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Módulos Introdução à Língua


PORTUGUÊS 1e2
F1 Portuguesa / O poder da palavra
Exercícios Complementares no Portal Objetivo PORT1M133 e PORT1M134
(CESULON) – Leia o texto abaixo e resolva a c) A escrita se diferencia da fala porque esta experimentando, a palavra escrita não foi
questão 1. tende a ser popular, e aquela obedece a regras destronada da posição central que ocupa em
da norma culta. nossas vidas. Fala-se com arroubo sobre os
Essa é a distinção extremamente impor-
d) Tanto a escrita como a fala são duas inesgotáveis recursos de novas tecnologias,
tante. Na fala, dispomos de um arsenal de
recursos expressivos – gesticulação, expressão modalidades da linguagem com suas especi- como o vídeo ou a realidade virtual, mas
facial, riso, sons não ‘catalogados’. Já na ficidades, sendo a primeira mais valiosa que a qualquer reflexão sobre o tema invaria-
escrita, tudo que temos são ‘desenhos’ num última. velmente orbita em torno da matéria-prima
papel em branco. Natural que, na escrita, a e) A linguagem falada é mais rica que a desta página – o texto.
riqueza da fala, todas as nuances de signifi- linguagem escrita porque dispõe de maiores (Paul Saffo)
cado que um simples gesto pode conter se recursos expressivos.
2 De acordo com o texto, às vésperas do
reduzem drasticamente.
COM A PALAVRA terceiro milênio a palavra escrita foi
(FARACO, Carlos Alberto & TEZZA,
a) destronada da posição central que ocupava
Cristovão. Prática de texto.
Littera scripta manet – a palavra escrita em nossas vidas.
Petrópolis: Vozes, 1995, p.88.)
permanece, profetizou Horácio na Roma b) esquecida, devido aos recursos das novas
Antiga de quase 2000 anos atrás. O espantoso tecnologias.
1 De acordo com o texto:
é que, às vésperas do terceiro milênio, com a c) fortalecida pela revolução digital.
a) A escrita, apesar de não se dispor de tantos
revolução digital em plena ebulição, a d) substituída pelo vídeo e pela realidade
recursos expressivos quanto a fala, é mais rica.
palavra escrita continua de pé, revigorada virtual.
b) A escrita é baseada na fala, estabelecendo-
pela nova tecnologia. Apesar das várias e) destronada, ficando restrita à Roma Antiga
se, assim, uma relação de concomitância entre
roupagens inovadoras que a mídia vem do poeta Horácio.
as duas.

1 Faça a correspondência entre os trechos E com ela compõe a ourivesaria de um ceira da mesa de operações, enquanto um
abaixo, considerando a semelhança de signi- verso." médico fazia os primeiros curativos num pobre-
ficado que eles encerram. (Cora Coralina) diabo que soldados da Polícia Municipal
1. “...para escrever não-importa-o quê o meu haviam “carneado”. (...) Apesar do horror e da
b) ( ) "Palavra puxa palavra, uma ideia náusea, continuei firme onde estava, talvez
material básico é a palavra. Assim é que esta traz outra, e assim se faz um livro." pensando assim: se esse caboclo pode
história será feita de palavras que se agrupam (Machado de Assis) aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei
em frases.” de poder ficar segurando esta lâmpada para
(Clarice Lispector) c) ( ) "As palavras não são ainda ações." ajudar o doutor a costurar esses talhos e salvar
(Henrique VIII) essa vida? (...)
2. “E a palavra, uma vez lançada, voa Desde que, adulto, comecei a escrever
irrevogável.” d) ( ) "Sem a linguagem escrita é romances, tem-me animado até hoje a ideia de
(Horácio) praticamente impossível a existência no seio da que o menos que o escritor pode fazer, numa
civilização." época de atrocidades e injustiças como a
3. “E há poetas que são artistas (R. A. Amaral Vieira)
nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre
E trabalham nos seus versos a realidade de seu mundo, evitando que sobre
e) ( ) "Antes mesmo do primeiro desper-
Como um carpinteiro nas tábuas.” ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos
tar de nossa consciência, as palavras já res-
(Alberto Caeiro) soavam à nossa volta, prontas para envolver os assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâm-
primeiros germes frágeis de nosso pensa- pada, a despeito da náusea e do horror. Se não
4. “Palavras houve já de sobra, tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o
mento."
Dai-me enfim, feitos: vamos à obra!” (Louis Hjelmslev) nosso toco de vela ou, em último caso,
(Goethe) risquemos fósforos repetidamente, como um
f) ( ) "Palavra e pedra solta não têm sinal de que não desertamos nosso posto.
5. “As palavras são o retrato de nossos
volta." (VERÍSSIMO, Érico. Solo de Clarineta.
pensamentos.” (Benito Pérez Galdós) Tomo I. Porto Alegre: Editora Globo, 1978.)
(Molière)
2 (ENEM) – Érico Veríssimo relata, em suas Neste texto, por meio da metáfora da lâmpada
6. “Hoje existe a convicção de que sem a memórias, um episódio da adolescência que que ilumina a escuridão, Érico Veríssimo
invenção [da palavra] não haveria civilização teve influência significativa em sua carreira de define como uma das funções do escritor e, por
ou qualquer noção de moral.” escritor. extensão, da literatura:
(Luis Fernando Verissimo) a) criar a fantasia. b) permitir o sonho.
Lembro-me de que certa noite — eu teria uns c) denunciar o real. d) criar o belo.
a) ( ) "Poeta é o operário, o artífice da quatorze anos, quando muito — encarregaram- e) fugir da náusea.
palavra me de segurar uma lâmpada elétrica à cabe-

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Módulos no Portal Objetivo PORT1M135 e PORT1M136


4e5 – Substantivo / Da palavra ao texto
1 Examine atentamente as palavras subli- 2 (UNIV. FED. SANTA MARIA) – O 5 (FUNEC) – Embora o substantivo tenha a
nhadas no texto abaixo. período a seguir apresenta cinco segmentos função de nomear seres ou objetos, há aqueles
destacados, um dos quais não faz parte da classe que também expressam ação. Em qual
Chamava-se Raimundo este pequeno, e era dos substantivos. Identifique-o, assinalando a alternativa o substantivo em destaque tem essa
mole, aplicado, inteligência tarda. Raimundo letra correspondente. segunda função?
gastava duas horas em reter aquilo que a “Numa aparente contradição à famosa lei da a) "... único sobrevivente de uma das ações do
outros levava apenas trinta ou cinquenta a grupo de extermínio."
oferta e da procura, o livro no Brasil é b) "o mecânico Gerson Jesus Bispo..."
minutos, vencia com o tempo o que não podia b c c) "... tráfico de drogas e armas e venda de
fazer com o cérebro. Reunia a isso um grande caro porque o brasileiro não lê.” carros roubados."
medo do pai. Era uma criança fina, pálida, d e d) "... a execução de Antônio Moura, segundo
cara doente; raramente estava alegre. Entrava
na escola depois do pai e retirava-se antes. O 3 (F. E. SOBRINHO MACHADO) – Aponte a OAB..."

mestre era mais severo com ele do que a alternativa em que o substantivo em destaque
foi empregado de forma genérica: 6 Grife as palavras substantivadas.
conosco. a) O verde das montanhas unindo-se ao azul
a) Aquele homem não poderia ter tomado essa
(Machado de Assis, do céu faziam o longe parecer muito perto.
atitude.
"Conto de escola", Várias Histórias) b) Não entendi o porquê de seu desânimo,
b) Um homem de coragem é esse professor.
c) Ele foi considerado um homem incon- afinal um não só é dito aos fortes.
Assinale as alternativas que apresentam veniente por todos os presentes. c) Partiu à procura do impossível, do irreal, do
afirmações verdadeiras a respeito de todas as d) Todo homem necessita de trabalho e inexistente, do bem, do belo, impressos em seu
palavras sublinhadas. assistência. sonho.
a) Atribuem nomes àquilo que possui exis- e) As obras realizadas no prédio devem-se a
tência (real ou imaginária). Pode-se sempre um grande administrador, homem de origem 7 (CÁSPER LÍBERO) – Dos verbos expor,
afirmar que x (= palavra sublinhada) existe. humilde, considerado hoje um empresário realçar, advertir, disfarçar e estender fazem-se,
b) Atribuem nomes a coisas que possuem bem-sucedido. respectivamente, os substantivos:
a) exposição, realce, advertência, disfarce,
forma física definida.
c) Podem ser precedidas pelos artigos o, a, os 4 Grife as palavras substantivadas: extensão.
a) "Há homens que lutam um dia e são bons./ b) esposição, realse, advertência, disfarse,
e as.
Há outros que lutam um ano e são melhores./ extenção.
d) Podem ser empregadas tanto no singular
Há aqueles que lutam muitos anos e são muito c) expozição, realce, advertênsia, disfarce,
como no plural. extensão.
bons./ Porém há aqueles que lutam toda a vida./
e) Servem, essencialmente, para ligar outras d) esposição, realse, advertência, disfarce,
Esses são os imprescindíveis." (Bertolt Brecht)
palavras da frase. estenção.
b) "Enquanto os homens exercem seus podres
f) Podem ser empregadas no diminutivo e no poderes/ Motos e fuscas avançam os sinais e) exposição, realce, advertência, disfarse,
aumentativo. vermelhos/ E perdem os verdes" (Caetano estensão.
g) Qualificam outras palavras da frase. Veloso)

1 Indique a modalidade dos textos abaixo e O mendigo sorriu meio sem graça e explicou: condenado a ouvir, a cada posse presidencial, o
justifique: — É que hoje é meu aniversário." lamento: “Falta justiça social”.
a) "Firmo era um mulato pachola, delgado de (Ziraldo Alves Pinto) (FSP, 21/4/95, p. 1-1)
corpo e ágil como um cabrito. Teria seus trinta
e tantos anos, mas não parecia ter mais de vinte c) “O dom criador é naturalmente concreto e c) Fiquei feliz com a notícia dando conta de
e poucos. Pernas e braços finos, pescoço não difuso. O homem nasce poeta, músico, que os bispos, reunidos em Itaici, estão
estreito, porém forte; não tinha músculos, tinha pintor. A cultura apenas desenvolve, aperfeiçoa, refletindo acerca da questão do fim da
nervos. A respeito de barba, nada mais que um melhora ou mesmo deforma o dom. Não obrigatoriedade do casamento civil para se
bigodinho crespo, petulante, onde reluzia chei- consegue transferi-lo de tendência, senão por poder celebrar o casamento canônico ou
rosa a brilhantina do barbeiro; grande cabeleira exceção.” religioso.
encaracolada, negra, bem negra, dividida ao (FSP, 21/4/95, p. 1-3)
meio da cabeça." 2 (UNIFENAS) — Indique a alternativa em
(Aluísio Azevedo) cujo texto predomina a descrição. d) Atingidos em cheio pela crise e com a
a) Um dia a minha amiga estava sozinha em autoestima em baixa, os brasileiros transam
b) "O mendigo bateu à porta. A dona de casa casa, distraída, e assobiou uma pequena frase menos e empobrecem sua vida afetiva.
atendeu e ele disse: melódica de Beethoven – e o canário começou (IstoÉ, 01/12/96, p. 61)
— A senhora podia me dar um pedaço de a cantar alegremente. Haveria alguma secreta
bolo? ligação entre a alma do velho artista morto e o e) Eu sonhei que tu estavas tão linda
— Bolo?! — disse a senhora, — Onde é que pequeno pássaro cor de ouro? Numa festa de raro esplendor.
já se viu isto?! Se o senhor pedisse uma sobra (Paulo Mendes Campos) Teu vestido de baile, lembro ainda,
de comida, um pedaço de pão, qualquer coisa Era branco, todo branco, meu amor.
assim, eu ainda entenderia, mas que negócio é b) Já passa da hora de resgatar a dívida social. (Lamartine Babo e Francisco Mattoso)
esse de pedir logo bolo! Ou se começa a fazê-lo já ou o país estará

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Módulos
PORTUGUÊS 7e8
F1 Artigo / Denotação e conotação

Exercícios Complementares no Portal Objetivo PORT1M137 e PORT1M138


1 (VUNESP) – Em apenas uma das frases, o 3 Faça a associação, levando em conta o “– Nós não vamos apresentar uma peça; nós
o funciona como artigo definido. Assinale a sentido dos artigos destacados. vamos apresentar a peça. Nós não vamos dar
alternativa em que isso ocorre. 1. Faz uns dez anos que não o vejo. um espetáculo; nós vamos dar o espetáculo.”
a) Incumbi-o de tratar desse negócio direta- 2. Uns meninos de rua me cercaram.
Explique qual teria sido a intenção desse
mente. 3. Passei um medo!
falante ao trocar o artigo que ocorre antes das
b) O que me causou estranheza foi a destruição 4. A Cecília Meireles é minha poetisa
palavras peça e espetáculo.
dos quadros. preferida.
c) Quando morremos? Não o sabemos jamais. 5. Aquela mulher é só mais uma na minha
Sinha Vitória queimando o assento no
d) Então aconteceu o que parecia impossível. vida.
chão, as mãos cruzadas segurando os joelhos
e) Quando ficou bravo, deu com o livro em
a) ( ) depreciação ossudos, pensava em acontecimentos antigos
minha cabeça.
b) ( ) intensificação que não se relacionavam: festas de casamento,
c) ( ) cálculo aproximado vaquejadas, novenas, tudo numa confusão.
2 (UNIV. FED. PARÁ) – Observe o uso do
d) ( ) indefinição (pronome indefinido) Despertara-a um grito áspero, vira de perto a
artigo.
e) ( ) familiaridade realidade e o papagaio que andava furioso,
I. “... perdia a sua musculatura estudando em
com os pés apalhetados, numa atitude ridícula.
Belém.”
4 (EEM-SP) – A palavra homem aparece (Graciliano Ramos, Vidas Secas)
II. “... até invejou o fumar do vaqueiro.
duas vezes na frase que se segue, com signi-
III.“... dela a escola era um lombo de búfalo.” 6 Em todas as alternativas, extraídas do texto,
ficados diferentes. Explique essa diferença:
IV. “Os infelizes tinham caminhado o dia há um termo em destaque. Qual deles não é
inteiro.” “Suponho que nunca teria visto um homem artigo?
Em quais delas foi usado o recurso da subs- e não sabia, portanto, o que era o homem.” a) “queimando o assento no chão”.
tantivação? (Machado de Assis) b) “segurando os joelhos ossudos”.
a) Em I e II. b) Em I e III. c) “Despertara-a um grito áspero”.
c) Em II e III. d) Em II e IV. 5 Em uma entrevista, o ator de uma peça d) “vira de perto a realidade”.
e) Em III e IV. teatral disse: e) “com os pés apalhetados”.

1 Coloque D para linguagem denotativa e C c) O mar é – lago sereno e laica, onde cada um pudesse ter de acordo
para linguagem conotativa. O céu – um manto azulado, com suas capacidades e segundo suas neces-
1. ( ) Comprei uma correntinha de ouro. O mundo – um sonho dourado, sidades. Na construção de uma sociedade justa
2. ( ) Fulano nadava em ouro. A vida – um hino do amor e democrática, acreditamos, tem especial rele-
(Casimiro de Abreu) vância a existência da imprensa livre, plura-
3. ( ) A água pingava da torneira.
lista, que possibilite o trânsito correto da
4. ( ) As horas iam pingando lentamente. d) A água é falsa, a água é boa informação, indispensável para a afirmação da
5. ( ) Construí um muro de pedra. Nada nadador! cidadania. A continuação do exercício desta
6. ( ) Seu coração de pedra não o deixa A água é mansa, a água é doida. prática jornalística, da difusão da informação
sentir a vida. Aqui é fria, ali é morna, de interesse público, de qualidade e com
A água é fria, ali é morna, profunda afinidade com a realidade é uma das
7. ( ) Doces são as recordações.
A água é fêmea. boas notícias que aguardamos.
8. ( ) As desilusões são amargas.
(Jorge de Lima) (E. J. Schramm,
9. ( ) Quebrei o copo.
e) “O termo geologia vem do grego geo, que Jornal de Santa Catarina, 22/9/1999.)
10.( ) Ele quebrou as regras do jogo.
11. ( ) Aquele professor costuma ter ideias significa "terra" e logos, ‘palavra, pensamento,
ciência’. A geologia, como ciência, procura 3 (UNIVALI) – Indique a opção, cuja frase,
brilhantes. retirada do texto cima, se vale do sentido
decifrar a história geral da Terra, desde o
12.( ) Ele se libertou das trevas da igno- conotativo da linguagem:
momento em que se formaram as rochas até o
rância. presente.” a) Este edifício tem como alicerce a vontade
13.( ) Seu brinco é tão brilhante! férrea de nossa gente...;
14.( ) Toda profissão tem seus espinhos. VISÕES DE UM NOVO TEMPO b) Esta base, cremos, foi a formação moral
herdada de nossos fundadores...;
(...) Mas a cidadania não se constrói c) ... tem especial relevância a existência da
2 Assinale a alternativa que apresenta o único
apenas com palavras, com boas intenções. Este imprensa livre...;
fragmento com valor denotativo:
edifício tem como alicerce a vontade férrea de d) ... onde cada um pudesse ter de acordo com
a) "O Brasil não pode mais suportar o peso da nossa gente, o desejo de interferir ativamente suas capacidades e segundo suas necessidades;
maior crise econômica de sua história." no comando dos destinos da comunidade. Esta e) A continuação do exercício desta prática
b) "As palmas eram enormes, gretadas, calo- base, cremos, foi a formação moral herdada de jornalística, da difusão da informação de
sas, duras como casco de cavalo." nossos fundadores, que acreditavam poder interesse público, de qualidade e com profunda
(Graciliano Ramos) aqui edificar uma sociedade livre, participativa afinidade com a realidade

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Módulos no Portal Objetivo PORT1M139 e PORT1M140


10 e 11 – Numeral / Os recursos expressivos na descrição
1 Empregam-se os ordinais até dez e os a) Acrescente uma gema e misture bem. ( ) Os fornos entroncados
cardinais a partir de onze para designar séculos, b) Era uma vez uma princesa que vivia Dão o gusa1 e a escória2
reis, papas, capítulos, artigos e volumes. enclausurada. ( ) A refinação planta barras
Indique como se devem ler os numerais c) Desistiu depois de uma tentativa, não mais E lá embaixo os operários
apresentados a seguir. do que isso. ( ) Forjam as primeiras lascas de aço
a) Papa João Paulo II d) Visitou um país que preservava admira- 1 – Gusa: ferro que se obtém do alto-forno.
b) Capítulo X velmente todos os monumentos históricos. ( ) 2 – Escória: resíduo que se forma com a fusão dos
c) Volume XXIII e) A proposta não foi aprovada porque um país metais.
d) Século XVIII votou contra ela. ( )
5 (VUNESP – MODELO ENEM) – No poe-
4 Assinale a alternativa em que o numeral ma, é marcante a referência
2 Sublinhe os numerais das frases seguintes e a) ao processo de modernização tecnológica
classifique-os. Sempre que tiver dúvidas sobre não tem valor hiperbólico:
da sociedade.
a classificação, consulte a gramática. a) “sete mil vezes / Eu tornaria a viver assim /
b) à pouca importância da tecnologia na
a) "Dito isto, expirei às duas horas da tarde de sempre contigo” (Caetano Veloso)
sociedade brasileira.
uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na b) Ela sempre arranja mil e uma desculpas c) ao desespero do homem brasileiro frente à
minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns para não trabalhar às segundas-feiras. modernização.
sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era c) Com mil demônios – praguejou ele, diante d) ao encanto do homem simples frente às
solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui do acidente fatal. novas tecnologias.
acompanhado ao cemitério por onze amigos." d) Mais de 125 milhões de brasileiros votaram e) à desvalorização do homem e das novas
(Machado de Assis) na última eleição. tecnologias.
e) Tenho que repetir isso milhões de vezes.
b) Queria cobrar o dobro do valor pago, mas 6 (VUNESP – MODELO ENEM) – Segun-
vendeu pela metade. Leia o poema de Oswald de Andrade para do o texto, no processo de produção industrial,
responder às questões de números 5 e 6. os operários são apresentados numa posição de
c) Chegou-se à conclusão de que este utensílio a) ócio, pois só forjam lascas de aço.
teria sido fabricado no século V. METALÚRGICA b) inferioridade, pois estão lá embaixo.
c) excelência, pois estão no nível das águas
d) Contam-se muitas histórias sobre a corte de 1 300.oà sombra dos telheiros retos esponjosas.
Luís XIV, rei da França. 12 000 cavalos invisíveis pensando d) desprezo, pois se recusam a forjar lascas de
40 000 toneladas de níquel amarelo aço.
3 Nas frases seguintes, escreva A se um ou Para sair do nível das águas esponjosas e) atuação agradável, pois ficam a 1 300.o à
uma for artigo e N se for numeral. E uma estrada de ferro nascendo do solo sombra.

Texto para a questão 1. (ENEM) – Instruções: as questões de números a) “tanta ameaça”.


2 e 3 referem-se ao poema abaixo. b) “som de bronze”.
Felizmente era tempo de jabuticabas. c) “punhado de areia”.
No sítio de dona Benta havia vários pés, EPÍGRAFE1 d) “sombra que passa”.
mas bastava um para que todos se regalassem e) “somente a Beleza”.
até enjoar. Justamente naquela semana as Murmúrio de água na clepsidra2 gotejante,
jabuticabas tinham chegado 'no ponto' e a Lentas gotas de som no relógio da torre, 3 Neste poema, o que leva o poeta a questio-
menina não fazia outra coisa senão chupar nar determinadas ações humanas (vs. 6 e 7) é a
Fio de areia na ampulheta vigilante,
jabuticabas. Volta e meia trepava à árvore, que Leve sombra azulando a pedra do quadrante3 a) infantilidade do ser humano.
nem uma macaquinha. Escolhia as mais b) destruição da natureza.
bonitas, punha-as entre os dentes e tloc! E Assim se escoa a hora, assim se vive e morre... c) exaltação da violência.
depois do tloc!, uma engolidinha de caldo e d) inutilidade do trabalho.
pluf! — caroço fora. E tloc, pluf, tloc, pluf, lá Homem, que fazes tu? Para que tanta lida, e) brevidade da vida.
passava o dia inteiro na árvore. Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?
As jabuticabas tinham outros fregueses Procuremos somente a Beleza, que a vida FRANK & ERNEST / Bob Thaves
além da menina. Um deles era um leitão muito É um punhado infantil de areia ressequida,
guloso, que recebera o nome de Rabicó. Assim Um som de água ou de bronze e uma sombra
que via Narizinho trepar à árvore, Rabicó [que passa...
vinha correndo postar-se embaixo à espera dos (Eugênio de Castro, Antologia pessoal da
caroços. Cada vez que soava lá em cima um poesia portuguesa.)
tloc! seguido de um pluf! ouvia-se cá embaixo 4 (ENEM) – Nesta tirinha, a personagem faz
um nhoc! do leitão abocanhando qualquer referência a uma das mais conhecidas figuras
1 – Epígrafe: inscrição colocada no ponto mais alto;
coisa. E a música da jabuticabeira era assim: de linguagem para
tema. 2 – Clepsidra: relógio de água. 3 – Pedra do
tloc! pluf! nhoc! — tloc! pluf! nhoc!... a) condenar a prática de exercícios físicos.
quadrante: parte superior de um relógio de sol.
(Monteiro Lobato) b) valorizar aspectos da vida moderna.
1 Os trechos em negrito apresentam uma 2 A imagem contida em “lentas gotas de som” c) desestimular o uso das bicicletas.
figura sonora que reproduz os sons. Recebe o d) caracterizar o diálogo entre gerações.
(verso 2) é retomada na segunda estrofe por
nome de: _____________________________ . e) criticar a falta de perspectiva do pai.
meio da expressão:
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Módulos Adjetivo /
PORTUGUÊS 13 e 14
F1 Descrição (objetiva e subjetiva)
Exercícios Complementares no Portal Objetivo PORT1M141 e PORT1M142
1 (UNIV. DE ITAÚNA) – A palavra desta- d) O Presidente reafirmou sua constante vigi- Texto para o teste 6.
cada é um adjetivo em: lância na postura digna dos altos funcionários.
a) Roger Nelson obrigou sua gravadora dar- e) O delegado declarou que achar os culpados A velhinha tinha uma pequena loja, numa
lhe o nome de Victor e depois virou o símbolo era o único compromisso de toda sua carreira. =======
do masculino e do feminino. rua de Florença. Exteriormente, sua loja não
b) Sua assessoria convidou amigos e clientes 4 (FGV-SP) – Assinale a alternativa em que a
era nem rica nem elegante nem artística.
para comemorar, num coquetel surpresa, seus palavra sublinhada não tem valor de adjetivo. ==== ======== ========
37 anos de vida. a) A malha azul estava molhada. Isso acontece em muitas lojas, na Europa.
c) Hoje ele já permite que o chamem pelo nome b) O sol desbotou o verde da bandeira.
c) Tinha os cabelos branco-amarelados. Mas a velhinha vendia umas blusas tão lindas
que lhe deu fama, fortuna e capricho: Prince. =====
d) A vantagem do sistema é que o filme poderá d) As nuvens tornavam-se cinzentas.
e originais que nenhuma mulher poderia ficar
ser corrigido na revelação. e) O mendigo carregava um fardo amarelado. ========
e) O ministro começou a se reunir com as insensível a seus encantos.
centrais sindicais para aparar as arestas. 5 (ESPM) – Observe a construção do texto a
seguir. (MEIRELES, Cecília. Seleta em Prosa e
2 Sublinhe os adjetivos das frases a seguir e nuvens brancas Verso. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1973.)
explique seus significados. passam
a) Ela é uma pobre criança. em brancas nuvens 6 (MODELO ENEM) – Assinale a alterna-
b) Ela é uma criança pobre. (LEMINSKI P., Caprichos & Relaxos. tiva incorreta sobre as palavras sublinhadas.
c) Ele é um grande homem. São Paulo: Brasiliense, 1983.) a) As palavras sublinhadas com um traço
d) Ele é um homem grande. atribuem nomes àquilo que possui existência
e) Ele é um simples rapaz. Analisando-se o texto acima, a afirmação
(real ou imaginária).
f) Ele é um rapaz simples. descabida é
b) As palavras sublinhadas com dois traços
a) "Nuvens brancas" significam nuvens da cor
3 (UNIV. DE ITAÚNA) – A anteposição ou a do leite, da neve. caracterizam os seres, atribuindo-lhes quali-
posposição dos adjetivos sublinhados aos b) "Brancas nuvens" significam momentos dades.
substantivos a que se referem não implica cercados de facilidade, de conforto, de alegria; c) Pode-se dizer que as palavras velhinha, loja,
mudança de sentido em: sem sofrimento. rua e Florença são exemplos de substantivos.
a) Justiça seja feita, o deputado é uma contro- c) Sempre que se muda o adjetivo de lugar, d) A palavra encantos é um adjetivo e se refere
vertida figura! muda-se o sentido do substantivo. a “nenhuma mulher”.
b) O Governo espera encontrar, na questão da d) A mudança de posição do adjetivo e) As palavras pequena, rica, elegante e
aposentadoria, um comum acordo. "brancas" foi o recurso que o poeta utilizou
artística são exemplos de adjetivos.
c) O senador exigiu a interrupção das dis- para provocar a alteração de sentido.
cussões, porque o assunto é um simples proble- e) O autor faz um jogo de palavras utilizando
ma, diante da questão do desemprego. o mesmo adjetivo e substantivo.

A BELEZA DAS RUÍNAS b) a comparação implícita entre “manchas de 2 Assinale a alternativa que analisa incor-
diversos matizes” e “mapas de segredos e retamente o poema transcrito anteriormente.
A velha está sentada à mesa. As mãos trê- descobrimentos” configura uma metáfora. a) Predomina a descrição subjetiva, pois o
mulas cruzadas à frente, na altura do rosto, c) o título “A beleza das ruínas” confirma-se na autor caracteriza a paisagem por meio de
como se rezasse. Dessas mãos escorrem veias comparação entre as mãos da velha e as constru- impressões psicológicas.
grossas que parecem carregar em sua seiva a ções antigas. b) Os elementos que compõem a paisagem
história de muitas décadas. São como troncos, d) enquanto nas ruínas é a pedra que conta são transfigurados pelo emissor-observador
como garras de pássaros, de pele áspera e histórias, na velha, é a pele das mãos. que privilegia a linguagem conotativa ou
desenhada por sulcos, veios, nós. Traz e) há exemplo de frase nominal no trecho: figurada.
manchas de vários matizes, mapas de segredos “Dessas mãos escorrem veias grossas”.
c) O uso do vocativo “— João! Ô João!” é
e descobrimentos. Há beleza nessas mãos, marca típica da descrição.
nesses braços desfeitos. É a mesma beleza que FAVELA
d) A impressão sensorial física mais utilizada
vemos nas construções antigas, nas ruínas. Só Meio-dia. na composição da paisagem é visual, porém
que ali é a pedra — e não a pele — que nos O morro coxo cochila. há exemplo de sensação auditiva em “ga-
conta histórias. O sol resvala, devagarinho, pela rua, linhas em escândalo” e “vizinha da frente
(Heloísa Seixas) torcida como uma costela. grita”.
Aquela casa, de janelas com dor de dente, e) O índice temporal “meio-dia” é me -
1 Sobre o texto acima, é incorreto afirmar amarrou um coqueiro do lado. ramente circunstancial, servindo apenas para
que Um pé de meia faz exercícios no arame. precisar o registro descritivo; o que pre -
a) predomina a descrição subjetiva pelo uso de Vizinha da frente grita no quintal: domina na descrição são os índices
comparações na caracterização das mãos da — João! Ô João! espaciais.
personagem. (Raul Bopp)
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Módulos no Portal Objetivo PORT1M143 e PORT1M144


16 e 17 – Locução adjetiva / Descrição (dinâmica e estática)
1 Examine as palavras sublinhadas nas frases f) Deu-lhe um abraço de irmão. saíam tombando sem destino no sopro do
abaixo. g) Naquela ilha há paisagens do paraíso. vento. Tudo o quanto de pássaros saltando de
I. Ele é um aluno sem disciplina. galho em galho, de bico aberto, à procura de
II. Ele é um homem sem piedade. 4 (FJAÚ) – “Um texto vivo é a impressão sombra. Os nambus, guardas-civis dos
III.O poema fala do amor de mãe. digital do indivíduo." taboleiros, de quando em quando, soltando
IV. Isto é brincadeira de criança. (Revista Época de 09/09/2002). aqueles seus apitos estridentes.
(Torquato Neto)
Dada a afirmativa – "digital" é o adjetivo
a) Nas frases acima, a que classe de palavras
correspondente à locução "de dedo" – assinalar 5 (MODELO ENEM) – Não possui valor de
pertencem disciplina, piedade, mãe e criança?
a falsa correlação:
b) Sem disciplina pode ser substituído por adjetivo a expressão destacada em
a) lacustre = de lago;
indisciplinado. A que classe de palavras a) “quanto de pássaros.”
b) pluvial = de chuva;
pertence indisciplinado? b) “olho de sol.”
c) glacial = de gelo;
c) Reescreva as frases substituindo por uma só c) “chicote de fogo.”
d) plúmbeo = de prata;
palavra as outras locuções formadas pelos d) “sopro do vento.”
e) senil = de velho.
substantivos mais as preposições (sem, de), que e) “guardas-civis dos taboleiros.”
também estão sublinhadas.
Meio-dia em ponto, Sol tinindo de tão
6 (MODELO ENEM) – Assinale a alter-
quente. Sol danado de quente da seca do
2 Que nome recebe esse tipo de locução? costume. Toda a mata pelada com aqueles
nativa em que há frase nominal.
galhos de braços secos esticados para o céu, a) “Sol danado de quente da seca do costume.”
3 Substitua as locuções adjetivas sublinhadas talvez, quem sabe, pedindo que, ao menos por b) “As folhas secas... saíam tombando sem
pelos adjetivos correspondentes. um minuto, uma ponta de nuvem toldasse destino (...)”
a) Estas são as dádivas da terra. aquele olho de sol tão quente que torturava a c) “(...) uma ponta de nuvem toldasse aquele
b) São quatro as fases da Lua. mata toda com o seu chicote de fogo. Quando olho de sol tão quente...”
c) São castigos do céu. o vento soprava, a caatinga toda parecia assim d) “(...) tão quente que torturava a mata toda
d) Homenagearam o corpo de professores. uma aranha monstro se espernegando. As com seu chicote de fogo.”
e) O acidente ocorreu no perímetro da cidade. folhas secas, tal qual emigrantes flagelados, e) “Quando o vento soprava (...)”

LEMBRANÇA RURAL 1 Assinale a alternativa incorreta sobre o prestando muita atenção.


poema “Lembrança Rural”: Foi como se um silêncio de veludo
Chão verde e mole. Cheiros de relva. Babas de a) O poema é descritivo: na 1.a estrofe Começasse a passear seus pés de lã por tudo.
[lodo. despontam sensações olfativas e táteis; as Nisto uma folha sai, muito viva, de uma rama,
A encosta barrenta aceita o frio, toda nua. sensações visuais estão em todas as estrofes. e vai cair sem o menor rumor
Carros de bois, falas ao vento, braços, foices. b) Há frases nominais, ou seja, sem verbo, nos sobre o tapete de grama.
Os passarinhos bebem do céu pingos de chuva. trechos "Flores molhadas. Última abelha. É um louva-a-deus lépido e longo
Nuvens gordas"; ou ainda em "Chão verde e que se jogou de um trapézio
Casebres caindo, na erma tarde. Nem existem mole. Cheiros de relva. Babas de lodo". como um pequeno palhaço verde
[na história c) A autora faz reflexões subjetivas: "É tão e lá se foi, a rodopiar
do mundo. Sentam-se à porta as mães profundo, o campo, que ninguém chega a ver às cambalhotas
[descalças. que é triste". no ar.
É tão profundo, o campo, que ninguém chega a (Cassiano Ricardo)
d) Predomina a descrição estática, porém há
[ver que é triste. trechos dinâmicos em "Os passarinhos bebem 2 Assinale a alternativa incorreta sobre o
A roupa da noite esconde tudo, quando passa... do céu pingos de chuva", "Sentam-se à porta poema acima:
mães descalças", "formigas caminham nas a) Predomina a personificação ou prosopo-
Flores molhadas. Última abelha. Nuvens gordas. árvores". peia, já que os elementos da natureza que
Vestidos vermelhos, muito longe, dançam nas e) Os trechos "Cigarra escondida, ensaiando", compõem o poema apresentam reações e
[cercas. "a água suspira" são exemplos de sinestesia, comportamentos humanos.
Cigarra escondida, ensaiando na sombra figura de linguagem que imprime característica b) Há comparação em "Foi como se um
[rumores de bronze. humana a seres inanimados ou animais. silêncio" e "como um pequeno palhaço verde".
Debaixo da ponte, a água suspira, presa... c) Tem-se metáfora no trecho "tapete de
ACROBATISMO grama", pois há uma comparação implícita
entre "tapete" e "grama".
Vontade de ficar neste sossego toda a vida: Parou o vento. Todas as árvores d) Em "silêncio fofo de veludo", tem-se
bom para ver de frente os olhos turvos das quiseram ver o salto original. sinestesia. A fusão de sensações nos remete a
[palavras, Então aspectos auditivo (silêncio) e tátil (fofo).
para andar à toa, falando sozinha, quedaram-se todas e) Trata-se de uma descrição subjetiva, em
enquanto as formigas caminham nas árvores... com os seus anéis azuis de orvalho linguagem conotativa, e estática como uma
(Cecília Meireles) e os seus colares de ouro teatral, fotografia.

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Módulos
PORTUGUÊS 19 e 20
F1 Adjetivo composto / Descrição de pessoa

Exercícios Complementares no Portal Objetivo PORT1M145 e PORT1M146


1 (UN. CAXIAS DO SUL) – Assinale a de ao substantivo entre parênteses? d) Naquela região predomina o corte de cabelo
opção correta. a) Indo-europeu (Índia) afro-oxigenado.
a) Os sapatos MARROM contrastavam com b) Ítalo-brasileiro (Itália) e) Os acordos nipo-brasileiros foram satisfa-
as meias AZUL-ESCURAS. c) Luso-brasileiro (Portugal) tórios.
b) Os sapatos MARRONS contrastavam com d) Sino-árabe (Sião)
as meias AZUL-ESCURAS. e) Anglo-americano (Inglaterra) 6 Dê a locução adjetiva que corresponde aos
c) Os sapatos MARRONS contrastavam com adjetivos compostos destacados:
as meias AZUIS-ESCURAS. Nos exercícios 4 e 5, assinale a alternativa
d) Os sapatos MARROM contrastavam com incorreta: a) publicação anglo-germânica:
as meias AZUL-ESCURO.
b) cultura greco-romana:
e) Os sapatos MARROMS contrastavam com 4 a) Tinha olhos verde-mar que combinavam
as meias AZUIS-ESCURO. com sua blusa verde-clara. c) competições austro-húngaras:
b) Gravatas amarelo-ouro devem ser usadas
d) disputas hispano-portuguesas:
2 Complete as lacunas com as palavras entre com ternos marrom-escuros.
parênteses, flexionando-as, se necessário. c) Calças amarelas, blusas laranja e sapatos e) campeonato franco-italiano:
a) Comprei um vestido e uma blusa _______ violeta não combinam!
_____________________. (cinza) d) Vestidos azul-pavão com estampa de flores
7 Assinale a alternativa que completa correta-
b) Todos os funcionários daquele banco usam estão na moda.
mente as lacunas da frase.
calças __________________________ . (azul) e) Camisetas rubros-negras são usadas por um
“A jovem de olhos ___________ usava blusas
c) Carros _________________________ não time de futebol.
____________ e saias ____________ .”
são muito procurados. (verde)
d) Comprei uma blusa branca e uma saia 5 a) Há empresas que empregam pessoas
____________________ . (creme) surda-mudas. a) verde-esmeraldas, pêssegos, rosas;
e) Nesta semana a confecção só produziu b) Faltam aparelhos médico-cirúrgicos em b) verdes-esmeraldas, pêssego, rosas;
blusas ________________________ . (gelo) vários hospitais. c) verde-esmeraldas, pêssegos, rosa;
3 (UFPR) – Em qual dos casos o primeiro c) As crises político-econômicas afetam os d) verde-esmeralda, pêssego, rosa;
elemento do adjetivo composto não correspon- cidadãos. e) verdes-esmeralda, pêssegos, rosas.

1 Leia atentamente os seguintes trechos: Assinale a alternativa correta: modo algum: o homem era o que parecia ser.
I – ...chegou a senhora do diretor, D. Ema. a) São descrições que buscam aspectos Se tinha alguma virtude, era a de não enganar
Bela mulher em plena prosperidade dos trinta fisiológicos e não psicológicos. pela cara.
anos de Balzac, formas alongadas por graciosa b) As mulheres descritas são exemplos da (Manuel Antônio de Almeida,
magreza, erigindo, porém, o tronco sobre quadris beleza romântica; mulheres que são símbolos Memórias de um Sargento de Milícias)
amplos, fortes como a maternidade; olhos sexuais dos séculos XVIII e XIX.
negros, pupilas retintas de uma cor só, que c) As duas descrições obedecem a padrões 2 Assinale a alternativa incorreta sobre o
pareciam encher o talho folgado das pálpe- idealizados de beleza, apresentando descrições trecho dado:
bras; de um moreno rosa que algumas formo- objetivas, desprovidas de sentimentalismo. a) A descrição foi usada para traçar o perfil do
suras possuem, que seria também a cor do d) As duas descrições são exemplos dos perfis
jambo, se jambo fosse rigorosamente o fruto personagem José Manuel.
da mulher adotados pelos poetas como forma b) A descrição física "olhos penetrantes" e
proibido.
de marcar as musas inatingíveis. aspecto moral "velhaco" não são discrepantes,
(Raul Pompeia, O Ateneu)
e) As duas mulheres são reais, embora haja o
sendo coerentes com o caráter do personagem.
II – ...D. Evarista reunia condições fisioló- sentimentalismo como centro da descrição.
c) "Homenzinho", substantivo em grau dimi-
gicas e anatômicas de primeira ordem, digeria nutivo, serve como índice da estatura física e
com facilidade, dormia regularmente, tinha Figure o leitor um homenzinho nascido em
dias de maio, de pouco mais ou menos trinta e moral da personagem.
bom pulso, e excelente vista; estava assim apta
cinco anos de idade, magro, narigudo, de olhar d) A descrição da personagem serve para
para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes.
Se além dessas prendas, únicas dignas da preo- vivo e penetrante, vestido de calção e meias construir uma imagem negativa, assim, no
cupação de um sábio, D. Evarista era mal pretas, sapatos de fivela, capote e chapéu decorrer da obra, ele deverá praticar ações
composta de feições, longe de lastimá-lo, armado e terá ideia do físico do Sr. José compatíveis com o seu caráter.
agradecia-o a Deus, porquanto não corria o Manuel, o recém-chegado. Quanto ao moral, e) As passagens descritivas usadas no interior
risco de preterir os interesses da ciência na se os sinais físicos lhe falham, quem olhasse de textos narrativos não exercem função
contemplação exclusiva, miúda e vulgar da para a cara do Sr. José Manuel assinalava-lhe importante, são meros ornamentos ou enfeites
consorte. um lugar distinto na família dos velhacos de gratuitos.
(Machado de Assis, O Alienista) quilate. E quem tal fizesse não se enganava de

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Módulos no Portal Objetivo PORT1M147 e PORT1M148


22 e 23 – Pronomes pessoais, possessivos e de tratamento / O título na redação
A palavra grifada no texto refere-se a: d) mim – eu – mim – mim – eu.
a) meios b) econômicos e) mim – a mim – mim – eu – mim.
c) grupos d) grupos econômicos
5 (BELAS ARTES) – Assinale a série de
3 (UMC) – Observe: “A base governamental pronomes que completa adequadamente as
levantou a hipótese de que a mudança intro- lacunas do seguinte período:
duzida na economia argentina é de tal forma Os desentendimentos existentes entre _______
inédita que a população ainda não a assimilou.” ____ e ___________ advêm de uma insegu-
rança que a vida estabeleceu para ___________
(Folha de S. Paulo, 17/7/2003)
traçar um caminho que vai de ____________ a
O pronome grifado, no fragmento acima, ____________ .
refere-se a: a) mim; ti; eu; mim; ti.
a) base governamental b) hipótese b) eu; tu; eu; mim; tu.
c) mudança d) economia c) mim; ti; mim; mim; tu.
e) população d) eu; ti; eu; mim; ti.
e) eu; ti; mim; mim; tu.
4 Observe as frases:
1 (FACITA) – Sobre os pronomes que se en- 6 Preencha os espaços, empregando os prono-
I. A língua portuguesa foi a que chegou até
contram nessa tirinha, só não é correto dizer que: mes possessivos e oblíquos adequados. Use os
__________________ através de gerações. verbos dos parênteses no tempo presente,
a) Você tem como referência o interlocutor, no II. Não basta ____________________ querer
caso, o cão. quando estiver indicado.
que a grafia coincida com a pronúncia; é a) Senhor juiz, Vossa Meritíssima _________
b) Dele tem como referência o termo homem preciso a reforma.
(dele = do homem). ______ fazer o obséquio de assinar o mandado
III. Toma-se muito complicado para _______ de prisão que ______________ envio por inter-
c) Eu tem como referência, no caso, o cão. _____________ acompanhar essa mudança. médio de _______________ secretária. (poder)
d) Alguém é um pronome indefinido e, no IV. Para __________________, unificar a b) Você _______________ entregar o formu-
caso, serve para indicar que o cão dá um apoio grafia é impossível. lário preenchido com _______________ dados
ao homem, sem grande envolvimento pessoal. V. Deixaram alguns pontos para __________ pessoais. (dever)
e) Seu, no último balão, tem como referência os _________ estudar. c) Senhor Diretor, envio- ___________ o pro-
dois interlocutores e equivale a do lado de vocês. jeto para ___________ avaliação.
A opção que completa corretamente as frases é: d) Senhor Deputado, sabemos que Vossa
2 (BELAS ARTES) – Os meios de comuni- a) eu – eu – eu – mim – mim. Excelência ___________ o cargo de senador e
cação social pertencem aos grupos econômicos b) eu – eu – mim – eu – mim. nós __________ apoiaremos em __________
que os exploram como organizações industriais. c) mim – eu – eu – mim – eu. decisão. (ambicionar)

1 (MACKENZIE – MODELO ENEM) antes da telenovela. Conversas esparsas


durante os comerciais. A sensação é que basta
estar junto. Nada mais. Silenciosa, a família
contempla a caixa azulada. Os olhos excitados,
cabeças inflamadas. Recebendo, recebendo.
Enquanto o corpo suportar, estarão ali.
Depois, tocarão o botão e a deusa descansará.
Então, as pessoas vão para as camas, deitam e
sonham. Com as coisas vistas. Sempre vistas
através da caixa. Nunca sentidas ou vividas.
Imunizadas que estão contra a própria vida.
(Ignácio de Loyola Brandão)
Assinale a alternativa correta. Justifique o título dado a cada um dos textos a
3 AS NOVAS MULHERES
a) A tira confirma a expectativa a respeito das seguir.
Eles caminhavam a meu lado na Protásio
relações dos animais com os homens. 2 HOJE
b) A surpresa e o absurdo, que constroem o Alves, dois rapazes que teriam uns 14, 15 anos.
Nas noites de verão, ou todas as noites, Atrás, vinham três meninas, da mesma idade,
humor, circunscrevem-se ao uso do nome
depois do jantar, o pai abandona a mesa. Ainda dirigindo-lhes gracejos, alguns até bem
Júnior. apimentados.
com a xícara de café na mão, ele se dirige à
c) O último quadro apresenta, com a palavra caixa quadrada. A deusa dos raios azulados — Não dá bola — dizia baixinho um dos
comida, o desfecho que se adivinha desde o espera o toque. Para emitir som e luz, imagem rapazes ao companheiro. — Nem olha.
início. e movimento. Todos se ajeitam. O lugar A mim me parecia estar sonhando. Não dá
d) Mickey Mouse, personagem da tira principal é para o pai. Ninguém conversa. Não bola? Nem olha? Se tais ofendidas palavras
americana, está implícito no título pela há o que falar. O pai traz nada da rua, do dia tivessem partido das garotas eu entenderia.
semelhança de fonemas. a dia, do escritório. Os filhos não perguntam, Mas eram os rapazes: eles é que apressavam o
estão proibidos de interromper. A mulher mer- passo, a caminho da casa onde decerto
e) O balão exemplifica a utilização do discurso
gulha na telenovela, no filme. Todos sabem que encontrariam o refúgio do videogame.
indireto para citar a fala da personagem.
não virá visita. E se vier alguma, vai chegar (Moacyr Scliar)
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Módulos Poesia e ficção /


PORTUGUÊS 1e2
F2 Auto da Barca do Inferno: episódio do Fidalgo (I)
Exercícios Complementares no Portal Objetivo PORT1M149 e PORT1M150
Texto para as questões de 1 a 3. 3 O assunto do texto é a poesia, o poeta e o senso comum em que vivemos, brota o prazer
público. Trata-se, no caso, de poesia lírica, pois literário.
AUTOPSICOGRAFIA a) o poema é curto e versa sobre a própria (SAVATER, Fernando. Criaturas del Aire.
poesia. Barcelona, Ediciones Destino, 1989.
O poeta é um fingidor. b) há expressão de um eu, de uma subjetivi- Traduzido por Gustavo Bernardo.)
Finge tão completamente dade.
Que chega a fingir que é dor c) o poeta fala de algo ficcional. 4 Segundo o texto acima, é correto afirmar que
A dor que deveras sente. d) representa uma voz coletiva. a) o prazer literário decorre da experiência na
e) os versos são curtos e rimados. qual nossas múltiplas possibilidades de ser “se
E os que leem o que escreve, realizam”.
Na dor lida sentem bem, b) nos identificamos com uma personagem
Não as duas que ele teve, Texto para os testes 4 e 5. quando ela é uma representação única e exata
Mas só a que eles não têm. do que somos.
Comenta-se, um pouco rápido demais, que c) somente definimos nossa personalidade em
(...) a predileção que os leitores sentimos por uma confronto com as diversas personagens literárias.
ou outra personagem vem da facilidade com d) uma personagem literária representa múlti-
E assim nas calhas de roda que nos “identificamos” com elas. Essa plas personalidades.
Gira, a entreter a razão, formulação exige algumas pontuações: não é e) nossa identificação com algumas perso-
Esse comboio de corda que nos identifiquemos com a personagem, nagens é prova de que não há diferença entre a
Que se chama o coração. mas sim que esta nos identifica, nos aclara e vida “real” e a ficção.
(Fernando Pessoa) define frente a nós mesmos; algo em nós se
identifica com essa individualidade imaginá- 5 As palavras destacadas no texto poderiam
1 Justifique, com elementos presentes no ria, algo contraditório com outras “identifi- ser substituídas pelas seguintes, exceto na opção:
texto, a afirmação de que o poeta é um fingidor cações” semelhantes, algo que de outro modo a) predileção: preferência
que “finge... completamente”. apenas em sonhos haveria logrado estatuto de b) formulação: enunciado
natureza. A paixão pela literatura é também c) contraditório: concordante
2 A quem se referem os verbos leem, escreve, uma maneira de reconhecer que cada um d) logrado: obtido
sentem, teve e têm, na segunda estrofe? somos muitos, e que dessa raiz, oposta ao e) senso: juízo

Leia o texto abaixo e preencha as lacunas torno de uma só ação principal), unidade de 5 ________________________, um dos que
com as seguintes palavras: _______________ (a ação deve restringir-se a compõem a “Trilogia das Barcas” (os outros
um dia ou pouco mais) e unidade de 6 dois são os autos da Barca do Purgatório e da
tempo – Anjo – clássico –
________________ (a ação deve passar-se em Barca da Glória), temos uma sequência de J
quadros – concentração –
um ou poucos lugares). ___________________ (como sketches humo-
Fidalgo – unidades – ação –
rísticos) em que vemos o Diabo se defrontando
alegoria – causa –
Auto da Barca do Inferno – Teatro alegórico com as almas das pessoas recém-mortas que
Alcoviteira – lugar O teatro vicentino é em grande parte vão embarcar para a eternidade. Em cada um
alegórico. A 7 ___________________, em dos quadros, as personagens representam classes
Gil Vicente, corresponde à representação de ou grupos sociais. Assim, vemos desfilar diante
O TEATRO VICENTINO uma ideia abstrata, uma classe social ou uma de nós o K _________________________
O teatro de Gil Vicente provém de uma entidade espiritual, por meio de uma perso- (representando a nobreza exploradora e
tradição do fim da Idade Média, afastando-se nagem. Assim, no Auto da Alma, uma perso- arrogante), o Juiz (a magistratura corrupta), a
totalmente dos princípios do teatro 1 nagem é a alma da pessoa morta, outra é o Anjo L _______________________________ (a
________________, defendidos pelas novas (o Bem) e outra, o Diabo (o Mal). A ação da prostituição) etc. Todos tentam ir para a
teorias poéticas da época. O teatro clássico peça consiste na hesitação da Alma entre o Barca do Céu, mas o M _______________
procurava ser tal como os antigos o praticavam Diabo, que tenta seduzi-la, e o Anjo, que tenta ___________ os rejeita — e o Diabo, em
e ensinavam: ele se caracterizava pela 2 salvá-la. saborosos diálogos, lhes mostra que seu
____________________ dos efeitos emotivos, Nas alegorias vicentinas, que seguem a caminho é o Inferno. No Auto da Barca do
concentração obtida por meio da prática tradição do teatro alegórico medieval, temos Purgatório aparecem até um rei e um papa, que
rigorosa da disciplina das “três 3 geralmente uma sucessão de quadros que não não merecem o Paraíso... Mas o Anjo aceita na
____________________”: unidade de 4 se ligam por relação de 8 _______________ Barca do Céu um rude camponês ignorante, que
______________ (a peça deve centrar-se em e efeito. Por exemplo: no 9 ____________ foi explorado a vida toda por seus senhores.

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Módulos no Portal Objetivo PORT1M151 e PORT1M152


3e4 – Texto: trama de palavras / Auto da Barca do Inferno: episódio do Fidalgo (II)
Texto para as questões de 1 a 3. gustativa etc. Assim, em “som azul” há uma rações) das consoantes t e d, e, no plano do
sinestesia em que se misturam duas sensações significado, a um contraste inesperado. Esse
Vozes veladas, veludosas vozes, de naturezas diferentes: auditiva (“som”) e contraste, chamado antítese, se dá entre as pa-
Volúpias dos violões, vozes veladas, visual-cromática (“azul”). Explique a sinestesia lavras _______________ e ______________ .
Vagam nos velhos vórtices1 velozes que há em “veludosas vozes”.
Do vento, vivas, vãs, vulcanizadas2.
4 Na música, temos uma organização espe- 7 “O Sol ao pôr do sol (triste soslaio)” – Neste
Tudo nas cordas dos violões ecoa cial, interessante em si mesma, estruturada com verso de Sousândrade, poeta do Romantismo, o
E vibra e se contorce no ar, convulso... sentido, a sugestão de melancolia ao crepúsculo,
sons. Na poesia, temos algo semelhante; uma
Tudo na noite, tudo clama e voa combina-se com um efeito musical. Esse efeito
grande diferença, porém, é que a poesia se
Sob a febril agitação de um pulso. musical é devido à aliteração do ______ .
estrutura com ________________________ .
1 – Vórtice: redemoinho. 8 Complete as frases seguintes:
2 – Vulcanizado: ardente, inflamado. 5 “Que a brisa do Brasil beija e balança” –
a) Se ele aparecer sem ser convidado, vai fazer
Neste verso famoso de Castro Alves, que
um triste _____________________________ .
1 Nos versos anteriores, de Cruz e Sousa descreve uma bandeira esvoaçando ao vento, o b) O Sol ao __________________________
(1861-1898), poeta do Simbolismo brasileiro, o efeito sugestivo deve-se a um recurso sonoro (triste soslaio).
que está sendo descrito? chamado aliteração. A aliteração é a repetição c) Se nada for _________________________
de uma consoante, em geral no início de agora, essa história acabará mal.
2 Quais os efeitos sonoros mais notáveis de
palavras próximas. No caso do verso transcrito, d) Ferido, o ar ________________________
que o poeta se utiliza?
trata-se de aliteração da consoante ______, que e assovia.
3 Na expressão “veludosas vozes”, o poeta se repete ______ vezes.
emprega uma figura chamada sinestesia, que é 9 Você teve mais dificuldade para completar
uma metáfora caracterizada pela mistura de 6 “Aquela triste e leda [alegre] madrugada” – quais frases?
sensações diversas. Essas sensações podem ser Neste verso de Camões, o efeito sugestivo de-
de natureza táctil, visual, olfativa, auditiva, ve-se ao ritmo, amparado em repetições (alite- J Por que você acha que isso ocorreu?

1 Embora seja homem da época do Renasci- d) Transformar a religião em manifestação I. A peça transcorre numa sucessão de
mento e isso se reflita em sua obra, especial- formal, ao automatizar os ritos litúrgicos. quadros (cenas). ( )
mente na crítica à sociedade e à Igreja, Gil e) Praticar a avareza, como cúmplice do J. Gil Vicente é considerado o fundador do
Vicente é extraordinariamente apegado à Idade Fidalgo, e a exploração da prostituição em teatro português. ( )
Média. Aponte duas características que compro- parceria com a alcoviteira. K. As personagens carregam consigo, após sua
vem essa tendência medievalista de sua obra. morte, os objetos que representam seus
5 Pode-se dizer que as personagens do Auto pecados. ( )
2 Que classe social Gil Vicente critica em sua da Barca do Inferno são alegóricas? Por quê? L. O teatro vicentino rompe com os valores
obra? medievais, pois manifesta visão antropocên-
6 Com relação ao Auto da Barca do Inferno, trica (centrada no Homem e não em Deus). ( )
3 A sátira de Gil Vicente, no Auto da Barca suas personagens e seu autor, assinale V M. As personagens do Auto da Barca do Inferno
do Inferno, limita-se a indivíduos ou focaliza (verdadeiro) ou F (falso). apresentam psicologia própria, sendo, portanto,
classes, grupos ou instituições sociais?
errôneo dizer que se trata de personagens
A. O auto atinge seu clímax no episódio do
alegóricas. ( )
4 (PUC-SP) – Gil Vicente escreveu o Auto da Fidalgo, que encerra a peça. ( )
Barca do Inferno em 1517, no momento em N. Preso aos valores cristãos, Gil Vicente tem
B. O Auto da Barca do Inferno apresenta
que eclodia na Alemanha a Reforma como objetivo alcançar a consciência do
personagens representativas da sociedade
Protestante, com a crítica veemente de Lutero homem, lembrando-lhe que tem uma alma para
medieval. ( )
ao mau clero dominante na Igreja. Nessa obra, C. O Onzeneiro é o agiota, pessoa que em- salvar. ( )
há a figura do Frade, severamente censurado presta dinheiro a juros altos. ( ) O. As figuras do Anjo e do Diabo, apesar de
como um sacerdote negligente. Indique a D. Brísida Vaz é cafetina (alcoviteira), ou seja, alegóricas, não estabelecem a divisão mani-
alternativa cujo conteúdo não se presta a dona de prostíbulo. ( ) queísta do mundo entre o Bem e o Mal. ( )
caracterizar, na referida peça, os erros E. O Corregedor representa a reta Justiça, P. As personagens comparecem nesta peça de
cometidos pelo clero. praticada por ele em vida. ( ) Gil Vicente com o perfil que apresentavam na
a) Não cumprir os votos de celibato, mantendo F. O Diabo é o capitão da Barca do Inferno. É terra, porém apenas o Onzeneiro e o Parvo
a concubina Florença. dissimulado e irônico. ( ) portam os instrumentos de sua culpa. ( )
b) Entregar-se a práticas mundanas, como a G. O Anjo é o capitão da Barca do Céu. É Q. Gil Vicente traça um quadro crítico da
dança. brincalhão e flexível. ( ) sociedade portuguesa da época, porém poupa,
c) Praticar esgrima e usar armamentos de H. As personagens são caricaturas de tipos por questões ideológicas e políticas, a Igreja e
guerra, proibidos aos clérigos. sociais. ( ) a Nobreza. ( )
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Módulos Linguagem poética: poesia lírica /


PORTUGUÊS 5e6
F2Auto da Barca do Inferno: episódio do Corregedor
Exercícios Complementares no Portal Objetivo PORT1M153 e PORT1M154
O texto seguinte é um poema de Fernando 3 Releia o poema e depois distribua adequa- 4 No texto 1, todas as linhas apresentam o
Pessoa, sem a divisão em versos: damente, entre o gato e o eu que fala no poema mesmo número de sílabas métricas?
(o eu lírico), as seguintes qualificações: pen-
Gato que brincas na rua como se fosse na sante, instintivo, dividido, integrado, adaptado, 5 No texto 1, os finais de linha são rimados?
cama, invejo a sorte que é tua, porque nem desadaptado, satisfeito, insatisfeito.
sorte se chama. Bom servo das leis fatais que Gato: ________________________________ 6 Leia o texto em voz alta, prestando atenção
regem pedras e gentes, que tens instintos gerais Eu lírico: _____________________________ ao ritmo. O que justificaria a passagem de uma
e sentes só o que sentes, és feliz porque és linha para outra?
assim, todo o nada que és é teu. Eu vejo-me e Leia os textos 1 e 2 para responder às questões
estou sem mim, conheço-me e não sou eu. de 4 a 9. 7 No texto 2, todos os versos apresentam o
mesmo número de sílabas métricas?
Texto 1
1 Considerando que os versos são heptas-
sílabos (têm 7 sílabas métricas), separe, no 8 No texto 2, os versos são rimados?
Uma moça vai descalça para a fonte:
texto acima, um verso do outro. (Use uma barra
( / ) para separá-los.)
É Leonor, que vai pelo mato 9 Quiasmo é uma figura que consiste na
tão bonita, mas nem por isso orgulhosa. repetição simétrica, distribuindo-se as palavras
em cruz, em X. Exemplo:
2 Pelo número de versos e pela mudança Texto 2
das rimas, você pode distinguir as três No meio do caminho tinha uma pedra
estrofes do poema. Separe-as, levando em Descalça vai para a fonte Tinha uma pedra no meio do caminho.
conta que cada uma delas conta com duas Lianor, pela verdura: Leonor (C. D. de Andrade)
rimas. (Use duas barras ( // ) para separar uma vai fermosa e não segura. formosa
estrofe da outra.) (Luís de Camões) Indique esse tipo de inversão no texto 2.

No Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente apre- Tod. Busco honra3 muito grande. 1 – Delas: nenhuma delas.
senta uma série de personagens alegóricas. No Nin. E eu virtude, que Deos mande. 2 – Por quão bom é porfiar: pois batalhar é muito bom.
Auto da Lusitânia, outra peça de sua autoria, que tope co’ela já. 3 – Honra: status, prestígio social.
4 – Outra adição nos acude: outro acréscimo se apre-
ele também apresenta personagens alegóricas: Ber. Outra adição nos acude4:
senta.
Todo-o-Mundo e Ninguém. escreve logo i a fundo, 5 – Em extremo grado: em grau máximo.
Além de Todo-o-Mundo e Ninguém, parti- que busca honra Todo-o-Mundo 6 – Folgo: gosto.
cipam da cena dois diabos, Berzebu e Dinato. e Ninguém busca virtude. 7 – Nasceu comigo: é inato em mim.
Dinato é auxiliar de Berzebu e escreve o que
este lhe dita: Nin. Buscas outro mor bem qu’esse? maior 1 Por que se pode dizer que Todo-o-Mundo e
Tod. Busco mais quem me louvasse Ninguém são personagens alegóricas?
Nin. Que andas tu i buscando? aí tudo quanto eu fizesse.
Tod. Mil cousas ando a buscar; Nin. E eu quem me repreendesse 2 O que Todo-o-Mundo representa?
delas1 não posso achar, em cada cousa que errasse.
porém ando porfiando, batalhando Ber. Escreve mais. 3 O que Ninguém representa?
por quão bom é porfiar.2 Din. Que tens sabido?
Nin. Como hás nome, cavaleiro? Ber. Que quer, em extremo grado5, 4 Quais são os aspectos denunciados no
Tod. Eu hei nome Todo-o-Mundo Todo-o-Mundo ser louvado comportamento de Todo-o-Mundo, ou seja,
e meu tempo todo inteiro e Ninguém ser repreendido. quais são suas características?
sempre é buscar dinheiro (...)
e sempre nisto me fundo. baseio 5 Todo-o-Mundo, em inglês Everyman, é
Tod. Folgo6 muito d’enganhar personagem frequente, na Idade Média, em
Nin. Eu hei nome Ninguém e mentir nasceu comigo7. representações teatrais de fundo moral. Isso
e busco a consciência. Nin. Eu sempre verdade digo, indica que Gil Vicente estava ligado à tradição
Ber. Esta é boa experiência! sem nunca me desviar. do teatro clássico ou, ao contrário, que ele não
Dinato, escreve isto bem. Ber. Ora escreve lá, compadre,
se ligava a essa tradição? Explique.
Din. Que escreverei, companheiro? não sejas tu preguiçoso!
Ber. Que Ninguém busca consciência Din. Quê?
6 Qual o papel que os dois diabos, Berzebu e
e Todo-o-Mundo dinheiro. Ber. Que Todo-o-Mundo é mentiroso
Dinato, têm na cena?
Nin. E agora, que buscas lá? e Ninguém diz a verdade.

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Módulos no Portal Objetivo PORT1M155 e PORT1M156


7e8 – Linguagem comum e poética / Canção popular e eu lírico
Identifique, nos versos seguintes, o número de 2 Dai-me uma fúria grande e sonorosa, 3 Meu canto de morte,
sílabas métricas e o esquema de rimas. E não de agreste avena ou frauta ruda, Guerreiros, ouvi:
Mas de tuba canora e belicosa, Sou filho das selvas
1 Desesperança das desesperanças... Que o peito acende e a cor ao gesto muda; Nas selvas cresci,
Última e triste luz de uma alma em treva... Dai-me igual canto aos feitos da famosa Guerreiros descendo
— A vida é um sonho vão que a vida leva Gente vossa, que a Marte tanto ajuda: Da tribo Tupi.
Cheio de dores tristemente mansas. Que se espalhe e se cante no Universo (Gonçalves Dias)
(Vinícius de Moraes) Se tão sublime preço cabe em verso.
(Camões) Número de sílabas métricas: _____________.
Número de sílabas métricas: _____________.
Número de sílabas métricas: ______________. Esquema de rimas: ____________________
Esquema de rimas: ____________________ ____________________________ .
_____________________________ . Esquema de rimas: ______________________
___________________________ .

Leia o texto seguinte e faça a associação com os novas formas de expressão exigidas pela A laranjeira tem no fruto lindo
fragmentos transcritos. reforma literária então realizada. Esse é A cor que tinha Dafne nos cabelos. ninfa
chamado o período clássico da literatura [(mitol. grega)
HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA portuguesa. As obras então produzidas se Encosta-se no chão, que está caindo, porque
afastam grandemente dos moldes medievais. O A cidreira c’os pesos amarelos;
Surgimento da língua portuguesa português clássico é muito mais próximo do Os fermosos limões ali cheirando,
A língua portuguesa nasceu do esfacela- português contemporâneo, ao passo que o Estão virgíneas tetas imitando.
mento da língua latina, que era imposta a todos português arcaico pode parecer outra língua a
os povos bárbaros dominados pelo Império leitores desprevenidos. 2( )
Romano. Quando esses povos se libertaram do Joaquim Prestes berrava, fulo de raiva. O
poder romano, a tendência do latim foi partir- Português moderno vigia que fosse tratar das vacas, deixasse de
se, esfacelar-se em cada região da Europa. As formas clássicas da língua foram-se mo- invencionice. Não pagava cachaça pra
Entregue a si mesmo e à corrupção da pronún- dificando, mas mantiveram-se reconhecíveis ninguém não, seus imprestáveis! Não estava
cia e das formas gramaticais, o latim se foi até o século XIX, quando a reforma romântica pra alimentar manha de cachaceiro!
transformando noutras línguas, chamadas hoje iria alterar vários aspectos da língua literária,
línguas neolatinas ou românicas. Certas pala- tornando-a mais próxima da língua falada. A 3( )
vras latinas deram origem a mais de uma partir do Romantismo, e sobretudo do Realis- Pois nossas madres van a San Simion mães
palavra noutras línguas. Por exemplo, o latim mo, que veio logo a seguir, podemos dizer que De Val de Prados candeas queimar, velas
persicum deu pérsico em português, mas se inicia, na literatura, o português tal como ele Nós, as meninhas, punhemos d’andar meninas –
também deu pêssego e Pérsio. é hoje corrente em suas modalidades cultas. [vamos
Con nossas madres, e elas enton
Português arcaico Português contemporâneo (Brasil) Queimen candeas por nós e por sí,
A língua portuguesa, saída do latim, só No Brasil, os padrões seguidos foram pre- E nós, meninhas, bailaremos i. aí, lá
começou a firmar-se na Alta Idade Média. E a dominantemente os portugueses. Os autores 4( )
poesia que ela primeiro deu à luz foi românticos brasileiros foram os primeiros a se Entre meia-noite e uma hora, Pestana
predominantemente lírica. Inicia-se com essa preocupar em trazer para a literatura elementos pouco mais fez que estar à janela e olhar para
lírica a primeira “escola literária” da língua próprios do português do Brasil, já naquela as estrelas, entrar e olhar para os retratos. De
portuguesa. Essa “escola literária” é chamada época bastante diferenciado do de Portugal. quando em quando ia ao piano e, de pé, dava
Trovadorismo. Mas foram os modernistas, no século XX, que uns golpes soltos no teclado, como se procu-
No período do Trovadorismo, a língua decididamente abandonaram os padrões lusi- rasse algum pensamento; mas o pensamento
portuguesa encontrava-se em sua fase chamada tanos da língua e empreenderam um amplo não aparecia e ele voltava a encostar-se à
arcaica, notavelmente diferente do português “abrasileiramento” da língua literária. janela.
moderno.
A) Português arcaico 5( )
Português clássico B) Português clássico Mui pouco dormio o Meestre aquela noite,
É somente no século XVI, com o C) Português moderno nem as gentes da cidade, como dissemos; mas
movimento cultural conhecido como D) Português contemporâneo (Brasil) como foi alta manhãa bem cedo, ouvio sua
Renascimento, que a língua assume suas missa, e veosse [= veio] aa ribeira com muitos
feições modernas. Em boa parte, isso se deveu 1( ) que o aguardavom, pera armar os navios e
ao trabalho de grandes escritores, sobretudo Mil árvores estão ao céu subindo, barcas com que avia de acorrer aa frota.
Camões, que enriqueceram o português com as Com pomos odoríferos e belos; perfumados

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Módulos
PORTUGUÊS 9 e 10
Trovadorismo: cantiga de amigo / Cantiga folclórica
F2

Exercícios Complementares no Portal Objetivo PORT1M157 e PORT1M158


Leia o texto a seguir e preencha as lacunas das presente na poesia de fundo folclórico, como é 1 As cantigas de amigo apresentam eu lírico
questões de 1 a 5. o caso das cantigas de amigo, corresponde a __________________, embora tenham sido
uma estrutura em que os versos se repetem de escritas por _________________________ .
CANTIGAS DE AMIGO forma metódica, com pequena alteração nas
palavras finais, correspondentes à rima. Ao 2 Essa modalidade poética tem origem
Os trovadores galego-portugueses se lado dessas repetições com variação, há o _______________________ e resulta de uma
dedicaram a um tipo de composição lírica elaboração culta de cantigas tradicionais.
refrão, que consiste num verso (ou versos) que
chamada cantiga de amigo. Estas são canções se repete(m) sem variação alguma (imagina-se
originárias da Península Ibérica; elas não 3 A presença de elementos da ___________
que houvesse dança associada a esse canto de ___________________ é um dos componentes
provêm da tradição do trovadorismo provençal. fórmulas fortemente rítmicas). das cantigas de amigo.
Nas cantigas de amigo, em primeiro lugar, o
emissor, o eu lírico, é uma mulher. Isso, eviden-
Caráter popular 4 O que é o refrão?
temente, não quer dizer que os poemas eram
Outra característica importante das cantigas
compostos por mulheres. Os poetas eram os 5 O que é paralelismo?
mesmos que compunham as cantigas de amor, de amigo é o seu ambiente popular. Essas
cantigas põem em cena uma moça do povo, que
com a diferença de que, nas cantigas de amigo, Texto para as questões 6 e 7.
eles fingiam um eu lírico feminino (como pode estar acompanhada de sua mãe ou de suas
vimos em aulas anteriores, Fernando Pessoa já amigas, e que canta seu amor pelo namorado, o Aquestas noites tan longas,
disse que “o poeta é um fingidor”). Outro traço amigo (notemos que essa palavra tem a raiz que Deos fez en grave dia,
am-, que se encontra no verbo amar). por mi, por que as non dórmio
da cantiga de amigo é a inclusão de elementos
e por que as non fazia
da natureza, como as flores, as ondas do mar, as
no tempo en que meu amigo
fontes etc. Origem folclórica soia falar comigo? costumava
Uma característica formal importante, que As cantigas de amigo, com efeito, des-
se deve à origem popular dessas composições, cendem do ambiente popular que elas refletem, 6 Que diz a moça nos versos acima?
é o esquema de repetições com variação, pois são adaptações cultas de antigas tradições
chamado paralelismo. O paralelismo, muito populares da Península Ibérica. 7 A moça se mostra conformada? Explique.

Leia o texto seguinte e indique, nos fragmentos 1 Levad’, amigo que dormide-las frias
de 1 a 5, o tipo de cantiga de amigo que cada Ondas do mar de Vigo [manhanas;
um representa. Se vistes meu amigo todalas aves do mundo d’amor cantavan.
E ai Deus, se verrá cedo. Leda mh and’eu.
Tipos de cantiga de amigo
Ondas do mar levado _____________________
As cantigas de amigo costumam ser
classificadas segundo as situações que Se vistes meu amado
representam: nas marinhas, a moça fala de E ai Deus, se verrá cedo. 4
banho de mar (boa ocasião para encontrar o _______________________ Bailemos nós já todas três, ai amigas,
amigo, pois as pessoas se banhavam nuas — so aquestas avelaneiras frolidas,
daí o nome que se dava a tais banhos: banhos 2 e quem for velida como nós, velidas,
d’amor), ou então reclama do mar, que levou Non chegou, madr’, o meu amigo se amigo amar,
seu amigo (normalmente para a guerra) e não e oj’est’ o prazo saido, so aquestas avelaneiras frolidas
o devolve (essas cantigas podem também ser Ai madre, moiro d’amor! morro verrá bailar.
chamadas barcarolas e em muitas delas a ______________________
moça se dirige às barcas que deviam trazer Non chegou, madr’, o meu amado
seu amigo de volta); nas bailias, a moça
e oj’ est’o prazo passado, 5
convida as amigas para a dança (que,
Ai madre, moiro d’amor! Ai flores, ai flores do verde pinho,
evidentemente, incluía os amigos); nas albas,
E oj’est’o prazo saido Se sabedes novas do meu amigo,
a moça, que passou a noite com o amigo,
por que mentio o desmentido, Ai, Deus, e u é?
lamenta o alvorecer (a alba), que a separará
do amante; nas dialogadas, a moça conversa Ai madre, moiro d’amor’.
com a mãe ou com as amigas, sempre a ______________________ (...)
respeito do amigo; nas cantigas de romaria,
a moça conclama as amigas a irem em 3 —Vós me preguntades polo voss’amigo?
peregrinação a uma igreja, e lá, enquanto as Levad’, amigo que dormides as manhanas frias; E eu ben vos digo que é san’e vivo:
mães estiverem rezando, elas, as moças, irão todalas aves do mundo d’amor dizian. Ai, Deus, e u é?
encontrar os amigos. Leda mh and’eu. alegre ______________________

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Módulos no Portal Objetivo PORT1M159 e PORT1M160


11 e 12 – Canção popular e tradição folclórica / Canção popular e tradição culta
Texto para as questões de 1 a 3. Texto para as questões de 4 a 7. 5 A moça demonstra arrependimento? Justi-
fique.
Ai flores, ai flores do verde pinho, Pela ribeira do rio salido1
Se sabedes novas do meu amigo, trebelhei2, madre3, con meu amigo: 6 O poema acima apresenta estrutura para-
Ai, Deus, e u é? onde amor hei migo, que non houvesse4; lelística. Explique em que consiste o parale-
fiz por amigo que non fezesse5. lismo presente nos dois primeiros versos de
Ai flores, ai flores do verde ramo,
cada estrofe.
Se sabedes novas do meu amado,
Pela ribeira do rio levado6
Ai, Deus, e u é?
(Dom Dinis)
trebelhei, madre, con meu amado: 7 Qual é o refrão?
amor hei migo, que non houvesse,
1 O eu lírico é um homem ou uma mulher? O
fiz por amigo que non fezesse. 8 A cantiga “Teresinha de Jesus” e a canção
(Joan Zorro) “Teresinha”, ambas estudadas em sala de aula,
que permite chegar a essa conclusão?
nos módulos 10 e 11, respectivamente, têm
1 – Salido: alto. 2 – Trebelhei: “brinquei”, namorei.
2 Examine a estrutura dos versos. Qual é o todos os seguintes elementos em comum,
3 – Madre: mãe. 4 – Hei migo, que non houvesse: menos um:
refrão, isto é, o verso que se repete sem varia-
tenho comigo, antes não tivesse. 5 – Que non fezesse: a) o tema em torno da escolha amorosa.
ção alguma?
o que não deveria fazer. 6 – Levado: elevado. b) o verso curto (redondilho maior).
3 Observe que os versos se repetem de forma c) o eu lírico masculino.
metódica, com pequenas alterações. Em que 4 Explique, com suas palavras, as três coisas d) três figuras masculinas.
consistem essas alterações? que diz a moça a sua mãe na cantiga acima. e) a escolha pelo terceiro homem.

Texto para o teste 1. c) na lírica trovadoresca, essa modalidade de 1 – Pierrô: personagem da comédia italiana que se
cantiga caracteriza-se por conter a confissão vestia de casaco e calça muito amplos e de grande
Se eu podess’ora meu coraçon, amorosa da mulher, que lamenta a ausência do gola franzida; fantasia de carnaval inspirada em
Senhor1, forçar e poder-vos dizer namorado que viajou e a abandonou.
Pierrô.
quanta coita2 mi fazedes sofrer d) o trovador se coloca no lugar da mulher que
2 – Colombina: personagem namoradeira, alegre,
por vós, cuid’eu, assi Deus mi perdon, fútil e bela que, na comédia italiana, era companheira
sofre com a partida do amado e confessa seus de Pierrô; fantasia de carnaval inspirada em
que haveríades doo de mi. dó
sentimentos a um confidente (mãe, amiga ou Colombina.
algum elemento da natureza).
Ca, senhor, pero me fazedes mal porque
e) o eu lírico é um homem apaixonado que
e mi nunca quisestes fazer bem, 2 (ETEC-SP) – Assinale a alternativa com
sofre e se coloca na posição de servo da
se soubéssedes quanto mal mi vem
“senhor”; a mulher (ou o seu amor) é vista interpretação válida para o texto.
por vós, cuid’eu, par Deus que pod’e val,
como algo inatingível, aspecto que confere à a) Trata-se de mais uma história em que as
que haveríades doo de mi.
cantiga de amor um tom lamentativo. personagens principais viveram felizes para
E, pero mi havedes gran desamor, sempre.
se soubéssedes quanto mal levei b) Retrata-se o primeiro carnaval de Pierrô e
e quanta coita, des que vos amei, Texto para os testes 2 e 3. Colombina.
por vós, cuid’eu, per bõa fé, senhor, c) O enredo acontece durante o desfile de
que haveríades doo de mi. Vila Esperança / Foi lá que eu passei / O meu carnaval de uma grande escola de samba – Vila
primeiro carnaval. Esperança.
E mal seria se nom foss’assi. Vila Esperança / Foi lá que eu conheci /
d) Insinua-se que o primeiro amor acontece
(D. Dinis. In Portal Galego da Língua: Maria Rosa, meu primeiro amor.
incondicionalmente no primeiro carnaval.
Cantigas trovadorescas. Como fui feliz naquele fevereiro / Pois tudo
e) É a história particular de um encontro
Disponível em: http://agalgz.org) para mim era primeiro /
amoroso na vida de um jovem durante seu
Primeira rosa / Primeira esperança /
1 – Senhor: senhora. 2 – Coita: sofrimento de amor. Primeiro carnaval / Primeiro amor-criança. primeiro carnaval.
Na volta do salão ela me olhou / Eu envolvi
1 (UFPA-PA) – Considerando-se que o texto seu corpo em serpentina /
transcrito é uma cantiga de amor, é correto afir- E tive a alegria que tem todo pierrô1 / Ao ver 3 Considerando o texto em análise e o
mar, sobre esse tipo de produção poética, que que conquistou sua colombina2. significado que algumas palavras e expressões
a) o trovador, de acordo com as regras do amor O carnaval passou, levou a minha Rosa / nele adquirem, assinale o trecho cuja lingua-
cortês, ao cantar a alegria de amar, na cantiga Levou minha esperança, gem seja denotativa.
de amor, revela em seus poemas o nome da Levou o amor-criança / Levou minha alegria,
mulher amada. a) “Na volta do salão ela me olhou.”
levou a fantasia / b) “E tive a alegria que tem todo Pierrô.”
b) o homem, nesse tipo de composição poéti-
Levou meu carnaval e / Só deixou uma c) “Ao ver que conquistou sua Colombina.”
ca, nutre esperanças de um dia conquistar a
lembrança.
mulher amada, que, mesmo sendo imperfeita, d) “Amor-criança.”
é objeto de desejo. (Adoniran Barbosa, marcha de carnaval) e) “Levou meu carnaval.”

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Módulos Trovadorismo: cantiga de amor /


PORTUGUÊS 13 e 14
F2 Trovadorismo e cancioneiro popular: sátira
Exercícios Complementares no Portal Objetivo PORT1M161 e PORT1M162
Texto para as questões de 1 a 7. 1 Reescreva, em prosa, a primeira estrofe do Textos para a questão 8.
poema. Texto 1
Estes meus olhos nunca perderán, perderão
senhor, gran coita, mentr’eu vivo for; enquanto 2 Qual o paradoxo (o contrassenso, a contra- A dona que eu am’e tenho por senhor’1
e direi-vos, fremosa mia senhor, amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for2,
dição) que o poeta aponta no comportamento
destes meus olhos a coita que han: hão (têm) se non dade-me a morte.
choran e cegan quand’alguen non veen1, de seus olhos e qual a explicação desse para- A que tenh´eu por lume destes olhos meus
e ora cegan por alguen que veen. doxo? e por que choram sempre amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.
Guisado teen de nunca perder2 3 Você diria que na segunda e na terceira 1 – Senhor’: senhora. 2 – Se vos en prazer for: se
meus olhos coita e meu coraçon, estrofe o poeta desenvolve o conteúdo da pri- tiverdes prazer nisso.
e estas coitas, senhor, mias son, minhas meira ou que ele o repete, com pequenas Texto 2
mais os meus olhos, por alguen veer, mas variações? Por quê?
choran e cegan quand’alguen non veen, Levad´1, amigo, que dormides as manhãas frias;
e ora cegan por alguen que veen. todalas aves do mundo d´amor dizian:
4 O que há de estranho na construção direi-
leda2 m´and´eu!
E nunca já poderei haver ben3, vos? Em que o português moderno difere, (...)
pois que amor já non quer nem quer Deus; quanto a isso, do português arcaico? Todalas aves do mundo d´amor dizian;
mais os cativos destes olhos meus do meu amor e do voss´en ment´avian3:
morrerán sempre por veer alguen: 5 Por que o poema transcrito é chamado leda m´and´eu!
choran e cegan quand’ alguen non veen, cantiga de amor? 1 – Levad´: levantai. 2 – Leda: contente.
e ora cegan por alguen que veen.
3 – En ment´avian: traziam na mente.
(Joan Garcia de Guilhade, séc. XIII)
6 Como se chamam os dois versos que se
8 Os textos anteriores pertencem a uma
repetem, sem variação, no fim das estrofes?
1 – Veen: veem. cantiga de amor e a uma cantiga de amigo,
2 – Guisado teen de nunca perder: [Meus olhos e respectivamente. Caracterize as duas modali-
meu coração] têm o hábito de nunca sofrer por amor. 7 Transcreva o refrão da cantiga de amor dades poéticas, apresentando trechos dos textos
3 – Haver ben: ter felicidade, recompensa amorosa. apresentada. que exemplifiquem sua caracterização.

Leia o texto a seguir e preencha as lacunas das de Castela e de Leão, chamado “o sábio”, é denominam-se cantigas de _______________
questões de 1 a 4. responsável por uma grande coleção de poemas _____________________.
religiosos (as Cantigas de Santa Maria, que, ao
CANTIGAS SATÍRICAS lado de umas poucas cantigas de amor, são os 4 Assim como as cantigas de amor, as can-
únicos poemas medievais em português de que tigas satíricas portuguesas têm sua origem na
Além das cantigas líricas (as de amor e de nos sobrou a música); escreveu também belas e poesia dos trovadores da ________________.
amigo), os trovadores galego-portugueses refinadas cantigas de amor e de amigo; além
compuseram brilhantes poemas satíricos: as Texto para o teste 5.
disso, é autor de algumas das mais brutais, das
cantigas de escárnio e de maldizer. Cantigas mais chocantes composições satíricas da época. SENHOR FEUDAL
de escárnio eram chamadas as sátiras indiretas, Nessas canções satíricas, os trovadores
em que os termos eram menos pesados e as ridicularizam prostitutas, atacam homos- Se Pedro Segundo
pessoas satirizadas não eram nomeadas. Já as sexuais, contam casos escabrosos sobre a vida Vier aqui
cantigas de maldizer incluíam termos sexual de padres e freiras, invectivam os ricos, Com história
grosseiros (os palavrões eram frequentes, e é chegando até (por sinal num poema de D. Eu boto ele na cadeia.
curioso notar que a maioria deles pouco mudou Afonso X) a narrar um caso gritante de incesto (Oswald de Andrade, século XX)
do século XIII até hoje) e muitas vezes vinham entre mãe e filho.
explícitos os nomes das pessoas atacadas. 5 Comparando (A) o poema do modernista
Assim como as cantigas de amor procediam 1 O gênero satírico, no trovadorismo portu- Oswald de Andrade com (B) a cantiga de amor
das canções provençais de tema amoroso, as guês, tem expressão em dois tipos de poesia: as analisada no módulo anterior (“Estes meus
cantigas satíricas também provinham de cantigas de _________________ e as cantigas olhos nunca perderán”), observamos todos os
modelos elaborados pelos trovadores da de __________________ . seguintes pares de contrastes, menos um:
Provença. Mas os portugueses se mostraram,
nesse gênero, bastante originais, e não é 2 As composições que constituíam sátiras a) (A) humor versus (B) gravidade (seriedade).
exagero dizer que eles foram dos maiores diretas, muitas vezes com os nomes das pessoas b) (A) linguagem coloquial versus (B) lingua-
artistas do xingamento em verso. Alguns dos visadas, escritas em linguagem muito livre, car- gem elevada.
poetas que compuseram as mais tocantes e regadas de obscenidades e palavrões, denomi- c) (A) linguagem concisa versus (B) lingua-
delicadas cantigas de tema amoroso foram, nam-se cantigas de _____________________. gem hiperbólica.
também, os autores de algumas das mais d) (A) tema prosaico versus (B) tema religioso.
violentas e desbocadas cantigas satíricas que se 3 As sátiras indiretas, vazadas em linguagem e) (A) irregularidade métrica versus (B) regu-
conhecem. Um exemplo: o rei D. Afonso X, rei cheia de duplos sentidos e malícia encoberta, laridade métrica.

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Módulos no Portal Objetivo PORT1M163 e PORT1M164


15 e 16 – Trovadorismo: cantiga de escárnio / Trovadorismo e sátira moral
Texto para as questões de 1 a 3. Na boa, na minha, Texto para a questão 4.
NÃO ENCHE Eu vou viver dez,
Ai dona fea! Foste-vos queixar.
Eu vou viver cem,
Me larga, não enche Que vos nunca louv´en1 meu trobar2
Eu vou vou viver mil,
Você não entende nada e eu não vou te fazer Mais ora quero fazer un cantar
Eu vou viver sem você.
[entender En que vos loarei toda via3;
(Caetano Veloso) E vedes como vos quero loar:
Me encara, de frente
(...) Dona fea, velha e sandia4!
1 – Harpia: na mitologia grega, monstro com cabeça
Me deixa cantar, me deixa cantar, me deixa cantar, (Joan Garcia de Guilhade)
de mulher, corpo de pássaro e garras muito afiadas;
[me deixa cantar em sentido figurado: mulher má; megera. 1 – Louv´en: louvo. 2 – Trobar: trovar. 3 – Loarei
Eu vou 2 – Axé: força. toda via: louvarei completamente. 4 – Sandia: louca.
Clarificar 3 – “Dia D” é uma expressão de origem bélica, mi-
A minha voz litar, e se refere ao dia determinado para a execução 4 Aponte três elementos comuns entre a letra
Gritando: nada mais de nós! ou o início de uma operação. Um dos Dias D mais de Caetano Veloso e a cantiga de Joan Garcia
Mando meu bando anunciar famosos da história militar foi 6 de junho de 1944 — de Guilhade.
Vou me livrar de você o dia em que a Batalha da Normandia começou —,
Harpia1, aranha! iniciando-se a libertação do continente Europeu da 5 (MODELO ENEM) – Na cantiga satírica
Sabedoria de rapina e de enredar, de enredar
ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. analisada em sala de aula (“Ũa dona, non
Perua, piranha,
digu’eu qual”), no verso 17 (“E diss’o corvo:
Minha energia é que mantém você suspensa 1 Qual o teor geral dessa letra de Caetano — Quá, acá”) temos a fala do corvo: “— Quá,
[no ar
Veloso? Comente. acá.” Assinale a alternativa que identifica
Pra rua! se manda!
Sai do meu sangue, sanguessuga, que só sabe corretamente a figura de linguagem contida na
[sugar 2 Considerando a flexão dos adjetivos utiliza- fala da ave.
Pirata, malandra! dos pelo eu lírico, responda: ele se dirige a um a) metáfora. b) ironia.
Me deixa gozar, me deixa gozar, me deixa gozar, homem ou a uma mulher? Justifique sua res- c) comparação. d) onomatopeia.
[me deixa gozar posta. e) catacrese.

6 Sobre o mesmo verso, se notarmos que um


Vagaba, vampira! 3 Todas as alternativas a seguir contêm expres-
O velho esquema desmorona desta vez pra valer corvo, tomado no sentido denotativo da palavra
são ou forma coloquial, exceto:
Tarada, mesquinha! corvo, fala a uma mulher, podemos dizer que
a) “Pra rua! se manda!” há no verso uma segunda figura de linguagem.
Pensa que é a dona e eu lhe pergunto: quem lhe
[deu tanto axé2? b) “Na boa.” Essa figura é a
À toa, vadia! c) “Me larga, não enche.” a) metáfora. b) personificação.
Começa uma outra história aqui na luz deste d) “Eu vou viver sem você.” c) comparação. d) sinestesia.
[“dia D”3 e) “Me encara de frente.” e) ironia.

O texto seguinte é um trecho da peça O Velho V. E a isso M. Vossa alma não é lembrada [tivesse raptado
da Horta, de Gil Vicente. O tema da peça é o vindes vós, meu paraíso, que vos despede esta vida?
amor de um homem idoso – possuidor de uma minha senhora, e não al? não por outro V. Vós sois minha despedida,
[motivo? minha morte antecipada.
horta e rico – por uma jovem bela e bem mais
V. Ó meus olhinhos garridos! graciosos M. Que galante!
moça.
Minha rosa! meu arminho! branca e macia V. Ó Fortuna triunfante! Destino
Entra a moça na horta e diz o M. Jesu! Jesu! que coisa é essa? Quem meteu um velho amante apaixonado
e que prática tão avessa conversa com menina!
Velho Senhora, benza-vos Deus. da razão!
Falai, falai doutra maneira:
Moça Deus vos mantenha, Senhor. 1 Por que se pode dizer que O Velho da
V. Onde se criou tal flor? mandai-me dar a hortaliça.
Horta é uma sátira? Trata-se de sátira de
Eu diria que nos céus! V. Grã fogo d’amor m’atiça,
alcance social ou puramente individual? Você
ó minh’alma verdadeira!
M. Mas no chão. conhece alguma obra atual que trate do
M. E essa tosse?
V. Pois damas se acharão mesmo tema?
Amores de sobreposse postiços
que não são vosso sapato.
serão os da vossa idade:
M. Ai! como isso é tão vão
o tempo vos tirou a posse. energia
e como as lisonjas são V. Mais amo que se moço fosse 2 Pode-se dizer que há, em O Velho da
de barato! com a metade. metade da idade Horta, um aspecto de sátira metalinguística,
literária, quando se considera a linguagem em
V. Que buscais vós cá, donzela, M. E qual será a desastrada azarada que o Velho faz suas declarações à Moça.
senhora, meu coração? que atende em vosso amor? atenta, “dá bola” Explique.
M. Vinha ao vosso hortelão V. Ó minh’alma e minha dor,
por cheiros para a panela. temperos quem vos tivesse furtada! tomara eu vos

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