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Introdução
O estudo da luminotécnica se faz cada vez mais necessário na época atual, pois a
tecnologia avança a passos largos e a cada ano que passa temos: lâmpadas menores e
cada vez mais eficientes, formatos diferenciados e modelos que estão obsoletos,
políticas de banimento de alguns modelos de lâmpadas e incentivos às mais
econômicas, luminárias com alto rendimento, novas tecnologias como os LEDs e
OLEDs, enfim, uma grande quantidade de informação e que para o seu perfeito
entendimento, se faz necessário ter conhecimento prévio dos conceitos básicos em
luminotecnia, fenômenos físicos, grandezas fotométricas, etc...
Nosso objetivo com este material é introduzir o leitor neste cenário de forma simples,
fácil, inteligível e servir de base para o avanço nos demais cursos específicos em
iluminação. Este é foco desse nosso trabalho e não temos a intenção de aqui esgotar o
assunto, pelo contrário, é apenas o pontapé inicial.
Alexandre Rautemberg
Quando falamos em luz, algo que nos vem à mente de uma forma mais imediata é a
velha e conhecida lâmpada. Neste momento não fazemos juízo do tipo, forma ou
tecnologia. Apenas lembramo-nos de uma fonte artificial de iluminação. Isto é bem
comum, pois nossa relação com a luz artificial vem de longa data.
Uma das mais antigas preocupações do Homem foi conseguir um meio para suprimir a
ausência de luz natural. Assim, desde os primórdios, diversos métodos foram
utilizados. O fogo, inicialmente pela queima de madeira e carvão, e mais tarde pelo
uso de lampiões à óleo ou gás, até à descoberta da eletricidade como meio de
produção de energia luminosa. Esta importante descoberta aconteceu por volta de
1800, quando é inventada a lâmpada a arco voltaico por Humphry Davy. Apesar de
fornecer uma luz muito mais brilhante que os outros métodos, era de difícil instalação
e suscetível a causar incêndios. Quase que em simultâneo, em 21 de outubro de 1879,
Tomas Edison nos EUA produzia um novo tipo de lâmpada. A lâmpada elétrica de
filamento ou lâmpada incandescente. Após ter tentado vários materiais para o
filamento, Tomas Edison descobriu um filamento de carbono, economicamente viável,
que durava mais de 1200 horas em funcionamento. Anos mais tarde Ferenc Hanaman,
na Hungria, registra a patente dos filamentos de tungstênio, que além de uma luz de
qualidade superior, tinha um tempo de vida superior ao do carbono. Rapidamente, as
lâmpadas incandescentes se espalham pelo mundo. Outros tipos de lâmpadas foram
desenvolvidos, de forma que, permitindo manter a mesma qualidade da iluminação,
fossem atingidos elevados fluxos luminosos, tempo de vida útil maiores e somente nos
anos 30, começa a fabricação das lâmpadas de descarga de baixa pressão que eram
mais eficientes, econômicas e que emitiam menos calor.
A descoberta dos LEDs (Light Emiting Diodes), que hoje estão no topo da tecnologia da
iluminação moderna, data de 1907 (Electrical World Magazine, Vol 49) pelo
pesquisador H.J. Round da observação do um fenômeno da eletroluminescência e
somente em 1962 surgiram os primeiros LEDs de 5mm que foram largamente
utilizados para indicar Ligado / Desligado em equipamentos eletrônicos. No início dos
anos 90, os LEDs começaram a ser utilizados em iluminação e a cada ano vem se
firmando como luz “de verdade”.
A pesquisa por fontes de luz mais eficientes e novas fontes de luz, como o OLED, não
param. Ao longo dos anos, várias empresas e profissionais de diversos países dedicam
seu tempo ao estudo de meios alternativos de produção e utilização eficiente de
energia elétrica. As pesquisas buscam por fontes luminosas de baixo consumo e o
máximo de eficiência, objetivando maior economia de energia. O estudo destas novas
tecnologias e de sua aplicabilidade para a iluminação artificial é extremamente
relevante, pois em todo o mundo, são crescentes as preocupações com aspectos
ecológicos devido à maior demanda por geração de energia e sua escassez.
Para cada cor, temos uma determinada frequência e comprimento de onda que a
distingue das demais, por exemplo: a luz vermelha que é uma luz de menor freqüência
e consequentemente menor energia. Já o violeta é uma luz de maior frequência e nos
submete a maior energia.
λ = c/f
Abaixo segue uma tabela que ilustra bem cada faixa de frequência e comprimento de
onda para as faixas de luz visíveis.
Diferentemente das ondas sonoras, que são vibrações mecânicas do ar, as radiações
eletromagnéticas não necessitam da existência de um meio material para a sua
propagação. A luz do Sol, por exemplo, quando chega até nós, passa por regiões onde
não existe matéria.
O olho é o órgão do corpo que nos permite captar imagens do ambiente. É nele que se
inicia o processo chamado visão, processo esse que, no caso do ser humano, é
responsável por mais de 90% das informações que somos capazes de recolher.
Quando se olha para um objeto, são refletidos raios de luz desse objeto para a córnea,
lugar onde se inicia o “milagre” da visão.
Os raios de luz são refratados e focados pela córnea, cristalino e vítreo. A função do
cristalino é fazer com que esses raios sejam focados de forma nítida sobre a retina. A
imagem daí resultante apresenta-se invertida na retina. Ao atingi-la, os raios de luz são
convertidos em impulsos eléctricos que, através do nervo óptico, são transmitidos para
o cérebro, onde a imagem é interpretada pelo córtex cerebral.
Focagem de um objeto
Os meios refringentes
Os meios refringentes são constituídos pela córnea, humor aquoso, cristalino e humor
vítreo. Estes formam o aparelho dióptrico do olho que corresponde a uma lente
convexa, de 23 mm de foco. A principal função deste sistema é fazer convergir sobre a
retina os raios de luz focados.
A córnea e a esclera
A córnea e a esclera consistem em tecidos duros, de proteção, que compõem a capa
exterior do globo ocular. A esclera é a parte branca do olho, tem consistência de couro
suave. A córnea não contém nenhum vaso de sangue, é relativamente desidratada e,
por consequência, é transparente. Situada na frente do olho, na sua parte colorida,
assemelha-se ao vidro de um relógio de pulso e permite que raios de luz entrem no
globo ocular através da pupila. Nesse globo, a esclera ocupa 85% e a córnea
aproximadamente 15%.
A íris
A íris é o tecido que se vê por de trás da córnea e pode ter várias colorações (olhos
azuis, castanhos, etc.). No meio da íris existe uma abertura circular, a pupila. É através
da pupila que os raios de luz atingem a retina. A pupila varia de tamanho consoante a
luminosidade do ambiente ficando muito pequena quando há muita luz.
O cristalino
O cristalino situa-se diretamente atrás da íris, estando ligado ao corpo ciliar através de
fibras. É uma estrutura flexível com o tamanho e a forma de uma aspirina. Tal como a
córnea, o cristalino é transparente, uma vez que não contém nenhum vaso de sangue
e é relativamente desidratado. Os músculos do corpo ciliar efetuam ajustes constantes
na forma do cristalino. Tais ajustes servem para que a imagem se mantenha nítida
sobre a retina, sempre que se mude o foco de perto para longe.
O vítreo
O vítreo é uma estrutura composta por aproximadamente 99% de água e 1% de
colágeno e ácido hialurônico. O seu aspecto de gel e sua consistência são devidos às
moléculas de colágeno de cadeias longas. Este gel não é vascularizado (não contém
vasos sanguíneos), é transparente e representa dois terços do volume e peso do olho.
Ele preenche o espaço entre o cristalino e a retina, espaço esse conhecido por câmara
vítrea. Não tem elasticidade e é importante para manter a forma do olho, sendo
fundamental que se mantenha transparente para que a imagem chegue em boas
condições à retina.
A retina
A retina situa-se na camada mais interna do globo ocular. É uma camada celular
transparente e delicada que varia em espessura desde aproximadamente 0,5 mm na
retina periférica a 0,4 mm na zona posterior ao equador. Na região do pólo posterior
(área da mácula) a retina tem aproximadamente 0,2 mm de espessura ao redor de
uma área de 0,2 mm2.
A retina sensorial consiste em dez estratos contendo três tipos de tecidos: neuronal,
glial e vascular. A componente neuronal consiste das células fotoreceptoras. Aqui
sinais luminosos são convertidos em impulsos nervosos. Estes impulsos são
transmitidos pela camada de fibras nervosas que constituem o nervo óptico, ao longo
das vias ópticas ao córtex visual, situado na parte posterior do cérebro.
Sabemos que decompondo a luz branca em um prisma de cristal, obtemos sete cores
(vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta).
Embora a luz branca seja composta por sete cores, não é necessário combinar todas
estas cores para se obter novamente luz branca. Basta misturar as cores primárias da
luz (vermelho, verde e azul) para obter esse efeito. As cores primárias da luz,
misturadas em determinadas proporções, originam cores secundárias (magenta, ciano
e amarelo). Da mistura de duas ou mais radiações primárias da luz, resulta uma nova
radiação secundária. Este processo chama-se síntese aditiva, pois a radiação obtida
resulta da soma das radiações iniciais.
Os objetos coloridos absorvem algumas radiações e refletem outras. A cor que vemos
corresponde à parcela de cor da luz refletida por esse objeto.
Nos objetos multicoloridos cada cor reflete a sua parcela que há na luz branca que a
ilumina, assim se uma lâmpada é pobre de vermelhos, veremos os vermelhos do
objeto como marrom, cinza escuro ou até mesmo preto. Este fenômeno foi
amplamente percebido em 2001 na crise de energia elétrica no Brasil, conhecido como
Apagão. A busca enlouquecida por lâmpadas econômicas inundou o mercado de
fluorescentes compactas extremamente azuladas e as pessoas as compravam para
substituir as lâmpadas incandescentes. Conclusão: as pessoas ficavam pálidas, as cores
quentes não tinham expressão e tudo parecia mais “triste”.
A cor vermelha é uma cor primária. Um objeto vermelho iluminado por radiação
branca refletirá a radiação vermelha e absorverá as radiações verde e azul.
A luz amarela é obtida a partir da adição das cores verde e vermelha. Um objeto
amarelo iluminado por radiação branca refletirá as cores verde e vermelha (cuja
mistura dá amarelo) e absorverá radiação azul.
A luz magenta é obtida a partir da adição das cores vermelha e azul. Um objeto
magenta iluminado por radiação branca refletirá as cores vermelha e azul (cuja mistura
dá magenta) e absorverá radiação verde.
A luz ciano é obtida a partir da adição das cores azul e verde. Um objeto que ciano
iluminado por radiação branca refletirá as cores verde e azul (cuja mistura dá ciano) e
absorverá radiação vermelha.
Se iluminarmos um uma maçã vermelha com uma luz ciano, a superfície vermelha da
maçã vai absorver a radiação ciano e como não haverá nada a refletir, veremos a
superfície da maçã enegrecida.
O mesmo acontecerá se iluminarmos a maçã com somente com a luz verde ou azul.
Como a superfície vermelha da maçã absorve as radiações verde e azul, teremos a
sensação de estar vendo uma maçã preta.
Pense no acontece se iluminarmos uma superfície amarela com uma luz ciano?
2.1– Introdução
Brondani
Iluminância - OSRAM
Onde
E = Iluminância em lm/m²
Φ = Fluxo luminoso em lm
A = Área projetada em m²
Brondani
A intensidade luminosa (I) e o fluxo luminoso (Φ) são relacionados a um ângulo sólido.
Onde
Φ = Fluxo luminoso em lm
I = Intensidade luminosa em cd
ω = Ângulo considerado em graus
A intensidade luminosa (cd), emitida por uma fonte pontual, origina o fluxo luminoso
(lúmen) e a iluminância (lux), que e função da área atingida (m2). Como a intensidade
luminosa e o fluxo luminoso permanecem constantes, quanto maior a distância entre a
fonte e a superfície iluminada, maior a área atingida e, portanto, menor a iluminância.
Este fenômeno e conhecido como a Lei do Inverso do Quadrado da Distância.
Lembrando: E= Φ /A
Curvas Fotométricas Horizontais e Verticais: (a) Plano Horizontal; (b) Diagrama Polar Luminoso Horizontal; (c) Plano Vertical; (d)
Diagrama Polar Luminoso Vertical (Moreira, 1976 ).
Curva Fotométrica Vertical de uma Lâmpada de Vapor de Mercúrio de Cor Corrigida de 250W ( Moreira, 1976 ).
Para a uniformização dos valores das curvas, geralmente são referidas a 1000 lm.
Nesse caso, é necessário multiplicar-se o valor encontrado na CDL pelo Fluxo Luminoso
das lâmpadas em questão e dividir o resultado por 1000 lm.
Onde
L = Luminância em cd/m²
I = Intensidade Luminosa em cd
A = área projetada em m²
Porém se a superfície for oblíqua ao observador a luminância é dada pela razão entre a
intensidade luminosa emitida na direção de observação e a área da superfície
aparente. Temos então a relação entre as duas superfícies SA = S . cos α.
Gráfico - mspc
Onde
L = Luminância em cd/m²
I = Intensidade Luminosa em cd
A = Área projetada em m²
α = Ângulo considerado em graus
2.2.6 - Contraste
Já definido qualitativamente, o contraste, sob o ponto de vista quantitativo se
apresenta como a relação entre a luminância de um objeto e seu entorno.
Onde:
Lo = Luminância do objeto
Lf = Luminância do fundo
Quando a luz incide sobre uma superfície, ela pode ser Refletida, Refratada,
Transmitida, Absorvida ou Refletir Internamente.
A reflexão pode ser definida de duas formas. Quando a superfície de incidência da luz é
totalmente polida, o raio refletido é bem definido. Quando isso acontece dizemos que
ocorreu reflexão especular. Por outro lado, se a superfície de incidência for irregular,
cheia de imperfeições, os raios de luz não são bem refletidos e, dessa forma, ocorre o
que chamamos de reflexão difusa.
De maneira simples podemos dizer que a reflexão é o ato da luz ser refletida para o
meio que estava se propagando. A reflexão luminosa é regida por duas leis que são:
A refração da luz é responsável por uma série de fenômenos ópticos que acontecem
no cotidiano, como por exemplo, o fato de a profundidade de uma piscina parecer
menor do que realmente é. Esse fenômeno acontece em razão da diferença entre os
meios de propagação.
Onde:
n1 e n2 são os índices de refração;
θ1 e θ2 são os ângulos de incidência e de refração.
Feldman
Convém ressaltar que, do ponto de vista psicológico, quando dizemos que um sistema
de iluminação apresenta luz “quente” não significa que a luz apresenta uma maior
temperatura de cor, mas sim que a luz apresenta uma tonalidade mais amarelada. Um
exemplo deste tipo de iluminação é a utilizada em salas de estar, quartos ou locais
onde se deseja tornar um ambiente mais aconchegante. Da mesma forma, quanto
mais alta for a temperatura de cor, mais “fria” será a luz. Um exemplo deste tipo de
iluminação é a utilizada em escritórios, cozinhas ou locais em que se deseja estimular
ou realizar alguma atividade. Esta característica é muito importante de ser observada
na escolha de uma lâmpada, pois dependendo do tipo de ambiente há uma
temperatura de cor mais adequada para esta aplicação.
IRC - Philips
A lâmpada CDM tem um IRC maior do que 80, o que é considerado bom, mas note que
sua distribuição espectral não é contínua, o que prejudica a percepção perfeita das
cores.
3.1 – Introdução
A luz natural, desde os primórdios, sempre foi a principal fonte de iluminação. Após a
descoberta da eletricidade e a invenção da lâmpada por Thomas Edison, a iluminação
artificial se tornou cada vez mais indissociável da arquitetura. Sem ela, por exemplo,
não seria possível iluminar grandes edifícios com muitos pavimentos, onde a luz
natural não consegue vencer a profundidade e iluminar ambientes interiores.
O projetista precisa considerar a integração entre os dois tipos de fontes de luz e, para
isso, é fundamental o conhecimento básico tanto da luz natural quanto dos tipos de
equipamentos de iluminação artificial a serem utilizados na arquitetura. Cada
componente desse sistema (lâmpadas, leds, luminárias, reatores, drivers, sistemas de
controle, etc.) tem desempenho e qualidades diferentes, que dependem do tipo de
tecnologia empregada na sua fabricação. A eficiência do sistema de iluminação
artificial adotado no projeto depende do desempenho particular de todos os
elementos envolvidos.
A primeira fonte de luz artificial que temos registro é o fogo. Depois vieram as
lâmpadas incandescentes. Nesta evolução, que não pára, estamos vivendo a revolução
dos LEDs e criamos este tópico (fontes de luz artificial) justamente para separar os
LEDs das lâmpadas. Devemos explicar que, assim como existem lâmpadas de
filamento, existem também lâmpadas de LEDs, ou seja, utilizam a tecnologia de LEDs
para gerar a LUZ, portanto LED é uma fonte de luz e não uma lâmpada.
- Lâmpada Halógena
Estas lâmpadas possuem gases halógenos no seu interior que, quando combinados
com o filamento de tungstênio incandescente, promovem algumas vantagens, em
comparação as incandescentes comuns: Luz mais brilhante, uniforme, maior eficiência
energética que (entre 15 e 25 lm/W), vida útil mais longa (2000 a 4000 horas) e
menores dimensões.
A vida útil mais longa é conseguida pelo ciclo regenerativo do halogênio que deposita
novamente sobre o filamento, as partículas de tungstênio que foram desprendidas
pelo aquecimento.
As primeiras gerações das lâmpadas halógenas tiveram sua aplicação mais restrita no
uso em faróis de automóveis e projetores. Hoje pela enorme variedade de lâmpadas
halógenas disponíveis no mercado suas aplicações são inúmeras.
Lâmpada Dicróica MR 16
- Lâmpadas Fluorescentes
As lâmpadas fluorescentes consistem de um bulbo cilíndrico de vidro, tendo em seu
interior vapor de mercúrio ou argônio a baixa pressão e as paredes internas do tubo
são recoberta por fósforo. Espirais de tungstênio, revestidas com uma substância
emissora de elétrons, formam os eletrodos em cada uma das extremidades do tubo.
Quando uma diferença de potencial elétrico é aplicada, os elétrons passam de um
eletrodo para o outro, criando um fluxo de corrente denominado de arco voltaico ou
descarga elétrica. Esses elétrons chocam-se com os átomos de argônio, os quais, por
sua vez, emitem mais elétrons. Os elétrons chocam-se com os átomos do vapor de
mercúrio e os energizam, causando a emissão de radiação ultravioleta (UV). Quando os
raios ultravioletas atingem a camada fosforosa, que reveste a parede do tubo, ocorre a
fluorescência, emitindo radiação eletromagnética na região do visível.
Nota: Para dimerizar uma lâmpada fluorescente é preciso que seu reator seja
dimerizável.
A nova geração de lâmpadas de vapor metálico tem enorme aplicação para iluminação
interna e externa, inclusive fachadas. Podem apresentar bulbo de vidro comum, de
quartzo e cerâmico, com e sem filtragem de UV. Temperaturas de cor de 3000K e
4.000K com vida útil entre 8 e 10 mil horas.
- Lâmpada Mista
A lâmpada de luz mista consiste em um bulbo preenchido com gás, revestido na
parede interna com um fósforo, contendo um tubo de descarga ligado em série a um
filamento de tungstênio. Não necessita de equipamento auxiliar para seu
funcionamento, sua ligação é feita diretamente à rede e opera em 220 V. Possui IRC 61
a IRC 63 conforme modelo, cor amarela e eficiência de até 22 lm/W.
Lâmpadas de Descarga
A comparação mais freqüente é a da lâmpada de LEDs com uma dicróica. Talvez seja
porque as lâmpadas mais comuns em LEDs têm este formato e são focais também.
Vamos analisar os dados de 3 lâmpadas da Philips.
Pela tabela vemos que a lâmpada de LEDs, em intensidade luminosa comparada com
uma dicróica de 20watts é superior, além de consumir 5 vezes menos energia e ter
uma vida útil 22 vezes maior. Neste caso a substituição em retrofit é mais do que
perfeita, mas quando comparamos com o usual, que é a dicróica de 50watts, a
intensidade é mais do que 2 vezes menor.
Podemos colocar então 2 lâmpadas de LEDs para fazer o serviço, certo? Pode ser uma
ideia, mas nossa relação de investimento inicial sobe.
Podemos ainda substituir a dicróica por outro modelo mais potente, certo? Perfeito,
mas você vai perceber que uma maior potência em LEDs não cabe no mesmo formato
de lâmpada dicróica e talvez você não tenha espaço físico suficiente.
Vale a pena ressaltar que a comparação somente pela intensidade luminosa não é
correta, ou talvez justa, pois outros atributos e características imbatíveis nos LEDs não
podem ser negligenciados:
E quando estamos falando de projeto de iluminação com LEDs devemos tirar partido
de tais características e benefícios funcionais.
As lâmpadas convencionais ficam no teto e por isso precisam de grande potência para
chegar ao plano de trabalho. Com muita potência, se tornam mais quentes e ai
começamos a pensar que é mesmo prudente que elas estejam longe de nós, trazendo-
nos segurança. Com LEDs, estas fontes de luz poderiam se aproximar dos usuários, pois
não oferecem o perigo do calor (se queimar na lâmpada) e estando mais próximas do
plano de trabalho, oferecem melhores níveis de iluminamento resolvendo de imediato
o problema de falta de potência. Talvez a deficiência dos LEDs seja culpa de nossas
limitações quando de frente ao novo. Precisamos mudar estes paradigmas projetuais?
Hoje os LEDs são mais eficientes que as lâmpadas incandescentes e halógenas, porém
menos eficientes que as fluorescentes e de descarga. A tendência e que daqui a 5 ou
10 anos eles sejam mais eficientes do que qualquer outra fonte de luz artificial.
AR 111 Led - Brilia PAR 20 Led - GE Parathom - Osram Master Led A55 - Philips
Lamina Ceramics RGB LED - Avant MR16 Led - Ledmax G60 80 – LC Light
JDR Power LED - FLC PAR 30 Led - Germany PAR 20 Led - Lumiled MR 11 Led -LLUM
3.2.2 – LEDs
Os LEDs são reconhecidos como precursores de uma nova era tecnológica na área de
iluminação, graças a diversas vantagens que oferecem em relação às fontes de
iluminação convencionais. Estes dispositivos representam uma ruptura na iluminação
artificial tradicional, introduzindo novos paradigmas e possibilidades de iluminar.
Abaixo elencamos vários benefícios que a tecnologia de LEDs podem nos proporcionar:
- Alto índice de reprodução de cor: para os LEDs brancos com temperatura de cor de
3000K, o índice está entre 85 a 90. Já nos LEDs brancos com temperatura de cor em
torno de 5000K o índice é 70%. Infelizmente o fluxo luminoso nos LEDs de 3000K é
menor que nos de 5000K devido a maior perda introduzida pela camada de fósforo
amarelo.
- Custos de manutenção reduzidos: sua vida útil é elevada, permitindo menores custos
de reposição, mão de obra, paradas não programadas no serviço, etc.
- Controle de cores: com LEDs em RGB, dimerizando cada um dos canais, obtem-se,
por síntese aditiva, uma infinidade de novas cores.
- Baixa tensão de operação: não chega a ser uma vantagem explícita pois na
arquitetura se utiliza um acessório de conversão (fontes de alimentação ou
transformadores) da corrente elétrica alternada da rede comercial, mas traz segurança
quando os equipamentos são pensados para receber 12 Vca, como por exemplo em
aplicações subaquáticas.
3.3 – Descarte
As lâmpadas de LEDs estão sendo classificadas como descarte de eletrônicos, pois são
basicamente componentes eletrônicos em sua composição.
As compactas com reator incorporado também tem muita eletrônica, além do tubo
fluorescente.
http://www.youtube.com/watch?v=OPbM4k5Tvn4&feature=player_embedded
http://www.apliquim.com.br
http://www.megareciclagem.com.br
http://www.hgmg.com.br
http://wpaambiental.com.br
Capítulo 4 – Luminárias
A luminária pode modificar, controlar, distribuir e filtrar o fluxo luminoso emitido pelas
lâmpadas, desviá-lo para certas direções (refletores) ou reduzir a quantidade de luz em
certas direções para diminuir o ofuscamento (difusores).
Uma luminária que não tem sua curva fotométrica não pode ser considerada uma
luminária técnica. Quando tratamos de luminárias decorativas, não podemos exigir
que esse tipo de produto apresente desempenho ou performance adequados ou
aferidos.
0 Não protegido
0 Não protegido
2 Protegido contra de gotas d'água caindo verticalmente com invólucro inclinado até 15°
IP65
Indica que a luminária é hermética contra poeira (6) e resistente a jatos de água (5).
5.1 – Introdução
A tecnologia é uma forte aliada nesta tarefa e com sistemas de controles inteligentes,
podemos programar ciclos de atividade mantendo acessas ou apagando a iluminação
durante períodos pré-determinados, sentir a presença do indivíduo e controlar a
iluminação, equalizar automaticamente a luz artificial em detrimento a luz natural que
“invade” o ambiente, mantendo níveis de iluminamento adequados às tarefas
programadas, enfim, sem controle é impossível pensar em iluminação.
5.2 – Interruptores
Os interruptores podem ser Simples, Duplos, Triplos e por último os modulares que
você pode configurar a quantidade de acionamentos que precisar.
Os interruptores paralelos, mais conhecidos como “tri way”, são muito utilizados em
escadas, salas e corredores, onde existe a necessidade de comandar o mesmo ponto
de luz por dois interruptores distintos.
Em ainda existindo a necessidade de comandar o mesmo ponto de luz por mais de três
interruptores distintos, utilizamos interruptores intermediários ao longo do circuito.
5.3 – Minuterias
As minuterias ainda têm uma grande utilização, mas foram amplamente aplicadas na
década de 80 quando surgiram como um forte diferencial no consumo de energia dos
edifícios residenciais.
5.6 – Dimmers
Nota 2: A rigor, lâmpadas fluorescente compactas não podem ser dimerizadas, pois o
reator que está incorporado na sua base não é dimerizável.
6.1 – Introdução
O que víamos nos desenhos animados dos “Jetsons” está cada vez mais presente em
nosso dia-a-dia e por vezes já são tecnologias banais. A evolução tecnológica anda à
passos largos e é interessante ver crianças que já “nascem” sabendo a operar um
computador, ficarem intrigadas à frente de uma fita K7, máquina de escrever ou disco
de vinil. Saudosismos à parte, a tecnologia sempre vem com objetivos otimizar,
baratear, facilitar, etc... e a palavra de ordem nos dia de hoje é integrar.
6.2 – Histórico
Hoje temos sistemas de automação residencial, que não podemos descartar a robustez
e complexidade, pois controlam e executam tarefas de extrema importância, como
controle de acesso biométrico, simulação de presença, monitoria de ambientes, gestão
do consumo de energia e água além de sistemas de segurança e tudo isso com acesso
remoto pela internet.
Casa automática, casa inteligente, domótica, entre outros, são termos utilizados para
definir a Automação Residencial, cujo grande objetivo é trazer conforto, praticidade e
bem estar. Se um sistema de automação não oferecer estas premissas ao usuário, em
um curto espaço de tempo, o mesmo irá ser “abandonado”, pois se é para dificultar,
não precisamos dele. Os componentes de uma automação devem unificar os controles
e processos tornando tudo mais simples.
Conforto: Pode se criar cenas de iluminação para diversas ocasiões, como: festa,
romance, jantar, ver tv, etc...ajustando as luzes de acordo com cada uma delas ao
toque de um botão (ou IPAD). Imagine um ambiente com 10 circuitos e com 6
configurações diferentes para cada atividades. Como ajustar todos estes pontos de
iluminação de forma manual? Difícil e trabalhoso.
Figura 6.1
Onde:
Ep = iluminância no ponto “P” derivada do fluxo luminoso da fonte luminosa [Lux]
I(θ) = intensidade luminosa da fonte na direção do ângulo θ
D = distância entre a fonte luminosa e o ponto P em consideração [m]
Pode-se obter as iluminâncias horizontal (Eh) e vertical (Ev) nesse ponto P, utilizando-
se as relações fundamentais da luminotécnica e empregando a trigonometria em um
triângulo retângulo. Assim, obtém-se:
Exemplo:
Consultando-se a luminária, cuja CDL está representada abaixo, e supondo-se que esta
luminária esteja equipada com 2 lâmpadas fluorescentes LUMILUX® T5 HE Osram
35W/840, qual será a Iluminância incidida num ponto a 30º de inclinação do eixo
longitudinal da luminária, que se encontra a uma altura de 2m do plano do ponto?
Osram
Solução
A lâmpada tem 3300 lúmens de fluxo e a luminária contém 2 lâmpadas.
Da CDL, lê-se que: I30° = 340 cd e como este valor refere-se a 1000 lm, tem-se que:
I30º = 340cd/1000lm x (2 x 3300lm) = 2244 cd
E=2244 x 0,65 / 4
E = 365lux
Osram
- Escolha da luminária
A luminária pode ser escolhida em função de diversos fatores:
• distribuição adequada de luz;
• rendimento máximo;
• estética e aparência geral;
• facilidade de manutenção, incluindo a limpeza;
• fatores econômicos
K = C x L / h x (C + L)
Onde:
C = comprimento do recinto
L = largura do recinto
h = distância da luminária ao plano de trabalho
u = Φ útil / Φ total
Este índice pode ser obtido através do uso de tabelas desenvolvidas pelos fabricantes
para cada tipo de luminária a partir do índice do local (K) e dos coeficientes de reflexão
do teto e paredes. As Tabelas 2 e 3 mostram exemplos dessas tabelas para luminárias
de lâmpadas incandescente e fluorescente. A Tabela 4 apresenta os valores de reflexão
normalmente adotados para as cores de paredes e tetos.
Para determinação do índice (d) lança-se mão de curvas como a mostrada na abaixo:
Φ total = E x S / u x d
Onde:
Φ total = fluxo luminoso total produzido pelas lâmpadas
E = iluminância determinada pela norma
S = área do recinto [m2]
u = coeficiente de utilização
d = coeficiente de manutenção
n = Φ total / Φ luminária
Onde:
Φ luminária = o fluxo luminoso emitido por uma luminária. Este fluxo dependerá do
tipo e do número de lâmpadas instaladas por luminária.
n = Φ total / Φ luminária
n = 228645 / 5600 = 41 luminárias
Além dos métodos básicos que vimos para cálculo luminotécnico, assim como
utilizamos programas CAD para arquitetura (aposentado as pranchetas?), temos à
disposição softwares que fazem a tarefa do cálculo luminotécnico de forma
automatizada e rápida, gerando planilhas, testando possibilidades e até imagens
renderizadas dos ambientes iluminados.
Não vamos entrar no mérito de cada um dos programas, pois existem mais de 100
aplicativos e cada um com seus diferenciais, pontos fortes, fracos e esta “relação”
usuário x máquina é uma decisão pessoal. Apenas vamos listar os principais e seus
devidos links.
- Dialux - http://www.dial.de/DIAL/en/dialux/dialux-4/download.html
- Agi32 - www.agi32.com
- Relux - http://www.relux.biz/
- Lightscape - http://www.micrograf.pt/mm/lightscape/
- Lumisoft - http://www.lumicenteriluminacao.com.br/pt/tecnologia/lumisoft.html
- LabLux - http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/lablux/lablux.swf
Capítulo 9 – Retrofit
Quando buscamos tornar uma instalação mais eficiente, precisamos levar em conta
todos os fatores que implicam em custos (diretos e indiretos) e neste caso não
podemos considerar apenas a lâmpada. A rigor devemos levar em consideração:
- Lâmpadas
- Equipamentos Auxiliares
- Luminárias
- Custo de Manutenção
- Custo da Energia
Lâmpadas Incandescentes
O alto fluxo das incandescentes (bi-pino, dicróica, PAR halógeas, etc) é difícil de vencer
com LEDs e compactas, fogem das características físicas e luminotécnicas (luz difusa).
Quando possível utilize LEDs, talvez em maior número ou mais baixos (próximo ao
objeto ou plano de trabalho) para compensar o fluxo luminoso. Outra boa opção
Fluorescentes Tubulares
As fluorescentes já são bem eficientes e neste caso a luminária faz bastante diferença,
de qualquer forma, estas lâmpadas vêm evoluindo bastante. Veja na tabela abaixo a
comparação entre modelos com características próximas, porém de gerações
diferentes e ambas comercializadas.
A lâmpada T5, mesmo que proporcionalmente em relação a sua potência, tem mais
fluxo, é quase 2 vezes mais eficiente e tem muito mais vida útil o que implica
diretamente no custo de manutenção. No mesmo período de vida da T5, seriam
trocadas 4 lâmpadas T10.
As lâmpadas de nova geração, que são bem mais finas, permitem um melhor
rendimento da luminária.
Fluorescentes Compactas
Lâmpada de grande eficiência e muita oferta no mercado. Dezenas de modelos,
marcas, potências, formatos, etc... Procure por informações técnicas na embalagem e
em sendo omissas, recorra aos catálogos dos fabricantes.
Lâmpadas de LEDs
A oferta é grande, portanto fique de olho na qualidade e na promessa. Verifique se o
fabricante informa o fluxo luminoso, IRC e temperatura de cor. Recorra aos catálogos
para ter certeza do que esta especificando. Uma lâmpada de LEDs se informações
luminotécnicas é somente uma lâmpada decorativa, sem o compromisso de iluminar.
Se você procura por um resultado satisfatório, com fluxo que lhe traga algum
benefício, descarte lâmpadas com LEDs de 5mm. Esta tecnologia já está bastante
ultrapassada quando falamos em iluminação.
Não existe mágica. Para maiores fluxos em LEDs, precisamos de área de dissipação de
calor e neste sentido os projetos tendem a ser mais elaborados, portanto mais
custosos. Desconfie do muito barato. Uma lâmpada de LEDs precisa durar pelo menos
25.000 horas. Selecione fabricantes confiáveis e exija garantias, pois você está
investindo em um equipamento de longa vida.
Equipamentos auxiliares
Nos catálogos dos fabricantes você encontra as informações sobre as características
destes equipamentos. Busque sempre o de menor consumo e que gerem menos
ruídos na rede de alimentação. Equipamentos eletrônicos costumam ser os mais
eficientes e menos prejudiciais à rede.
Luminárias
As luminárias devem ter bom rendimento e para isso precisam da lâmpada correta.
Siga as instruções do fabricante e instale o tipo, potência e formato que foram
homologados para ela. Lembre do infográfico que mostra os tamanhos dos diâmetros
das fluorescentes tubulares e seu impacto no refletor, consequentemente no
rendimento da luminária.
A manutenção da uma luminária não deve ocorrer apenas na sua falha. Mantenha-a
sempre limpa. Poeira minimiza a refletância. Limpe também a as lâmpadas.
Vidros foscos ou leitosos difundem a luz, porém reduzem o fluxo luminoso. Quando
possível, prefira as luminárias com vidro cristal.
Aletas antiofuscamento são muito bem vindas e reduzem muito pouco a iluminação.
Nas luminárias de piso (ou solo), prefira as que o vidro seja no mesmo nível do bordo,
evitando o acumulo de água e poeira.
Manutenção
A manutenção da iluminação é tão importante como a manutenção de um carro e
deve ser feita periodicamente. Para garantir a qualidade de suas instalações, quando
possível, exija que sua equipe mantenha um relatório que informe o tipo de lâmpada
que está instalada em cada luminária, com suas características (potência, temperatura
de cor, IRC, formato, marca, etc). Se possível, manter algumas luminárias completas
em estoque, assim, troca-se a luminária e processa-se a manutenção total do
equipamento na bancada da oficina. A falta de documentação e/ou atenção à estas
características deixam o ambiente esteticamente mal apresentado. Passe a observar os
tetos em shoppings. Infelizmente é frequente um vão com várias luminárias iguais,
terem lâmpadas de temperatura de cor diferentes, deixando todo “colorido” o belo
teto que foi perfeitamente projetado por nós.
Agradecimentos
Esperamos que este documento tenha colaborado e sirva como fonte de consulta na
vida profissional de cada um de vocês que muito nos prestigiaram.
Estaremos sempre à disposição para dirimir quaisquer dúvidas sobre este conteúdo.