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Aécio é hostilizado em local de

votação em Belo Horizonte
Candidato fez críticas ao PT e agradeceu a acolhida no estado

7.out.2018 às 17h49

   

Daniel Carvalho
Carolina Linhares

BRASÍLIA e BELO HORIZONTE O senador Aécio Neves


(PSDB), candidato a uma vaga de deputado federal por
Minas Gerais, foi hostilizado ao chegar para votar no fim
da tarde deste domingo (7) em uma escola na zona
centro-sul de Belo Horizonte.

Aécio chegou para votar pouco depois das 16h. Auxiliares


do senador estavam na Escola Estadual Governador
Milton Campos desde cedo aguardando diminuir a fila na
seção.
O senador Aécio Neves (PSDB), candidato a deputado federal por Minas
Gerais, foi hostilizado por eleitores ao chegar para votar em uma escola
no centro-sul de Belo Horizonte no fim da tarde deste domingo (7)
- Carolina Linhares/Folhapress

Assim que entrou no colégio, Aécio foi vaiado e


começaram os xingamentos. Ele foi hostilizado até
mesmo enquanto votava. Cheirador, ladrão, bandido,
safado, safadão, golpista, traidor e corrupto foram alguns
dos nomes dirigidos a ele.

Os eleitores cantaram uma marchinha de Carnaval


popular em Minas que associa Aécio ao senador Zezé
Perrella (MDB-MG) e ao consumo de cocaína.

Uma garrafa plástica de água foi atirada em direção ao


tucano. Um manifestante cuspiu duas vezes, mas não
atingiu o senador. Durante o tempo em que esteve na
escola, Aécio sorriu para os críticos.

"Vamos deixar as urnas abrirem, esta será a recepção


adequada. Isso é democracia. Vamos aguardar o
resultado das urnas. Estou muito feliz com a acolhida que
tive em todo o estado", disse Aécio.
Aécio foi saudado apenas por homens que o
acompanhavam e alguns poucos eleitores.

"É da democracia. Hoje está acontecendo isso no país


inteiro. Respeito muito as posições ao contrário, respeito
as posições a favor. É da democracia. É o que o país está
vivendo", afirmou o senador, antes de fazer críticas ao PT.

"Lamento apenas que, nas últimas eleições presidenciais,


tivemos uma eleição corrompida. Segundo o coordenador
da campanha de Dilma Rousseff, doutor Palocci, R$ 800
milhões do dinheiro da propina. Isso sim é um crime que
precisa ser investigado e punido", disse Aécio, referindo-
se à disputa que perdeu para Dilma em 2014.

Questionado sobre quem ele e o PSDB apoiariam no


segundo turno, desconversou.

"Estamos ainda no primeiro turno. Vamos aguardar. PT


jamais", afirmou.

Réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção


passiva e obstrução de Justiça, Aécio tornou-se um
problema para seu partido desde que foi gravado em
conversa com o empresário Joesley Batista, da JBS, em
que o senador pede R$ 2 milhões sob o pretexto de pagar
advogados.

Aécio fez uma campanha nas sombras, longe de


multidões e de jornalistas. O primeiro ato foi em uma
escondida fazenda em Teófilo Otoni, no norte de Minas, a
450 km de Belo Horizonte, que tinha um motel como
ponto de referência.

O mistério deu o tom até neste domingo. Ao contrário do


que acontece com qualquer político de relevância, nem
mesmo o horário de votação do tucano mineiro havia sido
divulgado.
O Aécio que disputou uma cadeira na Câmara dos
Deputados em nada lembrou o altivo senador que, desde
que foi derrotado por Dilma Rousseff (PT) na eleição
presidencial de 2014, estava sempre a postos para fazer
pronunciamentos, especialmente quando o alvo era o PT.

Segundo correligionários, Aécio pediu votos em contatos


por telefone, em pequenas reuniões e em aparições na
internet, onde, sem poder ser diretamente contestado,
falava sobre temas variados, sem qualquer relação com
política ou administração pública, como, por exemplo,
cinema.

Aécio cogitou disputar uma vaga no Senado, desafiando


mais uma vez Dilma Rousseff. Mas o senador Antonio
Anastasia (PSDB) impôs a condição de que o
correligionário não disputasse um cargo majoritário para
que ele aceitasse disputar o governo do estado
novamente.

Foi pelas mãos de Aécio que Anastasia chegou ao Palácio


da Liberdade pela primeira vez, em 2010. Desta vez, o
padrinho foi escondido sob o slogan "Anastasia é
Anastasia".

1 8 As idas e vindas no caso Aécio Neves (PSDB)

Em abril de 2018, após saber que Aécio Neves (PSDB) havia virado réu,
o pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que
Aécio não deveria disputar a eleição deste ano Eraldo Peres/Associated
Press

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