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QUALIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

E
UTILIDADES FARMACÊUTICAS

MAIO 2011

Facilitador: Luiz Alberto da Rocha Torres


luizalberto@engenews.com.br
www.engenews.com.br

Normas e Resoluções

ANVISA RDC 17 de 16 de abril de 2010;


NBR ISO 14644-1:2005 - Classificação da Limpeza do
ar ;
NBR ISO 14644-2:2006 - Especificações para ensaios e
Monitoramento;
ISO 14644-3:2005 - Part 3: Test Methods

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Normas e Resoluções

NBR ISO 14644-4:2004 – Projeto Construção e Partida;


NBR ISO 8573-1 Compressed air -- Part 1: Contaminants
and purity classes;
WHO Technical Report Series, Nº 902 – 2002;
WHO Technical Report Series, Nº 929 – 2005 –
Annex 3

Normas e Resoluções

WHO Technical Report Series, Nº 937 – 2006;


Manual do ISPE Vol 5 – Commissioning and Qualification;
EMEA – Note for guidance on quality water for
pharmaceutical use, jun 2002.

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RDC 17/2010

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

RDC 17/2010
CAPÍTULO III
DEFINIÇÕES
Produção: todas as operações envolvidas no preparo de
determinado medicamento, desde o recebimento dos
materiais do almoxarifado, passando pelo
processamento e embalagem, até a obtenção do
produto terminado;

Fabricação: todas as operações envolvidas no preparo de


determinado medicamento, incluindo a aquisição de
materiais, produção, controle de qualidade,
liberação, estocagem, expedição de produtos
terminados e os controles relacionados;

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RDC 17/2010
CAPÍTULO III
DEFINIÇÕES

Qualificação: conjunto de ações realizadas para atestar e


documentar que quaisquer instalações, sistemas e
equipamentos estão propriamente instalados e/ou
funcionam corretamente e levam aos resultados
esperados. A qualificação é freqüentemente uma parte
da validação, mas as etapas individuais de qualificação
não constituem, sozinhas, uma validação de processo;

RDC 17/2010

CAPÍTULO III
DEFINIÇÕES

Qualificação de Projeto (QP): evidência documentada


que as instalações, sistemas de suporte, utilidades,
equipamentos e processos foram desenhados de acordo
com os requisitos de BPF;

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RDC 17/2010
CAPÍTULO III
DEFINIÇÕES

Qualificação de Instalação (QI): conjunto de


operações realizadas para assegurar que as instalações
(tais como equipamentos, infra-estrutura, instrumentos
de medição, utilidades e áreas de fabricação) utilizadas
nos processos produtivos e ou em sistemas
computadorizados estão selecionados apropriadamente e
corretamente instalados de acordo com as
especificações estabelecidas;

RDC 17/2010

CAPÍTULO III
DEFINIÇÕES

Qualificação de Operação (QO): conjunto de operações


que estabelece, sob condições especificadas, que o
sistema ou subsistema opera conforme previsto, em
todas as faixas operacionais consideradas. Todos os
equipamentos utilizados na execução dos testes devem
ser identificados e calibrados antes de serem usados;

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RDC 17/2010

CAPÍTULO III
DEFINIÇÕES

Qualificação de Desempenho (QD): verificação


documentada que o equipamento ou sistema apresenta
desempenho consistente e reprodutível, de acordo com
parâmetros e especificações definidas, por períodos
prolongados. Em determinados casos, o termo
"validação de processo" também pode ser utilizado;

RDC 17/2010

TÍTULO II

GERENCIAMENTO DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA


DE MEDICAMENTOS: FILOSOFIA E ELEMENTOS
ESSENCIAIS

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RDC 17/2010

CAPÍTULO II

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA


MEDICAMENTOS (BPF)

§ 3º As BPF determinam que:

II - sejam realizadas as qualificações e validações necessárias;

RDC 17/2010
CAPÍTULO II

§ 3º As BPF determinam que:

III - sejam fornecidos todos os recursos necessários, incluindo:

a) pessoal qualificado e devidamente treinado;


b) instalações e espaço adequados e identificados;
c) equipamentos, sistemas computadorizados e serviços
adequados;
e) procedimentos e instruções aprovados e vigentes;
g) instalações, equipamentos e pessoal qualificado para
controle em processo.

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RDC 17/2010
CAPÍTULO IV

QUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO

Art. 15. Em consonância com as BPF, a empresa deve identificar


quais os trabalhos de qualificação e validação são
necessários para comprovar que todos os aspectos críticos
de operação estejam sob controle.

Art. 16. Os elementos chave de um programa de qualificação


e validação de uma empresa devem ser claramente definidos
e documentados em um plano mestre de validação.

RDC 17/2010
CAPÍTULO IV

QUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO
Art. 17. A qualificação e a validação devem estabelecer e
fornecer evidências documentadas de que:

I - as instalações, utilidades, sistemas computadorizados,


equipamentos e processos foram projetados em
consonância com as exigências de BPF (qualificação de
projeto ou QP);
II - as instalações, utilidades, sistemas computadorizados e
equipamentos foram construídos e instalados de acordo
com as suas especificações de projeto (qualificação de
instalação ou QI);

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RDC 17/2010
CAPÍTULO IV

QUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO

III - as instalações, utilidades, sistemas computadorizados e


equipamentos operam de acordo com suas especificações
planejadas (qualificação de operação ou QO); e

IV - um processo específico produzirá consistentemente um


produto que atenda suas especificações e atributos de
qualidade (validação de processo ou VP, também chamada
em alguns casos de qualificação de desempenho ou QD).

RDC 17/2010
CAPÍTULO IV

QUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO

Art. 18. Qualquer aspecto da operação, incluindo mudanças


significativas nas instalações, local, sistemas
computadorizados, equipamentos ou processos, que possa
afetar a qualidade do produto, direta ou indiretamente, deve
ser qualificado e/ou validado.

Art. 19. A qualificação e a validação não devem ser


consideradas exercícios únicos. Após a aprovação do relatório
de qualificação e/ou validação deve haver um programa
contínuo de monitoramento, o qual deve ser embasado em
uma revisão periódica.

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RDC 17/2010
CAPÍTULO IV

QUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO

Art. 20. O compromisso da manutenção da situação de


qualificação/ validação deve estar descrito nos
documentos relevantes da empresa, como o manual da
qualidade ou plano mestre de validação.

RDC 17/2010

CAPÍTULO X
TREINAMENTO
Art. 86. O fabricante deve treinar as pessoas
envolvidas com as atividades de garantia da qualidade,
produção, controle de qualidade, bem como todo pessoal
cujas atividades possam interferir na qualidade do
produto, mediante um programa escrito e definido.
Art. 91. As equipes de consultores e de contratados
devem ser qualificadas para os serviços de treinamento
que prestam. Devem ser incluídas evidências da
qualificação nos registros de treinamento.

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RDC 17/2010

CAPÍTULO XII
INSTALAÇÕES
Art. 102. As instalações devem ser localizadas,
planejadas, construídas, adaptadas e mantidas de forma
que sejam adequadas às operações a serem
realizadas.
Art. 103. O projeto deve minimizar o risco de erros e
possibilitar a limpeza e manutenção, de modo a evitar
a contaminação cruzada, o acúmulo de poeira e sujeira
ou qualquer efeito adverso que possa afetar a qualidade
dos produtos.

RDC 17/2010

CAPÍTULO XII
INSTALAÇÕES

Art. 104. Devem ser tomadas medidas para evitar a


contaminação cruzada e facilitar a limpeza quando houver
dispersão de pós, como durante as operações de amostragem,
pesagem, mistura, processamento e embalagem de pós.

Art. 105. As instalações devem estar situadas em um local que,


quando considerado juntamente com as medidas para proteger
o processo de fabricação, apresente risco mínimo de causar
qualquer contaminação de materiais ou produtos.

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RDC 17/2010

CAPÍTULO XII
INSTALAÇÕES
Art. 106. As instalações utilizadas na fabricação de
medicamentos devem ser projetadas e construídas de
forma a possibilitar a limpeza adequada.
Art. 107. As instalações devem ser mantidas em bom
estado de conservação, higiene e limpeza.
Parágrafo único. Deve ser assegurado que as operações
de manutenção e reparo não representem qualquer
risco à qualidade dos produtos.
.

RDC 17/2010

CAPÍTULO XII
INSTALAÇÕES

Art. 109. O fornecimento de energia elétrica, a


iluminação, a temperatura, a umidade e a ventilação das
instalações devem ser apropriados, de modo a não
afetar direta ou indiretamente a qualidade dos
medicamentos durante os processos de fabricação ou o
funcionamento adequado dos equipamentos.

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RDC 17/2010

CAPÍTULO XII
ÁREAS AUXILIARES

Art. 114. As áreas de manutenção devem estar situadas


em locais separados das áreas de produção.
Parágrafo único. Se as ferramentas e peças de
reposição forem mantidas nas áreas de produção, essas
devem estar em salas ou armários reservados para este
fim.

RDC 17/2010

CAPÍTULO XIII
EQUIPAMENTOS
Art. 139. Os equipamentos devem ser projetados,
construídos, adaptados, instalados, localizados e
mantidos de forma que sejam compatíveis com as
operações a serem realizadas.
Parágrafo único. O projeto e a localização dos
equipamentos devem minimizar os riscos de erros,
permitirem limpeza e manutenção adequadas, de
maneira a evitar a contaminação cruzada, acúmulo de
poeira, sujeira e evitar efeito negativo na qualidade dos
produtos.

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RDC 17/2010

CAPÍTULO XIII
EQUIPAMENTOS
Art. 141. A tubulação fixa deve ser claramente
identificada, conforme legislação vigente, para indicar o
conteúdo e, quando aplicável, a direção do fluxo.
Art. 147. Os equipamentos utilizados na produção não
devem apresentar quaisquer riscos para os produtos.
Parágrafo único. As partes destes equipamentos em
contato direto com o produto não devem ser reativas,
aditivas ou absortivas de forma a interferir na qualidade
do produto.

RDC 17/2010

CAPÍTULO XIII
EQUIPAMENTOS

Art. 152. Devem ser mantidos os desenhos atualizados


dos equipamentos e dos sistemas de suporte críticos.

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RDC 17/2010
CAPÍTULO XV
DOCUMENTAÇÃO

Art. 227. Os Procedimentos Operacionais Padrão e os registros


associados a possíveis ações adotadas, quando apropriado,
relacionadas aos resultados obtidos devem estar disponíveis
quanto a:
I - montagem e qualificação de equipamentos;
II - aparato analítico e calibração;
III - manutenção, limpeza e sanitização;
IV - pessoal, incluindo qualificação, treinamento, uniformes
e higiene;
V - monitoramento ambiental ;

RDC 17/2010

TÍTULO III

PRODUTOS ESTÉREIS

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RDC 17/2010

CAPÍTULO V
ESTERILIZAÇÃO

Art. 351. Todos os processos de esterilização devem ser


validados, considerando as diferentes cargas.

RDC 17/2010
CAPÍTULO V
ESTERILIZAÇÃO

Art. 352. Antes da adoção de qualquer processo de


esterilização, a sua eficácia e sua adequabilidade devem ser
comprovadas por meio de testes físicos (inclusive testes de
distribuição e penetração de calor) e pelo uso de
indicadores biológicos, no sentido de que sejam atingidas as
condições de esterilização desejadas em todos os pontos de
cada tipo de carga a ser processada.
§ 1º O processo deve ser submetido à revalidação periódica,
pelo menos anualmente, e sempre que tiverem sido
realizadas mudanças significativas na carga a ser
esterilizada ou no equipamento.

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RDC 17/2010

SEÇÃO IV
INSTALAÇÕES
Art. 401. Todas as instalações, sempre que possível,
devem ser projetadas de modo a evitar a entrada
desnecessária do pessoal de supervisão e de controle.

Parágrafo único. As áreas de grau B devem ser projetadas


de forma tal que todas as operações possam ser
observadas do lado de fora.

RDC 17/2010
SEÇÃO IV
INSTALAÇÕES
Art. 409. As áreas limpas devem ter um sistema de
ventilação que insufle ar filtrado e que mantenha uma
pressão positiva das áreas em relação às zonas
circundantes.
§ 1º A ventilação deve ser eficiente e adequada às
condições exigidas.
§ 2º As salas adjacentes de diferentes graus devem
possuir uma pressão diferencial de aproximadamente 10 -
15 pascais (valor de referência).

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RDC 17/2010
SEÇÃO IV
INSTALAÇÕES

Art. 411. Um sistema de alarme deve ser instalado para


indicar a ocorrência de falhas no sistema de ventilação.
§ 1º Deve ser colocado um indicador de diferencial de
pressão entre as áreas onde tal diferença for importante.

RDC 17/2010

SEÇÃO V
EQUIPAMENTOS

Art. 417. Todos os equipamentos, incluindo os


esterilizadores, os sistemas de filtração de ar e os sistemas
de produção de água, devem ser submetidos a um plano
de manutenção periódica, validação e monitoramento.

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Responsabilidades em
Qualificação de Equipamentos

A importância do trabalho em equipe...

Relatórios

Documentos de Relatórios
calibração

Critérios de Lista de equipamentos


aceitação Relatórios de testes

Especificação de Lista de equipamentos Controle


materiais de testes Critérios de de mudanças
Diagramas de aceitação
Projeto e Instrumentação Ordens de compra
Critérios de
SAT e FAT aceitação PQ
Listas de números
de identificação TAG’s Desenhos P&ID, OQ Lista de
e Localização documentos

Especificação Funcional Lista de


IQ documentos POP’s PQ

Especificação Técnica Comissionamento Lista de


documentos POP’s OQ
Folhas de
certificação PQ
DQ POP’s IQ Folhas de
PMV certificação OQ
POP’s DQ Folhas de
certificação IQ

Qualificação DQ / IQ / OQ / PQ
Validação

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URS

URS - User Requirement Specification

É preparada pelo usuário e/ou fornecedor para definir os


parâmetros que serão utilizados no projeto;
Deverá ser utilizada como parte do contrato com a
empresa de projeto;
Deverá conter informações sobre as normas seguidas e
obrigatórias, itens necessários e recomendados;
Os requerimentos deverão ser numerados e passíveis de
testes;
Utilizado na elaboração dos protocolos de teste de
Performance (PQ);

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URS - User Requirement Specification
 Parâmetros necessários (capacidades de produção,
turnos de trabalho);
 Layout se possível;
 Intervalos e limites aceitáveis (Temp., UR%,
Classificação das salas, tempos de processo, etc);
 Interfaces ( homem/máquina, com outros sistemas,
etc.);
 Relação com outros documentos (POP´s) e Normas;
 Planos de Manutenção;
 Cronograma

Especificação Funcional

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EF - Especificação Funcional

Normalmente é escrita pelo fornecedor e revisada


pelo usuário.
Define um sistema para atender as URS.
Relata como o sistema e suas funções devem
funcionar.
A URS deverá ser utilizada como parte do contrato
com a empresa de projeto.

EF - Especificação Funcional

A EF será utilizada na elaboração dos protocolos de


teste de Operação (OQ);
As especificações deverão ser numeradas e passíveis de
testes;
Modos de Operação Automático e Manual;
Deverá ter linguagem simples e de fácil entendimento;
Deverá ser aprovada pelo Comitê de Validação.

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EF - Especificação Funcional

Descrição do sistema com principais componentes;


Relacionamento com a URS;
Objetivo da função;
Função segurança;
Elementos configuráveis e seus intervalos;
Descrição dos ciclos de operação.

Especificação Técnica

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ET - Especificação Técnica

É escrita pelo fornecedor e revisada pelo usuário;


Define os componentes do sistema para atender as
Especificações Funcionais;
A ET deve ser acompanhada de desenhos e
esquemas;
A ET será utilizada na elaboração dos protocolos de
teste de Instalação (IQ);
As especificações deverão ser numeradas e passíveis
de testes;

ET - Especificação Técnica

Descrição dos equipamentos e seus componentes (válvulas, conexões,


instrumentos, PLCs etc);
Modelo, fabricante;
Material de construção dos componentes.

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Testes de PQ
Requerimentos URS PQ

Testes de OQ
Especificações Funcionais OQ

Testes de IQ
Especificações Técnicas IQ

Desenvolvimento

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RDC 17/2010

TÍTULO V

VALIDAÇÃO

RDC 17/2010
CAPÍTULO II

RELAÇÃO ENTRE VALIDAÇÃO E QUALIFICAÇÃO

Art. 462. A validação e a qualificação são essencialmente


componentes de mesmo conceito.

§ 1º O termo qualificação é normalmente utilizado para


equipamentos, utilidades e sistemas, enquanto validação
aplicada a processos.

§ 2º A qualificação constitui-se uma parte da validação.

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RDC 17/2010
CAPÍTULO III

Art. 469. A validação deve ser realizada:

I - para instalações, equipamentos, utilidades (ex: água,


ar, ar comprimido, vapor), sistemas, processos e
procedimentos;
II - em intervalos periódicos; e
III - quando mudanças maiores forem introduzidas.

RDC 17/2010
CAPÍTULO IV

QUALIFICAÇÃO

Art. 475. A qualificação deve estar completa antes da


validação ser conduzida.

Parágrafo único. O processo de qualificação deve


constituir-se em processo sistemático e lógico, bem
como ser iniciado pelas fases de projeto das instalações,
equipamentos e utilidades.
.

27
RDC 17/2010
CAPÍTULO IV

QUALIFICAÇÃO

Art. 476. Dependendo da função e operação do


equipamento, utilidade ou sistema, em determinadas
situações, somente se fazem necessárias a qualificação
de instalação (QI) e a qualificação de operação
(QO), assim como a operação correta do equipamento,
utilidades ou sistemas pode ser considerada um
indicador suficiente de seu desempenho (QD).

RDC 17/2010
CAPÍTULO VII

PROTOCOLOS DE QUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO

Art. 486. Os protocolos devem incluir, no mínimo, as


seguintes informações:

I - objetivos do estudo;
II - local/planta onde será conduzido o estudo;
III - responsabilidades;
IV - descrição dos procedimentos a serem seguidos;

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RDC 17/2010
CAPÍTULO VII

PROTOCOLOS DE QUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO

Art. 486. Os protocolos devem incluir, no mínimo, as


seguintes informações:
V - equipamentos a serem usados, padrões e critérios para
produtos e processos relevantes;
VI - tipo de validação;
VII - processos e/ou parâmetros;
VIII - amostragem, testes e requisitos de monitoramento;
e
IX - critérios de aceitação.

RDC 17/2010
CAPÍTULO VIII

RELATÓRIOS DE QUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO


Art. 491. Os resultados devem ser avaliados, analisados e
comparados com os critérios de aceitação previamente
estabelecidos.
§ 1º Os resultados devem atender aos critérios de
aceitação.
§ 2º Desvios e resultados fora dos limites devem ser
investigados pela empresa.
§ 3º Se os desvios forem aceitos, devem ser justificados.
§ 4º Quando necessário, devem ser conduzidos estudos
adicionais.

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RDC 17/2010
CAPÍTULO IX

ESTÁGIOS DA QUALIFICAÇÃO

Art. 496. Existem quatro estágios de qualificação:

I - qualificação de projeto (QP);


II - qualificação de instalação (QI);
III - qualificação de operação (QO); e
IV - qualificação de desempenho (QD).

RDC 17/2010

CAPÍTULO IX

Qualificação de Projeto

Art. 499. A qualificação de projeto deve fornecer evidências


documentadas de que as especificações do projeto
foram atendidas de acordo com os requerimentos do
usuário e as Boas Práticas de Fabricação.

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RDC 17/2010
CAPÍTULO IX

Qualificação de Instalação

Art. 500. A qualificação de instalação deve fornecer


evidências documentadas de que a instalação foi
finalizada de forma satisfatória.
Art. 501. Especificações de compra, desenhos, manuais,
listas de partes dos equipamentos e detalhes do
fornecedor devem ser verificados durante a qualificação
de instalação.
Art. 502. Instrumentos de controle e medidas devem ser
calibrados.

RDC 17/2010

CAPÍTULO IX

Qualificação de Operação

Art. 504. Os testes devem ser desenhados para demonstrar


operação satisfatória nas faixas normais de operação,
bem como nos limites de suas condições operacionais
(incluindo condições de pior caso).

Art. 505. Os controles de operação, alarmes, interruptores,


painéis e outros componentes operacionais devem ser
testados.

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RDC 17/2010

CAPÍTULO IX

Qualificação de Desempenho

Art. 507. A qualificação de desempenho deve fornecer


evidências documentadas de que as utilidades,
sistemas ou equipamentos e todos os seus
componentes demonstrem desempenho consistente de
acordo com as especificações de uso em rotina.

Elaboração de
Controle de Mudanças

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CONTROLE DE MUDANÇAS
Toda não conformidade deve ser documentada e as
alterações e correções feitas através de um documento
chamado “Controle de Mudanças”.

O documento Controle de Mudanças deverá ser aprovado


pelo Comitê de Validação antes de sua execução.

Identificada a
Não conformidade

Execução da
Colaborador preenche Modificação
documento para
Modificação

Realização
Comitê de Validação
dos Testes
Analisa

NÃO
SIM Aprovado?
Aprovado?

NÃO SIM

Reavaliar o FIM
problema para nova
solução

33
REVISÃO

PROTOCOLOS DE QUALIFICAÇÃO

QUALIFICAÇÃO DE PROJETO

Verificação formal de que o PROJETO atendeu a


todos os requisitos das BPF s.

ANÁLISE DE RISCOS - verificação dos aspectos


cGMP s do projeto.

34
PROTOCOLOS DE QUALIFICAÇÃO

QUALIFICAÇÃO DE INSTALAÇÃO

Documento de Base:
 Especificação de Projeto (Técnica)

Principais Testes:
 Materiais,
 Utilidades,
 Documentação,
 Calibração,
 Certificado dos materiais utilizados.

PROTOCOLOS DE QUALIFICAÇÃO
QUALIFICAÇÃO DE OPERAÇÃO
Documento de Base:
 Especificação Funcional

Principais Testes:
 Alarmes,
 Displays,
 Relatórios,
 Sistemas de controle,
 Intertravamentos,
 Mensagens de erros,
 Interface com o operador, etc.

35
PROTOCOLOS DE QUALIFICAÇÃO
QUALIFICAÇÃO DE DESEMPENHO

Documento de Base:
Requerimentos do Usuário (URS).

Principais Testes:
Tempos,
Eficiência,
Análises físico-químicas, microbiológicas;
Sistema trabalhando em situação normal de
operação.

ISPE
COMISSIONING AND QUALIFICATION

36
ISPE

O gerenciador do projeto deve:

Garantir o desenvolvimento e a execução dos Planos


de Comissionamento e Qualificação (ex. PMV) como uma
parte integral do plano de projeto e cronograma.

Estabelecer a estrutura necessária para assegurar uma


comunicação clara e consistente entre a Construção,
Qualificação.
Comissionamento e o Pessoal da Qualificação.

ISPE - COMISSIONAMENTO

O que é Comissionamento?

Como o definimos para Utilidades Farmacêuticas?

É definido como: colocando alguma coisa


“em condição de uso” e “pronto para o trabalho”.

Lembre--se: É a última impressão que deixamos, e não


Lembre
a primeira, que conta em nosso trabalho.

37
ISPE - COMISSIONAMENTO

Comissionamento
Um programa de Comissionamento bem planejado e
executado fará:
Acelerar a partida;
Reduzir o tempo de validação;
Produzir documentação consistente;
Certificar que o produto é produzido de acordo com
as normas da GMP;
Utilidades.
Um programa de Comissionamento bem executado é
Boa Prática de Engenharia

ISPE - COMISSIONAMENTO

Aspectos do Comissionamento
As atividades de comissionamento devem incluir todos os
aspectos da fase de acabamento de qualquer prédio de
Utilidades.
Alguns dos aspectos devem incluir:
incluir:
Organização e planejamento;
Teste de aceitação de fábrica;
Teste estático (pré-comissionamento);
Treinamento de operação;
Etiquetagem;

38
SISTEMAS DE HVAC

AQUECIMENTO,VENTILAÇÃO E
AR CONDICIONADO

WHO – Nº 902 - 2002

Comparação dos diferentes sistemas de


classificação do ar para áreas limpas:

WHO United States United States ISO EC


(GMP) (209e) (customary) (GMP)
14644-1

Grau A M 3.5 ISO 5 Grau A


Classe 100

Grau B M 3.5 Classe 100 ISO 5 Grau B

Grau C M 5.5 Classe 10.000 ISO 7 Grau C

Grau D M 6.5 Classe 100.000 ISO 8 Grau D

39
Sistema de Classificação do ar para
a produção de produtos estéreis:
G Em descanso Em operação
r Número máximo permitido Número máximo permitido
de partículas/m³ de partículas/m³
a Acima de 0,5 – 5,0µm Acima de
0,5 – 5,0µm ..
u. 5,0µm . 5,0µm
A 3.520 20 3.520 20
B 3.520 29 352.000 2.900
C 352.000 2.900 3.520.000 29.000
D 3.520.000 29.000 Não definido Não definido
Fonte: ANVISA RDC 17 de 16 de abril de 2010

Limites de
microcontaminação
biológica
Grau Amostragem Placas de sedim entação Placas de contato Luva
(Diâmetro 90mm) (Diâmetro 55mm) (5 dedos)
UFC / 4horas) (UFC / placa) UFC / luva

A <1 <1 <1 <1

B 10 5 5 5

C 100 50 25 -

D 200 100 50 -

Fonte: ANVISA RDC 17 de 16 de abril de 2010

40
Estágios de Estágios de desenvolvimento da Classificação do Estágios de qualificação
Aprovação instalação de uma sala limpa estágio de ocupação (cuidados com a saúde de uma
sala limpa))
Aprovação do projeto Projeto conceitual Qualificação Conceitual,
Desenho de projeto se necessário (modelo)
e especificações Condição de classificação
não-formal durante o Qualificação do projeto
Construção de uma projeto e construção
instalação
Aprovação da construção Instalação completa Qualificação de
instalação da sala limpa
Equipamentos
Aprovação funcional agregados em situ como construído

Instalação de equipamentos Qualificação de operação


dos equipamentos de
Processo e equipamento utilidades
de processo na operação em repouso
como acordado
Qualificação de
Aprovação operacional Instalação operacional completa desempenho dos
em operação equipamentos de utilidades
Funcionários presentes e
processo em operação

WORLD HEALTH ORGANIZATION

WHO Technical Report Series, Nº 937,2006

Anexo 2
Suplementary guidelines on good
manufacturing practices for heating,
ventilation and air-conditioning systems for
non-sterile pharmaceutical dosage forms.

41
WHO 937,2006

1. INTRODUÇÃO

Aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC)


formam um conjunto importante que assegura a
qualidade da manufatura dos produtos
farmacêuticos.

WHO
937,2006
GMP MANUFACTURING
ENVIRONMENT

PRODUCT PERSONNEL ENVIRONMENT


PROTECTION PROTECTION PROTECTION

Contamination Prevent Contact Avoid dust


(products & staff) with dust discharge

Protect from product Prevent contact with Avoid fume


cross-contamination fumes discharge

Correct temperature & Acceptable comfort Avoid effluent


humidity conditions discharge

SYSTEMS

SYSTEM VALIDATION

42
HVAC

Teste de Estanqueidade e
Integridade com PAO

43
Sistemas de Tratamento de Ar

Qualificação (OQ, PQ)

Fluxo de ar
Fluxo de ar
Teste turbulento ou Descrição
unidirecional
misto
Pressão diferencial nos
2 2 1 = Como construído
filtros
Pressão diferencial na (utilizado para QI)
N/A 2, 3
sala
Velocidade e
uniformidade do fluxo 2, 3 Opcional 2 = Em descanso
de ar (utilizado para QO)
Volume do fluxo de ar /
2 2
rate
3 = Em operação
Paralelismo 2 N/A (utilizado para QD)
Sentido de fluxo de ar 2 3

Os testes de IQ não estão mencionados neste slide.

Sistemas de Tratamento de Ar

Qualificação (OQ, PQ)

Fluxo de ar
Fluxo de ar
Teste turbulento ou Descrição
unidirecional
misto

Tempo de recuperação N/A 2 1 = Como construído


(utilizado para QI)
Classificação da sala
2 = Em descanso
(tamanho das 2 2,3
(utilizado para QO)
partículas)
3 = Em operação
Temperatura e umidade N/A 2,3 (utilizado para QD)

Os testes de IQ não estão mencionados neste slide.

44
WHO 937,2006

8. COMISSIONAMENTO, QUALIFICAÇÃO E
MANUTENÇÃO

8.1 Comissionamento

8.1.1 O Comissionamento deverá incluir o set up,


balanceamento, ajuste e teste de todo o sistema de
HVAC, para assegurar que todos os requerimentos
foram atingidos de acordo com a URS
URS.

8.1.7 O Comissionamento deverá ser realizado antes da


Qualificação e do Processo de Validação.

QUALIFICAÇÃO DE SISTEMAS
DE
AR COMPRIMIDO

45
CLASSIFICAÇÃO DA QUALIDADE DO AR
COMPRIMIDO NA NORMA ISO 8573-
8573-1
Qualidade do Ar de Acordo com a ISO 8573-1
Sólido Óleo
Classe Residual Residual de Água Residual
Ponto de
Orvalho
mm mg/m³ (°C) g/m³ mg/m³
1 0,1 0,1 -70 0,003 0,01
2 1 1 -40 0,11 0,1
3 5 5 -20 0,88 1
4 15 8 3 6 5
5 40 10 7 7,8 25
6 NA NA 10 9,4 NA

RESOLUÇÃO - RDC Nº 307, DE 14 DE NOVEMBRO


DE 2002

Limites para ar comprimido MEDICINAL :

Óleos e partículas sólidas:


sólidas 0,1 mg/m3 máx.

Vapor de água:
água 67 ppm máx. v/v (Ponto de orvalho: - 45,5º C, referido a
pressão atmosférica).

O2: 20,4 a 21,4%;

CO: 5ppm máx.

CO2: 500ppm máx

SO2 1ppm máx

NOx 2ppm máx

46
EXEMPLO DE INSTALAÇÃO

WS – Separador de condensado AAR – Filtro de alta eficiência para remoção de


poeira
AO – Filtro coalescente 1 micron
OVR – Oil vapor removal filter / Steril Air filter
AA – Filtro coalescente 0,01 micron
ACS – Filtro carvão ativado
AR – Filtro para remoção de poeira do
secador 1 micron

EXEMPLO DE INSTALAÇÃO

WS – Separador de condensado
AO – Filtro coalescente 1 micron AAR – Filtro de alta eficiência para
AA – Filtro coalescente 0,01 micron remoção de poeira

AR – Filtro para remoção de poeira do OVR – Oil vapor removal filter / Steril Air filter
secador 1 micron ACS – Filtro carvão ativado

47
INSTRUMENTOS

Dräger Aerotest
•Água;
•Óleo;
•CO;
•CO2;
•NOx;
•SO2

INSTRUMENTOS

48
INSTRUMENTOS

INSTRUMENTOS

NOx

CO, CO2 e ÓLEO

SO2

49
INSTRUMENTOS

PONTO DE ORVALHO O2

INSTRUMENTOS

O2

MiniCapt.
Portable Microbial Sampler

50
SISTEMAS DE GERAÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
PURIFICADA (PW) E ÁGUA PARA
INJETÁVEIS (WFI)

Consumo PW

51
Consumo WFI

Filtros multi-meios e
Abrandador

52
Deionizador

Osmose Reversa

53
Sala de Geração e Distribuição

ISOMÉTRICO LOOPING

54
MAPA DE SOLDA

• VER MAPA DE SOLDA

• VER AMOSTRAS DE CORPO DE


PROVA

• VER FILME DE ENDOSCOPIA

Decapagem e Passivação
Passivação em Sistemas de Água
 Ambientes críticos e corrosivos.
 Formação efetiva de camada passiva.
 Maior resistência a corrosão (menor formação de Rouge).
 Superfícies extremamente limpas (pureza dos produtos).
 Garantia contínua do sistema pela minimização de
impurezas e contaminantes gerados na superfície de
contato.
 Otimização na limpeza e sanitização preventiva.

55
Decapagem e Passivação
Passivação em Sistemas de Água

 Significa obter a condição eletroquímica de passividade do


aço inox através da estabilização da “Camada Passiva” ou
“Filme Passivo”,realizado normalmente por aplicações
químicas especiais.
 Ambientes críticos e corrosivos.
 Formação efetiva de camada passiva.
 Maior resistência a corrosão (menor formação de Rouge).
 Superfícies extremamente limpas (pureza dos produtos).

Decapagem e Passivação

Passivação em Sistemas de Água

 Garantia continua do sistema pela minimização de


impurezas e contaminantes gerados na superfície de
contato.
 Otimização na limpeza e sanitização preventiva.
 O primeiro teste a ser feito na preparação para
passivação, é o teste de pressão hidrostática.

56
Decapagem e Passivação

 Confirmar a compatibilidade do sistema, seus


componentes e as soluções da passivação.
(instrumentos em linha, medidores de fluxo, válvulas
para lâmpadas de ultra violeta, bombas, selos da
bomba, filtros de membranas, gaxetas e materiais de
selo).

 Itens que não são compatíveis devem ser removidos do


sistema e preenchido com espaço em branco, válvula,
carretel, ou temporariamente um by pass com
mangueira.

Rouge

 São depósitos de óxido de ferro encontrados em sistemas de


água purificada nas cores alaranjado, vermelho azul ou preto.
 O Rouge emana das superfícies deixando pequenos “pits” por
baixo o que é oposto ao senso comum de sanitariedade e
prevenção contra contaminação bacteriológica.
 Degrada a superfície aumentando a rugosidade.
 Aparecimento freqüentes de bactérias e favorece fixação de
biofilme.
 Aumenta o tempo das sanitizações e consumo de sanitizantes.
 Altera a eficácia de produtos (limpeza).

57
WHO 937,2006
Considerações Gerais

Todo sistema de tratamento de água deve ser submetido a


um plano de de manutenção, validação e
monitoramento;
A validação do sistema de água deverá ter no mínimo 3
fases:
Fase 1 – Fase inicial de investigação 2 a 4 semanas;
Fase 2 – Controle a curto prazo 2 a 4 semanas
Fase 3 – Controle a longo prazo 12 meses
Durante o período da fase 3 (tipicamente 1 ano). Neste
período deverá ser demonstrado que o sistema está sob
controle.
A amostragem poderá ser reduzida para uma vez por
semana.

58
59
ABREVIAÇÕES

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


CC - Committee of the Contamination
FDA - Food and Drug Administration
FED STD - Federal Standard
GMP - Good Manufactoring Pratice BPF - Boas Práticas de Fabricação
HEPA - High Efficiency Particulate Air
HVAC - Heating, Ventilation, and Air Conditioning
IES - Institute of Environmental Sciences
IEST - Institute of Environmental Sciences and Technology

60
ABREVIAÇÕES
ISO - International Standard Organization
ISPE - International Society for Pharmaceutical Engineering
NBR - Norma Brasileira Registrada
RBC - Rede Brasileira de Calibração
RDC - Resolução da Diretoria Colegiada
RN - Recomendação Normativa
RP - Recommended Practice
SBCC - Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação
ULPA - Ultra Efficiency Particulate Air
WHO - World Health Organization

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