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A TERRA PROMETIDA

1300-1200 a.C. – Js 1: 1-12, 24

1. NOME
O nome Canaã significa, provavelmente, “país de lã
púrpura”, pelo fato de produzir principalmente esse
tipo de lã.

2. DIMENSÕES
Na faixa entre o mar Mediterrâneo e o rio Jordão, de
norte a sul, mede 240km; de leste a oeste varia
entre 45 e 85 Km. Sua superfície é de 25.000 Km2,
pouco maior que o estado de Sergipe.
3. TOPOGRAFIA
Aí se situa a maior falha geológica do globo
terrestre, formando uma grande depressão de norte
a sul, onde se situa o vale do rio Jordão, o qual
desce até 398 m abaixo do nível do mar, ao atingir o
Mar Morto.
Essa depressão é cercada por duas cadeias de
montanhas, dividindo o território em várias regiões:
planície costeira, junto ao Mar Mediterrâneo, a
cadeia central de montanhas, o vale do Jordão, o
planalto a leste e, por fim , a estepe. Essa divisão
exerce importantes reflexos no clima e na política de
Canaã. A planície costeira é dividida em duas pelo
monte Carmelo.

4. CLIMA
Há, praticamente, só duas estações: a das
chuvas(outubro a junho) e a das secas(junho a
outubro). As chuvas são mais abundantes na
zona costeira e na cadeia central de montanhas,
sendo escassas no vale do Jordão, principalmente
no sul. Aí o calor é muito forte, quase insuportável,
esfriando à noite.
O verão é amenizado pela queda do orvalho à noite,
umedecendo o solo. No vale do Jordão, porém, não
cai orvalho. Entre as estações sopra um vento
quente e seco, chamado siroco, que prejudica tanto
as pessoas como os animais e a vegetação.

5. HIDROGRAFIA
Canaã é paupérrimo em rios. Além do Jordão, na
parte oeste existe praticamente só um rio com certa
perenidade: o Quison, na planície de Zezrael.

Nascente do rio Jordão


A leste, o Jordão possui dois afluentes: Jaboc e
Jarmuc, além do rio Arnon que deságua no mar
Morto.

Mar Morto

São comuns os rios intermitentes e periódicos na


época das chuvas (os wadis; os rios
temporários),que formam barreiras naturais e vias de
comunicações durante a seca. O solo calcário do
território absorve a água e, por isso, favorece o
aparecimento de fontes e escavações de poços.
6. POLÍTICA
Na época imediatamente anterior à instalação dos
israelitas, Canaã era parte do império egípcio. O
Egito havia afrouxado o controle sobre a região,
contentando-se em receber tributos pagos pelos reis
das cidades-estado espalhadas por todo o território,
que viviam em contínuas lutas para assegurar sua
própria cidade e para conquistar outras.
Essas lutas favoreceram a atividade de grupos
insatisfeitos com o sistema (os ‘apirus) que,
guerreando ora a favor de um rei ora a favor de
outro, procuravam desestabilizar não só o sistema
cananeu, mas também o egípcio.
As ações desses grupos são frequentemente
relatadas nas cartas de Tell el-Amarna que os reis
cananeus enviaram ao faraó, de tal maneira que o
termo passa a significar desordeiro, subversivo.
Uma das Cartas de Amarna

Procurava-se identificar o termo ‘apiru com o


termohebreu. Assim sendo, os hebreus seriam parte
de um grupo insatisfeito com o sistema cananeu
e egípcio.
A posição estratégica de Canaã na rota comercial e
militar dos grandes impérios fazia com que as
cidades-estado fossem fortificadas. Eram
verdadeiras fortalezas, principalmente nas
passagens mais importantes.

7. ECOMOMIA
Essa política sustentava uma economia
eminentemente agrícola, onde os camponeses eram
explorados pela cidade-estado que mantinha a área
de influência sobre eles.
Procurando escapar dessa exploração, muitos deles
se refugiavam nas regiões montanhosas, onde
praticavam uma agricultura de subsistência e se
dedicavam ao pastoreio, dirigindo-se muitas vezes
para a região da estepe. Isso favorecia
continuamente o conflito cidade X campo.
Com esse “afastamento”, o centro político urbana
ficava diminuído em seus tributos que enriqueciam a
elite, enquanto os camponeses se sentiam mais
livres.
Para evitar isso, a cidade procurava compensar com
tropas de proteção contra invasores, ou se unindo
em aliança contra outra cidade pra manter o controle
direto de um âmbito mais extenso.
Por outro lado, a exploração da cidade favorecia a
diminuição da tensão entre pastores e agricultores,
levando-os a lutar contra o inimigo comum.

8. RELIGIÃO
O deus supremo da religião Cananéia era El,
divindade que não exercia nenhuma ação direta
sobre as pessoas ou a natureza.
El, o deus cananeu principal, o “criador das criaturas” e o “criador da terra”, como
ancião amável. A veste longa solene, a postura sentada e a mão direita que abençoa
caracterizam-no como soberano senhor, polo de repouso e poder bondoso - figura em
bronze, banhada a ouro, proveniente de Ugarit, entre 1500-1000 a.C..

As principais divindades ativas eram Baal e Anat,


ligadas ao culto da fertilidade da terra.
Suas atividades míticas eram representadas no
culto através do rito da prostituição sagrada.
Embora fossem divindades ligadas a natureza,
representavam uma força ideológica importante
dentro do sistema cananeu. Visto que os santuários
estavam ligados à cidade, eram deuses que
mantinham o “status quo”.
Muitas terras pertenciam a esses santuários e
a eles eram pagos os tributos que revertiam, em
grande parte, para a manutenção da elite. No ritual,
o rei era quem exercia a função de Baal.
Desse período, sabe-se muito pouco a respeito de
como os camponeses e pastores se relacionavam
com a religião. Provavelmente tinham seus deuses
domésticos.
A manutenção do culto a Baal preso à cidade, a
conotação materialista da religião, e a multiplicação
de ídolos fragmentavam a unidade ideológica da luta
dos camponeses contra as cidades-estado.

9. A CHEGADA DOS FILISTEUS


Os filisteus são parte do ”povo” do mar, de origem
ageu-asiática, que no final do séc. XII a.C. invadiram
o Egito. Expulsos de lá por Ramsés III, por volta de
1175 a.C. os filisteus foram se instalar na costa sul
de Canaã.

Ramsés III em um relevo no templo de Khonsu

Famosos por seu porte físico e organização militar,


introduziram o ferro na região, sobre o qual
exerceram o monopólio. Mais tarde, formarão uma
confederação chamada Pentápole, composta –
como o próprio nome diz - de cinco cidades: Azoto,
Ascalon, Acaron, Gat, e Gaza.
No templo Medinet Habu, inscrição retrata prisioneiros filistinos libertados (₢ AKG
IMAGES/LATINSTOCK)

Serão um dos inimigos ferrenhos dos israelitas.


Submetidos por Davi, ainda exerceram influência até
o séc. VIII a.C., quando parece terem sido
completamente assimilados. Alguns historiadores
creem que os filisteus, mais do que invasores de
Canaã, fossem uma espécie de “testa de ferro”
egípcia na região. Por ironia, o nome Palestina, dado
ao país por muito tempo, é derivado desses
adversários de Israel.
O rei Saul e seus guerreiros: na narrativa bíblica, o governante israelita é degolado pelos
filisteus (MUSEU DE ISRAEL, JERUSALÉM)

10. DATA MAIS IMPORTANTE


Cerca de 1230 a.C.: chegada dos hebreus a Canaã
(Js 1-2).

11. BIBLIOGRAFIA
BRIGHT, J., História de Israel, pp. 148-164.
GOTTWALD, N. K., As tribos de Iahweh, pp. 399-
417, 470-491.
BRUEGGEMANN, W., A imaginação profética,
cap.1: “A comunidade alternativa de Moisés”, pp. 9-
32.
HEINRICH, Krauss. As origens: um estudo de
Gênesis 1-11, São Paulo:Paulinas 2007.

Fonte: Guia de Leitura aos Mapas da Bíblia


de Euclides Martins Balancin, Ivo Storniolo e Jose
Bortolini – Editora Paulus, 2002.

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