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4) O que distingue o uso da razão nos âmbitos público e privado? O que as relaciona?
No âmbito público, toda pessoa, em condição de erudito, pode e deve expor seus
pensamentos acerca de determinadas questões; é permitido o livre raciocínio.
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No âmbito privado, as pessoas são coagidas pelo que a instituição a que pertencem
(Estado, Igreja, Exército) apregoa, de modo que se atêm a ensinar e disseminar o que lhes é
passado por outrem.
A relação entre ambas é que o uso público da razão está contido no privado, se se tem
um entendimento deste como pertencente ao âmbito mundial, portanto, dizendo respeito à
toda sociedade civil. Neste sentido, portanto, um âmbito não anula o outro, e não é necessário
se abrir mão do que é instituído pelo que é fruto de reflexões novas acerca dele. Ademais,
nenhuma instituição é capaz de impedir o exercício da liberdade do pensar, ou seja, a exclusão
ou a eliminação da ilustração da história humana é impossível.
1) Para Kant, a razão em sua orientação própria, em sua própria faculdade, encontra-se
aliada ao princípio subjetivo de diferenciação. Explique esta afirmativa.
O princípio subjetivo de diferenciação se trata de um sentimento primeiro que nos
permite distinguir os objetos e o espaço que nos cerca e que nos fornece uma orientação, um
caminho a se seguir. Tal princípio é uma necessidade da razão quando esta se ocupa de pensar
nos objetos supra-sensíveis, que ultrapassam o mundo dos sentidos e do sensível.
5) Para Kant, ninguém pode se convencer da existência de Deus e ninguém pode negá-la
veementemente. Explique essa colocação.
O conceito de infinitude, que é a base do entendimento e da distinção do Ser
primordial, não pode ser admitido a partir da experiência, ainda que esta se me revele de
modo que não contradiga aquele conceito. No entanto, nenhuma experiência é capaz de
comprovar, outrossim, a inexistência de tal Ser, por não conseguir alcançar seu registro, que é
o da infinitude, a causa causadora de todas as causas.
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Desse modo, há de se ter como pedra-de-toque a razão, submetida às suas leis subjetivas, para
o pleno exercício da liberdade de pensar.
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REFERÊNCIAS