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TRANSFORMADORES
Um transformador é um dispositivo que converte, por meio da ação de um campo magnético, a energia
eléctrica CA de uma dada frequência e nível de tensão em energia eléctrica CA de mesma frequência, mas
outro nível de tensão. Ele consiste em duas ou mais bobinas de fio enroladas em torno de um núcleo
ferromagnético comum. Essas bobinas (usualmente) não estão conectadas diretamente entre si. A única
conexão entre as bobinas é o fluxo magnético comum presente dentro do núcleo.
Um dos enrolamentos do transformador é ligado a uma fonte de energia eléctrica CA e o segundo (e
possivelmente um terceiro) enrolamento do transformador fornece energia às cargas. O enrolamento do
transformador ligado à fonte de energia é denominado enrolamento primário ou enrolamento de entrada
e o enrolamento conectado às cargas é denominado enrolamento secundário ou enrolamento de saída.
Tipos de núcleo para transformador de potência (são construídos de laminas finas eletricamente
isoladas uma da outro - minimizando correntes de eddy)
ii) Forma de Concha: três pernas de núcleo laminado provido de espiras enroladas ao redor da perna
central
Tipos de transformadores:
i) Transformador elevador - Normalmente localizado perto de um gerador. Sua função é
aumentar o nível de tensão para o transporte.
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2. Transformador Ideal
Definição - um dispositivo sem perdas com dois enlolamentos, um de entrada e outro de
saida.
Figuras abaixo mostram um transformador ideal e seus símbolos esquemáticos.
u p t Np
a
u s t Ns
onde 𝑎 é a relação de espiras do transformador
Np ip (t) = Ns is (t)
i p t 1
is t a
Note em todas relações dá uma relação constante, consequentemente o transformador muda
SÓ o valor de magnitude de corrente e tensão. Ângulo de fase não é afetado.
entao, Psaida
Up
aI cos
p
a
Psaida = Up Ip cos θ = Pent
A mesma idéia pode ser aplicada para a potência reactiva Q e potência aparente S.
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U P aU S U
ZL ' a2 S
IP IS / a IS
ZL’ = a2 ZL
Transformadores ideais nunca podem existir devido ao fato que há perdas associadas à operação de
transformadores. Consequentemente há uma necessidade de olhar para as perdas.
Assuma que há um transformador com seus enrolamentos primários conectados a uma fonte de tensão
monofasica variavel, e o secundário em vazio.
Logo que ligamos a fonte, será gerado um fluxo nos enrolamentos primários, baseado na lei de Faraday,
d
eind
dt
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onde𝜆 é o acoplamento de fluxo no enrolamento pelo qual a tensao está sendo induzida. O acoplamento
de fluxo𝜆 é a soma do fluxo que atravessa cada espira no enrolamento.
N
i
i 1
Esta relação é verdade portanto na suposição que o fluxo induzido em cada espira está à mesma direção e
magnitude. Mas na realidade, o valor de fluxo em cada espira pode variar devido à posição do
enrolamento, a certas posições, pode haver um nível de fluxo mais alto devido a combinação de outro
fluxo de outras espiras do enrolamento primário.
N
Consequentemente a lei de Faraday pode ser re-escrevida como:
d
eind N
dt
A relação de tensão por Transformador
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Esta relação significa que o fluxo comum ao enrolamento primário é proporcional ao nível de tensão do
lado primário dividido pelo número de espiras do primário. Isto gerou fluxo que viajará ao lado
secundário que induz o potencial no terminar do secundário.
Para um transformador ideal, assumimos que 100% de fluxo viajaria ao enrolamento secundário. Porém,
na realidade, há fluxo que não alcança o enrolamento secundário, neste caso o fluxo escapa para fora do
núcleo do transformador. Este escape é chamado como vazamento de fluxo.
Levando em conta o fluxo de vazamento, o fluxo que alcança o lado secundário é chamado fluxo mútuo.
Olhando para o lado secundário, há divisão semelhante de fluxo; conseqentemente o quadro global de
fluxo pode ser visto como abaixo:
P M LP
Lado primário:
dP d d
uP (t ) N P N P M N P LP
dt dt dt
Ou esta equação pode ser reescrita em:
uP (t ) eP (t ) eLP (t )
O mesmo pode ser escrito para a tensão secundária.
dM
eP (t ) N P
dt
E o mesmo vai para o secundário (só substitua 'P' com 'S')
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Então,
eP (t ) N P
a
eS (t ) N S
Corrente de Magnetização em um Transformador Real
Embora a saida do transformador esteja em vazio, haverá fluxo de corrente no enrolamento primário. A
corrente pode ser dividida em 2 componentes:
F Ni R
R
i
N
Então, teoricamente, se fluxo produzido no núcleo for sinusoidal, então a corrente também deve ser
perfeitamente sinusoidal. Infelizmente, isto não é verdade desde que o transformador funciona próxima da
região de saturação. Consequentemente neste momento, mais corrente é requerida para produzir uma
certa quantia de fluxo.
Se o valor de corrente requerida para produzir um determinado fluxo é comparado ao fluxo no núcleo a
tempos diferentes, é possível construir um esboço da corrente de magnetização no enrolamento do núcleo.
Para isto é mostrado abaixo
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1. Não é sinusoidal mas uma combinação de oscilações de altas frequências em cima da frequência
fundamental devido a saturação magnética.
2. A corrente e a tensão estão desfazadas a 90º
A corrente de perda no núcleo, dependente do fluxo de corrente de hysteresis e eddy. Corrente Eddy é
dependente da taxa de mudança de fluxo, consequentemente nós também podemos dizer que a corrente de
perda no núcleo é maior quando o fluxo tende a 0Wb. Então a corrente de núcleo-perda tem as
características seguintes:
a) Quando fluxo estiver a 0Wb, corrente de perda no núcleo terá o seu valor máximo que estará em
fase com a tensão aplicada ao enrolamento primário.
b) Corrente de perda no núcleo é não-linear devido aos efeitos de não-linearidade de hysteresis.
Se o transformador não é conectado a uma carga, nós podemos dizer que o fluxo de corrente total no
enrolamento primário é conhecido como a corrente de excitação.
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carga
Esta força magnetomotriz resultante tem que produzir o fluxo no núcleo, assim
Assim,
NPiP ≈ NSiS
iP N S 1
iS N P a
Como uma conclusão: diferenças principais entre um transformador ideal e real.
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Levando em conta um transformador real, há várias perdas que têm que ser levado em conta para modelar
o transformador, isto é:
i) Perdas no Cobre (I2R) - perdas nos enrolamentos primários e secundários do transformador.
ii) Perdas por correntes de Eddy - perdas no núcleo do transformador. Elas são proporcionais ao
quadrado da tensão aplicado ao transformador.
iii) Perdas de Hysteresis - estas são associadas com o rearranjo dos domínios magnéticos no
núcleo durante cada meio-ciclo. Elas são função complexa, não-linear da tensao aplicada ao
transformador.
iv) Fluxo de Vazamento
O circuito equivalente exacto levará em conta todas as imperfeições principais de um transformador real.
i) Perda no Cobre
Eles são modelados colocando um resistor RP no circuito primário e um resistor RS no
circuito secundário.
ii) Fluxo de vazamento
O fluxo de vazamento nos enrolamentos primários e secundários produz uma tensão dada por:
dLP dLS
eLP (t ) N P eLS (t ) N S
dt dt
Considerando que fluxo é diretamente proporcional ao fluxo de corrente, então nós podemos assumir que
o fluxo de vazamento também é proporcional a fluxo de corrente nos enrolamentos primários e
secundários. As equações a baixo podem representar esta proporcionalidade:
LP ( PN P )iP
LS ( PN S )iS
Assim,
d di
eLP (t ) N P ( PN P )iP N P P P
2
dt dt
d di
eLS (t ) N S ( PN S )iS N S P S
2
dt dt
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A corrente de magnetização im é proporcional (na região não saturada) a tensão aplicada ao núcleo e
modelada como reactancia Xm.
A corrente de perdas no núcleo ih+e é proporcional a tensão aplicada ao núcleo que está em fase com a
tensão aplicada - modelada como uma resistência RC.
Fundado no circuito equivalente, para o cálculo matemático, este transformador equivalente tem que ser
simplificado, referindo as impedâncias do secundário ao primário ou vice-versa.
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O circuito equivalente derivado é detalhado mas é considerado que é muito complexo para aplicações de
engenharia práticas. O problema principal em cálculos será a corrente de excitação e a corrente de eddy e
representação das perdas de hysteresis.
Em situações práticas, a corrente de excitação será relativamente pequena quando comparado à corrente
de carga, a queda de tensão em Rp e Xp será muito pequena, por isso podemos acopular Rp e Xp com as
impedâncias referidas ao secundário para formar a impedância equivalente. Em alguns casos, a corrente
de excitação é completamente negligenciada devido a sua magnitude (muito pequena).
Teste em Vazio
O enrolamento secundário do transformador está em vazio, e seu enrolamento primário é conectado a uma
tensão.
Toda a corrente de contribuição estará fluindo pelo ramo de excitação do transformador. O elemento série
RP e XP são muito pequenos em comparação a RC e XM que causa uma queda de tensão significante.
Para obter os valores de RC e XM, o modo mais fácil é achar a admitância do ramo.
1
Condutância do resistor de perda no núcleo , Gc =
RC
1
Susceptancia do inductor magnetizando, BM =
XM
Estes dois elementos estão em paralelo, assim as suas admitâncias somam-se.
I OC
YE
U OC
O ângulo da admitância pode ser achado do fator de potência de circuito
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POC
PF = cos θ =
U OC I OC
Teste de curto-circuito
Os terminas secundários são curto-circuitados, e os terminais primários são conectados a uma fonte de
tensão muito pequena.
O valor da tensão é ajustado até que a corrente de curto-circuito nos enrolamentos seja igual ao seu valor
nominal.
O ramo de excitação é ignorado, porque a corrente que flui neste ramo durante o teste e muito pequena.
Assim, a magnitude da impedância série referida ao primário é:
U SC
Z SE
Factor de potência, FP = cos θ = PSC / VSC ISC
I SC
Assim,
VSC0 VSC
Z SE
I SC I SC
A impendancia serie sera: ZSE = Req + jXeq
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A tensão de saida de um transformador varia a com a carga se a tensão de entrada permanecer constante.
Isto é porque um transformador real tem impedância série dentro dele. A regulação de tensao a carga
nominal é uma quantidade que compara a tensão de saída em vazio com a tensão de saída a plena carga,
definida pela equação:
𝑈𝑠,𝑉𝑎𝑧𝑖𝑜 − 𝑈𝑠,𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝑈𝑅 =
𝑈𝑆,𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎
𝑈𝑝⁄
𝑎 − 𝑈𝑠,𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝑈𝑅 =
𝑈𝑆,𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎
O processo de resolução de circuitos que contêm transformadores usando o método onde todos
os diferentes níveis de tensão em lados diferentes dos transformadores são referridos para um
nível comum, pode ser bastante tedioso.
O sistema por unidade de medições elimina este problema. As conversões necessárias são
manipulados automaticamente pelo método.
No sistema por unidade, cada quantidade eléctrica é medida como uma fração decimal de algum
nível de base. Qualquer quantidade pode ser expressa numa base por unidade pela equação
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐴𝑐𝑡𝑢𝑎𝑙
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑏𝑎𝑠𝑒
Duas bases são seleccionados para definir um determinado sistema por unidade. Geralmente são
selecionados tensão e potência. Em um sistema monofásico, a relação é :
𝑃𝑏𝑎𝑠𝑒 , 𝑄𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑜𝑢 𝑆𝑏𝑠𝑒 = 𝑈𝑏𝑎𝑠𝑒 𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒
2
𝑈𝑏𝑎𝑠𝑒 𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑈𝑏𝑎𝑠𝑒
𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒 = , 𝑌𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑒 𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒 =
𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑈𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒
Todos os outros valores pode ser calculado uma vez que os valores base de S ( ou P ) e U
foram selecionados.
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A tensão base muda uma vez que passa para o outro lado do transformador , Ubase muda em
cada transformador no sistema de acordo com a sua relação de espiras. Assim, o processo de se
referir quantidades a um nível comum é tirado automaticamente.
Eficiencia de um Transformador
𝑃𝑆𝑎𝑖𝑑𝑎
𝜂= × 100%
𝑃𝑆𝑎𝑖𝑑𝑎 + 𝑃𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠
𝑈𝑆 𝐼𝑆 cos 𝜃
𝜂= × 100%
𝑃𝐶𝑢 + 𝑃𝑁𝑢𝑐𝑙𝑒𝑜 + 𝑈𝑆 𝐼𝑆 cos 𝜃
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