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Engenharia Eléctrica

Álgebra e Geometria Analítica

Tema: Curvas e superfícies de segunda ordem

Grupo III

Discentes: Docente:

Abudo António Iavano Dr. Paulino Cuna

Manuel Ndambindua F. Machava

Miquitaio Inácio Miquitaio

Zeca Sebastião Naife

Songo, 2017
Engenharia Eléctrica

Álgebra e Geometria Analítica

Tema: Curvas e superfícies de segunda ordem

Grupo III

Discentes:

Abudo António Iavano Trabalho de investigação, de carácter


avaliativo, desenvolvido para o
Manuel Ndambindua F. Machava
comprimento do programa da cadeira de
Miquitaio Inácio Miquitaio ALGA, no ISPSongo.
Zeca Sebastião Naife

Docente:
Dr. Paulino Cuna

Songo, 2017
Índice
Introdução ................................................................................................................................... i
Objectivo geral............................................................................................................................ i
Objectivos específicos ................................................................................................................. i
1. Curvas .................................................................................................................................1
1.1. Cónicas .........................................................................................................................1
1.2. Classificação das cónicas ..............................................................................................1
1.2.1. Expressão cartesiana duma circunferência .................................................................2
1.2.2. Equação geral duma circunferência............................................................................3
1.2.3. Equação da circunferência que passa por três pontos .................................................3
1.3. Elipse ............................................................................................................................4
1.3.1. Excentricidade da elipse e directrizes .........................................................................4
1.4. Hipérbole ......................................................................................................................7
1.4.1. Elementos da Hipérbole .............................................................................................7
1.4.2. Excentricidade da hipérbole .......................................................................................8
1.4.3. Equação canónica da hipérbole com centro na origem ...............................................8
1.4.4. Outras formas da equação da hipérbole .................................................................... 10
1.4.5. Equações paramétricas da hipérbole ........................................................................ 12
1.5. Parábola ...................................................................................................................... 12
1.5.1. Elementos da parábola ............................................................................................. 13
1.5.2. Equação canónica da parábola ................................................................................. 13
1.5.3. Outras formas da equação de parábola ..................................................................... 17
1.5.4. Equação paramétrica da Parábola ............................................................................ 18
2. Superfícies Quádricas ..................................................................................................... 18
2.1. Definição .................................................................................................................... 18
2.1.1. Superfície de revolução ........................................................................................... 19
2.1.1.1. Elipsóide .............................................................................................................. 20
2.1.1.2. Hiperbolóides....................................................................................................... 21
2.1.1.2.1. Hiperbolóide de uma folha ............................................................................... 22
2.1.1.2.2. Hiperbolóide de duas folhas.............................................................................. 23
2.1.1.3. Parabolóides ........................................................................................................ 24
2.1.1.3.1. Parabolóide elíptico .......................................................................................... 24
2.1.1.3.2. Parabolóide hiperbólico .................................................................................... 25
2.1.2. Superfícies cónicas .................................................................................................. 26
2.1.3. Superfícies cilíndricas.............................................................................................. 28
3. Conclusão ....................................................................................................................... 30
4. Bibliografia .................................................................................................................... 31
Índice de figuras
Figura 1: cónicas não degeneradas (Parábolas) com equações na forma padrão. .........................2
Figura 2: a) elipse  E  com focos F1  c, 0  e F2  c, 0  ; b) Posicionamento dos focos, vértices e
centro da elipse na recta focal. .....................................................................................................4
Figura 3: elipse cujos focos são e com a>b ....................................5
Figura 4: Elipse cujos focos são e com a  b ..............................6
Figura 5: Semi-rectas que contêm apenas um dos focos. ............................................................7
Figura 6: elementos da hipérbole ................................................................................................7
Figura 7: hipérbole de centro na origem cujo eixo real esta sobre o eixo das abcissas .................9
Figura 8: Hipérbole de centro na origem cujo eixo real esta sobre o eixo das ordenadas ........... 10
Figura 9: hipérbole de centro C (h, k )   0,0  cujo eixo real é paralelo ao eixo das abcissas ...... 10
Figura 10: Exemplo duma hipérbole cujo eixo e paralelo ao eixo das ordenadas. ..................... 11
Figura 11: Elementos da parábola. ........................................................................................... 13
Figura 12: Parábola cujo eixo é o eixo das ordenadas. .............................................................. 14
Figura 13: Concavidades da parábola dependendo do sinal de p e y ....................................... 14
Figura 14: Parábola cujo eixo é o eixo das abcissas. ................................................................. 15
Figura 15: Concavidades da parábola dependendo do sinal de x e p ....................................... 15
Figura 16: Parábola de equação x 2  8 y cujo eixo é o eixo das ordenadas ............................... 16
Figura 17: Translação de eixos ................................................................................................. 16
Figura 18: Translação da parábola x 2  6 x  2 y  5  0 em Ox e Oy . ..................................... 17
Figura 19: Superfície gerada pela revolução da parábola. ......................................................... 19
Figura 20: Elipse no plano yz .................................................................................................. 20
Figura 21: Elipsóide de revolução. ........................................................................................... 20
Figura: 22: Hipérbole no sistema tridimensional ...................................................................... 21
Figura 23: Hiperbolóide de uma folha ao longo do eixo Oz . .................................................... 22
Figura 24: Hiperbolóide de duas folhas ao longo eixo Oy . ...................................................... 23
Figura 25: (a) Parábola no plano yz ; b) Rotação da parábola em torno do eixo Oz ................. 24
Figura 26: Parabolóide de revolução ao longo do eixo Oy ....................................................... 25
Figura 27: Parabolóide hiperbólico ao longo eixo Oz .............................................................. 25
Figura 28: Representação duma recta no Sistema tridimensional .............................................. 26
Figura 29: Superfície cónica elíptica ........................................................................................ 27
Figura 30: Curva num plano ..................................................................................................... 28
Figura 31: Superfície cilíndrica ................................................................................................ 29
Introdução
O presente trabalho tem ao longo do seu desenvolvimento oito subtítulos que de forma objectiva
conduzem à ciência fundamental acerca das curvas e superfícies da segunda ordem, ele inicia
abordando acerca das curvas de segunda ordem, onde se destacam a parábola, circunferência,
elipse e hipérbole. Posteriormente seguem os conteúdos acerca das superfícies de segunda ordem
também chamadas superfície de revolução onde destacam-se o elipsóide, parabolóide,
hiperbolóide, das quais as duas ultimas possuem outras configurações que dão por acréscimo
aos seus nomes um sufixo.

Objectivo geral
Abordar acerca de curvas e superfícies de segunda ordem.

Objectivos específicos
 Definir, classificar e apresentar os elementos das cónicas e quádricas;
 Apresentar as formas canónicas das cónicas e quádricas;
 Mostrar por exemplos a obtenção das equações canónicas e paramétricas das cónicas e
quádricas.
1. Curvas

1.1. Cónicas
Definição 1: Uma cónica no plano (em IR2) é o conjunto dos pontos que satisfazem a equação:
(Eqc. 1)
Onde A, B, C, D, E, e F são números reais com A ou B ou C 0, isto é, não simultaneamente
nulos.

A equação da cónica envolve uma forma quadrática, Q( x, y )  Ax 2  Bxy  Cy 2 , uma forma

linear, L  x, y   Dx  Ey, e um termo constante F, portanto, a equação que define a cónica é:

(Eqc. 2)

1.2. Classificação das cónicas


As cónicas podem ser chamadas cónicas não degeneradas como: a elipse, a hipérbole e a
parábola as outras que são chamadas degeneradas são as que incluem um único ponto e um par
de rectas

Observação: as cónicas não degeneradas podem ser obtidas da intersecção de um cone circular
com um plano.

Diz-se que a equação de uma cónica não degenerada esta na forma padrão se ela tem uma das
formas dadas na figura a seguir:

1
Figura 1: cónicas não degeneradas (Parábolas) com equações na forma padrão.

Circunferência

Definição: Seja a um número real positivo e O um ponto do plano. O lugar geométrico de todos
os pontos do plano que estão à distância a de O é a circunferência de raio a e centro O.
Portanto chama se circunferência a uma curva dada pela equação:

 x  a   y  b  R2
2 2
(Eqc. 3)

Onde R é o raio e C (a, b) o seu centro


Podíamos colocar uma imagem que ilustra a Circunferência.

1.2.1. Expressão cartesiana duma circunferência


Dada a expressão: , Chama-se expressão cartesiana da
circunferência de raio R e centro C( .

Exemplo 1: Achar o centro e o rio da circunferência

R = √ e centro C( .

2
1.2.2. Equação geral duma circunferência
Chama-se equação geral de uma circunferência (C) a expressão:

(equação da cónica)

Exemplo: Determine a equação geral da circunferência:

(C):

Resolução:

( )

, esta é a equação geral da circunferência.

1.2.3. Equação da circunferência que passa por três pontos


Seja P1(X1;Y1); P2(X2;Y2) e P3(X3;Y3) pontos da circunferência (C),
(1). Vamos dividir a equação (1) por A.

C D E
Então obtemos: (C): x 2  y 2  ax  by  c  0 . (2) Onde a  ; b  ;c  Como
A A A
Satisfazem a equação (2) vem que: por analisar

 ax1  by1  c    x12  y12 


x12  y12  by1  c  0 

x22  y22  ax2  by2  c  0 ax2  by2  c    x2  y2 
2 2


 ax3  by3  c    x3  y3 
x32  y32  ax3  by3  c  0 2 2
{

Aplicando o método de Crammer achamos: Onde:

x1 y1 1 x12  y12 y1 1 x1 x12  y12 1 x1 y1 x12  y12


∆  x2 y2 1 ; ∆1  x22  y22 y2 1 ; ∆2  x2 x22  y22 1 ; ∆3  x2 y2 x22  y22
x3 y3 1 x32  y32 y3 1 x3 x32  y32 1 x3 y3 x32  y32

A equação da circunferência (C) será:

→ Equação da circunferência que passa por três pontos.

Exemplo: Escreva a equação da circunferência que passa por P 1(1; -1); P2 (0; 1) e P3(1; 0)

3
Resolução:

| | ; | | ; | | ; | |

Aplicando a fórmula: , teremos:


{ }.

1.3. Elipse
Uma elipse, E, de focos F1 e F2 , é o conjunto do plano que consiste de todos os pontos P cuja

soma das distâncias a F1 e F2 é igual a uma constante 2a  0 , maior do que a distância entre os

focos 2c  0 . Ou seja:
E  P|d  P, F1   d  P, F2   2a ,0  c  a; d  F1 , F2   2c

Figura 2: a) elipse  E  com focos F1  c, 0  e F2  c, 0  ; b) Posicionamento dos focos, vértices e

centro da elipse na recta focal.

1.3.1. Excentricidade da elipse e directrizes


Chama-se excentricidade da elipse a relação entre a semi-distância focal e o comprimento do
semi-eixo da elipse a ou b ((ver figura 2 a) e b));

c c
e  se a  b   e  ( se a  b) (Eqc. 4)
a b

Observação:

 Se , isto é, trata-se de uma circunferência;

4

1.3.2. Directrizes duma elipse

a a2  b b2 
A recta x    x    Ou y    y    Chama-se directriz da elipse e denotasse por
e c  e c 

Procedimentos a considerar:

a a2  a a 2 
a) Se a> b, então 1 : x   x   2
e  : x    x   (Eqc. 5)
e c  e c 

b b2  b b2 
b) Se a <b, então 1 : y   y   e  2 : y    y    (Eqc. 6)
e c  e c 

Construção

Para o caso a). (a> b)

Figura 3: elipse cujos focos são e com a>b

 A equação da elipse cujos focos são e é

x 2 y2 (Eqc. 7)
 1
a 2 b2

Para o caso em (a < b)

5
Figura 4: Elipse cujos focos são e com a  b

 A equação da elipse cujos focos são e é

x2 y2 (Eqc.8)
 1
b2 a 2

Nota-se que em ambos os casos √ .


Exemplo: Determine as coordenadas aos focos e a distância focal da seguinte elipse

Resolução:

Transformando a equação na forma canónica teremos: , sendo

Como

√ √

De onde: F1 (0,  21) e F2 (0, 21)

| | √ √

6
1.4. Hipérbole
Definição: Uma hipérbole, H , de focos F1 e F2 , é o conjunto do plano que consiste de todos os

pontos P tais que o módulo da diferença das distâncias a F1 e F2 é igual a uma constante 2a > 0 ,
menor do que a distância entre os focos 2c  0

 
H  P : d  P, F1   d  P, F2   2a Com 0  a  c; d ( F1 , F2 )  2c ;

Observação 1
Para todo ponto P do plano, temos que d  P, F1   d  P, F2   d  F1 , F2  e a igualdade ocorre se,

e somente se, P pertence à semi-recta de origem F1 que não contém F2 , ou à semi-recta de

origem F2 que não contém F1 . Em particular, como 2a  2c , nenhum ponto sobre essas semi-
rectas pertence à hipérbole H .

Figura 5: Semi-rectas que contêm apenas um dos focos.

1.4.1. Elementos da Hipérbole


Consideremos a seguinte figura:

Figura 6: elementos da hipérbole

Com base nesta figura temos os seguintes elementos da hipérbole:

Focos: são os pontos F1 e F2 ;

7
Distância focal: é a distância 2c entre os focos;

Centro: é o ponto médio do seguimento F1 F2 ;

Vértice: são os pontos A1 e A2 ;

Eixo real ou transverso: é o seguimento A1 A2 de comprimento 2a .

Para A1 tem-se: d  A1 , F1   c  a , d  A1 , F2   a  c e d  A1 , F1   d  A1 , F2   2a  2a

Eixo imaginário ou transverso: é o seguimento B1B2 de comprimento 2b, com B1 B2  A1 A2 em

C. Do triângulo CA2 M obtemos a seguinte relação:

c2  a 2  b2 (Eqc. 9)

Assimptotas: são rectas das quais a hipérbole se aproxima cada vez mais a medida que os pontos
se afastam dos vértices. No caso da figura em estudo as assimptotas são as rectas r e s . O
ângulo  assinalado na figura é chamado abertura da hipérbole.

1.4.2. Excentricidade da hipérbole


É definida pela relação

c (Eqc. 10)
e
a

e por c  a tem se e  1 , quanto maior a excentricidade maior a abertura da hipérbole e vice-


versa.

1.4.3. Equação canónica da hipérbole com centro na origem


Seja a hipérbole de centro C (0, 0) . Consideremos dois casos:

1º) O eixo real esta sobre o eixo das abcissas (x).

Seja P  x, y  um ponto qualquer de uma hipérbole (fig.7)

8
F1  c,0  e F2  c,0  . Pela definição tem-se d  P, F1   d  P, F2   2a ou em coordenadas

 x  c    y  0   x  c    y  0  2a procedendo a simplificação e lembrando que


2 2 2 2

c 2  a 2  b 2 chegamos a equação

x2 y2
 1 (Eqc. 11)
a 2 b2

que é a equação reduzida para este caso.

Figura 7: hipérbole de centro na origem cujo eixo real esta sobre o eixo das abcissas

2º) O eixo real esta sobre o eixo das ordenadas (y)

Observando a figura8, com o procedimento análogo ao primeiro caso, obtemos a equação


reduzida:

y2 x2
 1
a 2 b2

9
Figura 8: Hipérbole de centro na origem cujo eixo real esta sobre o eixo das ordenadas

1.4.4. Outras formas da equação da hipérbole


Seja uma hipérbole de centro C (h, k )   0,0  . Considerando somente os casos em que os eixos

da hipérbole são paralelos aos eixos coordenados.

1º Caso: Quando o eixo real é paralelo ao eixo das abcissas tem-se:

 x  h  y k
2 2

 1 (Eqc. 12)
a2 b2

Figura 9: Hipérbole de centro C (h, k )   0,0  cujo eixo real é paralelo ao eixo das abcissas

2º Caso: Quando o eixo real é paralelo o eixo das ordenadas tem-se:

 y  k 2  x  h 2 (Eqc. 13)
 1
a2 b2

10
Exemplo: Determinar uma equação da hipérbole de vértices A1 1, 2  e A2  5, 2  , sabendo que

F  6, 2  é um dos seus focos.

Resolução: em função dos dados do problema, esboçámos o gráfico desta hipérbole

Figura 10: Exemplo duma hipérbole cujo eixo e paralelo ao eixo das ordenadas.

Sendo eixo real A1 A2 paralelo ao eixo das abcissas a hipérbole é da forma:  x 2h    y 2k   1
2 2

a b

O centro é o ponto médio de A1 A2 : C  3, 2  .É imediato que: a  d  C , A1   2 e c  d  C , F   2 .

Da relação c 2  a 2  b 2 ou 9  4  b 2 , vem b 2  5 . Logo, a equação da hipérbole é

 x  3  y  2
2 2

  1 , eliminando os denominadores, desenvolvendo os quadrados e ordenando


4 5
os termos, encontramos

5  x2  6 x  9   4  y 2  4 y  4   20  5x2  30 x  45  4 y 2  16 y  16  20  0  5 x 2  4 y 2  30 x  16 y  9  0
Que é uma equação geral da hipérbole.

Assim, qualquer hipérbole cujos eixos estejam sobre os eixos coordenados ou são paralelos a
eles, sempre pode representado por uma equação geral que terá a forma
ax 2  by 2  cx  dy  f  0 com a  b de sinais contrários.

11
1.4.5. Equações paramétricas da hipérbole
x2 y2
Considerando a hipérbole de equação   1 , a equação paramétrica dessa hipérbole será:
a 2 b2
 x  a sec
 (Eqc. 14)
 y  b tan 

Observações:

y2 x2
a) No caso de a hipérbole ser   1 , suas equações paramétricas são:
a 2 b2

 x  b tan  (Eqc. 15)



 y  a sec

b) Quando o centro da hipérbole for C  h, k  , aplicando a translação de eixos, as equações

paramétricas são:
 x  h  a sec   x  h  b tan 
  (Eqc. 16)
 y  k  b tan   y  k  a sec 

Conforme o eixo real seja paralelo ao eixo das abcissas ou das ordenadas, respectivamente.

Exemplo: Obter a equação paramétrica da hipérbole de equação 4 x 2  9 y 2  36  0

x2 y 2
Solução: A forma reduzida da equação 4 x 2  9 y 2  36  0 é   1 e, portanto,
9 4
 x  3sec
a  3  b  2 . Logo, 
 y  2 tan 

São equações paramétricas da hipérbole dada.

1.5. Parábola
Definição: Parábola é o conjunto de todos os pontos de um plano equidistantes de um ponto fixo
e de uma recta fixa desse plano.

12
Sejam d  e  F  d nos fig.11 estão assinalados os pontos  P1 , P2 ,V , P3  P  que são

equidistantes do ponto F e da recta d .

Figura 11: Elementos da parábola.

Então um ponto P qualquer pertence a parábola se e somente se, d  P, F   d  P, d  ou de modo

equivalente d  P, F   d  P, P'  onde P ' ‘e o pé da perpendicular baixada de P sobre a recta d .

1.5.1. Elementos da parábola


Pela fig.11 tem-se:

Foco: é o ponto F ;

Directriz: é a recta d ;

Eixo: é a recta e que passa por F e é perpendicular a d ;

Vértice: é o ponto V de intersecção da parábola com o seu eixo.

1.5.2. Equação canónica da parábola


Parábola com vértice V  0,0 

1º Caso: O eixo da parábola é o eixo das ordenadas tomando o ponto P pertencente a parábola de
 p p
foco F  0,  e directriz y   .
 2 2

13
Figura 12: Parábola cujo eixo é o eixo das ordenadas.

 p  p  p
Sendo por definição FP  P ' P como P '  x,   d , vem  x  0, y     x  x, y   ou
 2  2  2
2 2

 x  0    y     x  x    y   elevando os dois membros ao quadrado, obtêm-se


2 p 2 p
 2  2
2 2
 p  p p2 p2
 x  0   y     x  x    y    x 2  y 2  py   y 2  py   x 2  2 py
2 2

 2  2 4 4
(Eqc. 17)

que é a equação reduzida para este caso.

Observação:

a) O número real p é chamado parâmetro da parábola;


b) Se p  0 a parábola tem abertura para cima e, se p  0 , para baixo

Figura 13: Concavidades da parábola dependendo do sinal de p e y

2º caso: O eixo da parábola é o eixo das abcissas


p  p
Sendo P ( x, y ) um ponto qualquer da parábola (figura 14) de foco F  , 0  e directriz x   ,
2  2
obteremos de forma análoga ao primeiro caso, a equação reduzida:

14
y 2  2 px (Eqc.18)

Figura 14: Parábola cujo eixo é o eixo das abcissas.

Observação: analisando a equação anterior tem-se que: se p  0 , a parábola tem abertura para a
direita e se p  0 , a esquerda.

Figura 15: Concavidades da parábola dependendo do sinal de x e p

Exemplo: Para a parábola x 2  8 y , construir o gráfico e encontrar o foco e a equação da


directriz.
Consideremos os pontos  4, 2  e  4, 2  pertencentes a parábola da figura 1.

Como a equação dada é da forma x 2  2 py , tem-se


p
2p 8  p  4   2 Portanto, foco: F  0, 2  , directriz: y  2
2

15
Figura 16: Parábola de equação x 2  8 y cujo eixo é o eixo das ordenadas

Fórmulas de translação

Considerando num plano cartesiano xOy um ponto O'  h, k  , arbitrário. Introduzindo um novo

sistema x 'O' y ' tal que os eixos O ' x '  O ' y ' tenha a mesma unidade de medida, a mesma direcção
e o mesmo sentido dos eixos Ox e Oy . Assim, todo ponto P do plano tem duas representações:

P  x, y  no sistema xOy e P  x' , y '  no sistema x 'O' y ' . Considere-se a fig.17, dela obtém-se

x  x'  h  y  y '  k

x'  x  h  y '  y  k
Que são as fórmulas de translação.

Figura 17: Translação de eixos

16
1.5.3. Outras formas da equação de parábola
Seja uma parábola de vértice V  h, k    0, 0  . Considerando somente os casos de o eixo da

parábola ser paralelo a um dos eixos coordenado.


1º Caso: o eixo da parábola é paralelo ao eixo das ordenadas; a equação toma a seguinte forma:

 x  h  2p y  k
2
(Eqc. 19)

2º Caso: o eixo da parábola é paralelo ao eixo das abcissas; para este caso a equação padrão
toma a forma:

 y k  2 p  x  h
2
(Eqc. 20)

Exemplo: determina uma equação da parábola de vértice V  3, 2  , eixo paralelo ao eixo das

ordenadas e parâmetro p  1
Resolução:
Como o eixo da parábola é paralelo ao eixo das ordenadas, sua equação é da forma

 x  h  2 p  y  k  . Neste caso tem-se:


2

 x  3  2 1 y  2    x  3  2  y  2 
2 2

 x  3  2 1 y  2    x  3  2  y  2   x 2  6 x  9  2 y  4  x 2  6 x  2 y  5  0
2 2

Sendo a equação x 2  6 x  2 y  5  0 a equação geral da parábola cujo esboço encontra-se


ilustrado na fig.18:

Figura 18: Translação da parábola x 2  6 x  2 y  5  0 em Ox e Oy .

Observação: qualquer parábola cujo eixo coincide ou é paralelo a um dos eixos coordenados,
sempre pode ser representada pela equação geral que terá uma das formas

17
ax 2  cx  dy  f  0 com a0 (Eqc. 21)


by 2  cx  dy  f  0 com b0

1.5.4. Equação paramétrica da Parábola


1º Caso: quando tivermos uma parábola cuja equação é da forma: x 2  2 py as equações
paramétricas para este caso são:
 xt

 1 2, t (Eqc. 22)
y  2p t

2º Caso: quando tivermos uma parábola cuja equação é da forma: y 2  2 px as equações


paramétricas para este caso são:

 1 2
x  t
 2p , t (Eqc.23)
 yt

1
Exemplo: obtenha equações paramétricas da parábola de equação: x 2  y
4
 xt
Resolução: Seja x  t , teremos y  4t 2 e, portanto, o sistema 
 y  4t
2

Constitui equações paramétricas desta parábola.

2. Superfícies Quádricas

2.1. Definição
Dada uma equação geral do 2º grau nas três variáveis x, y, z .
ax 2  by 2  cz 2  2dxy  2 fyz  2exz  mx  ny  pz  q  0 (a) (Eqc. 24)
Onde pelo menos a, b, c, d , e ou f e diferente de zero, representa uma superfície Quádricas.
Se a superfície dada pela equação a for cordada pelos planos coordenados ou paralelos a ele a
curva de intercepção será uma cónica.

18
A intersecção de uma superfície com um plano e chamada traço da superfície no plano. Por
exemplo, o traço superfície Quádricas a no plano z  0 e a cónica
ax 2  by 2  2dxy  mx  ny  q  0 contida no plano z  0 .

2.1.1. Superfície de revolução


Defecção: e a superfície gerada pela uma curva plana (chama geratriz) que gira 360º em torno de
uma recta (chamada eixo) situada no plano da curva. Neste caso o traço da superfície num plano
perpendicular ao eixo é uma circunferência e a equação da superfície da revolução é obtida
através da equação da geratriz.
z2  2 y
Exemplo: Seja a superfície gerada pela revolução da parábola  em torno do eixo das
 x0
ordenadas

Figura 19: Superfície gerada pela revolução da parábola.

Seja P  x, y, z  um ponto qualquer da superfície e C  0, y,0  o centro da circunferência que é o

traço da superfície no plano que passa por P e é perpendicular ao eixo y (eixo de revolução),
onde Q  0, y, z1  é o ponto de intersecção da circunferência com a parábola.

Do triângulo em R (fig. 19) vem que: CP   CR    RP   x2  z 2 .


2 2

Mas, CQ  z1  2 y , pois Q é ponto da parábola. Por tanto,

x2  z 2  2 y  x2  z 2  2 y (Eqc. 25)
que é a equação desta superfície. E a equação da geratriz

19
z2  2 y . (Eqc. 26)

2.1.1.1. Elipsóide
Definição: Considerando no plano yz a elipse de equações:

y2 z2
  1, x  0
b2 c2

Figura 20: Elipse no plano yz

O elipsóide de revolução obtém-se girando em torno do eixo Oy a elipse da fig. 20 e sua equação
obtém-se da equação da elipse substituindo z por
y2 x2  z 2 x2 y 2 z 2
 x z  2 
2 2
1 2  2  2 1
b c2 c b c

Figura 21: Elipsóide de revolução.

De maneira análoga se obtém a equação o elipsóide de resolução em torno de Oz , porem


x2 y 2 z 2
substitui-se y por  x 2  y 2 e teremos;   1.
b2 b2 z 2

20
x2 y 2 z 2
O elipsóide da mais geral é representado pela equação: 2  2  2  1  a, b, c   
. a, b
a b c
e c representam as medidas do semieixo do elipsóide.
A última equação é chada forma canónica do elipsóide.

Observação: se os denominadores da última equação forem iguais a equação torna-se na forma


x 2  y 2  z 2  a 2 e representa uma superfície esférica de centro na origem e raio a .

Se o centro do elipsóide é o ponto  h, k , l  e seus eixos forem paralelos aos eixos coordenados a

equação canónica do elipsóide assume a forma:

 x  h  y k  z  1
2 2 2

  1
a2 b2 c2 (Eqc. 27)

2.1.1.2. Hiperbolóides
Os hiperbolóides de revolução são obtidos por rotações em torno de um dos eixos da hipérbole
y2 z2
de equação:   1, x  0
b2 c2

Figura: 22: Hipérbole no sistema tridimensional

21
2.1.1.2.1. Hiperbolóide de uma folha
A rotação dessa hipérbole (Fig. 21) em torno do eixo Oz resulta no hiperbolóide de uma folha
(Fig.22)

Figura 23: Hiperbolóide de uma folha ao longo do eixo Oz .

Cuja equação será obtida da equação da hipérbole substituindo-se y por  x 2  y 2 , então

teremos,

x2  y 2 z 2 x2 y 2 z 2
  1    1 (Eqc. 28)
b2 c2 b2 b2 c2

Chamada formula canónica do hiperbolóide de uma folha ao longo de eixo Oz

As equações canónicas do hiperbolóide de uma folha ao longo dos eixos Oy e Ox


respectivamente, toma as sequentes formas:
x2 y 2 z 2 x2 y2 z 2
  1e  2  2  2 1
a 2 b2 c 2 a b c

22
2.1.1.2.2. Hiperbolóide de duas folhas
A rotação da hipérbole da (Fig. 23) resulta num hiperbolóide de duas folhas (Fig.24), cuja

equação será obtida da equação dessa hipérbole, substituindo-se z por  x 2  z 2 o que resulta

x2 y 2 z 2
em:     1.
c2 b2 c2
De um modo geral um hiperbolóide de duas folhas é representado pela
x2 y2 z 2
    1, (Eqc. 29)
a 2 b2 c2
que é chamada forma canónica do hiperbolóide de duas folhas ao longo eixo Oy .

Figura 24: Hiperbolóide de duas folhas ao longo eixo Oy .

As equações gerais de um hiperbolóide de duas folhas ao longo dos eixos Ox e Oz são


respectivamente:

x2 y 2 z 2
  1 (Eqc. 30)
a 2 b2 c2

x2 y 2 z 2
   1
a 2 b2 c2 (Eqc. 31)

23
2.1.1.3. Parabolóides

2.1.1.3.1. Parabolóide elíptico


y2
Fazendo a rotação da parábola de equação z  2 , x  0 em torno de Oz (Fig25.  a  ), obtém-se
b
x2 y 2
o parabolóide de revolução (Fig.25.  b  ) cuja equação é z  2  2
b b

Figura 25: (a) Parábola no plano yz ; b) Rotação da parábola em torno do eixo Oz

As equações do parabolóide elíptico ao longo dos eixos Oz , Oy e Ox são respectivamente:

x2 y 2
z  , (Eqc. 32)
a 2 b2

x2 z 2
y  (Eqc. 33)
a2 c2

y2 z2
x  . (Eqc. 34)
b2 c2

Exemplo: Representa o parabolóide elíptico de equação y  4 x 2  z 2 ao longo do eixo Oy

x2
.Resolução: A equação dada equivale a y   z 2
1
4

24
Figura 26: Parabolóide de revolução ao longo do eixo Oy

z 2 x2 z2 y2
As outras formas canónicas são y   e x   e representam parabolóides
c2 a2 c2 b2
hiperbólicos ao longo dos eixos Oy e Ox respectivamente.

2.1.1.3.2. Parabolóide hiperbólico


A superfície dada por uma equação do tipo:
y 2 x2
z 2  2 (Eqc. 35)
b a
é denominada parabolóide hiperbólico e esta equação é chamada forma canónica do
parabolóide hiperbólico ao longo eixo Oz (Fig.27)

Figura 27: Parabolóide hiperbólico ao longo eixo Oz

25
2.1.2. Superfícies cónicas
Definição: São superfícies obtidas a partir da rotação de uma recta g de equações z  my, x  0
(considerando o plano yz ) fig.29. A sua equação é obtida da equação da recta substituindo se y

por  x 2  y 2 :

 
z  m  x 2  y 2  z 2  m2  x 2  y 2   z 2 
x2 y 2

a2 a2

Figura 28: Representação duma recta no Sistema tridimensional

A recta g chamada geratriz da superfície e o ponto o ,que separa as duas folhas é o vértice da
superfície.
De modo geral uma superfície cónica elíptica (fig.30) é representada pelas seguintes equações ao
longo dos eixos Oz , Oy e Ox respectivamente.

26
x2 z 2
z  2 2,
2
(Eqc. 36)
a b
x2 z 2
y2   e (Eqc. 37)
a2 c2
y2 z2
x2   (Eqc. 38)
b2 c2

Figura 29: Superfície cónica elíptica

Exemplo: Se a recta z  2 y, x  0 do plano yz girando em torno de Oz , a superfície de revolução


resultante é a superfície cónica circular de vértice na origem e coincidindo com Oz , e cuja

equação se obtém de z  2 y substituindo y por:  x 2  y 2 :

z  2 x 2  y 2  z 2  4  x 2  y 2  .

Observação: Se a superfície cónica tiver centro ou vértice no ponto  h, k , l  e eixo paralelo a um

eixo coordenado as suas equações serão obtidas das correspondentes formas canónicas
substituindo se x por x  h , y por y  k e z por z  l .

27
2.1.3. Superfícies cilíndricas
Definição
Seja C uma curva plana e r uma recta fixa não paralela ao plano de C . Então vale que Superfície
cilíndrica é uma superfície gerada por uma recta g (geratriz) que se move paralelamente a recta
fixa r em contacto permanente com a curva plana c (directriz) fig.31.

Figura 30: Curva num plano

Seja uma parábola de equação x 2  2 y , z  0 dela surge o gráfico em (Fig.32) cuja geratriz é
paralela ao eixo Oz . Pode-se notar que o valor de z não influencia no facto de um ponto
P  x, y, z  , pertencer ou não a superfície. Como para o ponto só interessa as variáveis xy a

própria equação da geratriz é a equação da superfície cilíndrica.

Generalizando, o gráfico em três dimensões de uma equação que não apresenta uma determinada
variável, corresponde uma superfície cilíndrica ao longo do eixo dessa variável ausente.
Para o caso da Fig. 31, a equação da geratriz será x 2  2 y pois a variável ausente z .

28
Figura 31: Superfície cilíndrica

E ainda, com forme a directriz seja uma das cónicas estudadas a superfície cilíndrica é chamada
superfície da cónica em questão.

A fig. 31 representa uma superfície cilíndrica parabólica ao longo do eixo z .

29
3. Conclusão
Tendo ao longo do desenvolvimento do trabalho tratado de forma sintética e objectiva acerca das
curvas e superfícies de segunda ordem, apresentando os conceitos fundamentais acerca destas e
mostrando com exemplos práticos os conteúdos desenvolvidos, torna-se, portanto, positivo
deixar os seguintes pontos como conclusão:

 A diferença entre as curvas e superfícies da segunda ordem reside no facto de as curvas


apresentarem-se no plano, isto é, dependem de duas incógnitas, diferentemente das
superfícies que dependem de mais uma incógnita, isto ‘e, são representadas no espaço.
 As superfícies relacionam-se com as curvas pois a partir da rotação de uma curva
(cónicas) em torno de um eixo no sistema tridimensional obtém-se uma superfície que
recebe o nome de superfície de revolução.
 A variação de qualquer coeficiente associado aos elementos das equações canónicas das
curvas e superfícies de segunda ordem implica em maior parte dos casos uma mudança
na apresentação da curva ou superfície.

30
4. Bibliografia
WINTERLE, Paulo. Vectores e Geometria Analítica. São Paulo: Pearson Markon Books, 2000

VENTURI, Jacir J. Cónicas e Quádricas. Curtiba: 5°.ed, 1949

VENTURI, Jacir J. Álgebra vectorial e geometria analítica, 9°.ed, 1949

BOLDRINI, José Luiz; et al , Álgebra Linear. São Paulo: Harper e Row do Brasil, 3°.ed. 1980

Santos, Reginaldo J.. Um Curso de Geometria Analítica e Álgebra Linear. Belo Horizonte.
Imprensa Universitária da UFMG. 2007

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