FASCISMO (1922-1945) / NAZISMO (1933-1945)
CONTEXTO DE EMERGÊNCIA
CRISE ECONÓMICA:
- Na Itália, após a Guerra: desemprego,
desvalorização da moeda, inflação,
desorganização da economia, miséria e
fome.
- Na Alemanha passou-se o mesmo
(com a agravante das indemnizações a
pagar aos aliados) e, mais tarde, com a
Crise de 29 tudo piorou: retirada dos
capitais americanos (emprestados à
Alemanha após o Tratado de Lucarno em
1925) , diminuição das exportações,
quebra de produção, desemprego,
miséria.
AGITAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA:
Itália:
- Durante o “Biénio Vermelho”
(1918/20), marcado pela influência da
Revolução Soviética, houve greves,
ocupação de fábricas e de propriedades
rurais, por iniciativa dos trabalhadores.
- À agitação social soma-se o descrédito
do regime parlamentar e a frustração
com a falta de benefícios pela vitória na
Guerra (indemnizações/colónias).
Alemanha:
- A Republica de Weimar tornou-se
impopular, por ter aceite as duras
condições de paz de Versalhes.
- Tentativas de golpes de Estado em
1919 pelos comunistas e em 1923 pelos
nazis.
- Após a Crise de 29, a situação política
agrava-se: os partidos no poder são
acusados, adesão popular aos extremos
(comunismo e nazismo).
APOIOS, ALVOS E MEIOS
APOIOS:
- Grandes industriais
- Grandes proprietários rurais
- Classe média burguesa (contagiada
pelo ultranacionalismo e orgulho
patriótico).
- Desempregados, descontentes,
marginais e todos aqueles que não
resistiram à “manipulação psicológica”.
ALVOS:
- O Liberalismo democrático
(parlamentarismo).
- O comunismo.
- Os sindicatos e os grevistas.
- As cooperativas de trabalhadores.
- Na Alemanha, existia um racismo
extremo contra os povos considerados
inferiores: judeus (anti-semitismo),
ciganos, etc.
MEIOS:
- Violência e repressão: acção dos
camisas negras em Itália e das SS e SA
na Alemanha.
- Propaganda e manipulação psicológica:
as promessas de melhores condições de
vida e de recuperação de um passado
grandioso, as paradas militares, a
simbologia do “fascio” e da cruz suástica. - O chefe é um Deus, um herói, o guia e o salvador
- Em Itália o fascismo chega ao poder
através da “Marcha Sobre Roma”, em
1922, e na Alemanha através de
eleições, em 1933.
CARACTERÍSTICAS POLÍTICA ECONÓMICA
NEGAÇÃO DA DEMOCRACIA: INTERVENCIONISMO DO
- Rejeição do parlamentarismo e do sistema ESTADO:
multipartidário (porque geram divisões inúteis e
enfraquecem a unidade nacional). - Autarcia (tentativa de obter a
auto-suficiência económica).
AUTORITARISMO: Para isto foram lançadas, em
- A afirmação de um Estado forte, com um poder Itália, campanhas agrícolas.
centralizado. Obedecer é a palavra de ordem!
- Obras Públicas (construção de
TOTALITARISMO (Alemanha): estradas, barragens, pontes,
- Nada existe fora do Estado que tudo controla e aeródromos, bairros operários,
dirige. Um povo, um chefe, um partido, o controlo etc.)
total da sociedade pelo Estado.
- Na Alemanha, e a par das
NACIONALISMO EXACERBADO: obras públicas, o serviço militar
- A Nação é o valor primeiro. Ideia de superioridade obrigatório, o forte incremento
de uns povos sobre outros, o que conduz ao de indústrias de armamento e o
imperialismo. Na Alemanha Hitler falava da afastamento da mulher do
“Grande Alemanha”, da conquista do “espaço vital” mundo do trabalho permitiram
(pangermanismo). reduzir o desemprego.
RACISMO E ELITISMO SOCIAL: - Outra das saídas para a Crise
- Nas sociedades fascistas existia forte segregação económica foi o expansionismo
social (uns comandam, outros obedecem). (a Itália para a Etiópia em
- Na Alemanha o racismo era claramente 1936, e a Alemanha em várias
assumido: os alemães que, segundo Hitler, eram direcções ao longo dos anos
descendentes dos arianos, teriam como missão 30).
dominar o Mundo. Os judeus eram exterminados
para evitar contaminações. - Na Alemanha, não pode
esquecer-se o apoio financeiro
CULTO DA FORÇA E DA VIOLÊNCIA: ao nazismo por parte dos
- A paz é inútil, só na guerra o homem potencia as grandes industriais e
suas capacidades e pode provar que é o mais forte. banqueiros (como os Krupp).
CULTO DO CHEFE:
da pátria. Exige uma obediência cega, sem limites.
CORPORATIVISMO:
- Associação de patrões e operários em
corporações para que os conflitos se resolvessem
de forma pacífica e de acordo com os interesses do
Estado. Neste quadro, os sindicatos livres e as
greves eram ilegais.