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4.3 – Terras indígenas - art. 20,XI (bens da União), 231 e 232, da CF. ART. 67 do
ADCT. Lei 6.001/73 – estatuto do índio.
4.4 – Terras na faixa de fronteira – Art. 20, §2º da CF; Lei 13.178/15 (revoga a lei
9871/99)
Com a CF de 1934, a faixa foi ampliada para 100 Km, sendo que nesta
área a alienação ou concessão de terras dependia de autorização do Conselho de
Defesa Nacional, sendo nulos os atos praticados sem esta autorização prévia. No
entanto, em razão da quantidade de áreas negociadas sem autorização prévia, em
1966 a Lei n. 4.947 (art. 5) autoriza o poder executivo a ratificar as alienações e
concessões de terras já feitas pelos estados na faixa de fronteira, se entender
estarem em consonância com os objetivos do Estatuto da Terra.
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A CF em vigor, por sua vez, estabelece no parágrafo segundo do artigo
20, que na faixa de fronteira, ali indicada como sendo de 150 Km de largura, a
ocupaçào da terra e utilizaçào serão regulados por lei, tendo em vista a defesa do
território nacional.
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Conceito: Usucapião é a aquisição do domínio (ou o direito de domínio
ou propriedade) resultante da posse, nas condições definidas por lei, prolongada
pelo tempo mínimo que a lei exige. Portanto, a usucapião é a conjugação dos fatores
posse e o tempo, além da inércia do titular no uso e/ou retomada da coisa. Alguns
autores acrescentam que se trata de modo originário de aquisição da propriedade.
5.3. Posse e Posse agrária: A posse civil tem um caráter mais individual e estático,
relacionado ao exercício de algum dos poderes inerentes ao domínio (art. 1.196 CC).
Ao proprietário, por sua vez, o Código Civil anterior assegurava o direito de usar,
gozar e dispor de seus bens, sem muita preocupação quanto ao aspecto social, ou
seja, sem o estabelecimento de critérios limitativos da utilização para o atendimento
da função social. Tratava-se de visão ultrapassada, com forte conteúdo liberal do
final do século XIX, aplicável a qualquer imóvel até o advento da legislação agrária
que passou a definir regras especiais para os imóveis rurais. Porém, agora os
dispositivos do Novo Código Civil que tratam da propriedade em geral, também
exigem do proprietário o exercício do direito em consonância com as finalidades
econômicas e sociais ( art. 1.228, §1º). O C. Civil não diferencia posse urbana (e
propriedade urbana) da rural, quando os critérios e exigências de garantia plena do
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direito devem ser diferentes.
5.4. Posse que gera usucapião agrária: Como visto, não é qualquer posse que é
capaz de gerar a usucapião agrária. Faz-se necessária a posse agrária que,
como já dito, supõe a atividade agrária, dentro da finalidade social da terra.
É claro que a posse, devendo ser sem oposição, não pode ser sobre a
coisa já possuída por outrem. A posse em área que já vem sendo efetivamente
explorada com atividade agrária por outro possuidor, inclusive e principalmente o
proprietário, não gera a posse e sim o esbulho e, conseqüentemente não gera direito
à usucapião.
A posse deve ser sem oposição pelo prazo que a lei exige para a
usucapião. Oposição supõe ato concreto de outro possuidor no sentido de refutar a
posse exercida por terceiro. No mínimo, a oposição exige ato oficial como o protesto
judicial, ou, com mais garantias, através da ação possessória.
B - REGISTRO TORRENS:
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O procedimento de Registro Torrens é pouco utilizado, oneroso (intervenção
judicial, custas, honorários) e arriscado nos casos em que o proprietário tem dúvidas
quanto à titularidade e, com a publicidade, pode provocar a intervenção de terceiros
interessados que poderão discutir e provar o seu direito.
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