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INSTITUTO GNÓSTICO DE ANTROPOLOGIA DO BRASIL

CURSO DE GNOSE A DISTÂNCIA

Nº 17
O EU PLURALIZADO E A MÁQUINA HUMANA

O EU PLURALIZADO E A MÁQUINA HUMANA


Esta questão do mim mesmo, o que eu sou, isso que pensa, sente e atua é algo que devemos
auto-explorar para conhecermos profundamente.
Existem por toda parte belas teorias que atraem e fascinam, não obstante, de nada serviria
tudo isso se não conhecêssemos a nós mesmos.
É fascinante estudar astronomia ou distrair-se um pouco lendo obras sérias, entretanto,
resulta irônico converter-se em um erudito e não saber nada sobre si mesmo, sobre o eu sou,
sobre a personalidade humana que possuímos.
Cada qual é muito livre para pensar o que queira e a razão subjetiva do "Animal Intelectual",
equivocadamente chamado homem, dá para tudo, tanto pode fazer de uma pulga um cavalo,
como de um cavalo uma pulga. São muitos os intelectuais que vivem jogando com o
racionalismo, e depois de tudo o que sucede?
Ser erudito não significa ser sábio. Os ignorantes ilustrados abundam como a erva má e não
somente não sabem como também nem sequer sabem que não sabem.
Entenda-se por ignorantes ilustrados os sabichões que crêem que sabem e nem sequer
conhecem a si mesmos.
Poderíamos teorizar brilhantemente sobre o eu da Psicologia, porém não é isso precisamente
o que nos interessa neste capítulo.
Necessitamos conhecer a nós mesmos por via direta, sem o processo deprimente da opção.
De modo algum seria isto possível sem nos auto-observarmos em ação, de instante a
instante, de momento a momento. Não se trata de nos ver através de alguma teoria ou de
uma simples especulação intelectiva. Vermo-nos diretamente tal qual somos é o interessante,
e somente assim poderemos chegar ao conhecimento verdadeiro de nós mesmos.
Ainda que pareça incrível estamos equivocados com respeito a nós mesmos. Muitas coisas
que cremos não ter, temos e muitas que cremos ter, não temos.
Temos formado falsos conceitos sobre nós mesmos e devemos fazer um inventário para
sabermos o que nos sobra e o que nos falta.
Suponhamos que temos tais ou quais qualidades que, em realidade, não temos e muitas
virtudes que possuímos, certamente, as ignoramos.
Somos pessoas adormecidas, inconscientes e isso é grave. Desafortunadamente, pensamos de
nós mesmos o melhor e nem sequer suspeitamos que estamos adormecidos.
As sagradas escrituras insistem na necessidade de despertar, porém não explicam o sistema
para se lograr esse despertar.
O pior do caso é que são muitos os que têm lido as sagradas escrituras e nem sequer
entendem que estão adormecidos.
Todo mundo crê que conhece a si mesmo e nem remotamente suspeita que existe a Doutrina
dos Muitos.
Realmente o eu psicológico de cada qual é múltiplo e sobrevém sempre como muitos.
Com isto queremos dizer que temos muitos “eus” e não um só como sempre supõem, os
ignorantes ilustrados.

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Negar a Doutrina dos Muitos é fazer de tolo a si mesmo, pois de fato seria o cúmulo dos
cúmulos ignorar as contradições íntimas que cada um de nós possui.
Vou ler um jornal, diz o eu do intelecto; ao diabo com tal leitura, exclama o eu do movimento;
prefiro ir dar um passeio de bicicleta. Passeio que nada, pão quente, grita um terceiro em
discórdia, prefiro comer tenho fome.
Se pudéssemos nos ver em um espelho de corpo inteiro, tal qual somos, descobriríamos por
nós mesmos, de forma direta, a Doutrina dos Muitos.
A personalidade humana é tão somente uma marionete controlada por fios invisíveis.
O eu que hoje jura amor eterno pela Gnose é mais tarde substituído por outro eu que nada
tem a ver com o juramento, e, então, o sujeito se retira.
O eu que hoje jura amor eterno a uma mulher é mais tarde substituído por outro que nada
tem a ver com esse juramento, então, o sujeito se enamora de outra e o castelo de cartas se
vai ao chão.
O "Animal Intelectual", equivocadamente chamado homem, é como uma casa cheia de muita
gente.
Não existe ordem nem concordância alguma entre os múltiplos “eus”, todos lutam entre si e
disputam a supremacia. Quando algum deles consegue o controle dos centros capitais da
máquina orgânica, se sente o único, o amo, entretanto, no final é derrotado.
Considerando as coisas deste ponto de vista, chegamos à conclusão lógica de que o
"Mamífero Intelectual" não tem verdadeiro sentido de responsabilidade moral.
Inquestionavelmente, o que a máquina diga ou faça, em um dado momento, depende
exclusivamente do tipo de eu que a controle nesses instantes.
Dizem que Jesus de Nazaré tirou sete demônios do corpo de Maria Madalena, sete “eus”, viva
personificação dos sete pecados capitais.
Obviamente cada um destes sete demônios é uma cabeça de legião, portanto, devemos
assentar como corolário que o Cristo Íntimo pôde expulsar do corpo de Madalena milhares
de “eus”.
Refletindo sobre todas essas coisas, podemos inferir claramente que a única coisa digna que
possuímos em nosso interior é a Essência, e desafortunadamente a mesma se encontra
engarrafada entre todos esses múltiplos “eus” da Psicologia Revolucionária.
É lamentável que a Essência se processe sempre em virtude de seu próprio condicionamento.
Inquestionavelmente, a Essência ou a Consciência, que é o mesmo, dorme profundamente.

OS SETE CENTROS FUNDAMENTAIS DO HOMEM

Todo ser humano tem sete centros básicos fundamentais, vejamo-los:


1) O intelectual, situado no cérebro.
2) O centro motor ou do movimento, radicado na parte superior da espinha dorsal.

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3) O emocional, que se acha no plexo solar e nos centros específicos nervosos do grande
simpático.
4) O instintivo, situado na parte inferior da espinha dorsal.
5) O sexual, radicado nos órgãos genitais.
6) O emocional superior.
7) O mental superior.
Estes dois últimos só podem se expressar através do autêntico Corpo Astral e do legítimo
Corpo Mental.

TÉCNICA PARA A DISSOLUÇÃO DO EU

O Eu exerce controle sobre os cinco centros inferiores da máquina humana. Esses cinco
centros são: Intelecto, Movimento, Emoção, Instinto e Sexo. Os dois centros do ser humano,
que correspondem à Consciência Cristo, se conhecem em ocultismo como Mente Cristo e
Astral Cristo. Estes dois centros superiores não podem ser controlados pelo Eu.
Desgraçadamente, a Mente Superior, e a Emoção Superior não dispõem destes preciosos
veículos crísticos. Quando a Mente Superior se reveste com o Mental Cristo e a Emoção
Superior, com o Astral Cristo, nos elevamos de fato ao estado verdadeiramente humano.
Todo aquele que quiser dissolver o Eu, deve estudar suas funções nos cinco centros
inferiores. Não devemos condenar os defeitos, nem justificá-los. O importante é compreendê-
los. É urgente compreender as ações e reações da máquina humana. Cada um destes cinco
centros inferiores tem todo um jogo complicadíssimo de ações e reações. O Eu trabalha com
cada um destes cinco centros inferiores e, compreendendo a fundo todo o mecanismo de
cada um destes centros, estaremos a caminho de dissolver o Eu.
Na vida prática duas pessoas reagem, diante de uma representação, de forma diferente.
Aquilo que é agradável para uma pessoa, pode ser desagradável para outra. A diferença está,
muitas vezes, em que uma pessoa pode julgar e ver com a mente e a outra pode ser tocada
em seus sentimentos. Devemos aprender a diferenciar a mente do sentimento. Uma coisa é a
mente e outra, o sentimento. Na mente existe todo um jogo de ações e de reações que deve
ser compreendido. No sentimento existem afetos que devem ser crucificados, emoções que
devem ser cuidadosamente estudadas e, em geral, todo um mecanismo de ações e de reações
que facilmente se confundem com as atividades da mente.

CENTRO INTELECTUAL

Tal centro é útil dentro de sua órbita. O grave é querer tirá-lo de seu campo de gravitação. As
grandes realidades do Espírito somente podem ser experimentadas com a Consciência.
Aqueles que pretendem investigar as verdades transcendentais do Ser à base de puro
raciocínio, caem no mesmo erro de alguém que, ignorando o uso e manejo dos instrumentos
modernos da ciência, tenta estudar a vida do infinitamente pequeno com telescópios, e a vida
do infinitamente grande, com microscópios.

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MOVIMENTO

Necessitamos nos autodescobrir e compreender a fundo todos nossos hábitos. Não devemos
permitir que nossa vida siga se desenvolvendo mecanicamente. Parece incrível que, vivendo
dentro dos moldes dos hábitos, não conheçamos estes moldes que condicionam nossa vida.
Necessitamos estudar nossos hábitos, necessitarmos compreendê-los. Eles pertencem às
atividades do centro do movimento. É necessário nos auto-observar na maneira de viver,
atuar, vestir, andar, etc. O centro do movimento tem muitas atividades. Os esportes também
pertencem ao centro do movimento. Quando a mente interfere neste centro, o obstruí e
danifica, porque ela é muito lenta e o centro do movimento é muito rápido. Todo
mecanógrafo trabalha com o centro do movimento, e, como é natural, pode se equivocar no
teclado se a mente chegar a interferir. Um homem, manejando um automóvel, poderia sofrer
um acidente, se a mente chegasse a interferir.

CENTRO EMOCIONAL

O ser humano gasta suas energias sexuais torpemente com o abuso das emoções violentas:
cinema, televisão, partidas de futebol, etc. Devemos aprender a dominar nossas emoções, é
necessário pouparmos nossas energias sexuais.

INSTINTO

Existem vários instintos: o instinto de conservação, o instinto sexual, etc. Existem, também,
muitas perversões do instinto. No fundo de todo ser humano, existem forças sub-humanas
instintivas, brutais, que paralisam o verdadeiro espírito de amor e caridade. Estas forças
demoníacas devem, primeiro, ser compreendidas e, logo, submetidas e eliminadas. São forças
bestiais: instintos criminais, luxúria, covardia, medo, sadismo sexual, bestialidades sexuais,
etc. Necessitamos estudar e compreender profundamente essas forças sub-humanas, antes
de poder dissolvê-las e elimina-Ias.

SEXO

O sexo é o quinto poder do ser humano. Ele pode liberar ou escravizar o homem. Ninguém
pode chegar a ser íntegro, ninguém pode se realizar a fundo sem a força sexual. Nenhum
celibatário pode chegar à realização total. O sexo é o poder da Alma. O Ser humano íntegro se
logra com a fusão absoluta dos pólos masculino e feminino da Alma. A força sexual se
desenvolve, evolui e progride em sete níveis (os sete níveis da Alma). No mundo físico, o sexo
é uma força cega de atração mútua. No Astral, a atração sexual se fundamenta na afinidade
dos tipos, segundo suas polaridades e essências. No mental, a atração sexual se realiza
segundo as leis da polaridade e da afinidade mental. No plano causal, se realiza sobre a base
da vontade consciente. É, precisamente neste plano das causas naturais, onde se realiza

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conscientemente a plena unificação da Alma. Realmente ninguém pode chegar à glória plena
do Matrimônio Perfeito, sem ter alcançado este quarto estado de integração humana.

MORTE ABSOLUTA DE SATANÁS

Compreendendo as atividades íntimas dos cinco centros inferiores, descobrimos todo o


processo do Eu. O resultado desse autodescobrimento é a morte de Satã (o tenebroso Eu
lunar).

A KUNDALINI

Chegamos a um ponto espinhoso, quero referir-me à questão da Kundalini, a serpente ígnea


de nossos mágicos poderes, citada em muitos textos da sabedoria oriental.
Indubitavelmente, a Kundalini tem muita documentação e é algo que bem vale a pena
investigar.
Nos textos de Alquimia medieval, a Kundalini é Stela Maris, a Virgem do Mar, quem guia
sabiamente os trabalhadores da Grande Obra.
Entre os astecas, ela é Tonantzin, entre os gregos, a casta Diana e no Egito é Ísis, a Mãe Divina
a quem nenhum mortal levantou o véu.
Não há dúvida alguma de que o Cristianismo Esotérico jamais deixou de adorar a Divina Mãe
Kundalini. Obviamente, é Marah ou melhor RAM-IO, MARIA.
O que não especificaram as religiões ortodoxas, pelo menos no que concerne ao círculo
exotérico ou público, é o aspecto de Ísis em sua forma individual humana.
Ostensivamente, somente em segredo se ensinou aos Iniciados que essa Divina Mãe existe
individualmente dentro de cada ser humano.
Não é demais esclarecer de forma enfática que Deus-Mãe. Rea, Cibeles, Adonia ou como
queiramos chamá-la é uma variante de nosso próprio Ser individual aqui e agora.
Concretamente diremos que cada um de nós tem sua própria Mãe Divina particular,
individual.
Há tantas Mães no céu quanto criaturas existentes sobre a face da Terra.
A Kundalini é a energia misteriosa que faz existir o mundo, um aspecto de Brahama.
Em seu aspecto psicológico manifestado na anatomia oculta do ser humano, a Kundalini se
acha enroscada três vezes e meia dentro de certo centro magnético radicado no osso
coccígeo.
Aí descansa entumecida como qualquer serpente, a Divina Princesa.
No centro daquele chakra ou estância, existe um triângulo feminino ou “Yoni” onde está
estabelecido um “Lingam” masculino.
Neste Lingam atômico ou mágico que representa o poder criador sexual de Brahama se
encontra a sublime serpente Kundalini.

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A rainha ígnea é sua figura de serpente, desperta com o secretum secretorum de certo artifício
alquimista que ensinei claramente em minha obra intitulada: “O Mistério do Áureo
Florescer”.
Inquestionavelmente, quando esta divina força desperta, ascende vitoriosa pelo canal
medular espinhal para desenvolver em nós os poderes que divinizam.
Em seu aspecto transcendental divinal subliminal, a serpente sagrada transcedendo ao
meramente fisiológico, anatômico, em seu estado étnico, é, como já disse, nosso próprio Ser,
porém derivado.
Não é meu propósito ensinar neste tratado a técnica para o despertar da serpente sagrada.
Somente quero da certa ênfase ao cru realismo do Ego e à urgência interior relacionada com
a dissolução de seus diversos elementos.
A mente por si mesma não pode alterar radicalmente nenhum defeito psicológico. Pode
rotular qualquer defeito, passá-lo de um nível a outro, escondê-lo de si mesma ou dos
demais, desculpá-lo, etc., mas nunca eliminá-lo absolutamente.
Compreensão é uma parte fundamental, porém não é tudo, necessita-se eliminar.
Defeito observado deve ser analisado e compreendido de forma íntegra, antes de proceder a
sua eliminação.
Necessitamos de um poder superior à mente, de um poder capaz de desintegrar
atomicamente qualquer eu-defeito que previamente tenhamos descoberto e julgado de modo
profundo.
Afortunadamente, tal poder encontra-se subjacente de forma profundamente, mais além do
corpo, dos afetos e da mente, ainda que tenha seus expoentes concretos no osso coccígeo,
como já explicamos em parágrafos anteriores.
Depois de termos compreendido integralmente qualquer eu-defeito, devemos nos submergir
em profunda meditação, suplicando, pedindo a nossa Divina Mãe particular, individual, que
desintegre o eu-defeito previamente compreendido.
Esta é a técnica precisa que se requer para a eliminação dos elementos indesejáveis que
carregamos em nosso interior.
A Divina Mãe Kundalini tem todo o poder para reduzir a cinzas qualquer agregado psíquico
subjetivo, inumano.
Sem esta didática, sem este procedimento, todo esforço para a dissolução do Ego resulta
infrutífero, inútil e absurdo.

PRÁTICA

Todas as noites antes de adormecer:


1. Fazer um relaxamento absoluto.
2. Chegar ao estado de meditação.
3. Em seguida fazer uma retrospectiva do dia que passou em busca de um evento no
qual se tenha verificado a manifestação de um defeito psicológico.

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4. Reviver a cena tal como ela sucedeu.
5. Procurar dentro de si próprio o “eu” que ocasionou o problema.
6. Com observação serena, colocar o “eu” no banco dos réus, estudando suas
manifestações, reações, pensamentos, emoções, procedendo ao seu julgamento.
7. Por fim, pedir a desintegração do “eu-problema” à Divina Mãe Kundalini.

BIBLIOGRAFIA

V. M. Samael Aun Weor: A Grande Rebelião, IGA-Brasil, Rio de Janeiro, Brasil, 1992.
V. M. Samael Aun Weor: A Revolução da Dialética, Edições Gnósticas, Portugal, 1993.
V. M. Samael aun Weor: O Matrimônio Perfeito, IGA-Brasil, Rio de Janeiro, Brasil, 1993.

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