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UNIVERSIDADE FEDERAL RUAL DO SEMIARIDO

PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E


AUTOMAÇÃO/PPSCA
TÓPICOS ESPECIAIS II – MELINDA CESIANARA
Luann Georgy Oliveira Queiroz

Análise do artigo “Accurate fault location technique for


power transmission lines” (JOHNS, A. T; JAMALI, S).

Em Johns e Jamali (1990) é apresentada uma técnica de localização de falta que


utiliza dados sincronizados de tensões e correntes pós-falta de ambos os terminais da
linha. Nessa metodologia, parâmetros como resistência, indutância e capacitância da linha
são necessários visto que a linha de transmissão é representada por meio de parâmetros
distribuídos. Os autores modelam equações de localização de falta tanto para sistemas
monofásicos quanto para sistemas trifásicos. Para o primeiro caso, é representado na
Figura 1 um sistema monofásico sob falta.

Figura 1- Sistema monofásico

Para cada terminal (S e R), podem ser obtidas equações de tensão de falta em
termos das medidas de tensões e correntes dos terminais da linha.
Vf = cosh (γx)Vs – Zo sinh ((γx)Is (1)
Vf = cosh (γ(L-x))Vr – Zo sinh ((γ(L-x))Is (2)

O termo Zo representa a impedância característica da linha e γ a constante de


propagação da onda. Zo = (Z/Y)1/2 e γ = (ZY) 1/2 . Z representa a impedância série da
linha e Y a admitância shunt por unidade de comprimento. Igualando as equações 1 e 2 e
isolando o ponto de falta x, obtêm-se a equação 3, que representa a localização do ponto
de falta.
X = [tang-¹(-B/A)]/ γ (3)
Onde:
A = Zo cosh (yL)Ir - sinh (yL)Vr+ Zo Is
B = cosh (yL)Vr- Zo sinh (yL)Ir - Vs

O valor obtido em X irá conter uma pequena parte imaginária que deverá ser
ignorada. Apenas a parte real representa a distância de falta. Analisando a equação 3
observa-se que a mesma depende apenas da impedância série da linha (Z), da admitância
shunt (Y) e dos fasores de tensão e corrente dos terminais da linha, sendo dessa forma
independente da resistência de falta e de outros parâmetros.

No caso de sistemas trifásicos, o método anterior não pode ser aplicado


diretamente. Considere um sistema trifásico como exposto na Figura 2 a seguir,
representado pelas fases a, b e c.

Figura 2 – Sistema trifásico

Nesse tipo de sistema, as tensões e correntes estão relacionadas através das


matrizes [As], [Bs], [Ar] e [Br]. Esse conjunto de matrizes, que apresentam dimensões
3x3 cada, são definidas através da matriz impedância série [Z] e pela matriz admitância
shunt [Y]. As equações para tensão de falta visto de ambos os terminais ficam descritas
pelas equações 4 e 5 abaixo.
[Vf (a,b,c)] = [As] * [Vs(a,b,c)] – [Bs]* [Is(a,b,c)] (4)
[Vf (a,b,c)] = [Ar] * [Vr(a,b,c)] – [Br]* [Ir(a,b,c)] (5)

As equações 4 e 5 podem ser decompostas para sistemas monofásicos, permitindo


a utilização de um algoritmo básico de localização de falta, onde tal procedimento pode
ser realizado através da transformada modal. Esse tipo de técnica não pressupõe
inicialmente que a linha seja transposta, no entanto algumas simplificações podem ser
feitas para garantir essa característica. Tais simplificações envolvem encontrar os
autovetores das matrizes definas por: [Z][Y] e [Y][Z]. O primeiro produto é chamado de
[Q] enquanto o segundo de [S]. Dessa forma, as tensões e correntes são derivadas de cada
fase a, b e c e transformadas em correspondentes [Q] e [S] (matrizes de autovetores).

[Vsn] = [Vs1 Vs2 Vs3]T = [Q]-1 . [Vsa Vsb Vsc]T


[Isn] = [Is1 Is2 Is3]T = [S]-1 . [Isa Isb Isc]T (6)

A aplicação da transformada modal resulta em um sistema trifásoico que pode ser


decomposto em três modelos monofásicos como mostrado na Figura 1. Para cada
componente modal (nesse caso 3), existirá um par de equações na forma das Equações 1
e 2. Portanto, para um circuito trifásico, existirão três pares de equações correspondentes
aos modos 1, 2 e 3.
Para o modo 2, por exemplo:

Vf2 = As2 Vs2 – Bs2 Is2 (7)


Vf2 = Ar2 Vr2 – Br2 Ir2 (8)

E a equação de localização de falta fica:

X = [tang-¹(-B2/A2)] / γ2 (3)

Onde:
A2 = Zo2 cosh (y2L)Ir2 - sinh (y2L)Vr2+ Zo2 Is2
B2 = cosh (y2L)Vr2- Zo2 sinh (y2L)Ir2 - Vs2
[Zon] = [Y]-1 [Q] -1 [Z] [S]
[y] = matriz composta pela raiz quadrada dos autovalores do autovetor da matriz
[Z][Y]

Com objetivo de simplificar o cálculo da impedância característica (Zon) e da


constante de propagação os autores assumem que a linha possui uma transposição
perfeita. Dessa forma, para o modo 2, por exemplo, a impedância característica pode ser
representada em termos da impedância e admitância da linha de sequência positiva (Z1)
e (Y1). Assim, Zo2 = (Z1/Y1)1/2 e y2= (Z1/Y1)1/2. Além disso, os autovetores [Q] e [S]
serão iguais e dados por:

Resumindo o procedimento de localização de falta para sistemas trifásicos, é


apresentado a seguir um pseudocódigo da metodologia em apresentada.

%ALGORITMO DE LOCALIZA??O

Zbase = (Vbase^2)/Sbase;
Ybase=1/Zbase;

Z1=(0.09127+((0.51879)*i))/(Zbase)

Y=3.1931E-6*i
Y1 = Y/Ybase

%Assumindo que a linha possui transposi??o perfeita


Q = [1 1 1; 1 0 -2; 1 -1 1];
S = Q;
Zo(2)=sqrt(Z1/Y1)
Yo(2)=sqrt(Z1*Y1)

%Calculando componentes modais de tens?o e corrente

Vsm = inv(Q) * Vs;


Vrm = inv(Q) * Vr;
Ism = inv(S) * Is;
Irm = inv(S) * Ir;

%Calculando os termos A2 e B2
A2=(Zo(2)*(cosh((Yo(2))*L))*Irm(2))-
((sinh(Yo(2)*L))*Vrm(2))+(Zo(2)*Ism(2))

B2=((cosh((Yo(2))*L))*Vrm(2))-(Zo(2)*(sinh(Yo(2)*L))*Irm(2))-Vsm(2)

%C?lculo do ponto de falta


X = (atan(-B2/A2))/Yo(2)
real(X)

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