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COMUNIDADES TERAPÊUTICAS:

HISTÓRICO E REGULAMENTAÇÕES

Eixo Práticas

aberta.senad.gov.br
APRESENTAÇÃO

Este módulo apresenta um panorama histórico sobre o surgimento das comunidades terapêuticas, desde suas origens, na segunda década
do século XX até os tempos atuais. Descreve, utilizando embasamentos teóricos, o método e os objetivos   que regem o acolhimento de
pessoas com problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas em Comunidades Terapêuticas.

Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-
CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Podem estar disponíveis autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em
http://aberta.senad.gov.br/.

AUTORIA

Laura Fracasso
lattes.cnpq.br/0646741713559336

Graduada em Psicologia pela Universidade Metodista de São Paulo. Mestre e especialista em


Dependência Química pela Universidade Federal de São Paulo.   Psicóloga clínica. Docente na
Universidade Federal de São Paulo, na Universidade de São Paulo e na Federação Brasileira de
Comunidades Terapêuticas.

COMUNIDADES TERAPÊUTICAS: HISTÓRICO E REGULAMENTAÇÕES


COMUNIDADES TERAPÊUTICAS: HISTÓRICO E REGULAMENTAÇÕES
 
SITUAÇÃO PROBLEMATIZADORA

 https://youtu.be/bY4FMkue5N4

George de Leon, especialista internacionalmente reconhecido no tratamento das toxicodependências, destaca o conceito de “comunidade
como método” (https://books.google.com.br/books?id=xU8Wo0vcnAQC&printsec=frontcover&dq=George+De+Leon&hl=pt-
BR&sa=X&ved=0ahUKEwjs-JPgxtvSAhXFEpAKHZM-BlAQ6AEIJzAB#v=onepage&q=George%20De%20Leon&f=false)  no acolhimento
realizado aos sujeitos com problemas relacionados ao uso abusivo de drogas nas Comunidades Terapêuticas (CTs). Segundo De Leon (2003,
p. 373), “[...] a premissa fundamental dessa abordagem é que os indivíduos mudarão se participarem plenamente de todos os papéis e
atividades em comunidade”. Em outras palavras, isso significa incentivar o sujeito a usar a Comunidade Terapêutica para gerar
aprendizados e mudanças.

Diante disso, como você compreende esse princípio do autor na dimensão do cuidado com esses usuários? Como podemos entender
melhor a constituição e a necessidade das Comunidades Terapêuticas?

COMUNIDADES TERAPÊUTICAS: HISTÓRICO E REGULAMENTAÇÕES


 
UM POUCO DE HISTÓRIA…

 
As Comunidades Terapêuticas (CTs) começaram a ser instituídas no século XX por iniciativas realizadas em diversos países do mundo e em
momentos diferentes. Cada uma delas apresenta suas especificidades e contribuições significativas para o objeto de estudo em questão. As
iniciativas que configuraram maior impacto e que continuam a influenciar a concepção de trabalho que é feita atualmente são as realizadas
na Inglaterra por Maxwell Jones e nos Estados Unidos por diferentes grupos que serão abordados neste módulo.

A experiência da Comunidade Terapêutico-democrática para distúrbios mentais empreendida na Inglaterra pode ser definida como uma
verdadeira revolução no campo psiquiátrico. O modelo da Comunidade Terapêutica psiquiátrica foi primeiramente desenvolvido na
unidade de reabilitação social do Hospital Belmont (mais tarde chamado de Henderson), na Inglaterra, na metade da década de 1940.
Tratava-se de uma unidade de 100 leitos voltada para o tratamento de pacientes com problemas psiquiátricos que apresentassem
distúrbios de personalidade duradouros. Maxwell Jones (1972) e seus colegas, Rapaport (1960), Salasnck e Amini (1971), estudaram em
profundidade as várias características da CT psiquiátrica, as quais estão descritas brevemente a seguir (KENNARD, 2003):

considera-se a organização responsável pelo resultado terapêutico;


a organização social é útil para criar um ambiente que maximize os efeitos terapêuticos, em vez de constituir mero apoio
administrativo ao tratamento;
um dos elementos centrais é a democratização: o ambiente social proporciona oportunidades para que os pacientes participem
ativamente dos assuntos da instituição;
todos os relacionamentos são potencialmente terapêuticos;
a atmosfera qualitativa do ambiente social é terapêutica no sentido de estar fundada numa combinação equilibrada de aceitação,
controle e tolerância a comportamentos disruptivos;
atribui-se um alto valor à comunicação;
o grupo se orienta para o trabalho produtivo e para o rápido retorno à sociedade;
utilizam-se técnicas educativas e a pressão psicológica para propósitos construtivos;
a autoridade se difunde entre os funcionários e responsáveis e os pacientes.

A natureza terapêutica do ambiente total (motivação geral das CTs de Maxwell Jones) é precursora do conceito fundamental de
comunidade como método no tratamento de usuário de substâncias psicoativas que surgiria mais tarde.

A experiência de Jones se torna a inspiração para novas iniciativas de impacto na Reforma Psiquiátrica mundial, sendo um dos expoentes
nessa área a iniciativa italiana, desenvolvida por Basaglia.

Franco Basaglia era médico psiquiatra e foi o precursor do movimento de Reforma Psiquiátrica italiano conhecido como Psiquiatria
Democrática. Após a Segunda Guerra Mundial, depois de 12 anos de carreira acadêmica na Faculdade de Medicina de Padova, ingressou no
Hospital Psiquiátrico de Gorizia. Ao assumir a direção do hospital em 1961, iniciou mudanças com o objetivo de transformá-lo em uma
Comunidade Terapêutica. Sua primeira atitude foi melhorar as condições de hospedaria e o cuidado técnico aos pacientes. Porém, à
medida que se defrontava com a miséria humana criada pelas condições do hospital, percebia que a simples humanização do tratamento
não seria suficiente. Transformações profundas faziam-se necessárias, tanto no modelo de assistência psiquiátrica quanto nas relações
entre a sociedade e a loucura.

Em Trieste, Basaglia promoveu a substituição do tratamento hospitalar e manicomial por uma rede territorial de atendimento, da qual
faziam parte serviços de atenção comunitários, emergências psiquiátricas em hospital geral, cooperativas de trabalho protegido, centros de
convivência e moradias assistidas (chamadas por ele de "grupos-apartamento") para os doentes mentais.

As Comunidades Terapêuticas para usuários de substâncias psicoativas fazem parte da rede territorial de atendimento italiano
e atendem aos preceitos da Reforma Psiquiátrica.

Outra concepção de trabalho terapêutico com dependentes, cronologicamente anterior à de Jones, ocorreu nos Estados Unidos, ainda na
segunda década do século XX, com a fundação de uma organização religiosa, o grupo de Oxford (também conhecido como Movimento de
Oxford”), por Frank Buchman, ministro evangélico luterano. Esse grupo foi inicialmente denominado First Century Christian Fellowship, e
sua mensagem essencial consistia em retornar à pureza e à inocência dos primórdios da Igreja Cristã. A missão de Oxford para o
renascimento espiritual dos cristãos acolhia de modo amplo todas as formas de sofrimento humano.

Os transtornos mentais e o alcoolismo, embora não fossem os focos principais, também eram contemplados pelas preocupações
do movimento por serem sinais de destruição espiritual.

Parte das ideias e práticas dessa organização incluía a ética do trabalho, o cuidado mútuo, a orientação partilhada e os valores da
honestidade, da pureza, do altruísmo e do amor promovidos pelo protestantismo, o autoexame, a reparação e o trabalho conjunto.

Posteriormente, Bill Wilson, que era dependente de álcool e havia sido convertido por um amigo que pertencia ao grupo de Oxford, após
sentir um forte desejo de beber, foi orientado a conversar com Bob Smith, outro dependente. A conversa entre os dois homens marca a
fundação, em 1935, em Akron, Ohio, da irmandade Alcoólicos Anônimos (AA), pois a troca de suas experiências desencadeou a missão de
ajudar outros dependentes de álcool, dando origem a um dos programas de recuperação de dependentes mais difundidos no mundo até
hoje.

Em agosto de 1959, em Santa Mônica, na Califórnia, Charles (Chuck) Dederich, um dependente de álcool em recuperação, uniu suas
experiências de AA a outras influências filosóficas, pragmáticas e psicológicas, a fim de lançar e desenvolver o programa da Synanon, a
primeira Comunidade Terapêutica estadunidense. O objetivo do processo grupal da CT era ajudar o indivíduo a descobrir e alterar atitudes
e comportamentos característicos associados à dependência de substâncias psicoativas. A interação grupal era utilizada para aumentar a
autoconsciência individual desses aspectos negativos da personalidade por meio de seu impacto nas outras pessoas, sendo a persuasão
grupal um recurso destinado a levar à total honestidade pessoal, à completa autoexposição e ao compromisso absoluto com a mudança de
si mesmo.

Esse tipo de alternativa terapêutica se firmou e deu origem a outras Comunidades Terapêuticas (CTs) que, conservando os conceitos
básicos, aperfeiçoaram o modelo proposto pela Synanon. A CT Daytop Village, fundada em 1963 pelo monsenhor William O’Brien e por
David Deitch, tornou-se um programa terapêutico muito integrado, sendo o exemplo mais significativo desse tipo de abordagem. Com o
passar do tempo, o exemplo da Synanon foi sendo difundido por todo o mundo e desenvolvido com a ajuda e participação de líderes
cívicos, de membros do clero, de políticos e profissionais de saúde e assistência social. 

É importante destacar que, segundo De Leon (2009), a Comunidade Terapêutica considera o abuso de substâncias um transtorno
complexo da pessoa inteira. Padrões de comportamentos e de pensamentos derrotistas e autodestrutivos revelam perturbação
tanto no estilo de vida como no modo individual de agir dos dependentes químicos. Embora sejam reconhecidas influências
genéticas, fisiológicas, psicossociais e químicas, o indivíduo é visto como primordialmente responsável por seu transtorno e
recuperação. Assim, na perspectiva da CT, a dependência química é um sintoma, e não a essência do transtorno. O problema,
portanto, é a pessoa, e não a droga. Independentemente de diferenças individuais, os usuários abusivos de substâncias
psicoativas têm importantes semelhanças entre si. Eles, em muitos casos, apresentam problemas de socialização, cognitivos e
problemas vinculados a capacidades emocionais, além de comprometimento de seu desenvolvimento psicológico geral. Diante
dessa complexidade, na concepção de recuperação da CT, é fundamental considerar uma mudança global do estilo de vida e de
ressignificação da identidade do indivíduo no contexto do aprendizado social.

COMUNIDADES TERAPÊUTICAS: HISTÓRICO E REGULAMENTAÇÕES

COMUNIDADES TERAPÊUTICAS NO BRASIL

No Brasil, ainda sob influência do programa da Synanon e da Day Top Village, registramos dados de fundação das primeiras Comunidades
Terapêuticas, os quais estão demonstrados no infográfico a seguir.
Figura 1: mapa indicando as primeiras Comunidades Terapêuticas no Brasil. Fonte: NUTE-UFSC (2017).

Com a fundação da Fazenda do Senhor Jesus, em 1978, na cidade de Campinas, SP, o trabalho realizado pelo Pe. Haroldo J. Rahm acabou
por acelerar e qualificar a implementação de outras CTs em território nacional. Algum tempo depois, percebendo que o comprometimento
de alguns dependentes ultrapassava a compreensão e a força terapêutica proveniente dos recursos das Comunidades Terapêuticas, Rahm
introduziu o modelo psicossocial no quadro de sua equipe de profissionais.
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Para conhecer mais sobre a história e o trabalho desenvolvido atualmente pela Instituição Pe. Haroldo, acesse o
site: www.padreharoldo.org.br (http://www.padreharoldo.org.br)

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O Modelo Psicossocial das CTs pressupõe a compreensão de que:

o indivíduo é um agente ativo na dependência;


o contexto social é um importante aspecto na definição dessa dependência;
a compreensão da dependência está, portanto, na interação entre a droga, o usuário e o contexto social.

Sendo assim, um dos principais instrumentos terapêuticos da CT é a convivência entre os pares, na qual o usuário tem que mediar
o seu comportamento individual com as exigências do coletivo e da interação com os outros que lhe cercam, relação que produz
resultados na percepção de si e provoca mudanças de comportamento nos sujeitos em situação de dependência de drogas.

É importante destacar que a perspectiva psicossocial aqui descrita difere da lógica da Atenção Psicossocial da RAPS, pois esta
implica a concepção da integralidade e de outros princípios do SUS, aqui não contemplados.

A partir desse momento, o número de Comunidades Terapêuticas no Brasil cresceu rapidamente, porém sem o conhecimento e o
treinamento necessários a esse modelo, gerando uma série de movimentos e metodologias regionais tanto para a utilização das técnicas
quanto para o desenvolvimento dos programas. Segundo Rahm (2001), há organizações que se denominam Comunidades Terapêuticas,
mas na verdade são apenas espaços de moradia. O autor aponta essa indistinção como uma das causas do baixo índice de recuperação
demonstrado por alguns estudos, além do uso indevido da abordagem, o que dificulta o reconhecimento das Comunidades Terapêuticas.

A própria nomenclatura “Comunidades Terapêuticas” passa a ser utilizada indiscriminadamente em todo o Brasil, em iniciativas, no mais
das vezes, inadequadas à proposta original. Para modificar esse panorama e implementar uma normalização, por assim dizer, ao método, o
Padre Haroldo funda, em 16 de outubro de 1990, a Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (FEBRACT).
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A FEBRACT iniciou suas atividades numa época em que a maioria das Comunidades Terapêuticas atuava sem qualquer respaldo
técnico e, muitas vezes, sem um comportamento ético definido. Uma das primeiras ações da instituição foi a realização de cursos
para ministrar conhecimentos básicos aos membros das Comunidades Terapêuticas e a todos que trabalhavam com programas de
prevenção ao uso de drogas.

Desde 1994, data do início de suas atividades, o Centro de Formação e Treinamento oferece cursos voltados à questão das
Comunidades Terapêuticas e a representantes de instituições diversas que se preocupam com o problema da dependência
química: redes escolares municipais e estaduais, órgãos governamentais ligados à Saúde e à Justiça, universidades, Exército,
Marinha, Polícias Militar e Civil, Conselhos Municipais de Entorpecentes, Conselhos Tutelares, Núcleos de Amor Exigente,
Prefeituras Municipais, grupos de diversas orientações religiosas e hospitais, desenvolvendo parcerias com instituições renomadas
como a Pontifícia Universidade Católica de Campinas. O Centro de Formação e Treinamento  recebe representantes de toda
instituição que assuma um compromisso social em relação ao problema da dependência do álcool e das drogas.

A FEBRACT recebe alunos do país inteiro. É filiada às Federações Mundial e Latino-Americana de Comunidades Terapêuticas.
Desde o primeiro dia de funcionamento do centro, o estabelecimento de um Código de Ética para as Comunidades Terapêuticas
foi uma das decisões prioritárias. Graças à atuação do Centro de Treinamento, foram aperfeiçoados o nível de atendimento e o
comportamento ético dentro das Comunidades Terapêuticas. Além dos cursos que ministra em sua sede em Campinas, a FEBRACT
 realizou cursos no Distrito Federal, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Ceará, no Rio Grande do Norte, no Acre, na Bahia,
em Minas Gerais e em várias cidades do estado de São Paulo. 

Além dos cursos que ministra, a instituição orienta as Comunidades Terapêuticas, desde a elaboração de seus estatutos até a
organização interna e o relacionamento com as autoridades e com a comunidade na qual está inserida. Tem promovido seminários
e palestras com o objetivo de debater assuntos relacionados com o problema das drogas em quase todas as unidades da
Federação. Através da televisão, particularmente da Rede Vida, difundiu conhecimentos e orientações que dizem respeito à
dependência química.

Em razão da qualidade de sua proposta e de seu trabalho, a FEBRACT segue como uma organização fundamental para o
aperfeiçoamento das CTs e de seus membros e como referência a qualquer indivíduo que queira se aprofundar no estudo desse
sistema.

Para outras informações sobre a FEBRACT, acesse o site: www.febract.org.br (http://www.febract.org.br/).

Em 2001, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), considerando a necessidade de normatização do funcionamento de serviços
públicos e privados de atenção às pessoas com transtornos decorrentes do uso ou abuso de substâncias psicoativas, adotou a Resolução
da Diretoria Colegiada, RDC 101/2001,  que estabeleceu regulamentação técnica através do documento:  "Exigências mínimas para o
funcionamento de serviços de atenção a pessoas com transtornos decorrentes do uso ou abuso de substâncias psicoativas"
(http://www.ee.usp.br/departamento/nucleo/CComs/doc/exigencias_minimas_para_funcionamento_servicos_de_atenc.pdf),
conforme o modelo psicossocial.

De acordo com o regulamento, Comunidades Terapêuticas são serviços, urbanos ou rurais, de atenção a pessoas com transtornos
decorrentes do uso ou abuso de substâncias psicoativas (SPA), em regime de residência ou outros vínculos de um ou dois turnos,
segundo o modelo psicossocial; são unidades que têm por função a oferta de um ambiente protegido, técnica e eticamente
orientado, que forneça suporte e tratamento aos usuários abusivos e/ou dependentes de substâncias psicoativas, durante período
estabelecido de acordo com programa terapêutico adaptado às necessidades de cada caso. É um lugar cujo principal instrumento
terapêutico é a convivência entre os pares. Oferece uma rede de ajuda no processo de recuperação das pessoas, resgatando a
cidadania, buscando encontrar novas possibilidades de reabilitação física e psicológica e de reinserção social (ANVISA, 2001).
De acordo com a FEBRACT, a Federação Evangélica de Comunidades Terapêuticas (FETEB), a Cruz Azul do Brasil e a Federação Norte e
Nordeste de Comunidades Terapêuticas (FENNOCT), os elementos essenciais que compõem o tratamento residencial, voltado para a
abstinência e praticado nas Comunidades Terapêuticas, são os seguintes:

prática da espiritualidade sem a imposição de crenças religiosas;

internação e permanência voluntárias, entendidas como uma intervenção que objetiva auxiliar o dependente de substâncias
psicoativas (SPA) a reinserir-se e reintegrar-se na sociedade, assumindo suas funções como cidadão, membro de uma família e
trabalhador e/ou estudante;

ambiente residencial com características de relações familiares, saudável e protegido técnica e eticamente, livre de drogas e violência,
assim como de práticas sexuais (temporariamente, neste último caso);

convivência entre os pares, participando ativamente na vida e nas atividades da Comunidade Terapêutica;

critérios de admissão, permanência e alta definidos com o conhecimento antecipado por parte do dependente de SPA candidato e de
seus familiares/responsáveis;

aceitação e participação ativa no programa terapêutico definido e oferecido pela Comunidade Terapêutica, tanto pelos dependentes
de SPA como pelos familiares/responsáveis;

utilização do trabalho como valor educativo e terapêutico no processo de tratamento na Comunidade Terapêutica e na recuperação
do dependente de SPA;

acompanhamento pós-tratamento de, no mínimo, um ano após o episódio da internação.

Em 2011, a Anvisa revogou a RDC 101/2001 e criou a RDC 29/2011, com o intuito de se aproximar do Modelo de Comunidade
Terapêutica proposto pela FEBRACT. Assim, as comunidades deixaram de se adequar às normas gerais de um serviço de saúde, tal qual um
hospital ou centro de tratamento, em favor de seu caráter residencial e de convívio familiar. 
Saiba mais

Pontos-chave do novo Regulamento Técnico para o Funcionamento das Comunidades Terapêuticas – serviços de atenção a
pessoas com transtornos decorrentes do uso ou abuso de substâncias psicoativas (SPA).

1. Da organização do serviço
a. Condições organizacionais: licença sanitária segundo a legislação local, descrição das atividades, responsável técnico com nível
superior e ficha individual de cada residente, atualizada periodicamente de acordo com os critérios estabelecidos pela RDC n.º
29/2011.
b. Gestão de pessoal: recursos humanos em período integral, em número compatível com as atividades desenvolvidas; capacitação
profissional.
c. Gestão de infraestrutura: instalações regularizadas junto ao Poder Público local, em boas condições de conservação, segurança e
higiene. Os ambientes considerados obrigatórios, tais como o alojamento, os espaços de recuperação e convivência, o setor
administrativo e o de apoio logístico, encontram-se descritos nesta seção.

2. Do processo assistencial
a. Admissão: avaliação diagnóstica prévia; problemas clínicos que requeiram prestação de serviços de saúde não disponibilizados
pela instituição são critérios de exclusão da internação; apenas internações voluntárias e consentidas.

b. Permanência: garantia ao bem-estar físico e psíquico, ambiente livre de substâncias psicoativas, proibição de castigos físicos.

c.  Normas de conduta claras para as seguintes situações:  alta terapêutica, desistência (alta a pedido), desligamento (alta
administrativa), desligamento em caso de mandado judicial e evasão (fuga).

d. Normas assistenciais sobre os direitos dos usuários: possibilidade de interromper o acolhimento a qualquer momento; receber
tratamento respeitoso, bem como a sua família, independentemente de etnia, credo religioso, ideologia, nacionalidade, orientação
sexual, identidade de gênero, antecedentes criminais ou situação financeira; privacidade, inclusive no tocante ao uso de vestuário,
corte de cabelo e objetos pessoais próprios; sigilo, segundo normas éticas e legais, incluindo o anonimato, sendo vedada a
divulgação de informação, imagem ou outra modalidade de exposição da pessoa sem sua autorização prévia ou de seu
responsável, por escrito.

COMUNIDADES TERAPÊUTICAS: HISTÓRICO E REGULAMENTAÇÕES


 
DESAFIOS POSTERIORES À REGULAMENTAÇÃO DAS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS BRASILEIRAS

É necessário que façamos uma retrospectiva histórica dos serviços psiquiátricos no Brasil para contextualizar a não inclusão das
Comunidades Terapêuticas na rede de atenção e os desafios que esse modelo precisa enfrentar para ser reconhecido como tal.

Entre as diversas frentes de questionamento ao tratamento padrão que se dava aos pacientes psiquiátricos, houve o Movimento
Antimanicomial. Também conhecido como Luta Antimanicomial, refere-se a um processo organizado de transformação dos serviços
psiquiátricos derivado de uma série de eventos políticos nacionais e internacionais. No Brasil, o dia 18 de maio é um marco para o
Movimento da Luta Antimanicomial, porque remete ao Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental ocorrido em 1987, na cidade de
Bauru, no estado de São Paulo, que reuniu mais de 350 trabalhadores da área de saúde mental indignados com o tratamento desumano
recebido pelos pacientes dessa área.

 
Cabe ressaltar que as primeiras Comunidades Terapêuticas já estavam em funcionamento desde 1968 como único serviço de
atendimento a dependentes químicos e seus familiares e não participaram do Movimento da Luta Antimanicomial por falta de
articulação política e social.

Na sua origem, esse movimento está ligado à Reforma Sanitária brasileira (http://pensesus.fiocruz.br/reforma-sanitaria),  da qual
resultou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS),  e está ligado também à experiência de desinstitucionalização da psiquiatria,
desenvolvida em Gorizia e em Trieste, na Itália, por Franco Basaglia, na década de 1960. Na Itália, as Comunidades Terapêuticas foram
inseridas como serviço para tratamento de dependentes químicos e familiares após terem passado por várias modificações, a fim de se
adequarem às necessidades de seus membros.

Sistema Único de Saúde (SUS)

No módulo Rede de atenção psicossocial e o Sistema Único de Saúde


(http://www.aberta.senad.gov.br/modulos/visualizar/rede-de-atencao-psicossocial-e-o-sistema-unico-de-saude-sus), você
poderá saber um pouco mais sobre os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), nos quais se baseia a Rede de
Atenção Psicossocial (RAPS).
Acesse o vídeo Decreto 7508 – Regulamentação da Lei 8080 – SUS (https://www.youtube.com/watch?v=RQwKfSgrZ3Q&t=8s) para
conhecer as mudanças que esse decreto trouxe ao Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS).

Como processo decorrente desse movimento, tivemos a Reforma Psiquiátrica, definida pela Lei 10216, de 2001 (Lei Paulo Delgado)
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm), como diretriz de reformulação do modelo de Atenção à Saúde
Mental, transferindo o foco do tratamento, que se concentrava na instituição hospitalar, para uma Rede de Atenção Psicossocial,
estruturada em unidades de serviços comunitários e abertos. Dessa forma, a referida lei redireciona a assistência em saúde mental,
privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária e dispondo sobre a proteção e os direitos das pessoas com
transtornos mentais, porém não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios, principal objetivo do manifesto
de 1987.

Mas é somente no final do século XX que a militância por serviços humanizados consegue as primeiras implantações de Centros de Atenção
Psicossocial, os CAPS, fundamentais para o tratamento psiquiátrico e a reinserção social dos pacientes, tornando possível a diminuição
gradativa dos casos de internação.

Assim, historicamente, as condições da saúde mental no Brasil evoluíram, porém a Luta Antimanicomial não parou. Ainda acontecem
manifestações em todo o país, no dia 18 de maio, para que se mantenha vivo o cuidado com os doentes e para que fique claro que eles não
devem ser excluídos da sociedade e maltratados como eram antigamente, mas sim orientados e acompanhados para que possam
encontrar seu lugar no mundo.
Figura 2: Mosaico representando as manifestações populares que acontecem no Dia Nacional da Luta Antimanicomial.
Fonte: NUTE-UFSC (2017) baseado em Amarante (2014), Dia... (2016), Namen (2016) e Rodrigues (2016).

O reconhecimento por parte dos profissionais e das lideranças das Comunidades Terapêuticas alia-se a essa luta, que dá visibilidade à
necessidade de se organizarem e solicitarem a inclusão desse modelo na Rede de Atenção Psicossocial. Dessa forma, nos últimos dez anos,
as Comunidades Terapêuticas têm recebido regulamentações dos órgãos sanitários brasileiros. O atual marco regulatório com a publicação
das normas mínimas de funcionamento para esse ambiente de acolhimento é a Resolução CONAD n.º 1 de 2015
(http://www.lex.com.br/legis_27017500_RESOLUCAO_N_1_DE_19_DE_AGOSTO_DE_2015.aspx).

Essa Resolução teve ampla participação das entidades das CTs, do governo e dos conselhos profissionais e movimentos da sociedade civil,
ajudando na atualização, regulamentação e funcionamento das Comunidades Terapêuticas.

Grande parte das Comunidades Terapêuticas, até agora, não está adequada às normas mínimas de funcionamento, nem tem acesso a
recursos financeiros, capacitação e informações sobre o tratamento das dependências, comprometendo seus resultados possíveis e
esperados. Também é importante ressaltar que muitos centros de recuperação e clínicas utilizam algumas técnicas e características de CTs
isoladamente, intitulando-se como tais, porém não têm os elementos essenciais nem as características necessárias para assim serem
reconhecidos.

Ainda há muito a ser discutido e a avançar nesse cenário, uma vez que existe resistência no que diz respeito à inclusão das Comunidades
Terapêuticas na Rede de Atenção Psicossocial, mesmo que esse modelo responda a diversas solicitações destacadas pela Luta
Antimanicomial e pela Reforma Sanitária brasileira. Apenas a participação dos profissionais, pacientes e familiares poderá dar a
visibilidade e o esclarecimento à sociedade de que essa discussão necessita, aperfeiçoando, efetivamente, esse sistema, pois a construção
da política pública de saúde mental é um processo político e social complexo. É um conjunto de transformações de práticas, saberes,
valores culturais e sociais, e é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o processo da política
avança, passando por tensões, conflitos e desafios.

Como a diretriz de reformulação do modelo de Atenção à Saúde Mental propõe a transferência do foco do tratamento – que se concentrava
na instituição hospitalar – para uma Rede de Atenção Psicossocial estruturada em unidades de serviços comunitários e abertos, não
podemos desconsiderar a atuação das Comunidades Terapêuticas que estão em conformidade com todas as regulamentações exigidas.

Assim como nosso país segue os passos da Reforma Psiquiátrica italiana, poderia fazer o mesmo em relação à inclusão das Comunidades
Terapêuticas na Rede de Atenção Psicossocial.  Confira quais elementos a SENAD (https://www.supera.senad.gov.br/wp-
content/uploads/2016/03/SUP7_Mod6.pdf) considera essenciais no tratamento da dependência de substâncias psicoativas. Veja também
a RDC n. (http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2011/res0029_30_06_2011.html)º
(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2011/res0029_30_06_2011.html) 29, de 30 de junho de 2011
(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2011/res0029_30_06_2011.html),  que dispõe sobre os requisitos de segurança
sanitária para o funcionamento de instituições que prestam serviços de atenção a pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou
dependência de substâncias psicoativas.

COMUNIDADES TERAPÊUTICAS: HISTÓRICO E REGULAMENTAÇÕES


 
CONCEITUAÇÃO

As Comunidades Terapêuticas regulamentadas no âmbito do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD) são entidades
que realizam o acolhimento de pessoas, em caráter voluntário, com problemas associados ao uso nocivo ou dependência de substância
psicoativa.

Para Maxwell Jones (1972), numa comunidade terapêutica, aprende-se a abordar as pequenas crises surgidas em toda a vida de
grupo, não como empecilhos que se devem desprezar ou sumariamente resolver, mas, antes, como situações de aprendizagem ao
vivo que podem ensinar sobre a dinâmica das interações pessoais, tanto benéficas quanto prejudiciais.

O modelo fundamentado por Maxwell Jones como uma abordagem de autoajuda acontece por intermédio da convivência entre os pares,
provocando e promovendo mudanças e desenvolvimento de hábitos e valores importantes para uma vida saudável. Além disso, a proposta
de Jones manteve sua característica essencial e diversificou-se, englobando e combinando com eficácia outros modelos psicossociais, tais
como a prevenção da recaída e técnicas motivacionais, e inúmeros serviços adicionais relacionados à família, à educação ou ao trabalho e
à saúde física e mental. Dessa forma, ampliou seu leque de possibilidades e tornou-se um ambiente para o tratamento de usuários
com  comorbidades .

Glossário

Termo utilizado na prática médica quando o indivíduo apresenta duas ou mais doenças simultaneamente.

COMUNIDADES TERAPÊUTICAS: HISTÓRICO E REGULAMENTAÇÕES


Síntese Reflexiva

Problematizamos, no início deste módulo, a definição desenvolvida por George de Leon para explicitar como esse autor
entende e acredita que deva ser organizado o trabalho numa Comunidade Terapêutica. Segundo ele, o conceito de
“comunidade” é a chave e o método de trabalho nesses espaços de acolhimento realizado aos sujeitos com problemas
relacionados ao uso abusivo de drogas. Esse princípio tem um aspecto central para entender a proposta das Comunidades
Terapêuticas na sua criação e origem. No decorrer do texto, procuramos evidenciar o contexto histórico da criação das
comunidades terapêuticas, a partir do início do século XX, por meio de iniciativas realizadas em diversos países e em
momentos diferentes. Cada uma dessas propostas apresentou suas especificidades e contribuições significativas para o
tratamento de usuários de substâncias psicoativas. A sua necessidade parece estar vinculada à ajuda aos indivíduos usuários
de drogas a descobrir e alterar atitudes e comportamentos característicos associados ao uso abusivo de substâncias
psicoativas. Esperamos tê-lo ajudado a responder à nossa provocação inicial: como podemos entender melhor a constituição e
a necessidade das Comunidades Terapêuticas?

REFERÊNCIAS

Textos
AMARANTE, P. 18 de maio – Dia Nacional da Luta Antimanicomial: comemoração e continuidade da Luta. Insurgência: Tendência Interna do
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