Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Capítulo 1
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 2
1.2 Aplicações de FT
1.2.1 Aeronáutica
Como projetar um avião como os das figuras 1.1 e 1.2 sem saber de FT?
O futuro engenheiro deve tentar imaginar a complexidade destes aparelhos
sem o conhecimento do engenheiro que os projetou em FT.
1.2.2 Automobilística
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 3
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 5
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 6
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 7
Será que quem projetou o Titanic tinha reais conhecimentos em FT? Será que
ele deveria realmente ter afundado? Hoje todas as embarcações são projetadas com
o máximo de segurança possível e seus engenheiros são altamente gabaritados em
FT para cumprir tal nobre missão na Engenharia (fig. 1.12).
O vento vem sendo uma das formas mais estudadas para geração de energia
elétrica, considerada como forma alternativa ainda a ser amplamente aplicada nos
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 8
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 10
Quem não conhece, pelo menos teoricamente, esta bebida famosa no mundo
inteiro? Para suprir a demanda mundial, os fabricantes têm que automatizar seus
processos de fabricação, aprimorando ainda mais os seus conhecimentos de FT
nesta aplicação (fig. 1.17).
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 11
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 13
Capítulo 2
Sistemas de Unidades
2.1 Grandeza – definição
A unidade deve ser obtida por um sistema de unidades adequado. São quatro
os sistemas de unidades mais utilizados em FT, a saber:
a) Força: Newton N
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 14
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 15
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 16
III) Sistema Inglês de Engenharia (SIE): basicamente, o que muda do SIE para
o SIG é a unidade de massa que, no SIE, é a libra-massa (lbm).
A relação das unidades de massa dos dois sistemas está no valor da
aceleração gravitacional no SIE, que vale:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 17
1 kgf = 9,80665 N
1 lbf = 4,448 N
1 ft = 0,3048 m
Se : 1 kgf = 9,80665 N
E : 1 lbf = 4,448 N
9,80665
Então : 1 kgf = lbf
4,448
kgf 9,80665 lbf
Ou ainda : 1 2 =
m 4,448 m 2
Mas, se : 1 ft = 0,3048 m
1 1
Então : 1 m = ft → 1 m 2 = ft 2
0,3048 (0,3048) 2
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 18
Neste caso da força, ela reúne em si toda a base dimensional do sistema, isto
é, a base MLT. Assim pode-se obter outra base dimensional, isto é, a base F. Ou
seja, toda grandeza que depender da força para sua definição básica, utilizará a
base F ou a base MLT, conforme o caso.
Um exemplo disto é o trabalho (ou energia). Seu símbolo dimensional pode
ter duas bases, MLT ou F, da seguinte forma:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 19
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 20
ρ .V .L
Rey =
µ
Isto é:
T = f ( L, g )
De acordo com o Teorema de Bridgmann, tem-se que:
T = k .Lα .g β
A próxima etapa é substituir as grandezas envolvidas pelo respectivo símbolo
dimensional, colocando-os na mesma base dimensional, isto é:
1
α = − β α =
α + β = 0 2
→ 1 →
− 2.β = 1 β = − 2 β = − 1
2
Com estes valores retorna-se à equação principal completando-se a relação
funcional, isto é:
1 1
− L L
T = k .L . g 2 2
= k. → T = k.
g g
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 22
Conta de maluco
Confusão de medidas derruba sonda espacial e mostra como é urgente esquecer pés e polegadas
(Marcos Gusmão - Revista Veja, São Paulo: Abril, n. 1618, p. 118-119, 6 out. 1999.)
A escola ensina que, para qualquer operação que envolva padrões diferentes de pesos e medidas, é
necessário fazer a conversão para um único sistema de unidade. Sem isso, é confusão na certa. Na semana
passada, a agência espacial americana, a Nasa, admitiu que um erro primário como esse pode ter sido a causa
do desvio, e depois da perda, da sonda Mars Climate Orbiter, que custou 125 milhões de dólares. A nave foi
enviada ao espaço para estudar o clima de Marte e espatifou-se ao entrar desastradamente na atmosfera
marciana. Para o constrangimento dos cientistas americanos, a única explicação é a sonda ter recebido
informações conflitantes dos controladores de voo. Ou seja, ao se aproximar do planeta vermelho, foi abastecida
de dados em metro e em quilograma, do Sistema Métrico Decimal, e também em pé e em libra, unidades do
Sistema Imperial Britânico. A comissão de cientistas que investiga o caso acredita que os programas de
computador da Nasa não foram capazes de detectar as diferenças entre valores expressos em dois sistemas.
O melhor time de navegadores espaciais do mundo acabou com uma nave caríssima por causa da
teimosia dos Estados Unidos e de outros países de origem anglo-saxã em manter esse sistema de medidas criado
há oito séculos e que já deveria ter virado peça de museu. "Somente o sistema métrico deveria ser usado", diz
Lorde Young, a presidente da Associação Métrica dos Estados Unidos. "Ele é a língua de toda ciência
sofisticada.". De fato, é inconcebível para uma cabeça adaptada ao sistema decimal a quantidade de cálculos
necessária para trabalhar com medidas como polegadas, jardas e pés. A dificuldade de associação rápida é
assombrosa. Um pé se divide em 12 polegadas. A jarda tem 3 pés e uma milha equivale a 1 760 jardas. Para
responder quantas polegadas existem em uma milha sem fritar os neurônios só apelando de imediato para uma
calculadora. São 63 360 polegadas. E em três quartos de milha? É melhor esquecer. Pelo sistema métrico, para
se chegar a quantos centímetros existem em um quilômetro, é só pensar nas 100 subdivisões do metro e
acrescentar mais os três zeros do milhar. O resultado: 100000 centímetros em cada quilômetro. Em três
quartos de quilômetro? Na ponta da língua: 75 000 centímetros.
Para abastecer o carro, o inglês e o americano pedem o combustível em galão e não em litro, bebe
cerveja em pint e não em mililitro. Mede o peso em libra ou onça. Para a temperatura adota um estranhíssimo
sistema com ebulição a 212 graus, batizado como Fahrenheit e completamente diverso dos graus Celsius que o
resto do mundo usa. Quando se leva em conta a origem dos sistemas então, parece piada. Houve um tempo em
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 23
que a jarda era a distância que ia do nariz à extremidade do braço esticado do rei no poder, senhor de todos os
padrões. O pé era exatamente do tamanho do pé real e a polegada ia pelo mesmo caminho, vinculada ao dedo
do soberano. Hoje não é assim, óbvio. A polegada não é o dedão da rainha Elizabeth II, mas sim 2,5 centímetros.
Para se chegar à jarda também não é preciso medir o braço real: fechou-se a questão em 91,4 centímetros. E o
pé, então, é uma lancha de 30,4 centímetros, que claramente não corresponde às dimensões do de sua
majestade.
Os padrões do chamado Sistema Imperial Britânico foram adaptados ao sistema métrico para poder
funcionar como medidas modernas. “Mesmo com os ingleses mantendo os conceitos antropomórficos, o metro e
as demais unidades do sistema decimal acabaram vencendo a batalha", afirma Giorgio Moscati, professor do
Instituto de Física da Universidade de São Paulo e membro do Comitê Internacional dos Pesos e Medidas. E por
quê? Porque o metro já nasceu com conceituação científica e filosófica e não apenas prática. Ele surgiu como
uma unidade de medida física imutável, no caso, a décima milionésima parte da distância entre o Pólo
Norte e o Equador, medida pelo meridiano que passa por Paris. Foi um produto do iluminismo
francês, para acabar com as medidas arbitrárias da Antiguidade e da Idade Média ainda em vigor no século
XVIII. E até se sofisticou. Hoje o metro é calculado com base no espaço percorrido pela luz no vácuo
em determinado período de tempo, o que permite uma calibragem de instrumentos com precisão
indiscutível.
O problema é que, por motivos culturais diversos países, entre eles a maior potência do planeta,
relutam em abrir mão de suas medidas arcaicas. O que foi disputa entre as pretensões imperiais da França e da
Inglaterra nos últimos dois séculos virou um problemão científico para o futuro, como prova a bobagem
cometida pelos cientistas da Nasa na semana retrasada. "Não dá para trocar as medidas de uma hora para
outra", explica o professor Moscati. "Assim como a jarda é incompreensível para nós, o metro não passa de uma
abstração para a maioria dos americanos e ingleses", diz ele. O resultado é um conflito de comunicação entre
metade do planeta que pensa de um jeito e o outro lado que pensa de outro, insustentável numa sociedade
globalizada. Para resolver pendengas como essa, na próxima segunda-feira a Conferência Geral dos Pesos e
Medidas se reúne mais uma vez em Paris, na França. Os especialistas discutirão exatamente quais são as
maneiras de acelerar o processo de unificação que adotará definitivamente o sistema internacional de unidades
(SI) que regulamenta o metro, o quilograma, o litro e os graus Celsius como padrão. "A unificação no padrão
métrico decimal é inevitável", afirma Moscati, que participará da reunião. Os Estados Unidos aderiram ao
sistema internacional em 1959. Há quatro anos, por força da União Européia, a Inglaterra resolveu dar adeus
definitivo à velharia baseada em pés, polegares e narizes reais. Em ambos os países, o sistema métrico convive
com o imperial, mas a maioria da população só faz contas no estilo antigo. Por isso as trapalhadas como a
ocorrida na Nasa. A confusão está longe de acabar.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 24
Capítulo 3
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 25
Fig. 3.2: diagrama pressão x temperatura do CO2 – na fase sólida, o CO2 é denominado gelo
“seco”
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 26
∆m dm
ρ= lim =
∆Vol → ∆Vol ' ∆V
ol dVol
Unidades:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 27
Fig. 3.4: areômetro ou densímetro em uso para a água – leitura aproximada de 1 g/cm3
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 28
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 29
Fig. 3.7: picnômetro completo e com a amostra de água na balança digital – leitura de 93,6 g
Pelas leituras dos instrumentos apresentados nas figuras 3.4, 3.6 e 3.7 pode-
se tirar as seguintes conclusões:
II) Pela leitura do picnômetro a densidade da amostra de água será dada por:
23 − 25 densidade − 0,9965
= → densidade = 0,9929 g/cm 3
20 − 25 0,998 − 0,9965
1 − 0,9929
Erro entre a medida do termômetro e do densímetro : ε 1 % = 100. = 0,7151 % ≤ 5% → OK!
0,9929
1,014 − 0,9929
Erro entre a medida do termômetro e do picnômetro : ε 2 % = 100. = 2,1251 % ≤ 5% → OK!
0,9929
∆W dW
γ = lim =
∆V →∆V ' ∆V
ol dVol
ol ol
Unidades:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 31
Como : ΔW = Δm.g
ΔW Δm
Dividindo por ΔVol tem − se que : =γ= .g = ρ.g
ΔVol ΔVol
∴ γ = ρ.g
ρ substância γ substância
DR = S = δ = =
ρ água γ água
Como a DR é uma relação entre grandezas de mesma espécie, a DR é
adimensional. E, para todas as substâncias, ela varia com a temperatura. Na tabela
A1, presente no apêndice A, é descrita a variação da DR da água em função da
temperatura. Mas, para efeito da determinação do valor da DR de uma dada
substância, os valores padronizados de ρágua e γágua, ambos a 4 oC, são:
ρágua = 1000 kg/m3 = 1,94 slug/ft3 γágua = 1000 kgf/m3 = 9806,65 N/m3 = 62,41 lbf/ft3
DRar ≅ 1,2256.10-3
DRHg ≅ 13,6
Solução: para a água, basta aplicar interpolação nos dados da tabela A1, o que
significa fazer o seguinte:
42 − 45 DRágua − 0,9895
= → DRágua = 0,9907
40 − 45 0,9915 − 0,9895
∴ ρ água = DRágua .ρ água _ padrão = 0,9907.1000 = 990,7 kg/m 3
∴ ρ água = DRágua .ρ água _ padrão = 0,9907.1,94 = 1,921958 slug/ft 3
Pabs 1.101325
ρ ar = = = 1,1206468 kg/m 3
R.θ abs 286,9.(42 + 273,15)
1,1206468.1,94
ρ ar = = 0,002174055 slug/ft 3
1000
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 33
E este número é muito mais que suficiente para o cálculo das propriedades do
ar (ρ e γ). Mas, se se tomar um volume de 10-12 m3 de ar (que é o volume de um
cubo com 0,1 mm de aresta), tem-se um número de 2,547.1013 moléculas que, ainda
assim, é muito mais que suficiente para os cálculos das propriedades do ar.
Para se ter uma ideia prática do que é um cubo com 0,1 mm de aresta, numa
garrafa PET de 600 mL, há 600 milhões de cubos com 0,1 mm de aresta. Na
barragem de Sobradinho (BA), o maior reservatório de água do Brasil, há 341.1020
cubos com 0,1 mm de aresta.
Portanto, se na Engenharia, adotar-se que o valor de ∆Vol’ é 10-12 m3, pode-se
considerar que os fluidos estudados são meios contínuos, isto é, podem ser
divididos infinitas vezes, em partículas fluidas, entre as quais se supõe não haver
espaços vazios.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 34
F
σ= n
A
Analogamente, dividindo-se a força tangencial à superfície pela área da
superfície (A) tem-se a tensão de cisalhamento τ, isto é:
Ft
τ=
A
Observação importante: O fluido não suporta esforços tangenciais,
embora saiba suportar muito bem esforços normais.
E são os esforços tangenciais o assunto da próxima propriedade do fluido.
À placa superior aplica-se uma força F na horizontal que faz a placa adquirir
uma velocidade dU. A relação entre a força F e a área da placa A resulta da tensão
de cisalhamento τ. Em t + dt o fluido deforma-se sob um ângulo dα, chamado
deformação angular. A variação da deformação angular, à medida que o tempo
passa de t para t + dt, denomina-se taxa de deformação angular dα/dt. A
velocidade das camadas do fluido varia de 0, na placa fixa, até dU, na placa móvel,
de acordo com a propriedade da aderência. Como a distância entre as placas dy é
infinitesimal, a variação do módulo do vetor velocidade das camadas do fluido é de
forma linear e denomina-se perfil linear de velocidades (PLV).
Matematicamente, podem-se deduzir as seguintes relações, de acordo com o
modelo físico ilustrado na figura 3.10:
( )
Como dα é muito pequeno 0 ≤ dα ≤ 9 o → tg (dα ) ≅ dα =
dx
dy
dα dx dU dα 1
∴ = = → = s −1 =
dt dt.dy dy dt s
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 36
Ao estudar o modelo físico ilustrado na figura 3.10, o cientista inglês Sir Isaac
Newton enunciou uma lei que relaciona a tensão de cisalhamento e a taxa de
deformação angular, conhecida como a Lei de Newton da Viscosidade.
Isto é:
dα dU
τ yx = µ . = µ.
dt dy
Onde: µ (mi) = viscosidade dinâmica ou absoluta do fluido
Unidades:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 37
µ
υ=
ρ
Unidades:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 38
a) Água a 32 oC:
570 , 6 570 , 6
θ +133,15 32 +133,15
µ = 2,414.10 .e −5 −5
= 2,414.10 .e
= 0,0007642623 Pa.s
b) Ar a 32 oC:
c) Glicerina a 32 oC:
32 − 35 µ − 0,5
= → µ = 0,59 Pa.s
30 − 35 0,65 − 0,5
n
dU
τ = k .
dy
Para:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 39
n < 1 fluido pseudoplástico (ex.: creme pesado de leite, sumo de maçã, sumo de
groselha, concentrado de tomate, sorvete, iogurte)
Este fluido necessita de uma tensão de cisalhamento inicial (τo) para escoar
e, após dado o início de seu escoamento, se comporta como newtoniano. Sua
equação geral é definida como sendo:
dα
τ = τ o + µ.
dt
Exemplos de fluidos que obedecem a esta equação são: pasta dental, lama
de perfuração, suspensão de argila, tinta a óleo.
Na figura 3.11 estão ilustrados o comportamento dos fluidos e sua
classificação de acordo com sua característica viscosimétrica. O diagrama da figura
3.11 denomina-se DIAGRAMA REOLÓGICO (Reologia é a parte da Física que
estuda as propriedades e o comportamento mecânico dos corpos deformáveis que
não são nem sólidos nem líquidos).
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 40
n
dU
τ = k .
dy
Aplicando-se o logaritmo natural em ambos os membros desta equação tem-se
que:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 41
dU n dU
ln(τ ) = ln k . = ln(k ) + n. ln
dy dy
dU
Se : y = ln(τ ) → x = ln → A = n → B = ln(k )
dy
Então : y = B + A.x → função linear
3.3 Viscosímetros
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 42
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 43
Viscosidade cinemática em m 2 /s :
1950 −7
para 32 ≤ t ≤ 100 SSU : υ = 2,26.t − .10
t
1350 −7
para 100 ≤ t ≤ 1000 SSU : υ = 2,20.t − .10
t
Viscosidade cinemática em ft 2 /s :
1950 −7
para 32 ≤ t ≤ 100 SSU : υ = 2,26.t − .10,76391.10
t
1350 −7
para 100 ≤ t ≤ 1000 SSU : υ = 2,20.t − .10,76391.10
t
Viscosidade cinemática em St :
1950 -3
para 32 ≤ t ≤ 100 SSU : υ = 2,26.t − .10
t
1350 -3
para 100 ≤ t ≤ 1000 SSU : υ = 2,20.t − .10
t
Tab. 3.1: ensaio de alguns óleos lubrificantes, utilizando o viscosímetro Saybolt Universal, e
sua classificação SAE
SAE SSU mínimo a -17,78 oC SSU máximo a -17,78 oC SSU mínimo a 98,89 oC SSU máximo a 98,89 oC
5W *************** 4000 *************** ***************
10W 6000 < 12000 *************** ***************
20W 12000 48000 *************** ***************
20 *************** *************** 45 < 58
30 *************** *************** 58 < 70
40 *************** *************** 70 < 85
50 *************** *************** 85 < 110
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 44
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 45
Fig. 3.16: modelo físico para o viscosímetro de cilindros concêntricos com massa M acoplada
e polia no cilindro interno móvel
M = é a massa acoplada a uma corda inextensível que irá fazer a polia girar em
movimento rotacional;
g = aceleração da gravidade local;
Vm = velocidade máxima, suposta constante, que M irá atingir em seu
movimento descendente;
ω = velocidade angular do sistema;
r = raio da polia;
R = raio do cilindro interno do viscosímetro de cilindros concêntricos que se
move, uma vez que o cilindro externo está em repouso;
H = altura dos cilindros interno e externo;
a = folga anular entre os cilindros (diferença dos raios dos cilindros externo e
interno).
r
M .g .r = F .R ⇒ F = .M .g
R
IV) A velocidade angular é constante, o que resulta:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 46
Vm V R
= ⇒ V = .Vm
r R r
Como a velocidade angular é constante resulta que:
dU
τ = µ.
dr
Supondo que o perfil de velocidades no interior do fluido é linear tem-se que:
dU ∆U U PM − U PF V R
≅ = = = .Vm
dr ∆r a a r.a
Portanto, a tensão de cisalhamento pode ser dada por:
R
τ = µ. .Vm
r.a
Portanto, a força F no cilindro interno pode ser dada por:
R
F = τ .2.π .R.H = µ . .Vm.2.π .R.H
r.a
2.π .Vm.µ .H .R 2
∴F =
r.a
Ou ainda:
2.π .Vm.µ .H .R 2 r
F= = .M .g
r.a R
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 47
M .g .a.r 2 M .g .a.r
µ= =
2.π .Vm.H .R 3 2.π .ω.H .R 3
Também, no viscosímetro, é possível se obter o momento de atrito Ma entre o
cilindro móvel e o fluido, dado por:
4.π.µ.ω.H.R 2 .(R + a ) 2
Ma =
(R + a ) 2 − R 2
Esta equação tem seu nome em homenagem a Alfred Marie Maurice Couette,
cientista francês, considerado o inventor do viscosímetro de cilindros concêntricos.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 48
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 49
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 50
Viscosidade cinemática em m 2 /s :
6,31 −6
υ = 7,31.E − .10
E
Viscosidade cinemática em ft 2 /s :
6,31 −6
υ = 7,31.E − .10,76391.10
E
Viscosidade cinemática em St :
6,31 −2
υ = 7,31.E − .10
E
Exemplo resolvido 3.4: óleo SAE 30 é testado num viscosímetro tipo Saybolt
Universal e mede-se o tempo de 454,68 SSU para a amostra em estudo. Para
esta amostra de óleo pede-se:
1350 −7
para 100 ≤ t ≤ 1000 SSU : υ = 2,20.t − .10
t
1350 −7
∴ υ = 2,20.454,68 − .10 → υ = 9,9732688.10 -5 m 2 /s
454,68
θ − 45 0,000099732688 − 0,00009
= → θ = 43,7194 o C
40 − 45 0,000128 − 0,00009
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 51
Solução: não, pois sua temperatura está bem abaixo do nível mínimo da
temperatura de ensaio de 98,89 oC.
u 4. y 2
= 1−
u máx h2
dα dU
τ yx = µ . = µ.
dt dy
Como a água é um fluido newtoniano, ela obedece esta relação reológica. Mas,
o perfil de velocidades dados não é linear. Portanto, tem-se que determinar a
taxa de deformação angular através da derivação do perfil de velocidades da
água que escoa entre as placas, e que será dada por:
u( y) 4. y 2 4. y 2 4. y 2
= 1 − 2 → u ( y ) = u máx .1 − 2 = u máx − u máx . 2
u máx h h h
du ( y ) d 4. y 2 − 8.u máx . y
∴ = u máx − u máx . 2 =
dy dy h h2
dU − 8.µ .u máx . y
τ yx = µ . =
dy h2
h − 4.u máx .µ
Na parede superior : y = + → τ yx =
2 h
Pelos dados do apêndice A, a viscosidade dinâmica da água pode ser dada
por:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 52
570 , 6
θ +133,15
µ = 2,414.10 .e −5
570,6
15 +133,15
Para θ = 15 C : μ = 2,414.10 .e
o -5
= 0,00113611755 Pa.s
− 4.0,30.0,00113611755
τ yx = → τ yx = −2,726682 Pa
5.10 -4
du ( y ) ∆u U placa_superior − U placa_inferior V − 0 V
≅ = = =
dy ∆y y placa_superior − y placa_inferior h h
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 53
Calculando os dados no SI (embora isto não seja uma obrigação, pois também
poderia ser feito no SIG), tem-se que:
• Velocidade do trenó:
• Área do trenó:
V.A trenó
Fimpulsão = μ.
h
1,905.0,0080645
∴ Fimpulsão = 1,80122577.10 −5.
0,00003429
∴ Fimpulsão = 0,00807 N = 8,07 mN
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 54
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 55
Capítulo 4
Fluidostática
4.1 Definição
Define-se pressão como sendo a relação entre força e área, dada por:
∆F dF
p = lim =
∆A→0 ∆A
dA
Unidades:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 56
dF
Se : p = → dF = p.dA → F = ∫ p.dA
dA A
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 57
Fig. 4.2: elemento prismático de fluído submetido a forças de pressão e de campo (peso)
∂p d eixo ∂p d eixo
dFeixo = p − . .versor do eixo + p + . .(− versor do eixo ).(área normal ao eixo )
∂ eixo 2 ∂ eixo 2
( )
∂p dx ∂p dx
dFx = p − . .iˆ + p + . . − iˆ .dy.dz
∂x 2 ∂x 2
∂p dy ∂p dy
( )
dFy = p − . . ˆj + p + . . − ˆj .dx.dz
∂y 2 ∂y 2
∂p dz
∂z 2
∂p dz
dFz = p − . .kˆ + p + . . − kˆ .dx.dy
∂z 2
( )
∂p ∂p ∂p
dFR = − .iˆ + .ˆj + .kˆ .dVol + γ.dVol . − kˆ ( )
∂x ∂y ∂z
∂p ∂p ∂p
Fazendo:∇p = .iˆ + .ˆj + .kˆ = gradiente de p
∂x ∂y ∂z
Tem-se que: dF = −∇p.dV + γ.dV . − kˆ
R ol ol ( )
Enunciado do Princípio Fundamental da Fluidostática:
O que resulta:
− ∇p.dVol + γ.dVol . − k = 0
ˆ ( )
∴ −∇p + γ . − k =
ˆ ( )
0
dVol
=0
∴ ∇p = −γ .kˆ
Fisicamente, este resultado implica nas seguintes condições:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 59
∂p ∂p
= = 0 → não há variação de p no plano XOY ou na horizontal
∂x ∂y
∂p dp
= −γ = → p só varia na vertical
∂z dz
dp
Equação Fundamental da Fluidostática : = −γ
dz
Fig. 4.3: recipiente com fluido e dois pontos em estudo em seu interior
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 60
dp
= -γ → dp = − γ.dz → equação diferencial de 1a ordem
dz
pb Zb
∫ dp = −γ . ∫ dz → p b − pa = −γ .(Zb − Za ) = γ .(Za − Zb ) = γ .h
pa Za
Peso Peso
∴ pb − pa = γ .h → ∆p = γ .h = .h = → Lei de Stévin
Vol Área da base da coluna fluida
Defini-se pressão absoluta (pabs) num dado ponto do fluido à pressão total
existente no referido ponto. Em suma, é a soma total de todas as pressões acima
deste ponto e, sendo assim, ela sempre será positiva.
Matematicamente, pode-se descrever a pressão absoluta como sendo:
pef = pman = γ .h
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 61
Se, num dado ponto do sistema fluidodinâmico a pressão absoluta for igual
à pressão atmosférica local, a pressão efetiva neste ponto será nula.
Isto é:
Por exemplo, se uma pessoa estiver com a cabeça para fora da água de uma
piscina, a pressão absoluta sobre ela será a pressão atmosférica local e a pressão
efetiva sobre ela será nula. Outro exemplo é a água que sai do bocal de uma
mangueira simples de jardim. Nesse ponto de descarga da água da mangueira a
pressão absoluta é a pressão atmosférica local e a pressão efetiva é nula. Por isto, é
comum dizer que a água que sai da mangueira pelo bocal está livre de pressão e o
jato de água que sai da mangueira denomina-se jato livre.
Exercício resolvido 4.1: qual é altura da coluna de mercúrio (γHg = 136000 N/m3)
que irá produzir na base a mesma pressão de uma coluna de água (γágua =
10000 N/m3) de 5 m de altura?
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 62
Solução: de acordo com a lei de Stévin, a soma das pressões efetivas acima
do ponto X deve ser igual à soma das pressões efetivas acima do ponto Y
(vasos comunicantes). Portanto, tem-se que:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 63
Como as pressões nos pontos devem ser iguais (estão à mesma cota e no
mesmo fluido), pode-se tirar a seguinte conclusão: ao nível do mar a pressão
atmosférica vale 76 cmHg.
Assim, a experiência acima descrita transformou-se num instrumento
rudimentar de medição de pressão atmosférica: o barômetro de mercúrio, ilustrado
na figura 4.6 como na época de Torricelli.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 64
patm = 76 cmHg = 760 mmHg = 10,33 mca = 1 atm = 2116,8 psf = 14,696 psi = 1,033 kgf/cm2
patm = 10330 kgf/m2 = 101325 Pa = 1,01325 bar
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 65
p abs _ A = p abs _ B
p atm _ fora + γ água _ do _ mar .( y + 0,2 ) = p atm _ dentro + γ Hg .0,4
p atm _ dentro − p atm _ fora + γ Hg .0,4
y + 0,2 =
γ água _ do _ mar
p atm _ dentro − p atm _ fora + γ Hg .0,4
∴y = − 0,2
γ água _ do _ mar
101325
Se : p atm _ dentro = 840mmHg = 840. = 111990,7894737 Pa
760
101325
p atm _ fora = 740mmHg = 740. = 98658,55263158 Pa
760
111990,7894737 - 98658,55263158 + 136000.0,4
∴y = − 0,2
10000
∴ y = 6,5732237 m
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 66
Na figura 4.8 ilustra-se o aparato utilizado por Pascal para realizar sua
experiência.
Fig. 4.8: aparato utilizado por Pascal para realizar sua experiência
Assim sendo, Pascal tirou uma conclusão sobre esta experiência, que ficou
conhecida como Lei de Pascal:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 67
2
Faplicação Felevação Faplicação Felevação D
= → = → Faplicação = Felevação . menor
Amenor Amaior π 2 π 2 Dmaior
.D .D
menor maior
4 4
∴ Faplicação = 1500.9,80665.(0,1) → Faplicação = 147,09975 N = 15 kgf
2
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 68
Exercício resolvido 4.4: aplica-se uma força de 200 N na alavanca AB, como é
mostrado na figura. Qual é a força F que deve ser exercida sobre a haste do
cilindro para que o sistema permaneça em equilíbrio?
Solução: este exemplo deve ser resolvido em duas partes: primeiro, calcula-se
a força F’, pela igualdade dos momentos na articulação da alavanca AB;
segundo, aplica-se a lei de Pascal entre os pistões; portanto, tem-se que:
200.20
Na haste AB : 200.20 = F '.10 → F ' = = 400 N
10
2
F' F 25
Nos pistões : = → F = F '. = 400.25
π .5 2
π .25 2
5
4 4
∴ F = 10 kN
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 69
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 71
Em 1 : P1 = γ.H1
Em 2 : P2 = γ.H2
∴ P1 − P2 = γ.(H1 − H2)
P1 − P2
∴ H1 − H2 = = diferença da carga piezométrica entre 1 e 2
γ
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 72
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 73
p M = p N → p A + γ .d = γ man .h
∴ p A = γ man .h − γ .d
A figura 4.19 ilustra um manômetro diferencial de coluna em U que pode
medir a diferença de pressão entre dois pontos de um sistema.
p M = p N → P1 + γ .Z1 = P 2 + γ .Z 2 + γ m .h
∴ P1 − P 2 = γ .Z 2 − γ .Z1 + γ m .h = γ .(Z 2 − Z1) + γ m .h
∴ P1 − P 2 = −γ .h + γ m .h
∴ P1 − P 2 = (γ m − γ ).h
p M = p N → P1 + γ .Z1 = P 2 + γ .Z 2 + γ m .∆h
∴ P1 − P 2 = γ .Z 2 − γ .Z1 + γ m .∆h = γ .(Z 2 − Z1) + γ m .∆h
∴ P1 − P 2 = −γ .∆h + γ m .∆h → P1 − P 2 = (γ m − γ ).∆h
Mas : ∆h = ∆L.senα
∴ P1 − P 2 = (γ m − γ ).∆L.senα
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 75
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 76
pressão ser coincidente com os valores de pressão diastólica do paciente (k2, k3,e
k4), momento em que deixam de se ouvir sons (k5).
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 78
ho = y o .senα → hc = y c .senα
∫ y.dA = M
A
x = momento estático ou de primeira ordem
M x = yo .A
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 79
E = γ . y o .senα . A → E = γ . A.ho
Conclusão fundamental que pode ser tirada da equação do empuxo sobre
uma superfície imersa ou parcialmente imersa:
O empuxo é igual ao peso de uma coluna líquida que tem por base a área da
superfície e por altura a profundidade do seu centro de gravidade.
interesse ao eixo que passa pelo baricentro da superfície mais o momento central de
inércia, relativo ao baricentro da superfície, ou seja:
I x = I G + y o2 . A
Assim sendo, o ponto de aplicação do empuxo é dado por:
Casos particulares:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 81
Onde:
6
E = γ água . A.ho = 1,94.32,17.6.4.10 − = 10484,8464 lbf
2
4.6 3
.1
I G .sen α
2
6 12
hc = ho + = 10 − + = 7,42857143 ft
A.ho 2 6
6.4.10 −
2
Portanto:
M = E.(hc − 4 ) = 10484,8464.(7,42857143 − 4 )
∴ M = 35948,0448 lbf.ft
4.9.3 Flutuação
Seja um corpo imerso num fluido de peso específico γfluido como ilustra a
figura 4.25.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 82
O corpo está sujeito às forças peso (W) e empuxo (E). Portanto, define-se
peso aparente do corpo à diferença W - E, isto é:
Wap = W − E
Da equação geral do empuxo pode-se escrever que:
Wap < 0 → DRcorpo < DRfluido → Vol_deslocado < Vol_corpo → corpo flutua acima da superfície
do fluido
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 83
Por exemplo, uma gota de óleo, com DR = 0,8, em contato com água do mar,
com DR =1,025, possui 78,05% de seu volume imerso (no interior) da água do mar.
Por este exemplo, fica a cargo do futuro engenheiro refletir como é difícil retirar o
óleo derramado no mar devido a vazamentos em petroleiros ou outras fontes.
Solução: neste caso, deve-se aplicar a lei de Arquimedes duas vezes, isto é,
para o caso do corpo no ar e para o caso do corpo na água. Portanto, tem-se
que:
No ar : E ≅ 0 → Wap ≅ W = 800 N
Na água : Wap = W - E = 500 N
∴ E = W - 500 = 800 - 500 → E = 300 N
Mas : E = γ água .Vol_des = 9,80665.1000.Vol_des = 300
300
∴ Vol_des = → Vol_des = 0,0305915 m 3
9,80665.1000
W 800
E : W = γ corpo .Vol_corpo → γ corpo = =
Vol_corpo 0,0305915
∴ γ corpo = 26151,055031 N/m 3
Sabe-se que, pelo princípio do peso aparente, que corpos cuja densidade é
maior do que a da água afundam, quando em contato com este fluido. Então, surge
a dúvida: como pode um navio feito de aço, cuja densidade é maior do que a da
água, não afundar em contato com a água do mar?
A explicação é de que não é o peso do navio que conta, mas a sua
densidade. O navio não é construído de aço maciço, mas é oco, isto é, possui ar
dentro de si e, se dividir-se o peso todo do navio pelo seu volume, este valor é
menor do que se dividir o peso da água que ocupa o mesmo espaço do navio,
dividido pelo mesmo volume.
Isto pode ser visto na figura 4.26, onde se ilustra o volume de água que o
navio ocupa para se deslocar. Se dividir-se o peso deste volume de água pelo
volume que ocupa o valor é inferior à densidade do navio.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 84
Quando o RMS Titanic navio bateu no iceberg, por volta das 23h40min, a
água já estava em uma temperatura extremamente baixa. A lâmina de gelo que
cortou o casco do RMS Titanic possivelmente permitiu que isso ocorresse devido ao
fato do metal utilizado na construção do casco não ser o ideal. É possível que, pela
baixíssima temperatura, o casco em sua área inferior estava gélido, ou quase
congelado, o que facilitou sua abertura no atrito com o gelo. Caso o gelo tivesse
cortado o casco pouco antes do quinto compartimento, o RMS Titanic estaria salvo.
Ele foi feito para flutuar com quatro compartimentos estanques cheios d’água, mas o
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 85
gelo havia cortado, além disso, o quinto e o sexto compartimento, como ilustra a
figura 4.28. Por isso não havia nada a ser feito para salvar o navio, pois seu
naufrágio era inevitável. O RMS Titanic afundou totalmente às 2h20min do dia 15 de
Abril de 1912.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 86
Capítulo 5
Fluidocinemática
5.1 Generalidades
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 87
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 88
Para ilustrar o conceito de linhas de corrente, as figuras 5.2, 5.3, 5.4, 5.5 e 5.6
mostram as linhas de corrente que se formam ao redor de um cilindro quando
submetido ao escoamento de ar e numa asa de avião (ou aerofólio).
Fig. 5.2: linhas de corrente num cilindro em Fig. 5.3: linhas de corrente num cilindro em
meio ao fluxo de ar com velocidade V1 meio ao fluxo de ar com velocidade V2 > V1
Fig. 5.4: linhas de corrente num cilindro em Fig. 5.5: linhas de corrente num cilindro em
meio ao fluxo de ar com velocidade V3 > V2 meio ao fluxo de ar com velocidade V4 > V3
Fig. 5.6: linhas de corrente ao redor de uma asa de avião (ou aerofólio)
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 89
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 90
Fig. 5.9: “caminho” de vórtices de Von Kármán (em homenagem a Theodore Von Kármán,
cientista húngaro), que se formam atrás de um cilindro submetido ao escoamento de um fluido
(ver fig. 5.4)
Fig. 5.10: vórtices de von Kármán nas Ilhas Guadalupe – Mar do Caribe – América Central
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 91
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 92
V) Quanto à compressibilidade:
- compressível: as propriedades do fluido variam conforme a posição
da partícula, podendo variar também no tempo;
- incompressível: as propriedades do fluido não variam conforme a
posição da partícula, podendo variar no tempo;
Nos gases, o limite de compressibilidade é de 20% (na realidade, é 30%
mas adota-se 20% como um fator de segurança, para se evitar ondas de
choque no interior das tubulações, na presença de conexões ou
dispositivos no meio do escoamento) da velocidade do som no ar seco,
isto é, considerando que a velocidade do som no ar seco é 340 m/s, o
limite de compressibilidade para os gases é de 68 m/s ou 244,8 km/h; nos
líquidos, como a velocidade do som é de 1500 m/s, o limite de
compressibilidade é muito alto, isto é, cerca de 300 m/s ou 1080 km/h;
portanto, o escoamento nos líquidos é praticamente sempre
incompressível e, nos gases, só o será se a sua velocidade média for
abaixo de 68 m/s ou 244,8 km/h;
∆V dVol
Q = lim ol =
∆t →0
∆t dt
Unidades:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 93
dm ∆m
m = = lim
dt ∆t →0 ∆t
Unidades:
dm ρ .∆Vol ∆V
Como : ∆m = ρ .∆Vol → m = = lim = ρ . lim ol = ρ .Q
dt ∆t →0 ∆t ∆t →0
∆t
dm
∴ m = = ρ .Q
dt
A.∆s ∆s
Como : ∆Vol = A.∆s → Q = lim = A. lim = A.V
∆t →0
∆t ∆t →0 ∆t
∴ Q = V . A = ∫ V dA → m = ρ .Q = ρ .V . A = ∫ ρ .V dA
A A
Q 1
V = = .∫ V dA
A AA
Onde : V = velocidade média do escoamento
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 94
Fig. 5.12: perfil de velocidades de um escoamento laminar numa tubulação de secção circular
A equação que rege o perfil de escoamento laminar é dada por (ver apêndice
F):
r2
v(r ) = Vmáx .1 − 2
R
Onde: Vmáx = velocidade do escoamento medida no centro da tubulação (r = 0).
r = variável polar raio, que varia no intervalo 0 ≤ r ≤ R
R = raio da tubulação
A = π .R 2 → dA = 2.π .r.dr
Substituindo-se estes dados e a equação do perfil no conceito de velocidade
média, tem-se que, num escoamento laminar, o valor da velocidade média é dado
por:
1
R
r2 2.Vmáx
R
r3
π .R 2 ∫0 ∫
V= . V .
máx 1 −
2
. 2 .π .r .dr = 2
.
r − .dr
2
R R 0
R
2.Vmáx r 2 r 4 2.Vmáx R 2 R 2 2.Vmáx R 2
R R
V= . − = . − = .
R 2 2 0 4.R 2 0 R2 2 4 R2 4
V
∴V = máx = 0,5.Vmáx → velocidade média do escoamento laminar
2
A figura 5.13 ilustra além do perfil de velocidades do escoamento laminar
numa tubulação, o perfil de velocidades de um escoamento turbulento numa
tubulação de diâmetro D.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 95
Fig. 5.13: perfis de velocidades numa tubulação de diâmetro D para regime de escoamento
laminar e turbulento
1
k
r N r
v(r ) = Vmáx .1 − = Vmáx .1 −
R R
Onde : 7 ≤ N ≤ 8,8 → intervalo experimental
A = π .R 2 → dA = 2.π .r.dr
Substituindo-se estes dados e a equação do perfil no conceito de velocidade
média, tem-se que, num escoamento turbulento, o valor da velocidade média é
dado por:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 96
k k
r 2.Vmáx r
R R
1
2 ∫ máx
R 2 ∫0 R
V= . V . 1 − .2.π .r.dr = . 1 − .r.dr
π .R 0 R
→ du = − → dr = − R.du → r = R.(1 − u )
r dr
Fazendo : u = 1 −
R R
2.Vmáx k
0 0
V= 2
. − R.du ) = 2.Vmáx .∫ u k .(u − 1).du
. ∫ u .R.(1 − u )(
R 1 1
u k + 2 0 u k +1 0
( )
0
V = 2.Vmáx .∫ u k +1 − u k .du = 2.Vmáx . −
k + 2 k + 1 1
1 1
1 1 1 1 k + 2 − k −1
V = 2.Vmáx .0 − −0+ = − = . k + 2 )
2 .V . 2.V .
k +2 k + 1 k + 1 k + 2
(k + 1)(
máx máx
R R
Q = ∫ V dA = ∫ v(r ).2.π .r.dr = 2.π .∫ v(r ).r.dr
A 0 0
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 97
Do gráfico da figura 5.14 pode-se determinar a área total do gráfico que está
entre a curva e o eixo de r, da seguinte forma:
(V .r )1 .r1 (V .r ) 2 + (V .r )1
A1 = → A2 = .(r2 − r1 )
2 2
(V .r ) 3 + (V .r ) 2 (V .r ) 4 + (V .r ) 3
A3 = .(r3 − r2 ) → A4 = .(r4 − r3 )
2 2
(V .r ) 5 + (V .r ) 4 (V .r ) 5 .( R − r5 )
A5 = .(r5 − r4 ) → A6 =
2 2
R
Ag = A1 + A2 + A3 + A4 + A5 + A6 → Ag = ∫ v(r ).r.dr
0
Q = 2.π . Ag
Por exemplo, seja a tabela 5.1 que ilustra os valores de v(r) em função de r
do estudo do fluxo de água em escoamento turbulento numa secção circular com
diâmetro de 3 in cujos raios são normalizados conforme a norma americana PTC-11
(1946):
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 98
Tab. 5.1: dados de v(r) x r para uma aplicação de fluxo de água em escoamento turbulento
numa tubulação de 3 in
2
Ponto r (mm) v(r) (m/s) v(r) . r (m /s)
0 0,0 3,3759 0,0000
1 12,3 3,3759 0,0415
2 21,4 3,3017 0,0707
3 27,6 3,1085 0,0858
4 32,6 2,9448 0,0960
5 37,5 2,8157 0,1056
6 38,1 0,0000 0,0000
0,12
0,1
0,08
v.r (m2/s)
0,06
0,04
0,02
0
0 10 20 30 40 50
r(mm)
Fig. 5.15: gráfico v(r).r x r para o fluxo de água em escoamento turbulento - exemplo
A área total sob a curva traçada no gráfico da figura 5.15 é dada por:
Ag = 0,0022308505 m3/s
Q Q 4.Q 4.0,014017
V = = = =
A π .D 2 π .D 2 π .(3.0,0254)2
4
∴V = 3,07362 m/s
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 99
A justificativa de este erro ser maior que 7% (limite experimental) está no fato
de que a velocidade média (utilizando a equação em função de N = 7,9) foi calculada
para um valor específico de N. Como N varia na faixa 7 ≤ N ≤ 8,8, certamente o
valor de N não é 7,9 para este caso.
∂
∫ ρ.V dA −
Entrada
∫ ρ.V dA +
Saída
∫ ρ.dVol = 0
∂t VC
Onde :
∫ ρ. V
Entrada
d A = taxa de massa que entra no sistema de controle
∫ ρ.
Saídaa
V d A = taxa de massa que sai do sistema de controle
∂
∫ ρ.dVol = taxa de massa acumulada no sistema de controle
∂t VC
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 100
∂
EPI : ∫ ol
∂t VC
ρ .dV = 0 → ∫ ρ
Entrada
.V dA = ∫ ρ
Saída
.V dA
n m
∴ ∑ (ρ entrada .Ventrada . Aentrada )i = ∑ (ρ saída .Vsaída . Asaída ) j
i =1 j =1
Fig. 5.15: sistema de escoamento com duas entradas e uma saída - exemplo
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 101
m 50
= ρ.Q → Q =
m = = 0,05 m 3 /s = 50 L/s
ρ 1000
π 4.Q 4.0,05
Q = V1 .A 1 = V1 . .D12 → V1 = = → V1 = 1,59155 m/s
4 π.D1 π .0,20 2
2
π 4.Q 4.0,05
Q = V2 .A 2 = V2 . .D22 → V2 = = → V2 = 6,3662 m/s
4 π.D 2 π .0,10 2
2
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 102
m ar + m combustível = m gases
ρ ar .Qar + m combustível = ρ gases .Q gases
ρ ar .Var . A1 + m combustível = ρ gases .V gases . A2
ρ ar .Var . A1 + m combustível 1,2.200.0,3 + 1
∴V gases = =
ρ gases . A2 0,5.0,2
∴ Vgases = 730 m/s
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 103
FR .∆l m.a.∆l V2
E cinética = = = a.∆l =
m m 2
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 104
F peso .z m.g .z
E potencial = = = g .z
m m
Daniel Bernoulli percebeu que, num sistema isento de atrito ou onde o fluido é
ideal (sem viscosidade), fazendo-se o balanço energético do sistema, tem-se que:
O fato de que a soma das três formas de energia, num EPI sem atrito, ser um
valor constante não significa que os valores de pressão, velocidade e cota em todos
os pontos do escoamento sejam iguais, mas, sim, que a soma das parcelas das
três formas de energia é que devem ser iguais. Daniel Bernoulli percebeu que, uma
consequência de sua equação, é que, de alguma forma, as três formas de energia
se compensam ao longo do escoamento, isto é, quando uma delas for a menor
naquele ponto do escoamento, as demais serão as maiores no mesmo ponto.
Outra forma de escrever a mesma equação de Bernoulli é dividindo-se todos
os termos da equação de Bernoulli pela aceleração da gravidade local, fazendo-se
com que as três formas de energia sejam determinadas por unidades de peso e não
mais por unidade de massa, resultando na seguinte equação:
p V 2 g .z p V 2 constante
+ + = + +z=
ρ . g 2. g g γ 2.g g
Onde :
p
= H p = carga piezométrica
γ
V2
= H c = carga cinética
2.g
z = H g = carga geométrica
p m2 p ft 2
No SI : = 2 → No SIG : = 2
ρ s ρ s
p p
No SI : = m → No SIG : = ft
γ γ
p1 V12 p 2 V22
+ + z1 = + + z2
γ 2.g γ 2.g
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 106
p2 − p1 V12 − V22 γ
γ
=
2.g
→ p2 − p1 =
2. g
( )
. V12 − V22 → Princípio de Bernoulli
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 107
Fig. 5.19: escoamento de líquido por um orifício instalado na parede de um grande tanque
ρ1 .V1 . A1 = ρ 2 .V2 . A2 → ρ1 = ρ 2 → V1 . A1 = V2 . A2
A
∴V1 = V2 . 2
A1
Como : A1 >> A2 → V1 << V2 → V22 − V12 ≅ V22 → princípio dos grandes reservatórios
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 108
Vreal = CV . 2.g .h
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 109
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 111
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 112
pA V A2 p B VB2 V A2 p − pA
+ + zA = + + zB → = B
γ 2.g γ 2.g 2.g γ
2.g .( p B − p A ) 2.( p B − p A ) 2.g .∆p 2.∆p
∴V A = = = =
γ ρ γ ρ
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 113
E foi com um tubo de Pitot, utilizado no interior de uma tubulação de 3 in, que
foi levantado o perfil de velocidades de um escoamento turbulento, no exemplo de
aplicação dos dados ilustrados na tabela 5.1.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 114
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 115
2
A jato
A D D D A
Cc = = 2 → β = orifício = o → β 2 = o = o
Aorifício Ao Dtubo D1 D1 A1
A A2
∴β 2 = o = → A2 = β 2 .Cc . A1
A1 Cc . A1
A
V1 . A1 = V2 . A2 → V1 = V2 . 2
A1
∴V1 = V2 .β 2 .C c
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 116
Portanto, a vazão medida pela placa de orifício será feita à jusante da placa, o
que resulta:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 117
Fig. 5.29: curvas K = f(β,Rey) para medidores de vazão em tubulações de acordo com a norma
DIN
III) Tubo de Venturi: o tubo Venturi é fabricado como peça fundida e usinada
com faixa de precisão altíssima para se reproduzir a performance (desempenho em
francês) dos sistemas padronizados; consequentemente este tubo é pesado,
volumoso e oneroso; a perda geral é baixa e o tubo é auto limpante por causa da
superfície lisa interna; seu nome é dado em homenagem a Giovanni Battista Venturi,
cientista italiano.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 118
Embora o tubo fosse idealizado por Venturi, como medidor de vazão só foi
estudado pela primeira vez pelo engenheiro civil austríaco Clemens Herschel, no
século XIX.
O primeiro Venturi como medidor de vazão foi construído para uma tubulação
de 60 in em 1853, conforme está ilustrado na figura. 5.31.
Fig. 5.31: primeiro tubo de Venturi construído por Herschel para medição de vazão em 1853
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 119
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 120
A EQM possui dois lados que podem ser analisados separadamente, mas que
constituem um único conjunto de forças, a saber:
Um caso particular para este esguicho de jardim é o caso em que ele precisa
ficar em equilíbrio estático (repouso). Para tal, basta igualar o vetor reação R com o
vetor nulo, o que resulta:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 122
Se R = 0 então :
V22 .ρ . A2 − V12 .ρ . A1 . cos α − P1 . A1 . cos α = 0
2
− V1 .ρ . A1 .senα − P1 . A1 .senα + W = 0
∴ P1 . A1 . cos α = V22 .ρ . A2 − V12 .ρ . A1 . cos α → [1]
∴ P1 . A1 .senα = W − V12 .ρ . A1 .senα → [2]
[2] W − V12 .ρ . A1 .senα
Fazendo : = tgα = 2
[1] V2 .ρ . A2 − V12 .ρ . A1 . cos α
( )
∴W = V22 .ρ . A2 − V12 .ρ . A1 . cos α .tgα + V12 .ρ . A1 .senα
[( )
∴W = ρ . V22 . A2 − V12 . A1 . cos α .tgα + V12 . A1 .senα ]
Quantitativamente, seja um esguicho de jardim com um diâmetro de entrada
(D1) igual a 0,5 in, um diâmetro de saída (D2) igual a 0,25 in, com uma velocidade de
entrada de água de 1,5 m/s e cuja massa a vazio seja de 170 g. Deseja-se saber a
massa de água no interior do esguicho de jardim quando ele está na condição de
jato livre contínuo. Assim sendo, tem-se o seguinte equacionamento:
π π
D1 = 0,5" → A1 = .D12 = .(0,5.0,0254) = 1,26677.10 -4 m 2
2
4 4
π π
D2 = 0,25" → A2 = .D22 = .(0,25.0,0254) = 3,16692.10 -5 m 2
2
4 4
A
P.C. : ρ1 .V1 . A1 = ρ 2 .V2 . A2 → EPI : ρ1 = ρ 2 → V1 . A1 = V2 . A2 → V2 = V1 . 1
A2
1,26677.10 -4
∴V2 = 1,5. → V2 = 6m / s
-5
3,16692.10
[( )
∴W = 10 3 . 6 2.3,16692.10 -5 − 1,5 2.1,26677.10 -4. cos 61 .tg 61 + 1,5 2.1,26677.10 -4.sen61 ]
2,0568
∴W = 2,0568 N → M = = 0,2097 kg = 209,7 g
9,80665
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 123
∴M =
2
(
1000.15 .0,05. 1 − cos 50 o
) → M = 409,7872 kg
9,80665
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 124
Capítulo 6
Fig. 6.1: ilustração do aparato utilizado por Reynolds para realizar sua experiência
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 125
Fig. 6.2: experiência de Reynolds: (a) modelo físico do aparato (b) visualização do escoamento
V
m. .h
m.V .V m.V ρ .Vol .V ρ .V .L
= =
Força de inércia m.a m.a.h t
= = = = =
Força viscosa µ.V . A µ.V . A µ.V . A µ.V . A µ. A µ. A µ
h
Força de inércia ρ .V .L
∴ = = Rey = Re = N Re = N R → Número de Reynolds
Força viscosa µ
Onde:
ρ = massa específica do fluido escoante
V = velocidade média do escoamento
L = dimensão característica da superfície de controle (SC)
µ = viscosidade dinâmica do fluido escoante
µ
υ=
ρ
Assim sendo, o número de Reynolds pode, então, ser também descrito por:
ρ .V .L V .L
Rey = =
µ υ
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 127
4. Am
L=
Pm
Onde:
Am = área molhada da SC = área de secção transversal na qual o fluido
escoará totalmente
Pm = perímetro molhado = perímetro efetivo da SC por onde escoará o fluido
π .D 2
Am = → Pm = π .D
4
π
4. .D 2
∴ L= 4 →L=D
π .D
Como a maioria dos estudos em FT será feita em tubos circulares, pode-se
escrever o Número de Reynolds das seguintes formas:
ρ .V .D V .D 4.ρ .Q 4.Q
Rey = = = =
µ υ π .D.µ π .D.υ
Por exemplo, alguns valores de Rey são típicos, resumidos na tabela 6.1.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 128
Unidades:
No SI: [Ht] = m
No SIG: [Ht] = ft
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 129
Ht = Hl + H s
As perdas de carga localizada e distribuída serão estudadas a seguir.
L V2 L 8.Q 2
Hl = f . . = f. 5 . 2
D 2. g D π .g
Onde: f = fator de atrito da tubulação ou fator de atrito de Darcy que, por sua
vez, é função de e/D (rugosidade relativa da tubulação) e de Rey.
A Equação de Darcy-Weisbach tem este nome em homenagem a Henry
Darcy, cientista francês e Julius Ludwig Weisbach, cientista alemão.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 130
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 131
Nota-se que, pelos ábacos de Nikuradse, ilustrados na figura 6.5, que até
Rey < 2300, o fator de atrito de Darcy varia inversamente proporcional com relação
a Rey e em forma linear, característica de escoamento laminar, e independe do
valor de e/D. A partir de Rey > 104, o fator de atrito de Darcy varia com Rey e e/D
até tomar um valor constante, característica de escoamento turbulento.
Conjuntamente, Lewis F. Moody, cientista norte americano (1880 – 1953),
utilizando tubos comerciais, levantou dados da correlação de f e Rey, mostrando-os
num diagrama que leva seu nome, o diagrama de Moody, ilustrado na figura 6.6.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 132
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 133
128.µ .L.Q
∆p =
π .D 4
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 134
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 135
0,3164
f =
Rey 0,25
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 136
Utilizada em escoamento turbulento misto (105 < Rey < 106) e com
e/D ≤ 10-6 e em escoamento turbulento rugoso (Rey > 106) com e/D ≥ 0,02.
Colebrook propôs a utilização, por meio dos cálculos dos coeficientes de resistência
ao fluxo, uma dependência linear entre Rey e e/D. Esta proposta é fundamentada
nas observações de Prandtl e Nikuradse. A equação de Colebrook é largamente
utilizada no mundo inteiro, com diferentes denominações e é dada por:
−2
e/D 2,51
f = − 2. log +
0,5
3,7 Rey.f
O futuro engenheiro deve ter percebido que a equação de Colebrook é uma
equação transcendente (implícita), isto é, para ser resolvida é necessário cálculo
iterativo (Cálculo Numérico).
Mas, R. W. Miller, P. K. Swamee e A. K. Jain (séc. XX), cientistas estudiosos
dos trabalhos de Colebrook, sugeriram que, se a 1a iteração fosse calculada por sua
equação, o valor de f por Colebrook teria um erro de cálculo da ordem de 1%, erro
mais do que aceito em todas as aplicações práticas vistas aqui em FT.
Portanto, para se utilizar a equação de Colebrook (a menos que um
computador ou calculadora programável o faça) deve-se calcular a 1a iteração de
Colebrook pela equação de Miller-Swamee-Jain, dada por:
−2
e/D 5,74
f o = 0,25.log + 0,9
3,7 Rey
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 137
−2 −2
e/D 5,74 e/D 2,51
f o = 0,25.log +
0,9
→ f = − 2. log +
0,5
3,7 Rey 3,7 Rey.f o
0 ,125
8
e/ D 6
−16
64 5,74 2500
f = + 9,5.ln + −
Re y 3,7 Re y
0,9
Re y
Resumidamente, para se calcular o fator de atrito de Darcy são adotados os
seguintes métodos, ilustrados na tabela 6.2.
V2 8.Q 2 .
H S = k. = k. 2 4
2.g π .D .g
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 138
Leq V 2 V2 k .D
f. . = k. → Leq =
D 2.g 2.g f
Onde f é o fator de atrito de Darcy onde a conexão está acoplada.
O efeito de se substituir a conexão por um pedaço de tubo de comprimento
Leq que forneça a mesma perda de carga do que a conexão é exclusivamente para
efeito de projeto, pois Leq é um valor virtual, isto é, na prática ele não existe.
O valor de Leq também é fornecido pelo fabricante da conexão ou dispositivo
e a figura 6.8 ilustra alguns valores de Leq.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 139
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 140
O futuro engenheiro deve ter percebido que a perda de carga é algo que deve
ser minimizado ao máximo possível, para que o sistema de escoamento tenha o
maior rendimento possível.
Minimizar a perda de carga não é uma tarefa tão simples assim. A priori, pelas
equações apresentadas, o futuro engenheiro deve ter percebido também que, para
diminuir a perda de carga é necessário escolher tubos com diâmetros grandes ou
escolher tubos lisos ou trechos de tubulações mais curtos ou sistemas com baixas
vazões.
Justamente estas considerações é que devem ser levadas para os projetos
de tubulações e, mais ainda, tentar minimizar os custos relevantes do projeto, bem
como atingir a maior relação custo-benefício do mesmo.
Está lançado o desafio para quem quiser ser um bom profissional nesta área.
Exemplo resolvido 6.1: um viscosímetro simples e preciso pode ser feito com
um tubo capilar. Se a vazão em volume e queda de pressão forem medidas, e a
geometria do tubo for conhecida, a viscosidade de um fluido newtoniano
poderá ser calculada. Um teste de certo líquido num viscosímetro capilar
(figura abaixo) forneceu os seguintes dados: Q = 880 mm3/s (880.10-9 m3/s) e
ρfluido = 999 kg/m3. Aplicando a Equação de Hagen – Poiseuille e com base no
viscosímetro fornecido determine a viscosidade do fluído ensaiado e prove
que o escoamento dentro do tubo é laminar.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 141
128.µ .L.Q
∆p =
π .D 4
µ= =
128.L.Q 128.1.880.10 −9
∴ µ = 0,00174316 Pa.s = 1,74316 cP
4.ρ .Q 4.999.880.10 −9
Re y = = = 1284,2543 < 2300 → escoamento laminar!
π .D.µ π .5.10 − 4.1,74316.10 −3
τw
fF =
1
. ρ .V 2
2
r2 V
v(r ) = Vmáx .1 − 2 → V = máx → V = velocidade média
R 2
r2 r2
∴ v(r) = 2.V.1 − 2 = 2.V − 2.V . 2
R R
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 142
dv(r ) d r2
τ rz = − µ. = − µ . 2.V − 2.V . 2
dr dr R
4.V .r
τ rz = µ .
R2
4.V 8.V
τ w = τ rz r =R = µ. = µ. → D = diâmetro da tubulação
R D
Substituindo-se este valor da tensão de cisalhamento na equação do fator de
atrito de Fanning tem-se que:
µ .8.V
τw D = 16.µ = 16 = 16
fF = =
1
.ρ .V 2
ρ .V 2 ρ .V .D ρ .V .D Re y
2 2 µ
Por sua vez, o fator de atrito de Darcy, para o escoamento laminar, é dado por:
64
fD =
Re y
64
f D Re y 64 Re y
= = . = 4 → f D = 4. f F
fF 16 Re y 16
Re y
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 143
ρ .V .D 750.0,75.1,016
Re y = = = 952,5 → escoamento laminar!
µ 0,6
64 64
∴fD = = = 0,0671916
Rey 952,5
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 144
π π
Q = V . A = V . .D 2 = 0,75. .(1,016 ) → Q = 0,608048975 m 3 /s = 608,048975 L/s
2
4 4
dW
= Q.∆P = 0,608048975.279,066816273.10 3
dt
dW 169,68629157.10 3
= 169,68629157 kW = = 227,461517 HP
dt 746
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 145
Capítulo 7
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 146
Clausius dizia que sempre que o trabalho for produzido pelo órgão gerador de
calor, certa quantidade desta energia é consumida, que é proporcional ao trabalho
realizado. Por outro lado, pelo gasto de uma quantidade igual de trabalho a mesma
quantidade de calor é produzida.
Clausius descreveu a PLT utilizando a denominação matemática da taxa de
variação, referindo-se à existência de uma função do estado do sistema chamada
energia interna (E), expressa em termos de uma equação diferencial para os
estados de um processo termodinâmico, ou seja, calor (Q) e trabalho (W). Esta
equação pode ser traduzida em palavras como se segue:
Assim sendo, aplicando a PLT no modelo físico ilustrado na figura 7.1 tem-se
que:
dE dQ dW
= − → E = Q − W
dt dt dt
A energia E de um sistema termodinâmico, composto por um grande número
de partículas tais como íons, moléculas, átomos ou mesmo fótons, pode ser
decomposta em três partes:
dN ∂
= ∫ η .ρ .V dA + ∫ η .ρ .dVol
dt SC ∂t VC
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 148
N = E →η = e
dE dQ dW ∂
∴ = − = ∫ e.ρ .V dA + ∫ e.ρ .dVol
dt dt dt SC
∂t VC
∂
EPI : ∫ e.ρ.dVol = 0
∂t VC
dQ dW dQ dW V 2
∴ − = ∫ e.ρ .V dA → − = ∫ + g.z + u .ρ .V dA
SC
dt dt SC
dt dt 2
p.m
Wnormal = Fpressão .d = p.A.d = p.Vol =
ρ
dWnormal p dm p
∴ = . = . ∫ ρ.V dA
dt ρ dt ρ SC
dWcisalhamento d
Wcisalhamento = ∫ τ d.dA → = ∫ τ .dA = ∫ τ V.dA
SC
dt SC
dt SC
dWcisalhamento
Mas, na SC : V//dA → τ V = 0 → =0
dt
dQ p dWS V 2
− . ∫ ρ .V dA − = ∫ + g .z + u .ρ .V dA
dt ρ SC dt SC
2
dWS V 2 p dQ
∴− = ∫ + g .z + u .ρ .V dA + . ∫ ρ .V dA −
dt SC
2 ρ SC dt
dWS V 2 p dQ
∴− = ∫ + g .z + + u .ρ .V dA −
dt SC
2 ρ dt
dWS V 2 p dQ
∴ = − ∫ + g .z + + u .ρ .V dA +
dt SC
2 ρ dt
dQ dQ dm dQ
Pode − se escrever que : = . = . ∫ ρ .V dA
dt dm dt dm SC
dWS V 2 p dQ
∴ = − ∫ + g .z + + u .ρ .V dA + . ∫ ρ .V dA
dt SC
2 ρ dm SC
dWS V 2 p dQ
∴ = − ∫ + g .z + + u − .ρ .V dA
dt SC 2 ρ dm
dQ
ht = u −
dm
Assim, para dois pontos do sistema de controle, onde o ponto 1 é a entrada e
o ponto 2 é a saída, a PLT pode ser assim descrita:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 150
dWS V 2 p
= − ∫ + g .z + + ht .ρ .V dA
dt SC
2 ρ
dm p 2 − p1 V22 − V12
+ g .(z 2 − z1 ) + ht
dWS
∴ =− . +
dt dt ρ 2
dWS dm p1 − p 2 V12 − V22
∴ = . + + g .(z1 − z 2 ) − ht
dt dt ρ 2
p1 − p 2 V12 − V22
+ g .(z1 − z 2 ) − ht
dWS
∴ = ρ .Q. +
dt ρ 2
∴
dWS
= Q. p1 − p 2 +
(
ρ . V12 − V22 )
+ ρ .g .(z1 − z 2 ) − ρ .ht
dt 2
Onde : ∆p = p1 − p 2 +
(
ρ . V12 − V22 )
+ ρ .g .(z1 − z 2 ) − ρ .ht
2
E : ∆p = variação de pressão total do sistema
dWS
∴ = Q.∆p
dt
dWS
dt = [Q.∆p ] = L .T .M .L .T = M .L .T
3 −1 −1 −2 2 −3
Que é o símbolo dimensional da potência (ver capítulo 2).
Em outras palavras, a potência de eixo do dispositivo (bomba ou turbina)
instalado no meio do escoamento é o produto da vazão em volume do sistema pela
variação de pressão total. Nesta variação de pressão total estão incluídas todas as
pressões possíveis do sistema e, principalmente, a perda de pressão pela existência
da perda de carga.
Unidades de dWs/dt:
Pelo modelo adotado para a aplicação da PLT (fig. 7.1) convenciona-se que:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 151
Se dWS/dt = 0 não existe nem uma bomba e nem uma turbina entre 1 e 2
dWS
Ausência de dispositivo no sistema : =0
dt
Como : Q > 0 → p1 − p 2 +
(
ρ. V12 − V22 )
+ ρ.g.(z1 − z 2 ) − ρ.h t = 0
2
p1 − p 2 V12 − V22
∴ht = + + g.(z1 − z 2 ) → Equação de Bernoulli para escoamento real
ρ 2
dWS
Ausência de dispositivo no sistema + ausência de perda de carga : = ht = 0
dt
Como : Q > 0 → p1 − p 2 +
(
ρ. V12 − V22 )
+ ρ.g.(z1 − z 2 ) = 0
2
p − p 2 V12 − V22
∴ 1 + + g.(z1 − z 2 ) = 0 → Equação de Bernoulli para escoamento ideal
ρ 2
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 152
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 153
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 154
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 155
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 156
f .L f .L
H t = 0,60304.Q 2 . rec 5 rec + suc 5 suc [m]
Drec Dsuc
Onde : [Q] = m 3 /h → [L] = m → [D] = in
E : L suc = a + L eq_cotovelo de 90o + L eq_válvula de crivo
L rec = A + L eq_cotovelo de 90o + L eq_registro de gaveta + L eq_válvula de retenção
∆z = z1 − z 2 = −(H + h )
e) a altura manométrica total do sistema (AMT), que considera toda altura
necessária para a elevação da água mais as perdas de carga do sistema, é
dada pela expressão:
AMT = H + h + H t [m]
Porém, devido ao fato da BC também provocar uma perda de carga
localizada no sistema, adota-se que a AMT real deve ser o produto da AMT por um
coeficiente de segurança (da ordem de 20% ou mais). Por isto, a AMT real é dada
por:
0,150262.Q 2
∆p = ρ . 4
+ g . AMTreal [Pa]
Drec
dWS Q.∆p
∴ = [W]
dt 3600
A rigor, o valor de ∆p deveria ser negativo, mas este sinal foi omitido, uma vez
que já se sabe que o dispositivo é uma bomba.
Finalmente, com os dados da potência dWs/dt e AMTreal basta consultar um
catálogo do fabricante de bombas e dimensionar a bomba mais adequada para a
aplicação. Geralmente, os catálogos fornecem curvas que auxiliam o projetista a
dimensionar corretamente a BC mais adequada ao sistema. Um exemplo de curva
de BC é ilustrada na figura 7.10.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 157
Nas figuras 7.11 e 7.12 ilustram-se o efeito da cavitação nas pás das turbinas
hidráulicas.
Sistema:
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 160
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Apostila de teoria de FT - capítulos____________________________________________________________________ 161
Referências
- BASTOS, F.A. Problemas de Mecânica dos Fluídos. Rio de Janeiro:
Guanabara, 1983.
- BRUNETTI, F. Mecânica dos Fluidos. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
- FOX, R.W., McDONALD, A.T., PRITCHARD, P. J. Introdução à Mecânica
dos Fluídos. 6a ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2006.
- GILES, R.V., EVETT, J.B., LIU, C. Mecânica dos Fluidos e Hidráulica. São
Paulo, Makron Books, 1997.
- SISSOM L.E., PITTS D.R. Fenômenos de Transporte. Rio de Janeiro:
Guanabara, 1988.
- STREETER, V.L., WYLIE, E.B. Mecânica dos Fluidos. São Paulo: McGraw-
Hill, 1982.
- VENNARD, J.K., STREET, R.L. Elementos de Mecânica dos Fluidos. Rio
de Janeiro: Guanabara Dois, 1978.
_____________________________________________________________________________________________________
Prof. André Vitor Bonora FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba