
As garantias serão, cumulativa ou alternativamente: mo, considerando as características geográficas regionais;
• Fiança ou aval c) não detenham, a qualquer título, área superior a
• Penhor quatro módulos fiscais, contíguos ou não, quantificados
• Alienação fiduciária conforme a legislação em vigor;

48
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

d) obtenham, no mínimo, 50% da renda bruta fa- Quem deve fornecer a Declaração de Aptidão ao
miliar da exploração agropecuária e não agropecuá- Pronaf?
ria do estabelecimento; A Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) válida,
e) tenham o trabalho familiar como predominan- nos termos estabelecidos pela Secretaria de Agricultura
te na exploração do estabelecimento, utilizando mão Familiar (SAF) do Ministério do Desenvolvimento Agrá-
de obra de terceiros de acordo com as exigências rio (MDA), deve ser emitida por agentes credencia-
sazonais da atividade agropecuária, podendo manter dos pelo MDA, observado ainda que:
empregados permanentes em número menor que o a) é exigida para a concessão de financiamento no
número de pessoas da família ocupadas com o em- âmbito do Pronaf;
preendimento familiar; b) deve ser elaborada para a unidade familiar de
f) tenham obtido renda bruta familiar nos últimos produção, prevalecendo para todos os membros da fa-
12 meses de produção normal, que antecedem a soli- mília que compõem o estabelecimento rural e explorem
citação da DAP, de até R$360.000,00 (trezentos e ses- as mesmas áreas de terra;
senta mil reais), considerando neste limite a soma de c) pode ser diferenciada para atender a caracte-
100% do Valor Bruto de Produção (VBP), 100% do valor rísticas específicas dos beneficiários do Pronaf.
da receita recebida de entidade integradora e das de-
mais rendas provenientes de atividades desenvolvidas A que pode se destinar o crédito do Pronaf?
no estabelecimento e fora dele, recebida por qualquer Os créditos podem destinar-se a:
componente familiar, excluídos os benefícios sociais a) Custeio – Destinam-se a financiar atividades
e os proventos previdenciários decorrentes de ativida- agropecuárias e não agropecuárias, de beneficia-
des rurais; mento ou de industrialização da produção própria ou
V – Demais beneficiários de terceiros enquadrados no Pronaf, de acordo com
São também beneficiários do Pronaf, mediante projetos específicos ou propostas de financiamento.
apresentação de DAP válida, as pessoas que: b) Investimento - Destinam-se a financiar ativi-
a) atendam, no que couber, às exigências previstas dades agropecuárias ou não agropecuárias, para
no tópico IV e que sejam: implantação, ampliação ou modernização da estru-
1 - Pescadores artesanais que se dediquem à tura de produção, beneficiamento, industrialização e
pesca artesanal, com fins comerciais, explorando a
de serviços, no estabelecimento rural ou em áreas co-
atividade como autônomos, com meios de produção
munitárias rurais próximas, de acordo com projetos
próprios ou em regime de parceria com outros pesca-
específicos.
dores igualmente artesanais;
c) Integralização de cotas-partes pelos beneficiá-
2 - aquicultores que se dediquem ao cultivo de
rios nas cooperativas de produção – Destinam-se a fi-
organismos que tenham na água seu normal ou mais
nanciar a capitalização de cooperativas de produção
frequente meio de vida e que explorem área não su-
agropecuárias formadas por beneficiários do Pronaf.
perior a dois hectares de lâmina d’água ou ocupem até
Os créditos individuais, independentemente da
500 m³ de água, quando a exploração se efetivar em
classificação dos beneficiários a que se destinam, de-
tanque-rede;
vem objetivar, sempre que possível, o desenvolvimento
3 - silvicultores que cultivem florestas nativas ou
exóticas e que promovam o manejo sustentável daque- do estabelecimento rural como um todo.
les ambientes;
b) se enquadrem nas alíneas “a”, “b”, “d”, “e” e “f” do Como podem ser concedidos os créditos do
tópico IV e que sejam: Pronaf?
1 - extrativistas que exerçam o extrativismo arte- Os créditos podem ser concedidos de forma indi-
sanalmente no meio rural, excluídos os garimpeiros e vidual ou coletiva, sendo considerado crédito coletivo
faiscadores; quando formalizado por grupo de produtores para fina-
2 - integrantes de comunidades quilombolas rurais; lidades coletivas.
3 - povos indígenas;
4 - demais povos e comunidades tradicionais. É necessária a apresentação de garantias para
Obs. A Lei 11.326, de 2006, estabelece as diretrizes obtenção de financiamento do Pronaf? Como é feita
para a formulação da Política da Agricultura Familiar a escolha dessas garantias?
e Empreendimentos Familiares Rurais, e o seu artigo A escolha das garantias é de livre convenção entre
3º define quem é considerado agricultor familiar e em- o financiado e o financiador, que devem ajustá-las de
preendedor familiar rural. acordo com a natureza e o prazo do crédito.

49
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Qual o caso em que é vedada a concessão de b) admite-se o financiamento de construção, re-


crédito do Pronaf? forma ou ampliação de benfeitorias e instalações
É vedada a concessão de crédito ao amparo do permanentes, máquinas, equipamentos, inclusive de
Pronaf relacionado com a produção de fumo desenvol- irrigação, e implementos agropecuários e estruturas de
vida em regime de parceria ou integração com indús- armazenagem, de uso comum, na forma de crédito co-
trias fumageiras. No entanto, admite-se a concessão letivo, com limite de até R$750.000,00 (setecentos e
de financiamento de investimento ao amparo do Pronaf cinquenta mil reais), desde que não ultrapasse o limite
a produtores de fumo que desenvolvam a atividade em de até R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) por
regime de parceria ou integração com agroindústrias, beneficiário e por ano agrícola.
desde que: c) encargos financeiros:
a) os itens financiados não se destinem exclu- Máximo de 2% a.a.
sivamente à cultura do fumo e sejam utilizados para
outras atividades que fomentem a diversificação de ex- Quais as finalidades dos créditos de investi-
plorações, culturas e/ou criações pela unidade familiar; mento do Pronaf - Agroindústria?
Os financiamentos ao amparo da Linha de Crédi-
Quais são os limites e taxas de juros do crédito to de Investimento para Agregação de Renda (Pronaf
de custeio? Agroindústria) têm como finalidades investimentos,
Taxa efetiva de juros máxima de 3,5% a.a. para inclusive em infraestrutura, que visem o beneficiamen-
custeio e valor Maximo de até R$100.000,00 (cem mil to, armazenagem, o processamento e a comercializa-
reais) por mutuário em cada safra. ção da produção agropecuária, de produtos florestais,
do extrativismo, de produtos artesanais e da exploração
Quais as condições básicas para concessão de turismo rural, incluindo-se a:
dos créditos de investimento? a) implantação de pequenas e médias agroindús-
Os créditos de investimento devem ser concedidos trias, isoladas ou em forma de rede;
mediante apresentação de projeto técnico, o qual b) implantação de unidades centrais de apoio ge-
rencial, nos casos de projetos de agroindústrias em
poderá ser substituído, a critério da instituição financei-
rede, para a prestação de serviços de controle de quali-
ra, por proposta simplificada de crédito, desde que as
dade do processamento, de marketing, de aquisição, de
inversões programadas envolvam técnicas simples e
distribuição e de comercialização da produção;
bem assimiladas pelos agricultores da região ou se tra-
c) ampliação, recuperação ou modernização de
te de crédito destinado à ampliação dos investimentos
unidades agroindustriais de beneficiários do Pronaf já ins-
já financiados.
taladas e em funcionamento, inclusive de armazenagem;
Os créditos de investimento se destinam a promo-
d) aquisição de equipamentos e de programas
ver o aumento da produção e da produtividade e a re-
de informática voltados para melhoria da gestão das
dução dos custos de produção, visando a elevação
unidades agroindustriais, mediante indicação em pro-
da renda da família produtora rural. jeto técnico;
Os créditos de investimento estão restritos ao fi- e) capital de giro associado, limitado a 35% (trinta
nanciamento de itens diretamente relacionados com e cinco por cento) do financiamento para investimento;
a implantação, ampliação ou modernização da estru- f) integralização de cotas-partes vinculadas ao
tura das atividades de produção, de armazenagem, projeto a ser financiado;
de transporte ou de serviços agropecuários ou não g) admite-se que no plano ou projeto de investimento
agropecuários, no estabelecimento rural ou em áreas individual haja previsão de uso de parte dos recursos do
comunitárias rurais próximas, sendo passível de finan- financiamento para empreendimentos de uso coletivo.
ciamento, ainda, a aquisição de equipamentos e de Quais são os beneficiários e as finalidades da
programas de informática voltados para melhoria Linha de Crédito “Pronaf Custeio e Comercialização
da gestão dos empreendimentos rurais, de acordo de Agroindústrias Familiares”?
com projetos técnicos específicos. A Linha de Crédito de Custeio do Beneficiamento,
Industrialização de Agroindústrias Familiares e de Co-
Quais são os limites, taxas de juros e prazos do mercialização da Agricultura Familiar (Pronaf Custeio
crédito de investimento? e Comercialização de Agroindústrias Familiares) tem
a) limites de crédito por beneficiário a cada ano como beneficiários:
agrícola: I - agricultores familiares beneficiários do Pronaf;
I - até R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); e II - os empreendimentos familiares rurais que
II - até R$300.000,00 (trezentos mil reais) para ativi- apresentem DAP pessoa jurídica válida para a
dades de suinocultura, avicultura e fruticultura; agroindústria familiar;

50
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

III - as cooperativas e associações constituídas de até R$ 3.500,00; outro direcionado a agricultores


pelos beneficiários do Pronaf que apresentem DAP com renda bruta familiar, nos últimos 12 (doze) me-
pessoa jurídica válida para esta forma de organização. ses, máxima de R$ 360 mil, em financiamentos de até
Observar ainda que para os beneficiários definidos R$ 15 mil e um limite total de endividamento de R$
nos incisos II e III admite-se que os contratos de finan- 30 mil em operações contratadas no Agroamigo.
ciamento sejam formalizados diretamente com a pes- Em 2014, o Agroamigo Mais já está sendo operacio-
soa jurídica. nalizado pelas 170 Unidades de atuação do Programa,
As finalidades desta linha de Crédito são: o custeio atendendo a 1.954 municípios.
do beneficiamento e industrialização da produção, in-
clusive aquisição de embalagens, rótulos, condimentos, Objetivos
conservantes, adoçantes e outros insumos, formação • Conceder crédito orientado e acompanhado, de
de estoques de insumos, formação de estoques de forma gradativa e sequencial.
matéria-prima, formação de estoque de produto final • Atender aos clientes na própria comunidade, por
e serviços de apoio à comercialização, adiantamentos meio do Assessor de Microcrédito Rural.
por conta do preço de produtos entregues para venda, • Expandir, de forma quantitativa e qualitativa, o
financiamento da armazenagem, conservação de pro- atendimento com redução de custos para o cliente.
dutos para venda futura em melhores condições de • Agilizar o processo de concessão do crédito.
mercado e a aquisição de insumos pela cooperativa de • Promover a inclusão financeira do (a) agricultor
produção de agricultores familiares para fornecimento (a) familiar e seu acesso aos produtos e serviços do
aos cooperados. Banco.
•  Sensibilizar os (as) agricultores (as) familiares
Quais são as finalidades e beneficiários do Mi- quanto à importância da educação financeira.
crocrédito Produtivo Rural (Grupo “B”)? •  Conscientizar os (as) agricultores (as) quanto à
necessidade de exploração sustentável do meio am-
O AgroAmigo biente.
Criado em 2005, o Agroamigo é o Programa de
Microfinança Rural do Banco do Nordeste, operacio-
EXERCÍCIO
nalizado em parceria com o Instituto Nordeste Cidada-
nia (INEC) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário
1 (FCC – BB 2013) As linhas bancárias de crédito
(MDA). Em sete anos de atuação, tornou-se o maior
rural possibilitam ao cliente acessar financiamento:
programa de microfinança rural da América do Sul.
a) para atividades de comercialização da produção.
b) do custeio das despesas pessoais e familiares.
O Programa se propõe a melhorar o perfil social
c) com liberação de uma só vez, independentemen-
e econômico do agricultor(a) familiar do Nordeste e
te do cronograma de aquisições e serviços.
norte de Minas Gerais, atendendo, de forma pioneira
d) sem apresentação de garantias ao financiador.
no Brasil, a milhares de agricultores(as) familiares,
e) para investimento em bens ou serviços cujo apro-
enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar (PRONAF). veitamento se estenda por um único ciclo produtivo.
Com metodologia própria, adaptada às condições
do meio rural, cuja principal característica é o atendi- 2 (FCC – BB 2011) Nas operações de arrendamen-
mento integral, a partir da forte presença do Asses- to mercantil do tipo leasing operacional de um bem,
sor de Microcrédito nas comunidades, o Programa a) há sempre um valor residual garantido.
incentiva o desenvolvimento de atividades produtivas b) a eventual compra pelo arrendatário costuma ser
agropecuárias e não agropecuárias. pelo valor de mercado.
Em 2012, o Agroamigo, inicialmente voltado para c) o arrendatário tem assegurada sua propriedade
o grupo B do Pronaf, ou seja, agricultores rurais com legal e contábil.
renda anual de até R$ 20mil, passou a contar com o d) há incidência de Imposto sobre Operações Fi-
Agroamigo Mais, que atende operações de até R$ 15 nanceiras (IOF).
mil e se destina aos demais grupos do Pronaf, exceto e) este deve ser novo.
A e A/C.
Assim, o Agroamigo, em reposta a necessidade de 3 (CESPE – Caixa 2014) A respeito dos meios de
expansão, passa a ter dois produtos. Um voltado para pagamento eletrônico conhecidos como cartões de
agricultores com renda bruta familiar nos últimos 12 crédito e cartões de débito, julgue o item.
(doze) meses, de até R$ 20 mil, com financiamentos

51
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

A cobrança do uso de cartões de crédito emitidos Recursos utilizados na contratação de financia-


por instituições financeiras está limitada a três tarifas mentos pelo BNB:
específicas: anuidade, segunda via do cartão magné- i) Fundo Constitucional de Financiamento do
tico e uso da função saque. Nordeste (FNE): base legal, finalidades, regras, ad-
ministração.
Certo Errado (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste)
Lei 7827/89 com alterações posteriores.
4 (CESGRANRIO – BB 2012) Atualmente, os ban- Finalidades e Objetivos
cos possuem diversos tipos de produtos para financiar
as relações comerciais, desde as realizadas por mi- Art. 2° Os Fundos Constitucionais de Financiamen-
croempresas até as realizadas por grandes empresas.  to do Norte, Nordeste e Centro-Oeste têm por objetivo
contribuir para o desenvolvimento econômico e social
Qual é o nome da operação realizada quando pe- das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através
quenas indústrias vendem para grandes lojas comer- das instituições financeiras federais de caráter regional,
ciais e estas procuram os bancos para dilatar o prazo mediante a execução de programas de financiamento
de pagamento mediante a retenção de juros? aos setores produtivos, em consonância com os res-
a) Compror Finance pectivos planos regionais de desenvolvimento.
b) Vendor Finance
c) Capital de Giro § 1° Na aplicação de seus recursos, os Fundos
d) Contrato de Mútuo Constitucionais de Financiamento do Norte, Nordeste e
e) Crédito Rotativo Centro-Oeste ficarão a salvo das restrições de controle
monetário de natureza conjuntural e deverão destinar
5 (CESPE – Caixa 2014) A respeito dos meios de crédito diferenciado dos usualmente adotados pelas
pagamento eletrônico conhecidos como cartões de cré- instituições financeiras, em função das reais necessida-
dito e cartões de débito, julgue os itens subsecutivos.  des das regiões beneficiárias.

O valor mínimo da fatura de cartão de crédito emi- § 2° No caso da região Nordeste, o Fundo
tida por instituições financeiras, a ser paga mensal- Constitucional de Financiamento do Nordeste inclui
mente, não pode ser inferior a 20% do saldo total da a finalidade específica de financiar, em condições
fatura. compatíveis com as peculiaridades da área, atividades
econômicas do semiárido, às quais destinará metade
Certo Errado dos recursos ingressados nos termos do art. 159, inciso
6 (CESGRANIO – BB 2015) Uma das medidas I, alínea c, da Constituição Federal.
adotadas para mitigar os efeitos da crise financeira Art. 3° Respeitadas as disposições dos Planos Re-
de 2008 foi a ampliação do acesso ao crédito, au- gionais de Desenvolvimento, serão observadas as se-
mentando, com isso, ainda mais, o papel dos ban- guintes diretrizes na formulação dos programas de
cos no desenvolvimento do país. financiamento de cada um dos Fundos:
O Crédito Direto ao Consumidor (CDC): I - concessão de financiamentos exclusivamen-
a) é um empréstimo pessoal de operação não te aos setores produtivos das regiões beneficiadas;
vinculada à aquisição de bens ou serviços. II - ação integrada com instituições federais sedia-
b) exclui as compras no cartão de crédito. das nas regiões;
c) é um crédito concedido através de bancos e III - tratamento preferencial às atividades pro-
instituições financeiras para aquisição de bens. dutivas de pequenos e miniprodutores rurais e pe-
d) é um empréstimo descontado diretamente na quenas e microempresas, às de uso intensivo de
folha de pagamento.  matérias-primas e mão-de-obra locais e as que pro-
e) possui um prazo mínimo de 2 anos para o ven- duzam alimentos básicos para consumo da popu-
cimento.  lação, bem como aos projetos de irrigação, quando
pertencentes aos citados produtores, suas associa-
ções e cooperativas;
1A 2B 3E 4A 5E IV - preservação do meio ambiente;
V - adoção de prazos e carência, limites de finan-
6C
ciamento, juros e outros encargos diferenciados ou fa-
vorecidos, em função dos aspectos sociais, econômi-
cos, tecnológicos e espaciais dos empreendimentos;

52
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

VI - conjugação do crédito com a assistência técni- II - Nordeste, a região abrangida pelos Estados do
ca, no caso de setores tecnologicamente carentes; Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraí-
VII - orçamentação anual das aplicações dos recursos; ba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, além das
VIII - uso criterioso dos recursos e adequada partes dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo
política de garantias, com limitação das responsabi- incluídas na área de atuação da SUDENE;  (Redação
lidades de crédito por cliente ou grupo econômico, de dada pela Lei nº 9.808, de 20.7.1999).
forma a atender a um universo maior de beneficiários IV - semiárido, a região natural inserida na área de
e assegurar racionalidade, eficiência, eficácia e retorno atuação da Superintendência de Desenvolvimento do
às aplicações; Nordeste - Sudene, definida em portaria daquela Au-
IX - apoio à criação de novos centros, atividades tarquia. (Redação dada pela Lei Complementar nº 125,
e polos dinâmicos, notadamente em áreas interioranas, de 2007)
que estimulem a redução das disparidades intra-regio- Art. 6° Constituem fontes de recursos dos Fundos
nais de renda; Constitucionais de Financiamento do Norte, Nordeste e
X - proibição de aplicação de recursos a fundo Centro-Oeste:
perdido. I - 3% (três por cento) do produto da arrecadação
XI - programação anual das receitas e despesas do imposto sobre renda (IR) e proventos de qualquer
com nível de detalhamento que dê transparência à ges- natureza e do imposto sobre produtos industrializa-
tão dos Fundos e favoreça a participação das lideran- dos (IPI), entregues pela União, na forma do art. 159,
ças regionais com assento no conselho deliberativo das inciso I, alínea c da Constituição Federal;
superintendências  regionais de desenvolvimento;  (In- II - os retornos e resultados de suas aplicações;
cluído pela Lei Complementar nº 129, de 2009). III - o resultado da remuneração dos recursos
XII - divulgação ampla das exigências de garan- momentaneamente não aplicados, calculado com
tias e outros requisitos para a concessão de finan- base em indexador oficial;
ciamento. (Incluído pela Lei Complementar nº 129, de IV - contribuições, doações, financiamentos e re-
2009). cursos de outras origens, concedidos por entidades
Os Beneficiários de direito público ou privado, nacionais ou estran-
Art. 4o   São beneficiários dos recursos dos Fundos geiras;
Constitucionais de Financiamento do Norte, Nordeste V - dotações orçamentárias ou outros recursos
e Centro-Oeste os produtores e empresas, pessoas previstos em lei.
físicas e jurídicas, além das cooperativas de produção, Parágrafo único. Nos casos dos recursos previs-
que desenvolvam atividades produtivas nos setores tos no inciso I deste artigo, será observada a seguinte
agropecuário, mineral, industrial, agroindustrial, de distribuição: (no caso dos 3% lá de cima quanto fica
empreendimentos comerciais e de serviços das regiões para o Nordeste?).
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, de acordo com as II - 1,8% (um inteiro e oito décimos por cento) para
prioridades estabelecidas nos respectivos planos o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste.
regionais de desenvolvimento.  (Redação dada pela Lei Art. 7o A Secretaria do Tesouro Nacional liberará
nº 12.716, de 2012) ao Ministério da Integração Nacional, nas mesmas
datas e, no que couber, segundo a mesma sistemáti-
Atenção! ca adotada na transferência dos recursos dos Fundos
O FNE tem atuação regional, ou seja, os benefi- de Participação dos Estados, do Distrito Federal e dos
ciários só podem ter atuação na região onde existem, Municípios, os valores destinados aos Fundos Consti-
não podendo, por exemplo, uma empresa de São Paulo tucionais de Financiamento do Norte, do Nordeste e do
contratar através do FNE. Centro-Oeste, cabendo ao Ministério da Integração Na-
Pode haver empréstimo com dinheiro do FNE inclu- cional, observada essa mesma sistemática, repassar
sive para Infra-Estrutura econômica (entenda como os recursos diretamente em favor das instituições
movimentação da economia. Produzir bens para com- federais de caráter regional e do Banco do Brasil
prar e vender), desde que haja comprovada prioridade S.A. (Redação dada pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001)
para a economia em decisão do Conselho Deliberativo. Art. 8° Os Fundos gozarão de isenção tributária,
(Sim existe um conselho deliberativo para o FNE, onde estando os seus resultados, rendimentos e operações
esses conselheiros decidem o que é útil ou não para de financiamento livres de qualquer tributo ou contribui-
utilização do FNE). ção, inclusive o imposto sobre operações de crédito,
Art. 5° Para efeito de aplicação dos recursos en- imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza
tende-se por: e as contribuições do PIS, Pasep e Finsocial.

53
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 9o Observadas as diretrizes estabelecidas pelo Art. 14.  Cabe ao Conselho Deliberativo da res-
Ministério da Integração Nacional, os bancos admi- pectiva superintendência de desenvolvimento das re-
nistradores poderão repassar recursos dos Fundos giões Norte, Nordeste e Centro-Oeste:(Redação dada
Constitucionais a outras instituições autorizadas a pela Lei Complementar nº 125, de 2007)
funcionar pelo Banco Central do Brasil, com capaci- I - estabelecer, anualmente, as diretrizes, priorida-
des e programas de financiamento dos Fundos Cons-
dade técnica comprovada e com estrutura operacional
titucionais de Financiamento, em consonância com o
e administrativa aptas a realizar, em segurança e no respectivo plano regional de desenvolvimento;  (Reda-
estrito cumprimento das diretrizes e normas estabeleci- ção dada pela Lei Complementar nº 125, de 2007)
das, programas de crédito especificamente criados com II - aprovar, anualmente, até o dia 15 de dezembro,
essa finalidade. (Redação dada pela Lei nº 10.177, de os programas de financiamento de cada Fundo para o
12.1.2001) exercício seguinte, estabelecendo, entre outros parâ-
Art. 9º-A.  Os recursos dos Fundos Constitucionais metros, os tetos de financiamento por mutuário; (Reda-
poderão ser repassados aos próprios bancos admi- ção dada pela Lei Complementar nº 125, de 2007)
nistradores, para que estes, em nome próprio e com III - avaliar os resultados obtidos e determinar as
medidas de ajustes necessárias ao cumprimento das
seu risco exclusivo, realizem as operações de crédito
diretrizes estabelecidas e à adequação das atividades
autorizadas por esta Lei e pela Lei nº  10.177, de 12 de financiamento às prioridades regionais;  (Redação
de janeiro de 2001. (Incluído pela Medida Provisória nº dada pela Lei Complementar nº 125, de 2007)
2.196-3, de 24.8.2001) IV - encaminhar o programa de financiamento para
§ 1º  O montante dos repasses a que se referem o exercício seguinte, a que se refere o inciso II do ca-
estará limitado à proporção do patrimônio líquido da put deste artigo, juntamente com o resultado da apre-
instituição financeira, fixada pelo Conselho Monetá- ciação e o parecer aprovado pelo Colegiado, à Comis-
rio Nacional. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196- são Mista permanente de que trata o § 1o  do art. 166
3, de 24.8.2001) da Constituição Federal, para conhecimento e acompa-
nhamento pelo Congresso Nacional. (Incluído pela Lei
§ 3º  O retorno dos recursos aos Fundos Consti-
Complementar nº 125, de 2007)
tucionais, em decorrência de redução do patrimônio Parágrafo único. Até o dia 30 de outubro de cada
líquido das instituições financeiras, será regulamenta- ano, as instituições financeiras federais de caráter
do pelo Conselho Monetário Nacional. (Incluído pela regional encaminharão, à apreciação do Conselho
Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001) Deliberativo da respectiva superintendência de de-
§ 2º  O retorno dos recursos aos Fundos Cons- senvolvimento regional, a proposta de aplicação dos
titucionais se subordina à manutenção da proporção a recursos relativa aos programas de financiamento
que se refere o § 3º e independe do adimplemento, para o exercício seguinte, a qual será aprovada até 15
pelos mutuários, das obrigações contratadas pelas de dezembro.
instituições financeiras com tais recursos. (Incluído pela Art. 14-A.  Cabe ao Ministério da Integração Na-
cional estabelecer as diretrizes e orientações ge-
Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001) rais para as aplicações dos recursos dos Fundos
§ 8º  As instituições financeiras, nas operações Constitucionais de Financiamento do Norte, Nordeste
de financiamento realizadas nos termos deste artigo, e Centro-Oeste, de forma a compatibilizar os progra-
gozam da isenção tributária a que se refere o art. mas de financiamento com as orientações da política
8º desta Lei. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196- macroeconômica, das políticas setoriais e da Política
3, de 24.8.2001) Nacional de Desenvolvimento Regional. (Incluído pela
Art. 13. A administração dos Fundos Constitucio- Lei Complementar nº 125, de 2007)
nais de Financiamento do Norte, Nordeste e Centro-
-Oeste será distinta e autônoma e, observadas as atri- Cuidado para ele não colocar na prova CMN,
e você colocar como correto. É o Ministério da In-
buições previstas em lei, exercida pelos seguintes ór-
tegração Nacional que vai dar as diretrizes gerais
gãos: (Redação dada pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001) para aplicação dos recursos.
I - Conselho Deliberativo das Superintendências
de Desenvolvimento da Amazônia, do Nordeste e do Art. 15. São atribuições de cada uma das ins-
Centro-Oeste;  (Redação dada pela Lei Complementar tituições financeiras federais de caráter regional e
nº 129, de 2009). do Banco do Brasil S.A., nos termos da lei:(Redação
II - Ministério da Integração Nacional; e (Redação dada pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001)
dada pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001) I - aplicar os recursos e implementar a política
III - instituição financeira de caráter regional e de concessão de crédito de acordo com os programas
aprovados pelos respectivos Conselhos Deliberati-
Banco do Brasil S.A. (Incluído pela Lei nº 10.177, de
vos; (Redação dada pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001)
12.1.2001)

54
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

II - definir normas, procedimentos e condições Art. 16. O Banco da Amazônia S.A. - Basa, o Banco
operacionais próprias da atividade bancária, respei- do Nordeste do Brasil S.A. - BNB e o Banco do Brasil
tadas, dentre outras, as diretrizes constantes dos pro- S.A. - BB são os administradores do Fundo Consti-
gramas de financiamento aprovados pelos Conselhos tucional de Financiamento do Norte - FNO, do Fundo
Deliberativos de cada Fundo; (Redação dada pela Lei Constitucional de Financiamento do Nordeste - FNE
nº 10.177, de 12.1.2001) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-
III - analisar as propostas em seus múltiplos -Oeste - FCO, respectivamente.
aspectos, inclusive quanto à viabilidade econômica e
financeira do empreendimento, mediante exame da cor- ii) BNDES/FINAME: base legal, finalidade, re-
relação custo/benefício, e quanto à capacidade futura gras, forma de atuação;
de reembolso do financiamento almejado, para, com
Programa de Financiamento à Produção e Comer-
base no resultado dessa análise, enquadrar as propos-
cialização de Máquinas e Equipamentos (FINAME)
tas nas faixas de encargos e deferir créditos; (Redação
Objetivo
dada pela Lei Complementar nº 125, de 2007)
IV - formalizar contratos de repasses de recursos Financiar a produção e a comercialização de má-
na forma prevista. quinas e equipamentos novos de fabricação nacio-
V - prestar contas sobre os resultados alcança- nal, cadastrados  na FINAME, nas modalidades:
dos, desempenho e estado dos recursos e aplicações a) financiamento à compradora;
ao Ministério da Integração Nacional e aos respectivos b) financiamento à fabricante; 
conselhos deliberativos; (Redação dada pela Lei Com- O que financia      
plementar nº 125, de 2007) O programa contempla:
VI - exercer outras atividades inerentes à apli- a) na modalidade “financiamento à compradora”
cação dos recursos, à recuperação dos créditos, e à - Aquisição de máquinas e equipamentos nacionais
renegociação de dívidas, de acordo com as condi- novos;
ções estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacio- b) na modalidade ”financiamento à fabricante” –
nal.  (Redação dada pela Lei nº 12.793, de 2013) financiamento à produção de máquinas e equipamen-
(Formular a política de Crédito e Creditícia sobre tos, bem como a sua comercialização, desde que os
todas as suas formas, lembra que é competência do bens já tenham sido negociados com os respectivos
CMN????) compradores. Em ambos os casos, os equipamentos
deverão se encontrar cadastrados na FINAME.
§ 1o  O Conselho Monetário Nacional, por meio de
proposta do Ministério da Integração Nacional, definirá
Público-alvo
as condições em que os bancos administradores
Empresas de controle nacional (pessoas jurídicas
poderão renegociar dívidas, limitando os encargos
financeiros de renegociação aos estabelecidos no e empresários registrados na junta comercial) e pessoas
contrato de origem da operação inadimplida.  (Incluí- jurídicas brasileiras de controle estrangeiro.
do pela Lei nº 12.793, de 2013) (Formular a política • Não são passíveis de atendimento pela FI-
de Crédito e Creditícia sobre todas as suas formas, NAME os seguintes setores:  empreendimentos imo-
lembra que é competência do CMN????) biliários, tais como edificações residenciais, time-sha-
ring, hotel-residência e loteamento; comércio de armas;
§ 2o   Até o dia 30 de setembro de cada ano, as atividades bancárias e/ou financeiras; motéis, sau-
instituições financeiras de que trata o caput encami- nas, termas e boates;  mineração que incorpore pro-
nharão ao Ministério da Integração Nacional e às cesso de lavra rudimentar ou garimpo; jogos de prog-
respectivas superintendências regionais de desen- nósticos e assemelhados;  edição de jornais e outros
volvimento, para análise, a proposta dos programas periódicos; produção, beneficiamento, industrialização
de financiamento para o exercício seguinte. (Incluí- ou comercialização de fumo;  beneficiamento de ma-
do pela Lei nº 12.793, de 2013) deiras nativas não-contempladas em licenciamento
Cuidado! Esse aqui é para os programas de fi- e planos de manejo sustentável ; ações e projetos so-
nanciamento, mas tem uma lá em cima que nos fa- ciais contemplados com incentivos fiscais.  
lamos que é para aplicação dos recursos relativivas Fonte dos Recursos
as propostas de financiamento, esta até dia 30 de Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e So-
outubro!
cial (BNDES) por intermédio de sua subsidiária, a  Agên-
Resumindo: até 30 de setembro as Instituições su-
cia Especial de Financiamento Industrial (FINAME).
gerem os programas a serem feitos, e até 30 de outu-
bro elas enviam proposta de como aplicar o dinheiro.

55
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Prazos iii) Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT):


Até 60 meses, inclusive carência de até 24 meses, base legal, finalidades, regras, forma de atuação.
podendo  o prazo total ser elevado  no caso de  aqui- Art. 1° A arrecadação decorrente das contribuições
sição de locomotivas, vagões ferroviários de carga e para o Programa de Integração Social (PIS), criado
ônibus de passageiros. O prazo é determinado confor- pela Lei Complementar n° 7, de 7 de setembro de 1970,
me a capacidade de pagamento do proponente. e para o Programa de Formação do Patrimônio do Ser-
vidor Público (Pasep), criado pela Lei Complementar n°
Encargos 8, de 3 de dezembro de 1970, será destinada, a cada
Tarifas de  contratação  e IOF cobrados conforme a ano, à cobertura integral das necessidades do Fundo
regulamentação e perfil das empresas. de Amparo ao Trabalhador (FAT), de que trata o art. 10
da Lei n° 7.998, de 11 de janeiro de 1990.
Garantias Art. 2° Conforme estabelece o § 1° do art. 239 da
As garantias serão, cumulativa, ou alternativamen- Constituição Federal, pelo menos 40% da arrecada-
te, compostas por garantias reais e fidejussórias, em ção mencionada no artigo anterior serão repassados
função do prazo, valor e pontuação obtida na avaliação ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
de risco do cliente e do projeto. Será obrigatória a alie- Social (BNDES), para aplicação em programas de de-
nação fiduciária do bem financiado.  senvolvimento econômico.
§ 1° Os recursos repassados ao BNDES na forma
Linhas de Crédito do caput deste artigo serão corrigidos, mensalmente,
As condições financeiras de uma operação realiza- pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC).
da pelo Produto BNDES Finame dependerão da linha § 4° Correrá por conta do BNDES o risco das ope-
de financiamento utilizada. As linhas disponíveis para o rações financeiras realizadas com os recursos mencio-
BNDES Finame são:  nados no caput deste artigo.
• Micro, Pequenas e Médias Empresas – Aqui- Art. 3° Os juros de que trata o § 2° do artigo anterior
sição de Bens de Capital serão recolhidos ao FAT a cada semestre, até o décimo
• Apoio à aquisição de maquinas e equipamen- dia útil subsequente a seu encerramento.
tos nacionais novos, exceto ônibus e caminhões, para Art. 6o  O Tesouro Nacional repassará mensal-
micro, pequenas e médias empresas. mente recursos ao FAT, de acordo com programa-
• Micro, Pequenas e Médias Empresas – Aqui- ção financeira para atender aos gastos efetivos da-
sição de Ônibus e Caminhões (Ônibus e Caminhões) quele Fundo com seguro-desemprego, abono salarial
• Apoio à aquisição de ônibus e caminhões, para e programas de desenvolvimento econômico do BN-
micro, pequenas e médias empresas, e para transpor- DES. (Redação da pela Lei nº 10.199, de 2001)
tadores autônomos de cargas. Art. 9º As disponibilidades financeiras do FAT po-
• Bens de Capital – Comercialização – Aquisi- derão ser aplicadas em títulos do Tesouro Nacional,
ção de Bens de Capital (Aquisição) por intermédio do Banco Central do Brasil, e em depó-
• Apoio à aquisição de maquinas e equipamen- sitos especiais, remunerados e disponíveis para imedia-
tos nacionais novos, exceto ônibus e caminhões, para ta movimentação, nas instituições financeiras oficiais
médias-grandes e grandes empresas. federais. (Redação dada pela Lei nº 8.352, de 1991)
• Bens de Capital – Comercialização – Aqui- § 1º Parcela das disponibilidades financeiras do
sição de Ônibus e Caminhões (Aquisição Ônibus e FAT constitui a reserva mínima de liquidez, destinada
Caminhões) a garantir, em tempo hábil, os recursos necessários ao
• Apoio à aquisição de ônibus e caminhões, para pagamento das despesas referentes ao Programa do
médias-grandes e grandes empresas. Seguro-Desemprego e do Abono (Incluído pela Lei nº
• Bens de Capital – Produção de Bens de Ca- 8.352, de 1991)
pital (Produção) § 3º Os recursos da reserva mínima de liquidez
• Apoio à produção de máquinas e equipamentos somente poderão ser aplicados em títulos do Tesouro
fixos, para empresas de qualquer porte.  Nacional, por intermédio do Banco Central do Brasil. (In-
• Bens de Capital – Concorrência Internacio- cluído pela Lei nº 8.352, de 1991)
nal (Concorrência Internacional) § 6º O resultado da remuneração das disponibi-
• Apoio à aquisição e produção de máquinas e lidades financeiras de que trata este artigo constituirá
equipamentos, exceto ônibus e caminhões, que deman- receita do FAT. (Incluído pela Lei nº 8.352, de 1991)
dem condições de financiamento compatíveis com as §  7o  O Banco Nacional de Desenvolvimento
ofertadas para congêneres estrangeiros em concorrên- Econômico e Social - BNDES poderá utilizar recur-
cias internacionais. sos dos depósitos especiais referidos no caput deste

56
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

artigo, para conceder financiamentos aos Estados e • As taxas de juros não poderão ser supe-
às entidades por eles direta ou indiretamente con- riores a 2% a.m, salvo se operações de MPO ao Mi-
troladas, no âmbito de programas instituídos pelo Con- croempreendedor, onde o limite é 4%a.m.
selho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador • Os valores dos créditos irão até o limite máximo
- CODEFAT, tendo em vista as competências que lhe permitido ao cliente, de acordo com cada perfil.
confere o art. 19 da Lei no 7.998, de 11 de janeiro de • O prazo das operações não poderá ser in-
1990, e destinados à expansão do nível de emprego ferior a 120 dias, salvo se a TAC for proporcional ao
no País, podendo a União, mediante a apresentação período de utilização.
de contragarantias adequadas, prestar garantias par- Para ter certeza de que as instituições estão cum-
ciais a operações da espécie, desde que justificado em prindo a Circular 3.566, que discorre sobre a alocação
exposição de motivos conjunta dos Ministérios do De- de 2% dos saldos de seus depósitos à vista para as
senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Fa- operações, o BACEN verifica periodicamente a exigibi-
zenda. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.199, de 2001) lidade das aplicações, são elas:
Art. 12. O valor do abono a ser pago pelo FAT, nos • Os recursos repassados para outras IF, por
casos de empregados participantes do Fundo de Par- meio de depósito interfinanceiro vinculado a operações
ticipação PIS/Pasep, corresponderá à diferença entre de microfinanças – DIM- , exclusivamente para aplica-
o salário mínimo vigente na data do respectivo paga- ções em Microfinanças,
mento e os rendimentos de suas contas individuais, • Os créditos oriundos de operações de adian-
apurados na forma das alíneas b e c do art. 3° da Lei tamentos, empréstimos e financiamentos que atendam
Complementar n° 26, de 11 de agosto de 1975. as condições estabelecidas na Resolução 4.000, ad-
Parágrafo único. O pagamento do rendimento das quiridos de: - outras IF, - OSCIP, - ONGs, e Entidades.
contas individuais mencionadas no caput deste artigo é Todos voltados para o microcrédito.
de competência do Fundo de Participação PIS/Pasep. As operações vencidas e não pagas podem se
Art. 13. A operacionalização do Programa Segu- computadas para o cumprimento da exigibilidade, des-
ro Desemprego, no que diz respeito às atividades de de que observado os percentuais de 100% no primeiro
pré-triagem e habilitação de requerentes, auxílio aos ano após o vencimento e 50% no segundo ano.
requerentes e segurados na busca de novo emprego,
O valor das deficiências das aplicações em relação
bem assim às ações voltadas para reciclagem profis-
a exigibilidade, se houver, deverá ser recolhido ao BC
sional, será executada prioritariamente em articulação
em moeda corrente sem remuneração, permanecendo
com os Estados e Municípios, através do Sistema
indisponível até a próxima data de verificação periódica
Nacional de Emprego (Sine), nos termos da lei.
do cumprimento das exigibilidades, feita pelo BACEN.
Parágrafo único. O Ministério do Trabalho pode-
rá requisitar servidores, técnicos e administrativos, da
Importante!!! Sobre o microcrédito não incide
Administração Federal direta, das autarquias, das fun-
IOF, pois é um programa social.
dações públicas e do Governo do Distrito Federal, para
o desempenho das tarefas previstas no caput deste
O CREDIAMIGO
artigo e no art. 20 da Lei n° 7.998, de 1990, ouvida a
Secretaria de Planejamento e Coordenação da Presi- É o maior Programa de Microcrédito Produtivo
dência da República. Orientado da América do Sul, que facilita o acesso
Microfinanças: base legal, finalidade, forma de ao crédito a milhares de empreendedores pertencen-
atuação. tes aos setores informal ou formal da economia (mi-
As normas que dispõem sobre as operações de mi- croempresas, enquadradas como Microempreendedor
crocrédito destinadas a população de baixa renda e a Individual, Empresário Individual, Autônomo ou Socie-
microempreendedores estão atualmente estabelecidas dade Empresária).
pela resolução 4.000 de 25/08/11. O Crediamigo faz parte do Crescer - Programa
Nelas ficou determinado que os Bancos Múltiplos Nacional de Microcrédito do Governo Federal - uma das
com carteira comercial, os bancos comerciais e a CEF estratégias do Plano Brasil Sem Miséria para estimular
deverão observar condições especificas na realização a inclusão produtiva da população extremamente pobre.
de operações de microfinanças, tais como: O Programa atua de maneira rápida e sem buro-
• O valor das operações deverá corresponder a, cracia na concessão de créditos em grupo solidário
no mínimo, 2% dos saldos médios dos depósitos à ou individual. Grupo solidário consiste na união vo-
vista captados por cada uma das instituições mencio- luntária e espontânea de pessoas interessadas em
nadas, com algumas restrições nos casos das institui- obter o crédito, assumindo a responsabilidade con-
ções financeiras públicas federais e estaduais. junta no pagamento das prestações. A metodologia

57
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

do aval solidário consolidou o Crediamigo como o maior programa de microcrédito do país, possibilitando o acesso
ao crédito a empreendedores que não tinham acesso ao sistema financeiro.
Associado ao crédito, o Crediamigo oferece aos empreendedores acompanhamento e orientação para me-
lhor aplicação do recurso, a fim de integrá-los de maneira competitiva ao mercado. Além disso, o Programa de
Microcrédito do Banco do Nordeste abre conta corrente para seus clientes, sem cobrar taxa de abertura e manuten-
ção de conta, com o objetivo de facilitar o recebimento e movimentação do crédito.
Outras Informações:
• Os documentos necessários para o cadastro de um o cliente do Crediamigo são CPF, Documento de Iden-
tificação com foto e Comprovante de Residência atual. 
• O empréstimo é liberado de uma só vez em no máximo sete dias úteis após a solicitação;
• Os valores iniciais variam de R$ 100,00 a 6.000,00, de acordo com a necessidade e o porte do negócio;
• Os empréstimos podem ser renovados e evoluir até R$ 15.000,00, dependendo da capacidade de paga-
mento e estrutura do negócio, permanecendo esse valor como endividamento máximo do cliente.

Recursos utilizados na contratação de financiamentos Recursos utilizados na contratação de financiamentosRe-


cursos utilizados na contratação de financiamentos

3 SERVIÇOS BANCÁRIOS E FINANCEIROS. 3.1 CONTA CORRENTE: ABERTURA, MANUTENÇÃO,


ENCERRAMENTO, PAGAMENTO, DEVOLUÇÃO DE CHEQUES E CADASTRO DE EMITENTES DE
CHEQUES SEM FUNDOS (CCF). 3.2 DEPÓSITOS À VISTA. 3.3 DEPÓSITOS A PRAZO (CDB E RDB). 3.4
FUNDOS DE INVESTIMENTOS. 3.5 CADERNETA DE POUPANÇA. 3.6 TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO.
3.7 PLANOS DE APOSENTADORIA E DE PREVIDÊNCIA PRIVADOS. 3.8 SEGUROS. 3.9 CONVÊNIOS
DE ARRECADAÇÃO/PAGAMENTOS (CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS, TRIBUTOS, INSS
E FOLHA DE PAGAMENTO DE CLIENTES). 3.10 SERVIÇO DE COMPENSAÇÃO DE CHEQUE E OUTROS
PAPÉIS. 3.11 COBRANÇA. 3.12 SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO (SPB).

PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS

OPERAÇÕES PASSAIVAS DE UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA

1) Depósitos à vista ou depósitos em conta corrente ou depósitos a Custo Zero:

São a captação de recursos junto ao público em geral, pessoas físicas e jurídicas. Os depósitos à vista têm
como características não ser remunerados e permanecem no banco por prazo indeterminado, sendo livres as
suas movimentações.

Para o banco, geram fundos (funding) para lastrear operações de créditos de curto prazo, porém, uma parte
deve ser recolhida ao BACEN, como depósito compulsório, servindo portando como instrumento de política mo-
netária. Outra parte destina-se ao crédito contingenciado, conforme parâmetros definidos pelo CMN, e o restante
são os recursos livres para aplicações, pelo banco.
A movimentação das contas correntes, cujos recursos são de livre movimentação pelos seus titulares, são mo-
vimentadas por meio de depósitos, cheques, ordens de pagamento, documentos de créditos (DOC), transferências
eletrônicas disponíveis (TED) e outros.

A abertura e movimentação de contas correntes são normatizadas pelo CMN, por meio das Resoluções n. 2025
e 2.747 e dispositivos complementares.

De regra todo depósito é feito no Caixa do Banco, que recebe o dinheiro e autentica a ficha de depósito, que vale
como prova de que foi feito o depósito e que o cliente entregou tal dinheiro ao Banco.

58
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

As fichas de depósitos devem ser preenchidas pelo que o cliente depositou aquele dinheiro, e pagará uma
cliente ou por funcionário do Banco, constando, especi- remuneração em forma de taxa de juros, geralmente
ficamente, os valores em cheque e em dinheiro, sendo atrelada a outro certificado de depósito, chamado CDI –
que uma das vias da ficha será entregue ao cliente e a Certificado de Depósito Interfinanceiro.
outra será o documento contábil do caixa. A vantagem deste papel é que pode ser “passado
para frente”, ou seja, pode ser endossado (para quem
O depósito tanto pode ser feito em dinheiro cor- nunca viu este termo, nada mais é do que poder passar
rente, como em cheques, que serão resgatados pelo para frente).
Banco depositário junto ao serviço de compensação de
cheques, ou pelo serviço de cobrança.
O CDB possui duas modalidades: Pré-fixado,
quando determinamos a remuneração do cliente no mo-
Os depósitos em dinheiro produzem o imediato cré-
mento da contratação; Pós-fixado quando a remunera-
dito na conta corrente em que foi depositado, mas os
depósitos em cheque só terão o crédito liberado após ção do cliente está atrelada a um índice futuro.
seu resgate. Na modalidade pós-fixada, há uma submodalidade
chamada FLUTUANTE, esta modalidade permite que a
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO remuneração varie todo dia, ou seja, o cliente será remu-
nerado por período que deixar o dinheiro aplicado. Neste
É importante mencionar que o deposito a vista é uma caso dizemos que o CDB possui liquidez diária, pois
das principais formas que as Instituições Financeiras após o primeiro dia de aplicação já é possível resgatar os
têm de criar MOEDA ESCRITURAL, ou seja, moedas valores obtendo juros proporcionais ao período aplicado.
que são dados em um computador, ou seja, não
existem de fato. O RDB – Recibo de Depósito Bancário é materia-
lizado quando o cliente faz uma entrega de dinheiro a
Logo, só os captadores de deposito a vista uma Instituição Financeira, mas esta não pode emitir
criam moeda escritural! um certificado, pois não capta em contas correntes. En-
tão a instituição emite apenas um recibo, um simples
2) Depósito a Prazo ou depósito a prazo fixo: recibo, que diz: “este cliente deixou comigo um valor
São depósitos em que o cliente dá ao banco um e eu remunerarei por uma taxa de juros”, geralmente,
prazo para sacar o dinheiro, ou seja, o cliente não pode- também, o CDI.
rá sacar sem prévio aviso ao banco. Com isso o banco
O problema deste papel é que, por não ser um cer-
fica mais seguro para emprestar esse dinheiro captado,
tificado, e sim apenas um recibo, não pode ser pas-
portanto, paga uma remuneração, em forma de taxa de
sado para frente, ou seja, não pode ser endossado.
juros, pelo prazo que o dinheiro permanecer aplicado.
Com esses valores o banco empresta-os para os São essas instituições as Sociedades de Crédito
deficitários e nesta ponta realiza uma operação ATIVA, e as Cooperativas de Crédito, pois só podem captar
pois está em posição superior, uma vez que o cliente deposito a prazo SEM emissão de CERTIFICADO, ou
agora deverá devolver o dinheiro ao banco. seja, apenas RDB.

Cuidado! O RDB possui duas modalidades: Pré-fixado e


Se sua prova pedir para você definir se tal operação Pós-fixado, entretanto o RDB não possui liquidez
é ativa ou passiva, atente para um referencial que a diária, visto que não pode ser resgatado, sob hipótese
questão estiver indicando, caso contrário, poderá se alguma, enquanto não acabar o prazo acordado com a
confundir. Nosso referencial acima foi o BANCO. instituição financeira.

Os depósitos a prazo mais comuns são o CDB 3) Caderneta de Poupança:


e o RDB. As instituições financeiras captadoras de poupan-
ça são geralmente as que aplicam em financiamento
O CDB e o RDB nada mais são do que, como vimos habitacionais, ou seja, pegam o valor arrecadado na
acima, o cliente superavitário emprestando dinheiro ao poupança e emprestam boa parte do valor em financia-
banco, para que este empreste dinheiro aos deficitários.
mentos habitacionais. Entretanto existem as poupanças
rurais que são captadas pelos bancos comerciais, para
O CDB – Certificado de Depósito Bancário é ma-
empréstimos no setor rural.
terializado quando o cliente faz um deposito, em um
banco comercial e o banco entrega um certificado de

59
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

As instituições que captam poupança no País  Para PF e entidades sem fins lucrativos, o
são: Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI), Associa- rendimento é creditado MENSALMENTE.
ções de Poupança e Empréstimo (APE) e a Caixa Eco-  Para as demais PJ, esses juros são creditados
nômica Federal (CEF), além de outras instituições que TRIMESTRALMENTE. Além disso, as pessoas jurídi-
queiram captar, mas deverão assumir o compromisso cas pagam imposto sobre os rendimentos auferidos sob
de emprestar parte dos recursos em financiamentos ha- alíquota de 22,5% sobre o rendimento nominal.
bitacionais.
A caderneta de poupança constitui um instrumen-
to de aplicação de recursos muito antigo, que visa, en- EXERCÍCIO
tre outras coisas, a aplicação com uma rentabilidade
razoável para o cliente. Esta rentabilidade é com- 1 (CESGRANRIO – BASA 2014) A caderneta de
posta por duas parcelas sendo uma básica e a outra poupança é um dos investimentos mais populares
variável. do Brasil, principalmente por ser um investimento de
A parcela Básica chamamos de TR ou Taxa de re- baixo risco. 
ferência, que nada mais é do que a média das Letras A poupança é regulada pelo Banco Central, e,
do Tesouro Nacional negociadas no mercado secun- atualmente, com a meta da taxa Selic superior a
dário e registradas na Selic. Já a parcela Variável é a 8,5%, sua remuneração é de :
remuneração ADICIONAL, que pode ser de 0,5% ao a) 0,3% ao mês, mais a variação do CDB
mês ou 6,17% ao ano; ou 70% da Meta da taxa Selic. b) IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado), mais
TR (Taxa Referencial)
c) TR (Taxa Referencial), mais 0,5% ao mês
d) 0,5% ao mês
e) 6% ao ano

2 (FCC – BB 2010) Os depósitos a prazo feitos


pelo cliente em bancos comerciais e representados
por RDB:
a) são aplicações financeiras isentas de risco de
crédito.
b) oferecem liquidez diária após carência de 30 dias.
c) são títulos de crédito.
d) são recibos inegociáveis e intransferíveis.
e) contam com garantia do Fundo Garantidor de
Crédito - FGC até R$ 20.000,00.
3 (FCC – BB 2011) (Atualizada pelo Professor) O
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social- BNDES financia investimentos de empresas
por meio do Cartão BNDES, observando que:
a) uma empresa pode ter até 4 cartões de bancos
emissores diferentes e somar seus limites em uma úni-
ca transação.
b) o faturamento bruto anual deve ser superior a R$
Atenção! 90 milhões.
Para que o dinheiro da poupança tenha rendimen- c) o limite de crédito mínimo deve ser de R$ 1 mi-
to, é necessário que o mesmo permaneça por ao me- lhão por cartão, por banco emissor.
nos 28 dias na conta, caso contrário não terá renta- d) o prazo máximo de parcelamento deve ser de 36
bilidade. Os depósitos feitos nos dias 29, 30 e 31 de meses.
cada mês serão considerados como sendo feitos no e) as taxas de juros sejam pré-fixadas.
dia 1 do mês seguinte. A remuneração incidirá sobre o 4 (CESGRANRIO – BNDES 2011) O BNDES é
menor saldo de cada ciclo de 28 dias. Estes ciclos eu uma empresa que:
chamo de aniversários, ou seja, quando a poupança a) tem sede no Rio de Janeiro e foro em Brasília,
fizer aniversário, você é quem ganha o presente, os Distrito Federal.
jurinhos! b) tem atuação limitada ao território nacional.
Estes ciclos são diferentes para as Pessoas Físicas c) exerce suas atividades visando a estimular a ini-
e Pessoas Jurídicas: ciativa privada.

60
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

d) está sujeita à supervisão do Ministro do Planeja-    •  POR PERÍODO (PP) – PRATICAMENTE
mento, Orçamento e Gestão. EXTINTA
e) é autarquia federal dotada de personalidade    É um título em que não há correspondência en-
jurídica de direito público e patrimônio próprio. tre o número de pagamentos e o número de meses de
vigência do título.
Gabarito
 •  PAGAMENTO ÚNICO (PU)
 1C 2D 3E 4D    É um título em que o pagamento é único (realiza-
do uma única vez), tendo sua vigência estipulada na
proposta. (no mínimo 12 meses)
Sistema de Seguros Privados Note que nem sempre os prazos de vigência e
pagamento vão coincidir!
Sociedades de Capitalização
Constituídas sob a forma de sociedades anôni-  Modalidades:
mas, que negociam contratos (títulos de capitalização)  •  Modalidade Tradicional:
que têm por objeto o depósito periódico de prestações Define-se como Modalidade Tradicional o Título de
pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de Capitalização que tem por objetivo restituir ao titular, ao
cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar par- final do prazo de vigência, no mínimo, o valor total
te dos valores depositados corrigidos por uma taxa de dos pagamentos efetuados pelo subscritor (clien-
juros estabelecida contratualmente; conferindo, ainda, te), desde que todos os pagamentos previstos tenham
quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de sido realizados nas datas programadas.
prêmios em dinheiro.  Remuneração mínima de 0,35% (Circular
SUSEP 459/2012)
O Título de Capitalização
É um produto em que parte dos pagamentos reali-
   •  Modalidade Compra-Programada:
zados pelo subscritor é usado para formar um capi-
Define-se como Modalidade Compra-Programada
tal, segundo cláusulas e regras aprovadas e menciona-
o Título de Capitalização em que a sociedade de
das no próprio título (Condições Gerais do Título) e que
será pago em moeda corrente num prazo máximo capitalização garante ao titular, ao final da vigência, o
estabelecido. recebimento do valor de resgate em moeda corrente
O restante dos valores dos pagamentos é usa- nacional, sendo disponibilizada ao titular a faculdade
do para custear os sorteios, quase sempre previstos de optar, se este assim desejar e sem qualquer outro
neste tipo de produto e as despesas administrativas custo, pelo recebimento do bem ou serviço referenciado
das sociedades de capitalização. na ficha de cadastro, subsidiado por acordos comerciais
Os prazos dos títulos de capitalização são, basica- celebrados com indústrias, atacadistas ou empresas
mente, dois: comerciais.
Prazo de Pagamento: é o período durante o qual  Remuneração mínima de 0,35% (Circular
o Subscritor compromete-se a efetuar os pagamentos SUSEP 459/2012)
que, em geral, são mensais e sucessivos. Outra possibi-
lidade, como colocada acima, é a de o título ser de Pa-    •  Modalidade Popular:
gamento Periódico (PP) ou de Pagamento Único (PU). Define-se como Modalidade Popular o Título
Prazo de Vigência: é o período durante o qual o de Capitalização que tem por objetivo propiciar a
Título de Capitalização está sendo administrado pela participação do titular em sorteios, sem que haja
Sociedade de Capitalização, sendo o capital relativo ao devolução integral dos valores pagos.
título, em geral, atualizado monetariamente pela TR e Normalmente, esta modalidade é a utilizada quando
capitalizado pela taxa de juros informada nas Condições há cessão de resgate a alguma instituição.
Gerais. É o prazo em que o cliente ou subscritor con-  Remuneração mínima de 0,08% (Circular
corre aos sorteios. Tal período deverá ser igual ou su- SUSEP 459/2012)
perior ao período de pagamento. Mínimo de 12 meses.
 Forma de pagamento:    • Modalidade Incentivo:
   •  POR MÊS (PM) Entende-se por Modalidade Incentivo o Título de
   É um título que prevê um pagamento a cada mês Capitalização que está vinculado a um evento promocional
de vigência do título. de caráter comercial instituído pelo Subscritor.

61
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

O subscritor neste caso é a empresa que compra o Os planos de previdência complementar Abertos
título e o cede total ou parcialmente (somente o direito
ao sorteio) aos clientes consumidores do produto Os planos são comercializados por bancos e segu-
utilizado no evento promocional. radoras, e podem ser adquiridos por qualquer pessoa
 Remuneração mínima de 0,08% (Circular física ou jurídica. O órgão do governo que fiscaliza e
SUSEP 459/2012) dita as regras dos planos de Previdência Privada é a
Susep (Superintendência de Seguros Privados), que é
Como é estruturado um título de capitalização? ligada ao Ministério da Fazenda.
Os títulos de capitalização são estruturados com
prazo de vigência igual ou superior a 12 meses e em Os dois planos mais comuns são PGBL e VGBL.
séries cujo tamanho deve ser informado no próprio tí- PGBL significa Plano Gerador de Benefício Livre e
tulo, sendo no mínimo de 10.000 títulos. Por exemplo, VGBL quer dizer Vida Gerador de Benefício Livre.
uma série de 100.000 títulos poderá ser adquirida por
São planos previdenciários que permitem que você
até 100.000 clientes diferentes, que são regidos pelas
acumule recursos por um prazo contratado. Durante
mesmas condições gerais e se for o caso, concorrerão
esse período, o dinheiro depositado vai sendo investido
ao mesmo tipo de sorteio.
e rentabilizado pela seguradora ou banco escolhido.
O título prevê pagamentos a serem realizados pelo
Tanto no PGBL como no VGBL, o contratante passa
subscritor. Cada pagamento apresenta, em geral, três por duas fases: o período de investimento e o período
componentes: de benefício. O primeiro normalmente ocorre quando
• Cota de Capitalização: parte que será devol- estamos trabalhando e/ou gerando renda. Esta é a fase
vida ao cliente, corrigira monetariamente por um índice de formação de patrimônio. Já o período de benefício
fixado no contrato. começa a partir da idade que você escolhe para co-
• Cota de sorteio: parte destinada ao pagamen- meçar a desfrutar do dinheiro acumulado durante anos
to dos prêmios aos sorteados. de trabalho. A maneira de recebimento dos recursos é
• Cota de Carregamento: parte destinada as você quem escolhe. É possível resgatar o patrimônio
despesas administrativas da sociedade de capitalização. acumulado e/ou contratar um tipo de benefício (renda)
para passar a receber, mensalmente, da empresa se-
Os valores dos pagamentos são fixos? guradora.
Nos títulos com vigência igual a 12 meses, os paga- É importante lembrar que tanto o período de
mentos são obrigatoriamente fixos. Já nos títulos com investimento quanto o período de benefício não
vigência superior, é facultada a atualização dos paga- precisam ser contratados com a mesma seguradora.
mentos, a cada período de 12 meses, por aplicação de Desta forma, uma vez encerrado o período de
um índice oficial estabelecido no próprio título. investimento, o participante fica livre para contratar uma
renda na instituição que escolher.
O resgate é sempre inferior ao valor total que foi Diferença entre PGBL e VGBL
pago? A principal distinção entre eles está na tributação.
Não. Alguns títulos possuem ao final do prazo de No PGBL, você pode deduzir o valor das contribuições
vigência um percentual de resgate igual ou até mesmo da sua base de cálculo do Imposto de Renda, com limite
superior a 100%, isto é, se fosse, por exemplo 100%, de 12% da sua renda bruta anual. Assim, poderá redu-
significaria que o titular receberia ao final do prazo de zir o valor do imposto a pagar ou aumentar sua restitui-
vigência, tudo o que pagou, além da atualização mone- ção de IR. Vamos supor que um contribuinte tenha um
tária, que é o caso do produto Tradicional. rendimento bruto anual de R$ 100 mil. Com o PGBL, ele
poderá declarar ao Leão R$ 88 mil. O IR sobre os R$ 12
mil restantes, aplicados em PGBL, só será pago no res-
gate desse dinheiro. Mas atenção: esse benefício fiscal
Entidades Abertas de Previdência Complementar
só é vantajoso para aqueles que fazem a declaração do
Imposto de Renda pelo formulário completo e são
Entidades abertas de previdência complementar tributados na fonte.
- são entidades constituídas unicamente sob a forma Para quem faz declaração simplificada ou não é
de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e tributado na fonte, como autônomos, o VGBL é ideal.
operar planos de benefícios de caráter previdenciá- Ele é indicado também para quem deseja diversificar
rio, concedidos em forma de renda continuada, pa- seus investimentos ou para quem deseja aplicar mais
gamentos por período determinado ou pagamento de 12% de sua renda bruta em previdência. Isto porque,
único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas. em um VGBL, a tributação acontece apenas sobre o
ganho de capital.

62
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

“* É possível a portabilidade entre planos do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL (Pla-
no Gerador de Benefício Livre)?
R. Não, a portabilidade só é permitida entre planos do mesmo segmento, isto é, entre planos de previdência
complementar aberta (PGBL para PGBL), ou entre planos de seguro de vida com cobertura por sobrevivência
(VGBL para VGBL).”
Fonte: http://www.susep.gov.br/menu/informacoes-ao-publico/planos-e-produtos/previdencia-complementar-
-aberta#duvidasfaq
Os planos denominados PGBL E VGBL, durante o período de diferimento, terão como critério de remuneração
da provisão matemática de benefícios a conceder, a rentabilidade da carteira de investimentos do Fundo de Inves-
timentos Exclusivo (FIE), instituído para o plano, ou seja, DURANTE O PERÍODO DE DIFERIMENTO NÃO HÁ
GARANTIA DE REMUNERAÇÃO MÍNIMA, ou seja, pode render negativo.

Os planos de Previdência Privada cobram dois tipos de taxa que devem ser observados na hora da contratação:
a taxa de administração financeira e a taxa de carregamento.

A taxa de administração financeira é cobrada pela tarefa de administrar o dinheiro do fundo de investimento
exclusivo, criado para o seu plano, e pode variar de acordo com as condições comerciais do plano contratado.
Os que têm fundos com investimentos em ações, por serem mais complexos, normalmente têm taxas um pouco
maiores do que aqueles que investem apenas em renda fixa.

Importante:  A taxa de administração financeira é cobrada diariamente sobre o valor total da reserva e a
rentabilidade informada é líquida, ou seja, com o valor da taxa de administração já debitado.

A taxa de carregamento incide sobre cada depósito que é feito no plano. Ela serve para cobrir despesas de
corretagem e administração. Na maioria dos casos, a cobrança dessa taxa não ultrapassa 5%, sendo o máximo
autorizado pela SUSEP de 10%, sobre o valor de cada contribuição que você fizer. No mercado há três formas de
taxa de carregamento, dependendo do plano contratado. São elas:

63
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

• Antecipada: incide no momento do aporte. Agora um outro exemplo:


Esta taxa é decrescente em função do valor do aporte e Ganho 70 mil reais por ano, logo, devo declarar im-
do montante acumulado. Ou seja, quanto maior o valor posto de renda e devo pagar imposto, ou este pode ser
do aporte ou quanto maior o montante acumulado, retido no meu salário pelo meu empregador se eu for
menor será a taxa de carregamento antecipada. assalariado. Para quem ganha 70 mil reais por ano o
• Postecipada: incide somente em caso de imposto devido é de 27,5%, ou seja minha previdência
portabilidade ou resgates. É decrescente em função sairá de um imposto de 15% para um imposto de 27,5%.
do tempo de permanência no plano, podendo chegar a Desta forma você deverá pagar imposto a mais por ela e
zero. Ou seja, quanto maior o tempo de permanência, não receberá nada de volta a título de restituição.
menor será a taxa. É de MATAR nosso bolso!!!!!!
• Híbrida: a cobrança ocorre tanto na entrada
(no ingresso de aportes ao plano), quanto na saída (na Por isso esta forma de tributação deve ser escolhida
ocorrência de resgates ou portabilidades). Como você com cuidado, e com o pensamento no fato de que se
pode ver, existem produtos que extinguem a cobrança sua renda subir demais você pagará mais imposto.
dessa taxa após certo tempo de aplicação. Outros
atrelam esse percentual ao saldo investido: quanto A alíquota Regressiva
maior o volume aplicado, menor a taxa. Nos dois casos, Esta alíquota indica que o imposto será cobrado na
não deixe de pesquisar antes de escolher seu plano de forma inversa a Progressiva, ou seja, começará alto,
previdência. em 35%, e terminará em 10% ao fim de dez anos, ou
seja, a alíquota reduz com o tempo. Logo, esta modali-
Alíquotas do Imposto de Renda (IR) dade é mais indicada para aqueles que desejam ficar no
A alíquota do imposto de renda serve para tributar plano de previdência por MUITO TEMPO, e que queiram
a renda que você receberá ao final do plano quando for utilizar a aplicação como benefício futuro de aposenta-
gozar o benefício de forma parcelada ou de uma úni- doria. Indicada para aqueles clientes que estão pensan-
ca vez. Claro que a receita federal não ficaria de fora do em muito longo prazo. Deve, também, ser escolhida
com atenção, pois esta escolha entre progressiva ou
desse seu dinheirinho não é? Logo, esta alíquota pode
Regressiva é IRRETRATÁVEL, ou seja, você não pode
ser cobrada de duas formas de acordo com a escolha
mudar.
do cliente. Lembrando que esta escolha é IRRETRATÁ-
VEL, ou seja, você não pode mudar.
Cuidado! Alguns bancos estão vendendo a ideia
de que você pode trocar de alíquota progressiva para
A alíquota Progressiva
regressiva. Esta manobra não encontra amparo legal,
Esta forma de tributação é ideal para quem não
é apenas uma brecha encontrada em lei. Vale salientar
declara imposto de renda ou se declara como isento,
que não há regulamentação da SUSEP ou de qualquer
pois o imposto cobrado na previdência no momento
outro órgão que permita claramente esta manobra. É o
do resgate será de 15%, independente do prazo. En-
famoso “cambalacho”. Lembrando que os bancos ven-
tretanto, caso sua renda passe a ser tributável, ou seja,
dem a ideia de trocar de progressiva para regressiva e
você passe a ganhar o suficiente para pagar imposto de não ao contrário.
renda, a tributação que era 15% passa a acompanhar a
tributação do seu salário, e quando você efetuar o res- PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA
gate terá de fazer um ajuste no seu imposto de renda Como vimos anteriormente, além das Sociedades
para mais ou para menos, a depender o valor do seu de Capitalização, das seguradoras e das Entidades
salário e da alíquota cobrada, por isso o nome Progres- Abertas de Previdência Complementar, existem as En-
siva, pois aumenta conforme seu salário progride, por tidades Fechadas de Previdência complementar.
exemplo: Entretanto, estas não são subordinadas ao CNSP nem,
Ganho 10 mil reais por ano, portanto não preciso tampouco, são fiscalizadas pela SUSEP. Vejamos:
declarar imposto de renda, e se eu declarar não preci-
so pagar imposto, logo minha previdência está sujeita a CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COM-
imposto de 15% e quando você efetuar o resgate e for PLEMENTAR
cobrado o imposto, como você não deve pagar imposto Conselho Nacional de Previdência Complementar
de renda, pode receber o valor cobrado de volta como (CNPC) é um órgão colegiado que integra a estrutura
restituição. do Ministério da Fazenda Nacional, REUNINDO-SE
TRIMESTRALMENTE, e cuja competência é regular o

64
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

regime de previdência complementar operado pelas en- e são acessíveis, exclusivamente, aos empregados
tidades fechadas de previdência complementar (fundos de uma empresa ou grupo de empresas ou aos ser-
de pensão). vidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e
O CNPC é o novo órgão com a função de regular o dos Municípios, entes denominados patrocinadores ou
regime de previdência complementar operado pelas aos associados ou membros de pessoas jurídicas de
entidades fechadas de previdência complementar, caráter profissional, classista ou setorial, denominadas
nova denominação do Conselho de Gestão da Previ- instituidores.
dência Complementar. As entidades de previdência fechada devem seguir
as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetá-
SUPERINTENDÊNCIA DE PREVIDÊNCIA COM- rio Nacional, por meio da Resolução 3.121, de 25 de
PLEMENTAR setembro de 2003, no que tange à aplicação dos re-
(PREVIC) cursos dos planos de benefícios.
LEI Nº 12.154, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2009. O plano de previdência Fechado
Art. 1o Fica criada a Superintendência Nacional de Também conhecido como fundos de pensão,  é
Previdência Complementar - PREVIC, autarquia de na- criado por empresas e voltado exclusivamente aos seus
tureza especial, dotada de autonomia administrativa e funcionários, não podendo ser comercializado para quem
financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministé- não é funcionário daquela empresa. A Superintendência
rio da Fazenda Nacional, com sede e foro no Distrito Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é
Federal e atuação em todo o território nacional. uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência
Parágrafo único.  A Previc atuará como entidade Social, responsável por fiscalizar as atividades das
de fiscalização e de supervisão das atividades das en- entidades fechadas de previdência complementar
tidades fechadas de previdência complementar e de (fundos de pensão).
execução das políticas para o regime de previdência
complementar operado pelas entidades fechadas de Atenção! Em ambas as entidades a aplicação
previdência complementar, observadas as disposições do recursos das reservas é orientada pelo CMN!
constitucionais e legais aplicáveis.
Art. 2o  Compete à Previc:
I - proceder à fiscalização das atividades das en-
tidades fechadas de previdência complementar e de
suas operações;
II - apurar e julgar infrações e aplicar as penalida-
des cabíveis;
III - expedir instruções e estabelecer procedimen- Sociedades seguradoras
tos para a aplicação das normas relativas à sua área de
competência, de acordo com as diretrizes do Conselho São entidades, constituídas sob a forma de socie-
Nacional de Previdência Complementar, a que se refere dades anônimas, especializadas em pactuar contrato,
o inciso XVIII do art. 29 da Lei no 10.683, de 28 de maio por meio do qual assumem a obrigação de pagar ao
de 2003;
contratante (segurado), ou a quem este designar, uma
IV - autorizar:
indenização, no caso em que advenha o risco indicado
a) a constituição e o funcionamento das entidades
e temido, recebendo, para isso, o prêmio estabelecido.
fechadas de previdência complementar, bem como a
aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de
O seguro
planos de benefícios;
Contrato mediante o qual uma pessoa denominada
Segurador, se obriga, mediante o recebimento de um
Cuidado! Aqui, a PREVIC manda, pois estas insti-
prêmio, a indenizar outra pessoa, denominada Segura-
tuições serão subordinadas ao Ministério da Previdên-
do, do prejuízo resultante de riscos futuros, previstos no
cia. Por isso o CMN não tem atuação forte neste seg-
contrato. (Circular SUSEP 354/07).
mento.

Entidades Fechadas de Previdência Comple- Ou seja, o Segurador assume o risco do segurado


mentar e em troca disto recebe um prêmio em dinheiro, logo
As entidades fechadas de previdência complemen- cabe ao Segurador decidir se aceita ou não o risco
tar (fundos de pensão) são organizadas sob a forma do segurado.
de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos

65
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Para se proteger as seguradoras se valem de pes- O RESSEGURO OU RETROCESSÃO


quisas e questionários sobre o segurado para buscar
calcular a probabilidade de um evento acontecer ou O resseguro é o seguro das seguradoras.
não. Estes eventos são os fatos geradores ou, simples- É um contrato em que o ressegurador assume o
mente, sinistros. Quando estes sinistros ocorrem o se- compromisso de indenizar a companhia seguradora
gurador deve indenizar o segurado conquanto que o si- (cedente) pelos danos que possam vir a ocorrer em de-
nistro esteja previsto no contrato firmado entre os dois. corrência de suas apólices de seguro.
Este contrato chamamos de apólice.
Para garantir com precisão um risco aceito, as
seguradoras usualmente repassam parte dele para
As partes da proposta de seguro:
uma resseguradora que concorda em indenizá-las
 Apólice: proposta formal aceita pela seguradora. por eventuais prejuízos que venham a sofrer em fun-
 Endosso: poder que se tem de mudar o bem ção da apólice de seguro que vendeu. O contrato de
em garantia ou características do bem garantido. resseguro pode ser feito para cobrir um determinado
 Prêmio: prestação paga periodicamente pelo risco isoladamente ou para garantir todos os riscos
segurado. assumidos por uma seguradora em relação a uma
 Sinistro: o valha meu Deus! carteira ou ramo de seguros. O seguro dos riscos
 Indenização: valor que segurado recebe caso assumidos por uma seguradora é definido por meio
o sinistro ocorra. de um contrato de indenização. Os Resseguradores
 Franquia: contribuição do segurado para libe- fornecem proteção a variados riscos, inclusive para
ração da indenização, é a coparticipação do segurado aqueles de maior vulto e complexidade que são acei-
no prejuízo. tos pelas seguradoras. Em contrapartida, a cedente
(segurador direto) paga um prêmio de resseguro,
Dentro do mercado de seguros, nós temos dois
comprometendo-se a fornecer informações neces-
grandes grupos de seguros:
sárias para análise, fixação do preço e gestão dos
 Seguros de Acumulação: riscos cobertos pelo contrato.
Onde eu invisto um capital por um determinado pra-
zo e, ao final, recebo o valor de volta, corrigido por um Resumindo é o famoso: “me ajude minha joia!”.
indexador de juros. Então é chamado de acumulação A seguradora fica com medo de dar um problema
porque há um acumulo de dinheiro que ao final poderá sério na apólice de seguro, ou o valor a indenizar ser
ser devolvido ao segurado caso o sinistro não ocorra. alto demais, e acaba por tentar diminuir o risco, dividin-
Exemplo: Previdência Complementar Aberta do com uma resseguradora. É o seguro do Seguro!
(PGBL, VGBL), Títulos de Capitalização.
O COSSEGURO
 Seguros de Risco:
São os famosos “valha... meu Deus” aconteceu ou O cosseguro nada mais é do que pegar uma apólice
simplesmente, fatos geradores. de seguro e distribuí-la para mais de uma seguradora,
ou seja, quando o risco é alto demais, as seguradoras
Esses seguros foram criados para o segurado con-
dividem, entre elas, o risco daquela apólice, pois caso
tribuir com um valor, e através dessa contribuição ele
haja algum problema, o sinistro, o prejuízo é dirimido
recebe uma indenização caso algum sinistro aconteça
com o bem segurado, que pode ser um bem material ou entre elas.
até mesmo a própria vida.
Algumas características dos seguros:
Neste tipo de seguro o acumulo de capital não é de-  Os seguros podem ser também classificados em
volvido ao segurado ao final do prazo contratado, pois seguros individuais ou em grupo.
o valor pago destina-se ao prêmio pago ao Segurador O seguro individual é uma relação entre uma pes-
para assumir o risco do sinistro do segurado. soa ou uma família e uma seguradora. A seguradora,
evidentemente, terá de aferir corretamente o risco se-
Ex: Vida, Automóveis, acidentes pessoais, saúde, gurado e pulverizá-lo colocando-o numa carteira onde
residenciais e viagem. existem diversos riscos semelhantes, mas independen-
tes entre si.

66
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

O seguro em grupo é o seguro de um conjunto de pessoas ligadas entre si de modo que se estabelece uma
relação triangular entre a seguradora, o segurado e o grupo a que ele pertence. O grupo pode ser constituído por
uma empresa, por uma organização sem fins lucrativos, por uma associação profissional, ou por uma pessoa física.
Os seguros contratados por empresas são chamados de empresariais ou corporativos. É um seguro em grupo, for-
malizado por uma única apólice que garante coberturas estabelecidas de acordo com um critério objetivo e unifor-
me, não dependente exclusivamente da vontade do segurado. A seguradora, com base nos contratos de adesão ao
seguro, emite para cada segurado um documento que comprova a inclusão no grupo (Certificado de Seguro). Nesse
documento constam a identificação do segurado e a designação dos seus beneficiários.
 Os seguros diferem também segundo o regime de financiamento, ou seja, a técnica atuarial que determina
a forma de financiamento das indenizações e benefícios integrantes do contrato.
Os regimes se dividem em repartição e capitalização. O regime de repartição, por sua vez, se divide entre
repartição simples e repartição de capitais de cobertura.
No regime de repartição simples, todos os prêmios pagos pelos segurados em determinado período forma
um fundo que se destina ao custeio de indenizações a serem pagas por todos os sinistros ocorridos no próprio
período (e às demais despesas da seguradora). Isso implica em que o prêmio cobrado é calculado de forma que
corresponda à importância necessária para cobrir o valor das indenizações relativas aos sinistros esperados. Não
há, assim, a possibilidade de devolução ou resgate de prêmios e contribuições capitalizadas ao segurado, ao
beneficiário ou ao estipulante, como nos casos de planos de previdência. Tipicamente, esse regime se aplica aos
planos previdenciários ou de seguro de vida em grupo em situações em que a massa de participantes é estacioná-
ria e as despesas com pagamento de benefícios são estáveis e de curta duração. É usado também na previdência
social estatal (INSS e regimes próprios do Estado), porém, sem a condição de estabilidade mencionada. É o caso
também dos seguros de vida em grupo, de seguros de automóveis, de saúde etc.
Ocorrido o sinistro, o segurado recebe uma indenização pré-estabelecida independentemente do valor
que pagou. No mercado de seguros, entretanto, para garantia da solvência das empresas, a legislação impõe a
formação de provisões de prêmios não ganhos, de oscilação de riscos e de sinistros, devidamente atestadas pelos
atuários em Nota Técnica e Avaliação Anual.
O regime de repartição de capitais de cobertura é o método em que há formação de reserva apenas para ga-
rantir os pagamentos das indenizações e benefícios iniciados no período, ou seja, arrecada-se apenas o necessário
e suficiente para formação de reserva garantidora do cumprimento dos benefícios futuros que se iniciam neste
período. Em outras palavras, há formação de um fundo correspondente ao valor atual dos benefícios de prestação
continuada iniciados no período em questão. Nesse regime, há a obrigação de constituição de provisão de benefí-
cios concedidos.
O regime de capitalização é o método que consiste em determinar a contribuição necessária para atender
determinado fluxo de pagamento de benefícios, estabelecendo que o valor da série de contribuições efetuadas ao
longo do tempo seja igual ao valor da série de pagamentos de benefícios que se fará no futuro. Esse modelo de
financiamento constitui reservas tanto para os participantes assistidos como para os ativos e obviamente pressupõe
a aplicação das contribuições nos mercados financeiros, de capitais e imobiliários a fim de adicionar valor à reserva
que se está constituindo. A capitalização é dividida em duas fases distintas: a primeira denominada “fase contri-
butiva” e a segunda “fase do benefício”. A legislação vigente torna obrigatória a utilização do regime financeiro
de capitalização para os benefícios de pagamento em prestações que sejam programadas e continuadas. Nesse
regime, obriga-se a empresa a constituir provisão de benefícios concedidos, como no caso anterior, e provisão de
benefícios a conceder. Assim, no regime de capitalização, o objetivo não é apenas pagar indenização ou bene-
fício pré-estabelecido, mas permitir ao segurado ou participante retirar ao final do contrato uma poupança que,
idealmente, cubra os riscos de morte, invalidez, aposentadoria, etc.

67
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

EXERCÍCIO
1 (CESPE – BB 2007) Do valor aplicado pelo investidor em títulos de capitalização, a instituição financeira
separa um percentual para a poupança, outro para o sorteio e um terceiro para cobrir suas despesas.
Certo Errado

2 (CESPE – BRB 2011) Se a taxa de carregamento do plano PGBL for igual a 5%, isso significará que, anual-
mente, será debitado o valor equivalente a esse percentual do saldo mantido no referido plano.
Certo Errado

3 (CESGRANRIO – BB 2015) Uma cliente bancária está decidida a contratar um plano de previdência pri-
vada para si. No entanto, ela está em dúvida se seu perfil está mais adequado ao “Plano Gerador de Benefí-
cio Livre” – PGBL ou ao “Vida Gerador de Benefício Livre” - VGBL.
Sabendo que a cliente é solteira e que sempre estará isenta de imposto de renda, a escolha adequada
seria o:

68
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

a) PGBL, pois ela não conta com a vantagem fiscal do VGBL.


b) VGBL, pois ela não conta com a vantagem fiscal do PGBL.
c) PGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo simplificado.
d) PGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo completo.
e) VGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo completo.

4 (CESGRANRIO – BB 2015) O Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) é uma aplicação que tem como
objetivo a complementação da aposentadoria do seu investidor. Pode-se dizer que o PGBL é bom para o em-
pregado que possui renda tributável e declara o imposto de renda no modelo completo, pois ao investir num
PGBL, tem-se restituído o Imposto de Renda (IR) retido na fonte pelo empregador sobre o valor da aplicação. 

Como a tributação do PGBL ocorre no resgate sobre o(s) seu(s)


a) rendimentos, o IR é postergado, mas não há a sua isenção.
b) rendimentos, o IR é diferido, mas não há a sua isenção.
c) rendimentos, há isenção do IR.
d) valor integral, o IR é adiado, mas não há a sua isenção.
e) valor integral, há isenção do IR.

5 (CESPE – BASA 2010) Os seguros do tipo vida gerador de benefício livre (VGBL) possibilitam o desconto
integral dos prêmios mensais para aqueles contribuintes que utilizam o formulário de declaração simplificada.
Certo Errado

6 (FCC – BB 2010) As entidades fechadas de previdência complementar, também conhecidas como fundos
de pensão, são organizadas sob a forma de:
a) planos que devem ser oferecidos a todos os colaboradores e que também podem ser adquiridos por pessoas
que não tenham vínculo empregatício com a empresa patrocinadora.
b) fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma em-
presa ou grupo de empresas.
c) fundos PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre.
d) fundos VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre.
e) empresas vinculadas ao Ministério da Fazenda e fiscalizadas pela SUSEP - Superintendência de Seguros
Privados.

7 (FGV – BNB 2014) O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) se difere do Vida Gerador de Benefício
Livre (VGBL) no que tange ao tratamento fiscal. No caso do PGBL:
a) o imposto de renda é pago no resgate e incide sobre o total do valor resgatado;
b) o imposto de renda é pago no resgate e incide sobre os ganhos de capital;
c) o imposto de renda é pago semestralmente e incide sobre os ganhos de capital;
d) ambas as aplicações são isentas de cobrança de imposto de renda;
e) ambas as aplicações estão sujeitas a alíquota fixa de 6% de imposto de renda.

8 (CESPE – BASA 2010) Os títulos de capitalização são adequados para os recursos de curtíssimo prazo,
considerando a alta liquidez, sendo vedada a distribuição de prêmios aos detentores desses títulos por meio
da realização de sorteios.
Certo Errado

9 (CESPE – BB 2009) As entidades fechadas de previdência complementar correspondem aos fundos de


pensão e são organizadas sob a forma de empresas privadas, sendo somente acessíveis aos empregados de
uma empresa ou a um grupo de empresas ou aos servidores da União, estados ou municípios.
Certo Errado

10 (FCC – BB 2013) Produto que, após um período de acumulação de recursos, proporciona aos investi-
dores uma renda mensal - que poderá ser vitalícia ou por período determinado - ou um pagamento único, é o:
a) CDB - Certificado de Depósito Bancário.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

b) FIDC - Fundo de Investimento em Direitos Creditórios.


c) Ourocap - Banco do Brasil.
d) BB Consórcio de Serviços.
e) PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre.

GABARITO

 1C 2E 3B 4D
5E 6B 7A 8E
9E 10E

COBRANÇA

Um dos serviços mais desenvolvidos pelos bancos atualmente é a cobrança, um serviço indispensável para
qualquer banco comercial. Com este instrumento, os bancos estreitaram seu relacionamento com os clientes,
PF e PJ, e engordaram as aplicações com recursos transitórios em títulos. Vamos ver como isso acontece.
Quando um cliente vende algo para alguém, bem ou serviço, emite um boleto ou bloqueto, estes possuem código de
barras, logo podem transitar pelos serviços de compensação, sem sua movimentação física. Vimos, inclusive, que estes bo-
letos transitam pelo SILOC, até o VLB 25mil. Boletos de valor igual ou superior ao VLB 250 mil transitam diretamente no STR.
Nesta história nos temos três personagens:
o O Credor ou cedente – cliente do banco que irá emitir ou contratar os serviços de emissão boletos de cobrança.
o O Banco – instituição que disponibiliza o programa para emissão destes boletos, e que pode realizar a co-
brança de duas formas: simples¹ ou registrada².
o O devedor ou sacado – cliente do credor que adquiriu produto ou serviço, e pagará o boleto emitido.
A cobrança como falamos anteriormente, é um produto de relacionamento entre banco e cliente (cedente). Com
isso o cedente possui conta no banco e os valores resultantes da cobrança são creditados diretamente na conta
do cedente, em D+0 ou D+1, a depender do que for pactuado.
Graças ao sistema de compensação, o sacado (devedor) pode pagar o título em qualquer praça, até a data do
vencimento. Após o vencimento, somente na agencia bancaria do cedente ou emissor do título.
1- A cobraça simples é a mera emissão dos boletos. O cedente preenche, emite, envia e especifica o banco
onde deve ser pago, tudo isso sem aviso prévio ao banco. Quando do pagamento, o banco envia uma informação
ao cliente e credita em sua conta.
2- A cobraça registrada é mais completa, pois o banco vai processar a emissão dos títulos, com base em
informações previamente enviadas pelo cedente, e vai processar inclusive a cobrança do pagamento ao sacado.
Caso não realize o pagamento, o banco pode lançar o nome do sacado em protesto ou até mesmo aos órgãos de
proteção ao crédito.
Ainda sobre cobrança, existe um evento chamado FLOAT, que nada mais é do que quando o banco recebe um título
de cobrança (boleto) a favor do cedente X, porém só repassa a quantia correspondente depois de 3 dias. Durante esse
período (float) o Banco permanece com o recurso, a custo zero, investe a quantia. Para que isso existe deve estar previsto
no contrato da prestação do serviço. Geralmente esta liberdade dada ao banco deixa as tarifas de cobraça mais baratas.

70
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

FUNDOS DE INVESTIMENTOS Situação semelhante poderia acontecer com você,


Um  fundo de investimento é uma comunhão de caso estivesse sozinho no mercado financeiro. Cabe-
recursos, captados de pessoas físicas ou jurídicas, com ria a você escolher os ativos para compor uma carteira
o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da apli- de investimento. Isso significa analisar com frequência
cação em títulos e valores mobiliários. Um fundo é riscos, nível de endividamento e expectativa de resulta-
organizado sob a forma de condomínio, e seu patri- dos de cada empresa da qual você comprou ação ou de
mônio é dividido em cotas, cujo valor é calculado cada banco do qual você adquiriu um CDB. Isso daria
diariamente por meio da divisão do patrimônio líqui- muito trabalho, logo, você entrando em um grupo, este
do pelo número de cotas em circulação. Em outras grupo terá um gestor, e esse gestor se preocupará com
palavras é como um condomínio que reúne recursos isso para você.
de um conjunto de investidores (cotistas), com o objeti- Fonte: XP Investimentos
vo de obter ganhos financeiros a partir da aquisição de
uma carteira de títulos ou valores mobiliários. Se o ges- Quando o investidor vai aderir a um fundo, ou con-
tor do fundo fizer um bom trabalho, o patrimônio do fun-
domínio, ele deve atestar, mediante termo apropriado,
do aumentará, aumentando o valor das cotas do fundo.
que recebeu o Regulamento e o Prospecto de Divul-
gação, e que tomou ciência da política de investimen-
Quando este fundo dá um bom resultado, ou seja,
tos e dos riscos do produto.
lucro, este valor é distribuído proporcionalmente ao nú-
mero de cotas de cada participante.
Caso o investidor que comprou parte desse fundo
É a comunhão de recursos sob a forma de queira vender, ele pode?
condomínio em que os cotistas têm os mesmos Isso vai depender. Existem dois tipos de fundos:
interesses e objetivos ao investir no mercado fi- Abertos e Fechados.
nanceiro e de capitais, ou seja, todos têm os mesmo Os Fundos Abertos permitem que o investidor res-
direitos, e o valor das cotas é igual para todos. gate o valor aplicado a qualquer momento, ou seja,
ele pode reaver seu dinheiro, logo, será um fundo de
Funciona exatamente como um condomínio de alta liquidez. O resgate será feito com base no valor
apartamentos, em que cada condômino é dono de uma em que a cota estiver valendo no mercado. Embora
cota (um apartamento) e paga a um terceiro para ad- existam fundos que pedem prazo de carência para res-
ministrar e coordenar as tarefas do prédio (o síndico). gate, por exemplo: 30 ou 60 dias após a aplicação; os
Nele são estabelecidas as regras de funcionamento fundos são considerados como tendo alta liquidez.
(horário de funcionamento da piscina, do salão de fes- Já os Fundos Fechados não permitem o resgate
tas, de música alta nas dependências dos apartamen- antecipado, ou seja, se você comprar vai ter de ficar
tos, entre outras). Essas regras são seguidas por todos com as cotas até o fim do prazo estabelecido. Entretan-
os moradores, sem exceção. to, como nada é eterno, você pode vender as COTAS
para outra pessoa, mas como elas já foram comercia-
Um  fundo de investimento  funciona da mesma lizadas a primeira vez com você, você terá de vendê-las
forma. Os cotistas (os moradores) compram uma quan- no mercado secundário, ou seja, na bolsa de valores
tidade de cotas ao aplicar, e pagam uma taxa de admi- ou no mercado de balcão.
nistração a um terceiro (o Gestor, o síndico) para coor-
denar as tarefas do fundo e gerenciar seus recursos no ESTRUTURAS PRESENTES NOS FUNDOS DE
mercado. Ao comprar cotas de um determinado fundo, INVESTIMENTOS
o cotista está aceitando suas regras de funcionamento Mas o que são esse Regulamento e o Prospecto
(aplicação, resgate, horários, custos etc.), e passa a ter
de Divulgação?
os mesmos direitos dos demais cotistas, independen-
temente da quantidade de cotas que cada um possui.
O Regulamento é o documento de constituição
do fundo. Nele estão estabelecidas todas as informa-
Agora, imagine que você não mora num prédio,
portanto está fora do condomínio, e precisa escolher ções e as regras essenciais relacionadas, entre outras
quem vai fazer a manutenção da piscina e da quadra estabelecidas no capítulo IV da instrução CVM 409:(i)
esportiva ou quem vai contratar os seguranças. Prova- à administração; (ii) à espécie, se aberto ou fechado;
velmente, terá mais trabalho para encontrar esses pres- (iii) ao prazo de duração, se determinado ou indeter-
tadores de serviços e gastará mais. Se estivesse num minado; (iv) à gestão; (v) aos prestadores de serviço;
condomínio, essa seria uma tarefa para o síndico, com (vi) à política de investimento, de forma a caracterizar
a vantagem de poder ratear com os outros condôminos a classe do fundo; (vii) à taxa de administração e, se
esses custos. o caso, às taxas de performance, entrada e saída;

71
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

(ix) às condições de aplicação e resgate de cotas. de investir ou não em suas cotas. A relação completa
As alterações no regulamento dependem de prévia dessas informações está disposta no artigo 40 da ins-
aprovação da assembleia geral de cotistas e devem trução CVM 409.
ser comunicadas à CVM. É importante saber que as Lâmina de Informações Essenciais
alterações feitas no regulamento do Fundo de Investi- A instrução CVM 522, de 08 de maio de 2012, que
mento implicam modificações nas condições de funcio- promoveu alterações na instrução 409, trouxe modifica-
namento do Fundo. Portanto, o cotista deve analisar as ções na Lâmina de Informações Essenciais, documento
modificações propostas de acordo com seus interesses já utilizado no mercado para a venda de fundos de in-
como investidor. vestimento para investidores de varejo. A ideia é padro-
nizar o material utilizado, de forma que os investidores
Prospecto possam melhor comparar os fundos.
O Prospecto é o documento que apresenta de for- Nas mudanças, a lâmina passa a conter as informa-
ma destacada as principais informações relevantes ções mais importantes em formato simples e sempre
para o investidor contidas no regulamento, tais como na mesma ordem. Além das informações sobre taxas
as relativas à política de investimento do fundo, às ta- e despesas, a lâmina traz uma tabela com os retornos
xas de administração e aos principais direitos e res- dos últimos cinco anos, que enfatiza a existência, caso
ponsabilidades dos cotistas e administradores, assim exista, de anos com rentabilidade negativa, além de ou-
como quaisquer outras necessárias para uma tomada tras mudanças, conforme disposto na instrução.
de decisão mais consciente por parte dos investidores, A lâmina deve ser atualizada mensalmente até o
como os riscos envolvidos. dia 10 (dez) de cada mês com os dados relativos ao
É documento de apresentação obrigatória aos in- mês imediatamente anterior, e enviá-la imediatamente
vestidores, exceto no caso de fundos destinados ex- à CVM. O administrador deve entregar a lâmina ao fu-
clusivamente a investidores qualificados. O prospec- turo cotista antes do seu ingresso no fundo e divulgar,
to atualizado deve estar à disposição dos investidores em lugar de destaque na sua página na internet, e sem
potenciais durante o período de distribuição, nos locais proteção de senha, a lâmina atualizada.
em que esta for realizada. Quaisquer alterações reali-
zadas deverão ser comunicadas imediatamente à CVM, ATENÇÃO
e serão colocadas à disposição para consulta pública. Todo cotista, ao ingressar no fundo, deve ates-
Além disso, O prospecto deve conter, de forma des- tar, por meio de termo próprio, que recebeu o re-
tacada, e isso é importante para o investidor, os dizeres: gulamento e o prospecto (a partir de 1º de janeiro
“A concessão de registro para a venda de cotas deste de 2013, a lâmina), que tomou ciência dos riscos en-
fundo não implica, por parte da CVM, garantia de vera- volvidos e da política de investimentos, como também
cidade das informações prestadas ou de adequação do da possibilidade de ocorrência de patrimônio negativo
regulamento do fundo ou do seu prospecto à legislação e de sua responsabilidade por contribuições adicionais
vigente ou julgamento sobre a qualidade do fundo ou de recursos, quando for o caso. Por isso, atenção ao ler
de seu administrador, gestor e demais prestadores de esses documentos, pois neles o investidor vai encontrar
serviços.” informações muito importantes.
Ainda, os fundos que pretendam realizar operações
que possam resultar em perdas patrimoniais ou, em O Papel de cada pessoa nesse jogo
especial, levar à ocorrência de patrimônio líquido - O investidor: cliente que tem recursos disponí-
negativo, devem inserir na capa de seu prospecto, de veis para aplicar em fundos de investimentos, muitas
forma clara, legível e em destaque, uma das seguin- vezes atraído por ganhos superiores ao de investimen-
tes advertências, conforme o caso: (i) este fundo utiliza tos tradicionais como poupança, CDB e RDB e que
estratégias que podem resultar em significativas per- foge de risco elevados como os investimentos diretos
das patrimoniais para seus cotistas; ou (ii) este fundo em ações.
utiliza estratégias que podem resultar em significativas - O investidor Qualificado: Pessoas físicas ou
perdas patrimoniais para seus cotistas, podendo inclu- jurídicas que tem notório conhecimento sobre inves-
sive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a timentos ou que tem volumes elevados aplicados em
consequente obrigação do cotista de aportar recursos investimentos e que estão dispostas a aplicar de forma
adicionais para cobrir o prejuízo do fundo. diferenciada.
Em resumo, o prospecto é documento de leitura São considerados investidores qualificados:
imprescindível para os investidores tomarem conheci- I – instituições financeiras;
mento das principais informações relacionadas ao fun- II – companhias seguradoras e sociedades de ca-
do que possam de alguma forma, influenciar na decisão pitalização;

72
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

III – entidades abertas e fechadas de previdência complementar;


IV – pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 1.000.000,00
(um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualificado me-
diante termo próprio.
V – fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores qualificados;
VI – administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus
recursos próprios;
VII – regimes próprios de previdência social instituídos pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
ou por Municípios. IN CVM 450.
Os Administradores dos Fundos: São Instituições Financeiras, autorizadas pela CVM, que serão os responsá-
veis legais pelo Fundo, e pode, inclusive, atuar como distribuidor das cotas do Fundo.
O Gestor: este é o cara que põe a mão na massa, ou seja, é o profissional que acompanha o mercado finan-
ceiro, mede o risco do fundo diariamente, analisa e avalia o cenário econômico, toma decisão sobre quais ativos
comprar ou vender, obedecendo as diretrizes legais e a política de investimentos do fundo.
Os distribuidores são aqueles que fazem a distribuição das cotas, como falamos anteriormente, pode ser o
próprio administrador, ou outra instituição que integre o sistema de distribuição de valores mobiliários.
O custodiante é a instituição que irá guardar, ou seja, custodiar o título, para que o mesmo esteja disponível
quando for utilizado. Pode ser o próprio administrador, ou caso não seja credenciado pela CVM para essa atribuição,
uma instituição contratada.

Fonte: Intrag.com.br

A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS
É a essência do Fundo, ou seja, é através dela que o investidor ira saber como o administrador irá conduzir o
Fundo, se procura retorno de curto ou longo prazo, no que irá aplicar e qual o tipo de risco que ele está disposto
a correr na compra dos papeis.

73
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Essa política pode ser ATIVA ou PASSIVA: determinada no momento da contratação, já os pós-fi-
 Ativa: quando o Fundo estabelece um índice xados são aqueles em que atrelamos a um índice pac-
de referência, exemplo CDI, e tenta ultrapassar esse tuado previamente (TR, IPCA, IGP-M, etc.).
índice. Renda Variável: quando a taxa de rentabilidade
 Passiva: quando o Fundo estabelece um índice não pode ser avaliada na emissão, podendo ao final ge-
de referência, exemplo CDI, e tenta acompanhar esse rar ganhos ou prejuízos, ou seja, o mercado dirá quan-
fundo, mas apenas acompanhar. do aquele papel irá valer no futuro. O maior exemplo
Benchmark: É o indicador de mercado usado para que temos são as ações.
medir a performance do Fundos. É a referência para
saber se o fundo está rendendo bem ou não. Para os
fundos de renda fixa p mais usado é o CDI e para os de A NOVA CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDOS
renda variável são o IBOVESPA e o IBX – Índice Brasil. IN CVM 555
Taxa de Administração: é a taxa cobrada pela em- Renda Fixa: Os fundos dessa categoria possuem
presa administradora pelo serviço de gerenciamento do a sua carteira de investimentos (80%) composta por
fundo. É um percentual fixo, calculado sobre patrimô- títulos de renda fixa pré ou pós-fixados. Principalmente
nio líquido e são cobrados diariamente. Esses recur- títulos públicos e títulos privados de bancos de baixo
sos servem para remunerar o administrador, ou seja, é risco de crédito. Este fundo não pode ter taxa de
o salário do administrador. performance, exceto se for um fundo exclusivo para
Taxa de Performance: é a taxa cobrada por alguns investidor qualificado.
fundos quando estes ultrapassam seu benchmark, ou Na modalidade renda fixa existe um segundo nível
seja, rende mais do que o esperado. Ocorre quando o chamada fundos SIMPLES que nada mais são do que
administrador faz o dever de casa muito bem, e por isso os antigos fundos referenciados que têm por objetivo de
ganha uma recompensa. rentabilidade, proporcionar uma rentabilidade atrelada
  Taxa de entrada ou de saída: É uma taxa que a um indexador financeiro, e a sua carteira de inves-
poderá ser cobrada do investidor quando da aquisição de timento deverá ser composta por, no mínimo, 95% da
carteira em títulos públicos e títulos de bancos com
cotas do fundo (taxa de entrada ou de carregamento) ou
risco igual ou superior ao do governo. Os fundos
quando o investidor solicita o resgate de suas cotas.
simples também têm a comunicação com os investido-
Nesse caso a taxa de entrada ou de saída não está
res feita de forma eletrônica apenas, e eles não podem
computada no patrimônio do fundo, portanto o valor da
cobrar taxas de performance, o que reduz custos e au-
cota do fundo divulgado pelo administrador não contém
menta seu potencial de retorno.
essa taxa. Como todas as demais taxas, esta também
Cambial: Os fundos dessa categoria têm a sua
deverá estar definida no regulamento e no prospecto
carteira de investimentos composta por (80%)  títulos
do fundo.
de renda fixa que tenham como objetivo de rentabilida-
de proporcionar a variação de preços de uma deter-
Um conceito importante!
minada moeda estrangeira.
Chinese Wall: Como os recursos da empresa do Multimercados: Os fundos dessa categoria obtêm
administrador poderiam se misturar com os recursos sua rentabilidade, fundamentalmente, a partir de várias
dos investidores, esse termo foi criado para separar es- operações arriscadas. Os derivativos financeiros são
tes recursos, ou seja, o dinheiro do administrador não contratos que visam a simular um conjunto de opera-
pode ficar junto do dinheiro do investidor, para evitar ções de modo a permitir que o gestor do fundo possa
que o dinheiro do investidor fosse utilizado pelo admi- alavancar o patrimônio do fundo em uma determinada
nistrador em proveito próprio. estratégia de investimento. A alavancagem é a possibili-
Agora que você sabe sobre quase todos os termos dade que o gestor tem de poder aplicar o patrimônio do
de Fundos de Investimentos vamos ver o que pode ha- fundo em papeis mais arriscados como ações de em-
ver dentro deles. presas alavancadas, derivativos, e títulos de variação
de preços elevadas.
Os Tipos de fundos quanto a sua Rentabilidade Ações: Os fundos dessa categoria têm a sua
Dentro dos fundos nos temos papeis que valem di- carteira de investimentos composta por 67% (no míni-
nheiro, e esses papeis pode ser de Renda Fixa ou de mo) em ações de empresas negociadas em Bolsa de
Renda Variável. Valores.
Renda Fixa: Rendimento pactuado no momento da (Tributação (IR) – 15%, incidente no resgate e IOF
emissão do título. Podem ser pré ou pós-fixados. Os zero)
pré-fixados são aqueles que temos uma remuneração

74
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

FICA LIGADO!
Os fundos de renda fixa, ações e multimercados também ganharam uma nova categoria, que entra no segundo
nível de divisão: investimento no exterior, na qual são incluídos os fundos com carteiras que têm mais de 40%
dos ativos alocados em papéis internacionais.

Fonte: comoinvestir.com.br

75
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Outros tipos de fundos


 Direitos Creditórios: A carteira de investimento desses fundos é composta em sua totalidade por títulos que
representam operações realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de arrendamento
mercantil e de prestação de serviços. Esses títulos são conhecidos como recebíveis. Esses fundos possuem uma
regulamentação própria (Instruções CVM 356/2001 e 399/2003 e suas modificações).
 Fundos de Previdência:  São fundos de investimento destinados a acolher os recursos captados pelo plano
gerador de benefícios livres (PGBL e VGBL).
Imobiliário: São fundos de investimento fechados, cujos recursos são destinados para empreendimentos
imobiliários e possuem uma regulamentação própria (Instruções CVM 205/1994 e 206/1994 e suas modificações).
(Isentos de Imposto de Renda.)

  Riscos em Fundos de Investimentos


É a probabilidade de não se obter o que se esperava. Em se tratando de fundos de investimento temos duas
dimensões para o risco:
 Risco de Crédito: É a probabilidade de que o emissor do título que compõe a carteira do fundo não pa-
gue o valor do título no seu vencimento. 

 Risco de Estratégia ou Mercado: É a probabilidade de que a estratégia de investimento do gestor do fundo


não produza os resultados esperados, o risco de estratégia poderá resultar em patrimônio negativo e se isso
ocorrer o cotista será obrigado a aplicar mais recursos de tal forma a zerar o patrimônio negativo.
  Portanto é primordial que o investidor em fundos de investimento tenha a exata noção dos riscos que está
correndo ao investir em um fundo de investimento.

A marcação a mercado
Como o próprio nome diz, marcação a mercado significa atualizar para o valor do dia o preço. Ou seja, mes-
mo que um papel (ou qualquer outro ativo de renda fixa) tenha uma taxa determinada (prefixada ou pós-fixada), é
necessário que, diariamente, seu valor seja atualizado.
O risco de crédito, essencialmente, está vinculado aos preços definidos pelo mercado, e se faz necessário, a
cada momento, definir o valor do título em função das novas taxas vigentes em relação ao rendimento definido na
sua origem.
A marcação a mercado é mais apropriada para os negócios em fundos de investimento e carteiras adminis-
tradas, que negociam frequentemente títulos de acordo com a sua necessidade de caixa ou de seleção de novas
modalidades de aplicação financeira para suas carteiras.
Para definir o valor de negociação em uma data qualquer, o mercado define a taxa do momento composta da
taxa básica (sem risco) e do spread adicional definido pelas variáveis de risco que envolvem o título negociado.
Por este fato dizemos que mesmo os fundos de renda FIXA podem ter volatilidade.

A Tributação dos Fundos


Fundos de Longo Prazo – Carteiras acima de 365 dias

Prazo das Até 180 dias De 181 a 360 dias De 361 a 720 dias Acima de 720 dias
Aplicações
Alíquota 22,5% 20% 17,5% 15%

• As pessoas físicas estão isentas de IR até o limite de R$ 20 mil por mês, no mercado a vista de ações.
• Para operações Day-Trade, o IR será de 1% na fonte.

EXERCÍCIO

1 CESPE- BRB 2011) Desde que consigam replicar o retorno de um índice de referência, os fundos de
renda fixa referenciados têm liberdade para decidir como investir seus recursos, já que até 49% do patrimônio
desses fundos pode ser investido em ações e derivativos.
CERTO ERRADO
2 (FCC – BB2011) As normas para funcionamento dos fundos de investimento dispõem que:

76
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

a) os cotistas, no caso de condomínio fechado, b) Fundos abertos são aqueles com prazo determi-
podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer nado de duração, cujos valores investidos não podem
tempo. ser resgatados.
b) o prospecto deve conter a política de investimen- c) O recolhimento do Imposto de Renda, nos fundos
to do fundo e os riscos envolvidos. de investimento, ocorre sempre no momento do resgate.
c) são dispensados de proceder à marcação a mer- d) O valor diário da cota de um fundo é obtido dividin-
cado dos respectivos ativos. do o seu patrimônio líquido pelo número de cotas emiti-
das, ambos calculados no mesmo momento de tempo.
d) o valor das cotas deve ser divulgado ao final de e) Sobre os rendimentos obtidos nos fundos de in-
cada mês. vestimento há incidência de IR à alíquota de 25%.
e) podem ser administrados por pessoas físicas au-
torizadas pela CVM. 10 (CESGRANRIO – BASA 2015) Os fundos de in-
vestimento que, por determinação de norma da CVM,
3 (FCC – BB2011) Em prospectos de fundos de devem ter como principal fator de risco de sua cartei-
investimento encontra-se: ra a variação da taxa de juros doméstica ou de índice
I. Seu objetivo. de preços, ou ambos, sem limitação de prazos dos
II. Os riscos assumidos. títulos que a compõem, são classificados como:
III. Sua política de investimento.  a) de renda fixa
Está correto o que consta em b) de dívida externa
a) I, II, III. c) de curto prazo
b) II, apenas. d) de ações
e) cambiais
c) I e III, apenas.
d) III, apenas. GABARITO
e) I, apenas.

4 (CESPE – BASA 2010) Ao aplicar em um fundo  1E 2B 3A 4E


de investimentos, assim como em um CDB, o cliente 5C 6E 7E 8E
tem seus recursos garantidos pelo Fundo Garantidor 9D 10 A
de Créditos (FGC).
CERTO ERRADO
ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO DE CONTAS:
5 (CESPE – BASA 2010) A taxa de administração DOCUMENTAÇÃO
é a principal remuneração obtida pela instituição fi-
nanceira quando oferece um fundo de investimentos Bom pessoal, muitos de nós já fomos a algum ban-
aos clientes. Ela é devida mesmo quando o fundo em co, alguma vez, para abrir, ou assistir alguém abrir uma
questão apresenta retorno negativo. conta. A conta que abrimos no banco nada mais é do
CERTO ERRADO que um CONTRATO, e como tal precisa de regras e de
orientações sobre sua forma.
6 (CESPE – BASA 2010) A alavancagem é uma
Lembrando que esse contrato é composto de uma
técnica que provê total garantia quanto a possíveis FICHA-PROPOSTA e um Cartão de Assinatura.
perdas, por estar baseada na manutenção de opera- A ficha-proposta deve conter no mínimo: Quali-
ções restritas a um único mercado e indexador. ficação do depositante, endereço residencial e co-
CERTO ERRADO mercial completos, telefone com DDD, referencias
pessoais, data da abertura da conta e o numero des-
7 (CESPE – BB 2009) A normatização, a conces- sa conta, e a assinatura do depositante.
são de autorização, o registro e a supervisão dos fun-
dos de investimento são de competência do BACEN. Estas orientações estão contidas na Resolução
CERTO ERRADO CMN nº 2.025/1993, que dita às regras básicas que
devem nortear as Instituições Financeiras quando da
8 (CESPE – BB 2007) O imposto de renda (IR) Abertura e manutenção de contas de depósito.
sobre os rendimentos em fundos de investimentos de Então vamos ver o que o CMN e o BACEN têm
renda variável são devidos apenas no momento do dito sobre isso:
resgate das aplicações.
CERTO ERRADO No caso de pessoa física:
9 (FCC – BB 2006) É correto afirmar: - documento de identificação (carteira de identifica-
a) Os fundos de investimento devem contabilizar ção ou equivalente, como, por exemplo, a carteira na-
mensalmente todos os ativos integrantes de suas car- cional de habilitação, passaporte, CTPS, carreiras de
teiras pelos seus preços médios ao longo do mês. órgão de classe);

77
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

- inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF); • Informação de que os cheques liquidados,


- comprovante de residência. uma vez microfilmados, poderão ser destruídos;
(estas microfilmagens devem permanecer por no mí-
 Para que exista uma pessoa física basta que nimo 10 anos no arquivo).
esta nasça com vida, e se extingue com a morte do • Tarifas de serviços, incluindo a informação so-
indivíduo. bre serviços que não podem ser cobrados;
• Saldo médio mínimo exigido para manuten-
No caso de pessoa jurídica: ção da conta se houver essa exigência.
- documento de constituição da empresa (contrato  Atenção! A Ficha-Proposta somente poderá
social e registro na junta comercial); ser microfilmada depois de transcorridos no mínimo
-inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica cinco anos, a contar do inicio do relacionamento com
(CNPJ). o cliente.
- documentos que qualifiquem e autorizem os re-
presentantes, mandatários ou prepostos a movimentar Além disso, é FACULTADO à instituição financei-
a conta. ra abrir, manter ou encerrar contas de depósito caso
o cliente esteja inscrito no CCF – Cadastro de Emitente
 Para que uma Pessoa Jurídica de direito Priva- de Cheques sem Fundos.
do exista é necessário que o contrato social seja regis- O cliente será incluído no CCF nas seguintes con-
trado na JUNTA COMERCIAL do Estado onde a empre- dições:
sa se situa. 12- Devolução de cheque sem provisão de fundos
 Nos casos de Partidos Políticos deve-se regis- na segunda apresentação.
trar o estatuto no TSE – Tribunal Superior Eleitoral. (es- 13- Devolução de cheque por conta encerrada.
tes são pessoas jurídicas de direito PRIVADO). 14- Devolução de cheque por pratica espúria. (prá-
 As pessoas jurídicas podem ser também de di- ticas ilegais)
reito Público Interno: União, Estados, Distrito Federal e Veremos com mais detalhes em CHEQUE.
Municípios; Autarquias e Fundações Públicas. (são cria- Sobre as tarifas que podem ser cobradas na sua
dos por Lei)
conta veja:
 Existem ainda as de Direito Público Externo:
Quando se fala em serviços do Banco, lembramos
que são os territórios e entidades governamentais no
que são 4 categorias de serviços:
exterior.
• Serviços essenciais: aqueles que não podem
ser cobrados;
A pessoa jurídica extingue-se com a dissolução
 Emissão da primeira via do cartão de débito.
desta, mediante acordo entre os sócios ou por de-
(segundas vias exceto nos casos decorrentes de perda,
creto judicial, exceto para as públicas, que serão
roubo, furto, danificação e outros motivos não imputá-
por meios específicos.
veis a Instituição emitente).
Além disso, a instituição financeira pode estabelecer  4 saques mês. (No caso de poupança são 2 sa-
critérios próprios para abertura de conta de depósito, ques por mês)
desde que seguidos os procedimentos previstos na re-  Até 10 folhas de cheque mês.
gulamentação vigente (Resolução CMN 2.025/1993).  2 extratos mês.
 Até dia 28 de fevereiro de cada ano o banco deve
Ou seja, as instituições Financeiras podem exigir enviar ao cliente um extrato consolidado, mostrando
outros documentos ou termos para abrir esta conta, mas seus rendimentos no ano anterior, geralmente para fins
desde que não firam a resoluçãozinha ai de cima OK?! de Imposto de Renda.
 Ex.: Depósito Inicial e comprovante de rendi-  2 Transferências entre contas da mesma insti-
mentos. tuição por mês. (No caso da poupança 2 transferências
De posso destes documentos vamos a FICHA- entre contas de mesma titularidade).
-PROPOSTA.  Consultas via internet.
Esta deve conter no mínimo:  Prestação de qualquer serviço por meios ele-
• Condições para fornecimento de talonário de trônicos, no caso de contas cujos contratos prevejam
cheques; utilizar exclusivamente meios eletrônicos.
• Necessidade de comunicação pelo deposi-  Compensação de cheques.
tante, por escrito, de qualquer mudança de endereço • Serviços prioritários: O banco é obrigado a
ou número de telefone ou no cadastro; fornecer um pacote básico destes serviços prioritá-
• Condições para inclusão do nome do depositante rios, que são aqueles relacionados a contas de depó-
no Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos (CCF); sitos, transferências de recursos, operações de crédito

78
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

e de arrendamento mercantil, cartão de crédito básico dos recursos, da natureza dos pagamentos e da iden-
e cadastro, somente podendo ser cobrados os serviços tidade dos depositantes e dos beneficiários das trans-
constantes da Lista de Serviços da Tabela I anexa à ferências efetuadas. (LEMBRANDO QUE SÓ INSTI-
(Resolução CMN 3.919, de 2010, devendo ainda ser TUIÇÕES AUTORIZADAS A OPERAR COM CÂMBIO
observados a padronização, as siglas e os fatos gera- PODEM TER ESSE TIPO DE CONTA!).
dores da cobrança, também estabelecidos por meio da
citada Tabela I; Pessoa física e Pessoa Jurídica: capacidade e
• Serviços especiais: aqueles cuja legislação e incapacidade civil, representação e domicilio.
regulamentação específicas definem as tarifas e as
condições em que aplicáveis, a exemplo dos serviços Dizemos que uma pessoa física tem capacidade ci-
referentes ao crédito rural, ao Sistema Financeiro da vil, quando esta pode praticar, por conta própria, atos
Habitação (SFH), ao Fundo de Garantia do Tempo de da vida civil, ou seja, é uma pessoa plenamente capaz.
Serviço (FGTS), ao Fundo PIS/PASEP, às chamadas Este evento acontece quando a Pessoa Física adquire
“contas-salário”, bem como às operações de microcré- a Maioridade, 18 anos, ou se for emancipada.
dito de que trata a Resolução CMN 4.000, de 2011;
• Serviços diferenciados: aqueles que podem As pessoas abaixo desta idade, ou os não emanci-
ser cobrados desde que explicitadas ao cliente ou pados, são absolutamente ou relativamente incapazes.
ao usuário as condições de utilização e de pagamento. Se ela for absolutamente incapaz, como o nome já
No encerramento da conta você deve tomar al- diz, ela não pode fazer NADA, sem a representação de
guns cuidados: alguém. É o caso dos:
 Pode ser encerrada por ambas as partes, I - os menores de dezesseis anos;
cliente ou banco, desde sempre acompanhada de avi- II - os que, por enfermidade ou deficiência mental,
so prévio, por meio de carta registrada ou meio ele- não tiverem o necessário discernimento para a prática
trônico. desses atos;
 Informar se há cheques a serem compensa- III - os que, mesmo por causa transitória, não pude-
dos, pois havendo, o banco pode ser negar encerrar a rem exprimir sua vontade.
conta, sem a devida comprovação de que eles foram
liquidados. Os Relativamente incapazes, como o nome já diz,
 Devolver as folhas de cheque restantes ou podem fazer algumas coisas, mas devem sempre ser
declarar que as inutilizou. ASSISTIDOS por seus responsáveis legais.
 Deixar depositado na conta valores para São os:
compensar débitos e compromissos assumidos na re- I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
lação do cliente com o banco. II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e
Atente para algumas coisinhas: os que, por deficiência mental, tenham o discernimento
• Pessoas Físicas com idade entre 16 e 18 reduzido;
anos, não emancipadas, podem ter conta de depósi- III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental
tos, e acesso a crédito também, desde que na abertura completo;
ou na assinatura do contrato sejam ASSISTIDAS por IV - os pródigos.
seus responsáveis legais! ASSISTIDAS!
• Já as Pessoas Físicas com idade inferior a 16 anos, Lembrando: A capacidade dos índios será regula-
podem ter contas de depósitos, e devem ser Representadas da por legislação especial.
por seus representantes legais. REPRESENTADAS! Os emancipados são as pessoas físicas que rece-
• Pessoas Físicas com Deficiência Visual po- beram, antes do tempo, a maioridade, ou seja, recebe-
dem ter contas de depósitos, e até firmar contratos de ram a autorização para realizarem os atos da vida civil
empréstimo, desde que sejam assistidas por duas tes- como se tivessem 18 anos, com algumas exceções.
temunhas e que o contrato seja lido em VOZ ALTA! O código Civil diz a condições em que se pode
emancipar uma pessoa ( Art. 5º)
• Os residentes e domiciliados no exterior
1. A pedido dos pais, ou por decisão judicial, des-
podem ter conta no Brasil, mas as movimentações
de que tenha 16 anos completos.
ocorridas em tais contas caracterizam ingressos ou 2. Pelo casamento
saídas de recursos no Brasil e, quando em valor igual 3. Por colação de grau em curso de nível superior
ou superior a R$10 mil, estão sujeitas a comprovação 4. Por posse em Concurso Público de cargo EFETIVO.
documental, registro no sistema informatizado do Ban- 5. Por ser detentor de economia própria, desde
co Central e identificação da proveniência e destinação que tenha 16 anos completos.

79
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

O domicilio para as Pessoas Físicas é onde es- Na conta de depósito à vista, o dinheiro depositado
tas estabelecem sua residência com ânimos DEFI- fica à disposição do titular para ser sacado a qualquer
NITIVOS. momento.
Certo Errado
AS PESSOAS JURIDICAS:
Estas passam a ter capacidade jurídica a partir de 7 CESPE - 2003 - Banco do Brasil - Escriturário - 001
sua constituição, e do registro do contrato Social na Conta-analfabeto é um tipo especial de conta de de-
Junta Comercial do Estado. pósito à vista que só pode ser aberta se o titular apre-
Cuidado: quanto ao domicilio das PJ, existem um sentar procurador, nomeado por procuração passada
tipo chamado Domicilio Especial, que ocorre quan- em cartório, com poderes específicos para abrir e mo-
do o local é informado no Contrato Social da empresa. vimentar a conta em nome do depositante analfabeto.
(Questão da prova de 2010 da CEF) Certo Errado

8 CESPE - 2002 - Banco do Brasil - Escriturário - 001


EXERCÍCIO
Uma pessoa física foi abrir uma conta-corrente em
uma instituição bancária. No ato de abertura da conta, de-
1 (CESPE – CAIXA 2014)
mandou que certas informações fossem prestadas pelo
Candidato a cargo legislativo que esteja inscrito no
CCF não pode abrir conta corrente. banco e que essas informações estivessem previstas em
Certo Errado cláusulas explicativas na ficha-proposta, que é o contrato
de abertura da conta, celebrado entre o banco e a pessoa
2 (CESPE – CAIXA 2014) física. Em face dessa situação, é dever do banco informar
A instituição financeira é obrigada a fornecer, gra- ao cliente a necessidade de o cliente comunicar, por escri-
tuitamente, até dez folhas de cheques por mês ao cor- to, qualquer mudança de endereço ou número de telefone.
rentista que reúna os requisitos legais para o uso desse Certo Errado
documento.
Certo Errado GABARITO

3 CESPE - 2011 - BRB - Escriturário 1E 2C 3E 4E


Embora todos os bancos possam cobrar tarifas so-
5C 6C 7E 8C
bre as contas de poupança, os correntistas dessas con-
tas terão direito, em qualquer banco e sem custo algum,
a extratos ilimitados nos terminais de autoatendimento. Sistema de Pagamentos Brasileiro
Certo Errado
O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o con-
4 CESPE - 2011 - BRB - Escriturário junto de procedimentos, regras, instrumentos e operações
O saldo na conta de poupança só pode ser resgata- integradas que, por meio eletrônico, dão suporte à movi-
do no dia do aniversário; caso precise do dinheiro antes mentação financeira entre os diversos agentes econômi-
desse dia, o titular dessa conta não poderá sacá-lo, ain- cos do mercado brasileiro, tanto em moeda local quanto
da que abra mão dos rendimentos daquele mês. estrangeira, visando a maior proteção contra rombos ou
Certo Errado quebra em cadeia de instituições financeiras.
5 CESPE - 2002 - Banco do Brasil - Escriturário - 001 Sua função básica é permitir a transferência de re-
Uma pessoa física foi abrir uma conta corrente em cursos financeiros, o processamento e liquidação de
uma instituição bancária. No ato de abertura da conta, pagamentos para pessoas físicas, jurídicas e entes go-
demandou que certas informações fossem prestadas vernamentais.
pelo banco e que essas informações estivessem previs- Toda transação econômica que envolva o uso
tas em cláusulas explicativas na ficha-proposta, que é o de cheque, cartão de crédito, ou TED, por exemplo, en-
contrato de abertura da conta, celebrado entre o banco volve o SPB.
e a pessoa física. Em face dessa situação, é dever do O SPB passou por mudanças recentes e com elas
banco informar ao cliente que os cheques liquidados, vieram a nova definição de SPB.
uma vez microfilmados, poderão ser destruídos. 1- A criação do STR (Sistema de Transferência
Certo Errado
de Reservas) que ocasionou a criação da TED (Trans-
ferência Eletrônica Disponível). Este tipo de transfe-
6 CESPE - 2003 - Banco do Brasil - Escriturário - 002
rência é aquele que ao enviar os recursos, este levam
Julgue os itens a seguir quanto aos tipos de conta
no máximo 1 hora e meia para serem creditádos na
bancária existentes no mercado brasileiro.
conta do destinatário.

80
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Cuidado! Limite mínimo para envio de R$ 0,00, ou seja, posso enviar uma TED de qualquer valor.

2- Limitação máxima de R$ 4.999,99 para envio de DOC (Documento de Ordem de Crédito). Esta forma de
transferência é aquela em que o cliente envia o recursos para o destinatário, mas este só perceberá o dinheiro em
sua conta após um prazo de 24h, pois esta operação irá para a compensação no fim do dia e ficará condicionada a
existência de saldo na conta do banco para ser efetivada.

3- Cobrança de taxa de 0,11% sobre cheques emitidos que sejam iguais ou superiores a R$ 5.000,00, para
Pessoas Jurídicas.
Então resumindo, o NOVO SPB veio para dar mais segurança para o sistema financeiro do País, uma vez que
seu gestor, o BACEN, tem a competência de fiscalizar e determinar quais são os Sistemas sistemicamente im-
portantes, que merecerão maior atenção quanto a seus procedimentos.

O BACEN exige que as instituições financeiras tenham contas de reservas bancárias para poder operar no
SPB, pois é destas contas que sai o dinheiro para pagar as operações do dia-a-dia.
Lembrando que estas contas nunca podem estar negativas, pois suas transações só acontecem se existir saldo.

Caso não haja saldo no momento da transação, a operação ficará aguardando, em uma fila de espera, fundos
para poder ser executada. O BACEN também pode exigir garantias das Instituições Financeiras para que ope-
rem no SPB, e caso não tenham saldo nas contas, o BACEN pode executar essas garantias para pagar os
compromissos assumidos.

Mas, cuidado!
Para algumas instituições existe essa exigência, são elas:
 Bancos Múltiplos COM carteira Comercial
 Bancos Comerciais
 Caixas Econômicas

É Facultado ter essa conta aos:


 Bancos de desenvolvimento, investimento, de câmbio, e bancos múltiplos SEM carteira comercial.
Para esses, caso não queiram ter essas contas de reservas bancárias, posto que seja caro mantê-las, po-
dem abrir contas de Liquidação, que tem por objetivo a simples liquidação de suas operações durante o dia.
Essas contas, assim como as de reserva bancária não podem ter seu saldo negativo, inclusive devem fechar o
dia com saldo ZERO, ou ligeiramente positivo, e essa sobra deve ser transferida para uma conta corrente de
titularidade da instituição.

Essas contas de liquidação são obrigatórias para operadores de Câmaras de Compensação e liquidação,
e de prestadores de serviços de compensação de sistemas considerados sistemicamente importantes.

Para os demais será facultativo, e nesses casos, esses podem firmar parcerias com instituições titulares de
contas de reservas bancárias para operar por intermédio delas, mas sobre limites e condições preestabele-
cidas pelas titulares.

Resumindo:

\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\ Conta de reservas Bancárias. Conta de Liquidação


Banco Múltiplo Com carteira co-
Obrigatória mercial. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Banco Comercial
Caixas Econômicas
Banco de desenvolvimento.
Facultativa Banco de investimento. Demais instituições
Banco de Câmbio. autorizadas a funcionar
Banco Múltiplo SEM carteira pelo BACEN.
comercial.

O SPB é um sistema macro, ou seja, é algo global, entretanto, dentro dele, existem subsistemas que operam e
“fazem a coisa acontecer”.

81
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Antes disso lembre-se das 2 formas de liquidação, II - envolva pelo menos três participantes diretos
ou seja, as formas como os pagamentos entre os ban- para fins de liquidação, dentre instituições financeiras
cos, e entre estes e o Banco Central ocorrem: ou demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil.
1) LBTR- Liquidação Bruta em Tempo Real é a Parágrafo único. Para os efeitos desta Resolução,
mais segura e rápida forma de liquidar, pois como o considera-se:
nome já diz, é “na hora”. É a forma pela qual o BACEN I - câmara de compensação e de liquidação: pes-
exige que as instituições financeiras operem com saldo
soa jurídica que exerce, em caráter principal, a ativida-
na hora da operação.
de de que trata o caput;
O BACEN opera exclusivamente pelo LTBR, pois II - prestador de serviços de compensação e de
como gestor dá o exemplo, e este sistema previne pos- liquidação: pessoa jurídica que exerce, em caráter
síveis “calotes” das instituições financeiras, pois aos acessório, a atividade de que trata o caput;
realizar uma operação o dinheiro sai imediatamente da III - participante direto para fins de liquidação:
conta do devedor e vai para a conta do credor. Caso pessoa jurídica que assume a posição de parte con-
não haja saldo no momento da operação, esta entra em tratante para fins de liquidação, no âmbito do sistema
uma fila de espera, aguardando possuir saldo suficiente integrante do sistema de pagamentos, perante a câma-
para realizar a transação. ra ou o prestador de serviços de compensação ou outro
participante direto;
Lembre-se!
Operações com LBTR são IRREVOGAVEIS e IN- Titulares das Contas de Reservas Bancárias ou
CONDICIONAIS, ou seja, não podem ser estornadas
de Liquidação!!!
ou exigirem qualquer condição para serem efetiva-
das, bastando a identificação do destinatário e a IV - participante indireto para fins de liquidação:
existência de saldo na conta do emitente. pessoa jurídica, com acesso a sistema integrante do
2) LDL – Liquidação Defasada pelo valor Líquido sistema de pagamentos, cujas operações são liquida-
que é uma forma não muito segura de operacionalizar das por intermédio de um participante direto.
os pagamentos, mas que o BACEN ainda autoriza sua
utilização para não ocasionar quebra no sistema finan- Os outros que fazem parceria com os titulares
ceiro, pois nem sempre as instituições tem grana para de contas de reservas bancárias.
pagar tudo na hora. VIII - os critérios de acesso aos sistemas devem ser
Esta forma de pagamento, ou liquidação, permite públicos, objetivos e claros, possibilitando ampla partici-
instituir transferências de fundos sem que haja efetiva- pação, admitidas restrições com enfoque, sobretudo,
mente saldo na conta do devedor, ou seja, é uma trans- na contenção de riscos.
ferência a descoberto. Mas o mesmo se compromete Art. 6º No que concerne às câmaras e aos pres-
ao final do dia cobrir a transação. tadores de serviços de compensação e de liquidação,
Esta forma de liquidação ocorre para ajudar às ins-
compete à Comissão de Valores Mobiliários, no que
tituições financeiras quanto ao seu encaixe financeiro,
pois neste caso elas não precisam desembolsar a gra- diz respeito a operações com valores mobiliários:
na toda na hora, elas têm até o final do dia para poder I - regulamentar suas atividades;
captar esse dinheiro. II - autorizar o funcionamento de seus sistemas;
Para associar melhor, lembre-se que LDL parece III - exercer a supervisão de suas atividades, e à
aquele famoso mau colesterol, e mau colesterol não é aplicação de penalidades.
bom, então o BACEN não gosta, ou seja, não opera
via este instrumento, embora autorize as instituições
financeiras a o fazerem. Pronto! Agora você já sabe, pela resolução o
De posse deste conhecimento vamos conhecer que são as câmaras e quem são os caras que parti-
os principais sistemas e câmaras de compensação cipam dela, agora vamos ver detalhadamente...
e liquidação, ou sistemas sistemicamente importan-
tes, que operam no SPB. STR- Sistema de Transferência de Reservas
Primeiro vamos dar uma olhada na Resolução
2882/2001 que fala sobre o sistema de pagamentos e
as câmaras e os prestadores de serviços de compensa- Este sistema é a essência do novo SPB. É um
ção e de liquidação que o integram. software, ou seja, é uma ferramenta tecnológica para
Art. 2º Sujeitam-se ao disposto nesta Resolução as liquidar as operações via LBTR, operado pelo BACEN.
câmaras e os prestadores de serviços de compensação e Este sistema liquida as TEDs, os CHEQUES a
de liquidação que operam qualquer um dos sistemas inte- partir do VLB 250 mil ou a partir de R$ 250.000,00; e
grantes do sistema de pagamentos, cujo funcionamento: BLOQUETOS a partir do VLB 250 mil ou a partir de
I - resulte em movimentações interbancárias R$ 250.000,00.
VLB- Valor de Referência para liquidação Bilateral.

82
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

CIP – Câmara Interbancária de Pagamentos • No ciclo complementar, os participantes podem


Criada pelos bancos em 2001, a CIP - Câmara Inter- cancelar ordens de transferência de fundos remanes-
bancária de Pagamentos é uma associação civil sem centes ou depositar recursos para liquidação de men-
fins lucrativos que participa do Sistema de Pagamen- sagens de pagamento pendentes.
tos Brasileiro.
A CIP é responsável pela compensação e liqui- Ao final do dia, as contas mantidas no Sitraf
dação de instrumentos de pagamentos e operacio- são zeradas, passando-se os valores para as con-
nalização da C3 (Câmara de Cessões de Crédito) que tas dos participantes no Banco Central. (Aqui vem
controla cessões de crédito e bloqueio de contratos re- o LDL)
lacionados a financiamentos de veículos e créditos con- Os participantes se sujeitam ao pagamento de tari-
signados. fa, que é cobrada tanto do participante emissor da or-
Através de alguns sistemas regulados pelo Banco dem de transferência de fundos quanto da instituição
Central do Brasil e de reconhecida governança corpo- destinatária. O preço da tarifa é fixado com o propósito
rativa, a CIP proporciona padronização aos Participan- de cobertura dos gastos de operação do sistema e de
tes de seus sistemas, minimiza os riscos operacionais e recuperação dos recursos investidos em sua implanta-
contribui para o desenvolvimento de um mercado finan- ção. Com o mesmo propósito, os participantes pagam
ceiro sólido e robusto, em benefício de toda a sociedade à CIP uma contribuição anual.
brasileira.
 COMPE – Câmara de Compensação: É a mais
• Operada pela FEBRABAN e tem suas operações conhecida e lembrada por todos. É Regulamentada
registradas na CETIP. pelo BACEN e Executada pelo Banco do Brasil S/A.
• Liquida a TECBAN, REDECARD, CIELO e MAS- mas também existe um limite para as operações do
TERCARD. Banco do Brasil.
• Os DDAs – Débitos Diretos Autorizados (convê- • CHEQUES até VLB 250 mil ou até R$
nios, ex: SKY, GVT, telefone, água, luz, etc.). 249.999,99.
Obs.: prazo de compensação de cheques!
Dentro da CIP temos algumas câmaras que fa- 24H a partir de R$ 300,00 ( cheques superiores)
zem as liquidações citadas anteriormente. São elas: 48H até R$ 299,99 ( cheques inferiores)
 O Sitraf – Sistema de Transferência de Fun-
dos, sistema operado pela Câmara Interbancária de  O Siloc – Sistema de Liquidação de Ordens
Pagamentos (CIP), liquida Transferências Eletrôni- de Crédito, sistema operado pela Câmara Interbancá-
cas Disponíveis (TED) com valor unitário inferior a ria de Pagamentos (CIP), liquida obrigações interban-
R$1 milhão. cárias relacionadas com:
Esse sistema utiliza dois mecanismos de liqui- • Boletos de pagamento de valor inferior ao
dação: liquidação bruta em tempo real, que é a for- VLB R$250 mil ou R$ 249.999,99 em D+1.
ma mais utilizada, e compensação contínua de obriga- • Documentos de Crédito (DOC) em D+1.
ções, realizada a cada cinco minutos. Por utilizar esses • Transferências Especiais de Crédito (TEC) em
dois mecanismos, o Sitraf é considerado um sistema D+0 ou D0.
híbrido de liquidação, pois em linhas gerais opera • Cartões de pagamento.
LBTR e LDL. • Operações realizadas nas redes compartilha-
Os participantes enviam as ordens de pagamen- das de caixas eletrônicos (ATM).
to (TED), que são liquidadas nas contas mantidas no Assim como a Compe, o Siloc utiliza mecanismo
próprio Sitraf, debitando-se as contas dos participantes de liquidação diferida líquida - LDL, isto é, as obri-
emitentes e creditando-se as contas dos participantes gações são acumuladas por um período e, poste-
beneficiários. riormente, liquidadas em bloco pelo valor multilateral
Os saldos dos participantes no Sitraf são líquido, em sessões de liquidação específicas.
provenientes dos depósitos feitos pelo próprio A cada dia útil (D), são realizadas duas sessões de
participante e dos recebimentos de ordens de liquidação, uma pela manhã e outra à tarde. Na primei-
transferências de fundos provenientes dos demais ra sessão, fora a liquidação de cartões de pagamento,
participantes, sendo que esses saldos nunca podem cujo prazo de liquidação varia em função do produto,
ficar negativos. (Aqui é LBTR puro!) são liquidadas as obrigações interbancárias relacio-
O ciclo completo de liquidação do Sitraf é constituí- nadas com os documentos tratados na rede bancária
do pelo ciclo principal e pelo ciclo complementar: no dia útil anterior (D-1). Na segunda, são liquidadas
• Durante ciclo principal, os participantes podem principalmente obrigações relacionadas a documentos
transitar recursos entre suas contas mantidas no Banco liquidados na sessão da manhã que, por qualquer ra-
Central e no Sitraf; e zão, foram devolvidos pelos participantes devido à in-
consistência nos dados informados.

83
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

A cada sessão, o resultado multilateral é infor- A liquidação financeira final é realizada via STR
mado aos participantes. De posse dessa informação, em contas de liquidação mantidas no Banco Central do
os participantes devedores transferem para a Câmara o Brasil (excluem-se da liquidação via STR, as posições
valor devido; em seguida, a Câmara transfere os valo- bilaterais de participantes que têm conta no mesmo
res recebidos aos participantes credores, encerrando o banco liquidante).
processo de liquidação. Todas essas movimentações
ocorrem nas contas mantidas pelos participantes e Podem participar da Cetip:
pelo próprio Siloc no Banco Central.
 A C3 (Câmara de Cessões de Crédito) opera- Bancos comerciais, bancos múltiplos, caixas eco-
cionalizada pela CIP permite às Instituições Financeiras nômicas, bancos de investimento, bancos de desenvol-
e aos Fundos de Investimento registrar suas operações vimento, sociedades corretoras de valores, sociedades
de cessão e bloqueio de contratos de crédito, de tal for- distribuidoras de valores, empresas de leasing, compa-
ma que um mesmo contrato não seja cedido mais de nhias de seguro, bolsas de valores, bolsas de mercado-
rias e futuros, investidores institucionais, pessoas jurídi-
uma vez pela mesma IF ou oferecido como lastro em
cas não financeiras, incluindo fundos de investimento e
mais de uma operação.
sociedades de previdência privada, investidores estran-
geiros, além de outras instituições também autorizadas
 A Câmara de Liquidação de Ativos da BM&F
a operar nos mercados financeiros e de capitais.
Bovespa – B3
(CBLC – Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia) Os participantes não titulares de conta de reservas
• Liquida títulos de renda fixa privados em D+0 ou bancárias liquidam suas obrigações por intermédio de
D+1. instituições que são titulares de contas dessa espécie.
• Liquida operações de compra e venda de ações Exemplos de títulos liquidados e custodiados
bloqueando os títulos em D+2 (liquidação física) e dé- na CETIP:
bito na conta do comprador e transferência dos títulos
para o comprador em D+3 (liquidação financeira). CDB, RDB, Depósitos Interfinanceiros, Letras de
Câmbio, Letras Hipotecárias,
 A CETIP S/A Mercados Organizados
Central de Custódia e de Liquidação Financeira debêntures e commercial papers, entre outros.
de Títulos
 O SELIC
A Cetip é depositária principalmente de títulos de (Sistema Especial de Liquidação e Custódia)
renda fixa privados, títulos públicos estaduais e mu- O Selic é o depositário central dos títulos que
nicipais. e títulos representativos de dívidas de respon- compõem a dívida pública federal interna (DPMFi)
sabilidade do Tesouro Nacional, de que são exemplos de emissão do Tesouro Nacional e, nessa condição,
os relacionados com empresas estatais extintas, com o processa a emissão, o resgate, o pagamento dos
Fundo de Compensação de Variação Salarial - FCVS, juros e a custódia desses títulos. É também um sis-
com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária tema eletrônico que processa o registro e a liquidação
- Proagro e com a dívida agrária (TDA) financeira das operações realizadas com esses títulos
pelo seu valor bruto e em tempo real, garantindo se-
As operações de compra e venda, são realizadas gurança, agilidade e transparência aos negócios.
no mercado de balcão, incluindo aquelas processadas Por seu intermédio, é efetuada a liquidação das
por intermédio do Cetipnet (sistema eletrônico de ne- operações de mercado aberto e de redesconto com
títulos públicos, decorrentes da condução da política
gociação).
monetária. O sistema conta ainda com módulos com-
plementares, como o Ofpub e o Ofdealer, por meio dos
Conforme o tipo de operação e o horário em que
quais são efetuados os leilões, e o Lastro, para espe-
realizada, a liquidação é em D+0 ou D+1. As operações
cificação dos títulos objeto das operações compromis-
no mercado primário, envolvendo títulos registrados sadas contratadas entre o Banco Central e o mercado.
na Cetip, são geralmente liquidadas com compen- Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos
sação multilateral de obrigações (a Cetip não atua exclusivamente na forma eletrônica. A liquidação da
como contraparte central). Compensação bilateral é ponta financeira de cada operação é realizada por inter-
utilizada na liquidação das operações com derivativos médio do STR, ao qual o Selic é interligado.
e liquidação bruta em tempo real, nas operações com O sistema, que é gerido pelo Banco Central do
títulos negociados no mercado secundário. Brasil e por ele operado em parceria com a Anbima,
tem seus centros operacionais (centro principal e centro

84
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

de contingência) localizados na cidade do Rio de Janeiro. O horário normal de funcionamento segue o do STR, das
6h30 às 18h30, em todos os dias considerados úteis para o sistema financeiro. Para comandar operações, os par-
ticipantes liquidantes encaminham mensagens por meio da RSFN, observando padrões e procedimentos previstos
em manuais específicos da rede. Os demais participantes utilizam outras redes, conforme procedimentos previstos
no Regulamento do Selic.
Além do Banco Central do Brasil e do Tesouro Nacional, podem ser participantes do Selic bancos, caixas
econômicas, distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários e demais instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central. As câmaras ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação têm a sua
participação no Selic definida no Regulamento do Selic.
São considerados participantes liquidantes, respondendo diretamente pela liquidação financeira de operações,
além do Banco Central do Brasil, os participantes titulares, no STR, de conta Reservas Bancárias ou Conta de
Liquidação, desde que, nesta última hipótese, tenham optado pela condição de liquidante no Selic.
Os não-liquidantes liquidam suas operações por intermédio de participantes liquidantes, conforme acordo
entre as partes, e operam dentro de limites fixados por estes. Cada participante não liquidante pode utilizar os serviços
de mais de um participante liquidante, exceto no caso de operações específicas, previstas no Regulamento do Selic,
tais como pagamento de juros, amortização e resgate de títulos, que são obrigatoriamente liquidadas por intermédio
de um liquidante-padrão previamente indicado pelo participante não liquidante.
Tratando-se de um sistema de liquidação bruta em tempo real (LBTR), a liquidação de operações é sempre
condicionada à disponibilidade do título negociado na conta de custódia do vendedor e à disponibilidade de
recursos por parte do comprador. Se a conta de custódia do vendedor não apresentar saldo suficiente de títulos, a
operação é mantida em pendência pelo prazo máximo de 60 minutos ou até às 18h30, o que ocorrer primeiro, com
exceção de algumas operações previstas no Regulamento do Selic. A operação só é encaminhada ao STR para
liquidação da ponta financeira após o bloqueio dos títulos negociados, sendo que a não liquidação por insuficiência
de fundos implica sua rejeição pelo STR e, em seguida, pelo Selic.
Lembretes importantes!
A Lei 10.214/01 instituiu algumas regrinhas para o SPB:
 Permite-se a compensação Multilateral e Bilateral.
 Os bens dados em garantia no SPB são IMPENHORÁVEIS.
 Permitiu a utilização de mais de um tipo de sistema de liquidação.
 Permitiu o compartilhamento de perdas ou prejuízos causados por falhas nas operações entre as instituições
financeiras.
Resumindo...

85
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

EXERCÍCIO e) A CETIP é depositária principalmente de títulos de


renda fixa privados, títulos públicos estaduais e municipais
1 (CESPE – CAIXA 2014) Acerca das funções e das carac- e títulos representativos de dívidas de responsabilidade do
terísticas da CETIP e do SELIC, julgue o item subsecutivo. Tesouro Nacional, de que são exemplos os relacionados com
A liquidação das operações na CETIP restringe-se à o FCVS, o PROAGRO e os Títulos da Dívida Agrária (TDA).
compensação bilateral.
5 (IDECAN – BANESTES 2012) (adaptada) Em relação ao
Certo Errado Sistema de Pagamentos Brasileiro, assinale a afirmativa
INCORRETA.
2 (CESPE – CAIXA 2014) Acerca das funções e das carac-
terísticas da CETIP e do SELIC, julgue o item subsecutivo. a) Participam obrigatoriamente da COMPE, as institui-
O SELIC funciona em tempo real, com liquidação da ções titulares de conta reservas bancárias ou de conta de
operação mediante a transferência dos recursos para a liquidação, nas quais sejam mantidas contas de depósito
instituição financeira vendedora e a transferência dos tí- movimentáveis por cheque.
tulos para a instituição financeira compradora b) O sistema CBLC liquida exclusivamente operações
realizadas no âmbito da BM&FBOVESPA.
Certo Errado c) O SELIC é o depositário central dos títulos emitidos
pelo Tesouro Nacional.
3 (IDECAN – BANESTES 2012) Sobre o Sistema de Paga- d) A CETIP é depositária principalmente de títulos de
mentos Brasileiro (SPB), analise.  renda fixa privados, títulos públicos estaduais e municipais
e títulos representativos de dívidas de responsabilidade do
I. Apresenta alto grau de automação, com crescen- Tesouro Nacional.
te utilização de meios eletrônicos para transferência de e) A Câmara de Ativos da BM&FBOVESPA liquida opera-
fundos e liquidação de obrigações, em substituição aos ções com títulos públicos federais.
instrumentos baseados em papel. 
6 (CESGRANRIO – CAIXA 2012) Atualmente, o Sistema
II. Com a implantação e evolução do Sistema de Pa-
de Pagamentos Brasileiro (SPB) apresenta alto grau de au-
gamentos Brasileiro, atualmente, todas as transferências
tomação.
de fundos entre contas de reservas bancárias têm de ser
Na reforma conduzida pelo Banco Central do Brasil,
feitas por intermédio do STR – Sistema de Transferência
em 2001 e 2002, o foco foi redirecionado para o gerencia-
de Reservas. 
mento de riscos relativos aos:
a) sistemas de compensação e de liquidação
III. Em 1988, entrou em operação um sistema de liqui-
dação bruta em tempo real, o Sistema de Transferência b) sistemas de transferência eletrônica direta (TED)
de Reservas – STR, operado pelo Banco do Brasil, o qual c) pagamentos de fichas de liquidação e compensação
somente foi transferido para o Banco Central do Brasil, d) pagamentos de títulos e cobranças nos caixas ele-
em 2002.  trônicos
e) documentos de ordem de crédito (DOC) realizados
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): pela internet
a) I
b) II 7 (CESGRANRIO – CAIXA 2012) O Sistema de Paga-
c) I, III mentos Brasileiro é um conjunto de procedimentos, ope-
d) I, II rações e instrumentos que, integrados, possuem a função
e) I, II, III básica de:
a) transferir recursos, processar e liquidar pagamentos
4 (IDECAN – BANESTES 2012) Em relação à reforma do Sis- para pessoas, empresas, governo, Banco Central e institui-
tema de Pagamentos Brasileiro conduzida pelo Banco Cen- ções financeiras.
tral, no biênio 2001 e 2002, assinale a afirmativa INCORRETA. b) transferir bens e direitos para pessoas físicas, jurídicas,
entidades filantrópicas e organizações não governamentais.
a) Com a implantação do novo SPB houve um redirecio- c) liquidar e processar todas as operações realizadas na
namento do foco para a administração de riscos no âmbito Bolsa de Valores, em dois dias úteis a contar da data da ope-
dos sistemas de compensação e de liquidação. ração.
b) Com o novo SPB, as transferências de fundos inter- d) liquidar e compensar as operações de financiamento
bancárias passam a ser liquidadas em tempo real, em caráter a longo prazo realizadas pelo BNDES.
irrevogável e incondicional. e) regular e fiscalizar as operações realizadas pelas ins-
c) A complexidade do novo sistema elevou os riscos de tituições financeiras e pelas empresas atuantes no mercado.
liquidação nas operações interbancárias, com consequente
aumento do risco sistêmico. 8 (FCC – BB 2010) A CETIP S.A. tem por finalidade:
d) O SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) a) assegurar que as operações somente sejam finaliza-
gerido pelo Banco Central do Brasil e por ele operado em par- das caso os títulos estejam efetivamente disponíveis na po-
ceria com a ANBIMA, é o depositário central dos títulos emi- sição do vendedor e os recursos relativos a seu pagamento
tidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil. disponibilizados integralmente pelo comprador.

86
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

b) dispensar a supervisão e normatização da Comissão


de Valores Mobiliários para os casos de administração de 4 ASPECTOS JURÍDICOS. 4.3 GARANTIAS.
carteiras e custódia de valores mobiliários. 4.3.1 FIDEJUSSÓRIAS: FIANÇA E AVAL.
c) garantir a liquidação financeira de transações de títulos 4.3.2 REAIS: HIPOTECA E PENHOR.
privados entre instituições bancárias no Mercado de Balcão.
d) operar como substituta no caso de interrupção das
4.3.3 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS
operações diárias do Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB. MÓVEIS. 4.4 TÍTULOS DE CRÉDITO — NOTA
e) atuar internacionalmente, em tempo real, tendo como PROMISSÓRIA, DUPLICATA, CHEQUE.
participantes bancos, corretoras, distribuidoras, fundos de in-
vestimento, seguradoras e fundos de pensão.

9 (CESPE – BASA 2010) Em uma transação de compra e TÍTULOS DE CRÉDITO


venda de determinado título realizada pela CETIP, o preço CHEQUE
do título é definido por ela, sendo as partes obrigadas a
aceitar as condições estipuladas por essa empresa.

Certo Errado

10 (BACEN – CESPE 2009) Segundo estatísticas do BA-


CEN, entre 2003 e 2007, o número de cartões com função
de crédito passou de 44 milhões para 117,7 milhões. No
mesmo período, o número de transações com cheques
processados em sistema de liquidação interbancária caiu
de 2,13 bilhões para 1,99 bilhões. Quanto ao SPB, assinale
a opção incorreta.

a) Além da compensação de cheques e outros papéis, o


SPB admite sistema próprio para compensação e liquidação LEI 7357/85
de operações realizadas em bolsas de mercadorias.
b) Não se admite o compartilhamento de perdas entre Requisitos essenciais do cheque:
os participantes dos sistemas de compensação e liquidação,
razão pela qual tais sistemas devem adotar mecanismos de • Denominação cheque
controle de riscos. • Ordem INCONDICIONAL de pagar quantia DETER-
c) Advertência e cassação da autorização de funciona- MINADA ou DETERMINAVEL.
mento das instituições financeiras privadas ou públicas, ex- • Nome do Sacado.
ceto as federais, são penas aplicáveis pelo BACEN nos casos • Lugar de Pagamento
de infração à lei que rege o SPB. • Data e lugar de emissão do título.
d) A liquidação extrajudicial de instituição participante • Assinatura do titular ou mandatário.
do SPB não afeta o adimplemento de suas obrigações, assu-
midas no âmbito das câmaras ou dos prestadores de servi- Cuidado!
ços de compensação e de liquidação. Os requisitos essenciais do cheque são os que estão na
e) Operações com derivativos estão submetidas ao sis- Lei 7357/85, entretanto, em 2011, o BACEN editou uma cir-
tema de compensação e liquidação. cular 3972/11, que versa sobre exigências quanto a IMPRES-
SÃO das folhas de cheque pela instituição financeira.
Art. 3º As folhas de cheques fornecidas pelas insti-
GABARITO
tuições financeiras devem trazer impressas as seguintes
informações na área destinada à identificação do titular
1E 2C 3D 4C ou titulares de contas de depósitos à vista:
I - o nome do correntista e o respectivo número de
5B 6A 7A 8A
inscrição
9E 10B no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);

II - o número, o órgão expedidor e a sigla da Unida-


de da Federação referentes ao documento de identidade
constante do contrato de abertura e manutenção de conta
de depósitos à vista, no caso de pessoas naturais;
III - a data de início de relacionamento contratual do
correntista com instituições financeiras, na forma estabe-
lecida na Resolução nº 3.279, de 29 de abril de 2005, e
regulamentação complementar; e

87
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

IV - a data de confecção da folha de cheque, no for-  A praça é o local onde a conta do emitente do cheque
mato “Confecção: mês/ano”, na parte inferior da área está. Dizemos que é de mesma praça quando o cheque foi
destinada à identificação da instituição financeira, no an- emitido na cidade onde a conta corrente do emitente está,
verso do cheque. e dizemos que a praça é diferente quando o emitente emi-
te um cheque em uma cidade diferente de onde sua conta
Note que são requisitos técnicos para a impressão das corrente está.
folhas do cheque. Logo os requisitos essenciais são os que
estão na LEI 7357/85, pois o BACEN não tem poderes para Lembrando que o cheque tem prazo de prescrição, que
alterar leis, mas como o CMN delegou a ele o poder de Re- é de 6 meses, a contar do fim do prazo de apresentação
gulamentar a Compensação de Cheques e outros papéis, ele que já vimos ali em cima que pode ser de 30 dias ou de 60
pode ditar regras para melhorar o sistema. dias. (Caso o titular não apresente até a data limite, o prazo
prescricional começa a contar do fim destas datas limite)
Vamos a algumas observações que despencam nas
Que nó não é? Mas é o seguinte.
provas.
Se o cheque está com a data de emissão 24/05/2015,
O cheque é uma ORDEM DE PAGAMENTO À VISTA e temos dois prazos de apresentação: mesma praça (30 dias)
um TÍTULO DE CRÉDITO – 24/06/2015; praça diferente (60 dias) – 24/07/2015.
Este papelzinho é uma ordem de pagamento a vista, ou Então vamos usar o de mesma praça com exemplo e va-
seja, se eu emitir um cheque para você hoje, hoje mesmo mos esquecer os feriados e finais de semana, pois estamos
você pode ir ao banco e sacar o cheque, mesmo que a data apenas na teoria.
do cheque seja futura. Atualmente o poder judiciário enten- Tenho até 24/06/2015 para apresentar e vamos supor
de que, mesmo o cheque sendo uma ordem de pagamento que ainda não apresentei.
à vista é um acordo comercial, e como tal deve ser honrado Se eu apresentar no dia 27/06/2015 o banco recebe e me
de acordo com o que foi pactuado entre as partes, ou seja, paga normalmente, mesmo o prazo de apresentação tendo
se eu emitir um cheque para você com data de amanhã, nos acabado, pois o cheque ainda está valendo. Entretanto des-
dois concordamos que só deverá ser apresentado a institui- de o dia 25/06/2015 o cheque começou a prescrever.
ção financeiras a partir de amanhã, e não hoje. Apresentá-lo
hoje seria quebra de acordo comercial. Se o prazo de apresentação acabou no dia
Desta forma o Superior Tribunal de Justiça editou a SÚ- 24/06/2015, então o prazo de prescrição vai até dia
MULA 370, que diz que o cheque apresentado antes da 25/12/2015 (Feliz Natal!), ou seja, 6 meses depois do fim
data indicada acarretará dano moral em favor do emitente. do prazo de apresentação.
Se eu apresentar o cheque no dia 25/12/2015 o banco me
Mas atenção! paga normalmente, mas se apresentar no dia 26/12/2015 o
O cheque apresentado antes da data do vencimento banco devolve o cheque pelo motivo 44, cheque prescrito, pois
acarreta dano moral, mas posterior a data do vencimento o prazo de 6 meses já acabou.
não, ou seja, se eu emitir um cheque para você com data
de amanhã e você apresentar hoje, eu te lasco, mas se você O Aval no cheque pode ser total ou parcial
apresentar depois de amanhã, depois da data acordada, não
O Aval nada mais é do que uma garantia a mais no che-
posso fazer nada.
que. Mas como assim garantia?
Se eu emitir um cheque para pagar a você, e você não
Não existe ACEITE em cheque, ou seja, o reconheci-
confiar muito em mim, você pode me pedir que eu encon-
mento da dívida, uma vez que o cheque é emitido pelo pró- tre alguém para se responsabilizar pelo pagamento deste
prio devedor, correto? cheque junto comigo, caso ele volte sem fundos, o famoso
E se o próprio devedor está emitindo o cheque, então já cheque voador ou borrachudo.
é um reconhecimento de dívida, concorda? Desta forma o maluco que aceitar garantir junto comigo
O aceite está presente em títulos de crédito como a o pagamento do cheque é o chamado avalista. Ele por sua
duplicata mercantil, pois quem emite este papel é o cre- vez pode garantir o valor total do cheque, aval total, ou pode
dor, ou seja, o vendedor do produto, e cabe a mim aceitar garantir apenas uma parte do valor, ou seja, aval parcial.
o papel reconhecendo que comprei algo dele e devo um No nosso atual Código Civil do ano 2002, no artigo 897,
determinado valor. O mais interessante sobre a duplicata é há a vedação do aval parcial, ou seja, em regra o aval parcial
que ela é um título de crédito como o cheque, mas só existe é proibido. Entretanto, no mesmo dispositivo legal, no artigo
em vendas a prazo, ou seja, vendas parceladas. 903 há a importante ressalva que diz que nenhuma lei ge-
ral se sobreporá a uma lei especifica, salvo quando esta for
O Prazo de Apresentação de um cheque é o período omissa em relação ao assunto. Trocando em miúdos, seria
em que o cheque deve ser apresentado junto à instituição dizer que: o código civil não pode ser sobrepor a lei do che-
financeira que detém a conta corrente do emitente do tí- que, a Lei 7357. Desta forma a lei do cheque fala que o aval
tulo. É o prazo legal que você para ir ao banco e receber o parcial é permitido no cheque e com isso o código civil não
dinheiro. Este prazo varia conforme a praça de emissão do pode se sobrepor. Logo, AVAL PARCIAL EM CHEQUE PODE!
cheque, que pode ser de 30 dias se for emitido na mesma Também é valido para outros títulos de crédito que tem leis
praça, e 60 dias se for emitido em praça diferente. especificas e que não são omissas em relação ao aval parcial.

88
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

O aval no cheque tem prazo, e ele é limitado ao prazo A Compensação


para apresentação do cheque.
Esta etapa ocorre quando o beneficiário deposita o che-
O endosso que em sua conta junto ao banco dele. Este banco, por sua
vez, tem um prazo para comunicar ao banco do emitente que
O endosso do cheque é a forma que o beneficiário do existe um cheque emitido por um cliente dele para ser pago.
cheque tem para passá-lo para frente, ou seja, para transferir o
direito do credito do cheque para outra pessoa. Este endosso é O Cheque é compensado na COMPE – Câmara de Com-
materializado, ou seja, efetivado, quando o beneficiário assina pensação de Cheques, câmara esta gerenciada pelo Banco
atrás do cheque. Neste momento ele está endossando o che- do Brasil e regulamentada pelo Banco Central. Esta câ-
que, ou seja, transferindo para alguém seu direito de receber mara processa de forma eletrônica cópia digitalizada do
aquele dinheiro escrito no cheque. Este tal endosso pode ser cheque emitido, para que o banco do emissor informe se há
em branco, quando não digo quem é o novo beneficiário, ou condições de pagamento ou não do cheque.
pode ser em preto, quando digo que é o novo beneficiário.
A expressão A ORDEM ou NÃO A ORDEM: O prazo da compensação do cheque é de 24H para
cheques a partir de R$ 300,00; e de 48H para che-
Quando falamos que o cheque é A ORDEM, estamos ques até R$ 299,99.
dizendo que o cheque permite cadeia de endosso, ou seja,
permite que eu passe o cheque para frente, ou seja, para Nestes dois casos o valor ficará bloqueado na conta do
minha ordem. beneficiário até acabar o prazo de compensação, mas na
Já no NÃO A ORDEM, o cheque fica impedido de pro- noite que antecede o fim do prazo, o valor já fica dispo-
duzir uma cadeia de endosso, ou seja, o cheque não pode nibilizado para pagar débitos programados na conta do
ser passado a minha ordem, ou seja, para quem eu quiser. beneficiário.
Mas vale ressaltar que sacar o dinheiro somente após
Lembrando!
o fim do prazo de compensação.
• Cheque NOMINAL é aquele em que existe o nome
do beneficiário, mas a Lei do cheque permite que haja o
Na compensação o Cheque pode ser devolvido por di-
CHEQUE AO PORTADOR limitado ao valor de R$
versos motivos, que são chamados de sem fundos, impediti-
100,00, ou seja, qualquer cheque até R$ 100,00 está dispen-
sado de indicar o nome do beneficiário, mas a partir deste vos de pagamento e erros de preenchimento, mas devemos
valor deve ser indicado o nome do beneficiário a quem a destacar os que levam a inclusão do nome do emitente no
instituição financeira irá pagar o valor. CCF - Cadastro de Cheques sem Fundos:

Cruzamento • 11 – Sem fundos na primeira apresentação (Não


inclui diretamente, mas é uma etapa para que o motivo 12
O cruzamento do cheque é um mecanismo que serve aconteça)
para proteger o emitente e o beneficiário do cheque, pois • 12 – Sem fundos na segunda apresentação. Ai vai
ao cruzar o cheque, o banco entende que não deve pagar ao para o CCF.
beneficiário em dinheiro vivo, e sim depositar em sua conta. • 13 – Conta encerrada. Passagem direta e sem es-
Desta forma caso o cheque seja extraviado ou roubado, o calas para o CCF
banco tem como rastrear aonde o cheque foi depositado. • 14 – Prática Espúria. Práticas ilegais feitas com
Este cruzamento é sinalizado através de duas barrinhas o cheque, como tentativas de fraude ou falsificação da
paralelas feitas no anverso do cheque, ou seja, na frente própria assinatura, ou até mesmo apresentação de vários
do cheque. Este cruzamento pode ser feito de duas formas cheques de mesmo valor seguidos no mesmo dia. Também
em branco, o cheque deverá ser depositado em uma con- ganha passagem direta e sem escalas para o CCF.
ta. Ele não pode ser sacado na “boca do caixa”.
Ou em preto, e neste caso o emitente do cheque está OBS 1: Os bancos e seus agentes de compensação
complicando a vida do beneficiário, pois neste tipo de devem tomar muito cuidado com a devolução de che-
cruzamento em que entre as duas barrinhas paralelas o emi- ques, pois a SÚMULA 388 STJ diz que a simples devolu-
tente diz em QUAL BANCO o cheque deverá ser deposi- ção indevida de um cheque acarreta DANO MORAL para
tado apenas em uma conta daquele banco específico, e em o emitente do cheque.
nenhum outro. OBS 2: Caso uma instituição financeira atrase a com-
Mas e se o beneficiário não tiver conta naquele banco? pensação de um cheque, ou retenha o valor por mais
Deverá proceder a abertura de uma conta para depositar tempo que o previsto em lei, a instituição deverá remu-
o valor do cheque ou transferir o cheque mediante endosso nerar a beneficiário pela taxa SELIC por dia de atraso.
para outro beneficiário que possa ter conta naquele banco.
Atenção!
Atenção! A Circular 3535 do BACEN alterou a Resolução 3972
Estar cruzado não significa que o cheque deve ser de- do CMN no sentido de que nas devoluções de cheques
positado em uma conta corrente, exclusivamente. Estar cru- os bancos só poderão devolver pelo motivo de falta de
zado significa que o cheque deve ser depositado em uma fundos (11 ou 12), ou conta encerrada (motivo 13), se
conta, não exigindo exclusivamente uma conta corrente, a não houver nenhum outro motivo pelo qual o cheque
menos que o cruzamento em preto determine tal exigência. pode ser devolvido, por exemplo:

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Um cheque que está sem fundos, mas que a assinatura do emitente também não confere, deve ser devolvido pelo
motivo 22 (divergência de assinatura) e não pelo 11 ou 12 (sem provisão de fundos).

Nota promissória
“Amarelinha”

É um título cambiário em que seu criador assume a obrigação direta e principal de pagar o valor correspondente no
título. A nota promissória nada mais é do que uma promessa de pagamento, e para seu nascimento são necessárias duas
partes: o emitente ou subscritor (devedor), criador da promissória no mundo jurídico, e o beneficiário ou tomador que é
o credor do título.
Para exemplificar a constituição de uma nota promissória citamos a seguinte hipótese: Pedro empresta R$ 1.000,00 (mil reais)
ao seu amigo André, que por sua vez se compromete a efetuar o pagamento do empréstimo em trinta dias. Assim sendo, emite
uma nota promissória no valor do empréstimo onde o beneficiário é o Pedro, com vencimento para trinta dias da data.
Como nos demais títulos de crédito a nota promissória pode ser transferida a terceiro por endosso, bem como nela é
possível a garantia do aval.
Caso a nota promissória não seja paga em seu vencimento poderá ser protestada, como ainda será possível ao beneficiá-
rio efetuar a cobrança judicial, a qual ocorre por meio da ação cambial que é executiva. No entanto, a parte só pode agir em
juízo se estiver representada por advogado legalmente habilitado. Obs.: Para valores menores que 20 salários mínimos, não é
necessário advogado, bastando procurar um Juizado Especial Cível (antigo Juizado de Pequenas Causas).
A nota promissória é prevista no decreto 2044 de 31 de dezembro de 1908 e na Lei Uniforme de Genebra, seus requisitos
são os seguintes:
1. A denominação “nota promissória” lançada no texto do título.
2. A promessa de pagar uma quantia determinada.
3. A época do pagamento, caso não seja determinada, o vencimento será considerado à vista.
4. A indicação do lugar do pagamento e, em sua falta, será considerado como o domicílio, o do subscritor (emitente).
5. O nome da pessoa a quem, ou a ordem de quem deve ser paga a promissória. (Beneficiário)
6. A indicação da data em que, e do lugar onde a promissória é passada, em caso de omissão do lugar será considerado
o designado ao lado do nome do subscritor.
7. A assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor ou emitente ou devedor).
8. Sem rasuras, pois perde o valor a nota promissória.
Nota Promissória_ Decreto n. 57.663, de 24-1-1966, artigo 75 em diante.

DUPLICATA
“pá pé pio/30, 60, 90, 120, 180 DIAS SEM ENTRADA E SEM JUROS”

90
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

A  duplicata mercantil ou simplesmente duplicata  é  Se houver avaria ou não recebimento das merca-


uma espécie de título de crédito que constitui o instrumen- dorias ou serviços.
to de prova do contrato de compra e venda, de mercado-  Vícios, defeitos ou diferença na quantidade ou
rias ou prestação de serviços. A lei regulamentadora em qualidade dos bens ou serviços.
nossa legislação é a: N° 5.474/68 - Lei das Duplicatas.  Divergência no prazo ou valor do titulo.
Fora essas condições o vendedor pode protestar o ti-
O prazo mínimo para a duplicata é de 30 dias, exceto tulo, caso o comprador se recuse a aceitá-lo. Este protesto
se as partes concordarem que o meio de pagamento será deve ser feito na praça de pagamento do titulo e após este
por meio de duplicata, neste caso poderá ser menor, mas a protesto, o vendedor pode requerer a cobrança judicial.
regra é prazo mínimo 30 dias, contados da entrega ou des-
pacho da mercadoria ou da prestação do serviço. Atenção! A duplicata pode ser alterada ou ter seu prazo
prorrogado, desde que concordem o vendedor, o comprador
O vendedor entrega a mercadoria e emite uma FATURA, e os coobrigados ( avalistas ou endossantes).
onde serão discriminados os valores das mercadorias ou dos Para formalizar o pagamento da duplicata, e se livrar
serviços prestados e as parcelas de cada um. Através desta dessa dívida, o comprador pode:
fatura o vendedor pode emitir varias duplicatas, discriminan-  Pagar em dinheiro e receber um recibo, no qual
do cada uma quanto a sua origem, ou pode emitir uma única verse que o mesmo corresponde a quitação da duplicada.
duplicata, onde discriminará os produtos ou serviços.  Cheque a favor do vendedor, onde verse que o
cheque corresponde à liquidação da obrigação.
Deve-se sempre informar o valor líquido das vendas Obs.: No pagamento pode haver dedução de creditos a
ou serviços prestados! favor do comprador, decorrentes, por exemplo, de devolu-
ção de mercadorias ou ressarcimento por danos a mercado-
Requisitos da duplicata rias ou serviços.
I - a denominação “duplicata”, a data de sua emissão Caso o comprador não pague o título, este irá a protes-
to, sempre na praça de pagamento. Além disso, o vendedor
e o número de ordem;
pode requerer a execução judicial do título, mas esse di-
II - o número da fatura;
reito tem prazo:
III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser
 3 anos para o sacado ou avalistas, a contar da
a duplicata à vista;
data de vencimento.
IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador;  1 ano para executar os coobrigados. (Estes respon-
V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso; dem solidariamente pelo aceite e pelo pagamento do título).
VI - a praça de pagamento; Atenção: Existe um papel chamando TRIPLICATA, que
VII - a cláusula à ordem; nada mais é do que a segunda via da duplicata, decorrente
VIII - a declaração do reconhecimento de sua exati- de perda ou extravio desta.
dão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo com-
prador, como aceite, cambial; EXERCÍCIO
IX - a assinatura do emitente. 1 (CESPE – CAIXA 2010 – ADAPTADA) Os prazos de apre-
Obs.: Uma só duplicata não pode corresponder a mais sentação, de pagamento e de bloqueio de cheque de valor
de uma fatura, mas uma fatura pode ter mais de uma du- igual ou superior ao VLB-cheque não podem ser prorrogados.
plicada. Certo Errado
Fluxo da emissão das duplicatas
Vendedor, ou seu representante, produz uma fatura, 2 (CESPE – CAIXA 2010 – ADAPTADA) Na compensação
com esta em mãos, emite uma duplicata. Esta duplicada de cheque de valor igual ou superior a valor de referência
pode ser entregue diretamente ao comprador, ou o ven- para liquidação bilateral de cheques (VLB – Cheque), o pa-
dedor pode contratar um intermediador, (instituição fi- gamento à instituição acolhedora será efetuado por inter-
nanceira ou correspondente), que se encarrega da entrega médio do Sistema de Transferência de Reservas, em caráter
ao comprador, e se responsabiliza pela custodia do titulo até irrevogável e incondicional.
sua liquidação. Certo Errado
Se o vendedor entregar diretamente, tem o prazo de
30 dias, a contar da data da emissão para fazê-lo, e o com- 3 (CESPE – CAIXA 2010 – ADAPTADA) Segundo a re-
prador tem o prazo de 10 dias, para devolver a duplicata gulamentação do sistema de compensação de cheques, a
reconhecendo a divida ou não, através de um instrumento apresentação dos cheques à instituição financeira sacada
chamado “aceite”. caracteriza-se pela entrega física do título, não sendo ad-
Se a entrega for feita pela instituição financeira, o ven- mitida a apresentação de cheques por meio da remessa dos
dedor tem o prazo de 30 dias para entregar a instituição, correspondentes registros eletrônicos.
e esta tem o prazo de 10 dias, a contar da data de recebi- Certo Errado
mento pelo vendedor, para entregar ao comprador, e este
ultimo tem 10 dias para devolver, com aceite ou não, a 4 (CESPE – CAIXA 2010 – ADAPTADA) Segundo a regula-
instituição financeira. A instituição, por sua vez, deve infor- mentação do sistema de compensação de cheques, a insti-
mar ao vendedor, se o comprador aceitou ou não o titulo, tuição financeira sacada não será responsabilizada, em hipó-
e se ira custodiar ou não o papel até sua liquidação. tese alguma, por eventuais prejuízos causados aos clientes
O comprador só pode recusar o titulo nas seguintes em caso de retardamento do pagamento de cheques tem-
condições: pestivamente apresentados.

91
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Certo Errado As garantias Fidejussórias são relacionadas a PESSOAS,


5 (CESPE – CAIXA 2010 – ADAPTADA) Na compensação ou seja, a garantia passa a ser uma pessoa física ou jurídica.
de cheque de valor igual ou superior ao VLB-Cheque, o che- Já as garantias Reais envolvem BEM ou DIREITOS que são
que acolhido em depósito será pago diretamente pela insti- dados em garantia do cumprimento de alguma obrigação,
tuição financeira sacada à instituição financeira acolhedora por exemplo: veículos, imóveis, títulos de crédito e até direi-
no mesmo dia de sua apresentação. tos de crédito.
Certo Errado Garantias Fidejussórias
Do prefixo latino “fides”, fé, sinceridade, crença, confian-
6 (CESPE - 2006 - Caixa) ça, crédito, esse tipo de garantia está baseada na fidelidade
Um cheque acima de cem reais somente pode ser emi- do garantidor em cumprir a obrigação, caso o devedor não
tido ao portador caso o emitente e o favorecido sejam a o faça e, de outro lado, na confiança do credor, no retorno
mesma pessoa. de seu crédito, seja por parte do devedor ou por parte do
Certo Errado garantidor.
Nessa garantia, a assinatura do garantidor será a garan-
7 (CESPE - 2002 - Banco do Brasil) tia do cumprimento das obrigações assumidas pelo deve-
Os valores depositados ficam disponíveis para compen- dor, ou até mesmo os bens pessoais do garantidor res-
sar débitos, na respectiva conta corrente do depositante, na pondem pelo cumprimento da dívida do devedor. Nesta
noite do último dia do prazo de bloqueio, podendo ser sa- categoria, estão o aval e a fiança.
cados, diretamente no caixa do banco, no dia útil seguinte Aval: Ato pelo qual alguém, pela aposição de sua as-
ao último dia do prazo de bloqueio. sinatura no verso ou anverso de um título de crédito, de-
Certo Errado clara-se responsável solidariamente com o devedor pelo
pagamento da quantia expressa no título.
8 (CESPE - 2006 - Caixa) Ou seja, o AVAL é uma garantia dada em TÍTULOS DE
O prazo prescricional de um cheque é de doze meses, CRÉDITO e é SOLIDÁRIA, ou seja, tanto o devedor como
contados da data de sua emissão. seu garantidor, o avalista, podem ser executados pelo cre-
Certo Errado dor na ordem que este preferir. Desta forma dizemos que o
9 (CESPE - 2003 - Banco do Brasil)
aval é AVACALHADO, ou seja, bagunçado e SEM ORDEM
O entendimento das razões da devolução de um cheque
de execução.
é relevante para o profissional que atua na área bancária.
O novo Código Civil exige a autorização do cônjuge,
Norma do BACEN identifica, mediante codificação numérica,
casado sob o regime de comunhão parcial e total de bens,
os motivos para a devolução de um cheque. Com referência
para a prestação de aval, sob pena de invalidade das respec-
a esse tema, é correto afirmar que o cheque cuja assinatura
o banco entender divergente da do correntista dele emissor tivas garantias.
será devolvido e receberá o código 12. No aval, o garantidor promete pagar a dívida, caso o
Certo Errado devedor não o faça. Vencido o título, o credor pode cobrar
10 (CESPE - 2003 - Banco do Brasil) indistintamente do devedor ou do avalista.
O entendimento das razões da devolução de um cheque
é relevante para o profissional que atua na área bancária. ATENÇÃO! O aval é uma garantia tipicamente cambiá-
Norma do BACEN identifica, mediante codificação numérica, ria, ou seja, não vale em contrato, somente pode ser pas-
os motivos para a devolução de um cheque. Com referên- sado em títulos de crédito e o avalista se responsabiliza
cia a esse tema, é correto afirmar que o cheque devolvido APENAS pelo valor expresso no título avalizado.
em razão de contra ordem receberá o código 21, nos casos Fiança Pessoal: É um contrato por meio do qual alguém,
usuais, e o código 28, se a contra ordem for motivada por chamado fiador, garante o cumprimento da obrigação do
furto ou por roubo. devedor, caso este não o faça, ou garante o pagamento de
Certo Errado uma indenização ou multa pelo não cumprimento de uma
obrigação de fazer ou de não fazer do afiançado.
GABARITO
ATENÇÃO! A fiança é uma garantia dada em CON-
TRATOS, ou seja, diferentemente do aval, a fiança exige um
 1E 2C 3E 4E contrato para ser formalizada.
5C 6E 7C 8E Na fiança, existem três figuras distintas:
• O Fiador: aquele que se obriga a cumprir a obriga-
9E 10E
ção, caso o devedor não o faça;
• O Afiançado: é o devedor principal da obrigação
originária da fiança,
Garantias das Operações de Crédito
As Garantias de operações de crédito existem como
• O Beneficiário: é o credor, aquele a favor do qual a
uma forma de proteção para os bancos e credores em geral obrigação deve ser cumprida.
que querem garantir o pagamento, por parte do devedor,
de compromisso assumidos por este para com os credores. A fiança, em relação ao crédito, representa uma obriga-
As garantias possuem dois grandes grupos: Fidejussórias e ção subsidiária, ou seja, ela só existe até o limite estabe-
as Reais. lecido e somente pode ser cobrada caso o devedor não
pague a dívida afiançada.

92
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

A fiança é SUBSIDIÁRIA, o que permite o direito de OR- da hipótese de inadimplemento do devedor, o credor pode
DEM na execução da dívida, ou seja, o fiador, ou codevedor, oferecer à venda o bem onerado, pagando-se com o preço
só efetivamente será executado após cobrança ao devedor obtido, devolvendo ao devedor a diferença entre o valor da
principal. dívida e o preço alcançado na venda.
Para ser solidária, ou seja, para que o fiador possa ser Caso o preço da venda não baste para a liquidação
compelido a pagar, independentemente de o devedor já ter da dívida, o devedor continua obrigado ao pagamento
ou não sido acionado para fazê-lo, deverá conter cláusula da diferença.
específica. O credor com garantia real não necessita habilitar-se
A fiança pode ser dada por qualquer pessoa capaz físi- em concordata do devedor, visto que o bem garantidor da
ca ou jurídica. Quando o fiador, pessoa física for casado, é
operação já está destacado em sua garantia. Na hipótese
obrigatório o consentimento do cônjuge.
de falência, vendido o objeto garantidor, primeiramente o
Na avaliação dos bens do(s) fiador (es) não se conta o
credor é pago e, restando algum valor, é esse distribuído
bem de família – único imóvel residencial – por força da im-
penhorabilidade prevista na Lei 8009/90 e no Código Civil. entre os credores quirografários. Se o valor da venda não
Esse bem de família somente pode responder pela dívida se for suficiente para o ressarcimento do credor, esse deverá
for recebido em garantia hipotecária. habilitar-se no processo de falência pela diferença, na quali-
Fiança Bancária: Nada mais é do que um contrato por dade de credor quirografário.
meio do qual o banco, que é o fiador, garante o cumpri-
mento da obrigação de seus clientes (afiançado) e poderá PENHOR
ser concedido em diversas modalidades de operações e em Penhor Mercantil – Contrato acessório e formal, em
operações ligadas ao comércio internacional. que o devedor, ou outra pessoa por ele, entrega ao credor
A fiança nada mais é do que uma obrigação escrita, aces- um ou vários bens móveis, como garantia de obrigação.
sória, assumida pelo banco, e que, por se tratar de uma ga-
rantia e não de uma operação de crédito, está isenta do IOF. ATENÇÃO! O bem, objeto dessa garantia, obrigato-
Os Bancos somente poderão prestar fiança que tenha riamente fica na posse do banco ou de quem este indicar
perfeita caracterização do valor em moeda nacional e venci- como fiel depositário. A Propriedade é do devedor!
mento, ou seja, o prazo de validade da fiança. O contrato lastreado por garantia de penhor mercantil
Além disso os bancos não poderão contratar fianças que é levado a registro no Cartório de Títulos e Documentos,
acumulem valor superior a 5 vezes o montante dos seus ca- para que surta os efeitos legais contra terceiros. A origem/
pitais realizados e reservas livres, bem como as fianças não propriedade do bem a ser penhorado é comprovada através
poderão, isoladamente superar a metade da soma dos re- de documentação hábil.
cursos livres e dos capitais realizados. De acordo com o Código Civil, extingue-se o penhor:
É vedado aos bancos:  Extinguindo-se a obrigação;
a) a assunção de responsabilidades por aval ou outorga  Perecendo a coisa;
de aceite;  Renunciando o credor;
b) a concessão de fiança ou qualquer outra garantia que  Confundindo-se na mesma pessoa as qualidades
possa, direta ou indiretamente, ensejar aos favorecidos a de credor e de dono da coisa;
obtenção de empréstimos em geral, ou o levantamento de
 Dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a
recursos junto ao público;
venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele au-
c) a concessão de aval ou fiança em moeda estrangeira
torizada.
ou que envolva risco de variação de taxas de câmbio, exceto
quando se tratar de operações ligadas ao comércio exterior.
A prestação de fiança pela Caixa Econômica Federal de- ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA: É a garantia representada
pende de prévia e expressa autorização deste Banco Central, pela transferência da propriedade resolúvel do bem mó-
em cada caso. vel para o credor fiduciante, ficando o devedor fiduciário
As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimen- na posse direta desse bem, na condição de fiel depositário,
tos não poderão prestar fiança nem aval. até o cumprimento total das obrigações.
As informações acima não se aplicam aos bancos priva- Essa garantia veio resolver o problema das Sociedades
dos de investimento ou de desenvolvimento, os quais ficam Financeiras que, ao financiar a aquisição de bens móveis, uti-
regulados, no particular, pela Resolução nº 18, de 18 de fe- lizava-se de institutos obsoletos para garantir o pagamento
vereiro de 1966. da obrigação. Esta garantia é típica em financiamento de
As demais Instituições Financeiras, inclusive Cooperati- BENS DURÁVEIS.
vas de Crédito e Seção de Crédito das Cooperativas Mistas, Para o credor, esse tipo de garantia trouxe a novidade
não poderão outorgar aceite, fiança ou aval. de, caso o devedor não liquide sua obrigação no vencimen-
to, poderá requerer a ação de busca e apreensão do bem
 Garantias Reais alienado e, após se apossar desse, vendê-lo a terceiros, apli-
Como vimos na garantia pessoal, os bens gerais do cando o valor de venda no pagamento de seu crédito, ou
garantidor asseguram o cumprimento da obrigação. Já na seja, com a alienação fiduciária, o bem pode ser executado
garantia real (do latim res=coisa), o devedor ou garantidor sem o tramite judicial completo, bastando o devedor ser
destaca um bem específico que garantirá o ressarcimento declarado irremediavelmente insolvente, ou seja, não vai
do credor, na hipótese de inadimplência do devedor. Diante pagar de jeito nenhum.

93
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

No entanto, convém salientar que o credor não pode ATENÇÃO!


ficar com o bem objeto da garantia, devendo vendê-lo, Critérios para Pagamento
utilizando-se do valor da venda na liquidação da operação. O pagamento é realizado por CPF/CNPJ e por instituição
HIPOTECA – Direito real de garantia, constituído so- financeira ou conglomerado. 
bre imóvel do devedor ou de terceiros, sem tirá-lo da Limite de Cobertura Ordinária
posse direta do proprietário, objetivando sujeitá-lo ao pa- Até R$ 250.000,00 por conta ou conglomerado financei-
gamento da dívida. ro. Se a conta possuir mais de um titular, o valor de 250 mil
Ou seja, diferentemente da alienação fiduciária, aqui o será dividido pelo número de titulares, ou seja, não são 250
devedor dá o bem em garantia mas continua o dono dele, mil por cada, mas sim por todos, ok?
ou seja, não há transferência de propriedade do devedor Adesão Compulsória
para o credor, mas apenas a sinalização de que aquele imó- A adesão das instituições financeiras e as associações de
vel é uma garantia de uma operação de crédito e, caso ele poupança e empréstimo em funcionamento no País - não
seja vendido, o valor arrecadado será voltado preferencial- contemplando as cooperativas de crédito e as seções de cré-
mente a quitação da dívida contraída. dito das cooperativas, é realizada de forma compulsória. As
A hipoteca pode ser formalizada em um Instrumento à autorizações do Banco Central do Brasil para funcionamento
parte ou por cláusula adjeta a contratos de empréstimos, de novas instituições financeiras estão condicionadas à ade-
mas em qualquer caso é obrigatória a averbação na matrícu- são ao FGC.
la do imóvel junto ao Cartório de Registro de Imóveis. O  FGC  possui norma legal que explicita os critérios e
Quando o imóvel for de propriedade de pessoa física limites de proteção ao Sistema Financeiro Nacional - Reso-
casada, é obrigatório o comparecimento de seu cônjuge na lução 4.222, de 23 de maio de 2013.
hipoteca. Depósitos Garantidos
Finalmente, convém salientar que toda garantia é • Depósitos à vista (contas correntes)
acessória de uma obrigação principal e que, portanto, • Depósitos de poupança;
com a extinção da obrigação principal, a garantia dei- • Depósitos a prazo CDB e RDB;
xa de existir. Por outro lado, a garantia se prende somente • Depósitos mantidos em contas não movimentáveis
à obrigação garantida, não podendo, por ato unilateral do por cheques destinadas a salários;
credor se estender a outra obrigação, ainda que as partes • Letras de câmbio;
sejam as mesmas. • Letras imobiliárias;
• Letras hipotecárias;
FUNDO GARANTIDOR DO CRÉDITO • Letras de crédito imobiliário;
• Letras de crédito do agronegócio (LCA);
Em agosto de 1995, através da Resolução 2.197, de • Operações compromissadas que têm como obje-
31.08.1995, o Conselho Monetário Nacional - CMN autoriza tivo títulos emitidos após 8 de março de 2012 por empresa
a “constituição de entidade privada, sem fins lucrativos, des- ligada.
tinada a administrar mecanismos de proteção a titulares ATENÇÃO! O atraso no recolhimento da contribuição
de créditos contra instituições financeiras”.  ordinária devida implica, para a instituição associada ao FGC
responsável pela contribuição, multa de 2% sobre o respec-
Em novembro de 1995, o Estatuto e Regulamento da tivo valor, acrescido de atualização com base na taxa Selic.
nova entidade são aprovados. Cria-se, portanto, o  Fundo Conforme Circular 3.164 de 2002.
Garantidor de Créditos - FGC, associação civil sem fins
lucrativos, com personalidade jurídica de direito priva- ATENÇÃO! A regra padrão é que o FGC garante os
do, através da Resolução 2.211, de 16.11.1995. depósitos até 250 mil reais por conta ou conglomerado fi-
O FGC tem por objetivos prestar garantia de créditos nanceiro, entretanto existe uma forma de depósitos a prazo
contra instituições dele associadas, nas situações de: chamada DPGE – Depósitos a Prazo com Garantia Especial
• Decretar da intervenção ou da liquidação extrajudi- do FGC – que é garantido pelo FGC até o limite de 20 mi-
cial de instituição associada; lhões de reais, o que o torna especial. Vale destacar que
• Reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do nesta modalidade o FGC não admite conta conjunta, mas
estado de insolvência de instituição associada que, nos ter- apenas individual.
mos da legislação em vigor, não estiver sujeita aos regimes ​O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou  reso-
referidos no item anterior. lução  que estabelece a forma de contribuição das institui-
Integra também o objeto do FGC, consideradas as fina- ções associadas ao Fundo Garantidor do Cooperativis-
lidades de contribuir para a manutenção da estabilidade do mo de Crédito (FGCoop), bem como aprova seu estatuto
Sistema Financeiro Nacional e prevenção de crise sistêmica e regulamento. Conforme previsto na Resolução nº 4.150,
bancária, a contratação de operações de assistência ou de de 30.10.2012, esse fundo terá como instituições associa-
suporte financeiro, incluindo operações de liquidez com as das todas as cooperativas singulares de crédito do Brasil e
instituições associadas, diretamente ou por intermédio de os bancos cooperativos integrantes do Sistema Nacional de
empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas Crédito Cooperativo (SNCC).
controladores. De acordo com seu estatuto, o FGCoop tem por obje-
to prestar garantia de créditos nos casos de decretação de
intervenção ou de liquidação extrajudicial de instituição as-

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

sociada, até o limite de R$250 mil reais por pessoa, bem como contratar operações de assistência, de suporte financeiro e de
liquidez com essas instituições.
A contribuição mensal ordinária das instituições associadas ao Fundo será de 0,0125% dos saldos das obrigações garan-
tidas, que abrangem as mesmas modalidades protegidas pelo Fundo Garantidor de Créditos dos bancos, o FGC, ou seja, os
depósitos à vista e a prazo, as letras de crédito do agronegócio.
ATENÇÃO! As Cooperativas de Crédito e os Bancos Cooperativos não fazem mais parte do FGC, apenas fazem parte do
FGCOOP. O FGCOOP (Fundo Garantidor do Cooperativismo) tem as mesmas coberturas do FGC, mesmos critérios e mesmos
objetivos.
ATENÇÃO! Algumas mudanças que ocorreram no FGC em 2017.

EXERCÍCIO
1 (CESGRANRIO – BB 2015) Ao conceder uma fiança bancária a determinado cliente, um banco garante o cumprimen-
to de uma obrigação pelo cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária:

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.


b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham perfeita caracterização do valor em
moeda nacional.
c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia. 
d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.
e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

2 (CESGRANRIO – BB 2015) Sr. X é concitado por Sr. Y a atuar como avalista em título de crédito no qual Sr. Y é de-
vedor. Dado o alto grau de amizade entre os dois, o ato é praticado. Algum tempo depois, Sr. X recebe comunicação de
que pende de pagamento a dívida resultante do aval. 
Diversas dúvidas acudiram ao avalista que, consultando profissional especializado em títulos de crédito, assentou
que o seu dever de pagamento estaria relacionado a

a) obrigações portadas por devedor, mesmo ilíquidas


b) cláusulas contratuais estipuladas em desfavor do devedor
c) títulos de crédito derivados do original
d) obrigação líquida constante do título
e) estoque de débito do avalizado junto ao credor

3 (CESGRANRIO – BASA 2014) Nos termos da Resoluçao CMN nº 4.222/2013, que regula o Fundo Garantidor de Crédi-
to, o atraso no recolhimento das contribuições devidas sujeita a instituição associada sobre o valor de cada contribuição
à multa de:

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

a) 2% 8 (FCC – BB 2013) O penhor mercantil é modalidade de


b) 3% garantia que pode ser exigida por operadores do Sistema
c) 4% Financeiro Nacional na formalização de operações de cré-
d) 5% dito em que:
e) 6% a) haja dispensa de fiel depositário.
b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor
4 (CESGRANRIO – BB 2014) Um gerente participa de financiado.
processo de treinamento sobre títulos de créditos e ga- c) esse direito recaia sobre bens móveis.
rantias do Sistema Financeiro Nacional. d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem
Durante a avaliação dos itens abordados no treina- autorização prévia do credor.
mento, o gerente, que se dedicou com afinco aos estudos, e) os recursos liberados permaneçam depositados na
responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do mesma instituição financeira.
Código Civil,
9 (FCC – BB2013) A operação por meio da qual a insti-
a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso
tuição financeira garante em contrato, perante terceiros,
de pagamento pelo avalista.
o cumprimento de obrigações decorrentes de riscos assu-
b) é garantia típica dos contratos bancários.
c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito. midos por parte do seu cliente é denominada:
d) pode ser considerado até declaração judicial quando a) fiança bancária.
cancelado. b) penhor mercantil.
e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título. c) alienação fiduciária.
d) adiantamento de contrato de câmbio.
5 (CESGRANRIO – BB 2014) Um bancário, almejando e) aval.
promoção na carreira, realiza diversos cursos propostos
pelo seu empregador. Ao final de um desses cursos, foi 10 (CESGRANRIO – BB 2012) Devido à grande exposi-
apresentada uma questão exigindo do aluno o conheci- ção ao risco de crédito, os bancos precisam utilizar meios
mento de que a hipoteca. para garantir suas operações e salvaguardar seus ativos. 
a) é inaplicável sobre as acessões do imóvel hipotecado Qual o tipo de operação que garante o cumprimento
b) é relacionada aos títulos de crédito documentados de uma obrigação na compra de um bem a crédito, em
c) acarreta a proibição de alienação do imóvel hipotecado.  que há a transferência desse bem, móvel ou imóvel, do
d) pode incidir sobre navios e aeronaves. devedor ao credor?
e) pode ser realizada por pessoa absolutamente incapaz.
a) Hipoteca
6 (CESGRANRIO – BB 2014) O Fundo Garantidor de Cré- b) Fiança bancária
dito foi criado para, dentre outras finalidades, proteger c) Alienação fiduciária
depositantes e investidores no âmbito do sistema finan- d) Penhor
ceiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação. e) Aval bancário
Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como:
a) sociedade por ações  1B 2D 3A 4A 5D
b) sociedade de economia mista 6D 7B 8C 9A 10C
c) autarquia especial
d) associação civil
e) empresa financeira

7 (CESGRANRIO – BASA 2013) Para se resguardarem QUESTÕES COMENTADAS


de possíveis inadimplências nas operações de cessão de
crédito aos seus clientes, os Bancos estabelecem alguns 1 (Banco do Brasil – Cesgranrio – 2014) (Questão du-
tipos de garantia.  vidosa) Nos termos da Lei de regência, cabe ao Conselho
O aval é uma garantia: Monetário Nacional determinar recolhimento de determi-
nado percentual do total dos depósitos e/ou outros títu-
a) real extrajudicial e incide sobre bens imóveis ou equi- los contábeis das instituições financeiras, seja na forma de
parados que pertençam ao devedor ou a terceiros. subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional,
b) pessoal autônoma e solidária destinada a garantir tí- seja na compra de títulos da Dívida Pública Federal, ou
tulos de crédito, permitindo que um terceiro seja coobriga- ainda, através de recolhimento em espécie. Esse percen-
do em relação às obrigações assumidas. tual corresponderá a até.
c) real vinculada a uma coisa móvel ou mobilizável que fi- a) 60%
cará em poder do Banco durante a operação de empréstimo. b) 50%
d) vinculada a um bem móvel que fica em nome do Ban- c) 20%
co até o término do pagamento do empréstimo. d) 30%
e) exigida pelo emprestador de acordo com o risco da
e) 40%
operação e pode ser real ou impessoal.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Gabarito item A. motivo pelo qual não podemos simplesmente descartar esta
Note uma coisa, esta questão deve ser analisada com opção por ter uma Lei mais nova. Então fica ligado, a Lei
cuidado e com olhos de concurseiro. Sabemos pelo que es- mais nova existe mas o CMN não deixou de lado este po-
tudamos que o BACEN tem poderes de determinar a taxa der de acordo com a CESGRANRIO então não adianta brigar
do compulsório até 100% do deposito à vista até 60% so- com banca examinadora.
bre os títulos contábeis financeiros das instituições finan-
ceiras, mas isso veio com a Lei 7730/89, até então tanto o 4 (CESGRANRIO – BASA 2013) Atualmente os bancos
CMN quanto o BACEN podiam determinar o recolhimento oferecem diversas modalidades de crédito. A operação
sobre os títulos contábeis e financeiros até 60%, então a de crédito concedida para a aquisição de bens e serviços,
CESGRANRIO pegou a letra da Lei e implantou na questão, com a opção de antecipação de pagamento das parcelas
motivo pelo qual não podemos simplesmente descartar esta com deságio, é o:
opção por ter uma Lei mais nova. Então fica ligado, a Lei a) leasing
mais nova existe mas o CMN não deixou de lado este po- b) certificado de depósito interbancário
der de acordo com a CESGRANRIO então não adianta brigar c) cartão de crédito
com banca examinadora. d) crédito direto ao consumidor
e) hot Money
2 (CESGRANRIO – BB 2014)
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é a entidade Gabarito item D.
máxima do sistema financeiro brasileiro, ao qual cabe. Note que o item a) Leasing não é operação de crédito,
a) intervir diretamente nas instituições financeiras ilíquidas mas sim um aluguel, logo não pode ser antecipado com de-
b) apurar e anunciar mensalmente a taxa de inflação ságio, ou desconto, sem o fim do prazo mínimo.
oficial. O item b) Certificado de depósito Interfinanceiro é a
c) autorizar a emissão de papel-moeda. taxa de juros cobrada entre os bancos para emprestarem
d) fixar periodicamente a taxa de juros interbancária. dinheiro uns aos outros. O item c) cartão de crédito também
e) aprovar o orçamento do setor público federal. é uma linha de crédito mas não há desconto sob sua anteci-
pação, pois não há juros sobre a compra, mas sim se a fatura
Gabarito item C não for paga no valor total. O item e) hot Money é uma linha
Esta questão é muito frequente em provas. Vale sempre de crédito, mas de curtíssimo prazo, onde o prazo máximo é
lembrar que o CMN autoriza a emissão de papel moeda, de 29 dias, logo não é possível a antecipação com desconto.
a Casa da Moeda fabrica o papel e o Bacen emite o papel.
Além disso o próprio BACEN cuida da distribuição do papel 5 (CESPE – BB 2007) A distinção entre os grupos de
moeda, e caso não haja BACEN na região onde o papel pre- previdência privada aberta e fechada reside na obrigato-
cisa chegar, será utilizado o Banco do Brasil como distribui- riedade, no caso das entidades fechadas, de vínculo em-
dor em nome do BACEN. pregatício entre participante e empresa patrocinadora do
fundo.
3 (Banco do Brasil – Cesgranrio – 2014) (Questão du-
vidosa) Nos termos da Lei de regência, cabe ao Conselho CERTO ERRADO
Monetário Nacional determinar recolhimento de determi-
nado percentual do total dos depósitos e/ou outros títu- Gabarito Certo. Note que a previdência aberta é aque-
los contábeis das instituições financeiras, seja na forma de la que qualquer pessoa pode contratar em um banco. Já a
subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional, previdência fechada exige um vínculo empregatício e exige
seja na compra de títulos da Dívida Pública Federal, ou que o empregador seja o instituidor do fundo de pensão.
ainda, através de recolhimento em espécie. Esse percen- Mas atenção, pois não é obrigatória a criação de uma pre-
tual corresponderá a até. vidência fechada para empregados, mas se for criada, deve
a) 60% ser por iniciativa do empregador que será o instituidor ou
b) 50% patrocinador.
c) 20%
d) 30% 6 (CESPE – CAIXA 2014) Acerca das funções e das ca-
e) 40% racterísticas da CETIP e do SELIC, julgue o item subsecu-
tivo.
Gabarito item A. As transações realizadas na CETIP envolvem basica-
Note uma coisa, esta questão deve ser analisada com mente títulos públicos de renda fixa com alta liquidez.
cuidado e com olhos de concurseiro. Sabemos pelo que es-
tudamos que o BACEN tem poderes de determinar a taxa Certo Errado
do compulsório até 100% do deposito à vista até 60% so-
bre os títulos contábeis financeiros das instituições finan- Gabarito Errado. A CETIP registra as transações com títu-
ceiras, mas isso veio com a Lei 7730/89, até então tanto o los públicos Estaduais e Municipais, além dos títulos PRIVA-
CMN quanto o BACEN podiam determinar o recolhimento DOS de Renda Fixa, por exemplo CDB e RDB.
sobre os títulos contábeis e financeiros até 60%, então a A SELIC é a responsável por processar a emissão, regis-
CESGRANRIO pegou a letra da Lei e implantou na questão, tro e pagamento dos juros aos Títulos Públicos Federais.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

7 (CESPE – CAIXA 2014) No que diz respeito às ca- e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão pú-
racterísticas das ações e das debêntures, bem como ao blico em caso de inadimplência do devedor, ficando aquele
funcionamento do mercado de capitais, julgue o próximo obrigado a repassar à União eventuais diferenças, quando
item. houver, entre o valor arrecadado e o valor da dívida.
Em caso de alienação do controle acionário de uma
companhia, o acionista adquirente é obrigado a realizar Gabarito item D. Lembre-se sempre que as garantias
oferta pública de aquisição das demais ações ordinárias e para bens IMÓVEIS são hipoteca e alienação fiduciária. Na
preferenciais, podendo, nesse caso, aplicar um desconto Hipoteca o bem dado em garantia continua sendo do deve-
de, no máximo, 10% em relação ao valor pago pelo bloco dor, ou seja não há transferência de propriedade, já na alie-
de controle. nação fiduciária a principal característica é a transferência da
propriedade do devedor para o credor, ou seja, o bem passa
Certo Errado a ser do credor, e este pode requerer o bem de volta se o
devedor estiver irremediavelmente inadimplente.
Gabarito Errado. Para a troca do controlador, o novo
controlador deve garantir que caso queira fechar o capital 10 (FUNCAB – 2015 PERITO CONTABILIDADE- atualiza-
da S/A, deverá comprar as ações dos minoritários por ao da pelo professor) Os fundos de investimento representam
menos 80% do valor pago pelas ações do controlador ante- uma modalidade de investimento, constituída sob a forma
rior, a este princípio chamamos de TAG ALONG. de condomínio, que aplica em conjunto os recursos dos in-
8 (CESPE - 2006 – Caixa) vestidores que possuem objetivos comuns. Os fundos que
Por um cheque que contenha, expresso em algarismos, possuem políticas de investimentos que envolvam vários
o valor de R$ 1.852,80 e, por extenso, o texto um mil, oito- fatores de risco, sem o compromisso de concentração em
centos e cinquenta e dois reais, deve ser pago o valor ex- nenhum fator em especial, são denominados:
presso por extenso.
Certo Errado a) renda variável. 
Gabarito Errado. O cheque tem a expressão “e centavos b) renda fixa. 
acima” ao final do campo destinado ao valor por extenso, c) multimercados. 
logo, mesmo que o cliente não escreva os centavos, este d) simples
serão contados como valor. e) cambiais

9 (CESGRANRIO – BB 2015) Um cliente interessado Item correto C. Os fundos multimercado são conhecidos
na compra de um imóvel próprio encontra, entre outras, pela sua administração bastante ativa e arrojada, pois es-
as seguintes informações no website do Banco do Brasil: tes fundos tem como característica a alta rentabilidade, em
• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do troca o fundo exige o investidor “sangue no olho”, pois os
imóvel, baseado no menor dos seguintes valores: avalia- riscos são os mais elevados, uma vez que o gestor do fundo
ção ou compra e venda; não tem compromisso de aplicação mínima em ativos de
• Forma de pagamento: débito em conta-corrente; baixo risco.
• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35
anos);
• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou co-
mercial; edificado em alvenaria; localizado em área urbana;
• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.
Disponível em: <http://www.bb.com.br/portalbb/
page44,116,2117,1,0,1,1.bb?codigoMenu-172&codigoN
oticia=9518&codigoRet=184&bread=5>. Acesso em: 01
ago. 2015. Adaptado. 
A garantia informada

a)  concede ao devedor a propriedade do imóvel,


assegurada por registro em cartório logo depois do
pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na
confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que pro-
porciona ao credor o direito de reaver o imóvel em caso de
inadimplência do devedor, depois de finalizado o processo
judicial.
d)  possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca,
executar o bem sob garantia sem que seja necessário
recorrer ao poder judiciário, caso o devedor se torne
irremediavelmente inadimplente.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

ANOTAÇÕES

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

ANOTAÇÕES

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MATEMÁTICA

Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
Frações e operações com frações..................................................................................................................................................................... .01
Múltiplos e divisores, Máximo divisor comum e Mínimo divisor comum ........................................................................................ 07
Números e grandezas proprocionais: Razões e proporções; Divisão em partes proporcionais............................................... 11
Regra de três.............................................................................................................................................................................................................. 15
Sistema métrico decimal........................................................................................................................................................................................ 19
Equações e inequações.......................................................................................................................................................................................... 23
Funções ....................................................................................................................................................................................................................... 29
Gráficos e tabelas..................................................................................................................................................................................................... 37
Estatística Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão ........................................................................... 43
Geometria.................................................................................................................................................................................................................... 48
Matriz, determinantes e sistemas lineares...................................................................................................................................................... 62
Sequências, progressão aritmética e geométrica........................................................................................................................................ 70
Porcentagem.............................................................................................................................................................................................................. 74
Juros simples e compostos................................................................................................................................................................................... 77
Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Capitais, Anuidades e Sistemas de Amortização.................................................... 80
Análise combinatória e probabilidade: princípios fundamentais de contagem, arranjos, permutações, combinações, bi-
nômio de Newton, cálculo de probabilidades.’............................................................................................................................................. 93
MATEMÁTICA

Exemplo 2
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, 40 – 9 x 4 + 23
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, 40 – 36 + 23
4 + 23
POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES
27
NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM
FRAÇÕES. Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25

Números Naturais Números Inteiros


Os números naturais são o modelo mate- Podemos dizer que este conjunto é composto pelos
mático necessário para efetuar uma contagem. números naturais, o conjunto dos opostos dos números
Começando por zero e acrescentando sempre uma unida- naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:
de, obtemos o conjunto infinito dos números naturais Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}
Subconjuntos do conjunto :
1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Z*={...-2, -1, 1, 2, ...}
- Todo número natural dado tem um sucessor
a) O sucessor de 0 é 1. 2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
b) O sucessor de 1000 é 1001. Z+={0, 1, 2, ...}
c) O sucessor de 19 é 20.
3) Conjunto dos números inteiros não positivos
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero. Z-={...-3, -2, -1}

Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
antecessor (número que vem antes do número dado). quaisquer, com b≠0
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente São exemplos de números racionais:
de zero. -12/51
a) O antecessor do número m é m-1. -3
b) O antecessor de 2 é 1. -(-3)
c) O antecessor de 56 é 55. -2,333...
d) O antecessor de 10 é 9.
As dízimas periódicas podem ser representadas por
Expressões Numéricas fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra- Representação Decimal das Frações
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex- Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos: decimais

Se em uma expressão numérica aparecer as quatro 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão mero decimal terá um número finito de algarismos após a
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so- vírgula.
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-
ro.

Exemplo 1

10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23

1
MATEMÁTICA

2º) Terá um número infinito de algarismos após a vír- Exemplo 2


gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para
ser número racional Seja a dízima 1,1212...
OBS: período da dízima são os números que se repe-
tem, se não repetir não é dízima periódica e assim números Façamos x = 1,1212...
irracionais, que trataremos mais a frente. 100x = 112,1212... .
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99

Números Irracionais
Identificação de números irracionais

- Todas as dízimas periódicas são números racionais.


- Todos os números inteiros são racionais.
Representação Fracionária dos Números Decimais - Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irra-
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar cionais.
com o denominador seguido de zeros. - Todas as raízes inexatas são números irracionais.
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma - A soma de um número racional com um número irra-
casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim cional é sempre um número irracional.
por diante. - A diferença de dois números irracionais, pode ser um
número racional.
-Os números irracionais não podem ser expressos na
forma , com a e b inteiros e b≠0.

Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.

- O quociente de dois números irracionais, pode ser


um número racional.

Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.

- O produto de dois números irracionais, pode ser um


número racional.
2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, en-
tão como podemos transformar em fração? Exemplo: . = = 7 é um número racional.

Exemplo 1 Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um nú-


mero natural, se não inteira, é irracional.
Transforme a dízima 0, 333... .em fração
Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízi- Números Reais
ma dada de x, ou seja
X=0,333...
Se o período da dízima é de um algarismo, multiplica-
mos por 10.

10x=3,333...

E então subtraímos:

10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de


período.

2
MATEMÁTICA

Fonte: www.estudokids.com.br Semirreta direita, fechada de origem a – números reais


maiores ou iguais a a.
Representação na reta

Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}

Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais


maiores que a.

INTERVALOS LIMITADOS
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou
iguais a e menores do que b ou iguais a b. Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}

Intervalo:[a,b] Potenciação
Conjunto: {x∈R|a≤x≤b} Multiplicação de fatores iguais

Intervalo aberto – números reais maiores que a e me- 2³=2.2.2=8


nores que b.
Casos
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo:]a,b[
Conjunto:{x∈R|a<x<b}

Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores


que a ou iguais a a e menores do que b.

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio


número.
Intervalo:{a,b[
Conjunto {x∈R|a≤x<b}
Intervalo fechado à direita – números reais maiores
que a e menores ou iguais a b.

3) Todo número negativo, elevado ao expoente par,


resulta em um número positivo.
Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x∈R|a<x≤b}

INTERVALOS IIMITADOS
4) Todo número negativo, elevado ao expoente ím-
Semirreta esquerda, fechada de origem b- números par, resulta em um número negativo.
reais menores ou iguais a b.

Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x∈R|x≤b} 5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos pas-
sar o sinal para positivo e inverter o número que está na
Semirreta esquerda, aberta de origem b – números base. 
reais menores que b.

Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}

3
MATEMÁTICA

6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o Técnica de Cálculo
valor do expoente, o resultado será igual a zero.  A determinação da raiz quadrada de um número tor-
na-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado
em números primos. Veja: 

Propriedades

1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de


mesma base, repete-se a base e  soma os expoentes.

Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27

2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mes- 64=2.2.2.2.2.2=26


ma base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes.
Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “ti-
Exemplos: ra-se” um e multiplica.
96 : 92 = 96-2 = 94

Observe: 1 1
1

3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e mul-


3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
tiplica-se os expoentes.
Exemplos: De modo geral, se
(52)3 = 52.3 = 56
a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * ,
então:

n
a.b = n a .n b
4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores eleva-
dos a um expoente, podemos elevar cada um a esse mes- O radical de índice inteiro e positivo de um produto
mo expoente. indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
(4.3)²=4².3² dos fatores do radicando.

5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, Raiz quadrada de frações ordinárias


podemos elevar separados. 1 1
2 2 2 2 2
2
=  = 1 =
3 3 3
Observe: 32
Radiciação
Radiciação é a operação inversa a potenciação De modo geral,

a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * ,
se

então:

a na
n =
b nb

4
MATEMÁTICA

O radical de índice inteiro e positivo de um quociente 1º Caso:Denominador composto por uma só parcela
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando.

Raiz quadrada números decimais

Operações
2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.

Operações
Devemos multiplicar de forma que obtenha uma dife-
Multiplicação rença de quadrados no denominador:

Exemplo

QUESTÕES

Divisão 01. (Prefeitura de Salvador /BA - Técnico de Nível


Superior II - Direito – FGV/2017) Em um concurso, há
150 candidatos em apenas duas categorias: nível superior
e nível médio.
Sabe-se que:
Exemplo
• dentre os candidatos, 82 são homens;
• o número de candidatos homens de nível superior é
igual ao de mulheres de nível médio;
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mu-
Adição e subtração lheres.

O número de candidatos homens de nível médio é

Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20. (A) 42.


(B) 45.
(C) 48.
(D) 50.
(E) 52.

02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária


- MSCONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda,
Isabella e José foram a uma prova de hipismo, na qual ga-
nharia o competidor que obtivesse o menor tempo final.
A cada 1 falta seriam incrementados 6 segundos em seu
Caso tenha: tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria Eduarda fez
1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni fez
1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a
colocação, é correto afirmar que o vencedor foi:
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo. (A) José
(B) Isabella
Racionalização de Denominadores (C) Maria Eduarda
(D) Raoni
Normalmente não se apresentam números irracionais
com radicais no denominador. Ao processo que leva à eli-
minação dos radicais do denominador chama-se racionali-
zação do denominador.

5
MATEMÁTICA

03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - De acordo com esses dados, ao longo da existência
MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é: desse prédio comercial, a fração do total de situações de
(A) 0,2222... risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar cor-
(B) 0,6666... responde à
(C) 0,1616... (A) 3/20.
(D) 0,8888... (B) 1/4.
(C) 13/60.
04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- (D) 1/5.
NESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são (E) 1/60.
iguais, e o resto é 10, sendo esse resto o maior possível,
então o dividendo é 07. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni-
(A) 131. co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Assinale a
(B) 121. alternativa que apresenta o valor da expressão
(C) 120.
(D) 110.
(E) 101.

05. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) As expres- (A) 1.


sões numéricas abaixo apresentam resultados que seguem (B) 2.
um padrão específico: (C) 4.
(D) 8.
1ª expressão: 1 x 9 + 2 (E) 16.

2ª expressão: 12 x 9 + 3 08. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV-


GO/2017)
3ª expressão: 123 x 9 + 4
Qual o resultado de ?
...
(A) 3
7ª expressão: █ x 9 + ▲ (B) 3/2
(C) 5
Seguindo esse padrão e colocando os números ade- (D) 5/2
quados no lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª
expressão será 09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
sor – FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b .
(A) 1 111 111.
(B) 11 111. Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a:
(C) 1 111. (A) 1;
(D) 111 111. (B) 2;
(E) 11 111 111. (C) 3;
(D) 4;
06. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Durante um (E) 6.
treinamento, o chefe da brigada de incêndio de um prédio
comercial informou que, nos cinquenta anos de existência 10. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
do prédio, nunca houve um incêndio, mas existiram muitas sor – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de deter-
situações de risco, felizmente controladas a tempo. Segun- minada empresa tem o mesmo número de mulheres e de
do ele, 1/13 dessas situações deveu-se a ações criminosas, homens. Certa manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos homens
enquanto as demais situações haviam sido geradas por di- dessa equipe saíram para um atendimento externo.
ferentes tipos de displicência. Dentre as situações de risco
geradas por displicência, Desses que foram para o atendimento externo, a fra-
ção de mulheres é
− 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas inade- (A) 3/4;
quadamente; (B) 8/9;
− 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas; (C) 5/7;
− 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e (D) 8/13;
− as demais foram geradas por descuidos ao cozinhar. (E) 9/17.

6
MATEMÁTICA

RESPOSTAS

01.Resposta: B. 08. Resposta: D.


150-82=68 mulheres
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37
são de nível médio. 09. Resposta: C.
Portanto, há 37 homens de nível superior. 2-2(1-2N)=12
82-37=45 homens de nível médio. 2-2+4N=12
4N=12
02. Resposta: D. N=3
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o
vencedor. 10. Resposta: E.
Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
03. Resposta: B.
Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração

X=0,4444....
10x=4,444... Dos homens que saíram:
9x=4

Saíram no total

04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igua o quociente.
11x11=121+10=131

05. Resposta: E.
A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111

06. Resposta: D.
MÚLTIPLOS E DIVISORES, MÁXIMO
DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO
COMUM.
Gerado por descuidos ao cozinhar:

Múltiplos
Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos
Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- o primeiro pelo segundo, o resto é zero.
1/13) Exemplo

07.Resposta: C. O conjunto de múltiplos de um número natural não-


-nulo é infinito e podemos consegui-lo multiplicando-se o
número dado por todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}

Divisores
Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é
divisor de 12 e 15.
D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15}

7
MATEMÁTICA

Observações: Exemplo
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo. O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16
- Todo número natural é múltiplo de 1. m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mesma di-
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos mensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio
múltiplos. entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão escolhidos de
- O zero é múltiplo de qualquer número natural. modo que tenham a maior dimensão possível.
Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá
Máximo Divisor Comum medir
O máximo divisor comum de dois ou mais números (A) mais de 30 cm.
naturais não-nulos é o maior dos divisores comuns desses (B) menos de 15 cm.
números. (C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, deve- (D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
mos seguir as etapas: (E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.
• Decompor o número em fatores primos
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente Resposta: A.
• Multiplicar os fatores entre si.

Exemplo:

Devemos achar o mdc para achar a maior medida pos-


sível
E são os fatores que temos iguais:25=32

O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente. Exemplo2


m.d.c (MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016)
No aeroporto de uma pequena cidade chegam aviões de
três companhias aéreas. Os aviões da companhia A chegam
a cada 20 minutos, da companhia B a cada 30 minutos e da
Mínimo Múltiplo Comum companhia C a cada 44 minutos. Em um domingo, às 7 ho-
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais nú- ras, chegaram aviões das três companhias ao mesmo tem-
meros é o menor número, diferente de zero. po, situação que voltará a se repetir, nesse mesmo dia, às
Para calcular devemos seguir as etapas: (A) 16h 30min.
• Decompor os números em fatores primos (B) 17h 30min.
• Multiplicar os fatores entre si (C) 18h 30min.
(D) 17 horas.
Exemplo: (E) 18 horas.

Resposta: E.

Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos.


Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a
divisão com algum dos números, não é necessário que os
dois sejam divisíveis ao mesmo tempo.
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido,
continua aparecendo.

Assim, o mmc

8
MATEMÁTICA

Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660 05. (TJM/SP - Escrevente Técnico Judiciário – VU-


1h---60minutos NESP/2017) Em um pequeno mercado, o dono resolveu
x-----660 fazer uma promoção. Para tanto, cada uma das 3 caixas re-
x=660/60=11 gistradoras foi programada para acender uma luz, em inter-
valos de tempo regulares: na caixa 1, a luz acendia a cada
Então será depois de 11horas que se encontrarão 15 minutos; na caixa 2, a cada 30 minutos; e na caixa 3, a
7+11=18h luz acendia a cada 45 minutos. Toda vez que a luz de uma
QUESTÕES caixa acendia, o cliente que estava nela era premiado com
um desconto de 3% sobre o valor da compra e, quando as 3
01. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- luzes acendiam, ao mesmo tempo, esse desconto era de 5%.
NESP/2017) No depósito de uma loja de doces, há uma Se, exatamente às 9 horas de um determinado dia, as luzes
caixa contendo n bombons. Para serem vendidos, de- das 3 caixas acenderam ao mesmo tempo, então é verdade
vem ser repartidos em pacotes iguais, todos com a mes- que o número máximo de premiações de 5% de desconto
ma quantidade de bombons. Com os bombons dessa que esse mercado poderia ter dado aos seus clientes, das
caixa, podem ser feitos pacotes com 5, ou com 6, ou 9 horas às 21 horas e 30 minutos daquele dia, seria igual a
com 7 unidades cada um, e, nesses casos, não faltará (A) 8.
nem sobrará nenhum bombom. Nessas condições, o (B) 10.
menor valor que pode ser atribuído a n é (C) 21.
(A) 280. (D) 27.
(B) 265. (E) 33.
(C) 245.
(D) 230. 06. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Administrativo
(E) 210. – MSCONCURSOS/2017) Sabendo que a sigla M.M.C. na
matemática significa Mínimo Múltiplo Comum e que M.D.C.
02. (EMBASA – Agente Administrativo – significa Máximo Divisor Comum, pergunta-se: qual o valor
IBFC/2017) Considerando A o MDC (maior divisor co- do M.M.C. de 6 e 8 dividido pelo M.D.C. de 30, 36 e 72?
mum) entre os números 24 e 60 e B o MMC (menor múl- (A) 8
tiplo comum) entre os números 12 e 20, então o valor (B) 6
de 2A + 3B é igual a: (C) 4
(A) 72 (D) 2
(B) 156
(C) 144 07. (CELESC – Assistente Administrativo – FEPE-
(D) 204 SE/2016) Em uma excursão participam 120 homens e 160
mulheres. Em determinado momento é preciso dividir os
03. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO participantes em grupos formados somente por homens
/2017) Em um determinado zoológico, a girafa deve co- ou somente por mulheres, de maneira que os grupos te-
mer a cada 4 horas, o leão a cada 5 horas e o macaco a nham o mesmo número de integrantes.
cada 3 horas. Considerando que todos foram alimenta- Neste caso, o número máximo de integrantes em um
dos às 8 horas da manhã de domingo, é correto afirmar grupo é:
que o funcionário encarregado deverá servir a alimenta- (A) 10.
ção a todos concomitantemente às: (B) 15.
(A) 8 horas de segunda-feira. (C) 20.
(B) 14 horas de segunda-feira. (D) 30.
(C) 10 horas de terça-feira. (E) 40.
(D) 20 horas de terça-feira.
(E) 9 horas de quarta-feira. 08. (PREF. DE GUARULHOS/SP – Assistente de Ges-
tão Escolar – VUNESP/2016) Para iniciar uma visita moni-
04. (EMBASA – Assistente de Laboratório – torada a um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos do 9º
IBFC/2017) Um marceneiro possui duas barras de fer- ano de certa escola foram divididos em grupos, todos com
ro, uma com 1,40 metros de comprimento e outra com o mesmo número de alunos, sendo esse número o maior
2,45 metros de comprimento. Ele pretende cortá-las em possível, de modo que cada grupo tivesse somente alunos
barras de tamanhos iguais, de modo que cada pedaço de um único ano e que não restasse nenhum aluno fora
tenha a maior medida possível. Nessas circunstâncias, o de um grupo. Nessas condições, é correto afirmar que o
total de pedaços que o marceneiro irá cortar, utilizando número total de grupos formados foi
as duas de ferro, é: (A) 8.
(A) 9 (B) 12.
(B) 11 (C) 13.
(C) 12 (D) 15.
(D) 13 (E) 18.

9
MATEMÁTICA

09. (PREF. DE JAMBEIRO – Agente Administrativo –


JOTA CONSULTORIA/2016) O MMC(120, 125, 130) é:
(A) 39000
(B) 38000
(C) 37000
(D) 36000
(E) 35000

10. (MPE/SP – Analista Técnico Científico – VU- Mmc(12,20)=2²⋅3⋅5=60


NESP/2016) Pretende-se dividir um grupo de 216 pessoas, 2A+3B=24+180=204
sendo 126 com formação na área de exatas e 90 com for-
mação na área de humanas, em grupos menores contendo, 03. Resposta: D.
obrigatoriamente, elementos de cada uma dessas áreas, de Mmc(3, 4, 5)=60
modo que: (1) o número de grupos seja o maior possível; 60/24=2 dias e 12horas
(2) cada grupo tenha o mesmo número x de pessoas com Como foi no domingo às 8h d amanhã, a próxima ali-
formação na área de exatas e o mesmo número y de pes- mentação será na terça às 20h.
soas com formação na área de humanas; e (3) cada uma
das 216 pessoas participe de um único grupo. Nessas con- 04. Resposta: B.
dições, e sabendo-se que no grupo não há pessoa com
ambas as formações, é correto afirmar que, em cada novo
grupo, a diferença entre os números de pessoas com for-
mação em exatas e em humanas, nessa ordem, será igual a
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4 Mdc=5⋅7=35
(E) 5 140/35=4
245/35=7
Portanto, serão 11 pedaços.
RESPOSTAS
05. Resposta: D.
01. Resposta: E.

Mmc(15, 30, 45)=90 minutos


Ou seja, a cada 1h30 minutos tem premiações.
Mmc(5,6,7)=2⋅3⋅5⋅7=210 Das 9 ate as 21h30min=12h30 minutos

02. Resposta: E.

9 vezes no total, pois as 9 horas acendeu.


Como são 3 premiações: 9x3=27

06. Resposta: C.

Para o cálculo do mdc, devemos multiplicar os comuns:


MDC(24,60)=2²⋅3=12

10
MATEMÁTICA

Mmc(6,8)=24

Mdc(90, 125)=2.3²=18

Mdc(30, 36, 72) =2x3=6 Então teremos


Portanto: 24/6=4 126/18 = 7 grupos de exatas
90/18 = 5 grupos de humanas
A diferença é de 7-5=2

- eles são múltiplos de 2, pois terminam com números


pares.
E são múltiplos de 3, lembrando que para ser múltiplo
de 3, basta somar os números e ser múltiplo de 3.
36=3+6=9
07. Resposta: E. 90=9+0=9
162=1+6+2=9
MDC(120,160)=8x5=40

08. Resposta:B. NÚMEROS E GRANDEZAS


PROPORCIONAIS: RAZÕES E
PROPORÇÕES; DIVISÃO EM PARTES
PROPORCIONAIS

Razão

Chama-se de razão entre dois números racionais a e


MDC(84,96)=2²x3=12 b, com b 0, ao quociente entre eles. Indica-se a razão de a
para b por a/b  ou a : b. 
09. Resposta: A. Exemplo: 
Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25
moças. Encontre a razão entre o número de rapazes e o
número de moças. (lembrando que razão é divisão) 

Proporção

Proporção é a igualdade entre duas razões. A propor-


ção entre A/B e C/D é a igualdade:
Mmc(120, 125, 130)=2³.3.5³.13=39000

10. Resposta: B.
O cálculo utilizado aqui será o MDC (Máximo Divisor
Comum) Propriedade fundamental das proporções
Numa proporção:

11
MATEMÁTICA

Os números A e D são denominados extremos enquan-


to os números B e C são os meios e vale a propriedade: o Ou
produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:
AxD=BxC
    
Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8,
pois:  ou  

   

Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3


esteja em proporção com 4/6. Grandezas Diretamente Proporcionais

Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte for- Duas grandezas variáveis dependentes são diretamen-
ma: te proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª
grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes
da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....

. Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto
Segunda propriedade das proporções
Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença Distância(km) Combustível(litros)
dos dois primeiros termos está para o primeiro, ou para
o segundo termo, assim como a soma ou a diferença dos 13 1
dois últimos termos está para o terceiro, ou para o quarto 26 2
termo. Então temos:
39 3
52 4
   
Quanto MAIS eu ando, MAIS combustível?
  ou      Diretamente proporcionais
Se eu dobro a distância, dobra o combustível

Grandezas Inversamente Proporcionais

Ou Duas grandezas variáveis dependentes são inversa-


mente proporcionais quando a razão entre os valores da
1ª grandeza é igual ao inverso da razão entre os valores
correspondentes da 2ª.
Quanto mais....menos...
     ou   
Exemplo
velocidadextempo a tabela abaixo:
  
Velocidade (m/s) Tempo (s)
Terceira propriedade das proporções
Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença 5 200
dos antecedentes está para a soma ou a diferença dos con- 8 125
sequentes, assim como cada antecedente está para o seu
respectivo consequente. Temos então: 10 100
16 62,5
20 50
    
Quanto MAIOR a velocidade MENOS tempo??
 ou    
Inversamente proporcional
Se eu dobro a velocidade, eu faço o tempo pela me-
tade.
 

12
MATEMÁTICA

Diretamente Proporcionais QUESTÕES


Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn di-
retamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um 01. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário - INSTITU-
sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas TO AOCP/2017) João e Marcos resolveram iniciar uma so-
X1+X2+...+Xn=M e p1+p2+...+pn=P. ciedade para fabricação e venda de cachorro quente. João
iniciou com um capital de R$ 30,00 e Marcos colaborou
com R$ 70,00. No primeiro final de semana de trabalho, a
arrecadação foi de R$ 240,00 bruto e ambos reinvestiram
R$ 100,00 do bruto na sociedade, restando a eles R$ 140,00
A solução segue das propriedades das proporções: de lucro. De acordo com o que cada um investiu inicial-
mente, qual é o valor que João e Marcos devem receber
desse lucro, respectivamente?
(A) 30 e 110 reais.
(B) 40 e 100 reais.
Exemplo (C) 42 e 98 reais.
Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria. (D) 50 e 90 reais.
Carlos entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00. Caso ga- (E) 70 e 70 reais.
nhem o prêmio de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada
um, se o combinado entre os dois foi de dividirem o prê- 02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Em uma
mio de forma diretamente proporcional? empresa, trabalham oito funcionários, na mesma função,
mas com cargas horárias diferentes: um deles trabalha 32
horas semanais, um trabalha 24 horas semanais, um tra-
balha 20 horas semanais, três trabalham 16 horas sema-
nais e, por fim, dois deles trabalham 12 horas semanais.
No final do ano, a empresa distribuirá um bônus total de
R$ 74.000,00 entre esses oito funcionários, de forma que
a parte de cada um seja diretamente proporcional à sua
carga horária semanal.
Dessa forma, nessa equipe de funcionários, a diferença
Carlos ganhará R$210000,00 e Carlos R$315000,00. entre o maior e o menor bônus individual será, em R$, de
(A) 10.000,00.
Inversamente Proporcionais (B) 8.000,00.
Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., (C) 20.000,00.
Xn inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decom- (D) 12.000,00.
por este número M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente (E) 6.000,00.
proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn.
A montagem do sistema com n equações e n incógni- 03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
tas, assume que X1+X2+...+ Xn=M e além disso NESP/2017) Para uma pesquisa, foram realizadas entrevis-
tas nos estados da Região Sudeste do Brasil. A amostra foi
composta da seguinte maneira:

– 2500 entrevistas realizadas no estado de São Paulo;

cuja solução segue das propriedades das proporções: – 1500 entrevistas realizadas nos outros três estados
da Região Sudeste.

Desse modo, é correto afirmar que a razão entre o nú-


mero de entrevistas realizadas em São Paulo e o número
total de entrevistas realizadas nos quatro estados é de
(A) 8 para 5.
(B) 5 para 8.
(C) 5 para 7.
(D) 3 para 5.
(E) 3 para 8.

13
MATEMÁTICA

04. (UNIRV/60 – Auxiliar de Laboratório – UNIRV- 08. (DPE/RS - Analista - FCC/2017) A razão entre as al-
GO/2017) Em relação à prova de matemática de um con- turas de dois irmãos era 3/4 e, nessa ocasião, a altura do irmão
curso, Paula acertou 32 das 48 questões da prova. A razão mais alto era 1,40 m. Hoje, esse irmão mais alto cresceu 10 cm.
entre o número de questões que ela errou para o total de Para que a razão entre a altura do irmão mais baixo e a altura
questões da prova é de do mais alto seja hoje, igual a 4/5 , é necessário que o irmão
(A) 2/3 mais baixo tenha crescido, nesse tempo, o equivalente a
(B) 1/2 (A) 13,5 cm.
(C) 1/3 (B) 10,0 cm.
(D) 3/2 (C) 12,5 cm.
(D) 14,8 cm.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (E) 15,0 cm.
GO/2017) José, pai de Alfredo, Bernardo e Caetano, de 2, 5
e 8 anos, respectivamente, pretende dividir entre os filhos a 09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017)
quantia de R$ 240,00, em partes diretamente proporcionais O transporte de 1980 caixas iguais foi totalmente repartido
às suas idades. Considerando o intento do genitor, é possí- entre dois veículos, A e B, na razão direta das suas respectivas
vel afirmar que cada filho vai receber, em ordem crescente capacidades de carga, em toneladas. Sabe-se que A tem capa-
de idades, os seguintes valores: cidade para transportar 2,2 t, enquanto B tem capacidade para
(A) R$ 30,00, R$ 60,00 e R$150,00. transportar somente 1,8 t. Nessas condições, é correto afirmar
(B) R$ 42,00, R$ 58,00 e R$ 140,00. que a diferença entre o número de caixas carregadas em A e o
(C) R$ 27,00, R$ 31,00 e R$ 190,00. número de caixas carregadas em B foi igual a
(D) R$ 28,00, R$ 84,00 e R$ 128,00. (A) 304.
(E) R$ 32,00, R$ 80,00 e R$ 128,00. (B) 286.
(C) 224.
06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- (D) 216.
NESP/2017) Sabe-se que 16 caixas K, todas iguais, ou 40 (E) 198.
caixas Q, todas também iguais, preenchem totalmente cer-
to compartimento, inicialmente vazio. Também é possível 10. (EMDEC – Assistente Administrativo – IBFC/2016)
preencher totalmente esse mesmo compartimento com- Paulo vai dividir R$ 4.500,00 em partes diretamente propor-
pletamente vazio utilizando 4 caixas K mais certa quantida- cionais às idades de seus três filhos com idades de 4, 6 e 8
de de caixas Q. Nessas condições, é correto afirmar que o anos respectivamente. Desse modo, o total distribuído aos
número de caixas Q utilizadas será igual a dois filhos com maior idade é igual a:
(A) 10. (A) R$2.500,00
(B) R$3.500,00
(B) 28.
(C) R$ 1.000,00
(C) 18.
(D) R$3.200,00
(D) 22.
(E) 30.
RESPOSTAS
07. (IPRESB/SP – Agente Previdenciário – VU-
NESP/2017) A tabela, onde alguns valores estão substituí-
01. Resposta: C.
dos por letras, mostra os valores, em milhares de reais, que 30k+70k=140
eram devidos por uma empresa a cada um dos três forne- 100k=140
cedores relacionados, e os respectivos valores que foram K=1,4
pagos a cada um deles. 30⋅1,4=42
70⋅1,4=98
Fornecedor A B C
02. Resposta: A.
Valor pago 22,5 X 37,5
Vamos dividir o prêmio pelas horas somadas
Valor devido Y 40 z 32+24+20+3⋅16+2⋅12=148
74000/148=500
Sabe-se que os valores pagos foram diretamente propor- O maior prêmio foi para quem fez 32 horas semanais
cionais a cada valor devido, na razão de 3 para 4. Nessas con- 32⋅500=16000
dições, é correto afirmar que o valor total devido a esses três 12⋅500=6000
fornecedores era, antes dos pagamentos efetuados, igual a A diferença é: 16000-6000=10000
(A) R$ 90.000,00.
(B) R$ 96.500,00. 03. Resposta:B.
(C) R$ 108.000,00. 2500+1500=4000 entrevistas
(D) R$ 112.500,00.
(E) R$ 120.000,00.

14
MATEMÁTICA

04. Resposta: C. 09. Resposta: E.


Se Paula acertou 32, errou 16. 2,2k+1,8k=1980
4k=1980
K=495
2,2x495=1089
1980-1089=891
1089-891=198
05. Resposta: E.
2k+5k+8k=240 10. Resposta: B.
15k=240
K=16
Alfredo: 2⋅16=32
Bernardo: 5⋅16=80
Caetano: 8⋅16=128 A+B+C=4500
4p+6p+8p=4500
06. Resposta: E. 18p=4500
Se, com 16 caixas K, fica cheio e já foram colocadas 4 P=250
caixa, faltam 12 caixas K, mas queremos colocar as caixas Q, B=6p=6x250=1500
então vamos ver o equivalente de 12 caixas K C=8p=8x250=2000
1500+2000=3500

REGRA DE TRÊS
Q=30 caixas

07. Resposta: E.
Regra de três simples

Regra de três simples é um processo prático para re-


solver problemas que envolvam quatro valores dos quais
conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um
Y=90/3=30
valor a partir dos três já conhecidos.

Passos utilizados numa regra de três simples:


1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da
X=120/4=30 mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha
as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou in-
versamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Z=150/3=50 Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de
400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em
Portanto o total devido é de: 30+40+50=120000 quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade
utilizada fosse de 480km/h?
08. Resposta: E.
Solução: montando a tabela:

1) Velocidade (Km/h) Tempo (h)


400-----------------3
X=1,05 480---------------- x
Se o irmão mais alto cresceu 10cm, está com 1,50
2) Identificação do tipo de relação:
Velocidade----------tempo
400↓-----------------3↑
480↓---------------- x↑
X=1,20
Obs.: como as setas estão invertidas temos que inver-
Ele cresceu: 1,20-1,05=0,15m=15cm ter os números mantendo a primeira coluna e invertendo a
segunda coluna ou seja o que está em cima vai para baixo e
o que está em baixo na segunda coluna vai para cima

15
MATEMÁTICA

Velocidade----------tempo QUESTÕES
400↓-----------------X↓
480↓---------------- 3↓ 01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá-
rios- VUNESP/2017) Para imprimir 300 apostilas destina-
480x=1200 das a um curso, uma máquina de fotocópias precisa traba-
X=25 lhar 5 horas por dia durante 4 dias. Por motivos administra-
tivos, será necessário imprimir 360 apostilas em apenas 3
Regra de três composta dias. O número de horas diárias que essa máquina terá que
Regra de três composta é utilizada em problemas com trabalhar para realizar a tarefa é
mais de duas grandezas, direta ou inversamente propor- (A) 6.
cionais. (B) 7.
(C) 8.
Exemplos: (D) 9.
(E) 10.
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de
areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários 02. (SEPOG – Analista em Tecnologia da Informação
para descarregar 125m³? e Comunicação – FGV/2017) Uma máquina copiadora A
faz 20% mais cópias do que uma outra máquina B, no mes-
Solução: montando a tabela, colocando em cada co- mo tempo.
luna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as A máquina B faz 100 cópias em uma hora.
grandezas de espécies diferentes que se correspondem: A máquina A faz 100 cópias em
(A) 44 minutos.
Horas --------caminhões-----------volume (B) 46 minutos.
8↑----------------20↓----------------------160↑ (C) 48 minutos.
5↑------------------x↓----------------------125↑ (D) 50 minutos.
(E) 52 minutos.
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aque-
la onde está o x. 03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
Observe que: - MSCONCURSOS/2017) Para a construção de uma ro-
Aumentando o número de horas de trabalho, pode- dovia, 12 operários trabalham 8 horas por dia durante 14
mos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação dias e completam exatamente a metade da obra. Porém, a
é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna). rodovia precisa ser terminada daqui a exatamente 8 dias,
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o e então a empresa contrata mais 6 operários de mesma
número de caminhões. Portanto a relação é diretamente capacidade dos primeiros. Juntos, eles deverão trabalhar
proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igua- quantas horas por dia para terminar o trabalho no tempo
lar a razão que contém o termo x com o produto das outras correto?
razões de acordo com o sentido das setas. (A) 6h 8 min
Montando a proporção e resolvendo a equação temos: (B) 6h 50min
(C) 9h 20 min
Horas --------caminhões-----------volume (D) 9h 33min
8↑----------------20↓----------------------160↓
5↑------------------x↓----------------------125↓ 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
NESP/2017 ) Um restaurante “por quilo” apresenta seus
Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna fican- preços de acordo com a tabela:
do:

Horas --------caminhões-----------volume
5----------------20----------------------160
8------------------x----------------------125 Rodolfo almoçou nesse restaurante na última sexta-fei-
ra. Se a quantidade de alimentos que consumiu nesse al-
moço custou R$ 21,00, então está correto afirmar que essa
quantidade é, em gramas, igual a

(A) 375.
Logo, serão necessários 25 caminhões (B) 380.
(C) 420.
(D) 425.
(E) 450.

16
MATEMÁTICA

05. . (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU- 10. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU-
NESP/2017 ) Um carregamento de areia foi total- NESP/2016) Para organizar as cadeiras em um auditório, 6
mente embalado em 240 sacos, com 40 kg em cada funcionários, todos com a mesma capacidade de produção,
saco. Se fossem colocados apenas 30 kg em cada trabalharam por 3 horas. Para fazer o mesmo trabalho, 20
saco, o número de sacos necessários para embalar funcionários, todos com o mesmo rendimento dos iniciais,
todo o carregamento seria igual a deveriam trabalhar um total de tempo, em minutos, igual a
(A) 420. (A) 48.
(B) 375. (B) 50.
(C) 370. (C) 46.
(D) 345. (D) 54.
(E) 320. (E) 52.

06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório –


UNIRVGO/2017) Quarenta e oito funcionários de RESPOSTAS
uma certa empresa, trabalhando 12 horas por dia,
produzem 480 bolsas por semana. Quantos funcio- 01. Resposta: C.
nários a mais, trabalhando 15 horas por dia, podem ↑Apostilas ↑ horas dias↓
assegurar uma produção de 1200 bolsas por semana? 300------------------5--------------4
(A) 48 360-----------------x----------------3
(B) 96
(C) 102 ↑Apostilas ↑ horas dias↑
(D) 144 300------------------5--------------3
360-----------------x----------------4
07. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
GO/2017) Durante 90 dias, 12 operários constroem
uma loja. Qual o número mínimo de operários neces-
sários para fazer outra loja igual em 60 dias?
900x=7200
(A) 8 operários.
X=8
(B) 18 operários.
(C) 14 operários.
02. Resposta: D.
(D) 22 operários.
Como a máquina A faz 20% a mais:
(E) 25 operários
Em 1 hora a máquina A faz 120 cópias.
120------60 minutos
08. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) 10-------x
A vazão de uma torneira é de 50 litros a cada 3 mi- X=50 minutos
nutos. O tempo necessário para essa torneira encher
completamente um reservatório retangular, cujas 03. Resposta: C.
medidas internas são 1,5 metros de comprimento, 1,2 ↑Operário ↓horas dias↑
metros de largura e 70 centímetros de profundidade 12--------------8------------14
é de: 18----------------x------------8
(A) 1h 16min 00s Quanto mais horas, menos operários
(B) 1h 15min 36s Quanto mais horas, menos dias
(C) 1h 45min 16s
(D) 1h 50min 05s
(E) 1h55min 42s

09. (CRMV/SC – Assistente Administrativo – IE- 8⋅18x=14⋅12⋅8


SES/2017) Trabalhando durante 6 dias, 5 operários X=9,33h
produzem 600 peças. Determine quantas peças serão 9 horas e 1/3 da hora
produzidas por sete operários trabalhando por 8 dias: 1/3 de hora é equivalente a 20 minutos
(A) 1120 peças 9horas e 20 minutos
(B) 952 peças
(C) 875 peças 04. Resposta:C.
(D) 1250 peças 12,50------250
21----------x
X=5250/12,5=420 gramas

17
MATEMÁTICA

05. Resposta: E.
Sacos kg
240----40
x----30

Quanto mais sacos, menos areia foi colocada(inversamente)

30x=9600
X=320

06. Resposta: A.
↓Funcionários ↑ horas bolsas↓
48------------------------12-----------480
x-----------------------------15----------1200
Quanto mais funcionários, menos horas precisam
Quanto mais funcionários, mais bolsas feitas

X=96 funcionários
Precisam de mais 48 funcionários

07. Resposta: B.
Operários dias
12-----------90
x--------------60
Quanto mais operários, menos dias (inversamente proporcional)

60x=1080
X=18

08. Resposta: B.
V=1,5⋅1,2⋅0,7=1,26m³=1260litros
50litros-----3 min
1260--------x
X=3780/50=75,6min
0,6min=36s
75min=60+15=1h15min

09. Resposta: A.
↑Dias ↑ operários peças↑
6-------------5---------------600
8--------------7---------------x

30x=33600
X=1120

18
MATEMÁTICA

10. Resposta: D.

Como o exercício pede em minutos, vamos transformar 3 horas em minutos

3x60=180 minutos
↑Funcionários minutos↓
6------------180
20-------------x
As Grandezas são inversamente proporcionais, pois quanto mais funcionários, menos tempo será gasto.
Vamos inverter os minutos
↑Funcionários minutos↑
6------------x
20-------------180
20x=6.180
20x=1040
X=54 minutos

SISTEMA MÉTRICO DECIMAL

Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

    Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km

Exemplos de Transformação

1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m

Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por
10.

Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).

Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada. 

Unidades de Área
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

19
MATEMÁTICA

Exemplos de Transformação

1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²

Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por
100.

Volume

Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Po-
demos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir
volume e capacidade.

Unidades de Volume
km 3
hm 3
dam 3
m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos. 
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Massa

Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg

Tempo

A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).


É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos

20
MATEMÁTICA

Transformação de unidades Divisão

Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos 5h 20 minutos :2
1 minuto=60segundos
1hora=3600s 1h 20 minutos, transformamos para minutos
:60+20=80minutos
Adição de tempo

Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu QUESTÕES


seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos.
Demorou 30 minutos para chegar em casa. Que horas ela 01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá-
chegou? rios- VUNESP/2017) Uma gráfica precisa imprimir um lote
de 100000 folhetos e, para isso, utiliza a máquina A, que
imprime 5000 folhetos em 40 minutos. Após 3 horas e 20
minutos de funcionamento, a máquina A quebra e o servi-
ço restante passa a ser feito pela máquina B, que imprime
4500 folhetos em 48 minutos. O tempo que a máquina B
levará para imprimir o restante do lote de folhetos é
Não podemos ter 66 minutos, então temos que trans- (A) 14 horas e 10 minutos.
ferir para as horas, sempre que passamos de um para o (B) 14 horas e 05 minutos.
outro tem que ser na mesma unidade, temos que passar 1 (C) 13 horas e 45 minutos.
hora=60 minutos (D) 13 horas e 30 minutos.
(E) 13 horas e 20 minutos.
Então fica: 16h 6 minutos 25segundos
02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação
NESP/2017) Renata foi realizar exames médicos em uma
inversa.
clínica. Ela saiu de sua casa às 14h 45 min e voltou às 17h 15
min. Se ela ficou durante uma hora e meia na clínica, então o
Subtração
tempo gasto no trânsito, no trajeto de ida e volta, foi igual a
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as
(A) 1/2h.
16h 6 minutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35 minu- (B) 3/4h.
tos. Quanto tempo ficou fora? (C) 1h.
(D) 1h 15min.
(E) 1 1/2h.

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) Uma indústria produz regularmente 4500 li-
Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da tros de suco por dia. Sabe-se que a terça parte da produ-
mesma forma que conta de subtração. ção diária é distribuída em caixinhas P, que recebem 300
1hora=60 minutos mililitros de suco cada uma. Nessas condições, é correto
afirmar que a cada cinco dias a indústria utiliza uma quan-
tidade de caixinhas P igual a
(A) 25000.
(B) 24500.
(C) 23000.
(D) 22000.
Multiplicação (E) 20500.

Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas 04. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR-
demorou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo? VGO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400
litros de uma substância líquida em recipientes de 72 cm3
cada um. Sabe-se que cada recipiente, depois de cheio,
tem 80 gramas. A quantidade de toneladas que representa
todos os recipientes cheios com essa substância é de
(A) 16
(B) 160
(C) 1600
(D) 16000

21
MATEMÁTICA

05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- 09. (ANP – Técnico Administrativo – CESGRAN-
GO/2017) João estuda à noite e sua aula começa às RIO/2016) Um caminhão-tanque chega a um posto de abas-
18h40min. Cada aula tem duração de 45 minutos, e o tecimento com 36.000 litros de gasolina em seu reservatório.
intervalo dura 15 minutos. Sabendo-se que nessa escola Parte dessa gasolina é transferida para dois tanques de arma-
há 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afirmar que zenamento, enchendo-os completamente. Um desses tanques
o término das aulas de João se dá às: tem 12,5 m3, e o outro, 15,3 m3, e estavam, inicialmente, vazios.
(A) 22h30min Após a transferência, quantos litros de gasolina resta-
(B) 22h40min ram no caminhão-tanque?
(C) 22h50min (A) 35.722,00
(D) 23h (B) 8.200,00
(E) Nenhuma das anteriores (C) 3.577,20
(D) 357,72
06. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- (E) 332,20
FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km
10. (DPE/RR – Auxiliar Administrativo – FCC/2015)
em 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em
Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45
1h20min.
m. Ele precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem
40 cm de comprimento cada um. Ele cortou as duas cordas
Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado em pedaços de 40 cm de comprimento e assim conseguiu
com a época em que era jovem, Arquimedes precisa de obter
mais: (A) 6 pedaços.
(A) 10 minutos; (B) 8 pedaços.
(B) 7 minutos; (C) 9 pedaços.
(C) 5 minutos; (D) 5 pedaços.
(D) 3 minutos; (E) 7 pedaços.
(E) 2 minutos.

07. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- RESPOSTAS


FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho em um ho-
rário de trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia 01. Resposta: E.
sem trânsito intenso, Lucas foi de carro para o trabalho 3h 20 minutos-200 minutos
a uma velocidade média 20km/h maior do que no dia de
trânsito intenso e gastou 48min. 5000-----40
x----------200
A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é: x=1000000/40=25000
(A) 36;
(B) 40; Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda 75000
(C) 48; 4500-------48
(D) 50; 75000------x
(E) 60. X=3600000/4500=800 minutos
800/60=13,33h
13 horas e 1/3 hora
08. (EMDEC - Assistente Administrativo Jr –
13h e 20 minutos
IBFC/2016) Carlos almoçou em certo dia no horário das
12:45 às 13:12. O total de segundos que representa o
tempo que Carlos almoçou nesse dia é:
(A) 1840
(B) 1620
(C) 1780
(D) 2120
02. Resposta: C.
Como ela ficou 1hora e meia na clínica o trajeto de ida
e volta demorou 1 hora.

03. Resposta:A.
4500/3=1500 litros para as caixinhas
1500litros=1500000ml
1500000/300=5000 caixinhas por dia
5000.5=25000 caixinhas em 5 dias

22
MATEMÁTICA

04. Resposta:A. 10.Resposta: E.


14400litros=14400000 ml 1,7m=170cm
1,45m=145 cm
170/40=4 resta 10
145/40=3 resta 25
4+3=7
200000⋅80=16000000 gramas=16 toneladas

05. Resposta: B.
5⋅45=225 minutos de aula EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos
de intervalo=4horas
18:40+4h=22h:40
Equação 1º grau
06. Resposta: D. Equação é toda sentença matemática aberta represen-
1h45min=60+45=105 minutos tada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras
que representam números desconhecidos.
15km-------105 Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
1--------------x redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
X=7 minutos chamados coeficientes, com a≠0.
Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numé-
1h20min=60+20=80min rico de x que, substituindo no 1º membro da equação, tor-
na-se igual ao 2º membro.
8km----80
1-------x Nada mais é que pensarmos em uma balança.
X=10minutos

A diferença é de 3 minutos

07. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversa-
mente)

A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a


equação também.
80v=48V+960
No exemplo temos:
32V=960
3x+300
V=30km/h
Outro lado: x+1000+500
E o equilíbrio?
30km----60 min
3x+300=x+1500
x-----------80
Quando passamos de um lado para o outro invertemos
o sinal
3x-x=1500-300
2x=1200
60x=2400
X=600
X=40km
Exemplo
08 Resposta: B.
(PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas –
12:45 até 13:12 são 27 minutos
FGV/2015) A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao do-
27x60=1620 segundos
bro da soma das idades de seus dois filhos, Paulo e Pierre.
Pierre é três anos mais velho do que Paulo. Daqui a dez
09. Resposta: B.
anos, a idade de Pierre será a metade da idade que Pedro
1m³=1000litros
tem hoje.
36000/1000=36 m³
36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros

23
MATEMÁTICA

A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje


é: Se for negativo, não há solução no conjunto dos
(A) 72; números reais.
(B) 69;
(C) 66; Se for positivo, a equação tem duas soluções:
(D) 63;
(E) 60.
Resolução
A ideia de resolver as equações é literalmente colocar
na linguagem matemática o que está no texto. Exemplo
“Pierre é três anos mais velho do que Paulo”
Pi=Pa+3
“Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da
idade que Pedro tem hoje.”
, portanto não há solução real.

A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da


soma das idades de seus dois filhos,
Pe=2(Pi+Pa)
Pe=2Pi+2Pa

Lembrando que:
Pi=Pa+3

Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6

Se não há solução, pois não existe raiz quadrada


real de um número negativo.
Pa+3+10=2Pa+3
Pa=10 Se , há duas soluções iguais:
Pi=Pa+3
Pi=10+3=13
Pe=40+6=46
Soma das idades: 10+13+46=69
Se , há soluções reais diferentes:
Resposta: B.

Equação 2º grau

A equação do segundo grau é representada pela fór- Relações entre Coeficientes e Raízes
mula geral:
Dada as duas raízes:

Onde a, b e c são números reais,

Discussão das Raízes


Soma das Raízes
1.
1.

24
MATEMÁTICA

Produto das Raízes Inequação


Uma inequação é uma sentença matemática expressa
por uma ou mais incógnitas, que ao contrário da equação
que utiliza um sinal de igualdade, apresenta sinais de desi-
gualdade. Veja os sinais de desigualdade:
Composição de uma equação do 2ºgrau, conheci-
das as raízes >: maior 
<: menor
Podemos escrever a equação da seguinte maneira: ≥: maior ou igual 
≤: menor ou igual 
x²-Sx+P=0
O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da
Exemplo equação, onde temos que organizar os termos semelhan-
tes em cada membro, realizando as operações indicadas.
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau. No caso das inequações, ao realizarmos uma multiplicação
de seus elementos por –1 com o intuito de deixar a parte
Solução da incógnita positiva, invertemos o sinal representativo da
S=x1+x2=-2+7=5 desigualdade.
P=x1.x2=-2.7=-14
Então a equação é: x²-5x-14=0 Exemplo 1
4x + 12 > 2x – 2
Exemplo 4x – 2x > – 2 – 12
(IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015) A 2x > – 14
soma das idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e, quando x > –14/2
somamos os quadrados dessas idades, obtemos 1000. A x>–7
mais velha das duas tem:
(A) 24 anos Inequação-Produto
(B) 26 anos
(C) 31 anos Quando se trata de inequações-produto, teremos uma
(D) 33 anos desigualdade que envolve o produto de duas ou mais fun-
ções. Portanto, surge a necessidade de realizar o estudo
Resolução da desigualdade em cada função e obter a resposta final
A+J=44 realizando a intersecção do conjunto resposta das funções.
A²+J²=1000 Exemplo
A=44-J
(44-J)²+J²=1000
1936-88J+J²+J²=1000
2J²-88J+936=0
Dividindo por2:
J²-44J+468=0
∆=(-44)²-4.1.468
∆=1936-1872=64 a)(-x+2)(2x-3)<0

Inequação-Quociente
Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos
atentar ao domínio da função que se encontra no denomi-
nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função
que estiver no denominador da inequação deverá ser dife-
Substituindo em A rente de zero.
A=44-26=18 O método de resolução se assemelha muito à resolu-
Ou A=44-18=26 ção de uma inequação-produto, de modo que devemos
analisar o sinal das funções e realizar a intersecção do sinal
Resposta: B. dessas funções.

25
MATEMÁTICA

Exemplo
Resolva a inequação a seguir:

x-2≠0

Portanto: 
S = { x   R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]

Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que
x≠2 pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
Sistema de Inequação do 1º Grau ax²+bx+c<0
Um sistema de inequação do 1º grau é formado por ax²+bx+c≤0
duas ou mais inequações, cada uma delas tem apenas uma ax²+bx+c≠0
variável sendo que essa deve ser a mesma em todas as
outras inequações envolvidas.  Exemplo
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.
grau:
Resolvendo Inequações
Resolver uma inequação significa determinar os valo-
res reais de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de
x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa.

Vamos achar a solução de cada inequação. 

4x + 4 ≤ 0 
4x ≤ - 4 
x ≤ - 4 : 4 

x ≤ - 1 

S1 = {x   R | x ≤ - 1} 

Fazendo o cálculo da segunda inequação temos: 


x + 1 ≤ 0 
x ≤ - 1 

A “bolinha” é fechada, pois o sinal da inequação é igual. 

S2 = { x   R | x ≤ - 1} 
Calculando agora o CONJUTO SOLUÇÃO da inequação S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1}

temos: 
S = S1 ∩ S2

26
MATEMÁTICA

QUESTÕES 06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV-


GO/2017) O valor de m para que a equação (2m -1) x² - 6x
01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - + 3 = 0 tenha duas raízes reais iguais é
MSCONCURSOS/2017) O dobro do quadrado de um nú- (A) 3
mero natural aumentado de 3 unidades é igual a sete vezes (B) 2
esse número. Qual é esse número? (C) −1
(A) 2 (D) −6
(B) 3
(C) 4 07. (IPRESB - Agente Previdenciário – VUNESP/2017)
(D) 5 Em setembro, o salário líquido de Juliano correspondeu a
4/5 do seu salário bruto. Sabe-se que ele destinou 2/5 do
02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- salário líquido recebido nesse mês para pagamento do alu-
NESP/2017) Um carro parte da cidade A em direção à guel, e que poupou 2/5 do que restou. Se Juliano ficou, ain-
cidade B pela rodovia que liga as duas cidades, percorre da, com R$ 1.620,00 para outros gastos, então o seu salário
1/3 do percurso total e para no ponto P. Outro carro parte bruto do mês de setembro foi igual a
da cidade B em direção à cidade A pela mesma rodovia, (A) R$ 6.330,00.
percorre 1/4 do percurso total e para no ponto Q. Se a (B) R$ 5.625,00.
soma das distâncias percorridas por ambos os carros até os (C) R$ 5.550,00.
pontos em que pararam é igual a 28 km, então a distância (D) R$ 5.125,00.
entre os pontos P e Q, por essa rodovia, é, em quilômetros, (E) R$ 4.500,00.
igual a
(A) 26. 8. (SESAU/RO – Técnico em Informática – FUN-
(B) 24. RIO/2017) Daqui a 24 anos, Jovelino terá o triplo de sua
(C) 20. idade atual. Daqui a cinco anos, Jovelino terá a seguinte
(D) 18. idade:
(E) 16. (A) 12.
(B) 14.
03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- (C) 16.
NESP/2017) Nelson e Oto foram juntos a uma loja de ma- (D) 17.
teriais para construção. Nelson comprou somente 10 uni- (E) 18.
dades iguais do produto P, todas de mesmo preço. Já Oto
comprou 7 unidades iguais do mesmo produto P, e gastou 09. (PREF. DE FAZENDA RIO GRANDE/PR – Profes-
mais R$ 600,00 na compra de outros materiais. Se os valo- sor – PUC/2017) A equação 8x² – 28x + 12 = 0 possui raí-
res totais das compras de ambos foram exatamente iguais, zes iguais a x1 e x2. Qual o valor do produto x1 . x2?
então o preço unitário do produto P foi igual a (A) 1/2 .
(A) R$ 225,00. (B) 3.
(B) R$ 200,00. (C) 3/2 .
(C) R$ 175,00. (D) 12.
(D) R$ 150,00. (E) 28.
(E) R$ 125,00.
10 (PREF.DO RIO DE JANEIRO – Agente de Adminis-
04. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni- tração – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Ao perguntar
co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Considere para João qual era a sua idade atual, recebi a seguinte res-
a equação dada por 2x² + 12x + 3 = -7. Assinale a alternati- posta:
va que apresenta a soma das duas soluções dessa equação. - O quíntuplo da minha idade daqui a oito anos, di-
(A) 0. minuída do quíntuplo da minha idade há três anos atrás
(B) 1. representa a minha idade atual.
(C) -1. A soma dos algarismos do número que representa, em
(D) 6. anos, a idade atual de João, corresponde a:
(E) -6. (A) 6
(B) 7
05. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV- (C) 10
GO/2017) Num estacionamento encontram-se 18 motos, (D) 14
15 triciclos e alguns carros. Se Pedrinho contou um total de
269 rodas, quantos carros tem no estacionamento?
(A) 45
(B) 47
(C) 50
(D) 52

27
MATEMÁTICA

RESPOSTAS 07. Resposta: B.


Salário liquido: x
01. Resposta: B.
2x²+3=7x
2x²-7x+3=0
∆=49-24=25

10x+6x+40500=25x
9x=40500
X=4500
Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém.
Salario fração
02. Resposta: C. y---------------1
4500---------4/5
Mmc(3,4)=12

4x+3x=336
7x=336
X=48
A distância entre A e B é 48km 08. Resposta: D.
Como já percorreu 28km
48-28=20 km entre P e Q. Idade atual: x
X+24=3x
03. Resposta:B. 2x=24
Sendo x o valor do material P X=12
10x=7x+600 Ele tem agora 12 anos, daqui a 5 anos: 17.
3x=600
X=200 09. Resposta: C.
∆=(-28)²-4.8.12
04. Resposta: E. ∆=784-384
2x²+12x+10=0 ∆=400
∆=12²-4⋅2⋅10
∆=144-80=64

A soma das duas é -1-5=-6 10. Resposta: C.


Atual:x
05. Resposta:B. 5(x+8)-5(x-3)=x
Vamos fazer a conta de rodas: 5x+40-5x+15=x
Motos tem 2 rodas, triciclos 3 e carros 4 X=55
18⋅2+15⋅3+x⋅4=269 Soma: 5+5=10
4x=269-36-45
4x=188
X=47

06. Resposta: B
∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0
36-24m+12=0
-24m=-48
M=2

28
MATEMÁTICA

O conjunto A é denominado domínio da função, indi-


FUNÇÕES cada por D. O domínio serve para definir em que conjun-
to estamos trabalhando, isto é, os valores possíveis para a
variável x.
O conjunto B é denominado contradomínio, CD.
Cada elemento x do domínio tem um correspondente
Diagrama de Flechas y no contradomínio. A esse valor de y damos o nome de
imagem de x pela função f. O conjunto de todos os valores
de y que são imagens de valores de x forma o conjunto
imagem da função, que indicaremos por Im.

Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A→B.definida por f(x) = x + 5 que tam-
bém pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:

Gráfico Cartesiano

No nosso exemplo, o domínio é D = {1, 4, 7}, o contra-


domínio é = {1, 4, 6, 7, 8, 9, 12} e o conjunto imagem é Im
= {6, 9, 12}

Classificação das funções

Injetora: Quando para ela elementos distintos do do-


mínio apresentam imagens também distintas no contrado-
Muitas vezes nos deparamos com situações que en-
mínio.
volvem uma relação entre grandezas. Assim, o valor a ser
pago na conta de luz depende do consumo medido no
período; o tempo de uma viagem de automóvel depende
da velocidade no trajeto.
Como, em geral, trabalhamos com funções numéricas,
o domínio e a imagem são conjuntos numéricos, e pode-
mos definir com mais rigor o que é uma função matemáti-
ca utilizando a linguagem da teoria dos conjuntos.

Definição: Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f


Sobrejetora: Quando todos os elementos do contra-
uma relação de A em B.
domínio forem imagens de pelo menos um elemento do
Essa relação f é uma função de A em B quando a cada
domínio.
elemento x do conjunto A está associado um e apenas um
elemento y do conjunto B.

Notação: f:A→B (lê-se função f de A em B)

Domínio, contradomínio, imagem


O domínio é constituído por todos os valores que po-
dem ser atribuídos à variável independente. Já a imagem
da função é formada por todos os valores corresponden-
tes da variável dependente.

29
MATEMÁTICA

Bijetora: Quando apresentar as características de fun-


ção injetora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou seja,
elementos distintos têm sempre imagens distintas e todos
os elementos do contradomínio são imagens de pelo me-
nos um elemento do domínio.

Raiz da função
Função 1 grau Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor
A função do 1° grau relacionará os valores numéricos em que a reta cruza o eixo x, para isso consideremos o
obtidos de expressões algébricas do tipo (ax + b), consti- valor de y igual a zero, pois no momento em que a reta
tuindo, assim, a função f(x) = ax + b. intersecta o eixo x, y = 0. Observe a representação gráfica
a seguir:
Estudo dos Sinais
Definimos função como relação entre duas grandezas
representadas por x e y. No caso de uma função do 1º grau,
sua lei de formação possui a seguinte característica: y = ax
+ b ou f(x) = ax + b, onde os coeficientes a e b pertencem
aos reais e diferem de zero. Esse modelo de função possui
como representação gráfica a figura de uma reta, portanto,
as relações entre os valores do domínio e da imagem cres-
cem ou decrescem de acordo com o valor do coeficiente a.
Se o coeficiente possui sinal positivo, a função é crescente, Podemos estabelecer uma formação geral para o cál-
e caso ele tenha sinal negativo, a função é decrescente. culo da raiz de uma função do 1º grau, basta criar uma ge-
neralização com base na própria lei de formação da função,
Função Crescente: a > 0 considerando y = 0 e isolando o valor de x (raiz da função).
De uma maneira bem simples, podemos olhar no grá- X=-b/a
fico que os valores de y vão crescendo.
Dependendo do caso, teremos que fazer um sistema
com duas equações para acharmos o valor de a e b.

Exemplo:
Dado que f(x)=ax+b e f(1)=3 e f(3)=5, ache a função.

F(1)=1a+b
3=a+b

F(3)=3a+b
5=3a+b

Isolando a em I
a=3-b
Função Decrescente: a < 0 Substituindo em II
Nesse caso, os valores de y, caem.
3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4
b=2

30
MATEMÁTICA

Portanto, Raízes
a=3-b
a=3-2=1

Assim, f(x)=x+2

Função Quadrática ou Função do 2º grau


Em geral, uma função quadrática ou polinomial do se-
gundo grau tem a seguinte forma:
f(x)=ax²+bx+c, onde a≠0
f(x)=a(x-x1)(x-x2)
É essencial que apareça ax² para ser uma função qua-
drática e deve ser o maior termo.
Vértices e Estudo do Sinal
Considerações Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para
cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a parábola tem
Concavidade concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V. 
A concavidade da parábola é para cima se a>0 e para Em qualquer caso, as coordenadas de V são
baixo se a<0

  .

Veja os gráficos:

Discriminante(∆)

∆=b²-4ac

∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois
pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da
equação ax²+bx+c=0

∆=0
Quando , a parábola y=ax²+bx+c é tangente ao

eixo x, no ponto
 
Repare que, quando tivermos o discriminante , as
duas raízes da equação ax²+bx+c=0 são iguais

∆<0

A função não tem raízes reais

31
MATEMÁTICA

Equação Exponencial
É toda equação cuja incógnita se apresenta no expoente de uma ou mais potências de bases positivas e diferentes de 1.

Exemplo
Resolva a equação no universo dos números reais.

Solução

Função exponencial

A expressão matemática que define a função exponencial é uma potência. Nesta potência, a base é um número real
positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável.

Função crescente
Se   temos uma função exponencial crescente, qualquer que seja o valor real de x.
No gráfico da função ao lado podemos observar que à medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Graficamen-
te vemos que a curva da função é crescente.

Função decrescente
Se   temos uma função exponencial decrescente em todo o domínio da função.
Neste outro gráfico podemos observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a cur-
va da função é decrescente.

32
MATEMÁTICA

A Constante de Euler
É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em função da definição da função exponencial, temos que:
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primeiros a
estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 10 dígitos decimais, é:
e = 2,7182818284
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de base e com expoente x, isto é: 
ex = exp(x)

Propriedades dos expoentes


Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um número racional, então:
- ax ay= ax + y
- ax / ay= ax - y
- (ax) y= ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax  

Logaritmo
Considerando-se dois números N e a reais e positivos, com a ≠1, existe um número c tal que:

A esse expoente c damos o nome de logaritmo de N na base a

Ainda com base na definição podemos estabelecer condições de existência:

Exemplo

Consequências da Definição

33
MATEMÁTICA

Propriedades 02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Um


vendedor recebe um salário mensal composto de um valor
fixo de R$ 1.300,00 e de uma parte variável. A parte variá-
vel corresponde a uma comissão de 6% do valor total de
vendas que ele fez durante o mês. O salário mensal desse
vendedor pode ser descrito por uma expressão algébrica
f(x), em função do valor total de vendas mensal, represen-
Mudança de Base tado por x.
A expressão algébrica f(x) que pode representar o salá-
rio mensal desse vendedor é
Exemplo (A) f(x) = 0,06x + 1.300.
Dados log 2=0,3010 e log 3=0,4771, calcule: (B) f(x) = 0,6x + 1.300.
a)log 6 (C) f(x) = 0,78x + 1.300.
b) log1,5 (D) f(x) = 6x + 1.300.
c) log 16 (E) f(x) = 7,8x + 1.300.
Solução
a) Log 6=log 2⋅3=log2+log3=0,3010+0,4771=0,7781 03. (CONSANPA – Técnico Industrial – FADESP/2017)
Um reservatório em formato de cilindro é abastecido por
uma fonte a vazão constante e tem a altura de sua coluna
d’água (em metros), em função do tempo (em dias), descri-
ta pelo seguinte gráfico:
Função Logarítmica
Uma função dada por , em que
a constante a é positiva e diferente de 1, denomina-se fun-
ção logarítmica.

Sabendo que a altura do reservatório mede 12 metros,


o número de dias necessários para que a fonte encha o
reservatório inicialmente vazio é
(A) 18
(B) 12
(C) 8
(D) 6

04. (TRT – 14ªREGIÃO -Técnico Judiciário –


QUESTÕES FCC/2016) Carlos presta serviço de assistência técnica de
computadores em empresas. Ele cobra R$ 12,00 para ir até
01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Uma o local, mais R$ 25,00 por hora de trabalho até resolver o
locadora de automóveis oferece dois planos de aluguel de problema (também são cobradas as frações de horas traba-
carros a seus clientes: lhadas). Em um desses serviços, Carlos resolveu o problema
e cobrou do cliente R$ 168,25, o que permite concluir que
Plano A: diária a R$ 120,00, com quilometragem ele trabalhou nesse serviço
livre. (A) 5 horas e 45 minutos.
Plano B: diária a R$ 90,00, mais R$ 0,40 por quilô- (B) 6 horas e 15 minutos.
metro rodado. (C) 6 horas e 25 minutos.
(D) 5 horas e 25 minutos.
Alugando um automóvel, nesta locadora, quantos qui- (E) 5 horas e 15 minutos.
lômetros precisam ser rodados para que o valor do aluguel
pelo Plano A seja igual ao valor do aluguel pelo Plano B?
(A) 30.
(B) 36.
(C) 48.
(D) 75.
(E) 84.

34
MATEMÁTICA

05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No 09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico
sistema de coordenadas cartesianas da figura abaixo, en- que melhor representa a função y = 2x , para o domínio
contram-se representados o gráfico da função de segundo em R+ é:
grau f, definida por f(x), e o gráfico da função de primeiro
grau g, definida por g(x). (A)

(B)

(C)

Os valores de x, soluções da equação f(x)=g(x), são


(A) -0,5 e 2,5.
(B) -0,5 e 3.
(C) -1 e 2.
(D) -1 e 2,5. (D)
(E) -1 e 3.

06. (EMBASA – Agente Administrativo – IBFC/2017)


A soma das coordenadas do vértice da parábola da função
f(x) = – x² + 8x – 12 é igual a:
(A) 4
(B) 6
(C) 8 (E)
(D) 10

07. (EMBASA – Assistente de Laboratório –

IBFC/2017) Substituindo o valor da raiz da função


, na função g(x) = x2 - 4x + 5, encontra-
mos como resultado:
(A) 12
(B) 15
(C) 16
(D) 17 10. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra-
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Qual o maior valor de
08. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- k na equação log(kx) = 2log(x+3) para que ela tenha exa-
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Quantos valores reais tamente uma raiz?
de x fazem com que a expressão as- (A) 0
suma valor numérico igual a 1? (B) 3
(A) 2 (C) 6
(B) 3 (D) 9
(C) 4 (E) 12
(D) 5
(E) 6

35
MATEMÁTICA

11. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni-


co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Conside-
rando que log105 = 0,7, assinale a alternativa que apresenta
o valor de log5100.
(A) 0,35.
(B) 0,50.
(C) 2,85.
(D) 7,00. 06. Resposta:C.
(E) 70,00.

RESPOSTAS

01. Resposta: D.

90+0,4x=120
0,4x=30 A soma das coordenadas é igual a 8
X=75km
07. Resposta: D.
02. Resposta: A.

6%=0,06
Como valor total é x, então 0,06x
E mais a parte fixa de 1300
0,06x+1300

03. Resposta: A.

2x=36
X=18 -2x=-12
X=6
04.Resposta: B. Substituindo em g(x)
F(x)=12+25x G(6)=6²-4(6)+5=36-24+5=17
X=hora de trabalho
08. Resposta: D.
168,25=12+25x Para assumir valor 1, o expoente deve ser igual a zero.
25x=156,25 X²+4x-60=0
X=6,25 horas ∆=4²-4.1.(-60)
1hora---60 minutos ∆=16+240
0,25-----x ∆=256
X=15 minutos

Então ele trabalhou 6 horas e 15 minutos

05. Resposta: E.
Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
(x-2)(x+2)=x²-4
A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3)
Y=ax+b
-1=b
3=2a-1 A base pode ser igual a 1:
2a=4 X²-5x+5=1
A=2 X²-5x+4=0
Y=2x-1 ∆=25-16=9

Igualando a função do primeiro grau e a função do se-


gundo grau:
X²-4=2x-1
X²-2x-3=0
∆=4+12=16

36
MATEMÁTICA

A base for -1 desde que o expoente seja par:


X²-5x+5=-1
X²-5x+6=0

∆=25-24=1

Vamos substituir esses dois valores no expoente


X=2:
X²+4x-60
2²+8-60==48
X=3
3²+12-60=-39
Portanto, serão 5 valores.

09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do zero, é é uma curva.

10. Resposta: E.
Kx=(x+3)²
Kx=x²+6x+9
X²+(6-k)x+9=0
Para ter uma raiz, ∆=0
∆=b²-4ac
, ∆=(6-k)²-36=0
36-12k+k²-36=0
k²-12k=0
k=0 ou k=12

11. Resposta:C.

GRÁFICOS E TABELAS

Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre dois dados relacionados entre si.
A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre vão depender do contexto, mas de uma maneira geral um
bom gráfico deve:
-Mostrar a informação de modo tão acurado quanto possível.
-Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar claro o contexto, o conteúdo e a mensagem.
-Complementar ou melhorar a visualização sobre aspectos descritos ou mostrados numericamente através de tabelas.
-Utilizar escalas adequadas.
-Mostrar claramente as tendências existentes nos dados.

37
MATEMÁTICA

Tipos de gráficos

Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.

Barra vertical

Fonte: tecnologia.umcomo.com.br

Barra horizontal

Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e


queremos demonstrar cada parte, separando cada pedaço
como numa pizza.

Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br

Histogramas
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
São gráfico de barra que mostram a frequência de uma
variável específica e um detalhe importante que são faixas Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito co-
de valores em x. mum na representação de tendências e relacionamentos
de variáveis

38
MATEMÁTICA

QUESTÕES

01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na Pes-


quisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, rea-
lizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), foram obtidos os dados da taxa de desocupação da
população em idade para trabalhar. Esses dados, em por-
centagem, encontram-se indicados na apresentação gráfi-
ca abaixo, ao longo de trimestres de 2014 a 2017.

Pictogramas – são imagens ilustrativas para tornar mais


fácil a compreensão de todos sobre um tema.

Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta


a melhor aproximação para o aumento percentual da taxa
de desocupação do primeiro trimestre de 2017 em relação
à taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2014.

(A) 15%.
(B) 25%.
(C) 50%.
(D) 75%.
Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visua- (E) 90%.
lização de dados e muitas vezes é através dela que vamos
fazer os tipos de gráficos vistos anteriormente. 02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
NESP/2017) A tabela seguinte, incompleta, mostra a distri-
Podem ser tabelas simples: buição, percentual e quantitativa, da frota de uma empresa
de ônibus urbanos, de acordo com o tempo de uso destes.
Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua casa?

aparelho quantidade
televisão 3
celular 4
Geladeira 1

Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio O número total de ônibus dessa empresa é
lógico
(A) 270.
(B) 250.
(C) 220
(D) 180.
(E) 120.

39
MATEMÁTICA

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- 05. (TCE/PR – Conhecimentos Básicos – CESPE/2016)
NESP/2017) O gráfico mostra o número de carros vendi-
dos por uma concessionária nos cinco dias subsequentes à
veiculação de um anúncio promocional.

O número médio de carros vendidos por dia nesse pe-


ríodo foi igual a Tendo como referência o gráfico precedente, que mos-
(A) 10. tra os valores, em bilhões de reais, relativos à arrecadação
(B) 9. de receitas e aos gastos com despesas do estado do Paraná
(C) 8. nos doze meses do ano de 2015, assinale a opção correta.
(D) 7. (A) No ano considerado, o segundo trimestre caracte-
(E) 6. rizou-se por uma queda contínua na arrecadação de recei-
tas, situação que se repetiu no trimestre seguinte.
04. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU- (B) No primeiro quadrimestre de 2015, houve um pe-
NESP/2017) Uma professora elaborou um gráfico de se- ríodo de queda simultânea dos gastos com despesas e da
tores para representar a distribuição, em porcentagem, dos arrecadação de receitas e dois períodos de aumento simul-
cinco conceitos nos quais foram agrupadas as notas obti- tâneo de gastos e de arrecadação.
das pelos alunos de uma determinada classe em uma prova (C) No último bimestre do ano de 2015, foram regis-
de matemática. Observe que, nesse gráfico, as porcenta- trados tanto o maior gasto com despesas quanto a maior
gens referentes a cada conceito foram substituídas por x arrecadação de receitas.
ou por múltiplos e submúltiplos de x. (D) No ano em questão, janeiro e dezembro foram os
únicos meses em que a arrecadação de receitas foi ultra-
passada por gastos com despesas.
(E) A menor arrecadação mensal de receitas e o menor
gasto mensal com despesas foram verificados, respecti-
vamente, no primeiro e no segundo semestre do ano de
2015.

Analisando o gráfico, é correto afirmar que a medida


do ângulo interno correspondente ao setor circular que re-
presenta o conceito BOM é igual a
(A) 144º.
(B) 135º.
(C) 126º
(D) 117º
(E) 108º.

40
MATEMÁTICA

06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA- 07. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) A
TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a no- distribuição de salários de uma empresa com 30 funcioná-
menclatura dos três gráficos abaixo, respectivamente. rios é dada na tabela seguinte. 

Salário (em salários mínimos) Funcionários


1,8 10
2,5 8
3,0 5
5,0 4
8,0 2
15,0 1

Pode-se concluir que


(A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
(B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3
salários.
(C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
(D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da ren-
da total.
(E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da
renda total.

08. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015)


Considere a tabela de distribuição de frequência seguinte,
em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta
dos dados.

xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40
Assinale a alternativa em que o histograma é o que
melhor representa a distribuição de frequência da tabela.

(A)
(A) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico de
Linha.
(B) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de
Tendência.
(C) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico de (B)
Linha.
(D) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de
Barras.
(E) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Gráfico
de Linha.

(C)

41
MATEMÁTICA

10. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES-


PE/2015)

(D)

(E)

09. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES-


PE/2015)
A partir das informações e do gráfico apresentados,
julgue o item que se segue.
Se os percentuais forem representados por barras ver-
ticais, conforme o gráfico a seguir, então o resultado será
denominado histograma.

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário


Nacional
— Sistema Integrado de Informações Penitenciárias –
InfoPen,
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Bra-
sileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adap-
tações) ( ) Certo ( ) Errado

A tabela mostrada apresenta a quantidade de deten- RESPOSTAS


tos no sistema penitenciário brasileiro por região em 2013.
Nesse ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela 01. Resposta: E.
razão entre o déficit de vagas no sistema penitenciário e 13,7/7,2=1,90
a quantidade de detentos no sistema penitenciário — re- Houve um aumento de 90%.
gistrado em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na média
nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil habitantes. 02. Resposta:D
Com base nessas informações e na tabela apresentada, 81+27=108
julgue o item a seguir. 108 ônibus somam 60%(100-35-5)
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Bra- 108-----60
sil se encontrava na região Sudeste. x--------100
x=10800/60=180
( )certo ( ) errado
03. Resposta: C.

42
MATEMÁTICA

04. Resposta: A.
ESTATÍSTICA DESCRITIVA, AMOSTRAGEM,
X+0,5x+4x+3x+1,5x=360 TESTE DE HIPÓTESES E ANÁLISE DE
10x=360
REGRESSÃO
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°

05. Resposta: B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que os Teste de Hipóteses
dois primeiros meses de receita diminuem e os dois meses Definição: Processo que usa estatísticas amostrais para
seguintes aumentam, o mesmo acontece com a despesa. testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro popula-
cional.

Para testar um parâmetro populacional, você deve afir-


mar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que re-
presente a afirmação e outra, seu complemento. Quando
uma é falsa, a outra é verdadeira.
Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que
contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipó-
tese nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e contém
afirmação de desigualdade, como <, ≠, >.

Vamos ver como montar essas hipóteses


Um caso bem simples.

06. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores
ou pizza e de linha
Assim, fica fácil, se H0 for falsa, Ha é verdadeira
07. Resposta: D. Há uma regrinha para formular essas hipóteses
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 sa-
lários
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem Formulação verbal Formulação Formulação
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12) H0 Matemática verbal Ha
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha A média é A média é
(D) 40% de 104=0,4x104= 41,6 ...maior ou igual ...menor que k
20% de 30=0,2x30=6 a k.
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior. ... abaixo de k
(E) 60% de 30=0,6x30=18 ....pelo menos k.
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20
...menos que k.
...não menos que k.
08. Resposta: A.
Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50, ...menor ou igual ..maior que k
40-45, 35-40, a k.
... acima de k
09. Resposta: CERTA. ....no máximo k.
555----100% ...mais do que
x----55% ...não mais que k. k.
x=305,25
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas. ... igual a k. ... não igual
a k.
10. Resposta: ERRADO. .... k.
Como foi visto na teoria, há uma faixa de valores no .... diferente
eixo x e não simplesmente um dado. ...exatamente k. de k.

...não k.
Referências
http://www.galileu.esalq.usp.br

43
MATEMÁTICA

Exemplo: Um fabricante de torneiras anuncia que o 58 2


índice médio de fluxo de água de certo tipo de torneira é
menor que 2,5 galões por minuto. 60 2
Total 20

Distribuição de frequência com intervalos de classe:


Quando o tamanho da amostra é elevado é mais racional
Referências efetuar o agrupamento dos valores em vários intervalos de
Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: Pear- classe.
son Prentice Hall, 2010.

Frequências Classes Frequências


A primeira fase de um estudo estatístico consiste em 41 |------- 45 7
recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre
uma população estatística ou sobre uma amostra dessa 45 |------- 49 3
população. 49 |------- 53 4

Frequência Absoluta 53 |------- 57 1


É o número de vezes que a variável estatística assume 57 |------- 61 5
um valor. Total 20
Frequência Relativa
Média aritmética
É o quociente entre a frequência absoluta e o número
Média aritmética de um conjunto de números é o valor
de elementos da amostra.
que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo núme-
Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos:
ro de elementos do conjunto.
Representemos a média aritmética por .
A média pode ser calculada apenas se a variável envol-
vida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a
média aritmética para variáveis quantitativas.
Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre
diferentes grupos, se for possível calcular a média, ficará
mais fácil estabelecer uma comparação entre esses grupos
e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das al-
turas dos jogadores é:
Distribuição de frequência sem intervalos de classe:
É a simples condensação dos dados conforme as repeti-
ções de seu valores. Para um ROL  de tamanho razoável
esta distribuição de frequência é inconveniente, já que exi- Se dividirmos esse valor pelo número total de jogado-
ge muito espaço. Veja exemplo abaixo: res, obteremos a média aritmética das alturas:

Dados Frequência
41 3
42 2 A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m.

43 1 Média Ponderada
44 1 A média dos elementos do conjunto numérico A relati-
va à adição e na qual cada elemento tem um “determinado
45 1
peso” é chamada média aritmética ponderada.
46 2
50 2
51 1
52 1 Mediana (Md)
Sejam os valores escritos em rol:
54 1
57 1

44
MATEMÁTICA

1. Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal Seja o conjunto de números , tal que é
que o número de termos da sequência que precedem é
igual ao número de termos que o sucedem, isto é, é termo sua média aritmética. Chama-se variância desse conjunto,
médio da sequência ( ) em rol.
e indica-se por , o número:
2. Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido
pela média aritmética entre os termos e , tais que o
Isto é:
número de termos que precedem é igual ao número de
termos que sucedem , isto é, a mediana é a média arit-
mética entre os termos centrais da sequência ( ) em rol.
E para amostra
Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}

Solução:
Exemplo 1:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3,
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen-
7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse rol.
tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
Logo: Md=12
Resposta: Md=12.
Jogo Número de pontos
Exemplo 2: 1 22
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}. 2 18
3 13
Solução:
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se: 4 24
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmé- 5 26
tica entre os dois termos centrais do rol.
6 20
Logo: 7 19
8 18
Resposta: Md=15
a) Qual a média de pontos por jogo?
Moda (Mo) b) Qual a variância do conjunto de pontos?
Num conjunto de números: , chama-se
moda aquele valor que ocorre com maior frequência.
Solução:
a) A média de pontos por jogo é:
Observação:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.

Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual
a 8, isto é, Mo=8.

Exemplo 2: b) A variância é:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.

Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de ten-
dência central semelhantes podem apresentar característi-
cas diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que
informem sobre o grau de dispersão ou variação dos dados Desvio médio
em torno da média ou de qualquer outro valor de concen- Definição
tração. Esses índices são chamados medidas de dispersão. Medida da dispersão dos dados em relação à média de
uma sequência. Esta medida representa a média das dis-
Variância tâncias entre cada elemento da amostra e seu valor médio.
Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de
um conjunto de números em relação à sua média aritmética,
e que é chamado de variância. Esse índice é assim definido:

45
MATEMÁTICA

Desvio padrão Número de Número de candidatos


Definição acertos
Seja o conjunto de números , tal que é
sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse con- 5 204
junto, e indica-se por , o número: 4 132
3 96
2 78
1 66
Isto é: 0 24

A média de acertos por prova foi de


(A) 3,57.
(B) 3,43
(C) 3,32.
Exemplo: (D) 3,25.
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basque- (E) 3,19.
tebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
a) A estatura média desses jogadores. 03. (PREF. GUARULHOS/SP – Assistente de Gestão
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas. Escolar – VUNESP/2016) Certa escola tem 15 classes no
período matutino e 10 classes no período vespertino. O
Solução: número médio de alunos por classe no período matutino
é 20, e, no período vespertino, é 25. Considerando os dois
Sendo a estatura média, temos: períodos citados, a média aritmética do número de alunos
por classe é
(A) 24,5.
(B) 23.
Sendo o desvio padrão, tem-se: (C) 22,5.
(D) 22.
(E) 21.

04. (SEGEP/MA – Técnico da Receita Estadual –


FCC/2016) Para responder à questão, considere as infor-
QUESTÕES mações abaixo.
Três funcionários do Serviço de Atendimento ao Clien-
01. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU- te de uma loja foram avaliados pelos clientes que atribuí-
NESP/2017) Uma empresa tem 120 funcionários no total: ram uma nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento recebido. A
70 possuem curso superior e 50 não possuem curso supe- tabela mostra as notas recebidas por esses funcionários em
rior. Sabe-se que a média salarial de toda a empresa é de um determinado dia.
R$ 5.000,00, e que a média salarial somente dos funcioná-
rios que possuem curso superior é de R$ 6.000,00. Desse
modo, é correto afirmar que a média salarial dos funcioná-
rios dessa empresa que não possuem curso superior é de
(A) R$ 4.000,00.
(B) R$ 3.900,00.
(C) R$ 3.800,00.
(D) R$ 3.700,00. Considerando a avaliação média individual de cada
(E) R$ 3.600,00. funcionário nesse dia, a diferença entre as médias mais
próximas é igual a
02. (TJM/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- (A) 0,32.
NESP/2017) Leia o enunciado a seguir para responder a (B) 0,21.
questão. (C) 0,35.
A tabela apresenta o número de acertos dos 600 candi- (D) 0,18.
datos que realizaram a prova da segunda fase de um con- (E) 0,24.
curso, que continha 5 questões de múltipla escolha

46
MATEMÁTICA

05. (UFES – Assistente em Administração – 07. (COSANPA - Químico – FADESP/2017) Algumas


UFES/2017) Considere n números x1, x2, … , xn, em que x1 ≤ Determinações do teor de sódio em água (em mg L-1) fo-
x2 ≤ ⋯ ≤ xn . A mediana desses números é igual a x(n + 1)/2, ram executadas (em triplicata) paralelamente por quatro
se n for ímpar, e é igual à média aritmética de xn ⁄ 2 e x(n + laboratórios e os resultados são mostrados na tabela abai-
2)/2, se n for par. Uma prova composta por 5 questões foi xo.
aplicada a uma turma de 24 alunos. A tabela seguinte rela-
ciona o número de acertos obtidos na prova com o número Replicatas Laboratório
de alunos que obtiveram esse número de acertos.
1 2 3 4
Número de acertos Número de 1 30,3 30,9 30,3 30,5
alunos 2 30,4 30,8 30,7 30,4
0 4 3 30,0 30,6 30,4 30,7
1 5 Média 30,20 30,77 30,47 30,53
2 4 Desvio 0,20 0,15 0,21 0,15
3 3 Padrão
4 5
Utilize essa tabela para responder à questão.
5 3 O laboratório que apresenta o maior erro padrão é o
de número
A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica (A) 1.
que 5 alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na (B) 2.
prova. A mediana dos números de acertos é igual a (C) 3.
(D) 4.
(A) 1,5
(B) 2 08. (ANAC – Analista Administrativo- ESAF/2016)
(C) 2,5 Os valores a seguir representam uma amostra
(D) 3
(E) 3,5 331546248

06. (UFAL – Auxiliar de Biblioteca – COPEVE/2016) Então, a variância dessa amostra é igual a
A tabela apresenta o número de empréstimos de livros de (A) 4,0
uma biblioteca setorial de um Instituto Federal, no primeiro (B) 2,5.
semestre de 2016. (C) 4,5.
(D) 5,5
Mës Empréstimos (E) 3,0

Janeiro 15 09. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU-


Fevereiro 25 NESP/2016) A média de salários dos 13 funcionários de
uma empresa é de R$ 1.998,00. Dois novos funcionários
Março 22 foram contratados, um com o salário 10% maior que o do
Abril 30 outro, e a média salarial dos 15 funcionários passou a ser
Maio 28 R$ 2.013,00. O menor salário, dentre esses dois novos fun-
cionários, é igual a
Junho 15 (A)) R$ 2.002,00.
(B) R$ 2.006,00.
Dadas as afirmativas, (C) R$ 2.010,00.
I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por (D) R$ 2.004,00.
mês. (E) R$ 2.008,00.
II. A mediana da série de valores é igual a 26.
III. A moda da série de valores é igual a 15. 10. (PREF. DE NITERÓI – Agente Fazendário –
FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da pre-
Verifica-se que está(ão) correta(s) feitura foram submetidos a um teste de avaliação de co-
(A) II, apenas. nhecimentos de computação e a pontuação deles, em uma
(B) III, apenas. escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.
(C) I e II, apenas.
(D) I e III, apenas. 50 55 55 55 55 60
(E) I, II e III. 62 63 65 90 90 100

47
MATEMÁTICA

O número de funcionários com pontuação acima da 05.Resposta: B.


média é: Como 24 é um número par, devemos fazer a segunda
(A) 3; regra:
(B) 4;
(C) 5;
(D) 6;
(E) 7.

06. Resposta: D.
RESPOSTAS

01. Resposta: E. Mediana


S=cursam superior Vamos colocar os números em ordem crescente
M=não tem curso superior

15,15,22,25,28,30

S+M=600000 Moda é o número que mais aparece, no caso o 15.

07. Resposta: C.
Como o desvio padrão é maior no 3, o erro padrão é
S=420000 proporcional, portanto também é maior em 3.
M=600000-420000=180000
08. Resposta: C.

02. Resposta:B.

03. Resposta: D.

09. Resposta: C.
M=300 Vamos chamar de x a soma dos salários dos 13 funcio-
nários
x/13=1998
X=13.1998
V=250 X=25974
Vamos chamar de y o funcionário contratado com me-
nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior, pois
ele ganha y+10% de y
Y+0,1y=1,1y
04. Resposta: B. (x+y+1,1y)/15=2013
25974+2,1y=15∙2013
2,1y=30195-25974
2,1y=4221
Y=2010

10. Resposta: A.

3,36-3,15=0,21 M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.

48
MATEMÁTICA

Ângulo Reto:

GEOMETRIA - É o ângulo cuja medida é 90º;


- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendi-
culares.

Ângulos

Denominamos ângulo a região do plano limitada por


duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem
o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do
ângulo.

Triângulo

Elementos

Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que
liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do Um triângulo tem três medianas.
que 90º.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo in-


tercepta o lado oposto

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da


Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vértice a
que 90º. um ponto do lado oposto.
Na figura, é uma bissetriz interna do .
Um triângulo tem três bissetrizes internas.

Ângulo Raso:

- É o ângulo cuja medida é 180º;


- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.
Altura de um triângulo é o segmento que liga um vér-
tice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é perpen-
dicular a esse lado.

Na figura, é uma altura do .

Um triângulo tem três alturas.

49
MATEMÁTICA

Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.

Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpen-


dicular a esse segmento pelo seu ponto médio.

Na figura, a reta m é a mediatriz de .

Triângulo equilátero: três lados iguais.

Quanto aos ângulos

Triângulo acutângulo:tem os três ângulos agudos


Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do
triângulo que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Um triângulo tem três mediatrizes.

Triângulo retângulo:tem um ângulo reto

Classificação

Quanto aos lados

Triângulo escaleno:três lados desiguais.

Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso

50
MATEMÁTICA

Áreas

1- Trapézio: , onde B é a medida da base


maior, b é a medida da base menor e h é medida da altura.
2- Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da
base e h é a medida da altura.
3- Retângulo: A = b.h

4- Losango: , onde D é a medida da diagonal


maior e d é a medida da diagonal menor.
Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos 5- Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.
Num triângulo o comprimento de qualquer lado é me-
nor que a soma dos outros dois. Em qualquer triângulo, ao Polígono
maior ângulo opõe-se o maior lado, e vice-versa. Chama-se polígono a união de segmentos que são
chamados lados do polígono, enquanto os pontos são cha-
QUADRILÁTEROS mados vértices do polígono.

Quadrilátero é todo polígono com as seguintes pro-


priedades:

- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º

Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.

Diagonal de um polígono é um segmento cujas extre-


midades são vértices não-consecutivos desse polígono.

- é paralelo a

- Losango: 4 lados congruentes


- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Número de Diagonais

- Observações:

- No retângulo e no quadrado as diagonais são


congruentes (iguais)
- No losango e no quadrado as diagonais são per-
pendiculares entre si (formam ângulo de 90°) e são bisse-
trizes dos ângulos internos (dividem os ângulos ao meio).

51
MATEMÁTICA

Ângulos Internos Semelhança de Triângulos


A soma das medidas dos ângulos internos de um polí- Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os
gono convexo de n lados é (n-2).180 seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas
Unindo um dos vértices aos outros n-3, conveniente- medidas, e os lados correspondentes forem proporcionais.
mente escolhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das
medidas dos ângulos internos do polígono é igual à soma Casos de Semelhança
das medidas dos ângulos internos dos n-2 triângulos. 1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vérti-
ces correspondentes, então esses triângulos são congruentes.

Ângulos Externos

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.

A soma dos ângulos externos=360°

Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, en-
tão a razão de dois segmentos quaisquer de uma transversal
é igual à razão dos segmentos correspondentes da outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:

3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes pro-
porcionais, então esses dois triângulos são semelhantes.
Exemplo

52
MATEMÁTICA

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo Neste triângulo, temos que: c²=a²+b²


Dividindo os membros por c²
Considerando o triângulo retângulo ABC.

Como

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado


triangulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:
Temos:

a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes en-
tre os diversos segmentos desse triângulo. Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da


Fórmulas Trigonométricas hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.

Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cos-
seno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.
2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipo-
tenusa pela altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das pro-


jeções dos catetos sobre a hipotenusa.

53
MATEMÁTICA

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos QUESTÕES


quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras).
01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá-
rios- VUNESP/2017) Um terreno retangular ABCD, com 40
m de largura por 60 m de comprimento, foi dividido em
Posições Relativas de Duas Retas três lotes, conforme mostra a figura.
Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo
plano. Nesse caso são chamadas retas coplanares. Podem
também não estar no mesmo plano. Nesse caso, são deno-
minadas retas reversas.

Retas Coplanares
a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum

-Duas retas concorrentes podem ser: Sabendo-se que EF = 36 m e que a área do lote 1 é
864 m², o perímetro do lote 2 é
1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.
(A) 100 m.
(B) 108 m.
2. Oblíquas:r e s não são perpendiculares. (C) 112 m.
(D) 116 m.
(E) 120 m.

02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)


Considere um triângulo retângulo de catetos medindo
3m e 5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante
ao primeiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá
como medidas dos catetos, em metros:
b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são (A) 3 e 10.
coincidentes. (B) 3√2 e 5√2 .
(C) 3√2 e 10√2 .
(D) 5 e 6.
(E) 6 e 10.

03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na


figura abaixo, encontra-se representada uma cinta esticada
passando em torno de três discos de mesmo diâmetro e
tangentes entre si.

54
MATEMÁTICA

Considerando que o diâmetro de cada disco é 8, o 06. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
comprimento da cinta acima representada é - MSCONCURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a
(A) 8/3 π + 8 . seguir, de vértices A, B e C, representa uma praça de uma
(B) 8/3 π + 24. cidade. Qual é a área dessa praça?
(C) 8π + 8 .
(D) 8π + 24.
(E) 16π + 24.

04. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na


figura abaixo, ABCD é um quadrado de lado 10; E, F, G e H
são pontos médios dos lados do quadrado ABCD e são os
centros de quatro círculos tangentes entre si.
(A) 120 m²
(B) 90 m²
(C) 60 m²
(D) 30 m²

07. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em centíme-
tros, mostra um painel informativo ABCD, de formato retan-
gular, no qual se destaca a região retangular R, onde x > y.

A área da região sombreada, da figura acima apresen-


tada, é
(A) 100 - 5π .
(B) 100 - 10π .
(C) 100 - 15π .
(D) 100 - 20π .
(E) 100 - 25π .
Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados
05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No correspondentes do retângulo ABCD e da região R é igual
cubo de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se represen- a 5/2 , é correto afirmar que as medidas, em centímetros,
tado um plano passando pelos vértices B e C e pelos pon- dos lados da região R, indicadas por x e y na figura, são,
tos P e Q, pontos médios, respectivamente, das arestas EF respectivamente,
e HG, gerando o quadrilátero BCQP.
(A) 80 e 64.
(B) 80 e 62.
(C) 62 e 80.
(D) 60 e 80.
(E) 60 e 78.

08. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) O piso de um salão retangular, de 6 m de
comprimento, foi totalmente coberto por 108 placas qua-
dradas de porcelanato, todas inteiras. Sabe-se que quatro
placas desse porcelanato cobrem exatamente 1 m2 de
A área do quadrilátero BCQP, da figura acima, é piso. Nessas condições, é correto afirmar que o perímetro
desse piso é, em metros, igual a
(A) 25√5. (A) 20.
(B) 50√2. (B) 21.
(C) 50√5. (C) 24.
(D) 100√2 . (D) 27.
(E) 100√5. (E) 30.

55
MATEMÁTICA

09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi- 12. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária –
sor – FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular MSCONCURSOS/2017) Fábio precisa comprar arame para
resolveu cercá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de ma- cercar um terreno no formato a seguir, retângulo em B e C.
deira. Colocou uma estaca em cada um dos quatro cantos Considerando que ele dará duas voltas com o arame no ter-
do terreno e as demais igualmente espaçadas, de 3 em 3 reno e que não terá perdas, quantos metros ele irá gastar?
metros, ao longo dos quatro lados do terreno. (considere √3 =1,7; sen30º=0,5; cos30º=0,85; tg30º=0,57).
O número de estacas em cada um dos lados maiores
do terreno, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do nú-
mero de estacas em cada um dos lados menores, também
incluindo os dois dos cantos.
A área do terreno em metros quadrados é:
(A) 240;
(B) 256;
(C) 324; (A) 64,2 m
(D) 330; (B) 46,2 m
(E) 372. (C) 92,4 m
(D) 128,4 m
10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VU-
NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão in-
dicadas em metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas com
formato de triângulos retângulos, situadas em uma praça
e destinadas a atividades de recreação infantil para faixas
etárias distintas.

Respostas

01. Resposta: D.

Se a área de R1 é 54 m², então o perímetro de R2 é, em


metros, igual a

(A) 54.
(B) 48.
(C) 36.
(D) 40.
(E) 42.

11. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária –


MSCONCURSOS/2017)

Seja a expressão definida em


0< x < π/2 . Ao simplificá-la, obteremos:

(A) 1
(B) sen²x
(C) cos²x
(D) 0

96h=1728
H=18

56
MATEMÁTICA

Como I é um triângulo: O ladao AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o


60-36=24 ponto Médio
X²=24²+18² X²=5²+5²
X²=576+324 X²=25+25
X²=900 X²=50
X=30 X=5√2
Como h=18 e AD é 40, EG=22 X é o diâmetro do círculo, como temos 4 semi círculos,
temos 2 círculos inteiros.
Perímetro lote 2: 40+22+24+30=116
A área de um círculo é
02. Resposta: B.

A sombreada=100-25π

05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25
CQ²=125
CQ=5√5
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC
A=5√5⋅10=50√5
Lado=3√2
Outro lado =5√2 06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.
03. Resposta: D.
17²=x²+8²
Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente 289=x²+64
a mesma medida da parte reta da cinta. X²=225
Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado X=15
esticado tem 8x3=24 m
A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo, 07. Resposta: A.
como são três partes, é a mesma medida de um círculo.
O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π
Portanto, a cinta tem 8π+24
5y=320
04. Resposta: E.
Y=64
Como o quadrado tem lado 10,a área é 100.

5x=400
X=80

08. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6

O perímetro seria

57
MATEMÁTICA

09. Resposta: C.
Número de estacas: x
X+x+2x+2x-4=26 obs: -4 é porque estamos contan-
do duas vezes o canto
6x=30
X=5 X=6
Temos 5 estacas no lado menor, como são espaçadas
a cada 3m
4 espaços de 3m=12m
Lado maior 10 estacas
9 espaços de 3 metros=27m
A=12⋅27=324 m²
Y=10,2
10. Resposta: B. 2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m

Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com
os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião
9x=108 de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no
X=12 círculo e no outro plano.

Para encontrar o perímetro do triângulo R2:

Classificação
Y²=16²+12² Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
Y²=256+144=400 as geratrizes são perpendiculares às bases.
Y=20 Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
equilátero.
Perímetro: 16+12+20=48 Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.

11. Resposta: C.

1-cos²x=sen²x

12. Resposta: D. Área


Área da base: Sb=πr²

58
MATEMÁTICA

Volume Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao nú-
mero de lados da base.

Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
um ponto V que não pertence ao plano.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.

Área e Volume
Área lateral:
Onde n= quantidade de lados

Classificação Prismas
-Reto:eixo VO perpendicular à base; Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R
Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retângu- contido em α e uma reta r concorrente aos dois.
lo em torno de um de seus catetos. Por isso o cone reto é
também chamado de cone de revolução.
Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é
denominado cone equilátero.

Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião


de todos os segmentos paralelos a r, com extremidades no
polígono R e no plano β.

-Oblíquo: eixo não é perpendicular

Área
Área lateral:
Área da base:
Área total:

Volume

59
MATEMÁTICA

Assim, um prisma é um poliedro com duas faces con-


gruentes e paralelas cujas outras faces são paralelogramos
obtidos ligando-se os vértices correspondentes das duas
faces paralelas.

Classificação

Reto: Quando as arestas laterais são perpendiculares


às bases
Oblíquo: quando as faces laterais são oblíquas à base.

Cubo é todo paralelepípedo retângulo com seis faces


quadradas.

Classificação pelo polígono da base Prisma Regular


Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regu-
lares, o prisma é dito regular.
As faces laterais são retângulos congruentes e as bases
são congruentes (triângulo equilátero, hexágono regular,...)

Área
Área cubo:
Área paralelepípedo:
A área de um prisma:
-Triangular Onde: St=área total
Sb=área da base
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late-
-Quadrangular rais.

Volume
Paralelepípedo:V=a.b.c
Cubo:V=a³
Demais:

QUESTÕES

01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Um


cilindro reto de altura h tem volume V. Para que um cone
reto com base igual a desse cilindro tenha volume V, sua
E assim por diante... altura deve ser igual a
(A) 1/3h.
Paralelepípedos (B) 1/2h.
Os prismas cujas bases são paralelogramos denomi- (C) 2/3h.
nam-se paralelepípedos. (D) 2h.
(E) 3h.

60
MATEMÁTICA

02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária – 05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
MSCONCURSOS/2017) Qual é o volume de uma lata de GO/2017) Frederico comprou um aquário em formato de
óleo perfeitamente cilíndrica, cujo diâmetro é 8 cm e a al- paralelepípedo, contendo as seguintes dimensões:
tura é 20 cm? (use π=3)
(A) 3,84 l
(B) 96 ml
(C) 384 ml
(D) 960 ml

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-


NESP/2017) Inicialmente, um reservatório com formato
de paralelepípedo reto retângulo deveria ter as medidas
indicadas na figura. Estando o referido aquário completamente cheio, a sua
capacidade em litros é de:
(A) 0,06 litros.
(B) 0,6 litros.
(C) 6 litros.
(D) 0,08 litros.
(E) 0,8 litros.

06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-


NESP/2017) As figuras seguintes mostram os blocos de
madeira A, B e C, sendo A e B de formato cúbico e C com
formato de paralelepípedo reto retângulo, cujos respecti-
vos volumes, em cm³, são representados por VA, VB e VC.

Em uma revisão do projeto, foi necessário aumentar


em 1 m a medida da largura, indicada por x na figura, man-
tendo-se inalteradas as demais medidas. Desse modo, o
volume inicialmente previsto para esse reservatório foi au-
mentado em
(A) 1 m³ .
(B) 3 m³ .
(C) 4 m³ .
(D) 5 m³ .
(E) 6 m³ .
Se VA + VB = 1/2 VC , então a medida da altura do
04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- bloco C, indicada por h na figura, é, em centímetros, igual a
NESP/2017) A figura mostra cubinhos de madeira, todos (A) 15,5.
de mesmo volume, posicionados em uma caixa com a for- (B) 11.
ma de paralelepípedo reto retângulo. (C) 12,5.
(D) 14.
(E) 16

07. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPEGO/2017)


Um recipiente na forma de um prisma reto de base quadra-
da, com dimensões internas de 10 cm de aresta da base e
25 cm de altura, está com 20% de seu volume total preen-
chido com água, conforme mostra a figura. (Figura fora de
escala)

Se cada cubinho tem aresta igual a 5 cm, então o volu-


me interno dessa caixa é, em cm³ , igual a
(A) 3000.
(B) 4500.
(C) 6000.
(D) 7500.
(E) 9000.

61
MATEMÁTICA

Para completar o volume total desse recipiente, serão 10. (PREF. DE ITAPEMA/SC – Técnico Contábil – MS-
despejados dentro dele vários copos de água, com 200 mL CONCURSOS/2016) O volume de um cone circular reto,
cada um. O número de copos totalmente cheios necessá- cuja altura é 39 cm, é 30% maior do que o volume de um
rios para completar o volume total do prisma será: cilindro circular reto. Sabendo que o raio da base do cone
(A) 8 copos é o triplo do raio da base do cilindro, a altura do cilindro é:
(B) 9 copos (A) 9 cm
(C) 10 copos (B) 30 cm
(D) 12 copos (C) 60 cm
(E) 15 copos (D) 90 cm

08. (CELG/GT/GO – Analista de Gestão – CSU- Respostas


FG/2017) figura a seguir representa um cubo de aresta a.
01. Resposta:

Volume cilindro=πr²h

Para que seja igual a V, a altura tem que ser igual a 3h

Considerando a pirâmide de base triangular cujos vér-


tices são os pontos B, C, D e G do cubo, o seu volume é
dado por
(A) a³/6 02. Resposta: D
(B) a³/3 V= πr²h
(C) a³/3√3 V=3⋅4²⋅20=960 cm³=960 ml
(D) a³/6√6
03. Resposta:E.
09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU- V=2⋅3⋅x=6x
NESP/2017) De um reservatório com formato de parale- Aumentando 1 na largura
lepípedo reto retângulo, totalmente cheio, foram retirados V=2⋅3⋅(x+1)=6x+6
3 m³ de água. Após a retirada, o nível da água restante no Portanto, o volume aumentou em 6.
reservatório ficou com altura igual a 1 m, conforme mostra
a figura. 04. Resposta:E.
São 6 cubos no comprimento: 6⋅5=30
São 4 cubos na largura: 4⋅5=20
3 cubos na altura: 3⋅5=15
V=30⋅20⋅15=9000

05. Resposta: C.
V=20⋅15⋅20=6000cm³=6000ml==6 litros

06. Resposta:C.
VA=125cm³

Desse modo, é correto afirmar que a medida da altura VB=1000cm³


total do reservatório, indicada por h na figura, é, em me-
tros, igual a
(A) 1,8.
(B) 1,75.
(C) 1,7.
(D) 1,65.
(E) 1,6.
180h=2250
H=12,5

62
MATEMÁTICA

07. Resposta: C. Representação da matriz


V=10⋅10⋅25=2500 cm³ Forma explicita (ou forma de tabela)
2500⋅0,2=500cm³ preenchidos. A matriz A é representada indicando-se cada um de seus
Para terminar de completar o volume: elementos por uma letra minúscula acompanhada de dois
2500-500=2000 cm³ índices: o primeiro indica a linha a que pertence o elemen-
2000/200=10 copos to: o segundo indica a coluna a que pertence o elemento,
isto é, o elemento da linha i e da coluna j é indicado por ij.
08. Resposta: A. Assim, a matriz A2 x 3 é representada por:
A base é um triângulo de base a e altura a

Forma abreviada
A matriz A é dada por (aij)m x n e por uma lei que fornece
aij em função de i e j.
A=(aij)2 x 2, onde aij=2i+j

09. Resposta: E.
V=2,5⋅2⋅1=5m³
Como foi retirado 3m³
5+3=2,5⋅2⋅h
8=5h
H=1,6m

10. Resposta: D. Portanto,


Cone
Tipos de Matriz

Matriz linha

Chama-se matriz linha a toda matriz que possui uma


Cilindro única linha.
V=Ab⋅h Assim, [2 3 7] é uma matriz do tipo 1 x 3.
V=πr²h
Como o volume do cone é 30% maior: Matriz coluna
117πr²=1,3 πr²h
H=117/1,3=90 Chama-se matriz coluna a toda matriz que possui uma
única coluna.

Assim, é uma matriz coluna do tipo 2 x 1.


MATRIZ, DETERMINANTES E SISTEMAS
LINEARES Matriz quadrada

Chama-se matriz quadrada a toda matriz que possui


número de linhas igual ao número de colunas. Uma matriz
Matriz quadrada A do tipo n x n é dita matriz quadrada de ordem
Chama-se matriz do tipo m x n, m ∈N* e n∈N*, a toda n e indica-se por An. Exemplo:
tabela de m.n elementos dispostos em m linhas e n colunas.
Indica-se a matriz por uma letra maiúscula e colocar seus
elementos entre parênteses ou entre colchetes como, por
exemplo, a matriz A de ordem 2x3.

Diagonais
Diagonal principal é a sequência tais que i=j, ou seja,
(a11, a22, a33,..)
Diagonal secundária é a sequência dos elementos tais
que i+j=n+1, ou seja, (a1n, a2 n-1,...)

63
MATEMÁTICA

portanto

Propriedades da adição
Comutativa: A + B = B + A
Matriz diagonal Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Elemento neutro: A + O = O + A = A
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O
matriz diagonal se, e somente se, todos os elementos que Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt
não pertencem à diagonal principal são iguais a zero.
Subtração de matrizes

Sejam A=(aij), B=(bij) e C=(cij), matrizes do mesmo tipo


m x n. Diz-se que C é a diferença A-B, se, e somente se,
C=A+(-B).
Matriz identidade

Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de


matriz identidade se, e somente se, os elementos da diago-
nal principal são iguais a um e os demais são iguais a zero.

Multiplicação de um número por uma matriz


Matriz nula Considere:
É chamada matriz nula se, e somente se, todos os ele-
mentos são iguais a zero.
Multiplicação de matrizes

O produto (linha por coluna) de uma matriz A = (aij)


por uma matriz B = (bij)p x n é uma matriz C = (cij)m x n,
Matriz Transposta mxp
de modo que cada elemento cij é obtido multiplicando-se
ordenadamente os elementos da linha i de A pelos ele-
Dada a matriz A=(aij) do tipo m x n, chama-se matriz mentos da coluna j de B, e somando-se os produtos assim
transposta de A a matriz do tipo n x m. obtidos.
Dada as matrizes:

Adição de Matrizes

Sejam A= (aij), B=(bij) e C=(cij) matrizes do mesmo tipo


m x n. Diz-se que C é a soma de A com B, e indica-se por Matriz Inversa
A+B.
Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Uma matriz B
é chamada inversa de A se, e somente se,
Dada as matrizes:

64
MATEMÁTICA

Exemplo: Regra 2
Determine a matriz inversa de A.

Solução

Seja

detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 -a12
a21 a33 - a32 a23 a11

Sistema de equações lineares


Um sistema de equações lineares mxn é um conjunto
de m equações lineares, cada uma delas com n incógnitas.
Temos que x=3; y=2; z=1; t=1

Logo,

Determinante
Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante o
número real a ela associado.

Cálculo do determinante Em que:


Determinante de ordem 1

Determinante de ordem 2 Sistema Linear 2 x 2


Dada a matriz
O determinante é dado por: Chamamos de sistema linear 2 x 2 o conjunto de equa-
ções lineares a duas incógnitas, consideradas simultanea-
Determinante de ordem 3 mente.
Regra 1: Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo:

a1 x + b1 y = c1

a2 + b2 y = c2

Sistema Linear 3x3

Repete a primeira e a segunda coluna


Sistemas Lineares equivalentes

Dois sistemas lineares que admitem o mesmo conjunto


solução são ditos equivalentes. Por exemplo:

São equivalentes, pois ambos têm o mesmo conjunto


solução S={(1,2)}

65
MATEMÁTICA

Denominamos solução do sistema linear toda sequên- Sistema Escalonado


cia ordenada de números reais que verifica, simultanea- Sistema Linear Escalonado é todo sistema no qual as
mente, todas as equações do sistema. incógnitas das equações lineares estão escritas em uma
Dessa forma, resolver um sistema significa encontrar mesma ordem e o 1º coeficiente não-nulo de cada equa-
todas as sequências ordenadas de números reais que satis- ção está à direita do 1º coeficiente não-nulo da equação
façam as equações do sistema. anterior.

Matriz Associada a um Sistema Linear Exemplo


Sistema 2x2 escalonado.
Dado o seguinte sistema:

Sistema 3x3
Matriz incompleta A primeira equação tem três coeficientes não-nulos, a
segunda tem dois e a terceira, apenas um.

Sistema 2x3
Classificação

1. Sistema Possível e Determinado Resolução de um Sistema Linear por Escalonamento

Podemos transformar qualquer sistema linear em um


outro equivalente pelas seguintes transformações elemen-
tares, realizadas com suas equações:
O par ordenado (2, 1) é solução da equação, pois -trocas as posições de duas equações
-Multiplicar uma das equações por um número real di-
ferente de 0.
-Multiplicar uma equação por um número real e adi-
cionar o resultado a outra equação.
Como não existe outro par que satisfaça simultanea- Exemplo
mente as duas equações, dizemos que esse sistema é SP-
D(Sistema Possível e Determinado), pois possui uma única
solução.
2. Sistema Possível e Indeterminado
Inicialmente, trocamos a posição das equações, pois é
conveniente ter o coeficiente igual a 1 na primeira equação.

esse tipo de sistema possui infinitas soluções, os valo-


res de x e y assumem inúmeros valores. Observe o sistema
a seguir, x e y podem assumir mais de um valor, (0,4), (1,3), Depois eliminamos a incógnita x da segunda equação
(2,2), (3,1) e etc.  Multiplicando a equação por -2:

3. Sistema Impossível

Somando as duas equações:

Não existe um par real que satisfaça simultaneamente


as duas equações. Logo o sistema não tem solução, por-
tanto é impossível.

66
MATEMÁTICA

Sistemas com Número de Equações Igual ao Núme-


ro de Incógnitas Assim, .

Quando o sistema linear apresenta nº de equações Substituindo esse valor de y na 1ª equação de (*) e
igual ao nº de incógnitas, para discutirmos o sistema, ini-
cialmente calculamos o determinante D da matriz dos coe- considerando a matriz , cujo determinante é
ficientes (incompleta), e:
- Se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado. indicado por Dx = ed – bf, obtemos , D ≠ 0.
- Se D = 0, o sistema é possível e indeterminado ou
impossível.
QUESTÕES
Para identificarmos se o sistema é possível, indetermi-
nado ou impossível, devemos conseguir um sistema esca- 01. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –
lonado equivalente pelo método de eliminação de Gauss. IBFC/2017)
Dadas a matriz e a
Exemplos
matriz , assinale a alternativa que apre-
- Discutir, em função de a, o sistema: senta a matriz C que representa a soma da matriz A e B, ou
seja, C = A + B:
x + 3 y = 5

2 x + ay = 1

Resolução

1 3
D= = a−6
2 a

D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
02. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –
Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado. IBFC/2017)
Para a ≠ 6, temos:
Dadas a matriz e a matriz ,
x + 3 y = 5
 assinale a alternativa que apresenta a matriz C que repre-
x + 3 y = 5 senta a subtração da matriz A e B, ou seja, C = A - B.
2 x + 6 y = 1 ~
 ← −2 0 x + 0 y = −9

Que é um sistema impossível.


Assim, temos:
a ≠ 6 → SPD (Sistema possível e determinado)
a = 6 → SI (Sistema impossível)

Regra de Cramer

Consideramos os sistema .
03. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –
Suponhamos que a ≠ 0. Observamos que a matriz in IBFC/2017)

completa desse sistema é , cujo determi- Dada a matriz e a matriz , assi-


nante é indicado por D = ad – bc. nale a alternativa que apresenta a matriz C que representa
o produto da matriz A e B, ou seja, C=A*B.
Se substituirmos em M a 2ª coluna (dos coeficientes de
y) pela coluna dos coeficientes independentes,

obteremos ,cujo determinante é indicado por


Dy = af – ce.

67
MATEMÁTICA

07. (PREF. DE BIGUAÇU/SC – Professor – UNI-


SUL/2016)
Considere

04. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Fiscal de Pos-


turas – MSCONCURSOS/2017)
Sejam as matrizes Assinale a alternativa CORRETA:

(A) A + B = 20
. (B) A - 3B2 = -51
(C) √2A + 1- 5 = -2
A matriz A-B é igual a (D) A/B +1 =23
(E) 3A -2B + 9 = 25

08. (PREF. DE TAQUARITUBA/SP – Professor – INS-


TITUTO EXCELÊNCIA/2016)

Dada a matriz

, assinale a alternativa que te-


nha respectivamente os números dos elementos a12, a23,
a33 e a35.
05. (UNITINS – Assistente Administrativo – UNI- (A) 0, 0, 7, 5.
TINS/2016) (B) 0, 7, 7, 5.
Sejam os determinantes das matrizes (C) 6, 7, 0, 0.
(D) Nenhuma das alternativas.

09. (MGS – Serviços Técnicos Contábeis – IBFC/2015)


Sejam as matrizes quadradas de e então o valor ordem
e , então o valor do
O valor de x²-2xy+y² é igual a
(A) 8 determinante da matriz C = A + B é igual a:
(B) 6 (A) -2
(C) 4 (B) 2
(D) 2 (C) 6
(E) 0 (D) -6

06. (PREF. DE ITAPEMA/SC – Técnico Contábil – MS- 10. (PREF. DE SANTO ANDRÉ – Assistente Econômi-
CONCURSOS/2016) Sabendo que o determinante da co Financeiro – IBAM/2015) Considere as seguintes ma-
trizes:

matriz é 10, então o determinante


da

matriz é: Sendo “a” um número real, para que tenhamos A . B =


C, o valor da variável “a” deverá ser:
(A) um número inteiro, ímpar e primo.
(A) -20 (B) um número inteiro, par, maior que 1 e menor que 5
(B) -10 (C) um número racional, par, maior que 5 e menor que
(C) 3 10.
(D) 20 (D) um número natural, impar, maior que 1 e menor
que 5.

68
MATEMÁTICA

11. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATE/2015) 05. Resposta:C.


A solução do seguinte sistema linear detA=15+10+4x+6+2x-50=-19
6x=0
X=0

é: detB=0+40-y-0-12y+6=72
-13y=26
(A) S={(0,2,-5)} Y=-2
(B) S={(1,4,1)}
(C) S={(4,0,6)} X²-2xy+y²=0²-0+4=4
(D) S={(3/2 ,6, -7/2)}
(E) Sistema sem solução. 06. Resposta: A.
Observe a primeira coluna: foi multiplicado por 2.
12. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA- Observe a segunda coluna: foi multiplicada por -1
TEC/2015) A solução do sistema linear Portanto, fazemos as mesmas operações com o deter-
minante: 10.2.-1=-20

é: 07. Resposta: B.
Da primeira matriz, para fazer o determinante, basta
(A) S={(4, ¼)} multiplicar os números da diagonal principal:
(B) S={(3, 3/2 )} detA=-1⋅3⋅2⋅-4=24
(C) S={(3/2 ,3 )}
(D) S={(3,− 3/2 )} A matriz B, devemos multiplicar os números da dia-
(E) S={(1,3/2 )} gonal secundária e multiplicar ainda por -1(pois, quando
fazemos determinante, sempre colocamos o menos antes
13. (SEDUC/PI – Professor – Matemática – NUCE- de fazer a diagonal secundária)
PE/2015) O sistema linear detB=-(-1/2⋅1⋅10⋅-1)=-5
Fazendo por alternativa:
A-A+B=20
24-5=20
é possível e indeterminado se: 19=20(F)

(A) m ≠ 2 e n = 2 . (B) A-3B²=-51


(B) m ≠ 1/2 e n = 2 . 24-3⋅(-5)²=-51
(C) m = 2 e n = 2 . 24-75=-51
(D) m = 1/2 e n = 2 . -51=-51(V)
(E) m = 1/2 e n ≠ 2 .
08. Resposta: A.
A12=0
RESPOSTAS A23=0
A33=7
01. Resposta: E. A35=5

09. Resposta: D.

02. Resposta: E.

03. Resposta: E.

10. Resposta: A.

04. Resposta: A.

69
MATEMÁTICA

m=1/2

a+2=9
a=7
(n-4+9)-(-3+6+2n)=0
11. Resposta: D. n+5-2n-3=0
Da II equação tiramos: -n=-2
X=5+z n=2

Da III equação:
Y=13+2z
SEQUÊNCIAS, PROGRESSÃO
Substituindo na I ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA
5+z+2(13+2z)+z=10
5+z+26+4z+z=10
6z=10-31
6z=-21 Sequências
Z=-21/6 Sempre que estabelecemos uma ordem para os ele-
Z=-7/2 mentos de um conjunto, de tal forma que cada elemento
seja associado a uma posição, temos uma sequência.
X=5+z O primeiro termo da sequência é indicado por a1,o se-
gundo por a2, e o n-ésimo por an.

Termo Geral de uma Sequência


Algumas sequências podem ser expressas mediante
uma lei de formação. Isso significa que podemos obter um
12. Resposta: A. termo qualquer da sequência a partir de uma expressão,
que relaciona o valor do termo com sua posição.
Para a posição n(n∈N*), podemos escrever an=f(n)

Progressão Aritmética
Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência
em que cada termo, a partir do segundo, é obtido adicio-
nando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constan-
te r chama-se razão da PA.

Somando as duas equações:


Exemplo
144y=36 A sequência (2,7,12) é uma PA finita de razão 5:

-x+28y=3
-x+7=3
-x=3-7
X=4 Classificação
As progressões aritméticas podem ser classificadas de
13. Resposta: D. acordo com o valor da razão r.
Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0 r<0, PA decrescente
r>0, PA crescente
r=0 PA constante

Propriedades das Progressões Aritméticas


-Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a
D=(3m+4m+3)-(3m+6m+2)=0 média aritmética entre o anterior e o posterior.
7m+3-9m-2=0
-2m=-1

70
MATEMÁTICA

-A soma de dois termos equidistantes dos extremos é Em notação matemática temos:


igual à soma dos extremos.

Termo Geral da PA
Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...)
da seguinte forma:

Assim sendo:
Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.
primeiro número de razões r igual à posição do termo me-
nos uma unidade. Progressão Geométrica
Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência
em que se obtém cada termo, a partir do segundo, multi-
Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética plicando o anterior por uma constante q, chamada razão
Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34). da PG.
6 e 34 são extremos, cuja soma é 40 Exemplo
Dada a sequência: (4, 8, 16)

Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes


dos extremos é igual à soma dos extremos. q=2

Soma dos Termos Classificação


Usando essa propriedade, obtemos a fórmula que per- As classificações geométricas são classificadas assim:
mite calcular a soma dos n primeiros termos de uma pro-
gressão aritmética. - Crescente: Quando cada termo é maior que o ante-
rior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e
0 < q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o an-
terior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1
< 0 e q > 1.
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal con-
trário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA
Exemplo de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG
Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O estacionaria.
último é igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o pri- - Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto
meiro termo? ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.
Solução
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o Termo Geral da PG
termo central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada
e mais 19 à sua direita. Então temos os seguintes dados termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma po-
para solucionar a questão: tência cuja base é a razão. Note que o expoente da razão é
igual à posição do termo menos uma unidade.

Sabemos também que a soma de dois termos equidis- Portanto, o termo geral é:
tantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos
seus extremos. Como esta P.A. tem um número ímpar de
termos, então o termo central tem exatamente o valor de
metade da soma dos extremos.

71
MATEMÁTICA

Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica QUESTÕES


Finita
Seja a PG finita de razão q e de soma 01. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra-
dos termos Sn: balho Júnior -CESGRANRIO/2017) A soma dos n primei-
1º Caso: q=1 ros termos de uma progressão geométrica é dada por

2º Caso: q≠1 Quanto vale o quarto termo dessa progressão geomé-


trica?
Exemplo
Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular: (A) 1
a) A soma dos 6 primeiros termos (B) 3
b) O valor de n para que a soma dos n primeiros ter- (C) 27
mos seja 29524 (D) 39
(E) 40
Solução
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  Para
que a sequência (4x-1 , x² -1, x - 4) forme uma progressão
aritmética, x pode assumir, dentre as possibilidades abaixo,
o valor de
(A) -0,5.
(B) 1,5.
(C) 2.
(D) 4.
(E) 6.

03. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-


sor – FGV/2017) O valor da expressão

2(1 - 2 + 3 - 4 + 5 - 6 + 7- ... + 2015 - 2016 + 2017) é:

(A)2014;
Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica (B) 2016;
Infinita (C) 2018;
1º Caso:-1<q<1 (D) 2020;
(E) 2022.
Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a
série é convergente. 04. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) Consi-
dere a equação do 1º grau: 2(x - 2) = 3(x/3 + 4) . A raiz da
2º Caso: equação é o segundo termo de uma Progressão Aritmética
A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a sé- (P.A.). O primeiro termo da P.A. corresponde aos 3/4 da raiz
rie é divergente da equação. O valor do décimo termo da P.A. é:
(A) 48
3º Caso: (B) 36
Também não possui soma finita, portanto divergente (C) 32
(D) 28
Produto dos termos de uma PG finita (E) 24

05. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação


de Transporte – FCC/2017) Em um experimento, uma
planta recebe a cada dia 5 gotas a mais de água do que
havia recebido no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu
374 gotas de água, no 1° dia do experimento ela recebeu
(A) 64 gotas.
(B) 49 gotas.
(C) 59 gotas.
(D) 44 gotas.
(E) 54 gotas.

72
MATEMÁTICA

06. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação RESPOSTAS


de Transporte – FCC/2017) Mantido o mesmo padrão na
sequência infinita 5, 6, 7, 8, 9, 7, 8, 9, 10, 11, 9, 10, 11, 12, 01.Resposta: A.
13, 11, 12, 13, 14, 15, . . . , a soma do 19° e do 31° termos
é igual a
(A) 42.
(B) 31.
(C) 33.
(D) 39. Como S3 é a soma dos 3 primeiros e S4 é a soma dos 4
(E) 36. primeiros termos, se subtrairmos um do outro, obteremos
o 4º termo.
07. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Auxiliar de Necropsia
– IBFC/2017) Considere a seguinte progressão aritmética: 02. Resposta: B.
(23, 29, 35, 41, 47, 53, ...) Para ser uma PA:
Desse modo, o 83.º termo dessa sequência é: X²-1-(4x-1)=x-4-(x²-1)
(A) 137 X²-1-4x+1=x-4-x²+1
(B) 455 X²+x²-4x-x-3=0
(C) 500 2x²-5x-3=0
(D) 515 ∆=25-24=1
(E) 680

08. (CEGAS – Assistente Técnico – IES/2017) Deter-


mine o valor do nono termo da seguinte progressão geo-
métrica (1, 2, 4, 8, ...):
(A) 438 03. Resposta: C.
(B) 512 Os termos ímpares formam uma PA de razão 2 e são os
(C) 256 números ímpares.
(D) 128 Os termos pares formam uma PA de razão -2
Vamos descobrir quantos termos há:
09. (CRF/MT – Agente Administrativo – QUA-
DRIX/2017) Maria criou uma conta no Instagram. No 2017=1+(n-1)⋅2
mesmo dia, quatro pessoas começaram a segui-la. Após 2017=1+2n-2
1 dia, ela já tinha 21 seguidores e após 2 dias, já eram 38 2017=-1+2n
seguidores. Maria percebeu que, a cada dia, ela ganhava 17 2n=2018
seguidores. Mantendo-se essa tendência, ela ultrapassará a n=1009
barreira de 1.000 seguidores após:
(A) 57 dias.
(B) 58 dias.
(C) 59 dias.
(D) 60 dias.
(E) 61 dias. Para a sequência par:
-2016=-2+(n-1)⋅(-2)
10.. (PREF. DE CHOPINZINHO – Procurador Munici- -2016=-2-2n+2
pal – FAU/2016) Com base na sequência numérica a seguir 2n=2016
determine o sexto termo da sequência: N=1008
196 ;169 ;144 ;121 ; ...
(A) 115.
(B) 100.
(C) 81.
(D) 69. 1018081-1017072=1009
(E) 49. 2⋅1009=2018

04. Resposta: A.
Raiz da equação:
2x-4=x+12
X=16 é 0 segundo termo da PA
Primeiro termo:

73
MATEMÁTICA

PA
(12,16,...) PORCENTAGEM
R=16-12=4

=48
Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100,
05. Resposta: E.
seu símbolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que
a encontramos nos meios de comunicação, nas estatísticas,
em máquinas de calcular, etc.
A1=374-320
Os acréscimos e os descontos é importante saber por-
A1=54
que ajuda muito na resolução do exercício.
06. Resposta: B.
Acréscimo
Observe os números em negrito:
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um deter-
9, 11, 13, 15,...
minado valor, podemos calcular o novo valor apenas multi-
São os números ímpares, a partir do 9 e a cada 5 nú-
plicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação.
meros.
Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim
Ou seja, o 9 está na posição 5
por diante. Veja a tabela abaixo:
O 11 está na posição 10 e assim por diante.
O 19º termo, já temos na sequência que é o 14
Seguindo os termos: Acréscimo ou Lucro Fator de
25º termo é o 17 Multiplicação
30º termo é 19 10% 1,10
Como o número seguinte a esses, abaixa duas unida-
des 15% 1,15
O 31º termo é o 17. 20% 1,20
14+17=31
47% 1,47
07. Resposta: D. 67% 1,67
Observe a razão: 29-23=6  
A83=a1+82r     Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 te-
A83=23+82⋅6 mos: 
A83=23+492
A83=515

08. Resposta: C. Desconto


Q=2 No caso de haver um decréscimo, o fator de multipli-
cação será:
    Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na
forma decimal)
    Veja a tabela abaixo:

09. Resposta: C. Desconto Fator de


1000=21+17(n-1) Multiplicação
1000=21+17n-17
1004=17n 10% 0,90
N=59 25% 0,75

10. Resposta: C. 34% 0,66


A sequência tem como base os quadrados perfeitos 60% 0,40
14, 13, 12, 11, 10, 9 90% 0,10
Portanto o 6º termo é o 9²=81
    Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 te-
mos: 

74
MATEMÁTICA

Chamamos de lucro em uma transação comercial de 02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) A equipe de
compra e venda a diferença entre o preço de venda e o segurança de um Tribunal conseguia resolver mensalmen-
preço de custo. te cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimônio
Lucro=preço de venda -preço de custo nas cercanias desse prédio, identificando os criminosos e
os encaminhando às autoridades competentes. Após uma
Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem reestruturação dos procedimentos de segurança, a mes-
de duas formas: ma equipe conseguiu aumentar o percentual de resolução
mensal de ocorrências desse tipo de crime para cerca de
63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação,
a equipe de segurança aumentou sua eficácia no combate
ao dano ao patrimônio em
(A) 35%.
(B) 28%.
(C) 63%.
(DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala (D) 41%.
de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está (E) 80%.
com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com gripe,
o menor valor possível para x é igual a 03. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Três ir-
(A) 8. mãos, André, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia he-
(B) 15. rança constituída pelas seguintes joias: um bracelete de
(C) 10. ouro, um colar de pérolas e um par de brincos de diamante.
(D) 6. A tia especificou em testamento que as joias não deveriam
(E) 12. ser vendidas antes da partilha e que cada um deveria ficar
com uma delas, mas não especificou qual deveria ser dada
Resolução a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um
45------100% recebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam
X-------60% que as joias tinham valores diferentes entre si e, além disso,
X=27 tinham diferentes opiniões sobre seus valores. Então, deci-
O menor número de meninas possíveis para ter gripe diram fazer a partilha do seguinte modo:
é se todos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2 − Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um
meninas estão. deveria escrever em um papel três porcentagens, indican-
do sua avaliação sobre o valor de cada joia com relação ao
valor total da herança.
− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas
Resposta: C. avaliações.
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles
recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da
QUESTÕES herança toda ou mais.
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das
01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária joias foi a seguinte:
- MSCONCURSOS/2017) Um aparelho de televisão que
custa R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação,
com um desconto de 40%. Marta queria comprar essa te-
levisão, porém não tinha condições de pagar à vista, e o
vendedor propôs que ela desse um cheque para 15 dias,
pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquida-
ção. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de: Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clari-
(A) R$1120,00 ce recebessem, respectivamente,
(B) R$1056,00 (A) o bracelete, os brincos e o colar.
(C) R$960,00 (B) os brincos, o colar e o bracelete.
(D) R$864,00 (C) o colar, o bracelete e os brincos.
(D) o bracelete, o colar e os brincos.
(E) o colar, os brincos e o bracelete.

75
MATEMÁTICA

04. (UTFPR – Técnico de Tecnologia da Informação 08. (CRM/MG – Técnico em Informática- FUN-
– UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas DEP/2017) Veja, a seguir, a oferta da loja Magazine Bom
foi alterado. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser Preço:
2/ 3 do comprimento original e sua largura foi reduzida e
passou a ser 3/ 4 da largura original. Aproveite a Promoção!
Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo Forno Micro-ondas
original, a área do novo retângulo: De R$ 720,00
(A) foi aumentada em 50%. Por apenas R$ 504,00
(B) foi reduzida em 50%.
(C) aumentou em 25%. Nessa oferta, o desconto é de:
(D) diminuiu 25%. (A) 70%.
(E) foi reduzida a 15%. (B) 50%.
(C) 30%.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (D) 10%.
GO/2017) Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma
editora um lote de apostilas para concursos, cujo valor uni- 09 (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) Consi-
tário original é de R$ 60,00. Por ter cadastro no referido dere que uma caixa de bombom custava, em novembro, R$
estabelecimento, ele recebeu 30% de desconto na compra. 8,60 e passou a custar, em dezembro, R$ 10,75. O aumento
Para revender os materiais, Paulo decidiu acrescentar 30% no preço dessa caixa de bombom foi de:
sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas condi- (A) 30%.
ções, qual será o lucro obtido por unidade? (B) 25%.
(A) R$ 4,20. (C) 20%.
(B) R$ 5,46. (D) 15%
(C) R$ 10,70.
(D) R$ 12,60. 10. (ANP – Técnico em Regulação de Petróleo e De-
(E) R$ 18,00. rivados – CESGRANRIO/2016) Um grande tanque estava
vazio e foi cheio de óleo após receber todo o conteúdo de
06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- 12 tanques menores, idênticos e cheios.
GO/2017) Joana foi fazer compras. Encontrou um vestido Se a capacidade de cada tanque menor fosse 50% maior
de R$ 150,00 reais. Descobriu que se pagasse à vista teria do que a sua capacidade original, o grande tanque seria
um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana pa- cheio, sem excessos, após receber todo o conteúdo de
gou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou? (A) 4 tanques menores
(A) R$ 120,00 reais (B) 6 tanques menores
(B) R$ 112,50 reais (C) 7 tanques menores
(C) R$ 127,50 reais (D) 8 tanques menores
(D) R$ 97,50 reais (E) 10 tanques menores
(E) R$ 90 reais

07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- RESPOSTAS


NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão
de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o 01. Resposta:B.
primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro-
10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguin- duto.
te. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior
à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é 1600⋅0,6=960
correto afirmar que a receita média trimestral prevista para Como vai pagar 10% a mais:
2018 é, em milhões de reais, igual a 960⋅1,1=1056
(A) 200.
(B) 203. 02. Resposta: E.
(C) 195. 63/35=1,80
(D) 190. Portanto teve um aumento de 80%.
(E) 198.
03. Resposta: D.
Clarice obviamente recebeu o brinco.
Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou
acima de 30% e André recebeu o bracelete.

76
MATEMÁTICA

04. Resposta: B.
A=b⋅h JUROS SIMPLES E COMPOSTOS

Matemática Financeira
Portanto foi reduzida em 50%
A Matemática Financeira possui diversas aplicações
no atual sistema econômico. Algumas situações estão pre-
05. Resposta: D.
sentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos
Como ele obteve um desconto de 30%, pagou 70% do
de casa e carros, realizações de empréstimos, compras a
valor:
crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras,
60⋅0,7=42
investimentos em bolsas de valores, entre outras situações.
Ele revendeu por:
Todas as movimentações financeiras são baseadas na esti-
42⋅1,3=54,60
pulação prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um em-
Teve um lucro de: 54,60-42=12,60
préstimo a forma de pagamento é feita através de presta-
ções mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação
06. Resposta: D.
do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo. A
Como teve um desconto de 35%. Pagou 65%do vestido
essa diferença damos o nome de juros.
150⋅0,65=97,50
Capital
07. Resposta: C.
O Capital é o valor aplicado através de alguma opera-
Como a previsão para o primeiro trimestre é de 180
ção financeira. Também conhecido como: Principal, Valor
milhões e é 10% inferior, no segundo trimestre temos uma
Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se
previsão de
Present Value (indicado pela tecla PV nas calculadoras fi-
180-----90%
nanceiras).
x---------100
x=200
Taxa de juros e Tempo
    A taxa de juros indica qual remuneração será paga
200+180=380 milhões para o primeiro semestre
ao dinheiro emprestado, para um determinado período.
380----95
Ela vem normalmente expressa da forma percentual, em
x----100
seguida da especificação do período de tempo a que se
x=400 milhões
refere:
8 % a.a. - (a.a. significa ao ano).
Somando os dois semestres: 380+400=780 milhões
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).
780/4trimestres=195 milhões
    Outra forma de apresentação da taxa de juros é a
unitária, que é igual a taxa percentual dividida por 100, sem
08. Resposta: C.
o símbolo %:
0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês).
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre)

Montante
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de 30%.
Também conhecido como valor acumulado é a soma
OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
do  Capital Inicial com o juro produzido em determina-
errar conforme a pergunta feita.
do tempo. 
Essa fórmula também será amplamente utilizada para
09. Resposta: B.
resolver questões.
8,6(1+x)=10,75
M=C+J
8,6+8,6x=10,75
M = montante
8,6x=10,75-8,6
C = capital inicial
8,6x=2,15
J = juros
X=0,25=25%
M=C+C.i.n
M=C(1+i.n)
10. Resposta: D.
50% maior quer dizer que ficou 1,5
Juros Simples
Quantidade de tanque: x
Chama-se juros simples a compensação em dinheiro
A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tan-
pelo empréstimo de um capital financeiro, a uma taxa com-
ques
binada, por um prazo determinado, produzida exclusiva-
1,5x=12
mente pelo capital inicial.
X=8

77
MATEMÁTICA

Em Juros Simples a remuneração pelo capital inicial  A maioria das operações envolvendo dinheiro uti-
aplicado é diretamente proporcional ao seu valor e ao tem- liza juros compostos. Estão incluídas: compras a médio e
po de aplicação. longo prazo, compras com cartão de crédito, empréstimos
A expressão matemática utilizada para o cálculo das bancários, as aplicações financeiras usuais como Caderneta
situações envolvendo juros simples é a seguinte: de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, etc. Ra-
J = C i n, onde: ramente encontramos uso para o regime de juros simples:
J = juros é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do processo
C = capital inicial de desconto simples de duplicatas.
i = taxa de juros O cálculo do montante é dado por:
n = tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, se-
mestre, ano...)
Observação importante: a taxa de juros e o tempo de Exemplo
aplicação devem ser referentes a um mesmo período. Ou Calcule o juro composto que será obtido na aplicação
seja, os dois devem estar em meses, bimestres, trimestres, de R$25000,00 a 25% ao ano, durante 72 meses
semestres, anos... O que não pode ocorrer é um estar em C=25000
meses e outro em anos, ou qualquer outra combinação de i=25%aa=0,25
períodos. i=72 meses=6 anos
Dica: Essa fórmula J = C i n, lembra as letras das pala-
vras “JUROS SIMPLES” e facilita a sua memorização.
Outro ponto importante é saber que essa fórmula
pode ser trabalhada de várias maneiras para se obter cada
um de seus valores, ou seja, se você souber três valores,
poderá conseguir o quarto, ou seja, como exemplo se você M=C+J
souber o Juros (J), o Capital Inicial (C) e a Taxa (i), poderá J=95367,50-25000=70367,50
obter o Tempo de aplicação (n). E isso vale para qualquer
combinação.
QUESTÕES
Exemplo
Maria quer comprar uma bolsa que custa R$ 85,00 à 01. (TRE/PR – Analista Judiciário – FCC/2017) Uma
vista. Como não tinha essa quantia no momento e não geladeira está sendo vendida nas seguintes condições:
queria perder a oportunidade, aceitou a oferta da loja de − Preço à vista = R$ 1.900,00;
pagar duas prestações de R$ 45,00, uma no ato da compra − Condições a prazo = entrada de R$ 500,00 e paga-
e outra um mês depois. A taxa de juros mensal que a loja mento de uma parcela de R$ 1.484,00 após 60 dias da data
estava cobrando nessa operação era de: da compra.
(A) 5,0% A taxa de juros simples mensal cobrada na venda a
(B) 5,9% prazo é de
(C) 7,5% (A) 1,06% a.m.
(D) 10,0% (B) 2,96% a.m.
(E) 12,5% (C) 0,53% a.m.
Resposta Letra “e”. (D) 3,00% a.m.
(E) 6,00% a.m.
O juros incidiu somente sobre a segunda parcela, pois
a primeira foi à vista. Sendo assim, o valor devido seria 02. (FUNAPEP - Analista em Gestão Previdenciária-
R$40 (85-45) e a parcela a ser paga de R$45. -FCC/2017) João emprestou a quantia de R$ 23.500,00 a
Aplicando a fórmula M = C + J: seu filho Roberto. Trataram que Roberto pagaria juros sim-
45 = 40 + J ples de 4% ao ano. Roberto pagou esse empréstimo para
J=5 seu pai após 3 anos. O valor total dos juros pagos por Ro-
Aplicando a outra fórmula J = C i n: berto foi
5 = 40 X i X 1 (A) 3.410,00.
i = 0,125 = 12,5% (B) R$ 2.820,00.
(C) R$ 2.640,00.
Juros Compostos (D) R$ 3.120,00.
o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir (E) R$ 1.880,00.
do saldo no início de correspondente intervalo. Ou seja: o
juro de cada intervalo de tempo é incorporado ao capital
inicial e passa a render juros também.

Quando usamos juros simples e juros compostos?

78
MATEMÁTICA

03. (IFBAIANO – Técnico em Contabilidade – 08. (PREF. DE NITERÓI/RJ – Agente Fazendário –


FCM/2017) O montante acumulado ao final de 6 meses FGV/2016) Para pagamento de boleto com atraso em pe-
e os juros recebidos a partir de um capital de 10 mil reais, ríodo inferior a um mês, certa instituição financeira cobra,
com uma taxa de juros de 1% ao mês, pelo regime de capi- sobre o valor do boleto, multa de 2% mais 0,4% de juros de
talização simples, é de mora por dia de atraso no regime de juros simples. Um bo-
(A) R$ 9.400,00 e R$ 600,00. leto com valor de R$ 500,00 foi pago com 18 dias de atraso.
(B) R$ 9.420,00 e R$ 615,20. O valor total do pagamento foi:
(C) R$ 10.000,00 e R$ 600,00. (A) R$ 542,00;
(D) R$ 10.600,00 e R$ 600,00. (B) R$ 546,00;
(E) R$ 10.615,20 e R$ 615,20. (C) R$ 548,00;
(D) R$ 552,00;
04. (CEGAS – Assistente Técnico – IESES/2017) O (E) R$ 554,00.
valor dos juros simples em uma aplicação financeira de $
3.000,00 feita por dois trimestres a taxa de 2% ao mês é 09. (CASAN – Assistente Administrativo – INSTITUTO
igual a: AOCP/2016) Para pagamento um mês após a data da com-
(A) $ 360,00 pra, certa loja cobrava juros de 25%. Se certa mercadoria tem
(B) $ 240,00 preço a prazo igual a R$ 1500,00, o preço à vista era igual a
(C) $ 120,00 (A) R$ 1200,00.
(D) $ 480,00 (B) R$ 1750,00.
(C) R$ 1000,00.
05. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá- (D) R$ 1600,00.
rios- VUNESP/2017) Um capital foi aplicado a juros sim- (E) R$ 1250,00.
ples, com taxa de 9% ao ano, durante 4 meses. Após esse
período, o montante (capital + juros) resgatado foi de R$ 10. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO
2.018,80. O capital aplicado era de AOCP/2016) A fatura de um certo cartão de crédito cobra
(A) R$ 2.010,20. juros de 12% ao mês por atraso no pagamento. Se uma
(B) R$ 2.000,00. fatura de R$750,00 foi paga com um mês de atraso, o valor
(C) R$ 1.980,00. pago foi de
(D) R$ 1.970,40. (A) R$ 970,00.
(E) R$ 1.960,00. (B) R$ 777,00.
(C) R$ 762,00.
06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (D) R$ 800,00.
GO/2017) Em um investimento no qual foi aplicado o va- (E) R$ 840,00.
lor de R$ 5.000,00, em um ano foi resgatado o valor total
de R$ 9.200,00. Considerando estes apontamentos e que 11. (DPE/PR – Contador – INAZ DO PARÁ/2017) Em
o rendimento se deu a juros simples, é verdadeiro afirmar 15 de junho de 20xx, Severino restituiu R$ 2.500,00 do seu
que a taxa mensal foi de: imposto de renda. Como estava tranquilo financeiramente,
(A) 1,5% resolveu realizar uma aplicação financeira para retirada em
(B) 2 % 15/12/20xx, período que vai realizar as compras de natal. A
(C) 5,5% uma taxa de juros de 3% a.m., qual é o montante do capital,
(D) 6% sabendo-se que a capitalização é mensal:
(E) 7% (A) R$ 2.985,13
(B) R$ 2.898,19
07. (UFES – Assistente em Administração – (C) R$ 3.074,68
UFES/2017) No regime de juros simples, os juros em cada (D) R$ 2.537,36
período de tempo são calculados sobre o capital inicial. Um (E) R$ 2.575,00
capital inicial C0 foi aplicado a juros simples de 3% ao mês.
Se Cn é o montante quando decorridos n meses, o menor 12. (TRE/PR – Analista Judiciário- FCC/2017) A Cia.
valor inteiro para n, tal que Cn seja maior que o dobro de Escocesa, não tendo recursos para pagar um empréstimo
C0, é de R$ 150.000,00 na data do vencimento, fez um acordo
(A) 30 com a instituição financeira credora para pagá-la 90 dias
(B) 32 após a data do vencimento. Sabendo que a taxa de juros
(C) 34 compostos cobrada pela instituição financeira foi 3% ao
(D) 36 mês, o valor pago pela empresa, desprezando-se os centa-
(E) 38 vos, foi, em reais,
(A) 163.909,00.
(B) 163.500,00.
(C) 154.500,00.
(D) 159.135,00.

79
MATEMÁTICA

13. (FUNAPE – Analista em Gestão Previdenciária – 05. Resposta: E.


FCC/2017) O montante de um empréstimo de 4 anos da 4meses=1/3ano
quantia de R$ 20.000,00, do qual se cobram juros compos- M=C(1+in)
tos de 10% ao ano, será igual a 2018,80=C(1+0,09⋅1/3)
(A) R$ 26.000,00. 2018,80=C+0,03C
(B) R$ 28.645,00. 1,03C=2018,80
(C) R$ 29.282,00. C=1960
(D) R$ 30.168,00.
(E) R$ 28.086,00. 06. Resposta: E.
M=C(1+in)
14. (IFBAIANO - Técnico em Contabilidade- 9200=5000(1+12i)
FCM/2017) A empresa Good Finance aplicou em uma 9200=5000+60000i
renda fixa um capital de 100 mil reais, com taxa de juros 4200=60000i
compostos de 1,5% ao mês, para resgate em 12 meses. O I=0,07=7%
valor recebido de juros ao final do período foi de
(A) R$ 10.016,00. 07. Resposta: C.
(B) R$ 15.254,24. M=C(1+in)
(C) R$ 16.361,26. Cn=Co(1+0,03n)
(D) R$ 18.000,00. 2Co=Co(1+0,03n)
(E) R$ 19.561,82. 2=1+0,03n
1=0,03n
15. (POLICIA CIENTIFICA – Perito Criminal – N=33,33
IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma empresa Ou seja, maior que 34
recebeu um empréstimo bancário de R$ 120.000,00 por 1
ano, pagando o montante de R$ 180.000,00. A taxa anual 08. Resposta: C.
de juros desse empréstimo foi de: M=C(1+in)
(A) 0,5% ao ano C=500+500x0,02=500+10=510
(B) 5 % ao ano M=510(1+0,004x18)
(C) 5,55 % ao ano M=510(1+0,072)=546,72
(D) 150% ao ano
(E) 50% ao ano 09. Resposta: A.
M=C(1+in)
1500=C(1+0,25x1)
RESPOSTAS 1500=C(1,25)
C=1500/1,25
01. Resposta: D. C=1200
J=500+1484-1900=84
C=1900-500=1400 10. Resposta: E.
J=Cin M=C(1+in)
84=1400.i.2 M=750(1+0,12)
I=0,03=3% M=750x1,12=840

02. Resposta: B. 11. Resposta: A.


J=Cin D junho a dezembro: 6 meses
J=23500⋅0,04⋅3 M=C(1+i)t
J= 2820 M=2500(1+0,03)6
M=2500⋅1,194=2985
03. Resposta: D.
J=Cin 12. Resposta: A.
J=10000⋅0,01⋅6=600 90 dias=3 meses
M=C+J M=C(1+i)t
M=10000+600=10600 M=150000(1+0,03)3
M=150000⋅1,092727=163909,05
04. Resposta: A. Desprezando os centavos: 163909
2 trimestres=6meses
J=Cin 13. Resposta: C.
J=3000⋅0,02⋅6 M=C(1+i)t
J=360 M=20000(1+0,1)4
M=20000⋅1,4641=29282

80
MATEMÁTICA

14. Resposta: E. Temos a chamada taxa de juros nominal, quando esta


J=Cin não é realmente a taxa utilizada para o cálculo dos juros (é
J=10000⋅0,015⋅12=18000 uma taxa “sem efeito”). A capitalização (o prazo de formação
e incorporação de juros ao capital inicial) será dada através de
Não, ninguém viu errado. outra  taxa,  numa unidade de tempo diferente, taxa efetiva.
Como ficaria muito difícil de fazer sem calculadora, a Como calcular a taxa que realmente vai ser utilizada;
tática é fazer o juro simples, e como sabemos que o com- isto é, a taxa efetiva?
posto vai dar maior que esse valor, só nos resta a alterna- Vamos acompanhar através do exemplo
tiva E. Você pode se perguntar, e se houver duas alternati-
vas com números maiores? Olha pessoal, não creio que a Taxa Efetiva
banca fará isso, e sim que eles fizeram mais para usar isso Calcular o montante de um capital de R$ 1.000,00 (mil
mesmo. reais), aplicados durante 18 (dezoito) meses, capitalizados
mensalmente, a uma taxa de 12% a.a. Explicando o que é
15. Resposta: E. taxa Nominal, efetiva mensal e equivalente mensal:
M=C(1+i)t Respostas e soluções:
180000=120000(1+i) 1) A taxa Nominal é 12% a.a; pois o capital não vai ser
180000=120000+120000i capitalizado com a taxa anual.
60000=120000i 2) A taxa efetiva mensal a ser utilizada depende de
i=0,5=50% duas convenções: taxa proporcional mensal ou taxa equi-
valente mensal.
a) Taxa proporcional mensal (divide-se a taxa anual por
12): 12%/12 = 1% a.m.
TAXAS DE JUROS, DESCONTO,
b) Taxa equivalente mensal (é aquela que aplicado aos
EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS, ANUIDADES E R$ 1.000,00, rende os mesmos juros que a taxa anual apli-
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO cada nesse mesmo capital).
 
Cálculo da taxa equivalente mensal:

Podemos definir a taxa nominal como aquela em que


a unidade de referência do seu tempo não coincide com a  
unidade de tempo dos períodos de capitalização. É usada
no mercado financeiro, mas para cálculo deve-se encontrar onde:
a taxa efetiva. Por exemplo, a taxa nominal de 12% ao ano, iq : taxa equivalente para o prazo que eu quero
capitalizada mensalmente, resultará em uma taxa mensal it : taxa para o prazo que eu tenho
de 1% ao mês. Entretanto, quando esta taxa é capitalizada q : prazo que eu quero
pelo regime de juros compostos, teremos uma taxa efetiva t : prazo que eu tenho
de 12,68% ao ano.

Taxa Nominal  
A taxa nominal de juros relativa a uma operação finan- iq = 0,009489 a.m  ou  iq = 0,949 % a.m.
ceira pode ser calculada pela expressão:
Taxa nominal = Juros pagos / Valor nominal do emprés- 3) Cálculo do montante pedido, utilizando a taxa efe-
timo tiva mensal

Assim, por exemplo, se um empréstimo de $100.000,00, a) pela convenção da taxa proporcional:


deve ser quitado ao final de um ano, pelo valor monetário M = c (1 + i)n
de $150.000,00, a taxa de juros nominal será dada por: M = 1000 (1 + 0,01) 18 = 1.000 x  1,196147
Juros pagos = Jp = $150.000 – $100.000 = $50.000,00 M = 1.196,15
Taxa nominal = in = $50.000 / $100.000 = 0,50 = 50%  
b) pela convenção da taxa equivalente:
Sem dúvida, se tem um assunto que gera muita con- M = c (1 + i)n
fusão na Matemática Financeira são os conceitos de taxa M = 1000 (1 + 0,009489) 18 = 1.000 x  1,185296
nominal, taxa efetiva e taxa equivalente. Até na esfera judi- M = 1.185,29
cial esses assuntos geram muitas dúvidas nos cálculos de  
empréstimos, financiamentos, consórcios  e etc. NOTA: Para comprovar que a taxa de 0,948% a.m é
Vamos tentar esclarecer esses conceitos, que na maio- equivalente a taxa de 12% a.a, basta calcular o montante
ria das vezes nos livros e apostilas disponíveis no mercado, utilizando a taxa anual, neste caso  teremos que transfor-
não são apresentados de uma maneira clara. mar 18 (dezoito) meses em anos para fazer o cálculo, ou
seja : 18: 12 = 1,5 ano. Assim:

81
MATEMÁTICA

M = c (1 + i)n Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros


M = 1000 (1 + 0,12) 1,5 = 1.000 x  1,185297 nominal e real. Para isto, vamos supor que um determinado
M = 1.185,29 capital P é aplicado por um período de tempo unitário, a
  certa taxa nominal in
Conclusões: O montante S1 ao final do período será dado por S1 =
- A taxa nominal é 12% a.a, pois não foi aplicada no P(1 + in).
cálculo do montante. Normalmente a taxa nominal vem Consideremos agora que durante o mesmo período, a
sempre ao ano! taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O
- A taxa efetiva mensal, como o próprio nome diz, é capital corrigido por esta taxa acarretaria um montante S2
aquela que foi utilizado para cálculo do montante. Pode = P (1 + j).
ser uma taxa proporcional mensal (1 % a.m.) ou uma taxa A taxa real de juros, indicada por r, será aquela aplicada
equivalente mensal (0,949 % a.m.). ao montante S2, produzirá o montante S1. Poderemos en-
- Qual a taxa efetiva mensal que devemos utilizar? Em tão escrever: S1 = S2 (1 + r)
se tratando de concursos públicos, a grande maioria das Substituindo S1 e S2 , vem:
bancas examinadoras utilizam a convenção da taxa propor- P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)
cional. Em se tratando do mercado financeiro, utiliza-se a Daí então, vem que:
convenção de taxa equivalente. (1 + in) = (1+r). (1 + j), onde:
in = taxa de juros nominal
Taxa Equivalente j = taxa de inflação no período
Taxas Equivalentes são taxas que quando aplicadas ao r = taxa real de juros
mesmo capital, num mesmo intervalo de tempo, produzem Observe que se a taxa de inflação for nula no período,
montantes iguais. Essas taxas devem ser observadas com isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real são coin-
muita atenção, em alguns financiamentos de longo prazo, cidentes.
somos apenas informados da taxa mensal de juros e não Exemplo
tomamos conhecimento da taxa anual ou dentro do pe- Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um
ríodo estabelecido, trimestre, semestre entre outros. Uma banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano
expressão matemática básica e de fácil manuseio que nos com $150.000,00. Sendo a inflação durante o período do
fornece a equivalência de duas taxas é:  empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal
1 + ia = (1 + ip)n, onde:  e real deste empréstimo.
ia = taxa anual  Teremos que a taxa nominal será igual a:
ip = taxa período in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 =
n: número de períodos  0,25 = 25%
Portanto in = 25%
Observe alguns cálculos:  Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% =
0,10, substituindo na fórmula anterior, vem:
Exemplo 1 (1 + in) = (1+r). (1 + j)
Qual a taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês? (1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10)
Temos que: 2% = 2/100 = 0,02  1,25 = (1 + r).1,10
1 + ia = (1 + 0,02)12  1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364
1 + ia = 1,0212 Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64%
1 + ia = 1,2682 
ia = 1,2682 – 1  Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, te-
ia = 0,2682  ríamos para a taxa real de juros:
ia = 26,82%  (1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30)
A taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês é de 1,25 = (1 + r).1,30
26,82%.  1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615
Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto
As pessoas desatentas poderiam pensar que a taxa teríamos uma taxa real de juros negativa.
anual nesse caso seria calculada da seguinte forma: 2% x
12 = 24% ao ano. Como vimos, esse tipo de cálculo não Exemplo
procede, pois a taxa anual foi calculada de forma correta e $100.000,00 foi emprestado para ser quitado por
corresponde a 26,82% ao ano, essa variação ocorre porque $150.000,00 ao final de um ano. Se a inflação no período
temos que levar em conta o andamento dos juros compos- foi de 20%, qual a taxa real do empréstimo?
tos ( juros sobre juros).  Resposta: 25%

Taxa Real Taxas Proporcionais


A taxa real expurga o efeito da inflação. Um aspecto Para se compreender mais claramente o significado
interessante sobre as taxas reais de juros, é que elas podem destas taxas deve-se reconhecer que toda operação envol-
ser inclusive, negativas. ve dois prazos:

82
MATEMÁTICA

- o prazo a que se refere à taxa de juros; e Nos juros compostos:


- o prazo de capitalização (ocorrência) dos juros. (AS-
SAF NETO, 2001). Amortiza- Saldo deve-
n Juros Prestação
ção dor
Taxas Proporcionais: duas (ou mais) taxas de juro
simples são ditas proporcionais quando seus valores e 0 - - - 100.000,00
seus respectivos períodos de tempo, reduzidos a uma
mesma unidade, forem uma proporção. (PARENTE, 1996). 1 - - 103.000,00
3.000,00
Exemplos
Prestação = amortização + juros 2 - - 106.090,00
Há diferentes formas de amortização, conforme des- 3.090,00
critas a seguir.
3 -
Para os exemplos numéricos descritos nas tabelas, em 3.182,70 100.000,00 109.272,70
todas as diferentes formas de amortização, utilizaremos
o mesmo exercício: uma dívida de valor inicial de R$ 100 Sistema Price (Sistema Francês)
mil, prazo de três meses e juros de 3% ao mês.
Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao
Pagamento único longo do período do desembolso das prestações. A fórmu-
É a quitação de toda a dívida (amortização + juros) la para encontrarmos a prestação é dada a seguir:
em um único pagamento, ao final do período. Utilizamos
a mesma fórmula do montante: PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1
Nos juros simples:
M = C (1 + i×n) PMT = valor da prestação
M = montante VP = valor inicial do empréstimo
C = capital inicial i = taxa de juros
i = taxa de juros n = período
n = período
A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a
Nos juros compostos: capitalização por juros compostos. O resultado é listado a
M = C (1+i)n seguir:
M = montante
C = capital inicial
Amortiza- Saldo
i = taxa de juros n Juros Prestação
ção devedor
n = período
0 - - -
Nos juros simples: 100.000,00

1
Amortiza- Saldo de- 3.000,00 32.353,04 35.353,04 67.646,96
n Juros Prestação
ção vedor
2
2.029,41 33.323,63 35.353,04 34.323,33
0 - - -
100.000,00
3 -
1.029,71 34.323,33 35.353,04
1 - -
3.000,00 103.000,00

2 - - Sistema de Amortização Misto (SAM)


3.000,00 106.000,00

3 - É a média aritmética das prestações calculadas nas


3.000,00 100.000,00 109.000,00 duas formas anteriores (SAC e Price). É encontrado pela
fórmula:

PMTSAM = (PTMSAC + PMTPRICE) / 2

83
MATEMÁTICA

Amortiza- Saldo deve-


n Juros Prestação
ção dor
0 - - - 100.000,00

1 67.156,81
3.000,00 32.843,19 35.843,19

2 33.828,32
2.014,70 33.328,49 35.343,19

3 -
1.014,87 33.828,32 34.843,19

Sistema de Amortização Crescente (SACRE)


Este sistema, criado pela Caixa Econômica Federal (CEF), é uma das formas utilizadas para o cálculo das prestações
dos financiamentos imobiliários. Usa-se, para o cálculo do valor das prestações, a metodologia do sistema de amortização
constante (SAC) anual, desconsiderando-se o valor da Taxa Referencial de Juros (TR). Esta é incluída posteriormente, resul-
tando em uma amortização variável. Chamar de “amortização crescente” parece-nos inadequado, pois pode resultar em
amortizações decrescentes, dependendo da ocorrência de TR com valor muito baixo.

Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:

PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período

A1 = PMT . (1- i)n-1


A1 = primeira amortização
PMT = valor da prestação
i = taxa de juros
n = período

An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período

84
MATEMÁTICA

n Juros Amor- Pres- Saldo


tização tação devedor
0 -
3.000,00 3.000,00 100.000,00
1
2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66
2
1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 -
34.353,64 34.353,64 (0,01)

OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.

Sistema de Amortização Constante – SAC


Consiste em um sistema de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em pro-
gressão aritmética, em que o valor da prestação é composto por uma parcela de juros uniformemente decrescente e outra
de amortização que permanece constante.
Sistema de Amortização Constante (SAC) é uma forma de amortização de um empréstimo por prestações que incluem
os juros, amortizando assim partes iguais do valor total do empréstimo.
Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor
das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculado dividindo-se
o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica
do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amor-
tização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento,
fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização.

Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:

Saldo
Nº Pres- Presta- Amortiza-
Juros Deve-
tação ção ção
dor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0

85
MATEMÁTICA

Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.

Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.

Considera-se apenas o regime de juros compostos:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
2 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
3 3.000,00 100.000,00 103.000,00 -

Sistema de Amortização Constante (SAC) ou Sistema Hamburguês


O tomador do empréstimo amortiza o saldo devedor em valores iguais e constantes ao longo do período.

Considera-se apenas o regime de juros compostos:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 33.333,33 36.333,33 66.666,67
2 2.000,00 33.333,33 35.333,33 33.333,34
3 1.000,00 33.333,34 34.333,34 -

Qual a melhor forma de amortização?


A tabela abaixo lista o fluxo de caixa nos diversos sistemas de amortização discutidos nos itens anteriores.

Pgto único (jrs Sistema Ameri-


N SAC PRICE SAM Alemão
comp.) cano
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (3.000,00) (36.333,33) (35.353,04) (35.843,19) (34.353,64)
2 - (3.000,00) (35.333,33) (35.353,04) (35.343,19) (34.353,64)
3 (109.272,70) (103.000,00) (34.333,34) (35.353,04) (34.843,19) (34.353,64)

As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitali-
zação por juros compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas
se equivale. Vejam: no nosso exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês
(regime de juros compostos) ou 9,27% no acumulado dos três meses.

86
MATEMÁTICA

Pgto único (jrs Sistema Ameri-


n SAC PRICE SAM Alemão
comp.) cano

0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00


100.000,00

1 - (2.912,62) (34.323,34) (34.799,21) (33.353,04)


(35.275,08)

2 - (2.827,79) (33.323,63) (33.314,35) (32.381,60)


(33.305,05)

3 (100.000,00) (94.259,59) (32.353,04) (31.886,45) (31.438,44)


(31.419,87)
VPL - - - - - (173,09)

OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é, abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo.
Isso seria uma situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto
menor (em módulo) o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de
vista financeiro.

Pgto único (jrs Sistema Ameri-


n SAC PRICE SAM Alemão
comp.) cano
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.941,18) (35.620,91) (34.659,84) (35.140,38) (33.680,04)
2 - (2.883,51) (33.961,29) (33.980,24) (33.970,77) (33.019,64)
3 (102.970,11) (97.059,20) (32.353,07) (33.313,96) (32.833,52) (32.372,20)
VPL (2.970,11) (2.883,88) (1.935,28) (1.954,04) (1.944,67) (2.071,88)

OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir,
teremos como custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais
barato do que uma aplicação no mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador
do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.

Pgto único (jrs Sistema Ameri-


n SAC PRICE SAM Alemão
comp.) cano
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.884,62) (34.935,89) (33.993,31) (34.464,61) (33.032,34)
2 - (2.773,67) (32.667,65) (32.685,87) (32.676,77) (31.761,87)
3 (97.143,03) (91.566,62) (30.522,21) (31.428,72) (30.975,47) (30.540,26)
VPL 2.856,97 2.775,09 1.874,24 1.892,10 1.883,16 1.665,53

OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 4% ao mês.

Referências
Passei Direto. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/1599335/exercicios_matematica_finaceiraexercicios_
matematica_finaceiraNos juros compostos:

M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período

87
MATEMÁTICA

Nos juros simples:

Saldo deve-
n Juros Amortização Prestação
dor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.000,00 - - 106.000,00
3 3.000,00 100.000,00 109.000,00 -

Nos juros compostos:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.090,00 - - 106.090,00
3 3.182,70 100.000,00 109.272,70 -

Sistema Price (Sistema Francês)

Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:

PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1

PMT = valor da prestação


VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período

A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 32.353,04 35.353,04 67.646,96
2 2.029,41 33.323,63 35.353,04 34.323,33
3 1.029,71 34.323,33 35.353,04 -

Sistema de Amortização Misto (SAM)

É a média aritmética das prestações calculadas nas duas formas anteriores (SAC e Price). É encontrado pela fórmula:

PMTSAM = (PTMSAC + PMTPRICE) / 2

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 32.843,19 35.843,19 67.156,81
2 2.014,70 33.328,49 35.343,19 33.828,32
3 1.014,87 33.828,32 34.843,19 -

88
MATEMÁTICA

Sistema de Amortização Crescente (SACRE)


Este sistema, criado pela Caixa Econômica Federal (CEF), é uma das formas utilizadas para o cálculo das prestações
dos financiamentos imobiliários. Usa-se, para o cálculo do valor das prestações, a metodologia do sistema de amortização
constante (SAC) anual, desconsiderando-se o valor da Taxa Referencial de Juros (TR). Esta é incluída posteriormente, resul-
tando em uma amortização variável. Chamar de “amortização crescente” parece-nos inadequado, pois pode resultar em
amortizações decrescentes, dependendo da ocorrência de TR com valor muito baixo.

Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:

PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período

A1 = PMT . (1- i)n-1


A1 = primeira amortização
PMT = valor da prestação
i = taxa de juros
n = período

An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período

n Juros Amortiza- Prestação Saldo devedor


ção
0 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
1 2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66
2 1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 - 34.353,64 34.353,64 (0,01)

OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.

Sistema de Amortização Constante – SAC


Consiste em um sistema de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em pro-
gressão aritmética, em que o valor da prestação é composto por uma parcela de juros uniformemente decrescente e outra
de amortização que permanece constante.
Sistema de Amortização Constante (SAC) é uma forma de amortização de um empréstimo por prestações que incluem
os juros, amortizando assim partes iguais do valor total do empréstimo.
Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor
das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculado dividindo-se
o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica
do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amor-
tização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento,
fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização.

89
MATEMÁTICA

Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:

Saldo
Nº Prestação Prestação Juros Amortização
Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0

Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.

Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.

Considera-se apenas o regime de juros compostos:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
2 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
3 3.000,00 100.000,00 103.000,00 -

Sistema de Amortização Constante (SAC) ou Sistema Hamburguês


O tomador do empréstimo amortiza o saldo devedor em valores iguais e constantes ao longo do período.

90
MATEMÁTICA

QUESTÕES 04. (TST – Analista Judiciário – FCC/2017) Um in-


vestidor aplicou R$ 10.000,00 em títulos que remuneram à
01. (TRE/PR – Analista Judiciário – FCC/2017) Para taxa de juros compostos de 10% ao ano e o prazo para res-
comprar um automóvel, Pedro realizou uma pesquisa em gate da aplicação foi de 2 anos. Sabendo-se que a inflação
3 concessionárias e obteve as seguintes propostas de fi- no prazo total da aplicação foi 15%, a taxa real de remune-
nanciamento: ração obtida pelo investidor no prazo total da aplicação foi
(A) 5,00%.
Concessionária 1: Entrada de R$ 12.000,00 + 1 presta- (B) 6,00%.
ção de R$ 29.120,00 para 30 dias após a entrada. (C) 5,22%.
Concessionária 2: Entrada de R$ 13.000,00 + 1 presta- (D) 5,00% (negativo).
ção de R$ 29.120,00 para 60 dias após a entrada. (E) 4,55%.
Concessionária 3: Entrada de R$ 13.000,00 + 2 presta-
ções R$ 14.560,00 para 30 e 60 dias após a entrada, respec- 05. (TST - Analista Judiciário - FCC/2017) Uma em-
tivamente. presa obteve um empréstimo no valor de R$ 100.000,00
para ser liquidado em uma única parcela no final do prazo
Sabendo que a taxa de juros compostos era 4% ao de 2 meses. A taxa de juros compostos negociada foi 3% ao
mês, para a aquisição do automóvel mês e a empresa deve pagar, adicionalmente, na data da
(A) a melhor proposta é a 1, apenas. obtenção do empréstimo, uma taxa de cadastro no valor
(B) a melhor proposta é a 2, apenas. de R$ 1.000,00. Na data do vencimento do empréstimo a
(C) a melhor proposta é a 3, apenas. empresa deve pagar, junto com o valor que pagará à ins-
(D) as melhores propostas são 2 e 3, por serem equi- tituição financeira, um imposto no valor de R$ 530,00. O
valentes. custo efetivo total para a empresa no prazo do emprésti-
(E) as melhores propostas são 1 e 2, por serem equi- mo, foi
valentes. (A) 7,70%.
(B) 6,09%.
02. (TST – Analista Judiciário – FCC/2017) Um emprés- (C) 7,62%.
timo foi obtido para ser liquidado em 10 parcelas mensais de (D) 6,00%.
R$ 2.000,00, vencendo-se a primeira parcela um mês após (E) 7,16%.
a data da obtenção. A taxa de juros negociada com a insti-
tuição financeira foi 2% ao mês no regime de capitalização 06. (TRE/PR - Analista Judiciário - FCC/2017) A Cia.
composta. Se, após o pagamento da oitava parcela, o deve- Ted está avaliando a alternativa de compra de um novo
dor decidir liquidar o saldo devedor do empréstimo nesta equipamento por R$ 480.000,00 à vista. Estima-se que a
mesma data, o valor que deverá ser pago, desprezando-se vida útil do equipamento seja de 3 anos, que o valor residual
os centavos, é, em reais, de revenda no final do terceiro ano seja R$ 70.000,00 e que
(A) 3.846,00. os fluxos líquidos de caixa gerados por este equipamento
(B) 3.883,00. ao final de cada ano sejam R$ 120.000,00, R$180.000,00 e
(C) 3.840,00. R$ 200.000,00, respectivamente. Sabendo que a taxa míni-
(D) 3.880,00. ma de atratividade é de 10% a.a., a alternativa
(E) 3.845,00. (A) apresenta valor presente líquido positivo.
(B) apresenta valor presente líquido negativo.
03. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Perito Criminal – (C) apresenta taxa interna de retorno maior que 10%
IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma pessoa a.a.
comprou um vídeo game de última geração em uma loja, (D) é economicamente viável à taxa mínima de atrati-
parcelando em 12 prestações mensais de 140,00 cada uma, vidade de 10% a.a..
sem entrada. Sabendo-se que a taxa de juros compostos (E) é economicamente viável à taxa mínima de atrativi-
cobrada pela loja foi de 3% ao mês, sendo que os valores dade de 12% a.a..
estão arredondados e que: (1,03)12 = 1,4258
(1,03)12 x 0,03 = 0,0428 07. (FUNAPE – Analista em Gestão Previdenciária –
0,4258/0,0428 = 9,95 FCC/2017) Um empréstimo foi contratado com uma taxa
O valor do vídeo game era de: nominal de juros de 6% ao trimestre e com capitalização
(A) R$ 1.393 mensal. A taxa efetiva desse empréstimo é igual a
(B) R$ 1.820 (A) 6,2302%.
(C) R$ 1.680 (B) 6,3014%.
(D) R$ 1.178 (C) 6,1385%.
(E) R$ 1.423 (D) 6,2463%.
(E) 6,1208%.

91
MATEMÁTICA

08. (TRE/BA – Técnico Judiciário – CESPE/2017) Um Concessionária 3


banco emprestou a uma empresa R$ 100.000, entregues no
ato, sem prazo de carência, para serem pagos em quatro
prestações anuais consecutivas pelo sistema de amortiza-
ção constante (SAC). A taxa de juros compostos contratada 02. Resposta: B.
para o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira presta-
ção será paga um ano após a tomada do empréstimo.
Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser
paga pela empresa será
(A) superior a R$ 33.000.
(B) inferior a R$ 30.000. 03. Resposta: A.
(C) superior a R$ 30.000 e inferior a R$ 31.000. Sendo PMT o valor da parcela e PV o valor presente,
(D) superior a R$ 31.000 e inferior a R$ 32.000. usaremos o sistema de amortização PRICE, por ser parcelas
(E) superior a R$ 32.000 e inferior a R$ 33.000. fixas:

09. (EMBASA – Contador – IBFC/2017) Um clien-


te fez um empréstimo no valor de R$ 2.000,00 no Banco
ABC em 31/12/2013 para reaplicar em um investimento
em sua empresa. A taxa de juros cobrada pelo Banco era
de 10% ao ano. Após um ano, em 31/12/2014, o fluxo de
caixa da empresa foi de R$ 1.100,00. Após dois anos, em
31/12/2015, o fluxo de caixa da empresa foi de R$ 1.210,00
e em 31/12/2016, após três anos, o fluxo de caixa da em-
presa foi de R$ 1.331,00.
O valor presente líquido dos valores do fluxo de caixa,
trazidos a valor presente em 31/12/2013, era de: 04. Resposta: C.
(A) R$ 1.100,00 Sendo i a taxa de juros nominal
(B) R$ 1.000,00 R a taxa de juros real
(C) R$ 2.210,00 J a taxa de juros de inflação
(D) R$ 2.331,00 1+i=(1+r)(1+j)
(1+0,1)²=(1+r)⋅(1+0,15)
10.(DPE/PR – Contador – INAZ DO PARÁ/2017) Um 1,1²=(1+r) ⋅1,15
comerciante recebeu, no meio do mês, uma excelente ofer- 1,21=1,15+1,15r
ta de compra de material para sua empresa no valor de 0,06=1,15r
R$8.000,00. No entanto, por estar desprovido de recursos, R=0,05217≅0,0522=5,22%
precisou tomar um empréstimo junto ao seu banco, em
parcelas de 15 vezes a uma taxa de juros 2,5% a.m. Deter- 05. Resposta: A.
mine o valor da última prestação do empréstimo, lembran- M=C(1+i)t
do que o Sistema de financiamento usado é o SAC. M=100000(1+0,03)²=106090
(A) R$ 533,33 Como teve uma taxa de 1000, a empresa recebeu en-
(B) R$ 733,33 tão 99000
(C) R$ 653,33 A empresa teve eu pagar 106090+530=106620
(D) R$ 560,00 106620=99000(1+i)
(E) R$ 546,67 106620=99000+99000i
7620=99000i
Respostas I=0,0769=7,69%

01. Resposta: B. 06. Resposta: B.


VPL = valor presente das entradas – valor presente das
Concessionária 1 saídas

Concessionária 2

92
MATEMÁTICA

07. Resposta: E.
Temos que transformar os 6% ao trimestre em capita- ANÁLISE COMBINATÓRIA E PROBABILIDADE:
lização mensal PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTAGEM,
6/3=2%a.m
ARRANJOS, PERMUTAÇÕES, COMBINAÇÕES,
1,02³=1,061208=6,1208%
BINÔMIO DE NEWTON, CÁLCULO DE
08. Resposta: E. PROBABILIDADES.’
SD=100000
A=100000/4=25000
J=(100000-25000)⋅0,1 Análise Combinatória
J=7500
P=A+J A Análise Combinatória é a área da Matemática que
P=25000+7500=32500 trata dos problemas de contagem.

09. Resposta: B. Princípio Fundamental da Contagem

Estabelece o número de maneiras distintas de ocorrên-


cia de um evento composto de duas ou mais etapas.
10. Resposta: E. Se uma decisão E1 pode ser tomada de n1 modos e, a
8000/15 = 533,33 decisão E2 pode ser tomada de n2 modos, então o número
Portanto, a última parcela será de 533,33⋅1,025=546,66 de maneiras de se tomarem as decisões E1 e E2 é n1.n2.

Exemplo

O número de maneiras diferentes de se vestir é:2(cal-


ças). 3(blusas)=6 maneiras

Fatorial

É comum nos problemas de contagem, calcularmos o


produto de uma multiplicação cujos fatores são números
naturais consecutivos. Para facilitar adotamos o fatorial.

Arranjo Simples

Denomina-se arranjo simples dos n elementos de E, p a


p, toda sequência de p elementos distintos de E.

93
MATEMÁTICA

Exemplo Exemplo
Usando somente algarismos 5, 6 e 7. Quantos números Quantos anagramas tem a palavra PARALELEPÍPEDO?
de 2 algarismos distintos podemos formar? Solução
Se todos as letras fossem distintas, teríamos 14! Per-
mutações. Como temos uma letra repetida, esse número
será menor.
Temos 3P, 2A, 2L e 3 E

Combinação Simples
Dado o conjunto {a1, a2, ..., an} com n objetos distintos,
podemos formar subconjuntos com p elementos. Cada sub-
conjunto com i elementos é chamado combinação simples.

Exemplo
Calcule o número de comissões compostas de 3 alunos
que podemos formar a partir de um grupo de 5 alunos.
Solução
Observe que os números obtidos diferem entre si:
Pela ordem dos elementos: 56 e 65
Pelos elementos componentes: 56 e 67
Cada número assim obtido é denominado arranjo sim-
ples dos 3 elementos tomados 2 a 2. Números Binomiais
O número de combinações de n elementos, tomados
Indica-se p a p, também é representado pelo número binomial .

Binomiais Complementares
Permutação Simples Dois binomiais de mesmo numerador em que a soma
Chama-se permutação simples dos n elementos, qual- dos denominadores é igual ao numerador são iguais:
quer agrupamento(sequência) de n elementos distintos de
E.
O número de permutações simples de n elementos é
indicado por Pn.
Relação de Stifel

Exemplo
Quantos anagramas tem a palavra CHUVEIRO?
Solução Triângulo de Pascal
A palavra tem 8 letras, portanto:

Permutação com elementos repetidos


De modo geral, o número de permutações de n ob-
jetos, dos quais n1 são iguais a A, n2 são iguais a B, n3 são
iguais a C etc.

94
MATEMÁTICA

03. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) Seis livros


diferentes estão distribuídos em uma estante de vidro, con-
forme a figura abaixo:

Binômio de Newton
Denomina-se binômio de Newton todo binômio da Considerando-se essa mesma forma de distribuição,
forma , com n∈N. Vamos desenvolver alguns bi- de quantas maneiras distintas esses livros podem ser orga-
nômios: nizados na estante?
(A) 30 maneiras
(B) 60 maneiras
(C) 120 maneiras
(D) 360 maneiras
(E) 720 maneiras

04. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação


– UTFPR/2017) Em um carro que possui 5 assentos, irão
Observe que os coeficientes dos termos formam o viajar 4 passageiros e 1 motorista. Assinale a alternativa
triângulo de Pascal. que indica de quantas maneiras distintas os 4 passageiros
podem ocupar os assentos do carro.
(A) 13.
(B) 26.
(C) 17.
(D) 20.
(E) 24.

Questões 05. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação –


UTFPR/2017) A senha criada para acessar um site da inter-
01. (UFES - Assistente em Administração – net é formada por 5 dígitos. Trata-se de uma senha alfanu-
UFES/2017) Uma determinada família é composta por mérica. André tem algumas informações sobre os números
pai, por mãe e por seis filhos. Eles possuem um automó- e letras que a compõem conforme a figura.
vel de oito lugares, sendo que dois lugares estão em dois
bancos dianteiros, um do motorista e o outro do carona, e
os demais lugares em dois bancos traseiros. Eles viajarão
no automóvel, e o pai e a mãe necessariamente ocuparão
um dos dois bancos dianteiros. O número de maneiras de
dispor os membros da família nos lugares do automóvel é
igual a:
(A) 1440 Sabendo que nesta senha as vogais não se repetem e
(B) 1480 também não se repetem os números ímpares, assinale a
(C) 1520 alternativa que indica o número máximo de possibilidades
(D) 1560 que existem para a composição da senha.
(E) 1600 (A) 3125.
(B) 1200.
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) To- (C) 1600.
mando os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, quantos números (D) 1500.
pares de 4 algarismos distintos podem ser formados? (E) 625.

(A) 120. 06. (CELG/GT/GO – Analista de Gestão – CSUF-


(B) 210. GO/2017) Uma empresa de limpeza conta com dez faxi-
(C) 360. neiras em seu quadro. Para atender três eventos em dias
(D) 630. diferentes, a empresa deve formar três equipes distintas,
(E) 840. com seis faxineiras em cada uma delas. De quantas manei-
ras a empresa pode montar essas equipes?

95
MATEMÁTICA

(A) 210 04. Resposta: E.


(B) 630 P4=4!= 4⋅3⋅2⋅1=24
(C) 15.120
(D) 9.129.120 05. Resposta: B.
Vogais: a, e, i, o, u
07. (UPE – Técnico em Administração – UPENET/ Números ímpares: 1,3,5,7,9
IAUPE – 2017) No carro de João, tem vaga apenas para
3 dos seus 8 colegas. De quantas formas diferentes, João
pode escolher os colegas aos quais dá carona?
(A) 56
(B) 84
(C) 126 5⋅5⋅4⋅4⋅3=1200
(D) 210
(E) 120 06. Resposta: D.

08. (UPE – Técnico em Administração – UPENET/


IAUPE – 2017) Num grupo de 15 homens e 9 mulheres,
quantos são os modos diferentes de formar uma comissão Como para os três dias têm que ser diferentes:
composta por 2 homens e 3 mulheres? __ __ __
(A) 4725 210⋅209⋅208=9129120
(B) 12600
(C) 3780 07. Resposta: A.
(D) 13600
(E) 8820

09. (SESAU/RO – Enfermeiro – FUNRIO/2017) Um


torneio de futebol de várzea reunirá 50 equipes e cada
equipe jogará apenas uma vez com cada uma das outras. 08. Resposta: E.
Esse torneio terá a seguinte quantidade de jogos:
(A) 320.
(B) 460.
(C) 620.
(D) 1.225.
(E) 2.450.

10. (IFAP – Engenheiro de Segurança do Trabalho 09. Resposta: D.


– FUNIVERSA/2016) Considerando-se que uma sala de
aula tenha trinta alunos, incluindo Roberto e Tatiana, e que
a comissão para organizar a festa de formatura deva ser
composta por cinco desses alunos, incluindo Roberto e Ta-
tiana, a quantidade de maneiras distintas de se formar essa 10. Resposta: D.
comissão será igual a:
(A) 3.272. Roberto Tatiana __ ___ ___
(B) 3.274.
(C) 3.276. São 30 alunos, mas vamos tirar Roberto e Tatiana que
(D) 3.278. terão que fazer parte da comissão.
(E) 3.280. 30-2=28

Respostas

01. Resposta: A.
P2⋅P6=2!⋅6!=2⋅720=1440
Experimento Aleatório
02. Resposta: C.
__ ___ __ __ Qualquer experiência ou ensaio cujo resultado é im-
6⋅ 5⋅ 4⋅ 3=360 previsível, por depender exclusivamente do acaso, por
exemplo, o lançamento de um dado.
03. Resposta: E.
P6=6!=6⋅5⋅4⋅3⋅2⋅1=720

96
MATEMÁTICA

Espaço Amostral Note que


Num experimento aleatório, o conjunto de todos os
resultados possíveis é chamado espaço amostral, que se
indica por E.
No lançamento de um dado, observando a face volta- Exemplo
da para cima, tem-se: Uma bola é retirada de uma urna que contém bolas
E={1,2,3,4,5,6} coloridas. Sabe-se que a probabilidade de ter sido retira-
No lançamento de uma moeda, observando a face vol- da uma bola vermelha é Calcular a probabilidade de ter
tada para cima: sido retirada uma bola que não seja vermelha.
E={Ca,Co}
Solução
Evento
É qualquer subconjunto de um espaço amostral.
No lançamento de um dado, vimos que são complementares.
E={1,2,3,4,5,6}
Esperando ocorrer o número 5, tem-se o evento {5}:
Ocorrer um número par, tem-se {2,4,6}.

Exemplo Adição de probabilidades


Considere o seguinte experimento: registrar as faces Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral E,
voltadas para cima em três lançamentos de uma moeda. finito e não vazio. Tem-se:

a) Quantos elementos tem o espaço amostral?


b) Descreva o espaço amostral. Exemplo
No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de
Solução se obter um número par ou menor que 5, na face superior?
a) O espaço amostral tem 8 elementos, pois cada lan-
çamento, há duas possibilidades. Solução
E={1,2,3,4,5,6} n(E)=6
2x2x2=8 Sejam os eventos
b) E={(C,C,C), (C,C,R),(C,R,C),(R,C,C),(R,R,C),(R,C,R),(- A={2,4,6} n(A)=3
C,R,R),(R,R,R)} B={1,2,3,4} n(B)=4

Probabilidade
Considere um experimento aleatório de espaço amos-
tral E com n(E) amostras equiprováveis. Seja A um evento
com n(A) amostras.

Probabilidade Condicional
Eventos complementares É a probabilidade de ocorrer o evento A dado que
Seja E um espaço amostral finito e não vazio, e seja A ocorreu o evento B, definido por:
um evento de E. Chama-se complementar de A, e indica-se
por , o evento formado por todos os elementos de E que
não pertencem a A.

E={1,2,3,4,5,6}, n(E)=6
B={2,4,6} n(B)=3
A={2}

97
MATEMÁTICA

Eventos Simultâneos 06. (PREF. DE PIRAUBA/MG – Assistente Social –


Considerando dois eventos, A e B, de um mesmo espa- MSCONCURSOS/2017) A probabilidade de qualquer uma
ço amostral, a probabilidade de ocorrer A e B é dada por: das 3 crianças de um grupo soletrar, individualmente, a pa-
lavra PIRAÚBA de forma correta é 70%. Qual a probabili-
dade das três crianças soletrarem essa palavra de maneira
errada?
Questões (A) 2,7%
(B) 9%
01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Em (C) 30%
cada um de dois dados cúbicos idênticos, as faces são nu- (D) 35,7%
meradas de 1 a 6. Lançando os dois dados simultaneamen-
te, cuja ocorrência de cada face é igualmente provável, a 07. (UFTM – Tecnólogo – UFTM/2016) Lançam-se si-
probabilidade de que o produto dos números obtidos seja multaneamente dois dados não viciados, a probabilidade
um número ímpar é de:
de que a soma dos resultados obtidos seja nove é:
(A) 1/4.
(A) 1/36
(B) 1/3.
(B) 2/36
(C) 1/2.
(D) 2/3. (C) 3/36
(E) 3/4. (D) 4/36

02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária 08. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO
- MSCONCURSOS/2017) A uma excursão, foram 48 pes- AOCP/2016) Um empresário, para evitar ser roubado, es-
soas, entre homens e mulheres. Numa escolha ao acaso, a condia seu dinheiro no interior de um dos 4 pneus de um
probabilidade de se sortear um homem é de 5/12 . Quan- carro velho fora de uso, que mantinha no fundo de sua
tas mulheres foram à excursão? casa. Certo dia, o empresário se gabava de sua inteligência
(A) 20 ao contar o fato para um de seus amigos, enquanto um
(B) 24 ladrão que passava pelo local ouvia tudo. O ladrão tinha
(C) 28 tempo suficiente para escolher aleatoriamente apenas um
(D) 32 dos pneus, retirar do veículo e levar consigo. Qual é a pro-
babilidade de ele ter roubado o pneu certo?
03. (UPE – Técnico em Administração – UPE- (A) 0,20.
NET/2017) Qual a probabilidade de, lançados simulta- (B) 0,23.
neamente dois dados honestos, a soma dos resultados ser (C) 0,25.
igual ou maior que 10? (D) 0,27.
(A) 1/18 (E) 0,30.
(B) 1/36
(C) 1/6 09. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV/2016) Em
(D) 1/12 uma urna há quinze bolas iguais numeradas de 1 a 15. Re-
(E) ¼ tiram-se aleatoriamente, em sequência e sem reposição,
duas bolas da urna.
04. (UPE – Técnico em Administração – UPE-
NET/2017) Uma pesquisa feita com 200 frequentadores
A probabilidade de que o número da segunda bola re-
de um parque, em que 50 não praticavam corrida nem ca-
tirada da urna seja par é:
minhada, 30 faziam caminhada e corrida, e 80 exercitavam
corrida, qual a probabilidade de encontrar no parque um (A) 1/2;
entrevistado que pratique apenas caminhada? (B) 3/7;
(A) 7/20 (C) 4/7;
(B) 1/2 (D) 7/15;
(C)1/4 (E) 8/15.
(D) 3/20
(E) 1/5 10. (CASAN – Advogado – INSTITUTO AOCP/2016)
Lançando uma moeda não viciada por três vezes consecu-
05. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PR – Perito Criminal – tivas e anotando seus resultados, a probabilidade de que a
IBFC/2017) A probabilidade de se sortear um número face voltada para cima tenha apresentado ao menos uma
múltiplo de 5 de uma urna que contém 40 bolas numera- cara e ao menos uma coroa é:
das de 1 a 40, é: (A) 0,66.
(A) 0,2 (B) 0,75.
(B) 0,4 (C) 0,80.
(C) 0,6 (D) 0,98.
(D) 0,7 (E) 0,50.
(E) 0,8

98
MATEMÁTICA

Respostas 09. Resposta: D.


Temos duas possibilidades
01. Resposta: A. As bolas serem par/par ou ímpar/par
Para o produto ser ímpar, a única possibilidade, é que Ser par/par:
os dois dados tenham ímpar:
Os números pares são: 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14

02. Resposta: C.
Como para homens é de 5/12, a probabilidade de es- Ímpar/par:
colher uma mulher é de 7/12
Os números ímpares são: 1, 3, 5, 7, 9, 11 ,13, 15

12x=336
X=28
A probabilida de é par/par OU ímpar/par
03. Resposta: C.
P=6x6=36
Pra ser maior ou igual a 10:
4+6
5+5
5+6 10. Resposta: B.
6+4
São seis possibilidades:
6+5
Cara, coroa, cara
6+6

Cara, coroa, coroa


04. Resposta: A.
Praticam apenas corrida: 80-30=50
Apenas caminhada:x
X+50+30+50=200
70
P=70/200=7/20 Cara, cara, coroa

05. Resposta: A.
M5={5,10,15,20,25,30,35,40}
P=8/40=1/5=0.2
Coroa, cara, cara
06. Resposta:A.
A probabilidade de uma soletrar errado: 0,3
__ __ __
0,3⋅0,3⋅0,3=0,027=2,7%
Coroa, coroa, cara
07. Resposta: D. Coroa, cara, coroa
Para dar 9, temos 4 possibilidades
3+6
6+3
4+5
5+4

P=4/36

08. Resposta: C.
A probabilidade é de 1/4, pois o carro tem 4 pneus e o
dinheiro está em 1.
1/4=0,25

99
MATEMÁTICA

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES Um shopping recebeu nota 8 para “estacionamento” e


“preços” e nota 7 para os demais critérios. Logo, a média
1. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁ- final atingida por esse shopping foi
RIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Em uma seção de uma A) 7,5.
empresa com 20 funcionários, a distribuição dos salários B) 7,6.
mensais, segundo os cargos que ocupam, é a seguinte: C) 7,7.
D) 7,8.
E) 7,9.

8∙3+8∙2+7∙3+7∙2
= 7,5
10
!
RESPOSTA: “A”.
Sabendo-se que o salário médio desses funcionários é
de R$ 1.490,00, pode-se concluir que o salário de cada um 3. (SEED/SP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VU-
dos dois gerentes é de NESP/2013) Em certo departamento, trabalham homens e
A) R$ 2.900,00. mulheres, sendo que nesse grupo há 10 homens a mais
B) R$ 4.200,00. que o número de mulheres. A média salarial desse depar-
C) R$ 2.100,00. tamento é de R$ 3.800,00. Entretanto, calculando separa-
D) R$ 1.900,00. damente, verifica-se que a média salarial dos homens é de
E) R$ 3.400,00. R$ 4.000,00, enquanto a média salarial das mulheres é de
R$ 3.500,00. O número de homens que trabalham nesse
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200 departamento é igual a
!é!"# = A) 20.
20
B) 40.
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200 C) 30.
1490 = D) 25.
20 E) 15.

2! + 13600 + 12000 = 29800 Salário homens: SH


2! = 4200 Salário mulher:SM
! = 2100 Homens: x+10
! Mulheres: x

Cada um dos gerentes recebem R$ 2100,00 !"


= 4000!!!!" = 4000! + 40000
!!!"
RESPOSTA: “C”.
!"
2. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Em ! ! = 3500!!!!!" = 3500!
época de Natal, uma pesquisadora colheu dados de opi-
nião dos clientes sobre shopping centers, seguindo os cri- !"!!"
térios da tabela seguinte: = 3800
!!!!!"

!"!!"
= 3800
!!!!"

7600! + 38000 = !" + !"


!
Substituindo SH e SM:
7600x+38000=4000x+40000+3500x
100x=2000
X=20
Homens:x+10=20+10=30

RESPOSTA: “C”.

100
MATEMÁTICA

4. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/PB – ASSESSOR TÉCNI-


CO LEGISLATIVO – FCC/2013) A média aritmética simples
ANOTAÇÕES
entre dois números é igual à metade da soma desses nú-
meros. Utilizando essa definição, a média aritmética sim-
ples entre é igual a ___________________________________________________
A) ½
___________________________________________________
B) 2/9
C) 8/9 ! ___________________________________________________
D) ! !
! ___________________________________________________
E) !
( )²! ___________________________________________________
!

Pela definição: ___________________________________________________

1 5 3+5 8 ___________________________________________________
+9 8 4 2
3 = 9 =9= = = ( )² ___________________________________________________
2 2 2 18 9 3
! ___________________________________________________

___________________________________________________
RESPOSTA: “D”.
___________________________________________________
5. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
NESP/2014) Em uma empresa com 5 funcionários, a soma ___________________________________________________
dos dois menores salários é R$4.000,00, e a soma dos três
maiores salários é R$12.000,00. Excluindo-se o menor e ___________________________________________________
o maior desses cinco salários, a média dos 3 restantes é
___________________________________________________
R$3.000,00, podendo-se concluir que a média aritmética
entre o menor e o maior desses salários é igual a ___________________________________________________
A) R$3.500,00.
B) R$3.400,00. ___________________________________________________
C) R$3.050,00.
D) R$2.800,00. ___________________________________________________
E) R$2.500,00. ___________________________________________________
X1+x2+x3+x4+x5 ___________________________________________________
X1+x2=4000
X3+x4+x5=12000 ___________________________________________________

___________________________________________________
x2+x3+x4=9000
___________________________________________________
!!!!!! + !! + !! + !! + !! = 4000 + 12000 = 16000!
Sendo x1 e x5 o menor e o maior salário respectiva- ___________________________________________________
mente:
___________________________________________________
!! + 9000 + !! = 16000
!!! + !! = 16000 − 9000 = 7000 ___________________________________________________
! ___________________________________________________
Então, a média aritmética:
___________________________________________________
! ! !! ! !"""
= = 3500 ___________________________________________________
! !
! ___________________________________________________
RESPOSTA: “A”. ___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

101
MATEMÁTICA

ANOTAÇÕES

__________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

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