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PSICOSE
NEUROSE
A neurose, por sua vez, divide-se em histeria e neurose obsessiva. Seu mecanismo de
defesa é o recalque ou repressão. Então, enquanto o psicótico encontra sempre fora de si o
problema, e acaba por revelar seus distúrbios, ainda que de forma distorcida, o neurótico age
da forma oposta. O conteúdo problemático é mantido em segredo. E não só para os outros, mas
para o próprio indivíduo que sente. O neurótico guarda dentro de si o problema externo. É disso
que se trata o recalque ou repressão.
Para que alguns conteúdos fiquem recalcados ou reprimidos, a neurose provoca no
indivíduo uma cisão da psique. Tudo o que é doloroso é recaldado e permanece obscuro,
causando sofrimentos que o indivíduo mal pode identificar – apenas sentir. Por não poder
identificá-los a pessoa passa a reclamar de outras coisas, de sintomas que sente (e não da causa).
No caso da histeria, o indivíduo permanece dando voltas em torno de um mesmo problema
insolúvel. É como se a pessoa nunca conseguisse encontrar a verdadeira causa de sua frustração,
por isso as constantes reclamações. É possível identifica ainda uma busca constante por um
objeto ou uma relação idealizada, na qual o indivíduo deposita aquela frustração recalcada. Isso,
logicamente, leva a mais frustrações.
Na Neurose Obsessiva o indivíduo permanece também dando voltas em torno dos
mesmos problemas. Nesse caso, no entanto, existe uma forte tendência em organizar tudo ao
seu redor. Essa necessidade de organização externa seria um mecanismo para evitar pensar nos
problemas reais recalcados em seu interior.
Neurose Obsessiva - Na neurose obsessiva o que notamos mais frequentemente é a tentativa
de organização, de organizar as coisas ao redor como evitar o contato com o que foi recalcado.
O contato com a verdade seu desejo e da sua falta. O sujeito que se estrutura na neurose
obsessiva tende a atender as demandas do outro, da escola, do trabalho, do parceiro de vida, de
forma a não ter que entrar em contato com seu próprio desejo, suas angustias e dificuldades
mais profundas na relação consigo e com os demais. Pode ocorrer sintomas
como: comportamentos compulsivos, como por exemplo, lavar a mão com frequência não usual
ou mania extrema com ordem/limpeza; ter ideias obsedantes, por exemplo, de que alguém pode
estar perseguindo-o e, ao mesmo tempo, ocorre uma luta contra esses pensamentos e dúvidas
quanto ao que faz ou fez.
Neurose Histérica – Notamos na pessoa que se estrutura dentro da neurose histérica uma
queixa e busca incessante concomitante a um desejo constantemente. O desejo tem como
referencial sempre o desejo do outro, estar. Quando há sintomatologia mais frequentemente o
conflito psíquico aparece nos sintomas corporais. Por exemplo, crise de choro com teatralidade,
ou sintomas que se apresentam de modo duradouro, como a paralisia de um membro, a úlcera
etc. Compreendendo a neurose como uma estrutura podemos compreender os diferentes graus
e manifestações dos comportamentos que trazem mais ou menos sofrimento para o indivíduo e
aqueles que o cercam dependendo da história infantil de cada um, os fatores de vida atual e o
contexto cultural que perpassa cada pessoa.
PERVERSÃO