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DOMINÂNCIA CEREBRAL

I – Introdução: abordagem histórica


Muitos estudos têm sido feitos em relação aos fundamentos biológicos
dos comportamentos humanos, principalmente quanto à lateralização
hemisférica ou dominância cerebral.
Reconhecem-se as diferenças de funções entre os dois hemisférios do
cérebro – esquerdo e direito. Cada indivíduo utiliza o seu cérebro de forma
particular. Alguns se apóiam mais nas capacidades do hemisfério esquerdo,
parecendo dar prioridade à linguagem, à lógica, à razão enquanto outros dão
prioridade à imaginação, à intuição, à emoção.

Natureza dual do cérebro humano


EMOÇÃO
RAZÃO

Franz Gall, no final do século XVIII, apresentou estudos afirmando que o


cérebro não era uma massa uniforme e que várias faculdades mentais podiam
ser localizadas em diferentes partes deste órgão.
No século XIX, outros estudiosos sobre o funcionamento do cérebro
apresentaram suas teorias: Paul Broca considerou que o hemisfério esquerdo
era dominante na linguagem, assim como John H. Jackson que reafirmou a
liderança do hemisfério esquerdo na função cerebral, mas, também, a
importância do hemisfério direito nas funções visuais e espaciais.

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O século XX pautou-se pelas pesquisas e estudos sobre “o
cérebro-dividido”, constatando a diferenciação e lateralização
hemisférica de várias funções como a linguagem, as emoções, as
percepções visuais.
Vale lembrar que em 1981, Roger Sperry ganhou o Prêmio Nobel pelo
estudo das funções dos hemisférios cerebrais.

II – Ned Hermann : quadratividade cerebral


Entre as várias teorias sobre dominância cerebral, existe uma, de 1980,
criada por Ned Hermann que divide os hemisférios cerebrais direito e esquerdo
em quadrantes superior e inferior.
Veja abaixo os quatro estilos de dominância cerebral, de acordo com
Hermann:

Parte, pois, do princípio de que as pessoas têm quatro estilos


comportamentais básicos e que, em geral, existe a predominância de um deles
em cada pessoa, apesar de todos terem um pouco de cada quadrante, porém o
estilo predominante influência a forma de pensamento e o comportamento das
pessoas no seu dia-a-dia.
As pessoas dominadas pelo hemisfério superior esquerdo são:
analíticas, lógicas, racionais, críticas; enquanto as do hemisfério inferior
esquerdo são: organizadas, planejadoras, detalhistas.
As pessoas, cuja dominância cerebral é do hemisfério superior direito,
são: criativas, intuitivas, imaginativas, transgressoras; e as do hemisfério
inferior direito são: emocionais, sentimentais, comunicativas.
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III – O trabalho em sala de aula baseado na dominância cerebral
Conhecer o perfil de cada aluno é papel fundamental para o bom
desempenho do professor em sala de aula. Se o professor conhece as teorias
e os estudos sobre o funcionamento do cérebro, não será tarefa difícil
identificar em seus alunos características dessa ou daquela dominância
cerebral. É uma questão de observação e é bem simples.
Por exemplo, diante de uma pergunta:
─ Quem escreveu “Os Lusíadas”?
O professor poderá ter respostas de acordo com o perfil de cada aluno.
Se for do quadrante A responderá: Camões. ( lógico, racional )
Do quadrante B ─ Luiz Vaz de Camões, poeta português do século XVI.
( detalhista )
Do quadrante C ─ Camões, que com lágrimas e dor narra a viagem dos
portugueses às Índias. ( sentimental )
Do quadrante D ─ O impetuoso Camões que com sua epopéia cria o
herói português. ( imaginativo, criativo )

Respostas corretas: porém cada uma deixando claro qual a dominância


cerebral do aluno.
Portanto, o professor, conhecedor de seus alunos, já sabendo das
diversidades de perfis, virá para a sala de aula preparado para solucionar
possíveis dificuldades durante a exposição de determinado assunto.
Porém,o lado bom, o lado positivo dessa diversidade poderá ser na
organização de trabalho em equipe, em grupo. Ter numa equipe alunos de
diferentes quadrantes cerebrais é enriquecedor, pois haverá os criativos, os
intuitivos, os emocionais, os lógicos, os planejadores. Essa diversidade só traz
ganhos para o grupo, porque, houve parceria entre a razão e a criação.

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IV – Conclusão

Pode-se afirmar, baseando principalmente nos estudos e teorias de Ned


Hermann, que o hemisfério esquerdo tem uma função analítica, pois: analisa,
critica, quantifica, toma medidas preventivas, planeja, organiza.
O hemisfério direito tem um função criativa, pois: imagina, sonha, cria,
corre riscos, quebra regras, fala muito, chora muito também, emociona-se.
Não existe um hemisfério melhor do que o outro. O importante é cada
um ter consciência de suas características pessoais, de sua dominância
cerebral, e tirar proveito disso.

Referência:

Ned Hermann The Creative Brain – 1982


Dyamond, A.L. – The principle of the Dominants and Hemisphere Interaction.

Fernando Viana – Dominância Cerebral


Eduardo Mayer Fagundes – Artigos sobre Dominância Cerebral.

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