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DIVERSIDADE

ÉTNICO-RACIAL
6. DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL

O conceito de raça foi criado ao longo dos séculos XV e XVI. Portan-


to, ele é uma elaboração sócio histórica que vinculou muitas pessoas
ao preconceito a partir de então, principalmente a partir do século
XIX, quando a antropologia física vai dar suporte a teorias raciais
através do Darwinismo Social.

Os negros tiveram uma herança pesada da escravidão ao longo da


história. No Brasil, além dos negros, os índios também foram vitima-
dos por esse processo.

Os negros se organizaram e conquistaram avanços na Constituição


brasileira e em projetos como as ações afirmativas. Quanto aos ín-
dios, alguns avanços também foram estabelecidos, mas sabemos
muito bem as diferenças das teorias e das práticas sociais.

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6.1 Teorias raciais
As teorias raciais estabelecidas no século XIX buscavam tipificar uma
determinada raça e classificá-la como inferior, mostrando os quesitos
pelos quais uma raça seria considerada superior em relação a outra.

Com forte influência europeia, as raças arianas eram sempre consi-


deradas superiores em detrimento das raças africanas. A partir da
presença da teoria do Darwinismo Social, a antropologia física tam-
bém reforçou as teorias arianas naquele momento, de forma a esta-
belecer o preconceito racial “justificado” pela ciência.

No Brasil, ao longo do século XIX, as correntes europeias lançaram


grande influência no que se refere à “salvação” do país, diante de
tamanha miscigenação. Com o suporte de cientistas da época, como
o médico baiano Nina Rodrigues, houve o apoio da imigração euro-
peia para o branqueamento do povo brasileiro e a defesa da esteri-
lização de mulheres negras.

Os antropólogos chegaram a conclusão de que uma sociedade


vista pelos seus valores internos, ou seja, sem influências exter-
nas, era o seu verdadeiro objeto de estudos. Assim, surge a an-
tropologia moderna, que busca entender a cultura e estudá-la
sem tipificar ou classificar como superior ou inferior os seres hu-
manos. As culturas dos povos simplesmente diferem entre si, não
há superioridade.

Apesar das mudanças realizadas dentro da antropologia, a socieda-


de não tomou o mesmo rumo. Tanto a sociedade brasileira como a
mundial são extremamente enraizadas nos preconceitos advindos
da sociedade do século XIX.

As minorias são uma realidade, sofrem discriminação e ainda encon-


tram dificuldades de inserção na sociedade e no mercado de trabalho.

Em 2001, temos no Brasil o movimento de ações afirmativas, o qual


exigia a criação de leis que condenassem o racismo e o regime de
cotas para os negros e indígenas no ensino superior público e em
empregos públicos.

6.2 Negro
A desigualdade no Brasil abrange o âmbito econômico, social e, prin-
cipalmente, o da educação e das oportunidades. Negros e pardos
representam 53,6% de toda a população brasileira e, mesmo sendo

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maioria, ocupam a minoria de espaços considerados importantes,
como cargos de relevância social.

6.3 Indígena
A efetivação de direitos de cidadania para povos indígenas pressu-
põe o reconhecimento de sua autonomia enquanto coletividade di-
ferente. Assim, a participação indígena na construção de políticas
públicas diferencia-se de outros grupos sociais à medida que é re-
presentativa de coletividades com especificidades que distinguem
da sociedade nacional.

A proposta de criação de um Conselho Nacional de Política Indígena


para consolidar o espaço de participação indígena nacional e confe-
rir caráter deliberativo à atual Comissão Nacional de Política Indíge-
na consiste numa das principais reivindicações dos povos indígenas
na atualidade.

6.4 Identidade cultural: indígena e negro


A presença da cultura indígena e africana está incorporada em nossa
dinâmica e expressão cultural através da religião, música, dança, co-
mida e um número enorme de palavras que estão em nosso vocabu-
lário e nos permitem expressar com tamanha riqueza um universo
enorme de ideias e sentimentos.

Mais de 500 anos de história nos fez adotar um comportamento


próprio, um caldeirão cultural, uma ética própria que compõe um
quadro nacional de diversidade sem igual.

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6.5 Políticas públicas e cotas
Em dados objetivos, houve maior inclusão dos negros com a política
de cotas. Em 1997 era 1,8% da população negra que ingressou no
ensino superior. Em 2011, saltou para 11,9%, em 2014, 30,9% das
vagas em institutos federais e 22,4% nas universidades foram desti-
nadas a pretos, pardos e indígenas.

O salto no número de ingressos se deve às cotas raciais e também à


capacidade dos estudantes.

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REFERÊNCIAS
Cultura. Disputas por território continuam a massacrar indígenas no brasil. Disponível em: <http://tvcul-
tura.com.br/videos/18642_disputas-por-territorio-continuam-a-massacrar-indigenas-no-brasil.html>.
Acesso em: 13 jun. 2018.
Politize! Cotas raciais no Brasil: entenda o que são! Disponível em: <http://www.politize.com.br/cotas-
-raciais-no-brasil-o-que-sao>. Acesso em: 13 jun. 2018.

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