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VOLUME III
AGOSTO/2013
PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL – PGA
ATERRO SANITÁRIO CLASSE II
CENTRAL DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS – CGR
JULHO/2013
JULHO/2013
1
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6
2.IDENTIFICAÇÃO ..................................................................................................... 7
2.1. EMPREENDEDOR ....................................................................................................... 7
2.2. EMPREENDIMENTO ................................................................................................... 7
2.3. EMPRESA RESPONSÁVEL PELO PGA .................................................................... 7
2.4. ÓRGÃO AMBIENTAL LICENCIADOR ........................................................................ 7
2.5. EQUIPE TÉCNICA ....................................................................................................... 8
3.CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ...................................................... 9
3.1. LOCALIZAÇÃO E ACESSO DO EMPREENDIMENTO .............................................. 9
3.2. OBJETIVO ................................................................................................................. 11
3.3. JUSTIFICATIVA DA ÁREA ....................................................................................... 11
3.4. MEMORIAL DE CARACTERIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO ............................ 12
3.4.1. Informações sobre os Resíduos a serem Dispostos no Aterro Sanitário . 13
3.4.2. Horário de Funcionamento do Aterro ........................................................... 14
3.4.3. Resíduos Sólidos Admitidos no Aterro ........................................................ 14
3.4.4. Caracterização Geral da Implantação do Aterro .......................................... 15
3.4.4.1. SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO ................................................ 18
3.4.4.2. SISTEMA DE DRENAGEM E REMOÇÃO DE PERCOLADO ............. 19
3.4.4.3. SISTEMA DE DRENAGEM DE GASES .............................................. 21
3.4.4.4. SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUA PLUVIAL ................................. 24
3.4.4.5. SISTEMA DE TRATAMENTO DO PERCOLADO ................................ 25
3.4.5. Sistema de Cobertura dos Resíduos ............................................................ 28
3.4.6. Vida Útil do Aterro .......................................................................................... 28
3.4.7. Lagoa de Acumulação .................................................................................... 28
3.4.8. Estruturas de Apoio........................................................................................ 29
3.4.9. Lista de Equipamentos................................................................................... 29
3.4.10. Mão de Obra .................................................................................................. 30
3.4.11. Fonte de Abastecimento .............................................................................. 30
3.4.12. Esgoto Doméstico/Sanitário........................................................................ 30
3.4.13. Águas Pluviais .............................................................................................. 31
3.4.14. Resíduos Sólidos ......................................................................................... 32
3.4.15. Poluição do Ar .............................................................................................. 32
3.4.16. Ruídos e Vibrações ...................................................................................... 33
3.5. OPERAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO ................................................................... 33
3.5.1. Fluxograma de Operação do Aterro.............................................................. 36
4.RELAÇÃO COM OS ATRIBUTOS AMBIENTAIS DO ENTORNO ........................ 38
4.1. COBERTURA VEGETAL........................................................................................... 38
4.2. FAUNA ....................................................................................................................... 38
4.3. NÚCLEOS URBANOS ............................................................................................... 39
4.4. USO DOS RECURSOS HÍDRICOS ........................................................................... 39
4.5. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ................................................................................. 40
5.DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ................................................................................ 41
5.1. MEIO FÍSICO ............................................................................................................. 41
5.1.1. Caracterização Topográfica e geotécnica .................................................... 41
5.1.2. Solos e Geotecnia ........................................................................................... 41
5.1.3. Característica Climatológica.......................................................................... 43
5.1.3.1. PARÂMETROS METEOROLÓGICOS ................................................ 43
5.1.4. Qualidade do Ar .............................................................................................. 50
5.1.5. Aspectos Geológicos ..................................................................................... 51
5.1.6. Caracterização Geomorfológica .................................................................... 51
5.1.7. Caracterização Pedológica Local .................................................................. 51
5.1.8. Bacia Hidrográfica .......................................................................................... 52
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
2
5.2. MEIO BIÓTICO .......................................................................................................... 52
5.2.1. Flora ................................................................................................................. 52
5.2.1.1. COBERTURA VEGETAL NA AII .......................................................... 52
5.2.1.2. COBERTURA VEGETAL NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO........... 54
5.2.2. Fauna ............................................................................................................... 59
5.2.2.1. RELAÇÃO COM OS ATRIBUTOS AMBIENTAIS DO ENTORNO ....... 59
5.2.2.2. DIAGNÓSTICO DA FAUNA NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO ...... 61
5.3. MEIO ANTRÓPICO .................................................................................................... 75
5.3.1. Histórico .......................................................................................................... 75
5.3.2. Caracterização da área do empreendimento ............................................... 76
5.3.2.1. USO DO SOLO .................................................................................... 76
5.3.2.2. DINÂMICA DEMOGRÁFICA ................................................................ 78
5.3.2.3. ESTRUTURA FUNDIÁRIA E USO DO SOLO DO MUNICÍPIO ........... 81
5.3.3. Socioeconomia ............................................................................................... 84
5.3.3.1. PRODUTO INTERNO BRUTO TOTAL E PER CAPITA. ..................... 84
5.3.3.2. SETOR PRIMÁRIO .............................................................................. 87
5.3.3.3. SETOR SECUNDÁRIO ........................................................................ 89
5.3.3.4. SETOR TERCIÁRIO ............................................................................ 91
5.3.3.5. EMPREGO E RENDA .......................................................................... 92
5.3.4. Finanças Públicas .......................................................................................... 95
5.3.5. Indicadores Sociais ........................................................................................ 96
5.3.5.1. SAÚDE ................................................................................................. 96
5.3.5.2. EDUCAÇÃO ......................................................................................... 98
5.3.5.3. SEGURANÇA PÚBLICA .................................................................... 100
5.3.5.4. ASSISTÊNCIA SOCIAL ..................................................................... 102
5.3.5.5. CONSELHO TUTELAR ...................................................................... 103
5.3.6. Infraestrutura ................................................................................................ 104
5.3.6.1. SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTE ................................................. 104
5.3.6.2. COMUNICAÇÃO ................................................................................ 104
5.3.6.3. ENERGIA ELÉTRICA ........................................................................ 105
5.3.6.4. HABITAÇÃO ...................................................................................... 105
5.3.7. Saneamento .................................................................................................. 106
5.3.7.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................................................... 106
5.3.7.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO ........................................................... 107
5.3.7.3. RESÍDUOS SÓLIDOS ....................................................................... 108
5.3.8. Organização Social ....................................................................................... 109
6.IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ............................................. 111
7.MEDIDAS MITIGADORAS .................................................................................. 117
8.PROGRAMAS AMBIENTAIS .............................................................................. 125
9.CRONOGRAMA .................................................................................................. 126
10.CONCLUSÃO .................................................................................................... 127
11.BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 128
12.ANEXOS ............................................................................................................ 131
A disposição inadequada dos resíduos sobre o solo, sem nenhum critério técnico, traz
problemas ao ser humano a ao meio ambiente. Dentre muitos incômodos podemos
destacar: a proliferação de vetores, que são agentes causadores e transmissores de
diversas doenças, como, por exemplo, a dengue; a queima do lixo ao ar livre com a emissão
de poluentes de grande importância; a exalação de fortes odores; a contaminação do solo e
das águas subterrâneas e superficiais, além da presença de catadores de lixo.
Para a solução desse grave problema ambiental, uma técnica adequada, do ponto de vista
sanitário, e aprovado para a disposição de resíduos sólidos urbanos no solo é o aterro
sanitário. Este é a forma de disposição de resíduos sólidos no solo, com padrões aceitáveis
quanto a danos à saúde pública e ao meio ambiente. Por utilizar princípios e técnicas de
engenharia, que servem para confinar os resíduos sólidos na menor área e o menor volume
possível com os menores impactos admissíveis.
A unidade de tratamento dos resíduos classe II será implantada na área da CGR, ocupando
uma área de 306.381,00 m2 para instalação do aterro sanitário e dos equipamentos de
controle dos impactos ambientais.
2.1. EMPREENDEDOR
Escritório: Avenida E, nº 742, Edifício JK, Salas 708/709– Setor Jardim Goiás - Goiânia - Goiás
- CEP 74.810-030.
CPF/CNPJ: 07.296.795/0001-76
2.2. EMPREENDIMENTO
Local do Empreendimento: Avenida Geralda Amaro Gouveia, Setor Vale do Sol - Polo
Municipal de Reciclagem – Aparecida de Goiânia - Goiás
CEP: 74.925-060
CNPJ Nº 00.273.888/0001-36
E-MAIL: nelson@dboengenharia.com.br
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Título:
MAPA DE LOCALIZAÇÃO E ACESSO
Hidrografia PGA
LEGENDA
A Metropolitana Serviços Ambientais Ltda – MSA tem como objetivo dotar a região
metropolitana de Goiânia de um eficiente e moderno sistema de tratamento de resíduos
sólidos urbanos e industriais, integrando nas diversas formas de processamento, medidas
de conservação e de controle ambiental em conjunto com uma bem planejada organização
produtiva.
O objetivo básico deste trabalho é apresentar como foi planejado e como será implantado o
aterro sanitário de resíduos sólidos classe II, sua proposta de construção e operação da
unidade de tratamento, assim como as medidas mitigadoras, controle e otimização
ambiental dos impactos decorrentes a instalação do empreendimento.
Área definida pelo poder público municipal como sendo de expansão urbana;
Facilidade de acesso;
Boa relação entre o centro produtor de massa (resíduos sólidos urbanos – polo de
reciclagem) e o aterro sanitário municipal;
Esta área escolhida para a implantação da CGR e suas unidades de tratamento responde
as exigências, tanto por parte das leis municipais de ocupação e uso do solo, segundo as
diretrizes do município de Aparecida de Goiânia, como as leis estaduais e federais, sendo
considerada favorável à construção e operação das atividades previstas, no qual deverá
adotar técnicas de engenharia ambiental para atenuar os impactos gerados.
Neste caso o local destinado à instalação de um aterro sanitário deve ser realizado de
forma criteriosa de modo a preservar os recursos naturais peculiares a cada região,
como as diferenças climáticas, hidrológicas, geológicas, sociais, econômicas a fim de
estabelecer um conjunto de critérios para seleção do local adequado.
A área destinada à implantação do Aterro Classe II possui uma extensão de 306.381,00 m²,
inseridos dentro da área total do empreendimento com o seguinte quadro de áreas (Anexo
01 – Layout Geral).
Resíduos Classe II
Os resíduos Classe II (não perigosos) são aqueles em que em um extrato lixiviado, não
libera qualquer substância tóxica, não possuem, em sua massa, concentrações de
compostos ou substâncias que conferem toxidade ao meio ambiente. Além disso, nenhum
de seus constituintes solubilizados devem possuir concentrações superiores aos padrões de
potabilidade da água, exceto nos aspectos de turbidez, dureza e sabor.
Os resíduos classe II A (não perigosos e não inertes) são aqueles que não se
enquadram nas classificações de resíduos Classe I (perigosos) ou Resíduos Classe IIB
(não perigosos e inertes), de acordo com a NBR1004/04.
- Classe II B
O Aterro Sanitário funcionará 24 horas por dia, durante os 7 (sete) dias da semana.
O Aterro Sanitário proposto estará disponível para receber resíduos sólidos Classe II,
conforme descrito anteriormente.
Com uma capacidade de recebimento de 1.200 t/dia, o Aterro Sanitário deverá receber
resíduos gerados nos municípios próximos a Aparecida de Goiânia, trazendo benefícios a
toda população da região.
O material encontrado também permite cortes, em taludes naturais, com altura de até 5,00
m, com inclinação de 1,0(V): 1,5(H) com previsões de cortes e volumes em 874.362 m³ de solo
escavado, que será estocado em bota – espera para posterior reutilização (cobertura das
células de resíduos). .
Por último será realizada camada de solo de 50 cm (4ª camada), compactada (por rolo pé-
de-carneiro, com vibração), PN 98%. A compactação deverá ser executada em etapas até
se atingir a espessura desejada. Ela é necessária para que seja assegurada a integridade
da manta. Pelo mesmo motivo a compactação da primeira camada de solo sobre a manta
deve se realizada com rolo liso. Sobre esta última camada, deverão ser instalados os drenos
de percolado conforme descrito no próximo item.
Para coletar a decomposição dos resíduos de natureza domiciliar, será implantado um sistema
de drenagem no qual irá coletar e conduzir o líquido percolado, reduzindo assim as
pressões deste sobre o maciço e, também, minimizando o potencial de migração para o
subsolo.
Os drenos “espinha de peixe” (coletor principal) serão ainda interligados à um outro dreno
tipo “colchão drenante” que circundará a base do aterro (cota mais baixa) direcionando o
percolado para os Tanques de Acumulação. Este dreno será constituído de rachão, brita e
tubo PEAD de 200 mm, perfurado. Interligados a este “colchão drenante” serão construídos
poços de inspeção, para uma eventual manutenção, em tubo de concreto de 1,00 m.
O mesmo esquema de drenagem utilizada na base do aterro será utilizada nas demais
camadas a serem implantadas que serão também interligadas aos drenos de gases. Os
drenos entre camadas deverão ter seção de 0,6 x 0,6m, conforme Figura 06.
Na estimativa de vazão, a área de abrangência de cada camada foi considerada como área
de contribuição para a geração de líquidos e percolados. Desta forma, considera que a
extensão superficial contribuinte para a geração de percolado é sempre a camada onde se
está trabalhando, ou seja, que permanece aberta. Admite-se desta forma, que as demais
camadas não estejam contribuindo significativamente para a geração do percolado.
A formação de gases no interior dos maciços dos aterros sanitários ocorre, principalmente,
devido ao processo de decomposição da matéria orgânica em meio praticamente anaeróbico.
Os drenos deverão ser prolongados à medida que as camadas vão sendo alteadas, como
se atravessassem o maciço, e deverão ser interligados ao sistema de drenagem de
percolados, assumindo também a função de dreno de percolado além da função de
direcionamento do gás para fora do maciço. Na saída dos drenos de gases serão instalados
dispositivos de queima (flare) para os gases coletados, evitando que eles atinjam a
atmosfera. Figura 09.
A fim de se diminuir o Efeito Estufa provocado pela emissão e queima dos gases na
atmosfera poderá ser utilizado sistema de Queima Centralizada e Controlada do biogás. A
operação deste sistema, caso seja de interesse do empreendedor implantá-lo, deverá
acontecer apenas quando o volume de gás se tornar representativo, ou seja, após algum
tempo de operação do Aterro.
Com o objetivo de evitar erosões nos postos de deságue das águas pluviais serão
implantadas, no fim dos elementos de drenagem, caixas de retenção de sólidos e dissipação
de energia. Os dispositivos de drenagem assim como os acabamentos das bermas e
taludes estão detalhados nas Figuras 10 e 11. Os elementos de drenagem serão
constituídos por:
Valas de drenagem a montante das escavações onde terão que captar as águas
resultantes de precipitações pluviométricas nas regiões de montante das escavações
realizadas para a construção da área de disposição. Estas valas deverão possuir baixas
declividades, para que não favoreça o surgimento de processos erosivos. As águas
recolhidas serão direcionadas para elementos de sedimentação e, posteriormente, para
áreas naturais de drenagem.
Valas de drenagem nos platôs acabados (superfície do maciço) para evitar que as
águas escoem livremente, com objetivo de evitar o surgimento de processos erosivos
sobre o aterro, podendo, inclusive, causar a desestabilização do maciço.
Deverá ser realizado um pequeno dique de solo, que funcionará com uma pequena
barreira, e canaletas com baixa declividade. Esta canaleta deverá passar por
manutenção periódica para a retirada de sedimentos. As águas recolhidas serão
direcionadas para elementos de sedimentação e, posteriormente, para áreas naturais
de drenagem.
As águas superficiais (chuva) coletadas dentro do aterro serão drenadas diretamente para
as drenagens existentes na área como sarjetas, canaletas ou caixas de retenção de água e
posteriormente infiltradas no solo, a fim de evitar qualquer formação de processos erosivos.
Os efluentes líquidos percolados deverão ser coletados pelo sistema de drenagem, conforme
apresentado no item anterior, cuja vazão será encaminhada para duas lagoas de acumulação,
impermeabilizadas com manta de PEAD 2 mm, com capacidade de 520,00 m³, cada ( Anexo
02 – Lagoa de Percolado). A partir destas lagoas, o percolado será encaminhado para
tratamento na ETE Santo Antônio (Anexo 03 – Anuência da SANEAGO), localizada logo a
jusante do empreendimento.
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
25
Figura 10: Acabamento dos taludes e patamares
O material utilizado para cobertura das células será advindo do bota-espera (material
estocado da escavação do aterro).
Uma vez esgotada a capacidade do aterro procede-se a cobertura final com 60cm de
espessura (sobre as superfícies que ficarão expostas permanentemente –bermas e taludes
definitivos). Após recobrimento, deve-se plantar a grama nos taludes definitivos e platôs,
que servirá como proteção contra erosão.
O volume de resíduos sólidos a ser disposto na área do novo Aterro Sanitário Metropolitana,
incluindo material de cobertura, poderá ser de, 8.648.184,00 m³, o que implica numa vida útil
de aproximadamente 17 anos, conforme apresentado no Projeto Executivo.
Para avaliar qual será a produção total do percolado e necessário à elaboração do balaço
hídrico, no qual foi realizado o cálculo estimado da vazão do percolado, conforme
apresentado no Projeto básico Executivo do Aterro.
Obs: Considera- se que a maior vazão prevista é de 2,5279 l/s ou 219 m³ por dia.
Considerando uma produção de percolado de 219 m³ por dia, serão construídas duas
lagoas em serie, com capacidade de acumular aproximadamente 520 m³, o que
corresponde a uma acumulação de mais de 2 dias, em um período crítico de chuvas.
O aterro sanitário de resíduos classe II contará com toda estrutura de apoio operacional da
CGR, compostas pelos seguintes itens:
Administração / Guarita;
Balança;
Refeitório;
Oficina Mecânica;
Laboratório de inspeção de Resíduos;
Local/Atividade Nº de Turnos
Administração 14 08h às 12h 12h às 18h -
Almoxarifado 02 08h às 12h 12h às 18h -
Balança 03 08h às 16h 16h às 24h 24h às 8h
Vigilância 06 08h às 16h 16h às 24h 24h às 8h
Portaria 03 08h às 16h 16h às 24h 24h às 8h
Jardinagem 03 08h às 12h 12h às 18h -
Topografia 03 08h às 12h 12h às 18h -
Laboratório 03 08h às 16h 16h às 24h 24h às 8h
Oficina 04 08h às 12h 12h às 18h -
Operadores de 10 08h às 16h 16h às 24h 24h às 8h
Engenheiro 01 08h às 12h 12h às 18h -
Auxiliar de Serviços 03 08h às 16h 16h às 24h 24h às 8h
Total 55 24 h/dia
Para a implantação e operação das atividades do Aterro não haverá necessidade de uso
dos recursos hídricos diretamente no sistema. A água a ser utilizada, basicamente pelos
operadores e para limpeza, será proveniente de um poço tubular profundo, o qual está
sendo licenciado junto a Superintendência de Recursos Hídricos da SEMARH. (Anexo 04 –
Portaria de Outorga).
Onde: 1000
Com o objetivo de evitar erosões nos postos de deságue das águas pluviais serão
implantadas, no fim dos elementos de drenagem, caixas de retenção de sólidos e dissipação
de energia.
Implantação de pequeno dique de solo, que funcionará com uma pequena barreira, e
canaletas com baixa declividade;
Q = C. i. A
Sendo:
As águas superficiais (chuva) coletadas dentro do aterro serão drenadas diretamente para
as drenagens existentes na área como sarjetas, canaletas ou caixas de retenção de água e
posteriormente infiltradas no solo, a fim de evitar qualquer formação de processos erosivos.
Todos estes resíduos deveram ter destinação adequada, sendo realizada por empresa
especializada em coleta de resíduos sólidos da construção civil que ficará responsável pela
destinação adequada.
3.4.15. Poluição do Ar
Outra preocupação prevista, no que tange a qualidade do ar, é com relação aos gases que
se forma no maciço, decorrentes da decomposição da matéria orgânica. O projeto prevê a
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
32
instalação de drenos horizontais e verticais para a condução dos gases para queimadores
tipo flare, conforme já foi demostrado.
Admite-se, contudo, que tais impactos tendam a serem atenuados pelas seguintes razões:
Na balança será realizado o controle dos resíduos encaminhado a CGR, avaliando sua
origem, quantidade e qualidade, além disso os dados deverão ser preenchidos corretamente
no formulário para pesagem diária dos veículos.
Portaria
Laboratório
(se necessário)
Controle Atmosférico
Balança
Queima
Deposição do Resíduo
Dreno de Gases
Compactação
Cobertura
Dreno de Percolado
Medidor de Vazão
Lagoa de Percolado
Com base no alcance dos possíveis impactos diretos ao meio físico, meio biótico e antrópico
a área de influência do aterro foi definida em função dos reflexos socioambientais e
econômicos do empreendimento, considerando as distâncias mínimas previstas em Leis,
conforme Anexo 05 - Mapa do Entorno do Empreendimento.
4.2. FAUNA
Em função das ações antrópicas ocorridas no local, à mesma não apresenta boas condições
de suporte para a fauna silvestre, esta foi bastante simplificada e migrou para ambientes
Por se tratar de um aterro sanitário, para qual estão previstos programas de monitoramento
de controle ambiental e monitoramento da fauna, o local não será foco de atração ou de
proliferação desses animais.
O local escolhido para a construção da CGR está em conformidade com as leis ambientais
tais como Lei Estadual 17.684 de 2012, que exige uma distância de 200 metros de
afastamento ao corpo receptor, além disso, o empreendimento apresenta um sistema de
controle ambiental para o percolado, sistema de drenagem superficial das águas pluviais e
monitoramento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas.
Para o tratamento dos resíduos urbanos não haverá necessidade de uso dos recursos
hídricos diretamente no sistema, a água a ser utilizada, basicamente pelos operadores e
para limpeza, será proveniente de um poço tubular profundo, devidamente outorgado junto a
Superintendência de Recursos Hídricos da Semarh.
Em virtude destas características a instalação da CGR, bem como o aterro classe II não irá
causar alterações no uso do solo local.
A topografia do terreno é suave ondulada tendo uma superfície pouco movimentada, com
declividades entre 3 e 6% no sentido S–N. Não se registra, nas proximidades do aterro,
presença de movimentos de massa de maior porte, como deslizamentos ou
escorregamentos, nem tampouco áreas inundáveis.
Os solos classificados como Latossolos apresentam a maior abrangência, cerca de 52% das
terras, do Estado de Goiás. Em razão da presença de argilas, do tipo caulinita, cujas
partículas são revestidas por óxido de ferro os solos apresentam-se com cor avermelhada,
facilmente identificável.
A área da CGR situa-se sobre relevo suave ondulado, onde predominam Latossolos
Vermelho-Amarelos, Cambissolos e Latossolos Vermelho-Escuros com textura argilosa.
Trata-se de solos profundos, segundo dados secundários confirmados localmente pelos
resultados de sondagens geotécnicas.
Nas partes mais altas da paisagem, em relevo plano rampeado, ocorrem os Latossolos
Vermelho-Amarelos distróficos. Trata-se de solos de textura argilosa e cascalhentos. Nas
encostas de relevo ondulado são encontrados Cambissolos distróficos, com argila de
atividade baixa, cascalhentos e muito pedregosos.
O nível freático detectado situou-se entre 5,75 m e 6,68 m, conforme relatório da Master
Solo Engenharia Ltda.
Segundo CUNHA & PARZANESE (in BITAR, 1995), tendo em vista os critérios do meio
físico utilizados na classificação de áreas para disposição de resíduos sólidos urbanos e os
resultados obtidos, descritos abaixo, a área é classificada como adequada e passível de ser
utilizada pelo empreendimento proposto.
Nos meses de verão, a mTa, responsável pelos alísios de sudeste, se mantém ativa sobre o
atlântico sul, na latitude do sudeste brasileiro. A sua convergência com os alísios de
nordeste responde pela concentração da umidade na região equatorial (Zona de
Convergência Intertropical). Após a ciclagem da água ao longo da faixa equatorial, a massa
sofre deflexão determinada pela orogenia andina, sendo dinamizada como mEc que se
expande, de noroeste, em direção à região central do Brasil. É atraída pela depressão
Térmica do Chaco, surgindo a massa Tropical continental (mTc). O confronto entre a
umidade proveniente da mEc com a mPa, origina a Zona de Convergência do Atlântico Sul
(ZCAS), responsável pelas maiores intensidades pluviométricas nos meses de novembro a
março.
No caso da CGR, dada a sua localização geográfica, a estação climatológica utilizada como
referência foi a de Goiânia. Com vistas à atualização dos dados, as Normais Climatológicas
(1961/1990) foram complementadas com os parâmetros da série histórica de 1991/2012.
Vento
Com base nos dados da estação da FAB (1996/2007), localizada no Aeroporto Santa
Genoveva, em Goiânia (Quadro 02), constata-se uma maior proximidade em relação aos
domínios estimados para a região: (a) domínio dos ventos de norte (N), norte-noroeste
(NNW), oeste-noroeste (WNW) e oeste (W) nos meses de novembro a março, associado às
ingressões da massa Equatorial continental (instabilidades de noroeste provenientes da
Amazônia), e (b) domínio dos ventos de leste (E), leste-nordeste (ENE), leste-sudeste
(ESSE) e sul-sudeste (SSE) nos meses de abril a setembro, relacionados à supremacia da
massa Tropical atlântica do hemisfério sul. Enquanto a massa Equatorial continental
responde pela transferência de umidade para a região central do Brasil, com precipitações
resultantes principalmente do confronto com a massa Polar atlântica (Zona de Convergência
do Atlântico Sul), a massa Tropical atlântica determina a subsidência atmosférica e
prolongado período de estiagem. As eventuais precipitações no inverno estão associadas às
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
44
ingressões espasmódicas da massa Polar atlântica em eventuais refluxos da massa Tropical
atlântica na região.
Fonte: FAB (1996/2007). Nota: em azul, frequência acima de 10% no mês. Fundo azulado, domínio da massa
Equatorial continental; fundo avermelhado, domínio na massa Tropical atlântica; fundo esverdeado, domínio da
massa Polar atlântica.
Clima
Com relação ao número de dias de chuva, a soma anual no período de 1991/2012 foi de
138,7 dias, com destaque para os meses de novembro a março, com aproximadamente 20
dias de chuva, contrastando com os meses de maio a agosto, com menos de 3 dias de
chuva (Quadro 04).
Janeiro 94,6 74,2 144,2 79,5 109,1 126,5 95,9 116,5 179,3 90,1 125,4 101,7 92,4 85,6 98,9 125,9 99,4 105,4 119,1 126,5 103,6 101,9 108,9
Fevereiro 90,0 84,9 71,3 102,5 81,2 117,4 135,5 98,1 154,7 89,2 113,7 84,1 114,3 72,3 119,5 95,2 81,4 101,1 108,2 134,8 99,4 147,6 104,4
Março 87,0 115,6 134,8 82,3 99,9 116,8 108,5 132,5 124,5 98,9 110,0 137,5 115,3 107,0 89,0 91,6 166,0 71,1 97,7 107,0 79,9 162,8 110,7
Abril 101,0 96,3 129,6 120,7 92,8 130,0 132,2 153,0 188,7 135,3 139,7 170,1 128,4 111,5 144,9 116,7 143,0 102,0 103,6 151,8 141,6 149,1 131,0
Maio 145,3 130,2 146,4 128,0 114,4 138,3 138,0 149,5 183,9 174,3 141,4 163,1 168,1 121,6 144,6 150,9 154,6 140,1 129,1 156,0 165,6 170,6 147,9
Junho 158,2 164,5 135,0 136,9 137,9 170,0 118,1 213,8 189,1 168,3 144,8 179,8 183,9 151,7 146,6 170,5 168,4 155,4 131,9 162,3 157,3 173,5 159,9
Julho 190,7 172,0 176,1 160,7 192,7 208,7 165,9 269,6 211,0 184,3 179,8 192,1 218,8 183,0 197,2 182,9 186,7 101,4 193,2 223,3 197,3 233,0 191,8
Agosto 234,1 201,3 181,4 231,8 254,5 266,9 256,5 337,5 254,4 250,9 237,5 261,0 242,5 261,3 250,5 230,9 286,0 239,3 226,4 252,5 267,9 309,8 251,6
Setembro 216,5 120,8 164,8 275,0 259,2 213,5 209,7 307,7 226,7 166,6 203,7 209,4 240,2 327,4 235,2 214,5 326,9 251,7 166,2 300,0 376,3 316,2 242,2
Outubro 160,4 115,1 145,7 208,4 192,6 159,9 218,8 204,6 193,4 229,0 138,4 274,9 196,1 196,5 193,9 102,0 245,4 218,2 130,2 162,1 165,4 314,0 189,3
Novembro 119,8 95,1 135,3 137,4 123,6 128,2 151,0 115,9 136,4 90,3 90,9 136,1 131,6 151,8 99,3 127,2 153,2 129,2 114,1 99,4 165,4 123,9 125,2
Dezembro 111,8 90,4 85,8 91,3 106,9 112,0 123,9 115,7 115,1 88,6 94,7 111,7 158,9 110,7 73,2 97,5 122,3 104,7 95,4 98,6 120,7 106,2
Ano 142,5 121,7 137,5 146,2 147,1 157,4 154,5 184,5 179,8 147,2 143,3 168,5 165,9 156,7 149,4 142,2 177,8 143,3 134,6 164,5 170,0 200,2 1869,2
Fonte: INMET (1991/2012).
5.1.4. Qualidade do Ar
Na área, ocorrem os solos do tipo Latossolo Vermelho, caracterizados por serem solos
com horizontes “A”, “B” e “C” presentes, porém com o horizonte B não muito bem
definidos. Embora possuam alto teor de argila, esta não lhe confere características de
solos pesados em virtude de sua floculação. São na sua maioria, solos pobres em bases
trocáveis, geralmente ácidos devido à presença de óxidos hidratados de alumínio,
distróficos. São solos muito antigos, minerais, argilo-arenosos, estruturados, bem
drenados e que sofreram alto grau de intemperização. Os latossolos são relativamente
resistentes à erosão.
O diagnóstico foi realizado com visitas “in loco”, a área de implantação da CGR assim como
os ambientes adjacentes como capoeiras e vestígios de floresta estacional semidecidual e
APP dos córregos, além de propriedades rurais circundantes. A análise das características
ambientais, mesmo que realizada de forma rápida, é um instrumento precioso para a
determinação do grau de alteração antrópica existente, bem como a composição florística e
faunística da área estudada.
5.2.1. Flora
Já as formações campestres do bioma Cerrado são aquelas caracterizadas por três tipos
principais de fitofisionomias, as quais são o Campo Sujo, o Campo Limpo e o Campo Rupestre.
A fim de caracterizar o extrato arbóreo existente nos limites da área da CGR, foi realizado o
levantamento das espécies arbóreas. A metodologia adotada para identificação dos
indivíduos presentes para definição das fitofisionomias encontradas foi pelo método visual e
comparação das espécies encontradas para cada fitofisionomia correspondente em relação
à sua composição florística específica. Este método tem por objetivo a mensuração dos
indivíduos encontrados, separando-os pelos seus habitats específicos.
A Vegetação Ripária é definida por Ribeiro e Walter, 1998 como uma vegetação florestal
composta por espécies perenifólias que acompanha os rios de pequeno porte e córregos
dos planaltos do Brasil Central, formando corredores fechados (galerias) sobre os cursos
d’água. As matas de galeria e ciliares constituem um importante elemento caracterizador
das paisagens do Brasil Central, que se encontram inseridas no domínio do cerrado e tem
importância vital na dinâmica ambiental desses ecossistemas.
Na área do futuro aterro sanitários resíduos classe II (CGR), há ocorrência desse tipo de
formação florestal que acompanha uma pequena drenagem sem nome dentro da área.
Notam-se pequenos trechos da mata de galeria que não possuem a largura mínima exigida
por lei, e que se encontra descaracterizada floristicamente, e ainda certos trechos com
ausência total de vegetação e também de plântulas em regeneração. As espécies que
ocorrem nesta região estão descritas na tabela a seguir (Quadro 10).
Áreas de pastagens
A propriedade possui uma área que atualmente é composta por pastagens, que
predominam na área em questão, formadas principalmente por capim braquiária (Brachyaria
decumbens), e que está inserida praticamente em toda a área. Esta pastagem, atualmente
apresenta aspectos de degradação, evidenciada pela presença de cupinzeiros, a
compactação do solo e pela explotação de cascalho em períodos anteriores. É possível
perceber também que nesta área de pastagem são observadas muitas árvores
remanescentes ou regeneradas.
Nesta área de pastagem, ocorrem muitas espécies arbóreas típicas do bioma Cerrado, tais
quais: indivíduos de pau santo (Kielmeyera coriaceae) da família Guttiferae, de embiriçu
(Pseudobombax tomentosum) da família Bombacaceae, de pequi (Caryocar brasiliensis)
Caryocaraceae, de peroba do campo (Aspidosperma tomentosum) da família Apocynaceae,
de araticum (Annona crassiflora) da família Annonaceae e vários outros indivíduos
apresentados no Quadro 11.
Assim como existe uma grande variedade de formas fitofisionômicas no Cerrado também
existe uma grande variedade de animais que são diferentemente sensíveis quanto a
alterações no ambiente natural. As áreas com alto grau de modificações, como a área do
empreendimento, apresentam uma situação faunística descaracterizada. Parte da cobertura
vegetal vem sendo mudada ao longo da ocupação da região. Isso fez com que os grupos
animais observáveis atualmente sejam representados por um número pequeno de
indivíduos.
Sem a cobertura vegetal que prove abrigo, locais de reprodução e o aporte de alimentos
(folha, flores e frutos) para a fauna, esta vai lentamente se realocando para áreas mais
propícias e aquelas espécies que possuem capacidade restrita de deslocamento, como
alguns anfíbios, répteis e pequenos mamíferos vão se extinguindo localmente com o tempo.
O que se encontra hoje no local do empreendimento, em relação à fauna, são espécies
generalistas que possuem grande capacidade de suportar alterações no meio ambiente, ou
aquelas que têm aptidão natural por áreas abertas e conseguem se beneficiar em bordas de
mata com pastagens.
Observa-se que tanto em relação com a flora quanto com a fauna o empreendimento
infringirá um impacto mais indireto do que direto, visto que a área destinada às instalações
físicas já se encontra simplificada quanto suas paisagens naturais. Ainda na área do
empreendimento serão recuperados dois fragmentos de vegetação resguardando assim a
biota que já se utiliza deste local, sendo que com a delimitação destes locais como reservas
para o empreendimento, estes fragmentos florestais poderão até se estruturarem melhor
quanto sua flora e fauna.
Esta situação está evidentemente observada no curso d’água da região (Córrego Barreiro)
aonde as espécies mais abundantes são exatamente duas exóticas invasoras amplamente
citadas na literatura por serem tolerantes a condições de elevada perturbação ambiental
(Poecilia reticulata e Oreochromis niloticus) (Courtnenay & Stauffer 1990; Canonico et al.
2005).
Pelo exposto, destacamos que a fauna encontrada nos remanescentes de vegetação que
ocorrem na região do empreendimento, por mais que representem um cenário de
diversidade derivado da riqueza e endemismo de espécies do Cerrado, não representam
uma contribuição na manutenção de suas populações, e nem mesmo poderiam contribuir
com a preservação das espécies uma vez que se apresentam na forma de populações
reduzidas e isoladas, que muito provavelmente apresentam estoques genéticos reduzidos
em função de reprodução endogâmica e eliminação de seus indivíduos.
Nesse sentido, reforçamos que o papel do levantamento da fauna que ocorre numa região
cercada de área urbana, com diversas ocupações domiciliares e industriais e sem
conectividade com áreas ou remanescente florestais de vegetal nativa, como é o caso da
área do empreendimento, não pode se direcionar a analisar o potencial de conservação de
espécies que a biocenose encontrada representa, uma vez que esta só poderia
desempenhar este papel em condições totalmente opostas à tendência observada na região
metropolitana de aumento da densidade demográfica, uso do solo e conseqüente
fragmentação e redução de habitats das espécies e conectividade entre populações.
A área em questão pertence ao Bioma Cerrado e está drenada pela sub-bacia do córrego
Santo Antonio, que é tributário direto do rio Meia Ponte, pertencendo, desta forma, à bacia
do rio Paranaíba. A fauna do cerrado está ligada diretamente ao desenvolvimento do
substrato vegetal que se encontra presente em uma determinada região e tanto a fauna
quanto a flora estão associados e ecologicamente adaptadas às características da região
hidrográfica em que se encontram.
No bioma Cerrado, que ocorre dentro dos limites do estado de Goiás, a diversidade biologia
sofre bastante influência pela estacionalidade do clima frente às alterações que exerce
sobre as florestas estacionais decíduas e semidecíduas, no lençol freático próximo à
superfície e no volume de água nos corpos hídricos, imprimindo mudanças significativas nas
respostas do meio biótico frente ao aumento da temperatura e dos índices pluviométricos,
durante o período sazonal da chuva, ou diminuição da temperatura e dos índices
pluviométricos, durante a seca.
Desta forma, é natural que a fauna que ocorre neste ambiente de amostragem também
possa estar utilizando dos remanescentes de ambientes naturais que ocorrem na área do
empreendimento da Metropolitana, em virtude de ambos se apresentarem na forma de um
ambiente contíguo, basicamente constituído pela mata ciliar e outras formações vegetais
associadas ao curso d’água dos córregos Barreiro e Santo Antônio que se situam na área
de influência de ambos os empreendimentos, além de ser uma das poucas áreas com
vegetação remanescentes na região, aqui envolta por grandes áreas urbanizadas e/ou de
agricultura e pastagem.
O grupo faunístico mais bem representado na área avaliada é o das aves, exatamente pela
capacidade de deslocamento (vôo) e capacidade de explorar o meio, sendo encontrado
mais espécies com hábitos alimentares insetívoros, onívoros e granívoros. Como as aves
podem se reproduzir e formar seus ninhos em locais mais distantes daqueles em que se
alimentam ou se deslocam durante o dia, este grupo pode se utilizar de uma grande
quantidade de locais e serem vistas em ambientes mais alterados, além de serem os mais
biodiversos em relação aos vertebrados terrestres no Cerrado.
A avifauna tem diversidade específica particularmente alta no bioma Cerrado (Silva, 1995)
com variações de estruturas morfológicas e comportamentos específicos que lhes conferem
ampla capacidade de ocupação de nichos ecológicos (Dale & Beyeler 2000), além de
capacidade de utilizar áreas distantes em territórios geograficamente amplos.
Foram registrados 1.324 indivíduos distribuídos em 133 espécies de aves (Quadro 12).
Destas, 105 espécies foram registradas na campanha do período sazonal da estiagem
(inverno), enquanto 107 espécies foram observadas durante os três dias da campanha do
período de chuvas (verão). A maior parte das espécies, 78 no total, foram observadas tanto
na primeira quanto na segunda campanha realizada.
Todas as outras 125 espécies, ou seja, 94% da riqueza registrada são residentes da área do
estudo e comuns em outras regiões e estados brasileiros, não sendo atribuída nenhuma
prioridade de conservação a elas.
Assim como já comentado, as aves possuem boa capacidade de dispersão, além do que
muitas espécies insetívoras e granívoras podem se beneficiar de alguns ambientes
alterados pela presença de grãos ou insetos em maior quantidade do que em ambientes
naturais bem estruturados ecologicamente.
Das espécies relacionadas acima nota-se a presença de algumas com hábitos alimentares
frugívoros como, por exemplo, Dacnis cayana, Nemosia pileata, Tersina viridis (Família
Thraupidae), Euphonia spp. (Família Fringillidae), Aratinga spp. e Brotogeris chiriri (Família
Psittacidae), o que demonstra que os remanescentes florestais do interior da área do
empreendimento ainda resguardam espécies vegetais que favorecem as aves que comem
frutos. Este grupo de aves é importantíssimo para sucessão ecológica de ambientes, pois
são dispersores de sementes, podendo acelerar a recuperação de áreas degradadas.
Dois importantes fatores que beneficiam a avifauna local, além dos remanescentes florestais
dentro da área do empreendimento (matas ciliares e de galerias), são a proximidade com os
fragmentos florestais de duas Unidades de Conservação: o Parque Municipal da Serra das
Areias (Aparecida de Goiânia – GO) que fica a aproximadamente 11 km em linha reta de um
ponto central do empreendimento; e o Parque Municipal do Jardim Botânico (Goiânia – GO),
Outros grupos podem ser observados em populações menores e/ou restritas a porções
específicas do ambiente analisado, como por exemplo, os anfíbios anuros que não possuem
a capacidade de realizar grandes deslocamentos por terra e que na sua grande maioria são
intimamente ligados à ambientes bastante úmidos como brejos e represas. Estes foram
bastante representativos nas matas ciliares, de galeria, e represas adjacentes ao córrego
Barreiro na região avaliada. Todos os ambientes vistoriados, para este grupo taxonômico,
foram através de busca ativa, verificação de micro-habitats e confirmação por vocalização.
Dentre estas podemos citar: Rhinella schneideri (sapo cururu), Scinax fuscovarius (perereca),
Dendropsophus minutus (perereca), Leptodactylus hylaedactylus (râzinha) e Leptodactylus
mystacinus (rã). Estas espécies podem ocorrer em pastagens, áreas abertas ou antropizadas,
ocupando habitats úmidos ou secos. Estas apresentam grande resistência ecológica e são
consideradas grandes generalistas em habitat e obtenção dos recursos alimentares além de
possuírem reprodução prolongada podendo ocorrer praticamente o ano todo.
Este fato corrobora com alguns estudos que demonstram que os anfíbios não necessitam de
complexas estruturações ecológicas para estarem ocorrendo em uma região. Poucas são as
espécies mais restritivas associadas à ocupação exclusiva de um determinado habitat ou tipo de
alimentação. Como são em sua grande maioria espécies invertívoras, mesmo em ambientes
extremamente alterados existem condições de haver abundância de fauna entomológica,
inclusive em suas fases larvais, favorecendo assim as diversas espécies de anfíbios.
As espécies observadas na região do estudo são compostas, em sua maioria, por aquelas
relacionadas a ambientes antropizados, entre as quais destacamos: Tropidurus torquatus
(calango), Ameiva ameiva (lagarto-verde), Mabuya frenata (lagarto-liso) além de espécie
exótica como Hemidactylus mabouia (lagartixa-de-parede). Nesses ambientes foram
também encontradas espécies de serpentes, como Chironius flavolineatus (cobra-cipó),
Sibynomorphus mikanii (dormideira) e Helicops sp. (cobra-d’-água), que muito embora não
As duas espécies mais comuns na área de estudo foram o calango-verde, Ameiva ameiva, e
o calango-de-pedra, Tropidurus torquatus, que são justamente espécies com ampla
plasticidade alimentar e são generalistas se aproveitando de itens alimentares que se
apresentarem mais abundantes ou fáceis de serem capturados. Além da pouca restrição
quanto à alimentação ainda são animais típicos do bioma Cerrado de áreas abertas com
intensa incidência solar. Neste caso são até favorecidos em ambientes antrópicos como os
de pastagens, onde podem aumentar muito suas populações em decorrência de boas
condições de vida (alimento, abrigo e reprodução) e pequena quantidade de predadores
naturais.
Os morcegos são os únicos mamíferos com real capacidade de vôo, sendo o segundo grupo
depois de Rodentia com maior número de espécies e maior distribuição geográfica (Novack
1991). Eles são muito abundantes, ecologicamente diversos e de fácil captura além de
serem bons indicadores de qualidade ambiental (Zortéa et al. 2010). Neste estudo pode-se
observar a ocorrência de espécies com diferentes hábitos alimentares: Glossophaga
sorisina – destaca-se por participar do processo de polinização de plantas do cerrado já que
Peixes
Embora apenas duas espécies entre as 12 amostradas no córrego Barreiro sejam de origem
exótica à bacia do rio Paranaíba, estas correspondem à maior parte dos indivíduos
amostrados representando mais de 90% da abundância das espécies coletadas somando-
se todos os três pontos de coleta.
Legenda: REPROD. (Reprodução) – Não migradores de longa distância (NMLD), com cuidado parental (CC) e fecundação interna (FI).
C.P. (Comprimento Padrão Máximo) – Menor do que 15cm (<15cm), entre 15 e 30 cm (<30cm), entre 30 e 45cm (<45cm) e maior do
que 45cm (>45cm); Hábito – Hábito bentônico (BE), Pelágico (PE) e intermediário (BP). ORIG. (Origem) – Autóctonas (AUT); Alóctonas
(ALO); Exóticas (EXO) (Segundo Langeani et al. 2007); Endêmico (END) (Segundo Buckup et al. 2007).
Dessa forma, percebe-se que os diversos trabalhos científicos que citam a elevada
ocorrência e dominância dos ambientes por espécimes de O.niloticus e P. reticulata em
ambientes perturbados (Courtnenay & Stauffer 1990, Canonico et al. 2005) predizem a
estrutura da comunidade de peixes deste ambiente urbano de região de cabeceiras da bacia
hidrográfica.Todas as alterações de meio físico que ocorreram neste sistema hídrico
causaram a exclusão e o isolamento da ictiofauna, pobre em riqueza e abundância de
espécies, com poucos indivíduos e em sua maior parte composta por espécies exóticas
invasoras, que possuem suas abundâncias mais elevadas devido à tolerância à
perturbações ambientais.
Ainda, as características reprodutivas das espécies de peixes indicam que não foram
encontradas espécies que necessitam desempenhar deslocamentos para cumprirem seus
ciclos de vida, chamadas migradoras, o que indica que os constantes represamentos
encontrados ao longo do sistema hídrico em questão já foram suficientes para excluir todas
as espécies de peixes migradoras que ocorrem na região do alto Paranaíba, o que inclui a
quase totalidade das espécies de interesse para a pesca.
Por fim, o curso amostrado é de 1ª ordem, sendo que de sua nascente até a foz no córrego
Santo Antônio, esta drenagem percorre aproximadamente 3,28 km, dos quais 1,34 km
(aproximadamente) estão inseridos no interior da área do empreendimento do Loteamento
Betânia. Por ser de pequeno porte e com pouco volume d’água é esperado o encontro de
uma ictiofauna menos diversa e de pequeno porte, sendo que não é esperado o diagnóstico
de uma riqueza muito maior do que a que já foi encontrada. Todas as espécies são muito
comuns na bacia do rio Paranaíba ocorrendo em abundância nas drenagens de 1ª ordem,
assim como nas drenagens de ordens superiores, não havendo nenhuma delas com
preocupação, até então, quanto aos seus status de conservação. Nenhuma se encontra em
status de ameaçada (MMA 2003).
5.3.1. Histórico
Gentílico: aparecidense
Formação Administrativa
Considerando esses fatores, juntamente com a demanda regional, foi definido pela Lei Municipal
2.472/04 o uso do solo na área do empreendimento, uma grande área a leste do núcleo urbano
de Aparecida de Goiânia. No final da década de 1950, parte da área foi requisitada pelo Estado
para implantação de um complexo prisional, tendo surgido então o CEPAIGO.
A região da CGR sofreu intensa antropização durante os últimos anos, com atividade de
exploração de materiais de empréstimo sem posterior recuperação. A atividade deixou o
local com áreas expressivamente degradadas. Foram abertas também vias de acesso em
meio à vegetação, caracterizada por pastagens em diversos graus de degradação. Nas
proximidades da área encontram-se áreas urbanas parceladas e pequenas propriedades
rurais, onde há desenvolvimento de atividades agropastoris.
A distribuição da população por local de domicílio (urbanos e rurais), assim como sua
evolução recente possibilita se compreender não só dinâmica demográfica dos municípios,
mas também sua realidade socioeconômica, uma vez que há uma relação estreita e
complexa entre a distribuição espacial da população e as modalidades de aproveitamento
dos recursos naturais que utiliza. A tendência nacional e estadual é de concentração cada
vez maior de seus contingentes demográficos em áreas urbanas.
Assim, nota-se pela figura seguinte que em 2010, o índice do município de Aparecida de
Goiânia (97,37), situava-se entre a média nacional (95,95) e, a estadual (98,66),
evidenciando, portanto, a prevalência do feminino. Verifica-se ainda que a tendência é de
queda do masculino, notadamente em locais com maior taxa de urbanização.
1 Número de homens para cada grupo de 100 mulheres, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano
considerado. Expressa a relação quantitativa entre os sexos de modo que, se igual a 100, o número de homens e de mulheres
se equivalem; acima de 100, há predominância de homens e, abaixo, predominância de mulheres.
O processo histórico de ocupação na área dos municípios da AII remonta ao século XVII,
com a chegada de colonizadores a Goiás, inicialmente no contexto das entradas e
bandeiras, da busca por ouro e, posteriormente, com a decadência da mineração, pela
expansão da atividade agropecuária nos séculos XVIII e XIX. Nesse período houve
colonização de imigrantes mineiros e paulistas e mais tarde em outras regiões do país. O
atrativo para o surto imigratório foi à existência de largas faixas de terras férteis e matas, até
então inexploradas na área de abrangência da nova capital. A intensa ocupação do
território, particularmente no eixo Goiânia – Anápolis – Brasília, tornou o Centro Sul de
Goiás um dos principais destinos migratórios do país.
Daí que, há dois aspectos neste processo que se determinam mutuamente: por um lado,
ocorre um acelerado crescimento da produção e da produtividade, e, por outro, o êxodo de
5.3.3. Socioeconomia
A análise do Produto Interno Bruto (PIB), que é o valor a preços de mercado de todos os
bens e serviços finais produzidos no ano, possibilita um melhor conhecimento da estrutura
produtiva e da realidade econômica do município, evidenciando sua vocação e a magnitude
da riqueza produzida. O Produto Interno Bruto (PIB), que é um indicador revela:
O valor da produção de bens e serviços gerada pelo conjunto de atividades
que compõem uma economia definida por um espaço geográfico em um
intervalo de tempo, o que possibilita ter a grandeza monetária da
capacidade de geração de riqueza de magnitude econômica e a
contribuição dos setores de atividade que formam essa determinada
unidade econômica. A distribuição do PIB no espaço geográfico é
ferramenta importante na atividade de planejamento, na distribuição das
receitas públicas e na compreensão da dinâmica das economias regionais e
no nível de concentração econômica existente, podendo ser parâmetro para
a implementação de políticas destinadas ao desenvolvimento regional2.
Já dentro da região Centro Oeste o estado de Goiás cresceu acima da média, sendo que
neste último ano obteve a quarta maior taxa dentre os estados brasileiros, em especial,
devido ao maior crescimento no setor industrial, ficando na 11ª colocação no ranking com
uma taxa de 8,8%. No ano de 2010 o estado de Goiás teve um PIB avaliado em R$ 97.576
milhões, um acréscimo nominal de R$ 11.961 bilhões em relação ao ano anterior.
2 SEPLAN / SEPIN.
Figura 22: Valor Adicionado por Participação (%) do Setor de Atividade. Ano 2010.
Fonte: SEGPLAN / IMB.
Outro aspecto importante para o exame das economias do município analisado é o PIB per
capita, obtido pela distribuição igualitária de toda a riqueza produzida no ano pela população
residente. Constitui-se em importante referência como medida síntese de padrão de vida e
de desenvolvimento econômico de países, estados e municípios. Em 2010, o PIB per capita
Pecuária
Quadro 20: Rebanho bovino, suíno e avícola. Anos 2009 a 2011. Município de
Aparecida de Goiânia.
Estado de Goiás Aparecida de Goiânia
Efetivo da Pecuária
2009 2010 2011 2009 2010 2011
Figura 24: Criação de Bovinos na região de Figura 25: Criação de bovinos na Chácara
Aparecida de Goiânia São José – Aparecida de Goiânia
Quadro 21: Produção de origem animal. Anos 2009 a 2011. Município de Aparecida de
Goiânia.
Ano
Tipo de produto
2009 2010 2011
Leite (Mil litros) 3.003.182 3.193.731 3.482.041
Ovos de galinha (Mil dúzias) 157.410 172.573 176.535
Leite (Mil litros) 2.970 3.098 2.987
Ovos de galinha (Mil dúzias) 1.039 1.083 1.077
Fonte: IBGE. SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica
Agricultura
Observa-se no Quadro 22 seguinte que, em face de sua reduzida área destinada à área
rural, o município de Aparecida de Goiânia possui uma produção agrícola bastante discreta,
mas com destaque para o arroz, a cana-de-açúcar, a mandioca e o milho, este que ocupa a
maior área (100 ha em 2011). A produção de limão contribui com 1,18% na produção
estadual, o que deixa o município no ranking estadual no 17º lugar de produtores de limão.
Quadro 22: Evolução da área plantada com lavoura temporária. Anos 2009 a 2011.
Município de Aparecida de Goiânia.
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
88
Área plantada (Hectares)
Unidade territorial Lavoura temporária
2009 2010 2011
Arroz (em casca) 103.045 90.382 72.176
Banana 170.794 183.917 170.575
Cana-de-açúcar 524.194 578.666 697.541
Estado de Goiás Laranja 6.717 6.853 6.603
Limão 540 540 551
Mandioca 21.861 21.157 18.315
Milho (em grão) 906.250 858.301 960.792
Arroz (em casca) 40 40 50
Banana 10 10 10
Cana-de-açúcar 5 5 15
Aparecida de Goiânia Laranja 5 5 5
Limão 5 5 5
Mandioca 20 20 15
Milho (em grão) 120 120 100
Fonte: IBGE. SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica
Produção Mineral
Quadro 23: Unidades locais, por seção da classificação de atividades (CNAE 2.0).
Município de aparecida de Goiânia, ano 2010.
Unidades locais
UNID. Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0)
(Nº) (%)
Total 7.829 100,00
A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. 22 0,28
B Indústrias extrativas 8 0,10
C Indústrias de transformação 1.284 16,40
D Eletricidade e gás 6 0,08
E Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação. 34 0,43
F Construção 455 5,81
G Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 3.640 46,49
H Transporte, armazenagem e correio 254 3,24
I Alojamento e alimentação 283 3,61
J Informação e comunicação 154 1,97
K Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. 87 1,11
L Atividades imobiliárias 59 0,75
Figura 26: Comércio localizado no Figura 27: Buriti Shopping localizado na Vila
setor Central de Aparecida de Goiânia. São Tomaz em Aparecida de Goiânia.
Figura 28: Rua comercial no setor Vila Figura 29: Avenida comercial no setor Serra
Brasília Aparecida de Goiânia. Dourada em Aparecida de Goiânia.
Fralda Sapeca;
Café Di Casa,
Equiplex Indústria Farmacêutica,
Figura 30: Indústria Mabel em Aparecida de Figura 31: DIMAG – Distrito Industrial
Goiânia-GO (SEPIN) Municipal de Aparecida de Goiânia – GO
(SEPIN)
Possui 25 (vinte e cinco) agências bancarias, 4 Caixa Econômica Federal, 6 Banco do Brasil
S.A, 6 Banco do Bradesco, 7 Banco Itaú S.A e duas outras agências bancarias, além de
lotérica da Caixa Econômica Federal, o município também possui agência dos Correios,
telefonia fixa e telefonia móvel, Rádios FM e AM.
Figura 32: Banco do Brasil no setor Papilon Figura 33: Banco Itaú no setor Central -
Park – Aparecida de Goiânia. Aparecida de Goiânia.
Figura 34: Lotérica no setor Serra Dourada - Figura 35: Agência dos Correios no setor
Aparecida de Goiânia. Vila Brasília - Aparecida de Goiânia
Aparecida de Goiânia e o estado de Goiás, no seu conjunto, têm registrado alternância nos
saldos positivos, porém com redução paulatina no período de 2010 a 2012. O município
apresenta um saldo de 4.088 pessoas no ano de 2010 e 3.061 pessoas em 2012, seguindo
a tendência estadual que em 2010 foi de 83.975 pessoas e 66.230 pessoas em 2012, como
descrito no Quadro 25 a seguir.
3 Proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 75, 50, equivalente à metade do salário mínimo vigente
em agosto de 2000.
4 Varia de 0 (todos possuem a mesma renda, portanto, completa igualdade) a 1 (uma pessoa detém toda a renda e os demais
nenhuma). Logo, quanto mais próximo de 1, mais desigualdade na distribuição da renda.
Quadro 27: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Anos 2010 a
2012. (R$ mil).
Aparecida de Goiânia (R$ mil) Estado de Goiás (R$ mil)
Serviços
2010 2011 2012 2010 2011 2012
Agropecuária 22 15 45 166.851 165.493 223.566
Extração Mineral 214 269 251 53.137 59.856 65.345
Prestação de Serviços 19.377 18.579 25.329 173.916 200.390 222.491
Comércio Atacadista 72.461 95.316 258.777 1.107.960 1.113.510 1.602.384
Comércio Varejista 54.653 64.471 94.640 1.023.162 1.037.489 1.349.581
Indústria 79.825 90.427 104.810 1.810.639 1.875.154 2.216.943
Total 253.434 332.700 504.260 8.170.085 9.875.178 11.369.285
Fonte: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2010
Em relação às receitas e despesas, nota-se pela figura seguinte que o menor índice
registrado nas despesas do município foi no ano de 2007 com R$ 263.169 e o maior no ano
de 2010 com R$ 394.934, ano em que foi registrada a maior receita e despesa no período,
com R$ 395.823 e R$ 394.934 respectivamente.
5.3.5.1. SAÚDE
Quadro 28: Diagnóstico das doenças do município de Aparecida de Goiânia. Ano 2012.
Diagnóstico de Doenças Ocorrências
Leishmaniose 04
Doença de Chagas 02
Hanseníase 189
Dengue 7.491
Tuberculose 76
HIV 40
DST’s 3.414
Hepatite 108
Sífilis Adulto 79
Sífilis Gestante 47
Fonte:Departamento de Epidemiologia e Saúde Ambiental
Figura 41: Coordenadoria de Vigilância Figura 42: Diretora Sr.ª Vânia Cristina
Epidemiológica – Aparecida de Goiânia. Rodrigues de Oliveira.
Quadro 29: Indicadores de Longevidade, Mortalidade e Fecundidade. Anos 1991 e
2000.
Indicadores de Longevidade 1991 2000
Mortalidade até 1 ano de idade (por 1000 nascidos vivos) 30,2 21,0
Esperança de vida ao nascer (anos) 64,5 70,2
Taxa de Fecundidade Total (filhos por mulher) 3,2 2,3
Fonte: SEPLAN/IBGE.
5.3.5.2. EDUCAÇÃO
Entre os 5.565 municípios do Brasil, Aparecida de Goiânia ocupa a 2.483.ª posição, quando
avaliados os alunos da 4.ª série e no caso dos alunos da 8.ª série ocupam 3.884.ª na
posição nacional. O IDEB nacional, em 2011, foi de 4,7 para os anos iniciais do ensino
fundamental em escolas públicas e de 3,9 para os anos finais. Nas escolas particulares, as
notas médias foram, respectivamente, 6,5 e 6,0.
Figura 43: Secretaria Municipal de Educação Figura 44: Escola Municipal O Pequenino,
– Aparecida de Goiânia setor Central - Aparecida de Goiânia.
Figura 45: Escola Municipal Prof.ª. Vinovita Figura 46: Fundação Bradesco, Papilon Park -
Guimarães da Silva, Parque Itatiaia - Aparecida de Goiânia.
Aparecida de Goiânia.
Figura 47: Instituto Federal de Educação, Figura 48: União das Faculdades Alfredo
Ciência e Tecnologia de Goiás, Parque Itatiaia Nasser (UNIFAN) - Aparecida de Goiânia
- Aparecida de Goiânia.
Figura 49: Universidade Estadual de Goiás Figura 50: Faculdade Padrão - Aparecida de
(UEG) - Aparecida de Goiânia. Goiânia.
Em entrevista realizada com o Agente da Polícia Civil Srº. Wellen Teixeira Sousa, na 2ª
Delegacia Regional sob comando do Delegado Rener de Souza Morais, revelou-se que a
unidade atende o município de Aparecida de Goiânia e mais dezessete outros, quais sejam:
Anicuns, Adelândia, Nazário, Americano do Brasil, Santa Barbará, Caldazinha, Posselândia,
Aragoiânia, Abadia de Goiás, Hidrolândia, Bela Vista, Senador Canedo, Guapó, Varjão,
Roselândia, Campestre e Trindade. As principais ocorrências são homicídios e furtos.
Figura 55: Secretaria Municipal de Assistência Figura 56: CRAS – Centro de Referencia de
Social Assistência Social
5.3.6. Infraestrutura
Devido à proximidade com a capital, o município não possui um terminal rodoviário. Existe
transporte coletivo interurbano para as principais cidades da região e para a capital que
saem do Terminal Rodoviário de Goiânia; Possui transporte coletivo com conexão em
terminais instalados em pontos estratégicos e tem conexão direta com Goiânia.
Figura 59: Terminal Araguaia - Aparecida de Figura 60: Terminal do Cruzeiro - Aparecida
Goiânia. de Goiânia.
As principais vias de acesso pelo modal rodoviário que passam pelo município são: BR-153,
GO-060, BR-060, GO-070 e BR-352.
5.3.6.2. COMUNICAÇÃO
5.3.6.4. HABITAÇÃO
Figura 61: Habitações no setor Veiga Jardim Figura 62: Habitações no Conjunto Cruzeiro
IV- Aparecida de Goiânia. do Sul- Aparecida de Goiânia.
5.3.7. Saneamento
Figura 63: Habitações no setor Veiga Jardim Figura 64: Habitações no Conjunto Cruzeiro
IV- Aparecida de Goiânia. do Sul- Aparecida de Goiânia.
A ETE Cruzeiro do Sul foi instalada no ano de 1988, tem lagoas facultativas, aeradas e de
maturação, atende os Bairros: Conjunto Cruzeiro do Sul, Jardim Luz, Setor dos Afonsos,
Jardim Nova Era, Vila Brasília, Vila São Tomaz e Jardim Maria Inês. A ETE Lages que
possui dois reatores UASB em paralelo seguidos de um sistema em paralelo com duas
lagoas de maturação em série, foi instalada no ano de 2002 e, a ETE Santo Antônio, tem
tanques, reatores e filtros para tratamento do esgoto recebido.
Figura 65: Lagoa Aerada 1 – ETE Cruzeiro do Figura 66: ETE Cruzeiro do Sul - Aparecida
Sul - Aparecida de Goiânia. de Goiânia.
São coletadas aproximadamente 259 t/dia de RSU’s, o que equivale a 8.000 t/mês. Para
racionalizar o serviço de coleta, o departamento responsável mantém, através de aluguel,
vários containers próximos aos pontos de maior produção de resíduos, como grandes
estabelecimentos comerciais, industriais e hospitalares. Segundo informações fornecidas
METROPOLITANA SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA - ATERRO DE RESÍDUOS CLASSE II – PGA
108
por gestores municipais, a prefeitura recuperou a área do antigo lixão e implantou um
moderno aterro sanitário, segundo todas as normas técnicas, e se encontra atualmente em
operação.
Figura 67: Antes e depois: Aterro Municipal de Figura 68: Área administrativa do Aterro
Aparecida de Goiânia, (Secom/Aparecida de Sanitário Municipal - Aparecida de Goiânia.
Goiânia).
Não obstante o Aterro Sanitário ser um sistema de recepção, tratamento e destino final para
os resíduos sólidos, a implantação e a operação do mesmo gera impactos negativos de
grande magnitude, que devem ser mitigados.
A ESTRE é hoje a maior empresa de gestão ambiental do Brasil, com foco em gestão e
valorização de resíduos sólidos com o intuito de tratar e dispor adequadamente estes
resíduos, por meio de modernos sistemas de redução, reciclagem e tratamento, utilizando-
se tecnologias de ponta para oferecer segurança aos clientes e proteção ao meio ambiente.
A ESTRE foi fundada em 1.999 por meio de aquisições e projetos greenfield bem sucedidos
e emprega 18.300 funcionários, lida com 40.000 toneladas por dia de resíduos, tem 4.522
clientes no setor privado e 143 clientes no setor público. No Brasil são mais de 23 aterros e
25% do lixo colhido, está presente em 10 estados, no Estado de São Paulo possui 10
aterros sanitários com capacidade para 23.000 toneladas/dia. Possui aterro na Colômbia
para 7.000 toneladas/dia e na Argentina 900 toneladas/dia.
Outro impacto potencial refere-se ao liquido que se forma no maciço do aterro em função,
principalmente, da decomposição da matéria orgânica, esse líquido é denominado mais
usualmente de chorume e tem alto poder poluente, mas, como descrito no projeto, todo ele
será coletado em drenos e conduzidos para as lagoas de chorume, e posteriormente serão
encaminhados para a ETE Santo Antônio da SANEAGO.
Impactos Sobre o Ar
Com a indução aos processos erosivos pelas intervenções antropogênicas, tem-se como
resultado o transporte e a deposição dos sedimentos excedentes para níveis de base locais,
proporcionando assoreamento no sistema fluvial. A baixa valoração da ação erosiva
responde também pela baixa magnitude do assoreamento previsto.
Desta forma, durante a implantação haverá poucas áreas com a necessidade de supressão
dos fragmentos vegetacionais não imprimindo um impacto direto à fauna residente. Os
impactos indiretos durante esta primeira fase dizem respeito, à abertura de acessos e
limpeza da área, onde serão instaladas as estruturas, ocorrendo remoção e o corte do solo
podendo atingir espécies fossoriais, que foram pobremente caracterizadas na área.
Durante a operação, os impactos indiretos são semelhantes, porém com um novo impacto
adverso que diz respeito à atração negativa de fauna sinantrópica para o local do aterro pelo
acúmulo de resíduos, que muitas vezes serve de alimento a vários grupos animais,
constituindo uma teia trófica que deve ser monitorada e descaracterizada para não atração
de espécimes.
São considerados como possíveis impactos ambientais sobre a fauna durante a implantação
e, posteriormente, durante a operação do empreendimento os seguintes aspectos:
Em virtude dos possíveis impactos podemos relatar que o mesmo é considerado direto e de
fácil mitigação, uma vez que deverá ser realizadas medidas que possam atenuar ou coibir o
aumento desses grupos zoológicos na área de implantação do empreendimento.
O tratamento dos resíduos de forma adequada significará uma redução no risco à saúde,
sendo considerado como um impacto de natureza benéfica e de forma proeminente no meio
antrópico, desdobrando-se em oportunidades de melhoria a saúde pública, de elevação do
nível de conscientização da população, opinião pública favorável à instalação e operação de
um aterro sanitário bem conduzido, fortalecimento das modalidades de infraestrutura e da
socioeconomia local. Também está relacionado aos reflexos positivos sobre a ambiência,
dos procedimentos específicos das modalidades de manutenção, de monitoramento
ambiental, das medidas de compensação dos impactos adversos e recuperação ambiental.
O óleo lubrificante usado ou contaminado (OLUC) deverá ser armazenado de forma segura
com dispositivos de contenção (bacia de contenção), de forma a evitar infiltrações,
vazamentos e ataque pelo seu conteúdo. Devem estar em lugar acessível à coleta, em
recipientes adequados e resistentes a vazamentos proporcionando condições de segurança
no seu manuseio, carregamento e descarregamento.
Para efluentes contendo óleos e graxas inclusive os provenientes da lavagem de peças, por
exemplo, deverão ser construídas caixas de separação e acumulação e procedimentos de
remoção adequados, sendo terminantemente proibido qualquer descarte desse efluente em solos,
águas superficiais, subterrâneas e em sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais.
(b) Inspeção e regulagem de veículos: criação de sistema de inspeção regular das emissões
dos veículos e equipamentos de apoio às operações; e
Com o objetivo de reduzir os efeitos dos gases emanados sobre a qualidade ambiental
dessa região, principalmente nas imediações do empreendimento, deve-se prever a
implantação de barreira vegetal (cinturão verde) no entorno de toda gleba, a qual servirá
como faixa de isolamento. A barreira vegetal servirá como um importante fator de bloqueio
físico. Poderá ser priorizado o plantio de árvores de crescimento rápido como eucalipto
(Eucalyptu citriodora), logo no início das obras de implantação, para que estas se
apresentem, o mais breve possível, com porte suficiente para funcionarem como barreira
física. Esse fator, somado às condições físicas do local, propiciará uma significativa redução
de possíveis efeitos dos gases gerados no aterro sanitário sobre áreas vizinhas ao
empreendimento.
Outras medidas a serem tomadas para garantir a redução dos níveis de ruído são:
(a) Controle da velocidade dos veículos nas estradas que dão acesso ao aterro sanitário. A
partir de 60 Km/h, os pneus são os principais geradores de ruído de um veículo,
suplantando o ruído gerado pelo motor, devendo esta ser a velocidade máxima a ser
regulamentada nos acessos imediatos;
Como medidas mitigadoras de caráter geral, para atenuar impactos relacionados a aterros
sanitários propõem-se:
- Durante as obras do aterro deve-se cuidar para que não se formem caminhos
preferenciais ou de concentração de fluxos do escoamento das águas superficiais,
implantando canaletas, dispositivos de drenagem superficial como caixas de
passagem ou de infiltração e dissipadores de energia, caso seja necessario.
- Para evitar a formação de processos erosivos assim como assoreamento nas áreas
de implantação do empreendimento e taludes será implantado canaletas e drenos
para o escoamento das águas superficiais, além da colocação de solo orgânico em
locais de maiores inclinações, garantindo assim a sua descarga sem propiciar a
formação de processos erosivos, conforme as Figuras 10 e 11;
Nas áreas com maiores inclinações como os taludes serão realizados plantios com espécies
de gramíneas com vistas à diminuição do escoamento superficial. Destacam-se aqui o
caráter preventivo das medidas mitigadoras para os impactos prognosticados, além do que
constitui-se como medida a implantação de um programa de monitoramento geotécnico que
neste caso esta sendo contemplado no PBA.
Flora
Fauna
Para mitigar os possíveis impactos ambientais gerados sobre a fauna local que trata sobre o
aumento da interferência humana, obras de drenagem e circulação de veículos entre outros
afetando as populações da biota terrestre e sua redução e perda de habitat, como ainda a
simplificação da fauna através de possíveis mortes por atropelamento, está sendo proposta
a implantação de algumas medidas.
Para a fauna terrestre a medida de mitigação mais usual adotada tem sido erradicar o uso
ilegal de caça e apanha com a implicação da perda do emprego, a ser previsto nas normas
internas para colaboradores e terceirizados. Quanto à mortalidade da fauna por
atropelamento também são aplicados instrumentos de sinalização ressalvando os cuidados
com a velocidade nas áreas de acesso e no transporte de materiais. Como medida
preventiva serão realizadas orientações às equipes de trabalhadores locais sobre a
possibilidade de ocorrência de acidentes com animais peçonhentos, maneiras de evitá-los e
procedimentos a serem adotados em caso de ocorrência de acidentes.
Outro fator relevante sobre as medidas mitigadoras sobre a fauna local refere-se às possíveis
proliferações de vetores de zoonose, os problemas de saúde pública e também de degradação
ambiental. Para mitigar este impacto estão previstas as seguintes ações ambientais:
As medidas relacionadas aos impactos sobre o meio antrópico indicadas são, de uma
maneira geral, restritas aos cuidados na implantação de todo o aterro sanitário com a
continuidade dos programas ambientais voltados a responsabilidade social dos
trabalhadores e comunidades, assim as medidas podem ser:
Treinamento do pessoal;
Após a identificação e avaliação dos impactos e apresentação das medidas mitigadoras foi
realizada a indicação de programas de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos
e negativos, qualificando e quantificando os fatores e parâmetros a serem considerados.
No conjunto das medidas mitigadoras e ações otimizadoras, os programas têm por função
básica estabelecer um sistema que garanta o cumprimento das indicações contidas nas
recomendações de avaliação do impacto ambiental. Os programas não podem ser
genéricos e seus alcances dependem da magnitude dos impactos produzidos. Para que o
programa seja efetivo, o marco ideal é que os indicadores sejam poucos, facilmente
quantificáveis e representativos do sistema afetado.
Há que se destacar que o conjunto dos Programas Ambientais propostos traz medidas
destinadas á prevenção, correção ou otimização dos impactos ambientais.
Aquisição de equipamentos
Limpeza da área
Monitoramento Ambiental
Plano de Emergência
Fase de Operação
Legenda: Cor Verde – Período de liberação da LI, Cor Azul – Período de obras, Cor Lilás – Implantação dos sistemas de controle ambiental, Cor Laranja – Monitoramento e controle ambiental.
1 Realização das ações mitigadoras conforme descrito no PGA.
Por outro lado, neste Plano de Gestão Ambiental foram propostas medidas mitigadoras
visando minimizar as consequências negativas do empreendimento e aumentar os seus
benefícios em relação à operação da unidade de resíduos sólidos classe II da CGR.
Deste modo após as análises do Plano de Gestão Ambiental – PGA e Plano Básico
Executivo por parte da equipe técnica multidisciplinar, fica evidente que a implantação do
aterro sanitário para resíduos sólidos classe II, é na realidade uma medida sanitária
importante para recebimento e tratamento dos resíduos de forma adequada.
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Chiroptera Neotropica. 16 (1): 610-616.
- ART’S
B
0,15 1,20 0,15
1,50
1,50
0,29 0,46 0,15 0,30
0,15
0,15
4,50
0,05
A A
0,80
0,50
0,50
0,80
0,26
0,08
0,08
0,18
10,00
0,05
0,15
0,15
11,00
1,50
ESC.: 1:10
PV-07
T=732,150
F=730,270
4,50
0,80
0,95
0,97
1,50
0,06
0,30
1,50 4,50 11,00 4,50 3,50 1,50 4,50 1,00 4,50 1,50
0,15
0,13
0,09
0,15
0,15
1
1,89
0,85
1
3,00
1 1 1 ESC.: 1:10
PV-07
T=732,150
F=730,270
TERRENO NATURAL
ANCORAGEM
ANCORAGEM
2,28
ANCORAGEM
0,76
MANTA EM PEAD
3,00
3,00
MANTA EM PEAD
PLACA DE CONCRETO
1,00x1,00x0,15m
- ANEXO 03: ANUÊNCIA DA SANEAGO
8145000
#
0
Área da
s Pe
dre
8144000
8144000
ira
s
ETE
8143000
8143000
Área Urbanizada Vale do Sol
$
1 Aterro Municipal
iroe
rr
Ba
r.r
Có
Polo de Reciclagem
8142000
8142000
Casa de Prisão Provisória
/
"
CGR
8141000
8141000
DIMAG Locais
/
" Casa de Prisão Provisória
.
! ETE
2012
#
0 Pedreira Araguaia
$
1 Vale do Sol
µ
Título:
MAPA DO ENTORNO
PGA
510 255 0 510 m
Escala:
8145000
8145000
8144000
8144000
Córr. Sto. Antônio
ETE
Área da
iro
8143000
8143000
s Pe
e
rr
dre
Ba
rr. ira
s
Có
8142000
8142000
689000 690000 691000 692000 693000 694000 695000
µ
Hidrografia Título: USO E COBERTURA DO SOLO
CGR
Uso do Solo
Agricultura PGA
LEGENDA
Aterro
8145000
8145000
8145000
8145000
0Pedreira Araguaia
# 0Pedreira Araguaia
#
Área da
s Pe Área da
dre s Pe
ir a
8144000
8144000
8144000
8144000
s dre
ira
s
ETE
8143000
8143000
8143000
8143000
Área Urbanizada Vale do Sol Área Urbanizada Vale do Sol
$
1 Aterro Municipal
$
1 Aterro Municipal
rroo
erei i
ro
i
arr
re
BBa
ar
rr.r.
B
ó ró
rr.
CC
Có
Polo de Reciclagem Polo de Reciclagem
8142000
8142000
8142000
8142000
Casa de Prisão Provisória Casa de Prisão Provisória
/
" /
"
8141000
8141000
8141000
2012
2006 Carta Imagem de Comparação Temporal do Empreendimento
µ
Título: COMPARAÇÃO TEMPORAL DO USO
CGR E COBERTURA DO SOLO
Locais PGA
LEGENDA
/
" Casa de Prisão Provisória 500 250 0 500 m
Escala:
.
! ETE
Imagem de Satélite Quickbird 2006 e 2012 Município/UF: Aparecida de Goiânia/GO
#
0 Pedreira Araguaia
Sistema de Coordenadas Geográficas UTM Zona 22
South America Datum 1969 Data: 14/07/2013
$
1 Vale do Sol
Elaboração do Mapa: Murilo Raphael Dias Cardoso
- ANEXO 08: MANUAL DE INSTRUÇÕES – CAIXA SEPARADORA DE ÁGUA ÓLEO