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Aperfeiçoar para enfrentar a crise

Empresa do novo milénio, ou não tivesse iniciado a sua actividade em 2003, a Prodivet cresce a olhos
vistos. A crise, de resto, é vista como uma oportunidade para se aperfeiçoar.
Ricardo Martins

Criada em 2002, iniciou actividade em 2003. Assim,

em poucas palavras, se descreve o início de uma das
empresas que marca o panorama nacional no sector
da medicina veterinária. De capital totalmente portu-
guês, a Prodivet SA deu em Setembro do ano passado
mais um passo para solidificar a sua presença no nos-
so mercado: fusão com a Zoonutri, e que irá dar ori-
gem, no segundo semestre deste ano, à Prodivet Zn.
Luís Gabirro Vieira, administrador e sócio da empre-
sa, revela-nos que o grande objectivo é o de «prestar
um serviço sempre direccionado às carências do mer-
cado e que sirva na plenitude as necessidades do mé-
dico veterinário, que é o nosso vector primordial». De
resto, este responsável sabe do que fala ou não tives-
se um sólido percurso neste sector. Licenciado em En-
genharia Zootécnica na Universidade de Évora, du-
rante 16 anos exerceu funções de director técnico no
Grupo Valouro. Apostou no nascimento da Prodivet,
como director comercial, tendo passado a administra-
dor em 2006, sendo actualmente sócio da empresa.
Para cumprir o objectivo diário a que se propõe,
a empresa, que conta com oito colaboradores, dis-
põe de uma gama de produtos em todas as espécies
animais, ao que o responsável salienta «o facto de já
apresentarmos no mercado a gama mais completa de
produtos anti-parasitários no que refere a animais de
produção, conferindo-nos uma posição de vanguarda
em cinco anos de vida». Nos próximos tempos, afirma-
-nos Luís Gabirro Vieira, é esperado um crescimento
no volume de negócios nas áreas de animais de com-
panhia e avicultura, aproximando essas áreas «dos va-
lores que já obtemos nos animais de produção – rumi-
nantes e suínos».
Entre os produtos que mais destaque merecem, en-
contramos o Hepavet «o protector hepático mais usa-
do na avicultura»; o anti-inflamatório Flunixin, «o que
mais vende»; e a linha de desparasitantes Noromectin,
«já consolidada no mercado. A mais popular e que mais
vende». De resto, o responsável dá também relevo aos
desparasitantes Duotech e Closamectin FF, dois produ-
tos que são uma grande aposta da Prodivet.
Crise leva a aperfeiçoamento
Uma das formas encontradas pela empresa para
fazer a divulgação dos seus produtos é a presença
em feiras, com aquilo que o administrador apelida
de «acções de divulgação». Se anteriormente estive-
ram presentes no V Congresso do Hospital Veterinário
Montenegro, a próxima presença está já prevista para
Contando com oito colaboradores, a Prodivet dispõe de uma gama de produtos
em todas as espécies animais
as XIII Jornadas da Associação Portuguesa de Buiatria, crise global, a qual, irá promover o desinvestimento de
que se realiza na Póvoa de Varzim, de 24 a 26 de Abril. uma forma global com base em especulações criadas,
Isto sem contar, obviamente com as «diversas pales- com influência directa nos factores de produção, crian-
tras que pensamos realizar sobre os novos produtos a do incertezas nas estratégias a delinear, provocando
apresentar no corrente ano». uma correspondente retracção económica».
E novidades em termos de produtos? O ano de 2009 Mas nem tudo é mau, e até dos piores cenários se
será fértil e de grande relevo para a Prodivet já que es- tem que retirar algo de bom: «é nestes ciclos de retrac-
tão previstas «o triplo de novas apresentações em re- ção económica que existe a necessidade de aperfei-
lação ao ano transacto», isto tudo devido à crescen- çoamento das empresas, em todas as suas vertentes,
te relação com os laboratórios que já representam correndo o risco, se não o fizerem ficarem pelo cami-
em Portugal, bem como aqueles que passarão a ser nho e a Prodivet está consciente dessa realidade e por
representados pela empresa no decorrer deste ano. isso tem apostado na qualificação dos seus quadros».
Actualmente são os representantes dos laboratórios Aliás, é com algumas destas ideias em mente que sur-
Norbrook, da Irlanda do Norte, que, segundo o res- ge também a aposta num vector empreendedor como
ponsável, «é um dos maiores fabricantes de matérias- é o da fusão levada a cabo com a Zoonutri. Porque,
primas em todo o mundo». A este representado jun- quase sempre, é a união que faz a força. E em situação
tam-se também as empresas Ascor, Biomin e Invesa, de crise, os mais fortes são os que sobrevivem.
entre outras.
Já parece uma música repetida vezes e vezes sem
conta. Mas não se pode fugir, e a realidade é que a
crise está mesmo aí, incomodando, para dizer o mí-
nimo, todos os sectores da sociedade. Também a
Prodivet tem as suas queixas a fazer e, como nos re-
velou Luís Gabirro Vieira, actualmente as dificuldades
com que se deparam são as «resultantes da recente
«É nestes ciclos de retracção económica
que existe a necessidade
de aperfeiçoamento das empresas»,
refere Luís Gabirro Vieira,
administrador da empresa