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DINÂMICA DE COMUNIDADES VEGETAIS EM GRADIENTE FISIONÔMICO MÉSICO-XÉRICO DOS CERRADOS MARGINAIS (NORTE-NORDESTE) BRASILEIRO View project
All content following this page was uploaded by Antonio Alberto Jorge Farias Castro on 06 November 2015.
Conservação de
Ecossistemas
Universidade Federal do Piauí CCN Biologia Teresina PI
Fotografia da Capa:
Fotografia estilizada de um trecho da vegetação de floresta estacional
semidecidual da área de chapada da Serra Vermelha,
Redenção do Gurguéia, Piauí
Créditos:
Programa bioTEN, 2008_09
Publ. avulsas conserv. ecossistemas, 23:1-72 (mai. 2009) 1
RESUMO
Várias são as abordagens que se pode fazer sobre a biodiversidade. Neste estudo, a
biodiversidade de tipo associada com a diversidade de ecossistemas foi a abordagem
perseguida por conta da oportunidade de se fazer pela primeira vez a caracterização da
vegetação florestal de transição da área de chapada da Serra Vermelha
(9°20'47,8"-9°55'15,1"S, 43°54'01,9"-44°58'48,5"W e 535-700 m), municípios de Redenção do
Gurguéia, Bom Jesus, Morro Cabeça no Tempo e Curimatá. Com aplicação do Protocolo de
Avaliação Fitossociológica Mínima (PAFM), foram instaladas 30 parcelas de 20x30 m (600
m²), correspondendo a 1,8 hectares de área amostrada, onde foram incluídos todos os
indivíduos lenhosos vivos com DNS ≥ 3 cm. A suficiência de amostragem florística foi
alcançada. Um total de 146 táxons foi registrado, relacionados a 44 famílias e 99 gêneros
botânicos. As famílias de maior representatividade em relação ao número de espécies na
taxocenose foram Caesalpiniaceae (19), Fabaceae (14) e Bignoniaceae (10). Em relação ao
número de espécies, os gêneros que mais se destacaram foram Bauhinia (6), Hymenaea e
Erythroxylum (4), Aspidosperma, Combretum, Croton e Passiflora (3). No que se refere
às famílias com maior número de indivíduos, destacaram-se Caesalpiniaceae com 805,
Euphorbiaceae (781) e Erythroxylaceae (661). Em relação ao posicionamento das famílias
quanto ao IVI, verificou-se que na área de estudo, Caesalpiniaceae (16,75%), Euphorbiaceae
(7,83%) e Erythroxylaceae (7,16%) se destacam. O Índice de Shannon variou de 2,76 a 3,22
nats./inds. e o de Equabilidade, de 0,81 a 0,91, conferindo à taxocenose altas diversidade e
equabilidade. A comparação das espécies da área de estudo com 12 levantamentos realizados
em vários tipos de vegetação "atlântica" e com 6 outros levantamentos de vegetação florestal
do interior do Nordeste, mostra similaridade maior com vegetação de "floresta estacional
semidecidual" do bioma Caatinga. De forma complementar, a comparação das espécies da área
de estudo com 11 levantamentos desenvolvidos em vários tipos de vegetação "seca" do
Nordeste, indica que a Floresta Estacional Semidecidual de Transição da área de chapada
da Serra Vermelha apresenta maiores semelhanças com a "caatinga do sedimentar" e,
principalmente com o "carrasco", afastando esta do enquadramento enquanto "mata atlântica
do Nordeste", o que não a dispensa absolutamente de ser conservada, principalmente por
causa do seu caráter de "insubstituibilidade".
INTRODUÇÃO
TERMOS DE REFERÊNCIA
Domínio Fitogeográfico:
[Botânica/Fitogeografia]: Determinado pelo tipo de vegetação [e elementos florísticos
autóctones] (dessa vegetação e/ou formação vegetal) de uma região natural.
EM DISCUSSÃO
Antes da existência da Lei da Mata Atlântica (Lei Nº 11.428, de 22/12/2006) não havia
nenhum instrumento de proteção voltado para as "florestas estacionais semideciduais ou
deciduais", diferentemente do "status" de proteção das "matas de galeria", ou "matas ciliares",
por exemplo, por causa do Código Florestal (Lei Nº 4.771, de 15/9/1965).
Assim, aquelas "florestas secas" em uma situação de não consideração quanto ao fato
da "caatinga" sequer ser um dos "patrimônios nacionais" do Brasil, porque a mesma e o
"cerrado" não foram contemplados no $4º do Art. 225 da Constituição Federal de 1988, as
mesmas passaram a ter proteção sob a égide da "lei da mata atlântica" como se todas as
florestas estacionais fossem também "mata atlântica".
Antes e durante a gestão do Decreto Lei Nº 750, de 10/2/1993, muita discussão já
havia sobre a definição real dos domínios da Mata Atlântica. Até então, a base era o Mapa de
Vegetação do Brasil de 1988, resultado de interpretações visuais e automáticas a partir dos
padrões de contraste da textura das imagens de satélite e das escalas de trabalho disponíveis à
época.
Falava-se de domínio sem nem mesmo ter-se conhecimento sobre a flora (composição
florística) de "todas" as matas atlânticas brasileiras. Que domínio era este? Domínio
morfoclimático e fitogeográfico? Domínio fitogeográfico? Domínio florístico?
Para alguns especialistas, o "domínio" ou a distribuição da "mata atlântica" deveria ser
restrita à faixa litorânea e os que admitiam uma penetração para o interior do Brasil referiam-se
apenas à região Sudeste. Inclusive, aquele Decreto Lei Nº 750 já refletia isto quando fazia
referência a "espaços que contivessem aspectos fitogeográficos e botânicos sob influência das
condições climatológicas peculiares do mar".
Depois disto, políticas de inclusão foram aos poucos considerando todas as áreas
associadas delimitadas a partir do Mapa de Vegetação do Brasil (IBGE 1988), como as Florestas
Ombrófilas (Densa, Mista e Aberta), as Florestas Estacionais (Semidecidual e Decidual), os
Manguezais, as Restingas e Campos de Altitude associados, bem como os Brejos interioranos e
também os "encraves florestais" da região Nordeste, reforçando cada vez mais a idéia de que
"todas as formações florestais extra-amazônicas" seriam, ou deveriam ser, então, "mata
atlântica".
Como até aqui, no entanto, nenhuma contribuição apareceu (ou foi priorizada) a partir
do conhecimento da flora (composição florística) dessas "formações florestais", a situação
continuou/continua sem mudanças, ao ponto, inclusive, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) cometer generalizações absurdas, como as mais recentes, com referência à
retirada dos cerrados setentrionais do Piauí do bioma Cerrado por ocasião da revisão das "áreas
prioritárias para conservação da biodiversidade do bioma Cerrado e Pantanal", em 2006, e da
extensão do bioma Mata Atlântica para 42 (quarenta e dois) municípios do Piauí, conforme as
"áreas de aplicação da Lei Nº 11.428 de 2006", em 2008, incluindo absurdamente as "florestas
estacionais deciduais" de Teresina, capital do Estado, e entorno.
Se alguns levantamentos florísticos foram feitos para algumas "matas", acabaram,
provavelmente, ficando pouco divulgados ou absolutamente restritos ao ambiente acadêmico
das Universidades ou Institutos de Pesquisa.
S OL OS
A caracterização dos solos se baseou na descrição do Perfil 21, Amostra "P 36",
coletada por Heráclio Fernandes Raposo de Mélo Filho e Antonio Cabral Cavalcanti (Embrapa
1986, pág. 148-150) na estrada Curimatá/Parnaguá, 35 km de Curimatá, município de
Parnaguá (PI), nas coordenadas de 9°54'S, 44°33'W e 340 m, muito próximas das áreas
amostradas na Serra Vermelha, aplicáveis no contexto deste Relatório.
O solo é do tipo Latossolo Amarelo, Álico, Horizonte A Fraco, Profundo (cerca de até
110 m), Fase Caatinga Hipoxerófila (Grameal), Relevo (local) Plano. Ver Figura 1.
Litologia e cronologia: Formação Sambaíba do Triássico. Material originário:
cobertura de material arenoso sobre arenitos. Sem pedregosidade e sem rochosidade. Relevo
regional: plano e suave ondulado. Erosão: nula e laminar ligeira. Drenagem:
acentuadamente drenado. Vegetação Primária: Caatinga.
Figura 1. Fotografia em terra de um trecho de uma das estradas na área de chapada da Serra Vermelha.
Condomínio Fazenda Chapada do Gurguéia (CCG). Detalhe para o Latossolo Amarelo. Município de Curimatá, PI (?).
Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
CLIMA DA REGIÃO
Assim, o período chuvoso vai de novembro a março. Com base em uma CAD de
120 mm, segundo a mesma Rossato (2001), a deficiência hídrica anual é de 685,0 mm. Não
há excedente.
Em Redenção do Gurguéia as temperaturas médias oscilam entre os valores de
24,7°C (fevereiro) a 28,6°C (setembro) com média de 26,1°C (Lima e Assunção 2002). As
temperaturas mínimas variam de 18,6°C (julho) a 21,8°C (outubro) com média de 20,4°C e as
máximas, por sua vez, variam de 30,0°C (fevereiro) a 36,0°C (setembro) com média de
32,6°C. A precipitação total anual gira em torno de 904,6 mm. Chuvas com mais de 100 mm
acontecem do início do verão (dezembro) a meados do outono (abril) do ano seguinte. O mês
mais chuvoso, cerca de 190 mm, continua sendo janeiro, e o menos chuvoso, cerca de menos
de 1 mm, corresponde a junho. Em julho e agosto não chovem. Assim, o período chuvoso
vai de dezembro a abril. Com base naquela mesma CAD, a deficiência hídrica anual é de
698,1 mm. Excedente, somente em março, de 46,7 mm.
Para a região, a evapotranspiração potencial total anual varia de 1.548,3 mm a
1.576,0 mm.
Em Curimatá e Redenção do Gurguéia o clima é do tipo C1dA'3a' (subúmido seco
com pouco [março] ou nenhum excedente de água, terceiro megatérmico e pequena amplitude
térmica anual).
Em Morro Cabeça no Tempo o clima é do tipo C1dA'4a' (subúmido seco com
pouco ou nenhum excedente de água, segundo megatérmico e pequena amplitude térmica
anual).
De acordo com Andrade Júnior e col. (2004), considerando cenários diferentes, isto é,
seco, regular, chuvoso e médio, o clima para a região de estudo pode variar de árido
(passando por semi-árido) a subúmido seco, dependendo do método que se utiliza para o
cálculo da evapotranspiração potencial. Diferenças entre Thornthwaite (1948) e Thornthwaite e
Mather (1955).
No caminho para a Serra Vermelha, partindo de Bom Jesus, vários tipos de vegetação
aparecem com variações de caducidade e com muitos sinais de secundarificação. Nas partes
mais baixas e com solos arenosos, o cerrado (cerrado típico e cerradão de cerrado)
predomina, mas muito queimado e com áreas vastíssimas impactadas por práticas passadas e
recentes de implantação de lavouras de subsistência (Figura 2). À esquerda da PI-257 depois
da Placa de Sinalização para a Serra Vermelha, a fisionomia da vegetação é a de floresta
estacional decidual (Figuras 3 e 4) com muitos sinais de secundarificação.
A presença de Amburana cearensis (imburana-de-cheiro) (Figura 5), espécie
comum das "caatingas arbustivo-arbóreas", de Cenostigma gardnerianum (caneleiro,
canela-de-velho) (Figura 6), espécies comuns das "matas de encosta", e em solos arenosos, a
Parkia platycephala (faveira-de-bolota) (Figura 7), a Magonia pubescens (tingui-de-bola)
(Figura 8) e a Dimorphandra gardneriana (barbatimão 1) (Figura 9), espécies comuns do
"cerrado", emprestam à paisagem, de um modo geral, um caráter de transição.
1
Na Serra Vermelha, uma vez que o nome mais comum na maioria dos lugares é "Fava-d'Anta".
Figura 2. Fotografia em terra de um trecho da vegetação impactada pelo fogo nas margens da PI-257. Vegetação de
Cerrado Típico (Cerrado sensu stricto). Município de Redenção do Gurguéia, PI (?). Créditos: Programa bioTEN
(2008_09).
Figura 3. Fotografia em terra de um trecho da vegetação na direção/subida da Serra Vermelha à esquerda da PI-
257. Floresta Estacional Decidual. Município de Curimatá, PI (?). Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 6. Tronco de caneleiro (Cenostigma gardnerianum Tul.). Município de Curimatá, PI (?). Créditos: Programa
bioTEN (2008_09).
Figura 7. Folhagem da faveira-de-bolota (Parkia platycephala Benth.). Município de Redenção do Gurguéia, PI (?).
Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 8. Tronco de tingui-de-bola (Magonia pubescens A. St-.Hil.). Município de Redenção do Gurguéia, PI (?).
Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 9. Folhas de barbatimão (Dimorphandra gardneriana Benth.). Município de Redenção do Gurguéia, PI (?).
Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 10. Fotografia em terra de um trecho da vegetação de porte mais alto na Serra Vermelha. Município (?).
Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 11. Fotografia em terra de um trecho da vegetação de porte mais baixo na Serra Vermelha. Município (?).
Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 12. Fotografia em terra de um trecho da vegetação muito afetada pelo fogo na Serra Vermelha. Uma das
áreas de Reserva Legal. Município (?). Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 13. Fotografia em terra de outro trecho da vegetação muito afetada pelo fogo na Serra Vermelha. Uma das
áreas de Reserva Legal. Município (?). Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
METODOLOGIA
Área de Estudo
Figura 14. Recorte de uma imagem do Google Earth (Versão 4.2, Imagem de 13/11/2007, Acessada em 30/4/2009)
da área de chapada da Serra Vermelha. Detalhe para o Ponto 2.0 (9º55'15,1"S, 44°28'52,5"W e 324 m), à esquerda
da PI-257, e Ponto 24.9 (9°35'49,9"S, 44°04'07,2"W e 613 m), um dos pontos centrais de coleta de material botânico.
Município de Parnaguá, Piauí (?). Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 15. Distribuição dos pontos de coleta de material botânico na subida e na área de chapada da Serra
Vermelha. Municípios de Redenção do Gurguéia, Curimatá e Morro Cabeça no Tempo, PI (?). Pontos: P01
(09°51'03,5''S, 44°28'13,1''W e 437 m), P02 (09°49'10,6''S, 44°27'05,2''W e 491 m), P03 (09°47'16,3''S, 44°21'51,3''W
e 599 m), P04 (09°41'26,2''S, 44°13'20,5''W e 620 m), P05 (09°39'27,7''S, 44°10'53,7''W e 567 m), P06 (09°40'59,6''S,
44°06'15,7''W e 673 m), P07 (09°39'36,4''S, 44°11'11,1''W e 503 m), P08 (09°37'50,6''S, 44°07'52,5''W e 644 m), P09
(09°35'49,9''S, 44°04'07,2''W e 613 m), P10 (09°34'27,7''S, 43°57'39,9''W e 699 m) e P11 (09°35'51,3''S, 43°55'05,8''W
e 637 m). Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Tabela 1. Relação dos pontos de parada/observação e coordenadas geográficas anotadas durante as excursões e
coletas de material botânico. Área de chapada da Serra Vermelha.
PONTOS
LATITUDE LONGITUDE ALTITUDE
PONTOS DE
(Sul) (Oeste) (metros)
COLETAS
Tabela 2. Relação das coordenadas geográficas anotadas para as 30 (trinta) unidades amostrais em que foram
realizados os levantamentos fitossociológicos. Área de chapada da Serra Vermelha.
H' = - [pi.ln(pi)],
1. Índice de Sørensen
IS =2a/(2a+b+c)
J' = H'/ln(S)
Listas de Espécies
Para a primeira comparação, a idéia foi a de analisar quanto de semelhança (ou não)
nossas espécies guardam com as espécies de "mata atlântica" do Nordeste. Para isto foram
selecionadas listas no portal "Scientific electronic library online" (SCIELO Brasil) a partir
de publicações produzidas nos últimos 10 (dez) anos, 1999 a 2008, relacionadas com a
fisionomia "mata atlântica do Nordeste". Neste contexto 16 (dezesseis) "checklists" foram
selecionadas para serem confrontadas com mais 3 (três): Avelino Lopes (Castro e col. 2007),
SNE (2005) e Toniolo e col. (2005).
Para a segunda comparação, o foco foi o de verificar quanto de semelhança (ou não) a
flora (ou flórula) da Serra Vermelha mantém com a flora de áreas de outros tipos de
vegetação "seca" do Nordeste. Para isto foram selecionadas listas de trabalhos considerados
importantes para o Nordeste, ou pelo seu ineditismo à época da publicação, ou por conta da
qualidade dos trabalhos e/ou dos seus autores, ou por conta das áreas e tipos de vegetação
característicos.
Nessas comparações o método de classificação foi o de análise de agrupamentos (de
aglomerados ou "cluster analysis") [PC-ORD, Versão 4.14, Método de Ligação: Método de
Ward. Medida de Distâncias: Índice de Sørensen (Bray-Curtis)] e o de classificação-ordenação
foi o de análise de espécies indicadoras ("Two-way indicator species analysis", TWINSPAN) [PC-
ORD, Versão 4.14, Número de Amostras: 19 (dezenove) e Número de Espécies: 829
(oitocentos e vinte e nove)].
RESULTADOS
Flora
Tabela 3. Lista das famílias e espécies presentes nas áreas amostradas na Serra Vermelha. NI (Espécie Não
Determinada Taxonomicamente). NIA (Número de Indivíduos Amostrados). Nas três últimas colunas o "-" (hífen) faz
referência a ausência de "nome vulgar" ou a espécies apenas observadas (não amostradas quantitativamente).
01 Anacardiaceae 0 0
04 Asteraceae (Compositae) 0 0
Continuação.
06 Bombacaceae 0 0
26 Pseudobombax sp embiratanha - -
07 Boraginaceae 8 0,14
Continuação.
09 Celastraceae 4 0,07
47 Maytenus sp - 4 0,07
11 Convolvulaceae 0 0
53 Evolvulus sp1 - - -
54 Evolvulus sp2 - - -
Continuação.
67 Dioclea sp2 - - -
68 Dipteryx lacunifera Ducke fava-de-morcego 41 0,69
69 Lonchocarpus sp1 - 2 0,03
70 Lonchocarpus sp2 - 2 0,03
71 Machaerium sp violete - -
72 Platypodium elegans Vogel sucupira - -
73 Pterodon abruptus (Moric.) Benth. cangaeiro 19 0,32
74 Stylosanthes sp - - -
75 Swartzia flaemingii Raddi var psilonema
banha-de-galinha 67 1,13
(Harms) R.S.Cowan
76 Trischidium decipiens (R.S.Cowan) H.Ireland
- 11 0,19
(= Bocoa decipiens Cowan)
77 Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke amargoso - -
78 NI sp3 - 2 0,03
16 Loganiaceae 2 0,03
17 Lythraceae 0 0
18 Malpighiaceae 94 1,59
19 Malvaceae 40 0,68
Continuação.
20 Melastomataceae 0 0
21 Meliaceae 0 0
23 Moraceae 0 0
Continuação.
27 Olacaceae 24 0,41
28 Passifloraceae 0 0
112 Passiflora sp - - -
113 Passiflora cincinnata Mart. - - -
114 Passiflora recurva Mart. - - -
29 Polygalaceae 0 0
Continuação.
32 Sapindaceae 2 0,03
33 Sapotaceae 78 1,32
34 Solanaceae 0 0
35 Sterculiaceae 0 0
36 Tiliaceae 73 1,24
37 Turneraceae 6 0,10
38 Verbenaceae 1 0,02
Conclusão.
40 Desconhecida 1 19 0,32
41 Desconhecida 2 2 0,03
42 Desconhecida 3 4 0,07
43 Desconhecida 4 0 0
44 Desconhecida 5 0 0
Figura 16. Distribuição das famílias botânicas pelos números de espécies na área de chapada do Condomínio Fazenda
Chapada do Gurguéia (CCG), Serra Vermelha. Município (?). Créditos: Programa bioTEN (2008_09)
Figura 17. Distribuição dos gêneros botânicos pelos números de espécies na área de chapada do Condomínio Fazenda
Chapada do Gurguéia (CCG), Serra Vermelha. Município (?). Créditos: Programa bioTEN (2008_09)
Tabela 4. Lista dos levantamentos realizados na "Mata Atlântica" segundo indicação dos seus próprios autores (L1:
Rodal e Nascimento 2002, L2: Pereira e Alves 2006, L4: Rodal e col. 2005, L5: Ferraz e Rodal 2006, L6: Oliveira e col.
2006, L8: Rodal e col. 2005, L9: Meira Neto e col. 2005, L10: Cestaro e Soares 2004, L11: Sambuichi 2006, L12:
Locatelli e Machado 2004, L13: Feitosa 2004, L15: Nascimento e Rodal 2008, L16: Andrade e Rodal 2004, L18: Pereira
e col. 2002 e L19: Sambuiche 2002), levantamentos realizados na Serra Vermelha (L24: Toniolo e col. 2005 e L25:
Castro e col. [este trabalho]), levantamento realizado em Avelino Lopes (L26: Castro e col. 2007) e levantamento
realizado nos ecótonos meridionais do Piauí: L27: SNE 2005). MCP (Método de Coletas Preferenciais). DAP (Diâmetro
à Altura Padrão: 1,30 m). PAP (Perímetro à Altura Padrão: 1,30 m). CFCG (Condomínio Fazenda Chapada do
Gurguéia).
COORDENADAS
PRECIPITAÇÃO
CRITÉRIO DE
FISIONOMIA
ID (Shannon)
INCLUSÃO
LOCAL e
LISTA
(mm)
SOLO CLIMA NTI NE
Reserva
Bruno Não
Floresta Serrana
Biológica de
Cálcico, Areia
Serra Negra
Quartzosa e
(Inajá e 271
1 MCP Podzólico - - 900 -
Floresta, (319)
Vermelho- A
PE):
marelo
8º35-38'S e
Eutrófico
38º02-04'W
APA Barra
do Rio Quente
Atlântica
Oriental
Mata
Mamanguape
2 MCP - - - - 111
(Rio Tinto, Úmido e
Marcação e Subúmido
Lucena, PB)
Mata do
Brejão,
Mata da
Prefeitura,
Mapa da
Brejo de Altitude
Maguary e
Mata do
1.100
4 Assentamento MCP - - - - -
(Bonito,
PE):
08º29'40"S
e
35º41'45"W
e 450-500
m
Continuação.
COORDENADAS
PRECIPITAÇÃO
CRITÉRIO DE
FISIONOMIA
ID (Shannon)
INCLUSÃO
LOCAL e
LISTA
(mm)
SOLO CLIMA NTI NE
Mata do
Sirigi na
Floresta Ombrófila
Zona da Podzólico
Mata Norte Vermelho
Montana
DAP Quente e
(São Amarelo
1.103
1.521
5 5 Úmido - 151
Vicente Órtico
cm (Köppen)
Férrer, PE): (Brasil,
07°38'S e 1981a)
35°30'W e
600-640 m
Reserva
Ecológica Altur
Floresta Ombrófila
Estadual a
Mata do 0,2 2,2
Aberta
1.450
4.997
6 Pau-Ferro me Podzólico - a 90
(Areia, PB): DNS 3,5
06°58'S e
35°42'W e 3 cm
600 m
Mata do Floresta Estacional Semidecidual
Toró,
Estação
Ecológica
do Tropical
Terras Baixas
Tapacurá com
1.300
de
Continuação.
COORDENADAS
PRECIPITAÇÃO
CRITÉRIO DE
FISIONOMIA
ID (Shannon)
INCLUSÃO
LOCAL e
LISTA
(mm)
SOLO CLIMA NTI NE
Muçununga
Baixas (Muçununga)
de
Floresta Ombrófila
Densa de Terras
Caravelas
1.200 a 1.750
(Caravelas, Espodossolos
53
9 BA): 17°41' MCP (Embrapa, - - -
(67)
13"S e 1999)
39°28'
24"W e
50 m
Mata do
Floresta Estacional
Decidual de Terras
Argissolo
Olho d'Água Quente e
PAP Amarelo
3,19 a 3,26
Baixas
Distrófico, 60
1.227
10
RN): Semiárido e
10 Neossolo (66)
5º53'S, Quente 260
cm Flúvico
35º23'W e (Köppen)
Distrófico
40 m
Fazenda
Floresta Atlântica
Retiro
Secundária
(Ilhéus,
DAP Argissolo, Quente e
BA):
2.000
3,88
11
Sobrinho Vermelho-
900 e 1.300
(Caruaru, Amarelo e
Úmido ou
12
Continuação.
COORDENADAS
PRECIPITAÇÃO
CRITÉRIO DE
FISIONOMIA
ID (Shannon)
INCLUSÃO
LOCAL e
LISTA
(mm)
SOLO CLIMA NTI NE
Mata do
Mata Atlântica
Tejipió
2,55 e 2,68
(Recife, DAP
369 29 e
13
PE): 5 - - -
759 37
08°06"S e cm
34°57"W e
15-64 m
Serra do
Bituri, Mata
1.553
2,99
15
3 Vermelho- - 948 62
08°12'
cm Amarelo Orto
27"S e
36°23'73"-
36°24'
63"W e
900-1.030
m
Estação
Ecológica
Floresta Estacional Semidecidual
do
Tapecurá
(São
Lourenço
DAP Quente e
da Mata, 75
1.300
1.145
3,42
16
- Úmido
PE): (85)
5 cm (Köppen)
8º03'04-
53"S,
35º09-10'
48-55"W e
100 a 140
m
Continuação.
COORDENADAS
PRECIPITAÇÃO
CRITÉRIO DE
FISIONOMIA
ID (Shannon)
INCLUSÃO
LOCAL e
LISTA
(mm)
SOLO CLIMA NTI NE
Fazenda
Remanescente em
Área de Transição
São Bento
(Areia e
Caatinga
DNS Quente e
Remígio, Regossolo 43
3.153
2,99
18
Úmido 700
PB): Distrófico (54)
3 cm (Köppen)
6º52'52"S,
35º47'42"W
e 596 m
Fazenda
sobre Plantação de
Cacau (Cabruca)
Horizonte
Tropical
(Ilhéus, DAP
Podzólico Quente e 35
3,35
19
BA): - 138
Eutrófico Úmido (41)
14º36' 5 cm
(Köppen)
52,3"S e
39º15'
54,0"W
CFCG,
Serra
Vermelha
(Morro
Vegeação Subxerófila
Tempo e de Tropical
Redenção 2 Semi-Árido 600
24
Conclusão.
COORDENADAS
PRECIPITAÇÃO
CRITÉRIO DE
FISIONOMIA
ID (Shannon)
INCLUSÃO
LOCAL e
LISTA
(mm)
SOLO CLIMA NTI NE
CFCG,
Serra
Subúmido
Vermelha
Transição
do DNS
Latossolo Árido) a 78
904,6
5.910
3,49
25
Gurguéia,
Amarelo Subúmido (149)
PI): 3 cm
Seco
09°17'03,7"
(Thornthwaite
- 09°43'
1948) ou
09,3"S e
(Thornthwaite
44°06'24,4"
e Mather
- 44°17'
1955)
43,9"W e
535-700 m
Fazenda Latossolos
Jirau Amarelos,
Floresta Estacional
(Caatiga Arbórea)
(Avelino Álicos,
Semidecidual
Quente e
Lopes, PI): DNS Distróficos; 800
Subúmido
2.946
3,32
26
10°08'28,4" Argilosos ou e 97
(Cepro,
Se 3 cm Podzólico 900
1998)
43°48'45,5" Vermelho-
W e 485- Amarelo
582 m Concrecionários
Vários
27
MCP - - - - - - -
Municípios
A Figura 18 mostra a análise de agrupamentos que foi realizada com base no Índice
de Similaridade de Sørensen e que a partir desta, 2 (dois) grupos se formam e no Grupo 2
onde se encontra este levantamento florístico, o L25, as maiores similaridades (com mais de
75%) se dão entre ele e a L27, que foi o levantamento empreendido por pesquisadores da
Sociedade Nordestina de Ecologia (SNE), em 2005, que à época fizeram coletas de material
botânico nas proximidades da Serra Vermelha, em áreas da região dos ecótonos meridionais
do Piauí, conforme Castro (2007). Se o esforço amostral da L27 tivesse sido maior, essa
similaridade deveria ultrapassar os 80%, ou mais, provavelmente.
L25 mantém similaridade acima de 50% com a L24, que se trata do levantamento que
Toniolo e col. (2005) fizeram para a elaboração do "plano de manejo sustentável". Neste, o
esforço amostral em termos de "levantamento florístico" foi insuficiente.
L25 mantém mais similaridade com Avelino Lopes (PI) (L26: Caatinga Arbórea), com
Areia e Remígio (PB) (L18: Caatinga Remanescente em Área de Transição) e com Macaíba (RN)
(L10: Floresta Estacional Decidual de Terras Baixas) do que com todos os outros levantamentos
do Grupo 1, cuja expectativa de interpretação se direciona mais para "vegetação de mata
atlântica", até por causa das suas localizações geográficas e quantidade de precipitação (acima
de 900 mm), mais associadas que são a questões orográficas, isto é, de "barlavento" e
"sotavento".
L1
L4
L2
L6
L13
L9
L5
L12
1
L15
L8
L16
L11
L19
L10
L18
2
L26
L24
L25
L27
Figura 18. Dendrograma da análise de agrupamentos realizada com base nos dados da Tabela 4. Flora (flórula) da
área de chapada da Serra Vermelha. Semelhança de Sørensen entre a L25 com 18 outros levantamentos. Grupo 1
[L1: Reserva Biológica de Serra Negra, Inajá e Floresta, PE (Rodal e Nascimento 2002), L4: Mata do Brejão, Mata da
Prefeitura, Mapa da Maguary e Mata do Assentamento, Bonito, PE (Rodal e col. 2005), L2: APA Barra do Rio
Mamanguape, Rio Tinto, Marcação e Lucena, PB (Pereira e Alves 2006), L6: Reserva Ecológica Estadual Mata do
Pau-Ferro, Areia, PB (Oliveira e col. 2006), L13: Mata do Tejipió, Recife, PE (Feitosa 2004), L9: Muçununga de
Caravelas, Caravelas, BA (Meira Neto e col. 2005), L5: Mata do Sirigi na Zona da Mata Norte, São Vicente Férrer, PE
(Ferraz e Rodal 2006), L12: Parque Ecológico João Vasconcelos Sobrinho, Caruaru, PE (Locatelli e Machado 2004),
L15: Serra do Bituri, Mata da Malhada, Brejo da Madre de Deus, PE (Nascimento e Rodal 2008), L8: Mata do Toró,
Estação Ecológica do Tapacurá, São Lourenço da Mata, PE (Rodal e col. 2005), L16: Estação Ecológica do Tapacurá,
São Lourenço da Mata, PE (Nascimento e Rodal 2008), L11: Fazenda Retiro, Ilhéus, BA (Sambuichi 2006) e L19:
Fazenda Novo Horizonte, Ilhéus, BA (Sambuichi 2002)]. Grupo 2 [L10: Mata do Olho d’Água, Macaíba, RN (Cestaro e
Soares 2004), L18: Fazenda São Bento, Areia e Remígio, PB (Pereira e col. 2002), L26: Fazenda Jirau, Avelino Lopes,
PI (Castro e col. 2007), L24: Condomínio Fazenda Chapada do Gurguéia, Serra Vermelha, Morro Cabeça no Tempo e
Redenção do Gurguéia, PI (Toniolo e col. 2005), L25: Condomínio Fazenda Chapada do Gurguéia (CCG), Serra
Vermelha, Morro Cabeça no Tempo e Redenção do Gurguéia, PI e L27: (SNE 2005)]. Créditos: Programa bioTEN
(2008_09).
Autovalor
Figura 19. Diagrama de análise de espécies indicadoras ("Two-way indicator species analysis" com base nos dados da
Tabela 4. Flora (flórula) da área de chapada da Serra Vermelha. Classificação-Ordenação (TWINSPAN) entre a L25 e
18 (dezoito) outros levantamentos. Grupo 1 [L1: Reserva Biológica de Serra Negra, Inajá e Floresta, PE (Rodal e
Nascimento 2002), L2: APA Barra do Rio Mamanguape, Rio Tinto, Marcação e Lucena, PB (Pereira e Alves 2006), L4:
Mata do Brejão, Mata da Prefeitura, Mapa da Maguary e Mata do Assentamento, Bonito, PE (Rodal e col. 2005), L5:
Mata do Sirigi na Zona da Mata Norte, São Vicente Férrer, PE (Ferraz e Rodal 2006), L6: Reserva Ecológica Estadual
Mata do Pau-Ferro, Areia, PB (Oliveira e col. 2006), L8: Mata do Toró, Estação Ecológica do Tapacurá, São Lourenço da
Mata, PE (Rodal e col. 2005), L9: Muçununga de Caravelas, Caravelas, BA (Meira Neto e col. 2005), L10: Mata do Olho
d’Água, Macaíba, RN (Cestaro e Soares 2004), L11: Fazenda Retiro, Ilhéus, BA (Sambuichi 2006), L12: Parque
Ecológico João Vasconcelos Sobrinho, Caruaru, PE (Locatelli e Machado 2004), L13: Mata do Tejipió, Recife, PE (Feitosa
2004), L15: Serra do Bituri, Mata da Malhada, Brejo da Madre de Deus, PE (Nascimento e Rodal 2008), L16: Estação
Ecológica do Tapacurá, São Lourenço da Mata, PE (Nascimento e Rodal 2008), L18: Fazenda São Bento, Areia e
Remígio, PB (Pereira e col. 2002) e L19: Fazenda Novo Horizonte, Ilhéus, BA (Sambuichi 2002)]. Grupo 2 [L24:
Condomínio Fazenda Chapada do Gurguéia, Serra Vermelha, Morro Cabeça no Tempo e Redenção do Gurguéia, PI
(Toniolo e col. 2005), L25: Condomínio Fazenda Chapada do Gurguéia (CCG), Serra Vermelha, Morro Cabeça no
Tempo e Redenção do Gurguéia, PI, L26: Fazenda Jirau, Avelino Lopes, PI (Castro e col. 2007) e L27: (SNE 2005)].].
Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Tabela 5. Lista dos levantamentos realizados em vários tipos de vegetação "seca" do Nordeste segundo indicação dos
seus próprios autores (LA: Rodal 2008, LB: Sanatana e Souto 2006, LC: Rodal e col. 2008, LD: Almeida e Machado
2007, LE: Lima e col. 2007, LF: Sacramento e col. 2007, LG: Araújo e col. 1998, LH: Araújo e col. 1999, LI: Lemos e
Rodal 2001 e LJ: Mendes 2003). DNS (Diâmetro do Caule ao Nível do Solo). DCA (...). MCP (Método de Coletas
Preferenciais). Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
COORDENADAS
PRECIPITAÇÃO
FISIONOMIA
ID (Shannon)
LOCAL e
Critério
LISTA
(mm)
de SOLO CLIMA NTI NE
Inclusão
Planossolo,
Solonetz
RPPN
Solodizado,
Maurício
Solos
Dantas
Litólicos
(Floresta e Altura
Caatinga
Eutróficos,
Betânia, 1me
3.140
A Regossolos - - 511 28
PE): DNS 3
Eutróficos e
08°18’43”S cm
Distróficos e
e
Bruno não
38°11’45”W
Cálcico
e 545 m
(Embrapa,
2003)
Estação
Arbóreo-Arbustiva
Ecológica
Hiperxerófila
Altura Luvissolos
Caatinga
de Seridó,
1me Crômicos
733,7
2.448
2,35
B região de - 22
DNS 3 (Embrapa,
Seridó
cm 1999)
(Serra
Negra, RN)
Continuação.
COORDENADAS
PRECIPITAÇÃO
FISIONOMIA
ID (Shannon)
LOCAL e
Critério
LISTA
(mm)
de SOLO CLIMA NTI NE
Inclusão
Fazenda
Fasa (FA) e
Poço do
Ferro (PF)
Caatinga Arbustivo-Arbórea
(Floresta,
PE)
23, 24, 28 e 22
08°37’S e Altura
Quartzosa
38°00’ a 1me
1.748
C distrófica - 632
38°17’W e DNS
(Sudene,
550 m) 3 cm
1979)
e Fazenda
Boa Vista
(Custódia,
PE)
(08°18’S e
38°35’W e
450 m)
São João
do Cariri,
Floresta Estacional
Areia e
(Mata Seca)
Decídual
Ringino
D (PB), Inajá Vários - - - - - 622
e Floresta
(PE) e
Macaíba
(RN)
Continuação.
COORDENADAS
PRECIPITAÇÃO
FISIONOMIA
ID (Shannon)
LOCAL e
Critério
LISTA
(mm)
de SOLO CLIMA NTI NE
Inclusão
Serra das
Almas,
Floresta Estacional
Decidual Montana
Planalto da
(Mata Seca)
Ibiapaba
(Ceará): DNS 3
5.683
3,20
E - - - 88
05°05’ a cm
05°15’S e
40°51’ a
41°00’W e
650 m
Praia do
Paiva
(Cabo de
Restinga
Santo
Neosssolos As'
2.000
(Novo
Carrasco
49
Oriente, DNS Areias
G - - - 54
CE): 3 cm Quartzosas
49
05°28’-43’S
e 40°-55’W
e 750-850
m
Conclusão.
COORDENADAS
PRECIPITAÇÃO
FISIONOMIA
ID (Shannon)
LOCAL e
Critério
LISTA
(mm)
de SOLO CLIMA NTI NE
Inclusão
Jaburana
Areias
(Ubajara,
Quartzosas
Carrasco
CE):
DNS Distróficas
1,289
4.254
H 03°54’34”S - - 74
3 cm profundas
e
(Embrapa,
40°59’24”
1979)
W e 830 m
Serra da
Capivara
(São
Raimundo
Baixio (São
Caatinga Arbórea do
José do
Piauí, PI):
Sedimentar
Neossolo
2,96 e 2,27
Semi-Árido
06°51’16,6
DNS Litólico 33
J a 06°51’ 816 -
3 cm (Embrapa, 30
14,0”S e
1999)
41°28’27,8”
a 41°28’
10,2”W e
430-540 m
A comparação das espécies da L25 (lista deste trabalho/relatório) com as espécies das
listas da Tabela 5 mostra que a Floresta Estacional Semidecidual de Transição da área
de chapada da Serra Vermelha apresenta 30 (38,5%) espécies exclusivas. Das nossas 78
(setenta e oito) espécies completamente determinadas botanicamente, 7 (9,0%) também
ocorrem na "Caatinga do Cristalino", 18 (23,1%) também ocorrem em outras "Florestas
Estacionais", 2 (1,9%) também ocorrem na "Restinga", 42 (53,9%) espécies também ocorrem
no "Carrasco" e 36 (46,1%) também ocorrem na "Caatinga do Sedimentar". Maiores
semelhanças com a "caatinga do sedimentar" e, principalmente com o "carrasco", afastam a
"floresta estacional semidecidual de transição" da área de chapada da Serra Vermelha da
"mata atlântica do Nordeste". A Tabela 6 mostra as espécies da L25, suas exclusivas e a
presença comum para algumas das espécies das listas da Tabela 5.
Tabela 6. Lista das espécies da L25 (Floresta Estacional Semidecidual de Transição, este trabalho). Listas: LA:
Rodal 2008, LB: Sanatana e Souto 2006, LC: Rodal e col. 2008, LD: Almeida e Machado 2007, LE: Lima e col. 2007,
LF: Sacramento e col. 2007, LG: Araújo e col. 1998, LH: Araújo e col. 1999, LI: Lemos e Rodal 2001 e LJ: Mendes
2003. CAC (Caatinga do Cristalino). FED (Floresta Estacional Decidual). RES (Restinga). CAR (Carrasco). CAS
(Caatinga do Sedimentar). EE (Espécie Exclusiva para a L25, ""). "" (Indicação de Presença comum). Créditos:
Programa bioTEN (2008_09).
LA LB LC LD LE LF LG LH LI LJ
ESPÉCIES da L25 (ver Tabela 5) EE
CAC FED RES CAR CAS
Anacardium occidentale L.
Astronium fraxinifolium Schott ex
Spreng.
Myracrodruon urundeuva Fr.
Allemão
Duguetia riedeliana R.E.Fr.
Ephedranthus pisocarpus R.E.Fr.
Rollinia leptopetala R.E.Fr.
Aspidosperma macrocarpon
Mart.
Aspidosperma multiflorum A.DC.
Aspidosperma pyrifolium Mart.
Tabernaemontana catharinensis
A. DC.
Tabernaemontana hystrix Steud.
Dasyphyllum sprengelianum
(Gardner) Cabrera
Adenocalymma cf involucratum
(Bureau
& K.Schum.) L. Lohmann
Anemopaegma arvense (Vell.)
Stellfeld
Ex de Souza
Continuação.
LA LB LC LD LE LF LG LH LI LJ
ESPÉCIES EE
CAC FED RES CAR CAS
Continuação.
LA LB LC LD LE LF LG LH LI LJ
ESPÉCIES EE
CAC FED RES CAR CAS
Conclusão.
LA LB LC LD LE LF LG LH LI LJ
ESPÉCIES EE
CAC FED RES CAR CAS
Amostragem
Um total de 1,8 hectares correspondeu à área amostrada, isto é, à soma das áreas das
30 (trinta) unidades amostrais. Um total de 5.910 indivíduos lenhosos foi amostrado com uma
média de 197 ind./parcela. O Coeficiente de Variação foi alto, de 20,77%, mas perfeitamente
adequado para comunidades (fitocenoses) naturais de vegetação.
Houve suficiência de amostragem. A Figura 20 mostra a curva do coletor onde a
tendência de estabilização é facilmente dectável a partir da parcela 22. A partir desta a
amostragem poderia ser interrompida.
Figura20. Curva do coletor para área de chapada da Serra Vermelha. Municípios de Redenção do Gurguéia,
Curimatá e Morro Cabeça no Tempo, PI (?). Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Fitossociologia
Figura 21. Distribuição do número de indivíduos por família na área de chapada do Condomínio Fazenda Chapada do
Gurguéia (CCG), Serra Vermelha. Município (?). Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Daquelas 76 espécies, apenas 7 (9,2%) apareceram com IVI maior que 10%, isto é, de
10,05 (para Senegalia riparia) até 26,70 (para Cenostigma gardnerianum), a mais
importante da nossa taxocenose. A espécie Lindackeria ovata, uma das importantes
indicadoras de "vegetação de carrasco", comum na Serra da Ibiapaba, Ceará, segundo Antonio
Sérgio Farias Castro (2009, informação pessoal) apresentou IVI de 9,50%, o 8º por ordem de
grandeza.
Um total de 19 espécies compôs o conjunto das maiores populações vegetais na área,
considerada aqui as que têm um número de indivíduos maior que 100. A espécie Sebastiania
sp, uma Euphorbiaceae, conhecida por araçá, apresentou a maior delas: 760 indivíduos.
Dentre as espécies raras, isto é, espécies com apenas 1 ou 2 indivíduos foram
registradas 18 (23,7%) espécies. Não se sabe ainda se este "status" de "espécies raras" tem a
ver com o fato de serem biologicamente raras, ou se "apareceram raras" por causa de questões
de amostragem.
Um total de 12 espécies apareceu com maiores áreas basais, consideradas aqui as que
indicaram áreas maiores que 2 m². A espécie Cenostigma gardnerianum foi a maior: 14,26
m². Mas, 309 indivíduos foram envolvidos. Entretanto, Terminalia sp, que ainda não sabemos
se se trata de Terminalia fagifolia, o camaçari da Serra Vermelha, foi a espécie que se
destacou: área basal de 3,42 m² para 31 indivíduos amostrados.
Acima de 30 cm de diâmetro apareceram 24 espécies. As espécies Pterodon
abruptus (cangaeiro), Diptychandra aurantiaca ssp epunctata (birro), Cenostigma
gardnerianum (canela-de-velho) e Terminalia sp (provavelmente o camaçari, que é a
mesma Terminalia fagifolia) apresentaram diâmetros acima de 60 cm. Esta última, inclusive,
foi a espécie que apresentou o maior deles: 143,24 cm.
Acima de 10 m de altura máxima, 41 espécies foram registradas. No primeiro estrato, o
das emergentes, poucas (ou todas) se destacam porque suas alturas máximas são graduais. Na
comunidade a altura média foi de 6,5 m e a altura máxima, de 15 m. Apesar das diferenças das
alturas máximas, a vegetação da área de chapada da Serra Vermelha é monoestratificada.
Neste aspecto, mais semelhança ela mantém com as áreas de "carrasco" da Serra da Ibiapaba.
Um total de 23 espécies apresentou volumes cilíndricos em pé maiores que 5 m³. Pode-
se citar, pela relevância, que as espécies mais importantes foram: Swartzia flaemingii var
psilonema (banha-de-galinha), Diptychandra aurantiaca ssp epunctata (birro),
Terminalia fagifolia (camaçari) e Cenostigma gardnerianum (canela-de-velho) com 12,47
m³, 18,97 m³, 39,44 m³ e 127,31 m³, respectivamente.
As Tabelas 7 e 8 mostram os parâmetros de abundância analíticos e sintéticos da
taxocenose amostrada na área de chapada da Serra Vermelha.
Tabela 7. Parâmetros de abundância da taxocenose amostrada na área de chapada da Serra Vermelha [Espécies
lenhosas com DNS (Diâmetro do Caule ao Nível do Solo) ≥ 3 cm, L25 (Condomínio Fazenda Chapada do Gurguéia
(CCG), Serra Vermelha, Morro Cabeça no Tempo e Redenção do Gurguéia, PI)]. N (Número de Indivíduos). DA
(Densidade Absoluta). DR (Densidade Relativa). FA (Frequência Absoluta). FR (Frequencia Relativa). DoA (Dominância
Absoluta). DoR (Dominância Relativa). IVC (Índice do Valor de Cobertura) e IVI (Índice do Valor de Importância).
Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Cenostigma gardnerianum 309 171,67 5,23 100,00 3,00 7,92 18,47 23,70 26,70
Sebastiania sp 760 422,22 12,86 93,33 2,80 2,19 5,10 17,96 20,76
Neea obovata 298 165,56 5,04 100,00 3,00 3,08 7,19 12,23 15,23
Eugenia sp 378 210,00 6,40 93,33 2,80 2,03 4,73 11,13 13,93
Erythroxylum barbatum 325 180,56 5,50 100,00 3,00 1,26 2,94 8,44 11,44
Duguetia riedeliana 278 154,44 4,70 96,67 2,90 1,07 2,50 7,21 10,11
Senegalia riparia 223 123,89 3,77 96,67 2,90 1,45 3,38 7,15 10,05
Lindackeria ovata 235 130,56 3,98 100,00 3,00 1,08 2,53 6,50 9,50
Callisthene microphylla 135 75,00 2,28 76,67 2,30 1,81 4,21 6,50 8,80
Cordiera sp1 230 127,78 3,89 83,33 2,50 0,66 1,55 5,44 7,94
Continuação.
Hymenaea eriogyne 125 69,44 2,12 70,00 2,10 1,54 3,60 5,72 7,82
Combretum glaucocarpum 149 82,78 2,52 76,67 2,30 1,27 2,96 5,49 7,79
Erythroxylum vaccinifolium 225 125,00 3,81 86,67 2,60 0,53 1,22 5,03 7,63
Pityrocarpa moniliformis 104 57,78 1,76 86,67 2,60 1,35 3,14 4,90 7,50
Myrciaria sp 153 85,00 2,59 86,67 2,60 0,95 2,22 4,81 7,41
NI sp1 198 110,00 3,35 100,00 3,00 0,39 0,92 4,27 7,27
Terminalia sp 31 17,22 0,52 56,67 1,70 1,80 4,20 4,72 6,42
Qualea sp 107 59,44 1,81 63,33 1,90 1,16 2,71 4,52 6,42
Diptychandra aurantiaca
84 46,67 1,42 80,00 2,40 1,06 2,46 3,88 6,28
ssp epunctata
Chamaecrista eitenorum 68 37,78 1,15 80,00 2,40 0,99 2,32 3,47 5,87
Ouratea sp1 124 68,89 2,10 86,67 2,60 0,36 0,83 2,93 5,53
Erythroxylum rosuliferum 111 61,67 1,88 80,00 2,40 0,49 1,15 3,03 5,43
Manilkara cf triflora 75 41,67 1,27 83,33 2,50 0,65 1,52 2,79 5,29
Swartzia flaemingii var
67 37,22 1,13 80,00 2,40 0,68 1,59 2,72 5,12
psilonema
NI sp4 88 48,89 1,49 63,33 1,90 0,66 1,53 3,02 4,92
Hymenaea cf parvifolia 80 44,44 1,35 40,00 1,20 1,01 2,35 3,70 4,90
Copaifera sp2 41 22,78 0,69 63,33 1,90 0,84 1,95 2,65 4,55
Byrsonima correifolia 94 52,22 1,59 76,67 2,30 0,24 0,56 2,15 4,45
Ephedranthus pisocarpus 80 44,44 1,35 66,67 2,00 0,45 1,04 2,40 4,40
Luehea candicans 73 40,56 1,24 83,33 2,50 0,23 0,54 1,77 4,27
Aspidosperma multiflorum 64 35,56 1,08 50,00 1,50 0,62 1,45 2,54 4,04
Aspidosperma pyrifolium 65 36,11 1,10 50,00 1,50 0,61 1,43 2,53 4,03
Pilocarpus trachylophus 70 38,89 1,18 56,67 1,70 0,06 0,15 1,33 3,03
Dipteryx lacunifera 41 22,78 0,69 40,00 1,20 0,45 1,05 1,74 2,94
Pterodon abruptus 19 10,56 0,32 36,67 1,10 0,54 1,27 1,59 2,69
Pavonia glazioviana 40 22,22 0,68 56,67 1,70 0,12 0,29 0,96 2,66
Bauhinia acuruana 41 22,78 0,69 60,00 1,80 0,07 0,17 0,87 2,67
Ouratea sp2 60 33,33 1,02 30,00 0,90 0,23 0,53 1,54 2,44
Ximenia americana 24 13,33 0,41 50,00 1,50 0,16 0,36 0,77 2,27
Dalbergia cf frutescens 21 11,67 0,36 40,00 1,20 0,26 0,60 0,96 2,16
Casearia sp 29 16,11 0,49 43,33 1,30 0,09 0,20 0,69 1,99
Bauhinia sp2 18 10,00 0,30 40,00 1,20 0,04 0,09 0,39 1,59
Faramea nitida 20 11,11 0,34 26,67 0,80 0,05 0,12 0,46 1,26
NI sp2 19 10,56 0,32 26,67 0,80 0,03 0,08 0,40 1,20
Manihot sp 15 8,33 0,25 23,33 0,70 0,07 0,16 0,42 1,12
Trischidium decipiens 11 6,11 0,19 26,67 0,80 0,02 0,06 0,24 1,04
Rollinia leptopetala 8 4,44 0,14 26,67 0,80 0,02 0,04 0,18 0,98
Cordia rufescens 8 4,44 0,14 23,33 0,70 0,01 0,03 0,16 0,86
Conclusão.
Bauhinia pulchella 18 10,00 0,30 13,33 0,40 0,02 0,04 0,35 0,75
Turnera sp 6 3,33 0,10 16,67 0,50 0,01 0,01 0,11 0,61
Hymenaea velutina 11 6,11 0,19 6,67 0,20 0,03 0,08 0,27 0,47
Croton sp 4 2,22 0,07 13,33 0,40 0,01 0,02 0,09 0,49
NI sp6 4 2,22 0,07 10,00 0,30 0,01 0,02 0,09 0,39
Zanthoxylum sp 5 2,78 0,08 10,00 0,30 0,01 0,02 0,10 0,40
Bauhinia sp3 3 1,67 0,05 10,00 0,30 0,02 0,00 0,06 0,36
Poeppigia procera 4 2,22 0,07 6,67 0,20 0,02 0,06 0,12 0,32
Maytenus sp 4 2,22 0,07 6,67 0,20 0,01 0,02 0,09 0,29
Strychnos sp 2 1,11 0,03 6,67 0,20 0,02 0,04 0,07 0,27
Lonchocarpus sp1 2 1,11 0,03 6,67 0,20 0,01 0,02 0,06 0,26
Mimosa acutistipula 2 1,11 0,03 6,67 0,20 0,00 0,01 0,04 0,24
NI sp8 2 1,11 0,03 6,67 0,20 0,00 0,00 0,04 0,24
Talisia sp 2 1,11 0,03 6,67 0,20 0,00 0,00 0,04 0,24
Tabernaemontana
2 1,11 0,03 6,67 0,20 0,00 0,01 0,04 0,24
catharinensis
NI sp3 2 1,11 0,03 3,33 0,10 0,03 0,07 0,10 0,20
Lonchocarpus sp2 2 1,11 0,03 3,33 0,10 0,02 0,05 0,08 0,18
Sapium glandulosum 2 1,11 0,03 3,33 0,10 0,00 0,00 0,04 0,14
Chrysophyllum sp 3 1,67 0,05 3,33 0,10 0,00 0,01 0,06 0,16
Copaifera sp1 1 0,56 0,02 3,33 0,10 0,00 0,00 0,02 0,12
Senna lechriosperma 1 0,56 0,02 3,33 0,10 0,01 0,01 0,03 0,13
NI sp9 1 0,56 0,02 3,33 0,10 0,00 0,01 0,02 0,12
Cordiera sp2 1 0,56 0,02 3,33 0,10 0,00 0,00 0,02 0,12
NI sp5 1 0,56 0,02 3,33 0,10 0,00 0,00 0,02 0,12
Rauvolfia sp 1 0,56 0,02 3,33 0,10 0,00 0,00 0,02 0,12
NI sp7 1 0,56 0,02 3,33 0,10 0,00 0,00 0,02 0,12
Bauhinia sp1 1 0,56 0,02 3,33 0,10 0,00 0,01 0,03 0,13
Vitex sp 1 0,56 0,02 3,33 0,10 0,00 0,00 0,02 0,12
3.283,3
3 ind/ha
5.910
42,89
m²/ha
ind.
TOTAIS - - - - - -
Tabela 8. Parâmetros de abundância da taxocenose amostrada na área de chapada da Serra Vermelha [Espécies
lenhosas com DNS (Diâmetro do Caule ao Nível do Solo) ≥ 3 cm, L25 (Condomínio Fazenda Chapada do Gurguéia
(CCG), Serra Vermelha, Morro Cabeça no Tempo e Redenção do Gurguéia, PI)]. AB (Área Basal). VT (Volume
Cilíndrico em Pé) e VT/ha (Volume Cilíndrico em Pé por Hectare). Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Continuação.
Conclusão.
77,20 m²
358,04
644,48
m³/ha
m³
TOTAIS
Diversidade
Com relação aos parâmetros de diversidade biológica a parcela com o maior número de
indivíduos foi a de número 1, com 285 indivíduos. A menor, com 118 indivíduos, foi a de
número 8. O número de espécies diferentes por parcela variou de 28 a 39. O Índice de
Shannon variou de 2,76 a 3,22 nats/inds e o de Equabilidade, de 0,81 a 0,91, conferindo à
taxocenose alta diversidade e alta equabilidade. A Tabela 9 mostra os valores para todas
as unidades amostrais.
Tabela 9. Parâmetros de diversidade da taxocenose amostrada na área de chapada da Serra Vermelha [Espécies
lenhosas com DNS (Diâmetro do Caule ao Nível do Solo) ≥ 3 cm, L25 (Condomínio Fazenda Chapada do Gurguéia
(CCG), Serra Vermelha, Morro Cabeça no Tempo e Redenção do Gurguéia, PI)]. Créditos: Programa bioTEN
(2008_09).
Índice de Índice de
Número de Número de
Diversidade Uniformidade
PARCELA Indivíduos Espécies por
de Shannon (Equabilidade)
por Parcela Parcela
(H') de Pielou (J')
Conclusão.
Índice de Índice de
Número de Número de
Diversidade Uniformidade
PARCELA Indivíduos Espécies por
de Shannon (Equabilidade)
por Parcela Parcela
(H') de Pielou (J')
5.910 76 3,49
GERAL 0,81
ind esp nat/ind
CONCLUSÕES
Considerando:
2
Mansano e Tozzi (1999): A tribo Swartzieae pertence à subfamília Papilionoideae de Leguminosae (=
Fabaceae) e consiste do gênero tipo (com 143 espécies) e de outros 11 gêneros (com um total de cerca de
50 espécies), todos de regiões paleo ou neotropicais. O sudeste do Brasil possui uma considerável
representatividade de espécies desta tribo, principalmente do gênero Zollernia, que compreende 70% do
total de suas espécies ocorrentes nesta área. Os objetivos do presente trabalho são estudar a distribuição
geográfica, o ambiente preferencial e localizar os centros de diversidade dos componentes de Swartzieae
na região sudeste do Brasil. Para tanto foram obtidos dados de coletas próprias e os contidos nas etiquetas
de material herborizado. Foi verificada a ocorrência de quatro gêneros, Bocoa na caatinga, Exostyles,
Swartzia e Zollernia com forte associação com a Mata Atlântica. Rio de Janeiro é o estado que apresenta o
maior número de espécies, 15, seguido pelo Espírito Santo com 13, Minas Gerais com 12 e São Paulo com
sete. Seis espécies apresentam ampla distribuição na região sudeste, sendo que algumas delas ultrapassam
este limite em direção ao norte do Brasil. Em contraste, Swartzia alternifoliolata e S. capixabensis
são endêmicas do estado do Espírito Santo, Zollernia cowanii de Minas Gerais e S. glazioviana, Z.
glabra e Z. glaziovii são endêmicas do estado do Rio de Janeiro. Os centros de diversidade da tribo
Swartzieae na região sudeste do Brasil e dos gêneros Swartzia e Zollernia localizam-se principalmente
no norte do Espírito Santo e na região da capital do estado do Rio de Janeiro.
3
A "aroeira" (Myracrodruon urundeuva Fr. Allemão) listada no Anexo I da INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6
não foi encontrada na área de chapada da Serra Vermelha, até o presente momento. Faz exceção sua
presença nas áreas de baixada e em Floresta Estacional Decidual (Curimatá e Morro Cabeça no Tempo,
Piauí). Entretanto, esta espécie, apesar de ainda ser considerada "ameaçada de extinção", dependendo de
fácil manejo, tem fácil regeneração.
Programa bioTEN RELATÓRIOS
Publ. avulsas conserv. ecossistemas, 23:1-72 (mai. 2009) 57
4
O Planalto da Borborema, também conhecido como Serra das Russas, é uma região montanhosa
brasileira no interior do Nordeste. Situa-se em parte dos estados da Paraíba, de Pernambuco, do Rio Grande
do Norte e de Alagoas. Seu rebordo oriental, escarpado, domina a baixada litorânea com um desnível de 300
m, o que lhe confere ao topo uma altitude de 500 m. Para o interior, o planalto ainda se alteia mais e alcança
média de 800 m em seu centro, donde passa a baixar até atingir 600 m junto ao rebordo ocidental. Diferem
consideravelmente as topografias da porção oriental e da porção ocidental.
5
A Lei da Mata Atlântica deveria ser revista para discriminar melhor pelas suas floras (composições florísticas)
que "florestas estacionais semideciduais ou deciduais" poderiamde fato pertencerem ao "domínio da Mata
Atlântica".
Programa bioTEN RELATÓRIOS
58 Publ. avulsas conserv. ecossistemas, 23:1-72 (mai. 2009)
JUSTIFICATIVA
Não se pode classificar uma vegetação apenas com base em sua "fisionomia" ou
formação vegetal característica. A flora (composição florística) precisa também ser considerada,
sempre que haja dados ou se possa complementar interpretações com este tipo de informação.
Padrões de textura de contrastes de imagens de satélite nas escalas de trabalho disponíveis
atualmente no Brasil podem incluir "floras (ou flórulas)" diferentes, por causa das muitas floras
da "caatinga" (Andrade-Lima 1981), da "Amazônia" (TNC 1992) e do "cerrado" (Castro
1994), por exemplo. A "flora areal" de cada "domínio florístico" deve ter "assinaturas digitais"
diferentes. O problema pode estar na escala (de trabalho) e/ou na resolução das imagens,
provavelmente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Figura 22. Áreas Prioritárias para conservação da Biodiversidade no Piauí definidas durante a revisão feita pela
Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF). Créditos: MMA (maio/2007).
DIFICULDADES
Como foi citado desde o início dos "resultados" deste Relatório, o número de espécies
determinadas completamente (até o nível de espécie) foi baixo: apenas 52,3%. Uma
porcentagem de 47,7 % ficou sem determinação botânica completa. Esta foi então, a maior
dificuldade.
Mais excursões científicas precisam ser empreendidas para se fazer a complementação
de coletas de material botânico com acompanhamento, o mais completo possível, dos estádios
do desenvolvimento ontogenético das plantas a partir da formação do "botão floral" até
"fruto maduro".
REFERÊNCIAS
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Diagnóstico da biodiversidade econômica da fazenda jirau: levantamento de potencialidades.
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Farias, R.R.S. de. (2003). Florística e fitossociologia em trechos de vegetação do
Complexo de Campo Maior, Piauí. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal de
Pernambuco. Recife, 119p.
REGISTRO FOTOGRÁFICO
Figura 23. Erythroxylum rosuliferum O.E. Schulz. Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 25. Diptychandra aurantiaca Tul. ssp epunctata (Tul.) H.C. Lima, A.M. Carvalho & Costa ex G.P. Lewis.
Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 27. Chamaecrista eitenorum (H.S. Irwin & Barneby) H.S. Irwin & Barneby.
Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 28. Terminalia fagifolia Mart. & Zucc. Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 34. Erythroxylum barbatum O.E. Schulz. Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 36. Lindackeria ovata (Benth.) Gilg. Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 38. Acacia riparia (Kunth.) Britton & Rose ex Britton & Killip. Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 40. Neea obovata Spruce ex Heimerl. Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 41. Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & Jabson (= Piptadenia moniliformis Benth.).
Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 43. Sapium glandulosum (L.) Morong. Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 44. Estrada principal do Condomínio Fazenda Chapada do Gurguéia. Vegetação de floresta estacional
semidecidual de transição nas margens da estrada. Município de Redenção do Gurguéia, PI.
Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 45. Área desmatada com manutenção de alguns indivíduos arbóreos da floresta estacional semidecidual
de transição. Pouquíssima regeneração. Cobertura atual do solo com espécies ruderais. Município de Redenção
do Gurguéia, PI. Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 46. Ramos de Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan. var cebil (Gris.) Altschul, uma das espécies
indicadoras de vegetação de caatinga arbórea. Município de Redenção do Gurguéia, PI.
Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 47. Uma das descidas da Serra Vermelha na direção de Morro Cabeça no Tempo, PI. A árvore da direita é
uma pitombeira (Talisia esculenta Radlk.). Esta espécie é cosmopolita. Neste ecossistema ela é nativa
autóctone ou nativa alóctone? Município de Morro Cabeça no Tempo, PI. Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 48. Trecho da vegetação de floresta estacional decidual na estrada que liga Morro Cabeça no Tempo e a
área do Condomínio Fazenda Chapada do Gurguéia. No centro da fotografia dois indivíduos de aroeira (Myracrodruon
urundeuva Fr. Allemão). Morro Cabeça no Tempo, PI. Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Figura 49. Frutos de banha-de-galinha (Swartzia flaemingii Raddi var psilonema (Harms) R.S. Cowan). Município
(?). Créditos: Programa bioTEN (2008_09).
Publicações Prévias
Herbário
Projetos de P&PG
Relatórios
Texto para Discussão
Didática
Metodologia
Registro Fotográfico
Citação Bibliográfica:
CASTRO, A.A.J.F.; CASTRO, A.S.F.; FARIAS, R.R.S. de; SOUSA, S.R. de; CASTRO,
N.M.C.F.; SILVA, C.G.B. da; MENDES, M.R. de A.; BARROS, J.S.; LOPES, R.N.
Diversidade de espécies e de ecossistemas da vegetação remanescente da Serra
Vermelha, área de chapada, municípios de Curimatá, Redenção do Gurguéia e Morro
Cabeça no Tempo, sudeste do Piauí. Publ. avulsas conserv. ecossistemas,
Teresina, n.23, Pp.1-72, mai./2009. (Série: Relatórios). ISSN 1809-0109.
Apoio:
Projeto de Biodiversidade e Fragmentação de Ecossistemas nos Cerrados
Marginais do Nordeste (Processo CNPq Nº 521131/2001-4)