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o Localização
O Distrito Federal é uma das 27 unidades federativas do Brasil e está localizado na
região Centro-Oeste do País. O Distrito Federal é uma unidade federativa diferente das
demais, pois não é um estado, nem município. É, na realidade, um território autônomo,
dividido em regiões administrativas, cujos administradores são indicados
pelo Governador, sendo constitucionalmente vedada a existência de municípios no
interior do Distrito Federal.
O Distrito Federal possui uma área de 5.184 km2 estâ dividido em 31 regiões
administrativas, sendo Brasília a capital federal do Brasil e sede do governo do Distrito
Federal. O Distrito Federal está situado dentro do estado de Goiás e faz fronteira com
Minas Gerais como mostrado na Figura 1.
Figura 1 – Localização de Brasília
o Relevo
O Distrito Federal, localizado no Planalto Central do Brasil e o relevo constitui-se de
planaltos, planícies e várzeas, caracterizando o cerrado. Em geral o relevo é plano, com
suaves ondulações, com altitude variando entre 600 e 1 100 metros do nível do mar e
sendo o ponto mais alto o Pico do Roncador, com 1 341 metros, localizado na Serra do
Sobradinho.
Localiza-se na chamada Província Hidrogeológica do Escudo Central que inclui
parcialmente a Faixa de Dobramentos Brasília.
o Hidrografia
No Distrito Federal localizam-se as cabeceiras de afluentes de três dos maiores rios
brasileiros - o Rio Maranhão (afluente do Rio Tocantins), o Rio Preto (afluente do Rio
São Francisco) e os rios São Bartolomeu e Descoberto (tributários do Rio Paraná). O
território do Distrito Federal está situado em um alto regional que não apresenta grandes
drenagens superficiais, sendo um divisor natural de três grandes bacias hidrográficas. Por
isso, as águas subterrâneas têm função estratégica na manutenção de vazões dos cursos
superficiais e no abastecimento de núcleos rurais, urbanos e condomínios.
o Vegetação
A vegetação do Distrito Federal, região de cerrado com condições ambientais como
pouca água, falta de umidade no ar e acidez no solo, adaptou-se e é composta
por árvores de galhos e caules grossos e retorcidos, distribuídos de uma forma esparsa,
onde também existem gramíneas, várias espécies de capins, que se desenvolvem
embaixo das árvores e umas espécies semi-arbustivas; a mata ciliar composta por
florestas estreitas e densas, formadas ao longo do leito dos rios e riachos, por
encontrarem solos mais férteis e com boa umidade, e os brejos, que são localizados nas
nascentes de água onde desenvolve-se em grandes proporções o buriti.
Ipês amarelo e roxo, pindaíba e óleo vermelho, pau-santo, gabiroba, o araçá e a
sucupira são algumas das plantas em evidência da região. O Distrito Federal durante os
meses de verão, é muito verde, porém, durante o inverno, o capim seca e praticamente
todas as árvores mudam suas folhagens, cada árvore ao seu tempo.
o Clima
O clima predominante no Distrito Federal é o tropical sazonal, com verão chuvoso e
quente e inverno frio e seco, com índices de umidade em torno de 68% no verão e em
25% no inverno.
o Temperatura e Preciptação
A temperatura média varia de 13º C até 27º C, com média anual em torno de 20º C
como pode ser visto na Figura 2. A média das precipitações anuais ficam entre 1 200 e 1
800 milímetros.
ESTRADAS
As Estradas podem ser construídas de pavimento rígido ou flexíveis. Seja de
asfalto ou de concreto, elas exigem a produção de uma estrutura de pavimento ligada,
iniciando com uma camada de base estável até uma camada de superfície precisamente
nivelada.
O pavimento utilizado deve ser capaz de resistir e transmitir esforços do tráfego,
melhorar o rolamento dos veículos e ter durabilidade ao desgaste. O solo é o material de
construção em estradas e deve ter suas carcterísticas e propriedades bem pesquisadas
durante a etapa de projeto. O índice de grupo (IG) e indices físicos (LL e IP), bem como
ensaios de carcterização são essenciais fornecerão os primeiros dados sobre os materiais,
sua utilização e dimensionamento. A classificação Transportation Research Board –TRB
é utilizada para fins de pavimentação.
Os materiais utilizados devem corresponder as funções desempenhadas por
camada do pavimento e o material deve provir de jazidas próximas com quantidade
suficiente.
o Base
A base é a camada estruturalmente mais importante, tem a função de resistir e
distribuir os esforços provenientes da ação do tráfego, atenuando a transmissão destes
esforços às camadas subjacentes. Os materiais utilizados devem ter resitência para atingir
a capacidade de carga desejada e absorver cargas de trânsito de forma que o subleito não
seja deformado.
o Sub-base
A sub-base é a camada utilizada para reduzir a espessura da base. Ela exerce as
mesmas funções da base, sendo complementar a esta. Basicamente, ela resiste às cargas
transmitidas pela base, drena infiltrações e controla a ascensão capilar da água, quando
for o caso.
o Reforço de subleito
O reforço de subleito é a camada necessária quando o subleito possui baixa
capacidade de carga. É também utilizada para redução da espessura da sub-base e possui
espessura constante. É construída acima da regularização e possui características técnicas
superiores ao material do subleito e inferiores ao material que vier acima.
o Regularização do Sub-leito
Camada com espessura variável executada quando se faz necessária a preparação
do subleito da estrada, para conformá-lo, transversal e longitudinalmente, com o projeto.
Pode não ocorrer em alguns trechos e deve ser executada sempre que possível em aterro.
o Sub-leito
O sub-leito é o terreno de fundação do pavimento, deve ter características de
resistência e contornar materiais moles e expansivos que podem comprometer o custo da
obra com soluções de melhoramento. Em geral apresentam-se com superfície irregular
sendo necessária sua regularização.
o Revestimento
Camada que recebe o tráfego diretamente. Deve ser impermeável e ter
durabilidade.
A Figura 3 apresenta os elementos que compõem um pavimento.
Figura 3 – Elementos de um pavimento
BARRAGEM
As barragens, entendidas como estrturas construídas com a capacidade de reter água,
qualquer outro líquido, rejeitos, detritos, para fins de armazenamento ou controle, variam
em tamanho desde pequenos maciços de terra, usados frequentemente em fazendas, a
enormes estruturas de concreto ou de aterro, geralmente usadas para fornecimento de
água, de energia hidrelétrica, para controle de cheias e para irrigação, além de diversas
outras finalidades.
As barragens foram inicialmente utilizadas no Brasil para solucionar problemas
relacionados a seca, posteriormente vieram as barragens destinadas à geração de energia.
Atualmente o país conta com cerca de 800 barragens localizadas principalmente na região
de semiárido.
Os materiais utilizados na construção das barragens devem conter características
geotécnicas em acordo com cada elemento da mesma. Além das características, é
necessário que as jazidas sejam relativamente próximas e tenham disponibilidade
suficiente de fornecimento do material.
As barragens podem ser classificadas em diferentes tipos, de acordo com o seu
objetivo, seu projeto hidráulico e os tipos de materiais empregados na sua construção.
Com isso, podem ser classificadas em barragens de concreto, de enrocamento e de terra.
As barragens de terra podem ser construídas para qualquer tipo de fundação, desde
rochas compactas até terrenos construídos de materiais inconsolidados. A barragem de
terra pode ser homogênea ou zonada, ou seja, construída com uma única espécie de
material que nesse caso necessita ser suficientemente impermeável e resistente, ou ser
feita com umnúcleo central impermeável envolvido por zonas de materiais mais
permeáveis que suportam e protegem o núcleo.
As barragens de enrocamento utilizam blocos de rocha de tamanho variável e uma
membrana impermeável na face da montante. Esse tipo de baaragem é utilizado quando
há excesso de rochas resistentes, escassez de materiais terrosos e concreto com custo
elevado. A escolha do tipo está relacionada principalmente às questões de segurança e de
custo da obra. Os materiais utilizados na construção de uma barragem devem estar
localizados o mais próximo possível do local da barragem. Esses materiais incluem: solos
(para os diques de terra), rocha (para do diques de enrocamento e proteção dos taludes),
agregado (para concreto, que inclui areia, cascalho natural e pedra britada), areia (para
filtros e concretos).
Em geral, os elementos que compõem uma barragem são:
o Taludes de montante e de jusante
O corpo da barragem a montante e jusante deve ter permeabilidade reduzida e
resistência ao cisalhamento, para garantir a estabilidade. O material não pode ser
dispersivo para que não ocorra carreamento da partículas a montante, formando caminhos
de fluxo e entupindo os filtros.
o Núcleo
Retém a água livre do reservatório da barragem. Localizado no centro ou a
montante do centro da barragem. O material deve ter estanqueidade e resistência, além de
não ser dispersivo.
o Cut-off
Uma construção impermeável por meio da qual a infiltração é reduzida ou
impedida de passar pelo material de fundação. O material deve ser impermeável,
resistenete e em geral, semelhante ao utilizado para o núcleo.
o Tapete Impermeável
Manta a montante colocada no piso de represamento e no aterro a montante para
evitar que a infiltração entre na barragem. O material deve ter estanqueidade e resistência
ao cisalhamento, além de não ser dispersivo.
o Filtros
Os filtros podem ser verticais ou inclinados. Eles fazem parte do sistema de
drenagem interna da barragem, garantindo que o fluxo atéa jusante, e devem impedir a
migração dos materiais do núcleo de grão fino para os poros dos materiais grossos
(granulometria adequada). Em geral utiliza-se areia natural para sua construção. O
material deve apresentar permeabilidade, que deve ser 10 vezes maior que a do núcleo, e
resistência ao cisalhamento.
o Ripi Rap
O rip-rap é uma camada de rochas ou fragmentos de rocha colocados sobre o
talude a montante de uma barragem de aterro, numa margem do reservatório, ou nos
lados de um canal como uma proteção contra a erosão e ação das ondas. Os projetos de
rip-rap prevêem a inclusão de uma ou mais camadas de transição entre as pedras e o
aterro. Quando se dispõe de enrocamento bem graduado pode-se construir o rip- rap sem
as camadas de transição. O material deve possuir alta resistência, durabilidade e alta
massa específica.
o Dreno de pé
A junção da face a jusante de uma barragem com a superfície natural do solo. O
material deve apresentar permeabilidade e resistência.
Em geral os materiais utilizados em barragens não devem conter características
expansivas e dispersivas, sujeitas a variação de volume e perdas de materiais por
carreamento (piping).
A Figura 4 apresenta um exemplo de seção de barragem zonada com os elementos
anteriormente citados.