Nome: Paulo Tillmann Ribeiro Neto 21º Turma de Ciências Sociais
MTP II Bibliografia: MILLS, C. Wright. “A promessa”. In: MILLS. A imaginação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1988, p. 9-32.
O autor começa o texto fazendo uma abordagem analítica e crítica da
transformação do homem e da sociedade como um todo, resgatando acontecimentos históricos desde a substituição do feudalismo pelo capitalismo até o final do século XIX. Dentro dessa abordagem o autor expõe como muitas das vezes o homem não se dá conta ou nem ao mesmo percebe sua importância em todo esse cenário de transformação e modernização da sociedade, devido a sua preocupação intensa com seus problemas pessoais (que muitas das vezes está diretamente relacionado com tais transformações). Logo após o autor propõe uma solução para esta problemática, que seja incentivado nos indivíduos uma “imaginação sociológica”, ou seja, um exercício à qualidade de espirito das pessoas, para que assim elas possam melhor compreender a sociedade e os acontecimentos em sua volta, assim como sua importância nos mesmos, em poucas palavras seria o uso da informação para o exercício da razão. Acrescenta ainda que quando conseguimos separar aspectos individuais de aspectos gerais dentro da sociedade ou conseguimos fazer relações entre os dois, nesse momento estaremos fazendo bom uso da “imaginação sociológica”, por exemplo, quando observamos o desemprego dentro de um sociedade, e nela existe apenas uma minoria de desempregados devemos nos atentar a entender os aspectos do desemprego a partir desses indivíduos e de suas características, porém se na mesma sociedade passa a existir um desemprego estrutural (muitas pessoas desempregadas) deve se analisar as instituições e quais os problemas dentro delas estão levando a tal desemprego, isso fazendo uso de uma análise estrutural das mesmas. Após isso Mills faz uma crítica a ciência física moderna, alegando que seus conceitos e estudos são, em muitas das vezes, insuficientes e confusos necessitando cada vez mais de uma reavaliação em sua estrutura. Direciona também uma crítica aos filósofos modernos, que alegam que apenas e exclusivamente através de seus métodos as pessoas seriam capazes de resolver seus problemas pessoais, excluindo assim as infinitas variáveis da problemática humana. Por fim o autor dirige uma crítica à o atual método dos cientistas sociais em suas pesquisas, e também ao caráter que vem se formando em torno das ciências sociais como um todo. Sua principal indignação com as novas pesquisas realizadas são principalmente voltados ao aspecto pragmático e simplório de seus temas, para ele as ciências sociais tem se preocupado demais com temas pífios e sem muita importância para a sociedade como um todo, quase que se fechando em uma bolha ideológica. Considerações finais Minha experiência com o texto foi muito boa em geral, a leitura foi de fato bastante fluída e sem muitas dúvidas de vocabulário ou de referências teóricas feitas pelo autor. Gostei bastante da crítica que Mills faz a forma contemporânea de se “fazer ciência”, alegando que as pesquisas cada vez mais se distanciam dos problemas públicos presentes na sociedade. Vale salientar também a crítica que ele faz as pesquisas sociais, que realmente muita das vezes ficam fechadas em seu próprio método, muito ligadas à burocracia ou receitas prontas, ou simplesmente por não terem relevância alguma para a sociedade, isso causado não só pelo tema pífio mas também pela saturação de temas presente nas pesquisas contemporâneas. Critica essa muito atual em nossa área, percebemos em nosso dia a dia muito do que Mills denúncia sobre as pesquisas nas ciências sociais, sem dúvida um autor de muita importância para o desenvolvimento de uma pesquisa, seja ela de qualquer tema, pois o próprio nos leva a refletir se não estamos caindo nas armadilhas colocadas pelo nosso próprio metodismo.