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Índice
História
Atributos positivos e negativos
Exemplos na arte renascentista
Referências
Ligações externas
História
Castiglione escreveu O Cortesão como um retrato de um cortesão idealizado—aquele que seria capaz de manter longamente o apoio
de seu governante. Um bom cortesão deveria ser hábil com armas, em eventos esportivos, e nas searas da música e da dança.[4] Um
cortesão que tem sprezzatura, por sua vez, conseguiria fazer essas tarefas difíceis parecerem simples – e, mais importante, sem
esforço e casualmente. Embora asprezzatura seja uma forma de afetação, pois consiste em um comportamento artificial ou fingido, a
busca por transmitir uma imagem livre de qualquer afetação é um de seus aspectos fundamentais. A respeito sprezzatura, Castiglione
disse:
No entanto, embora a faculdade da sprezzatura tivesse seus benefícios, ela também tinha seus inconvenientes. Como
a sprezzatura busca fazer parecerem fáceis as tarefas difíceis, aqueles que a utilizam devem ser capazes de agir de maneira
convincente, e portanto enganar aos outros com sucesso.[9] Consequentemente, seu emprego generalizado criaria uma "cultura da
suspeita, que se auto-alimenta".[10] Além disso, uma vez que os cortesãos tinham de ser diligentes na manutenção de suas fachadas, e
mantê-las indefinidamente, "o subproduto da performance do cortesão é que a realização da
sprezzatura exige-lhe negar ou denegrir a
sua natureza".[11] Por conseguinte, o cortesão que se destaca por sua sprezzatura correria o risco de perder-se para a fachada criada
para os seus pares.
A sprezzatura é um dos principais elementos da arte e escultura maneiristas, particularmente dentre os membros da escola da bella
maniera, na qual o artista sintetiza os melhores atributos de várias fontes em um novo design. A sprezzatura enfatizou efeitos
virtuosos que foram apresentados com aparente facilidade. O Perseu deCellini seria um excelente exemplo.
Além disso, "as poses e vestes dos dois também revelam uma transformação sutil que reflete a mesma alteração deliberada de
atitude".[12] Por exemplo, a graça do José de Perugino é "enfatizada pelo destaque da roupagem e do corpo. A facilidade do
movimento em S que vai da orelha ao dedo do pé é inescapavelmente óbvia".[12] Por outro lado, a graça exibida pelo José de
Raphael" é igualmente grande, mas talvez mais afetiva, pois o modo de sua expressão é menos óbvio".
Referências
3. Berger, Harry Jr. (2002). «Sprezzatura and the
1. Baldassare Castiglione, Il libro del Cortegiano/Libro Absence of Grace». In:Javitch, Daniel. The Book of
primo/Capitolo XXVI. 2002, p. 32. the Courtier: The Singleton Translation. New York:
2. Rebhorn 1978, p. 33. W.W. Norton. p. 297. ISBN 0393976068
4. Castiglione 2002, p. x.
5. Castiglione 2002, p. 32.
6. Rebhorn 1978, p. 14. 10. Berger 2002, p. 299.
7. Rebhorn 1978, p. 35. 11. Berger 2002, p. 306.
8. Rebhorn 1978, p. 44. 12. Louden (1968). «'Sprezzatura' in Raphael and
9. Wescott, Howard (2000). «The Courtier and he
t Hero: Castiglione». Art Journal. 28 (1): 45. JSTOR 775165
Sprezzatura from Castiglione to Cervantes». In: (https://www.jstor.org/stable/775165)
Francisco La Rubia Prado.Cervantes for the 21st
Century. Newark: Juan de la Cuesta. p. 227
Ligações externas
Definição e exemplos de Sprezzatura(em inglês).
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