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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA 2

AULA PRÁTICA N° 03:


COLUNA DE BORBULHAMENTO

ALUNO: Jhonatan Douglas Moura de Oliveira


PROFESSORA: Eliane Medeiros
TURMA: QC

ABRIL/2018
RECIFE/PE
2

1. INTRODUÇÃO

Entende-se por coluna de borbulhamento como contactores empregados para


promover a transferência de massa em reações químicas em fases distintas (gás/líquido e
gás/líquido/sólido). Essas colunas podem apresentar três tipos de regime de escoamento, que
estão diretamente relacionados com a velocidade superficial do gás, que são: homogêneo,
heterogêneo ou pulsante. O uso das colunas de borbulhamento para fins industriais nos são
nas operações de refino de petróleo, fermentação e tratamento de águas residuais vêm
apresentando destaque nos últimos anos.
O regime homogêneo (Buddy Flow) é caracterizado por baixas velocidades
superficiais de gás, com bolhas esféricas e tamanhos uniforme ao longo da coluna. Ao
aumentar a vazão do gás, o regime homogêneo entra em um regime de transição para depois
iniciar o regime heterogêneo (Churn-Turbulent Flow). Este regime é caracterizado por bolhas
de formas e tamanhos não uniformes com tendência a se estabelecer um equilíbrio entre a
quebra e a coalescência das bolhas. Ao aumentar novamente a vazão do gás, a depender do
diâmetro da coluna, o regime pulsante (Slug Flow) será formado, onde as bolhas coalescem e
aumentam suas densidades, esse fenômeno forma bolhas de gás do tamanho do diâmetro da
coluna, com uma frequência quase constante.
Define-se retenção gasosa por fração volumétrica do gás na mistura, seja ela
gás/líquida ou gás/líquida/sólida. Este parâmetro depende das condições de operação do
sistema, das propriedades físico-químicas dos fluidos envolvidos (massa específica e
viscosidade dinâmica do líquido), das dimensões da coluna (diâmetro), do tamanho das bolhas
e velocidade superficial do gás.

2. OBJETIVOS

 Avaliar os regimes de borbulhamento da coluna;


 Calcular a potência dissipada pelo sistema, a retenção gasosa (εG) e o coeficiente
volumétrico de transferência de massa gás/líquido (kLa);
 Estimar a condutância da sonda (Kp).
3

3. MATERIAIS E METODOLOGIA

3.1. MATERIAIS
Na Tabela 1 estão descritos os materiais e equipamentos utilizados para a realização
desse experimento.

Tabela 1. Materiais e equipamentos utilizados no experimento.


MATERIAIS QUANTIDADE
Água 2,5L
Cilindro de Ar pressurizado 1
Cilindro de N2 pressurizado 1
Rotâmetro 1
Manômetro 1
Sonda de O2 1
Coluna de Borbulhamento 1

3.2. METODOLOGIA
3.2.1. Potência dissipada
 Inicialmente, ajusta-se a vazão de entrada do gás para 180 L/h;
 Em seguida, com auxílio de um manômetro, mede-se a pressão estática do
gás na entrada da coluna de borbulhamento;
 Repete-se o item anterior para vazões de gás de 180 L/h; 230 L/h, 260 L/h,
300 L/h e 340 L/h.
3.2.2. Retenção Gasosa

 Realiza-se a medição da altura do líquido em repouso HI;

 Ajustando a vazão de gás para 180 L/h, mede-se a altura da dispersão


gás/líquido (HF) na coluna de borbulhamento para as vazões de gás de 180
L/h; 230 L/h, 260 L/h, 300 L/h e 340 L/h.
4

3.2.3. Determinação da dinâmica da sonda de medição de oxigênio


Foi determinada a dinâmica da sonda de oxigênio utilizando dois béquers, um com
água destilada saturada com oxigênio e outro com água destilada completamente
desoxigenada a partir do borbulhamento de nitrogênio no béquer da seguinte maneira:

 Inseriu-se a sonda de oxigênio no béquer contendo a água destilada isenta de


oxigênio, esperou-se a sonda registrar o valor zero, deixando-a estabilizar por
alguns segundos;
 Em seguida retira-se a sonda deste meio e, instantaneamente, inseriu-se a
mesma no béquer contendo a água destilada saturada com oxigênio.
Acompanhou-se a evolução da concentração de oxigênio até a sua saturação.

3.2.4. Determinação do coeficiente volumétrico de transferência de massa


gás/líquido kLa
 A água destilada contida na coluna de borbulhamento foi desoxigenada
substituindo-se a corrente de ar por nitrogênio; nestas condições, a sonda de
oxigênio, colocada no líquido, indicou um valor de concentração.
 Em seguida, a corrente de nitrogênio foi substituída por uma corrente de ar na
mesma velocidade do gás estudada, conferindo então uma perturbação de
concentração do tipo degrau positivo.
 Repetiu-se o processo para as vazões de gás de 180 L/h; 230 L/h, 260 L/h, 300
L/h e 340 L/h.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. POTÊNCIA DISSIPADA (W)


A potência dissipada para cada vazão volumétrica foi obtida por meio da Equação 1,
onde Pg é a pressão estática do gás na entrada da coluna e Qg a vazão volumétrica do gás.
𝑊 = 𝑃𝐺 𝑄𝐺 (Equação 1)
Na Tabela 2 estão apresentados os valores obtidos da potência dissipada para cada
vazão de entrada de gás na coluna.
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Tabela 2. Valores da pressão registrados e potência dissipada calculada para cada vazão de entrada de gás.

Vazão (L/h) Vazão (m³/s) Pg rel (bar) Pg abs (Pa) Potência (W)
0 0 0 98700 0
180 0,00005 0,26 124700 6,24
230 6,39x10-5 0,48 146700 9,37
260 7,22 x10-5 0,6 158700 11,46
300 8,33 x10-5 0,8 178700 14,89
340 9,44 x10-5 0,98 196700 18,58

Na Figura 1 foi plotado o gráfico da Potência versus Vazão para os dados obtidos da
Tabela 2. Foi obtido um R² de 0,9422 e observado que à medida que se aumento da vazão na
coluna de borbulhamento, obteremos uma maior potência dissipada, já que o aumento da
velocidade das partículas acarreta em um maior atrito com o sistema.

Potência versus Vazão


20.00
y = 0.0528x - 1.4298
Potência Dissipada (W)

18.00 R² = 0.9422
16.00
14.00
12.00
10.00
8.00
6.00
4.00
2.00
0.00
0 50 100 150 200 250 300 350
Vazão (L/h)

Figura 1. Potência dissipada, em Watts, em função da vazão de gás, em L/h.

4.2. RETENÇÃO GASOSA (εg)


A retenção gasosa foi obtida por meio da Equação 2, onde Hf e Hi são as alturas finais
e inicial respectivamente.
𝐻𝐹 −𝐻𝐼
𝜀𝐺 = (Equação 2)
𝐻𝐹

Na Tabela 3 estão apresentados os valores obtidos da retenção gasosa para cada vazão
de entrada de gás na coluna.
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Tabela 3. Dados da vazão relacionados com a altura do líquido na coluna e retenção gasosa.

Vazão (L/h) hf (cm) εg


0 80 0
180 87,6 0,086758
230 90,6 0,116998
260 91,9 0,129489
300 93,7 0,146211
340 95,7 0,164054

Na Figura 2 foi plotado o gráfico da Retenção Gasosa versus Vazão para os dados
obtidos da Tabela 3. Foi obtido um R² de 0,9982 e observado um comportamento crescente e
linear da retenção gasosa conforme o aumento da vazão de gás. Isso se deve ao fato de que
apresentamos um maior volume de entrada de gás no sistema acarretando em uma maior
presença do próprio na mistura, o que aumenta a altura de dispersão da mistura bifásica.

Retenção Gasosa versus Vazão


0.18
0.16 y = 0.0005x + 0.0008
Retenção Gasosa (Ɛg)

R² = 0.9982
0.14
0.12
0.1
0.08
0.06
0.04
0.02
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Vazão (L/h)

Figura 2. Gráfico da retenção gasosa em função da vazão de gás, em L/h, na coluna de borbulhamento.

4.3. Condutância da sonda (Kp)


Para a determinação da constante de tempo da sonda é necessário considerar as
seguintes hipóteses:

 A fase líquida fechada é considerada como sendo homogênea;


 A fase líquida é saturada com oxigênio e o equilíbrio termodinâmico é estabelecido na
interface gás/líquido.
 Aplicando o balanço de material para a sonda de oxigênio (Equação 3), tem-se:
7

𝑑𝐶𝑃
= 𝐾𝑃 (𝐶𝑂2∗ − 𝐶𝑃 ) (Equação 3)
𝑑𝑡

Onde:

𝐶𝑃 → 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑂2 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑠𝑜𝑛𝑑𝑎 𝐾𝑃 → 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑛𝑑𝑎

𝐶𝑂2∗ → 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑂2 𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑡 → 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑥𝑖𝑔𝑒𝑛𝑎çã𝑜

Ao integrar esta equação diferencial e aplicar a condição inicial CP = 0 em t = 0,


obtém-se a solução analítica (Equação 4):

 C 
ln 1  *P    K P t (Equação 4)
 CO 
 2 

Logo, linearizando os dados obtidos da dinâmica da sonda na forma


 C 
 ln 1  *P   f (t )
 CO 
 2  , pode-se obter o valor da condutância da sonda, KP, pelo coeficiente
angular da regressão linear.

Nas Figuras 3 e 4, são representados os resultados para o primeiro ensaio realizado,


onde podemos analisar a concentração de O2 ao longo do tempo de identificação da sonda. A
partir da sonda, pode-se definir que concentração de saturação de O2 é aproximadamente de
8,23 mg/L, sendo atingida em um tempo t = 120 segundos.

1° Ensaio (Dinâmica de Sonda)


Oxigênio (mg/L)
30.00
Concentração de O2 (mg/L)

25.00

20.00

15.00

10.00

5.00

0.00
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500
Tempo (s)

Figura 3. Concentração de O2 x Tempo (1º Ensaio).


8

Na Figura 4 é apresentado a equação que descreve o ln da concentração (Equação 4)


através da linearização, obteve-se, podendo então, inferir que o valor de KP = 0,0595.

Linearização 1º Ensaio
8
y = 0.0595x + 0.0727
7
R² = 0.9572
6
5
4
3
2
1
0
0 20 40 60 80 100 120 140
Tempo (s)

Figura 4. Linearização (1º Ensaio).

Nas Figuras 5 e 6, são representados os resultados para o segundo ensaio realizado. A


partir da sonda, pode-se definir que concentração de saturação de O2 é aproximadamente de
8,21 mg/L, sendo atingida em um tempo t = 84 segundos.

2º Ensaio (Dinâmica de Sonda)


Oxigênio (mg/L)
30.00
Concentração de O2 (mg/L)

25.00

20.00

15.00

10.00

5.00

0.00
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500
Tempo (s)

Figura 5. Concentração de O2 x Tempo (2º Ensaio).


9

Na Figura 6 é apresentado a equação que descreve o ln da concentração (Equação 4)


através da linearização, obteve-se, podendo então, concluir que o valor de KP = 0,0911.

Linearização 2º Ensaio
8
y = 0.0911x - 0.6823
7
R² = 0.9885
6
5
4
3
2
1
0
-1 0 20 40 60 80 100
-2
Tempo (s)

Figura 6. Linearização (2º Ensaio).

Nas Figuras 7 e 8, são representados os resultados para o terceiro ensaio realizado. A


partir da sonda, pode-se definir que concentração de saturação de O2 é aproximadamente de
8,28 mg/L, sendo atingida em um tempo t = 80 segundos.

3° Ensaio (Dinâmica de Sonda)


Oxigênio (mg/L)
30.00
Concentração de O2 (mg/L)

25.00

20.00

15.00

10.00

5.00

0.00
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500
Tempo (s)

Figura 7. Concentração de O2 x Tempo (3º Ensaio).

Na Figura 8 é apresentado a equação que descreve o ln da concentração (Equação 4)


através da linearização, obteve-se, podendo então, concluir que o valor de KP = 0,0917.
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Linearização 3º Ensaio
8
y = 0.0917x - 0.6965
7
R² = 0.9897
6
5
4
3
2
1
0
-1 0 20 40 60 80 100
-2
Tempo (s)

Figura 8. Linearização (3º Ensaio).

Percebe-se que há uma pequena diferença para o valor de KP e o tempo para


estabilização em cada um dos ensaios. Portanto, tomou-se a média destes três valores, tendo
assim KP = 0,0808.

4.4. Coeficiente Volumétrico de Transferência de Massa Gás/Líquido (kLa)

Para determinar o coeficiente volumétrico de transferência de massa gás/líquido (kLa),


deve-se construir um modelo que se considera que o volume da fase líquida é homogêneo
para que o equilíbrio termodinâmico na interface gás/líquido seja estabelecido.
Partindo-se da Equação 3 temos que:
𝑑𝐶𝑂2
𝑉𝐿 = 𝐾𝐿 𝑆(𝐶𝑂2∗ − 𝐶𝑃 ) (Equação 5)
𝑑𝑡
𝑑𝐶𝑂2
= 𝐾𝐿 𝑎′(𝐶𝑂2∗ − 𝐶𝑃 ) (Equação 6)
𝑑𝑡

Considerando a condição de contorno CO2 = Cp = 0 e resolvendo os sistema de equações


formados pelas Equações 5 e 6 temos:

(Equação 7)
Na Figura 9 está apresentada a identificação da curva teórica da sonda do primeiro ensaio
(Figura 3) com a curva teórica obtida a partir da Equação 7. Percebem-se que as curvas coincidiram
para um chute de valor kLa de 0,187.
11

1º Ensaio
30

Concentração de O2 (mg/L) 25

20

15

10

0
0 100 200 300 400 500
Tempo (s)

Figura 9. Curvas teóricas da sonda e da obtida a partir da Equação 7 (1º Ensaio).

Na Figura 10 está apresentada a identificação da curva teórica da sonda do segundo ensaio


(Figura 5) com a curva teórica obtida a partir da Equação 7. Percebem-se que as curvas coincidiram
para um chute de valor kLa de 0,12.

2º Ensaio
30
Concentração de O2 (mg/L)

25

20

15

10

0
0 100 200 300 400 500
Tempo (s)
Figura 10. Curvas teóricas da sonda e da obtida a partir da Equação 7 (2º Ensaio).

Na Figura 11 está apresentada a identificação da curva teórica da sonda do terceiro ensaio


(Figura 7) com a curva teórica obtida a partir da Equação 7. Percebem-se que as curvas coincidiram
para um chute de valor kLa de 0,15.
12

3º Ensaio
30

Concentração de O2 (mg/L)
25

20

15

10

0
0 100 200 300 400 500
Tempo (s)

Figura 11. Curvas teóricas da sonda e da obtida a partir da Equação 7 (2º Ensaio).

Percebe-se que há uma pequena diferença para o valor de KLa cada um dos ensaios.
Portanto, tomou-se a média destes três valores, tendo assim KLa = 0,152.

5. CONCLUSÕES
A partir do experimento, foi plausível analisar a potência dissipada numa coluna de
borbulhamento, através da passagem de uma corrente de gás, utilizando-se os dados de
pressão e vazão do gás. Observou-se que maiores vazões geraram maiores potências
dissipadas.
Foi calculado a retenção gasosa na coluna para diferentes vazões de gás (avaliando-se
os regimes de borbulhamento formados), e observou-se que a retenção também aumenta com
o aumento da vazão.
Estimou-se também a condutância da sonda (Kp) e o coeficiente volumétrico de
transferência de massa gás/líquido (KLa).

REFERÊNCIAS
[1] Roteiro de Aula experimental - HIDRODINÂMICA E TRANSFERÊNCIA DE
MASSA EM CONTATORES GÁS-LÍQUIDO, LEQ2 - Recife – UFPE, 2017.

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