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perspectiva de cinco estudantes surdos do Vale do São Francisco

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Projeto de Pesquisa ou Pesquisa em andamento


() Trabalho resultante de pesquisa realizada por estudante de graduação
( ) Trabalho resultante de pesquisa realizada por estudante de especialização
( ) Trabalho resultante de pesquisa realizada por estudante de mestrado
( ) Trabalho resultante de pesquisa realizada por estudante de doutorado
( ) Trabalho resultante de pesquisa realizada por pesquisador profissional, sem apoio de agência de fomento
( ) Trabalho resultante de pesquisa realizada por pesquisador profissional, com apoio de agência de fomento
( ) Outros: especificar qual _________________________________________________________________

Pesquisa Concluída
( ) Trabalho resultante de pesquisa realizada por estudante de graduação
( ) Trabalho resultante de pesquisa realizada por estudante de especialização
( ) Trabalho resultante de pesquisa realizada por estudante de mestrado
( ) Trabalho resultante de pesquisa realizada por estudante de doutorado
( ) Trabalho resultante de pesquisa realizada por pesquisador profissional, sem apoio de agência de fomento
( ) Trabalho resultante de pesquisa científica realizada por pesquisador profissional, com apoio de agência de
fomento
( ) Outros: especificar qual _________________________________________________________________

Relato de Experiência
( ) Relato de experiência resultante de atuação como professor (abrangendo todos os níveis de ensino)
(X) Relato de experiência docente a partir da atuação como aluno de graduação e/ou pós-graduação
( ) Outros: especificar qual _________________________________________________________________

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XIII Encontro Regional Nordeste da ABEM


Diversidade humana, responsabilidade social e currículos: interações na educação musical
Teresina, 25 a 27 de outubro de 2016
Uma ação interdisciplinar e inclusiva: a música segundo a perspectiva de cinco
estudantes surdos do Vale do São Francisco

Resumo

Este trabalho consiste em um relato de experiência docente que surge a partir de uma proposta
interdisciplinar de ensino, desenvolvida por um dos bolsistas do Subprojeto Interdisciplinar do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, envolvendo alunos surdos de
uma escola estadual na cidade de Petrolina, nordeste do Brasil, com o objetivo de melhorar o
processo de inclusão que até então não era efetivo, buscado despertar nos alunos o interesse
pela vivência escolar, tendo como ponto de partida a música em diálogo com a geografia, essa
proposta quebrou paradigmas, modificando a compreensão dos alunos sobre o que é música e
os aproximou de uma consciência ambiental quando se tornaram agentes do processo de
ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Interdisciplinaridade, inclusão, música.

Esse trabalho é uma proposta de interdisciplinaridade entre música e outras áreas do saber e
aconteceu mediante a necessidade encontrada na escola que se configura como campo de
pesquisa para o aluno bolsista do PIBID, onde o processo de inclusão não estava obtendo
eficácia. Pelo contrário, desestimulava os alunos surdos, os levando a ter uma visão equivocada
do ensino e não perceber a real importância e aplicação prática dos saberes, pois não favorecia
ao sentimento de pertencimento dos mesmos ao contexto escolar. A intervenção foi
desenvolvida de forma interdisciplinar, pois ela proporciona uma articulação entre saberes
distintos, contribuindo para que o aluno entenda que os conhecimentos quando aplicados não
acontecem de forma fragmentada. Segundo sugere Thiesen na revisão bibliográfica sobre o
tema (2006), enquanto formação docente a interdisciplinaridade também impulsiona o
pensamento sobre atitudes e inspirações em relação às áreas do conhecimento envolvidas e a
troca que existe entre elas, e o que isso causa no indivíduo. Vem como pressuposto na
organização curricular e fundamentação das metodologias de ensino, assim como orienta o
educador fazendo-o constantemente repensar suas ações docentes. Nesse contexto a educação
musical por sua característica transversal, em diálogo com a geografia, disciplina também
rejeitada pelos alunos, contribuiu para a interdisciplinaridade e apareceu como mecanismo de
inclusão de alunos surdos, quebrando paradigmas que os distanciavam da música. Ainda no
século XXI o ensino da música na educação regular é um desafio, pois, mesmo aprovada a lei
11.769/2008 que estabelece a obrigatoriedade do seu ensino nas escolas de educação básica no

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país,infelizmentesua execução não abrange toda a educação. E quando direcionada à educação
inclusiva e especificamente a alunos surdos, o desafio é maior pois há aspectos culturais que
negam a possibilidade do surdo de relacionar-se com a música devido ao desconhecimento das
pessoas sobre o que de fato chamamos de música. Na sistematização do trabalho tivemos como
referência Maria Cândida Moraes que diz:

Sabemos que fundamentos e bases teóricas claras são vitais tanto nos
processos de macro como de micro-planejamento de programas e projetos
educacionais. Uma base conceptual clara e competente, a respeito do que seja
o processo de construção do conhecimento, permite uma reflexão
multidimensional sobre a prática pedagógica, o desenvolvimento do espírito
crítico, além de colaborar para o desenvolvimento de uma prática docente de
caráter um pouco mais filosófico. Por outro lado, ajuda também a conceber a
melhor forma de operacionalização dos projetos, cuja essência certamente se
materializará na concepção dos aspectos psico-pedagógicos presentes nos
processos de ensino e de aprendizagem. Qualquer projeto educacional,
independente da área e do nível ao qual se destina ou da clientela a ser
beneficiada, requer clareza epistemológica a respeito de como ocorre o
processo de construção do conhecimento e a aprendizagem. (2003, p. 17).

Sendo assim, o planejamento foi desenvolvido da seguinte forma: conversa de sondagem,


conceituação sobre o que é música, conscientização ambiental, confecção do instrumento,
criação de som e avaliação do processo. A conversa possuía duas finalidades:descobrir a
existência de alguma vivência musical por parte deles, epor consequência, se havia o interesse
dos alunos pela música, como arte e educação. Foi unanime a negativa dos alunos, pois diante
desuas perspectivas só se poderia ter acesso à música através do som, e como eles não
escutam, não havia a possibilidade de relação entre os surdos e a música. Sendo assim, foi
necessáriomodificar a compreensão deles sobre a própria música entendendo-a como vibração
através da qual eles poderiam sentir, cantar e produzir música. Esse aspecto foi reforçado
através de exemplos, como a história do pianista Beethoven e a existência de corais de
surdos.Esses exemplos serviram como elementoencorajadorpara que um dos discentes surdos
comentasse durante a aula sua prática ao violino. Essa introdução sobre a música e sua relação
com os surdos, dessa vez sem desconfiança, foi capaz de instigar a curiosidade dos surdos em
conhecê-la mesmo sem ouvir, e aproxima-los dessa arte e de suas propriedades sem reservas.
As descobertas através da conversa, e a quebra de paradigmas abriu espaço para outro ponto
importante neste trabalho interdisciplinar, que trouxe a geografia para dialogar com a música.A
partir daí as aulas giraram em torno de uma conscientização ambiental, apropriando-se do
conceito dereutilização de materiais na confecção de instrumentos percussivos.Para além de
um simples reaproveitamento o conhecimento em geografia trouxe para os alunos os benefícios
dessa conscientização para coma natureza fazendo-os entender que também são partes
integrantes dela. Isso gerou uma discussão amigável, deixando claro para os alunos a conexão
entre essas duas áreas do saber e suas potencialidades de ação, posicionamento e expressão no
mundo. A etapa seguinte se deu com a confecção de um instrumento percussivoconhecido
como Tantã. A aula contou com todos os alunos que participaram detoda confecção do

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instrumento com o auxílio do intérprete de Libras e do bolsista de música. Todo esse processo
gerou o interesse dos alunos surdos pela música, antes impossível, e a geografia, por alguns não
muito aceita. Foi notórioo sentimento de realização nos alunos, visto que eles identificaram um
novo olhar e atitude diante do meio ambiente e da música, e se enxergaram como agentes
atuantes e inseridos no processo de ensino-aprendizagem.Conseguimos dessa maneira
constatar a teoria de Piaget (2002) quando menciona que “a aprendizagem não deve ser por
condicionamento, sem reflexão e sem estímulo dos processos mentais mais elaborados”.No
final de tudo, os alunos que antes queriam distância da música e da geografia agora já
perguntavam sobre a próxima aula. Obolsista de música comprovou a importância de ser
docente nesse tempo, e o quanto a ação interdisciplinar pode trazer resultados positivos, tanto
para a escola, como para a sociedade, ao ver novos olhares em relação a colaboração que uma
área do conhecimento pode dar a outra, modificando atitudes e efetivando o aprendizado. Em
relação a educação inclusiva, percebeu a importância dela, e como sua aplicação pôde
proporcionar nos alunos o sentimento de capacidade e de realização, e que à contribuição dada
por eles para a construção do conhecimento aplicado no processo foi essencial para o alcance
dos resultados.

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Referências

BRASIL.Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da


Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica.
Diário Oficial [da] República do Brasil. Brasília, DF, 2008. Disponível em Lei n º 11.769, DE 18 de
agosto de 2008.Acesso em 10 de Maio de 2016

MORAES, Maria Cândida. Educar na biologia do amor e da solidariedade. São Paulo: Vozes,
2003.

PIAGET, J. Epistemologia genética. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

THIESEN, J.S. (2008) A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo


ensino aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, v. 13, n. 39, p.545554. Disponível em
<http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v13n39/10.pdf>Acesso em 10 de maio de 2016.

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