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AULA 10
O QUE NÓS VIMOS ATÉ AGORA?????

1. As origens históricas do direito falimentar


1.1. O direito falimentar no Brasil
1.2. A evolução da legislação falimentar brasileira
2. Falência
2.1. Natureza jurídica da falência
2.2. Princípios da falência
2.3. Pressupostos da falência
2.4. Procedimento para a decretação da falência
2.4.1. O sujeito passivo do pedido de falência
2.4.2. O sujeito ativo do pedido de falência
2.4.3. O foro competente para o pedido de falência
2.4.4. O pedido de falência: a demonstração da insolvência (jurídica ou presumida) do
devedor
2.4.5. A resposta do devedor ao pedido de falência
2.4.6. A denegação da falência
2.4.7. A decretação da falência
2.4.8. Recurso contra a sentença que julga o pedido de falência
2.4.9. A participação do Ministério Público na fase pré-falimentar
2.5. Efeitos da decretação da falência
2.5.1. Efeitos da falência quanto à pessoa e aos bens do devedor
2.5.2. Efeitos da falência quanto às obrigações do devedor
2.5.3. Efeitos da falência quanto aos credores do falido
2.6. O processo falimentar
2.6.1. O procedimento de arrecadação dos bens do devedor
2.6.2. O procedimento de verificação e habilitação dos créditos
2.6.3. A realização do ativo do devedor
2.6.4. Pagamento dos credores
2.6.5. Encerramento do processo falimentar
2.7. A extinção das obrigações do devedor falido
3. Recuperação judicial
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1) O PROCESSO FALIMENTAR

 Iniciou a falência com a sentença e não foi feito o deposito elisivo;

 o processo falimentar terá a execução concursal do empresário individual


ou da sociedade empresária;

 a finalidade do processo falimentar é “promover o afastamento do


devedor de suas atividades” visando a “preservar e otimizar a utilização produtiva dos
bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa”, conforme o
art. 75, da LRE;

 O mesmo art. 75 da LRE, em seu parágrafo único, ainda prevê que o


processo falimentar deve atender “aos princípios da celeridade e da economia
processual”;

2) O PROCEDIMENTO DE ARRECADAÇÃO DOS BENS DO DEVEDOR

 Algumas observações já vistas mas que cabem ser relembradas;

 Quais são os bens que devem ser atingidos pela instauração da


execução concursal???

 em princípio, são os bens da sociedade, e não os dos sócios que a


integram;

 E se tratar de sociedades nas quais a responsabilidade é ILIMITADA, o


que acontece?,

 a decretação da falência da sociedade também acarreta a decretação da


falência dos sócios, que se submetem aos mesmos efeitos, conforme disposto no art.
81 da LRE;

Art. 81. A decisão que decreta a falência da sociedade com sócios ilimitadamente
responsáveis também acarreta a falência destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos
jurídicos produzidos em relação à sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para
apresentar contestação, se assim o desejarem. (...)
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 e se tratar de sociedade cuja responsabilidade dos sócios seja


LIMITADA, o que acontece????

 eles poderão ter o seu patrimônio pessoal atingido, conforme previsto no


art. 82 da LRE;

Art. 82. A responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada, dos


controladores e dos administradores da sociedade falida, estabelecida nas respectivas leis,
será apurada no próprio juízo da falência, independentemente da realização do ativo e da
prova da sua insuficiência para cobrir o passivo, observado o procedimento ordinário previsto
no Código de Processo Civil.

§ 1o Prescreverá em 2 (dois) anos, contados do trânsito em julgado da sentença de


encerramento da falência, a AÇÃO DE RESPONSABILIZAÇÃO prevista no caput deste artigo.

E o que mais????
 Há, ainda, a possibilidade de desconsideração da personalidade
jurídica da sociedade falida (art. 50 do Código Civil), caso em que os sócios também
poderão ser pessoalmente atingidos pelos efeitos da falência;

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo DESVIO DE


FINALIDADE, OU PELA CONFUSÃO PATRIMONIAL, pode o juiz decidir, a requerimento da
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas
e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos
administradores ou sócios da pessoa jurídica.

Vimos também que :

 “desde a decretação da falência o devedor perde o direito de administrar


os seus bens ou deles dispor” (art. 103 da LRE).

Art. 103. Desde a decretação da falência ou do seqüestro, o devedor perde o direito de


administrar os seus bens ou deles dispor.

 a administração dos seus bens passa para o administrador judicial;

 que assinará o termo de compromisso, “efetuará a arrecadação dos


bens (com exceção dos bens absolutamente impenhoráveis) e documentos e a
avaliação dos bens, separadamente ou em bloco, no local em que se encontrem,
requerendo ao juiz, para esses fins, as medidas necessárias” (art. 108 da LRE);
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 Os bens arrecadados constituem, pois, a chamada massa falida objetiva,


que corresponde, então, ao ativo do devedor submetido à execução concursal
falimentar;

 massa falida subjetiva - corresponde a massa de credores ou corpus


creditorum.

AQUI COMEÇA A AULA DE HOJE


Da Arrecadação e da Custódia dos Bens

Art. 108. Ato contínuo à assinatura do termo de compromisso (art.33), o administrador judicial efetuará a
arrecadação dos bens e documentos e a avaliação dos bens, separadamente ou em bloco, no local em
que se encontrem, requerendo ao juiz, para esses fins, as medidas necessárias (inclusive força policial).

§ 1o Os bens arrecadados ficarão sob a guarda do administrador judicial ou de pessoa por ele
escolhida, sob responsabilidade daquele, podendo o falido ou qualquer de seus representantes ser
nomeado depositário dos bens.

§ 2o O falido poderá acompanhar a arrecadação e a avaliação.

§ 3o O produto dos bens penhorados ou por outra forma apreendidos entrará para a massa,
cumprindo ao juiz deprecar, a requerimento do administrador judicial, às autoridades competentes,
determinando sua entrega.

§ 4o Não serão arrecadados os bens (absolutamente) impenhoráveis. (antigo Art. 649, CPC/73)

§ 5o Ainda que haja avaliação em bloco, o bem objeto de garantia real será também avaliado
separadamente, para os fins do § 1o do art. 83 desta Lei.

Art. 33. O administrador judicial e os membros do Comitê de Credores, logo que nomeados, serão
intimados pessoalmente para, em 48 (quarenta e oito) horas, assinar, na sede do juízo, o termo de
compromisso de bem e fielmente desempenhar o cargo e assumir todas as responsabilidades a ele
inerentes.

Art. 833. São impenhoráveis: (NCPC)

II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo


os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio
padrão de vida;

V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis


necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;

...
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 bens arrecadados constituem a chamada MASSA FALIDA OBJETIVA


(ativo do devedor); (para não esquecer)

PODE O JUIZ MANDAR LACRAR O ESTABELECIMENTO????? QUAL O MOTIVO????

 para facilitar a arrecadação o juiz pode determinar a lacração do


estabelecimento (art.109 da LRE);

 a lacração serve para evitar o desaparecimento de determinados


bens, além da substituição de bens de maior valor por bens de menor valor;

Art. 109. O estabelecimento será lacrado sempre que houver risco para a execução da etapa
de arrecadação ou para a preservação dos bens da massa falida ou dos interesses dos
credores.

 AUTO DE ARRECADAÇÃO:
Art. 110. O auto de arrecadação, composto pelo inventário e pelo respectivo laudo de
avaliação dos bens, será assinado pelo administrador judicial, pelo falido ou seus
representantes e por outras pessoas que auxiliarem ou presenciarem o ato.

§ 1o Não sendo possível a AVALIAÇÃO dos bens no ato da arrecadação, o administrador


judicial requererá ao juiz a concessão de prazo para apresentação do laudo de avaliação, que
não poderá exceder 30 (trinta) dias, contados da apresentação do auto de arrecadação.

§ 2o Serão referidos no inventário:

I – os livros obrigatórios e os auxiliares ou facultativos do devedor, designando-se o


estado em que se acham, número e denominação de cada um, páginas escrituradas, data do
início da escrituração e do último lançamento, e se os livros obrigatórios estão revestidos das
formalidades legais;

 Os livros e documentos que os acompanham serão levados ao juízo para o respectivo encerramento

II – dinheiro, papéis, títulos de crédito, documentos e outros bens da massa falida;

III – os bens da massa falida em poder de terceiro, a título de guarda, depósito, penhor ou
retenção;

IV – os bens indicados como propriedade de terceiros ou reclamados por estes,


mencionando-se essa circunstância.

§ 3o Quando possível, os bens referidos no § 2o deste artigo serão individualizados.


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§ 4o Em relação aos bens imóveis, o administrador judicial, no prazo de 15 (quinze) dias


após a sua arrecadação, exibirá as certidões de registro, extraídas posteriormente à
decretação da falência, com todas as indicações que nele constarem.

ABRIR O AUTO DE ARRECADAÇÃO (EXEMPLO)

PODE SER RETIRADO DO LOCAL OS BENS ARRECADADOS?

Art. 112. Os bens arrecadados poderão ser removidos, desde que haja necessidade de sua
melhor guarda e conservação, hipótese em que permanecerão em depósito sob
responsabilidade do administrador judicial, mediante compromisso.

SE OS BENS FOREM PERECÍVEIS?????

Art. 113. Os bens perecíveis, deterioráveis, sujeitos à considerável desvalorização ou que


sejam de conservação arriscada ou dispendiosa, poderão ser vendidos antecipadamente, após
a arrecadação e a avaliação, mediante autorização judicial, ouvidos o Comitê e o falido no
prazo de 48 (quarenta e oito) horas.

 Nesse sentido, já decidiu o Superior Tribunal de Justiça:


FALÊNCIA. LEILÃO. VENDA ANTECIPADA. RISCO. INVASÃO. In casu, o Tribunal a

quo reconheceu a necessidade da venda antecipada de duas fazendas de propriedade

da massa falida, a fim de evitar invasões do MST, até porque já ocorreram no passado,

além de serem dispendiosos os gastos para fiscalizar e guardar os imóveis. Ao

prosseguir o julgamento, a Turma não conheceu do REsp. Embora a matéria requeira

apreciação de fatos, o Min. Relator argumentou que, apesar de ainda não terem sido

apreciados todos os créditos declarados no processo de falência, inviabilizando a

confecção final do quadro geral de credores, justifica-se a medida devido ao risco de

invasão pelo MST. Ademais, a título de cautela, a situação de urgência reclama e até

autoriza o juízo falimentar a deferir a venda antecipada do bem, evitando prejuízos à


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massa falida e aos empregados sem pagamento. Outrossim, invocando palavras do

MPF, destacou-se que a interposição do recurso contra a decisão de venda antecipada

indica o exercício do direito ao contraditório pelo recorrente (REsp 648.014/RJ, Rel.

Min. Castro Filho, j. 05.04.2005, Informativo 241/2005).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE FALÊNCIA. MANUTENÇÃO DA DECISÃO


AGRAVADA. VENDA DE AERONAVE QUE ESTA SE DEPRECIANDO. URGENCIA DA
MEDIDA PARA EVITAR MAIORES PREJUÍZOS ENQUANTO NÃO SE DETERMINA QUEM
SERÁ O VERDADEIRO PROPRIETÁRIO DO BEM. POSSIBILIDADE. PODER GERAL DE
CAUTELA DO JUÍZO MONOCRÁTICO, NOS TERMOS DO ART. 798, CPC. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO À UNANIMIDADE.

No caso em apreço é inegável o risco de desvalorização e perecimento da aeronave arrecadada


pela Massa Falida, haja vista que a demora do trâmite processual à exemplo do caso da VASP
reduziu o seu patrimônio a sucata. Nesse sentido o STJ tem sedimentado o entendimento na
necessidade de venda antecipada dos bens de propriedade da massa falida, diante do perigo de sua
deterioração, (...)

Deste modo, considerando que a discussão acerca da propriedade da aeronave demandará farta
produção de provas acolho o pedido da Administradora Judicial e autorizo a venda antecipada dos bens
arrecadados às fls. 381/397, especialmente, a aeronave Marca/Modelo Boing/737-300 consoante
disciplina o art.222, II, alínea j, 113, 144, da Lei n.11.1011/2005.

CREDORES PODEM ADQUIRIR OU ADJUDICAR OS BENS ARRECADADOS PELO


VALOR DA AVALIAÇÃO?????

Art. 111. O juiz poderá autorizar os credores, de forma individual ou coletiva, em razão dos
custos e no interesse da massa falida, a adquirir ou adjudicar, de imediato, os bens
arrecadados, pelo valor da avaliação, atendida a regra de classificação e preferência entre
eles, ouvido o Comitê.

 O que é adjudicação???
Adjudicação é o ATO JUDICIAL mediante o qual se declara e se estabelece que a propriedade de
uma coisa (bem móvel ou bem imóvel) se transfere de seu primitivo dono (transmitente) para
o credor (adquirente), que então assume sobre ela todos os direitos de domínio e posse inerentes a
toda e qualquer alienação.
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 Essa medida é muitas vezes interessante, porque evita a realização de


leilão para a venda dos bens, acelerando o trâmite do processo falimentar;

 Diminui os custos de manutenção de determinados bens, tem que ser


observado a classificação dos credores;

O ADMINISTRADOR JUDICIAL PODE ESTABELECER NOVO CONTRATO COM OS


BENS ARRECADADOS????

 Vejamos o seguinte artigo:

Art. 114. O administrador judicial poderá alugar ou celebrar outro contrato referente aos bens
da massa falida (exemplo da locadora de carros falida) , com o objetivo de produzir renda
para a massa falida, mediante autorização do Comitê.

§ 1o O contrato disposto no caput deste artigo não gera direito de preferência na


compra e não pode importar disposição total ou parcial dos bens.

§ 2o O bem objeto da contratação poderá ser alienado a qualquer tempo,


independentemente do prazo contratado, rescindindo-se, sem direito a multa, o contrato
realizado, salvo se houver anuência do adquirente.

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