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CENTRAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS (CGR)

APARECIDA DE GOIÂNIA - GOIÁS

VOLUME III

- PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL (PGA) DO ATERRO


SANITÁRIO CLASSE II

AGOSTO/2013
PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL – PGA
ATERRO SANITÁRIO CLASSE II

CENTRAL DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS – CGR

APARECIDA DE GOIÂNIA – GOIÁS

JULHO/2013
JULHO/2013

1
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 
2.IDENTIFICAÇÃO ..................................................................................................... 7 
2.1. EMPREENDEDOR ....................................................................................................... 7 
2.2. EMPREENDIMENTO ................................................................................................... 7 
2.3. EMPRESA RESPONSÁVEL PELO PGA .................................................................... 7 
2.4. ÓRGÃO AMBIENTAL LICENCIADOR ........................................................................ 7 
2.5. EQUIPE TÉCNICA ....................................................................................................... 8 
3.CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ...................................................... 9 
3.1. LOCALIZAÇÃO E ACESSO DO EMPREENDIMENTO .............................................. 9 
3.2. OBJETIVO ................................................................................................................. 11 
3.3. JUSTIFICATIVA DA ÁREA ....................................................................................... 11 
3.4. MEMORIAL DE CARACTERIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO ............................ 12 
3.4.1. Informações sobre os Resíduos a serem Dispostos no Aterro Sanitário . 13 
3.4.2. Horário de Funcionamento do Aterro ........................................................... 14 
3.4.3. Resíduos Sólidos Admitidos no Aterro ........................................................ 14 
3.4.4. Caracterização Geral da Implantação do Aterro .......................................... 15 
3.4.4.1. SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO ................................................ 18 
3.4.4.2. SISTEMA DE DRENAGEM E REMOÇÃO DE PERCOLADO ............. 19 
3.4.4.3. SISTEMA DE DRENAGEM DE GASES .............................................. 21 
3.4.4.4. SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUA PLUVIAL ................................. 24 
3.4.4.5. SISTEMA DE TRATAMENTO DO PERCOLADO ................................ 25 
3.4.5. Sistema de Cobertura dos Resíduos ............................................................ 28 
3.4.6. Vida Útil do Aterro .......................................................................................... 28 
3.4.7. Lagoa de Acumulação .................................................................................... 28 
3.4.8. Estruturas de Apoio........................................................................................ 29 
3.4.9. Lista de Equipamentos................................................................................... 29 
3.4.10. Mão de Obra .................................................................................................. 30 
3.4.11. Fonte de Abastecimento .............................................................................. 30 
3.4.12. Esgoto Doméstico/Sanitário........................................................................ 30 
3.4.13. Águas Pluviais .............................................................................................. 31 
3.4.14. Resíduos Sólidos ......................................................................................... 32 
3.4.15. Poluição do Ar .............................................................................................. 32 
3.4.16. Ruídos e Vibrações ...................................................................................... 33 
3.5. OPERAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO ................................................................... 33 
3.5.1. Fluxograma de Operação do Aterro.............................................................. 36 
4.RELAÇÃO COM OS ATRIBUTOS AMBIENTAIS DO ENTORNO ........................ 38 
4.1. COBERTURA VEGETAL........................................................................................... 38 
4.2. FAUNA ....................................................................................................................... 38 
4.3. NÚCLEOS URBANOS ............................................................................................... 39 
4.4. USO DOS RECURSOS HÍDRICOS ........................................................................... 39 
4.5. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ................................................................................. 40 
5.DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ................................................................................ 41 
5.1. MEIO FÍSICO ............................................................................................................. 41 
5.1.1. Caracterização Topográfica e geotécnica .................................................... 41 
5.1.2. Solos e Geotecnia ........................................................................................... 41 
5.1.3. Característica Climatológica.......................................................................... 43 
5.1.3.1. PARÂMETROS METEOROLÓGICOS ................................................ 43 
5.1.4. Qualidade do Ar .............................................................................................. 50 
5.1.5. Aspectos Geológicos ..................................................................................... 51 
5.1.6. Caracterização Geomorfológica .................................................................... 51 
5.1.7. Caracterização Pedológica Local .................................................................. 51 
5.1.8. Bacia Hidrográfica .......................................................................................... 52 
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
2
5.2. MEIO BIÓTICO .......................................................................................................... 52 
5.2.1. Flora ................................................................................................................. 52 
5.2.1.1. COBERTURA VEGETAL NA AII .......................................................... 52 
5.2.1.2. COBERTURA VEGETAL NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO........... 54 
5.2.2. Fauna ............................................................................................................... 59 
5.2.2.1. RELAÇÃO COM OS ATRIBUTOS AMBIENTAIS DO ENTORNO ....... 59 
5.2.2.2. DIAGNÓSTICO DA FAUNA NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO ...... 61 
5.3. MEIO ANTRÓPICO .................................................................................................... 75 
5.3.1. Histórico .......................................................................................................... 75 
5.3.2. Caracterização da área do empreendimento ............................................... 76 
5.3.2.1. USO DO SOLO .................................................................................... 76 
5.3.2.2. DINÂMICA DEMOGRÁFICA ................................................................ 78 
5.3.2.3. ESTRUTURA FUNDIÁRIA E USO DO SOLO DO MUNICÍPIO ........... 81 
5.3.3. Socioeconomia ............................................................................................... 84 
5.3.3.1. PRODUTO INTERNO BRUTO TOTAL E PER CAPITA. ..................... 84 
5.3.3.2. SETOR PRIMÁRIO .............................................................................. 87 
5.3.3.3. SETOR SECUNDÁRIO ........................................................................ 89 
5.3.3.4. SETOR TERCIÁRIO ............................................................................ 91 
5.3.3.5. EMPREGO E RENDA .......................................................................... 92 
5.3.4. Finanças Públicas .......................................................................................... 95 
5.3.5. Indicadores Sociais ........................................................................................ 96 
5.3.5.1. SAÚDE ................................................................................................. 96 
5.3.5.2. EDUCAÇÃO ......................................................................................... 98 
5.3.5.3. SEGURANÇA PÚBLICA .................................................................... 100 
5.3.5.4. ASSISTÊNCIA SOCIAL ..................................................................... 102 
5.3.5.5. CONSELHO TUTELAR ...................................................................... 103 
5.3.6. Infraestrutura ................................................................................................ 104 
5.3.6.1. SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTE ................................................. 104 
5.3.6.2. COMUNICAÇÃO ................................................................................ 104 
5.3.6.3. ENERGIA ELÉTRICA ........................................................................ 105 
5.3.6.4. HABITAÇÃO ...................................................................................... 105 
5.3.7. Saneamento .................................................................................................. 106 
5.3.7.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................................................... 106 
5.3.7.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO ........................................................... 107 
5.3.7.3. RESÍDUOS SÓLIDOS ....................................................................... 108 
5.3.8. Organização Social ....................................................................................... 109 
6.IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ............................................. 111 
7.MEDIDAS MITIGADORAS .................................................................................. 117 
8.PROGRAMAS AMBIENTAIS .............................................................................. 125 
9.CRONOGRAMA .................................................................................................. 126 
10.CONCLUSÃO .................................................................................................... 127 
11.BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 128 
12.ANEXOS ............................................................................................................ 131 

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


3
FIGURA
FIGURA 01: LOCALIZAÇÃO DA CGR ......................................................................................................................................... 9
FIGURA 02: MAPA DE LOCALIZAÇÃO .................................................................................................................................... 10
FIGURA 03: ETAPAS DE ESCAVAÇÃO DA BASE DO ATERRO ............................................................................................ 17
FIGURA 04: DETALHE DA FIXAÇÃO DA MANTA ................................................................................................................... 18
FIGURA 05: DRENO TIPO CHAPÉU SOBRE IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE .................................................................. 19
FIGURA 06: DRENO DAS BERMAS .......................................................................................................................................... 20
FIGURA 07: COCHÃO DRENANTE DO POÇO DE VISITA ...................................................................................................... 21
FIGURA 08: DRENO DE GÁS INTERLIGADO AO SISTEMA DE DRENAGEM DE PERCOLADOS....................................... 22
FIGURA 09: POÇOS PARA DRENAGEM DE BIOGÁS ............................................................................................................. 23
FIGURA 10: ACABAMENTO DOS TALUDES E PATAMARES ................................................................................................ 26
FIGURA 11: DETALHE DAS DESCIDAS DE ÁGUA PLUVIAL ................................................................................................. 27
FIGURA 12: PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DO ATERRO ............................................................................................. 35
FIGURA 13: ESTRUTURA DO ATERRO SANITÁRIO .............................................................................................................. 36
FIGURA 14: FLUXOGRAMA DE OPERAÇÃO DO ATERRO .................................................................................................... 37
FIGURA 15: PRECIPITAÇÃO MÉDIA MENSAL EM GOIÂNIA ................................................................................................. 46
FIGURA 16: TEMEPERATURA MÉDIA ..................................................................................................................................... 48
FIGURA 17: VISTA GERAL DA PAISAGEM NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO ..................................... 58
FIGURA 18: TAXA DE URBANIZAÇÃO (%) .............................................................................................................................. 79
FIGURA 19: TAXA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO ANUAL DA POPULAÇÃO. .............................................................. 80
FIGURA 20: RAZÃO DE SEXO .................................................................................................................................................. 80
FIGURA 21: RANKING DOS DEZ MAIORES MUNICÍPIOS GOIANOS EM PIB....................................................................... 85
FIGURA 22: VALOR ADICIONADO POR PARTICIPAÇÃO (%) DO SETOR DE ATIVIDADE. ANO 2010. ............................. 86
FIGURA 23: EVOLUÇÃO DO PIB PER CAPITA (R$) ............................................................................................................... 87
FIGURA 24: CRIAÇÃO DE BOVINOS NA REGIÃO DE APARECIDA DE GOIÂNIA ............................................................... 88
FIGURA 25: CRIAÇÃO DE BOVINOS NA CHÁCARA SÃO JOSÉ – APARECIDA DE GOIÂNIA ........................................... 88
FIGURA 26: COMÉRCIO LOCALIZADO NO ............................................................................................................................. 90
SETOR CENTRAL DE APARECIDA DE GOIÂNIA. ..................................................................................................................... 90
FIGURA 27: BURITI SHOPPING LOCALIZADO NA VILA SÃO TOMAZ EM APARECIDA DE GOIÂNIA. ............................. 90
FIGURA 28: RUA COMERCIAL NO SETOR VILA BRASÍLIA APARECIDA DE GOIÂNIA. ..................................................... 90
FIGURA 29: AVENIDA COMERCIAL NO SETOR SERRA DOURADA EM APARECIDA DE GOIÂNIA. ................................ 90
FIGURA 30: INDÚSTRIA MABEL EM APARECIDA DE GOIÂNIA-GO (SEPIN) ...................................................................... 91
FIGURA 31: DIMAG – DISTRITO INDUSTRIAL MUNICIPAL DE APARECIDA DE GOIÂNIA – GO (SEPIN) ......................... 91
FIGURA 32: BANCO DO BRASIL NO SETOR PAPILON PARK – APARECIDA DE GOIÂNIA. ............................................. 92
FIGURA 33: BANCO ITAÚ NO SETOR CENTRAL - APARECIDA DE GOIÂNIA. ................................................................... 92
FIGURA 34: LOTÉRICA NO SETOR SERRA DOURADA - APARECIDA DE GOIÂNIA. ......................................................... 92
FIGURA 35: AGÊNCIA DOS CORREIOS NO SETOR VILA BRASÍLIA - APARECIDA DE GOIÂNIA .................................... 92
FIGURA 36: TOTAL DAS RECEITAS E DESPESAS (R$). APARECIDA DE GOIÂNIA. ......................................................... 96
FIGURA 37: HOSPITAL DE URGÊNCIA APARECIDA DE GOIÂNIA – HUAPA. ..................................................................... 97
FIGURA 38: PRONTO SOCORRO – DONA GETÚLIA MARIANA DE ALMEIDA – APARECIDA DE GOIÂNIA. ................... 97
FIGURA 39: MATERNIDADE MARLENE TEIXEIRA – APARECIDA DE GOIÂNIA. ................................................................ 97
FIGURA 40: DIVISÃO DE MEDICAMENTOS – APARECIDA DE GOIÂNIA. ............................................................................ 97
FIGURA 41: COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA – APARECIDA DE GOIÂNIA. .................................. 98
FIGURA 42: DIRETORA SR.ª VÂNIA CRISTINA RODRIGUES DE OLIVEIRA. ....................................................................... 98
FIGURA 43: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – APARECIDA DE GOIÂNIA ........................................................ 99
FIGURA 44: ESCOLA MUNICIPAL O PEQUENINO, SETOR CENTRAL - APARECIDA DE GOIÂNIA. ................................. 99
FIGURA 45: ESCOLA MUNICIPAL PROF.ª. VINOVITA GUIMARÃES DA SILVA, PARQUE ITATIAIA - APARECIDA DE
GOIÂNIA. ................................................................................................................................................................ 99
FIGURA 46: FUNDAÇÃO BRADESCO, PAPILON PARK - APARECIDA DE GOIÂNIA.......................................................... 99
FIGURA 47: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS, PARQUE ITATIAIA -
APARECIDA DE GOIÂNIA. ................................................................................................................................. 100
FIGURA 48: UNIÃO DAS FACULDADES ALFREDO NASSER (UNIFAN) - APARECIDA DE GOIÂNIA.............................. 100
FIGURA 49: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS (UEG) - APARECIDA DE GOIÂNIA. ................................................ 100
FIGURA 50: FACULDADE PADRÃO - APARECIDA DE GOIÂNIA. ....................................................................................... 100
FIGURA 51: 8º BATALHÃO POLÍCIA MILITAR NO MUNICÍPIO DE APARECIDA DE GOIÂNIA. ........................................ 101
FIGURA 52: 2ª DELEGACIA REGIONAL EM APARECIDA DE GOIÂNIA ............................................................................. 101
FIGURA 53: 7º BATALHÃO BOMBEIRO MILITAR ................................................................................................................. 102
FIGURA 54: ENTREVISTA COM O CABO GOUVEIA, DO CORPO DE BOMBEIROS. ......................................................... 102
FIGURA 55: SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL .................................................................................... 103
FIGURA 56: CRAS – CENTRO DE REFERENCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL .................................................................... 103
FIGURA 57: CONSELHO TUTELAR - SETOR CENTRAL DE APARECIDA DE GOIÂNIA ................................................... 104
FIGURA 58: CRAS – SR.ª. GLÁUCIA COREIA PERES, CONSELHEIRA E TÉCNICA DA DBO. ......................................... 104
FIGURA 59: TERMINAL ARAGUAIA - APARECIDA DE GOIÂNIA. ....................................................................................... 104
FIGURA 60: TERMINAL DO CRUZEIRO - APARECIDA DE GOIÂNIA. ................................................................................. 104
FIGURA 61: HABITAÇÕES NO SETOR VEIGA JARDIM IV- APARECIDA DE GOIÂNIA. .................................................... 106
FIGURA 62: HABITAÇÕES NO CONJUNTO CRUZEIRO DO SUL- APARECIDA DE GOIÂNIA. ......................................... 106
FIGURA 63: HABITAÇÕES NO SETOR VEIGA JARDIM IV- APARECIDA DE GOIÂNIA. .................................................... 107
FIGURA 64: HABITAÇÕES NO CONJUNTO CRUZEIRO DO SUL- APARECIDA DE GOIÂNIA. ......................................... 107
FIGURA 65: LAGOA AERADA 1 – ETE CRUZEIRO DO SUL - APARECIDA DE GOIÂNIA. ................................................ 108
FIGURA 66: ETE CRUZEIRO DO SUL - APARECIDA DE GOIÂNIA...................................................................................... 108
FIGURA 67: ANTES E DEPOIS: ATERRO MUNICIPAL DE APARECIDA DE GOIÂNIA, (SECOM/APARECIDA DE
GOIÂNIA). ............................................................................................................................................................ 109
FIGURA 68: ÁREA ADMINISTRATIVA DO ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL - APARECIDA DE GOIÂNIA..................... 109

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


4
QUADRO
QUADRO 01: CÁLCULO DE VAZÃO ........................................................................................................................................... 28
QUADRO 02: DIREÇÃO PREDOMINANTE DOS VENTOS EM GOIÂNIA (%/MÊS) .................................................................. 45
QUADRO 03: RELAÇÃO MESES X DIA DE CHUVA .................................................................................................................. 45
QUADRO 04: EVAPORAÇÃO TOTAL EM GOIÂNIA (MM) ......................................................................................................... 47
QUADRO 05: PRESSÃO ATMOSFÉRICA (HPA) ........................................................................................................................ 49
QUADRO 06: UMIDADE RELATIVA DO AR (%) ......................................................................................................................... 49
QUADRO 07: EVAPOTRANSPIRAÇÃO POTENCIAL (MM) ....................................................................................................... 50
QUADRO 08: EVAPOTRANSPIRAÇÃO REAL (MM) .................................................................................................................. 50
QUADRO 09: ESPÉCIES DA FLORA OBSERVADAS NA ÁREA DE CERRADO “STRICTO SENSU”.................................... 55
QUADRO 10: ESPÉCIES DA FLORA OBSERVADAS NA ÁREA DE MATA DE GALERIA. ..................................................... 56
QUADRO 11: ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS DO BIOMA CERRADO PRESENTES NA ÁREA DO FUTURO
EMPREENDIMENTO: ............................................................................................................................................ 58
QUADRO 12: ESPÉCIES DE AVES IDENTIFICADAS DURANTE AS COLETAS REALIZADAS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA
INDIRETA DO EMPREENDIMENTO, PARA O EIA/RIMA DO LOTEAMENTO BETÂNIA – APARECIDA DE
GOIÂNIA – GO. ...................................................................................................................................................... 63
QUADRO 13: ESPÉCIES DE ANFÍBIOS IDENTIFICADAS DURANTE AS COLETAS REALIZADAS NA ÁREA DE
INFLUÊNCIA INDIRETA DO EMPREENDIMENTO, PARA O EIA/RIMA DO LOTEAMENTO BETÂNIA –
APARECIDA DE GOIÂNIA – GO. .......................................................................................................................... 68
QUADRO 14: ESPÉCIES DE RÉPTEIS IDENTIFICADAS DURANTE AS COLETAS REALIZADAS NA ÁREA DE
INFLUÊNCIA INDIRETA DO EMPREENDIMENTO, PARA O EIA/RIMA DO LOTEAMENTO BETÂNIA –
APARECIDA DE GOIÂNIA – GO. .......................................................................................................................... 70
QUADRO 15: ESPÉCIES DE MAMÍFEROS IDENTIFICADAS DURANTE AS COLETAS REALIZADAS NA ÁREA DE
INFLUÊNCIA INDIRETA DO EMPREENDIMENTO, PARA O EIA/RIMA DO LOTEAMENTO BETÂNIA –
APARECIDA DE GOIÂNIA – GO. .......................................................................................................................... 72
QUADRO 16: ESPÉCIES DE PEIXES IDENTIFICADAS DURANTE AS COLETAS REALIZADAS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA
INDIRETA DO EMPREENDIMENTO, PARA O EIA/RIMA DO LOTEAMENTO BETÂNIA – APARECIDA DE
GOIÂNIA – GO. ...................................................................................................................................................... 74
QUADRO 17: EMPREENDIMENTOS LOCALIZADOS NO ENTORNO IMEDIATO DA CENTRAL DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS. ............................................................................................................................................................ 78
QUADRO 18: NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E ÁREA DOS ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS, POR
GRUPOS DE ÁREA TOTAL. ANO 2006. MUNICÍPIO DE APARECIDA DE GOIÂNIA. ...................................... 83
QUADRO 19: UTILIZAÇÃO DAS TERRAS. ANO 2006. .............................................................................................................. 83
QUADRO 20: REBANHO BOVINO, SUÍNO E AVÍCOLA. ANOS 2009 A 2011. MUNICÍPIO DE APARECIDA DE GOIÂNIA. .. 87
QUADRO 21: PRODUÇÃO DE ORIGEM ANIMAL. ANOS 2009 A 2011. MUNICÍPIO DE APARECIDA DE GOIÂNIA. ........... 88
QUADRO 22: EVOLUÇÃO DA ÁREA PLANTADA COM LAVOURA TEMPORÁRIA. ANOS 2009 A 2011. MUNICÍPIO DE
APARECIDA DE GOIÂNIA. ................................................................................................................................... 88
QUADRO 23: UNIDADES LOCAIS, POR SEÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES (CNAE 2.0). MUNICÍPIO DE
APARECIDA DE GOIÂNIA, ANO 2010. ................................................................................................................ 89
QUADRO 24: SALDO DO EMPREGO FORMAL POR SETOR DE ATIVIDADE......................................................................... 94
QUADRO 25: FLUTUAÇÃO DO EMPREGO FORMAL. .............................................................................................................. 94
QUADRO 26: POBREZA E RENDA. ANOS 1991 E 2000. .......................................................................................................... 95
QUADRO 27: IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (ICMS). ANOS 2010 A 2012. (R$ MIL). 95
QUADRO 28: DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS DO MUNICÍPIO DE APARECIDA DE GOIÂNIA. ANO 2012. .......................... 97
QUADRO 29: INDICADORES DE LONGEVIDADE, MORTALIDADE E FECUNDIDADE. ANOS 1991 E 2000. ....................... 98
QUADRO 30: MATRICULAS NA ESTRUTURA DE ENSINO. APARECIDA DE GOIÂNIA, ANO 2012. .................................... 98
QUADRO 31: PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS REGISTRADAS. MUNICÍPIO DE GOIÂNIA. ANO 2013. ................................... 103
QUADRO 32: CONSUMO E CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA. APARECIDA DE GOIÂNIA. ................................ 105
QUADRO 33: DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES. .............................................................................................. 106
QUADRO 34: EVOLUÇÃO DA EXTENSÃO DA REDE DE ÁGUA E NÚMEROS DE LIGAÇÕES. MUNICÍPIO DE APARECIDA
DE GOIÂNIA. ........................................................................................................................................................ 107
QUADRO 35: EVOLUÇÃO DA EXTENSÃO DA REDE DE ESGOTO E NÚMEROS DE LIGAÇÕES ...................................... 108

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


5
1. INTRODUÇÃO

A disposição inadequada dos resíduos sobre o solo, sem nenhum critério técnico, traz
problemas ao ser humano a ao meio ambiente. Dentre muitos incômodos podemos
destacar: a proliferação de vetores, que são agentes causadores e transmissores de
diversas doenças, como, por exemplo, a dengue; a queima do lixo ao ar livre com a emissão
de poluentes de grande importância; a exalação de fortes odores; a contaminação do solo e
das águas subterrâneas e superficiais, além da presença de catadores de lixo.

Para a solução desse grave problema ambiental, uma técnica adequada, do ponto de vista
sanitário, e aprovado para a disposição de resíduos sólidos urbanos no solo é o aterro
sanitário. Este é a forma de disposição de resíduos sólidos no solo, com padrões aceitáveis
quanto a danos à saúde pública e ao meio ambiente. Por utilizar princípios e técnicas de
engenharia, que servem para confinar os resíduos sólidos na menor área e o menor volume
possível com os menores impactos admissíveis.

Pensando nas condições socioambientais da área a METROPOLITANA SERVIÇOS


AMBIENTAIS – MSA responsável pala implantação da Central de Gerenciamento de
Resíduos (CGR) em Aparecida de Goiânia, busca uma melhoria contínua da disposição dos
Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), onde pretende-se implantar uma solução para o destino
desses resíduos, através de um aterro sanitário.

A unidade de tratamento dos resíduos classe II será implantada na área da CGR, ocupando
uma área de 306.381,00 m2 para instalação do aterro sanitário e dos equipamentos de
controle dos impactos ambientais.

Visando o Licenciamento Ambiental dessa unidade, está sendo apresentado o Plano de


Gestão Ambiental – PGA do aterro sanitário para os resíduos classe II, no qual está
fundamentado essencialmente em critérios de engenharia sanitária e normas específicas
operacionais (NBR 8419/1996 e 13896/1997) que poderão minimizar os impactos
ambientais causados pela disposição inadequada dos resíduos. Os benefícios sociais e os
ganhos ambientais na preservação do meio ambiente conduzirão a uma melhoria na
qualidade de vida de toda população da área de implantação do empreendimento.

Este documento constitui-se em um Plano com diagnósticos socioambientais e ações de


preservação e controle ambiental, solicitado pela SEMARH, que contém informações
necessárias a analise do licenciamento ambiental pleiteado.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


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2. IDENTIFICAÇÃO

2.1. EMPREENDEDOR

Nome/Razão Social: Metropolitana Serviços Ambientais Ltda - MSA.

Escritório: Avenida E, nº 742, Edifício JK, Salas 708/709– Setor Jardim Goiás - Goiânia - Goiás
- CEP 74.810-030.

CPF/CNPJ: 07.296.795/0001-76

Fone: (062) 3594-3556 / 3241-4974 / 8260-5432

Contato: Pedro Sérgio de Andrade

E-mail: pedroandrade1696@hotmail.com / Marcelo.garcia@metropolitana.eco.br

2.2. EMPREENDIMENTO

Local do Empreendimento: Avenida Geralda Amaro Gouveia, Setor Vale do Sol - Polo
Municipal de Reciclagem – Aparecida de Goiânia - Goiás

CEP: 74.925-060

2.3. EMPRESA RESPONSÁVEL PELO PGA

DBO ENGENHARIA LTDA

CNPJ Nº 00.273.888/0001-36

Rua 25 nº 190, Jardim Goiás - CEP 74.805-280 - Goiânia-GO.

Telefone / FAX: (62)3281-6655

E-MAIL: nelson@dboengenharia.com.br

Contato: Nelson Siqueira Júnior

2.4. ÓRGÃO AMBIENTAL LICENCIADOR

Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos - SEMARH

Endereço: 11ª Avenida – nº 1272 - Setor Universitário – CEP 74.605-060 - Goiânia-GO

Fone: (62) 3265-1300

Home Page: www.agenciaambiental.go.gov.br

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


7
2.5. EQUIPE TÉCNICA

CONSULTOR FORMAÇÃO CONSELHO

Nelson Siqueira Neto Engenheiro Ambiental CREA 14325/D

Ataualpa Nasciutti Veloso Engenheiro Civil CREA 2933/D


Tecnólogo em Saneamento
Renato Pedrosa CREA 5301/D
Ambiental
Itamar Luiz M. Sachetto Geólogo CREA 2304 /D

Ricardo Araújo Prudente Pires Biólogo CRBio 62520/4D


Tecnóloga em Saneamento
Patrícia Silva Gomes CREA 18265/D
Ambiental
Edilene Leite Norato Bióloga CRBio 80136/4D

Lucélia Feliciano Bonatelli Silva Tecnóloga em Saneamento Ambiental CREA 19.554/D

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


8
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

3.1. LOCALIZAÇÃO E ACESSO DO EMPREENDIMENTO

A área destinada à implantação da unidade de tratamento de resíduos classe II está


localizada dentro da área da CGR, na região nordeste, próxima a área do aterro sanitário
municipal de Aparecida de Goiânia. O local de implantação da CGR está localizada em um
ponto de fácil acesso com limites entre o Distrito Agroindustrial de Aparecida de Goiânia -
DAIAG e o Complexo Prisional (CEPAIGO). (Figuras 01 e 02).

Figura 01: Localização da CGR

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


9
685000 690000 695000 700000

49°20'W 49°10'W
BR.3

16°30'S
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Goiânia

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8150000

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Goiânia
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8145000

8145000
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Aparecida de Goiânia


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8140000

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0 1.250 2.500 km
Bela Vista de Goiás

Localização do Aterro Brasil


685000 690000 695000 700000

µ
Título:
MAPA DE LOCALIZAÇÃO E ACESSO

Hidrografia PGA
LEGENDA

Estrada de Acesso 1.500 750 0 1.500 m


Escala:
Malha Viária
Fonte: IBGE, SIC-GO, AGETOP, DBO Engenharia Ltda. Município/UF: Aparecida de Goiânia/GO
CGR Sistema de Coordenadas Geográficas UTM Zona 22
South America Datum 1969 Data: 14/07/2013
Figura: 02
Elaboração do Mapa: Murilo Raphael Dias Cardoso
3.2. OBJETIVO

A Metropolitana Serviços Ambientais Ltda – MSA tem como objetivo dotar a região
metropolitana de Goiânia de um eficiente e moderno sistema de tratamento de resíduos
sólidos urbanos e industriais, integrando nas diversas formas de processamento, medidas
de conservação e de controle ambiental em conjunto com uma bem planejada organização
produtiva.

O objetivo básico deste trabalho é apresentar como foi planejado e como será implantado o
aterro sanitário de resíduos sólidos classe II, sua proposta de construção e operação da
unidade de tratamento, assim como as medidas mitigadoras, controle e otimização
ambiental dos impactos decorrentes a instalação do empreendimento.

3.3. JUSTIFICATIVA DA ÁREA

Do ponto de vista ambiental: área tem características antrópicas acentuadas. No passado,


o uso predominante era atividade de pastagem para pecuária. Com o tempo à área foi
passando por um processo de transformação e valoração das glebas, então pretendidas
para parcelamento de solo urbano.

As características ambientais da área como: relevo (suave e ondulado), declividade do


terreno (entre 3 e 6%) flora (vegetação secundaria e antropizadas) e fauna sinantropa,
foram consideradas adequadas para a implantação do empreendimento.

Do ponto de Vista urbanístico: o empreendimento encontra-se intimamente ligado à malha


urbana do município de Aparecida de Goiânia; em áreas definidas como de expansão
urbana e interligadas as áreas industriais do município. A nova concepção dada à área pelo
empreendimento, frente a diversos aspectos a ele relacionados, tem por premissa
proporcionar ao local um uso e ocupação bem mais nobre que evidenciado atualmente.
Vários são os fatores que justificam a instalação do empreendimento, dentre eles podemos
citar:

 Área definida pelo poder público municipal como sendo de expansão urbana;

 Área definida por lei como polo de reciclagem;

 Aptidão e função social da propriedade;

 Relação custo e beneficio favorável;

 Pré-existência de vias de circulação e interligação;

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


11
 Área próxima à malha viária e urbana;

 Distância adequada dos recursos hídricos;

 Facilidade de acesso;

 Boa relação entre o centro produtor de massa (resíduos sólidos urbanos – polo de
reciclagem) e o aterro sanitário municipal;

 Boa oferta de serviços e mão de obra necessária a instalação e operação do


empreendimento;

 Inexistência de outras áreas no município e mesmo na região;

 Atendimento aos anseios de desenvolvimento regional do município de Aparecida de


Goiânia.

Esta área escolhida para a implantação da CGR e suas unidades de tratamento responde
as exigências, tanto por parte das leis municipais de ocupação e uso do solo, segundo as
diretrizes do município de Aparecida de Goiânia, como as leis estaduais e federais, sendo
considerada favorável à construção e operação das atividades previstas, no qual deverá
adotar técnicas de engenharia ambiental para atenuar os impactos gerados.

3.4. MEMORIAL DE CARACTERIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

O Aterro sanitário é um processo de disposição final de resíduos sólidos no solo, segundo


critérios de engenharia e normas operacionais específicas, permitindo um confinamento
seguro e evitando riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

Conforme a NBR 8419, aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos:

Uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem


causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os
impactos ambientais. Este método utiliza princípios de engenharia para
confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor
volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão
de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menor, se for necessário
(1984).

Neste caso o local destinado à instalação de um aterro sanitário deve ser realizado de
forma criteriosa de modo a preservar os recursos naturais peculiares a cada região,
como as diferenças climáticas, hidrológicas, geológicas, sociais, econômicas a fim de
estabelecer um conjunto de critérios para seleção do local adequado.

Em virtude as condições ambientais da área escolhida à instalação da unidade de


tratamento de resíduo sólido classe II (aterro sanitário) ocorrerá na própria CGR na região

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


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leste do empreendimento. Esta área foi escolhida com objetivo de proteger os recursos
hídricos e facilitar o tratamento do percolado junto a ETE Santo Antônio. O principal objetivo
do aterro é dispor dos resíduos sólidos no solo de forma segura e controlada, preservando
assim o meio ambiente, higiene e consequentemente a saúde pública.

A área destinada à implantação do Aterro Classe II possui uma extensão de 306.381,00 m²,
inseridos dentro da área total do empreendimento com o seguinte quadro de áreas (Anexo
01 – Layout Geral).

UNIDADES ÁREA (M²)


Área total do Terreno 937.439,08
Área destinada à disposição dos resíduos sólidos Urbanos – Classe II 306.381,00
Área de Edificações (administração, laboratório, oficina, refeitório, etc.) 1.296,32
Área do sistema de controle de poluição 1.200,00

As principais características do Aterro Classe II da CGR, conforme apresentado no Projeto


Básico Executivo são:

 Capacidade de recebimento de resíduos: 1.200 t/dia;

 Vida útil: 17 anos;

 Está previsto a escavação em oito (8) etapas e quinze (15) camadas de


verticalização com volume de corte de 874.362 m³;

 Os Efluentes líquidos oriundos da decomposição da matéria orgânica (percolados)


serão coletados pelo sistema de drenagem, cuja vazão será encaminhada para duas
lagoas de acumulação com capacidade de 520 m³. A partir destas lagoas, o
percolado será encaminhado para tratamento na ETE Santo Antônio (SANEAGO), à
jusante do Empreendimento.

3.4.1. Informações sobre os Resíduos a serem Dispostos no Aterro Sanitário

 Resíduos Classe II

Os resíduos Classe II (não perigosos) são aqueles em que em um extrato lixiviado, não
libera qualquer substância tóxica, não possuem, em sua massa, concentrações de
compostos ou substâncias que conferem toxidade ao meio ambiente. Além disso, nenhum
de seus constituintes solubilizados devem possuir concentrações superiores aos padrões de
potabilidade da água, exceto nos aspectos de turbidez, dureza e sabor.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


13
- Classe II A

Os resíduos classe II A (não perigosos e não inertes) são aqueles que não se
enquadram nas classificações de resíduos Classe I (perigosos) ou Resíduos Classe IIB
(não perigosos e inertes), de acordo com a NBR1004/04.

Os resíduos classificados com Classe II A são os provenientes dos serviços de coleta


domiciliares e comerciais regular dos municípios, dos serviços de conservação de
logradouros públicos de limpeza e varrição.

Os resíduos dessa categoria serão encaminhados ao Aterro Sanitário de Resíduos


Sólidos.

- Classe II B

Os resíduos Classe II B (inertes) são os provenientes do descarte da construção civil


tais como, entulhos, pedras, alvenarias, concreto etc. Estes resíduos não serão
admitidos no Aterro Sanitário aqui proposto.

3.4.2. Horário de Funcionamento do Aterro

O Aterro Sanitário funcionará 24 horas por dia, durante os 7 (sete) dias da semana.

3.4.3. Resíduos Sólidos Admitidos no Aterro

O Aterro Sanitário proposto estará disponível para receber resíduos sólidos Classe II,
conforme descrito anteriormente.

Com uma capacidade de recebimento de 1.200 t/dia, o Aterro Sanitário deverá receber
resíduos gerados nos municípios próximos a Aparecida de Goiânia, trazendo benefícios a
toda população da região.

Com o início de operação do Aterro deverá ser adotado um adequado procedimento de


controle de entrada de resíduos, tendo em vista a possibilidade de recebimento apenas de
resíduos Classe II.

Inicialmente, com a chegada do caminhão ao Aterro deverá ser realizada a pesagem da


carga em balança rodoviária a ser instalada próxima a guarita. A procedência dos resíduos
deverá ser verificada, sendo registradas informações como identificação do veículo, placa,
motorista e horário. Na saída, após o descarregamento, os caminhões também serão
pesados para a obtenção do quantitativo de resíduos depositados.
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
14
Após inspeção visual dos resíduos, caso haja suspeitas de que o material é incompatível
com o permitido no Aterro, o material poderá ser submetido à avaliação mais criteriosa e até
ser rejeitado, caso se concretize a incompatibilidade.

3.4.4. Caracterização Geral da Implantação do Aterro

A obra de implantação do aterro começará com as atividades de limpeza do terreno e


posterior serviços de terraplanagem. Com base nos resultados da sondagem, foi constatado
um decepamento de solo com aproximadamente 6 m de profundidade, que poderá ser
utilizada na compactação da base e ser também usada nas camadas de cobertura diária
das células de resíduos (argila, argila arenosa, argila siltosa e silte arenoso), no qual ficará
estocado nos bota-espera.

O material encontrado também permite cortes, em taludes naturais, com altura de até 5,00
m, com inclinação de 1,0(V): 1,5(H) com previsões de cortes e volumes em 874.362 m³ de solo
escavado, que será estocado em bota – espera para posterior reutilização (cobertura das
células de resíduos). .

Adaptando-se às características topográficas do terreno, que apresenta declividades entre 3


e 6% , classificado como suave ondulado, sentido S-N e com às condições encontradas na
área, optou-se pela implantação de um aterro sanitário utilizando o Método das Áreas,
seguido pela verticalização. O levantamento topográfico da área pode ser visto na Planta
2/11. A concepção geométrica espacial do Aterro foi definida buscando-se uma melhor
forma de ocupação do espaço físico, além de uma maior economicidade, sem comprometer
a qualidade ambiental.

Devido às condições topográficas do local serão necessários alguns serviços de


terraplenagem, pelos seguintes motivos:

 A disposição de resíduos, sem a realização de corte no terreno natural, não permitirá


uma satisfatória estabilidade do maciço, havendo riscos de escorregamento da
massa de resíduos;

 A colocação de materiais sintéticos de impermeabilização, nas condições


topográficas naturais do terreno, não permitiria a instalação e fixação adequadas dos
mesmos, comprometendo a sua integridade e a perda da função impermeabilizante;

 Sem a prévia realização de serviços de terraplenagem haveria uma redução na


capacidade de recebimento de resíduos a serem aterrados;

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


15
 Sem a realização de cortes a terra necessária à cobertura das camadas de resíduos
seria exclusivamente de jazidas externas o que poderia, inclusive, inviabilizar o
empreendimento;

 As obras de terraplenagem para implantação do Aterro Sanitário de Resíduos


Sólidos deverão gerar um volume de corte de 874.362 m³ de solo, em toda a área do
aterro;

 O projeto prevê a escavação em 8 etapas, no entanto, esta escavação será gradual,


ou seja, inicialmente somente parte da área, onde será depositada a 1ª camada será
escavada e impermeabilizada e assim sucessivamente;

 A 2ª camada será implantada sobre a 1ª camada e assim sucessivamente, até a 15ª


camada, que corresponderá à cota 807 m. (Figura 03).

 A escavação deverá prosseguir em função do desenvolvimento do maciço, a fim de


garantir espaço para o avanço superficial de cada frente de disposição e ainda
garantir necessidade de solo para cobertura. Desta forma, também será diminuída as
chances de danos ambientais à superfície de solo exposta.

 O aterro será iniciado na porção nordeste da área através da execução de corte de


55.062 m³ e execução de um platô acompanhando a declividade do terreno, onde
será desenvolvida a 1ª camada de resíduos com 4 m de altura;

 Na formação das camadas de células de resíduos, será observada, como condição


para assegurar uma estabilidade do maciço, a inclinação do talude final de
disposição, que devera obedecer a relação de 1(V):2(H). Durante a operação da
frente de trabalho, os taludes terão inclinação de 1(V):3(H). A densidade final dos
resíduos domiciliares aterrados e compactados não deverá ser inferior a 1,00 t/m3.

Portanto, o projeto de terraplenagem (escavações) e verticalização das camadas foi


desenvolvido com base nas declividades do terreno natural. Assim, a área destinada à
disposição dos resíduos sólidos terá área de 32 ha.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


16
3.4.4.1. SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Após a execução das operações de corte do terreno natural, para a realização da


impermeabilização, inicialmente será feita a regularização da base a partir da retirada de 40
cm de material e posterior reaterro (1ª camada), compactado em camadas (PN 95%). O
espalhamento deverá ser realizado com motoniveladora e compactação com rolo pé de
carneiro. Para a regularização da superfície desta camada haverá o espalhamento de solo e
compactação com rolo liso.

Sobre a 1ª camada será colocada um Geocomposto Bentonítico (GB) ou GCL (Geosynthetic


Clay Liners), 35 Kg/ m² (2ª camada) e após esta camada será instalada, ainda, manta de
PEAD 2 mm (3ª camada). Para a instalação da manta deve - se garantir que a superfície
esteja limpa e sem detritos. Figura 04.

Figura 04: Detalhe da Fixação da Manta

Por último será realizada camada de solo de 50 cm (4ª camada), compactada (por rolo pé-
de-carneiro, com vibração), PN 98%. A compactação deverá ser executada em etapas até
se atingir a espessura desejada. Ela é necessária para que seja assegurada a integridade
da manta. Pelo mesmo motivo a compactação da primeira camada de solo sobre a manta
deve se realizada com rolo liso. Sobre esta última camada, deverão ser instalados os drenos
de percolado conforme descrito no próximo item.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


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3.4.4.2. SISTEMA DE DRENAGEM E REMOÇÃO DE PERCOLADO

Para coletar a decomposição dos resíduos de natureza domiciliar, será implantado um sistema
de drenagem no qual irá coletar e conduzir o líquido percolado, reduzindo assim as
pressões deste sobre o maciço e, também, minimizando o potencial de migração para o
subsolo.

A concepção mais comumente utilizada para o sistema de dreno horizontal de percolados


na base do aterro é a de configuração tipo “Espinha de Peixe”. Os drenos “Espinha de
Peixe” são constituídos por coletores principais e secundários que se interligam. Eles serão
do tipo “dreno chapéu”, que são caracterizados por serem implantados acima da cota do
terreno, sem a execução de escavação o que possibilita uma maior distância do lençol
freático e, consequentemente, uma menor possibilidade de contaminação do mesmo. Estes
drenos deverão ser realizados sobre a camada de argila impermeabilizante com a utilização
de rachão, brita e tubo PEAD de 150 mm, perfurado, e deverão ter declividade mínima de
0,5%, para o caso dos coletores secundários. No caso dos coletores principais, os mesmos
assumirão a própria declividade do terreno. Figura 05.

Figura 05: Dreno Tipo chapéu sobre impermeabilização da base

Os drenos “espinha de peixe” (coletor principal) serão ainda interligados à um outro dreno
tipo “colchão drenante” que circundará a base do aterro (cota mais baixa) direcionando o
percolado para os Tanques de Acumulação. Este dreno será constituído de rachão, brita e
tubo PEAD de 200 mm, perfurado. Interligados a este “colchão drenante” serão construídos
poços de inspeção, para uma eventual manutenção, em tubo de concreto de 1,00 m.

O mesmo esquema de drenagem utilizada na base do aterro será utilizada nas demais
camadas a serem implantadas que serão também interligadas aos drenos de gases. Os
drenos entre camadas deverão ter seção de 0,6 x 0,6m, conforme Figura 06.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


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Serão executados ainda drenos tipo colchão drenante sob as bermas Figura 07de cada
camada, que deverão acompanhar toda a parte frontal do alteamento que terá por objetivo
recolher líquidos percolados que, eventualmente, não foram recolhidos por outros sistemas
de drenagem e podendo brotar nos taludes externos. O projeto prevê, ainda, um outro
dreno que acompanhará a inclinação do talude e interligará o “dreno de camada” ao “dreno
sob berma”. (Figura 07) Este dreno buscará aumentar o desempenho da captação dos
líquidos no interior da massa de resíduos.

Na estimativa de vazão, a área de abrangência de cada camada foi considerada como área
de contribuição para a geração de líquidos e percolados. Desta forma, considera que a
extensão superficial contribuinte para a geração de percolado é sempre a camada onde se
está trabalhando, ou seja, que permanece aberta. Admite-se desta forma, que as demais
camadas não estejam contribuindo significativamente para a geração do percolado.

Figura 06: Dreno das Bermas

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


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Figura 07: Cochão drenante do poço de visita

3.4.4.3. SISTEMA DE DRENAGEM DE GASES

A formação de gases no interior dos maciços dos aterros sanitários ocorre, principalmente,
devido ao processo de decomposição da matéria orgânica em meio praticamente anaeróbico.

Os gases resultantes deste processo apresentam composições variáveis conforme os


materiais encontrados nos resíduos sólidos, mas quase sempre predominam o metano e o
dióxido de carbono, com mais de 90% em massa. Destes gases, o que representa maior
preocupação devido às suas propriedades combustíveis é o gás metano, que se não
aproveitado, deve ser queimado para não atingir a atmosfera.

Como o processo de biodigestão da matéria orgânica ocorre com temperaturas entre 40 e


60° C, os gases resultantes saem aquecidos e tendem a subir para o topo do maciço. Logo,
os dispositivos recomendados constituem-se de drenos verticais construídos, desde a base
até o topo, interligados aos drenos horizontais em todas as camadas.

Os drenos verticais de gases apresentam padrão uniformizado pelos órgãos ambientais,


tanto quanto à concepção e execução, quanto às suas dimensões (Figura 08). O sistema de
drenagem de gases proposto será caracterizado por drenos verticais distribuídos na massa
de resíduos, espaçados cerca de 50 m, aproximadamente, um do outro. Os drenos serão
instalados desde a base do aterro e, e sobre base de concreto e sendo constituídas por tubo
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
21
perfurado de PEAD 150 mm, envolto por uma tela de diâmetro de 1,00 m preenchida de
rachão e/ou brita n°4.

Os drenos deverão ser prolongados à medida que as camadas vão sendo alteadas, como
se atravessassem o maciço, e deverão ser interligados ao sistema de drenagem de
percolados, assumindo também a função de dreno de percolado além da função de
direcionamento do gás para fora do maciço. Na saída dos drenos de gases serão instalados
dispositivos de queima (flare) para os gases coletados, evitando que eles atinjam a
atmosfera. Figura 09.

A fim de se diminuir o Efeito Estufa provocado pela emissão e queima dos gases na
atmosfera poderá ser utilizado sistema de Queima Centralizada e Controlada do biogás. A
operação deste sistema, caso seja de interesse do empreendedor implantá-lo, deverá
acontecer apenas quando o volume de gás se tornar representativo, ou seja, após algum
tempo de operação do Aterro.

Figura 08: Dreno de Gás interligado ao sistema de drenagem de percolados

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


22
Figura 09: Poços para drenagem de Biogás

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3.4.4.4. SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUA PLUVIAL

O sistema de drenagem de água pluvial tem a finalidade de interceptar e desviar do maciço as


águas pluviais, durante a operação e depois de encerrada a vida útil do Aterro, evitando o
aumento do volume do líquido percolado, além de processos erosivos no maciço. Neste
caso será dotado dispositivos de caráter provisório (alterado conforme o avanço da frente de
trabalho ou desenvolvimento de camadas) e permanentes (implantação em uma parte já
concluída do aterro).

Com o objetivo de evitar erosões nos postos de deságue das águas pluviais serão
implantadas, no fim dos elementos de drenagem, caixas de retenção de sólidos e dissipação
de energia. Os dispositivos de drenagem assim como os acabamentos das bermas e
taludes estão detalhados nas Figuras 10 e 11. Os elementos de drenagem serão
constituídos por:

 Valas de drenagem a montante das escavações onde terão que captar as águas
resultantes de precipitações pluviométricas nas regiões de montante das escavações
realizadas para a construção da área de disposição. Estas valas deverão possuir baixas
declividades, para que não favoreça o surgimento de processos erosivos. As águas
recolhidas serão direcionadas para elementos de sedimentação e, posteriormente, para
áreas naturais de drenagem.

 Valas de drenagem nos platôs acabados (superfície do maciço) para evitar que as
águas escoem livremente, com objetivo de evitar o surgimento de processos erosivos
sobre o aterro, podendo, inclusive, causar a desestabilização do maciço.

Deverá ser realizado um pequeno dique de solo, que funcionará com uma pequena
barreira, e canaletas com baixa declividade. Esta canaleta deverá passar por
manutenção periódica para a retirada de sedimentos. As águas recolhidas serão
direcionadas para elementos de sedimentação e, posteriormente, para áreas naturais
de drenagem.

 Canaletas de proteção de bermas e taludes: estes dispositivos serão destinados ao


recolhimento de águas pluviais precipitadas nas bermas (superfície entre uma camada
e outra) e nos taludes das camadas de resíduos já acabadas. Serão constituídas por
elementos de concreto (meia-cana), colocados no pé dos taludes. As águas recolhidas
serão direcionadas para elementos de sedimentação e, posteriormente, para áreas
naturais de drenagem da gleba.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


24
 Dispositivos de descida: estes dispositivos conduzirão o fluxo captado pelas canaletas
de bermas e taludes até o pé do primeiro talude. As descidas serão constituídas por
calhas escavadas na própria cobertura dos taludes e revestidas em gabião. O ponto de
lançamento final dos dispositivos ocorrerá em caixa de dissipação de energia e
sedimentação também em estrutura de gabião. A locação destes dispositivos estão
apresentados nas Figuras 10 e 11.

O dimensionamento da rede de drenagem depende, principalmente, da vazão a ser


drenada. Em se tratado de bacias de pequena área de contribuição (geralmente inferior a 50
hectares), pode ser utilizado o método racional, expresso pela equação:
Q = C. i. A
Sendo;

Q = Vazão a ser drenada na seção considerada (m3/s);

C = Coeficiente de escoamento superficial;

A = Área da bacia de contribuição (m2);

i = Intensidade da chuva crítica (m/s).

Todos os dispositivos de drenagem pluvial, previstos no projeto do aterro sanitário, como


canaletas, caixas de passagem e descidas d’água devem ser mantidos desobstruídos para
impedir a entrada de água no maciço do aterro, evitando a contaminação ou o aumento de
volume de água junto ao percolado.

As águas superficiais (chuva) coletadas dentro do aterro serão drenadas diretamente para
as drenagens existentes na área como sarjetas, canaletas ou caixas de retenção de água e
posteriormente infiltradas no solo, a fim de evitar qualquer formação de processos erosivos.

O período que exigirá maior frequência de inspeção (monitoramento) no sistema de


drenagem pluvial coincidirá com as épocas de intensa pluviosidade, onde toda a área
deverá ser monitorada visualmente.

3.4.4.5. SISTEMA DE TRATAMENTO DO PERCOLADO

O Aterro Sanitário proposto não terá sistema de tratamento de percolados. O líquido

Os efluentes líquidos percolados deverão ser coletados pelo sistema de drenagem, conforme
apresentado no item anterior, cuja vazão será encaminhada para duas lagoas de acumulação,
impermeabilizadas com manta de PEAD 2 mm, com capacidade de 520,00 m³, cada ( Anexo
02 – Lagoa de Percolado). A partir destas lagoas, o percolado será encaminhado para
tratamento na ETE Santo Antônio (Anexo 03 – Anuência da SANEAGO), localizada logo a
jusante do empreendimento.
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
25
Figura 10: Acabamento dos taludes e patamares

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


26
Figura 11: Detalhe das descidas de água pluvial

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


27
3.4.5. Sistema de Cobertura dos Resíduos

Após o espalhamento e compactação do lixo em forma de rampa no final de cada jornada


de trabalho, esse camada de lixo deverá receber cobertura de solo com aproximadamente
20 cm de espessura, espalhada em movimentos de baixo para cima. Assim evita-se a
presença de vetores e que o lixo se espalhe.

O material utilizado para cobertura das células será advindo do bota-espera (material
estocado da escavação do aterro).

Uma vez esgotada a capacidade do aterro procede-se a cobertura final com 60cm de
espessura (sobre as superfícies que ficarão expostas permanentemente –bermas e taludes
definitivos). Após recobrimento, deve-se plantar a grama nos taludes definitivos e platôs,
que servirá como proteção contra erosão.

3.4.6. Vida Útil do Aterro

O volume de resíduos sólidos a ser disposto na área do novo Aterro Sanitário Metropolitana,
incluindo material de cobertura, poderá ser de, 8.648.184,00 m³, o que implica numa vida útil
de aproximadamente 17 anos, conforme apresentado no Projeto Executivo.

3.4.7. Lagoa de Acumulação

Para avaliar qual será a produção total do percolado e necessário à elaboração do balaço
hídrico, no qual foi realizado o cálculo estimado da vazão do percolado, conforme
apresentado no Projeto básico Executivo do Aterro.

Quadro 01: Cálculo de Vazão


Etapa de Implantação Área de contribuição (m²) Vazão Média (L/s) Volume Médio Diário (m³)
1ª etapa 23.130,03 0,9638 84,27
2ª etapa 48.279,31 2,0116 173,81
3ª etapa 51.681,02 2,1534 186,05
4ª etapa 60.670,70 2,5279 218,41
5ª etapa 43.234,44 1,8114 155,64
6ª etapa 45.655,52 1,9023 164,36
7ª etapa 23.276,48 0,9699 83,80
8ª etapa 4.953,51 0,2064 17,83

Obs: Considera- se que a maior vazão prevista é de 2,5279 l/s ou 219 m³ por dia.

Considerando uma produção de percolado de 219 m³ por dia, serão construídas duas
lagoas em serie, com capacidade de acumular aproximadamente 520 m³, o que
corresponde a uma acumulação de mais de 2 dias, em um período crítico de chuvas.

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28
As lagoas projetadas serão apenas cumulativas, tendo em vista que o percolado produzido
será encaminhado e tratado na ETE Santo Antônio, vizinha a CGR Metropolitana.

3.4.8. Estruturas de Apoio

O aterro sanitário de resíduos classe II contará com toda estrutura de apoio operacional da
CGR, compostas pelos seguintes itens:

 Administração / Guarita;
 Balança;
 Refeitório;
 Oficina Mecânica;
 Laboratório de inspeção de Resíduos;

A área destinada à implantação das Estruturas de Apoio do empreendimento possui uma


extensão de 1.296,32 m², inseridos dentro da área total do empreendimento. A seguir uma
breve descrição da função de cada unidade de apoio dentro da Central de Gerenciamento
de Resíduos - CGR:

Estrutura Descrição das Atividades


 Recepção e o controle dos caminhões transportadores de resíduos e de
Administração/Guarita todos os demais veículos que chegarem ao aterro;
 Administrativa do empreendimento.
Balança  Controle da quantidade de resíduos recebidos.
Refeitório  Para uso dos funcionários da CGR.
 Pequenos consertos de veículos e máquinas utilizados na operação da
Oficina Mecânica
CGR.
 Procedimentos de identificação e caracterização, quando necessário, para
Laboratório de Inspeção de então ser realizado o encaminhamento dos resíduos ao aterro Classe II,
Resíduos Classe I ou para a Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos de
Serviços de Saúde (RSSS).

A área destinada à Administração/Guarita foi objeto de Dispensa de Licenciamento junto ao


órgão (Processo SEMARH nº 10812/2012) para sua instalação e já se encontra com as
obras iniciadas.

3.4.9. Lista de Equipamentos


Quantidade Equipamento
3 Trator de Esteira
1 Retroescavadeira
1 Pá Carregadeira
2 Escavadeiras Hidráulicas
1 Motoniveladora
4 Caminhão Basculante
1 Caminhão Pipa

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29
3.4.10. Mão de Obra

Local/Atividade Nº de Turnos
Administração 14 08h às 12h 12h às 18h -
Almoxarifado 02 08h às 12h 12h às 18h -
Balança 03 08h às 16h 16h às 24h 24h às 8h
Vigilância 06 08h às 16h 16h às 24h 24h às 8h
Portaria 03 08h às 16h 16h às 24h 24h às 8h
Jardinagem 03 08h às 12h 12h às 18h -
Topografia 03 08h às 12h 12h às 18h -
Laboratório 03 08h às 16h 16h às 24h 24h às 8h
Oficina 04 08h às 12h 12h às 18h -
Operadores de 10 08h às 16h 16h às 24h 24h às 8h
Engenheiro 01 08h às 12h 12h às 18h -
Auxiliar de Serviços 03 08h às 16h 16h às 24h 24h às 8h
Total 55 24 h/dia

3.4.11. Fonte de Abastecimento

Para a implantação e operação das atividades do Aterro não haverá necessidade de uso
dos recursos hídricos diretamente no sistema. A água a ser utilizada, basicamente pelos
operadores e para limpeza, será proveniente de um poço tubular profundo, o qual está
sendo licenciado junto a Superintendência de Recursos Hídricos da SEMARH. (Anexo 04 –
Portaria de Outorga).

Em relação ao consumo, incluindo todos os setores envolvidos, o empreendimento contará


com uma média de 55 funcionários, os quais estima-se um consumo diário de 100 litros/dia
por funcionário, resultando num consumo total diário de 5.500 l/dia ou 5,5 m³/dia de água na
CGR.

3.4.12. Esgoto Doméstico/Sanitário

Os efluentes domésticos e Sanitários serão direcionados, conforme sistema de coleta a ser


implantado no empreendimento, para a Estação de Tratamento de Esgotos Santo Antônio,
mediante autorização já concedida pelo Serviço de Saneamento de Goiás – SANEAGO.

A contribuição de efluente doméstico do empreendimento será bem próxima ao volume


captado para consumo, sendo utilizada a fórmula:

Qdmédia = Pop x q x R m³/dia

Onde: 1000

Qdmédia: Vazão média de esgoto;

Pop: População atendida;

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30
q: quota per capta de água;

R: Coeficiente de retorno (0,8) – Relação do volume de esgoto recebido e o volume captado


para consumo.

A partir desta fórmula, temos uma contribuição estimada de efluente doméstico do


empreendimento de 5,28 m³/mês.

3.4.13. Águas Pluviais

O sistema de drenagem de águas pluviais, conforme apresentado no Projeto Executivo e


PBA, será dotado de dispositivos de caráter provisório (alterado conforme o avanço da
frente de trabalho ou desenvolvimento de camadas) e permanentes (implantação em uma
parte já concluída do aterro).

Com o objetivo de evitar erosões nos postos de deságue das águas pluviais serão
implantadas, no fim dos elementos de drenagem, caixas de retenção de sólidos e dissipação
de energia.

Os elementos de drenagem serão constituídos por:

 Valas de drenagem a montante das escavações;

 Valas de drenagem nos platôs acabados (superfície do maciço);

 Implantação de pequeno dique de solo, que funcionará com uma pequena barreira, e
canaletas com baixa declividade;

 Instalação de canaletas de proteção de bermas e taludes

 Instalação de dispositivos de descida com disparadores de energia.

O ponto de lançamento final dos dispositivos ocorrerá em caixa de dissipação de energia e


sedimentação também em estrutura de gabião. O dimensionamento da rede de drenagem
depende, principalmente, da vazão a ser drenada, em se tratado de bacias de pequena área
de contribuição (geralmente inferior a 50 hectares), pode ser utilizado o método racional,
expresso pela equação:

Q = C. i. A

Sendo:

Q = Vazão a ser drenada na seção considerada (m3/s);


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31
C = Coeficiente de escoamento superficial;

A = Área da bacia de contribuição (m2);

i = Intensidade da chuva crítica (m/s).

As águas superficiais (chuva) coletadas dentro do aterro serão drenadas diretamente para
as drenagens existentes na área como sarjetas, canaletas ou caixas de retenção de água e
posteriormente infiltradas no solo, a fim de evitar qualquer formação de processos erosivos.

3.4.14. Resíduos Sólidos

Durante a fase de implantação serão gerados entulhos da construção civil provenientes do


canteiro obras, como: madeiras, agregados, cimento, papelão e demais materiais.

Todos estes resíduos deveram ter destinação adequada, sendo realizada por empresa
especializada em coleta de resíduos sólidos da construção civil que ficará responsável pela
destinação adequada.

Já os resíduos gerados no empreendimento, que na sua maioria são de origem doméstica,


provenientes da área de vivência, sanitários, alimentação, compostos principalmente de
papéis, plásticos, garrafas PETs, papelões, matéria orgânica, os mesmos serão
acondicionados para cada tipo de resíduo demandará coletores com cores, conforme a
Resolução CONAMA nº 275/01. Esses resíduos serão armazenados no empreendimento
serão encaminhados para tratamento na própria CGR.

3.4.15. Poluição do Ar

A alteração na qualidade do ar no que se refere à implantação e operação de aterros


decorre do eventual aumento do fluxo de veículos na área, e a produção de gazes oriundos
da decomposição da matéria orgânica.

A maior concentração de gases e material particulado estará associada à movimentação de


solo (decapeamento, terraplenagem e abertura de células), considerando a desagregação
do material superficial. Tais atividades, quando aliada ao período de estiagem, o estado de
deficiência hídrica do solo e o aumento na velocidade dos ventos, a desagregação mecânica
tende a agravar com o aumento na concentração da poeira fugitiva. Portanto são
considerados impactos locais e de baixa magnitude.

Outra preocupação prevista, no que tange a qualidade do ar, é com relação aos gases que
se forma no maciço, decorrentes da decomposição da matéria orgânica. O projeto prevê a
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32
instalação de drenos horizontais e verticais para a condução dos gases para queimadores
tipo flare, conforme já foi demostrado.

Admite-se, contudo, que tais impactos tendam a serem atenuados pelas seguintes razões:

(a) Baixa velocidade dos ventos;


(b) Baixa densidade de ocupação nas áreas localizadas na trajetória dos principais
domínios dos ventos;
(c) Redução de poluentes atmosféricos através de umectação das vias;
(d) Expectativas de adoção de medidas de contenção pelo empreendedor.

3.4.16. Ruídos e Vibrações

As emissões de ruídos e vibrações na área do empreendimento decorrerão principalmente


das atividades com equipamentos dotados de motores como máquinas, caminhões, entre
outros. Estes ruídos se restringem à área interna do empreendimento. Por prevenção os
funcionários deverão ser orientados ao uso obrigatório de equipamentos de proteção
individual (EPIs) adequados para este tipo de atividade.

3.5. OPERAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

Os procedimentos de operação do aterro sanitário, embora simples, devem ser


sistematizados para que sua eficiência seja maximizada, assegurando seu funcionamento
como destinação final sanitária e ambientalmente adequada dos resíduos sólidos urbanos
gerados no município, ao longo de toda a sua vida útil.

Tais procedimentos devem ser registrados em relatórios diários, relatórios mensais de


consolidação de dados, formulários e planilhas apropriadas, além de plantas de operação do
aterro efetivamente executadas. Esses elementos devem ser adequadamente numerados,
catalogados e arquivados, de modo a propiciar a avaliação periódica do empreendimento,
assim como o desenvolvimento de estudos e pesquisas referentes ao desempenho das
instalações que o compõem.

Com o início de operação do Aterro deverá ser adotado um adequado procedimento de


controle de entrada de resíduos, tendo em vista a possibilidade de recebimento apenas de
resíduos Classe II A na unidade. Portanto a seguir apresentamos a seguinte rotina
operacional do aterro sanitário de resíduo classe II da CGR:

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33
 Recepção dos Resíduos: i) receber os caminhões previamente cadastrados; ii)
identificar os transportadores; iii) registrar e verificar a procedência do resíduo; iv)
pesar e registrar os resíduos;

Na balança será realizado o controle dos resíduos encaminhado a CGR, avaliando sua
origem, quantidade e qualidade, além disso os dados deverão ser preenchidos corretamente
no formulário para pesagem diária dos veículos.

 Autorizar a entrada do resíduo: avaliar o tipo de resíduo junto ao laboratório para


posterior acesso a Unidade de Tratamento;

 Disposição dos resíduos: serão dispostos nas células os resíduos coletados. O


caminhão deve depositar o lixo na frente de serviço mediante a presença do fiscal,
para controle.

No inicio da operação do aterro, a disposição se processa sobre o fundo da célula


que deve estar preparada e impermeabilizada; deve se tomar cuidado para não
danificar a impermeabilização da célula durante a operação.

 Espalhamento e compactação do lixo: o lixo deverá ser espalhado em rampa, numa


proporção de 1 na vertical para 3 na horizontal (1: 3). O trator de esteira deve
compactar o lixo com movimentos repetitivos de baixo para cima de 3 a 5 vezes,
conforme a Figura 12;

 Monitoramento do maciço: i) avaliar eventuais abatimentos no maciço através de


estudos geotécnicos; ii) verificar a formação de processos erosivos e danos no
sistema de drenagem superficial; iii) não deixar acumular detritos nos dispositivos de
drenagem. São necessárias inspeções mensais em todos os platôs, taludes e
mermas, pois são pontos de acúmulo de água na superfície do aterro;

 Monitoramento do sistema de drenagem de gases: i) verificar se a queima está


acontecendo; ii) caso seja necessário substituir os drenos quando apresentarem
propalemos técnicos;

 Monitoramento das águas superficiais e subterrâneas: coleta de amostras em pontos


a jusante e montante do empreendimento;

 Monitoramento do sistema de drenagem superficial: i) verificação do estado das


tubulações, canaletas e caixas de decantação; ii) avaliação do escoamento das
drenagens; iii) verificação do estado dos pré-tratamento das caixas separadoras de
água e óleo; iv) avalição e inspeção periódicas nos taludes e bermas ;
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34
 Monitoramento da vazão do percolado através de calha Parshall de 3”;

 Manutenção do sistema viário interno ao aterro, paisagismo e cerca de isolamento do


aterro. No perímetro externo da área devem ser fixadas placas de advertência
proibindo a entrada de pessoas estranhas.

Figura 12: Procedimentos Operacionais do Aterro

Contudo, para a instalação e operação de um aterro sanitário destaca algumas medidas


indispensáveis, tais como:

 Proteger as águas subterrâneas e superficiais de possíveis contaminações oriundas


do aterro;

 Dispor, acumular e compactar diariamente o lixo na forma de células, trabalhando


com técnicas corretas para possibilitar o tráfego imediato de caminhões coletores,
equipamentos e para reduzir recalques futuros no local;
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35
 Recobrir diariamente o lixo com uma camada de terra de 20 cm para impedir a
procriação de insetos e animais indesejáveis ou, ainda, de outros vetores como a
entrada de catadores a procura de materiais e alimentos;

 Controlar os gases e líquidos provenientes do aterro;

 Acessos internos e externos em boas condições, mesmo em tempos de chuva;

 Isolar e tornar indevassável o aterro e evitar incômodos à vizinhança.

A Figura 13 ilustrativa como deve ser a estrutura correta de um aterro sanitário

Figura 13: Estrutura do Aterro Sanitário


Fonte: Governo do Estado da Bahia – Manual de Operação de Aterro Sanitário

3.5.1. Fluxograma de Operação do Aterro

A seguir, na Figura 14 é apresentado o fluxograma de operação do aterro.

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36
Coleta do Resíduo

Portaria

Laboratório
(se necessário)

Controle Atmosférico

Balança

Queima

Deposição do Resíduo

Dreno de Gases

Compactação

Cobertura
Dreno de Percolado

Medidor de Vazão

Lagoa de Percolado

ETE Stº. Antônio


(SANEAGO)

Figura 14: Fluxograma de operação do Aterro

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37
4. RELAÇÃO COM OS ATRIBUTOS AMBIENTAIS DO ENTORNO

A instalação da unidade do aterro sanitário - classe II será dentro da CGR, a área de


intervenção a ser considerada é definida pela superfície territorial a ser ocupada por ela,
incluindo as áreas de estruturas e obras complementares.

Com base no alcance dos possíveis impactos diretos ao meio físico, meio biótico e antrópico
a área de influência do aterro foi definida em função dos reflexos socioambientais e
econômicos do empreendimento, considerando as distâncias mínimas previstas em Leis,
conforme Anexo 05 - Mapa do Entorno do Empreendimento.

4.1. COBERTURA VEGETAL

Na área de implantação do aterro sanitário - classe II existem poucas espécies arbóreas,


sendo pequenos arbustos esparsos e vegetação rasteira invasora. A vegetação existente
na área da CGR será parcialmente mantida, sendo realizada apenas supressão vegetal
nas áreas de implantação das unidades, além disso, toda a vegetação existente na área
da CGR será enriquecida através de um projeto de recuperação.

Ressalta-se que na área em questão, encontram-se alguns fragmentos que representam a


fitofisionomia do Bioma Cerrado. Nota-se uma forte pressão antrópica nestes fragmentos,
pois os mesmos estão descaracterizados floristicamente e com efeito de borda (presença
de lianas e cipós nas bordas), o que o torna muito frágil do ponto de visto ecológico. Na
área, foram encontradas as seguintes fitofisionomias: floresta estacional semidecidual em
regeneração e mata de galeria junto as nascentes.

As interversões ocorridas serão através da retirada da vegetação esparsa existentes nas


áreas de implantação das unidades, assim como a limpeza do terreno nas áreas com
vegetação rastreira como as espécies de lobeira - Solanum lycocarpum e capim brachiária
(Brachiaria decumbens). Toda a supressão vegetal deverá ser licenciada, no qual deverão
ocorrer em conformidade as leis ambientais (Código Florestal Federal e Estadual) assim
como as diretrizes da licença de supressão da vegetação.

4.2. FAUNA

Em função das ações antrópicas ocorridas no local, à mesma não apresenta boas condições
de suporte para a fauna silvestre, esta foi bastante simplificada e migrou para ambientes

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38
mais propícios para a sua sobrevivência. Percebe-se, ainda no local, em pequenos grupos
faunísticos a existências de insetos, répteis, aves e outros tipicamente de ambientes
antrópicos. A implantação da CGR não irá interferir diretamente a fauna da região, uma vez
que os grupos faunísticos existentes na área se caracterizaram em espécies já adaptadas a
ambientes antropizados.

Aterros sanitários apresentam-se favoráveis à proliferação de vetores, na medida em que os


materiais orgânicos ficam expostos às ações da natureza. É de se esperar que grupos
zoológicos gravitem em torno da área de um aterro sanitário, já que muitos deles revelam
uma característica importante, a de coabitarem áreas em que a presença do homem
determina modificações nas relações ecológicas, o que pode se configurar tipicamente em
um ambiente de aterro.

Por se tratar de um aterro sanitário, para qual estão previstos programas de monitoramento
de controle ambiental e monitoramento da fauna, o local não será foco de atração ou de
proliferação desses animais.

4.3. NÚCLEOS URBANOS

A área de implantação da CGR se caracteriza como um local de expansão industrial e


comercial não havendo interferências diretas e significativas com os núcleos urbanos ou
comunidades próximas, visto que é uma área, pouco adensada. O aterro da prefeitura já
opera no local há alguns anos e os loteamentos com alguma ocupação estão distantes. O
DAIAG, o sistema prisional, o aterro municipal, a ETE Santo Antônio são equipamentos que
inibem a ocupação residencial da região, o que reduz significantemente a ocupação e o
adensamento populacional na região.

4.4. USO DOS RECURSOS HÍDRICOS

A implantação de aterros sanitários pode provocar algumas interferências sobre a qualidade


ambiental dos recursos hídricos no que diz respeito ao chorume, escoamento da água da
chuva e formação de processos erosivos com assoreamentos aos corpos d’água. Essas
interferências ocorrem quando não existe um planejamento adequado das atividades de
operação do aterro ou pela falta de monitoramento junto aos sistemas de controle ambiental,
situação típica em lixões.

Nas proximidades da área de implantação da unidade de resíduos classe II da CGR existem


os córregos Barreiro e da Lagoa, assim como alguns contribuintes, ambos afluentes (pela

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39
margem direita) do córrego Santo Antônio que, por sua vez, pertence à bacia do rio Meia
Ponte.

O local escolhido para a construção da CGR está em conformidade com as leis ambientais
tais como Lei Estadual 17.684 de 2012, que exige uma distância de 200 metros de
afastamento ao corpo receptor, além disso, o empreendimento apresenta um sistema de
controle ambiental para o percolado, sistema de drenagem superficial das águas pluviais e
monitoramento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas.

Para o tratamento dos resíduos urbanos não haverá necessidade de uso dos recursos
hídricos diretamente no sistema, a água a ser utilizada, basicamente pelos operadores e
para limpeza, será proveniente de um poço tubular profundo, devidamente outorgado junto a
Superintendência de Recursos Hídricos da Semarh.

4.5. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

A área do entorno da CGR enquadra-se na classificação de zona de expansão urbana de


acordo com as Leis Municipais de Aparecida de Goiânia (nº 2.250/2002, que dispõe sobre o
parcelamento do uso do solo e nº 2.249/200, que dispõe sobre as delimitações do perímetro
urbano), em benefício, à área possui uma ocupação homogênea caracterizada por
fazendas, chácaras, indústrias, pedreiras loteamentos industriais e comerciais, com
densidade baixa em relação aos aglomerados urbanos (bairros residenciais). Anexo 06 –
Mapa do Uso do Solo

Em virtude destas características a instalação da CGR, bem como o aterro classe II não irá
causar alterações no uso do solo local.

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40
5. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

5.1. MEIO FÍSICO

5.1.1. Caracterização Topográfica e geotécnica

A topografia do terreno é suave ondulada tendo uma superfície pouco movimentada, com
declividades entre 3 e 6% no sentido S–N. Não se registra, nas proximidades do aterro,
presença de movimentos de massa de maior porte, como deslizamentos ou
escorregamentos, nem tampouco áreas inundáveis.

5.1.2. Solos e Geotecnia

Os solos classificados como Latossolos apresentam a maior abrangência, cerca de 52% das
terras, do Estado de Goiás. Em razão da presença de argilas, do tipo caulinita, cujas
partículas são revestidas por óxido de ferro os solos apresentam-se com cor avermelhada,
facilmente identificável.

Os latossolos são pobres em nutrientes vegetais, devido às condições de agentes como


vento, água, fogo, etc, que ocorrem na superfície provocando alterações físicas e químicas
nas rochas. Pela classificação de solos (EMBRAPA, 1999) os latossolos estão subdivididos
em quatro subordens, entre eles o Latossolo Vermelho – Amarelo e o Latossolo Vermelho,
ambos presentes na área de estudo.

Os Cambissolos, também presentes na área de estudo ocorrem sobre litologias do Grupo


Araxá, principalmente micaxistos e quartzitos. Na maioria são cascalhentos, e pedregosas,
de pequena espessura e correspondem a relevo que varia de suave a forte ondulado.

A área da CGR situa-se sobre relevo suave ondulado, onde predominam Latossolos
Vermelho-Amarelos, Cambissolos e Latossolos Vermelho-Escuros com textura argilosa.
Trata-se de solos profundos, segundo dados secundários confirmados localmente pelos
resultados de sondagens geotécnicas.

Nas partes mais altas da paisagem, em relevo plano rampeado, ocorrem os Latossolos
Vermelho-Amarelos distróficos. Trata-se de solos de textura argilosa e cascalhentos. Nas
encostas de relevo ondulado são encontrados Cambissolos distróficos, com argila de
atividade baixa, cascalhentos e muito pedregosos.

Já os Latossolos Vermelho-Escuros distróficos têm horizonte A moderado, textura argilosa,


endocascalhentos e endopedregosos. As propriedades naturais destes solos, aliadas ao
fator relevo, conferem-lhes moderada predisposição natural à instalação de processos
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
41
erosivos. Nos fundos de vale, na planície aluvial dos córregos Santo Antônio e Barreiro,
ocorrem neossolos flúvicos, também suscetíveis à instalação de processos erosivos.

Os Latossolos, e secundariamente os Cambissolos, apresentam boas condições de


fornecimento de material de cobertura. Segundo Tocha Santos & Briz (in Zuquette &
Gandolfi, 1987), provêem material de textura argilosa, que apresenta excelentes
características de selamento, minimizando a circulação de água no aterro.

Na sondagem geotécnica, foram realizados 38 furos de reconhecimento. No processo, foi


obtida a posição do lençol freático e índices de ensaios de resistência do terreno natural
(golpes de SPT/30 cm). As sondagens foram realizadas em pontos estrategicamente
distribuídos. Também foram realizados nove ensaios de infiltração in situ, nos mesmos
locais de sondagem, conforme a NBR 7229, com a finalidade de se conhecer a
permeabilidade do terreno.

O nível freático detectado situou-se entre 5,75 m e 6,68 m, conforme relatório da Master
Solo Engenharia Ltda.

Considerando a permeabilidade do solo – capacidade de permitir a passagem de um fluido


qualquer pelos vazios ou interstícios, e cujos coeficientes são tão menores quanto menores
os vazios no solo – os resultados dos testes realizados indicaram um coeficiente de
permeabilidade médio de 5,05 x 10-5 cm/seg. Este coeficiente se classifica como fraco a
moderado, de acordo com as classes de permeabilidade propostas por IAEG (in FILHO,
1994).

Segundo CUNHA & PARZANESE (in BITAR, 1995), tendo em vista os critérios do meio
físico utilizados na classificação de áreas para disposição de resíduos sólidos urbanos e os
resultados obtidos, descritos abaixo, a área é classificada como adequada e passível de ser
utilizada pelo empreendimento proposto.

- Distância de fontes de abastecimento de água ou recurso hídrico maior de 200 m;

- Localização fora de áreas de inundação e depressão natural;

- Profundidade do lençol freático maior que 3 m;

- Permeabilidade do terreno natural de 5,05 x 10-5 cm/seg;

- Declividade entre 3% e 6%;

- Solos de consistência média e compacidade média a alta.

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42
5.1.3. Característica Climatológica

A dinâmica atmosférica regional se caracteriza pela conjugação dos fluxos intertropicais e


extratropicais. Os fluxos intertropicais são comandados pela massa Tropical atlântica (mTa),
massa Equatorial continental (mEc) ou alta da Bolívia, originada na região noroeste da
Amazônia e massa Tropical continental (mTc), que se desenvolve na região do Chaco. O
fluxo extratropical está representado exclusivamente pela massa Polar atlântica (mPa).

Nos meses de verão, a mTa, responsável pelos alísios de sudeste, se mantém ativa sobre o
atlântico sul, na latitude do sudeste brasileiro. A sua convergência com os alísios de
nordeste responde pela concentração da umidade na região equatorial (Zona de
Convergência Intertropical). Após a ciclagem da água ao longo da faixa equatorial, a massa
sofre deflexão determinada pela orogenia andina, sendo dinamizada como mEc que se
expande, de noroeste, em direção à região central do Brasil. É atraída pela depressão
Térmica do Chaco, surgindo a massa Tropical continental (mTc). O confronto entre a
umidade proveniente da mEc com a mPa, origina a Zona de Convergência do Atlântico Sul
(ZCAS), responsável pelas maiores intensidades pluviométricas nos meses de novembro a
março.

No inverno, ao contrário, ao se deslocar para menores latitudes e sobre o continente, a mTa,


as precipitações ficam restritas à região litorânea nordestina (chuvas do tipo Mediterrâneo) e
faixa equatorial setentrional. Na região central, a subsidência exercida pela mTa gera
estabilidade atmosférica, impedindo o ingresso do fluxo polar, respondendo por período
prolongado de seca. Em tais condições prevalece acentuado aquecimento diurno e
resfriamento noturno, associado à redução da umidade do ar. Enquanto isso, a mPa assume
destaque na seção meridional do Brasil, promovendo chuvas frontais e redução drástica da
temperatura. Seu deslocamento às menores latitudes é barrado pelo sistema de alta
pressão da mTa. Na área os elevados índices são explicados pelas ZCAS, responsáveis por
mais de 70% do total de chuvas, enquanto o período de estiagem é determinado pela
subsidência exercida pela mTa.

5.1.3.1. PARÂMETROS METEOROLÓGICOS

A disponibilidade de dados climatológicos para Goiânia se restringia às Normais


Climatológicas (1961/1990). A atualização de dados só era possível mediante solicitação ao
INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), implicando demora por questões burocráticas.

Em função de reivindicações recorrentes dos usuários, o INMET disponibilizou o acesso


online aos parâmetros meteorológicos, os quais, a partir de então, somados aos dados
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43
pluviométricos oferecidos pela ANA (Agência Nacional de Águas), contribuirá para um
melhor diagnóstico das condições climáticas da região metropolitana de Goiânia.

No caso da CGR, dada a sua localização geográfica, a estação climatológica utilizada como
referência foi a de Goiânia. Com vistas à atualização dos dados, as Normais Climatológicas
(1961/1990) foram complementadas com os parâmetros da série histórica de 1991/2012.

Observa-se, contudo, que na base disponibilizada pelo INMET (1991/2012), alguns


parâmetros foram acrescidos em relação aos oferecidos pelas Normais Climatológicas,
como a velocidade média e máxima dos ventos, direção dos ventos, número de dias de
chuva, evapotranspiração potencial e evapotranspiração real. Outros foram subtraídos
(temperaturas máximas e mínimas absolutas, precipitação máxima em 24 horas e
insolação), implicando na análise comparativa entre os referidos períodos.

 Vento

Dada à inexistência de estação climatológica ou anemométrica no município de Aparecida


de Goiânia, foram utilizados dados disponíveis para o município de Goiânia, considerando a
proximidade do empreendimento.

Com base na série anemométrica do INMET (1999/2012), existem duas direções


predominantes de ventos em Goiânia uma de Norte-nordeste (NNE) que assume destaque
nos meses de janeiro, fevereiro, maio e dezembro, e outra proveniente do quadrante Norte
(N) nos demais meses. Considerando a posição da estação climatológica do INMET em
Goiânia, admite-se que tais incidências encontram-se prejudicadas pela própria
concentração de edificações no entorno do observatório, o que reflete nos resultados.

Com base nos dados da estação da FAB (1996/2007), localizada no Aeroporto Santa
Genoveva, em Goiânia (Quadro 02), constata-se uma maior proximidade em relação aos
domínios estimados para a região: (a) domínio dos ventos de norte (N), norte-noroeste
(NNW), oeste-noroeste (WNW) e oeste (W) nos meses de novembro a março, associado às
ingressões da massa Equatorial continental (instabilidades de noroeste provenientes da
Amazônia), e (b) domínio dos ventos de leste (E), leste-nordeste (ENE), leste-sudeste
(ESSE) e sul-sudeste (SSE) nos meses de abril a setembro, relacionados à supremacia da
massa Tropical atlântica do hemisfério sul. Enquanto a massa Equatorial continental
responde pela transferência de umidade para a região central do Brasil, com precipitações
resultantes principalmente do confronto com a massa Polar atlântica (Zona de Convergência
do Atlântico Sul), a massa Tropical atlântica determina a subsidência atmosférica e
prolongado período de estiagem. As eventuais precipitações no inverno estão associadas às
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44
ingressões espasmódicas da massa Polar atlântica em eventuais refluxos da massa Tropical
atlântica na região.

Quadro 02: Direção Predominante dos Ventos em Goiânia (%/mês)


Mês N NNE ENE E ESE SSE S SSW WSW W WNW NNW
Janeiro 14,1 9,5 6,2 6,1 3,2 3,8 2,9 6,2 7,4 11,8 13,6 15,2
Fevereiro 10,6 8,6 5,6 6,7 4,9 4,4 4,3 7,9 10 12,3 12,9 11,8
Março 12,8 7,8 5,9 6,7 6,9 6,7 6,3 5,2 7,9 9,8 10,8 13,2
Abril 7,8 10,3 9,2 10,8 12,6 12,4 10,2 7,4 4,6 4,5 5,2 5
Maio 4,9 8,2 6,2 6,5 11,7 14,6 14,8 10,9 7 7,1 4,2 3,9
Junho 7,1 6,5 7,9 8,6 12,1 12,8 13,5 7,6 7,8 5,4 5,8 4,9
Julho 3,8 6,8 12,8 12,5 11,6 11,2 12,4 10,4 7,4 5,3 3,1 2,7
Agosto 2,8 6,4 14,2 16,4 11,4 11,6 11,8 10,2 6,4 4,2 2,4 2,2
Setembro 5,2 7,9 10,9 10,8 10,7 8,8 9,5 10,5 8,2 7,4 5,8 4,3
Outubro 8,6 9,4 9,6 6,6 6,7 7,1 8,5 9,4 11,9 7,1 6,7 8,4
Novembro 12,3 11,8 5,9 5,2 4.4 5,6 5,4 7,9 9,3 9,6 13,2 13,8
Dezembro 13,2 7,4 5,2 4,3 3,1 2,7 3,2 5,2 11,1 13,7 15,1 15,8

Fonte: FAB (1996/2007). Nota: em azul, frequência acima de 10% no mês. Fundo azulado, domínio da massa
Equatorial continental; fundo avermelhado, domínio na massa Tropical atlântica; fundo esverdeado, domínio da
massa Polar atlântica.

 Clima

A soma da evaporação total anual (evaporímetro de Piche) no período de 1991/2012 foi de


1.869,2 mm, enquanto nas Normais Climatológicas de 1961/1990 foi de 1.576,6 mm.
Portanto, registrou-se um aumento de 19% na média anual, com valores em torno de 10%
nos meses de março, junho e julho, e superior a 20% nos meses secos, de agosto,
setembro e outubro. O ritmo evaporimétrico anual foi mantido, com valores mais baixos nos
meses chuvosos, entre novembro e março, soma mensal pouco acima dos 100 mm, e os
mais elevados nos meses secos, superando os 200 mm nos meses de agosto e setembro
(Quadro 03).

Quadro 03: Relação Meses X dia de chuva


Meses Dias de Chuva
Janeiro 21,6
Fevereiro 19,2
Março 19,9
Abril 11,4
Maio 2,6
Junho 1,3
Julho 0,7
Agosto 1,3
Setembro 7,2
Outubro 14,1
Novembro 18,5
Dezembro 21,8
Ano 138,7

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45
O total pluviométrico anual no período de 1991/2012 ficou acima do total relativo às Normais
Climatológicas de 1961/1990 em 5%: 1.651 mm e 1.575,9 mm, respectivamente. As
precipitações mais elevadas continuam ocorrendo entre os meses de novembro e março,
com valores acima de 200 mm, e os menores índices entre os meses de junho e agosto,
com índices inferiores ou próximos a 10 mm. Na comparação entre os períodos
considerados (1991/2012 e 1961/1990), as maiores variações ocorreram nos meses de
março, acima de 30%, e julho, inferior a 81% (Figura 15).

Figura 15: Precipitação média mensal em Goiânia


FONTE: INMET (1991/2012).

Com relação ao número de dias de chuva, a soma anual no período de 1991/2012 foi de
138,7 dias, com destaque para os meses de novembro a março, com aproximadamente 20
dias de chuva, contrastando com os meses de maio a agosto, com menos de 3 dias de
chuva (Quadro 04).

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Quadro 04: Evaporação Total em Goiânia (mm)
Mês 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Média

Janeiro 94,6 74,2 144,2 79,5 109,1 126,5 95,9 116,5 179,3 90,1 125,4 101,7 92,4 85,6 98,9 125,9 99,4 105,4 119,1 126,5 103,6 101,9 108,9

Fevereiro 90,0 84,9 71,3 102,5 81,2 117,4 135,5 98,1 154,7 89,2 113,7 84,1 114,3 72,3 119,5 95,2 81,4 101,1 108,2 134,8 99,4 147,6 104,4

Março 87,0 115,6 134,8 82,3 99,9 116,8 108,5 132,5 124,5 98,9 110,0 137,5 115,3 107,0 89,0 91,6 166,0 71,1 97,7 107,0 79,9 162,8 110,7

Abril 101,0 96,3 129,6 120,7 92,8 130,0 132,2 153,0 188,7 135,3 139,7 170,1 128,4 111,5 144,9 116,7 143,0 102,0 103,6 151,8 141,6 149,1 131,0

Maio 145,3 130,2 146,4 128,0 114,4 138,3 138,0 149,5 183,9 174,3 141,4 163,1 168,1 121,6 144,6 150,9 154,6 140,1 129,1 156,0 165,6 170,6 147,9

Junho 158,2 164,5 135,0 136,9 137,9 170,0 118,1 213,8 189,1 168,3 144,8 179,8 183,9 151,7 146,6 170,5 168,4 155,4 131,9 162,3 157,3 173,5 159,9

Julho 190,7 172,0 176,1 160,7 192,7 208,7 165,9 269,6 211,0 184,3 179,8 192,1 218,8 183,0 197,2 182,9 186,7 101,4 193,2 223,3 197,3 233,0 191,8

Agosto 234,1 201,3 181,4 231,8 254,5 266,9 256,5 337,5 254,4 250,9 237,5 261,0 242,5 261,3 250,5 230,9 286,0 239,3 226,4 252,5 267,9 309,8 251,6

Setembro 216,5 120,8 164,8 275,0 259,2 213,5 209,7 307,7 226,7 166,6 203,7 209,4 240,2 327,4 235,2 214,5 326,9 251,7 166,2 300,0 376,3 316,2 242,2

Outubro 160,4 115,1 145,7 208,4 192,6 159,9 218,8 204,6 193,4 229,0 138,4 274,9 196,1 196,5 193,9 102,0 245,4 218,2 130,2 162,1 165,4 314,0 189,3

Novembro 119,8 95,1 135,3 137,4 123,6 128,2 151,0 115,9 136,4 90,3 90,9 136,1 131,6 151,8 99,3 127,2 153,2 129,2 114,1 99,4 165,4 123,9 125,2

Dezembro 111,8 90,4 85,8 91,3 106,9 112,0 123,9 115,7 115,1 88,6 94,7 111,7 158,9 110,7 73,2 97,5 122,3 104,7 95,4 98,6 120,7 106,2

Ano 142,5 121,7 137,5 146,2 147,1 157,4 154,5 184,5 179,8 147,2 143,3 168,5 165,9 156,7 149,4 142,2 177,8 143,3 134,6 164,5 170,0 200,2 1869,2
Fonte: INMET (1991/2012).

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A pressão atmosférica média anual no período de 1991/2012 foi de 906,6 hPa, portanto, um
pouco inferior às Normais Climatológicas de 1961/1990. As maiores pressões ocorreram nos
meses secos, entre junho e agosto, com valores acima de 930 hPa, associados à ação do
Centro Anticiclonal do Atlântico Sul, enquanto os menores nos meses de novembro,
dezembro, fevereiro, março e maio, com valores inferiores a 890 hPa, registrando as
maiores variações entre as séries confrontadas (Quadro 05).

A temperatura média das máximas apresentou pequena redução entre os períodos de


1991/2012 e 1961/1990, passando de 29,2 ºC para 30,3 º C. Também as elevações foram
incipientes nos meses de março, junho e novembro (29,4ºC; 29,9ºC; 29,5ºC) Já a
temperatura média anual apresentou uma elevação no período de 1991/2012 em relação às
normais de 1961/1990, da ordem de 6%. Essa elevação foi registrada em todos os meses
do ano, com as maiores variações no período seco, entre os meses de junho e setembro
(Figura 16). A temperatura média das mínimas, no período de 1992/2012, manteve quase
que o mesmo padrão das Normais Climatológicas de 1961/1990, porém, com ligeiro
acréscimo em todos os meses do ano. Os menores valores continuam ocorrendo nos meses
de junho e julho e os maiores entre os meses de outubro e março. A variação na média
anual entre os referidos períodos foi de 5%, com acréscimos superiores a 10% nos meses
mais frios.

Figura 16: Temeperatura Média

A umidade relativa média do ar no período de 1991/2012 foi de 61,2%, enquanto nas


Normais Climatológicas de 1961/1990 foi de 66,0%. Portanto, a série atual apresentou uma
redução da umidade do ar em 7%, evidenciada entre os meses de novembro e julho. O mês
de julho apresentou a maior diferença, com redução de 22% (Quadro 06).

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Quadro 05: Pressão Atmosférica (hPa)
Mês 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Média
Janeiro 925,5 923,9 927,0 924,6 925,8 923,9 923,7 924,5 923,6 923,9 929,5 928,0 929,7 927,5 928,2 929,9 929,1 928,5 929,2 929,5 927,7 929,4 926,9
Fevereiro 926,6 926,7 926,3 925,6 926,0 924,4 925,2 925,4 92,4 925,7 928,5 929,3 93,1 929,7 928,5 928,9 929,1 929,4 929,0 929,0 928,9 929,5 851,7
Março 925,6 927,2 926,8 925,3 924,6 924,6 923,7 925,3 923,7 925,0 929,2 929,7 930,3 929,5 929,6 929,3 930,1 929,6 928,7 92,9 928,4 929,9 889,5
Abril 927,2 926,5 926,5 926,9 925,2 925,0 926,2 925,4 926,9 926,7 930,6 929,6 931,2 930,6 930,8 929,6 930,7 928,7 930,3 930,6 930,2 930,0 928,4
Maio 928,6 927,1 92,8 927,8 926,8 927,1 928,3 927,7 928,2 928,8 930,9 931,0 932,4 932,4 932,0 932,4 931,9 933,0 93,2 931,0 931,5 932,1 854,0
Junho 929,8 929,7 929,6 929,2 928,7 929,1 927,0 929,4 928,2 931,9 933,2 934,2 933,0 934,6 933,2 933,7 933,4 933,1 933,0 933,7 932,8 932,9 931,5
Julho 931,0 930,9 929,3 930,0 928,3 929,4 930,0 928,6 930,1 931,6 932,5 933,4 934,5 933,4 934,0 933,7 933,0 933,0 932,7 933,4 932,5 933,1 931,7
Agosto 931,3 929,8 928,6 929,0 927,4 927,5 929,1 926,9 929,8 931,0 934,1 932,8 933,1 933,5 932,7 932,0 932,7 931,2 932,0 932,9 931,8 934,0 931,1
Setembro 927,8 927,5 926,2 927,1 927,4 926,1 925,0 926,1 926,0 929,7 930,2 931,3 931,8 931,0 931,7 931,2 931,7 930,7 931,0 930,2 931,7 931,9 929,2
Outubro 926,8 926,5 926,4 925,2 924,2 924,5 923,9 925,1 925,9 929,1 929,7 928,8 930,0 929,0 929,3 929,2 928,9 930,0 928,7 928,7 928,9 929,3 927,6
Novembro 925,0 925,0 924,7 924,7 924,0 92,3 924,3 923,3 924,0 927,0 928,0 929,6 928,9 928,9 928,0 928,4 927,8 928,2 928,0 927,7 928,0 927,8 888,8
Dezembro 924,9 924,5 924,4 925,2 923,2 92,4 924,7 923,8 924,2 927,4 927,8 929,3 929,2 929,1 928,2 929,0 928,3 927,7 928,8 926,6 928,5 928,6 888,9
Ano 927,5 927,1 857,4 926,7 926,0 787,2 925,9 925,9 856,9 928,2 930,4 930,6 861,4 930,8 930,5 930,6 930,6 930,2 860,4 860,5 930,1 930,7 906,6

Quadro 06: Umidade Relativa do Ar (%)


Mês 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Média
Janeiro 76,0 76,2 78,4 71,1 77,4 68,7 67,2 75,5 70,8 75,9 67,6 77,1 70,4 80,1 68,7 75,0 75,7 74,6 70,4 65,7 71,3 70,8 72,9
Fevereiro 77,4 72,4 65,7 77,6 74,7 73,7 76,4 70,3 72,2 75,5 70,2 68,2 74,2 70,9 77,3 77,6 59,4 76,0 70,7 73,0 79,3 66,6 72,7
Março 72,9 73,4 62,6 65,4 74,3 66,4 71,4 66,5 60,4 65,0 61,7 58,4 67,2 69,8 60,7 68,4 62,4 70,9 70,5 57,9 62,4 67,4 66,2
Abril 60,0 63,0 59,5 60,5 68,1 61,7 63,6 63,0 6,0 57,3 61,7 58,3 57,0 66,2 58,1 55,8 55,5 61,4 63,1 54,0 54,9 61,6 57,7
Maio 54,4 54,2 58,9 58,2 59,7 55,2 65,3 55,6 56,2 54,9 57,2 50,5 50,3 57,0 58,3 51,7 50,2 54,2 59,9 50,0 55,3 59,5 55,8
Junho 47,5 50,2 48,5 50,1 52,8 45,4 53,3 46,3 48,0 52,0 50,4 50,4 46,7 53,4 51,1 48,9 47,9 44,4 48,8 42,8 45,5 49,6 48,8
Julho 40,8 45,3 49,2 38,8 43,4 42,6 42,1 43,0 40,5 44,4 44,1 42,8 43,6 39,5 45,0 43,2 34,5 36,3 46,6 34,3 34,7 38,7 41,5
Agosto 46,9 67,9 57,3 38,7 46,7 50,9 53,6 46,8 49,9 61,0 50,6 50,3 48,3 33,3 51,2 49,6 31,0 41,3 58,0 33,1 33,7 40,9 47,3
Setembro 61,1 70,6 62,1 53,0 61,8 63,6 57,4 62,1 58,9 53,8 65,9 47,6 56,8 59,8 56,2 72,0 47,0 51,3 68,9 59,6 70,1 46,6 59,4
Outubro 68,6 74,3 65,4 68,2 72,0 69,0 68,5 75,3 67,5 76,3 75,9 67,9 71,0 64,3 74,9 67,5 65,0 69,8 70,9 71,9 66,8 72,5 70,2
Novembro 73,1 77,4 76,5 75,9 76,1 7,3 71,6 75,3 73,1 77,9 74,3 73,0 64,3 73,6 75,3 73,3 71,2 73,3 76,5 76,0 77,9 65,5 70,8
Dezembro 8,1 62,9 78,8 73,1 72,2 77,7 73,9 69,0 77,7 68,0 74,2 79,7 80,2 76,6 63,1 75,3 74,1 70,0 69,0 73,5 76,6 70,2
Ano 57,2 65,6 63,6 60,9 64,9 56,9 63,7 62,4 56,8 63,5 62,8 60,4 60,8 62,0 61,7 63,2 56,2 60,3 64,4 57,6 60,7 61,2

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49
Os parâmetros relativos à evapotranspiração potencial e evapotranspiração real passaram a
ser registrados a partir de 2003 (Quadro 07 e 08). As maiores diferenças entre ambas são
observadas nos meses mais secos, entre junho e outubro, com destaque para setembro
quando ultrapassa os 60 mm.

Quadro 07: Evapotranspiração Potencial (mm)


Mês 2003 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Média
Janeiro 119,4 128,2 114,5 131,1 136,9 122,6 104,0 122,4
Fevereiro 116,5 107,7 107,8 98,3 138,1 106,5 109,0 112,0
Março 113,9 132,9 10,5 121,8 123,2 108,8 120,3 104,5
Abril 115,6 118,2 106,8 99,9 113,1 113,1 111,7 111,2
Maio 87,5 85,4 49,1 88,4 94,0 97,3 97,2 89,4 86,0
Junho 81,0 78,1 79,1 78,1 72,4 81,0 75,1 89,1 79,2
Julho 77,3 81,3 91,7 77,4 91,7 98,1 87,3 84,3 86,1
Agosto 102,6 118,7 107,4 113,7 106,2 105,0 118,7 111,2 110,4
Setembro 123,6 149,1 129,2 127,6 147,6 140,3 137,6 136,4
Outubro 119,0 161,9 149,4 125,8 144,6 113,6 158,9 139,0
Novembro 124,4 130,0 123,1 128,6 116,3 114,9 121,7 122,7
Dezembro 127,7 124,8 122,1 116,6 126,2 112,5 143,9 124,8
Ano 115,0 101,7 109,5 119,0 109,2 115,1 111,6

Quadro 08: Evapotranspiração Real (mm)


Mês 2003 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Média
Janeiro 119,4 128,2 114,5 131,1 130,2 122,6 104,0 121,4
Fevereiro 116,5 107,7 107,8 98,3 138,1 106,5 109,0 112,0
Março 113,9 132,9 10,5 121,8 123,2 108,8 120,3 104,5
Abril 115,6 114,8 106,8 99,9 113,1 101,8 111,7 109,1
Maio 87,5 85,4 92,0 88,4 82,2 62,2 37,2 79,7 76,8
Junho 50,0 34,7 51,0 22,2 51,2 32,7 25,5 50,0 39,7
Julho 60,0 101,0 25,2 12,1 72,4 20,1 48,5
Agosto 129,0 106,0 58,8 26,2 47,2 36,1 91,3 70,7
Setembro 84,1 180,0 53,3 73,8 18,8 23,9 59,8 70,5
Outubro 119,0 55,9 109,8 125,8 108,1 113,6 93,8 103,7
Novembro 124,4 130,0 123,1 128,6 116,3 114,9 121,7 122,7
Dezembro 127,7 124,8 122,1 116,6 126,2 112,5 143,9 124,8
Ano 84,9 90,0 85,7 81,3 92,1 86,8
FONTE: INMET (1991/2012). Comparação com a média das Normais Climatológicas (1961/1990).

5.1.4. Qualidade do Ar

Não existem dados de medição da qualidade do ar na região, de acordo com os


levantamentos e observações de campo espera-se que qualidade natural do ar esteja
aletrada, devido densidade de atividades, potencialmente emissoras de poluentes,
especificamente material particulado, no entorno da CGR.

Destacam-se como principais fontes poluidoras o Aterro municipal de Aparecida de Goiânia,


as pedreiras, a usinas de asfalto, uma grande termoelétrica, indústria de reciclagem de
baterias automotivas, indústrias de reciclagens de material da construção civil e vias de
acesso sem asfalto com trânsito muito intenso.

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50
A Central de Gerenciamento de Resíduos implantará em suas área de atuação rigorosos
sistemas de controle das emissões atmosféricas.

5.1.5. Aspectos Geológicos

Regionalmente, ocorrem rochas pertencentes ao Complexo Granulítico Anápolis - Itauçu


(Marini et al., 1984) - Granulitos Ortoderivados - constituídos dominantemente por rochas
vulcânicas de filiação básico-ultrabásica, transformadas em metagrabos e
metapiroxenitos.

5.1.6. Caracterização Geomorfológica

A área em questão está inserida na unidade morfológica denominada de Planalto Embutido


de Goiânia com Superfícies de Formas Convexas, onde o gradiente das vertentes é função
do grau de dissecação e o processo de impermeabilização altera as características dos
processos morfogenéticos (Casseti, 1992).

Os processos morfodinâmicos atuantes são os de intemperismo físico-químico e os ligados


ao escoamento de águas superficiais, sendo que, na estação seca predominam os
processos mecânicos e, na estação chuvosa, os processos químicos e bioquímicos atuam
com maior intensidade.

O escoamento superficial constitui fator de relevada importância na morfodinâmica externa


da região, principalmente no começo da estação chuvosa, quando a cobertura vegetal
rarefeita protege menos os solos e estes, ressecados, têm sua porosidade, permeabilidade
e resistência à erosão reduzida ao mínimo.

5.1.7. Caracterização Pedológica Local

Na área, ocorrem os solos do tipo Latossolo Vermelho, caracterizados por serem solos
com horizontes “A”, “B” e “C” presentes, porém com o horizonte B não muito bem
definidos. Embora possuam alto teor de argila, esta não lhe confere características de
solos pesados em virtude de sua floculação. São na sua maioria, solos pobres em bases
trocáveis, geralmente ácidos devido à presença de óxidos hidratados de alumínio,
distróficos. São solos muito antigos, minerais, argilo-arenosos, estruturados, bem
drenados e que sofreram alto grau de intemperização. Os latossolos são relativamente
resistentes à erosão.

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51
5.1.8. Bacia Hidrográfica

A rede hidrográfica da região onde se insere o empreendimento está localizada no divisor de


águas dos córregos Barreiro e da Lagoa, ambos afluentes (pela margem direita) do córrego
Santo Antônio que, por sua vez, pertence à bacia do Meia Ponte. Em uma extensão regional
essas drenagens são contribuintes da bacia do rio Paranaíba.

5.2. MEIO BIÓTICO

A área de implantação do empreendimento apresenta sinais marcantes de antropização,


desprovida quase que na sua totalidade de remanescentes florestais, nos quais, foram
removidos para propiciar inicialmente a prática de agropecuária e, mais recentemente,
dando lugar à expansão urbana. A perda desta vegetação natural eliminou as espécies
nativas da flora assim como abrigos e fontes de alimentação para a fauna, ocasionando o
afugentamento de várias espécies de animais que antigamente era comum na região.

O diagnóstico foi realizado com visitas “in loco”, a área de implantação da CGR assim como
os ambientes adjacentes como capoeiras e vestígios de floresta estacional semidecidual e
APP dos córregos, além de propriedades rurais circundantes. A análise das características
ambientais, mesmo que realizada de forma rápida, é um instrumento precioso para a
determinação do grau de alteração antrópica existente, bem como a composição florística e
faunística da área estudada.

5.2.1. Flora

5.2.1.1. COBERTURA VEGETAL NA AII

A Área de Influência Indireta (AII) do empreendimento no município de Aparecida de Goiânia


é caracterizada por apresentar algumas das fitofisionomias do bioma Cerrado. Sabe-se que
a vegetação deste bioma apresenta fisionomias que englobam desde formações florestais e
savânicas, até campestres (Sano & Almeida, 1998).

Na AII do empreendimento é possível observar a ocorrência tanto do cerrado “lato sensu”


quanto do cerrado “stricto sensu”. O cerrado “lato sensu” abrange as formações campestre
até os cerradões, incluindo as formações savânicas. Ou seja, representa um tipo de
vegetação savânica, que contém fisionomias que reúnem um gradiente de vegetação, desde
formações abertas de campos que podem ser limpos ou sujos onde estão ausentes os
elementos arbóreos, até uma formação florestal, o Cerradão que há o domínio de árvores.
Já o cerrado “stricto sensu” se refere apenas às formações savânicas do bioma, sendo

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52
então umas das fitofisionomias que integram o conceito de cerrado “lato sensu”, podendo
ser considerado a parte mais característica do bioma Cerrado.

No sentido fisionômico, as formações florestais são aquelas que englobam a vegetação


onde há a predominância de espécies arbóreas e de formação de dossel. Dentre esse tipo
de vegetação existem a Mata Ciliar e a Mata de Galeria, as quais estão sempre associadas
a cursos de água, ocorrendo em terrenos bem ou mal drenados. Além destas, estão a Mata
Seca e o Cerradão, os quais ocorrem em terrenos bem drenados e nos interflúvios de
determinada região (Sano & Almeida, 1998).

Dentre as formações savânicas do Cerrado estão o cerrado stricto sensu ou de sentido


restrito, o Parque de Cerrado, o Palmeiral e a Vereda. Sendo assim, o cerrado “stricto
sensu” é caracterizado por um estrato arbóreo e arbustivo-herbáceo, onde as árvores se
encontram distribuídas aletoriamente e em diferentes densidades sobre a região.

No Parque de Cerrado as árvores se encontram concentradas em locais específicos do


terreno. No caso de Palmeirais, é observada que há uma marcante presença de
determinada espécie de palmeira arbórea e as outras espécies vegetais não tem tanto
destaque, ocorrendo tanto em terrenos bem drenados quanto em terrenos mal drenados. Já
a Vereda é uma região circundada por um estrato vegetal arbustivo-herbáceo onde também
há a predominância de uma única espécie de palmeira (geralmente, a espécie conhecida
popularmente como buriti), porém em menor densidade que em um Palmeiral.

Já as formações campestres do bioma Cerrado são aquelas caracterizadas por três tipos
principais de fitofisionomias, as quais são o Campo Sujo, o Campo Limpo e o Campo Rupestre.

O Campo Sujo é aquela área que possui um estrato exclusivamente herbáceo-arbustivo,


com a predominância de arbustos e subarbustos esparsos. Enquanto que o Campo Limpo é
uma fitofisionomia herbácea, com raros arbusos e ausencia total de árvores. Este é
encontrado em diersas topografias, com diferentes variações de umidade, profundidade e
fertilidade do solo.

Por sua vez, o Campo Rupestre é predominantemente uma fitofisionomia hebácea-


arbustiva, com algumas eventuais arvoretas de até dois metros de altura, ocorrendo
preferencialmente em altitudes superiores a 900 metros, com ventos constantes e com dias
quentes e noites frias.

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53
5.2.1.2. COBERTURA VEGETAL NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO

A fim de caracterizar o extrato arbóreo existente nos limites da área da CGR, foi realizado o
levantamento das espécies arbóreas. A metodologia adotada para identificação dos
indivíduos presentes para definição das fitofisionomias encontradas foi pelo método visual e
comparação das espécies encontradas para cada fitofisionomia correspondente em relação
à sua composição florística específica. Este método tem por objetivo a mensuração dos
indivíduos encontrados, separando-os pelos seus habitats específicos.

Na área do futuro empreendimento, localizado em Aparecida de Goiânia, é possível


encontrar alguns tipos fitofisionômicos representantes do bioma Cerrado. Os tipos
fitofisionômicos encontrados nessa área variam entre as formações florestais do tipo Matas
Ciliares ou de Galeria e Cerrado “stricto sensu”, além de áreas de pastagens e exploração
de cascalho.

Durante os estudos in loco, foram levantadas as informações sobre a cobertura vegetal,


além disso, foram coletadas informações sobre família botânica, gênero e espécies vegetais
encontradas na área do empreendimento, ao qual são descritos abaixo.

 Cerrado “stricto sensu”

O Cerrado sentido restrito caracteriza-se pela presença de árvores baixas, inclinadas,


tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas, e geralmente com evidências de
queimadas. De acordo com a densidade (estrutura) arbóreo-arbustiva, ou do ambiente em
que se encontram, o Cerrado sentido restrito apresenta quatro subtipos que são: Cerrado
denso, Cerrado típico, Cerrado ralo e Cerrado rupestre. Os arbustos e subarbustos
encontram-se espalhados, com algumas espécies apresentando órgãos subterrâneos
perenes (Ribeiro & Walter, 1998). Walter (2006), afirma que a distribuição da flora do
Cerrado revela maior número de espécies nas suas formações savânicas, seguidas pelas
florestais ou campestres.

As principais espécies dos estratos arbóreo e arbustivo de caráter lenhoso do Cerrado


sentido restrito são Acosmium dasycarpum (amargosinho), Annona coriacea (araticum),
Curatella americana (lixeira), Stryphonodendron adstringens (barbatimão), Dimophandra
mollis (faveira), Kielmeyera spp. (pau-santo), Qualea spp. (pau terra), Palicourea rigida
(gritadeira ou douradão), Byrsonima coccolobifolia (murici-rosa), Caryocar brasiliense
(pequi), Hancornia speciosa (mangaba), Erythroxylum suberosum (mercúrio), entre outros
(Ribeiro & Walter, 1998)

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54
Ressalta-se que na área em questão, encontram-se fragmentos que representam esta
fitofisionomia. Nota-se forte pressão antrópica sofrida nestes fragmentos, pois os mesmos
estão descaracterizados, principalmente pela presença de pastagem com brachiaria
(Urochloa decumbens) no sub-bosque, o que o torna muito frágil do ponto de visto
ecológico. Neste tipo de formação vegetacional, foram encontradas as seguintes espécies
representadas na tabela abaixo, entre outras (Quadro 09).

Quadro 09: Espécies da flora observadas na área de Cerrado “stricto sensu”.


Cerrado stricto sensu
Nome científico Família Nome comum
Andira cuyabensis Benth Fabaceae Morcegueiro
Annona coriacea Mart. Annonaceae Araticum
Annona crassiflora Mart. Annonaceae Araticum
Aspidosperma tomentosum Mart. Apocynaceae Peroba Branca
Astronium fraxinifolium Schott Anacardiaceae Gonçalo Alves
Astronium graveolens Jacq. Anacardiaceae Guaritá
Astronium urundeuva (Allemão) Engl Anacardiaceae Aroeira
Bowdichia virgilioides Kunth Fabaceae Sucupira preta
Buchenavia tomentosa Eichl. Combretaceae Mirindiba
Buchenavia tomentosa Eichler. Combretaceae Mirindiba
Byrsonima Coccolobifolia (Kunth) Malpighiaceae Murici
Byrsonima verbascifolia (L.) Rich. Malpighiaceae Murici
Caryocar brasiliensis Cambess. Caryocaraceae Pequi
Copaifera langsdorffii Desf Fabaceae Óleo
Copaifera langsdorffii Desf. Fabaceae Óleo
Curatella americana L. Dilleniaceae Lixeira
Dimorphandra mollis Benth Fabaceae Faveiro
Dipteryx alata Vog. Fabaceae Baru
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Fabaceae Tamboril
Erythroxylum sp Erythroxylaceae Mercurinho
Eugênia dysenterica DC. Myrtaceae Cagaita
Handroanthus avellanedae (Lorentz ex. Griseb) Bignoniaceae Ipê rosa
Hymenaea stigonocarpa Mart. Fabaceae Jatobá do cerrado
Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc. Clusiaceae Pau-santo
Machaerium aculeatum Raddi Fabaceae Jacarandá bico de pato
Palicourea rigida H.B.K. Rubiaceae Bate caixa
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J. F. Macbr. Leguminosae - Mimosoideae Angico
Plathymenia Reticulata Benth. Fabaceae Vinhático
Pterodon emarginatus Vogel. Leguminosae-Papilionoideae Sucupira branca
Qualea grandiflora Mart. Vochysiaceae Pau terra folha larga
Qualea multiflora Mart. Vochysiaceae Pau terra
Qualea parviflora Mart. Vochysiaceae Pau terra
Roupala montana Aubl. Proteaceae Carne de vaca
Salvertia convallariodora A. St. Hill Vochysiaceae Colher de vaqueiro
Solanum lycocarpum St. Hill Solanaceae Lobeira
Stryphnodendron adstringens Mart. Fabaceae Barbatimão
Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook. F. ex S.
Bignoniaceae Ipê caraiba
Moore
Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. Bignoniaceae Ipê amarelo
Terminalia argentea Mart et Succ Combretaceae Capitão do mato
Vochysia tucanorum Mart. Vochysiaceae Fruto de tucano
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. Annonaceae Pimenta de macaco
Zeyheria digitalis (Vell.) Hoehne. Bignoniaceae Bolsa de pastor

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 Mata de Galeria

A Vegetação Ripária é definida por Ribeiro e Walter, 1998 como uma vegetação florestal
composta por espécies perenifólias que acompanha os rios de pequeno porte e córregos
dos planaltos do Brasil Central, formando corredores fechados (galerias) sobre os cursos
d’água. As matas de galeria e ciliares constituem um importante elemento caracterizador
das paisagens do Brasil Central, que se encontram inseridas no domínio do cerrado e tem
importância vital na dinâmica ambiental desses ecossistemas.

Algumas variações locais na florística e na fitossociologia dessas matas parecem estar


relacionadas com o tipo da topografia, grau de encharcamento do solo e luminosidade do
local. A altura média da vegetação das Matas de Galeria varia entre 20 e 30 metros (Sano &
Almeida, 1998).

Essas formações vegetais caracterizam-se por ocupar as áreas de fundos de vales e


estarem associadas aos cursos d’água, sobre solos aluvionares, de maior fertilidade,
presentes nas margens dos cursos d’água.

Na área do futuro aterro sanitários resíduos classe II (CGR), há ocorrência desse tipo de
formação florestal que acompanha uma pequena drenagem sem nome dentro da área.
Notam-se pequenos trechos da mata de galeria que não possuem a largura mínima exigida
por lei, e que se encontra descaracterizada floristicamente, e ainda certos trechos com
ausência total de vegetação e também de plântulas em regeneração. As espécies que
ocorrem nesta região estão descritas na tabela a seguir (Quadro 10).

Quadro 10: Espécies da flora observadas na área de Mata de Galeria.


Mata de Galeria
Espécie Família Nome popular
Alibertia edulis Rich. Rubiaceae Marmelada
Aniba sp Lauraceae Pau-rosa
Aspidosperma spruceanum Benth. ex M. Arg. Apocynaceae Araracanga
Austroplenckia populnea Reiss Celastraceae Mangabeira-brava
Bowdichia virgilioides Kunth Leguminosae-Papilionoideae Sucupira-preta
Calophyllum brasiliense Camb. Clusiaceae Guanandi
Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze. Lecythidaceae Jequitibá
Cecropia pachystachya Trec. Moraceae Embauba
Cenostigma macrophyllum Tul. Fabaceae Canela de velho
Cheiloclinium cognatum (Miers.) A. C. Smith. Celastraceae Bacupari-da-mata
Cordia sellowiana Cham. Boraginaceae Freijó-branco
Diospyros hispida Alph. D. C. Ebenaceae Olho -de-boi
Diospyrus sp Ebenaceae Maria preta
Euterpe edulis Mart. Arecaciae Palmito
Faramea sp Rubiaceae -
Ficus gomelleira Kunth & C.D. Bouché Moraceae Gameleira
Guapira sp Nyctaginaceae -
Hirtella glandulosa Spreng. Chrysobalanaceae Vermelhão
Hymenaea courbaril L. Fabaceae Jatobá

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Mata de Galeria
Espécie Família Nome popular
Inga sp Leguminosae-Mimosoideae Ingá-mirin
Ixora arborea Roxb. ex Sm. Rubiaceae Ixora
Ixora arborea Roxb. ex Sm. Rubiaceae Ixora
Licania sp Chrysobalanaceae Caripé
Lithraea brasiliensis March. Anacardiaceae Aroeirinha,Brugueiro
Luehea divaricata Mart. & Zucc. Tiliaceae Açoita-cavalo
Mabea fistulifera Mart. Euphorbiaceae Mamoninha-do-mato
Magnolia ovata (A. St.-Hil.) Spreng. Magnoliaceae Pinha do brejo
Maprounea guianensis Aubl. Euphorbiaceae Bonifácio/ Vaquinha
Micropholis sp Sapotaceae Abiu-rosa
Myconia sp Melastomataceae Tinteiro-vermelho
Myrcia tomentosa (Aubl.) DC. Myrtaceae Goiaba-brava
Nectandra sp Lauraceae Canela
Ouratea espectabilis (Mart.) Engl. Ochnaceae Folha-de-serra
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J. F. Macbr. Leguminosae - Mimosoideae Angico
Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. Sapotaceae Guapeva
Pouteria torta Radlk. Sapotaceae Guapeva
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand. Burseraceae Amescla
Rhamnidium elaeocarpus Reissek Rhamnaceae Cafezinho
Sclerolobium paniculatum Vog. Fabaceae Carvoeiro
Styrax camporum Pohl Styracaceae Benjoeiro / Fruta-de-pomba
Talisia sp Sapindaceae Pitomba
Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae Pombeiro
Tapirira obtusa (Benth.) J.D.Mitchell. Anacardiaceae Pau pombo
Vochysia haenkeana Mart. Vochysiaceae Pau amarelo
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. Annonaceae Pimenta de macaco
Xylopia brasiliensis Sprengel Annonaceae Pindaiba
Xylopia sericeae A. St. Hil. Annonaceae Pindaíba

 Áreas de pastagens

A propriedade possui uma área que atualmente é composta por pastagens, que
predominam na área em questão, formadas principalmente por capim braquiária (Brachyaria
decumbens), e que está inserida praticamente em toda a área. Esta pastagem, atualmente
apresenta aspectos de degradação, evidenciada pela presença de cupinzeiros, a
compactação do solo e pela explotação de cascalho em períodos anteriores. É possível
perceber também que nesta área de pastagem são observadas muitas árvores
remanescentes ou regeneradas.

Nesta área de pastagem, ocorrem muitas espécies arbóreas típicas do bioma Cerrado, tais
quais: indivíduos de pau santo (Kielmeyera coriaceae) da família Guttiferae, de embiriçu
(Pseudobombax tomentosum) da família Bombacaceae, de pequi (Caryocar brasiliensis)
Caryocaraceae, de peroba do campo (Aspidosperma tomentosum) da família Apocynaceae,
de araticum (Annona crassiflora) da família Annonaceae e vários outros indivíduos
apresentados no Quadro 11.

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Quadro 11: Espécies arbóreas nativas do bioma Cerrado presentes na área do futuro
empreendimento:
Área de pastagem
Nome Científico Família Nome comum
Andira cuyabensis Benth Leguminosae Morcegueiro
Annona crassiflora Mart. Annonaceae Araticum
Aspidosperma tomentosum Mart. Apocynaceae Peroba do campo
Astronium urundeuva (Allemão) Engl Anacardiaceae Aroeira
Caesalpinia sp Leguminosae Sem nome
Caryocar brasiliensis Cambess. Caryocaraceae Pequi
Eugenia sp Myrtaceae Sem nome
Hymenaea stigonocarpa Mart. Leguminosae Jatoba do cerrado
Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc. Guttiferae Pau santo
Ocotea sp Lauraceae Louro
Pseudobombax tomentosum Mart.& Zucc Bombacaceae Embiriçu
Salvertia convallariodora A. St. Hill Vochysiaceae Colher de vaqueiro
Solanum lycocarpum St. Hill Solanaceae Lobeira
Stryphnodendron adstringens Mart. Fabaceae Barbatimão
Stryphnodendron barbatiman Mart. Fabaceae Barbatimão
Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook. F. ex S. Moore Bignoniaceae Ipê caraiba
Terminalia argentea Mart et Succ Combretaceae Capitão do campo
Vernonia sp Asteraceae Assa peixe

Figura 17: Vista geral da paisagem na área de influência do empreendimento

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58
5.2.2. Fauna

5.2.2.1. RELAÇÃO COM OS ATRIBUTOS AMBIENTAIS DO ENTORNO

A fauna terrestre da região do empreendimento sofre as conseqüências da fragmentação de


ambientes pelo avanço das áreas urbanas e agrícolas, e conseqüente descontinuidade dos
habitats oferecidos para ocupação por espécies nativas. A ocorrência de espécies de grupos
taxonômicos diversos na região do empreendimento se remete à quase inexistência de
ambientes com capacidades mínimas de suporte de espécies, nos quais os remanescentes
de fauna se agrupam e competem por recursos e território.

Assim como existe uma grande variedade de formas fitofisionômicas no Cerrado também
existe uma grande variedade de animais que são diferentemente sensíveis quanto a
alterações no ambiente natural. As áreas com alto grau de modificações, como a área do
empreendimento, apresentam uma situação faunística descaracterizada. Parte da cobertura
vegetal vem sendo mudada ao longo da ocupação da região. Isso fez com que os grupos
animais observáveis atualmente sejam representados por um número pequeno de
indivíduos.

Sem a cobertura vegetal que prove abrigo, locais de reprodução e o aporte de alimentos
(folha, flores e frutos) para a fauna, esta vai lentamente se realocando para áreas mais
propícias e aquelas espécies que possuem capacidade restrita de deslocamento, como
alguns anfíbios, répteis e pequenos mamíferos vão se extinguindo localmente com o tempo.
O que se encontra hoje no local do empreendimento, em relação à fauna, são espécies
generalistas que possuem grande capacidade de suportar alterações no meio ambiente, ou
aquelas que têm aptidão natural por áreas abertas e conseguem se beneficiar em bordas de
mata com pastagens.

Observa-se que tanto em relação com a flora quanto com a fauna o empreendimento
infringirá um impacto mais indireto do que direto, visto que a área destinada às instalações
físicas já se encontra simplificada quanto suas paisagens naturais. Ainda na área do
empreendimento serão recuperados dois fragmentos de vegetação resguardando assim a
biota que já se utiliza deste local, sendo que com a delimitação destes locais como reservas
para o empreendimento, estes fragmentos florestais poderão até se estruturarem melhor
quanto sua flora e fauna.

A falta de conectividade com populações alóctonas é outra condição adversa grave


enfrentada pela fauna urbana encontrada na região do empreendimento, para aquela que
não pode se dispersar através do vôo. Os efeitos da presença de ruas e rodovias no entorno
de toda a região do empreendimento são amplamente discutidos na literatura e afetam
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
59
principalmente mamíferos e animais de maior porte que se deslocam bastante (Goosem
2000) diminuindo suas abundâncias e causando ruptura na conectividade de populações e
trocas gênicas, em geral ocasionando extinções locais em escala média de tempo (Forman
1998).

Da mesma forma, a supressão de habitats limita a dispersão e outros movimentos


populacionais das espécies e na medida em que ocasiona perda de conectividade de
ambientes, gera os mesmos efeitos citados no parágrafo anterior em relação à
descontinuidade de habitats. O elevado estado de antropização dos ambientes no entorno
do empreendimento limita a quantidade de indivíduos que conseguem sobreviver nos
remanescentes florestais e de Cerrado que ocorrem na região e em uma escala de tempo
maior deve ocasionar a exclusão das espécies devido à depleção de seus estoques
genéticos pela reprodução endogâmica e competição interespecífica (Fahrig 2001).

Esta situação está evidentemente observada no curso d’água da região (Córrego Barreiro)
aonde as espécies mais abundantes são exatamente duas exóticas invasoras amplamente
citadas na literatura por serem tolerantes a condições de elevada perturbação ambiental
(Poecilia reticulata e Oreochromis niloticus) (Courtnenay & Stauffer 1990; Canonico et al.
2005).

Pelo exposto, destacamos que a fauna encontrada nos remanescentes de vegetação que
ocorrem na região do empreendimento, por mais que representem um cenário de
diversidade derivado da riqueza e endemismo de espécies do Cerrado, não representam
uma contribuição na manutenção de suas populações, e nem mesmo poderiam contribuir
com a preservação das espécies uma vez que se apresentam na forma de populações
reduzidas e isoladas, que muito provavelmente apresentam estoques genéticos reduzidos
em função de reprodução endogâmica e eliminação de seus indivíduos.

Nesse sentido, reforçamos que o papel do levantamento da fauna que ocorre numa região
cercada de área urbana, com diversas ocupações domiciliares e industriais e sem
conectividade com áreas ou remanescente florestais de vegetal nativa, como é o caso da
área do empreendimento, não pode se direcionar a analisar o potencial de conservação de
espécies que a biocenose encontrada representa, uma vez que esta só poderia
desempenhar este papel em condições totalmente opostas à tendência observada na região
metropolitana de aumento da densidade demográfica, uso do solo e conseqüente
fragmentação e redução de habitats das espécies e conectividade entre populações.

Estas composições de espécies características das regiões antropizadas (elevada


abundância de espécies exóticas invasoras, produtividade alterada pela poluição urbana,

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


60
etc.) necessitam de um acompanhamento especial, direcionado para a manutenção das
diferentes funções e serviços ambientais executados pelos grupos biológicos, como os
insetos vetores de interesse médico e veterinário, polinizadores das plantações, os
vertebrados hospedeiros naturais de patologias, além dos peçonhentos que podem vir a
representar perigo para a população urbana (Bradley & Altizer 2006). Além disto outros
serviços desempenhados por espécies silvestres como dispersão de sementes, controle
biológico de pragas, recursos pesqueiros e outros.

5.2.2.2. DIAGNÓSTICO DA FAUNA NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO

A área em questão pertence ao Bioma Cerrado e está drenada pela sub-bacia do córrego
Santo Antonio, que é tributário direto do rio Meia Ponte, pertencendo, desta forma, à bacia
do rio Paranaíba. A fauna do cerrado está ligada diretamente ao desenvolvimento do
substrato vegetal que se encontra presente em uma determinada região e tanto a fauna
quanto a flora estão associados e ecologicamente adaptadas às características da região
hidrográfica em que se encontram.

No bioma Cerrado, que ocorre dentro dos limites do estado de Goiás, a diversidade biologia
sofre bastante influência pela estacionalidade do clima frente às alterações que exerce
sobre as florestas estacionais decíduas e semidecíduas, no lençol freático próximo à
superfície e no volume de água nos corpos hídricos, imprimindo mudanças significativas nas
respostas do meio biótico frente ao aumento da temperatura e dos índices pluviométricos,
durante o período sazonal da chuva, ou diminuição da temperatura e dos índices
pluviométricos, durante a seca.

Os remanescentes de vegetação que ocorrem adjacentes à área do empreendimento ainda


apresentam capacidade de suporte para estratégias desempenhadas por algumas espécies.
Existe também uma heterogeneidade de fisionomias vegetais, que vão desde formações
campestres com graus variados de antropização a formações florestais associadas às
drenagens, que se configuram em fragmentos de matas de galeria e ciliares no córrego
Barreiro e córrego Santo Antônio, principalmente.

Buscou-se apresentar um retrato desta fauna urbana associada às formações vegetais


ocorrentes na região de estudo, que muito embora apresente uma condição de composição
de espécies totalmente alterada em relação a uma comunidade natural. Porém a área ainda
apresenta uma capacidade de desempenhar papéis importantes como um componente de
paisagem urbana e suporte no oferecimento de itens alimentares e refúgio para a fauna em
dispersão. Esta análise da composição faunística da região foi realizada através de dados

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


61
primários obtidos no estudo desenvolvido pela DBO Engenharia LTDA na área do
Empreendimento Imobiliário Betânia – loteamento industrial para a elaboração do EIA/RIMA,
que faz divisa com a área da Metropolitana e os pontos de amostragem distam no máximo
2,5 km em média.

Os levantamentos primários para o EIA/RIMA foram executados em duas campanhas


realizadas nos períodos de 24 a 27 de Setembro de 2012, e 04 a 07 de Dezembro de 2012,
em área que se situa geograficamente próxima ao empreendimento em questão, e que
neste caso específico apresenta o mesmo ambiente contíguo de remanescentes de
vegetação, em especial para o corpo hídrico do córrego Barreiro que drena ambos os
empreendimentos.

Desta forma, é natural que a fauna que ocorre neste ambiente de amostragem também
possa estar utilizando dos remanescentes de ambientes naturais que ocorrem na área do
empreendimento da Metropolitana, em virtude de ambos se apresentarem na forma de um
ambiente contíguo, basicamente constituído pela mata ciliar e outras formações vegetais
associadas ao curso d’água dos córregos Barreiro e Santo Antônio que se situam na área
de influência de ambos os empreendimentos, além de ser uma das poucas áreas com
vegetação remanescentes na região, aqui envolta por grandes áreas urbanizadas e/ou de
agricultura e pastagem.

O grupo faunístico mais bem representado na área avaliada é o das aves, exatamente pela
capacidade de deslocamento (vôo) e capacidade de explorar o meio, sendo encontrado
mais espécies com hábitos alimentares insetívoros, onívoros e granívoros. Como as aves
podem se reproduzir e formar seus ninhos em locais mais distantes daqueles em que se
alimentam ou se deslocam durante o dia, este grupo pode se utilizar de uma grande
quantidade de locais e serem vistas em ambientes mais alterados, além de serem os mais
biodiversos em relação aos vertebrados terrestres no Cerrado.

A avifauna tem diversidade específica particularmente alta no bioma Cerrado (Silva, 1995)
com variações de estruturas morfológicas e comportamentos específicos que lhes conferem
ampla capacidade de ocupação de nichos ecológicos (Dale & Beyeler 2000), além de
capacidade de utilizar áreas distantes em territórios geograficamente amplos.

Foram registrados 1.324 indivíduos distribuídos em 133 espécies de aves (Quadro 12).
Destas, 105 espécies foram registradas na campanha do período sazonal da estiagem
(inverno), enquanto 107 espécies foram observadas durante os três dias da campanha do
período de chuvas (verão). A maior parte das espécies, 78 no total, foram observadas tanto
na primeira quanto na segunda campanha realizada.

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62
Entre as 133 espécies observadas, quatro são endêmicas do bioma Cerrado (Alipiopsitta
xanthops, Herpsilochmus longirostris, Antilophia galeata e Cyanocorax cristatellus) de
acordo com a tese de doutorado de Leite (2006). Além destas quatro espécies cujas
distribuições são reduzidas a um bioma Brasileiro, destaca-se a presença de outras quatro
aves cujos hábitos de vida compreendem grandes deslocamentos geográficos sazonais e
foram aqui registradas como aves migratórias, tanto visitantes do hemisfério norte (Tringa
solitaria e Stelgidopteryx ruficollis) quanto de outras regiões do hemisfério sul (Elaenia
flavogaster e Turdus amaurochalinus).

Todas as outras 125 espécies, ou seja, 94% da riqueza registrada são residentes da área do
estudo e comuns em outras regiões e estados brasileiros, não sendo atribuída nenhuma
prioridade de conservação a elas.

Quadro 12: Espécies de aves identificadas durante as coletas realizadas na área de


influência indireta do empreendimento, para o EIA/RIMA do Loteamento
Betânia – Aparecida de Goiânia – GO.
S.C.
IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA NOME COMUM
MMA 2003 IUCN 2012. 2
ORDEM TINAMIFORMES
Família Tinamidae
Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) Inhambu-chororó NA Lc
Crypturellus undulatus (Temminck, 1815) Jaó NA Lc
Nothura maculosa (Temminck, 1815) Codorna-amarela NA Lc
Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) Perdiz NA Lc
ORDEM ANSERIFORMES
Família Anatidae
SubFamília Anatinae
Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) Pé-vermelho NA Lc
SubFamília Dendrocygninae
Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) Irerê NA Lc
ORDEM GALLIFORMES
Família Cracidae
Penelope superciliaris (Temminck, 1815) Jacupemba NA Lc
ORDEM PODICIPEDIFORMES
Família Podicipedidae
Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766) Mergulhão-pequeno NA Lc
ORDEM SULIFORMES
Família Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) Biguá NA Lc
ORDEM PELECANIFORMES
Família Ardeidae
Ardea alba (Linnaeus, 1758) Garça-branca-grande NA Lc
Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) Garça-vaqueira NA Lc
Butorides striata (Linnaeus, 1758) Socozinho NA Lc
Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) Savacu NA Lc
Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) Maria-faceira NA Lc
Família Threskiornithidae
Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789) Coró-coró NA Lc
Phimosus infuscatus (Lichtenstein, 1823) Tapicuru-de-cara-pelada NA Lc
Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) Curicaca NA Lc
ORDEM CATHARTIFORMES
Família Cathartidae
Coragyps atratus (Bechstein, 1793) Urubu-de-cabeça-preta NA Lc
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63
S.C.
IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA NOME COMUM
MMA 2003 IUCN 2012. 2
ORDEM ACCIPITRIFORMES
Família Accipitridae
Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) Gavião-caboclo NA Lc
Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) Gavião-carijó NA Lc
ORDEM FALCONIFORMES
Família Falconidae
Caracara plancus (Miller, 1777) Caracará NA Lc
Falco femoralis (Temminck, 1822) Falcão-de-coleira NA Lc
Falco sparverius Linnaeus, 1758 Quiriquiri NA Lc
ORDEM GRUIFORMES
Família Rallidae
Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) Saracura-três-potes NA Lc
ORDEM CARIAMIFORMES
Família Cariamidae
Cariama cristata (Linnaeus, 1766) Seriema NA Lc
ORDEM CHARADRIIFORMES
Família Charadriidae
Vanellus chilensis (Molina, 1782) Quero-quero NA Lc
Família Scolopacidae
Tringa solitaria Wilson, 1813 Maçarico-solitário NA Lc
Família Jacanidae
Jacana jacana (Linnaeus, 1766) Jaçanã NA Lc
ORDEM COLUMBIFORMES
Família Columbidae
Columbina squammata (Lesson, 1831) Fogo-apagou NA Lc
Columbina talpacoti (Temminck, 1811) Rolinha-roxa NA Lc
Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) Juriti-gemedeira NA Lc
Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 Juriti-pupu NA Lc
Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) Pombão NA Lc
ORDEM PSITTACIFORMES
Família Psittacidae
Alipiopsitta xanthops (Spix, 1824) Papagaio-galego NA Nt
Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) Papagaio-verdadeiro NA Lc
Ara ararauna (Linnaeus, 1758) Arara-canindé NA Lc
Aratinga aurea (Gmelin, 1788) Periquito-rei NA Lc
Aratinga leucophthalma (Statius Muller, 1776) Periquitão-maracanã NA Lc
Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) Periquito-de-encontro-amarelo NA Lc
Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) Tuim NA Lc
ORDEM CUCULIFORMES
Família Cuculidae
Piaya cayana (Linnaeus, 1766) Alma-de-gato NA Lc
Família Crotophaginae
Crotophaga ani (Linnaeus, 1758) Anu-preto NA Lc
Guira guira (Gmelin, 1788) Anu-branco NA Lc
Família Taperinae
Tapera naevia (Linnaeus, 1766) Saci NA Lc
ORDEM STRIGIFORMES
Família Tytonidae
Tyto alba (Scopoli, 1769) Coruja-da-igreja NA Lc
Família Strigidae
Athene cunicularia (Molina, 1782) Coruja-buraqueira NA Lc
Bubo virginianus (Gmelin, 1788) Jacurutu NA Lc
Megascops choliba (Vieillot, 1817) Corujinha-do-mato NA Lc
ORDEM CAPRIMULGIFORMES
Família Nyctibiidae
Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) Mãe-da-lua NA Lc
Família Caprimulgidae

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S.C.
IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA NOME COMUM
MMA 2003 IUCN 2012. 2
Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) Bacurau NA Lc
ORDEM APODIFORMES
Família Apodidae
Tachornis squamata (Cassin, 1853) Andorinhão-do-buriti NA Lc
Família Trochilidae
SubFamília Phaethornithinae
Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) Rabo-branco-acanelado NA Lc
SubFamília Trochilinae
Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) Beija-flor-de-garganta-verde NA Lc
Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) Beija-flor-tesoura NA Lc
Heliomaster squamosus (Temminck, 1823) Bico-reto-de-banda-branca NA Lc
Thalurania furcata (Gmelin, 1788) Beija-flor-tesoura-verde NA Lc
Thalurania glaucopis (Gmelin, 1788) Beija-flor-de-fronte-violeta NA Lc
ORDEM CORACIIFORMES
Família Alcedinidae
Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) Martim-pescador-grande NA Lc
Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) Martim-pescador-pequeno NA Lc
Família Momotidae
Momotus momota (Linnaeus, 1766) Udu-de-coroa-azul NA Lc
ORDEM GALBULIFORMES
Família Galbulidae
Galbula ruficauda (Cuvier, 1816) Ariramba-de-cauda-ruiva NA Lc
Família Bucconidae
Monasa nigrifrons (Spix, 1824) Chora-chuva-preto NA Lc
ORDEM PICIFORMES
Família Ramphastidae
Pteroglossus castanotis (Gould, 1834) Araçari-castanho NA Lc
Ramphastos toco Statius Muller, 1776 Tucanuçu NA Lc
Família Picidae
Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788) Pica-pau-de-topete-vermelho NA Lc
Colaptes campestris (Vieillot, 1818) Pica-pau-do-campo NA Lc
Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) Pica-pau-verde-barrado NA Lc
Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) Pica-pau-de-banda-branca NA Lc
Melanerpes candidus (Otto, 1796) Pica-pau-branco NA Lc
Picumnus albosquamatus d'Orbigny, 1840 Pica-pau-anão-escamado NA Lc
Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) Picapauzinho-anão NA Lc
ORDEM PASSERIFORMES
Família Thamnophilidae
SubFamília Thamnophilinae
Herpsilochmus longirostris Pelzeln, 1868 Chorozinho-de-bico-comprido NA Lc
Taraba major (Vieillot, 1816) Choró-boi NA Lc
Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) Choca-barrada NA Lc
Família Dendrocolaptidae
SubFamília Dendrocolaptinae
Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818) Arapaçu-de-cerrado NA Lc
Família Furnariidae
SubFamília Furnariinae
Furnarius rufus (Gmelin, 1788) João-de-barro NA Lc
SubFamília Synallaxinae
Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) Curutié NA Lc
Phacellodomus ruber (Vieillot, 1817) Graveteiro NA Lc
Phacellodomus rufifrons (Wied, 1821) João-de-pau NA Lc
Família Pipridae
SubFamília Ilicurinae
Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) Soldadinho NA Lc
Família Rhynchocyclidae
SubFamília Rhynchocyclinae

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S.C.
IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA NOME COMUM
MMA 2003 IUCN 2012. 2
Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) Bico-chato-de-orelha-preta NA Lc
SubFamília Todirostrinae
Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) Ferreirinho-relógio NA Lc
SubFamília Elaeniinae
Elaenia cristata (Pelzeln, 1868) Guaracava-de-topete-uniforme NA Lc
Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) Guaracava-de-barriga-amarela NA Lc
SubFamília Tyranninae
Empidonomus varius (Vieillot, 1818) Peitica NA Lc
Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) Suiriri-cavaleiro NA Lc
Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) Neinei NA Lc
Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776) Maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado NA Lc
Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) Bem-te-vi-rajado NA Lc
Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766) Bentevizinho-de-asa-ferrugínea NA Lc
Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) Bem-te-vi NA Lc
Tyrannus albogularis (Burmeister, 1856) Suiriri-de-garganta-branca NA Lc
Tyrannus melancholicus (Vieillot, 1819) Suiriri NA Lc
Tyrannus savana (Vieillot, 1808) Tesourinha NA Lc
SubFamília Fluvicolinae
Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764) Freirinha NA Lc
Gubernetes yetapa (Vieillot, 1818) Tesoura-do-brejo NA Lc
Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) Noivinha-branca NA Lc
Família Vireonidae
Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) Pitiguari NA Lc
Hylophilus pectoralis Sclater, 1866 Vite-vite-de-cabeça-cinza NA Lc
Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) Juruviara NA Lc
Família Corvidae
Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) Gralha-do-campo NA Lc
Família Hirundinidae
Progne tapera (Vieillot, 1817) Andorinha-do-campo NA Lc
Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) Andorinha-serradora NA Lc
Família Troglodytidae
Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845) Garrinchão-de-barriga-vermelha NA Lc
Troglodytes musculus (Naumann, 1823) Corruíra NA Lc
Família Donacobiidae
Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766) Japacanim NA Lc
Família Polioptilidae
Polioptila dumicola (Vieillot, 1817) Balança-rabo-de-máscara NA Lc
Família Turdidae
Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 Sabiá-poca NA Lc
Turdus leucomelas (Vieillot, 1818) Sabiá-barranco NA Lc
Turdus rufiventris (Vieillot, 1818) Sabiá-laranjeira NA Lc
Família Mimidae
Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) Sabiá-do-campo NA Lc
Família Coerebidae
Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) Cambacica NA Lc
Família Thraupidae
Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) Saí-azul NA Lc
Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) Saíra-de-papo-preto NA Lc
Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776) Tico-tico-rei NA Lc
Lanio penicillata (Spix, 1825) Pipira-da-taoca NA Lc
Nemosia pileata (Boddaert, 1783) Saíra-de-chapéu-preto NA Lc
Saltator similis d'Orbigny & Lafresnaye, 1837 Trinca-ferro-verdadeiro NA Lc
Tangara cayana (Linnaeus, 1766) Saíra-amarelo NA Lc
Tangara palmarum (Wied, 1823) Sanhaçu-do-coqueiro NA Lc
Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) Sanhaçu-cinzento NA Lc
Tersina viridis (Illiger, 1811) Saí-andorinha NA Lc
Família Emberizidae

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66
S.C.
IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA NOME COMUM
MMA 2003 IUCN 2012. 2
Ammodramus humeralis (Bosc, 1792) Tico-tico-do-campo NA Lc
Arremon taciturnus (Hermann, 1783) Tico-tico-de-bico-preto NA Lc
Sicalis flaveola (Sparrman, 1789) Canário-da-terra-verdadeiro NA Lc
Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) Baiano NA Lc
Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) Tiziu NA Lc
Família Icteridae
Cacicus cela (Linnaeus, 1758) Xexéu NA Lc
Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) Inhapim NA Lc
Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) Graúna NA Lc
Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850) Polícia-inglesa-do-sul NA Lc
Família Fringillidae
Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) Fim-fim NA Lc
Euphonia violacea (Linnaeus, 1758) Gaturamo-verdadeiro NA Lc
TOTAL DE ESPÉCIES 133 -
Legenda: Status de Conservação (S.C.) (IUCN, 2012.2): Menor preocupação (Lc), Quase ameaçada (Nt), Vulnerável (Vu).
MMA 2003 - Instrução Normativa MMA nº 03, de 27 de maio de 2003.: NA – Não Ameaçado.

A espécie Alipiopsitta xanthops foi registrada apenas durante a campanha realizada no


período sazonal da estiagem (inverno), e além de ser uma espécie endêmica do bioma
Cerrado é também a única espécie registrada que consta em listas de espécies ameaçadas
de extinção (IUCN 2012.2). Todas as outras 132 espécies não constam nos registros de
espécies vulneráveis em qualquer nível ao desaparecimento considerando a lista vermelha
de espécies da fauna brasileira (MMA 2003) e a lista vermelha da IUCN (ver. 2012.2).

Assim como já comentado, as aves possuem boa capacidade de dispersão, além do que
muitas espécies insetívoras e granívoras podem se beneficiar de alguns ambientes
alterados pela presença de grãos ou insetos em maior quantidade do que em ambientes
naturais bem estruturados ecologicamente.

Das espécies relacionadas acima nota-se a presença de algumas com hábitos alimentares
frugívoros como, por exemplo, Dacnis cayana, Nemosia pileata, Tersina viridis (Família
Thraupidae), Euphonia spp. (Família Fringillidae), Aratinga spp. e Brotogeris chiriri (Família
Psittacidae), o que demonstra que os remanescentes florestais do interior da área do
empreendimento ainda resguardam espécies vegetais que favorecem as aves que comem
frutos. Este grupo de aves é importantíssimo para sucessão ecológica de ambientes, pois
são dispersores de sementes, podendo acelerar a recuperação de áreas degradadas.

Dois importantes fatores que beneficiam a avifauna local, além dos remanescentes florestais
dentro da área do empreendimento (matas ciliares e de galerias), são a proximidade com os
fragmentos florestais de duas Unidades de Conservação: o Parque Municipal da Serra das
Areias (Aparecida de Goiânia – GO) que fica a aproximadamente 11 km em linha reta de um
ponto central do empreendimento; e o Parque Municipal do Jardim Botânico (Goiânia – GO),

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


67
que fica a 8 km em linha reta deste mesmo ponto central do empreendimento da
Metropolitana.

Outros grupos podem ser observados em populações menores e/ou restritas a porções
específicas do ambiente analisado, como por exemplo, os anfíbios anuros que não possuem
a capacidade de realizar grandes deslocamentos por terra e que na sua grande maioria são
intimamente ligados à ambientes bastante úmidos como brejos e represas. Estes foram
bastante representativos nas matas ciliares, de galeria, e represas adjacentes ao córrego
Barreiro na região avaliada. Todos os ambientes vistoriados, para este grupo taxonômico,
foram através de busca ativa, verificação de micro-habitats e confirmação por vocalização.

Desta forma foram registradas 25 espécies de anfíbios em 15 gêneros distribuídos em 2


ordens e 7 famílias, sendo: Siphonopidae (N=1), Bufonidae (N=1), Hylidae (N=12),
Leptodactylidae (N=5), Leiuperidae (N=3), Microhylidae (N=2) e Strabomantidae (N=1)
(Quadro 13). Por ser uma área inserida em um contexto urbano e bastante antropizada,
esta riqueza de anfíbios observada é muito significativa. Destas, 17 espécies foram
inventariadas no período sazonal da seca e 20 espécies no período sazonal chuvoso.

Quadro 13: Espécies de anfíbios identificadas durante as coletas realizadas na área de


influência indireta do empreendimento, para o EIA/RIMA do Loteamento
Betânia – Aparecida de Goiânia – GO.
STATUS
IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA NOME COMUM
MMA 2003
CLASSE AMPHIBIA
Ordem Gymnophiona
Família Siphonopidae
Siphonops paulensis Boettger, 1892 Cecília NA
Ordem Anura
Família Bufonidae
Rhinella schneideri (Werner, 1894) Sapo-cururu NA
Família Hylidae
Dendropsophus minutus (Peters, 1872) Perereca NA
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889) Perereca NA
Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt & Lütken, 1862"1861") Perereca NA
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) Perereca NA
Hypsiboas raniceps (Cope, 1862) Perereca NA
Hypsiboas lundii (Burmeister, 1856) Perereca NA
Pseudis bolbodactyla A. Lutz, 1925 Rã NA
Phyllomedusa azurea Cope, 1862 Perereca NA
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925) Perereca NA
Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) Perereca NA
Scinax gr. ruber (Laurenti, 1768) Perereca NA
Trachycephalus venulosus (Laurenti, 1768) Perereca NA
Família Leiuperidae
Eupemphix nattereri (Steindachner, 1863) Rã NA
Physalaemus cuvieri (Fitzinger, 1826) Rã-cachorro NA
Pseudopaludicola ternetzi Miranda-Ribeiro, 1937 Rãzinha NA
Família Leptodactylidae
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) Rã-assobiadeira NA
Leptodactylus hylaedactylus (Cope, 1868) Rãzinha NA

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68
STATUS
IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA NOME COMUM
MMA 2003
Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861) Rã NA
Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) Rã-manteiga NA
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862) Razinha NA
Família Microhylidae
Chiasmocleis albopunctata (Boettger, 1885) Razinha NA
Elachistocleis cesarii (Miranda-Ribeiro, 1920) Rãzinha NA
Família Strabomantidae
Barycholos ternetzi (Miranda Ribeiro, 1937) Rãzinha NA
TOTAL DE ESPÉCIES 25 -
Legenda: Status de Conservação (S.C.) MMA 2003 - Instrução Normativa MMA nº 03, de 27 de maio de 2003.: NA – Não
Ameaçado.

Citamos entre as espécies observadas algumas com a característica de serem comumente


relacionadas em estudos realizados em áreas com graus intensos de alteração de meios
físicos, e que devido às elevadas abundâncias observadas permitem caracterizar o
ambiente como de uma estrutura de comunidade particularmente alterada e com
características de uma fauna secundária com respostas a perturbações antrópicas, porém
com elevada diversidade que permite que a mesma mantenha suas funções e serviços
principais como o controle de vetores.

Dentre estas podemos citar: Rhinella schneideri (sapo cururu), Scinax fuscovarius (perereca),
Dendropsophus minutus (perereca), Leptodactylus hylaedactylus (râzinha) e Leptodactylus
mystacinus (rã). Estas espécies podem ocorrer em pastagens, áreas abertas ou antropizadas,
ocupando habitats úmidos ou secos. Estas apresentam grande resistência ecológica e são
consideradas grandes generalistas em habitat e obtenção dos recursos alimentares além de
possuírem reprodução prolongada podendo ocorrer praticamente o ano todo.

A fartura de ambientes aquáticos nesta pequena área de estudo adjacente ao


Empreendimento da Metropolitana, também auxilia na justificativa de uma riqueza elevada
de anfíbios diagnosticada na área, frente ao atual estado de transformação da paisagem
natural local. Além de estar em localidade urbana com residências, comércios e também
indústrias, a área de estudo é completamente dominada por pastagem, havendo de
vegetação natural remanescente algumas árvores esparsas e a vegetação ripária associada
à drenagem do córrego Barreiro.

Este fato corrobora com alguns estudos que demonstram que os anfíbios não necessitam de
complexas estruturações ecológicas para estarem ocorrendo em uma região. Poucas são as
espécies mais restritivas associadas à ocupação exclusiva de um determinado habitat ou tipo de
alimentação. Como são em sua grande maioria espécies invertívoras, mesmo em ambientes
extremamente alterados existem condições de haver abundância de fauna entomológica,
inclusive em suas fases larvais, favorecendo assim as diversas espécies de anfíbios.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


69
A anurofauna inventariada neste estudo, de forma geral, é de ampla distribuição geográfica
e altas abundâncias, apresenta distribuição maciça em praticamente todos os estados
dominados pelo Bioma Cerrado, são abundantes onde ocorrem e também podem ocupar
ambientes antropizados, não havendo, portanto, espécies com características para
indicação de qualidade ambiental.

Já para a classe dos répteis foram registradas 9 espécies distribuídas em 9 gêneros, 7


famílias e 2 ordens, sendo elas: Squamata - Gekkonidae (N=1), Teiidae (N=1), Tropiduridae
(N=1), Scincidae (N=1), Colubridae (N=1), Dipsadidae (N=3); Testudines - Chelidae (N=1).
Para a campanha realizada no período sazonal da seca foram reconhecidas 7 espécies em
27 espécimes e para o período sazonal chuvoso foram inventariadas 6 espécies em 18
espécimes (Quadro 14).

Quadro 14: Espécies de répteis identificadas durante as coletas realizadas na área de


influência indireta do empreendimento, para o EIA/RIMA do Loteamento
Betânia – Aparecida de Goiânia – GO.
STATUS
IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA NOME COMUM
MMA 2003
CLASSE REPTILIA
Ordem Squamata
Subordem Lacertilia ou Sauria
Família Gekkonidae
Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818) Briba NA
Família Tropiduridae
Tropidurus torquatus (Wied, 1820) Calango NA
Família Scincidae
Mabuya frenata (Cope, 1862) Lagarto-liso NA
Família Teiidae
Ameiva ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) Lagarto-verde NA
Subordem Serpentes ou Ophidia
Família Colubridae
Chironius flavolineatus (Jan, 1863) Cobra-cipó NA
Família Dipsadidae
Helicops sp. Cobra d'água -
Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823) Cobra-verde NA
Sibynomorphus mikanii (Schlegel, 1837) Jararaquinha NA
Ordem Testudines
Família Chelidae
Mesoclemmys vanderhaegei (Bour, 1973) Cágado NA
Legenda: Status de Conservação (S.C.) MMA 2003 - Instrução Normativa MMA nº 03, de 27 de maio de 2003.: NA – Não
Ameaçado.

As espécies observadas na região do estudo são compostas, em sua maioria, por aquelas
relacionadas a ambientes antropizados, entre as quais destacamos: Tropidurus torquatus
(calango), Ameiva ameiva (lagarto-verde), Mabuya frenata (lagarto-liso) além de espécie
exótica como Hemidactylus mabouia (lagartixa-de-parede). Nesses ambientes foram
também encontradas espécies de serpentes, como Chironius flavolineatus (cobra-cipó),
Sibynomorphus mikanii (dormideira) e Helicops sp. (cobra-d’-água), que muito embora não

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


70
ofereçam risco de acidente ofídico com a população urbana, desempenham importantes
papéis ecológicos no controle de outras populações de vertebrados e/ou invertebrados.

As duas espécies mais comuns na área de estudo foram o calango-verde, Ameiva ameiva, e
o calango-de-pedra, Tropidurus torquatus, que são justamente espécies com ampla
plasticidade alimentar e são generalistas se aproveitando de itens alimentares que se
apresentarem mais abundantes ou fáceis de serem capturados. Além da pouca restrição
quanto à alimentação ainda são animais típicos do bioma Cerrado de áreas abertas com
intensa incidência solar. Neste caso são até favorecidos em ambientes antrópicos como os
de pastagens, onde podem aumentar muito suas populações em decorrência de boas
condições de vida (alimento, abrigo e reprodução) e pequena quantidade de predadores
naturais.

Algumas espécies de répteis podem responder rapidamente a impactos causados pelos


humanos, e as espécies registradas neste estudo são bastante comuns a outras localidades
do bioma e são espécies que se adaptam bem as mudanças ambientais, sendo
consideradas generalistas quanto a utilização de habitats e recursos alimentares, não
havendo espécies raras ou bioindicadoras de qualidade ambiental dentre as reconhecidas
neste diagnóstico. De todas as espécies amostradas neste estudo nenhuma têm prioridade
de conservação, sendo espécies comuns e de ampla distribuição. Porém, no geral, todas as
serpentes sofrem com a pressão da caça e perseguição por serem consideradas nocivas ao
ser humano, mesmo aquelas que não têm veneno e/ou não são peçonhentas.

O último grupo restante de vertebrados terrestres é o da mastofauna. Em se tratando de


mamíferos em áreas antropizadas, este está representado em sua maioria por pequenos
roedores e morcegos. Pois espécies de maior porte ou aqueles da ordem dos carnívoros
sofrem mais com as alterações antrópicas ocorridas em ambientes naturais e pela
destruição dos habitats através de queimadas e a caça. Estes animais de maior porte
precisam de grandes áreas de vida, dependem de itens alimentares específicos e têm
naturalmente populações reduzidas e por isso durante atividades de levantamento da fauna
são os que apresentam maiores dificuldades de registro.

Durante as campanhas de levantamento de fauna realizadas para o EIA/RIMA do


Loteamento Betânia nos meses de Setembro e Dezembro de 2012 em três áreas amostrais
sob influência do empreendimento e adjacentes à área da Metropolitana, foram registradas
21 espécies de mamíferos distribuídas em 13 famílias e 6 ordens: Didelphimorphia (N=2),
Pilosa (N=1), Primates (N=1), Carnívora (N=3), Chiroptera (N=9), e Rodentia (N=5). A ordem
mais representativa foi Chiroptera com nove espécies seguida pela ordem Rodentia com
cinco espécies amostradas (Quadro 15).
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
71
Quadro 15: Espécies de mamíferos identificadas durante as coletas realizadas na área
de influência indireta do empreendimento, para o EIA/RIMA do Loteamento
Betânia – Aparecida de Goiânia – GO.
STATUS
IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA NOME COMUM
MMA 2003
ORDEM DIDELPHIMORPHIA
Família Didelphidae
Didelphis albiventris Lund, 1840 Saruê NA
Marmosa murina (Linnaeus, 1758) Cuíca NA
ORDEM PILOSA
Família Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla Linnaeus, 1758 Tamanduá-bandeira VU
ORDEM PRIMATES
Família Cebidae
Callithrix penicillata (É. Geoffroy, 1812) Mico-estrela NA
ORDEM CARNIVORA
Família Canidae
Cerdocyon thous (Linnaeus, 1758) Cachorro-do-mato NA
Família Procyonidae
Nasua nasua (Linnaeus, 1766) Quati NA
Procyon cancrivorus ( Cuvier, 1798 ) Mão-pelada NA
ORDEM CHIROPTERA
Família Molossidae
Molossus molossus (Pallas, 1766) Morcego NA
Família Phyllostomidae
Artibeus lituratus (Olfers, 1818) Morcego VA
Artibeus obscurus Spix, 1823 Morcego VA
Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) Morcego VA
Glossophaga soricina (Pallas, 1766) Morcego NA
Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810) Morcego NA
Phyllostomus hastatus (Pallas, 1767) Falso-vampiro NA
Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810) Morcego NA
Família Vespertilionidae
Myotis nigricans (Schinz, 1821) Morcego NA
ORDEM RODENTIA
Família Caviidae
Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1758) Capivara NA
Família Cricetidae
Cerradomys scotti (Langguth & Boncivino, 2002) Rato NA
Família Cuniculidae
Cuniculua paca (Linnaeus, 1766) Paca NA
Família Erethizontidae
Coendou prehensilis (Linnaeus, 1758) Ouriço-caixeiro NA
Família Echimyidae
Thrichomys apereoides (Lund, 1941) Punaré NA
TOTAL DE ESPÉCIES 21 -
Legenda: Status de Conservação (S.C.) MMA 2003 - Instrução Normativa MMA nº 03, de 27 de maio de 2003.: NA – Não
Ameaçado; VU – Vulnerável.

Os morcegos são os únicos mamíferos com real capacidade de vôo, sendo o segundo grupo
depois de Rodentia com maior número de espécies e maior distribuição geográfica (Novack
1991). Eles são muito abundantes, ecologicamente diversos e de fácil captura além de
serem bons indicadores de qualidade ambiental (Zortéa et al. 2010). Neste estudo pode-se
observar a ocorrência de espécies com diferentes hábitos alimentares: Glossophaga
sorisina – destaca-se por participar do processo de polinização de plantas do cerrado já que

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


72
se trata de espécies que se alimentam de néctar; Molossus molossus – se alimenta de
insetos auxiliando no controle de suas populações e Plathyrrinus lineatus – possui dieta
frugívora e atua como importante dispersora de sementes nos habitats onde ocorre (Passos
et al. 2003).

Das 21 espécies inventariadas, somando as duas campanhas, apenas 1 se encontra


relacionada em listas oficiais de espécies ameaçadas ou com alguma prioridade de
conservação, sendo o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) incluída na Lista da
Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA 2003; Machado et al. 2005) enquadrada
como vulnerável “VU” e também na lista vermelha da IUCN (ver. 2012.2).

De modo geral, M. tridactyla já se encontra em status de ameaça a algum tempo decorrente


de causas que atingem quase todos os biomas brasileiros. A principal causa que incide
sobre esta espécie é a perda de habitats naturais ocasionados pelo desmatamento, em
especial para introdução de pastagens. A caça, o fogo, parasitas e os atropelamentos são
outros fatores importantes no processo de agravamento da pressão antrópica sobre o
tamanduá-bandeira.

As espécies inventariadas têm ampla distribuição geográfica, são consideradas generalistas


e, portanto, não são adequadas para indicação de qualidade ambiental. Não foram
encontradas espécies de interesse econômico ou espécies tidas como raras.

Peixes

Utilizou-se na discussão da ictiofauna da região do empreendimento a amostragem


realizada em três pontos de coleta situados no córrego Barreiro, na área de influência
indireta do empreendimento da Metropolitana.

Ao longo de duas campanhas foram identificadas 12 espécies de peixes. A respeito das


características desta ictiofauna típica de ambientes urbanizados, destaca-se algumas
características das espécies que ilustram o grau de perturbação ambiental dos ambientes
aquáticos, notoriamente refletido no padrão de estrutura da comunidade de peixes, com
características biológicas totalmente distintas de ambientes naturais localizados na mesma
bacia hidrográfica (Quadro 16).

Embora apenas duas espécies entre as 12 amostradas no córrego Barreiro sejam de origem
exótica à bacia do rio Paranaíba, estas correspondem à maior parte dos indivíduos
amostrados representando mais de 90% da abundância das espécies coletadas somando-
se todos os três pontos de coleta.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


73
Quadro 16: Espécies de peixes identificadas durante as coletas realizadas na área de
influência indireta do empreendimento, para o EIA/RIMA do Loteamento
Betânia – Aparecida de Goiânia – GO.
IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA NOME COMUM ALIMENTAÇÃO REPRODUÇÃO TAMANHO ORIGEM
Ordem Cyprinodontiformes
Família Poecilidae
Poecilia reticulata Peters, 1859 Barrigudinho Invertívora FI <15cm EXO
Família Characidae
Astyanax altiparanae Garutti & Britski, 2000 Lambarí Invertívora NMLD <15cm END
Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) Lambarí Invertívora NMLD <15cm AUT
Bryconamericus stramineus Eigenmann, 1908 Piaba Invertívora NMLD <15cm ALO
Oligosarcus pintoi Amaral Campos, 1945 Cachorrinha Invertívora NMLD <15cm AUT
Família Crenuchidae
Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909 Mocinha Invertívora NMLD <15cm AUT
Família Erythrinidae
Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) Traíra Piscívora CC <45cm AUT
Ordem Siluriformes
Família Callichthydae
Aspidoras fuscoguttatus Nijssen & Isbrücker, 1976 Coridoras Detritívora NMLD <15cm AUT
Família Loricariidae
Hypostomus ancistroides (Ihering, 1911) Cascudo Detritívora CC <30cm AUT
Ordem Perciformes
Família Cichlidae
Cichlasoma paranaense Kullander, 1983 Cará Detritívora CC <15cm AUT
Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) Tilápia nilótica Detritívora CC >45cm EXO
Ordem Synbranchiformes
Família Synbranchidae
Synbranchus marmoratus Bloch, 1795 Muçum Invertívora NMLD >45cm AUT

Legenda: REPROD. (Reprodução) – Não migradores de longa distância (NMLD), com cuidado parental (CC) e fecundação interna (FI).
C.P. (Comprimento Padrão Máximo) – Menor do que 15cm (<15cm), entre 15 e 30 cm (<30cm), entre 30 e 45cm (<45cm) e maior do
que 45cm (>45cm); Hábito – Hábito bentônico (BE), Pelágico (PE) e intermediário (BP). ORIG. (Origem) – Autóctonas (AUT); Alóctonas
(ALO); Exóticas (EXO) (Segundo Langeani et al. 2007); Endêmico (END) (Segundo Buckup et al. 2007).

Dessa forma, percebe-se que os diversos trabalhos científicos que citam a elevada
ocorrência e dominância dos ambientes por espécimes de O.niloticus e P. reticulata em
ambientes perturbados (Courtnenay & Stauffer 1990, Canonico et al. 2005) predizem a
estrutura da comunidade de peixes deste ambiente urbano de região de cabeceiras da bacia
hidrográfica.Todas as alterações de meio físico que ocorreram neste sistema hídrico
causaram a exclusão e o isolamento da ictiofauna, pobre em riqueza e abundância de
espécies, com poucos indivíduos e em sua maior parte composta por espécies exóticas
invasoras, que possuem suas abundâncias mais elevadas devido à tolerância à
perturbações ambientais.

Ainda, as características reprodutivas das espécies de peixes indicam que não foram
encontradas espécies que necessitam desempenhar deslocamentos para cumprirem seus
ciclos de vida, chamadas migradoras, o que indica que os constantes represamentos
encontrados ao longo do sistema hídrico em questão já foram suficientes para excluir todas
as espécies de peixes migradoras que ocorrem na região do alto Paranaíba, o que inclui a
quase totalidade das espécies de interesse para a pesca.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


74
Além de serem espécies não-migradoras, os peixes da região do empreendimento encontram
limitação na quantidade e diversidade de itens alimentares oferecidos. Prova disso é a falta de
espécies herbívoras que não foram registradas em nenhuma das duas campanhas, além do
reduzido tamanho máximo das espécies, que raramente supera os 15 centímetros de
comprimento padrão, o que indica uma ictiofauna com limitação em suas capacidades de
suporte para peixes de maior porte, independentemente do período sazonal observado. Da
mesma forma, a elevada abundância das espécies detritívoras revela a significativa presença de
matéria orgânica em decomposição nos corpos hídricos analisados, o que faz desta guilda
alimentar a mais abundante, em uma típica condição de ambiente perturbado com elevada
sedimentação de matéria orgânica proveniente de aporte alóctone.

Por fim, o curso amostrado é de 1ª ordem, sendo que de sua nascente até a foz no córrego
Santo Antônio, esta drenagem percorre aproximadamente 3,28 km, dos quais 1,34 km
(aproximadamente) estão inseridos no interior da área do empreendimento do Loteamento
Betânia. Por ser de pequeno porte e com pouco volume d’água é esperado o encontro de
uma ictiofauna menos diversa e de pequeno porte, sendo que não é esperado o diagnóstico
de uma riqueza muito maior do que a que já foi encontrada. Todas as espécies são muito
comuns na bacia do rio Paranaíba ocorrendo em abundância nas drenagens de 1ª ordem,
assim como nas drenagens de ordens superiores, não havendo nenhuma delas com
preocupação, até então, quanto aos seus status de conservação. Nenhuma se encontra em
status de ameaçada (MMA 2003).

5.3. MEIO ANTRÓPICO

A Metropolitana Serviços Ambientais LTDA – MSA esta localizada na coordenada UTM


691587/8142384, região leste do município de Aparecida de Goiânia, na sub bacia dos
córregos Santo Antônio e Barreiro, junto ao Polo Municipal de Reciclagem, tendo nas
proximidades o Distrito Agroindustrial de Aparecida de Goiânia - DAIAG, o Centro
Presidiário de Goiás - CEPAIGO, a Casa de Prisão Provisória - CPP e o Distrito Industrial
Municipal de Aparecida de Goiânia - DIMAG.

Considerando-se a elaboração deste Plano o diagnóstico do meio socioeconômico foi


realizado através de pesquisas primarias e secundarias em toda a área de influência do
empreendimento (AII e AID).

5.3.1. Histórico

A biblioteca do IBGE (http://biblioteca.ibge.gov.br/) registra o seguinte histórico do município


de aparecida de Goiânia.
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
75
Aparecida de Goiânia começa a dar seus primeiros passos no início dos
anos 20. Alguns historiadores contam que os primeiros fazendeiros a
chegarem no local foram Abraão Lourenço de Carvalho, João Batista de
Toledo, Antônio Barbosa Sandoval e Aristides Frutuoso. Outros dizem que
José Cândido de Queiroz estava na comitiva no lugar de Aristides.

Mas a história é unânime em afirmar que todos eram devotos de Nossa


Senhora Aparecida, e por isso, doaram parte das terras para a Igreja e
ergueram, em 1922, uma cruz de aroeira, onde foi realizada a primeira
missa campal. Uma capela também foi construída. O templo, em estilo
colonial sobrevive à ação do tempo, e hoje, tombado como patrimônio
municipal, é de responsabilidade da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.

A fé e devoção à santa deram o primeiro nome à comunidade, que em 1958


passou a ser chamada de Aparecida de Goiânia, já na condição de distrito,
criado através da lei municipal número 1.295. Por estar entre os municípios
de Hidrolândia e Goiânia, seu nome foi trocado mais tarde para Goialândia,
mas a população fiel à santa não aceitou. Só em 1963, com a Lei Estadual
número 4.927, o distrito ganha o título de município e, com ele, sua
denominação definitiva, Aparecida de Goiânia.

Gentílico: aparecidense

Formação Administrativa

Elevado à categoria de município com a denominação de Aparecida de


Goiânia ex-Goialândia, pela lei estadual nº 4.927, de 14-11-1963,
desmembrado de Goiânia. Sede no atual distrito de Aparecida de Goiânia.
Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1964.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do


distrito sede. Pela lei estadual nº 7050, de 27-07-1968, é criado o distrito de
Vila Brasília e anexado ao município de Aparecida de Goiânia.

Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 2


distritos: Aparecida de Goiânia e Vila Brasília. Assim permanecendo em
divisão territorial datada de 1-VII-1983.

Pela lei municipal nº 819/89, de 14 de abril de 1989, o Distrito de Vila Brasília


passou a denominar-se Nova Brasília. Em divisão territorial datada de 2001, o
município é constituído de dois distritos Aparecida de Goiânia e Nova Brasília ex-
Vila Brasília. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

5.3.2. Caracterização da área do empreendimento

5.3.2.1. USO DO SOLO

A Política de Ordenação para o Crescimento e Desenvolvimento Estratégico (POCDE) está


sendo implantada pela administração municipal, em consonância com as Leis do Plano
Diretor, de Zoneamento, de Parcelamento, do Perímetro Urbano e das diretrizes do
Planejamento e Código de Obras, do Meio Ambiente e Posturas, tendo em vista a ocupação
racional e sustentável do município de Aparecida de Goiânia.

A política de desenvolvimento está apoiada nas Diretrizes Estratégicas do Planejamento


(2001) que integra as ações e estudos voltados ao parcelamento do solo, uso do solo,
habitação, infraestrutura, equipamentos, serviços urbanos e meio ambiente.
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
76
Visando gerenciar melhor as questões relacionadas com o uso e ocupação do solo, o poder
público municipal definiu seis áreas-programa, às quais se vinculam procedimentos
específicos, com vistas a estabelecer padrões dentro da diversidade de características,
tendências e potencialidades de cada uma. São elas:

 Áreas Impróprias para Ocupação, AIO,

 Áreas Não-Prioritárias para o Investimento Público, ANIP,

 Áreas Prioritárias para Ocupação, APO,

 Áreas Prioritárias para Investimento Público, APIP,

 Áreas para Desenvolvimento Estratégico, ADE,

 Áreas para o Crescimento Acompanhado, ACA.

No Plano Diretor de Aparecida de Goiânia, o uso e a ocupação do solo urbano estão


conceituados pela divisão da área urbana em Zonas de Uso. São definidas sete categorias –
residencial, mista, de atividade econômica, industrial, de influência da rodovia BR 153 e do
anel viário, de proteção ambiental e de desenvolvimento estratégico – que agrupam 14
zonas de interesses diferenciados.

Considerando esses fatores, juntamente com a demanda regional, foi definido pela Lei Municipal
2.472/04 o uso do solo na área do empreendimento, uma grande área a leste do núcleo urbano
de Aparecida de Goiânia. No final da década de 1950, parte da área foi requisitada pelo Estado
para implantação de um complexo prisional, tendo surgido então o CEPAIGO.

A região da CGR sofreu intensa antropização durante os últimos anos, com atividade de
exploração de materiais de empréstimo sem posterior recuperação. A atividade deixou o
local com áreas expressivamente degradadas. Foram abertas também vias de acesso em
meio à vegetação, caracterizada por pastagens em diversos graus de degradação. Nas
proximidades da área encontram-se áreas urbanas parceladas e pequenas propriedades
rurais, onde há desenvolvimento de atividades agropastoris.

Comparando a área de influência do empreendimento entre os últimos 06 anos, podemos


relatar que a região teve um pequeno aumento no que diz respeito à espação urbana
(urbanizadas) e áreas industriais (DIMAG), conforme apresentado no mapa (Anexo 07 –
Comparação Temporal do Uso do Solo) podemos observar que a região já vinha sofrendo
interferências e que não houve nesses últimos anos grandes alterações antrópicas no local
de implantação do empreendimento.

Os estabelecimentos de maior representatividade próximos à área do empreendimento, o


DAIAG, o CEPAIGO, CPP e DIMAG. O DAIAG possui diversas indústrias instaladas ou em
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
77
implantação, a exemplo do Centro de Triagem Reciclagem (reciclagem de plástico). Situado
às margens da BR-153, o DAIAG possui EIA/RIMA aprovado pela Agência Ambiental.

O Centro Penitenciário de Atividades Industriais do Estado de Goiás, CEPAIGO, e a Casa


de Prisão Provisória, CPP, são entidades subordinadas à Agência Goiana do Sistema
Prisional. A Agência possui a atribuição de gerenciar o sistema prisional e a implementação
das penas não privativas de liberdade no Estado. No Quadro 17 seguintes constam os
empreendimentos localizados no entorno do empreendimento em estudo.

Quadro 17: Empreendimentos localizados no entorno imediato da Central de


Gerenciamento de Resíduos.
Empreendimentos do entorno Coordenadas
CEPAIGO 691216/8141013
BAK LOG Logística Bancária 690987/8140961
Real massa e vidro 690910/8140947
Galpão 690706/8140905
Criabem Nutrição Animal 690616/8140886
Restaurante e Lanchonete – DAIAG 690503/8140864
DAIAG – Administrativo 690422/8140881
Vibra com 690356/8140885
Torre Celular 690391/8140908
Caixa d’água - DAIAG 690508/8140907
Arquivo Total 691203/8141066
Votorantim (siderurgia) 691080/8141178
Biox Brasil Indústria e Comércio 691144/8141186
CEPAIGO – fundo 691289/8141218
Subestação CELG – CEPAIGO 691387/8141238
RENOVE (Polo de Reciclagem) 691373/8141663
COPEL (Polo de Reciclagem) 691317/8141964
GV Par Ambiental (Polo de Reciclagem) 691283/8141951
Aterro Municipal 692128/8142612
Estação de Tratamento de Esgoto - ETE Santo Antônio 691836/8143033
Fonte: DBO ENGENHARIA / Levantamentos de campo

5.3.2.2. DINÂMICA DEMOGRÁFICA

Segundo o Censo Demográfico do IBGE, em 2010, Aparecida de Goiânia abrigava uma


população total de 455.657 pessoas, representando 7,6% das 6.003.788 pessoas residentes
no estado de Goiás, 21,5% das 2.116.730 da Microrregião de Goiânia (MG) e, 20,1% das
2.173.141 da Região Metropolitana de Goiânia (RMG).

A distribuição da população por local de domicílio (urbanos e rurais), assim como sua
evolução recente possibilita se compreender não só dinâmica demográfica dos municípios,
mas também sua realidade socioeconômica, uma vez que há uma relação estreita e
complexa entre a distribuição espacial da população e as modalidades de aproveitamento
dos recursos naturais que utiliza. A tendência nacional e estadual é de concentração cada
vez maior de seus contingentes demográficos em áreas urbanas.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


78
Observa-se pela figura seguinte que Aparecida de Goiânia acompanha a tendência nacional
e estadual de elevação de sua taxa de urbanização (99,98%), permanecendo
acentuadamente acima das médias estadual (91,89%) e nacional (84,40%). Praticamente
todo o território do município encontra-se parcelado e sendo incorporado à área urbana.

Figura 18: Taxa de Urbanização (%)


Fonte: IBGE/Censo Demográfico

Considerando-se a distribuição da população pela área territorial do município, o que revela


sua densidade demográfica, verifica-se que ela era, em 2010, de 1.580,27 habitantes por
quilômetro quadrado, portanto, acentuadamente acima da média nacional (22,43 habitantes
por quilômetro quadrado) e estadual (17,65 habitantes por quilômetro quadrado), assim
como da Microrregião de Goiânia (314,56 habitantes por quilômetro quadrado) e, da Região
Metropolitana de Goiânia (297,06 habitantes por quilômetro quadrado). Por certo, a área do
território municipal na atualidade é praticamente toda urbana.

Considerando-se a dinâmica demográfica do município de Aparecida de Goiânia,


notadamente sua Taxa Geométrica de Crescimento Anual (TGCA), verifica-se pela figura
seguinte que, ao longo das últimas décadas, firma-se a tendência de queda no índice de
crescimento demográfico no país (redução de 1,64% a/a para 1,17% a/a), no estado de
Goiás (redução de 2,46% a/a para 1,84% a/a) e, mais acentuadamente no município, onde
foi reduzida de 7,30% a/a para 3,08% a/a.

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79
Figura 19: Taxa geométrica de crescimento anual da população.
Fonte: IBGE / Censo Demográfico

Para se compreender os aspectos socioeconômicos e culturais da população dos municípios, é


importante examinar sua composição por sexo e grupos etários. O índice Razão de Sexo1,
segundo tendência histórica, indica que à medida da elevação da taxa de urbanização, ele
tende ao equilíbrio (100) ou mesmo ao predomínio do feminino (abaixo de 100).

Assim, nota-se pela figura seguinte que em 2010, o índice do município de Aparecida de
Goiânia (97,37), situava-se entre a média nacional (95,95) e, a estadual (98,66),
evidenciando, portanto, a prevalência do feminino. Verifica-se ainda que a tendência é de
queda do masculino, notadamente em locais com maior taxa de urbanização.

Figura 20: Razão de sexo


Fonte: IBGE / Censo Demográfico

1 Número de homens para cada grupo de 100 mulheres, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano
considerado. Expressa a relação quantitativa entre os sexos de modo que, se igual a 100, o número de homens e de mulheres
se equivalem; acima de 100, há predominância de homens e, abaixo, predominância de mulheres.

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80
5.3.2.3. ESTRUTURA FUNDIÁRIA E USO DO SOLO DO MUNICÍPIO

O processo histórico de ocupação na área dos municípios da AII remonta ao século XVII,
com a chegada de colonizadores a Goiás, inicialmente no contexto das entradas e
bandeiras, da busca por ouro e, posteriormente, com a decadência da mineração, pela
expansão da atividade agropecuária nos séculos XVIII e XIX. Nesse período houve
colonização de imigrantes mineiros e paulistas e mais tarde em outras regiões do país. O
atrativo para o surto imigratório foi à existência de largas faixas de terras férteis e matas, até
então inexploradas na área de abrangência da nova capital. A intensa ocupação do
território, particularmente no eixo Goiânia – Anápolis – Brasília, tornou o Centro Sul de
Goiás um dos principais destinos migratórios do país.

A extensão da estrada de ferro vinda do Triângulo Mineiro até Anápolis, o entroncamento


rodoviário para o norte do país, notadamente a BR – 153, assim como, a criação de Goiânia,
tornaram-se um marco decisivo na ocupação desta parcela do território goiano segundo
ESTEVAM (1997).

O processo de ocupação da região e sua acentuada expansão demográfica, com destaque


para a segunda metade do século XX, provocaram a fragmentação de territórios e a criação
de municipalidades a partir, principalmente, de Anápolis, o mais antigo município da região,
criado em 1887.

Na constituição do uso e ocupação do solo, assim como da estrutura fundiária nos


municípios em estudo, dois fatores devem ser considerados: primeiro, a construção de
Goiânia e o impacto sobre a valorização das terras na região e, segundo, que ela se insere
no contexto da chamada “expansão da fronteira agrícola”, processo que teve como pano de
fundo a modernização conservadora do campo, vez que implicou o uso intensivo de novas
técnicas e tecnologias de cultivo e manejo, especialmente de grãos, como o milho e a soja,
mas sem a reversão do processo de concentração fundiária e sem a extensão dos direitos
trabalhistas aos trabalhadores do campo. De outro lado,

“a dinamização do mercado de terras que possibilitou a penetração dos


empresários rurais que com o emprego do capital financeiro, aceleraram o
processo (...); aumentou a produção, contudo, não cresceu o número de
trabalhadores, já que o modelo visa o uso de tecnologias e reduzida mão de
obra. Desse modo, o campo funcionou e ainda pode ser percebido, (...),
como um atrativo de capitais e não de trabalhadores”. (MESQUITA (1993;
apud SOUZA, FREITAS E MENDONÇA, 2006).

Daí que, há dois aspectos neste processo que se determinam mutuamente: por um lado,
ocorre um acelerado crescimento da produção e da produtividade, e, por outro, o êxodo de

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


81
camponeses para a cidade elevando sobremaneira as taxas de urbanização das cidades,
acentuando a piora das condições de vida, especialmente de migrantes.

Dentre outras consequências do modelo adotado no Brasil, destaca-se ainda que:

O processo de “ocupação racional” do Cerrado acarretou transformações


profundas na paisagem. O desmatamento, a mecanização, as correções
químicas provocaram desequilíbrios ambientais e o Cerrado perdeu e
perde, pouco a pouco, sua identidade e especificidades ambientais. O
Cerrado foi e continua sendo ocupado de forma desordenada e acelerada,
indo além da capacidade de resistência e recuperação de seus subsistemas
naturais e artificiais. Ferreira (2001).

Deste modo, a ocupação capitalista do cerrado goiano, particularmente no sul, sudeste e


sudoeste do estado, tem proporcionado forte alteração na paisagem com o intensivo uso
dos recursos hídricos, desmatamento com progressivo empobrecimento da fauna e flora,
utilização de produtos químicos, proporcionando, deste modo, um intensivo processo de
degradação ambiental.

É neste contexto que se instala e consolida o município de Aparecida de Goiânia, que no


início da década de 2000, aprovou seu Plano Diretor e possui as seguintes leis como
instrumentos de Planejamento urbano municipal:

 Lei Complementar n° 004, de 30 de Janeiro de 2002 – “Dispõe sobre o planejamento


municipal Sustentável, sobre o Plano Diretor do Município de Aparecida de Goiânia, e
dá outras providências”;

 Lei Municipal n° 2.245, de 30 de Janeiro de 2002 – “Dispõe sobre as diretrizes estratégicas


do Plano Diretor para o planejamento do Município de Aparecida de Goiânia”;

 Lei Municipal n° 2.246, de 30 de Janeiro de 2002 – “Dispõe sobre a Política de


Ordenamento para o Crescimento e Desenvolvimento estratégico (POCDE) do
Município de Aparecida de Goiânia”;

 Lei Municipal no 2.247, de 30 de Janeiro de 2002 – “Dispões sobre a criação do


Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental Sustentável (COMDAS) e dá
outras providências”;

 Lei Municipal n° 2.248, de 30 de Janeiro de 2002 – “Dispõe sobre a criação do Fundo


municipal de Desenvolvimento Ambiental Sustentável (FUMDAS) e dá outras
providências”;

 Lei Municipal n° 2.249, de 30 de Janeiro de 2002 – “Dispõe sobre a delimitação do


Perímetro Urbano”;
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
82
 Lei Municipal n° 2.250, de 30 de Janeiro de 2002 – “Dispõe sobre o parcelamento do
solo na área urbana e rural do Município de Aparecida de Goiânia e estabelece outras
providências urbanísticas”;

 Lei Complementar n° 005, de 30 de Janeiro de 2002 – “Dispõe sobre o zoneamento,


uso e ocupação do solo, na área urbana e rural do Município de Aparecida de Goiânia
e estabelece outras providências”;

 Lei Municipal no. 2.707 de 18 de dezembro de 2007 – Instituem as Áreas Especiais de


Interesse Social (AEIS); estabelece normas para regularização fundiária; cria o Plano
Habitacional de Interesse Social;

Segundo os dados do Censo Agropecuário do IBGE, de 2006, dispostos na tabela seguinte,


a distribuição dos estabelecimentos agropecuários de Aparecida de Goiânia, revela que, no
município, há somente dois grupos de área total: de 0 ha a menos de 100 ha, que
predomina amplamente (91,38%) e, de menos de 100 ha a 500 ha. Ocorre, no entanto, que
as do segundo grupo (8,63%) concentram a maior parte da área (53,82%), ou seja, mesmo
com reduzida área rural, o município guarda concentração de terras.

Quadro 18: Número de estabelecimentos e Área dos estabelecimentos agropecuários,


por grupos de área total. Ano 2006. Município de Aparecida de Goiânia.
Número de estabelecimentos Área dos estabelecimentos
Grupos de área total (ha) agropecuários agropecuários (ha)
(Nº) (%) (Nº) (%)
Total 197 100,00 6.885 100,00
De 0 a menos de 100 180 91,38 3.181 47,17
De 100 a menos de 500 17 8,63 3.705 53,82
Fonte: IBGE / Censo Agropecuário.

O censo agropecuário 2006 revela ainda que, em todas as dimensões geográficas


explicitadas na tabela seguinte, há o predomínio do uso do solo com pastagens, sendo ele
mais acentuado em Aparecida de Goiânia (82,5%), contra 62,9% de média estadual.

Quadro 19: Utilização das Terras. Ano 2006.


Estado de Goiás Aparecida de Goiânia
Utilização das Terras
Nº (ha) % Nº (ha) %
Lavouras Permanentes (ha) 247.691 1,0 148 2,2
Pastagens Naturais e Artificiais (ha) 15.709.871 62,9 5.519 82,5
Matas Naturais e Plantadas (ha) 5.640.548 22,6 774 11,6
Lavouras Temporárias (ha) 3.359.049 13,5 250 3,7
Total 24.957.159 100,0 6.691 100,0
Fonte: IBGE / Censo Agropecuário.

Outro dado importante ao se analisar o uso da terra é a condição do produtor em relação ás


terras. De acordo com o censo agropecuário de 2006, a condição de proprietário predominava

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


83
nas em todas as unidades geográficas analisadas, mas o município de Aparecida de Goiânia
(75,63%) apresenta valores abaixo das médias estaduais (86,97%) e, nacional (76,25%).

5.3.3. Socioeconomia

5.3.3.1. PRODUTO INTERNO BRUTO TOTAL E PER CAPITA.

A análise do Produto Interno Bruto (PIB), que é o valor a preços de mercado de todos os
bens e serviços finais produzidos no ano, possibilita um melhor conhecimento da estrutura
produtiva e da realidade econômica do município, evidenciando sua vocação e a magnitude
da riqueza produzida. O Produto Interno Bruto (PIB), que é um indicador revela:
O valor da produção de bens e serviços gerada pelo conjunto de atividades
que compõem uma economia definida por um espaço geográfico em um
intervalo de tempo, o que possibilita ter a grandeza monetária da
capacidade de geração de riqueza de magnitude econômica e a
contribuição dos setores de atividade que formam essa determinada
unidade econômica. A distribuição do PIB no espaço geográfico é
ferramenta importante na atividade de planejamento, na distribuição das
receitas públicas e na compreensão da dinâmica das economias regionais e
no nível de concentração econômica existente, podendo ser parâmetro para
a implementação de políticas destinadas ao desenvolvimento regional2.

A economia no país registrou no ano de 2010, um PIB em valores correntes de R$ 3.770,1


bilhões, enquanto que o PIB per capita atingiu os R$ 19.766,33, um aumento nominal de R$
2.848,67 (8,0%) em comparação ao ano anterior. Dentre as regiões brasileiras, a Centro -
Oeste registrou o menor crescimento (6,2%), devido a menor variação na agropecuária.

Já dentro da região Centro Oeste o estado de Goiás cresceu acima da média, sendo que
neste último ano obteve a quarta maior taxa dentre os estados brasileiros, em especial,
devido ao maior crescimento no setor industrial, ficando na 11ª colocação no ranking com
uma taxa de 8,8%. No ano de 2010 o estado de Goiás teve um PIB avaliado em R$ 97.576
milhões, um acréscimo nominal de R$ 11.961 bilhões em relação ao ano anterior.

O PIB de Aparecida de Goiânia alcançou em 2010 de R$ 97.576 milhões, posicionando-se


em terceiro lugar no ranking estadual, participando com uma fatia de 5,3% do PIB estadual.
O setor de serviços foi à atividade de maior representatividade, com 74,58%, cujo destaque
foi para o comércio atacadista de produtos alimentícios, adubos, fertilizantes, defensivos
agrícolas e cervejas.

A atividade industrial ganhou participação na estrutura municipal naquele ano, o que se


deve ao aumento na fabricação de fraldas descartáveis, biscoitos e bolachas, colchões,
embalagens de material plástico e beneficiamento de arroz. O dinamismo das atividades

2 SEPLAN / SEPIN.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


84
produtivas no município é confirmado pelo peso de sua população, já que é o segundo
município mais populoso do estado e pela proximidade com a capital, Goiânia.

Figura 21: Ranking dos dez maiores municípios goianos em PIB


Fonte: IMB-GO/SEGPLAN/2012

A análise da participação dos setores de atividade na composição do PIB municipal é


relevante para se compreender sua estrutura produtiva, capacidade tecnológica, enfim, o
perfil da economia local. A construção das Contas Regionais está estruturada em três
grandes setores de atividade econômica, conforme recomenda o Sistema de Contas das
Nações Unidas (SNA) e a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE):

 Setor Primário, contemplando toda a produção da agropecuária.

A Agropecuária é constituída principalmente pela produção da agricultura temporária e


permanente, produção animal e produção de origem animal, Silvicultura e Extrativismo
Vegetal, serviços auxiliares, etc.

 Setor Secundário, a produção de todo o segmento industrial.


METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
85
O Setor Industrial é composto pela Indústria de Transformação, Indústria Extrativa Mineral,
Indústria de Utilidade Pública (energia, gás encanado e saneamento) e Indústria da
Construção Civil.

 Setor Terciário, constituído pelas atividades de comércio e serviços.

O Setor Terciário é formado pelas atividades de Comércio atacadista e varejista e pelas


atividades de Serviços de: Alojamento e Alimentação, Transportes e Armazenagem,
Informação, Educação e Saúde Mercantil, Administração Pública, Instituições Financeiras,
Administração Imobiliária e Serviços Prestados às Empresas, Serviços Prestados às
Famílias e Serviços Domésticos.

Já em relação à participação dos setores por atividade econômica no valor adicionado no


ano de 2010, observa-se que aparecida de Goiânia apresenta o mesmo padrão quando
comparados com o Brasil e o Estado de Goiás. Assim, no ano de 2010, o PIB estadual no
setor de serviços participa com uma fatia de 58,96%, seguido pela indústria, com 27,01% e,
por último, a agropecuária, com 14,02%, o mesmo ocorre no município de Aparecida de
Goiânia o setor de serviços é o que mais contribui com 74,58%, seguido pelo setor de
indústria com 25,24% e por fim o da agropecuária com 0,18%.

Figura 22: Valor Adicionado por Participação (%) do Setor de Atividade. Ano 2010.
Fonte: SEGPLAN / IMB.

Outro aspecto importante para o exame das economias do município analisado é o PIB per
capita, obtido pela distribuição igualitária de toda a riqueza produzida no ano pela população
residente. Constitui-se em importante referência como medida síntese de padrão de vida e
de desenvolvimento econômico de países, estados e municípios. Em 2010, o PIB per capita

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


86
de Aparecida de Goiânia era de R$ 11.297,44, um pouco abaixo do PIB goiano (R$
16.251,70), como explicitado na figura seguinte.

Figura 23: Evolução do PIB per capita (R$)


Fonte: SEGPLAN / IMB

As principais atividades industriais desenvolvidas no município de Aparecida de Goiânia são


as indústrias do setor de alimentício, artefatos de cimento, metalurgia, medicamentos,
indústria de produtos de higiene e beleza, produção de água mineral, através destas
atividades o município ocupa a 7ª posição no ranking estadual.

5.3.3.2. SETOR PRIMÁRIO

A produção agrícola e pecuária não é significativa no município de Aparecida de Goiânia, se


comparada com a produção do estado e até mesmo na região metropolitana de Goiânia, em
face de sua reduzida área rural.

 Pecuária

Os dados da Pesquisa Pecuária Municipal de 2009 a 2011, do IBGE, revelam que a


atividade pecuária no município de Aparecida de Goiânia sofreu variações. Deste modo, no
ano de 2011, ocorreu uma diminuição de 2,29% na criação de bovinos, de 9,04% na criação
de aves e, a produção de suínos, não ocorreu variação em comparação com o ano de 2010,
como explicitado no Quadro 20 seguinte.

Quadro 20: Rebanho bovino, suíno e avícola. Anos 2009 a 2011. Município de
Aparecida de Goiânia.
Estado de Goiás Aparecida de Goiânia
Efetivo da Pecuária
2009 2010 2011 2009 2010 2011

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87
Bovino (cabeças) 20.874.943 21.347.881 21.744.650 9.470 10.030 9.800
Suíno (cabeças) 1.929.062 2.046.727 2.049.376 1.350 1.350 1.350
Aves (cabeças) 53.717.123 55.156.362 61.179.904 96.220 100.700 91.600
Vacas leiteiras (cabeças) 2.441.165 2.479.869 2.615.611 5.560 5.800 2.597
Fonte: IBGE. SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica

Figura 24: Criação de Bovinos na região de Figura 25: Criação de bovinos na Chácara
Aparecida de Goiânia São José – Aparecida de Goiânia

Em relação aos produtos de origem animal no período, observam-se também variações


pouco significativas na participação do município em relação à produção estadual. Assim, a
produção de leite (mil litros) que em 2009 representava 0,10% do total estadual, em 2011
reduziu-se para 0,08%; o mesmo aconteceu com a produção de ovos de galinha (mil dúzias)
em 2009 representava 0,66% do total estadual, em 2011 reduziu-se para 0,61%.

Quadro 21: Produção de origem animal. Anos 2009 a 2011. Município de Aparecida de
Goiânia.
Ano
Tipo de produto
2009 2010 2011
Leite (Mil litros) 3.003.182 3.193.731 3.482.041
Ovos de galinha (Mil dúzias) 157.410 172.573 176.535
Leite (Mil litros) 2.970 3.098 2.987
Ovos de galinha (Mil dúzias) 1.039 1.083 1.077
Fonte: IBGE. SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica

 Agricultura

Observa-se no Quadro 22 seguinte que, em face de sua reduzida área destinada à área
rural, o município de Aparecida de Goiânia possui uma produção agrícola bastante discreta,
mas com destaque para o arroz, a cana-de-açúcar, a mandioca e o milho, este que ocupa a
maior área (100 ha em 2011). A produção de limão contribui com 1,18% na produção
estadual, o que deixa o município no ranking estadual no 17º lugar de produtores de limão.

Quadro 22: Evolução da área plantada com lavoura temporária. Anos 2009 a 2011.
Município de Aparecida de Goiânia.
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88
Área plantada (Hectares)
Unidade territorial Lavoura temporária
2009 2010 2011
Arroz (em casca) 103.045 90.382 72.176
Banana 170.794 183.917 170.575
Cana-de-açúcar 524.194 578.666 697.541
Estado de Goiás Laranja 6.717 6.853 6.603
Limão 540 540 551
Mandioca 21.861 21.157 18.315
Milho (em grão) 906.250 858.301 960.792
Arroz (em casca) 40 40 50
Banana 10 10 10
Cana-de-açúcar 5 5 15
Aparecida de Goiânia Laranja 5 5 5
Limão 5 5 5
Mandioca 20 20 15
Milho (em grão) 120 120 100
Fonte: IBGE. SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica

 Produção Mineral

A atividade mineral em Aparecida de Goiânia concentra-se na produção de Brita (m³) que,


em 2009, chegou a 779.714 m³ e, em 2010, passou para 1.817.957 m³, registrando um
aumento de 133%, contribuindo assim com 25,39% na produção estadual.

Na produção de água mineral o município ocupa o 7º lugar no ranking estadual, contribuindo


com 1,89%. No ano de 2009 registrou uma produção de 2.180.420 litros e, em 2010, passou
para 2.386.000 litros, ocorrendo um aumento de 9,43%.

5.3.3.3. SETOR SECUNDÁRIO

Os dados estatísticos do Cadastro Central de Empresas, do IBGE, relativos ao ano de 2010,


registram um total de 7.829 unidades locais no município, das quais 1.284 (16,40%)
concentram-se na indústria da transformação, como pode-se observar pelo quadro seguinte.

Quadro 23: Unidades locais, por seção da classificação de atividades (CNAE 2.0).
Município de aparecida de Goiânia, ano 2010.
Unidades locais
UNID. Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0)
(Nº) (%)
Total 7.829 100,00
A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. 22 0,28
B Indústrias extrativas 8 0,10
C Indústrias de transformação 1.284 16,40
D Eletricidade e gás 6 0,08
E Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação. 34 0,43
F Construção 455 5,81
G Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 3.640 46,49
H Transporte, armazenagem e correio 254 3,24
I Alojamento e alimentação 283 3,61
J Informação e comunicação 154 1,97
K Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. 87 1,11
L Atividades imobiliárias 59 0,75

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89
M Atividades profissionais, científicas e técnicas. 241 3,08
N Atividades administrativas e serviços complementares 542 6,92
O Administração pública, defesa e seguridade social. 6 0,08
P Educação 244 3,12
Q Saúde humana e serviços sociais 114 1,46
R Artes, cultura, esporte e recreação. 60 0,77
S Outras atividades de serviços 336 4,29
Fonte: IBGE - Cadastro Central de Empresas

Figura 26: Comércio localizado no Figura 27: Buriti Shopping localizado na Vila
setor Central de Aparecida de Goiânia. São Tomaz em Aparecida de Goiânia.

Figura 28: Rua comercial no setor Vila Figura 29: Avenida comercial no setor Serra
Brasília Aparecida de Goiânia. Dourada em Aparecida de Goiânia.

O município possui grandes polos industriais: o DIMAG – Distrito Industrial Municipal de


Aparecida de Goiânia, o DAIAG – Distrito Agroindustrial de Aparecida de Goiânia com 4
milhões de metros quadrados; Polo Empresarial Goiás; Parque Industrial de Aparecida de
Goiânia e a Cidade Empresarial. Estão localizados em uma posição estratégica para
investimentos na industrialização, na distribuição de produtos e no atendimento de
importantes mercados consumidores. Nos polos estão instaladas varias empresas, tais
como:

 Fralda Sapeca;
 Café Di Casa,
 Equiplex Indústria Farmacêutica,

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90
 Kisses,
 Tempervidros,
 Luz Alimentos Ltda,
 Indústria de Laticínios Claveaux Ltda,
 Lactolab Indústria Comércio de Importação
 Exportação Ltda,
 Grupo Mabel,
 Arroz Cristal;
 Luz Alimentos Ltda (Entrepostos de ovos);

Figura 30: Indústria Mabel em Aparecida de Figura 31: DIMAG – Distrito Industrial
Goiânia-GO (SEPIN) Municipal de Aparecida de Goiânia – GO
(SEPIN)

Dos 5 distritos industriais instalados no município, 3 pertencem ao próprio município -


DIMAG, Polo Empresarial Goiás e Polo Empresarial Aparecida. O DAIAG é administrado
pela Secretaria de Indústria e Comércio do Estado e um particular, Cidade Empresarial.
Com o crescimento da força econômica, a massa salarial do emprego formal, as receitas
municipais e proximidade ao terminal ferroviário, essas variáveis colocam Aparecida de
Goiânia numa posição de destaque no estado, sendo considerada nos dias de hoje um polo
industrial em expansão.

5.3.3.4. SETOR TERCIÁRIO

A grande maioria das unidades locais em Aparecida de Goiânia concentra-se no setor de


comércio e serviços. Do total de 7.829 unidades, 3.640 (46,49%) pertenciam à seção
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas e, as demais, às atividades de
serviços, dentre as quais a de Transporte, armazenagem e correio (3,24%), Alojamento e
alimentação (3,61%), Atividades profissionais, científicas e técnicas (3,08%), Atividades

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91
administrativas e serviços complementares (6,92%), como pode-se averiguar pela tabela
anterior.

Possui 25 (vinte e cinco) agências bancarias, 4 Caixa Econômica Federal, 6 Banco do Brasil
S.A, 6 Banco do Bradesco, 7 Banco Itaú S.A e duas outras agências bancarias, além de
lotérica da Caixa Econômica Federal, o município também possui agência dos Correios,
telefonia fixa e telefonia móvel, Rádios FM e AM.

Figura 32: Banco do Brasil no setor Papilon Figura 33: Banco Itaú no setor Central -
Park – Aparecida de Goiânia. Aparecida de Goiânia.

Figura 34: Lotérica no setor Serra Dourada - Figura 35: Agência dos Correios no setor
Aparecida de Goiânia. Vila Brasília - Aparecida de Goiânia

5.3.3.5. EMPREGO E RENDA

Dados do Censo Demográfico do IBGE de 2000 e 2010 revelam que a População


Economicamente Ativa (PEA), composta pelo contingente de 10 anos e mais de idade,
cresceu em todo o país, um dos efeitos da transição demográfica.

Em Aparecida de Goiânia ela passou de 62,66% da população total de 10 anos e mais no


ano 2000, para 65,48%, em 2010, percentual este superior à média estadual (62,02%) e
nacional (57,73%).

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92
Perfazendo uma comparação entre os setores de atividade na sua geração de empregos
formais no período de 2010 a 2012 no município de Aparecida de Goiânia, observa-se pelo
Quadro 24 seguinte que se registrou um saldo positivo nos diversos ramos de atividade
econômica, com destaque pra a Construção Civil, Serviços e Indústria de Transformação.

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93
Quadro 24: Saldo do Emprego formal por Setor de Atividade.
Estado de Goiás Aparecida de Goiânia
Atividade Econômica
2010 2011 2012 2010 2011 2012
Extrativa Mineral 1.065 767 798 -2 1 2
Indústria de Transformação 21.134 22.927 23.591 1.405 982 302
Serv. Ind. Utilidade Pública -749 185 743 -281 1 298
Construção Civil 10.321 10.467 13.020 574 2.189 1.751
Comércio 20.556 7.600 5.988 1.887 403 513
Serviços 27.378 19.768 18.973 2.485 952 1.038
Administração Pública 622 311 20 - - -
Agropecuária 3.648 14.201 11.043 -4 -34 -3
Total 83.975 75.604 74.176 6.064 4.494 3.901
Fonte: RAIS/TEM

Aparecida de Goiânia e o estado de Goiás, no seu conjunto, têm registrado alternância nos
saldos positivos, porém com redução paulatina no período de 2010 a 2012. O município
apresenta um saldo de 4.088 pessoas no ano de 2010 e 3.061 pessoas em 2012, seguindo
a tendência estadual que em 2010 foi de 83.975 pessoas e 66.230 pessoas em 2012, como
descrito no Quadro 25 a seguir.

Quadro 25: Flutuação do Emprego Formal.


Estado de Goiás Aparecida de Goiânia
VARIÁVEL
2010 2011 2012 2010 2011 2012
Admitidos 688.867 747.969 761.494 65.014 73.610 70.011
Desligados 604.892 678.417 695.264 60.926 69.930 66.950
Saldo 83.975 69.552 66.230 4.088 3.680 3.061
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego / CAGED. SEPLAN-GO / SEPIN.

A remuneração da PEA permite inferir aspectos referentes à sua mobilidade espacial,


importância do ensino formal para sua qualificação, dentre outros. Neste sentido, o
rendimento nominal mensal do trabalho principal torna-se um importante indicador.

Segundo o Censo Demográfico de 2010, do IBGE, no município de Aparecida de Goiânia,


25,04% da PEA recebiam mais de 1 a 2 salários mínimos, contra 18,88% de média estadual
e, 21,09%, nacional. Os Sem rendimento, alcançam 32,91% no município, contra 33,73% de
média estadual e, 37,09% de média nacional.

No decorrer da década de 1990 ocorreram mudanças importantes na renda per capita do


estado de Goiás e de Aparecida de Goiânia: o crescimento médio da renda per capita foi,
respectivamente, de 34,95%, 33,93%, a pobreza3 foi reduzida em 23,97% no primeiro, 28,27%
no segundo; e, o índice de Gini4, cresceu de 0,58 para 0,61 em Goiás, e em Aparecida de
Goiânia de 0,44 para 0,47. Portanto, o município reúne uma proporção de pobres semelhante à
média do estado, ao mesmo tempo em que desconcentrou mais a renda.

3 Proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 75, 50, equivalente à metade do salário mínimo vigente
em agosto de 2000.
4 Varia de 0 (todos possuem a mesma renda, portanto, completa igualdade) a 1 (uma pessoa detém toda a renda e os demais
nenhuma). Logo, quanto mais próximo de 1, mais desigualdade na distribuição da renda.

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94
Quadro 26: Pobreza e Renda. Anos 1991 e 2000.
UF E MUNICÍPIOS INDICADOR 1991 2000
Renda per capita Média (R$ de 2000) 211,9 286,0
Estado de Goiás Proporção de Pobres (%) 35,1 26,6
Índice de Gini 0,58 0,61
Renda per capita Média (R$ de 2000) 150,6 201,7
Aparecida de Goiânia Proporção de Pobres (%) 31,8 22,8
Índice de Gini 0,44 0,47
Fonte: PNUD / IPEA / FJP / IBGE

5.3.4. Finanças Públicas

As finanças públicas, constituídas por impostos, contribuições, transferências federais e


estaduais, têm papel estratégico para o poder público municipal, vez que são o principal
suporte para a implementação de políticas públicas dirigidas, especialmente, à solução de
passivos sociais como na educação, saúde, segurança pública, saneamento básico,
assistência social, moradia, dentre outros.

Observa-se pelo Quadro 27 a seguir que no ano de 2012, em Aparecida de Goiânia,


indústria, comércio atacadista e comércio varejista, foram as atividades que mais
contribuíram com maiores fatias do ICMS, como também ocorre na média estadual, onde a
participação da indústria é de 19,5%, registrando-se um total de R$ 2.216.943 no ano de
2012.

Quadro 27: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Anos 2010 a
2012. (R$ mil).
Aparecida de Goiânia (R$ mil) Estado de Goiás (R$ mil)
Serviços
2010 2011 2012 2010 2011 2012
Agropecuária 22 15 45 166.851 165.493 223.566
Extração Mineral 214 269 251 53.137 59.856 65.345
Prestação de Serviços 19.377 18.579 25.329 173.916 200.390 222.491
Comércio Atacadista 72.461 95.316 258.777 1.107.960 1.113.510 1.602.384
Comércio Varejista 54.653 64.471 94.640 1.023.162 1.037.489 1.349.581
Indústria 79.825 90.427 104.810 1.810.639 1.875.154 2.216.943
Total 253.434 332.700 504.260 8.170.085 9.875.178 11.369.285
Fonte: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2010

Em relação às receitas e despesas, nota-se pela figura seguinte que o menor índice
registrado nas despesas do município foi no ano de 2007 com R$ 263.169 e o maior no ano
de 2010 com R$ 394.934, ano em que foi registrada a maior receita e despesa no período,
com R$ 395.823 e R$ 394.934 respectivamente.

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95
Figura 36: Total das Receitas e Despesas (R$). Aparecida de Goiânia.
Fonte: SEPLAN-GO / SEPIN – 2012.

5.3.5. Indicadores Sociais

5.3.5.1. SAÚDE

Conforme dados obtidos na Secretaria Municipal de Saúde de de Aparecida de Goiânia,


para atendimento da população o municipio disponibiliza:

 12 hospitais com 975 vagas para atendedimento pelo SUS;


 01 Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (HUAPA);
 03 Cais nos setores Nova Era, Garavelo e Colina Azul;
 03 Centros de Saúde nos setores Papilon Park, Vila Brasília e Madre Germana;
 01 Unidade de Pronto Atendimento - UPA possui 20 leitos atendiemnto 24 horas, no
Residencial Brasil Com;
 01 Maternidade Municipal Marlene Teixeira;
 01 Tele agendamento de consultas e NASF (Nucleo de Apoio a Saúde da Família),
atendimento no telefone 2545-2222;
 01 Posto de medicamento municipal;
 01 laboratório municipal;
 SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência;
 01 Unidade de Controle de Endemias (Epideomiologia e saúde ambiental);
 01 Unidade da Vigilância Sanitária;
 01 Centro de Atenção Psicossocial
 17 Clinicas Especializada/Ambulatório Especializado, sendo 01 municipal, 01
filantrópica e 15 privadas;
 31 Unidades Básicas de Saúde – U.S.B, conforme quadro seguinte.
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96
Figura 37: Hospital de Urgência Aparecida Figura 38: Pronto Socorro – Dona Getúlia
de Goiânia – HUAPA. Mariana de Almeida – Aparecida de Goiânia.

Figura 39: Maternidade Marlene Teixeira – Figura 40: Divisão de Medicamentos –


Aparecida de Goiânia. Aparecida de Goiânia.

Conforme dados obtidos no Departamento de Epidemiologia e Saúde Ambiental do


município, com a Diretora Sr.ª Vânia Cristina Rodrigues de Oliveira. a relação das doenças
diagnosticadas no município no ano de 2012, são as seguintes:

Quadro 28: Diagnóstico das doenças do município de Aparecida de Goiânia. Ano 2012.
Diagnóstico de Doenças Ocorrências
Leishmaniose 04
Doença de Chagas 02
Hanseníase 189
Dengue 7.491
Tuberculose 76
HIV 40
DST’s 3.414
Hepatite 108
Sífilis Adulto 79
Sífilis Gestante 47
Fonte:Departamento de Epidemiologia e Saúde Ambiental

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97
No período 1991-2000, a taxa de mortalidade infantil do município diminuiu 30,64%,
passando de 30,22 (por mil nascidos vivos) em 1991 para 20,96 (por mil nascidos vivos) em
2000, e a esperança de vida ao nascer cresceu 5,69 anos, passando de 64,47 anos em
1991 para 70,16 anos em 2000. No ano de 2008, a mortalidade infantil registrada pelo SUS,
alcançou 13,0 por 1.000 nascidos vivos.

Figura 41: Coordenadoria de Vigilância Figura 42: Diretora Sr.ª Vânia Cristina
Epidemiológica – Aparecida de Goiânia. Rodrigues de Oliveira.
Quadro 29: Indicadores de Longevidade, Mortalidade e Fecundidade. Anos 1991 e
2000.
Indicadores de Longevidade 1991 2000
Mortalidade até 1 ano de idade (por 1000 nascidos vivos) 30,2 21,0
Esperança de vida ao nascer (anos) 64,5 70,2
Taxa de Fecundidade Total (filhos por mulher) 3,2 2,3
Fonte: SEPLAN/IBGE.

5.3.5.2. EDUCAÇÃO

Em 2011, a infraestrutura de educação em Aparecida de Goiânia é composta de 194


estabelecimentos de ensino, sendo 87 escolas municipais distribidas em CMEI, conveniadas
e do municipio, 67 escolas estaduais, com um total de 2.275 salas de aula, 4.015 docentes
para 102.895 alunos matriculados em toda rede de ensino.

Quadro 30: Matriculas na estrutura de ensino. Aparecida de Goiânia, ano 2012.


2009 2010 2011 2012
Total de Alunos 103.741 103.685 102.895 103.071
Alunos da Educação Pré-Escolar 3.486 3.793 4.207 3.852
Alunos do Ensino Fundamental 71.435 69.679 68.953 68.973
Alunos do Ensino Médio / Normal 20.960 21.246 21.453 22.260
Alunos do Ensino Especial 905 1.088 1.562 4.899
Alunos da Educação Jovens / Adultos 5.767 6.736 5.682 1.748
Alunos da Creche 1.011 953 877 973
Fonte: SEPLAN/IBGE.

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98
No ano de 2010 no município de Aparecida de Goiânia o percentual das crianças de 7 a 14
anos que estavam cursando o ensino fundamental chegou a 20,3%, ficando abaixo da
média do estado que no mesmo ano registrou 82,3% e a taxa de conclusão entre os jovens
de 15 a 17 anos era de 52,7% no município. Já o percentual de alfabetização dos
adolescentes e jovens entre 15 e 24 anos no ano de 2010 no município chegou a 99,0%
ficando acima da registrada no estado que foi de 50,6%.

O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) é um índice que combina o


rendimento escolar às notas do exame Prova Brasil, aplicado a crianças da 4ª e 8ª séries,
podendo variar de 0 a 10.

Entre os 5.565 municípios do Brasil, Aparecida de Goiânia ocupa a 2.483.ª posição, quando
avaliados os alunos da 4.ª série e no caso dos alunos da 8.ª série ocupam 3.884.ª na
posição nacional. O IDEB nacional, em 2011, foi de 4,7 para os anos iniciais do ensino
fundamental em escolas públicas e de 3,9 para os anos finais. Nas escolas particulares, as
notas médias foram, respectivamente, 6,5 e 6,0.

Figura 43: Secretaria Municipal de Educação Figura 44: Escola Municipal O Pequenino,
– Aparecida de Goiânia setor Central - Aparecida de Goiânia.

Figura 45: Escola Municipal Prof.ª. Vinovita Figura 46: Fundação Bradesco, Papilon Park -
Guimarães da Silva, Parque Itatiaia - Aparecida de Goiânia.
Aparecida de Goiânia.

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99
O município de Aparecida de Goiânia também possui unidades de ensino superior, sendo
uma unidade da Universidade Estadual de Goiás (UEG), o Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia (IFG), União das Faculdades Alfredo Nasser (UNIFAN), Faculdade
Suldamérica, Faculdade Nossa Senhora Aparecida (FANAP), Faculdade Padrão, entre
outras.

Figura 47: Instituto Federal de Educação, Figura 48: União das Faculdades Alfredo
Ciência e Tecnologia de Goiás, Parque Itatiaia Nasser (UNIFAN) - Aparecida de Goiânia
- Aparecida de Goiânia.

Figura 49: Universidade Estadual de Goiás Figura 50: Faculdade Padrão - Aparecida de
(UEG) - Aparecida de Goiânia. Goiânia.

5.3.5.3. SEGURANÇA PÚBLICA

Segundo informações obtidas na Polícia Militar de Aparecida de Goiânia, com o Tenente


Nadson Correia Guimarães, a segurança pública local conta com 8º Batalhão Polícia Militar,
sob o comando do Tenente Coronel Renato Brun dos Santos, com efetivo formado por 134
policiais, 17 viaturas, telefone 3201-1700. Realiza-se patrulhas periódicas no município de
Aparecida de Goiânia, Hidrolândia e no distrito de Nova Fátima. Em 2012 houve um
aumento nas ocorrências de embriaguez, furtos em residências e comércios, um
crescimento de usuários de drogas no município, assim como desordem nas ruas.

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100
Figura 51: 8º Batalhão Polícia Militar no Figura 52: 2ª Delegacia Regional em
município de Aparecida de Goiânia. Aparecida de Goiânia

Em entrevista realizada com o Agente da Polícia Civil Srº. Wellen Teixeira Sousa, na 2ª
Delegacia Regional sob comando do Delegado Rener de Souza Morais, revelou-se que a
unidade atende o município de Aparecida de Goiânia e mais dezessete outros, quais sejam:
Anicuns, Adelândia, Nazário, Americano do Brasil, Santa Barbará, Caldazinha, Posselândia,
Aragoiânia, Abadia de Goiás, Hidrolândia, Bela Vista, Senador Canedo, Guapó, Varjão,
Roselândia, Campestre e Trindade. As principais ocorrências são homicídios e furtos.

Os índices registrados no município de Aparecida de Goiânia apresentam um aumento nos


percentuais registrados de 148 homicídios, em 2007, para 172 homicídios em 2010,
ocorrendo assim uma taxa de crescimento de 31,4% para 37,7%, um crescimento de 16,2%.

O efetivo do Corpo de Bombeiros no município é de 84 bombeiros, 3 viaturas de resgate, 1


caminhão de combate a incêndio, 1 de combate incêndio urbano e salvamento, 1 carro
suporte avançado e 5 carros administrativos e executam atendimento no município, como
revelado pelo cabo Gouveia, em entrevista realizada no dia 25 de janeiro de 2013 no 7º
Batalhão Bombeiro Militar de Aparecida de Goiânia.

O 7º Batalhão Bombeiro Militar atende o Aparecida de Goiânia e outros 5 municípios:


Cromínia, Hidrolândia e o distrito de Nova Fátima, Aragoiânia, Professor Jamil e Maripotaba.

As ocorrências mais frequentes são resgate, acidentes de trânsito principalmente com


motos, busca e salvamento de animais e pessoas, incêndios urbanos e florestais e Defesa
civil.

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101
Figura 53: 7º Batalhão Bombeiro Militar Figura 54: Entrevista com o Cabo Gouveia, do
Corpo de Bombeiros.

5.3.5.4. ASSISTÊNCIA SOCIAL

O município de Aparecida de Goiânia dispõe de estrutura para o desenvolvimento de ações


de assistência social, vez que o município possui uma Secretaria de Assistência Social, um
órgão gestor municipal de Assistência Social, habilitado pelo Sistema Único de Assistência
Social (SUAS), responsável pelo cadastramento de famílias e gerência dos programas
sociais; um Fundo Municipal de Assistência Social; uma Política Municipal de Assistência
Social; e, um Conselho Municipal de Assistência Social.

A finalidade é coordenar o conjunto de serviços assistenciais de combate a pobreza visando


o aumento da autoestima e dignidade do cidadão em harmonia com as diretrizes emanadas
pela LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social) e do SUAS (Sistema Único de Assistência
Social), através de ações e serviços que visem à promoção, proteção social dos habitantes,
tendo como princípios a universalização.

Em entrevista realizada no dia 25 de janeiro de 2013 na Secretaria Municipal de Assistência


Social, com a Assistente Social Sr.ª Regilene Moreira Supervisora Proteção Básica, sendo a
secretaria a Primeira Dama Sr.ª. Carmem Silva foi informada que para garantir a
integralidade, a qualidade do serviço e humanização no atendimento a sociedade, o
município conta com:

 04 unidades do CRAS - Centro de Referência de Assistência Social;

 03 unidades do CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social;

 1 Abrigo Provisório Dom Fernando;

 1 Casa de Acolhida – Longa Permanência;

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102
 1 Núcleos de Convivência – Terceira Idade;

 1 unidade Bolsa Família;

 13 unidades PETI - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil;

Figura 55: Secretaria Municipal de Assistência Figura 56: CRAS – Centro de Referencia de
Social Assistência Social

5.3.5.5. CONSELHO TUTELAR

Conforme entrevista realizada em 25 de janeiro de 2013 com a conselheira Sr.ª. Gláucia


Coreia Peres, o município conta com 3 (três) unidades do conselho, sendo um no setor
Central, um no setor Santa Luzia e um no setor Garavelo. Cada um possui em sua estrutura
com 5 conselheiros 1 viatura, 1 motorista, 1 secretaria e 1 serviços gerais. Não possuem
sede própria, funcionam em prédios alugados pela prefeitura. As principais ocorrências
registradas contra criança e adolescente nos 3 conselhos tutelares, no período de março
2011 a março 2012, estão descritas no quadro seguinte.

Quadro 31: Principais ocorrências registradas. Município de Goiânia. Ano 2013.


Ocorrências Quantidade
Abusos sexuais 696
Maus tratos 1.221
Abandono 526
Solicitação de vagas na rede de ensino 357
Solicitação de documentos 207
Solicitação de empregos p/adolescentes 91
Brigas nas escolas e em casa 487
Solicitação de Guarda 222
Drogas 279
Infrações 73
Total 4.159
Fonte: Conselho Tutelar de Aparecida de Goiânia

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103
Figura 57: Conselho Tutelar - setor central de Figura 58: CRAS – Sr.ª. Gláucia Coreia Peres,
Aparecida de Goiânia conselheira e técnica da DBO.

5.3.6. Infraestrutura

5.3.6.1. SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTE

Devido à proximidade com a capital, o município não possui um terminal rodoviário. Existe
transporte coletivo interurbano para as principais cidades da região e para a capital que
saem do Terminal Rodoviário de Goiânia; Possui transporte coletivo com conexão em
terminais instalados em pontos estratégicos e tem conexão direta com Goiânia.

Figura 59: Terminal Araguaia - Aparecida de Figura 60: Terminal do Cruzeiro - Aparecida
Goiânia. de Goiânia.

As principais vias de acesso pelo modal rodoviário que passam pelo município são: BR-153,
GO-060, BR-060, GO-070 e BR-352.

5.3.6.2. COMUNICAÇÃO

Aparecida de Goiânia conta com ampla infraestrutura em telecomunicações, dispondo de


telefonia convencional, celular e sistemas de cabos ópticos. São captadas no município as

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104
imagens de televisão das grandes redes nacionais, bem como sinais de rádio das emissoras
locais e de Goiânia. Circulam na cidade os principais jornais de Goiânia, e também alguns
do próprio município e também de outros estados como São Paulo e do Distrito Federal. E
ainda existe uma Agência Central dos Correios no setor Vila Brasília onde é realizado o
recebimento e distribuição de correspondências, além de agências localizadas em alguns
setores.

5.3.6.3. ENERGIA ELÉTRICA

O fornecimento de energia elétrica em Aparecida de Goiânia é realizado pela Centrais


Elétricas de Goiás - CELG. O rítimo de crescimento econômico do município tem elevado
sobremaneira a demanda por energia elétrica.

Os dados referentes ao período de 2009 a 2011, indicam um crescimento no número de


consumidores e consequentimente do consumo total no municipio, devido ao aumento da
população. Observa-se pelo quadro 32 seguinte que o maior consumo registrado é o
residencial com 268.060 Mwh, seguido pelo comercial com 121.482 Mwh e, o industrial
110.712 Mwh, sendo o menor índice registrado o rural com 1.016 Mwh, com uma diminuição
em relação ao ano anterior.

Quadro 32: Consumo e consumidores de Energia Elétrica. Aparecida de Goiânia.


Ano
Energia Elétrica
2009 2010 2011
Consumidores (nº) 154.531 162.927 171.395
Consumo Residencial (Mwh) 223.121 253.429 268.060
Consumo Industrial (Mwh) 90.355 108.725 110.712
Consumo Comercial (Mwh) 94.139 110.124 121.482
Consumo Rural (Mwh) 921 1.097 1.016
Consumo Total (Mwh) 448.257 519.549 549.451
Fonte: SEPLAN/SEPIN

5.3.6.4. HABITAÇÃO

Segundo dados do Censo Demográfico de 2010, do IBGE, do total dos domicílios


particulares permanentes no Brasil e no estado de Goiás, a condição de ocupação de
“próprio” predomina em 73,28%% e 64,75%, respectivamente. O município de Aparecida de
Goiânia a categoria que predomina é também dos imóveis próprios, onde apresenta um
aumento de 66.862 domicílios em 2000 passando para 89.569 domicílios em 2010. O
município acompanhou o crescimento que ocorreu no estado nos domicílios próprios, no
estado foram registrados no ano 2000 940.229 domicílios passando para 1.221.379
domicílios em 2010, como assinalado no Quadro 33 seguinte.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


105
Quadro 33: Domicílios Particulares Permanentes.
Ano
Estado e Município Condição do domicílio
2000 2010
Alugado 245.551 450.879
Cedido 201.209 205.133
Outros 11.026 8.873
Estado de Goiás Próprio 940.229 1.221.379
Alugado 15.010 35.996
Cedido 8.859 10.532
Outros 212 285
Aparecida de Goiânia Próprio 66.862 89.569
Fonte: SEPLAN/SEPIN

Figura 61: Habitações no setor Veiga Jardim Figura 62: Habitações no Conjunto Cruzeiro
IV- Aparecida de Goiânia. do Sul- Aparecida de Goiânia.

Aparecida de Goiânia tem a peculiaridade de apresentar uma área urbanizada bastante


heterogênea, com grandes espaços vazios. Assim, boa parte de seus bairros, por sua
distância, ainda não dispõem de todos os benefícios de infraestrutura, como pavimentação
asfáltica, e instalação de guias e sarjetas. Entretanto, a área central da cidade e vários
bairros já possuem estes benefícios, como também as avenidas de ligação que servem ao
transporte coletivo.

5.3.7. Saneamento

5.3.7.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA

O serviço de abastecimento de água no município é realizado pela Empresa de Saneamento


de Goiás S/A (SANEAGO). O abastecimento de água é feito, em parte, por meio de uma
captação no córrego das Lajes coordenadas UTM 685454/8136658 e após um tratamento
convencional, é distribuída para a população, sendo que parte atendida pelo sistema
metropolitano do município de Goiânia.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


106
O tratamento da água é realizado por dupla filtração, abastece a população através de
1.270.746 m de rede com 85.481 ligações, conforme Quadro 34. O restante da população é
abastecido por cisternas locais, com captação do lençol freático.

Quadro 34: Evolução da extensão da rede de água e números de ligações. Município


de Aparecida de Goiânia.
Ano
Extensão da rede e ligações
2009 2010 2011
Extensão de Redes de Água (m) 1.165.917 1.259.583 1.270.746
Ligações de Água (número) 72.219 79.298 85.481
Fonte: SEPLAN/SEPIN

Figura 63: Habitações no setor Veiga Jardim Figura 64: Habitações no Conjunto Cruzeiro
IV- Aparecida de Goiânia. do Sul- Aparecida de Goiânia.

5.3.7.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO

O município de Aparecida de Goiânia conta com sistema público de coleta de esgotos


apenas na porção adjacente do município de Goiânia, o que representa 20% da população
total. Atualmente possui três ETE’s - Estação de Tratamento de Esgotos, que integram o
sistema de esgotamento sanitário que é administrado pela SANEAGO.

A ETE Cruzeiro do Sul foi instalada no ano de 1988, tem lagoas facultativas, aeradas e de
maturação, atende os Bairros: Conjunto Cruzeiro do Sul, Jardim Luz, Setor dos Afonsos,
Jardim Nova Era, Vila Brasília, Vila São Tomaz e Jardim Maria Inês. A ETE Lages que
possui dois reatores UASB em paralelo seguidos de um sistema em paralelo com duas
lagoas de maturação em série, foi instalada no ano de 2002 e, a ETE Santo Antônio, tem
tanques, reatores e filtros para tratamento do esgoto recebido.

A SANEAGO implantou recentemente rede coletora com 196.666 m de extensão e 25.148


ligações. Confrontando os dados dos anos 2009 a 2011, percebe-se que houve uma
significativa ampliação do número de domicílios urbanos com ligação de esgoto no
município, conforme Quadro 35.

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


107
Quadro 35: Evolução da extensão da rede de esgoto e números de ligações
Ano
Extensão da rede e ligações
2009 2010 2011
Extensão de Redes de esgoto (m) 191.727 194.027 196.666
Ligações de esgoto (número) 21.379 23.358 25.148
Fonte: SEPLAN/SEPIN- GO/2010

Figura 65: Lagoa Aerada 1 – ETE Cruzeiro do Figura 66: ETE Cruzeiro do Sul - Aparecida
Sul - Aparecida de Goiânia. de Goiânia.

5.3.7.3. RESÍDUOS SÓLIDOS

O aterro sanitário de Aparecida de Goiânia é utilizado para a disposição final de resíduos


sólidos urbanos, originados de atividades domésticas ou industriais comuns e resíduos de
serviço de saúde. O terreno possui uma área de 1.271.211,19 m2, e está localizado entre os
setores Vale do Sol, mais conhecido como “Vila Papel”, e o Jardim Cecília, às margens do
Ribeirão Santo Antônio, situando-se a leste do município, nas proximidades do Distrito
Agroindustrial de Aparecida de Goiânia – DAIAG, sob a coordenada UTM 692128/8142612.

O aterro é composto por células de aterramento de lixo e um sistema de tratamento do


chorume, que se compõe de: gradeamento, caixa desarenadora, medidor de vazão de
entrada, lagoa anaeróbia e facultativa. Ainda, existe um sistema de queima de gases
produzidos que são captados pelos drenos de coleta de gás.

A Prefeitura Municipal de Aparecida de Goiânia conta com um departamento de limpeza


urbana com estrutura razoável de varrição e coleta de resíduos sólidos urbanos. São
utilizados caminhões coletores compactadores, cujos serviços são complementados por
caminhões caçamba.

São coletadas aproximadamente 259 t/dia de RSU’s, o que equivale a 8.000 t/mês. Para
racionalizar o serviço de coleta, o departamento responsável mantém, através de aluguel,
vários containers próximos aos pontos de maior produção de resíduos, como grandes
estabelecimentos comerciais, industriais e hospitalares. Segundo informações fornecidas
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
108
por gestores municipais, a prefeitura recuperou a área do antigo lixão e implantou um
moderno aterro sanitário, segundo todas as normas técnicas, e se encontra atualmente em
operação.

Figura 67: Antes e depois: Aterro Municipal de Figura 68: Área administrativa do Aterro
Aparecida de Goiânia, (Secom/Aparecida de Sanitário Municipal - Aparecida de Goiânia.
Goiânia).

Há no município uma Cooperativa de Catadores de Recicláveis de Aparecida de Goiânia, a


COOCAP, esta cooperativa foi criada em 2004 pela comunidade Vale do Sol com o objetivo
de regularizar o trabalho e melhorar as condições de vida da comunidade que está instalada
no entorno do aterro.

5.3.8. Organização Social

As organizações sociais presentes no município de Aparecida de Goiânia são aquelas


encontradas em praticamente todos os municípios brasileiros. São organizações sociais
vinculadas a relações produtivas e de mercado, empresariais diversas, sindicatos,
cooperativas, associações corporativas e de classe; à administração pública, agremiações e
partidos; aquelas com ênfase comunitária, como as associações sem fins lucrativos, ONG; a
outras que atuam na dimensão cultural e religiosa, como as associações artísticas e
instituições religiosas.

Em Aparecida de Goiânia a participação da população em organizações coletivas acontece


em relação às classes produtoras, onde conta com associações, conselhos e cooperativas,
descritos abaixo:

 Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia – ACIAG;


 Associação dos Produtores Rurais de Aparecida de Goiânia – APRAGO;
 Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Aparecida de Goiânia –
SINDSPAG;

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


109
 Conselho Municipal do Trabalho;
 Conselho Municipal das Secretarias;
 Conselho Municipal de Educação;
 Conselho Municipal de Assistência Social;
 Conselho Municipal de Segurança;
 Conselho Municipal do Idoso;
 Conselho Municipal de Incentivo à Produção;
 Conselho Municipal do Direito do Adolescente;
 Conselho Municipal da Mulher;
 Conselho Municipal de Segurança Alimentar;
 Conselho Municipal de Portador de Deficiência;
 Cooperativa Cometa Locação de Automóveis - COMETA;
 Cooperativa dos Proprietários de Veículos de Passeio e Cargas em Geral -
COOPROVE;
 Cooperativa de Transporte de Aparecida de Goiânia - COOTRANSPA;
 Cooperativa dos Prestadores de Serviços da Construção Civil e Serviços Auxiliares
de Aparecida de Goiânia - COOPER;
 Cooperativa de Trabalho na Construção Civil - MULTIFORTE;
 Cooperativa de Transporte e Turismo - COOPERATUR;
 Cooperativa de Transportes União - COOPERUNIDOS;
 Cooperativa dos Catadores de Papel de Aparecida – COOCAP

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110
6. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Não obstante o Aterro Sanitário ser um sistema de recepção, tratamento e destino final para
os resíduos sólidos, a implantação e a operação do mesmo gera impactos negativos de
grande magnitude, que devem ser mitigados.

A instalação, a operação e a paralisação podem impactar as águas, o solo, a flora a fauna e


a socioeconomia. As magnitudes destes potenciais impactos negativos vão depender
diretamente da forma de instalar e operar o aterro.

A Metropolitana conforme apresentado neste PGA, está adotando a melhores técnicas


existentes, fato que por si já garantem a mitigação dos principais impactos.

A Central de Gerenciamento de Resíduos (CGR) é um empreendimento de um grupo de


empresários goianos e paulistas, em parceria com a ESTRE.

A ESTRE é hoje a maior empresa de gestão ambiental do Brasil, com foco em gestão e
valorização de resíduos sólidos com o intuito de tratar e dispor adequadamente estes
resíduos, por meio de modernos sistemas de redução, reciclagem e tratamento, utilizando-
se tecnologias de ponta para oferecer segurança aos clientes e proteção ao meio ambiente.

A ESTRE foi fundada em 1.999 por meio de aquisições e projetos greenfield bem sucedidos
e emprega 18.300 funcionários, lida com 40.000 toneladas por dia de resíduos, tem 4.522
clientes no setor privado e 143 clientes no setor público. No Brasil são mais de 23 aterros e
25% do lixo colhido, está presente em 10 estados, no Estado de São Paulo possui 10
aterros sanitários com capacidade para 23.000 toneladas/dia. Possui aterro na Colômbia
para 7.000 toneladas/dia e na Argentina 900 toneladas/dia.

Os projetos do empreendimento contemplam todas as medidas de controle e mitigação


ambiental, pertinentes à atividade, tais como: impermeabilização do solo, drenagem e
tratamento de líquidos percolados (chorume), captação de águas pluviais e sistema de
remoção e queima dos gases do efeito estufa - entre os mais eficientes do mundo.

A existência do aterro por si representa inúmeros impactos positivos como: Geração de


empregos e aumento renda para município, bem como representa uma medida mitigadora e
de controle muito importante sanitariamente, economicamente e ecológica.

A partir do diagnóstico ambiental, isto é, de posse de um conhecimento da área do


empreendimento e do conhecimento específico das ações a serem implantadas, foi possível
identificar e analisar os prováveis impactos ambientais, positivos ou adversos e,

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


111
consequentemente, propor medidas mitigadoras preventivas ou corretivas para os impactos
adversos e otimizadoras para os impactos positivos, conforme relatado abaixo.

 Impactos Sobre as Águas

As intervenções relacionadas à movimentação de solo e rocha, previstas na disposição de


resíduos no aterro (construção as células de lixo, extração de material de empréstimo,
execução de drenagens) promovem a alteração na modalidade de fluxo das águas
superficiais. O fluxo concentrado associado à intensificação dos processos morfogenéticos
implica aumento do potencial erosivo e contaminação das águas superficiais, intensificando
o assoreamento. Considerando as condições locais, sobretudo relacionadas à disposição
topográfica e características das formações superficiais, admite-se baixa valoração do
impacto.

Dada à baixa capacidade de transporte pelo fluxo superficial, determinada principalmente


pela topografia, a contaminação das águas superficiais por sedimentos tende a ser reduzida.
Admitindo eficiência no sistema de drenagem de líquidos percolados, tais impactos devem
ser considerados de baixa magnitude.

Outro impacto potencial refere-se ao liquido que se forma no maciço do aterro em função,
principalmente, da decomposição da matéria orgânica, esse líquido é denominado mais
usualmente de chorume e tem alto poder poluente, mas, como descrito no projeto, todo ele
será coletado em drenos e conduzidos para as lagoas de chorume, e posteriormente serão
encaminhados para a ETE Santo Antônio da SANEAGO.

Considerado as lagoas de chorume, a ETE, não ocorrerão impactos adversos significativos


sobre as águas. Todo o sistema será monitorado como proposto e detalhado no PBA.

 Impactos Sobre o Ar

A alteração na qualidade do ar no que se refere à implantação e operação de aterros


decorre do eventual aumento do fluxo de veículos na área, e a produção de gases oriundos
da decomposição da matéria orgânica.

Para o prognóstico do impacto em relação à utilização de veículos e maquinários deve-se


considerar principalmente a emissão de material particulado e gases que contribuem para o
efeito estufa: CO, CO2, NO3, N2O4, CH4 e aerossóis. A maior concentração de gases e
material particulado estará associada à movimentação de solo (decapeamento,
terraplenagem e abertura de células), considerando a desagregação do material
superficial. Tais atividades, quando aliada ao período de estiagem, o estado de deficiência

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


112
hídrica do solo e o aumento na velocidade dos ventos, a desagregação mecânica tende a
agravar com o aumento na concentração da poeira fugitiva. Portanto este impactos é
considerado de forma local e de baixa magnitude e de fácil mitigação.

Outra preocupação com a qualidade do ar é os gases que se forma no maciço, decorrentes


da decomposição da matéria orgânica, o projeto prevê a instalação de drenos horizontais e
verticais para a condução dos gases para queimadores tipo flere. Em virtude da localização
da unidade no centro da área do aterro, a característica de ambiente rural, e baixa
densidade populacional, não ocorrerão impacto ambiental adverso significativo sobre a
atmosfera.

 Impactos Sobre o Solo

Na fase de implantação, a movimentação de solo responde pelas intervenções mais


relevantes no desenvolvimento dos processos erosivos, haja vista que nesse momento são
contempladas aberturas de estradas, remoção da cobertura, nivelamento do terreno,
escavações para aberturas de valas (célula) e para a implantação do sistema de drenagem.
A desagregação mecânica e a ação direta dos mecanismos morfogenéticos favorecem a
erosão pluvial e eólica, independente da baixa vulnerabilidade registrada. O baixo gradiente
e as características das formações superficiais reduzem a estimativa de transporte, o que
atenua a valoração do impacto.

Com a indução aos processos erosivos pelas intervenções antropogênicas, tem-se como
resultado o transporte e a deposição dos sedimentos excedentes para níveis de base locais,
proporcionando assoreamento no sistema fluvial. A baixa valoração da ação erosiva
responde também pela baixa magnitude do assoreamento previsto.

Em virtude das características geomorfológicas e inclinações do terreno a área de


implantação do aterro sanitário para os resíduos classe II refere-se a um impacto direto,
reversível, de baixa magnitude e de regular mitigação, uma vez que a implantação da
unidade constituirá num fator positivo para o meio ambiente local, reduzindo o impacto da
disposição dos resíduos urbanos em locais inadequados e sem um controle ambiental.
Sendo esse um impacto positivo de grande relevância.

 Impactos Sobre a Cobertura Vegetal

A redução da abundância e diversidade da flora está relacionada à supressão da vegetação


nativa, expressa em termos quantitativos (número de indivíduos) e qualitativos (espécies),
que poderá ocorrer durante a implantação do empreendimento. No caso em questão haverá
a necessidade apenas de decapeamento no solo com a retirada da vegetação rasteira
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
113
existente, assim como algumas espécies vegetativas esparsas existentes na área de
implantação da unidade de resíduos classe II, apesar de ser um impacto de pequena
magnitude, pois a área sugerida para implantação encontra-se bastante degradada, como
pode ser observado durante as vistorias e descrito no diagnóstico da flora do presente
estudo, as atividades de instalação do aterro não implicarão na eliminação de nenhum
indivíduo de espécies vegetais ameaçadas de extinção, endêmicas ou de interesse
econômico. Portanto este impacto é de baixa magnitude, além do que as perdas na
vegetação serão compensadas com a implantação de um cinturão verde e requalificação
das APPs identificadas dentro do perímetro da CGR.

 Impacto Sobre a Fauna

Tanto na fase de implantação quanto de operação do futuro empreendimento, por se tratar


de uma área antropizada há muito tempo, os impactos causados sobre a fauna serão mais
de caráter indireto, além do que serão recuperadas porções de mata que estão incluídas
dentro da área do futuro empreendimento.

Desta forma, durante a implantação haverá poucas áreas com a necessidade de supressão
dos fragmentos vegetacionais não imprimindo um impacto direto à fauna residente. Os
impactos indiretos durante esta primeira fase dizem respeito, à abertura de acessos e
limpeza da área, onde serão instaladas as estruturas, ocorrendo remoção e o corte do solo
podendo atingir espécies fossoriais, que foram pobremente caracterizadas na área.

O aumento de ruídos, poeira, movimentação de veículos pesados e constante presença


humana no momento da implantação e construção do aterro serão outros impactos indiretos
sobre a fauna local, principalmente para o grupo dos mamíferos e aves.

Durante a operação, os impactos indiretos são semelhantes, porém com um novo impacto
adverso que diz respeito à atração negativa de fauna sinantrópica para o local do aterro pelo
acúmulo de resíduos, que muitas vezes serve de alimento a vários grupos animais,
constituindo uma teia trófica que deve ser monitorada e descaracterizada para não atração
de espécimes.

Como a fauna residente da área do empreendimento e adjacentes já está descaracterizada


e composta por espécies que suportam bem alterações antrópicas, se aplicadas algumas
medidas de mitigação, o futuro aterro responderá, assim como citado acima, por um impacto
mais indireto sobre a biocenose local.

São considerados como possíveis impactos ambientais sobre a fauna durante a implantação
e, posteriormente, durante a operação do empreendimento os seguintes aspectos:

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


114
- Corte e remoção do solo causados pela abertura de acessos e vias internas, assim
como a limpeza e preparação das áreas destinadas às edificações e instalações
físicas do aterro;

- Aumento de ruídos, poeira, vibrações no solo e atropelamento da fauna causados


pela maior movimentação de veículos, inclusive os pesados, e pelas escavações no
solo, etc.;

- Caça e captura da fauna silvestre potencializadas pela grande quantidade de


funcionários associados à proximidade das áreas naturais e fragmentos florestais na
área do empreendimento;

- Aumento de espécies da fauna silvestre com interesse médico, na zoonose e


propagação de doenças. Estes são causados pelas: alterações do ambiente natural
com criação de áreas antrópicas propícias apenas para algumas espécies de vetores
e animais silvestres transmissores de doenças, como bueiros, áreas escuras e
úmidas, ou com acúmulo de lixo; pela proximidade com áreas naturais onde ocorrem
animais silvestres que são hospedeiros naturais de algumas doenças transmissíveis
aos humanos; pela utilização de áreas de mata dentro da área do empreendimento
pelos trabalhadores das obras como banheiro aumentando muito as chances de
propagação de doenças; e também durante a operação na atração de fauna
sinantrópica nociva até os resíduos sólidos.

Outro fator importante em relação ao impacto negativo a fauna relacionado com a


implantação do aterro sanitário é a proliferação de vetores, na medida em que os materiais
orgânicos ficam expostos às ações da natureza. É de se esperar que uns conjuntos
interessantes de grupos zoológicos (aves, médios e pequenos mamíferos e fauna
invertebrada) gravitem em torno da área de um aterro sanitário, já que muitos deles revelam
uma característica importante, a de coabitarem áreas em que a presença do homem
determina modificações nas relações ecológicas, o que pode se configurar tipicamente em
um ambiente de aterro.

Em virtude dos possíveis impactos podemos relatar que o mesmo é considerado direto e de
fácil mitigação, uma vez que deverá ser realizadas medidas que possam atenuar ou coibir o
aumento desses grupos zoológicos na área de implantação do empreendimento.

 Impactos Sobre o Meio Antrópico

No meio antrópico os impactos adversos são potencialmente relevantes quando


relacionados a riscos de acidentes de trabalho e percurso, além da redução da qualidade da

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


115
saúde ocupacional do pessoal envolvido diretamente com os procedimentos de instalação e
operação.

Neste caso, como também nos demais indicadores ambientais, as abordagens de


amenização dos impactos adversos estão relacionadas à aplicação consciente de medidas
prioritárias como: manutenção preventiva e corretiva dos caminhões e equipamentos
pesados; manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos, nos sistemas instalados na
área do projeto; fiscalização pela empregadora no uso obrigatório de EPI’s, por parte dos
operários, e monitoramento do tráfego dos caminhões, ao longo da área de influência
funcional do projeto; manutenção preventiva do sistema viário, ao longo da área de
influência funcional do projeto, entre outras medidas prioritárias, estes impactos são
considerados reversíveis e de fácil mitigação.

O tratamento dos resíduos de forma adequada significará uma redução no risco à saúde,
sendo considerado como um impacto de natureza benéfica e de forma proeminente no meio
antrópico, desdobrando-se em oportunidades de melhoria a saúde pública, de elevação do
nível de conscientização da população, opinião pública favorável à instalação e operação de
um aterro sanitário bem conduzido, fortalecimento das modalidades de infraestrutura e da
socioeconomia local. Também está relacionado aos reflexos positivos sobre a ambiência,
dos procedimentos específicos das modalidades de manutenção, de monitoramento
ambiental, das medidas de compensação dos impactos adversos e recuperação ambiental.

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116
7. MEDIDAS MITIGADORAS

 Para Impactos Sobre as Águas

Os impactos associados aos recursos hídricos superficiais estão relacionados a processos


de assoreamento, aumento da turbidez das águas, diminuição da luminosidade e,
consequentemente, redução dos níveis de oxigênio dissolvido. Tais impactos, de caráter
direto, devem ser mitigados com ações preventivas à ocorrência dos impactos geradores ou
de origem. Assim, todas as medidas relacionadas à prevenção de processos erosivos são
aqui consideradas como fundamentais para mitigar os impactos de incidência indireta.

As medidas preventivas e corretivas à alteração na dinâmica de escoamento das águas


superficiais e suas consequências estão relacionadas principalmente à eficiência do
sistema de drenagem superficial previsto no projeto de engenharia do aterro assim como
no PBA. Além do que como parte integrante das ações ambientais para a unidade de
resíduos classe II está previsto a realização de um programa especifico de
monitoramento das águas superficiais (PBA), em conformidade as Resoluções do
CONAMA 357/2005 e 430/2011.

Os impactos associados às águas subterrâneas pela contaminação por lixiviados (líquidos


percolados) é um dos mais expressivos em aterros sanitários. Nesse sentido, a
impermeabilização de base do aterro deverá ser realizada com solo compactado e
geomembrana de até 2,0 mm de espessura ou camada impermeável de polietileno de alta
densidade (PEAD). A base dos patamares do aterro deverá ser dotada de drenagem
subsuperficial (meia cana preenchida com brita e coberta por manta geotextil) para a coleta
e drenagem dos percolados para fora do maciço. Todos os sistemas de drenagem (caixa de
passagem, canaletas e tubulações) deverão ser assentados sobre manta de PEAD para
conter possíveis vazamentos. A colocação da manta nos patamares deverá ser implantada
por equipe técnica especializada e as emendas feitas com solda dupla, além de
pressurizadas para teste de estanqueidade.

Para os líquidos provenientes da decomposição da matéria orgânica (chorume) o projeto já


prevê um sistema de drenagem e remoção do percolado no próprio processo, eliminando-se
o volume de descarte de efluentes que, no caso serão encaminhados para as lagoas de
armazenagem (Anexo 02) no qual serão posteriormente encaminhados para a ETE Santo
Antônio. A implantação e operação correta desse sistema é o suficiente para evitar impactos
sobre os recursos hídricos.

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117
Em relação às águas residuais provenientes de atividades tais como: serviços domésticos,
sanitários e atividades industriais (oficinas e laboratório), serão adotados os seguintes
sistemas de tratamento instalados na área:

 Os efluentes gerados, provenientes dos sanitários, serão recolhidos em sistema


próprio e transportados até a Estação de Tratamento de Esgoto Santo Antônio
(ETE), ligado ao sistema público de esgotamento sanitário;

 O efluente gerado de atividades de lavagem de qualquer tipo de veículos e peças


deve ser encaminhado, obrigatoriamente, para sistema de pré-tratamento, sendo
implantadas unidades de separação de água e óleo e retenção de sólidos antes de
ser encaminhado para a rede pública (ETE - SANEAGO), conforme em Anexo 08 -
Manual de Instruções – Caixas separadoras de água e óleo.

 As águas servidas provenientes de lavagem das estruturas edificadas, central


dosadora, entre outros, deverão passar por sistema de decantação, antes de serem
direcionadas para a rede pública;

 Os efluentes domésticos provenientes do refeitório deverão passar por caixas de


retenção de gordura antes de serem encaminhados para ETE da SANEAGO.

A rede de drenagem deverá ser dotada de caixa de sedimentação (caixa de areia),


localizadas em pontos estratégicos do sistema, de forma a recolher e separar águas
provenientes da lavagem de máquinas e veículos, e águas de drenagem dos pátios de
estocagem de materiais, antes da disposição final.

O óleo lubrificante usado ou contaminado (OLUC) deverá ser armazenado de forma segura
com dispositivos de contenção (bacia de contenção), de forma a evitar infiltrações,
vazamentos e ataque pelo seu conteúdo. Devem estar em lugar acessível à coleta, em
recipientes adequados e resistentes a vazamentos proporcionando condições de segurança
no seu manuseio, carregamento e descarregamento.

Para efluentes contendo óleos e graxas inclusive os provenientes da lavagem de peças, por
exemplo, deverão ser construídas caixas de separação e acumulação e procedimentos de
remoção adequados, sendo terminantemente proibido qualquer descarte desse efluente em solos,
águas superficiais, subterrâneas e em sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais.

Os resíduos oleosos retirados da caixa separadora de água e óleo, materiais derivados de


petróleo retirados dos veículos e equipamentos, deverão ser armazenados conjuntamente

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


118
com óleos usados para posterior transferência para indústrias de reciclagem, conforme
Resolução CONAMA 362/05.

São terminantemente proibidas as lavagens de veículos, equipamentos ou peças nos corpos


d'água, com o objetivo de evitar riscos de contaminação das águas por resíduos graxos e
oleosos. Sendo os mesmos permitidos somente nos locais apropriados, cujo efluente seja
direcionado para caixa separadora.

 Para Impactos Sobre o Ar

As medidas relacionadas aos impactos atmosféricos encontram-se ligadas ao movimento de


caminhões e máquinas, principalmente na fase de operação do empreendimento, com
destaque para o decapeamento, desmonte, carregamento e transporte do produto.

Dentre as principais ações com vistas ao controle de emissão de poluentes destacam-se:

(a) Controle de redução do consumo de combustível: implementação de medidas para


orientar os operadores procurando otimizar o regime de funcionamento dos motores e
dos equipamentos;

(b) Inspeção e regulagem de veículos: criação de sistema de inspeção regular das emissões
dos veículos e equipamentos de apoio às operações; e

(c) Uso de combustíveis alternativos: visa à substituição dos combustíveis convencionais,


como o diesel, por outros com menos poluentes (gás natural ou combustíveis
provenientes de fontes renováveis, como o etanol e o biodiesel).

As ações propostos implicam sistematização de rotinas como:

- Vistoria constante de todo circuito que representa ações produtoras de poeira


(carregamento, transporte e deposição de material, dentre outros), no sentido de
mantê-lo permanentemente umidificado as estradas na área do aterro, através de
caminhões pipa, recomenda-se a adoção de testes com diferentes produtos (óleo
queimado, coherex, kurita, amido, dentre outros), a serem lançados nas estradas de
terra e pilhas de rejeito fino, para evitar a formação de poeira.

- Utilização permanente de equipamentos de proteção individual (máscaras dotadas de


filtro) por parte dos trabalhadores, bem como vistoria periódica quanto a eficiência das
cabines portadoras de recursos para atenuar impactos. Quando possível deverão ser
instaladas cabines à prova de poeira nos caminhões, escavadeiras e carregadeiras,
com emprego de ventiladores ou ar condicionado nos respectivos veículos. Chama-se

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119
a atenção para obediência às normas de segurança e legislação federal existentes
sobre o assunto, a exemplo das resoluções 05/89, 03/90, 08/90 e 18/96 do CONAMA,
e Lei 8.544/78 do Estado de Goiás.

Os gases gerados na decomposição da matéria orgânica deverão encaminhados para os


drenos de gases. Com relação à emissão de gases decorrentes da combustão de veículos,
deve estar prevista a manutenção e regulagem periódica dos motores, de forma a mantê-los
em perfeitas condições de tráfego, além da troca periódica dos filtros e catalizadores do
sistema de descarga (escape), minimizando as referidas emissões.

Com o objetivo de reduzir os efeitos dos gases emanados sobre a qualidade ambiental
dessa região, principalmente nas imediações do empreendimento, deve-se prever a
implantação de barreira vegetal (cinturão verde) no entorno de toda gleba, a qual servirá
como faixa de isolamento. A barreira vegetal servirá como um importante fator de bloqueio
físico. Poderá ser priorizado o plantio de árvores de crescimento rápido como eucalipto
(Eucalyptu citriodora), logo no início das obras de implantação, para que estas se
apresentem, o mais breve possível, com porte suficiente para funcionarem como barreira
física. Esse fator, somado às condições físicas do local, propiciará uma significativa redução
de possíveis efeitos dos gases gerados no aterro sanitário sobre áreas vizinhas ao
empreendimento.

Para atenuar os impactos associados aos ruídos torna-se importante a ausência de


ocupação residencial no acesso ao aterro (restrição à expansão urbana no quadrante em
questão). Considerando que serão plantadas mudas de vegetação para compor o cinturão
verde (entorno do empreendimento) no início da obras de implantação, estima-se que a
propagação de ruídos seja minimizada.

Outras medidas a serem tomadas para garantir a redução dos níveis de ruído são:

(a) Controle da velocidade dos veículos nas estradas que dão acesso ao aterro sanitário. A
partir de 60 Km/h, os pneus são os principais geradores de ruído de um veículo,
suplantando o ruído gerado pelo motor, devendo esta ser a velocidade máxima a ser
regulamentada nos acessos imediatos;

(b) Manutenção constante no maquinário em operação, principalmente das partes móveis,


como correias, engrenagens e afins, conforme previsão do fabricante, evitando assim a
emissão de ruídos acima do previsto. Estas recomendações se estendem também aos
caminhões coletores;

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120
Os padrões e níveis de ruído são tratados em resoluções específicas como 01/90 e 02/93 do
CONAMA.

 Para Impactos Sobre o Solo

Como medidas mitigadoras de caráter geral, para atenuar impactos relacionados a aterros
sanitários propõem-se:

- A remoção da cobertura vegetal e dos horizontes superficiais de solos, em quaisquer


circunstâncias deve ser realizada adotando-se sempre práticas conservacionistas e
medidas preventivas, com a implantação de sistemas de drenagem superficial,
disciplinando o escoamento das águas superficiais, aduzindo-as para locais
apropriados. Tais procedimentos deverão ocorrer preferencialmente no período de
estiagem;

- Os materiais removidos devem ser estocados lateralmente, em leiras com objetivo de


evitar o escoamento de água superficial, além disso, os locais deverão ser
devidamente protegidos e identificados. O material proveniente da remoção da
camada superficial e o material de corte e escavação deverão ser estocados
isoladamente, tendo em vista seu uso diferenciado (recobrimento do lixo e
recomposição de áreas degradadas) em relação;

- Durante as obras do aterro deve-se cuidar para que não se formem caminhos
preferenciais ou de concentração de fluxos do escoamento das águas superficiais,
implantando canaletas, dispositivos de drenagem superficial como caixas de
passagem ou de infiltração e dissipadores de energia, caso seja necessario.

- A mitigação do maciço se dá basicamente através do controle dos componentes


intrínsecos e intervenções tecnogênicas como a utilização de geometria compatível
com a estabilidade exigida pelos parâmetros geomecânicos e geotécnicos dos
materiais que compõem o maciço de solo, bem como a massa de resíduos,
eliminação de pressões internas de líquidos percolados e de gases por meio de
sistemas de drenagem.

- Constituem medidas preventivas e de controle para a estabilidade do maciço os


procedimentos construtivos definidos no projeto de engenharia (Projeto Básico
Executivo - PBE), com a diminuição e o controle das pressões neutras, reduzindo a
infiltração das águas pluviais com a cobertura diária das células com camada de solo
compactado e dispositivo de drenagem superficial. Também se deve considerar à

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121
redução das pressões internas de fluidos, com a implantação de sistemas de
drenagem de gases e de percolados no maciço.

- Para evitar a formação de processos erosivos assim como assoreamento nas áreas
de implantação do empreendimento e taludes será implantado canaletas e drenos
para o escoamento das águas superficiais, além da colocação de solo orgânico em
locais de maiores inclinações, garantindo assim a sua descarga sem propiciar a
formação de processos erosivos, conforme as Figuras 10 e 11;

- Serão adotadas medidas, que atenuem a formação de caminhos preferenciais ou de


concentração de fluxos do escoamento das águas superficiais, implantando-se
canaletas e dispositivos de drenagem superficial, evitando concentração em bacias
de infiltração no perímetro do empreendimento, além do que será realizada a
compactação de pátios e áreas de circulação de veículos (pátios e vias internas) no
local do empreendimento, evitando processo de infiltração.

Nas áreas com maiores inclinações como os taludes serão realizados plantios com espécies
de gramíneas com vistas à diminuição do escoamento superficial. Destacam-se aqui o
caráter preventivo das medidas mitigadoras para os impactos prognosticados, além do que
constitui-se como medida a implantação de um programa de monitoramento geotécnico que
neste caso esta sendo contemplado no PBA.

 Para Impactos Sobre a Flora e a Fauna

Flora

Os impactos relacionados à flora local se devem em virtude da retirada da vegetação na


área de implantação da unidade de resíduos classe II, assim como canteiro de obra e vias
de acesso. Para o desenvolvimento dessas atividades, no âmbito da legislação ambiental
(Instrução Normativa 001/2007), torna-se necessário o licenciamento da retirada da
vegetação, com a elaboração do Projeto Técnico: Declaração de Viabilidade Ambiental
(DVA), que será expedida pela SEMARH.

Além do licenciamento adequado para a retirada da vegetação existente serão realizadas as


seguintes ações para mininizar os impactos a flora local:

- Mater as distâncias prevista em lei no que se refere as APPs das nascentes


existentes na área e requalificação das APPs identificadas dentro do perímetro da
CGR seguindo a recomposição florística prevista no PBA – Programa de
Recuperação de Áreas Degradas ;

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122
- Iimplantação de um cinturão verde numa faixa de aproximadamente 20 metros, com
espécie do gênero Corymbia (antigo gênero Eucalyptos), devido seu crescimento
rápido, grande porte e grande capacidade de adaptação, além de ser dispersor de
um odor agradável e mais marcante para este tipo de empreendimento, indica-se
também para a composição do extrato médio o plantio de acácia negra (Acacia
mearnsii D. Wild), leguminosa de múltiplos propósitos, tais como restauração, e
composição de barreira vegetal.

Fauna

Para mitigar os possíveis impactos ambientais gerados sobre a fauna local que trata sobre o
aumento da interferência humana, obras de drenagem e circulação de veículos entre outros
afetando as populações da biota terrestre e sua redução e perda de habitat, como ainda a
simplificação da fauna através de possíveis mortes por atropelamento, está sendo proposta
a implantação de algumas medidas.

Para a fauna terrestre a medida de mitigação mais usual adotada tem sido erradicar o uso
ilegal de caça e apanha com a implicação da perda do emprego, a ser previsto nas normas
internas para colaboradores e terceirizados. Quanto à mortalidade da fauna por
atropelamento também são aplicados instrumentos de sinalização ressalvando os cuidados
com a velocidade nas áreas de acesso e no transporte de materiais. Como medida
preventiva serão realizadas orientações às equipes de trabalhadores locais sobre a
possibilidade de ocorrência de acidentes com animais peçonhentos, maneiras de evitá-los e
procedimentos a serem adotados em caso de ocorrência de acidentes.

Outro fator relevante sobre as medidas mitigadoras sobre a fauna local refere-se às possíveis
proliferações de vetores de zoonose, os problemas de saúde pública e também de degradação
ambiental. Para mitigar este impacto estão previstas as seguintes ações ambientais:

- Realizar o monitoramento da fauna sinatrópicas e demais grupos faunísticos


causadores de zoonose na área de implantação do aterro sanitário, conforme
previsto no PBA;

- Realizar eliminação de ambientes (criadouros) que promovam a proliferação de


vetores tais como dengue, febre amarela e cólera;

- Fornecer orientações quanto à necessidade de completa remoção de entulhos, restos


de materiais e equipamentos após a implantação do canteiro de obras, e durante toda a
fase de implantação do aterro, de forma a minimizar a disponibilidade de abrigos para
proliferação de vetores de zoonose assim como a os grupos sinantrópicos.

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123
- Realizar dedetização das antigas áreas de armazenagem, a eliminação dos focos de
larvas de insetos através de ações de combate,

- Implantar sistemas de iscar para roedores;

- Planejar e desenvolver ações educativas e de mobilização (educação ambiental)


junto aos trabalhadores e comunidades em relação ao controle de vigilância
epidemiológica como: prevenção, manejo e tratamento;

Implantar sistemas de controle ambiental em relação aos resíduos domésticos gerados


durante a implantação do aterro.

 Para Impactos Sobre o Meio Antrópico

As medidas relacionadas aos impactos sobre o meio antrópico indicadas são, de uma
maneira geral, restritas aos cuidados na implantação de todo o aterro sanitário com a
continuidade dos programas ambientais voltados a responsabilidade social dos
trabalhadores e comunidades, assim as medidas podem ser:

- Relativo à geração de emprego e renda será otimizada se os colaboradores forem


contratados no município de Aparecida de Goiânia, o que poderá ser feito através de
um Programa de Seleção e Treinamento de Mão-de-obra Local e criação de uma
Cooperativa de Trabalho de Resíduos Sólidos Urbanos e Industrial;

- Quanto aos riscos aos trabalhadores do aterro valem as seguintes recomendações:

 Treinamento do pessoal;

 Uso de equipamentos de proteção individual – EPI;

 Conservação e manutenção dos equipamentos utilizados na operação do aterro;

 Monitoramento constante do transporte e compactação dos resíduos.

- Realização de ações e atividades de sensibilização junto à comunidade e


trabalhadores voltadas para as praticas de educação ambiental;

- Já o impacto oriundo da desativação do atual aterro poderá ser otimizado com a


realização de um projeto de recuperação e re-qualificação da área socioambiental,
através de uma ampla consulta à população, no âmbito do Programa de
Recuperação e Requalificação da Área do Aterro.

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124
8. PROGRAMAS AMBIENTAIS

Os impactos ambientais normalmente causam alterações na fauna e flora, incômodos às


comunidades vizinhas, instabilidade de taludes, aumento do risco de erosão, contribuindo
assim para degradação e poluição do solo, água e ar. Nesse sentido, considerando o
desenvolvimento das obras do aterro sanitário para resíduos classe II, passa a ser
responsabilidade da Concessionária minimizar ou mitigar os danos ambientais durante todas
as atividades de construção e operação, de forma a preservar, tanto quanto possível, as
condições naturais da paisagem.

Após a identificação e avaliação dos impactos e apresentação das medidas mitigadoras foi
realizada a indicação de programas de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos
e negativos, qualificando e quantificando os fatores e parâmetros a serem considerados.

No conjunto das medidas mitigadoras e ações otimizadoras, os programas têm por função
básica estabelecer um sistema que garanta o cumprimento das indicações contidas nas
recomendações de avaliação do impacto ambiental. Os programas não podem ser
genéricos e seus alcances dependem da magnitude dos impactos produzidos. Para que o
programa seja efetivo, o marco ideal é que os indicadores sejam poucos, facilmente
quantificáveis e representativos do sistema afetado.

Há que se destacar que o conjunto dos Programas Ambientais propostos traz medidas
destinadas á prevenção, correção ou otimização dos impactos ambientais.

Os Programas Ambientais propostos estão detalhados junto ao PBA, ou seja, compondo o


Projeto Básico Ambiental (PBA) da Central de Gerenciamento de Resíduos – Metropolitana
Serviços Ambientais, que foi elaborado para a fase de implantação de todas as unidades de
tratamento.

Os programas ambientais e de monitoramento solicitados para atenuar os impactos


previstos na área de influência da CGR levando em consideração cada meio são:

1. Programa de Gestão e Controle Ambiental;


2. Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar;
3. Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas;
4. Programa de Saúde e Segurança Ocupacional;
5. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas;
6. Programa de Monitoramento e Controle da Fauna Sinantrópica;
7. Programa de Responsabilidade Socioambiental e Articulação Institucional –
PROSOCIAL
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9. CRONOGRAMA

Implantação / Mês Funcionamento / Mês


Atividades 2013*
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Obtenção da Licença de Instalação
Planejamento e levantamento da área

Aquisição de equipamentos

Contratação de mão de obra

Limpeza da área

Abertura de estradas e vias de acesso

Instalação do Canteiro de Obra

Escavação da 1ª etapa do aterro classe II

Impermeabilização da base da 1ªetapa


Escavação das lagoas de acumulação (Armazenamento de
percoladao)
Impermeabilização das Lagoas

Impl. do sistema de drenagem do percolado

Impl. do sistema de drenagens de gases

Impl. do poços de monitoramento

Impl. do sistema de drenagem pluvial

Monitoramento Geotécnico e topográfico

Monitoramento Ambiental

Monitoramento das águas superficiais e subterrâneas

Plano de Emergência

Relatório de Controle Ambiental – Unidade de Resíduos Classe II

Fase de Operação

Legenda: Cor Verde – Período de liberação da LI, Cor Azul – Período de obras, Cor Lilás – Implantação dos sistemas de controle ambiental, Cor Laranja – Monitoramento e controle ambiental.
1 Realização das ações mitigadoras conforme descrito no PGA.

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126
10. CONCLUSÃO

Um aterro sanitário para resíduos sólidos é um equipamento indispensável em qualquer


cidade, especialmente para a cidade do porte e de importância de Aparecida de Goiânia.
Mesmo que sejam adotadas medidas visando reduzir a quantidade de resíduos, sempre
existirão materiais que deverão ser destinados a um aterro sanitário, planejado, projetado e
operado dentro dos padrões de eficácia e eficiência.

No caso da implantação do aterro sanitário da Central de Gerenciamento de Resíduos -


CGR constatou-se que o seu projeto executivo foi elaborado observando as recomendações
técnicas (NBR 8419/96 e 13896/97) para implantação e operação de empreendimentos
desse tipo e porte. A efetiva execução dessas medidas contribuirá para que o aterro seja
implantado de forma a causar os menores impactos ambientais possíveis.

Por outro lado, neste Plano de Gestão Ambiental foram propostas medidas mitigadoras
visando minimizar as consequências negativas do empreendimento e aumentar os seus
benefícios em relação à operação da unidade de resíduos sólidos classe II da CGR.

Foram elaborados, também, planos de acompanhamento e monitoramento dos impactos, a


serem observados durante e após a execução do aterro sanitário, visando acompanhar a
eficácia das medidas recomendadas, conforme contemplado no Plano Básico Executivo do
aterro. A localização da unidade é um ponto bastante positivo, não gerando outra área de
interferência com as demais atividades do município.

Deste modo após as análises do Plano de Gestão Ambiental – PGA e Plano Básico
Executivo por parte da equipe técnica multidisciplinar, fica evidente que a implantação do
aterro sanitário para resíduos sólidos classe II, é na realidade uma medida sanitária
importante para recebimento e tratamento dos resíduos de forma adequada.

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130
12. ANEXOS

- ANEXO 01: LAYOUT GERAL DO EMPREENDIMENTO

- ANEXO 02: LAGOA DE PERCOLADO;

- ANEXO 03: ANUÊNCIA DA SANEAGO;

- ANEXO 04: PROTOCOLO DA OUTORGA

- ANEXO 05: MAPA DO ENTORNO DO EMPREENDIMENTO;

- ANEXO 06: MAPA DO USO DO SOLO;

- ANEXO 07: COMPARAÇÃO TEMPORAL DO USO DO SOLO;

- ANEXO 08: MANUAL DE INSTRUÇÕES – CAIXA SEPARADORA DE ÁGUA ÓLEO

- ART’S

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131
- ANEXO 01: LAYOUT GERAL DO EMPREENDIMENTO

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


- ANEXO 02: ARRANJO DA LAGOA DO PERCOLADO

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


1,50 4,50 11,00 4,50 5,00 4,50 1,00 4,50 1,50

B
0,15 1,20 0,15

1,50

1,50
0,29 0,46 0,15 0,30

0,15

0,15
4,50

0,05
A A

0,80

0,50

0,50

0,80
0,26

0,08

0,08

0,18
10,00

0,05
0,15

0,15
11,00
1,50

ESC.: 1:10

PV-07
T=732,150
F=730,270

4,50

0,80

0,95

0,97
1,50

0,06
0,30
1,50 4,50 11,00 4,50 3,50 1,50 4,50 1,00 4,50 1,50

0,15

0,13
0,09
0,15

0,15
1
1,89

1 1 ENCHIMENTO DE CONCRETO MAGRO

0,85
1

1,5 1,5 1,5


3,00

3,00
1 1 1 ESC.: 1:10

PV-07
T=732,150
F=730,270
TERRENO NATURAL

ANCORAGEM
ANCORAGEM
2,28

ANCORAGEM
0,76

MANTA EM PEAD
3,00

3,00

MANTA EM PEAD

PLACA DE CONCRETO
1,00x1,00x0,15m
- ANEXO 03: ANUÊNCIA DA SANEAGO

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


- ANEXO 05: MAPA DO ENTORNO DO EMPREENDIMENTO

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


690000 691000 692000 693000
Pedreira Araguaia
8145000

8145000
#
0

Área da
s Pe
dre
8144000

8144000
ira
s

Córr. Sto. Antônio

ETE
8143000

8143000
Área Urbanizada Vale do Sol
$
1 Aterro Municipal
iroe
rr
Ba
r.r

Polo de Reciclagem
8142000

8142000
Casa de Prisão Provisória
/
"

CGR
8141000

8141000
DIMAG Locais
/
" Casa de Prisão Provisória

.
! ETE

2012
#
0 Pedreira Araguaia

$
1 Vale do Sol

690000 691000 692000 693000

µ
Título:
MAPA DO ENTORNO

PGA
510 255 0 510 m
Escala:

Município/UF: Aparecida de Goiânia/GO


Imagem de Satélite Quickbird 2006 e 2012
Sistema de Coordenadas Geográficas UTM Zona 22 Data: 14/07/2013
South America Datum 1969
Elaboração do Mapa: Murilo Raphael Dias Cardoso
- ANEXO 06: MAPA DO USO DO SOLO

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


689000 690000 691000 692000 693000 694000 695000

8145000

8145000
8144000

8144000
Córr. Sto. Antônio

ETE

Área da

iro
8143000

8143000
s Pe

e
rr
dre
Ba
rr. ira
s

8142000

8142000
689000 690000 691000 692000 693000 694000 695000

µ
Hidrografia Título: USO E COBERTURA DO SOLO
CGR

Uso do Solo
Agricultura PGA
LEGENDA

Aterro

Casa de Prisão Provisória 400 200 0 400 m


Cemitério
Escala:
Mineração
Imagem de Satélite Quickbird 19 de Julho de 2012 e
Município/UF: Aparecida de Goiânia/GO
Polo de Reciclagem DBO Engenharia Ltda.
Sistema de Coordenadas Geográficas UTM Zona 22
15/07/2013
Remanescente do Cerrado
Data:
Área Urbanizada South America Datum 1969
Pastagem
Elaboração do Mapa: Murilo Raphael Dias Cardoso
- ANEXO 07: COMPARAÇÃO TEMPORAL DO USO DO SOLO

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA


690000 691000 692000 693000 690000 691000 692000 693000

8145000

8145000
8145000

8145000
0Pedreira Araguaia
# 0Pedreira Araguaia
#

Área da
s Pe Área da
dre s Pe
ir a

8144000

8144000
8144000

8144000
s dre
ira
s

Córr. Sto. Antônio Córr. Sto . Antô nio

ETE

8143000

8143000
8143000

8143000
Área Urbanizada Vale do Sol Área Urbanizada Vale do Sol
$
1 Aterro Municipal
$
1 Aterro Municipal
rroo
erei i

ro
i
arr

re
BBa

ar
rr.r.

B
ó ró

rr.
CC


Polo de Reciclagem Polo de Reciclagem

8142000

8142000
8142000

8142000
Casa de Prisão Provisória Casa de Prisão Provisória
/
" /
"

8141000

8141000
8141000

DIMAG 8141000 DIMAG

2012
2006 Carta Imagem de Comparação Temporal do Empreendimento

690000 691000 692000 693000 690000 691000 692000 693000

µ
Título: COMPARAÇÃO TEMPORAL DO USO
CGR E COBERTURA DO SOLO
Locais PGA
LEGENDA

/
" Casa de Prisão Provisória 500 250 0 500 m
Escala:
.
! ETE
Imagem de Satélite Quickbird 2006 e 2012 Município/UF: Aparecida de Goiânia/GO
#
0 Pedreira Araguaia
Sistema de Coordenadas Geográficas UTM Zona 22
South America Datum 1969 Data: 14/07/2013
$
1 Vale do Sol
Elaboração do Mapa: Murilo Raphael Dias Cardoso
- ANEXO 08: MANUAL DE INSTRUÇÕES – CAIXA SEPARADORA DE ÁGUA ÓLEO

METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA

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