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A PAISAGEM MORAL

Resenha de HARRIS. Sam. A Paisagem Moral – como a ciência pode determinar os


valores humanos. Disponível no sítio LeLivros.site.

Por:

Denis de Castro Oliveira

Resenha apresentada à disciplina Ética cristã


do curso de Bacharel em Teologia da
Faculdade Batista do Cariri

CRATO – CE

2018
Esta obra foi escrita por Sam Harris um escritor, filósofo, e neurocientista
americano. É o autor de “A Morte da Fé” e de Carta a Uma Nação Cristã, uma resposta
elaborada às críticas que o livro anterior recebeu. Em 2009, ele completou o seu
doutorado em neurociência na Universidade da Califórnia em Los Angeles. Sua
mensagem é a de que chegou a hora de questionar livremente a ideia de fé religiosa. Harris
entende que a sobrevivência da civilização está em perigo devido ao tabu de não se
questionar as crenças religiosas. Ele enxerga a religião como um impedimento para o
progresso da ética.

Esta obra inicia com uma declaração direta de Harris ao seu objetivo quando diz:
“O que argumentarei aqui, no entanto, é que questões pertinentes a valores — sobre o
sentido das coisas, a moral e o propósito maior da vida — são na verdade questões que
dizem respeito às experiências de seres conscientes.” (p.7).

A ideia do livro, como observado anteriormente, é basicamente uma proposta de


um diálogo sobre como as verdades morais podem ser compreendidas no contexto da
ciência. Com sua argumentação polêmica baseada na seguinte proposição: “o bem-estar
humano depende por completo de eventos externos e estados do cérebro”.

O autor nesta obra faz referencia a um espaço hipotético que por sua vez o chama
de “ ‘paisagem moral’ — um espaço de resultados reais e potenciais cujos picos
correspondem ao apogeu do bem-estar possível e cujos vales representam o mais
profundo sofrimento.” (p.12). O propósito do livro é convencer o leitor de que fatos
científicos e valores humanos não podem mais se separarem. Pois sua concepção parte
do pressuposto de que valores podem ser reduzidos a fatos de indivíduos conscientes.

Harris esclarece que sua sugestão não é que a ciência possa dar um relato evolutivo
ou neurobiológico daquilo que os homens fazem em nome da moral, ou até mesmo que a
ciência pode ajudar a conseguir na vida o que desejar, pois para ele “A ciência
simplesmente representa nosso melhor esforço para entender o que se passa neste
universo, e a fronteira entre ela e o restante do pensamento racional nem sempre pode ser
claramente traçada.” (p.31). Entretanto o seu argumento segue afirmando que a ciência
pode ajudar a entender o que o indivíduo deve fazer e querer.

Em se tratando de bem ou mal, certo ou errado, acredita o autor que se entenderá


cada vez mais em termos científicos, visto que considerações morais se traduzem em fatos
sobre como os pensamentos, bem como as ações afetam o bem-estar de criaturas
conscientes. Segundo o autor “um dos problemas com o consequencialismo na prática é
que nem sempre podemos determinar se os efeitos de uma ação serão bons ou maus.”
(p.63). para ele a moralidade é moldada, em grande parte, pelas normas culturais. O que
em certo aspecto relativiza as consequências de ações, não podemos dessa forma discernir
sobre o bem e o mal fora do contexto cultural.

Esse livro é sem dúvidas muito controverso quanto a sua abordagem da ética. Em
sua tentativa de expor a ética com base na ciência, Harris cai em no absurdo de afirmar
que a pessoa deve poder manifestar suas ideias sem ter medo de represálias, deve poder
sair de casa sem ter que se preocupar e agir de acordo com o que seu “cérebro moral” lhe
guiar. Uma ética sem fundamentos morais transcendentes impede a constituição de uma
ética real e aplicável ao mundo em que vivemos.

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